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VERDADEIRA ADORAÇÃO

TEXTO: João 4
INTRODUÇÃO:

No capítulo 4 do evangelho de João, encontramos a história de uma mulher samaritana e seu encontro com
JESUS  onde  sua  vida  foi  radicalmente  transformada.  Mas  não  foi  pelos  aspectos  de  transformação  moral
que  esta  história  obteve  tamanho  destaque  nas  escrituras,  afinal,  outras  mulheres  também  passaram  por
grandes transformações morais como Maria Madalena e a mulher adúltera impedida de ser apedrejada.
Mas há algo de especial nesta história, caso contrário, não teria tamanho destaque. Percebemos que quando
JESUS expõe o problema moral daquela mulher, ela imediatamente muda de assunto e começa a revelar a
crise espiritual do seu coração. E como JESUS não volta a tocar no assunto, percebemos que Ele a expôs
apenas  para  cativar  sua  atenção,  o  pecado  daquela  mulher  não  era  o  que  mais  lhe  interessava. Aos  olhos
humanos, o adultério seria o maior problema, mas JESUS conseguia enxergar além das fraquezas, além das
aparências. “... O SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém
o SENHOR olha para o coração. (1 Samuel 16:7)”.
Os olhos de JESUS atravessaram os problemas morais e emocionais deixando­os para trás e alcançaram o
coração  daquela  mulher.  Estes  olhos  carregados  de  compaixão  enxergavam  uma  crise  de  identidade,  uma
crise  de  crença  e  uma  crise  de  existência,  e  não  apenas  daquela  mulher,  mas  de  toda  a  humanidade  nela
representada  naquele  momento.  Aos  olhos  humanos  aquela  mulher  era  a  escória  da  sociedade,  mas  na
profundidade do olhar de JESUS não havia diferença, pois “... todos pecaram e carecem da glória de DEUS.
(Romanos 3:23)”.
Outro  detalhe  torna  esta  história  ainda  mais  especial:  este  encontro  não  foi  por  acaso.  O  texto  diz  que
JESUS estava cansado da viagem e assentou­se junto à fonte. JESUS escolheu a hora mais quente do dia,
por volta do meio­dia, para descansar junto a Fonte de Jacó. Era improvável que àquela hora do dia alguém
que  pessoas  como  a  mulher  samaritana  escolhiam  para  retirar  água,  pois  não  haveria  ninguém  para
importuná­la, acusá­la ou apedrejá­la, era a hora da solidão.
JESUS  havia  saído  da  Judéia  e  estava  indo  em  direção  a  Galiléia,  mas  o  texto  diz  que  era  necessário
atravessar a província de Samaria. Mas esta necessidade não se resumia apenas na localização geográfica de
Samaria  na  rota,  entre  a  Judéia  e  a  Galiléia,  é  no  contexto  da  palavra  original  que  percebemos  a  real
necessidade de JESUS em Samaria.
O  termo  ‘necessário’  no  grego  é  δει  dei  e  significa  ‘necessidade  provocada  pelas  circunstâncias  ou  pela
conduta de outros’. A necessidade da travessia de JESUS pela província de Samaria e sua parada no Poço
de  Jacó  estava  nas  crises  daquela  cidade  chamada  Sicar.  Havia  naquele  lugar  uma  crise  moral,  uma  crise
social e uma crise espiritual que refletia não apenas a sociedade da época, mas até mesmo a humanidade de
nossos dias.
Então JESUS não poderia apenas passar por aquele lugar e ignorar as crises daquela gente, Ele não poderia
apenas  considerar  uma  distração  na  caminhada  e  manter  a  rota.  Era  justamente  por  causa  daquelas  crises
que  Ele  havia  deixado  Seu  trono  no  céu  e  descido  a  terra,  ali  estava  o  resumo  das  crises  de  toda  a
humanidade. Aquele lugar precisava da Sua graça, aquela cidade precisava de uma nova história, aquelas
pessoas  precisavam  saciar  a  sede  que  havia  em  seus  corações.  O  poço  de  Jacó  não  matava  esta  sede,  a
história dos antepassados não os saciava, a memória dos patriarcas e seus feitos não eram suficientes. Eles
precisavam da água viva, Eles precisavam da História viva, Eles precisavam do Salvador do mundo, JESUS
CRISTO, que naquele momento passava por ali.
1. AS CRISES DE SICAR
Sicar era um lugar de marcas e memórias muito importantes, tanto para samaritanos como judeus. Foi em
Sicar que o Patriarca Abraão ergueu seu primeiro altar ao receber a promessa daquela terra. Na entrada da
cidade estava o Poço de Jacó, construído pelo próprio patriarca onde também erigiu um altar. Próximo ao
poço  estava  a  tumba  de  José,  filho  de  Jacó,  governador  no  Egito.  Próximo  dali  também  estava  o  Monte
Gerizim, conhecido como o Monte da Benção.
No entanto, mesmo cercada por tantas marcas proféticas, bênçãos e promessas, Sicar vivia o oposto de suas
memórias e estava mergulhada em diversas crises.
a. Crise Moral:
Sicar não era o nome original da cidade, mas provavelmente passou a ser chamada desta forma por causa de
um  trocadilho  pejorativo  com  seu  verdadeiro  nome,  Siquém.  SIQUÉM  no  hebraico  significa  ombro  (no
sentido  de  trabalho).  O  grego  traz  um  significado  bem  próximo,  literalmente  o  ato  de  levantar  cedo.  Já
SICAR  no  hebraico  significa  “bebida  forte”  e  no  grego  “embriagado”,  o  que  leva  ao  oposto  moral  do
verdadeiro e primeiro nome.
Sicar já não era mais Siquém, já não experimentava das bênçãos e promessas de DEUS feitas aos patriarcas.
O lugar que antes era conhecido por suas bênçãos, pelo culto ao Senhor e os altares de adoração erigidos,
pelo  povo  que  acordava  cedo  para  trabalhar,  agora  era  conhecido  por  sua  decadência  moral,  pela
embriaguez de seus habitantes e suas consequências, como o adultério constante daquela mulher. Os lugares
e os altares ainda estavam presentes, mas as bênçãos e as promessas eram apenas história, o culto havia se
transformado em uma falsa adoração.
b. Crise de Identidade:
Havia também em Sicar e em toda região de Samaria uma crise de identidade que alimentava um problema
social,  os  samaritanos  e  os  judeus  não  possuíam  qualquer  espécie  de  relacionamento  e  nutriam  um  ódio
mútuo. Este era um problema social antigo causado por diversos acontecimentos históricos que geraram a
crise de identidade do povo samaritano. Depois da morte se Salomão, o reino de Israel foi dividido em dois
reinos: Judá, o Reino do Sul com a capital em Jerusalém, e Israel, o novo Reino do Norte com a primeira
capital em Siquém, posteriormente toda Samaria.
Mais tarde, o Reino do Norte, Israel, foi invadido pela Assíria e boa parte de sua população foi deportada
para  Hala  na  Mesopotâmia.  E  para  que  a  terra  não  ficasse  desabitada,  a Assíria  renovou  a  população  de
Samaria com povos de diversas nações. Estas pessoas trouxeram suas culturas e crenças e na miscigenação
destes povos a adoração ao Senhor encheu­se de idolatria, nascendo um culto misto sem identidade e uma
nova sociedade, os samaritanos. Foi por esta razão que JESUS disse para aquela mulher: “Vós adorais o que
não conheceis, nós adoramos o que conhecemos”.
c. Crise Espiritual:
Esta era outra crise vivida pelos samaritanos, eles adoravam o que não conheciam. Pelo teor da conversa
daquela  mulher  com  JESUS,  percebemos  que  ela  não  estava  alheia  ao  culto  ou  a  adoração  que  se  fazia
naquele  lugar.  Provavelmente  era  alguém  que  praticava  frequentemente  rituais  religiosos  em  uma  ansiosa
busca  de  saciar  a  sede  de  seu  coração.  JESUS  já  havia  detectado  esta  sede  e  propositalmente  começa  a
saciá­la, curando­a de todas as suas crises, pois é a crise espiritual que gera a crise de identidade e a crise
moral.
Ao iniciar uma conversa com uma mulher adúltera JESUS a curou de sua crise moral, ao lhe pedir água para
beber  JESUS  quebrou  um  paradigma  social  e  a  curou  de  sua  crise  de  identidade.  Mas  JESUS  precisava
chegar à raiz, ele precisava tocar a alma, saciar a sede de espírito daquela mulher, então revela o seu pecado.
Mas o objetivo não era constrangê­la, muito menos acusá­la, JESUS queria despertar a sede espiritual que
havia em seu coração e saciá­la.
E foi isto que Ele fez! Ao ter seu pecado exposto, aquela mulher poderia ficar envergonhada e aterrorizada,
poderia  sair  correndo  para  tentar  salvar  sua  vida  de  um  apedrejamento.  Mas  em  uma  fração  de  segundos
acontece uma revolução em seu coração, ela percebe que apenas uma revelação do próprio DEUS faria um
estranho  saber  dos  seus  segredos,  e  aquilo  era  algo  maravilhoso.  Parecia  impossível,  mas  estava
acontecendo, era a primeira experiência espiritual verdadeira de sua vida, então ela imediatamente o adora
dizendo: “Senhor... vejo que És profeta!”.
E sem perder tempo ela expõe a sede do seu coração, despeja prontamente o questionamento que aflige a
sua alma: “Já que És profeta, então me responda: Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis
que  em  Jerusalém  é  o  lugar  onde  se  deve  adorar. Afinal,  qual  é  o  lugar  certo?  Qual  é  a  forma  certa?  Eu
preciso saber pois desejo de todo o meu coração adorar verdadeiramente ao Senhor”.
É neste momento que a mulher faz uma confissão apaixonada a JESUS, uma confissão cheia de sentimentos
de fé e esperança que ELE esperava e ainda espera encontrar no coração de toda a humanidade:
“Eu sei que há de vir o Messias, chamado Cristo, eu estou esperando ansiosamente por Ele. E quando Ele
vier, anunciará todas as coisas e finalmente saciará a sede do meu coração!”. No sermão do Monte JESUS
disse: “Bem­Aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos”. Mt 5:6.
2. A VERDADEIRA ADORAÇÃO
JESUS havia encontrado alguém que ainda guardava em seu coração a verdadeira esperança. Sua passagem
por Sicar não era em vão, a travessia por Samaria tinha um propósito. Antes de passar por ali, JESUS estava
na Judéia anunciando o Reino de DEUS e batizando muitas pessoas, mas sua saída teve uma causa. O texto
registra  que  ao  saber  que  os  fariseus  ouviram  falar  que  Ele  batizava  mais  pessoas  que  João,  se  retirou  da
Judéia. Os fariseus representavam a lei e sua insuficiência, os rituais sem sentido, a adoração de aparência
totalmente distante na essência.
A  adoração  de  aparência  não  é  capaz  de  reconhecer  o  CRISTO,  uma  adoração  de  aparência  não  atrai  a
presença de JESUS. O Reino de DEUS já havia chegado à Judéia e muitas pessoas estavam sendo batizadas,
mas  a  persistência  da  falsa  adoração,  de  rituais  sem  sentido  e  de  um  culto  corrompido  repele  a  presença
transformadora de Cristo. Ele não permanece onde há falsa adoração, o Reino de DEUS não se estabelece
onde a essência foi corrompida, a Sua presença não é incompatível onde só há aparência.
JESUS  precisava  encontrar  verdadeiros  adoradores  e  Ele  sabia  onde  havia  um  coração  capaz  de  mudar  a
história de um povo através da verdadeira adoração. O clamor do coração daquela mulher já era conhecido
nos  céus,  a  sede  incontrolável  pela  revelação  do  Cristo  e  a  chegada  do  Reino  de  DEUS  já  havia  subido
como aroma agradável ao coração de DEUS. JESUS precisava encontrar aquela mulher, Ele estava ansioso
para  saciar  a  sede  do  seu  coração,  Ele  estava  pronto  para  transformar  não  apenas  a  história  de  uma  das
pessoas mais rejeitadas da cidade, mas de toda a sociedade através do desejo ardente daquela mulher pela
verdadeira adoração.
e começa a saciar a sede daquela mulher, não mais de fora pra dentro, mas de dentro pra fora. Ela jamais
tornaria  a  ter  aquela  sede  novamente  por  que  agora  havia  no  seu  interior  uma  fonte  a  jorrar  para  a  vida
eterna. Estava estabelecida naquele lugar a verdadeira adoração, não mais nos altares de Gerizim, não mais
nos  altares  de  Jerusalém,  mas  em  cada  coração  apaixonado  e  sedento  pela  verdadeira  adoração.  E  assim
JESUS instituiu o novo culto, transformando nossos corpos em templos e nossos corações em altares, fontes
conectadas à eternidade para saciar a sede da humanidade.
3. OS VERDADEIROS ADORADORES
Naquele momento aquela mulher entendeu que a verdadeira adoração não estava no cumprimento de rituais
no  Templo  em  Jerusalém,  não  estava  nas  tradições  patriarcais  nem  na  crença  dos  seus  antepassados.  A
verdadeira adoração estava no ato de reconhecer a Fonte de Água Viva e beber dela, tornar­se uma extensão
dela.
Quando JESUS se revelou como A Fonte Eterna de Água Viva, aquela mulher fez um clamor desesperado:
“Dá­me desta água para que eu não mais tenha sede”. Ela não queria mais da água da Fonte de Jacó, não
queria mais as tradições vazias, o culto equivocado, a falsa adoração. Ela queria saciar a sua alma com algo
eterno e nunca mais ter esta sede. Ela queria adorar verdadeiramente ao Senhor.
Os tempos passaram, mas a humanidade continua desesperadamente sedenta por esta mesma água. Existem
milhares  de  pessoas  que  estão  cansadas  de  buscar  água  nas  tradições  vazias,  nos  rituais  sem  sentido,  nos
cultos sem a presença da Fonte que sacia a alma, JESUS CRISTO. As pessoas continuam com as mesmas
indagações, procurando o lugar certo para adorar, se em Gerizim ou Jerusalém, se em uma igreja ou outra,
se  na  prática  de  uma  tradição  ou  de  um  ritual.  Todas  igualmente  vazias  e  sedentas  clamando  ao  Senhor:
“Dá­me desta água para que eu não tenha mais sede”.
Mas  a  resposta  de  JESUS  continua  a  mesma,  pois  Ele  é  o  mesmo  ontem,  hoje  e  será  eternamente.  “Nem
neste  monte  nem  em  Jerusalém,  nem  nos  templos  físicos  ou  nas  casas,  nem  através  de  rituais  nem  de
tradições. A hora já chegou em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade,
porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito e importa que os seus adoradores o
adorem em espírito e em verdade”.
a. Filhos de DEUS
Os verdadeiros adoradores são aqueles que não têm apenas a aparência, eles possuem a mesma essência de
JESUS,  amam  a  verdade,  são  genuínos  e  sinceros,  são  verdadeiramente  imitadores  de  CRISTO.  Os
verdadeiros adoradores são aqueles que já não vivem mais para si, entregaram suas vidas com o propósito
de reverenciar ao Seu Senhor, se prostram em humilhação diante da Sua presença e se dispões em cumprir a
vontade do Pai.
b. Adoram ao Pai
Os verdadeiros adoradores são aqueles que se tornaram Filhos de DEUS recebendo a JESUS como Senhor e
Salvador.  O  homem  foi  criado  com  o  propósito  de  ser  amigo  de  DEUS,  mas  perdeu  este  privilégio.  Não
havia  como  restaurar  este  relacionamento,  restava  ao  homem  apenas  a  destruição.  Mas  JESUS  decidiu
compartilhar do Seu direito de Filho concedendo­o ao homem como privilégio. O homem só pode voltar a
ter  relacionamento  com  DEUS  por  causa  de  JESUS,  Ele  é  o  único  caminho,  o  único  acesso  ao  Pai.  Os
verdadeiros  adoradores  reconhecem  que  a  adoração  passa  por  JESUS,  os  verdadeiros  adoradores
reconhecem que tem este direito como privilégio, os verdadeiros adoradores amam a CRISTO com todo o
seu  coração  e  transformam  seus  corpos  em  altares  para  receber  o  sacrifício  de  CRISTO  e  O  revelam  ao
mundo. Os verdadeiros adoradores adoram a CRISTO como Senhor, por isto tem a DEUS como Pai.
Por  causa  de  JESUS  os  verdadeiros  adoradores  não  mais  temem  a  DEUS  como  a  um  juiz  severo,  mas  O
reverenciam e respeitam como um Pai amoroso que entregou o próprio Filho para também nos fazer Seus
filhos.
c. Adoram em Espírito e em Verdade
Ao  criar  o  homem,  DEUS  decidiu  fazê­lo  à  sua  imagem  e  semelhança,  mas  isto  não  se  refere  às
características  físicas,  pois  DEUS  é  Espírito.  DEUS  criou  o  homem  com  a  mesma  essência  de  sua
existência: santo, perfeito e eterno. Havia apenas uma diferença, DEUS colocou estes três atributos em um
elemento físico, o corpo. O relacionamento de DEUS com o homem sempre foi no plano espiritual, mesmo
antes do pecado, mesmo o homem existindo em uma estrutura física. Analisando superficialmente os textos
de Gênesis, temos uma primeira impressão que quando DEUS descia ao Jardim para conversar com Adão
era  de  forma  física,  mas  não  havia  necessidade  para  isto,  mesmo  em  corpo  físico, Adão  e  Eva  também
viviam em um ambiente espiritual.
Com o pecado este relacionamento foi rompido: a essência do homem foi contaminada e ele deixou de ser
santo, sem santidade ele deixou de ser perfeito e sem a perfeição deixou de ser eterno, tornando­se um ser
mortal. Se não havia mais semelhança com DEUS, o que restou ao homem aqui na terra foi o que havia de
físico e nenhuma comunicação com o mundo espiritual. Assim como um galho que cortado da árvore, sua
fonte de nutrientes e vida, logo seca e morre, assim se tornou o corpo físico do homem sem contato com o
espírito eterno de DEUS, condenado a morte. Então se tornou necessário que alguém eterno e perfeito, mas
de forma humana, pudesse novamente refazer esta ligação com DEUS, uma ligação humana, mas de forma
espiritual. Esta ligação foi chamada de culto, de adoração.
E  se  a  adoração  é  um  ato  espiritual,  porque  que  existem  os  rituais  físicos?  Quando  o  homem  pecou,  a
solução  anunciada  do  sacrifício  de  Cristo  precisaria  de  um  tempo,  de  uma  cultura  e  de  uma  nação  para
alcançar todas as nações da terra, mas a sentença de morte era imediata. Para resolver este dilema até que
tudo estivesse preparado para a chegada do Messias, uma solução temporária e simbólica foi estabelecida,
um ato representativo do sacrifício de CRISTO, o culto através do sacrifício de animais em um altar. Esta
era a adoração com rituais.
Ao cumprir o sacrifício definitivo, o temporário não era mais necessário, Cristo em um corpo físico permitiu
de uma vez por todas a comunicação do homem com DEUS. Após sua morte, a comunicação com DEUS
retornou ao âmbito espiritual e o corpo humano tornou­se o novo altar para receber o sacrifício de CRISTO.
Na antiga adoração, o sacrifício era oferecido mediante o fogo que descia do céu. Era o fogo que recebia o
sacrifício e o elevava de forma agradável a DEUS. Não podia ser fogo estranho, fogo fabricado por homens,
tinha que ser o próprio fogo enviado por DEUS. CRISTO foi oferecido na Cruz do Calvário e o Fogo que o
elevou  na  mais  perfeita  adoração  como  sacrifício  agradável  foi  o  Espírito  Santo.  Após  Sua  morte  e
ressurreição,  ELE  transformou  Seus  filhos  em  altares  para  oferecer  sobre  si  o  Seu  próprio  sacrifício,  Ele
voltou  para  o  Pai  e  enviou  do  Céu  o  Seu  Fogo,  o  Espírito  Santo  para  que  a  verdadeira  adoração  fosse
novamente oferecida: a adoração no nosso espírito, através do Espírito Santo, e em verdade. Esta verdade é
o próprio Cristo, o sacrifício definitivo que foi oferecido para a redenção da humanidade.
Esta é a verdadeira adoração que o Pai espera de Seus filhos, este é o verdadeiro culto que CRISTO espera
de Sua Noiva... “Que ela apresente seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso
culto racional”.
CONCLUSÃO:
Este é o clamor dos verdadeiros adoradores que adoram em espírito e em Verdade: “Dá­me desta água para
que eu não tenha mais sede! Dá­me deste fogo para que o sacrifício sobre o altar seja oferecido!”. Sacia meu
ser,  sacia  minha  alma,  sacia  meu  coração.  Transforma  minha  vida  em  uma  Fonte  a  jorrar  para  a  vida
eterna!”.
Aquela  mulher  teve  um  encontro  transformador  com  JESUS.  Ele  a  curou  de  todas  as  suas  crises  e
transformou  sua  vida  em  uma  fonte  a  jorrar  salvação.  Antes  escória  da  sociedade,  agora  uma  poderosa
evangelista  que  transformou  a  história  de  uma  cidade  através  do  seu  testemunho  e  da  sua  sede  pela
verdadeira adoração.
Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele
me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os samaritanos ter com Jesus, pediam­lhe que permanecesse
com eles; e ficou ali dois dias. Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra, e diziam à mulher: Já
agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é
verdadeiramente o Salvador do mundo.
O  mundo  está  repleto  de  samaritanos  esperando  alguém  que  comece  a  adorar  em  espírito  e  em  verdade,
existem muitos lugares como Sicar aguardando verdadeiros adoradores...

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