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Cálculo Aplicado

Instrutor: HERNANNY JHONY


Aula 1: Operaçõ es bá sicas
• Operações com números decimais: Eles são formados por
uma parte inteira e outra parte decimal, sendo que os
números que estão do lado esquerdo da vírgula compõem a
parte inteira, e os que estão à direita representam a parte
decimal. Vejamos um exemplo:

• Quando desejamos realizar operações de adição ou de


subtração, devemos nos lembrar de que a parte inteira deve
somar ou subtrair apenas com outra parte inteira, do mesmo
modo a parcela decimal deve ser operada com a outra que
também é decimal. Para evitar enganos, é recomendável que
façamos o algoritmo colocando sempre a vírgula embaixo de
outra vírgula. Vejamos alguns exemplos:
Nas operações acima, temos alguns “zeros” em
vermelho. Isso aconteceu porque nem sempre todos os
números terão a mesma casa de números decimais e, a
fim de melhorar nossos cálculos, devemos preencher
com zeros os espaços vazios à direita.
• Em se tratando de multiplicação, não há a necessidade de
colocarmos vírgula embaixo de vírgula. Devemos realizar a
multiplicação da forma tradicional, mas devemos lembrar que
é necessário unir a quantidade de casas decimais. Por
exemplo, o caso da multiplicação de 0,075 por 0,001. Ao
fazermos a multiplicação normalmente, desconsiderando a
vírgula, obtemos o resultado 75, mas o primeiro número tem
três algarismos após a vírgula, e o segundo, três algarismos.
Portanto, a resposta é 0,000075. Vejamos alguns exemplos:
• Para realizar a divisão entre números decimais, é necessário
que ambos tenham a mesma quantidade de números após a
vírgula. Para isso, acrescentamos zeros ao fim do número até
que consigamos igualar a quantidade de casas decimais. Feito
isso, desconsideramos as vírgulas e realizamos a divisão.
• Operações com frações:
O segredo para resolução dos cálculos que envolvem os
números fracionários não está presente apenas na
observância das suas partes, mas também nas possibilidades
de trabalhar com os seus diferentes tipos, a exemplo
as frações mistas e impróprias.

Adição: Para encontrar a solução desta operação com fração, o


primeiro passo é deixar os denominadores dos números
fracionários envolvidos iguais. Nos casos em que isso já
ocorre, só é necessário executar a soma de todos os
numeradores e manter o denominador comum.
• Para os denominadores diferentes, é preciso fazer alguns
cálculos para converter as frações em denominadores de igual
valor. Para tal objetivo, basta escolher como denominador o
resultado do mínimo múltiplo comum, considerando todos os
denominadores presentes na operação com fração.
• Para as chamadas frações mistas, aquelas em que estão
presentes uma a parte inteira e outra fracionada, é preciso
fazer a conversão da fração mista em fração imprópria,
aquela que possui o numerador maior ou igual ao
denominador.

Subtração: Na hora de fazer a subtração de frações ou diferença


de frações, a regra do mesmo denominador segue validada.
Multiplicação: Na multiplicação, os denominadores
envolvidos não precisam ser igualados, pois esta operação
com fração é feita de forma mais simples, através
da multiplicação dos numerados da sentença. A mesma
metodologia é usada para os denominadores das frações.
Divisão: A divisão, última das quatro operações aritméticas
básicas, é realizada por meio da troca das frações que podem
ser divididas, mudando de posição o numerador pelo
denominador e fazendo a multiplicação dos novos objetos da
operação com fração.
Lembrete: No caso de sentenças com múltiplas operações,
a multiplicação e a divisão têm prioridade sobre a adição e a
subtração. É obrigatório fazer primeiro as multiplicações,
divisões e por último as somas e subtrações.
Aula 2: Aula de exercícios
Aula 3: A matemá tica dentro do
motor

https://www.youtube.com/watch?v=Ul1XuiJE0Dw
Cá lculo de cilindrada
Para o cálculo da cilindrada é necessário conhecer:

•Raio dos cilindros (R) - em centímetros;


•O curso dos pistões (h) - em centímetros;
•O número de cilindros (n).

A fórmula que deve ser utilizada para o calculo é:

V = R² x π x h x n

Onde: π = 3,1416
V = volume (cc)

Fonte: Ciclo Atkinson: maior eficiência, mas menor potência – Best Cars (uol.com.br)
Cá lculo de taxa de compressã o
A taxa de compressão é a relação entre o volume de mistura aspirada
pelo pistão que está dentro do cilindro somado ao pequeno volume da
câmara de combustão que será posteriormente comprimido no
pequeno espaço da câmara de combustão no segundo tempo do
motor.
Tc = ( Vc + Vcc ) / Vcc

O índice resultante expressado na forma numérica, como exemplo,


10:1 ou 12:1 onde se lê dez para um ou doze para um deve ser
entendido como um volume total que foi dividido em partes do valor
igual o volume da câmara de combustão e essas divisões podem ser
comprimidas em apenas uma parte que é o próprio espaço da câmara
de combustão.
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
Fonte: Taxa De Compressão Do Motor | Autos - Cultura Mix
Aula 4: Tudo que seu motor precisa
Cá lculo de relaçã o estequiométrica
A maioria dos processos industrias de combustão utiliza o ar ambiente
como fonte de fornecimento de oxigênio para a combustão.

Composição química do ar:

Qualquer combustível convencional requer, de acordo com sua


composição, uma quantidade específica e calculável de oxigênio.
Menos do que essa quantidade vai produzir combustão incompleta e
portanto perda de calor potencial. Mais do que essa quantidade, gera
perdas excessivas de gás de combustão e da temperatura.
Exemplo:
O metano, constituinte principal do gás natural, pode ser escrita a
equação de combustão:

Proporção teórica de ar/combustível em relação a massa:

Resposta: 17,24:1
Proporção teórica de ar/combustível em relação a volume:

Resposta: 9,52:1

Tal mistura quimicamente correta é uma mistura estequiométrica.


Sonda Lambda, monitorando o teor de
Oxigênio

Fonte: Sonda Lambda: o que é, para que serve e tudo mais sobre esse sensor (uol.com.br)
Função: Detectar a concentração de oxigênio nos gases de
escape, compará-la ao ar que está localizado internamente na
sonda (ar de amostragem), e por meio de pulsos elétricos,
informar a ECU - Electronic Control Unit - se há excesso ou falta
de oxigênio, para que a mesma faça as devidas alterações na
proporção da mistura Ar/Combustível. O sistema trabalha nesse
ciclo, monitorando e corrigindo, sempre buscando a mistura ideal,
este ciclo é chamado de Malha Fechada.
Fonte: Para que serve e como funciona a sonda lambda? | Quatro Rodas (abril.com.br)
Quando a concentração de oxigênio é baixa, caracterizando
mistura rica, a tensão enviada pela sonda é alta, λ<1;
 Quando a concentração de oxigênio é alta, caracterizando
mistura pobre, a tensão enviada pela sonda é baixa, λ>1;
 Quando a concentração de oxigênio é igual a
concentração do ar amostral, neste caso sendo mistura ideal,
a tensão enviada pela sonda gira em torno de 500mV, λ=1.
OBS.: Com o motor funcionando, a sonda já começa a enviar sinais para a
ECU, o sensor só consegue enviar sinais verdadeiros depois dos 300°c, por
isso, a ECU ignora o sinal do sensor até que o motor atinja sua
temperatura de funcionamento.

O tempo de vida útil deste sensor é indeterminado, mas


você pode contribuir para o seu bom funcionamento
abastecendo em postos de confiança, realizando a
manutenção preventiva no tempo certo e utilizando o
óleo especificado pelo fabricante
Aula 5: Força ou Potência?
Torque
É essa força que faz o veículo sair da inércia, arrancar e
vencer ladeiras íngremes sem que você precise efetuar
muitas trocas de marchas.
Cada veículo tem uma faixa ideal de rotação do motor onde
o torque surge com maior intensidade. Veículos mais
pesados, como ônibus e caminhões, precisam de muito
torque para sair do lugar.
No Sistema Internacional (SI) de Unidades, a unidade de
torque é o Newton-metro (N.m), já no Brasil, a unidade mais
comum é o quilograma força metro (kgf.m). As unidades de
torque têm obrigatoriamente dois componentes coligados:
força e distância.
Fonte: Desconhecida

Por que seu MOTOR tem CAVALOS? - YouTube


É importante entender que o motor produz torque a partir
da combustão da mistura ar-combustível, que gera uma
grande pressão, e faz os pistões se deslocarem e
movimentarem as manivelas dispostas como mostra na
figura abaixo.

Fonte: POTÊNCIA E TORQUE: Aulas de Física (webnode.com)


Quando se aperta um parafuso como o da roda,
exerce-se um torque, que é a força aplicada na chave
de roda multiplicada pela distância entre o ponto
onde se aplica a força e o parafuso. Dobrando essa
distância e mantendo a força, o torque dobra. Ou
então, para produzir o mesmo torque anterior, a força
só precisa ser a metade.
No Brasil, as unidades mais utilizadas para o
torque são: N.m (Newton-metro) e kgf.m
(quilograma-força-metro). Nos manuais dos
veículos vendidos no Brasil se utiliza mais essa
última. A relação entre essas duas unidades é:

1 Kgf.m = 9,8 N.m

http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-
sobre-torque-uma-chave-roda.htm
Potência
• A potência de um motor é definida como o trabalho
realizado numa unidade de tempo. A potência é
calculada pela seguinte fórmula:

Onde:
• = potência, expressa em cv, PS, HP, Watts
• F = intensidade da força atuante, expressa em kgf,
lbf, J
• d = distância perpendicular entre o eixo e a direção
a força, em m, pés
• t = tempo, em h, min, s
• Ao contrário do torque, a potência depende da rotação do
motor, ou seja, nas rotações mais altas alcança-se uma maior
potência até um ponto em que, mesmo aumentando-se a
rotação, a potência passa a diminuir.

Fonte: Desconhecida
Unidades de potência

•cv – cavalo vapor (Brasil)


•PS – pferdes tärke (Alemanha)
•HP – horse Power (USA)
•W – watt (adotado pelo Sistema Internacional de Unidades)
• Potência específica
Potência específica é como se expressa a relação entre
potência (cv) e cilindrada de um motor (l). Motores de
potência específica elevada costumam ter como
inconveniente a falta de torque, ou força, em baixa rotação.
Ex.: O antigo Vectra GSi extraía 150 cv do motor 2-litros (75
cv/l) e motores de superesportivos com turbo ultrapassam
os 150 cv/l, como o Ferrari F40 (3 litros biturbo, 478 cv e
159,3 cv/l).

• Potência efetiva
A potência efetiva é estimada em função do torque e da
rotação no volante do motor. Esses parâmetros são obtidos,
segundo normas da ABNT, em equipamentos denominados
dinamômetros.
A potência está ligada à velocidade final que o automóvel pode
chegar. Então, quanto mais cavalos de potência o veículo tiver, mais
rápido ele será.

•Relação peso/potência
Pegue o peso do veículo em quilogramas (Kg) e divida-o pela potência
do motor em cavalos-vapor (cv).
Assim, no caso de um Chevrolet Onix 1.0, você terá:

1011 Kg / 80 cv = 12,63 Kilo por cv

Isto quer dizer que cada cavalo de potência do Onix em questão


carregará um pouco mais que 12 quilos.

A relação peso potência está ligada diretamente com o consumo de


combustível...
Relaçã o peso potência de carro popular 1.0
Chevrolet Onix – 12,63
Chevrolet Prisma – 12,85
Fiat Mobi – 11,77
Fiat Uno – 13,11
Fiat Argo – 14,35
Ford Ka – 11,84
Ford Ka+ Sedan – 12,02
Hyundai HB20 – 12,37
Hyundai HB20S – 12,62
Nissan March – 12,33
Nissan Versa – 13,71
Renault Sandero – 12,32
Renault Logan – 12,42
Renault Kwid – 10,82
Volkswagen Gol – 11,20
Volkswagen Voyage – 11,87
Volkswagen Fox – 12,82
Volkswagen Up – 11,24
• Potência elétrica
A quantidade de energia fornecida a uma lâmpada, por
exemplo, depende tanto da tensão como da corrente. Quando
ligamos uma lâmpada a uma bateria, a intensida­de da luz que
ela produz depende tanto da quantidade de elétrons que
passam pelo filamento como da velocidade com que eles
fazem isso, ou seja, da força com que eles são empurrados.
Definimos então a potência elétrica co­mo uma grandeza
diferente da tensão e corrente. A potên­cia é a quantidade de
energia por segundo, e é medida em Watts (W). Para calcular
a potência, multiplicamos a corrente pela tensão.

Potência (W) = tensão (V) x corrente (A)


Veja agora como tudo isso funciona num carro, por exemplo:

Uma lâmpada de 24 Watts ligada em 12V ao ser ligada "puxa" uma


corrente de 2 A pois 24 W = 2 x 12.

Para termos os mesmos 24 W numa bateria de 6 V, a corrente


precisaria ser 4 A.

Quanto maior a corrente mais grosso deve ser o fio que a conduz. Por
este motivo, os fios do motor de partida de um carro são mais grossos
do que os fios usados para alimentar as lâmpadas, por exemplo.

Portanto, existem vantagens na utilização de tensões maiores nos


circuitos, os fios podem ser mais finos e as perdas no fio são menores
devido a resistência.
Aula 6: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, .... e ré
Cá lculo de relaçõ es de transmissã o
• Engrenagens e polias são utilizadas para transmitir movimento
de um eixo rotativo para outro.

A relação de transmissão pode ser calculada:

 Engrenagens

Fonte: Engrenagem: Quais são os seus tipos e aplicações? [Guia Completo] (acoplastbrasil.com.br)
Onde:
n1= rpm do eixo motor
n2= rpm do eixo movido
z1= número de dentes do eixo motor
z2= número de dentes do eixo movido
 Polias

R= QUANTIDADE DE DENTES DA ENGRENAGEM


MOVIDA / QUANTIDADE DE DENTES DA ENGRENAGEM
MOTORA
Onde:
d1 = diâmetro da polia motora
d2 = diâmetro da polia movida
n1= número de rotações por minuto (rpm) da polia motora
n2 = número de rotações por minuto (rpm) da polia movida
Vamos praticar...
1) Um motor que possui uma polia de 160mm de diâmetro
desenvolve 900rpm e move um eixo de transmissão cuja
polia tem 300mm de diâmetro. Calcule a rotação do eixo.

2) Uma polia tem 10cm de diâmetro. Sabendo que a polia


movida tem 30cm de diâmetro e desenvolve 1200rpm,
calcule o número de rpm que a polia motora desenvolve.

3) Se a polia motora gira a 240rpm e tem 50cm de diâmetro,


qual será o diâmetro da polia movida se ela desenvolver
uma rotação de 600rpm?
Cá lculo de velocidade relativo a relaçã o de marchas,
perímetro do pneu e rotaçã o
do motor
Sabendo que a potência e o torque produzidos pelo motor são
entregues pelo volante do motor, então são necessários
componentes que recebam esse torque e rotação do motor e os
transmitam para as rodas motrizes. O sistema de transmissão
executa essa função se aproveitando do atrito entre o volante
do motor e o disco de embreagem, da redução ou multiplicação
do torque motriz através de engrenagens, e finalmente
alterando a direção desse torque em 90° para que seja
transmitido as rodas. Nesta última ação, o torque sofre sua
última redução, para então ser enviado as rodas com as devidas
variações de rotação (velocidade).

https://www.youtube.com/watch?v=yYAw79386WI
Exemplo:

1) Determine a relação de transmissão em cada marcha e o


número de voltas da roda sendo a rotação do motor 1000 rpm.

Marcha Número de Número de Relação de Voltas da roda


dentes da dentes da transmissão por 1.000 rpm do
engrenagem engrenagem motor
motora movida
Ré 19 41

Primeira 19 44

Segunda 25 46

Terceira 32 42

Quarta 33 33

Quinta 43 35

Diferencial 17 66
2) Utilizando as informações do exemplo 1, calcule a velocidade
do veículo, em Km/h e m/s, considerando 4000 rpm no motor e
um pneu 205/55 16 R.

Marcha Velocidade em km/h

Primeira

Segunda

Terceira

Quarta

Quinta
Dado:
Aula 7: Cá lculo de pressã o
Pressão pode ser definida como a intensidade de
uma força atuante F numa determinada área S.
• A fórmula para calcular a Pressão é a seguinte:

Onde:
 F = é a força exercida (em N)
 S = é a área (m²)

A unidade do SI é Pascal (Pa) equivale a N/m². Através da


fórmula acima é possível perceber que quanto menor a
área, maior será a pressão exercida pela força.
Aula 8: Conversã o de unidades de
medida
 Comprimento

 Área
 Volume

 Capacidade
 Massa

 Tempo
 Temperatura

 Pressão
http://www.warme.com.br/files/conversao_unidade_pressao.pdf

 Potência
Tabela disponível no slide 32.
 Torque
 Tensão, corrente e resistência elétrica

 Outras
Aula 9: Cá lculo de consumo de
combustível

Onde:
•CM = consumo médio
•S = distância percorrida em quilômetros
•v = quantidade de combustível utilizada em litros
Aula 10: Cá lculo do custo por km/rodado
Valor por KM rodado = (custo fixo + custo variável) / pelo total
de quilômetros rodados)

O principal conceito para definir se um custo é fixo ou variável é


bem simples: Se o veículo ficar parado, este custo irá existir e
será igual usando o não usando o veículo?
Se a resposta for sim, o custo é fixo. Caso contrário, o custo é
variável.

Obs.: Na falta de dados dos valores de peças e de mão de obras para


os serviços, estima-se que este custo gire em torno de 10% a 12% do
valor atual do veículo, por ano.

https://blog.expenseon.com/reembolso-de-quilometragem-aprenda-a-calcular-o-km-
rodado-para-reembolso/

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