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Apreciação Crítica do livro “Robinson Crusoé”

Na minha opinião, clássicos são livros que ultrapassam gerações e jamais perdem o seu vigor,
vitalidade e o poder de encantar as pessoas. Escrita no século XVIII, a história de Robinson
Crusoé encaixa-se perfeitamente nesta definição, um clássico já com 300 anos.

Depois de um desastre marítimo em que Robinson é o único sobrevivente e se vê numa ilha


deserta, onde tem que lutar pela sobrevivência. Defoe com esta trama tinha o objetivo de
mostrar que são nas situações extremas que o ser humano mostra quem verdadeiramente é e
do que é capaz. No caso de Crusoé, ele mostra-nos as suas próprias habilidades para fazer e
inventar coisas que lhe garantam a vida, ao mesmo tempo que através da solidão que ele
passa na ilha, cerca de 28 anos, nos mostra o quanto ele amadureceu relativamente ao Crusoé
representado nos primeiros capítulos que era completamente alheio às responsabilidades.

Outro aspeto interessante fica no desenvolvimento das capacidades de Robinson para


sobreviver. Pois enquanto ele explora a ilha, não só descobre o que lhe pode servir de
alimento como também vai adquirindo conhecimentos para construir, dentro dos possíveis,
um lar. Aos poucos, o personagem mostra-se bem estabelecido, possuindo um estilo e
conhecimento de vida melhor do que o que tinha antes do naufrágio.

Um ponto que pode ser controverso para os leitores de agora é a relação de Robinson com o
servo Sexta-feira, no entanto, se olharmos para isso do ponto de vista da época em que o livro
foi escrito, a relação de escravidão era extremamente normal e, a meu ver, o tratamento que
Robinson dava a Sexta-feira pode ser muito bem considerado benevolente e cristão, pois nos
anos de 1700 não era muito costume tratar os escravos bem.

Numa narrativa que se altera entre momentos mais arrastados e outros extremamente
interessantes, a obra "Robinson Crusoé" é uma obra que eu recomendaria pelas informações e
lições de vida apresentadas ao longo da obra.

Sara Rodrigues

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