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30/11/2022 01:09 Descomplica | Prevenção E Controle De Riscos Em Máquinas, Equipamentos E Instalações

Saídas de emergência, iluminação e


sinalização

A s saídas de emergência devem providenciar que os ocupantes


do edifício o abandonem com segurança, evitando o pânico. A
legislação exige que elas sejam em número e dimensão
suficiente para que esse dois objetivos sejam atendidos.
A sinalização e a iluminação de emergência servem como
fatores auxiliares na coordenação do abandono e mitigação do
pânico. Fornecem, portanto, sinais claros para os ocupantes em relação a
direção que eles devem seguir para chegar ao local de destino o mais
rápido possível.

Saídas de emergência em edificações

As saídas de emergência são projetadas levando em consideração o


fator humano, como: a densidade de ocupação do edifício, a velocidade
média das pessoas, a direção do movimento (se é na horizontal ou
envolve subidas e descidas). As saídas de emergência, assim como as
saídas comuns das edificações, devem atender a dois objetivos básicos:
permitir o abandono seguro e permitir o acesso do corpo de bombeiros.
As saídas de emergência compreendem acessos ou corredores, rotas
de saídas horizontais (edificações térreas), escadas ou rampas, descarga
e elevador de emergência.
A largura da saída de emergência é calculada levando em
consideração o número de pessoas que possam transitar por elas. Para
que seja feito o dimensionamento dos acessos ou corredores é levada em
consideração a população do pavimento que eles atendem. Já no caso
das escadas, rampas e descargas é preciso levar em consideração o
pavimento de maior população.
A fórmula para dimensionamento da largura da saída de emergência é:
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N=P/C
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Onde: N = número de unidades de passagem (largura mínima para


passagem de uma fila de pessoas), P = população (coeficiente dada pela
ABNT-NBR 9077) e C = capacidade da unidade de passagem (também
dada pela ABNT-NBR 9077).
Os coeficientes P e C variam de acordo com a classificação da
edificação. Existem diferentes valores para edifícios residenciais, escolas,
hotéis, hospitais, etc. Uma unidade de passagem corresponde a 0,55 m.
Com base nisso, podemos destacar algumas larguras mínimas notáveis
para saídas de emergência, são elas:

• 1,10 m para ocupações em geral (salvo exceções de normas


específicas);
• 2,20 m para rampas e descarga em hospitais (permitir passagem de
macas).

Outras exigências para largura das saídas são: as portas que abrem
para dentro de rotas de saída em ângulo de 180° não podem diminuir a
largura efetiva da saída. As portas que abrem no sentido do fluxo em
ângulo de 90° devem ficar em recuos, de forma a não diminuir a largura
efetiva da saída em valor maior que 10 cm.
O número de saídas de emergência exigida, salvo em exceções, é de
uma (1) pra pavimentos menores que 750 m2 e duas (2) ou três (3) para
pavimentos maiores que 750 m². Já a distância máxima a ser percorrida
até uma saída de emergência varia com três fatores: o tipo da edificação,
a presença de chuveiros automáticos e se existe mais que uma saída de
emergência no pavimento. A distância máxima a ser percorrida é
apresenta na tabela 1 a seguir.

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Edifícios do tipo X apresentam fácil propagação do fogo. Os do tipo Y


possuem resistência mediana ao fogo e os do tipo Z têm resistência alta a
propagação do fogo.

Vias de emergência e o fator humano

Durante um incêndio, as condições críticas são atingidas quando a


temperatura excede 75°C e/ou o nível de oxigênio cai para níveis
inferiores a 10%. Essas condições adversas podem levar as pessoas ao
pânico. Em um incêndio as pessoas tendem inicialmente a ficar
paralisadas, demorando a reagir, pois permanecem em um estado de
tensão nervosa, sem acreditar que estão envolvidas numa situação de
risco grave.
Por isso, é importante tão as pessoas terem conhecimento das rotas de
fuga e como agir diante de numa situação de incêndio, de forma que o
tempo de resposta dos ocupantes possa ser reduzido e o maior número
de vidas possam ser salvas. O tempo de evacuação vai depender tanto
das características do edifício, quanto das características de seus
ocupantes. A seguir são enumeradas algumas destas.

• Características da população: número de ocupantes, condição física,


estado mental, se é ou não treinado para a situação;
• Tipo da atividade exercida e tipo de instalações industriais.

Sinalização de saídas e vias de emergência

O objetivo da sinalização de emergência é facilitar para os ocupantes


do edifício tanto encontrarem as rotas de emergência que levam até as
saídas, como indicar possíveis fontes de risco e também a localização dos
equipamentos de combate a incêndios.
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As formas geométricas e cores utilizados na sinalização de emergência
são definidas em norma e devem ser seguidas. Elas se dividem em:

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sinalização básica e sinalização complementar.

Sinalização básica
• Proibição: visa proibir ou coibir ações que levem ao início do
incêndio ou o seu agravamento;
• Alerta: visa alerta para áreas e materiais com risco (incêndio,
explosão, outros);
• Orientação de salvamento: visa indicar as rotas de saída e ações
para seu uso;
• Equipamentos: indicar a localização dos equipamentos de
combate a incêndio e alarmes disponíveis no local.

Sinalização complementar
• Rotas de saída: visa indicar o trajeto completo das rotas de fuga;
• Obstáculos: visa indicar os obstáculos que podem existir na rota
de fuga;
• Mensagens escritas: informa o público sobre aspectos específicos
da PCI no local;
• Demarcações de áreas: definir layout no piso demarcando
equipamentos de combate a incêndio, alarmes e outros
equipamentos industriais;
• Identificação de sistemas hidráulicos de combate a incêndios: visa
identificar por pintura diferenciada as tubulações dos sistemas de
hidrantes e chuveiros quando aparentes.

A implantação da sinalização deve seguir as seguintes regras básicas:

Sinalização básica

• As sinalizações básicas devem ser instaladas à 1,8 m do chão,


contando do piso a base da sinalização. Elas devem estar distribuídas
pela área com distância máxima entre si de 15 m. 6

• No caso de indicação de saídas de emergência dever ser fixadas em


até 0,1 m acima da verga da porta.
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• A localização de equipamentos também deve incluir sinalização no


piso.

Sinalização complementar

• A sinalização continuada deve ser instalada entre 0,25 m e 0,5 m do


piso até a base do sinalizador. E com distância máxima entre si de 3 m;
• As demarcações de piso devem ser implantadas por faixas contínuas
com espessura entre 0,05 m e 0,2 m;
• As tubulações expostas dos sistemas hidráulicos de proteção e
combate a incêndio devem ser pintados na cor vermelha.

Escadas de emergência

As escadas de emergência fazem parte da categoria saída de


emergência. Vamos discutir alguns dos seus aspectos básicos e principais
exigências das normas que as regulam:

• Quando enclausuradas devem ser construídas de material


incombustível.
• Quando não enclausuradas, além de serem construídas em material
incombustível, devem possuir elementos estruturais com resistência ao
fogo de pelo menos 2 horas.
• Ter o piso dos degraus revestidos com materiais que impeçam a
propagação do fogo e ser antiderrapante.
• Ser dotadas de corrimão e atender a todos os pavimentos.
• A largura das escadas deve ser dimensionada levando em
consideração o pavimento com maior população.​As caixas das
escadas não podem ser usadas para depósito nem que por um curto 6
espaço de tempo, e não podem existir aberturas para tubulações de lixo
ou passagem para rede elétrica.
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• As escadas enclausuradas protegidas devem ter caixas isoladas por


paredes com resistência a pelo menos 2 horas de fogo. Além disso, as
portas de acesso devem ter pelo menos 90 min de resistência ao fogo e
serem dotadas de janelas que permitam a ventilação com área mínima
de 0,8 m².
• As escadas enclausuradas à prova de fumaça devem ter suas caixas
protegidas por paredes com resistência de pelo menos 4 horas de fogo,
ter ingresso por antecâmaras ventiladas e ser providas de porta corta-
fogo com resistência de pelo menos 1 hora.

Iluminação de emergência

Durante um incêndio a produção de fuligem e fumaça prejudica a


visibilidade dos ocupantes em corredores, passagens e escadas. A
sinalização e iluminação adequada é crucial para viabilizar o correto uso
das rotas de fuga. O sistema de iluminação de emergência precisa ter
uma fonte de energia independente da alimentação principal, de forma
que, durante uma emergência, ele possa continuar funcionando. Os
sistemas podem se classificar conforme descrito abaixo.

• Blocos autônomos: São aparelhos de iluminação constituídos em um


único involucro, contendo tanto a fonte de energia quanto as lâmpadas.
• Sistema centralizado com baterias: Um sistema que contem um
painel de controle central, rede de alimentação e luminárias. Esse
aparelho alterna para o modo de funcionamento independente quando
ocorre a interrupção no fornecimento público de energia.
• Sistema centralizado com grupo motogerador: Sistema alimentado
por motogeradores com acionamento automático em caso de
interrupção do fornecimento de energia.

A iluminação de emergência deve atender a todos os locais de 6

circulação, seja ela horizontal (corredores) ou verticais (rampas, escadas).

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Sua instalação deve levar em consideração principalmente locais com


desvios, onde estão presentes obstáculos e áreas com dispositivos de
segurança.

Atividade Extra

Assista ao vídeo “Iluminação de emergência: blocos autônomos” e


conheça um pouco mais sobre este equipamento que foi discutido no
texto (Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=mg8ioDTZhPM&ab_channel=MundodaEl%C3%A9trica>).

Referência Bibliográfica

FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de


combate a incêndios. Manual de bombeiros. 1ed. Corpo de bombeiros
militar do estado de Goiás: Goiânia, 2016.

Norma técnica n° 11 – Saídas de emergência. Corpo de bombeiros do


estado de Goiás, 2017

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Norma


ABNT-NBR 9077, 2001.

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