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ÁLVARO ALVES

INFORMAÇÕES GERAIS
EMENTA

• Função e importância do desenho.


• Instrumentos, materiais e normas técnicas aplicadas ao
desenho.
• Razão e proporção de objetos.
• Principais vistas do objeto.
• Convenções básicas do Desenho Técnico.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Normas técnicas e materiais de desenho;
• Traçado de linhas (à mão livre) e caligrafia técnica;
• Traçado de linhas (com os materiais de desenho);
• Noções de desenho geométrico (traçado geométrico);
• Normas técnicas (formatos, legendas, linhas, cotagem, escalas);
• Projeções ortogonais (sistema europeu), vistas principais;
• Perspectiva isométrica e cavaleira;
• Cortes.
AVALIAÇÕES E FALTAS
• AULAS: 14/11 a 01/12 – 9 aulas;

• Nº DE FALTAS: 2;

• AVALIAÇÃO: TRABALHO + PROVA = OU > 7 (APROVADO)

• ATIVIDADE VALENDO 2 PONTOS NA PROVA

• EXERCÍCIOS PARA CASA CONTABILIZAM PONTUAÇÃO NA NOTA DO TRABALHO


INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• Nós pensamos graficamente
Exemplo:
“...A Peça que quero construir é um prisma
que tem de lado 100mm, ao centro existe um
vazadura cilíndrica, com 20mm de diâmetro.
Todo afastamento de 0,1mm acima da cota
nominal de 20mm e 0,2mm abaixo da mesma
serão considerados fora da tolerância e por
isso não serão operacionais. Em relação ao
furo de 20mm é tolerado um desvio simétrico
da cota nominal com um valor não superior a
0,05mm. As faces de objeto devem ser
controladas, assim a tolerância geométrica
será admitida para o paralelismo entre as
faces...” (Aline Feller)
INTRODUÇÃO
• Nós pensamos graficamente
Exemplo:
“...A Peça que quero construir é um prisma
que tem de lado 100mm, ao centro existe um
vazadura cilíndrica, com 20mm de diâmetro.
Todo afastamento de 0,1mm acima da cota
nominal de 20mm e 0,2mm abaixo da mesma
serão considerados fora da tolerância e por
isso não serão operacionais. Em relação ao
furo de 20mm é tolerado um desvio simétrico
da cota nominal com um valor não superior a
0,05mm. As faces de objeto devem ser
controladas, assim a tolerância geométrica
será admitida para o paralelismo entre as
faces...” (Aline Feller)
INTRODUÇÃO
O desenho é uma forma de linguagem usada pelos artistas. Desenho técnico é
usado pelos projetistas para transmitir uma idéia de produto, que deve ser feita
da maneira mais clara possível.

Mesmo preso por procedimentos e regras, um desenho técnico necessita que o


projetista use sua criatividade para mostrar, com facilidade, todos os aspectos da
sua idéia, sem deixar dúvidas.

Do outro lado, uma pessoa que esteja lendo um desenho deve compreender seus
símbolos básicos, que são usados para simplificar a linguagem gráfica, permitindo
que haja o maior número de detalhes possível.
HISTÓRIA DO DESENHO
• Desenhos existem desde a pré-história

• Desenho de ideogramas: a origem da escrita

• Desenhos “técnicos” de Leonardo Da Vinci,


Brunelleschi e outros inventores e arquitetos

Hieróglifos Pinturas renascentistas


HISTÓRIA DO DESENHO
REPRESENTAÇÃO BIDIMENSIONAL DE OBJETOS
❖ Giuliano de Sangalo (1490), Biblioteca do Vaticano:
▪ PLANTA E ELEVAÇÃO

❖ Gaspar Monge (1765), França:


• necessidade de construir fortalezas → criação da
GEOMETRIA DESCRITIVA:
▪ correspondência entre o plano e o espaço
▪ projeções ortogonais
HISTÓRIA DO DESENHO
• Primeiras normas técnicas (século XIX):
– Revolução industrial → necessidade de padronizar a forma de
utilização da geometria descritiva como linguagem gráfica de
engenharia e arquitetura → nasce o desenho técnico
– cada país tinha seu próprio sistema de normas → falta de
uniformidade
• Normas ISO (após a II Guerra):
– Uniformização das normas de desenho técnico
• Normas de desenho no Brasil:
– Editadas pela ABNT
– Adaptações das normas ISO
HISTÓRIA DO DESENHO
• Normas de desenho no Brasil:
– Editadas pela ABNT
– Adaptações das normas ISO

NBR
NORMAS ABNT
• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL
• NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO
• NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES,
• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO
• NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS
• NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA
• NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS
• NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
• NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS
• NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS
• NBR 8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS TÉCNICOS
• NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
• NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS
• NBR 6492 – REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA
DESENHO ARTÍSTICO X TÉCNICO
O desenho artístico é uma das principais bases para as outras
formas de artes visuais que conhecemos. Como mencionado na
introdução, se trata de uma forma de expressar sensações e
emoções.
Com ele, além de criar esses sentimentos, também conseguimos
exercitar a criatividade, criar ideias, fazer críticas, etc.
Desta forma, o desenho artístico não tem obrigação de seguir
padrões pré estabelecidos, embora para desenhar qualquer
coisa seja necessário ter um mínimo de conhecimento sobre os
fundamentos do desenho.
Isto é, para desenhar artisticamente e, mais do que isso, evoluir
na sua habilidade, você terá, sim que dominar algumas técnicas.
Mas na hora de decidir o que desenhar, é a sua criatividade
quem manda.
DESENHO ARTÍSTICO X TÉCNICO
A principal diferença entre desenho artístico e técnico é que o
desenho técnico, como o próprio nome já sugere, é um desenho
que, obrigatoriamente, deve seguir técnicas, pois, ao contrário
do desenho artístico, ele não é feito para expressar
sentimentos.

Afinal, um desenho técnico, geralmente é usado como base


para projetos de Arquitetura, Engenharia e também de
Urbanismo, além de outras áreas.

Dessa forma, não seguir padrões e normas poderia resultar em


erros inaceitáveis, capazes de comprometer todo o projeto.
Inclusive, o desenho técnico possui suas normas que o rege
documentadas e estabelecidas pela ABNT — Associação
Brasileira de Normas e Técnicas.
CLASSIFICAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO
• QUANTO AO ASPECTO GEOMÉTRICO
✓ PROJETIVO
✓ NÃO PROJETIVO

• QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO


✓ ESBOÇO
✓ CROQUI
✓ DESENHO PRELIMINAR
✓ DESENHO DEFINITIVO

• QUANTO AO GRAU DE PORMENORIZAÇÃO


✓ DESENHO DE COMPONENTE
✓ DESENHO DE CONJUNTO
✓ DESENHO DE DETALHES
QUANTO AO ASPECTO GEOMÉTRICO
• PROJETIVO

Abrange aqueles desenhos, cujo objetivo é a


demonstração da forma e das medidas
proporcionais dos objetos.
É representada por meio de vistas ortográficas e
perspectivas. Ex.: Projetos de fabricação de
máquinas e equipamentos; projetos e construção
de edificações de vários tipos, envolvendo detalhes
elétricos, arquitetônicos, estruturais, etc.; Projetos
para construção de rodovias, aterros, drenagem,
barragens, açudes, etc.; Projetos planialtimétricos e
topográficos; desenvolvimento de produtos
industriais; projetos paisagísticos; dentre outros.
QUANTO AO ASPECTO GEOMÉTRICO
• PROJETIVO
QUANTO AO ASPECTO GEOMÉTRICO
• NÃO PROJETIVO

Compreendem os gráficos e diagramas resultantes


de cálculos algébricos. Este tipo de desenho não
representa nenhuma importância direta para esta
disciplina.
QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO
• ESBOÇO
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios
iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto,
servir ainda à representação de elementos existentes ou à
execução de obras.
• CROQUI
Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado
normalmente à mão livre e contendo todas as informações
necessárias à sua finalizada
• DESENHO PRELIMINAR
Representação gráfica empregada nos estágios intermediários
da elaboração do projeto, sujeita ainda a alterações e que
corresponde ao anteprojeto
• DESENHO DEFINITIVO
Desenho integrante da solução final do projeto, contendo
os elementos necessários à sua compreensão
QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO
• ESBOÇO
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios
iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto,
servir ainda à representação de elementos existentes ou à
execução de obras.
• CROQUI
Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado
normalmente à mão livre e contendo todas as informações
necessárias à sua finalizada
• DESENHO PRELIMINAR
Representação gráfica empregada nos estágios intermediários
da elaboração do projeto, sujeita ainda a alterações e que
corresponde ao anteprojeto
• DESENHO DEFINITIVO
Desenho integrante da solução final do projeto, contendo
os elementos necessários à sua compreensão
QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO
• ESBOÇO
Representação gráfica aplicada habitualmente aos
estágios iniciais de elaboração de um projeto,
podendo, entretanto, servir ainda à representação de
elementos existentes ou à execução de obras.
• CROQUI
Desenho não obrigatoriamente em escala,
confeccionado normalmente à mão livre e contendo
todas as informações necessárias à sua finalizada
• DESENHO PRELIMINAR
Representação gráfica empregada nos estágios
intermediários da elaboração do projeto, sujeita ainda
a alterações e que corresponde ao anteprojeto
• DESENHO DEFINITIVO
Desenho integrante da solução final do projeto,
contendo os elementos necessários à sua
compreensão
QUANTO AO GRAU DE PORMENORIZAÇÃO
• DESENHO DE COMPONENTE

• DESENHO DE CONJUNTO

• DESENHO DE DETALHES
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• LAPISEIRA E BORRACHA
• RÉGUA
• PAR DE ESQUADROS
• COMPASSO
• TRANSFERIDOR
• ESCALÍMETRO
• PAPEL MILIMETRADO
• PRANCHETA DE DESENHO A4
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• LAPISEIRA E BORRACHA
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• RÉGUA
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• PAR DE ESQUADROS
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• COMPASSO
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• TRANSFERIDOR
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• ESCALÍMETRO
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• PAPEL MILIMETRADO
INSTRUMENTOS E MATERIAIS
• PRANCHETA DE DESENHO A4
REVISÃO
REVISÃO GEOMETRIA
• A geometria plana é a área da matemática que estuda as figuras
planas, iniciando-se nos conceitos primitivos de ponto, reta e plano,
e, com base neles, desenvolvendo-se até a construção das figuras
planas, com o cálculo de suas respectivas áreas e perímetros.

• Os conceitos da geometria plana é base para a geometria espacial,


porém, a diferença entre ambas é que a primeira é bidimensional, e
a segunda, tridimensional.
CONCEITOS DA GEOMETRIA PLANA
• A construção da geometria plana, conhecida também como
geometria euclidiana, deve-se aos conceitos básicos de ponto, reta
e plano e às construções realizadas com base nesses elementos
primitivos.
• Vale ressaltar que não existe definição para ponto, reta e plano, e,
por isso, são conhecidos como elementos primitivos, porém todos
nós conhecemos esses elementos de forma intuitiva.
CONCEITOS DA GEOMETRIA PLANA
• Pontos: são sempre representados por letras maiúsculas do nosso
alfabeto.
CONCEITOS DA GEOMETRIA PLANA
• Retas: são sempre representadas por letras minúsculas do nosso
alfabeto.
CONCEITOS DA GEOMETRIA PLANA
Com base na ideia que temos de reta, lembrando que ela é ilimitada,
ou seja, infinita para os dois lados, surgem os conceitos de semirreta e
segmento de reta.
• Semirreta: é parte de uma reta que possui início, mas não possui
fim.
CONCEITOS DA GEOMETRIA PLANA
• Segmento de reta: é um segmento que se encontra entre dois
pontos, ou seja, é limitado tanto no começo quanto no final.
Posição relativa entre ponto e reta
Conhecendo os elementos primitivos, é possível fazermos análise da
posição relativa entre ponto e reta.
Posição relativa entre duas retas
Duas retas podem ser paralelas, concorrentes ou coincidentes.
• Retas paralelas: quando não possuem nenhum ponto em comum. A
representação delas é feita com duas barras t // r (lê-se: t paralela a
r).
Posição relativa entre duas retas
• Retas concorrentes: quando possuem um único ponto em comum.

• Retas coincidentes: quando possuem infinitos pontos em comum, ou seja, elas


são iguais.
Posição relativa entre Segmentos de Reta
Segundo a posição que ocupam no plano, os
segmentos de reta são classificados em:

• Segmentos Consecutivos: quando possuem


um ponto em comum. Na figura abaixo o
ponto em comum é o D.

• Segmentos Colineares: quando os pontos


pertencem à mesma reta. Ou seja, quando
dois ou mais pontos distintos compartilham a
mesma reta.
Posição relativa entre Segmentos de Reta
Segundo a posição que ocupam no plano, os
segmentos de reta são classificados em:

• Segmentos Adjacentes: quando são consecutivos


e lineares. Ou seja, possuem pontos em comum e
por eles passa uma única reta.

• Segmentos Congruentes: quando dois


segmentos apresentam a mesma medida. Na
figura abaixo AB~CD (Lê-se: o segmento AB é
congruente ao segmento CD).
Ponto Médio do Segmento de Reta
O ponto médio de um segmento de reta define o meio do segmento.

No exemplo abaixo podemos ver que M é o ponto médio do segmento de reta


AB, donde AM~MB (Lê-se: o segmento AM é congruente ao segmento MB).
Ângulos
Outro conceito muito importante é o de ângulo. O ângulo é utilizado para medir o
espaço entre duas retas, semirretas ou segmentos de retas. Quando medimos um
ângulo, estamos determinando sua amplitude.

• Ângulo agudo: menor


que 90º

• Ângulo reto: mede


exatamente 90º.
Ângulos
• Ângulo obtuso: maior que
90º e menor que 180º

• Ângulo raso: mede


exatamente 180º.
Ângulos
De acordo com a sua posição, podemos diferenciar os seguintes tipos de ângulos:

• Ângulos adjacentes: os ângulos são


adjacentes quando são consecutivos e
não apresentam pontos internos comuns.

• Ângulos consecutivos: dois ângulos são


consecutivos quando possuem o mesmo
lado comum e um vértice.
Ângulos
De acordo com a sua posição, podemos diferenciar os seguintes tipos de ângulos:

• Ângulos opostos pelo vértice: Estes são


caracterizados por compartilhar o vértice
e porque os lados de um são a extensão
dos lados do outro. Portanto, ângulos
opostos pelo vértice são formados pelo
encontro de duas retas e são congruentes.
Ângulos
Dependendo de sua soma, podemos distinguir os seguintes tipos de ângulo:

• Ângulos suplementares: são aqueles em


que o resultado da soma dos ângulos é de
exatamente 180º

• Ângulos complementares: os ângulos


complementares são aqueles que, quando
somados, resultam em um ângulo de 90º.
Plano
O plano é um conjunto de retas alinhadas e, portanto, também é um conjunto de
pontos. O objeto formado por esse alinhamento de retas é uma superfície plana
que não faz curva e infinita para todas as direções. Em um plano, é possível
desenhar figuras que, além de comprimento, possuem largura.
O plano é representado por uma letra grega (α, β, γ, … ).
Figuras planas
Definimos como figura plana qualquer representação fechada feita no plano, porém existem casos
especiais, conhecidos como polígonos, além da circunferência, que possuem propriedades e
fórmulas que dependem da sua forma.

Polígonos - Dentro das figuras planas, há várias figuras geométricas, algumas são mais conhecidas,
como os quadriláteros, os triângulos, os pentágonos e os hexágonos. Quando a figura é fechada
por segmentos de reta formando ângulos, ela é conhecida como polígono, logo, a união de
segmentos de reta fechados forma as principais figuras planas, conhecidas como polígonos.
Eles são nomeados de acordo com a quantidade de ângulos ou mesmo de lados que possuem, por
exemplo, triângulo (três ângulos), quadrilátero (quatro lados), pentágono (cinco ângulos). Os
polígonos mais comuns são os triângulos e os quadriláteros (quadrado, retângulo, losango e
trapézio).
Os principais cálculos envolvendo os polígonos é o de perímetro, que nada mais é que a soma de
todos os lados da figura, e o de área, que depende da sua forma, ou seja, cada figura terá uma
fórmula para esse cálculo.
Figuras planas (Polígonos)
Figuras planas (Polígonos)

Quadriláteros
Figuras planas (Polígonos)

Quadriláteros
Figuras planas (Circunferência)
Círculo e circunferência - O círculo não é considerado um polígono,
afinal ele não possui lados, mas é uma figura plana de grande
importância. Nele calculamos o que chamamos de comprimento de
circunferência (C), que é análogo à ideia de perímetro, ou seja, o
comprimento do contorno. Também é possível calcular a área.

Chamamos de circunferência o contorno e de círculo toda a região


desde o centro até o contorno.
Figuras planas (Circunferência)
Figuras planas
Geometria Espacial
A Geometria Espacial estuda as figuras espaciais
conhecidas como sólidos geométricos. O cubo, o
cilindro, o cone, as pirâmides, entre outros, são
objetos de estudo da Geometria Espacial.

➢ Espaço
O espaço possui três dimensões. Podemos
representar o espaço quando temos três eixos reais,
um para cada dimensão, como na imagem a seguir:
Principais Figuras da Geometria Espacial

As figuras da Geometria Espacial são conhecidas como


sólidos geométricos. Os sólidos geométricos são divididos
em dois grupos: os poliedros e os corpos redondos.

• Poliedros
Os poliedros são os sólidos geométricos que possuem
faces formadas por polígonos, como o cubo, as pirâmides
e os prismas.
➢ Sólidos de Platão
Os sólidos de Platão são poliedros que possuem todos as faces
congruentes. São classificados como sólidos de Platão o tetraedro,
o hexaedro, o octaedro, o dodecaedro e o icosaedro. Todos esses
cinco sólidos são poliedros regulares, ou seja, possuem arestas e
faces congruentes.
Principais Figuras da Geometria Espacial

• Corpos Redondos
Os corpos redondos são os sólidos geométricos que possuem formas arredondadas. Os principais
corpos redondos são a esfera, o cone e o cilindro.
USANDO OS INSTRUMENTOS E MATERIAIS
PARA TRAÇAR FIGURAS GEOMÉTRICAS

• RETAS
• CIRCUNFERÊNCIAS
• POLIGONOS
• ÂNGULOS
• RETAS PARALELAS E PERPENDICULARES
• MEDIATRIZ
• DIVISÃO DE RETAS EM PARTES IGUAIS
• BISSETRIZ
• RETA TANGENTE A CIRCUFERÊNCIA
• DESENHAR DIFERENTES POLIGONOS EQUILÁTEROS
• ...
EXERCÍCIOS
NORMAS TÉCNICAS
Normas Técnicas

• Em todo o mundo há várias


instituições regulamentadoras
do Desenho Técnico para
produções em série. Porém,
todas padronizadas segundo a
ISO.

• No Brasil a ABNT é a
responsável pela
regulamentação. Onde
determinas várias Normas
Regulamentadoras (NBR).
Normas Técnicas
• NBR 10647: terminologia - termo empregado em desenho técnico. (Visto)
• NBR 8402: execução de caracteres para a escrita em desenho técnico.
• NBR 8403: aplicação de linhas em desenho técnico.
• NBR 10068: folha de desenho – leiaute e dimensões.
• NBR 10582: procedimento – espaço para desenho, texto e legenda no desenho
técnico.
• NBR 13142: dobramento e cópias.
• NBR 8196: emprego de escalas em desenho técnico.
• NBR 10067: princípios gerais de representação em desenho técnico.
• NBR 10126: cotagem em desenho técnico
• NBR 6492: representação de projetos de arquitetura.
• NBR 12228: representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
NBR 8402: Execução De Caracteres Para
A Escrita Em Desenho Técnico
NBR 8402: Execução De Caracteres Para
A Escrita Em Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico

LARGA

ESTREITA
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 8403: Aplicação De Linhas Em
Desenho Técnico
NBR 10068: Folha De Desenho – Leiaute
E Dimensões
NBR 10068: Folha De Desenho – Leiaute
E Dimensões
NBR 10068: Folha De Desenho – Leiaute
E Dimensões
NBR 10582: Procedimento – Espaço Para Desenho,
Texto E Legenda No Desenho Técnico

A legenda é parte
integrante das pranchas
para o desenho técnico.
Cada empresa possui seu
próprio padrão de
legenda. A altura é
variável conforme a
necessidade. Nos
formatos A4, A3 e A2 o
comprimento será de
175mm. Será de 178mm
para os formatos A1 e Ao.
NBR 10582: Procedimento – Espaço Para Desenho,
Texto E Legenda No Desenho Técnico
NBR 10582: Procedimento – Espaço Para Desenho,
Texto E Legenda No Desenho Técnico
NBR 10582: Procedimento – Espaço Para Desenho,
Texto E Legenda No Desenho Técnico
NBR 10582: Procedimento – Espaço Para Desenho,
Texto E Legenda No Desenho Técnico
NBR 10582: Procedimento – Espaço Para Desenho,
Texto E Legenda No Desenho Técnico
NBR 10582: Procedimento – Espaço Para Desenho,
Texto E Legenda No Desenho Técnico
NBR 13142: Dobramento E Cópias

O formato
original
executado
em papel
vegetal ou
papel
manteiga não
deverá ser
dobrado e
sim enrolado
e arquivados
em tubos.
NBR 13142: Dobramento E Cópias
NBR 13142: Dobramento E Cópias
EXERCÍCIOS
ESCALA
Normas Técnicas
• NBR 10647: terminologia - termo empregado em desenho técnico.
• NBR 8402: execução de caracteres para a escrita em desenho técnico.
• NBR 8403: aplicação de linhas em desenho técnico.
• NBR 10068: folha de desenho – leiaute e dimensões.
• NBR 10582: procedimento – espaço para desenho, texto e legenda no desenho
técnico.
• NBR 13142: dobramento e cópias.
• NBR 8196: emprego de escalas em desenho técnico.
• NBR 10067: princípios gerais de representação em desenho técnico.
• NBR 10126: cotagem em desenho técnico
• NBR 6492: representação de projetos de arquitetura.
• NBR 12228: representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
Unidades de Medida de Comprimento
• Entre as unidades de medida de comprimento existentes, a que é
considerada oficial pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) é o
metro. Essa medida apresenta seus múltiplos e submúltiplos. Os
múltiplos do metro são quilômetro (km), hectômetro (hm) e
decâmetro (dam), e os submúltiplos são decímetro (dm),
centímetro (cm) e milímetro (mm).
Múltiplos e Submúltiplos do Metro
Múltiplos e Submúltiplos do Metro
Múltiplos e Submúltiplos do Metro
Exercício de Medida de Comprimento
Transforme os seguintes números para as unidades métricas pedidas:

1. 6 cm para mm
2. 100000 m em Km
3. 580000 cm em Dam
4. 25,10 Hm em dm
5. 100 Km em m
6. 5,50 m em cm
7. 1,2 Km em mm
8. 30 mm em Hm
O QUE É ESCALA?
• Escala é uma relação matemática entre o que é
reproduzido em uma determinada
representação e aquilo que corresponde a um
objeto real.

• Qualquer objeto pode ser relativizado de


maneira escalar. Quando lemos em uma
embalagem de uma miniatura de carro que a
escala dele é 1:10, isto quer dizer que para cada
um centímetro do objeto em miniatura
corresponde a dez centímetros do objeto
original. Portanto, se no objeto original tivermos
espelho retrovisor de 10 centímetros, na
representação em miniatura este objeto terá 1
centímetro.
O QUE É ESCALA?
Para um produto cartográfico, podemos definir a escala como

" (...) relação ou proporção existente entre as distâncias lineares representadas


em um mapa e aqueles existentes no terreno, ou seja, na superfície real“

FITZ, P.R. (2008) p.19

Os Mapas e Cartas têm representações de escala de forma numérica e gráfica,


que representam as proporções dos produtos apresentados.
Fonte: IBGE
Resumo sobre escala cartográfica
• A escala cartográfica é a razão entre as dimensões da superfície real e a sua
representação no plano.
• Serve para a confecção de plantas e de mapas, além de indicar o quanto uma
área foi reduzida para que pudesse ser representada graficamente na
superfície plana.
• A escala cartográfica é um elemento obrigatório dos mapas.
• Existem dois tipos de escala: gráfica e numérica.
• O cálculo da escala é feito da seguinte maneira: E = d/D, sendo: d = dimensões
no mapa; D = dimensões reais, no terreno.
Tipos de Escalas
• As escalas cartográficas podem ser expressas de duas diferentes maneiras:
gráfica ou numérica.
Tipos de Escalas
Escala gráfica: é representada por meio de uma reta graduada em
centímetros que indica a relação entre as distâncias reais e as
distâncias no mapa. No caso da escala gráfica, as distâncias reais
podem estar indicadas em qualquer unidade de medida: metros,
quilômetros, centímetros. A sua leitura sempre será da mesma forma:
cada centímetro no mapa representa uma distância x no terreno.
Tipos de Escalas

Tomemos como exemplo a escala do


mapa do Brasil produzido pelo IBGE que
aparece na figura. A escala gráfica indica
que cada centímetro representado no
mapa corresponde a 250 km na
superfície real. Dois centímetros são
equivalentes a 500 km, três centímetros
são 750 km na realidade, e assim
sucessivamente.

Fonte: IBGE.
Tipos de Escalas
Escala numérica: indica a proporção entre as medidas no mapa e as medidas na
superfície real. Diferentemente da escala gráfica, na numérica, as dimensões reais
são sempre expressas em centímetros. Veja, a seguir, alguns exemplos de escala
numérica:
• 1:5000 = indica que cada centímetro do mapa corresponde a 5000 centímetros no terreno, o
que seria equivalente a 50 metros.
• 1:50.000 = nessa escala, cada centímetro no mapa corresponde a 50.000 centímetros na
realidade, ou 0,5 quilômetro.
• 1:5.000.000 = cada centímetro no mapa representa 50 quilômetros na realidade.
• 1:25.000.000 = é a escala numérica do mapa do Brasil que apresentamos acima. Cada
centímetro no mapa corresponde a 25 milhões de centímetros na realidade, ou 250
quilômetros.
Tipos de Escalas
A designação completa de uma escala deve consistir
na palavra “ESCALA”, seguida da indicação da
relação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural;

b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);

c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).


NBR - 8196
Tipos de Escalas
Tipos de Escalas
Com a criação do escalímetro, e sua colocação no mercado pelas indústrias de
instrumentos para Desenho, o uso das escalas se tornou ainda mais fácil. Esta
ferramenta traz impresso em seus dorsos as escalas de maior uso. Para os desenhos
de Arquitetura, o Escalímetro triangular, possui as escalas de redução: 1:20, 1:25,
1:50. 1:75, 1:100, 1:125, todas expressas em Metro.
Calculando Escala Numérica
O cálculo da escala cartográfica pode ser feito por meio de uma regra de três simples. É comum,
entretanto, nos basearmos na seguinte fórmula matemática:

𝒅
𝑬 =
𝑫

• E = escala;
• d = distância no mapa;
• D = distância na superfície real.
Calculando Escala Numérica
Exemplo 2: No mapa do Brasil, com escala 1:25.000.000, a distância, em linha reta, entre as cidades de Manaus e Goiânia é
de 8 centímetros. Qual é a distância real entre as duas capitais?
Diferentemente do exemplo anterior, nesse caso já sabemos qual é a escala do mapa

Diante disso, temos que:


E = 1:25.000.000
d = 8 cm 1 8
=
D=? 25000000 𝐷

D = 8 X 25000000
𝒅
𝑬 =
𝑫 D = 200.000.000 cm

Convertendo o valor encontrado, temos que a distância real, em linha reta, entre Manaus e
Goiânia é de 2000 quilômetros.
Calculando Escala Numérica
DIMENSÃO DO DESENHO (d) ESCALA (E) DIMENSÃO REAL (D)

20 mm 2 cm

23 mm 1:2 mm

125 mm 25 mm

2:1 6 mm

30 mm 1:5 mm

40 mm 8 mm

3 mm 1 : 50 m
Exercícios de Escala
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
A transposição de elementos do espaço para superfícies bidimensionais é denominada de projeção. Esse
esquema é a principal forma de representação em Desenho Técnico e Engenharia.
A teoria projetiva é o fundamento das informações básicas necessárias para a representação da forma. Na
expressão gráfica usam-se dois métodos fundamentais de representação da forma:

• (1) Vistas ortográficas, que consistem em um conjunto de duas ou mais vistas separadas, de um objeto,
tomadas de diferentes posições, geralmente em ângulo reto entre si e dispostas em relação umas com as
outras, de um modo definido. Cada vista mostra a forma do objeto desde uma direção particular e o
conjunto das vistas descreve o objeto em sua totalidade. Usa-se somente a projeção ortográfica. Por
constituírem um meio de descrever a forma exata de qualquer objeto, as vistas ortográficas são
empregadas na maioria dos trabalhos de Engenharia.
• (2) Perspectivas, onde o objeto é representado no sentido da profundidade e projetado sobre um único
plano. Usam-se tanto a projeção ortográfica quanto a projeção oblíqua e a projeção em perspectiva.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
• Visando à elaboração de um sistema de desenho que representasse o objeto em perspectiva,
de tal forma que suas linhas principais pudessem ser diretamente medidas, foram imaginados
vários métodos diferentes, projetivos ou convencionais, de desenho em um plano, nos quais a
terceira dimensão é demonstrada pelo deslocamento do objeto de maneira a mostrar suas três
dimensões ou pelo emprego da projeção oblíqua. O conhecimento desses métodos de desenho
e da projeção em perspectiva é extremamente conveniente, uma vez que seu uso é muito
vantajoso.
• Detalhes mecânicos ou estruturais que não ficam claros em vistas ortográficas podem ser
desenhados em perspectiva ou ilustrados com vistas perspectivas suplementares. As vistas em
perspectiva podem ser convenientemente utilizadas em ilustrações técnicas, desenhos para
registro de patentes, esboços, projetos hidráulicos, e assim por diante. Os métodos
perspectivos também são úteis para a realização de esboços à mão livre, e esta é uma das
razões mais importantes para aprendê-los.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
• Tanto o desenho em perspectivas como o desenho através de vista se valem da
projeção para fazer suas representações. A diferença é que no desenho em
perspectiva o observador de um único ponto de observação consegue ver as
três dimensões da peça. Já utilizando vistas, para cada vista o observador se
posiciona em um ponto diferente e em cada vista vê apenas duas dimensões.

• Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a


interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento
específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para
representar formas espaciais.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
A Figura ao lado está exemplificando a representação de
forma espacial por meio de figuras planas, donde se pode
concluir que:
• Para os leigos a figura é a representação de três quadrados.
• Na linguagem gráfica do desenho técnico a figura
corresponde à representação de um determinado cubo.
Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do
desenho bidimensional é possível entender e conceber
mentalmente a forma espacial representada na figura plana.
Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho
técnico, é necessário enxergar o que não é visível e a
capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma
figura plana, chamada visão espacial.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
ELEMENTOS DE PROJEÇÃO

Seus elementos principais podem ser vistos na figura ao lado:


A) A posição do observado, denominada centro da projeção;
B) O objeto a ser observado;
C) Os raios projetantes;
D) O plano a ser representado;
E) A projeção do objeto.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
CLASSIFICAÇÕES DAS PROJEÇÕES

A perspectiva é um tipo especial de projeção, na


qual é possível a projeção dos três eixos
dimensionais em um espaço bidimensional.
Os sistemas de projeções são classificados em
função da distância do centro projetivo ao plano
de projeção e da direção dos raios projetantes
em relação a este plano.
O centro projetivo é próprio quando sua
distância ao plano de projeção é mensurável. Assim, a perspectiva é classificada em projeções cilíndricas
Quando a distância do centro projetivo ao plano (também chamadas de paralelas) e projeções cônicas (também
de projeção é imensurável, o centro projetivo é chamadas de centrais), contendo subcategorias que
impróprio.
especificaremos adiante.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
Projeção Cônica
TIPOS DE PROJEÇÕES O observador se encontra a uma distância finita do
plano de projeção; ocorre a formação de superfície
cônica pelos raios projetantes.
Nunca terá verdadeira grandeza (V.G.).
• Cônica ou central

Oblíqua

• Cilíndrica ou paralela
Ortogonal
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
Projeção Cilíndrica
TIPOS DE PROJEÇÕES O observador se encontra uma distância infinita do plano
de projeção; ocorre a formação de superfície cilíndrica
pelos raios projetantes: Pode ter verdadeira grandeza,
(V.G.) desde que as superfícies dos objetos estejam
• Cônica ou central paralelas ao plano de projeção então se projetam com a
mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, em
“verdadeira grandeza”
Oblíqua

• Cilíndrica ou paralela
Ortogonal
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
Projeção Cilíndrica Obliqua
TIPOS DE PROJEÇÕES
Os raios projetantes não são perpendiculares ao
plano de projeção.
• Cônica ou central

Oblíqua

• Cilíndrica ou paralela
Ortogonal
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
Projeção Cilíndrica Ortográficas
TIPOS DE PROJEÇÕES
Os raios projetantes são perpendiculares do
plano de projeção.
• Cônica ou central Esta é a forma de projeção adotada pelo desenho
técnico.

Oblíqua

• Cilíndrica ou paralela
Ortogonal
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
COMPARAÇÃO ENTRE PERSPECTIVAS

Na primeira representação foi usada


uma técnica de projeção cônica,
enquanto na segunda foi usada uma
técnica de projeção cilíndrica.
Embora as duas representações sejam
projeções bidimensionais de uma
situação tridimensional, a primeira nos
parece mais familiar. Isso se dá pelo fato
de que a projeção cônica está mais
próxima a como nossos olhos veem.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
CAIXA ENVOLVENTE

A utilização da caixa envolvente é uma técnica muito útil quando se trabalha com representações em geral.
Ela consiste em imaginarmos o objeto que queremos desenhar dentro de uma caixa, mas não de uma caixa
qualquer. Essa caixa também pode ser chamada de ortoedro auxiliar, ortoedro envolvente, ou ainda, de
paralelepípedo de referência.
A caixa envolvente possui características que facilitam a visualização espacial do objeto, são elas:

1. Todas as suas arestas são paralelas a algum dos três eixos coordenados x, y e z, largura, profundidade e
altura, respectivamente;
2. Possui faces retangulares;
3. As faces formam ângulos retos umas com as outras;
4. As faces opostas são iguais entre si
PROJEÇÕES ORGOGONAIS
Caixa envolvente
É muito importante que ortoedro envolva o objeto completamente e, além disso, que fique bem “colada” ao objeto, de modo
que possibilite a coincidência de faces e arestas do objeto com faces do ortoedro. Dessa maneira, o ortoedro de referência seria
a MENOR CAIXA POSSÍVEL capaz de conter o objeto que queremos desenhar.
Muitas vantagens podem ser vistas quando usamos o ortoedro de referência:

1. O ortoedro é um objeto simples de ser desenhado;


2. O uso do ortoedro faz com que possamos controlar quais faces queremos mostrar,
porque primeiro decidimos como fica o desenho do ortoedro e só então colocamos o
objeto dentro dele;
3. Como o ortoedro possui todas as suas arestas paralelas a um dos três eixos
coordenados, é fácil fazer uma correlação entre as medidas do objeto e as medidas do
ortoedro;
4. Qualquer objeto pode ser colocado, ou imaginado, dentro de um ortoedro,
especialmente os objetos com faces curvas ou muito detalhadas. Quanto mais detalhado
é o objeto mais precisamos do ortoedro de referência.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA

A perspectiva cavaleira é um tipo de projeção cilíndrica oblíqua na qual o objeto tem uma face
paralela ao quadro (plano de projeção) em seu tamanho real. As demais faces sofrem distorções, e
suas linhas projetantes estão a um ângulo de inclinação θ do plano de projeção. Usualmente
adota-se ângulos de inclinação de 30°, 45° e 60°.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA

O coeficiente de redução K pode assumir diversos valores e visa a reduzir as distorções causadas
pela natureza cilíndrica, melhorando a sua representação. Conhecido o ângulo θ e o coeficiente de
redução K, pode-se traçar a perspectiva cavaleira.

Conclui-se que quanto maior a inclinação


de θ, maior será a deformação da peça.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA (posição dos eixos
coordenados e das faces do objeto)

Ao pensarmos que tudo a nossa volta possui três


dimensões facilitamos a transposição do objeto real
para o objeto desenhado no papel. Dessa maneira
teremos o eixo das larguras, o eixo x; o eixo das
profundidades, o eixo y e o eixo das alturas, o eixo z.
Quando tomamos como referência os eixos
coordenados temos uma base para todo o desenho.
Isso porque saberemos então que, no desenho,
todas as larguras da peça ficarão paralelas entre si, A face que contém o número um do dado é a FACE SUPERIOR
todas as profundidades ficarão paralelas entre si e do objeto. A face que contém o número dois é a FACE
todas as alturas também ficarão paralelas entre si. FRONTAL. E a face que contém o número três é a FACE
LATERAL DIREITA.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA (posição dos eixos coordenados e das faces do objeto)

Quando os eixos coordenados são desenhados, como na figura anterior, é possível perceber alguns aspectos
particulares desse tipo de Perspectiva Cilíndrica Cavaleira. O primeiro deles é a manutenção da
ortogonalidade entre os eixos x e z. Essa característica confere à perspectiva cilíndrica cavaleira um aspecto
importante que é o fato dos ângulos e medidas contidas na face frontal e posterior do ortoedro de
referência manter suas verdadeiras grandezas (VG), isto é, as medidas do desenho são iguais às medidas do
objeto real.
É por essa razão que se diz que na Perspectiva Cilíndrica Cavaleira as faces paralelas ao plano de projeção
estão em VG. Já as outras faces sofrem algum tipo de deformação.
Na cavaleira, as três faces que serão visualizadas na perspectiva dependem da posição e direção em que o
eixo y se projeta nos quatro quadrantes.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA (posição dos eixos coordenados e
das faces do objeto)

Na cavaleira o eixo y pode se projetar em quatro posições básicas. Em


cada uma das quatro posições poderemos ver uma combinação de
três faces. No caso da Perspectiva Cilíndrica Cavaleira a face frontal,
que fica paralela ao plano de projeção, SEMPRE é mostrada. Esta é,
em geral, a principal face da peça. Usualmente, são mostradas as três
faces que contêm mais detalhes ou as três que melhor definem o
objeto. Sendo assim, podemos ter apenas as seguintes combinações:
• Frontal, lateral direita e superior;
• Frontal, lateral esquerda e superior;
• Frontal, lateral direita e inferior; Observação: Existe uma diferença entre FACES e
VISTAS. A face pertence ao objeto, enquanto que a vista
• Frontal, lateral esquerda e inferior. é própria do ortoedro de referência.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA (Método Construtivo)

O traçado da perspectiva cavaleira de uma peça requer, inicialmente, as vistas ortográficas, o


ângulo θ e o coeficiente de redução K.
Estabelecidas as linhas de terra e de fuga, verifica-se o correto posicionamento da perspectiva
mediante observação das vistas. O objeto deve ser colocado com o contorno irregular paralelo ao
plano do quadro, facilitando o traçado da superfície. Isto representa uma vantagem da perspectiva
cavaleira sobre a isométrica em termos práticos.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA (Método Construtivo)

Abaixo temos um exemplo de exercício de perspectiva cavaleira, onde foi dado as vistas
ortográficas da peça em 1º diedro, k = ½, θ = 45°.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA (Método Construtivo -
Ortoedro de referência na cavaleira)

A primeira face do ortoedro desenhada (que se


projeta em verdadeira grandeza) geralmente é a
mais importante ou a que mostra mais detalhes. Se
chamarmos essa face de face frontal ou de frente,
um modo prático de escolher a direção da cavaleira
em função das outras duas faces que queremos
mostrar é a seguinte:
Imagine que cada lado do contorno da face de frente
corresponde a uma face.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA CAVALEIRA (Método Construtivo
- Ortoedro de referência na cavaleira)

Se quiser mostrar as faces superior e direita,


comece a desenhar a projeção da espessura do
ortoedro a partir do vértice de interseção das
retas correspondentes a essas faces,
escolhendo o ângulo α entre as retas mostradas
na Figura 2.6.b. Para mostrar outras faces veja
o vértice inicial nas Figura 2.6.c, 2.6.d e 2.6.e.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
EXERCÍCIO PARA TREINAR

Considerando a peça ao lado e suas respectivas


medidas, determine:
a) Sua projeção em Cavaleira no 3º Quadrante, com
k=1/2 e ϴ sendo proporcional segundo a tabela.

b) Sua projeção em Cavaleira no 1º Quadrante, com


k=1, e ϴ=30°.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
EXERCÍCIO PARA TREINAR

Considerando a peça ao lado em projeção


ortográfica, determine sua projeção cavaleira,
considerando que:
• O Ortoedro que envolve essa peça tem altura,
profundidade e largura de 6 cm.
• As vistas apresentadas ao lado são, em ordem,
Frontal, Lateral Esquerda e Superior.
• O coeficiente de redução, será de k=1/3, e o
ângulo de inclinação será ϴ=60°
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
Projeção Ortogonal

Na projeção cilíndrica ortogonal as projetantes partem


do infinito e têm direção ortogonal em relação ao plano
de projeção, formando com o plano um ângulo de 90º.

➢ Perspectiva Axonométrica
A perspectiva axonométrica é amplamente usada no
campo da engenharia devido à simplicidade de
construção, e ao fato de proporcionar imagens
semelhantes às da perspectiva exata quando o ângulo
visual desta é igual ou inferior a 30°.
A aplicação mais usual da axonometria é na perspectiva
de instalações hidráulicas e na de peças, em que o
problema de medidas é fundamental.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

Essa perspectiva se dá quando os três ângulos projetados no plano são iguais entre si – de 120°. O método
isométrico é mais fácil de desenhar e tem a nítida vantagem de ser mais fácil de cotar, comparando ao
dimétrico e trimétrico, sendo assim uma das formas mais utilizadas.
A grande vantagem em adotarmos este tipo de projeção é a facilidade com relação a sua construção: se tem
apenas linhas paralelas em na construção, todas em verdadeira grandeza.
Na perspectiva Isométrica os três eixos no espaço (x, y, z) estão igualmente inclinados em relação ao plano de
projeção. Assim, os eixos axonométricos fazem o mesmo ângulo e o coeficiente de redução nas três escalas
iguais. Portanto a escala axonométrica é 1:1:1.
É comum a posição, no papel, do eixo Z na vertical, representando a escala das alturas. Para o traçado das
demais direções (eixos X e Y), que fazem ângulo de 30° com a direção horizontal, utiliza-se um esquadro.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

Para a construção de um objeto utilizando a projeção


isométrica simplificaremos os seguintes passos:
• Traçar as duas linhas opostas a 30° da linha base;
• traçar uma linha saindo do ponto perpendicular a
linha base;
• traçar paralelas de todas as linhas e colocar as
medidas em VG nelas.
• A partir daí, o processo é sempre traçar paralelas
às linhas de 30° e à de 90°, colocando a medida real
nas respectivas linhas
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

Para desenhar as linhas com 30° comece desenhando uma reta vertical e posicione os esquadros
como indicado na Figura ao lado. Desloque o esquadro de 30° na direção da seta e desenhe a reta
destacada.
Em seguida, posicione os esquadros como indicado na mesma figura e desenhe a reta destacada.
Determine a altura, a largura e a espessura da peça de acordo com os eixos coordenados e
complete o ortoedro traçando as paralelas indicadas.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
EXERCÍCIO PARA TREINAR

Considerando a peça ao lado em projeção


ortográfica, determine sua projeção isométrica,
considerando que:
• O Ortoedro que envolve essa peça tem altura,
profundidade e largura de 6 cm.
• As vistas apresentadas ao lado são, em ordem,
Frontal, Lateral Esquerda e Superior.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
A perspectiva cilíndrica ortográfica é resultado da projeção de objetos tridimensionais, segundo as
regras do chamado sistema mongeano. Tal sistema tem como arcabouço teórico a geometria
descritiva, que é considerada a parte da matemática que tem como finalidade “representar no
plano as figuras do espaço, de modo a podermos, com o auxílio da geometria plana, estudar suas
propriedades e resolver os problemas relativos às mesmas” (MACHADO, 1976, p. 11).

CARACTERIZAÇÃO DA PERSPECTIVA CILÍNDRICA ORTOGRÁFICA

Aa representações de objetos em perspectiva se diferenciam em função de dois aspectos:


1. Posição do ortoedro de referência em relação ao plano de projeção;
2. Tipo de projeção.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
No caso da perspectiva cilíndrica ortográfica, o objeto é projetado em pelo menos dois planos de
projeção, diferentemente da perspectiva cilíndrica cavaleira e do desenho isométrico, onde a
projeção é realizada somente em um plano de projeção. Por essa razão o método mongeano
também é chamado de “método da dupla projeção ortogonal”.
É possível afirmar ainda que:
• A posição do ortoedro de referência em relação a cada um dos planos de projeção é a
seguinte: pelo menos uma das faces do ortoedro de referência tem que estar paralela ao plano
de projeção, e;
• O tipo de projeção da perspectiva cilíndrica ortográfica é a CILÍNDRICA ORTOGONAL, o que
significa que o observador está localizado a uma distância que tende ao infinito, o que, por sua
vez, tem como consequência o fato das retas projetantes serem paralelas entre si.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
O método desenvolvido por Monge consiste, primeiramente, na divisão do espaço por meio de dois planos
de projeção, um vertical e outro horizontal. Fazendo uma analogia às linhas imaginárias do Planeta Terra é
como se o plano horizontal passasse exatamente na Linha do Equador dividindo o espaço em dois
semiespaços, um meridional ou sul e outro setentrional ou norte, como aparece na figura 4.1.a. E da mesma
maneira, o plano vertical passasse no meridiano de Greenwich. A figura 4.1.b mostra este plano dividindo e o
espaço em dois semiespaços, um oriental ou leste e outro ocidental ou oeste.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
Os dois planos juntos dividem o espaço
em quatro semiespaços, chamados de
diedros (“di” de dois e “edros” de
planos) os quais são enumerados e
organizados. Cada diedro consiste no
espaço existente entre dois semiplanos,
cuja nomenclatura também está na
figura 4.1.c. A linha de encontro ou
interseção do plano horizontal com o
plano vertical chama-se linha de terra
ou, simplesmente, LT.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
Em seguida, Monge posicionou o objeto a ser Dando continuidade ao raciocínio gráfico de Monge, cujo objetivo era
representado num dos diedros – geralmente sem tocar obter a representação do objeto, que é tridimensional, em duas
em nenhum dos planos de projeção – e, assim, realizou a dimensões, foi necessário fazer o plano horizontal girar de modo que ele
projeção ortogonal de todos os pontos desse objeto nos coincidisse com o plano vertical. Com essa operação, Monge criou o que
planos de projeção vertical e horizontal (ver figura 4.1.d). ele chamou de Épura, definindo-a como sendo a representação de um
Em todas as projeções, observou-se que todas as faces objeto por suas projeções. Na épura é possível visualizar as três
do objeto eram representadas em VG. dimensões do objeto, utilizando-se apenas duas dimensões como mostra
a figura 4.1.e.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
PRIMEIRO E TERCEIRO DIEDROS

No primeiro diedro, a face frontal do objeto projeta-se no Quando o objeto é localizado no terceiro diedro, como mostrado pela
plano vertical superior e a face superior projeta-se no plano figura 4.2.c, ele passa a não mais estar entre o observador e o plano de
horizontal anterior, como mostra a figura 4.2.a. Dessa projeção. A ordem dos elementos da projeção passa a ser a seguinte:
maneira, a ordem dos elementos da projeção é a seguinte: OBSERVADOR → PLANO DE PROJEÇÃO → OBJETO.
OBSERVADOR →OBJETO →PLANO DE PROJEÇÃO. Essa mudança faz com que a face frontal do objeto seja projetada no
plano vertical inferior e a face superior é projetada no plano horizontal
posterior.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
PRIMEIRO E TERCEIRO DIEDROS
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
SEGUNDO E QUARTO DIEDROS

No Desenho Técnico, o segundo e o quarto


diedros não são utilizados para posicionar
objetos porque quando ocorre a rotação do
plano horizontal sobre o plano vertical para
obter a épura, as projeções ficam sobrepostas, o
que dificulta o entendimento da representação
do objeto. Observe as figuras ao lado:
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
SISTEMA ALEMÃO E AMERICANO

O sistema Alemão ou Europeu, adota o 1º Diedro, já o Americano adota o 3º Diedro.


Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regula todo tipo de padronização não só
para a área da Geometria e do Desenho Técnico, como também para outras as áreas do conhecimento, adota
o Sistema Alemão, também chamado de Sistema Europeu. No entanto, ela admite a utilização do Sistema
Americano em determinadas áreas do conhecimento. O Sistema Alemão tem maior abrangência se
comparado ao Sistema Americano de apresentação das vistas. A representação do objeto no terceiro diedro
é mais rara, sendo utilizada, sobretudo, na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
O Ortoedro Envolvente E As Seis Vistas
Após as projeções, a caixa imaginária de projeção é
aberta.
Esse movimento é o mesmo que Gaspard Monge
fez ao fazer o plano horizontal coincidir com o
plano vertical, para assim criar a épura mongeana.
No caso da figura analisada, após a abertura da
caixa, todos os planos envolvidos coincidiram com o
plano vertical e, assim, tem-se as vistas mongeana
de todas as faces do objeto. É possível perceber que
as vistas ficam organizadas segundo certa ordem.
Esta ordem não é aleatória, ela é o resultado do
processo de obtenção das vistas.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
O Ortoedro Envolvente E As Seis Vistas
Essa organização também deixa clara
uma característica das vistas mongeanas,
a relação projetiva entre as faces, a qual
se dá por meio das linhas de chamada,
como mostra a figura. A relação projetiva
possibilita que as informações
dimensionais de uma face auxiliem a
construção de outras. É exatamente essa
relação que possibilita que operações
gráficas sejam realizadas na épura, isso
porque elas registram as medidas
lineares e angulares do objeto, bem como
as distâncias entre as arestas e os planos
de projeção.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
Os eixos coordenados e as seis vistas

• As vistas laterais mostram profundidades (y)


e alturas (z);

• As vistas superior e inferior mostram


profundidade (y) e largura (x);

• As vistas frontal e posterior mostram largura


(x) e altura (z).
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
DESENHANDO AS PRIMEIRAS PEÇAS EM MONGEANO

O primeiro passo para desenhar é conhecer a convenção utilizada no Sistema Mongeano.


Leia atentamente o quadro abaixo com os tipos mais usados de linhas, suas representações e suas
funções no desenho técnico:
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
DESENHANDO AS PRIMEIRAS PEÇAS EM MONGEANO

• Em seguida, é necessário identificar as


medidas dos segmentos da peça nas
direções das arestas do ortoedro de
referência utilizando os conhecimentos já
adquiridos sobre perspectiva cilíndrica
cavaleira e desenho isométrico;

• O próximo procedimento consiste na


escolha das vistas que serão projetadas
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
DESENHANDO AS PRIMEIRAS PEÇAS EM MONGEANO

• Procede-se, então, para o desenho das


vistas mongeanas da peça, deixando um
espaço entre as vistas e as LTs. Esse
espaço deve ter, de preferência, entre 0,5
e 1 cm. Uma vez escolhida, essa distância
terá que ser respeitada no desenho das
outras vistas, tal fato mantém a relação
projetiva entre as vistas
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
DESENHANDO AS PRIMEIRAS PEÇAS EM MONGEANO
As linhas de chamada são linhas de apoio, desenhadas com traço contínuo fino, que quando
traçadas:
• Verticalmente - transportam medidas de largura (x);
• Horizontalmente - transportam medidas de altura (z);
• Com o compasso ou o esquadro de 45° - transportam medidas de profundidade (y).
É importante observar que:
• As medidas de profundidade são transportadas, primeiro, até o eixo y e só então são
levadas com o compasso ou com o esquadro de 45° para o eixo x (que representa o
rebatimento do eixo y na épura). Se as medidas de profundidades forem transportadas
com o compasso, a ponta seca deve ser centrada na origem, dos eixos coordenados;
• As linhas tracejadas são utilizadas para representar existentes, porém não visíveis;
• As linhas de chamada são traços contínuos finos;
• As linhas de terra e as arestas de peça devem ser traços contínuos grossos.
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
DESENHANDO AS PRIMEIRAS PEÇAS EM MONGEANO (mais exemplos)
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
DESENHANDO AS PRIMEIRAS PEÇAS EM MONGEANO (mais exemplos)
Introdução ao Sistema Mongeano
(Projeções Cilíndricas Ortogonais)
DESENHANDO AS PRIMEIRAS PEÇAS
EM MONGEANO (mais exemplos)
SISTEMAS DE PROJEÇÕES
EXERCÍCIO PARA TREINAR

Considerando a peça ao lado e suas respectivas


medidas, determine suas vistas em Mongeano.

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