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Treinamento Presencial – 1

Módulos 1 a 4

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ÍNDICE

Modulo 1 – Conversão de Unidades de Medição Pg. 03

Modulo 2 – Importância dos Componentes a Serem Lubrificados Pg. 09

Modulo 3 – Viscosidade dos Lubrificantes Pg. 15

Modulo 4 – Propriedades Físico-Químicas dos Lubrificantes e Bases Pg. 23


Lubrificantes

Respostas aos Exercícios Pg. 28

Tabelas Complementares Pg. 30

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Modulo 1 – Conversão de Unidades de Medição

Neste primeiro módulo não falaremos exatamente de lubrificação, mas de alguns


cálculos matemáticos do dia a dia.

Iremos praticar cálculos e fatores de conversão de medidas que utilizamos no dia a dia
da lubrificação.

Os conceitos a revisar neste módulo são:

 Conversão de unidades de medida;


 Conceitos básicos de múltiplos e submúltiplos;
 Conversões de unidades de comprimento, de volume e peso.

As atividades de lubrificação requerem registros numéricos como volumes de óleo e


graxa aplicada nos componentes, temperaturas de componentes críticos, medição do
tempo gasto em cada tarefa, entre outros, portanto a todo o momento precisamos
medir e utilizar conversão de unidades.
Para garantir precisão e eficácia nas atividades de lubrificação que realizamos no dia a
dia, precisamos entender as unidades de medida envolvidas, medir e registrar esses
dados.
Exemplos e parâmetros que medimos: Tempo, litros, quilogramas, temperatura,
viscosidade entre muitos outros.

A seguir vamos relembrar o conceito de múltiplos e submúltiplos, assim como fatores


de conversão mais comuns na lubrificação.

Em geral um múltiplo é um valor maior que uma unidade ou valor de referência e


sempre mantém a proporção em relação a este valor de referência. Exemplos: a
palavra ou expressão quilo, que significa mil, se abrevia com a letra K maiúscula e
como exemplos de aplicação da letra K maiúscula temos: quilômetro que são mil
metros e quilograma que são mil gramas.
Por outro lado, um submúltiplo é um valor menor que uma unidade ou valor de
referencia e sempre mantém a proporção. Como exemplo: a expressão mili que
significa milésima parte ou um dividido por mil ou 0,001 se abrevia com a letra
minúscula m. Temos como exemplo a palavra milímetro que é a milésima parte do
metro e mililitro que é uma milésima parte de um litro.
Veremos agora a conversão de unidades de comprimento.

Começaremos com conversão de metros a milímetros.

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Se desejarmos converter uma medida que temos em metros para milímetros, partimos
do principio que o metro tem mil milímetros, portanto deve multiplicar o valor em
metros por mil para converter a milímetros. Uma segunda opção que gera o mesmo
resultado é correr a vírgula decimal três casas para a direita.

Vamos ver este exemplo:

Um depósito mede 2,68 metros de comprimento, quanto mede em milímetros?


Multiplicando 2,68 x 1.000, saberemos que o resultado será 2.680 milímetros.

Observe que se seguirmos a regra de correr a vírgula decimal três casas para a direita o
resultado é idêntico. A vírgula decimal originalmente está entre o numero 2 e o
numero 6, se percorremos um lugar, ficará entre o numero seis e o numero oito, dois
lugares, do lado direito do numero oito e três lugares acrescento o numero zero.

O resultado é 2.680 milímetros.

Se desejarmos fazer uma conversão de milímetros a metros, isto é, temos uma medida
em milímetros e desejamos saber a quanto equivale em metros, sabemos que um
milímetro é igual a um sobre mil metros ou uma milésima parte do metro ou 0,001
metros.
Para fazer a conversão, divida o valor em milímetros por mil ou corra a vírgula decimal
três casas a esquerda.

Como exemplo temos: um filtro possui 125 milímetros de diâmetro, quanto este
diâmetro mede em metros?

A resposta é dividir 125 por 1.000 que dá um valor de 0,125 metros.


Observe que se partimos da regra de percorrer a vírgula decimal três casas a esquerda
o resultado é o mesmo. A vírgula originalmente está do lado direito do número cinco e
ainda que não a escrevamos assumimos que ela está ai. Então se percorremos um
lugar para a esquerda ficará entre o numero dois e cinco, mais um lugar, entre um e
dois e por ultimo ao lado esquerdo do numero um. Adicionamos o número 0, pois
temos um valor inferior a um.

O valor final então é 0,125 metros.

Unidade de Comprimento: Veremos agora com conversão entre milímetros e


polegadas.
É importante lembrar que milímetros pertencem a um sistema métrico internacional,
adotado pela maioria dos países. A este sistema pertencem medidas tais como, litros,
metros, quilômetros.

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O sistema inglês, que ainda prevalece em algumas indústrias e em alguns países, tem
unidades como polegadas, jardas, milhas, galões, etc.

Por tal motivo, precisaremos algumas vezes realizar conversões de polegadas em


milímetros ou milímetros para polegadas, pois ainda no nosso dia a dia encontramos
alguns dispositivos, acessórios e ferramentas que estão em polegadas.
Sendo assim, se precisamos converter de polegadas a milímetros partimos do fato que
uma polegada é igual a 25,4 milímetros, portanto para converter multiplique o valor
em polegadas por 25,4.

Veremos um exemplo. Um conector mede 3,5 polegadas de comprimento.

A pergunta aqui seria quanto este conector mede em milímetros? Resposta: têm que
se multiplicar 3,5 por 25,4 e o resultado será 88,9 milímetros.

Se desejarmos converter milímetros para polegadas, partimos do fato que um


milímetro é igual a 1 dividido por 25,4 polegadas, ou 0,039 polegadas.
Se realizarmos esta divisão numa calculadora qualquer uma das duas opções dará o
mesmo resultado.

Exemplo: um respiro tem 210 milímetros de diâmetro, qual é a medida em polegadas?


A resposta está em dividir 210 por 25,4 e o resultado é 8,27 polegadas. Se optássemos
por multiplicar 210 x 0,039 o resultado seria o mesmo.

Conversão de unidades de volume.

Deveremos lembrar que a medida padrão de volume é o metro cúbico, uma medida
tridimensional equivalente a um cubo, de 1 metro de comprimento por 1 metro de
largura por 1 metro de altura.

Um reservatório não precisa ter necessariamente uma forma cúbica. Por exemplo, um
contêiner de um metro cúbico pode ter diversas formas desde que a capacidade de
contenção seja equivalente a um metro cúbico. Assim temos, por exemplo, alguns
reservatórios ou tanques de óleo que tem forma cilíndrica e a capacidade é dada em
metros cúbicos. Ou em outro tipo de aplicação, por exemplo, os tanques de água que
são esféricos e a medida de capacidade é fornecida em metros cúbicos.

Devemos lembrar-nos também que o metro cubico é equivalente a 1.000 litros.


Para se converter a unidade que temos em metros cúbicos para litros, multiplica-se o
valor em metros cúbicos por 1.000 ou, como segunda opção percorre-se a vírgula
decimal em três casas a direita.

Por exemplo, um depósito de lubrificante tem 6,8 metros cúbicos de capacidade. A


quantos litros equivale o volume?

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A resposta está em multiplicar 6,8 x 1.000, isto é 6.800 litros, se percorro a vírgula
decimal três casas a direita o resultado é o mesmo.

Quando temos a necessidade de realizar a conversão inversa, isto é, temos uma


medida em litros e desejamos converter o valor para metros cúbicos partimos do
princípio de que o litro e igual a 1 sobre 1.000 metros cúbicos ou a milésima parte do
metro cúbico ou 0,001 metros cúbicos.

Para realizar a conversão, divida o valor em litros por mil, ou como segunda opção
multiplique o valor em litros por 0,001 ou como terceira opção percorra a vírgula
decimal três casas a esquerda e o resultado será o mesmo.

Exemplo: um reservatório de lubrificante foi cheio com quatro tambores de 208 litros,
qual é a capacidade do reservatório em metros cúbicos?
A resposta está em primeiro em multiplicar 4 x 208 para saber quantos litros no total
foi colocado no reservatório, isto é igual a 832 litros.

Sabendo disso podemos realizar a conversão dividindo 832 litros por 1.000.

A quantidade final é 0,832 metros cúbicos.

Outra conversão importante é de litros para mililitros ou vice-versa.

Se precisarmos realizar uma conversão de litros a mililitros, partimos do princípio que


1 litro é igual a 1.000 mililitros. Para converter multiplique o valor em litros por 1.000
ou como segunda opção percorra a vírgula decimal 3 casas à direita.

Exemplo: temos que adicionar 0,75 litros de aditivo ao fluido de corte de uma
máquina. Qual será o valor em mililitros?

A resposta está em multiplicar 0,75 vezes 1000 e o resultado será 750 mililitros. O
mesmo resultado ocorre se percorrer a vírgula decimal três casas à direita.

Se agora fizermos a conversão de mililitros para litros, partimos do fato que um


mililitro é igual a um sobre mil litros, ou um milésimo de litro, que é igual a 0,001 litros.

Desta forma pode-se dividir o valor em mililitros por 1.000 ou como segunda opção
multiplicar o valor em mililitros por 0,001 ou como terceira opção percorrer a vírgula
decimal três casas a esquerda.

Exemplo: Foram adicionados 350 mililitros de aditivo anti-bactericida ao fluido solúvel,


quanto este valor equivale em litros? A resposta está em dividir 350 sobre 1.000 e o
valor é 0,35 litros.

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O mesmo valor podemos obter multiplicando o valor original por 0,001 ou
percorrendo a vírgula decimal três casas à esquerda.

Realizaremos outro exercício de conversão de unidade de volume, agora envolvendo o


cálculo do volume de um reservatório.

Temos a seguinte pergunta: Qual é a capacidade em litros de um depósito de


lubrificante que têm as seguintes medidas: 1,2 m de comprimento, 1,0 m de largura e
0,9 m de altura?

OBS: Considere também que o nível máximo do óleo está a 0,8 m de altura. Vamos
calcular a quantidade de óleo total contida neste depósito de lubrificante.

Para resolver esta questão, primeiramente devemos saber qual é o volume total deste
depósito.

Este volume é dado pela fórmula comprimento vezes largura vezes altura. Como temos
as unidades em metros, calculamos exatamente em metros, 1,2 x 1,0 x 0,8 e o valor é
0,96 metros cúbicos.
Como segundo passo para converter o volume de metros cúbicos para litros,
multiplica-se 0,96 x 1.000 e o valor final será 960 litros.

Conversão de unidades de massa:

Se desejarmos realizar uma conversão de um valor que temos de quilogramas para


gramas partimos do princípio que um quilograma tem 1.000 gramas e podemos
multiplicar o valor em quilogramas por 1.000 ou percorrer a vírgula decimal três casas
à direita.

Exemplo: Quanto pesa em gramas um cartucho de graxa de 0,45 quilogramas? A


resposta está em multiplicar 0,45 x 1.000 e o resultado é 450 gramas. O mesmo resulta
em percorrer a vírgula decimal três casas a direita do valor original.

Para realizar a conversão inversa isto é converter um valor que temos em gramas para
quilogramas, sabemos que um grama é igual a um sobre 1.000 quilogramas ou uma
milésima parte do quilograma ou 0,001 quilogramas. Por isso dividiremos o valor em
gramas por 1.000 ou percorreremos a vírgula decimal três casas à esquerda.

Exemplo: Quanto pesa em quilogramas 1.125 gramas de um reagente para o


laboratório? A resposta está em dividir 1.125 gramas por 1.000 e o valor resultante é
1,125 quilogramas.

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Lembramos que aqui também é valido multiplicar o valor original em gramas por
0,001. O resultado será o mesmo.

Vamos realizar outro exercício de conversão em unidades de massa.


As pistolas graxeiras da sala de lubrificação tem capacidade de 450 gramas. Quantas
pistolas podem ser cheias com um balde de 16 quilogramas?

A resposta está em primeiro converter a capacidade da pistola graxeira de gramas para


quilogramas, que é a mesma unidade da capacidade do balde de graxa.
Para isto devemos dividir 450 gramas por 1.000 para realizar a conversão para
quilogramas e o resultado será 0,45 quilogramas de capacidade por cada pistola
graxeira. Como segundo passo dividimos 16 sobre 0,45 que dá um total de 35,5
pistolas graxeiras, isto é 35 pistolas graxeiras cheias e uma pistola graxeira pela
metade.

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Modulo 2 – Importâncias dos Componentes a Serem Lubrificados

Os objetivos deste módulo são:

 Salientar a grande importância da lubrificação na Indústria e na confiabilidade dos


equipamentos que é o conceito de garantir que o equipamento não irá parar por
falhas mecânicas;
 Familiarizar os participantes do curso em relação aos componentes e
equipamentos mais comuns que se lubrificam nas indústrias em geral.

Começamos falando sobre a importância da lubrificação.

Uma boa lubrificação não é somente o fato de aplicar o lubrificante correto como
muitos acham.

Abrange também realizar as tarefas utilizando práticas corretas nas seguintes


atividades ou processos, dentro de uma empresa:

 Seleção e compra dos lubrificantes, componentes e equipamentos relacionados a


lubrificação utilizando altos critérios de qualidade e performance;
 Práticas corretas para recebimento, estocagem, manuseio dos lubrificantes e de
todos os componentes, garantindo assim a integridade dos materiais;
 Procedimentos para aplicação correta dos lubrificantes que significa a quantidade
certa do produto, quando, onde e como o mesmo será aplicado nos
equipamentos;
 Monitoramento e Cuidados com óleo em uso. Cuidar do óleo quando já instalado
no equipamento podendo assim garantir a vida útil por semanas, meses ou
inclusive ano;
 Descarte correto dos produtos lubrificantes – Cuidados com o Meio Ambiente;
 Prevenção e controle da contaminação: O lubrificante deve ser mantido limpo,
frio, seco e desaerado. Para que este lubrificante esteja limpo e sem
contaminantes, precisamos tomar diversas medidas de prevenção de
contaminação em diferentes etapas do manuseio e aplicação;
 Programa de analises dos lubrificantes com foco preditivo e proativo.
 Treinamento de toda a equipe envolvida com o recebimento, manuseio,
transporte, aplicação e descarte dos lubrificantes. Esclarecemos aqui que não
necessariamente nem exclusivamente serão treinados apenas os Lubrificadores;
 Aplicação de procedimentos de trabalho bem definidos e seguidos por todos em
cada uma das etapas que acabamos de mencionar;
 Possuir um programa de trabalho de lubrificação com rotinas bem definidas e
relatórios claros, além de indicadores de desempenho para medir a eficiência e a
qualidade do trabalho.

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Dentro desse contexto as características de um profissional que trabalha com
lubrificação, o Lubrificador, para atuar com os conceitos de Lubrificação Avançada
deverão ser as seguintes:

 Conhecimento técnico do lubrificante e suas aplicações;


 Conhecimento e aplicação dos procedimentos corretos de manuseio, aplicação,
limpeza, descarte e estocagem dos lubrificantes;
 Cuidados com a limpeza e integridade do lubrificante em todos os momentos;
 Identificação de problemas reais ou oportunidades de melhorias na lubrificação,
buscando apresentar soluções em conjunto com a equipe;
 Manter seus registros atualizados e completos para poder confeccionar os
relatórios de trabalho das atividades de lubrificação;
 Manter comunicação contínua com toda a estrutura de manutenção para que haja
sinergia na aplicação das melhores práticas.

Apresentaremos agora alguns dados importantes sobre a lubrificação:

 Pelo menos 30% dos custos de manutenção mecânica podem ser reduzidos
implantando práticas de Lubrificação Avançada e gestão da lubrificação;
 A empresa de redutores SEW nos informa que 39% das falhas em redutores são
causadas por problemas de lubrificação, e que 23% são sobrecargas. Isto significa
que a principal causa de falhas em redutores é causada ou se origina de
deficiências na lubrificação;
 Empresas fabricantes de componentes hidráulicos afirmam que 80% dos
problemas nesses sistemas ou diminuição da vida útil, são provenientes de
contaminações no óleo, e não devidos a problemas mecânicos ou deficiências
operacionais;
 É consenso entre os fabricantes de rolamentos que 500 ppm (partes por milhão)
de água, que significa 0,05% de água no óleo lubrificante, podem reduzir em até
70% da vida útil deste tipo de componente e que a presença de partículas sólidas
microscópicas podem reduzir a vida útil em até 10 vezes. Essas partículas de
contaminantes sólidos, abrasivas, são em sua grande maioria invisíveis ao olho
humano, a olho nu, no entanto tem um poder abrasivo que reduz a vida dos
componentes dos equipamentos de forma drástica.
 Um litro de óleo usado pode até contaminar 1 milhão de litros de água. Se em
contato com o Meio Ambiente pode causar desastres contaminando mares ou
rios.

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Baseados nessas afirmações, podemos concluir que a boa lubrificação e a implantação
de Práticas de Lubrificação Avançada contribuem expressivamente com:

 Aumento da produtividade da empresa – maior disponibilidade dos


equipamentos;
 Aumento da qualidade da operação e da produção – menos falhas;
 Aumento da segurança dos Colaboradores;
 Proteção ao Meio Ambiente – Diminuição do Passivo Ambiental que é o lixo
industrial produzido pelas empresas;
 Redução nos custos de operação.

A eficiência da lubrificação aumenta a disponibilidade operacional dos equipamentos


na Indústria e nos veículos das áreas Mobil e Agrícola, aumentando a disponibilidade
de ativos, da produção e os lucros.

Vamos agora revisar a primeira parte deste módulo através de um exercício.


Marque Verdadeiro “V” ou Falso “F” se os seguintes fatores fazem parte de uma
lubrificação correta:

1. ( ) A prevenção de entrada e controle da contaminação nos fluidos hidráulicos faz


parte das Boas Práticas de Lubrificação .
2. ( ) Programa bem elaborado para a troca de filtros de óleo e filtros de respiros faz
parte das Boas Práticas de Lubrificação .
3. ( ) A técnica de “Termografia” dos painéis de controle elétrico das máquinas faz
parte das Boas Práticas de Lubrificação.
4. ( ) Realizar a troca rápida e eficiente dos rolamentos que quebram
frequentemente por causa de contaminantes no óleo faz parte das Boas Práticas
de Lubrificação .
5. ( ) A aplicação da mesma quantidade e tipo de graxa em todos os rolamentos
ainda de diferentes tamanhos, para padronizar e simplificar os procedimentos de
trabalho faz parte das Boas Práticas de Lubrificação .
6. ( ) A organização e limpeza da sala de lubrificação, aplicação dos conceitos de 5S
faz parte das Boas Práticas de Lubrificação.
7. ( ) A organização e limpeza do Almoxarifado Central da empresa, onde são
recebidos os lubrificantes e todos os demais insumos de planta, bem como a
aplicação de conceitos de 5S faz parte das Boas Práticas de Lubrificação.
8. ( ) O programa de redução dos custos de manutenção corretiva baseado na
aplicação de melhores práticas faz parte das Boas Práticas de Lubrificação .

Respostas ao final da apostila.

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Falaremos agora sobre a importância da lubrificação e dos componentes básicos que
se lubrificam, tanto os industriais quanto os automotivos.
Na verdade, tudo aquilo que lubrificamos pode ser reduzido a quatro componentes
básicos.

Vamos ver cada um deles.

Os Rolamentos: Devemos nos familiarizar com este tipo de componente importante


nos equipamentos.
O rolamento permite o movimento de rotação de um elemento em relação a outro
que está estático, parado.

Mancais Planos e Buchas: Estes tipos de componentes também permitem a rotação de


um componente ou elemento de algum equipamento em relação a outro componente
que está fixo como uma carcaça, por exemplo, ou a uma estrutura fixa. A diferença
entre os mancais planos e os rolamentos esta na sua construção que é mais simples e
mais econômica, mas que por outro lado, suportam maiores cargas do que os
rolamentos. No entanto a eficiência em termos de atrito é menor que nos rolamentos.

As Engrenagens: Existem basicamente quatro tipos principais de engrenagens:


Engrenagem de dentes retos, Engrenagens coroa-sem-fim (Conjunto de duas
engrenagens uma em parafuso, outra sem-fim e/ou outra helicoidal que trabalham
integradas), Engrenagens de dentes helicoidais e Engrenagens hipoidais que são
utilizadas nos diferencias nos automotivos.
Os Cilindros Hidráulicos: Conjuntos utilizados para movimentos lineares nos
equipamentos, acionados pela força hidráulica. Salientamos que NÃO se deve utilizar a
expressão pistão, pois o que se lubrifica é a superfície interna do cilindro que está em
contato com os anéis do pistão.

As Correntes, por exemplo, são compostas em geral pela combinação de engrenagens


e buchas, componentes que já verificamos acima. O que se lubrifica são os elos das
correntes.

Não importa o tamanho, a complexidade e o custo dos equipamentos ou dos


componentes, sejam automotivos ou industriais, todos os elementos que lubrificamos
se reduzem a estes quatro componentes que acabamos de ver.

Alguns equipamentos que encontramos em geral nas indústrias.

Motores de Combustão: Os motores de combustão funcionam com combustível que


pode ser gasolina, álcool, diesel entre outros. Os motores de combustão possuem
diversos componentes a lubrificar, mas de qualquer forma, todos estes componentes
são reduzidos aos quatro elementos que já conhecemos: cilindros, rolamentos,
mancais planos e engrenagens.

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Os motores de combustão são utilizados nos transportes e equipamentos da área
Mobil como: automóveis, ônibus caminhões, locomotivas e barcos.

Motores Elétricos: Nestes equipamentos se lubrificam basicamente as partes


rotativas, ou seja, os rolamentos e buchas.

Redutores, Transmissões e Diferenciais: São caixas de engrenagem que tem como


propósito, reduzir a velocidade de rotação, que pode ser medida em RPM (Rotações
por Minuto), e aumentar o torque, a força torcional. Em algumas configurações, o eixo
de entrada que está acoplado a algum motor de perpendicular ao eixo de força de
saída.
Nos redutores, transmissões e diferenciais em geral, vamos encontrar engrenagens,
rolamentos e buchas.

Sistemas Hidráulicos. São sistemas fechados nos quais se pressuriza o óleo lubrificante
para que este realize um trabalho, movimentando atuadores (Cilindros e Motores
Hidráulicos), com uma determinada força. Pode possuir um ou mais atuadores lineares
ou rotativos dependendo do projeto deste sistema.
O que se lubrificam nos sistemas hidráulicos são: cilindros, articulações, rolamentos
mancais planos e às vezes também engrenagens, caso existam.

Turbinas a Vapor, Hidráulicas e Gás. As turbinas em geral são utilizadas


principalmente em dois tipos de indústria: na geração de energia elétrica e na aviação.
Na geração de energia elétrica são utilizadas turbinas a vapor, as quais produzem
energia rotativa para gerar energia elétrica sendo acionadas por vapor de água a alta
temperatura.
Temos também as turbinas hidráulicas que são colocadas em represas hidráulicas para
que a força hidrostática da água que está dentro da represa faça girar a turbina e
produzindo assim energia elétrica.
As turbinas de gás são utilizadas na aviação. São os propulsores dos jatos modernos.
Em alguns casos as turbinas a gás são também utilizadas em plantas de geração de
energia elétrica.
O que se lubrifica fundamentalmente nas turbinas são mancais planos, buchas e
engrenagens. Algumas turbinas podem possuir em sua construção rolamentos.

Compressores: Os compressores tem o propósito de comprimir algum gás, sendo que


o gás mais comum com o qual nós convivemos no dia a dia é o ar, portanto temos com
frequência nas indústrias os compressores de ar.
Os dois tipos mais comuns de compressores alternativos, possuem carcaça,
virabrequim, bielas e pistões que possuem exatamente a função de comprimir o gás.
Os compressores de parafusos parecem dois parafusos juntos.
Temos compressores de refrigerante, como os utilizados nos sistemas de resfriamento.

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O que se lubrifica em todo tipo de compressor são buchas, mancais planos e
rolamentos. Particularmente nos compressores alternativos se lubrificam cilindros e
nos compressores de parafuso se lubrificam também engrenagens que coordenam a
rotação dos parafusos.

Máquinas de usinagem: As mais comuns são tornos e fresadoras. O que se lubrifica


nestes equipamentos são caixas de engrenagens, onde estão o cabeçote do
equipamento, guias deslizantes, rolamentos e mancais planos. Sabemos que as guias
deslizantes são similares aos mancais planos só que com uma configuração diferente.

Correias Transportadoras: Para estes equipamentos, se lubrificam normalmente


rolamentos, buchas e correntes.
Algumas correias transportadoras possuem rolamentos e pequenos redutores
blindados, os quais não necessitam de re lubrificação, pois são fabricados com
lubrificante para durar e atender as necessidades durante toda a vida útil do
componente, porém, é necessário inspecionar com frequência se não apresentam
anomalias como vazamentos entre outros problemas.

EXERCÍCIOS:

01 – Indique se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes expressões: Quanto à


lubrificação de motores de combustão interna, quais componentes são lubrificados?
 ( ) Cilindros e mancais planos.
 ( ) Mancais planos ou buchas e rolamentos.
 ( ) Engrenagens, rolamentos ou buchas do eixo de cames.
 ( ) Engrenagens hipoidais.

02 – Indique se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes expressões:


 ( ) Existem em geral os mesmos tipos de engrenagem em aplicações de uso
automotivo e nas de uso industrial.
 ( ) Somente se lubrificam cilindros nos compressores.
 ( ) Existem engrenagens a lubrificar em alguns compressores.
 ( ) Não se lubrificam cilindros em sistemas hidráulicos.

Respostas ao final da apostila.

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Modulo 3 – Viscosidade dos Lubrificantes

O objetivo deste módulo é conhecermos o significado e os conceitos mais relevantes


da propriedade mais importante do lubrificante: A VISCOSIDADE

Começaremos falando sobre as funções do lubrificante.

Sabemos que a principal função do lubrificante é lubrificar e reduzir o atrito, isto é,


separar as superfícies, normalmente metálicas e que estão em movimento uma em
relação à outra, para minimizar o contato, o atrito e o desgaste.

Mas os lubrificantes possuem outras funções importantes como:


 Proteger contra a ferrugem e corrosão geradas pela umidade do meio ambiente
ou presença de água no processo de operação;
 Manter o equipamento limpo internamente, isto significa que um bom lubrificante
vai evitar ou reduzir a formação de depósitos dentro do equipamento. Estes
depósitos podem ser contaminantes sólidos inerentes ao processo produtivo,
carvão, lodo ou verniz dependendo do tipo de equipamento e operação;
 Transferência de calor, resfriando os componentes do equipamento. Como por
exemplo, nos motores de combustão, o lubrificante ajuda a resfriar as partes do
motor e este calor absorvido vai ser transmitido para o meio ambiente através do
cárter do motor. O mesmo acontece com os sistemas hidráulicos e outros
equipamentos;
 Por ultimo, um óleo lubrificante tem a função de transmitir força como acontece
num sistema hidráulico ou numa transmissão automática.

Vejamos a importância da formação de película lubrificante.


Para separar duas superfícies em contato, uma estática e outra em movimento, deve-
se formar uma camada, um filme de lubrificante de uma espessura suficiente que
permita separar essas superfícies. Alguns fatores a considerar:
 Movimento;
 Rugosidades;
 Forma das Superfícies;
 Viscosidade Adequada.

O movimento - O óleo se adere às superfícies a lubrificar. Quando o equipamento


parte e aumenta a velocidade de operação, por exemplo, aumenta a RPM, mais óleo é
arrastado entre as duas superfícies a lubrificar até formar um filme adequado.

Rugosidades - A superfície tem rugosidades microscópicas e a camada de lubrificante


deve ser igual ou maior que o tamanho das mesmas. Em geral, as espessuras das
películas lubrificantes variam em menos um mícron (que é a milésima parte de um

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milímetro) como acontece nos rolamentos ou engrenagens, até 30 a 40 micra
conforme o tipo de componente e projeto do mesmo.
A forma das superfícies - A forma física das superfícies a serem separadas é
fundamental na formação da camada lubrificante. Por exemplo, em rolamentos as
camadas de lubrificantes são muito finas e em engrenagens também. A camada
lubrificante entre os dentes de duas engrenagens é muito pequena.
No entanto as superfícies que tem a mesma forma como, por exemplo, um eixo
apoiado num mancal plano, permite a formação de uma camada espessa de
lubrificante, de vários micra.

A Viscosidade: Para obter a camada apropriada de lubrificante com a espessura do


filme suficiente, é fundamental selecionar corretamente a viscosidade do óleo.

A viscosidade é a propriedade mais importante na seleção de um óleo lubrificante para


se realizar uma lubrificação correta e eficaz.

Podemos definir a viscosidade como a resistência de um fluido ao escoamento. Quanto


maior a dificuldade ou lentidão no escoamento, maior é a viscosidade.

Medição de viscosidade - Para se medir a viscosidade devemos saber que ela varia
com a temperatura. Portanto, a temperatura precisa ser controlada e definida para
poder utilizar a viscosidade como referência confiável.
Existem temperaturas padrão, já definidas por convenção.

O método mais comum de se medir a viscosidade, é a chamada viscosidade


cinemática.

A unidade de medição é o Centistoke, cuja abreviatura é o cSt (c minúsculo, S


maiúsculo e t minúsculo).

Como já mencionamos, existem duas temperaturas padronizadas internacionalmente


para medir a viscosidade: a 40 graus Celsius para medir a viscosidade de produtos
industriais e a 100 graus Celsius para medir a viscosidade de produtos automotivos.

Existem outras duas formas que podemos encontrar para medir a viscosidade ou de
especificações da viscosidade que são:

 Centipoise - abreviada como cP (c minúsculo, P maiúsculo) – esta unidade é


utilizada com frequência para medir viscosidades elevadas, por exemplo, a
viscosidade de óleo lubrificante a temperaturas abaixo dos zero graus Celsius;

 Saybolt Universal, que se abrevia SSU ou também SUS. Esta forma na verdade já
está em desuso, no entanto ainda encontramos diversos equipamentos instalados

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já com vários anos de serviço, nos quais o lubrificante a ser utilizado é indicado
com esta unidade de medida.

Existem tabelas e procedimentos para fazer conversões de SSU e Centpoises para


Centistokes.

Como vimos a Viscosidade é a resistência ou “lentidão” que o lubrificante apresenta ao


fluir ou ao escoar.

O equipamento chamado “Viscosímetro” é utilizado para medir a viscosidade em


Centistokes.

Este equipamento é composto por um conjunto e tubos de ensaio, imersos em um


banho de água ou óleo na temperatura convencionada, que pode ser 40 graus Celsius
ou 100 graus Celsius.
Coloca-se a quantidade especificada de óleo lubrificante dentro do tubo de vidro do
viscosímetro e esperam-se alguns minutos para estabilizar a temperatura.
Com uma pequena bomba de vácuo suga-se o lubrificante pela parte mais fina do
viscosímetro liberando-o em seguida para que escoe até chegar à marca indicada
como “inicial”.
A partir daí, mede-se o tempo até o nível do óleo descer a marca indicada como
“final”.
A diferença de tempo em segundos necessária para que o óleo flua entre as duas
marcas será convertida através de uma fórmula para a viscosidade em Centistokes
deste lubrificante na temperatura medida.

Como realizar a seleção correta da viscosidade?

Mencionaremos alguns conceitos básicos, porém não entraremos em detalhes sobre a


aplicação de métodos e gráficos de cálculo de viscosidade.
O que buscamos basicamente é mostrar os conceitos necessários para uma seleção de
viscosidade apropriada.

A seleção da viscosidade correta do lubrificante a ser aplicado num equipamento deve


levar em consideração três importantes fatores de trabalho: Temperatura, Carga e
Velocidade.

A seleção da viscosidade apropriada depende de três fatores fundamentais: a


temperatura de operação do equipamento e consequentemente do óleo, as cargas
existentes entre as superfícies a serem lubrificadas e a velocidade de operação da
superfície em movimento em relação ao componente que está estático.

Observemos que a viscosidade varia com a temperatura. Uma vez que a temperatura
do lubrificante aumenta, sua viscosidade diminui.

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Inversamente, na medida em que a temperatura diminui, a viscosidade aumenta.
Por tal motivo, se o equipamento trabalha com uma temperatura mais elevada, será
necessário um lubrificante de maior viscosidade. Da mesma forma podemos concluir
que será exigida uma viscosidade maior, quanto mais elevada seja a temperatura
normal de operação do equipamento.

Quanto à velocidade, sabemos que o óleo se adere às superfícies a serem lubrificadas


e, na medida em que o equipamento inicia seu funcionamento e aumenta sua
velocidade, arrasta mais óleo entre as duas superfícies a serem lubrificadas, formando
uma camada mais grossa.
Em geral, para uma maior velocidade, a camada lubrificante é também maior. Se a
velocidade for muito elevada, uma alta viscosidade do óleo dificulta o movimento e
gera calor.
Por tal motivo, será necessário utilizar um lubrificante de menor viscosidade quando
existem altas velocidades.

Quanto as cargas de trabalho, quando temos uma carga elevada entre as superfícies a
lubrificar, esta pressão comprime o filme do lubrificante da área de contato.
Uma forma de compensar esta carga é colocar um óleo de maior viscosidade.
Por tal motivo, quanto maior é a carga entre as superfícies a lubrificar, maior deve ser
a viscosidade do óleo a utilizar.

Sendo assim, vimos que a temperatura, a velocidade e a carga de operação de um


componente ou equipamento são parâmetros críticos utilizados nos estudos técnicos
para determinar a viscosidade apropriada, seguindo fórmulas, tabelas e cálculos
desenvolvidos por fabricantes de equipamentos, pesquisadores e fabricantes de
lubrificantes.

Padrões de Viscosidade: Definimos um padrão de viscosidade como um acordo


utilizado internacionalmente para facilitar a linguagem, a comunicação e, em geral, a
identificação dos produtos, entre fabricantes, vendedores e consumidores.

Os padrões de viscosidade, não são medidas exatas da viscosidade, na verdade são


faixas de viscosidade que tem um valor mínimo e um valor máximo e, dentro destas
faixas podem existir diversas viscosidades.
Todos os produtos que ficam dentro desta faixa recebem um nome, um código ou um
número especifico, utilizado internacionalmente.

A Viscosidade ISO, que pertence a ISO 3448 é padronizada internacionalmente e é


seguida pela maioria dos fabricantes de óleos lubrificantes industriais.

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Cada grau dentro deste padrão tem um numero após a expressão ISO VG que significa
em Inglês grau de viscosidade ISO.
Esse número, que segue esta expressão, indica o ponto médio ou o valor de referência
medido em Centistokes.
A faixa de viscosidade é determinada a partir deste ponto médio: 10% para baixo vai
ser o valor mínimo e 10% acima vai ser o valor máximo.

Por exemplo, um lubrificante ISO VG 100 significa que a viscosidade medida


primeiramente a 40 graus Celsius deve estar na faixa de 100 Centistokes de referência
menos 10% e mais 10%, isto é, de 90 Centistokes como valor mínimo da faixa, a 110
Centistokes como valor máximo desta faixa.
Esta regra aplica-se para todas as viscosidades.
O valor nominal significa o ponto médio menos 10% mais 10%.
Outro exemplo, ISO VG 10 onde temos o valor mínimo de 10cSt menos 10% que
resulta em 9cSt e o valor máximo resulta em 11cSt.

Outro padrão um pouco menos utilizado, mas que encontraremos com frequência em
caixas de engrenagens industriais que é a AGMA.

AGMA significa Associação Americana de Fabricantes de Engrenagens, uma associação


que foi formada nos Estados Unidos e estabeleceu um código para recomendar
lubrificantes para as caixas de engrenagens.
A codificação é simples, utilizando-se a palavra AGMA seguida de um numero que
varia entre 1 a 14 e este numero está relacionado à viscosidade.
Para simplificar, os graus AGMA estão atrelados aos graus ISO.
Assim temos, por exemplo:
AGMA1 corresponde à faixa de viscosidade do padrão ISO VG 46.

Conheceremos a seguir a classificação SAE para Motores.

A sigla SAE abrevia o nome da Sociedade de Engenheiros Automotivos, que é uma


organização internacional que cria padrões, normas, testes e especificações para
materiais e tecnologia utilizadas na Indústria Automotiva.
Cabe salientar que o fato de se chamar Sociedade de Engenheiros Automotivos, não a
limita somente aos automóveis, mas também toda máquina de transporte que seja
autônoma.
Por tal motivo a SAE também abrange caminhões, ônibus, locomotivas, barcos bem
como transportes aéreos.
Dentro das especificações e padrões que a SAE tem criado, está uma especificação
SAE, chamada norma SAE J300 que determina as faixas de viscosidade e especificações
para os óleos de motor a gasolina e diesel.
Esta especificação toma como base as medições em Centistokes a 100 graus Celsius,
podendo seguir ainda outros parâmetros.

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Como exemplo veremos o que significa SAE 40.
SAE 40 indica uma faixa de viscosidade que tem o valor mínimo de 12,5 Centistokes a
100 Graus Celsius e um valor máximo de 16,3 Centistokes a 100 graus Celsius.
Isto significa uma faixa de aproximadamente 3,8 Centistokes entre o valor mínimo e o
máximo. Então um lubrificante para o qual a viscosidade a 100 graus Celsius esteja
dentro desta faixa de 12,5 Centistokes a 16,3 Centistokes pode ser chamado um óleo
SAE 40.

O mesmo princípio da temperatura a 100 graus Celsius e do valor mínimo e máximo é


aplicável para SAE 20, 30 e 50.
Foi escolhido este ponto de referência de 100 graus Celsius para óleos automotivos
pelo fato de que a temperatura em geral de operação das transmissões, motores e
óleo lubrificante estar por volta dos 100 graus Celsius, o óleo trabalha por volta dos
100 graus Celsius.

Porém existem outras especificações, outro grupo dentro desta norma SAE J 300 para
óleo de motor que se refere à viscosidade do lubrificante a baixas temperaturas.
Como vimos, a viscosidade de um óleo lubrificante diminui quando aumenta a
temperatura ou inversamente aumenta quando diminui a temperatura.
Para climas extremos, abaixo de 0 grau Celsius, um óleo convencional se cristaliza ou
aumenta tanto a viscosidade que é muito difícil poder bombear este lubrificante
dentro do motor.

Para atender a estas necessidades foi criado o grau SAE W que representa valores de
viscosidade e fluidez aplicáveis para baixas temperaturas de partida.

A temperatura de um motor, sem operação por um longo período, vai ser exatamente
a temperatura ambiente na qual esta.
O grau SAE W representa um grupo de especificações para lubrificantes que serão
utilizados no momento da partida do motor.
Assim, por exemplo, SAE 15W representa que o óleo deve ter viscosidade máxima de
7.000 Centipoise quando este óleo está frio a menos 20 graus Celsius.
Este mesmo princípio de limite de viscosidade, isto é um máximo de viscosidade a
baixíssimas temperaturas se aplica para 0W, 5W, 10W, 20W, 25W.

Porque no Brasil os fabricantes de automóveis recomendam, por exemplo, uma


viscosidade 15W40 se não temos tão baixas temperaturas ambientes (que são as
temperaturas de partida do motor)?
Nossa temperatura ambiente nos dias mais frios, talvez seja de 15, 20 graus Celsius em
algumas regiões, e em outras ainda talvez menos.
A razão é que após diversos testes, foi verificado que os lubrificantes multi-viscosos,
que possuem grau W ou não, lubrificam melhor o motor nas temperaturas de partida,
ainda que estas temperaturas sejam superiores a 0 grau Celsius.

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Isto significa que o motor estará mais protegido se utilizarmos um lubrificante multi-
viscoso ainda em climas que não são tão frios.

Classificação SAE para Engrenagens:. Esta é outra norma, SAE J 306, e segue uma
lógica muito similar aos graus que vimos para motores.
Também está atrelada às faixas de viscosidade em cSt a 100 graus Celsius e da mesma
forma que se aplica a classificação SAE para motores, os números SAE para
engrenagens não tem a ver diretamente com o valor da viscosidade.

SAE 90, por exemplo, indica que o óleo deve ter viscosidade na faixa de 13,5 até 24
Centistokes, medida a 100 graus Celsius, portanto, qualquer lubrificante que, ao ser
colocado a 100 graus Celsius tenha uma viscosidade que fique dentro destes dois
limites inferior e superior vai ser chamado SAE 90.
O mesmo princípio das faixas e da temperatura a 100 graus Celsius se aplica para os
SAE 140 e 250.
Seguindo a mesma lógica, os graus SAE para transmissões também possuem a letra W,
considerando as temperaturas de partida.
Por exemplo, um 80W significa que o óleo deve ter no máximo uma viscosidade de
150.000 Centipoise a uma temperatura de menos 26 graus Celsius.

Algumas conclusões interessantes sobre os Padrões de Viscosidade:

Em geral os padrões de viscosidade não especificam outras características relacionadas


com a qualidade ou desempenho do lubrificante.
Um lubrificante multi-viscoso, como o SAE 15W40 ou SAE 80W90, cumpre tanto as
especificações de um grau como de outro.
Isso significa que um lubrificante multi-viscoso é um óleo que flui facilmente na
temperatura de partida e bem como nas temperaturas de operação plena do
equipamento.

Misturas de Viscosidades: No dia a dia, podem ocorrer falhas de logísticas ou


demandas inesperadas da operação que desestabilize a quantidade em estoque de
algum tipo lubrificante. Poderá ser sugerida a mistura de dois produtos, desde que
sejam observadas importantes regras como:
 Grande risco de contaminação por partículas, com umidade, entre os lubrificantes;
 Grande possibilidade de se errar nas proporções da mistura.

As recomendações para minimizar problemas neste caso são:


1. Só utilize este método em último caso;
2. Devem ser utilizados produtos da mesma linha, mesma família e marca para
serem misturados de forma com que não haja problemas de compatibilidade
entre eles;
3. Devem ser realizados primeiramente os cálculos adequados, utilizando gráficos
para calcular a quantidade exata de cada um dos dois lubrificantes a utilizar;

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4. Medir com precisão as proporções a misturar e cuidar de forma extrema, da
limpeza do ambiente e dos recipientes para manipulação destes lubrificantes.

Como encontrar o produto com a viscosidade mais adequada para um equipamento?


A recomendação é que se utilize os recursos que já estão disponíveis para especificar
este lubrificante:
 Verifique o manual de manutenção do equipamento ou a placa de identificação se
existir, indicando o tipo de lubrificante, a viscosidade ou a marca do produto;
 Se necessário, consulte o fabricante, distribuidor ou vendedor do equipamento;
 Podemos também consultar o fabricante de lubrificantes que atende a planta
industrial ou mobil onde esta o equipamento;
 Solicitar apoio de especialistas na área de lubrificação;
 Sempre aplicar critério e experiência técnica para validar a escolha;
 Conte também com a experiência técnica da equipe operacional e de manutenção
para auxiliar na seleção deste produto.

Exercícios:
1. Escolha a resposta adequada:
“Que unidades são mais comuns para medir viscosidade?”. Lembre-se que aqui
estamos falando de unidades e não de padrões. Selecione a resposta adequada.

1. ( ) Centipoise;
2. ( ) Centistoke;
3. ( ) ISO VG ou SAE;

2. Indique V se verdadeira ou F se for falsa cada uma das seguintes expressões:

a) Os graus ISO VG, SAE de motor e AGMA são sistemas precisos de medição da
viscosidade.
b) Todo óleo SAE 50 é menos viscoso que um SAE 90.
c) Um óleo com uma viscosidade de 162 Centistokes a 40 graus Celsius está dentro
da faixa ISO VG 150.
d) É desejável um alto índice de viscosidade nos óleos lubrificantes, pois mantém
uma melhor película lubrificante numa faixa de temperatura maior.

3. Para lubrificantes industriais, qual a temperatura de referencia para medição de


viscosidade cinemática?
R:_________________________________________________________________

4. Para lubrificantes automotivos qual a temperatura de referencia para medição de


viscosidade cinemática?
R:_________________________________________________________________

Respostas ao final da apostila.

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Módulo 4 – Propriedades Físico-Químicas dos Lubrificantes e Bases Lubrificantes

Neste módulo iremos abordar as propriedades físico-químicas dos lubrificantes, bem


como as bases lubrificantes minerais, sintéticas e vegetais.

Propriedade físico-químicas: O óleo lubrificante pode sofrer alterações tanto física


como quimicamente. Estas alterações são verificadas através de ensaios realizados em
laboratório.

Mudanças físicas são mudanças que, de alguma forma, alteram as características


comuns do óleo como: odor, cor e viscosidade. Quando um óleo torna-se mais ou
menos viscoso, sua característica física é alterada.
Por outro lado temos o teste AN que indica a acidez de um óleo lubrificante. A acidez
de um óleo nos indicará a depleção e esgotamento de aditivos e a oxidação do
lubrificante. Essas são mudanças químicas já que a oxidação muda, por exemplo, as
ligações químicas presentes na molécula de óleo.

Entre as causas que alteram as características do lubrificante então por exemplo, a


temperatura a que ele é exposto que pode tanto diminuir quanto aumentar sua
viscosidade, bem como auxiliar na formação de borra e no esgotamento de aditivos.

A areação, que é interação do ar com o lubrificante, acelera sua oxidação.

A água degrada o lubrificante mais rapidamente.

Entre os mecanismos de envelhecimento do óleo estão inclusas a oxidação, que é a


mudança molecular do óleo através da ligação da molécula de oxigênio com moléculas
presentes no óleo lubrificante, a hidrólise que são é mudança química do óleo por
meio de reação com a água, a ruptura (cisalhamento), que é a quebra molecular
alterando as características físicas-químicas do óleo e também a polimerização, que é a
reação de dois ou mais tipos de moléculas alterando as características originais do
lubrificante.

Uma das maiores causas da degradação do óleo esta a oxidação, que pode ser
provocada pela temperatura, presença de água, ar e partículas de metal.

Altas temperaturas favorecem o processo de oxidação do óleo, já que as ligações


moleculares se enfraquecem auxiliando a reação das moléculas de oxigênio presentes
no ar.
Outro fator que acelera a oxidação é a presença de água.
A aeração, ou seja, presença de ar também contribui para a oxidação do óleo, já que o
oxigênio presente no ar reage com o mesmo.

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Partículas de metal, como ferro e cobre, funcionam como catalizadores, ou seja, elas
aceleram o processo de oxidação do óleo.

Os números ácido e básico nos mostram mudanças nas características de um óleo


lubrificante. O numero ácido, conhecido como AN, é utilizado para avaliação de óleos
industriais e o número básico, conhecido como BN, é utilizado para óleos automotivos.
Para óleos novos, o teste de acidez indica o nível de aditivação deste óleo e, para óleos
usados, o índice de acidez indicará o esgotamento de aditivos, oxidação do óleo e
produtos corrosivos formados.

Tanto o número ácido (AN) como o número básico (BN) é expresso em miligramas de
KOH que é hidróxido de potássio.
O BN, como mencionado, é usado para determinar o esgotamento de aditivos
detergentes e anticorrosivos em óleos automotivos.
Vale lembrar que é importante termos uma linha base do óleo novo para assim,
podermos fazer uma comparação entre os números básico e acido do óleo novo e do
óleo usado.
Tendo estas informações, poderemos sempre comparar a atual situação do óleo com a
de um óleo novo e ver qual sua provável tendência.

A presença de água no sistema, reagindo com o lubrificante, causa uma série de


problemas como a aceleração da oxidação, bem como o esgotamento de aditivos –
também chamada de “depleção dos aditivos”.
Existem três tipos de detecção da presença de água no óleo: Água dissolvida no óleo,
água e óleo emulsionados e água livre.
A água emulsionada deixa o óleo com aparência “leitosa”, porém, a água dissolvida
não é perceptível a olho nu. Perceber se há água no óleo neste estado de coexistência
é muito complicado, sendo possível apenas detectar através de testes laboratoriais
adequados que podem quantificar a quantidade de água presente no óleo.

Quando a água e óleo estão emulsionados, a aparência do óleo se torna leitosa. Esta
aparência vai aumentando gradativamente como uma névoa.

Por ultimo, temos a água livre, que é a presença mais perigosa entre as três. Este tipo
de contaminação faz com que a água se assente ao fundo do tanque já que a
densidade do óleo é menor que da água.

Todas as medidas de quantidade de água em óleo são feitas em PPM (partes por
milhão ou partículas por milhão).

A presença da água afeta diretamente as características físicas e químicas do óleo.

A hidrólise acelerará o processo de esgotamento dos aditivos – depleção de aditivos. A


reação química da água com os aditivos resultará, em alguns casos, em ácidos que são

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danosos para o sistema como um todo. Em meio aquoso, o processo de oxidação irá
aumentar.

Outro fator que pode alterar as propriedades de um óleo é a presença de ar no


sistema. O oxigênio encontrado no ar pode reagir com o óleo acelerando a oxidação.
A presença de ar no sistema pode ser encontrada de três formas: dissolvido,
entranhado e livre.
O ar dissolvido acelera a degradação dos aditivos e oxidação. É imperceptível a olho
nu.
O ar entranhado pode ser notado através da presença de pequenas bolhas de ar. O
óleo com a presença de ar entranhado pode ficar turvo com a aparência leitosa, e
ocasionar diversos problemas como cavitação, falha no filme lubrificante e oxidação.
Já o ar livre é encontrado nas zonas mortas, onde o óleo não esta presente, nas
tubulações e nas regiões altas de depósitos. O ar livre causa problemas de corrosão,
por exemplo.

Exercícios: Escolha a alternativa certa para cada uma das questões.

1. A alteração de Viscosidade é uma mudança:


( ) física;
( ) química;
( ) nuclear.

2. Por que em contato com o ar o óleo fica sujeito a maior oxidação.


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________

3. Qual é a característica do lubrificante contaminado por água dissolvida?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________

4. O que o índice de acidez indica no óleo novo.


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________

Respostas ao final da apostila.

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Ponto de Fulgor e Ponto de Inflamação: São testes aplicados com a finalidade de
conhecer a qual temperatura um determinado óleo começará a expelir gases voláteis
que se inflamam com a presença de uma chama.

A diferença entre os dois testes é que para o ponto de fulgor, a chama criada pela
inflamação dos gases voláteis se extingue rapidamente, enquanto que no teste do
ponto de inflamação a chama se mantém acesa.
Estes testes são importantes para evitar e identificar possíveis causas de incêndio em
equipamentos que trabalham a altas temperaturas.
Por exemplo, num local onde a temperatura de operação é alta, o óleo lubrificante não
pode ter um ponto de fulgor baixo.
Em óleos de motor, a diminuição de 20 a 30 °C no ponto de fulgor já é causa de
alarme.

Óleos Base: Existem três tipos de óleos base, os minerais, os sintéticos e os vegetais.
A partir destas bases, adicionando os aditivos, teremos os lubrificantes finais,
utilizados nas Indústrias, Área Mobil, entre outros.

Os lubrificantes industriais à base de petróleo, os óleos minerais, ainda são os mais


utilizados.
O papel das refinarias é separar os tamanhos e tipos de moléculas e remover
impurezas presentes no petróleo. A partir desta separação, teremos diferentes
produtos como gasolina, óleo lubrificante, asfalto entre outros.

Existem três tipos comuns de moléculas usadas para a fabricação de um óleo mineral.
São os óleos minerais parafínicos, naftênicos e aromáticos, que se diferenciam pelos
tipos de moléculas.

Os óleos parafínicos são os mais utilizados como óleos lubrificantes.


Os óleos naftênicos são o segundo tipo de óleo mineral mais utilizado, principalmente
usado como óleos para compressores e como óleos refrigerantes.

Os óleos aromáticos não são mais utilizados por envolver questões de risco a saúde
humana.

Os óleos sintéticos são desenvolvidos pelo homem, em laboratórios e em refinarias.


Diferentes tipos de moléculas são também utilizados na fabricação dos óleos
sintéticos. Os óleos sintéticos são feitos a partir da síntese de pequenas moléculas até
a formação de grandes moléculas dando assim suas características.

Algumas bases sintéticas: A polialfaolefina é geralmente aplicada para equipamentos


móveis, possui boa estabilidade em diferentes temperaturas e também em relação à
oxidação.

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Outra base sintética é o Diester, normalmente usado como óleo de compressor e
refrigerante. Possui excelente estabilidade em diferentes temperaturas e tem boa
estabilidade à oxidação.
Temos também o Polialquileno Glicol, conhecido como poliglicol, que é solúvel em
água, o tornando facilmente biodegradável. Por ter esta característica, este tipo de
óleo sintético é usado em aplicações marítimas, mineradoras e instalações onde haja
água.

As bases vegetais são provenientes de sementes e, portanto, seu refino depende de


cada semente utilizada.
São usados principalmente em locais onde haja risco de contaminação evitando riscos
ambientais.

Exercícios:

Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.


1. ( ) A presença de ar em um sistema pode diminuir o processo de oxidação do
óleo.
2. ( ) O ponto de fulgor do óleo é a temperatura na qual uma chama de ignição irá
inflamar gases voláteis no óleo e logo em seguida a chama produzida se
extinguirá.
3. ( ) Os óleos parafínicos são os mais utilizados dentro da categoria de óleos
minerais.
4. ( ) Os óleos sintéticos são provenientes de sementes.
5. ( ) A polialfaolefina (PAO) é uma base sintética.
6. ( ) Os óleos vegetais são provenientes do petróleo.

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RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS:

Exercício PG 10:

1. V – A prevenção e controle de contaminação nos fluidos hidráulicos faz parte das


Boas Práticas de Lubrificação.
2. V – O programa de troca de filtros de óleo e filtros de respiro de baixa eficiência
por outros de altas eficiências e performances, faz parte das Boas Práticas de
Lubrificação.

3. F – A inspeção termográfica dos painéis de controle elétrico das máquinas NÃO faz
parte das Boas Práticas de Lubrificação, pois ainda que seja uma técnica preditiva
utilizada como complemento da lubrificação, fazem parte dos controles
elétricos, portanto, se aplicam à manutenção elétrica.

4. F – A troca rápida e eficiente dos rolamentos que quebram frequentemente por


causa de contaminantes no óleo NÃO se apresentam como Boas Práticas de
Lubrificação. Realizar a substituição de componentes que falham de forma
rápida e eficientemente é um ponto favorável, no entanto se um componente da
máquina está quebrando com frequência por causa de contaminação é um
indício de necessidade de uma solução que atinja a causa raiz do problema, ou
seja, avaliar a necessidade de ações que tornem a lubrificação mais eficaz como,
por exemplo, o uso de um lubrificante de alta performance ou melhorar o
controle da contaminação dos lubrificantes. Por tal motivo não é uma boa
prática de Lubrificação Avançada.

5. F – A aplicação da mesma quantidade e tipo de graxa em todos os rolamentos


ainda de diferentes tamanhos, para padronizar e simplificar os procedimentos de
trabalho Não se apresentam como Boas Práticas de Lubrificação. É necessário
padronizar a aplicação das graxas, no entanto não podemos colocar a mesma
quantidade de graxa e o mesmo tipo de graxa para diferentes aplicações sem
uma prévia e minuciosa avaliação, pois poderíamos colocar em risco
componentes e equipamentos que possuem fatores de trabalho diferentes entre
si.

6. V – Faz parte das Boas Práticas de Lubrificação

7. V – A organização e limpeza do Almoxarifado central da empresa, onde são


recebidos os lubrificantes e todos os demais insumos de planta faz parte das Boas
Práticas de Lubrificação, pois ainda que seja uma área geral na qual se
manuseiam diferentes materiais e equipamentos, necessita da aplicação de
procedimentos específicos para a armazenagem dos lubrificantes, filtros,
acessórios bem como dos componentes a serem instalados nas máquinas como,
por exemplo, os rolamentos, portanto é importante a aplicação de boas práticas
de organização e limpeza.

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8. V – Faz parte das Boas Práticas de Lubrificação.

Exercícios PG 12:

1. A respeito dos componentes que se lubrificam no motor de combustão interna:


 Cilindros e mancais planos – Verdadeiro;
 Mancais planos ou buchas e rolamentos – Verdadeiro;
 Engrenagens, rolamentos, buchas do eixo de cames – Verdadeiro;
 Engrenagem hipoidais. Não existem engrenagens hipoidais nos motores.
Falamos que essas existem fundamentalmente em diferenciais automotivos –
Falso.

2. Novamente devemos indicar no próximo exercício, se é verdadeira ou falsa cada


uma das seguintes expressões:
 Existem em geral os mesmos tipos de engrenagem em aplicações de uso
automotivo e nas aplicações de uso industrial”. A resposta é Verdadeira pois,
os principais tipos de engrenagens são similares em qualquer segmento, seja
ele industrial ou automotivo. Podem ser diferentes engrenagens, diferentes
tamanhos e materiais, mas os tipos de engrenagens são os mesmos;
 Somente se lubrificam cilindros nos compressores – É Falsa. Vimos que nos
compressores vários componentes são lubrificados e não somente os cilindros
nos alternativos, mas também temos buchas, mancais planos, rolamentos,
em alguns casos, nos compressores de parafuso temos também engrenagens.
 Existem engrenagens a lubrificar em alguns tipos de compressores - Portanto É
Verdadeiro.
 Não se lubrificam cilindros em sistemas hidráulicos. É Falso porque os cilindros
possuem partes internas e externas (como articulações) a serem lubrificadas.

Exercícios PG 19:

1. Neste exercício solicitamos as unidades de medição de viscosidades então são:


Centipoise e Centistoke, portanto letras A e B. A letra C mencionam ISO VG ou
SAE, que são padrões e não unidades.

2. Indique V se verdadeiro ou F se falso:

a) Os graus de ISO VG, SAE de motor e AGMA são sistemas precisos de medição
da viscosidade. É FALSO porque não são sistemas de medição e sim padrões
adotados internacionalmente para facilitar a comunicação entre fabricantes
vendedores e consumidores. É muito mais fácil falar ou solicitar um
lubrificante SAE 15W40, do que solicitar um lubrificante que tenha
Especificações de Centipoises a menos 20% e Centistokes a 100 graus Celsius.
Seria muito complexo. Os padrões servem para simplificar a comunicação.

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b) Todo óleo SAE 50 é menos viscoso que um SAE 90. É FALSO, já que um óleo
SAE 50 muitas vezes pode estar na mesma faixa de viscosidade de um SAE 90.
c) Um óleo com viscosidade de 162 Centistokes a 40 graus Celsius é ISO VG 150.
Esta afirmação É VERDADEIRA porque a faixa de ISO VG150, é de menos 10%
a mais 10% do valor de referência, e 150 mais 10% dá 165, portanto 162 está
dentro da faixa.
d) É desejável um alto índice de viscosidade nos óleos lubrificantes, pois mantém
uma melhor película lubrificante numa faixa de temperatura maior. É
VERDADE.

3. Temos que para lubrificantes industriais a temperatura de referencia para


medição de viscosidade cinemática em Centistokes é 40 graus Celsius.

4. Para lubrificantes automotivos a temperatura de referencia para medição de


viscosidade cinemática é 100 graus Celsius.

Exercícios PG 22:

1. A resposta certa é a letra B, uma mudança física já que fisicamente a viscosidade


de um óleo pode se tornar maior ou menor dando aquela aparência mais fina ou
grossa do óleo como comentado anteriormente.
2. A resposta certa é: O oxigênio presente no ar reage com o óleo desta forma, o
oxidando.
3. A resposta certa é: A água dissolvida é imperceptível, portanto somente testes
laboratoriais poderão detectar sua presença.
4. A resposta certa é: O índice de acidez indica o nível de aditivação no óleo novo.

Exercícios PG 23:

 A primeira sentença é falsa, pois vimos que o oxigênio presente no ar acelera o


processo de oxidação.
 A segunda sentença é verdadeira. Como mencionado o ponto de fulgor é a
temperatura na ocorre a combustão dos os gases voláteis produzidos pelo óleo
lubrificante, porém a chama se extingue após a ignição.
 A terceira sentença também verdadeira, pois como vimos os óleos parafínicos são
os mais utilizados na categoria de óleos minerais.
 A quarta sentença e falsa, pois os óleos vegetais são provenientes de sementes.
 A quinta sentença é verdadeira, pois vimos que a polialfaolefina é uma base
sintética,
 A sexta sentença é falsa, pois são os óleos minerais que são provenientes do
petróleo.

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TABELAS COMPLEMENTARES

PADRÃO DE VISCOSIDADE ISO VG

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PADRÃO DE VISCOSIDADE AGMA

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PADRÃO DE VISCOSIDADE – SAE PARA MOTORES

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PADRÃO DE VISCOSIDADE – SAE PARA ENGRENAGENS

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