Você está na página 1de 1

A autarcia como modelo económico

Os totalitarismos cresceram à medida que se agravavam as condições económicas e financeiras de uma Europa
destruída pela guerra. Como exemplos temos a Itália e a Alemanha, que como referido pela minha colega Inês no
início do trabalho, foram alvos de novos regimes, o fascismo e o nazismo, respetivamente.

Em ambos os países referidos, foi adotada uma nova política económica intervencionista e nacionalista que ficou
conhecida por autarcia, isto é, a autossuficiência económica, patrocinada pelo heroísmo do povo e o seu empenho
pela causa nacional.

Na Itália, a planificação económica foi facilitada pela atividade das corporações, pois assegurava-lhe a aquisição
eficaz de matérias-primas, os volumes exatos da produção e o tabelamento dos preços e dos salários. Alem disso, de
modo a garantir a independência das importações estrangeiras, fomentou-se a produção nacional, com sucessivas
campanhas de produtos de primeira necessidade. Exemplos dessas campanhas foram:

- A “Batalha de trigo”: esta tinha como principal objetivo a implantação da autossuficiência no que diz respeito à
produção de trigo.

- A “Batalha da bonificação”: teve como resultados a criação de novas povoações a sul de Roma e a recuperação de
terras

- A “Batalha da lira”: Esta procurava estabilizar a moeda reivindicando a Itália como uma grande potência.

Controlava-se ainda a subida dos direitos alfandegários, de forma a entravar as relações comerciais com outros
países.

A reconstrução dos vários ramos industriais foram promovidos pela criação de institutos entre 1931 e 1933, como
o Instituto para a Reconstrução Industrial, que permitiu ao Estado financiar as empresas com dificuldades e assim
deter poder sobre estas.

Este dirigismo económico do Estado fascista atingiu a plenitude em 1934, quando a Itália apostou na exploração
dos territórios coloniais, nomeadamente nas fontes de energia, minerais e borracha artificial.

Na Alemanha, foi levada a cabo uma política de grandes trabalhos em arroteamento, na construção de autoestradas,
linhas férreas, pontes, entre outras obras públicas, de modo a reabsorver o desemprego. Por outro lado, como não
poderia deixar de ser, o estado alemão adotou uma posição intervencionista em relação à economia, dirigindo-a no
sentido da reconstituição de modelo industrial e do desenvolvimento dos setores do armamento, nomeadamente, a
industria siderúrgica, química, elétrica, mecânica e aeronáutica, contrariando as imposições de Versalhes.

Sendo assim, nos finais da década de 30, a Alemanha estava plenamente militarizada e preparada para se lançar na
conquista da Europa, uma vez que, as realizações económicas e a diminuição significativa do desemprego fez com
que alguns países ocidentais nutrissem uma admiração por esta.

Você também pode gostar