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apontam que não há consenso para tal, e que por outro lado, um dos caminhos mais
consensuais seja apontar o que não é uma teoria. Atentam para elementos que são
comumente utilizados para fazer alusão a uma teoria, mas que ao fim e ao cabo não são e que
são indicativos de evitar: referências, dados, lista de variáveis ou construto, Diagramas,
hipóteses ou predições.
Acho que o debate não é sobre verdade ou não verdade de uma teoria. Mas o quanto ela pode
ou não ser refutada pelo que se pretende.
Fiquei bastante provocado com a questão levantada sobre o fazer ciência, reflexões
epistemológicas e o lugar da teoria. Lembrei que na graduação o primeiro e talvez único
contato nessa direção foi no 1º semestre, não tive mais, apesar de ter passado por grupos de
pesquisa na graduação. E como estava bem verde pra pensar nessas coisas era mais difícil
fazer as abstrações necessárias. Aqui na UFBA o profº Wilson Sene fazia a gente viajar, voltava
da viagem, e tinha gente que ficava lá rsrs.
Nunca pensei com afinco a esse respeito epistemológico da teoria. De todo modo, pensando
nos elementos que compõe o caminho errado, eles estão muito mais ligados a centralidade
com que são utilizados no conjunto da produção, em contra ponto a marginalização de
pressupostos teóricos que dariam ligar e conexão entre si. A experiência do mestrado e o
contato com o construcionismo social me fizeram fazer reflexões mais aprofundadas para
pensar essa perspectiva teórica, seus fundamentos filosóficos e suas conexões com outras
áreas do saber. Pois contrária a máxima cartesiana de que penso, logo existo, construcionistas
partem do digo, logo existo. A primazia do lugar da linguagem na construção social das
realidades.
Nossos PPGs passam por cima da construção teórica, não provocam o passo a passo. Como
não concorda com isso se fazer isso se congressos e correlatos nos condicionam a apresentar
trabalhos em 15 min? Como produzir reflexões mais complexas com a dinâmica de cobranças
de produções extremamente alta? Isso me remete a questões éticas em que grupos e espaços
de pesquisas produzem dados falsos, produzem níveis altíssimos de assédios das mais diversas
ordens e violências pois a cadeia de produção sempre vai existir e produzir explorações na
ordem do “casa grande e senzala”, um ambiente fértil para cristalização de modus operandis
de quantidades enormes de produção e baixa qualidade aprofundada.
Outro ponto interessante sustentado pelo autor é que os estudos quantitativos tendem a ter
mais aceitação em publicações de revistas, mesmo com sustentações teóricas fracas, do que as
qualitativas que tem outros formatos metodológicos e que pressupostos teóricos são maiores
evidenciados, mas por conta da sua baixa “testagem” são colocados como pouco relevantes.
(informações lapidadas com objetivos pre-estabelecidos que podem ser empíricos ou não)
(essas estão baseadas em conceitos que por sua vez são oriundas de uma perspectiva
explicativa e teórica)