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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE

CONSTRUÇÃO CIVIL

Luciana Soares
Arquiteta, Urbanista e
Engenheira de Segurança do Trabalho
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Neste texto inicial, gostaria de esclarecer algumas dúvidas no caso que você
possa vim a ter no início da disciplina.
Não estamos aqui exagerando em dizer que o desenho em todos os seus
aspectos é uma importante forma gráfica de comunicação universal em todos os
tempos. Em todas as atividades nas quais exista a presença do desenho como processo
de transmissão de forma, grandeza e locação, do conhecimento técnico ou mesmo
artístico, pode-se avaliar a sua importância não só pelo aspecto acima, como também,
pela sua grande eficiência, versatilidade, segurança e objetividade.
A disciplina de desenho arquitetônico e noções de construção civil, não
almeja formar Desenhistas, e muito menos um Arquitetos ou Engenheiros Civis, mas sim
criar condições para que possamos debater em sala de aula sobre os assuntos aqui
expostos.
Conteúdo Programático
Conteúdos
1 DESENHO ARQUITETÔNICO
1.1 Considerações; 1.2 Materiais de Desenho; 1.3 Descrições e Usos; 1.3.1
Esquadros; 1.3.2 Régua T; 1.3.3 Tecnígrafo; 1.3.4 Régua Paralela; 1.3.5 Prancheta;
1.3.6 Régua Comum; 1.3.7 Compassos; 1.3.8 Lápis e Grafite; 1.3.9 Borracha; 1.3.10
Transferidores; 1.3.11 Curvas francesas ou Pistolets; 1.3.12 Caneta para uso de tintas;
1.3.13 Normografo; 1.3.14 Gabaritos; 1.3.15 Tinta indelével; 1.3.16 Papéis; 1.3.17
Pranchas
2- SITUAÇÃO DO IMÓVEL NO PLANO
3- NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
4 -ESCALA
4.1- Utilização; 4.2-Tipos; 4.3-Grandeza representativa da escala; 4.4-A Escala do
papel
5 - FIGURAS GEOMÉTRCAS
6 - CÁLCULOS DE ÁREAS
Conteúdo Programático
Capítulo I - NOÇÕES GERAIS DO DESENHO TÉCNICO
1 HISTÓRICO; 2 DESENHO COMO FORMA DE EXPRESSÃO; 3 A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS
TÉCNICAS; 4 O INSTRUMENTAL DE DESENHO TÉCNICO; 4.1 LÁPIS OU LAPISEIRAS; 4.2
BORRACHA; 4.3 ESQUADROS; 4.4 ESCALÍMETRO; 4.5 COMPASSO; 4.6 GABARITOS; 4.7
RÉGUA PARALELA; 4.8 PRANCHETA; 5 GRAFICAÇÃO ARQUITETÔNICA; 5.1 LINHAS - NBR
8403; 5.1.1 TIPOS DE LINHAS; 5.2 CALIGRAFIA TÉCNICA - NBR 8402; 5.2.1 LETRAS DE MÃO;
5.3 FORMATO E DIMENSÕES DO PAPEL - NBR 10582

Capítulo II - O PROCESSO DE PROJETO COM PROGRESSÃO TEMPORAL


7 ELEMENTOS DO PROGRAMA; 8 APRESENTAÇÃO DOS REQUISITOS PROGRAMÁTICOS; 9 A
EXPRESSÃO DO PARTIDO ARQUITETÔNICO

Capítulo III – A CONCEPÇÃO DE UM PROJETO


10 HISTÓRIA; 11 CONCEPÇÃO DE UM PROJETO; 12 ETAPAS DE UM PROJETO
ARQUITETÔNICO; 12. 1 - ESTUDO PRELIMINAR; 12.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES; 12.3
PRÉ-DIMENSIONAMENTO; 12.4 ORGANOGRAMA; 12.5 ESTUDO DE VIABILIDADE; 12.6
PARTIDO GERAL; 12.7 ANTEPROJETO; 12.8 PROJETO LEGAL; 12.9 PROJETO BÁSICO OU DE
PRÉ-EXECUÇÃO; 12.10 PROJETO EXECUTIVO
Conteúdo Programático
Capítulo IV PROJETOS ARQUITETÔNICOS
11. ELEMENTOS QUE COMPÕEM UM PROJETO ARQUITETÔNICO
11.1 PLANTA BAIXA; 11.2 FACHADAS OU ELEVAÇÕES; 11.3 PLANTA DE COBERTURA

12. TIPOS DE PROJETOS DE ARQUITETURA QUE EXISTEM


12.1PROJETO RESIDENCIAL PARTICULAR; 12.2 MODIFICAÇÕES RESIDENCIAIS; 12.3
PROJETO MULTIFAMILIAR; 12.4 PROJETOS ESTATAIS; 12.5 VAREJO COMERCIAL; 12.6
PROJETOS COMERCIAIS; 12.7 OUTROS PROJETOS

Capítulo VI TERMOS USADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL E NA TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS


13 OBRA; 14 AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA; 15 ALVARÁ; 16 CARTÓRIO DE NOTAS;
17 CERTIDÃO NEGATIVA; 18 CÓDIGO DE OBRAS; 19 HABITE-SE; 20 IMPOSTO DE
TRANSMISSÃO DE BENS IMOBILIÁRIOS (ITBI); 21 JUIZADO ESPECIAL CÍVEL; 22 LEI DE
ZONEAMENTO; 23 MEMORIAL DESCRITIVO
24 PLANO DIRETOR
Conteúdo Programático
- Aulas teóricas expositivas dialogadas;

- Resolução de atividades de pesquisa em sala.


Processos Avaliativos
O aluno será avaliado mediante os seguintes critérios:

- Avaliação escrita individual para trazer na próxima aula (19/03/2022);

- Avalição em grupo Realizada em sala de aula;

- Participação e Assiduidade;

- A média final (MF) será calculada a partir das notas obtidas nas
avaliações conforme a formula:

NF = (1° Avaliação + 2° Avaliação)/2


Atenção
Caríssimos alunos, todas as informações,
orientações e dúvidas a respeito das disciplinas
devem ser sanadas exclusivamente em sala de aula.
A disciplina de desenho arquitetônico
e noções de construção civil , não
almeja formar Desenhistas, e muito
menos um Arquitetos ou Engenheiros
Civis, mas sim criar condições para que
possamos debater em sala de aula sobre
os assuntos aqui expostos.
SIGLAS

• ISO - International Organization for


Standardization

• ABNT - Associação Brasileira de Normas


Técnicas

• NBR - Normas Brasileiras


Conceito
Desenho: como linguagem universal
 Desenho: É a forma de se expressar
graficamente e que tem por finalidade a
representação da forma, dimensão e posição
de objetos.

 É um conjunto de linhas, números, símbolos,


indicações normalizadas internacionalmente
Linguagem gráfica universal da engenharia e
da arquitetura.

 Finalidade a comunicação entre os diversos


departamentos em uma empresa.
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
TÉCNICO

Embora a mão e a mente controlem o desenho


acabado, materiais e equipamentos de qualidade tornam o
ato de desenhar agradável, facilitando a longo prazo a
obtenção de um trabalho de qualidade.

CHING, Francis D. K.
LÁPIS OU LAPISEIRAS
•LAPISEIRA TRADICIONAL
Devido ao seu grafite relativamente espesso, ela
facilita o traçado de diversos pesos de linhas nítidos..
Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de
0,3 mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm, principalmente.
O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta de aço,
com a função de proteger o grafite da quebra quando
pressionado ao esquadro no momento da graficação.

•LÁPIS
O lápis comum de madeira e grafite também pode
ser usado para desenho.
Borracha

 A Borracha no desenho técnico e utilizada para


apagar os traçados ou caligrafia indesejáveis, ela
deverá ser utilizada o mínimo possível.
ESQUADROS

O par de esquadros é usado como


instrumento de desenho para solução de
problemas de geometria gráfica.

 O par de esquadros é
composto por um esquadro
com 2 ângulos de 45º e outro
com um ângulo de 30º e
outro ângulo de 60º.
ESQUADROS
Escalimetro

O Escalimetro ou régua tridimensional é um instrumento que


nos possibilita criar desenhos de projetos, ou representar objetos em
uma escala maior ou menor, dentro das medidas necessárias,
conservando a proporção entre a representação do objeto e o seu
tamanho real.

No escalimetro tridimensional podemos observar seis tipos


de escalas diferentes:

- 1: 20 -um por 20
- 1: 25 -um por 25
- 1: 50 - um por 50
- 1:75 - um por 75
- 1: 100- um por 100
- 1: 125- um por 125
Compasso

É o instrumento que serve para traçar


circunferências ou arcos de circunferência.
GABARITOS

São chapas em plástico ou acrílico, com


elementos diversos vazados, que possibilitam a
reprodução destes nos desenhos.
Régua “T” ou Régua Paralela
 É o instrumento destinada ao traçado de linhas horizontais
paralelas entre si no sentido do comprimento da prancheta.

 Ela servira de base para o apoio dos esquadros para traçar linhas
verticais ou com determinadas inclinações.
Sequência de Desenho

 Esboce levemente as
principais linhas verticais e
horizontais;

 Reforce as linhas finais,


tendo em mente a
intensidade apropriada de
cada uma delas
LINHAS - NBR 8403
As linhas são os principais elementos do desenho
arquitetônico.

Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das


paredes, portas, janelas, pilares, vigas e etc, determinam as
dimensões e informam as características de cada elemento
projetado.

As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares,


legíveis (visíveis) e devem possuir contraste umas com as outras.

Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as


linhas sofrem uma gradação no traçado em função do plano onde
se encontram.
Linhas de representação – Manual e por instrumentos
LETRAS DE MÃO
O Desenho Arqutetônico é composto de linguagem
gráfica (desenhos) e linguagem escrita (caligrafia).

Esta última precisa apresentar legibilidade, porque


vai transmitir informações técnicas indispensáveis à
compreensão dos desenhos, e uniformidade, por se tratar
de um princípio técnico normalizado, adequado ao
conjunto de representação em um projeto arquitetônico
ou de design de interiores.
Para obter uma escrita uniforme, à mão livre, será
necessário observar os afastamentos relativos aos desenhos e
a altura das letras.

A escrita de palavras, expressões ou textos deve ser


direcionada por linhas auxiliares finíssimas que permitirão o
controle não só, da altura das letras, como do alinhamento da
escrita e do afastamento entre frases para que facilite a leitura
e compreensão.
Formato e Dimensões do Papel

As folhas em que desenha o projeto


arquitetônico é denominada prancha.

Os tamanhos do papel devem seguir os


mesmos padrões do desenho técnico.

No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO.


Tipos de Papel

Papel Transparente
 Manteiga;
 Vegetal.

Papel Opaco
 Canson;
 Sulfite grosso.

Formatos do Papel

 Devem ser utilizados os formatos de papel da série “A”, conforme


NBR10068/87, formato A0 como máximo e A4 como mínimo, para
evitar problemas de manuseio e arquivamento.

 As folhas de desenho podem ser utilizadas na posição horizontal


(formatos A0, A1, A2 e A3) ou vertical formato A4.
Configuração da Folha
 A região acima da legenda é reservada para marcas de revisão, para
observações, convenções e carimbos de aprovação de órgãos públicos.
Legenda
Toda folha desenhada deve possuir dentro de seu quadro no
canto inferior direito, uma legenda, que deve ter 178 mm de
comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e 175 mm nos formatos A1 e
A0.

Esta legenda deve conter as seguintes indicações:


 Número do desenho;
 Título do desenho;
 Proprietário do desenho;
 Escala principal;
 Unidade em que são expressas as dimensões;
 Valores das tolerâncias gerais, se necessário;
 Datas e assinaturas dos responsáveis pela execução e
aprovação.
Posição de leitura

Os desenhos devem ser lidos da base da folha de desenho


ou de sua direita. As posições inversas a estas (leitura de cima para
baixo ou da esquerda para a direita) são consideradas “de cabeça
para baixo”.
Dobragem

 A norma da ABNT (NBR 13142 – DOBRAMENTO DE CÓPIA)


recomenda procedimentos para que as cópias sejam dobradas
de forma que estas fiquem com dimensões, após dobradas,
similares as dimensões de folhas tamanho A4.

 Esta padronização se faz necessária para arquivamento e


armazenamento destas cópias, pois os arquivos e as pastas
possuem dimensões padronizadas.
Dobragem
Escalas

 As escalas são encontradas em réguas próprias, chamadas de


escalímetros.

 A escala é a relação que indica a proporção entre cada medida do


desenho e a sua dimensão real no objeto.

 As escalas são classificadas em três tipos:


Natural
Numéricas De redução
Escalas De ampliação

Gráficas
Escala Numérica:

 Escala natural: É aquela em que o tamanho do desenho técnico é


igual ao tamanho real da peça.
Exemplo: 1:1

 Ela é chamada de escala de ampliação quando a representação


gráfica é maior do que o tamanho real do objeto.
Exemplo: 3:1, 5:1, 10:1

 A escala de redução é mais utilizada em desenhos de arquitetura.


Quando o desenho é sempre realizado em tamanho inferior ao que
o objeto real.
Exemplo: 1:25, 1:50, 1:100
Escalas Gráficas

 É a representação através de um gráfico proporcional à escala


utilizada.

 É utilizada quando for necessário reduzir ou ampliar o desenho por


processo fotográfico.
Dimensionamento/ Cotagem
nos desenho
É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações
referentes as dimensões de projeto. São normalmente dadas em
centímetros.
Processo de Projeto com
Progressão Temporal
• ELEMENTOS DO PROGRAMA
Um programa poderá apresentar requisitos alternativos, quando a
satisfação de um representar a anulação de outro.

• APRESENTAÇÃO DOS REQUISITOS PROGRAMÁTICOS


A manipulação destes dados programáticos, no esforço para organizá-
los e hierarquizá-los, conduzirá a elaboração de gráficos, em forma de
organogramas ou de matriz, cuja finalidade a apresentar os principais
elementos juntamente com as variadas formas de relação entre eles.

• A EXPRESSÃO DO PARTIDO ARQUITETÔNICO


O partido, na arquitetura, é o nome que se dá à conseqüência formal
de uma série de determinantes, tais como o programa do edifício, a
conformação topográfica do terreno, a orientação, o sistema estrutural
adotado, as condições locais, a verba disponível, as condições das posturas
que regulamentam as construções e, principalmente a intenção plástica do
arquiteto.
DESENHO ARQUITETÔNICO

O desenho arquitetônico é uma especialização do desenho técnico


normatizado voltada para a execução e representação de projetos de
Arquitetura.

O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um código


para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou
projetista) e o receptor (o leitor do projeto).

Dessa forma, seu entendimento envolve um certo nível de


treinamento. Por este motivo, este tipo de desenho costuma ser um tema
importante nos primeiros períodos dos cursos de Arquitetura.
Conforto ambiental
O conforto ambiental tem como objetivo adequar os
princípios físicos envolvidos e as necessidades de caráter
ambiental - higrotérmicas, visuais, acústicas e da qualidade
do ar interno - aos projetos construtivos.

Paisagismo
O Paisagismo (Arquitetura da paisagem ou
Arquitetura Paisagista) é como é chamada a arte e técnica
de ordenar, organizar e configurar espaços livres, urbanos
ou não, de forma a projetar micro e macro-paisagens.
CONCEPÇÃO DE UM PROJETO

A concepção do projeto foi criada através do processo subjetivo.


Os academicistas se destacavam na arte de fazer projetos usando
as composições de figuras geométricas.
Mais tarde com o advento da Revolução industrial apareceram
novos processos, entre eles o processo da sistematização que usava
técnicas diferentes e materiais diferentes.

Black box Black box

Out put
In put Out put In put
A função do Arquiteto é a de solucionar problemas de
espaço.
O Arquiteto deve conhecer o problema criado
pelo cliente, quanto:
- Necessidades do espaço

- Possibilidades de concretizar

1 - Necessidades funcionais

2 - Herança cultural

3 - Características do sítio

4 - Recursos disponíveis
1 - Necessidades funcionais

a) Natureza do espaço

1 - Uso

2 - Funcionamento

3 - Constituição física

4 - Outras (instalações)

5 - Dimensionamento
2 – Herança cultural

Aspectos materiais (forma arquitetônica)

Aspectos perceptíveis (formas ocultas)


3 – Características do sítio

a) Posição geográfica
Latitude
Longitude
Zoneamento
Orientação

b) Características Físicas
Morfologia
Topografia
Vegetação
Tipo de solo

c) Entorno (posição relativa do que existe em seu redor)

d) Climáticas

e) Infra-estrutura (água, luz, esgoto, etc.)


4) Recursos disponíveis

a) Humanos (mão-de-obra local especializada)

b) Materiais (existe ou não o material necessário para a


construção)

c) Financeiros

Obs. A partir do momento que você começa a interpretar todas


essas informações, você começa realmente a projetar.
ETAPAS DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO

1 - ESTUDO PRELIMINAR
Etapa destinada à coleta do conjunto de informações técnicas
necessárias à compreensão da configuração inicial e aproximada da
edificação, assim como, todos os detalhes existentes no terreno para
se instituir a elaboração do projeto, podendo incluir soluções
alternativas. A seguir os seguintes tipos de dados:
a) Físicos
• planialtimétricos;
• cadastrais (edificações, redes, etc.)
• geológicos, hídricos;
• ambientais, climáticos, ecológicos;
• outros.
b) Técnicos
c) Legais e jurídicos
d) Sociais
e) Econômicos
f) Financeiros
g) outros
2) PROGRAMA DE NECESSIDADES
Ele serve para levantar informações iniciais sobre o contratante do projeto
durante a primeira conversa. Seu objetivo é deixar claro quais são as expectativas do
cliente em relação à futura construção ou reforma, quando finalizada. Assim, o profissional
conduz um check list com perguntas sobre alguns tópicos importantes:
- Orçamento
- Atividades do dia a dia dos moradores
- Prazos
- Móveis e revestimentos que devem ser mantidos
- Dados sobre o terreno
- O que precisa ser alterado
- Quais ambientes serão trabalhados
- Quais são os hobbies do cliente
- Quantas pessoas moram na casa
- Qual a cor favorita do cliente
- Faixa etária das pessoas

Com essas informações em mãos você finalmente consegue fazer uma tabela
que contenha os nomes dos ambientes, dimensões, áreas e anotações, separados
também por categorias para facilitar a leitura.
É comum que ele seja criado em formato de planilha, mas cada profissional
pode adaptar o formato. O importante é que ela consiga sintetizar todas informações
obtidas e que seja de fácil compreensão.
3 -PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Nesta etapa cada ambiente é Pré-dimensionado conforme as
exigências do cliente ou pela quantidade de equipamentos a conter
(Lay-out).
4 - ORGANOGRAMA
É um instrumento de trabalho utilizado pelo arquiteto, para
organizar graficamente o programa de necessidades. No caso
específico: residência.

O organograma deve procurar o inter-relacionamento geral


dos espaços que a compõe a partir da própria organização dos seus
setores essenciais como: o íntimo com o social, o social com o serviço
e o íntimo com o serviço, ou a integração entre os mesmos.

Um organograma não possui uma forma rígida de


representação gráfica, entretanto, seja qual for o seu desenho, o
mesmo deve procurar a conexão correta dos espaços (dependências)
contidos no programa de necessidades, e traduzir as
funções/atividades objeto de um projeto.
As principais características de um organograma
são:

 A identificação do tipo de edificação (se térrea, dois


pavimentos, etc.) No caso de edificações com mais de um
pavimento, cada nível deve possuir um organograma,
constando dos mesmos a forma de ligação vertical
(escadas, rampas, etc.)

 A identificação dos compartimentos

Os organogramas representam-se através de


retângulos ou círculos (com os nomes dos
compartimentos), ligados por retas, linhas tracejadas, etc.
Organograma dos setores de uma edificação

O setor social deverá ter no projeto, comunicação com os


setores, intimo, social e de serviço, ou seja, o setor íntimo liga-se
com o de serviços e vice-versa, através do social.

Setor Social Setor Serviço

Setor Íntimo

Observe que o exemplo dado foi apenas formulado como


hipótese.
As relações e interligações dos espaços de um projeto serão
dados sempre obtidos a partir do programa de necessidades. Daí, a
importância da formulação de um programa e de se conhecer
perfeitamente as atividades, as funções, as relações necessárias entre
estas e, consequentemente, a organização espacial do futuro projeto.
ORGANIZAÇÃO COMPLETA DE
TODAS AS ATIVIDADES

Esta ligação significa que o quarto


Dorm. 1 Banho tem comunicação direta e exclusiva
com o banheiro através de uma porta

Dorm. 1
Nesta representação os quartos não
Banho deverão ter ligação direta entre eles, e
sim uma comunicação indireta através
Dorm. 2
de uma circulação. A mesma
circulação liga os dois quartos ao
banheiro
Aqui as relações desejáveis dos
espaços indicam:

Sala de Jantar Lavabo


aque existem dois acessos
independentes;
bsó existe comunicação direta entre as
Biblioteca salas de estar e jantar com o lavabo;
cas salas de estar e jantar ligam-se com a
biblioteca através de uma circulação.
Sala de Estar
Para se ter acesso ao lavabo do estar ou
Jardim Escritório da biblioteca, obrigatoriamente deve-se
Acesso passar pela sala de jantar;
1 da biblioteca tem uma ligação eventual
Acesso
2
(tracejada) com o escritório (uma
divisória, por exemplo) e este, integra-se
a sala de estar e a própria biblioteca
através de um jardim interno. O escritório
deve ter função independente, no caso.
EXEMPLO DE UM ORGANOGRAMA
RESIDENCIAL
SETOR ÍNTIMO

Dorm. 1 Dorm. 2 Dorm. Casal Banheiro


SETOR SERVIÇO
Sala íntima
Dorm. Serv. Banheiro
Banheiro

A. Serv. Cozinha S. Jantar Lavabo


Acesso 1

Acesso 2 Garage Jardim S. Estar Sala de TV


m

Acesso 3

SETOR SOCIAL
5 ) ESTUDO DE VIABILIDADE
Etapa destinada à elaboração da análise e
avaliações para seleção e recomendação de alternativas
para a concepção.

6) PARTIDO GERAL
Falando de partido geral temos de levar em
consideração a concepção básica do projeto; forma de
expressão e de que maneira a forma arquitetônica é
concebida.
O primeiro a trabalhar com os métodos de
concepção de projetos foi BAUHAUS, o pai do
funcionalismo.
O partido geral ou arquitetônico é o momento decisivo
na concepção de um projeto.

É a idéia básica que vai nortear o desenvolvimento


posterior do projeto arquitetônico.

O trabalho de elaboração de um partido geral, utiliza


um método de síntese.

Vale dizer que o processo parte de uma idéia geral


para depois particularizá-la.

Antes de resolver os detalhes, é necessário que se


resolva a forma geral da futura edificação.

A solução de um detalhe só será oportuna quando


contribuir (também) na solução do edifício como um todo.
No momento de elaborar o partido, deve-se conhecer
as necessidades do cliente pelo programa, conhecer as
dimensões básicas do futuro projeto pelo pré-
dimensionamento, ter conhecimento da organização dos
espaços e das suas interdependências através do
organograma, conhecer o terreno e os condicionantes
(restrições legais quanto as posturas municipais, elementos
de ordem física tais como: insolação, ventilação, regime de
chuva, condições do solo, luminosidade, acústica ambiental,
etc; elementos de ordem econômica e social, etc...)

Assim o partido geral deverá resultar da conjugação de


todos esses elementos na idéia (esboço) inicial que relaciona
e encaminha a solução arquitetônica de forma unitária e
harmônica.
7) ANTEPROJETO
Etapa destinada à concepção e à representação do
conjunto de informações técnicas provisórias de
detalhamento da edificação necessárias ao inter-
relacionamento das atividades técnicas de projeto e
suficientes à elaboração de estimativas aproximadas de
custos e de prazos dos serviços de obra implicados.

8) PROJETO LEGAL
Etapa destinada à representação do conjunto de
informações técnicas necessárias à análise e
aprovação, pelas autoridades competentes, da
concepção da edificação e dos seus elementos com base
nas exigências legais (Municipal, Estadual,e Federal) e à
obtenção do alvará ou das licenças e demais documentos
indispensáveis para as atividades de construção.
9) PROJETO BÁSICO (OU DE PRÉ–
EXECUÇÃO)

Etapa destinada à concepção e a representação


do conjunto de informações técnicas da edificação ,
ainda não completas ou definitivas, mas consideradas
compatíveis com os projetos básicos das demais
atividades técnicas e suficientes à licitação (contratação)
dos serviços de obras correspondentes.

10) PROJETO EXECUTIVO


Etapa destinada à concepção e à representação
final do conjunto de informações técnicas da
edificação,completas,definitivas e suficientes à licitação
(contratação) e à execução dos serviços de obras
correspondentes.
13. DOCUMENTOS TÉCNICOS DO
PROJETO EXECUTIVO

• Desenhos
– Planta Baixa;
– Planta dos pavimentos (se houver mas de um);
– LayOut
– Plantas das coberturas;
– Cortes ou Secções;
– Elevações (todas);
– Plantas, cortes, elevações de ambientes especiais (banheiro,
cozinhas, lavabos, oficinas, lavanderias, etc.);
– Detalhes (plantas, cortes elevações, perspectivas) de
elementos da edificação e de seus componentes construtivos
(portas, janelas, bancadas, grades, forros, beirais, parapeitos,
pisos, revestimentos, proteções, etc.).
PLANTA BAIXA – É um corte transversal à edificação,
a uma altura de 1,50m.
Através da planta baixa, podemos visualizar os
ambientes que compõe o projeto. Feche os olhos e
imagine uma casa, visualizando da rua. Agora imagine se
fosse possível, tirar o telhado e visualiza-la de cima. Itens
que compõe a planta baixa:

• Paredes • Janelas
• Escada • Rampas
• Janelas • Portas
• Cotas
• Portas • Espelho d’água
• Cotas
• Projeções
• Indicação dos Cortes
• Indicação o Norte
Corte horizontal esquemático representativo do
processo de construção do desenho da planta
baixa.

Desenho em perspectiva de porta e


janela com a denominação de suas
medidas características
Cortes
Os cortes são as representações de vistas ortográficas seccionais
da edificação, obtidas quando passamos um plano de corte vertical
paralelo às paredes. São elevações verticais, feitas no sentido transversal
e longitudinal dentro da edificação. Eles mostram as alturas dos elementos
arquitetônicos, tais como portas, janelas, escadas, rampas, telhados, pé-
direito e outros.
São os desenhos em que são indicadas as dimensões verticais.
O objetivo dos cortes verticais é ilustrar o maior número de detalhes dos
espaços interiores, detalhes esses que não são devidamente esclarecidos
em planta baixa, mas que são fundamentais na construção da edificação.

Desenho esquemático de um corte


Fachadas ou Elevações
São as projeções das
arestas visíveis de cada face do
objeto representadas em planos
verticais paralelos às faces do
mesmo objeto.
Designação de cada
face externa da edificação. Nelas
aparecem os vãos de janelas,
portas, detalhes de composição,
telhados assim
como todos os outros elementos
visíveis de fora da edificação.
Num projeto
arquitetônico normalmente são
desenhadas, no mínimo, duas
fachadas. O ideal é a
representação das quatro fachadas
(frontal, lateral esquerda, lateral
direita e posterior) para que se
tenham todas as informações
externas necessárias da
edificação.
Planta de Cobertura
A planta de cobertura é a representação da
vista ortográfica superior de uma edificação, ou
vista aérea de seu telhado, acrescida de
informações sobre o escoamento das águas
pluviais.

Exemplo de uma planta de cobertura


a) Textos
- Memorial justificativo;
- Memorial descritivo dos elementos da
edificação, dos componentes construtivos e dos materiais
de construção;
- Memorial quantitativo dos componentes
construtivos e dos materiais de construção;

b) Perspectivas (interiores, exteriores , parciais ou gerais);

c) Maquetes;

d) Fotografias;

e) Recursos audiovisuais (filmes, fitas de vídeo, disquetes,


cd’s, data show).
Quais são os tipos de projetos de arquitetura que
existem?

PROJETO RESIDENCIAL PARTICULAR


Esse tipo de projeto é aquele em que o arquiteto é
contratado por um cliente para construir ou reformar um
único imóvel ou ambiente.

MODIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
Portanto outro tipo de projeto muito comum é
.
a reforma ou remodelação da parte interna de residências.
Pode ser desde uma simples alteração na decoração
interior, bem como a mudança em divisórias internas dos
ambientes ou a alteração total do imóvel.
Quais são os tipos de projetos de arquitetura que
existem?

PROJETO MULTIFAMILIAR
Como o nome já sugere, é um projeto pensado para
várias famílias.
É nesse conceito que se encaixam os projetos de
prédios, condomínios e complexos residenciais

PROJETOS ESTATAIS
. Geralmente contratados por licitação, esses tipo de
Tipos de projeto de arquitetura costumam ter regras e
especificações estabelecidas antes mesmo da assinatura do
contrato.
Quais são os tipos de projetos de arquitetura que
existem?

VAREJO COMERCIAL
Complexos como shoppings centers, centros
comerciais portanto os outros empreendimentos
semelhantes.
Porém os projetos de varejo comercial devem levar
em conta as necessidades como estacionamento, áreas
para o armazenamento de mercadorias, circulação, entre
. outros.
Podem ser projetos únicos ou múltiplos, como no
caso de redes de shopping que mantém a mesma estrutura
básica dos empreendimentos.
Quais são os tipos de projetos de arquitetura que
existem?

PROJETOS COMERCIAIS
Diversos tipos de projetos se enquadram nesse estilo.
Portanto desde projetos de prédios de escritórios, hotéis, galerias, entre
outros.
Aqui é importante que o arquiteto atente-se sempre aos detalhes
necessários para cada diferente tipo de projeto.
Alguns necessitam estacionamento, outros salas que podem ser
integradas com a subtração de uma parede, quantidade de elevadores
. no prédio.
Portanto as condições de acessibilidades, como rampa para
cadeirantes e banheiro de uso comum, por exemplo.
Profissionais que atuam nessa área também devem dominar a decoração
de interiores.
Pois muitos desses projetos incluem esse serviço em seu
escopo, como recepções de hotel, salas de espera e outras áreas
comuns das construções.
Quais são os tipos de projetos de arquitetura que
existem?

OUTROS PROJETOS

Há ainda diversos outros tipos de projetos, como


construções para a educação, para a saúde, fábricas, áreas
externas, entre outros.

.
MÉTODO ATUAL DE DESENHO

Projeto auxiliado pelo computador AutoCAD

UMA NOVA FILOSOFIA DE TRABALHO

Mas atualmente o BIM


TERMOS USADOS NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
OBRA

Uma obra envolve mais que tijolos, cimento ou


argamassa.

Há documentos, entidades, impostos e conjuntos


de leis que, muitas vezes, o público leigo jamais
suspeitou que existissem.
AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA

É utilizado para que se cumpra a transferência de


propriedade de um bem imóvel quando o antigo
proprietário não pode ou não quer fazê-la.

Nessa ação, o novo dono deve comprovar que


comprou e pagou por ele.

Para isso, pode-se usar o compromisso de compra e


venda, recibos, promissórias e testemunhas.
ALVARÁ

Essa licença, expedida pela prefeitura, autoriza a


construção ou a reforma de um imóvel.

O poder municipal fica obrigado a liberar a


permissão sempre que um pedido for feito, desde que
respeite todas as regras e apresente todos os documentos
requeridos.
CARTÓRIO DE NOTAS

O registro de todas as declarações ou documentos


que precisam tornar-se públicos, por exigência – ou não –
da lei, é feito nesses cartórios.

Contratos de compra e venda, por exemplo, só viram


escrituras quando lavrados ali.

Assim, deixam de ser um instrumento particular para


confirmar, de modo formal, a venda de um imóvel.
CERTIDÃO NEGATIVA

Qualquer documento que comprove a isenção


de ônus ou as dívidas de todos os tipos com a Justiça,
os órgãos públicos, a prefeitura e até o
comércio e os credores leva esse nome.

Tais papéis podem ser emitidos em nome de


pessoas físicas ou jurídicas e em favor de um imóvel.

O termo "negativa" nas certidões mostra que não


houve nenhum registro de ocorrência nos órgãos
consultados.
CÓDIGO DE OBRAS

São leis municipais que determinam a forma de


ocupação do solo, mais especificamente, estabelecendo
detalhes técnicos para as construções, como a quantidade
mínima de janelas e o dimensionamento das escadas e
das saídas de emergência.

Se essas regras forem desrespeitadas, a obra não


será aprovada pela prefeitura.

Nas capitais e grandes cidades, o Código de Obras é


vendido em livrarias.

Em outros municípios, ele pode ser obtido na


prefeitura.
HABITE-SE

Expedido pela prefeitura, é a licença que libera o


imóvel construído ou reformado para a moradia ou para a
permanência e circulação de pessoas (como cinemas,
teatros e escritórios).

Essa autorização só é concedida após a entrega de


todos os documentos referentes à obra, como o alvará e o
memorial descritivo, além dos comprovantes de pagamento
dos impostos (INSS e ISS).

Se houver qualquer divergência, um fiscal vai até a


construção: ele pode multar o construtor e impedir que
pessoas entrem no edifício até que as correções sejam
feitas.
IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS
IMOBILIÁRIOS (ITBI)

É cobrado sempre que há a transferência de


propriedade de um bem imóvel feita de forma pública, ou
seja, quando se lavra a escritura.

A alíquota a ser paga varia entre 2% e 6% do preço


do imóvel declarado no Cartório de Notas.
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

São os antigos Juizados de Pequenas Causas,


aos quais recorrem apenas as pessoas físicas.

Servem para julgar causas civis de menor


complexidade, com valores até quarenta salários mínimos.

Para casos que não excedam vinte salários


mínimos, é dispensada a presença de um advogado.

Há exceções para os réus: nesses juizados não


podem ser julgados, entre outros, os órgãos públicos.
LEI DE ZONEAMENTO

Esse conjunto de leis e decretos municipais é


responsável por ordenar e direcionar o crescimento de
uma cidade.

Por essa legislação, o mapa oficial de um município é


dividido em zonas, que por sua vez são repartidas em usos.
Uma zona pode ter uso único (quando é somente
residencial, por exemplo) ou misto (comércio e casas).

Essa lei também estabelece padrões urbanísticos que


variam conforme a zona, como os recuos legais.
MEMORIAL DESCRITIVO

Trata-se de um documento que descreve um


imóvel ou um empreendimento imobiliário de forma
completa (área total, área construída, metragem dos
ambientes e até materiais de acabamento).

É necessário para a requisição do habite-se na


prefeitura.
PLANO DIRETOR

É o conjunto das diretrizes legais que ordenam o


crescimento e preservam a harmonia visual de uma cidade.
Ele define linhas claras e rigorosas para projetos
arquitetônicos e urbanísticos e, por isso, serve de referência
às construções que interferem no traçado da cidade.
Acompanhando o desenvolvimento do município, esse
plano sofre modificações ao longo do tempo, que devem ser
aprovadas pela Câmara Municipal e pelo prefeito.
Às vezes, essas mudanças provocam conflitos de
interesses (como a abertura de uma nova avenida onde
existam casas).
Assim, sempre que uma pessoa ou um grupo de
cidadãos se sentir lesados, podem entrar na Justiça contra
aspectos do plano diretor.
VIDA ÚTIL E DESEMPENHO DAS
EDIFICAÇÕES na ABNT:
NBR 15575/13
Publicação: maio de 2008

• Objetivo: traduzir tecnicamente as necessidades


dos usuários brasileiros de imóveis

• Definição de requisitos mínimos (qualitativo),


critérios (quantitativos ou premissas) e métodos de
avaliação.

• Visam de um lado incentivar e balizar o


desenvolvimento tecnológico e, de outro, orientar a
avaliação da eficiência técnica e econômica das
inovações tecnológicas.
PLICAÇÃO DA NORMA
• Não se aplica a obras já concluídas, ou em andamento, até a data da entrada
em vigor desta Norma, nem a projetos protocolados nos órgãos competentes até
seis meses após a data da entrada em vigor desta Norma.
• Também não se aplica a obras de reformas, nem “ de retrofit”.

QUANDO ENTRA EM VIGOR?


Sua exigibilidade foi adiada para março de 2013.

Em 16 de julho, a Norma entrou em consulta pública, com data limite para


votação até o dia 13/Setembro/2012.

ENTENDENDO A NORMA
Na norma, são definidos critérios e métodos de avaliação de
desempenho de 5 sistemas:
• estrutura,
• pisos internos,
• vedações externas e internas,
• coberturas
• instalações hidrossanitárias.
SUBDIVISÕES DA NORMA
• ABNT NBR15575-1 Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos –
Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais.

• ABNT NBR15575-2 Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos –


Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais.

• ABNT NBR15575-3 Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos –


Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos internos.

• ABNT NBR15575-4 Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos –


Desempenho – Parte 4: Sistemas de vedações verticais externas e
internas.

• ABNT NBR15575-5 Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos –


Desempenho – Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas.

• ABNT NBR15575-6 Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos –


Desempenho – Parte 6: Sistemas hidrossanitários.
EXIGÊNCIAS DOS USUÁRIOS
Para os efeitos desta Norma, apresenta-se uma
lista geral de exigências dos usuários e utilizada como
referência para o estabelecimento dos requisitos e
critérios.

1. Segurança
• segurança estrutural
• segurança contra o fogo
• segurança no uso e na operação.
2. Habitabilidade 3. Sustentabilidade
• Estanqueidade •Durabilidade
•Conforto térmico •Manutenabilidade
•Conforto acústico •Adequação ambiental
•Conforto lumínico
•Saúde e higiene
•Funcionalidade e
•acessibilidade
•Conforto tátil
•Qualidade do ar
REQUISITOS
• Em função das necessidades básicas: segurança,
saúde, higiene e de economia, etc..

• São estabelecidos requisitos mínimos de


desempenho (“Nível M”) para Sistemas (elementos e
componentes), que devem ser considerados e
estabelecidos pelos intervenientes, e obrigatoriamente
atendidos.
PAPEL DOS INTERVENIENTES
• Projetista e contratante - estabelecer a vida útil de
projeto de cada sistema que compõe esta Norma

• Construtor e incorporador – Elaborar Manual de uso e


operação da edificação

• Usuário - realizar a manutenção de acordo com o


Manual de uso e operação da edificação
PAPEL DOS INTERVENIENTES
VIDA ÚTIL DE PROJETO
• Definir a vida útil de projeto deve ser estabelecida
na fase de concepção do projeto.

• Deverá ser de comum acordo entre os


intervenientes
Vida útil (NBR 15575)

Vida Útil de projeto (VUP) (em anos) especificada na NBR 15575/2013


Vida útil (NBR 15575)

Vida Útil de projeto (VUP) mínima para várias normas


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
• Busca analisar se o sistema construtivo cumpre
requisitos mínimos , independentemente da técnica da
solução adotada.

• Dever ser realizada por instituições de ensino ou


pesquisa, laboratórios especializados, e sempre que
possível, acreditados pela Rede Brasileira de Laboratórios
de Ensaio (RBLE), empresas de tecnologia, equipes multi-
profissionais ou profissionais de reconhecida capacidade
técnica.
REQUISITOS E CRITÉRIOS PARA
AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS

1. Desempenho estrutural
2. Segurança contra incêndio
3. Segurança no uso e na operação
4. Estanqueidade a fontes de umidade externas à
edificação
5. Conforto térmico
6. Conforto acústico
7. Conforto lumínico
8. Durabilidade e manutenibilidade

FIM
Obrigada pela atenção!

Luciana Soares
Arquiteta
Engº de Segurança do Trabalho
Pedagoga

Email: luchyiana@hotmail.com

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