Você está na página 1de 43

NORMA DE SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE AUTOMOTIVA

IATF 16949

Requisitos de sistema de gestão da qualidade para as organizações


de produção automotiva e de peças de reposição

IATF – International Automotive Task Force

1ª edição – 1 de outubro de 2016


Contém Interpretações Sancionadas publicadas em novembro.18 e que
entrarão em vigor em janeiro.19

0
ÍNDICE
Prefácio ------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
0. Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 3
0.1 Geralidades --------------------------------------------------------------------------------------- 3
0.2 Princípios da Gestão da Qualidade --------------------------------------------------------- 4
0.3 Abordagem de Processos --------------------------------------------------------------------- 4
0.4 Relação com Outras Normas de Sistemas de Gestão ---------------------------------- 6
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE - REQUISITOS ---------------------------------------- 7
1. Escopo ----------------------------------------------------------------------------------------------- 7
2. Referências Normativas ------------------------------------------------------------------------- 7
3. Termos e Definições ------------------------------------------------------------------------------ 7
4. Contexto da Organização ----------------------------------------------------------------------- 9
4.1 Entendendo a Organização e seu Contexto ---------------------------------------------- 9
4.2 Entendendo as Necessidades e Expectativas das Partes Interessadas ----------- 9
4.3 Determinando o Escopo do Sistema de Gestão da Qualidade ---------------------- 9
4.4 Sistema de Gestão da Qualidade e seus Processos ----------------------------------- 10
5. Liderança ------------------------------------------------------------------------------------------ 11
5.1 Liderança e Comprometimento ------------------------------------------------------------ 11
5.2 Política -------------------------------------------------------------------------------------------- 12
5.3 Papéis, Responsabilidades e Autoridades Organizacionais ------------------------- 12
6 Planejamento ------------------------------------------------------------------------------------ 12
6.1 Ações para Abordar Riscos e Oportunidades ------------------------------------------ 12
6.2 Objetivos da Qualidade e Planejamento para Alcancá-los ------------------------- 13
6.3 Planejamento de Mudanças --------------------------------------------------------------- 14
7. Apoio ---------------------------------------------------------------------------------------------- 14
7.1 Recursos ---------------------------------------------------------------------------------------- 14
7.2 Competência ---------------------------------------------------------------------------------- 17
7.3 Conscientização ------------------------------------------------------------------------------- 18
7.4 Comunicação ---------------------------------------------------------------------------------- 18
7.5 Informação Documentada ----------------------------------------------------------------- 18
8. Operação ---------------------------------------------------------------------------------------- 20
8.1 Planejamento e Controle Operacionais ------------------------------------------------ 20
8.2 Requisitos para Produtos e Serviços ---------------------------------------------------- 20
8.3 Projeto e Desenvolvimento de Produtos e Serviços -------------------------------- 21
8.4 Controle de Processos, Produtos e Serviços Providos Externamente ---------- 25
8.5 Produção e Provisão de Serviço --------------------------------------------------------- 28
8.6 Liberação de Produtos e Serviços ------------------------------------------------------- 32
8.7 Controle de Saídas Não Conformes ----------------------------------------------------- 32
9. Avaliação de Desempenho ---------------------------------------------------------------- 34
9.1 Monitoramento, Medição, Análise e Avaliação ------------------------------------- 34
9.2 Auditoria interna --------------------------------------------------------------------------- 35
9.3 Análise Crítica da Direção ---------------------------------------------------------------- 36
10 Melhoria --------------------------------------------------------------------------------------- 37
10.1 Generalidades ----------------------------------------------------------------------------- 37
10.2 Não-conformidade e Ação Corretiva ------------------------------------------------ 37
10.3 Melhoria contínua ----------------------------------------------------------------------- 38
Anexo A: Plano de Controle ------------------------------------------------------------------ 39
Anexo B: Bibliografia – suplementar automotiva -------------------------------------- 40

IMPORTANTE:
 Quando o texto estiver em formato itálico, significa que está descrito especificamente na IATF 16.949:2016, ou seja é
requisito automotivo; e se estiver em letra normal, é texto específico da ISO 9001:2015, mas aplicável também à IATF
16.949:2016.
 Os textos em azul são as interpretações sancionadas. Caso o texto ou parte dele esteja taxado, as palavras taxadas do
requisito não são válidas, pois o conteúdo foi alterado.

1
Prefácio – Norma de SGQ Automotiva
Esta Norma de Sistema de Gestão da Qualidade Automotiva, aqui referida como “Norma de SGQ Automotiva” ou “IATF
16949”, juntamente com os requisitos específicos do cliente automotivo aplicáveis, requisitos da ISO 9001:2015 e ISO
9000:2015, definem os requisitos fundamentais de sistema de gestão da qualidade para organizações de produção automotiva
e peças relevantes para serviço. Como tal, esta norma de SGQ Automotiva não pode ser considerada uma Norma de SGQ
independente, mas tem que ser compreendida como um suplemento a ser usada em conjunto com a ISO 9001:2015. A ISO
9001:2015 é publicada como uma Norma ISO separada.
A IATF 16949:2016 (1ª edição) representa um documento inovador, dando uma forte orientação para o cliente, com a inclusão
de uma série de requisitos específicos do cliente previamente consolidados.
O Anexo B é fornecido como um guia para implementar os requisitos da IATF 16949, salvo especificado em contrário pelos
requisitos específicos do cliente.

Histórico
A ISO/TS 16949 (1ª edição) foi originalmente criada em 1999 pela International Automotive Task Force (IATF) com o objetivo
de harmonizar os diferentes sistemas de avaliação e certificação da cadeia de fornecedores para o setor automotivo em todo o
mundo. Outras revisões foram criadas (2ª edição em 2002 e 3ª edição em 2009) conforme necessário para melhorias do setor
automotivo ou revisões da ISO 9001. A ISO/TS 16949 (juntamente com o apoio de publicações técnicas, desenvolvidas por
fabricantes de equipamento original [doravante conhecidos como OEMs] e as associações do setor automotivo nacionais)
introduziu um conjunto comum de técnicas e métodos para o desenvolvimento de produto e do processo comum para a
fabricação de automóveis em todo o mundo.
Em preparação para a migração da ISO/TS 16949:2009 (3ª edição) para esta Norma de SGQ Automotiva, IATF 16949, foi
solicitada uma realimentação de organismos de certificação, auditores, fornecedores e OEMs para criar a IATF 16949:2016
(1ª edição), que cancela e substitui a ISO/TS 16949:2009 (3ª edição).
A IATF mantém forte cooperação com a ISO pelo contínuo contato com a situação dos comitês, garantindo contínuo alinhamento
com a ISO 9001.

Meta
A meta desta Norma de SGQ Automotiva é o desenvolvimento de um sistema de gestão da qualidade que proporcione a melhoria
contínua, enfatizando a prevenção de defeitos e a redução da variação e desperdício na cadeia de fornecimento.

Considerações para a certificação


Requisitos para a certificação nesta Norma de SGQ Automotiva são definidos nas regras para alcançar e manter o
reconhecimento da IATF.

Detalhes podem ser obtidos nos Escritórios Locais de Supervisão da IATF (Oversight Offices) citados abaixo.
Associazione Nazionale Filiera Industrie Automobilistiche (ANFIA)
Web site: www.anfia.it e-mail: anfia@anfia.it
International Automotive Oversight Bureau (IAOB)
Web site: www.iaob.org e-mail: iatf16949feedback@iaob.org
IATF France
Web site: www.iatf-france.com e-mail: iatf@iatf-france.com
Society of Motor Manufacturers and Traders Ltd. (SMMT Ltd.)
Web site: www.smmtoversight.co.uk e-mail: iatf16949@smmt.co.uk
Verband der Automobilindustrie – Qualitäts Management Center (VDA QMC)
Web site: www.vda-qmc.de e-mail: info@vda-qmc.de
Todas as informações públicas sobre a IATF podem ser encontradas no site da IATF: www.iatfglobaloversight.org
PREFÁCIO NACIONAL DA ABNT NBR ISO 9001:2015
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo
é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das
Comissões de Estudos Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a
Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei n° 9.279, de 14 de maio
de 1996).
2
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Órgãos
responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigência dos requisitos nesta Norma,
independentemente de sua data de entrega em vigor.
A ABNT NBR ISO 9001 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25), pela Comissão de Estudos de Sistemas
da Qualidade (CE-025:000.002). O Projeto circulou em Consulta nacional conforme Edital n° 08, de 17.08.2015 a 15.09.2015.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 9001:2015, que foi elaborada pelo
Technical Committee Quality Management and Quality Assurance (ISO/TC 176), Subcommittee Quality Sistems (SC 02),
conforme ISO IEC Guide 21-1:2015.
Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR ISO 9001:2008), a qual foi tecnicamente revisada.
O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:
Scope
This Standard specifies requirements for a quality management system where an organization:
a) needs to demonstrate its abilty to consistently provide products or services that meet customer and applicable statutory and
regulatory requirements, and
b) aims to enhance customer satisfaction through the effective application of the system, including processes for improvement
of the system and the assurance of conformity to customer and applicable statutory and regulatory requirements.
All the requirements of this International Standard are generic and are intended to be applicable to any organization, regardless
of its type or size, or the products and services provides.
NOTE 1 In this International Standard, the terms “product” or “service” only apply to products and services intended for, or
required by, a customer.
NOTE 2 Statutory and regulatory requirements can be expressed as legal requirements.

0. Introdução
0.1 Generalidades
A adoção de um sistema de gestão da qualidade é uma decisão estratégica para uma organização que pode ajudar a melhorar
o seu desempenho global e prover uma base sólida para iniciativas de desenvolvimento sustentável.
Os benefícios potenciais para uma organização pela implementação de um sistema de gestão da qualidade com base nesta
Norma, são:
a) a capacidade de prover consistentemente produtos e serviços que atendam aos requisitos do cliente e aos requisitos
estatutários e regulamentares aplicáveis;
b) facilitar oportunidades para aumentar a satisfação do cliente;
c) abordar riscos e oportunidades associados ao seu contexto e objetivos;
d) a capacidade de demonstrar a conformidade com os requisitos especificados do sistema de gestão da qualidade.
Esta Norma pode ser usada por partes internas e externas.
Não é intenção deste Norma induzir a necessidade de:
- uniformidade na estrutura de diferentes sistemas de gestão da qualidade;
- alinhamento de documentação à estrutura de seções desta Norma;
- uso de terminologia específica desta Norma na organização.
Os requisitos de sistema de gestão da qualidade especificados nesta Norma são complementares aos requisitos para produtos
e serviços.
Esta Norma emprega a abordagem de processo, que incorpora o ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA) e a mentalidade de risco.
A abordagem de processos habilita uma organização a planejar seus processos e suas interações.
O ciclo PDCA habilita uma organização a assegurar que seus processos tenham recursos suficientes e sejam gerenciados
adequadamente, e que as oportunidades para melhoria sejam identificadas e as ações sejam tomadas.
A mentalidade de risco habilita uma organização a determinar os fatores que poderiam causar desvios nos seus processos e
no seu sistema de gestão da qualidade em relação aos resultados planejados, a colocar em prática controles preventivos para
minimizar efeitos negativos e a maximizar o aproveitamento das oportunidades que surjam (ver Seção A.4).

3
Atender consistentemente a requisitos e abordar necessidades e expectativas futuras constitui um desafio para organizações
em um ambiente progressivamente dinâmico e complexo. Para alcançar esse objetivo, a organização pode considerar
necessário adotar várias formas de melhoria, além de correção e melhoria contínua, como mudança de ruptura, inovação e
reorganização.
Nesta Norma, as seguintes formas verbais são empregadas:
- "deve" indica um requisito;
- "é conveniente que" indica uma recomendação;
- "pode" (may/can) indica uma permissão/ possibilidade ou capacidade.
Informação indicada como "NOTA" serve como orientação para entendimento ou esclarecimento do requisito associado.
0.2 Princípios de Gestão da Qualidade
Esta Norma é baseada nos princípios de gestão da qualidade descritos na ABNT NBR ISO 9000. As descrições incluem a
declaração de cada princípio, a justificativa do por que o princípio é importante para a organização, alguns exemplos dos
benefícios associados ao princípio e exemplos de ações típicas para melhorar o desempenho da organização quando aplicar o
princípio.
Os princípios de gestão da qualidade são:
- Foco no cliente;
- Liderança;
- Engajamento das pessoas;
- Abordagem de processo;
- Melhoria;
- Tomada de decisão baseada em evidência;
- Gestão de relacionamento.
0.3 Abordagem de Processo
0.3.1 Generalidades
Esta Norma promove a adoção de uma abordagem de processo para desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia
de um sistema de gestão da qualidade, para aumentar a satisfação do cliente pelo atendimento aos requisitos do cliente. Os
requisitos específicos considerados essenciais à adoção de abordagem de processo estão incluídas em 4.4.
Entender e gerenciar processos inter-relacionados como um sistema, contribui para a eficácia e a eficiência da organização em
atingir seus resultados pretendidos. Essa abordagem habilita a organização a controlar as inter-relações e interdependências
entre os processos do sistema, de modo que o desempenho global da organização possa ser elevado.
A abordagem de processos envolve a definição e a gestão sistemática de processos e suas interações, de modo a alcançar os
resultados pretendidos, em conformidade com a política da qualidade e com o direcionamento estratégico da organização. A
gestão dos processos e do sistema como um todo, pode ser conseguida usando o ciclo PDCA (ver 0.3.2), com um enfoque
global na mentalidade de risco (ver 0.3.3), visando tirar proveito das oportunidades e prevenir resultados indesejáveis.
A aplicação da abordagem de processo em um sistema de gestão da qualidade, proporciona:
a) entendimento e consistência no atendimento a requisitos;
b) a consideração de processos em termos de valor agregado;
c) o atingimento de desempenho eficaz do processo;
d) melhoria de processos com base na avaliação dos dados e informação.
A Figura 1 mostra uma representação esquemática de qualquer processo e apresenta a interação de seus elementos. Os pontos
de monitoramento e medição necessários para o controle são específicos de cada processo e variam dependendo dos riscos
relacionados.

4
Figura 1 - Representação Esquemática dos Elementos de um Único Processo

0.3.2 Ciclo Plan-Do-Check-Act


O ciclo PDCA pode ser aplicado para todos os processos e ao sistema de gestão de qualidade como um todo. A
Figura 2 ilustra a forma como as Seções 4 a 10 podem ser agrupadas em relação ao ciclo PDCA.

Figura 2 - Representação da Estrutura desta Norma no Ciclo PDCA

5
O ciclo PDCA pode ser resumidamente descrito como a seguir:
- Plan (planejar): estabelecer os objetivos do sistema e seus processos e os recursos necessários para entregar resultados de
acordo com os requisitos dos clientes e com as políticas da organização;
- Do (fazer): implementar o que foi planejado;
- Check (checar): monitorar e (onde aplicável) medir os processos e os produtos e serviços resultantes em relação a políticas,
objetivos e requisitos, e reportar os resultados;
- Act (agir): tomar ações para melhorar o desempenho, conforme necessário.
0.3.3 Mentalidade de Risco
A mentalidade de risco (ver seção A.4) é essencial para se conseguir um sistema de gestão de qualidade eficaz. O conceito de
mentalidade de risco estava implícito nas versões anteriores desta Norma, incluindo, por exemplo, realizar ações preventivas
para eliminar não-conformidades potenciais, analisar quaisquer não-conformidades que ocorram, e tomar ação para prevenir
recorrências que sejam apropriadas aos efeitos da não conformidade.
Para estar em conformidade com os requisitos desta Norma, uma organização precisa planejar e implementar ações para
abordar riscos e oportunidades. A abordagem de riscos e oportunidades estabelece uma base para aumento da eficácia do
sistema de gestão da qualidade, conseguir resultados melhorados e para a prevenção de efeitos negativos.
Oportunidades podem surgir como resultado de uma situação favorável ao atingimento de um resultado pretendido, por
exemplo, um conjunto de circunstâncias que possibilite à organização atrair clientes, desenvolver novos produtos e serviços,
reduzir desperdício ou melhorar a produtividade. Ações para abordar oportunidades podem também incluir a consideração de
riscos associados. Risco é o efeito da incerteza e qualquer incerteza pode ter um efeito positivo ou negativo. Um efeito positivo
proveniente de um risco pode oferecer uma oportunidade, mas nem todos os efeitos positivos de risco resultam em
oportunidades.
0.4 Relação com Outras Normas de Sistemas de Gestão
Esta Norma aplica a estrutura desenvolvida pela ISO para melhorar o alinhamento entre suas Normas para sistemas de gestão
(ver Seção A.1).
Esta Norma habilita uma organização a usar a abordagem de processo, combinado com o ciclo PDCA e a mentalidade de risco,
para alinhar ou integrar seu sistema de gestão da qualidade com os requisitos de outras normas de sistemas de gestão.
Esta Norma relaciona-se com as ABNT NBR ISO 9000 e ABNT NBR ISO 9004 como a seguir:
- A ABNT NBR ISO 9000 Sistemas de Gestão de Qualidade – Fundamentos e Vocabulário provê a base essencial apropriado para
o entendimento e implementação apropriados desta Norma;
- A ABNT NBR ISO 9004 Gestão para o Sucesso Sustentado de uma Organização – Uma abordagem de gestão da qualidade
provê diretrizes para organizações que escolhem progredir além dos requisitos desta Norma.
O Anexo B provê detalhes de outras Normas sobre gestão da qualidade e sistemas de gestão da qualidade que foram
desenvolvidas pelo ISO/ TC 176.
Esta Norma não inclui requisitos específicos para outros sistemas de gestão, como aqueles para gestão ambiental, gestão de
segurança e saúde ocupacional ou gestão financeira.
Normas de sistema de gestão da qualidade de setores específicos baseadas nos requisitos desta Norma foram desenvolvidas
para diversos setores. Algumas destas normas especificam os requisitos adicionais de sistemas de gestão da qualidade,
enquanto outros se limitam a prover diretrizes para a aplicação desta Norma nesse setor particular.
Uma matriz mostrando a correlação entre as seções desta edição desta Norma e a edição anterior (ABNT NBR ISO 9001:2008)
pode ser encontrada no site aberto na Internet do ISO/TC 176/SC 2 em www.iso.org/tc176/sc02/public.

6
SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE – REQUISITOS
1 Escopo
Esta Norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade quando uma organização:
a) necessita demonstrar sua capacidade para prover consistentemente produtos e serviços que atendam aos requisitos do
cliente e aos requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis, e
b) visa aumentar a satisfação do cliente por meio da aplicação eficaz do sistema, incluindo processos para melhoria do
sistema e para garantia da conformidade com os requisitos do cliente e com os requisitos estatutários e regulamentares
aplicáveis.
Todos os requisitos desta Norma são genéricos e destinados a ser aplicáveis a todas as organizações, independentemente de
seu tipo, tamanho e do produto e serviço que provê.
NOTA 1 Nesta Norma, os termos "produto" ou "serviço" aplicam-se somente a produtos e serviços destinados a, ou requeridos
por um cliente.
NOTA 2 Requisitos estatutários e regulamentares podem ser expressos como requisitos legais.
1.1 Escopo – suplemento automotivo para a ISO 9001:2015
Esta Norma de SGQ Automotiva define os requisitos de sistema de gestão de qualidade para o projeto e desenvolvimento,
produção e, quando relevante, montagem, instalação e serviços de produtos automotivos relacionados, incluindo produtos com
software embarcado.
Esta Norma de SGQ Automotiva é aplicável aos sites da organização onde são manufaturadas as peças de produção
especificadas pelo cliente, as peças para serviço e/ou acessórios.
Esta Norma de SGQ Automotiva deveria ser aplicada ao longo de toda a cadeia de fornecimento automotiva.

2 Referência Normativa
O documento a seguir, no todo ou em parte, é referenciado normativamente neste documento e é indispensável à sua
aplicação. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 9000: 2015, Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário
2.1 Referência normativa e informativa
O Anexo A (Plano de Controle) é uma parte normativa desta Norma de SGQ Automotiva.
O Anexo B (Bibliografia – suplemento automotivo) é informativo, que fornece informações adicionais destinadas a ajudar a
compreensão ou a atualização deste Norma de SGQ Automotiva.

3 Termos e Definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições dados na ABNT NBR ISO 9000: 2015.
3.1 Termos e definições para a indústria automotiva
peça acessória: componente(s) adicional(is) especificado(s) pelo cliente que são tanto mecanicamente ou eletronicamente
conectados ao veículo ou ao powertrain antes (ou depois) da entrega ao cliente final (por exemplo, tapetes personalizados,
lonas de caminhão, calotas, melhorias no sistema de som, teto solar, spoilers, compressores [super-chargers], etc.)
planejamento avançado da qualidade do produto (APQP): processo de planejamento da qualidade do produto que suporta o
desenvolvimento de um produto ou serviço que irá satisfazer os requisitos do cliente; o APQP serve como um guia no processo
de desenvolvimento e, também, uma forma padrão para compartilhar resultados entre as organizações e seus clientes; o APQP
cobre a robustez do projeto, os testes do projeto e a conformidade a especificação, o projeto do processo de produção, normas
de inspeção da qualidade, a capacidade (capability) do processo, a capacidade de produção, a embalagem do produto, o teste
do produto e o plano de treinamento do operador, entre outros itens
peças para aftermarket: peça(s) para reposição não adquiridas ou liberadas por um OEM para aplicações em peças para
serviço, que podem ou não ser produzidas com as especificações do equipamento original
autorização: permissão documentada para uma pessoa(s), especificando os direitos e responsabilidades relacionadas a dar ou
negar permissões ou sanções dentro de uma organização
peça padrão (mestre): peça(s) de especificação conhecida(s), calibrada(s) e rastreável(is) a padrões, com o(s) resultado(s)
esperado(s) (aprovado ou reprovado) que é(são) usada(s) para validar a funcionalidade de um dispositivo à prova de erros ou
um dispositivo de verificação (por exemplo, dispositivo passa/não passa)
plano de controle: descrição documentada dos sistemas e processos requeridos para controlar a manufatura do produto (ver
Anexo A)

7
requisitos do cliente: todos os requisitos especificados pelo cliente (por exemplo, requisitos técnicos, comerciais, de produto e
de processo de manufatura, termos e condições gerais, requisitos específicos do cliente, etc.). Quando a organização auditada
for fabricante de veículos, suas subsidiárias ou joint ventures, o Cliente pertinente é especificado pelo próprio fabricante,
subsidiária ou joint venture.

requisitos específicos do cliente (CSRs): interpretações ou requisitos suplementares ligados a uma cláusula(s) específica(s)
desta Norma de SGQ Automotiva.

projeto para montagem (DFA): processo pelo qual os produtos são projetados com considerações para facilidade de montagem
(por exemplo, se um produto contém menos peças levará menos tempo para montar, reduzindo assim os custos de montagem)

projeto para manufatura (DFM): integração do planejamento do projeto do produto e do processo para projetar um produto
que seja facilmente e economicamente manufaturado
projeto para manufatura e montagem (DFMA): combinação de duas metodologias: Projeto para Manufatura (DFM), que é o
processo de otimizar o projeto para ser mais fácil de produzir, ter maior rendimento e qualidade melhorada; e Projeto para
Montagem (DFM), que é a otimização do projeto para reduzir o risco de erro, reduzindo os custos e tornando-o mais fácil de
montar
projeto para six sigma (DFSS): metodologia sistemática, ferramentas e técnicas com o objetivo de ter um projeto robusto de
produtos ou processos que atendam as expectativas do cliente e possam ser produzidos com um nível de qualidade six sigma
organização responsável pelo projeto: organização com autoridade para estabelecer uma nova especificação de produto ou
mudar uma existente
NOTA: Esta responsabilidade inclui testes e verificação de desempenho do projeto na aplicação especificada pelo cliente.
prova de erro: projeto e desenvolvimento do produto e processo de manufatura para prevenir a manufatura de produtos não
conformes
processo de escalonamento: processo utilizado para realçar ou sinalizar determinadas questões dentro de uma organização
para que o pessoal apropriado possa responder a estas situações e monitorar as resoluções
análise da árvore de falhas (FTA): metodologia dedutiva de análise de falha em que um estado indesejado de um sistema é
analisado; a análise da árvore de falhas mapeia a relação entre falhas, subsistemas e elementos de projeto redundantes através
da criação de um diagrama lógico de todo o sistema
laboratório: instalação para inspeção, teste ou calibração que pode incluir, mas não se limitar ao seguinte: químico,
metalúrgico, dimensional, físico, elétrico, ou teste de confiabilidade
escopo do laboratório: documento controlado contendo
• testes específicos, avaliações e calibrações que um laboratório é qualificado para executar;
• uma lista dos equipamentos que o laboratório usa para executar o acima; e
• uma lista de métodos e normas para que o laboratório realize o definido acima
manufatura: processo de fazer ou fabricar
• materiais de produção;
• peças de produção ou peças para serviço;
• montagens; ou
• tratamento térmico, soldagem, pintura, tratamento superficial, ou outros serviços de acabamento
viabilidade de manufatura: uma análise e avaliação de um projeto proposto para determinar se ele é tecnicamente viável de se
manufaturar o produto para atender os requisitos do cliente. Isto inclui, mas não se limita ao seguinte (como aplicável): estar
dentro dos custos estimados, e se os recursos necessários, as instalações, o ferramental, a capacidade, o software e o pessoal
com as habilidades requeridas, incluindo as funções de suporte, estão disponíveis ou estão planejados para estarem disponíveis
serviços de manufatura: empresas que testam, manufaturam, distribuem e provêm serviços de reparo para componentes e
montagens
abordagem multidisciplinar: método para capturar a entrada de todas as partes interessadas que podem influenciar na maneira
como um processo é administrado por uma equipe cujos membros incluem pessoal da organização e podem incluir
representantes do cliente e do fornecedor; membros da equipe podem ser internos ou externos à organização; tanto equipes
existentes como equipes exclusivas para este propósito (ad hoc) podem ser utilizadas conforme as circunstâncias justifiquem;
as entradas para a equipe podem incluir entradas da organização e do cliente
nenhum problema encontrado (NTF): designação aplicada a uma peça substituída durante um evento de serviço que, quando
analisada pelo fabricante do veículo ou da peça, atende a todos os requisitos de uma “peça boa” (também referida como
“Nenhuma Falha Encontrada” ou “Problema Não Encontrado”)
processo terceirizado: parte da função de uma organização (ou processos) que é realizada por uma organização externa
revisão periódica: metodologia de manutenção para prevenir uma grande quebra não planejada onde, baseado no histórico de
falhas ou interrupção, uma peça do equipamento ou subsistema do equipamento, é pro-ativamente retirada de serviço e
desmontada, reparada, substituída, remontada e depois retornada ao serviço

8
manutenção preditiva: uma abordagem e um conjunto de técnicas para avaliar a condição dos equipamentos em serviço através
da realização periódica ou contínuo monitoramento das condições do equipamento, a fim de prever quando a manutenção
deveria ser realizada
frete especial: custos adicionais ou encargos incorridos adicionalmente aos da entrega contratada
NOTA: Isso pode ser causado pelo método, quantidade, entregas não programadas ou atrasadas, etc.
manutenção preventiva: atividades planejadas a intervalos regulares (baseados em tempo, inspeção periódica, e revisão) para
eliminar as causas de falha do equipamento e interrupções não programadas de produção, como uma saída do projeto do
processo de manufatura
produto: aplica-se a qualquer saída pretendida, resultante do processo de realização do produto
segurança do produto: normas relativas ao projeto e manufatura de produtos para assegurar que eles não representem danos
ou riscos para os clientes
parada (shutdown) da produção: condição onde os processos de manufatura estão inativos; o intervalo de tempo pode ser de
algumas horas a alguns meses
plano de reação: ação ou uma série de passos prescritos em um plano de controle, no caso em que eventos anormais ou não
conformes sejam detectados
local remoto: localização que suporta os sites de manufatura e onde ocorrem os processos não produtivos
peças para serviço: peças de reposição, manufaturadas com as especificações do OEM que são adquiridas ou liberadas pelo
OEM para aplicações de peças para serviço, incluindo peças remanufaturadas
site: localização em que ocorrem os processos de manufatura que agregam valor
características especiais: classificação de uma característica de produto ou parâmetro de processo de manufatura que pode
afetar a segurança ou a conformidade com os regulamentos, ajuste, função, desempenho, requisitos ou processamento
subsequente do produto
situação especial: notificação de uma classificação identificada pelo cliente atribuída a uma organização onde um ou mais
requisitos do ciente não estão sendo satisfeitos devido a um problema significativo de qualidade ou entrega
função de suporte: atividade não produtiva (conduzida no site ou em um lugar remoto) que suporta um (ou mais) sites de
manufatura da mesma organização
manutenção produtiva total: um sistema para manter e melhorar a integridade dos sistemas de produção e qualidade através
de máquinas, equipamentos, processos e funcionários que agreguem valor à organização
curvas de correlação (trade-off curves): ferramenta para entender e comunicar a relação entre várias características de projeto
de um produto; o desempenho do produto em uma característica é mapeado no eixo y e o outro no eixo x, então uma curva é
plotada para ilustrar o desempenho do produto em relação às duas características
processo de correlação (trade-off process): metodologia de desenvolvimento e uso de curvas de correlação (trade-off) para os
produtos e suas características de desempenho que estabelecem as relações técnicas, econômicas e do cliente, entre as
alternativas de projeto
software embarcado: o software embarcado é um programa especializado armazenado em um componente automotivo
(normalmente chip de computador ou outro armazenamento de memória não volátil) especificado pelo cliente, ou como parte
do projeto do sistema, para controlar suas funções. Para ser pertinente no escopo da certificação IATF 16949, a parte que é
controlada por software embarcado deve ser desenvolvida para uma aplicação automotiva (ou seja, carros de passeio, veículos
comerciais leves, caminhões pesados, ônibus e motocicletas; consulte Regras para obter e manter Reconhecimento IATF, 5ª
Edição, Seção 1.0 Elegibilidade para Certificação à IATF 16949, para o que é elegível para “Automotivo”).

NOTA: O software para controlar qualquer aspecto do processo de fabricação (por exemplo, máquina para fabricar um
componente ou material) não está incluído na definição de software embarcado.

4. Contexto da Organização
4.1 Entendendo a Organização e seu Contexto
A organização deve determinar questões externas e internas que sejam pertinentes para o seu propósito e para seu
direcionamento estratégico e que afetem sua capacidade de alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s) de seu sistema de gestão
da qualidade.
A organização deve monitorar e analisar criticamente informação sobre essas questões externas e internas.
NOTA 1. Questões podem incluir fatores ou condições positivos e negativos para consideração.
NOTA 2. O entendimento do contexto externo, pode ser facilitado pela consideração de questões provenientes dos ambientes
legal, tecnológico, competitivo, de mercado, cultural, social e econômico, tanto internacionais, quanto nacionais, regionais ou
locais.
NOTA 3. O entendimento do contexto interno pode ser facilitado pela consideração de questões relativas a valores, cultura,
conhecimento e desempenho da organização.

9
4.2 Entendendo as Necessidades e Expectativas de Partes Interessadas
Devido ao seu efeito ou potencial efeito sobre a capacidade da organização para prover consistentemente produtos e serviços
que atendam aos requisitos do cliente e aos requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis, a organização deve
determinar:
a) as partes interessadas que sejam pertinentes para o sistema de gestão da qualidade;
b) os requisitos dessas partes interessadas que sejam pertinentes para o sistema de gestão da qualidade;
A organização deve monitorar e analisar criticamente informação sobre as partes interessadas e seus requisitos pertinentes.
4.3 Determinando o Escopo do Sistema de Gestão da Qualidade
A organização deve determinar os limites e aplicabilidade do sistema de gestão da qualidade para estabelecer o seu escopo.
Ao determinar esse escopo, a organização deve considerar:
a) as questões externas e internas referidas em 4.1;
b) os requisitos das partes externas e internas referidos em 4.2;
c) os produtos e serviços da organização.
A organização deve aplicar todos os requisitos desta Norma, se eles forem aplicáveis no escopo determinado do sistema de
gestão da qualidade.
O escopo do sistema de gestão da qualidade da organização deve estar disponível e ser mantido como informação
documentada. O escopo deve declarar os tipos de produtos e serviços cobertos e prover justificativa para qualquer requisito
desta Norma que a organização determinar que não seja aplicável ao escopo do seu sistema de gestão da qualidade.
A conformidade com esta Norma só pode ser alegada se os requisitos determinados como não aplicáveis não afetarem a
capacidade ou a responsabilidade da organização de assegurar a conformidade dos seus produtos e serviços e o aumento da
satisfação do cliente.
4.3.1 Determinando o escopo do sistema de gestão da qualidade – suplemento
Funções de suporte sejam no site ou remotas (tais como centros de projeto, sedes corporativas e centros de distribuição) devem
ser incluídas no escopo do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ).
A única exclusão permitida para esta Norma de SGQ Automotiva relaciona-se com os requisitos de projeto e desenvolvimento
do produto da ISO 9001, Seção 8.3. A exclusão deve ser justificada e mantida como informação documentada (ver ISO 9001,
Seção 7.5).
As exclusões permitidas não incluem o projeto do processo de manufatura.
4.3.2 Requisitos específicos do cliente
Os requisitos específicos do cliente devem ser avaliados e incluídos no escopo do sistema de gestão da qualidade da
organização.
4.4 Sistema de Gestão da Qualidade e seus Processos
4.4.1 A organização deve estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de gestão da qualidade,
incluindo os processos necessários e suas interações, de acordo com os requisitos desta Norma.
A organização deve determinar os processos necessários para o sistema de gestão da qualidade e sua aplicação na organização,
e deve:
a) determinar as entradas requeridas e as saídas esperadas desses processos;
b) determinar a sequência e interação desses processos;
c) determinar e aplicar os critérios e métodos (incluindo monitoramento, medições e indicadores de desempenho
relacionados) necessários para assegurar a operação e controle eficazes desses processos;
d) determinar os recursos necessários desses processos e assegurar sua disponibilidade;
e) atribuir as responsabilidades e autoridades para esses processos;
f) abordar os riscos e oportunidades conforme determinados de acordo com os requisitos de 6.1;
g) avaliar esses processos e implementar quaisquer mudanças necessárias para assegurar que esses processos alcancem
os resultados pretendidos;
h) melhorar os processos e o sistema de gestão da qualidade.
4.4.1.1 Conformidade de produtos e processos
A organização deve assegurar a conformidade de todos os produtos e processos, incluindo peças para serviço e aqueles que
são terceirizados, com todos os requisitos aplicáveis do cliente, estatutários, e regulamentares (ver Seção 8.4.2.2).

10
4.4.1.2 Segurança do produto
A organização deve ter processos documentados para a gestão da segurança do produto relacionados a produtos e processos
de manufatura, que devem incluir, mas não se limitar ao seguinte, onde aplicável:
a) identificação pela organização dos requisitos estatutários e regulamentares de segurança dos produtos;
b) notificação do cliente dos requisitos no item a);
c) aprovações especiais para FMEA de projeto;
d) identificação das características de segurança relacionadas ao produto;
e) identificação e controles das características de segurança relacionadas com o produto e no ponto de manufatura;
f) aprovação especial de planos de controle e FMEAs de processo;
g) planos de reação (ver Seção 9.1.1.1);
h) responsabilidades definidas, definição de processo de escalonamento e fluxo de informação, incluindo a alta direção
e a notificação ao cliente;
i) treinamento identificado pela organização ou pelo cliente para o pessoal envolvido na segurança do produto
relacionados a produtos e aos processos de manufatura associados;
j) mudanças de produto ou processo devem ser aprovadas antes da implementação, incluindo a avaliação dos efeitos
potenciais na segurança do produto a partir de mudanças de processo e produto (ver ISO 9001, Seção 8.3.6);
k) transferência de requisitos relacionados a segurança do produto ao longo de toda a cadeia de fornecimento, incluindo
fontes designadas pelo cliente (ver Seção 8.4.3.1);
l) rastreabilidade de produto por lote manufaturado (no mínimo) ao longo da cadeia de fornecimento (ver Seção 8.5.2.1);
m) lições aprendidas para introdução de novos produtos
NOTA: Aprovação especial de requisitos ou documentos relacionados à segurança pode ser requerida pelo cliente ou pelos
processos internos da organização é uma aprovação adicional pela função (tipicamente o cliente) que é responsável por
aprovar tais documentos com conteúdo relacionado à segurança.
4.4.2 Na extensão necessária, a organização deve:
a) manter informação documentada para apoiar a operação de seus processos;
b) reter informação documentada para ter confiança em que os processos sejam realizados conforme planejado.

5. Liderança
5.1 Liderança e Comprometimento
5.1.1 Generalidades
A Alta Direção deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao sistema de gestão da qualidade:
a) responsabilizando-se por prestar contas pela eficácia do sistema de gestão da qualidade;

NOTA BRASILEIRA: A expressão “responsabilidade por prestar conta” foi usada como tradução do termo “taking
accountability”

b) assegurando que a política da qualidade e os objetivos da qualidade sejam estabelecidos para o sistema de gestão da
qualidade e que sejam compatíveis com o contexto e a direção estratégica da organização;
c) assegurando a integração dos requisitos do sistema de gestão da qualidade nos processos de negócio da organização;
d) promovendo o uso da abordagem de processos e da mentalidade de risco;
e) assegurando que os recursos necessários para o sistema de gestão da qualidade estejam disponíveis;
f) comunicando a importância de uma gestão da qualidade eficaz e de estar conforme com os requisitos do sistema de
gestão da qualidade;
g) assegurando que o sistema de gestão da qualidade alcance os resultados pretendidos
h) engajando, dirigindo e apoiando pessoas a contribuir para a eficácia do sistema de gestão da qualidade;
i) promovendo melhoria;
j) apoiando outros papéis pertinentes da gestão a demonstrar como sua liderança se aplica às áreas sob sua
responsabilidade.
NOTA A referência a “negócio” nesta Norma pode ser interpretada, de modo amplo, como aquelas atividades centrais para
os propósitos da existência da organização, seja ela pública, privada, voltada para o lucro ou sem finalidade lucrativa.
5.1.1.1 Responsabilidade corporativa
A organização deve definir e implementar políticas de responsabilidade corporativa, incluindo, no mínimo, uma política
antissuborno, um código de conduta dos colaboradores e uma política de escalação sobre ética (“política de delação”).

11
5.1.1.2 Eficácia e eficiência do processo
A alta direção deve analisar criticamente a eficácia e eficiência processos de realização do produto do sistema de gestão da
qualidade e processos de apoio para avaliar e melhorar a eficácia e eficiência o sistema de gestão da qualidade da
organização. Os resultados das atividades de análise crítica do processo devem ser incluídas como análise crítica da direção
(ver Seção 9.3.2.1.).

5.1.1.3 Donos dos processos


A alta direção deve identificar os donos dos processos que são responsáveis pelo gerenciamento dos processos da organização
e as saídas relacionadas. Os donos dos processos devem entender seus papéis e serem competentes para realizar seus papéis
(ver ISO 9001, Seção 7.2).
5.1.2 Foco no Cliente
A alta direção deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao foco no cliente, assegurando que:
a) os requisitos do cliente e os requisitos estatutários e regulamentares pertinentes sejam determinados, entendidos e
atendidos consistentemente;
b) os riscos e oportunidades que possam afetar a conformidade de produtos e serviços e a capacidade de aumentar a
satisfação do cliente sejam determinados e abordados;
c) o foco no aumento da satisfação do cliente seja mantido.
5.2 Política
5.2.1 Desenvolvendo a Política da Qualidade
A Alta Direção deve estabelecer, implementar e manter uma política da qualidade que:
a) seja apropriada ao propósito e ao contexto da organização e apoie seu direcionamento estratégico;
b) proveja uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos da qualidade;
c) inclua um comprometimento em satisfazer requisitos aplicáveis;
d) inclua um comprometimento com a melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade.
5.2.2 Comunicando a Política da Qualidade
A política da qualidade deve:
a) estar disponível e ser mantida como uma informação documentada;
b) ser comunicada, entendida e aplicada na organização;
c) estar disponível para partes interessadas pertinentes, como apropriado.
5.3 Papéis, Responsabilidades e Autoridades Organizacionais
A Alta Direção deve assegurar que as responsabilidades e autoridades para papéis pertinentes sejam atribuídas, comunicadas
e entendidas na organização.
A Alta Direção deve atribuir a responsabilidade e autoridade para:
a) assegurar que o sistema de gestão da qualidade esteja conforme com os requisitos desta Norma ;
b) assegurar que os processos entreguem suas saídas pretendidas;
c) relatar o desempenho do sistema de gestão da qualidade e as oportunidades para melhoria (ver 10.1), em particular
para a Alta Direção.
d) assegurar a promoção do foco no cliente na organização;
e) assegurar que a integridade do sistema de gestão da qualidade seja mantida quando forem planejadas e implementadas
mudanças no sistema de gestão da qualidade.
5.3.1 Papéis, responsabilidades e autoridades organizacionais – suplemento
A alta direção deve designar pessoal com a responsabilidade e autoridade para assegurar o atendimento dos requisitos do
cliente. Estas atribuições devem ser documentadas, isto inclui, mas não se limita a: seleção de características especiais,
definição dos objetivos da qualidade e treinamento relacionado, ações corretivas e preventivas, projeto e desenvolvimento do
produto, análise de capacidade, informação de logística, indicadores do cliente e portais do cliente.

12
5.3.2 Responsabilidade e autoridade pelos requisitos do produto e ações corretivas
A alta direção deve assegurar que:
a) pessoal responsável pela conformidade aos requisitos do produto tenham autoridade para parar a expedição e parar
a produção para corrigir problemas de qualidade;
NOTA: Devido ao projeto do processo em algumas indústrias, pode ser que não seja sempre possível parar a produção
imediatamente. Neste caso, o lote alterado deve ser contido e a expedição ao cliente impedida.
b) pessoal com autoridade e responsabilidade por ações corretivas seja prontamente informado sobre produtos ou
processos que não estejam em conformidade com os requisitos, para assegurar que produto não conforme não seja
expedido para o cliente e que todo produto potencialmente não conforme seja identificado e contido;
c) as operações de produção em todos os turnos sejam supervisionadas com o pessoal encarregado por, ou com
responsabilidade delegada para, garantir a conformidade com os requisitos do produto.

6 Planejamento
6.1 Ações para Abordar Riscos e Oportunidades
6.1.1 Ao planejar o sistema de gestão da qualidade, a organização deve considerar as questões referidas em 4.1 e os requisitos
referidos em 4.2, e determinar os riscos e oportunidades que precisam ser abordados para:
a) assegurar que o sistema de gestão da qualidade, possa alcançar seus resultados pretendidos;
b) aumentar efeitos desejáveis;
c) prevenir, ou reduzir, efeitos indesejáveis;
d) alcançar melhoria.
6.1.2 A organização deve planejar:
a) ações para abordar esses riscos e oportunidades;
b) como:
1) integrar e implementar as ações nos processos do seu sistema de gestão da qualidade (ver 4.4);
2) avaliar a eficácia dessas ações.
Ações tomadas para abordar riscos e oportunidades devem ser apropriadas ao impacto potencial sobre a conformidade de
produtos e serviços.
NOTA 1 Opções para abordar os riscos podem incluir evitar o risco, assumir o risco para perseguir uma oportunidade, eliminar
a fonte de risco, mudar a probabilidade ou as consequências, compartilhar o risco ou decidir, com base em informação, reter
o risco.
NOTA 2 Oportunidades podem levar à adoção de novas práticas, lançamento de novos produtos, abertura de novos mercados,
abordagem de novos clientes, construção de parcerias, uso de novas tecnologias e outras possibilidades desejáveis e viáveis
para abordar as necessidades da organização ou de seus clientes.
6.1.2.1 Análise de risco
A organização deve incluir na sua análise de risco, no mínimo, as lições aprendidas com o recall de produto, auditorias de
produto, reparos e retornos de campo, reclamações, sucata e retrabalho.
A organização deve reter informações documentadas como evidência dos resultados da análise de risco.
6.1.2.2 Ação preventiva
A organização deve determinar e implementar ações para eliminar as causas de não conformidades potenciais, a fim de evitar
a sua ocorrência. As ações preventivas devem ser apropriadas à severidade dos problemas potenciais.
A organização deve estabelecer um processo para diminuir o impacto dos efeitos negativos do risco, incluindo o seguinte:
a) determinação de não conformidades potenciais e suas causas;
b) avaliação da necessidade de ações para impedir a ocorrência de não conformidades;
c) determinação e implementação de ações necessárias;
d) informação documentada das ações tomadas;
e) análise crítica da eficácia das ações preventivas tomadas;
f) utilização das lições aprendidas para impedir a recorrência em processos similares (ver ISO 9001, Seção 7.1.6).

13
6.1.2.3 Planos de contingência
A organização deve:
a) identificar e avaliar os riscos internos e externos para todos os processos de manufatura e equipamentos de
infraestrutura essenciais para manter as saídas da produção e assegurar que os requisitos do cliente sejam atendidos;
b) definir planos de contingência de acordo com o risco e o impacto ao cliente;
c) preparar planos de contingência para continuidade do fornecimento em caso de qualquer um dos seguintes eventos:
falhas em equipamentos chave (ver Seção 8.5.6.1.1); interrupção dos produtos, processos e serviços providos
externamente; desastres naturais recorrentes; fogo; interrupções das utilidades; ataques cibernéticos a sistemas de
informática; falta de mão de obra; ou rupturas na infraestrutura;
d) incluir, como um suplemento para os planos de contingência, um processo de notificação ao cliente e outras partes
interessadas da extensão e da duração de qualquer situação que impacte as operações do cliente;
e) testar periodicamente os planos de contingência em relação a sua eficácia (por exemplo, simulações, conforme
apropriado);
f) conduzir análise crítica do plano de contingência (no mínimo anualmente) usando uma equipe multidisciplinar
incluindo a alta direção e atualizar conforme necessário;
g) documentar os planos de contingência e reter informações documentadas descrevendo quaisquer revisões, incluindo
a(o) pessoa(l) que autorizou a(s) mudança(s).
Os planos de contingência devem incluir disposições para validar que o produto manufaturado continua a atender as
especificações do cliente após o reinício da produção seguida de uma emergência em que a produção foi interrompida e se os
processos normais de parada não foram seguidos.
6.2 Objetivos da Qualidade e Planejamento para Alcançá-los
6.2.1 A organização deve estabelecer objetivos da qualidade nas funções, níveis e processos pertinentes necessários para o
sistema de gestão da qualidade.
Os objetivos da qualidade devem:
a) ser coerentes com a política da qualidade;
b) ser mensuráveis;
c) levar em conta os requisitos aplicáveis;
d) ser pertinentes para a conformidade de produtos e serviços e para aumentar a satisfação do cliente;
e) ser monitorados;
f) ser comunicados;
g) ser atualizados como apropriado.
A organização deve manter informação documentada sobre os objetivos da qualidade.
6.2.2 Ao planejar como alcançar seus objetivos da qualidade, a organização deve determinar:
a) o que será feito;
b) quais recursos serão requeridos;
c) quem será o responsável;
d) quando isso será concluído;
e) como os resultados serão avaliados.
6.2.2.1 Objetivos da qualidade e o planejamento para alcançá-los – suplemento
A alta direção deve assegurar que os objetivos da qualidade para atender os requisitos do cliente estão definidos, estabelecidos
e mantidos para funções, processos e níveis relevantes para toda a organização.
Os resultados da análise crítica da organização relacionados às partes interessadas e seus requisitos relevantes devem ser
considerados quando a organização estabelecer seus objetivos da qualidade anualmente (no mínimo) e as metas de desempenho
relacionadas (internas e externas).
6.3 Planejamento de Mudanças
Quando a organização determina a necessidade de mudanças no sistema de gestão da qualidade, as mudanças devem ser
realizadas de uma maneira planejada e sistemática (ver 4.4).
A organização deve considerar:
a) o propósito das mudanças e suas consequências;
b) a integridade do sistema de gestão da qualidade;
c) a disponibilidade dos recursos;
d) a alocação ou realocação de responsabilidades e autoridades.

14
7. Apoio
7.1 Recursos
7.1.1 Generalidades
A organização deve determinar e prover os recursos necessários para estabelecimento, implementação, manutenção e
melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade.
A organização deve considerar:
a) as capacidades e restrições de recursos internos existentes;
b) o que precisa ser obtido de provedores externos.
7.1.2 Pessoas
A organização deve determinar e prover as pessoas necessárias para a implementação eficaz do seu sistema de gestão da
qualidade e para a operação e controle de seus processos.
7.1.3 Infraestrutura
A organização deve determinar, prover e manter a infraestrutura necessária para a operação dos seus processos e para alcançar
a conformidade de produtos e serviços.
NOTA Infraestrutura pode incluir:
a) edifícios e instalações associadas;
b) equipamentos, incluindo materiais, máquinas, ferramentas, etc. e software;
NOTA BRASILEIRA 1 O termo “hardware” foi traduzido por materiais, máquinas, ferramentas, etc.

NOTA BRASILEIRA 2 Em edições anteriores, software foi traduzido por “programa de computador”. Nesta edição
preferiu-se manter o termo em inglês devido à falta de um termo adequado para designar as diversas novas formas que
a palavra software vem adquirindo ao longo do tempo, como programas para aparelhos celulares, tablets; instruções
em forma de tecnologia embarcada, instruções de operação etc.
c) recursos para transporte;
d) tecnologia de informação e comunicação.
7.1.3.1 Planejamento da planta, instalação e equipamentos
A organização deve usar uma abordagem multidisciplinar, incluindo a identificação de riscos e métodos de mitigação do risco
para desenvolver e melhorar os planos da planta, instalações e equipamentos. Ao projetar os layouts da planta, a organização
deve:
a) otimizar o fluxo de material, manuseio de material e o uso com valor agregado do espaço físico, incluindo o controle
de produto não conforme; e
b) facilitar o fluxo sincronizado dos materiais, conforme aplicável.
Métodos devem ser desenvolvidos e implementados para avaliar a viabilidade de manufatura de novos produtos ou novas
operações. As avaliações da viabilidade de manufatura devem incluir o planejamento da capacidade. Estes métodos também
devem ser aplicáveis para avaliar as mudanças propostas das operações existentes.
A organização deve manter a eficácia do processo, incluindo a reavaliação periódica em relação ao risco, para incorporar
quaisquer mudanças feitas durante a aprovação do processo, manutenção do plano de controle (ver a Seção 8.5.1.1) e
verificação das preparações para o trabalho (set-ups) (ver a Seção 8.5.1.3).
As avaliações de viabilidade de manufatura e avaliação do planejamento de capacidade devem ser entradas para a análise
crítica da direção (ver ISO 9001, Seção 9.3).
NOTA 1: Estes requisitos deveriam incluir a aplicação de princípios de manufatura enxuta.
NOTA 2: Estes requisitos deveriam ser aplicáveis às atividades do fornecedor no site, conforme aplicável.
7.1.4 Ambiente para a Operação dos Processos
A organização deve determinar, prover e manter o ambiente necessário para a operação de seus processos e para alcançar a
conformidade de produtos e serviços.
NOTA Um ambiente adequado pode ser a combinação de fatores humanos e físicos, como:
a) social (por exemplo: não-discriminatório, calmo, não-confrontante);
b) psicológico (por exemplo, redutor de estresse, preventivo quanto à exaustão, emocionalmente protetor);
c) físico (por exemplo, temperatura, calor, umidade, luz, fluxo de ar, higiene, ruído).
Esses fatores podem diferir substancialmente dependendo dos produtos e serviços providos.
NOTA: Onde a certificação de terceira parte na ISO 45001 (ou equivalente) for reconhecida, esta pode ser usada para
demonstrar a conformidade da organização aos aspectos de segurança pessoa deste requisito.

15
7.1.4.1 Ambiente para a operação dos processos – suplemento
A organização deve manter suas instalações em um estado de ordem, limpeza e reparo consistentes com as necessidades do
produto e do processo de manufatura.
7.1.5 Recursos de Monitoramento e Medição
7.1.5.1 Generalidades
A organização deve determinar e prover os recursos necessários para assegurar resultados válidos e confiáveis quando
monitoramento ou medição for usado para verificar a conformidade de produtos e serviços com requisitos.
A organização deve assegurar que os recursos providos:
a) sejam adequados para o tipo específico de atividades de monitoramento e medição assumidas;
b) sejam mantidos para assegurar que estejam continuamente apropriados aos seus propósitos.
A organização deve reter a informação documentada apropriada como evidência de que os recursos de monitoramento e
medição sejam apropriados para os seus propósitos.
7.1.5.1.1 Análise do sistema de medição
Estudos estatísticos devem ser conduzidos para analisar a variação presente nos resultados de cada tipo de sistema de inspeção,
medição e de equipamento teste identificado no plano de controle. Os métodos analíticos e os critérios de aceitação usados
devem estar em conformidade com aqueles dos manuais de referência de análise dos sistemas de medição. Outros métodos
analíticos e os critérios de aceitação podem ser usados se aprovado pelo cliente.
Registros de aceitação do cliente de métodos alternativos devem ser retidos juntamente com os resultados das análises
alternativas dos sistemas de medição (ver Seção 9.1.1.1).
NOTA: Priorização dos estudos de MAS deveria focar em características críticas ou especiais do produto ou processo.
7.1.5.2 Rastreabilidade de Medição
Quando a rastreabilidade de medição for um requisito, ou for considerada pela organização uma parte essencial da provisão
de confiança na validade de resultados de medição, os equipamentos de medição devem ser:
a) verificados ou calibrados, ou ambos, a intervalos especificados, ou antes do uso, contra padrões de medição rastreáveis
a padrões de medição internacionais ou nacionais; quando tais padrões não existirem, a base usada para calibração ou
verificação deve ser retida como informação documentada;
b) identificados para determinar sua situação;
c) salvaguardados contra ajustes, danos ou deterioração que invalidariam a situação de calibração e resultados de medições
subsequentes.
A organização deve determinar se a validade de resultados de medições anteriores foi adversamente afetada quando o
equipamento de medição for constatado inapropriado para seu propósito pretendido, e deve tomar ação apropriada, como
necessário.
NOTA: Um número ou outro identificador rastreável ao registro de calibração do dispositivo atende a intenção dos requisitos
da ISO 9001:2015.
7.1.5.2.1 Registros de calibração/verificação
A organização deve ter um processo documentado para o gerenciamento dos registros de calibração/verificação. Devem ser
retidos os registros das atividades de calibração/verificação para todos os dispositivos de medição e equipamentos de medição
e teste (incluindo equipamentos relevantes de propriedade dos empregados para medição, equipamentos de propriedade do
cliente ou equipamentos de propriedade do fornecedor no site) necessários para fornecer evidências de conformidade com os
requisitos internos, requisitos legais e regulamentares e requisitos definidos pelo cliente.
A organização deve assegurar que as atividades de calibração/verificação e registros devem incluir os seguintes detalhes:
a) revisões posteriores às mudanças de engenharia que impactam os sistemas de medição;
b) qualquer leitura fora das especificações, conforme recebido para calibração/verificação;
c) uma avaliação do risco do uso pretendido do produto, causado pela condição fora das especificações;
d) quando uma parte do equipamento de inspeção, medição e teste for encontrada fora de calibração ou defeituosa
durante sua verificação ou calibração planejada ou durante seu uso, a informação documentada sobre a validade dos
resultados das medições anteriores obtidas com esta parte do equipamento de inspeção, medição e teste devem ser
retidas, incluindo a última data padrão de calibração associada e a próxima data no relatório de calibração;
e) notificação ao cliente se produto ou material suspeito foi expedido;
f) declarações de conformidade com a especificação após a calibração/verificação;
g) verificação de que a versão do software usada para controle do produto e processo está como especificado;
h) registros das atividades de calibração e manutenção para todos os dispositivos de medição (incluindo equipamentos
de propriedade dos empregados, equipamentos de propriedade do cliente ou equipamentos de propriedade do
fornecedor no site);

16
i) verificação de software relacionado à produção usado para o controle de produto e processo (incluindo o software
instalado nos equipamentos de propriedade dos empregados, equipamentos de propriedade do cliente ou equipamentos
de propriedade do fornecedor no site).
7.1.5.3 Requisitos de laboratório
7.1.5.3.1 Laboratório interno
As instalações de laboratório interno da organização devem ter um escopo definido que inclua sua capacidade (capability) para
realizar os serviços de inspeção, teste ou calibração necessários. Este escopo de laboratório deve estar incluído na
documentação do sistema de gestão da qualidade. O laboratório deve especificar e implementar, no mínimo, os requisitos para:
a) a adequação dos procedimentos técnicos de laboratório;
b) a competência do pessoal do laboratório;
c) o teste do produto;
d) a capacidade (capability) para realizar estes serviços corretamente, rastreáveis as normas relevantes do processo (tais
como ASTM, EM, etc.); quando não houver normas nacionais ou internacionais disponíveis, a organização deve definir
e implementar uma metodologia para verificar a capacidade (capability) do sistema de medição;
e) os requisitos do cliente, se houver;
f) a análise crítica dos registros relacionados.
NOTA: A acreditação de terceira parte na ISO/IEC 17025 (ou equivalente) pode ser utilizada para demonstrar a conformidade
do laboratório interno da organização a este requisito.
7.1.5.3.2 Laboratório externo
As instalações do laboratório externo/comercial/independente, usadas para os serviços de inspeção, teste ou calibração pela
organização, devem ter o escopo do laboratório definido que inclua a capacidade (capability) para realizar a requerida
inspeção, teste, ou calibração e também:
− o laboratório deve ser acreditado junto à ISO/ IEC 17025 ou seu equivalente nacional (por exemplo, CNAS-CL01
na China) por um organismo de acreditação (Signatário) do ILAC MRA (International Laboratory Accreditation
Forum Mutual Recognition Arrangement – www.ilac.org) ou equivalente nacional e incluir pertinente inspeção,
teste ou serviço de calibração no âmbito da acreditação (certificado); o certificado de calibração ou relatório de
ensaio deve incluir a marca de um organismo nacional de acreditação; ou
− deve haver evidências de que o laboratório externo é aceitável para o cliente.
NOTA: Esta evidência pode ser demonstrada, por exemplo, pela avaliação do cliente, ou por uma avaliação de segunda parte
aprovada pelo cliente que o laboratório atende a intenção da ISO/IEC 17025 ou equivalente nacional. A avaliação de segunda
parte pode ser realizada pela organização avaliando o laboratório, usando um método de avaliação aprovado pelo cliente.
Os serviços de calibração podem ser realizados pelo fabricante do equipamento, quando um laboratório qualificado não estiver
disponível para uma determinada parte do equipamento. Em tais casos, a organização deve assegurar que foram cumpridos os
requisitos listados na Seção 7.1.5.3.1.
O uso de serviços de calibração em laboratórios não qualificados (ou não aceitos pelo cliente) pode estar sujeito a confirmação
regulamentar do governo, se requerido.
7.1.6 Conhecimento Organizacional
A organização deve determinar o conhecimento necessário para a operação de seus processos e para alcançar a conformidade
de produtos e serviços.
Esse conhecimento deve ser mantido e estar disponível na extensão necessária.
Ao abordar necessidades e tendências de mudanças, a organização deve considerar seu conhecimento no momento e
determinar como adquirir ou acessar qualquer conhecimento adicional necessário e atualizações requeridas.
NOTA 1 Conhecimento organizacional é conhecimento específico para a organização; ele é obtido por experiência. Ele é a
informação que é usada e compartilhada para alcançar os objetivos da organização.
NOTA 2 Conhecimento organizacional pode ser baseado em:
a) fontes internas (por exemplo: propriedade intelectual, conhecimento obtido de experiência; lições aprendidas de falhas
e de projetos bem-sucedidos; captura e compartilhamento de conhecimento e experiência não documentados; os
resultados de melhorias em processos, produtos e serviços);
b) fontes externas (por exemplo: normas, academia, conferências, compilação de conhecimentos de clientes ou
provedores externos).

17
7.2 Competência
A organização deve:
a) determinar a competência necessária de pessoa(s) que realize(m) trabalho sob o seu controle que afete o desempenho
e a eficácia do sistema de gestão da qualidade;
b) assegurar que essas pessoas sejam competentes, com base na educação, treinamento ou experiência apropriados;
c) onde aplicável, tomar ações para adquirir a competência necessária e avaliar a eficácia das ações tomadas;
d) reter informação documentada apropriada, como evidência de competência.
NOTA Ações aplicáveis podem incluir, por exemplo, a provisão de treinamento, o mentoreamento ou a mudança de atribuições
de pessoas empregadas no momento; ou empregar ou contratar pessoas competentes.
NOTA BRASILEIRA “Empregar ou contratar”, do termo em inglês – hiring or contracting, significa a contratação temporária
ou por tempo indeterminado de pessoal próprio ou de terceiros.
7.2.1 Competência – suplemento
A organização deve estabelecer e manter processo(s) documentado(s) para identificar as necessidades de treinamento, incluindo
a conscientização (ver Seção 7.3.1) e alcançar a competência de todo o pessoal que realiza atividades que afetam a
conformidade aos requisitos do produto e processo. O pessoal que realiza tarefas específicas designadas deve ser qualificado,
conforme necessário, com especial atenção para a satisfação de requisitos do cliente.

7.2.2 Competência – treinamento no local de trabalho


A organização deve fornecer treinamento no local de trabalho (que deve incluir treinamento de requisitos do cliente) para o
pessoal em qualquer responsabilidade nova ou modificada que afeta a conformidade aos requisitos da qualidade, requisitos
internos, requisitos regulamentares ou legislativos, isto deve incluir o pessoal por contrato ou de agência. O nível de detalhe
requerido para o treinamento no local de trabalho deve ser proporcional ao nível de educação que o pessoal possui e a
complexidade da(s) tarefa(s) que eles são requeridos a realizar em seu trabalho diário. As pessoas cujos trabalhos possam
afetar a qualidade devem estar informadas sobre as consequências da não conformidade aos requisitos do cliente.
7.2.3 Competência do auditor interno
A organização deve ter um processo(s) documentado(s) para verificar se os auditores internos são competentes, levando em
consideração quaisquer requisitos definidos pela organização e/ou requisitos específicos do cliente. Para diretriz adicional de
competências de auditor, consulte a ISO 19011. A organização deve manter uma lista de auditores internos qualificados.
Os auditores de sistema de gestão da qualidade, auditores de processo de manufatura, e auditores de produto devem ser
capazes de demonstrar todas as seguintes competências mínimas:
a) entendimento da abordagem de processo automotiva para auditoria, incluindo o pensamento baseado em risco;
b) entendimento dos requisitos específicos do cliente aplicáveis;
c) entendimento dos requisitos aplicáveis da ISO 9001 e IATF 16949 relacionados ao escopo da auditoria;
d) entendimento dos requisitos dos core tools aplicáveis relacionados ao escopo da auditoria;
e) entendimento de como planejar, conduzir, relatar e fechar constatações da auditoria.
Adicionalmente No mínimo, os auditores de processo de manufatura devem demonstrar entendimento técnico do(s) processo(s)
de manufatura relevante(s) a ser(em) auditado(s), incluindo a análise de risco do processo (tais como PFMEA) e o plano de
controle.
No mínimo os auditores de produto devem demonstrar, competência no entendimento dos requisitos do produto e o uso de
equipamentos de medição e teste relevantes para verificar a conformidade do produto.
Onde o treinamento é fornecido.. Se o pessoal da organização providenciar o treinamento para obter a competência, as
informações documentadas devem ser retidas para demonstrar a competência com os requisitos acima.
A manutenção e melhoria da competência do auditor interno devem ser demonstradas através de:
f) execução de um número mínimo de auditorias por ano, conforme definido pela organização; e
g) manutenção do conhecimento dos requisitos relevantes com base em mudanças internas (por exemplo, tecnologia de
processo, tecnologia de produto) e mudanças externas (por exemplo, ISO 9001, IATF 16949, core tools e requisitos
específicos do cliente).
7.2.4 Competência do auditor de segunda parte
A organização deve demonstrar a competência dos auditores que realizam as auditorias de segunda parte. Os auditores de
segunda parte devem atender aos requisitos específicos do cliente para a qualificação de auditor e demonstrar no mínimo as
seguintes competências chaves, incluindo o entendimento:
a) da abordagem de processo automotiva para auditoria, incluindo o pensamento baseado em riscos;
b) dos requisitos específicos do cliente e da organização aplicáveis;
c) dos requisitos aplicáveis da ISO 9001 e IATF 16949 relacionados ao escopo da auditoria;
d) do(s) processo(s) de manufatura aplicável(is) a ser(em) auditado(s), incluindo o PFMEA e o plano de controle;
e) dos requisitos de core tools aplicáveis relacionados ao escopo da auditoria;
f) como planejar, conduzir, elaborar relatórios de auditoria e fechar constatações de auditoria.
18
7.3 Conscientização
A organização deve assegurar que pessoas que realizam trabalho sob o controle da organização, estejam conscientes:
a) da política da qualidade;
b) dos objetivos da qualidade pertinentes;
c) da sua contribuição para a eficácia do sistema de gestão da qualidade, incluindo os benefícios de desempenho
melhorado;
d) das implicações de não estar conforme com os requisitos do sistema de gestão da qualidade.
7.3.1 Conscientização – suplemento
A organização deve manter informação documentada que demonstre que todos os colaboradores estão conscientes de seus
impactos na qualidade do produto e a importância de suas atividades no atingimento, manutenção, e melhoria da qualidade,
incluindo os requisitos do cliente e os riscos envolvidos para o cliente com produtos não conformes.
7.3.2 Motivação e empowerment de seus funcionários
A organização deve manter processo(s) documentado(s) para motivar os colaboradores a alcançar os objetivos da qualidade,
para fazer melhorias contínuas e para criar um ambiente que promova a inovação. O processo deve incluir a promoção da
qualidade e a conscientização tecnológica por toda a organização.
7.4 Comunicação
A organização deve determinar as comunicações internas e externas pertinentes para o sistema de gestão da qualidade,
incluindo:
a) sobre o que comunicar;
b) quando se comunicar;
c) com quem se comunicar;
d) como comunicar;
e) quem comunica.
7.5 Informação Documentada
7.5.1 Generalidades
O sistema de gestão da qualidade da organização deve incluir:
a) informação documentada requerida por esta Norma;
b) informação documentada determinada pela organização como sendo necessária para a eficácia do sistema de gestão
da qualidade;
NOTA A extensão da informação documentada para um sistema de gestão da qualidade pode diferir de uma organização para
outra devido:
 ao porte da organização e seu tipo de atividades, processos, produtos e serviços;
 à complexidade dos processos e suas interações;
 à competência de pessoas.
7.5.1.1 Documentação do sistema de gestão da qualidade
O sistema de gestão da qualidade da organização deve ser documentado e incluir um manual da qualidade, o qual pode ser
uma série de documentos (cópia eletrônica ou física).
O formato e a estrutura do manual da qualidade são a critério da organização e irá depender do tamanho, da cultura e da
complexidade da organização. Se for usada uma série de documentos, então deve ser retida uma lista dos documentos que
compõem o manual da qualidade para a organização.
O manual da qualidade deve incluir, no mínimo, o seguinte:
a) o escopo do sistema de gestão da qualidade, incluindo detalhes e justificativas para quaisquer exclusões;
b) os processos documentados estabelecidos para o sistema de gestão da qualidade, ou referência a eles;
c) os processos da organização e sua sequência e interações (entradas e saídas), incluindo o tipo e a extensão do controle
de quaisquer processos terceirizados;
d) um documento (isto é, por exemplo: tabela, lista ou uma matriz) indicando onde dentro do sistema de gestão da
qualidade da organização são abordados os requisitos específicos do cliente.
NOTA: Uma matriz de como os requisitos desta Norma de SGQ Automotiva são abordados pelos processos da organização
pode ser utilizada para auxiliar com as ligações dos processos da organização a este SGQ Automotiva.
7.5.2 Criando e Atualizando
Ao criar e atualizar informação documentada, a organização deve assegurar apropriados(as):
a) identificação e descrição (por exemplo: um título, data, autor ou número de referência);
b) formato (por exemplo: linguagem, versão do software, gráficos) e meio (por exemplo: papel, eletrônico);
c) análise crítica e aprovação quanto à adequação e suficiência.

19
7.5.3 Controle de Informação Documentada
7.5.3.1 A informação documentada requerida pelo sistema de gestão da qualidade e por esta Norma deve ser controlada, para
assegurar que:
a) ela esteja disponível e adequada para uso, onde e quando ela for necessária;
b) ela esteja protegida suficientemente (por exemplo, contra perda de confidencialidade, uso impróprio ou perda de
integridade).
7.5.3.2 Para o controle de informação documentada, a organização deve abordar as seguintes atividades, como aplicável:
a) distribuição, acesso, recuperação e uso;
b) armazenamento e preservação, incluindo preservação da legibilidade;
c) controle de alterações (por exemplo, controle de versões);
d) retenção e disposição.
A informação documentada de origem externa determinada pela organização como necessária para o planejamento e
operação do sistema de gestão da qualidade deve ser identificada, como apropriado, e controlada.
Informação documentada retida como evidência de conformidade deve ser protegida contra alterações não intencionais.
NOTA Acesso pode implicar uma decisão sobre à permissão de somente ver a informação documentada ou a permissão e
autoridade para ver e alterar a informação documentada.
7.5.3.2.1 Retenção de registro
A organização deve definir, documentar e implementar uma política de retenção de registros. O controle de registros deve
satisfazer os requisitos estatutários, regulamentares, organizacionais e do cliente.
As aprovações da peça de produção, registros de ferramental (incluindo manutenção e propriedade), registros de projeto de
produto e processo, ordens de compra (se aplicável), ou contratos e emendas devem ser retidos pelo período de tempo em que
o produto está ativo para os requisitos de produção e serviço, mais um ano calendário, salvo especificado em contrário pelo
cliente ou agência regulatória.
NOTA: A informação documentada da aprovação da peça de produção pode incluir o produto aprovado, registros de
equipamentos de teste aplicáveis, ou dados de aprovação de testes.
7.5.3.2.2 Especificações de engenharia
A organização deve ter um processo documentado descrevendo a análise crítica, distribuição e implementação de todas as
normas/especificações de engenharia do cliente e as revisões relacionadas, baseado nas programações do cliente, conforme
requerido.
Quando uma mudança de norma/especificação de engenharia resultar em mudança do projeto do produto consulte os requisitos
da ISO 9001, Seção 8.3.6. Quando uma mudança de norma/especificação de engenharia resultar e uma mudança do processo
de realização de produto consulte os requisitos na Seção 8.5.6.1. A organização deve manter um registro da data na qual cada
mudança é implementada na produção. A implementação deve incluir os documentos atualizados.
A análise crítica deveria ser concluída dentro de 10 dias úteis após o recebimento da notificação de mudança de
normas/especificações de engenharia.
NOTA: Uma mudança em tais normas/especificações pode requerer um registro atualizado da aprovação da peça de produção
do cliente quando estas especificações são referenciadas no registro de projeto, ou se elas afetam documentos do processo de
aprovação de peça de produção, como o plano de controle, a análise de risco (tais como FMEAs), etc.
8. Operação
8.1 Planejamento e Controle Operacionais
A organização deve planejar, implementar e controlar os processos (ver 4.4) necessários para atender aos requisitos para
provisão de produtos e serviços e para implementar as ações determinadas na Seção 6 ao:
a) determinar os requisitos para os produtos e serviços;
b) estabelecer critérios para:
1) os processos;
2) a aceitação de produtos e serviços;
c) determinar os recursos necessários para alcançar conformidade com os requisitos do produto e serviço;
d) implementar controle de processos de acordo com critérios;
e) determinar e conservar informação documentada na extensão necessária para:
1) ter confiança em que os processos foram conduzidos como planejado;
2) demonstrar a conformidade de produtos e serviços com seus requisitos.
A saída desse planejamento deve ser adequada para as operações da organização.
A organização deve controlar mudanças planejadas e analisar criticamente as consequências de mudanças não intencionais,
tomando ações para mitigar quaisquer efeitos adversos, como necessário.
A organização deve assegurar que os processos terceirizados sejam controlados (ver 8.4).
20
8.1.1 Planejamento e controle operacionais – suplemento
Ao planejar a realização do produto, os seguintes tópicos devem ser incluídos:
a) requisitos do produto e especificações técnicas do cliente;
b) requisitos de logística;
c) viabilidade de manufatura;
d) planejamento de projeto (ver ISO 9001, Seção 8.3.2);
e) critério de aceitação.
Os recursos identificados na ISO 9001, Seção 8.1.c), referem-se às atividades específicas de verificação, validação,
monitoramento, medição, inspeção e teste requeridas para o produto e os critérios para a aceitação do produto.
8.1.2 Confidencialidade
A organização deve assegurar a confidencialidade dos produtos e projetos contratados pelo cliente em desenvolvimento,
incluindo informações relacionadas ao produto.
8.2 Requisitos para Produtos e Serviços
8.2.1 Comunicação com o Cliente
A comunicação com o cliente deve incluir:
a) prover informação relativa a produtos e serviços;
b) lidar com consultas, contratos ou pedidos, incluído mudanças;
c) obter retroalimentação do cliente relativa a produtos e serviços, incluindo reclamações do cliente;
d) lidar ou controlar propriedade do cliente;
e) estabelecer requisitos específicos para ações de contingência, quando pertinente.
8.2.1.1 Comunicação com o cliente – suplemento
A comunicação verbal ou escrita deve ser na linguagem acordada com o cliente. A organização deve ter a habilidade de
comunicar as informações necessárias, incluindo os dados na linguagem e no formato da linguagem de computador especificada
pelo cliente (por exemplo, dados de projeto assistido por computador, troca eletrônica de dados).
8.2.2 Determinação de Requisitos relativos a Produtos e Serviços
Ao determinar os requisitos para os produtos e serviços a serem oferecidos para clientes, a organização deve assegurar que:
a) os requisitos para produtos e serviços estão definidos, incluindo:
1. quaisquer requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis;
2. aqueles considerados necessários pela organização;
b) a organização possa atender aos pleitos para os produtos e serviços que ela oferece.
8.2.2.1 Determinação de requisitos relativos a produtos e serviços – suplemento
Estes requisitos devem incluir a reciclagem, impacto ambiental e características identificadas como resultado do conhecimento
do produto e dos processos de manufatura pela organização.
A conformidade com a ISO 9001, Seção 8.2.2 item a) 1), deve incluir, mas não se limitar ao seguinte: todas as regulamentações
governamentais de segurança e ambientais aplicáveis, relacionadas com a aquisição, armazenamento, manuseio, reciclagem,
eliminação ou disposição de material.
8.2.3 Análise Crítica de Requisitos Relativos a Produtos e Serviços
8.2.3.1 A organização deve assegurar que ela tenha capacidade de atender aos requisitos para produtos e serviços a serem
oferecidos a clientes. A organização deve conduzir uma análise crítica antes de se comprometer a fornecer produtos e serviços
a um cliente, para incluir:
a) requisitos especificados pelo cliente, incluindo os requisitos de entrega e atividades de entrega e pós-entrega;
b) requisitos não declarados pelo cliente, mas necessários para o uso especificado ou pretendido, quando conhecido;
c) requisitos especificados pela organização;
d) requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis a produtos e serviços;
e) requisitos de contrato ou pedido diferentes daqueles previamente expressos.
A organização deve assegurar que os requisitos de contrato ou pedido divergentes daqueles previamente definidos sejam
resolvidos.
Os requisitos do cliente devem ser confirmados pela organização antes da aceitação, quando o cliente não prover uma
declaração documentada de seus requisitos.
NOTA Em algumas situações, como vendas pela internet, uma análise crítica formal para cada pedido é impraticável. Nesses
casos, a análise crítica pode compreender as informações pertinentes ao produto, como catálogos.
8.2.3.1.1 Análise crítica de requisitos relativos a produtos e serviços – suplemento
A organização deve reter evidência documentada de uma derroga autorizada pelo cliente nos requisitos estabelecidos na ISO
9001, Seção 8.2.3.1, para uma análise crítica formal.
21
8.2.3.1.2 Características especiais designadas pelo cliente
A organização deve estar em conformidade com os requisitos do cliente para designação, documentação de aprovação e
controle das características especiais.
8.2.3.1.3 Viabilidade de manufatura da organização
A organização deve utilizar uma abordagem multidisciplinar para conduzir uma análise para determinar se é viável que os
processos de manufatura da organização sejam capazes de produzir consistentemente produto que atenda todos os requisitos
de engenharia e capacidade especificados pelo cliente. A organização deve conduzir esta análise de viabilidade para qualquer
nova tecnologia de manufatura ou produto da organização e para qualquer mudança no projeto do processo de manufatura ou
do produto.
Adicionalmente, a organização deveria validar através de corridas de produção, estudos de benchmarking ou outros métodos
apropriados, a sua capacidade de realizar o produto de acordo com as especificações a uma taxa requerida.
8.2.3.2 A organização deve reter informação documentada, como aplicável, sobre:
a) os resultados da análise crítica;
b) quaisquer novos requisitos para os produtos e serviços.
8.2.4 Mudanças nos Requisitos para Produtos e Serviços
A organização deve assegurar que informação documentada pertinente seja emendada, e que as pessoas pertinentes sejam
alertadas dos requisitos mudados, quando os requisitos para produtos e serviços forem mudados.
8.3 Projeto e Desenvolvimento de Produtos e Serviços
8.3.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de projeto e desenvolvimento que seja apropriado para
assegurar a subsequente provisão de produtos e serviços.
8.3.1.1 Projeto e desenvolvimento de produtos e serviços – suplemento
Os requisitos da ISO 9001, Seção 8.3.1, devem ser aplicados ao projeto e desenvolvimento do produto e do processo de
manufatura e devem se concentrar mais na prevenção de erros do que na detecção.
A organização deve documentar o processo de projeto e desenvolvimento.
8.3.2 Planejamento de Projeto e Desenvolvimento
Na determinação dos estágios e controles para projeto e desenvolvimento, a organização deve considerar:
a) a natureza, duração e complexidade das atividades de projeto e desenvolvimento;
b) os estágios de processo requeridos, incluindo análises críticas de projeto e desenvolvimento aplicáveis;
c) as atividades de verificação e validação de projeto e desenvolvimento requeridas;
d) as responsabilidades e autoridades envolvidas no processo de projeto e desenvolvimento;
e) os recursos internos e externos necessários para o projeto e desenvolvimento de produtos e serviços;
f) a necessidade de controlar as interfaces entre pessoas envolvidas no processo de projeto e desenvolvimento;
g) a necessidade de envolvimento de clientes e usuários no processo de projeto e desenvolvimento;
h) os requisitos para a provisão subsequente de produtos e serviços;
i) o nível de controle esperado para o processo de projeto e desenvolvimento por clientes e outras partes interessadas
pertinentes;
j) a informação documentada necessária, para demonstrar que os requistos de projeto e desenvolvimento foram
atendidos.
8.3.2.1 Planejamento do projeto e desenvolvimento – suplemento
A organização deve assegurar que o planejamento do projeto e desenvolvimento inclua todas as partes interessadas afetadas
dentro da organização e, como apropriado, sua cadeia de fornecimento. Exemplos de áreas para o uso de uma abordagem
multidisciplinar incluem, mas não se limitam ao seguinte:
a) gestão de projetos (por exemplo, APQP ou VDA-RGA);
b) atividades de projeto do produto e do processo de manufatura (por exemplo, DFM e DFA), tais como a consideração
do uso de projetos e processos de manufatura alternativos;
c) desenvolvimento e análise crítica da análise de riscos do processo de manufatura (por exemplo, FMEAs, fluxogramas
de processo, planos de controle e instruções de trabalho padrão).
NOTA: Uma abordagem multidisciplinar tipicamente inclui o projeto, a manufatura, a engenharia, a qualidade, a produção, a
aquisição, o fornecedor, a manutenção e outras funções apropriadas da organização.
8.3.2.2 Habilidades para o projeto do produto
A organização deve assegurar que o pessoal com responsabilidade pelo projeto do produto seja competente para alcançar os
requisitos de projeto e seja hábil em ferramentas e técnicas de projeto do produto aplicáveis. Técnicas e ferramentas aplicáveis
devem ser identificadas pela organização.
NOTA: Um exemplo de habilidades para o projeto do produto é a aplicação da base de dados digitalizados matematicamente.

22
8.3.2.3 Desenvolvimento de produtos com software embarcado
A organização deve usar um processo para assegurar a qualidade de seus produtos com software embarcado desenvolvido
internamente. Uma metodologia de avaliação de desenvolvimento de software deve ser utilizada para avaliar o processo de
desenvolvimento de software da organização. Usando a priorização baseada em risco e o impacto potencial para o cliente, a
organização deve reter informação documentada de uma autoavaliação da capacidade (capability) de desenvolvimento de
software.
A organização deve incluir o desenvolvimento de software no escopo do se programa de auditoria interna (ver Seção 9.2.2.1).
8.3.3 Entradas de Projeto e Desenvolvimento
A organização deve determinar os requisitos essenciais para os tipos específicos de produtos e serviços a serem projetados e
desenvolvidos. A organização deve considerar:
a) requisitos funcionais e de desempenho;
b) informação derivada de atividades similares de projeto e desenvolvimento anteriores;
c) requisitos estatutários e regulamentares;
d) normas ou códigos de prática que a organização tenha se comprometido a implementar;
e) consequências potenciais de falhas devidas à natureza de produtos e serviços.
Entradas devem ser adequadas aos propósitos do projeto e desenvolvimento, completas e sem ambiguidades.
Entradas conflitantes de projeto e desenvolvimento devem ser resolvidas.
A organização deve reter informação documentada das entradas de projeto e desenvolvimento.
8.3.3.1 Entradas de projeto do produto
A organização deve identificar, documentar e analisar criticamente os requisitos de entrada de projeto do produto como um
resultado da análise crítica de contrato. Os requisitos de entrada de projeto do produto incluem, mas não se limitam ao seguinte:
a) especificações do produto incluindo, mas não se limitando a características especiais (ver Seção 8.3.3.3);
b) requisitos de limites e interfaces;
c) identificação, rastreabilidade e embalagem;
d) consideração de alternativas de projeto;
e) avaliação de riscos nos requisitos de entrada e a habilidade da organização em mitigar/gerenciar estes riscos,
incluindo os vindos da análise de viabilidade;
f) metas para a conformidade com os requisitos do produto incluindo preservação, confiabilidade, durabilidade,
facilidade de serviços, saúde, segurança, ambiente, tempo de desenvolvimento e custo;
g) requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis do país de destino identificados pelo cliente, se fornecidos;
h) requisitos de software embarcado.
A organização deve ter um processo para desdobrar as informações obtidas a partir de projetos anteriores, análise do produto
da concorrência (benchmarking), realimentação de fornecedor, entrada interna, dados de campo e outras fontes relevantes para
projetos atuais e futuros de natureza similar.
NOTA: Uma abordagem para considerar alternativas de projeto é o uso de curvas de correlação (trade-off).
8.3.3.2 Entradas de projeto do processo de manufatura
A organização deve identificar, documentar e analisar criticamente os requisitos de entrada de projeto do processo de
manufatura incluindo, mas não se limitando ao seguinte:
a) dados de saída de projeto do produto incluindo características especiais;
b) metas para a produtividade, capacidade (capability) de processo, tempo e custo;
c) tecnologias alternativas de manufatura;
d) requisitos de cliente, se houver;
e) experiência de desenvolvimentos anteriores;
f) novos materiais;
g) requisitos ergonômicos e de manuseio do produto; e
h) projeto para manufatura e projeto para montagem.
O projeto do processo de manufatura deve incluir o uso de métodos à prova de erro em um grau apropriado em relação à
magnitude do(s) problema(s) e proporcional aos riscos encontrados.
8.3.3.3 Características especiais
A organização deve usar uma abordagem multidisciplinar para estabelecer, documentar e implementar seu(s) processo(s) para
identificar características especiais, incluindo aquelas determinadas pelo cliente e da análise de risco realizada pela
organização e deve incluir o seguinte:
a) documentação todas das características especiais dos documentos de produto e/ou fabricação; desenhos (como
requerido), análise de riscos pertinentes (como Process FMEA), planos de controle e instruções de trabalho
padronizado / operador; características especiais são identificadas com símbolos específicos e são cascateadas através
de cada um dos documentos; documentados nos documentos de fabricação que mostram a criação ou controles
requeridos para essas características especiais;

23
b) desenvolvimento de estratégias de controle e monitoramento de características especiais de produtos e processos de
produção;
c) aprovações especificadas pelo cliente, quando requeridas;
d) conformidade com as definições e símbolos especificados pelo cliente ou símbolos ou notações equivalentes da
organização, conforme definido em uma tabela de conversão de símbolos. A tabela de conversão de símbolos deve ser
submetida ao cliente, se requerida.
8.3.4 Controles de Projeto e Desenvolvimento
A organização deve aplicar controles para o processo de projeto e desenvolvimento para assegurar que:
a) os resultados a serem alcançados estejam definidos;
b) análises críticas sejam conduzidas para avaliar a capacidade de os resultados de projeto e desenvolvimento atenderem
a requisitos;
c) atividades de verificação sejam conduzidas para assegurar que as saídas de projeto e desenvolvimento atendam aos
requisitos de entrada;
d) atividades de validação sejam conduzidas para assegurar que os produtos e serviços resultantes atendam aos requisitos
para a aplicação especificada ou uso pretendido;
e) quaisquer ações necessárias sejam tomadas sobre os problemas determinados durante as análises críticas ou atividades
de verificação e validação;
f) informação documentada sobre essas atividades seja retida.
NOTA Análises críticas de projeto e desenvolvimento, verificação e validação têm propósitos distintos. Elas podem ser
conduzidas separadamente ou em qualquer combinação, como for adequado para os produtos e serviços da organização.
8.3.4.1 Monitoramento
As medições em estágios especificados durante o projeto e o desenvolvimento de produtos e processos devem ser definidas,
analisadas e relatadas com resultados resumidos, como uma entrada para a análise crítica da direção (ver Seção 9.3.2.1).
Quando requerido pelo cliente, as atividades de medições do desenvolvimento do produto e do processo devem ser relatadas ao
cliente em estágios especificados, ou acordados, pelo cliente.
NOTA: Quando apropriado, estas medições podem incluir riscos da qualidade, custos, prazos, caminhos críticos e outras
medições.
8.4.3.2 Validação do projeto e desenvolvimento
A validação do projeto e desenvolvimento deve ser realizada em conformidade com os requisitos do cliente, incluindo quaisquer
normas regulamentares emitidas pela indústria ou por agências governamentais. O período da validação do projeto e
desenvolvimento deve ser planejado em alinhamento com o período especificado pelo cliente, conforma aplicável.
Quando contratualmente acordado com o cliente, esta deve incluir a avaliação da interação do produto da organização,
incluindo o software embarcado, dentro do sistema do produto do cliente final.
8.3.4.3 Programas de protótipo
Quando requerido pelo cliente, a organização deve ter um programa de protótipo e um plano de controle. A organização deve
utilizar, sempre que possível, os mesmos fornecedores, ferramental e processos de manufatura, que serão usados na produção.
Todas as atividades de testes de desempenho devem ser monitoradas para serem concluídas no prazo e em conformidade aos
requisitos.
Quando serviços são terceirizados, a organização deve incluir o tipo e a extensão do controle no escopo do seu sistema de
gestão da qualidade para assegurar que os serviços terceirizados estejam em conformidade com os requisitos (ver ISO 9001,
Seção 8.4).
8.3.4.4 Processo de aprovação do produto
A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de aprovação do produto e da manufatura em conformidade
com os requisitos definidos pelo(s) cliente(s).
A organização deve aprovar produtos e serviços externamente de acordo com a ISO 9001, Seção 8.4.3, antes da submissão da
aprovação de sua peça para o cliente.
A organização deve obter uma aprovação de produto documentada antes da expedição, se querido pelo cliente. Deve ser retido
registro de tal aprovação.
NOTA: Aprovação do produto deveria ser subsequente à verificação do processo de manufatura.
8.3.5 Saídas de Projeto e Desenvolvimento
A organização deve assegurar que as saídas de projeto e desenvolvimento:
a) atendam aos requisitos de entrada;
b) sejam adequadas para os processos subsequentes para a provisão de produtos e serviços;
c) incluam ou referenciem requisitos de monitoramento e medição, como apropriado, e critérios de aceitação;
d) especifiquem as características dos produtos e serviços que sejam essenciais para o propósito pretendido e sua provisão
segura e apropriada.
24
A organização deve reter informação documentada sobre as saídas de projeto e desenvolvimento.
8.3.5.1 Saídas de projeto e desenvolvimento – suplemento
As saídas de projeto do produto devem ser expressas em termos que possam ser verificadas e validadas em relação aos requisitos
de entrada de projeto do produto. A saída de projeto do produto deve incluir, mas não se limitar ao seguinte, como aplicável:
a) análise de risco do projeto (FMEA);
b) resultados dos estudos de confiabilidade;
c) características especiais do produto;
d) resultados da prova de erro do projeto do produto, como DFSS, DFMA e FTA;
e) definição de produtos, incluindo modelos 3D, pacotes de dados técnicos, informações para manufatura do produto e
dimensionamento & tolerância geométrica (GD&T);
f) desenhos 2D, informações de manufatura do produto e dimensionamento & tolerância geométrica (GD&T);
g) resultados das análises críticas do projeto do produto;
h) diretrizes para diagnóstico do serviço e as instruções de reparo e para facilitar o serviço;
i) requisitos de peças para serviço;
j) requisitos de embalagem e rotulagem para expedição.
NOTA: Saídas de projeto internas deveriam incluir quaisquer problemas de engenharia, sendo resolvidos através de um
processo de correlação (trade-off).
8.3.5.2 Saídas de projeto do processo de manufatura
A organização deve documentar as saídas de projeto do processo de manufatura de maneira que permita a verificação em
relação às entradas de projeto do processo de manufatura. A organização deve verificar as saídas em relação aos requisitos de
entrada de projeto do processo de manufatura. As saídas de projeto do processo de manufatura devem incluir, mas não se
limitar ao seguinte:
a) especificações e desenhos;
b) características especiais para o produto e o processo de manufatura;
c) identificação das variáveis de entrada do processo que impactam as características;
d) ferramental e equipamentos para produção e controle, incluindo estudos de capacidade (capability) de equipamento(s)
e processo(s);
e) fluxograma do processo de manufatura/layout, incluindo a ligação com o produto, o processo e o ferramental;
f) análise de capacidade;
g) FMEA do processo de manufatura;
h) Planos e instruções de manutenção;
i) Plano de controle (ver Anexo A);
j) Trabalho padrão e instruções de trabalho;
k) critérios de aceitação de aprovação do processo;
l) dados para qualidade, confiabilidade, mantenabilidade e mensurabilidade;
m) resultados da identificação e verificação de prova de erros, quando apropriado;
n) métodos de detecção rápida, retroalimentação e correção de não conformidades de produto/processo de manufatura.
8.3.6 Mudanças de Projeto e Desenvolvimento
A organização deve identificar, analisar criticamente e controlar mudanças feitas durante, ou subsequentemente a, o projeto
e desenvolvimento de produtos e serviços, na extensão necessária para assegurar que não haja impacto adverso sobre a
conformidade com requisitos.
A organização deve reter informação documentada sobre:
a) as mudanças de projeto e desenvolvimento;
b) os resultados de análises críticas;
c) autorização das mudanças;
d) as ações tomadas para prevenir impactos adversos.
8.3.6.1 Mudanças de projeto e desenvolvimento – suplemento
A organização deve avaliar o impacto potencial no ajuste, forma, função, desempenho e/ou durabilidade de todas as mudanças
no projeto após a aprovação do produto, incluindo aquelas propostas pela organização ou por seus fornecedores. Estas
mudanças devem ser validadas em relação aos requisitos do cliente e aprovadas internamente antes da implementação na
produção.
Se requerido pelo cliente, a organização deve obter uma aprovação documentada, ou uma derroga documentada do cliente
antes da implementação na produção.
Para produtos com software embarcado, a organização deve documentar o nível de revisão do software e do hardware como
parte do registro da mudança.

25
8.4 Controle de Processos, Produtos e Serviços Providos Externamente
8.4.1 Generalidades
A organização deve assegurar que processos, produtos e serviços providos externamente estejam conformes com requisitos.
A organização deve determinar os controles a serem aplicados para os processos, produtos e serviços providos externamente
quando:
a) produtos e serviços de provedores externos forem destinados a incorporação nos produtos e serviços da própria
organização;
b) produtos e serviços forem providos diretamente para o(s) cliente(s) por provedores externos em nome da organização;
c) um processo, ou parte de um processo, for provido por um provedor externo como um resultado de uma decisão da
organização.
A organização deve determinar e aplicar critérios para a avaliação, seleção, monitoramento de desempenho e reavaliação de
provedores externos, baseados na sua capacidade de prover processos ou produtos e serviços de acordo com requisitos. A
organização deve reter informação documentada dessas atividades e de quaisquer ações necessárioas decorrentes das
avaliações.
8.4.1.1 Generalidades – suplemento
A organização deve incluir todos os produtos e sérvios que afetam os requisitos do cliente tais como serviços de submontagem,
sequenciamento, classificação, retrabalho e calibração no escopo de sua definição de produtos, processos e serviços providos
externamente.
8.4.1.2 Processo de seleção do fornecedor
A organização deve ter um processo documentado para seleção do fornecedor. O processo de seleção deve incluir:
a) uma avaliação de risco do fornecedor selecionado em relação à conformidade do produto e ao fornecimento
ininterrupto de produto da organização a seus clientes;
b) desempenho de qualidade e de entrega relevantes;
c) uma avaliação do sistema de gestão de qualidade do fornecedor;
d) tomada de decisão multidisciplinar; e
e) uma avaliação das capacidades (capabilities) de desenvolvimento de software, se aplicável.
Outros critérios de seleção do fornecedor que deveriam ser considerados incluem o seguinte:
− volume de negócios automotivos (absoluto e em percentagem do total dos negócios);
− estabilidade financeira;
− complexidade do produto, material ou serviço comprado;
− tecnologia requerida (produto ou processo);
− adequação dos recursos disponíveis (por exemplo, pessoas, infraestrutura);
− capacidades (capabilities) de projeto e desenvolvimento (incluindo a gestão de projetos);
− capacidade (capability) de manufatura;
− processo de gestão de mudanças;
− planejamento da continuidade de negócios (por exemplo, a preparação para desastres, planos de contingência);
− processo de logística;
− atendimento ao cliente.
8.4.1.3 Fontes direcionadas pelo cliente (também conhecido como “Directed-Buy”)
Quando especificado pelo cliente, a organização deve adquirir produtos, materiais ou serviços de fontes direcionadas pelo
cliente.
Todos os requisitos da Seção 8.4 (exceto os requisitos da IATF 16949, Seção 8.4.1.2) são aplicáveis ao controle da organização
das fontes direcionadas pelo cliente salvo acordos específicos definidos de outra forma, pelo contrato entre a organização e o
cliente.
8.4.2 Tipo e Extensão do Controle
A organização deve assegurar que processos, produtos e serviços providos externamente não afetem adversamente a
capacidade da organização de entregar consistentemente produtos e serviços conformes para seus clientes.
A organização deve:
a) assegurar que os processos providos externamente permaneçam sob o controle do seu sistema de gestão da qualidade;
b) definir tanto os controles que ela pretende aplicar a um provedor externo como aqueles que ela pretende aplicar para
às saídas resultantes;
c) levar em consideração:
1) o impacto potencial dos processos, produtos e serviços providos externamente sobre a capacidade da organização
de atender consistentemente aos requisitos do cliente e aos requisitos estatutários e regulamentares;
2) a eficácia dos controles aplicados pelo provedor externo;

26
d) determinar a verificação, ou outra atividade, necessária para assegurar que os processos, produtos e serviços providos
externamente atendam a requisitos.
8.4.2.1 Tipo e extensão do controle – suplemento
A organização deve ter um processo documentado para identificar processos terceirizados e selecionar os tipos e a extensão
dos controles usados para verificar a conformidade de produtos, processos e serviços providos externamente, em relação a
requisitos internos (organizacionais) e externos do cliente.
O processo deve incluir o critério e ações para aumentar ou reduzir os tipos e a extensão dos controles e atividades de
desenvolvimento, baseado no desempenho do fornecedor e avaliação de riscos do produto, material ou serviço.
Onde as características ou componentes "passam automaticamente" pelo sistema de gestão qualidade da organização sem
validação ou controles, a organização deve assegurar que os controles apropriados permanecem no ponto de fabricação.
8.4.2.2 Requisitos estatutários e regulamentares
A organização deve documentar seus processos para assegurar que produtos, processos e serviços comprados estejam em
conformidade com os requisitos estatutários e regulamentares atualmente aplicáveis do país de recebimento, do país de
expedição e do país de destino identificado pelo cliente, se fornecido.
Se o cliente definir controles especiais para certos produtos com requisitos estatutários e regulamentares, a organização deve
assegurar que eles estejam implementados e mantidos como definido, incluindo nos fornecedores.
8.4.2.3 Desenvolvimento do sistema de gestão da qualidade do fornecedor
A organização deve requerer que seus fornecedores de produtos e serviços automotivos desenvolvam, implementem e melhorem
continuamente um Sistema de Gestão da Qualidade, com o objetivo final de se tornarem certificados por esta Norma Sistema
de Gestão da Qualidade Automotiva.

certificado de acordo com a norma ISO 9001 Salvo em contrário autorizado pelo cliente [por exemplo, item a) abaixo], um
SGQ certificado para ISO 9001 é o nível mínimo aceitável inicial de desenvolvimento. Com base no desempenho atual e no
risco potencial para o cliente, o objetivo é mudar progressivamente os fornecedores através do desenvolvimento do SGQ,
seguinte: com o objetivo final de se tornar certificado para este SGQ Automotivo Padrão. Salvo indicação em contrário do
cliente, a seguinte sequência deve ser aplicada para atingir este requisito:

a) conformidade com a ISO 9001 através de auditorias de segunda parte;


b) certificação na ISO 9001 em conformidade com outros requisitos de SGQ definidos pelo cliente (como nos Requisitos
Mínimos de Sistema de Gestão da Qualidade Automotivo de Fornecedores Subfornecedor [MAQMSR] ou equivalente)
através de auditorias de segunda parte;
c) certificação na ISO 9001 com a conformidade na IATF 16949 através de auditorias de segunda parte;
d) certificação na 16949 através de auditorias de terceira parte (certificação válida de terceira parte do fornecedor, na
IATF 16949, por um organismo de certificação reconhecido pela IATF).
NOTA: O nível mínimo aceitável de desenvolvimento do fornecedor é o atendimento à ISO 9001 evidenciado através de
auditorias de segunda parte, desde que autorizado pelo cliente.

8.4.2.3.1 Software relacionado a produto automotivo ou produtos automotivos com software embarcado
A organização deve requerer a seus fornecedores de software automotivo relacionados com o produto, ou produtos automotivos
com software embarcado, implementar e manter um processo de garantia da qualidade de software para seus produtos.
Uma metodologia de avaliação do desenvolvimento de software deve ser utilizada para avaliar o processo de desenvolvimento
de software do fornecedor. Usando a priorização baseada em risco e potencial impacto ao cliente, a organização deve requerer
que o fornecedor retenha informações documentadas de uma autoavaliação de capacidade (capability) de desenvolvimento de
software.
8.4.2.4 Monitoramento do fornecedor
A organização deve ter um processo documentado e critérios para avaliar o desempenho do fornecedor para assegurar a
conformidade de produtos, processos e serviços providos externamente em relação aos requisitos internos e externos do cliente.
No mínimo, os seguintes indicadores de desempenho do fornecedor devem ser monitorados:
a) conformidade do produto entregue com os requisitos;
b) rupturas com o cliente na planta de recebimento, incluindo bloqueio de pátio e interrupção de expedição;
c) desempenho do cronograma de entregas;
d) número de ocorrências de fretes especiais.
Se fornecido pelo cliente, a organização deve incluir também o seguinte, como apropriado, no seu monitoramento de
desempenho do fornecedor:
e) notificações pelo cliente de situações especiais relacionadas com questões de qualidade ou entrega;
f) retornos de distribuidores, garantia, ações de campo e recalls.

27
8.4.2.4.1 Auditorias de segunda parte
A organização deve incluir um processo de auditoria de segunda parte na sua abordagem de gestão do fornecedor. As auditorias
de segunda parte podem ser utilizadas para o seguinte:
a) avaliação de risco do fornecedor;
b) monitoramento do fornecedor;
c) desenvolvimento do SGQ do fornecedor;
d) auditorias de produto;
e) auditorias de processo.
Com base numa análise de risco, incluindo os requisitos de segurança/regulamentares do produto, o desempenho do fornecedor
e o nível de certificação do SGQ, a organização deve, no mínimo, documentar os critérios para determinar a necessidade, o
tipo, a frequência e o escopo das auditorias de segunda parte.
A organização deve reter os registros dos relatórios da auditoria de segunda parte.
Se o escopo da auditoria de segunda parte é para avaliar o sistema de gestão de qualidade do fornecedor, então a abordagem
deve ser consistente com a abordagem de processo automotiva.
NOTA: Diretrizes podem ser encontradas no Guia do Auditor da IATF e na ISO 19011.
8.4.2.5 Desenvolvimento do fornecedor
A organização deve determinar a prioridade, tipo, extensão e o período de tempo das ações requeridas do desenvolvimento do
fornecedor para seus fornecedores ativos. As entradas determinadas devem incluir, mas não se limitar ao seguinte:
a) questões de desempenho, identificadas através do monitoramento do fornecedor (ver Seção 8.4.2.4);
b) constatações da auditoria de segunda parte (ver Seção 8.4.2.4.1);
c) situação da certificação de terceira parte do sistema de gestão da qualidade;
d) análise de risco.
A organização deve implementar ações necessárias para resolver questões pendentes de desempenho (insatisfatório) e perseguir
oportunidades para melhoria contínua.
8.4.3 Informação para Provedores Externos
A organização deve assegurar a suficiência de requisitos antes da sua comunicação para o provedor externo.
A organização deve comunicar para provedores externos seus requisitos para:
a) os processos, produtos e serviços a serem providos;
b) a aprovação de:
1) produtos e serviços;
2) métodos, processos e equipamentos;
3) liberação de produtos e serviços;
c) competência, incluindo qualquer qualificação de pessoas requerida;
d) as interações do provedor externo com a organização;
e) controle e monitoramento do desempenho do provedor externo a ser aplicado pela organização;
f) atividades de verificação ou validação que a organização, ou seus clientes, pretendam desempenhar nas instalações do
provedor externo.
8.4.3.1 Informação para provedores externos – suplemento
A organização deve repassar todos os requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis e características especiais do produto
e do processo aos seus fornecedores e requerer que os fornecedores cascateiem todos os requisitos aplicáveis na cadeia de
fornecimento ao local de manufatura.
8.5 Produção e Provisão de Serviço
8.5.1 Controle de Produção e de Provisão de Serviço
A organização deve implementar produção e provisão de serviço sob condições controladas.
Condições controladas devem incluir, como aplicável:
a) a disponibilidade de informação documentada que defina:
1) as características dos produtos a serem produzidos, dos serviços a serem providos ou das atividades a serem
desempenhadas;
2) os resultados a serem alcançados.
b) a disponibilidade e uso de recursos de monitoramento e medição adequados;
c) a implementação de atividades de monitoramento e medição em estágios apropriados para verificar que critérios para
controle de processos ou saídas e critérios de aceitação para produtos e serviços foram atendidos;
d) o uso de infra-estrutura e ambiente adequados para a operação dos processos;
e) a designação de pessoas competentes, incluindo qualquer qualificação requerida;

28
f) a validação e revalidação periódica da capacidade de alcançar resultados planejados dos processos para produção e
provisão de serviço, onde não for possível verificar a saída resultante por monitoramento ou medição subsequentes;
g) a implementação de ações para prevenir o erro humano;
h) a implementação de atividades de liberação, entrega e pós-entrega.
NOTA: Infraestrutura adequada inclui equipamento de manufatura apropriado, requerido para assegurar a conformidade do
produto. Recursos de monitoramento e medição incluem equipamento de monitoramento e medição apropriado, requerido para
assegurar um controle eficaz dos processos de manufatura.
8.5.1.1 Plano de controle
A organização deve desenvolver planos de controle (de acordo com o Anexo A) para o nível de sistema, subsistema, e
componente e/ou material para o site relevante de manufatura e todo o produto fornecido, incluindo aqueles para processos
produzindo materiais a granel, bem como peças. Planos de controle por família são aceitáveis para material a granel e peças
similares usando um processo de manufatura comum.
A organização deve ter um plano de controle para pré-lançamento e produção que mostre as ligações e incorpore informações
da análise de risco do projeto (se fornecida pelo cliente), do fluxograma de processo e das saídas da análise de risco do processo
de manufatura (tal como FMEA).
A organização deve, se requerido pelo cliente, fornecer dados das medições e de conformidade coletados durante a execução
tanto dos planos de controle de pré-lançamento como os de produção. A organização deve incluir no plano de controle:
a) controles usados para o controle do processo de manufatura, incluindo a verificação das preparações para os trabalhos
(set-ups);
b) validação da primeira/última peça, conforme aplicável;
c) métodos para o monitoramento do controle exercido sobre as características especiais (ver Anexo A) definidas tanto
pelo cliente quanto pela organização;
d) informação requerida pelo cliente, se houver;
e) plano de reação especificado (ver Anexo A); quando o produto não conforme for detectado, o processo tornar-se
estatisticamente instável ou estatisticamente não capaz.
A organização deve analisar criticamente os planos de controle e atualizá-los conforme necessário, para qualquer um dos
seguintes:
f) a organização determinar que tenha expedido produto não conforme ao cliente;
g) quando ocorrer qualquer mudança que afete o produto, o processo de manufatura, a medição, a logística, as fontes de
fornecimento, mudanças no volume de produção ou a análise de risco (FMEA) (ver Anexo A);
h) depois de uma reclamação do cliente e a implementação da ação corretiva associada, quando aplicável;
i) em uma frequência definida com base em uma análise de risco.
Se requerido pelo cliente, a organização deve obter aprovação do cliente após análise crítica ou revisão do plano de controle.
8.5.1.2 Trabalho padronizado – instruções do operador e padrões visuais
A organização deve assegurar que os documentos do trabalho padronizado sejam:
a) comunicados e entendidos pelos colaboradores responsáveis pela realização do trabalho;
b) legíveis;
c) apresentados em uma linguagem(ns) entendida(s) pelo pessoal responsável para segui-las;
d) acessíveis para o uso na(s) área(s) de trabalho designada(s).
Os documentos do trabalho padronizado também devem incluir as regras para segurança do operador.
8.5.1.3 Verificação das preparações para os trabalhos (set-ups)
A organização deve:
a) verificar as preparações para o trabalho quando realizadas, tais como uma corrida inicial do trabalho, troca de
material ou mudança de trabalho que requeira uma nova preparação;
b) manter informações documentadas para o pessoal de preparação;
c) usar métodos estatísticos de verificação, onde aplicável;
d) realizar a validação da primeira/última peça, conforme aplicável; onde apropriado, as primeiras peças deveriam ser
retidas para comparação com as últimas peças; onde apropriado, as últimas peças deveriam ser retidas para
comparação com as primeiras peças de corridas subsequentes;
e) reter registros de aprovação do processo e do produto após a preparação e a validação da primeira/última peça.
8.5.1.4 Verificação após parada (shutdown)
A organização deve definir e implementar as ações necessárias para assegurar a conformidade do produto com os requisitos
após um período de parada de produção planejado ou não planejado.

29
8.5.1.5 Manutenção produtiva total
A organização deve desenvolver, implementar e manter um sistema documentado de manutenção produtiva total.
No mínimo, o sistema deve incluir o seguinte:
a) identificação dos equipamentos de processo necessários para produzir o produto em conformidade com o volume
requerido;
b) disponibilidade de peças de reposição para os equipamentos identificados no item a);
c) provisão de recursos para a manutenção de máquinas, equipamentos e instalações;
d) embalagem e preservação de equipamentos, ferramental e dispositivos;
e) requisitos específicos do cliente aplicáveis;
f) objetivos de manutenção documentados, por exemplo: OEE (Eficácia Geral do Equipamento), MTBF (Tempo Médio
Entre Falhas) e MTTR (Tempo Médio de Reparo) e métricas de conformidade da Manutenção Preventiva. O
desempenho em relação aos objetivos de manutenção deve constituir numa entrada para a análise crítica da direção
(ver ISO 9001, Seção 9.3);
g) análise crítica regular do plano e objetivos de manutenção e ter um plano de ação documentado para abordar ações
corretivas onde os objetivos não são alcançados;
h) uso de métodos de manutenção preventiva;
i) uso de métodos de manutenção preditiva, conforme aplicável;
j) revisão periódica.
8.5.1.6 Gestão de ferramental da produção e manufatura, e ferramental e equipamento de teste e inspeção
A organização deve prover recursos para as atividades de projeto, fabricação e verificação de ferramentas e dispositivos para
a produção e materiais para serviço e para materiais a granel, conforme aplicável.
A organização deve estabelecer e implementar um sistema para a gestão do ferramental de produção, seja de propriedade da
organização ou do cliente, incluindo:
a) instalações e pessoal para manutenção e reparo;
b) armazenamento e recuperação;
c) preparação (set-up);
d) programas de mudança de ferramenta para ferramentas deterioráveis;
e) documentação de modificação do projeto da ferramenta, incluindo nível de mudança de engenharia do produto;
f) modificação de ferramenta e revisão da documentação;
g) identificação da ferramenta, tais como número de série ou ativo; a situação, tais como produção, reparo ou disposição;
a propriedade; e a localização.
A organização deve verificar que as ferramentas, equipamentos de manufatura e equipamentos de teste/inspeção, de propriedade
do cliente sejam marcadas de forma permanente em um local visível, para que a propriedade e a aplicação de cada item possam
ser determinadas.
A organização deve implementar um sistema para monitorar estas atividades se qualquer trabalho for terceirizado.
8.5.1.7 Programação de produção
A organização deve assegurar que a produção está programada para atender aos pedidos/demandas do cliente, tais como Just-
in-Time (JIT) e seja suportada por um sistema de informação que permita o acesso à informação da produção nos estágios
chaves do processo e seja dirigida pelo pedido.
A organização deve incluir informações relevantes de planejamento durante a programação de produção, por exemplo, pedidos
do cliente, desempenho do prazo de entrega do fornecedor, capacidade, carregamento compartilhado (estação multi-peça),
prazo de execução, nível de estoque, manutenção preventiva e calibração.
8.5.2 Identificação e Rastreabilidade
A organização deve usar meios adequados para identificar saídas quando isso for necessário assegurar a conformidade de
produtos e serviços.
A organização deve identificar a situação das saídas com relação aos requisitos de monitoramento e medição ao longo da
produção e provisão de serviço.
A organização deve controlar a identificação única das saídas quando a rastreabilidade for um requisito, e deve reter a
informação documentada necessária para possibilitar rastreabilidade.
NOTA: A situação de inspeção e teste não é indicada pela localização do produto no fluxo de produção, a menos que
inerentemente óbvio tal como o material em um processo de produção com transferência automática. Alternativas são permitidas
se a situação está claramente identificada, documentada e alcança o propósito designado.
8.5.2.1 Identificação e rastreabilidade – suplemento
O objetivo da rastreabilidade é suportar a identificação clara de pontos de início e término do produto recebido pelo cliente ou
do campo, que possa conter não conformidades relacionadas à qualidade e/ou segurança. Portanto, a organização deve
implementar um processo de identificação e rastreabilidade conforme descrito abaixo.

30
A organização deve conduzir uma análise de requisitos de rastreabilidade internos, do cliente e regulamentares para todos os
produtos automotivos, incluindo o desenvolvimento e a documentação de planos de rastreabilidade baseados nos níveis de risco
ou severidade da falha para os colaboradores, clientes e consumidores. Estes planos devem definir os sistemas, processos e
métodos de rastreabilidade apropriados para o produto, o processo e o local de manufatura que:
a) habilitem a organização a identificar o produto não conforme e/ou suspeito;
b) habilitem a organização a segregar o produto não conforme e/ou suspeito;
c) assegurem a capacidade de atender os requisitos de tempo de resposta do cliente e/ou regulamentares;
d) assegurem que a informação documentada é retida no formato (eletrônica, em papel, arquivo) que permita a
organização atender aos requisitos de tempo de resposta;
e) assegurem a identificação serializada de produtos individuais, se especificado por normas do cliente ou
regulamentares;
f) assegurem que os requisitos de identificação e rastreabilidade sejam estendidos para produtos providos externamente
com características de segurança/regulamentares.
8.5.3 Propriedade Pertencente a Clientes ou Provedores Externos
A organização deve tomar cuidado com propriedade pertencente a clientes ou provedores externos, enquanto estiver sob o
controle da organização ou sendo usada pela organização.
A organização deve identificar, verificar, proteger e salvaguardar propriedade de clientes ou provedores externos provida para
uso ou incorporação nos produtos e serviços.
Quando a propriedade de um cliente ou provedor externo for perdida, danificada ou de outra maneira constatada inadequada
para uso, a organização deve relatar isso para o cliente ou provedor externo e reter informação documentada sobre o que
ocorreu.
NOTA Uma propriedade de cliente ou provedor externo pode incluir material, componentes, ferramentas e equipamentos,
instalações de cliente, propriedade intelectual e dados pessoais.
8.5.4 Preservação
A organização deve preservar as saídas durante produção e provisão de serviço na extensão necessária, para assegurar
conformidade com requisitos.
NOTA Preservação pode incluir identificação, manuseio, controle de contaminação, embalagem, armazenamento, transmissão
ou transporte e proteção.
8.5.4.1 Preservação – suplemento
Preservação deve incluir identificação, manuseio, controle de contaminação, embalagem, armazenamento, transmissão ou
transporte e proteção.
Preservação deve ser aplicada aos materiais e componentes de provedores externos e/ou internos desde o recebimento através
do processamento, incluindo a expedição até a entrega/aceitação pelo cliente.
A fim de detectar a deterioração, a organização deve avaliar a intervalos planejados apropriados a condição do produto em
estoque, o lugar/tipo de contêiner de armazenamento e o ambiente de armazenamento.
A organização deve usar um sistema de gestão de inventário para otimizar o giro de estoque ao longo do tempo e assegurar a
rotação de estoque, tais como “primeiro que entra – primeiro que sai” (FIFO).
A organização deve assegurar que o produto obsoleto seja controlado de maneira semelhante ao produto não conforme.
As organizações devem estar em conformidade com os requisitos de preservação, embalagem, expedição e rotulagem, como
providos por seus clientes.
8.5.5 Atividades Pós-entrega
A organização deve atender aos requisitos para atividades pós-entrega associadas com os produtos e serviços.
Na determinação da extensão das atividades pós-entrega requeridas, a organização deve considerar:
a) os requisitos estatutários e regulamentares;
b) as consequências indesejáveis potenciais associadas com seus produtos e serviços;
c) a natureza, uso e o tempo de vida pretendido de seus produtos e serviços;
d) requisitos do cliente;
e) retroalimentação do cliente.
NOTA Atividades pós-entrega podem incluir ações sob provisões de garantia, obrigações contratuais como serviços de
manutenção e serviços suplementares como reciclagem ou disposição final.
8.5.5.1 Realimentação de informação de serviço
A organização deve assegurar que um processo para a comunicação de informações sobre preocupações de serviço nas
atividades de manufatura, manuseio de material, logística, engenharia e projeto seja estabelecido, implementado e mantido.
NOTA 1: A intenção de adicionar “preocupações de serviço” nesta subcláusula é assegurar que a organização esteja consciente
do(s) produto(s) e material(is) não conforme (s) que possa(m) ser identificado(s) no local do cliente ou em campo.
31
NOTA 2: “Preocupações de serviço” deveriam incluir os resultados da análise de teste da falha de campo (ver Seção 10.2.6)
onde aplicável.
8.5.5.2 Contrato de serviço com o cliente
Quando houver um contrato de serviço com o cliente, a organização deve:
a) verificar se os centros de serviços relevantes estão em conformidade com os requisitos aplicáveis;
b) verificar a eficácia de quaisquer ferramentas ou equipamentos de medição para fins especiais;
c) assegurar que todo o pessoal de serviço está treinado nos requisitos aplicáveis.
8.5.6 Controle de Mudanças
A organização deve analisar criticamente e controlar mudanças para produção ou provisão de serviços na extensão necessária
para assegurar continuamente conformidade com requisitos.
A organização deve reter informação documentada, que descreva os resultados das análises críticas de mudanças, as pessoas
que autorizam a mudança e de quaisquer ações necessárias decorrentes da análise crítica.
8.5.6.1 Controle de mudanças – suplemento
A organização deve ter um processo documentado para controlar e reagir às mudanças que impactam a realização do produto.
Os efeitos de qualquer mudança, incluindo aquelas mudanças causadas pela organização, pelo cliente ou qualquer fornecedor,
devem ser avaliados.
A organização deve:
a) definir as atividades de verificação e validação para assegurar a conformidade com os requisitos do cliente;
b) validar as mudanças antes da implementação;
c) documentar a evidência da análise de riscos relacionada;
d) reter registros de verificação e validação.
Mudanças, incluindo as efetuadas nos fornecedores, deveriam requerer uma corrida piloto de produção para verificação das
mudanças (tais como mudanças no projeto da peça, local de manufatura ou processo de manufatura) para validar o impacto de
quaisquer mudanças no processo de manufatura.
Quando requerido pelo cliente, a organização deve:
e) notificar o cliente de quaisquer mudanças de realização do produto planejadas após a aprovação mais recente do
produto;
f) obter aprovação documentada, antes da implementação da mudança;
g) completar os requisitos adicionais de verificação ou identificação, tais como a corrida piloto de produção e validação
do novo produto.
8.5.6.1.1 Mudança temporária nos controles do processo
A organização deve identificar, documentar e manter uma lista dos controles de processo, incluindo inspeção, medição, teste
e dispositivos à prova de erros, que incluam o controle de processo primário e os métodos alternativos ou de backup aprovados.
A lista de controles de processo deve incluir os controles de processos primários e os métodos alternativos ou de backup
aprovados, caso existam métodos de back-up ou alternativos.

A organização deve documentar o processo que gerencia o uso de métodos alternativos de controle. A organização deve incluir
neste processo, baseado na análise de risco (tal como FMEA), a severidade e as aprovações internas a serem obtidas antes da
implementação do método de controle de produção alternativo.
Antes da expedição do produto que foi inspecionado ou testado usando o método alternativo, se requerido, a organização deve
obter aprovação do(s) cliente(s). A organização deve manter e periodicamente analisar criticamente a lista de métodos
alternativos de controle de processo aprovados que são referenciados no plano de controle.
Instruções de trabalho padrão devem estar disponíveis para cada método de controle de processo alternativo. A organização
deve analisar criticamente a operação dos controles alternativos do processo, no mínimo diariamente, para verificar a
implementação do trabalho padronizado com o objetivo de retornar ao processo padrão, conforme definido pelo plano de
controle, assim que possível. Exemplos de métodos incluem, mas não se limitam ao seguinte:
a) auditorias diárias focadas na qualidade (por exemplo, auditorias escalonadas de processo, conforme o caso),
b) reuniões diárias de liderança.
A verificação da reinicialização é documentada por um período definido, baseada na severidade e confirmação de que todas as
características do dispositivo à prova de erros ou do processo estão efetivamente restabelecidas.
A organização deve implementar a rastreabilidade de todos os produtos produzidos enquanto quaisquer dispositivos de controle
de processos ou processos alternativos estejam sendo usados (por exemplo, a verificação e a retenção da primeira peça e da
última peça de cada turno).
8.6 Liberação de Produtos e Serviços
A organização deve implementar arranjos planejados, em estágios apropriados, para verificar se os requisitos do produto e do
serviço foram atendidos.

32
A liberação de produtos e serviços para o cliente não pode proceder até que os arranjos planejados forem satisfatoriamente
concluídos, a menos que de outra forma tenham sido aprovados por autoridade pertinente e, como aplicável, pelo cliente.
A organização deve reter informação documentada sobre a liberação de produtos e serviços. A informação documentada deve
incluir:
a) evidência de conformidade com os critérios de aceitação;
b) rastreabilidade à(s) pessoa(s) que autoriza(m) a liberação.
8.6.1 Liberação de produtos e serviços – suplemento
A organização deve assegurar que as disposições planejadas para verificar que os requisitos de produtos e serviços têm sido
atendidos envolvem o plano de controle e estão documentadas como especificadas no plano de controle (ver Anexo A).
A organização deve assegurar que as disposições planejadas para liberação inicial de produtos e serviços envolvem a aprovação
do produto ou serviço.
A organização deve assegurar que a aprovação do produto ou serviço é realizada após mudanças depois do lançamento inicial,
de acordo com a ISO 9001, Seção 8.5.6.
8.6.2 Inspeção de layout e teste funcional
Uma inspeção de layout e uma verificação funcional em relação às normas de engenharia do cliente para material e
desempenho, aplicáveis, devem ser realizadas para cada produto conforme especificado nos planos de controle. Os resultados
devem estar disponíveis para análise crítica do cliente.
NOTA 1: Inspeção de layout é uma medição completa de todas as dimensões do produto mostradas no(s) registro(s) do projeto.
NOTA 2: A frequência de inspeção de layout é determinada pelo cliente.
8.6.3 Itens de aparência
Para organizações manufaturando peças designadas pelo cliente como “itens de aparência”, a organização deve fornecer o
seguinte:
a) recursos apropriados, incluindo iluminação, para avaliação;
b) padrões de cores, granulação, polimento, brilho metálico, textura, distinção de imagem (DOI) e tecnologia háptica
(sensibilidade ao toque), conforme apropriado;
c) manutenção e controle dos padrões de aparência e equipamentos de avaliação;
d) verificação que o pessoal que realiza as avaliações de aparência é competente e qualificado para fazê-las.
8.6.4 Verificação e aceitação da conformidade de produtos e serviços providos externamente
A organização deve ter um processo para assegurar a qualidade dos processos, produtos e serviços providos externamente
utilizando um ou mais dos seguintes métodos:
a) recebimento e avaliação de dados estatísticos providos pelo fornecedor para a organização;
b) inspeção e/ou testes de recebimento, tais como amostragem baseada no desempenho;
c) avaliações ou auditorias de segunda parte ou terceira parte nos sites do fornecedor quando combinadas com os
registros aceitáveis de conformidade aos requisitos do produto entregue;
d) avaliação da peça por um laboratório designado;
e) outro método acordado com o cliente.
8.6.5 Conformidade estatutária e regulamentar
Antes da liberação de produtos providos externamente para seu fluxo de produção, a organização deve confirmar e ser capaz
de prover evidências que os processos, produtos e serviços providos externamente estão em conformidade com os mais recentes
requisitos estatutários, regulamentares e outros aplicáveis aos países onde eles são manufaturados e aos países de destino
identificados pelo cliente, se fornecido.
8.6.6 Critério de aceitação
Critério de aceitação deve ser definido pela organização e, onde apropriado ou requerido, aprovado pelo cliente. Para a
amostragem de dados de atributo, o nível de aceitação deve ser zero defeito (ver Seção 9.1.1.1).
8.7 Controle de Saídas Não Conformes
8.7.1 A organização deve assegurar que saídas que não estejam conformes com seus requisitos sejam identificadas e
controladas para prevenir seu uso ou entrega não pretendido.
A organização deve tomar as ações apropriadas baseadas na natureza da não conformidade e em seus efeitos sobre a
conformidade de produtos e serviços. Isso deve também se aplicar aos produtos e serviços não conformes detectados após a
entrega de produtos, durante ou depois da provisão de serviços.
A organização deve lidar com saídas não conformes de um ou mais dos seguintes modos:
a) correção;
b) segregação, contenção, retorno ou a suspensão de provisão de produtos e serviços;
c) informar o cliente;
d) obtenção de autorização para aceitação sob concessão.
33
A conformidade com os requisitos deve ser verificada quando saídas não conformes forem corrigidas.
8.7.1.1 Autorização para concessão do cliente
A organização deve obter uma concessão do cliente ou desvio permitido antes da continuidade do processamento sempre que o
produto ou processo de manufatura for diferente daquele que atualmente está aprovado.
A organização deve obter autorização do cliente antes do processamento adicional para “usar como está” e retrabalho para
reparos (ver 8.7.1.5) disposição de produto não conforme. Se subcomponentes são reutilizados no processo de fabricação,
essa reutilização do subcomponente claramente comunicada ao cliente na concessão ou permissão de desvio.

A organização deve manter um registro da data de validade ou quantidade autorizada da concessão. A organização também
deve assegurar a conformidade com a especificação e os requisitos originais ou substitutos quando a autorização expirar. O
material expedido através de uma concessão deve ser apropriadamente identificado em cada contêiner (isto se aplica igualmente
ao produto adquirido). A organização deve aprovar quaisquer solicitações de fornecedores antes da submissão ao cliente.
8.7.1.2 Controle de produto não conforme – processo especificado pelo cliente
A organização deve estar em conformidade com os controles especificados pelo cliente aplicáveis, para produto(s) não
conforme(s).
8.7.1.3 Controle de produtos suspeitos
A organização deve assegurar que o produto com uma situação não identificada ou suspeita seja classificado e controlado como
produto não conforme. A organização deve assegurar que todo o pessoal de manufatura apropriado recebe treinamento para
contenção do produto não conforme e suspeito.
8.7.1.4 Controle de produto retrabalhado
A organização deve utilizar a metodologia de análise de risco (tal como FMEA) para avaliar os riscos no processo de retrabalho,
antes de tomar uma decisão para retrabalhar o produto. Se requerido pelo cliente, a organização deve obter aprovação do
cliente antes de iniciar o retrabalho do produto.
A organização deve ter um processo documentado para confirmar que o retrabalho esteja em conformidade com o plano de
controle ou outras informações relevantes documentadas para verificar a conformidade com as especificações originais.
As instruções de desmontagem ou retrabalho, incluindo os requisitos de reinspeção e de rastreabilidade, devem estar disponíveis
e serem utilizados pelo pessoal apropriado.
A organização deve reter informação documentada sobre a disposição do produto retrabalhado, incluindo a quantidade,
disposição, data da disposição e informação de rastreabilidade aplicável.
8.7.1.5 Controle de produto reparado
A organização deve utilizar a metodologia de análise de risco (tal como FMEA) para avaliar os riscos no processo de reparo
antes de uma decisão de reparar o produto. A organização deve obter aprovação do cliente antes de iniciar o reparo do produto.
A organização deve ter um processo documentado para confirmação do reparo de acordo com o plano de controle ou outra
informação relevante documentada.
Instruções de desmontagem ou reparo, incluindo os requisitos de reinspeção e de rastreabilidade, devem estar acessíveis e
serem utilizadas pelo pessoal apropriado.
A organização deve obter uma autorização documentada do cliente para concessão ao produto a ser reparado.
A organização deve reter informação documentada sobre a disposição do produto reparado, incluindo a quantidade, disposição,
data da disposição e informação de rastreabilidade aplicável.
8.7.1.6 Notificação ao cliente
A organização deve notificar imediatamente o(s) cliente(s) no caso que o produto não conforme tenha sido expedido. A
comunicação inicial deve ser seguida de documentação detalhada do caso.
8.7.1.7 Disposição de produto não conforme
A organização deve ter um processo documentado para disposição de produto não conforme, não sujeito a retrabalho ou reparo.
Para o produto que não atenda aos requisitos, a organização deve verificar que o produto a ser sucateado é inutilizado antes
da sua disposição.
A organização não deve desviar o produto não conforme para o serviço ou outro uso sem a aprovação prévia do ciente.
8.7.2 A organização deve reter informação documentada que:
a) descreva a não conformidade;
b) descreva as ações tomadas;
c) descreva as concessões obtidas;
d) identifique a autoridade que decide a ação com relação à não conformidade.

34
9. Avaliação de Desempenho
9.1 Monitoramento, Medição, Análise e Avaliação
9.1.1 Generalidades
A organização deve determinar:
a) o que precisa ser monitorado e medido;
b) os métodos para monitoramento, medição, análise e avaliação necessários para assegurar resultados válidos;
c) quando o monitoramento e a medição devem ser realizados;
d) quando os resultados de monitoramento e medição devem ser analisados e avaliados.
A organização deve avaliar o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade.
A organização deve reter informação documentada apropriada como evidência dos resultados.
9.1.1.1 Processos de monitoramento e medição da manufatura
A organização deve realizar estudos de processo em todos os novos processos de manufatura (incluindo montagem ou
sequenciamento) para verificar a capacidade (capability) do processo e para fornecer entradas adicionais para o controle do
processo, incluindo aquelas para características especiais.
NOTA: Para alguns processos de manufatura, pode não ser possível demonstrar a conformidade do produto através da
capacidade (capability) do processo. Para estes processos, podem ser utilizados métodos alternativos tais como a conformidade
do lote com a especificação.
A organização deve manter os resultados da capacidade (capability) ou desempenho do processo de manufatura, de acordo com
o especificado pelos requisitos do processo de aprovação de peça do cliente. A organização deve verificar que o fluxograma do
processo, PFMEA e plano de controle estão implementados, incluindo a aderência ao seguinte:
a) técnicas de medição;
b) planos de amostragem;
c) critério de aceitação;
d) registros dos valores de medição reais e/ou resultados de teste para dados por variáveis;
e) planos de reação e processo de escalonamento, quando os critérios de aceitação não são atendidos.
Os eventos significativos do processo tais como a mudança de ferramenta ou reparo de máquina devem ser registrados e retidos
como informação documentada.
A organização deve iniciar um plano de reação indicado no plano de controle e avaliado em relação ao impacto na
conformidade com as especificações das características que são estatisticamente não capazes ou são instáveis. Estes planos de
reação devem incluir a contenção do produto e inspeção 100% conforme o caso. Um plano de ação corretiva deve ser
desenvolvido e implementado pela organização, indicando as ações específicas, o prazo e as responsabilidades atribuídas, para
assegurar que o processo se torne estável e estatisticamente capaz. Os planos devem ser analisados criticamente com o cliente
e aprovados pelo mesmo, quando requerido.
A organização deve manter registros das datas que foram efetivadas as mudanças do processo.
9.1.1.2 Identificação de ferramentas estatísticas
A organização deve determinar o uso apropriado de ferramentas estatísticas. A organização deve verificar que as ferramentas
estatísticas adequadas estão incluídas como parte do processo de planejamento avançado da qualidade do produto (ou
equivalente) e incluídas na análise de riscos do projeto (tal como DFMEA) (onde aplicável), a análise de riscos do processo
(tal como PFMEA) e o plano de controle.
9.1.1.3 Aplicação dos conceitos de estatística
Conceitos estatísticos, tais como variação, controle (estabilidade), capacidade (capability) do processo e as consequências do
supercontrole, devem ser compreendidos e usados por colaboradores envolvidos na coleta, análise e gestão de dados
estatísticos.
9.1.2 Satisfação do Cliente
A organização deve monitorar a percepção de clientes do grau em que suas necessidades e expectativas foram atendidas. A
organização deve determinar os métodos para obter, monitorar e analisar criticamente essa informação.
NOTA Exemplos de monitoramento das percepções de cliente podem incluir pesquisas com o cliente, retroalimentação do
cliente sobre produtos ou serviços entregues, reuniões com clientes, análise de participação de mercado, elogios, pleitos de
garantia e relatórios de distribuidor.
9.1.2.1 Satisfação do cliente – suplemento
A satisfação do cliente com a organização deve ser monitorada através da avaliação contínua de indicadores de desempenho
internos e externos para assegurar a conformidade com as especificações do produto e do processo e outros requisitos do
cliente.

35
Os indicadores de desempenho devem estar baseados em evidência objetiva e incluir, mas não se limitar ao seguinte:
a) desempenho de qualidade da peça entregue;
b) rupturas no cliente;
c) retornos de campo, recalls, e garantia (onde aplicável);
d) desempenho do cronograma de entrega (incluindo incidentes de fretes especiais);
e) notificações do cliente em relação a questões da qualidade ou entrega, incluindo situações especiais.
A organização deve monitorar o desempenho dos processos de manufatura para demonstrar a conformidade com os requisitos
do cliente para a qualidade do produto e eficiência do processo.
O monitoramento deve incluir a análise crítica dos dados de desempenho do cliente, incluindo os portais on-line do cliente e os
indicadores do cliente, quando providos.
9.1.3 Análise e Avaliação
A organização deve analisar e avaliar dados e informações apropriados provenientes de monitoramento e medição.
Os resultados de análises devem ser usados para avaliar:
a) conformidade de produtos e serviços;
b) o grau de satisfação de cliente;
c) o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade;
d) se o planejamento foi implementado eficazmente;
e) a eficácia das ações tomadas para abordar os riscos e oportunidades;
f) o desempenho dos provedores externos;
g) a necessidade de melhorias no sistema de gestão da qualidade.
NOTA Métodos para analisar dados podem incluir técnicas estatísticas.
9.1.3.1 Priorização
As tendências no desempenho operacional e da qualidade devem ser comparadas com o progresso em direção aos objetivos e
levar a uma ação para dar suporte à priorização de ações para melhorar a satisfação do cliente.
9.2 Auditoria Interna
9.2.1 A organização deve conduzir auditorias internas a intervalos planejados para prover informação sobre se o sistema de
gestão da qualidade;
a) está conforme com:
1) os requisitos da própria organização para o seu sistema de gestão da qualidade;
2) os requisitos desta Norma ;
b) está implementado e mantido eficazmente.
9.2.2 A organização deve:
a) planejar, estabelecer, implementar e manter um programa de auditoria, incluindo a frequência, métodos,
responsabilidades, requisitos para planejar e para relatar, o que deve levar em consideração a importância dos
processos concernentes, mudanças que afetam a organização e os resultados de auditorias anteriores;
b) definir os critérios de auditoria e escopo para cada auditoria;
c) selecionar auditores e conduzir auditorias para assegurar a objetividade e a imparcialidade do processo de auditoria;
d) assegurar que os resultados das auditorias sejam relatados para a gerência pertinente;
e) executar correção e ações corretivas apropriadas sem demora indevida;
f) reter informação documentada como evidência da implementação do programa de auditoria e dos resultados de
auditoria.
NOTA Ver ABNT NBR ISO 19001 para orientação.
9.2.2.1 Programa de auditoria interna
A organização deve ter um processo documentado de auditoria interna. O processo deve incluir o desenvolvimento e a
implementação de um programa de auditoria interna que cubra todo o sistema de gestão da qualidade incluindo as auditorias
do sistema de gestão da qualidade, auditorias de processo de manufatura e auditorias do produto.
O programa de auditoria deve ser priorizado baseado no risco, tendências de desempenho interno e externo e criticidade do(s)
processo(s).
Se a organização for responsável pelo desenvolvimento de software, a organização deve incluir as avaliações da capacidade
(capability) do desenvolvimento de software no seu programa de auditoria interna.
A frequência das auditorias deve ser analisada criticamente e, quando apropriado, ajustada com base na ocorrência de
mudanças de processo, não conformidades internas e externas, e/ou reclamações de clientes. A eficácia do programa de
auditoria deve ser analisada criticamente como parte da análise crítica da direção.

36
9.2.2.2 Auditoria do sistema de gestão da qualidade
A organização deve auditar todos os processos do sistema de gestão da qualidade durante cada três anos do ciclo de auditoria
do período calendário, de acordo com um programa anual, usando a abordagem de processo para verificar a conformidade
com este Padrão de SGQ Automotivo. Integrada com essas auditorias, a organização deve amostrar os requisitos específicos
do sistema de gestão da qualidade do cliente para uma implementação eficaz.

O ciclo de auditoria completo permanece com três anos de duração. A frequência de auditoria do sistema de gestão da
qualidade para processos individuais, auditados dentro do ciclo de auditoria de três anos, deve basear-se no desempenho e
risco interno e externo. As organizações devem manter a justificativa para a frequência de auditoria atribuída aos seus
processos. Todos os processos devem ser amostrados durante o ciclo de auditoria de três anos e auditados para todos os
requisitos aplicáveis da Norma IATF 16949, incluindo os requisitos da norma ISO 9001, e quaisquer requisitos específicos
do cliente.

9.2.2.3 Auditoria do processo de manufatura


A organização deve auditar todos os processos de manufatura ao longo de cada período de três anos calendário para determinar
sua eficácia e eficiência usando as abordagens específicas do cliente requeridas para auditorias de processo. Onde não
definidas pelo cliente, a organização deve determinar a abordagem a ser utilizada.
Dentro de cada plano de auditoria individual, cada processo de manufatura deve ser auditado em todos os turnos onde ele
ocorre, incluindo a amostragem apropriada da troca de turno.
A auditoria do processo de manufatura deve incluir uma auditoria da implementação eficaz do processo de análise de riscos
(tal como PFMEA), plano de controle e documentos associados.
9.2.2.4 Auditoria de produto
A organização deve auditar os produtos usando as abordagens específicas do cliente requeridas, em estágios apropriados de
produção e entrega para verificar a conformidade com os requisitos especificados. Onde não definida pelo cliente, a
organização deve definir a abordagem a ser utilizada.
9.3 Análise Crítica pela Direção
9.3.1 Geralidades
A Alta Direção deve analisar criticamente o sistema de gestão da qualidade da organização, a intervalos planejados, para
assegurar sua contínua adequação, suficiência, eficácia e alinhamento com o direcionamento estratégico da organização.
9.3.1.1 Análise crítica da direção – suplemento
A análise crítica da direção deve ser conduzida pelo menos anualmente. A frequência da(s) análise(s) crítica(s) da direção deve
ser aumentada com base no risco em relação à conformidade com os requisitos do cliente resultantes de mudanças internas ou
externas impactando o sistema de gestão da qualidade e questões relacionadas ao desempenho.
9.3.2 Entradas da Análise Crítica pela Direção
A análise crítica pela direção deve ser planejada e realizada levando em consideração:
a) a situação de ações provenientes de análises críticas anteriores pela direção;
b) mudanças em questões externas e internas que sejam pertinentes para o sistema de gestão da qualidade;
c) informação sobre o desempenho e eficácia do sistema de gestão da qualidade, incluindo tendências relativas a:
1) satisfação do cliente e retroalimentação das partes interessadas pertinentes;
2) extensão na qual os objetivos da qualidade foram alcançados;
3) desempenho de processo e conformidade de produtos e serviços;
4) não conformidades e ações corretivas;
5) resultados do monitoramento e medição;
6) resultados de auditoria;
7) desempenho de provedores externos;
d) a suficiência de recursos;
e) a eficácia de ações tomadas para abordar riscos e oportunidades (ver 6.1);
f) oportunidades de melhoria.

37
9.3.2.1 Entradas da análise crítica da direção – suplemento
Entrada para análise crítica da direção deve incluir:
a) custo de má qualidade (custo de não conformidades internas e externas);
b) medições da eficácia do processo;
c) medições da eficiência do processo para processos de realização de produto, conforme aplicável;
d) conformidade do produto;
e) avaliações da viabilidade de manufatura feitas para mudanças de operações existentes e para novas instalações ou
novos produtos (ver Seção 7.1.3.1);
f) satisfação do cliente (ver ISO 9001, Seção 9.12);
g) análise crítica do desempenho em relação aos objetivos de manutenção;
h) desempenho da garantia (onde aplicável);
i) análise crítica dos indicadores do cliente (onde aplicável);
j) identificação de falhas de campo potenciais identificadas através das análises de risco (tal como FMEA);
k) falhas de campo reais e seu impacto sobre a segurança ou o ambiente.
9.3.3 Saídas de Análise Crítica pela Direção
As saídas da análise crítica pela direção devem incluir decisões e ações relacionadas com:
a) oportunidades para melhoria;
b) qualquer necessidade de mudanças no sistema de gestão da qualidade;
c) necessidade de recurso.
A organização deve reter informação documentada como evidência dos resultados de análises críticas pela direção.
9.3.3.1 Saídas da análise crítica da direção – suplemento
A alta direção deve documentar e implementar um plano de ação quando as metas de desempenho do cliente não forem
atendidas.

10 Melhoria
10.1 Geralidades
A organização deve determinar e selecionar oportunidades para melhoria e implementar quaisquer ações necessárias para
atender a requisitos do cliente e aumentar a satisfação do cliente.
Essas devem incluir:
a) melhorar produtos e serviços para atender a requisitos assim como para abordar futuras necessidades e expectativas;
b) corrigir, prevenir ou reduzir efeitos indesejados;
c) melhorar o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade.
NOTA Exemplos de melhoria podem incluir correção, ação corretiva, melhoria contínua, mudanças revolucionárias, inovação
e reorganização.
10.2 Não Conformidade e Ação Corretiva
10.2.1 Ao ocorrer uma não conformidade, incluindo as provenientes de reclamações, a organização deve:
a) reagir à não conformidade e, como aplicável:
1) tomar ações para controlá-la e corrigi-la;
2) lidar com as consequências;
b) avaliar a necessidade de ação para eliminar a(s) causa(s) da não conformidade, a fim de que ela não se repita ou ocorra
em outro lugar:
1) analisando criticamente e analisando a não conformidade;
NOTA BRASILEIRA Por convenção, o termo review foi traduzido como “análise crítica”. Consequentemente, nesse caso,
a expressão “analisando criticamente e analisando” foi usada como tradução da expressão original reviewing and
analysing.
2) determinando as causas da não conformidade;
3) determindando se não conformidades similares existem, ou se poderiam potencialmente ocorrer;
c) implementar qualquer ação necessária;
d) analisar criticamente a eficácia de qualquer ação corretiva tomada;
e) atualizar riscos e oportunidades determinados durante o planejamento, se necessário;
f ) realizar mudanças no sistema de gestão da qualidade, se necessário.
Ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades encontradas.
38
10.2.2 A organização deve reter informação documentada como evidência:
a) da natureza das não conformidades e quaisquer ações subsequentes executadas;
b) dos resultados de qualquer ação corretiva.
10.2.3 Solução de problema
A organização deve ter um processo(s) documentado(s) para solução de problemas incluindo:
a) abordagens definidas para vários tipos e escalas de problemas (por exemplo, desenvolvimento de novos produtos,
questões atuais de manufatura, falhas de campo, constatações de auditoria);
b) contenção, ações interinas e atividades relacionadas necessárias para controle de saídas não conformes (ver ISO
9001, Seção 8.7);
c) análise de causa raiz, metodologia usada, análise e resultados;
d) implementação de ações corretivas sistêmicas, incluindo a consideração do impacto sobre processos e produtos
similares;
e) verificação da eficácia das ações corretivas implementadas;
f) análise crítica e, onde necessário, atualização das informações documentadas apropriadas (por exemplo, PFMEA,
plano de controle).
Onde o cliente tiver processos, ferramentas ou sistemas específicos prescritos para a solução de problemas, a organização deve
usar esses processos, ferramentas ou sistemas a menos que de outra forma aprovado pelo cliente.
10.2.4 Prova de erro
A organização deve ter um processo documentado para determinar o uso de metodologias apropriadas à prova de erro. Detalhes
do método usado devem ser documentados no processo de análise de riscos (tal como PFMEA) e as frequências de teste devem
ser documentadas no plano de controle.
O processo deve incluir o teste dos dispositivos à prova de erro em relação à falha ou falha simulada. Devem ser mantidos
registros. Peças padrão (máster), quando usadas, devem ser identificadas, controladas, verificadas e calibradas sempre que
possível. As falhas no dispositivo à prova de erro devem ter um plano de reação.
10.2.5 Sistemas de gestão da garantia
Quando a organização é requerida a fornecer garantia para seu(s) produto(s), a organização deve implementar um processo
de gestão da garantia. A organização deve incluir no processo um método para a análise da peça em garantia, incluindo
“nenhum problema encontrado” – NTF (no trouble found). Quando especificado pelo cliente, a organização deve implementar
o processo de gestão da garantia requerido.
10.2.6 Análise das reclamações do cliente e do teste da falha de campo
A organização deve realizar a análise de reclamações de cliente e falhas de campo, incluindo quaisquer peças retornadas e
deve iniciar a solução do problema e ação corretiva para prevenir a recorrência.
Onde solicitado pelo cliente, isto deve incluir a análise da interação do software embarcado do produto da organização dentro
do sistema do produto do cliente final.
A organização deve comunicar os resultados de teste/análise para o cliente e, também, dentro da organização.
10.3 Melhoria contínua
A organização deve melhorar continuamente a adequação, suficiência e eficácia do sistema de gestão da qualidade.
A organização deve considerar os resultados de análise e avaliação e as saídas da análise crítica pela direção para determinar
se existem necessidades ou oportunidades que devem ser abordadas como parte da melhoria contínua.
10.3.1 Melhoria contínua – suplemento
A organização deve ter um processo documentado para melhoria contínua. A organização deve incluir neste processo o
seguinte:
a) identificação da metodologia usada, os objetivos, a medição, a eficácia e informação documentada;
b) um plano de ação de melhoria do processo de manufatura com ênfase na redução da variação do processo e
desperdício;
c) análise de riscos (tal como FMEA).
NOTA: Melhoria contínua é implementada uma vez que os processos de manufatura sejam estatisticamente capazes e estáveis,
ou quando as características do produto sejam previsíveis e atendam aos requisitos do cliente.

39
Anexo A: Plano de Controle

A.1 Fases do plano de controle


Um plano de controle cobre três fases distintas, como apropriado:
a) Protótipo: uma descrição das medições dimensionais, testes de material e de desempenho que irão ocorrer durante a
construção do protótipo. A organização deve ter um plano de controle de protótipo, se requerido pelo cliente.
b) Pré-lançamento: uma descrição das medições dimensionais, testes de material e de desempenho que ocorrem após o
protótipo e antes da produção regular. O pré-lançamento é definido como uma fase da produção no processo de
realização do produto que pode ser necessária após a construção do protótipo.
c) Produção: documentação das características de produto/processo, controles de processo, testes e sistemas de medição
que ocorrem durante a produção em massa.
Os planos de controle são estabelecidos no nível de número da peça (part number), mas em muitos casos, os planos de controle
por família podem cobrir uma série de peças similares produzidas usando um processo comum. Os planos de controle são uma
saída do plano de qualidade.
NOTA 1: É recomendável que a organização requeira de seus fornecedores que atendam os requisitos deste Anexo.
NOTA 2: Para alguns materiais a granel, os planos de controle não listam a maioria das informações de produção. Esta
informação pode ser encontrada nos detalhes de formulação/receita do lote correspondente.

A.2 Elementos do plano de controle


Um plano de controle inclui, no mínimo, o seguinte conteúdo:
Dados gerais
a) número do plano de controle
b) data de emissão e data de revisão, quando houver
c) informação do cliente (ver requisitos do cliente)
d) nome da organização/designação do site
e) número(s) da peça
f) nome da peça/descrição
g) nível de mudança de engenharia
h) fase coberta (protótipo, pré-lançamento, produção)
i) contato chave
j) número da etapa da peça/processo
k) nome do processo/descrição da operação
l) grupo funcional/responsável da área
Controle do produto
a) características especiais relacionadas com o produto
b) outras características para controle (número, produto ou processo)
c) especificação/tolerância
Controle do processo
a) parâmetros do processo (incluindo os ajustes do processo e tolerâncias)
b) características especiais relacionadas com o processo
c) máquinas, gabaritos, dispositivos, ferramentas para manufatura (incluindo identificadores como apropriado)
Métodos
a) técnica de avaliação
b) prova de erro
c) tamanho e frequência da amostra
d) método de controle
Plano de reação
a) plano de reação (incluso ou referenciado)

40
Anexo B: Bibliografia – suplementar automotiva

Auditoria interna
AIAG: CQI-8 Processo de Auditoria Escalonada
CQI-9 Processo Especial: Avaliação do Sistema de Tratamento Térmico
CQI-11 Processo Especial: Avaliação do Sistema de Deposição
CQI-12 Processo Especial: Avaliação do Sistema de Revestimento
CQI-15 Processo Especial: Avaliação do Sistema de Soldagem
CQI-17 Processo Especial: Avaliação do Sistema de Soldagem de Componentes Elétricos
CQI-23 Processo Especial: Avaliação do Sistema de Moldagem de Polímeros
CQI-27 Processo Especial: Avaliação do Sistema de Fundição
ANFIA: AQ 008 Auditoria de Processo
FIEV: V2.0 Manual de Auditoria do Processo de Produção
IATF: Guia do Auditor para a IATF 16949
VDA: Volume 6 parte 3 Auditoria de Processo
Volume 6 parte 5 Auditoria de Produto

Não conformidade e ação corretiva


AIAG: CQI-14 Diretrizes para a Gestão da Garantia Automotiva
CQI-20 Resolução Eficaz de Problemas Guia Practitioner
VDA: Volume ‘Norma de auditoria da análise de falha de campo’
Volume ‘Análise de falhas de campo’

Análise do sistema de medição


AIAG: Análise do Sistema de Medição (MSA)
ANFIA: AQ 024 MAS Análise do Sistema de Medição
VDA: Volume 5 ‘Capacidade (Capability) do Sistema de Medição’

Aprovação do produto
AIAG: Processo de Aprovação de Peça de Produção (PPAP)
VDA: Volume 2 Aprovação do processo de produção e do produto (PPA)
Volume 19 parte 1 (‘Inspeção de Limpeza Técnica – Contaminação por Partículas na Funcionalidade de Componentes
Automotivos Relevantes’)
Volume 19 parte 2 (‘Limpeza Técnica em Montagem – Ambiente, Logística, Pessoal e Equipamento de Montagem’)

Projeto do produto
AIAG: APQP e Plano de Controle
CQI-24 Análise Crítica de Projeto Baseado em Modos de Falha (Guia de Referência do DRBFM)
Análise dos Modos de Falha e dos Efeitos Potencial (FMEA)
ANFIA: AQ 009 FMEA
AQ 014 Manual de Projeto de Experimentos
AQ 025 Guia de Confiabilidade
VDA: Volume 4 Capítulo de FMEA de Produto e Processo
Volume VDA-RGA ‘Asseguramento do Nível de Maturidade para Peças Novas’
Volume ‘Processo de Produção Robusto’
Volume de Características Espaciais (SC)

Controle de produção
AIAG: MMOG/LE Guia Operacional de Gestão de Materiais/Avaliação de Logística
SMMT: Implantação do Trabalho Padronizado

41
Administração do sistema de gestão da qualidade
ANFIA: AQ 026 Gerenciamento e melhoria do processo
IATF: Regras para obtenção e manutenção do reconhecimento da IATF

Análise de risco
VDA: Volume 4 ‘Fichário’ (auxílios básicos, análises de risco, métodos e modelos de processo)

Avaliação do processo de software


Modelo de Maturidade de Capacidade (capability) – Integração (CMMI)

VDA: SPICE® Automotivo (Software de Melhoria do Processo e Determinação da Capacidade (capability))

Ferramentas estatísticas
AIAG: Controle Estatístico do Processo (CEP)
ANFIA: AQ 011 CEP

Gestão da qualidade do fornecedor


AIAG: CQI-19 Diretrizes do Processo de Gestão do Subfornecedor
IATF: Requisitos Mínimos de Sistema de Gestão da Qualidade Automotivo para Subfornecedores (MAQMSR)

Saúde e segurança
ISO: ISO 45001 Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional

42

Você também pode gostar