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Porta corta-fogo para saída de emergência (NBR 11742)

Porta do tipo de abrir, que impede ou retarda a propagação do fogo, calor e gases, de um
ambiente para o outro. A porta deve ser fabricada totalmente em chapa de aço galvanizado,
possuindo núcleo isolante termo-acústico incombustível que proporciona alta resistê4ncia ao
fogo.

Classificação:

As portas corta-fogo para saídas de emergência são classificadas em quatro classes, segundo
o seu tempo de resistência ao fogo, no ensaio a que são submetidas:

a) classe P-30: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 30 min;
b) classe P-60: porta corta fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 60 min;
c) classe P-90: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 90 min;
d) classe P-120: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 120 min;

Cada porta deve receber uma identificação indelével e permanente, por gravação ou por
plaqueta metálica, com as seguintes informações:

a) porta corta fogo conforme esta Norma;


b) identificação do fabricante;
c) A sua Classificação
d) número de ordem de fabricação;
e) mês e ano de fabricação;

Nota: As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas,
em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída.

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas, de
modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e
segurança,
em caso de emergência. A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m. O
sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior
do local de trabalho.
Quando não for possível atingir, diretamente, as
portas de saída, deverão existir, em caráter permanente,
vias de passagem ou corredores, com largura mínima de
1,20m, sempre rigorosamente desobstruídos.
As aberturas, saídas e vias de passagem devem
ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais
luminosos, indicando a direção da saída.
As saídas devem ser dispostas de tal forma que,
entre elas e qualquer local de trabalho, não se tenha de percorrer distância maior que 15,00m
nos de risco grande e 30,00m de risco médio ou pequeno, podendo serem alteradas, para mais
ou menos, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho, se houver
instalações de chuveiros automáticos, sprinklers, e segundo a natureza do risco.
As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas e as passagens
serem bem iluminadas, prevendo iluminação de emergência, no caso de falta.
Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemente e,
neste caso, deverá ser colocado um "aviso" no início da rampa, no sentido da descida.
Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão consideradas partes
de uma saída.
A saída de emergência envolve os seguintes componentes:

a) Acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e


respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas.
b) Escadas ou rampas.
c) Descarga (NBR 9077:2001).

É no corredor que a calma necessária durante a evacuação é formada e onde a área


deve ser suficiente para acomodar as pessoas com relativo conforto e segurança. Um corredor
que não possua ou que não leve a uma escada de segurança, a uma área de refúgio ou ao
piso de entrada não deve entrar no projeto de uma rota de fuga.

Os corredores devem ter as características: de posição e espaço completamente


desobstruídos, com trânsito livre para as pessoas, além de luz e ventilação necessárias ao bom
andamento, também deve possuir materiais de acabamento e de revestimento incombustível e
largura, de acordo com as necessidades de unidades de passagem.

Também são importantes as escadas de segurança, portanto, todos os níveis da


edificação deverão ter comunicação por escadas, com resistência ao fogo compatível com a
ocupação. Deverão possuir sistema de ventilação, facilitando a aeração e a extração de
possível entrada de fumaça. Devem ter lances retos. Em alguns tipos de escadas de segurança
há a necessidade de haver portas cota fogo, dutos de ventilação ou ainda a pressurização da
caixa da escada.
Os degraus devem ser construídos para permitir um avanço harmonioso da massa
humana ao longo de seu percurso. De acordo com a norma NBR 9077 – Saídas de emergência
em edifícios, os degraus devem:
a) Ter altura h compreendida entre 16 cm e 18 cm.
b) Ter largura b dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm.
c) Ter, num mesmo lance escada, larguras e alturas iguais;
d) O lance mínimo deve ser de três degraus e o lance máximo, entre dois patamares
consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura.
e) Deve ter característica de ser incombustível e antiderrapante.

Conforme IT 08 – saídas de emergência, a escada de emergência deve possuir


corrimão contínuo (80 cm e 92 cm acima do nível do piso). Evidentemente que o corrimão será
um grande aliado e ponto de apoio na eliminação do pânico, assim como a sinalização e
iluminação de emergência também fazem parte dos componentes de atenuação de entrada ao
pânico, além de serem medidas obrigatórias para orientar as rotas de fuga das edificações,
seja nas escadas de segurança, nos corredores, nas portas de saídas, entre outros.
Ainda sobre as escadas, em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível
para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, as quais variam em função do tipo
da ocupação da edificação, da área de pavimento e da altura da edificação, praticamente a
norma brasileira NBR 9077 especifica três tipos de escadas:
a) A escada não enclausurada (escada comum).
b) A escada enclausurada protegida. E,
c) A escada enclausurada à prova de fumaça (pressurizada).

Escadas pressurizadas

A maior parte das perdas humanas é decorrente de intoxicações pelos fumos e gases
tóxicos oriundos do incêndio. Esses gases se expandem através de aberturas especialmente
das escadas cortando a rota de fuga dos usuários de edifícios em chamas. Para assegurar a
segurança e conforto térmico na evacuação de edifícios, em casos de emergência, aparece a
sugestão da pressurização de escadas, tornando a pressão existente no corpo da escada
superior ao hall de circulação, de modo a evitar a penetração de fumaça na escada mesmo
com uma porta aberta.
Outra importância das escadas pressurizadas é quando a escada está com a
densidade populacional elevada, as trocas de ar originadas pela respiração de seus ocupantes,
no início permanecem ideais e aos poucos baixam o nível de oxigênio do ambiente, tornando o
abafado e saturado. Com a injeção de ar renovado pelo sistema de pressurização, as pessoas
conseguem vencer o percurso (ponto de partida até o ponto de reunião) em condições
satisfatórias de segurança e conforto.

Larguras mínimas a serem adotadas:

As larguras mínimas das saídas de emergência de uma fila de pessoas, é fixada em 0,55 m.
Capacidade de uma unidade de passagem é determinada pelo número de pessoas que passa
por esta unidade em 1 min. Assim, qualquer caso, devem ser as seguintes:

a) 1,10 m, correspondente a duas unidades de passagem de 55cm, para as ocupações em


geral, ressalvando o disposto a seguir;

b) 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 55 cm, para as escadas, os


acessos (corredores e passagens) ou 2,20 m, correspondente a quatro unidades de passagem
de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) para ocupações
como hospitais;

ROTA DE FUGA:

Também chama de rota de saída. É o caminho contínuo, devidamente protegido e


sinalizado, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens externas, balcões,
vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída,
ou combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, de qualquer
ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto (área
de refúgio), com garantia de integridade física. É o melhor caminho a ser seguido para
abandono de área numa emergência conduzindo as pessoas a um ponto de encontro pré-
determinado. As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente,
de acordo com a NBR5413. Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente
durante o dia, é indispensável à iluminação artificial noturna.

DIMENSIONAMENTO DA SAÍDA DE EMERGÊNCIA

As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação.


A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da tabela
de Dimensionamento das Saídas de Emergência (IT 08).
A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por
elas deva transitar, observados os seguintes critérios:
a) Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que sirvam à população;
b) As escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior
população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais
pavimentos, considerando-se o sentido da saída.

A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, é dada pela seguinte
fórmula:

N=P/C

Onde: N = Número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro maior


P = População, conforme coeficiente da tabela abaixo.
C = Capacidade da unidade de passagem conforme tabela abaixo.
EXEMPLO DE CÁLCULO DE LARGURA MÍNIMA DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

No exemplo utilizamos uma edificação do grupo “F” conforme tabela 4 da IT-08.


F5 – 1 pessoa/m², com área de 329m² = 329 pessoas no pavimento.
“C” para portas = 100
“C” para escadas = 75

Tabela 04 da IT 08
Lembrando que C é igual a Capacidade da unidade de passagem conforme
a tabela 4 da IT 08

Porta: Número de Unidades de passagem necessária no pavimento

Largura mínima da porta de saída do pavimento:

Escada:  Número de Unidades de passagem necessária no pavimento

Largura mínima da escada de saída do pavimento:

A largura, vão livre das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída, deve ser
dimensionada como estabelecido na fórmula anterior.
Nota
para uma unidade de passagem, com N ≤ 1,adotar a largura de vão livre da porta de 0,80 m.

Porta 02 folhas

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