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Cultura Documentos
Coordenação Executiva
Denise Andrade Rodrigues
Luciano Santos Tavares de Almeida
Equipe Técnica
Cristina Rodrigues de Borba Vieira
Gilson Roberto Kohs
Graziela Ferrero Zucoloto
João Emilio Padovani Gonçalves
Luciana Oliveira Telles
Maria das Graças Moura Brito
Mariana Nunciaroni Zanatta Inglez
Pollyana de Carvalho Varrichio
Uirá Sorbo Semeghini
IPT
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
São Paulo
2008
I
Impresso no Brasil.
Pesquisadores
Cristina Rodrigues de Borba Vieira
Gilson Roberto Kohs
Luciana Oliveira Telles
Maria das Graças Moura Brito
Mariana Nunciaroni Zanatta Inglez
Pollyana de Carvalho Varrichio
Uirá Sorbo Semeghini
Apoio
Capa
Guilherme Mariotto
Produção gráfica
Páginas e Letras Editora e Gráfica Ltda.
Tel. (11) 3628-2144 - Fax: 3628-2139
e-mail: paginaseletras@uol.com.br
ISBN 978-85-09-00168-1
Vários colaboradores.
Bibliografia
Publicação IPT
Tiragem: 800 exemplares
II
Secretaria de Desenvolvimento
do Estado de São Paulo
Secretário
Alberto Goldman
Secretário Adjunto
Luciano Santos Tavares de Almeida
Diretor-Presidente
João Fernando Gomes de Oliveira
Diretor Financeiro
Altamiro Francisco da Silva
III
VI
VII
ESTRUTURA
Coordenação Técnica
Carlos Américo Pacheco
Denise Andrade Rodrigues
Luciano Santos Tavares de Almeida
Coordenação Geral
Hélio Nogueira da Cruz
Mariano Laplane
Roberto Vermulm
Coordenação Setorial
Siegfried Bender
Fernando Sarti
Célio Hiratuka
Rodrigo Sabbatini
Rogério Gomes
Enéas Carvalho
Diretor
José Ricardo Roriz Coelho
Equipe
Renato Corona Fernandes
Fernando Pelai
Silas Lozano Paz
Vanderléia Radaelli
Maria Cristina B. M. Flores
Coordenadores
José Luis Ricca
José Roberto dos Santos
Vahan Agopyan
Estudos Transversais
“Perspectivas para São Paulo”
Coordenação: José Roberto Mendonça de Barros
Equipe: Lídia Goldenstein, Tereza Maria Fernandez Dias da Silva, Maria Cristina Mendonça de Barros, Sergio Vale
Link: http://www.ipt.br/atividades/pit/notas/files/NT_Perspectivas_para_Sao_Paulo.pdf
VIII
“Análise das políticas estaduais de desenvolvimento industrial e de serviços no Brasil: políticas e
instrumentos tradicionais e de nova geração”
Consultor: Mariano Macedo
Link: http://www.ipt.br/atividades/pit/notas/files/NT_Politicas_estaduais_de_ desenvolvimento.pdf
IX
Equipe: Hélio Nogueira da Cruz, Mariano Laplane, Fernando Sarti, Célio Hiratuka, Rogério Gomes, Enéas
Carvalho, Siegfried Bender
Link: http://www.ipt.br/atividades/pit/notas/RelatorioConsolidadodosEstudos.pdf
Eventos Realizados
XI
XII
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................... V
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 1
XIII
XIV
ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Eletrônica FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química Tecnológico
ADRs – Agências de Desenvolvimento Regional FTTP – Fiber To The Premise
AENDA – Associação Brasileira dos Defensivos FUNTTEL – Fundo para Desenvolvimento Tecnológico
Genéricos das Telecomunicações
AFESP – Agência de Fomento do Estado de São Paulo GN – Gás Natural
ALADI – Associação Latino-Americana de Integração GTA – Guia de Trânsito Animal
ALC – América Latina e Caribe HTA – High Technology Aeronautics
ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e IAC – Instituto Agronômico de Campinas
Biocombustíveis IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
APLs – Arranjos Produtivos Locais ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento Prestação de Serviços
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento ICT – Institutos de Ciência e Tecnologia
Econômico e Social IDC – International Data Corporation
BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China IDE – Investimento Direto Estrangeiro
C&T&I – Ciência, Tecnologia e Inovação IG – Indicação Geográfica
CAD – Computer-Aided Design INATEL – Instituto Nacional de Telecomunicações
CDTA – Centro de Desenvolvimento Tecnológico da INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial
Aeronáutica IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
CENPRA – Centro de Tecnologia da Informação Renato IPGN – Indústria de Petróleo e Gás Natural
Archer IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
CESP – Companhia Energética de São Paulo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento São Paulo
Ambiental ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica
CMOs – Contract Manufacturing Organizations LCD – Liquid Crystal Display
CNAE – Classificação Nacional de Atividades Eco- MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
nômicas MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
COMPERJ – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro NAFTA – North American Free Trade Agreement
CROs – Contract Research Organizations NFC – Not From Concentrated
CTC – Centro de Tecnologia Canavieira NGNs – New Generation Netwoks (Redes de Nova
CTCC – Centro de Tecnologia do Couro e Calçados Geração)
CVC – Clorose Variegada dos Citros OCDE – Organização para Cooperação e Desenvol-
DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral vimento Econômico
ECIP – Estudo de Competitividade da Indústria Paulista OIDA – International Optoelectronics Association
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa OLED – Organic Light Emitting Diodes
Agropecuária OMC – Organização Mundial do Comércio
EMHO – Equipamentos Médicos, Hospitalares e ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo
Odontológicos P&D – Pesquisa e Desenvolvimento
ESP – Estado de São Paulo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
ETECs - Escolas Técnicas Estaduais PAS – Pesquisa Anual de Serviços
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado PEIAB – Programa de Expansão da Indústria Aeroes-
de São Paulo pacial Brasileira
FATECs – Faculdades de Tecnologia PGO – Plano Geral de Outorgas
FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo PIA – Pesquisa Industrial Anual
XV
XVI
FIGURAS
Figura 2.1. Taxa de crescimento médio anual do produto industrial do mundo e regiões
selecionadas, entre 1995-2000 e 2000-2005 (em %) ............................................................... 7
Figura 2.2. Taxa de crescimento médio anual do produto industrial da América Latina e Caribe e Sul
e Sudeste Asiático, entre 1995-2000 e 2000-2005 (em %) ....................................................... 8
Figura 2.3. Setores vencedores e perdedores em setores dinâmicos e em regressão .............................. 15
Figura 3.1. Participação da indústria paulista e dos 25 setores examinados no ECIP na indústria
brasileira segundo VTI, pessoal ocupado e salários em 2005 (em %) ...................................... 22
QUADROS
Quadro 3.1. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Aeronáutica ........................ 27
Quadro 3.2. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas:
Veículos Leves e Veículos Pesados ........................................................................................ 30
Quadro 3.3. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Autopeças .......................... 31
Quadro 3.4. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Bebidas ............................. 34
Quadro 3.5. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Bens de Capital sob
Encomenda para Geração, Transmissão e Distribuição de Energia ......................................... 37
Quadro 3.6. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Carne Bovina ..................... 40
Quadro 3.7. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Cimento ............................. 43
Quadro 3.8. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas:
Componentes Semicondutores .............................................................................................. 46
Quadro 3.9. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Couro e Calçados .............. 49
Quadro 3.10. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Defensivos Agrícolas .......... 51
Quadro 3.11. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Equipamentos de
Informática ............................................................................................................................. 54
Quadro 3.12. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas:
Equipamentos Médico-Hospitalares e Odontológicos ................................................................. 56
Quadro 3.13. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas:
Equipamentos de Telecomunicação ......................................................................................... 60
Quadro 3.14. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Farmacêutico ........................ 64
Quadro 3.15. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Fotônica ................................ 67
Quadro 3.16. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Máquinas-Ferramenta ........ 70
Quadro 3.17. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Petróleo e Gás Natural ........ 74
Quadro 3.18. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas: Petroquímica ...................... 77
Quadro 3.19. Diagnósticos setoriais sistematizados por dimensões estratégicas:
Serviços de Telecomunicação ............................................................................................... 78
XVII
TABELAS
Tabela 2.1. Grau de ameaça chinesa aos produtos manufaturados* brasileiros, por região e país
importador, entre 2003 e 2006 (em % e US$ milhões) ............................................................. 10
Tabela 2.2. Taxa de crescimento médio anual do produto industrial em países selecionados,
1995 a 2000 e 2000 a 2005 (em %) ........................................................................................ 10
Tabela 2.3. Participação da indústria no PIB em países selecionados em 1995, 2000 e 2005 (em %) ......... 11
Tabela 2.4. Participação relativa de países selecionados no produto industrial mundial e dos países
em desenvolvimento em 1995, 2000 e 2005 (em %). .............................................................. 12
Tabela 2.5. Participação no VTI das estruturas industriais do Brasil, São Paulo e Brasil sem São Paulo
segundo grupos de intensidade tecnológica (OCDE) de 1996 a 2005 (em %) ........................... 17
Tabela 2.6. Participação no VTI das estruturas industriais do Brasil, São Paulo e Brasil sem São Paulo
segundo grupos de intensidade tecnológica (IBGE) de 1996 a 2005 (em %) ............................ 19
XVIII
1. Introdução
1
Atualmente denominada Diretoria de Gestão Estratégica (DGE).
plásticos; veículos leves e pesados. Para cada um deles foram elaborados relatórios
setoriais, discutidos com especialistas, empresários e representantes de várias
esferas de governo, compondo um vasto material com propostas de políticas para
alavancar a competivividade da indústria.
A publicação está dividida na apresentação dos cenários econômicos mundial
e brasileiro e da relativa redução da participação da indústria paulista no período
recente ante estes cenários. Em seguida, apresenta os 25 diagnósticos setoriais a
partir dos quais são apresentadas as principais propostas para o aumento da
competitividade industrial sugeridas pela SD. Destacam-se também algumas
propostas para os setores considerados “portadores de futuro”, como os de petróleo
e gás natural, fotônica, componentes semicondutores e energias alternativas. Por
fim, são feitas algumas considerações acerca dos resultados apresentados.
2. O Desempenho Recente
da Indústria Paulista
1
Conjunto de projetos de investimentos públicos e privados a serem realizados no período de 2007 a 2010,
listados pelo governo federal.
9,0
8,1
8,0
7,0
Mundo
6,0
5,1 Países
5,0
Desenvolvidos
3,9
4,0 Países em
3,3 3,1 Desenvolvimento
2,8 3,0
3,0
Países em
2,0 1,7 Transição
1,0
0,0
1995-2000 2000-2005
Figura 2.1: Taxa de crescimento médio anual do produto industrial do mundo e regiões selecionadas,
entre 1995-2000 e 2000-2005 (em %).
Fonte: Elaboração NEIT/IE/UNICAMP a partir de dados da UNIDO.
9,0
8,0
8,0
6,0
4,0
1,0
0,0
1995-2000 2000-2005
Figura 2.2: Taxa de crescimento médio anual do produto industrial da América Latina e Caribe e Sul
e Sudeste Asiático, entre 1995-2000 e 2000-2005 (em %).
Fonte: Elaboração NEIT/IE/UNICAMP a partir de dados da UNIDO.
peças e componentes dos demais países dentro da região. Além disso, o próprio
crescimento da demanda interna vem exercendo os mesmos efeitos de encadeamento
sobre o restante dos países asiáticos. Importante destacar que a ameaça asiática e,
em particular chinesa, foi identificada em vários setores analisados pelo estudo “Uma
Agenda de Competitividade para a Indústria Paulista”.
Utilizando a metodologia proposta por Lall e Weiss (2007), Hiratuka e Sarti
(2007) construíram um indicador de ameaça chinesa às exportações brasileiras. Uma
ameaça é considerada presente quando, para um determinado produto e um mesmo
mercado, observa-se a queda de market-share (participação de mercado) do Brasil
ao mesmo tempo em que ocorre um aumento dessa participação da China. Essa seria
a situação de ameaça direta. Um segundo tipo de ameaça, classificada como indireta,
estaria presente quando os dois países apresentam aumento de market-share, mas a
taxa de crescimento verificada na China é maior do que a do Brasil.
Os resultados apontam um crescimento expressivo da ameaça direta chinesa
nas regiões da ALADI, MERCOSUL e NAFTA, nas quais o Brasil tem uma
significativa inserção de exportações de bens manufaturados. Em 2003, apenas
17,1% do total importado do Brasil por essas regiões estavam sob ameaça direta
(Tabela 2.1). Em 2006, essa participação se expandiu para 37,9%, abarcando uma
gama de produtos manufaturados que totalizaram US$ 17,6 bilhões. Quando se
considera também a ameaça indireta, o total de produtos ameaçados atinge 81% da
pauta, em um montante de vendas externas de US$ 37,6 bilhões.
A análise por região permite observar que, no caso da ALADI, a ameaça direta
atinge mais de um terço da pauta de importação proveniente do Brasil, em um montante
que superou US$ 3,2 bilhões em 2006. Para o MERCOSUL, o indicador de ameaça
direta teve uma taxa de crescimento ainda mais expressivo, saltando do patamar de
10,3% para 41,1%, abrangendo produtos que totalizaram o valor de US$ 5 bilhões das
importações provenientes do Brasil, em 2006. Para o NAFTA, esse montante superou
US$ 9,4 bilhões e envolveu 37,4% da pauta em 2006, contra 19% em 2003.
Retornando à análise da evolução do setor industrial brasileiro, apesar do
melhor desempenho no período 2000-2005, verificou-se a continuidade do processo
de stop and go, com a alternância de períodos de alto e baixo crescimento. Em
2001, a crise energética impediu, de forma repentina, a expansão da indústria, iniciada
no ano 2000. Já em 2003 e 2005, o desempenho do setor industrial refletiu, em
grande parte, os efeitos de uma política macroeconômica bastante restritiva.
É interessante notar ainda que, na maioria dos países asiáticos, o crescimento
do produto industrial ocorreu a taxas superiores à do PIB não industrial, o que
significou um aumento da participação da indústria de transformação no PIB.
10
11
12
13
2
Vale mencionar que estes setores examinados são mais abrangentes do que a amostra setorial referente ao
estudo “Uma Agenda de Competitividade para a Indústria Paulista”, conforme é apresentado na justificativa
do item 3.1.
14
25,0
Variação da Participação do Setor
20,0
15,0
no VTI do Brasil
10,0
5,0
-
(15,0) (10,0) (5,0) - 5,0 10,0 15,0
(5,0)
(10,0)
(15,,0
(20,0)
(25,0)
15
16
Tabela 2.5: Participação no VTI das Estruturas Industriais do Brasil, São Paulo e
Brasil sem São Paulo, segundo Grupos de Intensidade Tecnológica (OCDE) entre
1996 e 2005 (em %)
Participação dos grupos de intensidade tecnológica no VTI do Brasil
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 41,8 41,4 42,0 41,6 38,7 40,0 40,4 40,1 39,1 39,4
2. Média Baixa Intensid. 22,7 22,4 22,9 24,7 28,3 26,5 27,0 28,9 28,8 30,3
3. Média Alta Intensid. 26,9 27,5 26,5 24,9 23,8 24,3 24,3 24,3 25,1 23,5
4. Alta Intensidade 8,6 8,7 8,6 8,8 9,2 9,2 8,2 6,7 7,0 6,8
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Participação dos grupos de intensidade tecnológica no VTI de São Paulo
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 33,5 33,1 32,7 32,2 29,8 29,9 29,8 29,6 28,1 28,4
2. Média Baixa Intensid. 21,5 21,4 21,3 23,9 27,3 26,0 27,8 29,3 29,3 31,2
3. Média Alta Intensid. 34,4 34,4 34,2 31,0 29,8 30,9 30,8 31,5 32,2 30,7
4. Alta Intensidade 10,6 11,1 11,8 12,9 13,1 13,2 11,6 9,6 10,5 9,8
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Participação dos grupos de intensidade tecnológica no VTI do Brasil (exceto São Paulo)
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 50,0 49,5 51,0 49,7 46,0 47,8 48,3 47,4 46,5 46,8
2. Média Baixa Intensid. 23,8 23,5 24,6 25,5 29,1 26,9 26,5 28,6 28,5 29,7
3. Média Alta Intensid. 19,5 20,7 19,1 19,6 18,8 19,2 19,5 19,4 20,4 18,7
4. Alta Intensidade 6,7 6,2 5,4 5,3 6,1 6,1 5,8 4,7 4,6 4,8
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Participação de São Paulo no VTI por grupo de intensidade tecnológica
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 39,5 39,7 38,4 35,8 34,4 33,0 31,3 30,2 28,9 28,9
2. Média Baixa Intensid. 46,9 47,2 45,7 44,7 43,1 43,1 43,6 41,4 40,9 41,3
3. Média Alta Intensid. 63,2 62,1 63,6 57,7 56,2 55,9 53,8 53,0 51,6 52,3
4. Alta Intensidade 60,7 63,7 68,0 67,9 63,7 62,9 59,6 58,6 60,3 57,6
Total 49,4 49,6 49,3 46,3 44,8 44,0 42,4 40,9 40,3 40,1
Fonte: Elaboração NEIT/IE/UNICAMP a partir de dados da PIA/IBGE.
17
18
Tabela 2.6: Participação no VTI das estruturas industriais do Brasil, São Paulo e
Brasil sem São Paulo, segundo Grupos de Intensidade Tecnológica (IBGE) entre
1996 e 2005 (em %)
Participação dos grupos de intensidade tecnológica no VTI do Brasil
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 35,4 35,6 35,7 34,6 31,7 33,1 32,9 33,2 32,6 34,1
2. Média Baixa Intensid. 22,1 22,3 22,7 22,3 22,0 21,6 22,7 23,0 23,4 22,3
3. Média Alta Intensid. 18,3 18,1 18,0 19,3 17,4 16,9 17,3 17,5 17,3 16,0
4. Alta Intensidade 24,1 24,0 23,7 23,9 28,9 28,3 27,2 26,4 26,7 27,7
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Participação dos grupos de intensidade tecnológica no VTI de São Paulo
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 28,7 28,9 27,9 27,0 24,5 24,6 24,1 24,3 22,3 24,0
2. Média Baixa Intensid. 20,7 20,7 20,7 21,2 20,6 20,1 21,0 22,0 23,2 22,6
3. Média Alta Intensid. 21,1 21,2 21,2 22,5 20,4 19,8 20,8 22,1 21,0 20,3
4. Alta Intensidade 29,5 29,2 30,2 29,3 34,5 35,4 34,2 31,6 33,4 33,1
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Participação dos grupos de intensidade tecnológica no VTI do Brasil (exceto São Paulo)
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 42,0 42,1 43,2 41,1 37,4 39,8 39,3 39,4 39,5 40,8
2. Média Baixa Intensid. 23,5 24,0 24,6 23,2 23,2 22,8 23,9 23,6 23,5 22,1
3. Média Alta Intensid. 15,6 15,1 14,9 16,5 15,0 14,6 14,7 14,3 14,8 13,1
4. Alta Intensidade 18,9 18,9 17,3 19,2 24,3 22,8 22,1 22,7 22,2 24,0
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Participação de São Paulo no VTI por grupo de intensidade tecnológica
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. Baixa Intensidade 40,1 40,3 38,6 36,1 34,7 32,7 31,1 29,9 27,6 28,2
2. Média Baixa Intensid. 46,2 46,0 44,9 44,1 41,8 40,9 39,3 39,2 39,9 40,6
3. Média Alta Intensid. 56,9 58,0 58,1 54,1 52,4 51,6 51,0 51,7 48,8 51,0
4. Alta Intensidade 60,3 60,4 62,9 56,7 53,5 55,0 53,3 49,0 50,4 48,0
Total 49,4 49,6 49,3 46,3 44,8 44,0 42,4 40,9 40,3 40,1
Fonte: Elaboração NEIT/IE/UNICAMP a partir de dados da PIA/IBGE.
19
20
3. Diagnósticos Setoriais
21
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
VTI Pessoal Ocupado Salários
22
23
24
25
26
no Estado de São Paulo, particularmente na região de São José dos Campos - ITA,
USP, UNITAU, UNIVAP, UNIP, UFMG, além da FATEC.
O Quadro 3.1 apresenta o diagnóstico do setor, sistematizando seus principais
gargalos, oportunidades e demandas, de acordo com as seguintes dimensões
estratégicas de atuação: Recursos Humanos, Tecnologia e Inovação, Regulação,
Infra-estrutura e Logística e Meio Ambiente.
27
28
29
30
3.2.3 Bebidas
O estudo sobre a competitividade do setor de bebidas teve como foco os
seus quatro principais segmentos: água envasada, refrigerante, cerveja e aguardente
de cana. Os segmentos de refrigerante e cerveja respondiam por mais de 90% do
faturamento total do setor em 2005. Por sua vez, os segmentos produtores de água
envasada e de aguardente de cana representavam cerca de 5% do faturamento
total deste setor no mesmo ano.
No setor de bebidas, o principal fator de competitividade é a proximidade dos
centros consumidores e a logística, especialmente a ampla e moderna malha
rodoviária. Também em razão da necessidade de proximidade do mercado
consumidor, o comércio exterior de produtos do setor é pequeno.
O mercado brasileiro de águas envasadas cresceu a uma taxa média de
15% ao ano desde 1990. Embora o consumo per capita médio brasileiro seja
relativamente baixo (30 litros/ano), em São Paulo, que concentra 40% da produção
brasileira, ele atinge cerca de 75 litros/ano. Uma das características do segmento
de água envasada é a diferenciação de produtos por meio de embalagens e sabores
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3. Diagnósticos Setoriais
3.2.6 Cimento
O cimento é um produto de intensa utilização na construção civil, o que
confere à indústria cimenteira uma grande importância no cenário econômico. Trata-
se de um setor caracterizado pelo grande consumo de energia, pela intensividade
em capital fixo e pela propensão a apresentar economias de escala.
As economias de escala, a grande quantidade de capital imobilizado, a
presença de capacidade ociosa e a vantagem competitiva proporcionada pela
proximidade de insumos minerais constituem barreiras à entrada de novos
produtores. Os efeitos destas barreiras sobre as condições de concorrência são
potencializados pelo alcance regional do mercado relevante. Os custos de transporte
limitam o raio de comercialização de um produto de valor unitário baixo e com
pouca durabilidade em condições de armazenamento. Isto também explica o baixo
valor das trocas internacionais no setor.
A indústria de cimento é tecnologicamente madura, com poucas inovações
de produto. As inovações mais significativas têm ocorrido nos processos
produtivos e nos bens de capital, ou seja, as principais inovações encontram-se
na cadeia de fornecedores de equipamentos com melhorias no processo
produtivo. Ainda que nas empresas líderes mundiais os esforços tecnológicos
sejam modestos, as oportunidades para inovações não devem ser desprezadas,
já que estão surgindo novas rotas tecnológicas a partir da utilização de
nanotecnologias em cimento e do advento de produtos com características
diferentes e adequados a finalidades específicas.
O consumo mundial de cimento aumentou a uma taxa anual de quase 5%,
entre 1992 e 2005. O crescimento, entre 2001 e 2005, acelerou-se e atingiu 7,8%.
A China, o maior responsável por esse dinamismo, contribuiu com 68% do aumento
do consumo naquele período e demandou 45% do cimento produzido no mundo, em
2005. A Índia é o segundo foco de crescimento em um mercado em que os países
em desenvolvimento apresentam relevância muito maior do que habitualmente têm
na economia mundial.
As empresas líderes mundiais têm um perfil bem focalizado em cimento e,
secundariamente, na produção de concreto e agregados (areia e brita). Depois de
um processo de concentração e internacionalização, os seis maiores grupos
produtores de cimento controlam, atualmente, cerca de 40% da capacidade de
produção no mundo, excluindo-se a China. Em um setor em que o comércio
internacional é estruturalmente restringido, a internacionalização das empresas foi
o caminho para que o crescimento das empresas de cimento se mantivesse.
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e China foi projetada para US$ 266 bilhões em 2006, dos quais a China representa US$
137 bilhões, o que evidencia uma grande oportunidade de investimentos nestes países.
Com relação às principais tendências tecnológicas mundiais, identifica-se a
inovação em novos materiais, como cerâmicas e polímeros para o segmento de
próteses e implantes, enquanto para o segmento de equipamentos médicos surgem
os procedimentos menos invasivos e aqueles voltados à redução das transfusões de
sangue ou melhoria da análise do sangue para evitar contaminações.
No comércio mundial de EMHO, a participação brasileira foi de 0,9% das
exportações e 2% das importações no período entre 2003 e 2006. As exportações
foram de US$ 185 milhões, concentradas em produtos de menor conteúdo tecnológico,
enquanto as importações atingiram US$ 660 milhões, tendo como resultado um
saldo negativo de US$ 476 milhões, no mesmo período. No Brasil, 79,6% das
empresas são de capital nacional, sendo que 31,9% são de pequeno porte, 58,2%
de médio e 9,9% de grande porte. As vendas da indústria estão distribuídas entre
48% para o setor privado, 44% para o governo e 8% para o mercado externo.
Com relação ao desenvolvimento tecnológico, as empresas deste setor são mais
inovadoras que a média das empresas da indústria de transformação. Em termos
percentuais, 68% das empresas do setor foram consideradas inovadoras pela PINTEC
(dados de 2003 a 2005), contra 33,5% da indústria de transformação. Uma comparação
entre as empresas do setor e as empresas da indústria de transformação mostra que as
taxas de inovação em produto são de 44,7% para a indústria de EMHO, contra 33,5%
da indústria de transformação e que ambas apresentam uma taxa de inovação em
processos de 30,6%. Com relação aos gastos com atividades internas de P&D, calculados
pela média por empresa, observamos que as empresas de EMHO gastaram R$ 534 mil
no ano de 2005, ao passo que em 2000 tais gastos foram de R$ 345 mil, o que demonstra
um crescimento de 54% no período entre 2000 e 2005. Entre os principais obstáculos à
inovação no setor estão os riscos econômicos e os elevados custos associados à inovação.
O Estado de São Paulo é o maior produtor de equipamentos médico-
hospitalares do país, representando 57% do emprego nacional do setor e cerca de
43% dos estabelecimentos. O setor caracteriza-se por empresas nacionais de
pequeno e médio porte que geralmente exportam produtos de baixo conteúdo
tecnológico. Por outro lado, importa equipamentos mais sofisticados, de média e
alta tecnologia, principalmente por meio do comércio intra-firma de grandes grupos
internacionais. Os principais determinantes da competitividade e os desafios desta
indústria são a qualificação da mão-de-obra, a existência de barreiras técnicas em
vários países que poderiam importar equipamentos e a regulação nacional do setor.
O Quadro 3.12 apresenta o diagnóstico do setor, sistematizando seus principais
gargalos, oportunidades e demandas, de acordo com as seguintes dimensões
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3.2.13 Farmacêutico
A indústria farmacêutica mundial pode ser caracterizada como um oligopólio
baseado em ciências, com elevadas barreiras à entrada associadas a vultosos gastos
em P&D e marketing, formado por empresas de portes distintos e alto grau de
internacionalização. O elevado número de fusões entre os grandes grupos
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3.2.14 Fotônica
O termo fotônica foi inicialmente utilizado para representar o conhecimento
e as técnicas ligadas ao processamento de sinais utilizando os fótons em lugar dos
elétrons na indústria eletrônica. Mas, atualmente, seu uso é mais amplo, referindo-
se às aplicações modernas da óptica que apareceram após a invenção do laser,
nos anos 1960, com interface nas áreas de comunicações ópticas, displays,
iluminação à base de semicondutores e materiais orgânicos, ciências da vida,
lasers industriais e energia fotovoltaica.
O mercado mundial de fotônica, em 2006, foi da ordem de US$ 565 bilhões,
segundo a International Optoelectronics Development Association (OIDA),
sendo que a estimativa para este mercado é da ordem de US$ 1,2 trilhão, em 2017.
A participação brasileira no segmento é de cerca de 1,8% e consiste essencialmente
de produtos importados ou montados no país com componentes importados.
O Estado de São Paulo tem alguns dos atributos críticos para o desenvol-
vimento e aplicação da fotônica: centros científicos com excelência reconhecida
em fotônica, capacidade de financiamento para a pesquisa, além de infra-estrutura
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3.2.15 Máquinas-Ferramenta
O setor de máquinas-ferramenta pode ser entendido como um conjunto de
máquinas e equipamentos mecânicos que compõem as atividades de fabricação de
outros bens de capital, relacionando-se diretamente com a produção dos demais
setores, por isso desempenha um papel importante na difusão de novas tecnologias.
Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos, Taiwan e Suíça exercem a liderança
mundial em termos de market-share das exportações mundiais. Os Estados Unidos têm
sido, ao mesmo tempo, grandes exportadores e importadores no segmento de máquinas-
ferramenta, resultando em um elevado comércio intra-industrial.AChina também já aparece
como uma grande importadora mundial de máquinas-ferramenta no período recente, em
razão das elevadas taxas de crescimento do PIB, a partir de 2002.
Desde os anos 1990, o setor passa por mudanças tecnológicas que
implicaram no uso intensivo de equipamentos eletrônicos. Criou-se assim uma
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1
Engloba todos os segmentos fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviços especializados, necessários
na Indústria de Petróleo e Gás Natural.
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2
Sem considerar as reinjeções, queima e consumo próprio da Petrobras.
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depara-se com novos desafios tecnológicos e potencial para se tornar uma das
principais províncias petrolíferas das próximas décadas.
Além disso, segundo dados da Petrobras, os investimentos planejados pela
empresa nos próximos anos deverão criar mais de 900 mil empregos qualificados
em todo país. A estimativa para São Paulo é que 160 mil empregos, diretos e indiretos,
sejam criados entre 2008 e 2011.
Segundo dados do cadastro de fornecedores criado pela Organização Nacional
da Indústria do Petróleo (ONIP) existem cerca de 700 empresas fornecedoras da
IPGN no país, das quais, mais de 40% estão do Estado de São Paulo. Segundo o
cadastro de produtos oferecidos, pouco mais de 7 mil itens, algo em torno de 55%,
são oferecidos pelas empresas de São Paulo.
Em relação às participações governamentais (compensações financeiras
cobradas pelo Estado em função do uso de um bem público e, como é o caso dos
recursos minerais, um recurso não renovável), no caso do petróleo, elas são divididas
em bônus de assinatura, royalties, participações especiais e pagamento pela
ocupação ou retenção da área. A operação no campo de Mexilhão, programada
para final de 2008 e início de 2009, deverá gerar em torno de R$30 milhões/anuais
para São Paulo, com uma produção inicial de 15 milhões de m3/dia. Estima-se que
serão destinados somente aos municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, Iguape e
Peruíbe, outros R$32 milhões/ano em royalties, capazes de transformar o orçamento
anual destas prefeituras.
O potencial para a década subseqüente é ainda maior. Além da produção de
gás natural, que tende a aumentar, as expectativas quanto à produção e receita de
royalties das novas descobertas são ainda maiores.
O Quadro 3.17 apresenta o diagnóstico do setor, sistematizando seus principais
gargalos, oportunidades e demandas, de acordo com as seguintes dimensões
estratégicas de atuação: Recursos Humanos, Tecnologia e Inovação, Regulação,
Infra-estrutura e Logística e Meio Ambiente.
3.2.17 Petroquímico
A indústria petroquímica é parte da indústria química e caracteriza-se pelo
uso de um derivado de petróleo (a nafta) ou o gás natural (que tecnicamente também
é petróleo) como matéria-prima básica.
O horizonte da cadeia petroquímica mundial encontra-se cada vez mais
condicionado por dois fatores: o elevado patamar em que estão os preços das
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A limitação mencionada é a legislação estadual, que restringia qualquer tipo de expansão da indústria
petroquímica na região da Grande São Paulo, por causa de seus impactos ambientais, sendo que esta legislação
foi modificada em 2002.
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3.2.20 Software
Esta indústria compreende o conjunto das empresas voltadas ao
desenvolvimento e comercialização de soluções em software, uma atividade que
se configura como a transformação do conhecimento tácito em conhecimento
codificado. Sua produção pode ser dividida nas etapas de: i) análise – atividade
onde se determina as soluções e funções que o software irá realizar; ii) design –
responsável pela concepção das instruções e informações lógicas que executam as
funcionalidades especificadas na análise, determina as regras de interface para o
desenvolvimento do software por meio de processos modularizados; iii)
codificação – onde se executa as funcionalidades especificadas; e iv) testes.
As empresas operam, na sua maioria, de forma segmentada, sendo que a
chamada engenharia de software engloba as duas primeiras etapas do processo,
que freqüentemente necessita de proximidade com os clientes, pois quanto maior a
complexidade da solução, maior a necessidade de conhecimento do negócio do
demandante. As etapas de codificação e testes são intensivas em mão-de-obra,
sendo responsáveis por grande parte do emprego do setor.
Para compreender a dinâmica produtiva do setor, optou-se por denominar
“serviços em software de baixo valor” aquelas atividades mais rotineiras, que são
de baixo valor agregado, embora intensivas em mão-de-obra de média qualificação.
Neste segmento observa-se a dispersão dos mercados e fragmentação dos padrões,
já que estes apresentam baixo potencial tecnológico e inovativo.
Já o “serviço de software de alto valor” inclui as atividades mais complexas,
como o design e a arquitetura de soluções e de banco de dados complexos, exigindo
o domínio de funções de maior intensidade tecnológica e competências mais
abrangentes. Nestas atividades, os determinantes competitivos são: confiabilidade,
interação com o usuário e sofisticação do mercado local. Observa-se, neste segmento,
o estabelecimento de barreiras, como a escala, as restrições tecnológicas e a frag-
mentação de mercado, o que implica na coexistência de mercados regionais e globais.
O “software produto” oferece soluções prontas. O domínio de capacitações
nas etapas de análise e design e um alto market share são fundamentais, assim como
as economias de escala, uma vez que este segmento apresenta estrutura altamente
concentrada, dominada por players globais. Devido à forte concentração, talvez o
único fator perturbador deste mercado sejam as inovações radicais ou disruptivas.
A internacionalização das atividades verificada na indústria de software
assemelha-se à ocorrida na totalidade da indústria, pois obedece à hierarquização
determinada por grandes corporações globais. Este movimento tem origem tanto
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3.2.21 Sucroalcooleiro
A importância da produção de açúcar e etanol na economia brasileira, e
especificamente paulista, tem aumentado nos anos recentes. Se, por um lado, no
mercado interno, o consumo de açúcar encontra-se estabilizado, apenas
acompanhando o crescimento populacional, o produto tem potencial de
crescimento no mercado externo a partir da expectativa de queda de barreiras
comerciais, principalmente européias, e também do aumento de renda e das
mudanças nos hábitos de consumo em países do sudoeste asiático, em especial
na China.
O etanol, por sua vez, tem a perspectiva de aumento de consumo no mercado
interno, com a continuidade da adição de álcool à gasolina e com o aumento do
número de automóveis utilizando álcool, principalmente com o lançamento e
aceitação no mercado dos carros bicombustíveis. No mercado externo, a
perspectiva de expansão decorre das medidas de redução de consumo de
combustíveis fósseis, tanto por questões ambientais, como pela necessidade de
redução da dependência da importação de petróleo a preços cada vez mais
elevados, em função de instabilidades políticas das regiões produtoras e da
diminuição das reservas passíveis de exploração econômica. Ainda que no mercado
externo o cenário seja indefinido, com os avanços e retrocessos nas discussões a
respeito de legislações de adição de etanol aos combustíveis fósseis em função
do receio de aumento de preços de alimentos, a perspectiva de mais longo prazo
é de aumento no consumo.
Além destas duas formas de consumo, cresce também a importância do
etanol na substituição dos derivados de petróleo como insumo na indústria
petroquímica, surgindo assim a alcoolquímica, que já absorve grandes investimentos
em P&D por parte dos países desenvolvidos.
A palha e o bagaço da cana não aproveitados no processo de produção do
açúcar e do álcool são importantes subprodutos se forem utilizados para co-geração
de energia elétrica. A co-geração permite às usinas operarem com auto-suficiência
de energia elétrica nos períodos da safra de cana-de-açúcar e ainda gera um
excedente com potencial para venda, que contribui com a geração de energia elétrica
justamente no período de seca, quando o nível de água das usinas hidroelétricas
atinge seu menor nível.
Este conjunto de produtos derivados da cana-de-açúcar permite a análise da
hipótese da transformação das atuais usinas de açúcar e álcool em futuras
biorrefinarias, onde, além dos produtos tradicionais, seria produzida uma série de
outros itens de grande importância nos mercados nacionais e internacionais.
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modelo fragmentado, em que cada uma das etapas se torna autônoma para se
ajustar às novas condições de concorrência e aproveitar as vantagens oferecidas
no mercado mundial.
Diante da concorrência internacional, é necessário que se promova um
realinhamento das tarifas para o setor, mantendo-se o princípio de impor alíquotas
mais elevadas aos produtos de maior valor adicionado. Evidentemente, a utilização
da política tarifária com o objetivo de oferecer proteção à indústria doméstica
deve estar de acordo com as regras da OMC. A esse respeito, foram
regulamentadas salvaguardas transitórias, em consonância com o Art. 16 do
Protocolo de Acessão da República Popular da China à OMC. Esse acordo de
comércio, no entanto, é pouco restritivo com relação ao nível atual de importações
de produtos chineses.
Quanto à organização da cadeia têxtil brasileira, as atividades relacionadas
ao algodão e ao poliéster respondem pela maior parcela da produção, do emprego
industrial e do consumo de artigos têxteis. Em 2006, o algodão representou 57,8%
do consumo total de fibras e o poliéster, 24,3%.
O Brasil figurava como um tradicional produtor de algodão de fibras
longas (algodão arbóreo) até alguns anos. Devido à desestruturação produtiva
da região Nordeste, o Brasil passou de exportador a importador desse tipo de
fibra. Somente a partir de 2001, em função da expansão dos plantios na região
Centro-Oeste, a cotonicultura brasileira retomou sua posição de grande
exportador de algodão.
A indústria nacional revela padrões de competitividade internacional em alguns
segmentos da cadeia do algodão: possui oferta competitiva de fibras de algodão
herbáceo; as empresas mais modernas operam com padrões tecnológicos próximos
ao estado-da-arte nas etapas da fiação, tecelagem e acabamento; e possui uma
forte competitividade internacional na produção de índigo e brim. Não há grande
diferença de competitividade entre o Brasil e a China na cadeia do algodão, apesar
da dependência das importações de algodão de fibra longa retirar a competitividade
de vários produtos.
As fibras sintéticas (poliéster e nylon) são ofertadas pela indústria
petroquímica nacional, que é pouco competitiva em relação a outros países, em
função das pequenas escalas de produção. A produção de fibra de poliéster passa
por enorme dificuldade diante da concorrência internacional: 46,6% da demanda
doméstica é atendida pelas importações. Os três principais fabricantes de fibras,
fios e filamentos para indústria têxtil no Brasil (Polyenka, Vicunha Têxtil e FIT),
estão envolvidos, em parceria com a Petroquisa e a Mossi & Ghisolfi, produtor
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Estes diferenciais são valiosos no que tange a uma das principais lacunas do
setor: a frágil integração ao longo da cadeia produtiva. As principais medidas de
apoio ao segmento no Estado devem ser capazes de promover a coordenação da
cadeia, seja criando uma nova infra-estrutura de desenvolvimento tecnológico e
competitivo, seja reforçando a qualificação dos recursos humanos ou ainda
organizando os atores em arranjos produtivos locais.
O Quadro 3.24 apresenta o diagnóstico do setor, sistematizando seus principais
gargalos, oportunidades e demandas, de acordo com as seguintes dimensões
estratégicas de atuação: Recursos Humanos, Tecnologia e Inovação, Regulação,
Infra-estrutura e Logística e Meio Ambiente.
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4. Propostas de Políticas
para a Melhoria da
Competitividade da
Indústria Paulista
Este capítulo apresenta algumas ações já em curso tomadas pela Secretaria
de Desenvolvimento, bem como as principais propostas de política sugeridas para a
ampliação da competitividade da indústria paulista.
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como também pela criação de ambiente propício para essa interação por meio
dos parques tecnológicos e incubadoras. Com relação a estes últimos, a lei prevê
o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos e a Rede Paulista de Incubadoras de
Empresas de Base Tecnológica.
Está também entre as novidades da Lei, a possibilidade de atuação do pesqui-
sador público nos setores da produção (prestação de consultoria técnico-cientí-
fica), previsão de mecanismos de apoio ao inventor independente e autorização
para IPT e IPEN, constituírem subsidiárias. As Instituições de Ciência e
Tecnologia (ICTs) também poderão, mediante remuneração e por prazo
determinado, compartilhar seus laboratórios, equipamentos, instrumentos,
materiais e demais instalações com empresas ou grupos de produção associados,
em atividades voltadas à inovação tecnológica e para atividades de incubação.
Ao pesquisador público é permitido licenciar-se do cargo efetivo ou emprego
público que ocupa para constituir empresa de base tecnológica ou colaborar com
empresas cujos objetivos envolvam a aplicação de inovação tecnológica que tenha
por base criação de sua autoria.
Há também dispositivos que permitem às universidades públicas e à FAPESP
investirem seus recursos em empresas inovadoras ou outros empreendimentos
privados que tenham por finalidade criar ambiente favorável à inovação, como
parques tecnológicos, incubadoras ou arranjos produtivos locais.
47 FATECs:
Localizadas em 44 municípios
39 cursos oferecidos
Meta: atingir 52 faculdades em 2010
151 ETECs:
Localizadas em 121 municípios
86 cursos técnicos oferecidos
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Meta: implantar todas as condições até 2010 para se atingir 100 mil
novas matrículas em Etecs, em 2012.
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4.3.3 Regulação
O acirramento da concorrência internacional impõe a necessidade de uma maior
sofisticação tecnológica e diferenciação da produção doméstica, além de um maior
controle da qualidade dos produtos importados. A concorrência via preços muitas vezes
desconsidera aspectos importantes nas dimensões tecnológicas, sociais e ambientais.
Estudos da OMC apontam o Estado como o grande comprador individual, por
meio de suas aquisições governamentais, que representam de 10% a 15% do PIB. O
poder de compra público pode ser um importante instrumento de política desde que
exista flexibilidade para sua utilização a fim de promover a competitividade e a inovação,
como ilustram as experiências de países como EUA, Coréia e Itália (FIESP, 2008).
Assim, para o Estado de São Paulo seria interessante utilizá-lo como um
mecanismo estratégico, capaz de induzir o desenvolvimento industrial,
principalmente por meio de um aumento da escala para desenvolver produtos de
grande conteúdo tecnológico, facilitando a expansão e modernização da produção,
inovação de produtos e processos, atividades de P&D e a proteção contra práticas
desleais de concorrência.
Os setores que identificaram a importância do poder de compra público
enquanto instrumento de política industrial e tecnológica foram: equipamentos médico-
hospitalares e odontológicos, equipamentos de informática, farmacêutico, software,
equipamentos e serviços de telecomunicação e fotônica.
Os editais de compra das Secretarias do Estado (Saúde, Transporte, Habita-
ção, Agricultura, Educação, entre outras), das estatais e autarquias (SABESP,
CETESB, CESP, entre outras) deveriam incorporar em suas licitações critérios que
favorecessem a inovação e a responsabilidade social e ambiental, por meio de:
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110
Energia:
- Criação da Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural: definição e
implementação de ações voltadas à consolidação da inteligência e a internalização
dos benefícios sociais e econômico do Petróleo e Gás Natural no Estado de São
Paulo.
- Etanol combustível: consolidação do etanol como commodity internacional.
- Desenvolvimento do Complexo da Bioeletricidade, através da ligação das
usinas de co-geração à rede de transmissão de energia elétrica e acompanhamento
do marco regulatório que defina as condições de compra e venda de energia
elétrica pelas usinas que praticam co-geração, promovendo ações e programas
junto a empresas e municípios visando o uso eficiente dos energéticos.
4.3.5 Ambiental
- Financiamento para equipamentos menos poluentes (SD, SEFAZ, SMA,
AFESP): criação de linha de financiamento exclusiva para que as unidades
industriais possam renovar os equipamentos com exigência ambiental mais
rigorosa.
- Modernização do processo de licenciamento ambiental (SMA): apoiar o
projeto de Licenciamento Ambiental Unificado, a fim de diminuir o prazo na
sistemática de renovação e pedido de licenciamento ambiental.
.
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5. “Setores Portadores de
Futuro”: Petróleo e Gás
Natural, Fotônica,
Semicondutores e
Energias Alternativas
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5.2 Fotônica
A fotônica é uma área de conhecimento bastante ampla e ainda pouco
conhecida1, que detém potencial dinamizador e competitivo para diversos ramos
industriais, como as que absorvem as Tecnologias de Informação e Comunicação
TICs, os equipamentos para o setor de energia, a indústria farmoquímica, os
equipamentos médico-hospitalares e odontológicos, a indústria metal-mecânica, os
defensivos agrícolas (por meio da biofotônica), dentre outros.
Estima-se que o potencial de desenvolvimento das aplicações de fotônica
gere mais de um trilhão de dólares nos próximos anos. Mas para que a fotônica
seja um fator de aumento de competitividade da indústria paulista, é necessário
fortalecer seu desenvolvimento industrial e acadêmico, já que se trata de uma
tecnologia de fronteira.
É necessário fortalecer o sistema de excelência em P&D já instalado, suprir
adequadamente o sistema produtivo de recursos humanos especializados (em
aplicações da fotônica) e criar condições propícias para a interação do sistema de
P&D público e o setor produtivo.
O diagnóstico setorial de fotônica teve como uma de suas recomendações o
esforço no desenvolvimento de grandes empresas, de preferência nacionais, que
utilizem as tecnologias de fotônica, para que estas possam se transformar em uma
plataforma de sustentação das pequenas e médias empresas (PMEs) existentes.
Estas PMEs são inovadoras e criativas e desenvolvem dispositivos críticos
para viabilizar sistemas e produtos diferenciados e de maior valor agregado no mercado
global. Ao se considerar o estágio embrionário do desenvolvimento do mercado dos
produtos com aplicações de fotônica, no Brasil e no Estado de São Paulo, sem garantir
a presença destas grandes empresas, as PMEs e até mesmo as start-ups trabalharão
de forma dispersa, com poucas perspectivas de crescimento e com dificuldades para
atingir grandes clientes e ampliar o mercado. Por outro lado, se não houver a presença
destas PMEs, as grandes empresas não conseguirão se manter competitivas. Também
é recomendável que se estruture um sistema de P&D e de geração de recursos
humanos de qualidade e em quantidade, para que essa oportunidade seja aproveitada.
Atrair uma grande empresa internacional e estimular a criação de PMEs nesta área
poderia ser uma estratégia vencedora, ao conduzir a incorporação de novas tecnologias
e setores importantes da economia paulista.
1
Como exposto na nota setorial do Capítulo 3 (item 3.2.14).
115
5.3 Semicondutores
A indústria de semicondutores é a base da indústria de produtos eletro-
eletrônicos e um fator crítico para o desenvolvimento das TICs, as quais, pelo seu
caráter pervasivo, acarretaram grandes transformações não só na esfera econômica
como na sociedade.
Embora o Brasil apresente um amplo e crescente mercado consumidor de
componentes semicondutores, o país importa grande parte destes componentes ou
placas já montadas e utilizadas pela indústria. Este desempenho industrial resultou
em um déficit estrutural e crescente da balança comercial, que atingiu US$ 3,3
bilhões, em 2006. Para efeito de comparação, o mercado produtor da Índia, em
2005, foi da ordem de US$ 2,8 bilhões.
Atualmente, a indústria brasileira de semicondutores ocupa uma posição
marginal e pouco expressiva no mercado mundial. No entanto, o Brasil nem sempre
esteve à margem do desenvolvimento da indústria de semicondutores, já que no fim
dos anos 1980 ainda existiam cerca de duas dezenas de empresas atuantes no país.
Esta situação de dependência dos componentes importados se estabeleceu a partir
de meados dos anos 1990, com a desarticulação das políticas industriais e tecnológicas
e dos esforços para o desenvolvimento setorial, resultando em um restrito grupo de
empresas atuando em alguns segmentos específicos. Vale mencionar que o primeiro
laboratório dedicado a semicondutores foi criado em 1968 na USP, no mesmo período
em que se iniciaram as atividades de pesquisa em Taiwan, que hoje é um dos
principais produtores mundiais de componentes semicondutores.
Na indústria mundial, tradicionalmente, as unidades produtivas de
semicondutores têm como característica a verticalização, mas em função da evolução
tecnológica e da necessidade de grandes investimentos, o processo produtivo foi
fortemente segmentado, o que abriu oportunidades para a atração de fabricantes
de semicondutores em vários países, inclusive no Brasil. A mais evidente dessas
oportunidades se encontra na área de projetos de circuitos integrados, pois o mercado
demandante de componentes dedicados exige projetos específicos, bem como uma
base de competência em recursos humanos, sendo que, principalmente em São
Paulo, há tal disponibilidade de recursos humanos, ainda que em pequeno número.
Outra oportunidade seria a atração de unidades industriais de tecnologia
madura, que poderiam atender parcelas representativas do mercado nacional, com
impacto positivo imediato na balança comercial. Novas soluções microeletrônicas
demandadas pela convergência digital também podem se configurar numa
oportunidade em mercados relevantes, como no caso da TV digital e da eletrônica
orgânica (OLEDs).
116
117
5.4.2 Biodiesel
No conjunto das unidades de biodiesel, do ponto de vista da produção de
energia, São Paulo lidera os investimentos em diversas unidades produtivas
espalhadas por todo o território. Existe forte diversidade nas escalas de produção
das plantas e também diferentes usos potenciais de matéria-prima, como sebo,
pinhão manso, óleo de soja, mamona, amendoim, girassol, colza, etc.
O biodiesel derivado do sebo, porém, parece o mais viável, uma vez que
São Paulo é o maior exportador de carne bovina do país e possui importante
parque de frigoríficos, cerca de 40% das unidades frigoríficas brasileiras. O
abate de animais nos frigoríficos permite concentrar o sebo, que é uma excelente
matéria-prima para produção de biodiesel.
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2
Vale observar que o Congresso Nacional aprovou no dia 11 de dezembro de 2008 o Projeto de Lei do Gás Natural.
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6. Considerações Finais
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1
Para visualizar melhor estas mudanças, consultar o Quadro 1 do Anexo.
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2
Esses instrumentos tradicionais são os seguintes: benefícios fiscais; concessões financeiras diferenciadas;
estímulos para a infra-estrutura; e outros incentivos (simplificação do processo de registro de empresas).
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7. Bibliografia
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cp-cap8 - ipt.p65
grupos de dinamismo (1996 a 2005)
Brasil – Participação relativa dos Grupos na estrutura de cada região (em%)
Grupo 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. ganhador em setor dinâmico 6,4 6,9 7,5 8,6 8,6 9,9 10,7 10,8 11,0 10,9
2. ganhador em setor em regressão 13,4 13,2 13,0 13,2 12,5 11,7 11,7 11,0 11,0 10,4
3. perdedor em setor dinâmico 15,4 15,9 15,6 18,1 21,5 22,3 22,8 27,9 29,8 30,6
4. perdedor em setor em regressão 64,8 64,0 64,0 60,1 57,4 56,1 54,8 50,2 48,2 48,1
131
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
São Paulo – Participação relativa dos Grupos na estrutura de cada região (em%)
Grupo 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. ganhador em setor dinâmico 4,6 5,2 5,6 7,1 7,5 9,5 10,5 9,9 11,0 11,0
2. ganhador em setor em regressão 14,6 14,0 14,1 14,5 14,5 13,7 14,2 13,9 14,5 14,0
3. perdedor em setor dinâmico 14,4 14,8 13,7 16,2 19,8 20,7 22,2 25,2 26,1 26,9
8. Anexo
4. perdedor em setor em regressão 66,4 66,1 66,6 62,2 58,2 56,0 53,1 51,0 48,5 48,2
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Brasil sem SP - Participação relativa dos Grupos na estrutura de cada região (em%)
Grupo 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. ganhador em setor dinâmico 8,2 8,7 9,4 10,1 9,6 10,2 10,8 11,6 10,9 10,9
2. ganhador em setor em regressão 12,2 12,4 11,8 12,1 10,7 9,9 9,7 8,7 8,4 7,6
3. perdedor em setor dinâmico 16,5 17,0 17,6 19,8 23,1 23,7 23,3 30,1 32,7 33,6
4. perdedor em setor em regressão 63,1 61,9 61,3 58,1 56,6 56,1 56,1 49,6 47,9 48,0
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Participação Relativa dos Grupos no VTI de São Paulo no VTI do Brasil (em%)
Grupo 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1. ganhador em setor dinâmico 36,7 38,3 38,4 40,3 41,2 44,8 44,4 40,0 43,6 44,1
16/12/2008, 16:46
2. ganhador em setor em regressão 55,5 54,1 55,6 53,3 54,8 54,6 54,5 55,5 56,8 59,1
3. perdedor em setor dinâmico 47,5 47,6 44,9 43,8 43,4 43,2 44,0 39,5 37,9 38,5
4. perdedor em setor em regressão 52,2 52,8 53,2 50,4 47,9 46,6 43,8 44,5 43,7 43,9
Total 50,9 51,1 51,1 48,8 47,2 46,6 45,2 43,8 43,4 43,8
Fonte: Elaboração NEIT/IE/UNICAMP a partir de dados da PIA/IBGE.
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8. Anexo
COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA PAULISTA - Propostas de Políticas
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Instrumentos voltados basicamente - Instrumentos com focos adicionais às atividades relativas ao comércio
às atividades industriais de importações do exterior, atividades portuárias e aeroportuárias,
centrais de distribuição e call centers.
- Cada vez mais a agenda das políticas estaduais enfatiza as questões
relativas a infra-estrutura, logística, energia e formação de recursos
humanos. Por necessidade, a perspectiva sistêmica está se impondo.
Instrumentos centrados nos Instrumentos que contemplam também capital de giro associado
investimentos das empresas ou não a investimentos fixos.
(equipamentos, instalações etc.)
Instrumentos com objetivo de Instrumentos com maior ênfase na densidade tecnológica dos
atração de investimentos em geral empreendimentos e na relevância de seus impactos para o adensamento
da matriz local de relações interindustriais e a redução das disparidades
estaduais de desenvolvimento regional.
Instrumentos eram, em geral, Instrumentos cada vez mais específicos em termos setoriais ou regionais.
do tipo “genérico”
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