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Fundamentos de

Projeto Arquitetônico
Profa. Me. Nathalia da Mata
Profa. Me Nathalia da Mata Mazzonetto Pinto

• Mestre em Arquitetura e Urbanismo (U.P. Mackenzie)


• Especialista em Arquitetura e Engenharia Civil (FECFAU Unicamp)
Atuação:
• Graduação em Arquitetura e Urbanismo (U.P. Mackenzie)
• Técnica em Design de interiores (ETEC de Artes, Centro Paula Sousa)
• Arquiteta concursada da Diretoria de Obras
da Prefeitura de Franco da Rocha – SP.
• Docente nas graduações de arquitetura e
Currículo Lattes urbanismo e engenharia civil.
http://lattes.cnpq.br/0254435396504723 • Pesquisa em Arquitetura e Plan. Urbano
Sustentável
LinkedIN
https://www.linkedin.com/in/nathalia-da-mata/
Cronograma
(sujeito à alteração)

08 nov. –

22 nov. –

29 nov. -
ESTUDO DE CASO
OBJETIVOS DESTE TEMPLATE
Criar um caderno de projeto que apresente de forma concisa um projeto arquitetônico escolhido para estudo de caso. Segue
abaixo as orientações que devem ser seguidas;

• Selecione um Projeto Arquitetônico RESIDENCIAL de sua preferência e certifique que tenha disponível plantas e detalhes técnicos do mesmo nas suas fontes de pesquisa;

• Siga o escopo apresentado em cada uma das 03 pranchas, lendo com atenção o que é solicitado e busque inserir todas as informações exigidas.

• Utilize das ferramentas que tenha domínio ou que queira explorar para trabalhar as imagens e layout. Seja criativo;

• Esse template é um modelo, fique livre para criar a sua estrutura respeitando as exigências do trabalho. Utilize cores, fontes e demais detalhes que considere importante para
enriquecer a apresentação das pranchas. Porém, obrigatoriamente, cada prancha deverá conter todos os itens solicitados no modelo;

• Caso o projeto escolhido tenha diversas plantas com o mesmo layout, selecione os que considere importante. Exemplo: Edifício com 10 pavimentos idênticos: selecione um dos
andares para trazer as informações exigidas.

• Insira o número das folhas (FOLHA 1, FOLHA 2 e FOLHA 3) conforme está disposto na parte superior de cada prancha; Não inverter a ordem das folhas;

• O trabalho deve se limitar obrigatoriamente em apenas as 03 pranchas em A3;

• Separar imagens em boa qualidade para inserir nas pranchas. Redimensione e cuidado para não esticar a imagem e perder qualidade. Pressione o SHIFT para redimensionar
mantendo sua proporção.

• Deve ser entregue apenas um único arquivo PDF com as 03 pranchas. Não iremos avaliar mais de 01 arquivo.

as AS´s da disciplina somarão 1,00 ponto e os outros 3,00 pontos serão relativos a esta atividade.

Bom trabalho!

ARQUITETURA E
URBANISMO
Fundamentação de Projeto
Arquitetônico
INSERIR O NOME DO PROJETO * Organize as folhas e informações exigidas, otimizando conforme a
necessidade de espaço.
PRANCHA 01 ** Utilize a criatividade e as ferramentas que possua domínio.

• FICHA TÉCNICA • PLANTA DE SITUAÇÃO • CROQUIS E/OU MAQUETE • CROQUIS E/OU MAQUETE

Deverá ser apresentada um ficha A planta de situação contendo as Inserir imagem da maquete Inserir imagem da maquete
técnica do projeto, que conterá os informações de localização do volumétrica do projeto, 3d ou volumétrica do projeto, 3d ou
dados principais; ano de terreno, onde o projeto está situado croquis. croquis.
construção, arquitetos envolvidos, em relação ao seu entorno. Visão 2d
área total, além das principais em vista aérea.
características;

• IMPLANTAÇÃO • PLANTAS ARQUITETÔNICAS • PLANTAS ARQUITETÔNICAS

Inserir a planta da vista superior do projeto, Planta Baixa de todos os pavimentos do projeto; Planta Baixa de todos os pavimentos do projeto;
apresentando a ocupação do projeto no lote, contendo as informações de escala e setorizando os contendo as informações de escala e setorizando os
contendo informações complementares e mais ambientes. ambientes.
detalhadas de muros, caminhos, acessos, *Essa setorização pode ser realizada com cores e *Essa setorização pode ser realizada com cores
topografia, etc. legendas. e legendas.

• CRIAÇÃO DO CARIMBO
Utilize esse espaço para criar o carimbo com as suas informações pessoais (Nome, Curso, Disciplina, Professor, Data, Número da Folha, etc)
INSERIR O NOME DO PROJETO * Organize as folhas e informações exigidas, otimizando conforme a
necessidade de espaço.
PRANCHA 02 ** Utilize a criatividade e as ferramentas que possua domínio.

• PLANTA COBERTURA • ELEVAÇÃO • ELEVAÇÃO

Inserir a planta de cobertura do projeto; parte Inserir planta de elevação/ fachadas do projeto. Inserir planta de elevação/ fachadas do projeto.
superior da edificação (telhado). Identifique qual dos lados do projeto está Identifique qual dos lados do projeto está
sendo representado. sendo representado.

• ELEVAÇÃO • ELEVAÇÃO/ CORTE • CORTE

Inserir planta de elevação/ fachadas do projeto. Inserir a planta de elevação ou corte do projeto.. Inserir corte.
Identifique qual dos lados do projeto está sendo Busque um corte longitudinal/ transversal. O Busque um corte longitudinal/ transversal. O
representado. sentido de visualização deve estar indicado na sentido de visualização deve estar indicado na
planta baixa, bem como a sua localização. planta baixa, bem como a sua localização.

• CRIAÇÃO DO CARIMBO
Utilize esse espaço para criar o carimbo com as suas informações pessoais (Nome, Curso, Disciplina, Professor, Data, Número da Folha, etc)
INSERIR O NOME DO PROJETO * Organize as folhas e informações exigidas, otimizando conforme a
necessidade de espaço.
PRANCHA 03 ** Utilize a criatividade e as ferramentas que possua domínio.

• ESTRUTURAS, MATERIAIS E • PERSPECTIVA INTERNA • PERSPECTIVA INTERNA


ACABAMENTOS Inserir perspectiva interna do projeto. Podendo ser fotos Inserir perspectiva interna do projeto. Podendo ser fotos
Inserir informações de detalhamentos reais e imagens em 3D. reais e imagens em 3D.
estruturais, materiais e acabamentos Comente referente ao que está sendo Comente referente ao que está sendo
utilizados no projeto. Busque imagens e apresentado nessas imagens. apresentado nessas imagens.
escreva sobre o que você destacou.

• PERSPECTIVA EXTERNA • PERSPECTIVA EXTERNA • CONSIDERAÇÃOES FINAIS

Inserir perspectiva externa do projeto. Inserir perspectiva externa do projeto. Faça uma análise sobre o seu estudo de
Imagens do projeto em sua época de construção a partir Imagens do projeto em sua época de construção a partir caso, apontando as avaliações que
da pesquisa efetuada; imagens da situação atual, etc. da pesquisa efetuada; imagens da situação atual, etc. conseguiu realizar durante a pesquisa e a
Comente referente ao que está sendo apresentado nessas Comente referente ao que está sendo apresentado estruturação das pranchas. Pode se
imagens. nessas imagens. levantar argumentos sobre a obra e
apontamentos pessoais que julga ser
importante.

Finalize essa prancha com uma


conclusão do seu estudo de caso.

• CRIAÇÃO DO CARIMBO
Utilize esse espaço para criar o carimbo com as suas informações pessoais (Nome, Curso, Disciplina, Professor, Data, Número da Folha, etc)
Sugestão de leitura

Saber ver a Arquitetura

Bruno Zevi (1918-2000) foi


um crítico, escritor, ensaísta,
arquiteto e urbanista italiano,
conhecido sobretudo como
historiador e crítico da
arquitetura modernista.
“ Todos aqueles que, ainda que fugazmente, refletiram sobre esse tema,
sabem que o caráter essencial da arquitetura – o que a distingue das
outras atividades artísticas – está no fato de agir com um vocabulário
tridimensional que inclui o homem. A pintura atua sobre duas dimensões, a
despeito de poder sugerir três ou quatro delas. A escultura atua sobre três
dimensões, mas o homem fica de fora, desligado, olhando do exterior as
três dimensões. Por sua vez, a arquitetura é como uma grande escultura
escavada, em cujo interior o homem penetra e caminha.


ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 17
MASP
https://masp.org.br/exposicoes/acervo-em-transformacao

The Bearer Irma, Vik Muniz


https://www.culturagenial.com/vik-muniz-obras/
MASP
https://masp.org.br/exposicoes/acervo-em-transformacao

The Bearer Irma, Vik Muniz


https://www.culturagenial.com/vik-muniz-obras/
Parque do Emissário Submarino, Santos, 2008.
https://www.institutotomieohtake.org.br/o_instituto/interna/emissario-
de-santos

Ruína Brasílis, Adriana Varejão


Amilcar de Castro, sem título, 2000. Foto: E. Eckenfels https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2
021/05/adriana-varejao-retrata-brasil-de-
https://www.inhotim.org.br/item-do-acervo/amilcar-de-castro/
bolsonaro-como-carne-seca-em-nova-
york.shtml
Parque do Emissário Submarino, Santos, 2008.
https://www.institutotomieohtake.org.br/o_instituto/interna/emissario-
de-santos

Ruína Brasílis, Adriana Varejão


Amilcar de Castro, sem título, 2000. Foto: E. Eckenfels https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2
021/05/adriana-varejao-retrata-brasil-de-
https://www.inhotim.org.br/item-do-acervo/amilcar-de-castro/
bolsonaro-como-carne-seca-em-nova-
york.shtml
Fundação Iberê Camargo / Alvaro Siza, Porto Alegre SESC Pompeia, Lina Bo Bardi, São Paulo
https://www.archdaily.com.br/br/01-2498/fundacao-ibere-camargo-alvaro-siza https://live.apto.vc/sesc-pompeia-que-predio-e-esse/
Fundação Iberê Camargo / Alvaro Siza, Porto Alegre SESC Pompeia, Lina Bo Bardi, São Paulo
https://www.archdaily.com.br/br/01-2498/fundacao-ibere-camargo-alvaro-siza https://live.apto.vc/sesc-pompeia-que-predio-e-esse/
ELEMENTOS MÍNIMOS
➢ Não possui forma, mas significado.

➢ Possui comprimento. ARESTA

➢ ÁREA, FACE

➢ Possui vértices, encontro de arestas.

➢ Deslocamento do plano.

➢ VOLUME, SÓLIDO GEOMÉTRICO


VOLUME
“ Quando queremos construir uma casa, o arquiteto nos apresenta uma
perspectiva de uma das vistas exteriores e possivelmente outra da sala de
estar. Depois apresenta nos plantas, fachadas e seções, isto é , representa o
volume arquitetônico, decompondo-o nos planos que o encerram e o dividem:
paredes exteriores e interiores , planos verticais e horizontais.
Do uso desses métodos representativos, utilizados nos livros técnicos de
história da arquitetura, ilustrado nos textos populares de história Da arte com
fotografias, provem, em grande parte, a nossa falta de educação espacial.


ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
“ Na verdade, a planta de um edifício nada mais é do que uma projeção abstrata no
plano horizontal de todas as suas paredes, uma realidade que ninguém vê a não
ser no papel, cuja única justificativa depende da necessidade de medir as
distancias entre os vários elementos da construção, para os operários que devem
executar materialmente o trabalho. as fachadas e as seções longitudinais,
interiores exteriores , servem para medir as alturas.
Mas a arquitetura não provém de um conjunto de larguras, comprimentos e
alturas dos elementos construtivos que encerram o espaço, mas precisamente do
vazio, do espaço encerrado, do espaço interior em que os homens andam e vivem.
em outras palavras, utilizamos como representação da arquitetura a
transferência a prática que o arquiteto faz das medidas que a definem para o uso
do construtor.


ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
“ É óbvio que uma poesia é algo mais do que um grupo de belos versos (...) quem
quer se iniciar no estudo da arquitetura deve, antes de mais nada, compreender
que uma planta pode ser abstratamente bela no papel (...) E no entanto o edifício
pode resultar arquitetura altamente pobre.
O espaço interior (...) não pode ser representado perfeitamente em nenhuma forma,
que não pode ser reconhecido e vivido a não ser por experiência direta, é o
protagonista do fato arquitetônico. tornamo-nos senhores do espaço, saber “vê-lo”,
constitui a chave que nos dará a compreensão dos edifícios.
(...) Em cada edifício, o continente é o invólucro mural, o conteúdo é o espaço
interior.


ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
“ Um pintor parisiense em 1912 fez o seguinte raciocínio: eu vejo e represento um
objeto, por exemplo uma caixa ou uma mesa; vejo de um ponto de vista e faço o
seu retrato nas suas 3 dimensões a partir desse ponto de vista. Mas se girar a
caixa nas mãos, ou caminhar ao redor da mesa, a cada passo muda o meu ponto de
vista, e para representar o objeto desse ponto devo fazer uma nova perspectiva.
Consequentemente, a realidade do objeto não se esgota nas 3 dimensões da
perspectiva; para possuí-la integralmente eu deveria fazer um número infinito de
perspectivas dos infinitos pontos de vista. Existe, pois, outro elemento além das 3
dimensões tradicionais, e é precisamente o deslocamento sucessivo do ângulo
visual. Assim designou-se o tempo, “quarta dimensão”.


ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

Em arquitetura, existe o mesmo elemento “tempo “, ou melhor , esse elemento é
indispensável a atividade da construção (...) todas as obras de arquitetura, para
serem compreendidas e vividas, requerem o tempo da nossa caminhada, a quarta
dimensão.
(...) Dizer, como é hábito, que arquitetura é a edificação “Bela “ e a não-arquitetura
a edificação “feia “ não tem qualquer sentido esclarecedor, porque o Belo e o feio
são relativos e porque, de qualquer maneira , seria necessário dar antes uma
definição analítica da edificação, recomeçando de certo modo do princípio.
a definição mais precisa que se pode dar atualmente da arquitetura é a que leva
em conta o espaço interior. A Bela arquitetura será a arquitetura que tem um
espaço interior que nos atrai, nos eleva, no subjuga espiritualmente; arquitetura
feia será aquela que tem um espaço interior que nos aborrece e nos repele. O
importante, porém , é estabelecer que tudo o que não tem espaço interior não é a
arquitetura.


ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
High Trestle Trail Bridge / RDG Planning & Design, Novo México, Estados Unidos
https://www.archdaily.com/792420/high-trestle-trail-bridge-rdg-planning-and-design?ad_medium=gallery

Podem surgir aqui 2 graves equívocos que não só anulariam o valor do
raciocínio precedente, Mas tornaria o mesmo ridículo a interpretação
espacial da arquitetura. são eles :
1) que experiência espacial arquitetônica só é possível no interior de um
edifício, ou seja, que o espaço urbanístico praticamente não existe ou
não tem valor;
2) que o espaço não somente é protagonista arquitetura, mas esgota a
experiência arquitetônica, e que , por conseguinte, a interpretação
espacial de um edifício é suficiente como instrumento crítico para julgar
uma obra de arquitetura .
esses equívocos devem ser imediatamente dissipados.


ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
ATÉ A
PRÓXIMA!

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