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Introdução
Capítulo 2 – Os Partipantes
Embora possa ser visto aparentemente que todo o poder da relação corre do
Dominador ou Dono para a submissa ou escrava, isto é de alguma forma
enganoso. Os parceiros numa relação D/s, não importa que lado ocupem, são
iguais numa certa medida. Ambos os lados têm poder, mas de formas
diferentes. O Dom deve ser a autoridade final, mas a sub é que inicia a
maioria das ações.
O Dominador, ou Dom
Como protetor, o Dom deve ser a) mais forte do que a sub, e b) mais forte
do que qualquer outra pessoa na vida da sub. Isto não quer dizer que tenha
que ser fisicamente maior ou mais forte. Estou falando de caráter e
personalidade.
O Dono
O Dono ocupa o lugar mais alto no controle da D/s. O Dono segue as mesmas
regras que o Dom, mas num sentido mais rigoroso. O Dono por ter uma
escrava, mas pode chamar sua escrava de sub. A escrava é propriedade e
“encoleirada” por seu Dono. O Dono considera a escrava sua posse, mas de
alto valor e amada, a coisa mais valiosa que ele possui. Ofensas contra as
regras criadas pelo Dono são administradas com mais rigor, na maioria das
circunstâncias. Além disso, o Dono, quando satisfeito, deixa fluir profundo
amor e carinho por sua escrava. O Dono também protege mais sua escrava,
porque ela é totalmente dependente dele.
A Submissa, ou sub
Sem dúvida, a submissa serve; o Senhor recebe. Mas isto não significa que
ela não tenha senso de si mesma, ou auto-estima. Suas necessidades são
reais, e ela deveria deixar uma relação na qual suas necessidades não sejam
satisfeitas.” (Rex99, 21/07/95, AOL)
Como aluna, a sub aprende a dar prazer ao Dono e, quando o faz, espera ser
recompensada por ele. Da mesma forma, quando não o faz ou o faz
incorretamente, a sub espera ser corrigida e que ele lhe mostre a maneira
certa de agir.
Como amante, a sub deixa seu prazer para agradar ao Dono porque ela
genuinamente preocupa-se pelo bem estar dele. A sub faz isto não por medo
da dor ou por querer retribuição, mas apenas porque quer prazer ao Dono. A
sub não quer que seu Dono se desaponte com ela.
A escrava
Nota: Neste capítulo e daqui para a frente, estarei me referindo aos Donos
e Dominadores como Doms. Do mesmo modo, escravas e subs serão
chamadas subs.
Nenhum dano pode ocorrer à sub. Isto não quer dizer que punições físicas,
disciplina e correção não ocorram, mas elas são calculadas para que não
produzam dano real, tanto no corpo quanto na mente. Na D/s, a dor é usada
às vezes para corrigir o comportamento, ou como experiência prazerosa,
dependendo da pessoa. Não é o foco central da relação.
A sub deve ter uma “palavra de segurança”, ou algo que possa dizer e que
interrompa uma atividade, uma palavra de segurança que é entendida entre
os dois parceiros significando que a ação deve ser interrompida. Pode ser
que a sub esteja em grande sofrimento, ou que o Dom queira esclarecer uma
situação. Usualmente, uma linha foi atravessada sem que tenha sido
discutida antes nos acordos pré-estabelecidos, e que agora apareceu. D/s é
para ser desfrutada pelos dois parceiros. Limites e palavras de segurança
são um tipo de garantia de que as coisas não sairão de controle em ambos os
lados. Se o casal está no meio de uma sessão de caning (espancamento com
vara), e a sub está tendo um problema com a situação, a palavra de
segurança é usada para parar a sessão. Quando a palavra é dita, a ação deve
ser imediatamente suspensa. Isto permitirá que sub e Dom discutam que
problema houve, corrija o sofrimento ou a situação de perigo, fora da
“sessão”.
Comunicação entre Dom e sub é crucial para que uma relação D/s obtenha
sucesso. A sub deve falar de seus sentimentos e o Dom deve ser receptivo.
O Dom deve também ter consciência dos sinais não-verbais que a sub dá.
Para uma relação D/s ser satisfatória, é importante que haja algum grau de
afinidade entre os parceiros. O Dom se esforçará para estimular a sub a
atingir o seu ideal. A sub deve querer atingir este objetivo também. Se
algum desses objetivos não existe, a relação D/s pode tornar-se uma
relação abusiva, degradando-se, ou os parceiros separarem-se, insatisfeitos.
A D/s deve satisfazer os parceiros mutuamente. Limites e palavras de
segurança devem ser a garantia para que ambos tenham prazer e para que
não percam todo o controle.
Este é o ponto onde muitas relações D/s se perdem. Punição excessiva por
infrações pequenas, não reconhecimento de boas atitudes, ignorância
gritante de ações erradas levam a relação ao fracasso. Os papéis de ambos,
Dom e sub, são bastante rígidos; os deveres de ambos bem compreendidos.
Quando um Dom não pune infrações graves, ou ignora a ação correta de sua
sub, os acordos feitos no início da relação se quebram. É nesta hora que um
verdadeiro Dom se mostra. O Dom deve estar no controle não apenas de sua
sub, mas de si mesmo também.
No começo de uma relação D/s, o Dom e a sub podem concordar com uma
longa lista de ações corretas e incorretas, mas se o Dom não se lembrar
delas, a sub “passa por cima” do Dom, e, neste processo, perde respeito pelo
domínio do Dom. Seria melhor ter poucas regras no início e, com o tempo
expandi-las enquanto a relação cresce.
NOTA: Os itens seguintes deverão ser usados com extremo cuidado. É fácil
causar dano permanente ou mesmo matar uma pessoa com estes itens. Se
você não está seguro quanto ao uso deles, obtenha ajuda de casais D/s
experientes.
Cordas
Correias
Normalmente estes items são feitos de nylon ou couro. Estes são itens que
podem ir um pouco mais além do que apenas atar mãos e pés. São muito mais
difíceis de se livrar deles e muito mais restritivos. Algumas correias unem
os punhos às coxas ou aos tornozelos. Imobilização por correia tende a ter
um só objetivo.
Algemas
Correntes
Coleiras
Coleiras são dispositivos usados em volta do pescoço da sub. Eles podem ser
feitos de couro ou nylon. Correntes ou correias podem ser unidas a elas para
prender mãos ou pernas. Estes dispositivos podem ser diferentes de uma
coleira que simbolize a posse.
Barras
NOTA: Cuidados devem ser tomados para garantir que as conexões nas
pontas das barras estão apropriadamente apertadas porque se elas se
soltarem a barra pode se soltar e atingir a sub ou o Dom.
Dispositivos de Suspensão
Há muitos tipos de itens para treinamento. Usualmente eles são usados para
punição, mas, se usadas suavemente, podem ser bem eróticas. Estes itens
não devem servir a outro objetivo que não seja o de administrar disciplina.
São símbolos de poder e autoridade do Dom. Deverão ser tratados com
cuidado e respeito. Não manipule um item se não estiver preparado para
usá-lo. Estes itens são mais do que simples ferramentas. Devem infundir
pavor na sub, e efetuar imediata mudança na atitude dela. São tangíveis
evidências do papel do Dom como o administrador de justiça para a sub.
Assim sendo, não deverão ser usadas de forma errada ou equivocada.
Cintos podem ser usados para disciplinar a sub. Dobrados pela metade são
muito eficazes para espancar. É fácil perder o controle com o cinto e assim
causar mais dor do que o necessário. É claro que a intensidade da dor é
decidida pelo casal. Chibatas de montaria também são bastante eficientes.
O cabo do chicote passando pelo meio das coxas da sub é bastante erótico e
uma chibatada, bastante convincente. Açoites são chicotes com várias tiras
finas presas a um cabo e podem romper a pele se batidos com muita força,
mas se usados com força média ou suave, podem atrair a atenção da sub
rapidamente. Eles cobrem uma parte grande da pele, atingindo diferentes
áreas sensíveis à dor. Palmatórias tem várias formas e tamanhos e também
são usadas para atingir áreas maiores.
Estes itens deverão ser usados para altos níveis de disciplina, já que eles
causam maior dor do que a palma de sua mão e podem causar danos se não
forem usados com cuidado. Um Dom inexperiente deverá usar o item em si
mesmo antes de usá-lo na sub. Desta forma, o Dom tem uma avaliação
precisa da força necessária em cada item para produzir o efeito desejado.
Respeito pela sub é muito importante nesta fase. Como um Dom, você está
tentando tirar o máximo de sua sub, não quebrar seu espírito e transformá-
la num robô.
Nunca inicie uma sessão sob influência de drogas ou de álcool. Isto vale
tanto para a sub quando para o Dom.
Humilhação
Restrição de movimentos
Dominação Física
Dominação verbal
Esta forma de dominação não é tão direta quando os métodos acima, mas
também funciona. Dominação verbal é controlar pelas palavras e assim
efetuar uma mudança na sub. Um exemplo pode ser deslizar por trás da sub
num lugar público e sussurrar ao seu ouvido, ou chamá-la “escrava” em
público. Ter sua sub chamando-lhe “Senhor” ou “Senhora” em público
também pode ser considerado dominação verbal. Alguns Doms exercem
tanto poder sobre suas subs que apenas uma palavra ou frase causam
mudança instantânea em sua sub, algumas vezes até contra a vontade dela.
Estes casos são raros, entretanto.
Cera
Cera é usada por muitos casais para dar um realce às sessões. Cera de vela,
pingada em áreas sensíveis do corpo como mamilos, peito ou virilha podem
ser intensamente estimulantes para aqueles que tenham grande tolerância à
dor. A sensação da cera quente, escorrendo e endurecendo numa conchinha
macia pode ser bem erótico. O calor da cera também serve para intensificar
a sensibilidade na área e ao redor dela, se a cera não estiver muito quente.
Pregadores ou presilhas
Pregadores são utensílios para aplicar pressão a uma parte do corpo. Podem
ser usados nos mamilos, no peito ou na parte externa da genitália. Há muitos
tipos de pregadores, desde os simples pregadores de roupa aos especiais
para os genitais. Alguns têm ajustadores de tensão. Os Doms podem colocar
os pregadores e acrescentar pesos neles, ou prendê-los num sistema de
suspensão para puxá-los para cima ou para baixo. As sensações podem variar
do prazer a um desconforto suave e à dor extrema, dependendo da área
onde é aplicado, a quantidade de pressão do pregador e se há algum peso
adicionado.
Brincar com gelo pode ser um bem-vindo acréscimo à relação. Gelo pode ser
usado nas partes externas do corpo, genitália externa ou até na genitália
interna, se cuidados forem tomados. Gelo pode sensibilizar rapidamente as
áreas atingidas ou entorpecê-las levemente e pode ser usado por ambos os
sexos para intensificar o orgasmo. Com os homens, uma pequena lasca de
gelo inserido no ânus durante a ejaculação pode dar a ele um orgasmo mais
intenso que o normal. Gelo esfregado nos mamilos causa quase imediato
endurecimento facilitando a colocação de presilhas em algumas situações.
NOTA: Cuidados precisam ser seguidos. Jogos com gelo podem causar
congelamento dos mamilos, significando um entorpecimento temporário, dor
e diminuição do fluxo sangüíneo na área afetada, o que será interrompido
com a aplicação de calor. Congelamento é pode causar a morte do tecido. A
pele fica cinza e não há fluxo sangüíneo e ficará com consistência de cera.
Queimadura por frio deve ser cuidada imediatamente e o Dom deverá estar
observando atentamente as reações da sub para qualquer sinal de que ela
ocorra. Não aplique cera quente ou água quente na área afetada pelo gelo.
Use o calor de suas mãos ou axilas para reaquecer a área atingida. Por outro
lado, gelo inserido no ânus ou na vagina por longo tempo podem causar
cortes internos que podem causar severos danos ou até matar a sub.
Treinamento corporal
Piercing