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S A ÍD A D E EM ERG ÊN C IA
N Ã O PA S S E PA R A P R Ó X IM A P Á G IN A S EM L ER IS S O A N TES
IN TRO D U Ç Ã O
E aí P rojetista?! 😃 Eu também gostaria muito de te conhecer. Então se
você baixou este e-Book me envia uma mensagem lá
As SAÍ DA S DE EMERGÊN CI A de uma edificação no meu Instagram @elainefagoncalves me dizendo o
são o coração do Projeto, e já te aviso, no PP C I que achou deste material. 📲
(Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico)
de REGUL A RIZAÇÃ O é o que mais me dá dor de Além disso, toda Quarta-feira estou AO VIVO no
cabeça! Jesus! E que dor de cabeça isso me dá! 🤯 YouTube ensinando milhares de Projetistas a elaborar
o P P C I com excelência. 👩🏻‍🏫
O fato é que neste ponto do Projeto eu verifico se
preciso criar escadas, rampas, aumentar a largura de Está preparado para ser tornar um especialista em
portas, ou criar saídas alternativas. Falando assim Segurança contra Incêndio?
parece fácil né? Mas não é! Muitas vezes a edificação
é construída de uma forma que torna tudo mais
difícil! Te espero lá! 💪🏻🔥

E aí é que, um bom projetista deve fazer uso do seu


conhecimento em saídas de emergência para prover
uma solução técnica para o cliente. Ahhh... e um
lembrete: o cliente nunca quer gastar e alterar a
estrutura da edificação já existente! Seja sábio ao
informa-lo sobre mudanças.

📕 Neste e-book, eu fiz questão de separar pra você


os principais tópicos que considero relevantes sobre
as SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.
03
ÍN D IC E
1. TEMPO PARA A DESOCUPAÇÃO EDIFICAÇÃO ...................................03
2. CONCEITOS PARA SAÍDAS DE EMERGÊNCIA .......................................04
3. CONSTITUIÇÃO DAS ROTAS DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA .................05
4. PARÂMETROS PARA O DIMENSIONAMENTO DA LARGURA DAS
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ....................................................................06
5. FORMA DE ABERTURA DE PORTAS E CORREDORES ..........................08
6. PISOS DE CORREDORES E DE DESCARGAS..........................................09
7. CÁLCULO DO NÚMERO DE UNIDADES DE PASSAGEM DAS SAÍDAS DE
EMERGÊNCIA......................................................................................10
8. DISTÂ NCIA MÁX IMA A SER PERCORRIDA..........................................11
9. CORREDORES .....................................................................................12
10. ESCADAS ............................................................................................13
11. DECLIVIDADES DAS RAMPAS .............................................................16
12. ACESSO DO CORPO DE BOMBEIROS..................................................17
TE M P O N E C ES S Á RIO PA R A A
D ES O C U PA Ç Ã O TOTA L D A ED IFIC A Ç Ã O

A velocidade de escoamento da população para uma


edificação é determinada pela legislação do corpo de
bombeiros, sendo um valor recomendado por norma. Esse
valor é calculado por meio da unidade de passagem (0,55m) e
considerando a largura das saídas de emergência.

É difícil determinar o valor exato que os ocupantes sairão da


edificação porque existem inúmeros fatores que devem ser
levados em consideração. Porém em termos podemos
considerar:

• VELO C ID A D ES D E D ES LO C A M EN TO :
▪ Trajetos horizontais: 20 m/min;
▪ Escadas: 5 m/min.

• TEM P O M Á XI M O PA R A A DESO C U PA Ç Ã O TOTA L


D E UM A ED IFIC A Ç Ã O :
▪ 20 minutos.

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IN TRO D U Ç Ã O
Inicialmente vamos definir alguns conceitos para
esclarecer os fatores que influenciam as saídas de AC ES S IBIL ID A D E
emergências das edificações. Acessibilidade são a possibilidade e a condição de
alcance, percepção e atendimento para a utilização com
segurança e autonomia de edificações, espaços,
SA ÍD A D E EM ERG ÊN C IA mobiliários, equipamentos urbanos e elementos
Saída de emergência ou rota de saída emergência ou (telefones, intercomunicadores, botoeiras, válvulas,
de desocupação de uma edificação é um caminho etc.).
contínuo, devidamente protegido, sinalizado e
iluminado, constituído por portas, corredores, escadas, As determinações legais de acessibilidade às edificações estão assentadas
rampas, saguões, passagens externas, etc., a ser nas recomendações da NBR 9.050:2004 (Acessibilidade a edificações,
percorrido pelos ocupantes por seus próprios meios, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos).
em caso de incêndio ou de outra emergência, a partir de
qualquer ponto da edificação, até atingir a via pública ou ROTA AC ES S ÍVEL
outro espaço interno/externo definitivamente seguro. Rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e
sinalizado, que conecta os ambientes externos e/ou
internos de espaços e edificações, e que possa ser
utilizada de formas autônoma e segura por todas as
pessoas, inclusive aquelas com deficiência física ou
mobilidade reduzida. A rota acessível interna pode
incorporar corredores, pisos, rampas, escadas,
elevadores, etc.

O fracasso da desocupação das edificações é devido a


uma ou mais causas. Sendo elas: demora em os
ocupantes perceberem o fogo, rotas de saída de
emergência bloqueadas pela presença de fumaça,
ocupantes que não conheciam as rotas de saídas de
emergência, rotas de saídas de emergência inadequadas
quanto ao projeto, número e largura e saídas de
emergência fechadas ou com objetos depositados,
dificultando ou fechando totalmente a passagem.
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C O N S TITUIÇ Ã O DAS ROTA S DE SAÍD A S DE 2. N o plano vertical
EM ERG ÊN C IA :
No plano vertical são considerados todos os caminhos
ou meios utilizados para se deslocar entre pavimentos
1. N o plano horizontal de diferentes níveis, que dão acesso às áreas de
No plano horizontal devem ser considerados todos os refúgio e/ou ao pavimento de descarga, como:
caminhos ou espaços localizados no interior dos • Escadas;
pavimentos, que podem dar acesso a uma área de • Rampas;
refúgio no mesmo pavimento ou diretamente as • Elevadores de emergência.
escadas, rampas e/ou elevadores de emergência, como:
• Corredores;
• Saguões;
• Passarelas;
• Varandas;
• Sacadas;
• Terraços, etc.

3. N o pavimento de descarga ou de saída final


O pavimento de descarga ou de saída final é a área no
pavimento térreo a partir do término da escada, rampa,
passarela e elevador de emergência, ou de outro
pavimento qualquer que dá acesso a uma área protegida,
que pode ser de:
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• segurança absoluta, como um espaço livre no exterior
da edificação ou a própria rua; 2. A proteção das rotas de saída
• segurança temporária, chamada de "área de refúgio", As rotas de saída devem ser protegidas com medidas
onde as pessoas possam ficar com segurança durante que controlem a fumaça de incêndio e que as paredes e
determinado tempo, até poderem sair ou serem portas de corredores, antecâmaras, caixas de escadas e
retiradas. rampas enclausuradas e descargas tenham resistência
C O N S TITUIÇ Ã O DA S ROTA S D E SAÍDA S DE ao fogo, de acordo com os tempos mínimos
EM ERG ÊN C IA : determinados pelas normas brasileiras ou legislação do
Corpo de Bombeiros do Estado.
No projeto das rotas de saída de emergência,
especificamente, deve-se prestar atenção para quatro 3. A sinalização e a iluminação de emergência
P O N TO S IM P O RTA N TES : As rotas de saída devem ser bem sinalizadas para que
os ocupantes, principalmente os que não estão
1. O P lanejamento das Rotas de Saída familiarizados com a edificação, possam identificar
No planejamento das rotas de saída devem ser facilmente os caminhos que devem ser seguidos para a
consideradas a natureza da ocupação, a área, a altura, a saída com segurança numa situação de emergência.
carga térmica e o número de ocupantes da edificação Deve-se prever a sinalização adequada para as pessoas
para determinar: portadoras de deficiências físicas e condições de auxiliá-
• O número de rotas de saída necessárias; As suas los nestas ocasiões.
localizações de acordo com as distâncias máximas a serem
percorridas pelos ocupantes para alcançá-las; As suas 4. O s sistemas de detecção e de alarme de incêndio
larguras. Estes equipamentos são muito importantes no contexto
No planejamento das saídas de emergência de um geral da proteção contra incêndios, por que eles são os
ambiente de reunião de público, quanto ao número, responsáveis para detectar precocemente os focos de
largura e localização, três elementos devem ser fogo e avisar os ocupantes da emergência de incêndio,
considerados: permitindo a saída imediata antes que a fumaça possa
• A localização das pessoas; A localização de possível foco do aumentar de volume e, também, para que as primeiras
fogo; A localização das portas de saída. Cada pessoa, providências possam ser tomadas pela brigada de
independentemente de sua localização no ambiente, sempre
incêndio. Quanto antes um incêndio for detectado e os
deve ter a alternativa de encontrar uma porta de saída se
deslocando para o lado oposto ao foco do fogo.
ocupantes alertados, mais rápida e efetiva será a
desocupação da edificação. 05
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C RITÉRI O S DE C Á LC U LO DA L A RG U R A
M ÍN IM A D A S SA ÍD A S D E EM ERG ÊN C IA
PA R Â METRO S PA R A O DIME N SI O N A MEN TO
D A L A RG UR A D A S SA ÍD A S D E EM ERG ÊN C IA
Os critérios de cálculo das larguras mínimas de todos
os espaços arquitetônicos componentes de uma saída
A largura mínima de uma saída de emergência de uma
de emergência são:
edificação deve ser decorrência da compatibilização
• O s ambientes:
das larguras das rotas horizontais com as larguras das
• Critério de cálculo: Análise particular de cada
portas, escadas, rampas e descargas considerando a
ambiente.
lotação dos pavimentos ou de toda edificação,
• Os corredores, passarelas, antecâmaras e
conforme o caso, para permitir a desocupação num
saguões dos pavimentos:
tempo máximo aceitável como seguro.
• Critério de cálculo: A população dos
respectivos pavimentos.
Unidade de passagem
• As escadas, rampas e descargas:
Unidade de passagem é a largura mínima necessária
• Critério de cálculo: O pavimento de maior
para a passagem de uma fila de pessoas, em trânsito
população.
normal, correspondente a 55 cm para fins de cálculo. É
• As portas:
a medida normal, ombro a ombro, de uma pessoa. Na
• Critério de cálculo: A população de um
prática se adota a medida de 60 cm.
ambiente, do pavimento ou do pavimento de
C apacidade da unidade de passagem maior população.
Capacidade da unidade de passagem é o número
máximo de pessoas em fila que pode passar numa As larguras das partes constituintes de uma rota de
unidade de passagem na unidade de tempo, que é de saída de emergência para a desocupação rápida e
1 minuto. segura de uma edificação são determinadas a partir
das capacidades de passagem, que são definidas pela
A largura mínima de uma saída de emergência de uma NBR 9.077:2001 e pela IT 11:2014.
edificação deve ser decorrência da compatibilização
das larguras das rotas horizontais com as larguras das
portas, escadas, rampas e descargas considerando a
lotação dos pavimentos ou de toda edificação,
conforme o caso, para permitir a desocupação num
tempo máximo aceitável como seguro.
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IN TRO D U Ç Ã O
As larguras mínimas dos corredores, passagens, escadas,
rampas e descargas que constituam saídas de emergência
Onde: L = Largura da faixa livre, em m;
de edificações devem ser de, segundo a IT 11:2014 e a F = Fluxo estimado máximo de pessoas, em pessoas/min/m;
NBR 9.077:2001: K = Fluxo confortável de 25 pessoas/min/m em ambos os sentidos;
𝛴𝑖 = 0,5 (somatório do valor adicional de impedância, que é: i = 0,25).

• ≥ 1,20 m. A largura mínima em qualquer caso deve


corresponder a duas unidades de passagem de 60 cm: ▪ ≥ 1,65 m, correspondente a três unidades de
passagem de 55 cm, nas divisões de ocupações:
o Edificações em geral o H2 (Locais onde as pessoas requerem cuidados
A NBR 9.050:2004 preconiza que os corredores das especiais por limitações físicas ou mentais);
edificações em geral devem ter as seguintes larguras o H3 (Hospitais e assemelhados), em locais onde
mínimas para permitir a circulação normal de deficientes não é necessária a passagem de macas e camas.
físicos:
o Corredores de uso comum em edificações ▪ ≥ 2,20 m, correspondentes a quatro unidades de
multifamiliares: passagem de 55 cm, na divisão da ocupação:
▪ ≥ 1,20 m, quando eles tem uma extensão máxima o H3 (Hospitais e assemelhados), para locais onde é
de 10,0 m; necessária a passagem de macas e camas.
▪ ≥ 1,50 m, para extensões superiores a 10,0 m.

o C orredores de uso público:


▪ ≥ 1,50 m.

o Para grandes fluxos de pessoas deve ser adotada a


fórmula:
𝐅
𝐋 = + 𝚺𝐢 ≥ 𝟏, 𝟐𝟎
𝐊

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IN TRO D U Ç Ã O
FORM A DE ABERTUR A DE P O RTA S E
C O R R ED O R ES :

As portas podem abrir para as rotas de saída de


emergência em ângulos de 90 ou 180 graus, cada uma
delas dentro de determinados limites para não diminuir
a largura efetiva e, desta forma, interferir no fluxo
normal das pessoas que estão em operação de
desocupação da edificação por ocasião de uma
emergência de incêndio.

As portas podem abrir em ângulo de 180 graus no S A LIÊN CI A M Á XI M A S PER MITID A S EM PA RE D ES


sentido do trânsito de saída, mas o giro delas pode D E C O R R ED O R ES D E SA ÍD A S D E EM ERG ÊN C IA
ocupar somente 50% da largura efetiva do corredor
máximo, ficando a outra metade completamente livre Os obstáculos existentes nas rotas de saída, como saliências
para o trânsito das pessoas, tendo a largura mínima de de elementos construtivos, deve, atender às seguintes
1,20 m, de acordo com a ocupação da edificação. condições, segundo a NBR 9.077:2001 e a IT 11:2014:

• A largura mínima dos corredores que constituem saídas de


• ≥ 1,20 m, para as ocupações em geral; emergência deve ser medida em sua parte mais estreita;
• ≥ 1,65 m, para as divisões: • São admitidas saliências de guarnições, marcos de portas,
▪ H2 (Locais onde as pessoas requerem cuidados pilares, etc., com dimensões:
especiais por limitações físicas ou mentais); ▪ ≤ 10 x 25 cm, sendo 10 cm na dimensão da largura da
▪ H3 (Hospitais e assemelhados). saída, para rotas com largura ≥ 1,20 m;
▪ > 10 x 25 cm, sendo 10 cm na dimensão da largura da
saída de emergência, somente para rotas com larguras
calculadas em função da população e maiores que 1,20
m, acrescidas da saliência do obstáculo.

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Os pequenos desníveis (d) ou degraus de qualquer natureza
no piso devem ser tratados das seguintes formas:
• d ≤ 5 mm: Não demandam tratamento especial, pois
podem permanecer;
• 5 mm < d ≤ 15 mm: Devem ser tratados em forma de
rampa, com declividade máxima de 1:2 (50%);
• d > 15 mm: Desníveis superiores a 15 mm devem ser
considerados como degraus e ser sinalizados como tais.

P IS O S D E C O R R ED O R ES E D E D ES C A RG A S

Os pisos de corredores e de descarga devem ter


superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob
qualquer condição, que não provoque trepidação em Detalhe de pequenos desníveis em pisos de corredores e descargas.
dispositivos com rodas, como cadeiras de rodas e (Fonte: NBR 9.050:2004)
carrinhos de bebê, como recomenda a NBR 9.050:2004.

Admitem-se as declividades máximas (i) do piso em


corredores e descargas das edificações nas seguintes
condições:
• i ≤ 2%: Transversal ao sentido do trânsito das pessoas
para pisos internos;
• i ≤ 3%: Transversal ao sentido de trânsito das pessoas
para pisos externos;
• i ≤ 5%: Longitudinal, ou seja, no sentido do trânsito
das pessoas, pois acima deste valor são considerados
rampas.

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IN TRO D U Ç Ã O
EX EM P LO D E C Á LC ULO D E P O P UL A Ç Ã O
C O M O S A BER SE A L A RG U R A DA S SAÍ DA S DE
EMERGÊ N C IA DA EDIFICA Ç Ã O ES T Á
ATEN D EN D O A L EG IS L A Ç Ã O ?
R: Fazendo o cálculo de população e comparando com
os valores permitidos lá na IT de saídas de emergência
do seu estado.

C Á L C U LO D O NÚMERO D E UN I D A D E S D E
PA S S AG EM D A S SA ÍD A S D E EM ERG ÊN C IA

Para o cálculo dos número de unidades de passagem


necessário nas rotas de saída de emergência usa-se a
fórmula:
𝐏
𝐍=
𝐂

Onde:
N = Número de unidades de passagem;
P = População do ambiente, pavimento ou edificação, em "nº de pessoas";
C = Capacidade da unidade de passagem, que pode ser de porta, corredor,
escada ou rampa, descarga, em "nº de pessoas por minuto / unidade de
passagem".

ATEN Ç Ã O !!
Um mesmo ambiente pode ter populações diferentes em função de sua
ocupação, que podem alterar sensivelmente o número de unidades de
passagem necessárias para as rotas de saída de emergência. Para o
dimensionamento sempre deve ser adotada a situação mais desfavorável
em termos de população ou de risco.

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A EDIFICA Ç Ã O TEM QUE ATE N DE R UM D M P – EX EM P LO P R Á TIC O
DISTÂ N CIA MEN TO M Á XIM O PA R A
D ES LO C A M EN TO D O O C UPA N TE?
R: SIM. O nome deste item é o DMP (Distância
máxima a percorrer). Te explico como você verifica
isso.

D IS TÂ N C IA M Á X IM A A SER P ERC O R R ID A
A distância máxima a ser percorrida pelos ocupantes de
uma edificação sob a ação de um incêndio ou de outra
emergência consiste no trajeto mais longo entre um
ambiente, como escritório, apartamento, etc.,ou
compartimento de outro grupo de ocupação para alcançar
um local de "relativa segurança", como uma porta de
escada protegida ou uma área de refúgio, isto é, uma área
compartimentada com saída direta para o exterior através
da escada, rampa ou passarela, ou, então, para alcançar um
local de "segurança absoluta", como uma porta de acesso
diretamente para um espaço livre e seguro no exterior da
edificação.

Esta distância não pode ser adotada como uma linha reta, Detalhe DMP em uma direção, ou em mais de uma direção.
mas deve ser medida considerando todos os obstáculos
possíveis interpostos no caminho a percorrer, como
mudanças de direção, portas, etc. A NBR 9.077:2001 Na instrução técnica de saídas de emergência do Corpo de
recomenda que a distância deva ser contada a partir do Bombeiros do seu estado você encontratá os valores
ponto mais distante de dentro do ambiente até a sua porta máximos permitidos de acordo com a classificação da
de saída que dá acesso ao corredor. edificação.

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IN TRO D U Ç Ã O
• Ter pisos com superfície, segundo a NBR 9.050:2004:
E OS CO R RED O RES O QUE TENH O QUE
VER IFIC A R P RO FES S O R A ? ▪ Regular, firme, estável, antiderrapante de tal forma que
R: Os corredores da edificação fazem parte das saídas não provoque trepidação nas cadeiras de rodas e
de emergência e para tanto deve possuir carrinhos de bebê e que seja resistentes ao fogo sem
caracterísitcas que possibilitem a desocupação com desprender gases tóxicos e fumaça;
segurança. ▪ De inclinações máximas, de acordo com a direção:
✓Transversais: ≤ 2%;
C O R R ED O R ES ✓Longitudinais: < 5%. Nesta e em inclinações
superiores os pisos já são considerados como
Os corredores devem:
rampas.
• Permitir o fluxo fácil de todos os ocupantes dos ▪ De desníveis máximos de 5 mm. Quando os pisos
pavimentos da edificação; tiverem desníveis de 5 até 15 mm devem ter a forma
• Permanecer totalmente desobstruídos e livres de de rampa, com inclinação de 1:2 (50%) na direção do
quaisquer obstáculo em todos os pavimentos, tais movimento.
como móveis, divisórias móveis, locais para exposição ▪ De forma que as grelhas e juntas de dilatação não
de mercadorias, extintores e caixas de incêndio possam ter vãos transversais ao movimento com
salientes nas paredes, longarinas de cadeiras, guichês dimensões maiores que 15 mm.
de atendimento, floreiras, etc., de forma permanente; ▪ De tal forma que as tampas de caixas de inspeção
• Ter as larguras mínimas de acordo com o grupo de
ocupação da edificação; estejam absolutamente niveladas com o piso e ventuais
• Ter pé-direito livre mínimo e altura mínima de frestas devem possuir dimensão máxima de 15 mm.
obstáculos como vergas de portas, vigas, lanços de • Ter as paredes revestidas com materiais resistentes ao
escadas, etc., de acordo com a norma exigida no local. fogo e que não desprendam gases tóxicos e fumaça.
Há divergências para esses parâmetros preconizados
pela norma e pelas lesgilações estaduais e municipais.
• Ter sinalização visual e sonora junto às portas que dão
acesso às escadas e nos seus corrimãos sinalização
tátil;

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QUAIS O S C RITÉRI O S D EVEM SER VERIFIC A D O S
N A S D E SA ÍD A D E EM ERG ÊN C IA ? D EG R AU S D A S ES C A D A S
R: Alguns tipos de escadas não são permitidos em
saídas de emergência porque não apresentam Segundo Jacques François Blondel (1705-1774): “o
características construtivas adequadas para o fluxo esforço para vencer alturas é o dobro do esforço para
fácil, rápido e principalmente seguro dos ocupantes vencer distâncias horizontais”, e considerando que “o
para o exterior da edificação, segundo a IT 11:2014. passo humano médio normal é de 63 a 64 cm”, chegou
Escadas com lanços curvos, em leque ou espiral; Escadas à fórmula mais adequada para a proporção de degraus:
que atendem mezaninos, coberturas, casa de máquinas, Segundo Blondel os degraus devem atender às
depósitos, garagens ou outras áreas privativas, como de seguintes recomendações geométricas:
lanços retos. 1. Ter a altura do espelho “h” compreendida entre 16 e
18 cm, com tolerância de 0,5 cm;
ES C A D A S 2. Ter a largura do piso “b” calculada pela fórmula:
As escadas oferecem uma ligação mais rápida entre
dois níveis comparativamente com as rampas, por 𝟔𝟑 𝒄𝒎 ≤ 𝟐𝒉 + 𝒃 ≤ 𝟔𝟒 𝒄𝒎
serem mais curtas e ocuparem menor espaço no
interior da edificação e, consequentemente, serem
bem mais econômicas.

Altura e largura dos degraus de escada, com balanços de bocel e quina.


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IN TRO D U Ç Ã O
Esta sinalização é constituída de pequenas elevações
S IN A L IZA Ç Ã O VIS UA L D O S D EG R AU S regulares, em cor contrastante, que servem como
referência para deficientes com baixa visão, como para
Os degraus de uma escada devem ter sinalização cegos. A textura da sinalização tátil de alerta consiste
visual, segundo a NBR 9.050:2004. A sinalização visual num conjunto de relevos tronco-cônicos de 3 e 5 mm
do piso dos degraus deve ser feita em cor contrastante de altura, inclinação de 45º, de borracha ou de metal.
com o acabamento, geralmente na cor amarela,
podendo ser feita uma faixa em toda a extensão da
borda frontal dos degraus ou, no mínimo, devem ser
feitas pequenas faixas a partir das bordas laterais,
medindo entre 2 e 3 cm de largura por 20 cm de
comprimento.

M UITO IM P O RTA N TE!


A sinalização horizontal com uma faixa na cor amarela
ao longo da extremidade dos degraus é muito
importante quando o piso é escuro, dificultando muito
a visualização dos degraus, que pode ocasionar
lentidão no deslocamento ou mesmo quedas, com a
consequente obstrução à passagem das demais
pessoas por ocasião de uma emergência de incêndio.

S IN A L IZA Ç Ã O TÁ TIL D O P IS O
No início e término de escadas fixas, escadas rolantes,
rampas, passarelas, junto as portas de elevadores ou
nos grandes espaços, de uma forma geral, toda vez que
houver mudança de direção ou de nível no sentido
perpendicular de deslocamento ou em locais que
apresentam alguma situação de perigo, deve ter Sinalização visual dos degraus e tátil no piso de acesso.
(Fonte: NBR 9.050:2004)
sinalização tátil de alerta no piso para a circulação com
segurança de pessoas portadas de deficiência física.
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TIP O S D E ES C A D A S D E SA ÍD A D E EM ERG ÊN C IA • Escada enclausurada à prova de fumaça pressurizada
(P FP )
Escada enclausurada A escada enclausurada à prova de fumaça pressurizada é
Escada enclausurada é uma escada protegida contra o uma escada cuja caixa é constituída por paredes resistentes
fogo, com paredes resistentes ao fogo por determinado ao fogo por 4 horas, no mínimo, e dotada de portas corta-
tempo e acesso por portas corta-fogo, com o objetivo de fogo PCF-P60 e que tem estanqueidade à fumaça obtida
proporcionar uma saída com mais segurança, rapidez e pelo próprio sistema de pressurização, que mantém a
sem tumulto dos ocupantes da edificação por ocasião de pressão interna à escada sempre maior que a dos
um incêndio e, até, ser usada como área de refúgio ambientes contíguos;
temporária. • Escada aberta externa (A E)
A escada aberta externa é uma escada que tem a sua
As escadas usadas nas saídas de emergência, segundo a projeção fora do corpo principal da edificação, isolada da
NBR 9050:2004 e a IT 11:2014, podem ser dos seguintes fachada por parede com resistência ao fogo de 2 horas, no
tipos: mínimo, com acesso a sua caixa através de portas corta-fogo
• Escada enclausurada protegida (EP ) PCF-P90, sendo dotada de guarda-corpo ou gradil e
A escada enclausurada protegida é uma escada corrimãos em toda a extensão dos lanços de degraus e
devidamente ventilada situada em ambiente em ambiente patamares;
envolvido por paredes resistentes ao fogo por um tempo • Escada não enclausurada ou escada comum (N E)
mínimo de 2 horas, dotada de porta corta-fogo PCF-P90 e A escada não enclausurada ou escada comum é uma escada
com continuidade até uma saída final para um local que que, de acordo com as características construtivas da
ofereça segurança às pessoas; edificação, como ocupação, área, altura e carga térmica,
• Escada enclausurada à prova de fumaça (EP F) ou (P F) possa fazer parte de uma rota de saída de emergência, se
A escada enclausurada à prova de fumaça é uma escada comunica diretamente com os demais ambientes como
cuja caixa é constituída por paredes resistentes ao fogo por corredores, saguões, etc., em cada pavimento, não
4 horas, no mínimo, e dotada de portas corta-fogo possuindo portas corta-fogo para seu acesso;
estanques a fumaça PCF-P60, cujo acesso é por • Escadas rolantes:
antecâmara, igualmente enclausurada e com porta corta- Edificações comerciais de grandes áreas, como shoppings
fogo PCF-P60, ou por local aberto, como varanda, balcão centers, têm escadas rolantes que podem se constituir em
ou terraço, de modo a evitar a entrada de fogo, de calor e importantes saídas de emergência. Quando for acionado o
fumaça e que tenha continuidade até uma saída final para alarme, bastam que as escadas rolantes sejam desligadas
um local que ofereça segurança às pessoas; automaticamente, tornando-se escadas comuns que
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permitem o fluxo das pessoas para a saída da edificação.
S A ÍD A D E EM ERG ÊN C IA
S A ÍD A S D E EM ERG ÊN C IA : G U IA P R Á TIC O
IN TRO D U Ç Ã O
D E C LIVIDAD E S D A S R A M PA S D E SEG MEN TO S ▪ 12,5% (1:8), quando o sentido de saída for
RETO S SEG U N D O A N BR 9.077:2001 descendente, ou: 10% (1:10), quando o sentido de
saída for ascendente, nas edificações com
• Externas, de: ocupações nos grupos:
▪ 10% (1:10). ✓D (serviços profissionais);
✓G (serviços automotivos).
• Internas, de: ▪ 12,5% (1:8), nas edificações com ocupações nos
▪ 10% (1:10), nas edificações com ocupações nos grupos:
grupos: ✓C (comercial);
✓A (residencial); ✓I (industrial);
✓B (serviços de hospedagem); ✓J (depósitos).
✓E (educacional e cultura física);
✓F (locais de reunião de público); • Em ocupações em que sejam admitidas declividades
✓H (serviços de saúde e institucional). superiores a 10% em ambos os sentidos, se o sentido
da saída for ascendente a largura da rampa deve sofrer
um acréscimo de 25%.

Patamar em rampa, largura mínima de 2 unidades de passagem

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@elainefagoncalves

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