Você está na página 1de 17

Universidade Federal de Goiás

Escola de Engenharia Civil e Ambiental


Gerenciamento de Resíduos Sólidos

PROJETO – ATERRO SANITÁRIO

Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos


Profª Drª Simone Costa Pfeiffer
Gabriele Lopes da Cruz (201900184)
João Pedro Caetano Borges (201910655)
Marcia Cristina de Jesus Tavares (201905273
Paulo Augusto Costa Bastos (201901088)

Novembro de 2021
GOIÂNIA - GO
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

1 Introdução:

Os resíduos sólidos urbanos (RSU) englobam os resíduos provenientes de


atividades domésticas em residências e os resíduos da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas, além de outros serviços de limpeza urbana. Esses
resíduos sofreram alterações quantitativas e qualitativas ao longo do tempo, contudo
sua gestão não acompanha a evolução das tecnologias de produção (DIAS, 2009;
STRAUCH, 2008).
Os RSU’s gerados pela sociedade em suas diversas atividades resultam em
riscos à saúde pública, provocam degradação ambiental, além dos aspectos sociais,
econômicos e administrativos envolvidos na questão (SIQUEIRA; MORAIS 2009).
No Brasil a destinação final que deveria receber tratamento com soluções
economicamente viáveis, de acordo com a legislação e as tecnologias atualmente
disponíveis, acaba, ainda em parte, sendo despejados a céu aberto, lançados na rede
pública de esgotos ou até queimados.
A capacidade dos sistemas tradicionais de disposição já está chegando a seu
limite, necessitando de alternativas para a destinação final dos bens após seu
consumo, para minimizar seu impacto ambiental.
O aterro sanitário é um equipamento projetado para receber e tratar os RSU
gerados pelos habitantes de uma cidade, com base em estudos de Engenharia e
Geologia, visando reduzir ao máximo os impactos causados ao meio ambiente. O
aterro sanitário constitui-se em uma das técnicas mais seguras e de mais baixo custo
para destinação final de RSU (UNEP & IETC, 2005; SYCTOM, 2008).
Logo, o presente projeto tem o objetivo de realizar o dimensionamento de um
aterro com previsão de funcionamento de 20 anos (2023 a 2043) para uma população
inicial de 44.764 habitantes. O método de aterramento será o de trincheiras,
empregado em terrenos planos ou poucos inclinados, e onde o lençol freático esteja
situado a uma profundidade maior em relação à superfície evitando sua
contaminação.
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2 Memorial Descritivo de Cálculo:

Para cálculo dos projetos foram utilizados os seguintes dados fornecidos pela
Profa. Dra. Simone Costa Pfeiffer.
• A população inicial do ano 2021: 44.764 habitantes com uma taxa de
crescimento anual de 1,28%, para um horizonte de projeto com uma
projeção de 20 anos, com início em janeiro de 2023;
• Considerando uma taxa per capita de resíduos de 0,66 kg/hab.dia até
2025 e 0,70 kg/hab.dia a partir de 2026.
• O método de aterramento adotado é as trincheiras com uma
profundidade de 5 m;
• Inclinação dos taludes das trincheiras: 1V:2H;
• Alcance do serviço de coleta de RSU, ao longo do horizonte de projeto:
95% até 2025 (inclusive), 100% nos demais anos;
• Grau de compactação dos resíduos no aterro: 0,8 t/m³;
• Intensidade pluviométrica crítica: 110 mm/h;
• Percentual de material de recobrimento: 20%;
• Área de contribuição para a drenagem pluvial: 3.000 m².

Dimensionamento do Aterro

2.1 Cálculo de estimava populacional


𝑃 = 𝑃0 (1 + 1,69)𝑇−𝑡 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1

Estimativa da população no final de vida do aterro:


𝑃 = 𝑃0 (1 + 1,69)𝑇−𝑡 = 59208,00

2.2 Crescimento populacional baseado na taxa de 1,28% (anual)

𝑃𝑂𝑃𝑎𝑛𝑜.𝑎𝑛𝑡 + 1,28% 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2

Tabela 1 – Projeção do Crescimento Populacional

Ano População
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2021 44764,00
2022 45336,98
2023 45909,96
2024 46482,94
2025 47055,92
2026 47628,90
2027 48201,88
2028 48774,85
2029 49347,83
2030 49920,81
2031 50493,79
2032 51066,77
2033 51639,75
2034 52212,73
2035 52785,71
2036 53358,69
2037 53931,67
2038 54504,65
2039 55077,63
2040 55650,60
2041 56223,58
2042 56796,56
2043 57369,54

2.3 Calculo da quantidade de resíduos coletados (Kg/dia)

Para este cálculo considerou a taxa de geração per capita 0,66 até o ano de
2025 e 0,70 a parti do ano de 2026 em diante.
O alcance do serviço de coleta é de 95% até o ano de 2025 e 100% de 2026
em diante.
Tabela 2 – Valores obtidos da quantidade de resíduos coletados
Alcance do serviço Qtd de resíduo
Ano População Taxa per capita
de coleta coletado (Kg/dia)
2021 44764,00 0,66 95% -
2022 45336,98 0,66 95% -
2023 45909,96 0,66 95% 28785,54
2024 46482,94 0,66 95% 29144,80
2025 47055,92 0,66 95% 29504,06
2026 47628,90 0,70 100% 33340,23
2027 48201,88 0,70 100% 33741,31
2028 48774,85 0,70 100% 34142,40
2029 49347,83 0,70 100% 34543,48
2030 49920,81 0,70 100% 34944,57
2031 50493,79 0,70 100% 35345,65
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2032 51066,77 0,70 100% 35746,74


2033 51639,75 0,70 100% 36147,83
2034 52212,73 0,70 100% 36548,91
2035 52785,71 0,70 100% 36950,00
2036 53358,69 0,70 100% 37351,08
2037 53931,67 0,70 100% 37752,17
2038 54504,65 0,70 100% 38153,25
2039 55077,63 0,70 100% 38554,34
2040 55650,60 0,70 100% 38955,42
2041 56223,58 0,70 100% 39356,51
2042 56796,56 0,70 100% 39757,59
2043 57369,54 0,70 100% 40158,68

2.4 Converter o a quantidade de resíduos coletado em kg/dia para t/ano

Neste passo, foi feita somente a conversão entre os valores encontrados no


Passo 4 (kg/dia) para t/ano.
Tabela 3 – Conversão da quantidade de resíduos
Qtd de resíduo Qtd de resíduo
coletado (Kg/dia) coletado (t/ano)
- -
- -
28785,54 10506,72353
29144,80 10637,85268
29504,06 10768,98184
33340,23 12169,18293
33741,31 12315,57911
34142,40 12461,9753
34543,48 12608,37148
34944,57 12754,76767
35345,65 12901,16386
35746,74 13047,56004
36147,83 13193,95623
36548,91 13340,35241
36950,00 13486,7486
37351,08 13633,14478
37752,17 13779,54097
38153,25 13925,93716
38554,34 14072,33334
38955,42 14218,72953
39356,51 14365,12571
39757,59 14511,5219
40158,68 14657,91808
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2.5 Calculo do volume de resíduos compactados (𝒎𝟑 /𝒂𝒏𝒐)

Neste passo, leva em consideração o grau de compactação residual nesse


aterro que é de 0,8 t/m³.
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠/0,8(𝑡/𝑚3 ) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 3

Calcula-se a quantidade de resíduo de cada ano dividindo pelo 0,8(𝑡/𝑚3 ):

2.6 Calculo do volume de solo do recobrimento

Equivale a 20% do volume de resíduos compactado


𝑚3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜s (𝑎𝑛𝑜) 𝑥 20% 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4

2.7 Calculo do volume total de operação do aterro

𝑉𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑣𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 5

2.8 Calculo do volume total de operação do aterro acumulado

𝑉𝑜𝑙 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑣𝑜𝑙 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙


𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 6

Para este calculo é considerado o valor do ano anterior somado com o ano
atual.

Na tabela 4 é o possível verificar os valores obtidos do Passo 5 ao Passo 8:

Tabela 4 – Valores obtidos dos volumes pedidos do 2.5 ao 2.8


Volume de resíduo Volume do solo de Volume total da operação Volume acumulado da
compactado (m³/ano) recobrimento (m³/ano) do aterro (m³/ano) operação do aterro (m³/ano)
- - - -
- - - -
13133,40 2626,680882 15760,09 15760,09
13297,31586 2659,463171 15956,78 31716,86
13461,2273 2692,24546 16153,47 47870,34
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

15211,47866 3042,295732 18253,77 66124,11


15394,47389 3078,894778 18473,37 84597,48
15577,46912 3115,493825 18692,96 103290,44
15760,46436 3152,092871 18912,56 122203,00
15943,45959 3188,691918 19132,15 141335,15
16126,45482 3225,290964 19351,75 160686,90
16309,45005 3261,89001 19571,34 180258,24
16492,44528 3298,489057 19790,93 200049,17
16675,44052 3335,088103 20010,53 220059,70
16858,43575 3371,68715 20230,12 240289,82
17041,43098 3408,286196 20449,72 260739,54
17224,42621 3444,885242 20669,31 281408,85
17407,42144 3481,484289 20888,91 302297,76
17590,41668 3518,083335 21108,50 323406,26
17773,41191 3554,682382 21328,09 344734,35
17956,40714 3591,281428 21547,69 366282,04
18139,40237 3627,880474 21767,28 388049,32
18322,3976 3664,479521 21986,88 410036,20

2.9 Calculo do volume da trincheira

Sabe-se que que para o volume da trincheira:

Volume acumulado final (2043)


𝑉𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 7
20

O volume de cada trincheira corresponde:

410036,20
𝑉𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 = = 20501,81𝑚3
20

2.10 Calculo da área da seção transversal da trincheira

Sabe - se que:
𝑉𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝐴𝑠𝑡 𝑥 𝐶 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 8
Onde:
𝐴𝑠𝑡 : área da seção transversal da trincheira
𝐶: comprimento
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

𝐿𝐹𝑢𝑛𝑑𝑜 + 𝐿𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒
𝐴𝑠𝑡 = 𝑥𝐻 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 9
2

Considerando:
H da trincheira a 5 metros;
Largura de fundo 35 metros;
Inclinação do talude 1V:2H
Para o cálculo da área da seção transversal
Logo:
(35+ 55)
𝐴𝑠𝑡 = 𝑥 5 = 225,00
2

2.11 Calculo do comprimento da trincheira

Considerou o volume total de cada trincheira e a sua área transversal


𝑉𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝐴𝑠𝑡 𝑥 𝐶 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 10
Isolando C para achar o comprimento:
𝑉𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎
𝐶= 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 11
𝐴𝑠𝑡

Logo,
20501,81
𝐶= = 91,12 𝑚
225,00
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2.12 Calculo da área total do aterro

𝐴total = á𝑟𝑒𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑠 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 + á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑖𝑠 estruturas


𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 12

Área necessária para as trincheiras: é a área superficial das trincheiras vezes


a quantidade das trincheiras
Área das demais estruturas: Adotou-se uma segurança (40 %);
Portanto:

𝐴total = (40 ∗ 101,12) ∗ 20 ) + ((40 ∗ 101,12) ∗ 20 ) ∗ 0,4 = 113253,45

2.13 Cálculo células sanitárias

Sabe-se que o volume diário consiste em:


𝑉 = 𝑏𝑥𝑙𝑥ℎ 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 13
b: frente de operação (m);
l: profundidade da célula (m);
h: altura (m);
Dado que a cobertura mínima corresponde à l = b, temos:
𝑉 = 𝑏2 𝑥 ℎ 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 14
Volume total de resíduos compactados
Volume médio = 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 15
20 x 365

341696,83
Volume médio = = 46𝑚3
20 x 365

Altura das células sanitárias:


ℎ = ∛𝑣𝑝2 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 16
Em que:
h – Altura;
V - Volume médio = 46 m³ /ano;
p = 3 ( inclinação horizontal da rampa de trabalho do trator - 1:3);
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

h = 1, 7 m

2.14 Cálculo da Frente de Operação

b=?
𝑉 = 𝑏2 𝑥 ℎ 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 17
Logo, 2 = V / h
𝑉
𝑏2 = 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 18

𝑉 − 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 46 𝑚3
ℎ − 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 = 1,7 𝑚
46
𝑏2 =
1,7
𝑏 = 5,2
Logo, b = 5,2 m, l = 5,2 m e h = 1,7 m

2.15 Cálculo do Sistema de Drenagem das Águas Pluviais

𝑄 = 𝐶𝑥𝐼𝑥𝐴 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 19
Em que:
Q - é a vazão a ser drenada em m³/s;
C - é o coeficiente de escoamento superficial (adimensional);
I – é a intensidade da chuva crítica em m/s;
A – é a área de contribuição em m².

Tem-se então, o cálculo da vazão para a área da trincheira (Q1) e a área de


contribuição (Q2 ):
𝑄1 = 𝐶𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑥 𝐼 𝑥 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 20

Em que:
𝐶𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 − 0,34 (𝐺𝑟𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜, 0 − 2% 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑒𝑚 25 𝑎𝑛𝑜𝑠)
𝐴𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 − 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝐿𝑠 𝑥 𝐶𝑠 ) 𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎
= 5561,6/2 = 2780,8 𝑚2
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

𝑄2 = 𝐶𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑥 𝐼 𝑥 𝐴𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 21

Em que:
𝐶𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 − 0,42 (2 − 7%, 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑜, 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑒𝑚 25 𝑎𝑛𝑜𝑠)
𝐴𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 − 5000 𝑚2
𝐼 − 𝑒𝑚 𝑎𝑚𝑏𝑎𝑠 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 = 110 𝑚𝑚/ℎ = 3,06.10 − 5 𝑚/𝑠

Os coeficientes foram dados de acordo com a tabela abaixo:

𝑄1 = 0,34 𝑥 3,06𝑥(10 − 5) 𝑥 2780,8


𝑄1 = 0,028 𝑚3 /𝑠
𝑄2 = 0,42 𝑥 3,06𝑥(10 − 5)𝑥5000
𝑄2 = 0,064 𝑚3 /𝑠

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑄1 + 𝑄2 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 22
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,028 + 0,064
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,092 ≃ 0,09 𝑚3 /𝑠
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2.16 Dimensionamento dos drenos de águas pluviais

De acordo com a Equação de Chezy-Manning, temos:


2 1
1
Q = x S x RH 3 x 𝐼 2 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 23
𝑛

Em que:
Q − vazão = 0,09 m3 /s
S − área da seção transversal ocupado pelo líquido = πD2 /8 (m2 )
D
RH − raio da seção = (m)
4
I − declividade do canal = 1%
D − diâmetro
D − diâmetro
n - coeficiente de rugosidade do canal (valor tabelado) de acordo com a tabela abaixo,
adotou-se n=0,014

2
1 𝜋𝐷2 𝐷3 1
𝑄 = 𝑥 𝑥 𝑥 1%2
𝑛 8 4
2
1 𝜋𝐷2 𝐷 3
0,09 = 𝑥 𝑥 𝑥 0,1
0,014 8 2,5
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
71,4 2
0,09 = 𝑥 𝜋 𝑥 𝐷2 𝑥 𝐷3 𝑥 0,1
20
0,09 = 3,57𝜋 𝑥 𝐷8/3 𝑥 0,1
0,09 = 11,2 𝑥 0,1 𝑥 𝐷8/3
0,09 = 1,1 𝑥 𝐷8/3
𝐷 8/3 = 0,08
𝐷 = 0,387
𝐷 ≃ 0,4 𝑚

O valor de D se aproxima de 0,4 m = 400 mm.

2.17 Cálculo do Sistema de Drenagem de Percolado

Q = (C x I x A) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 24
Onde:
Q - é a vazão a ser drenada em 𝑚3 /s;
C - é o coeficiente de escoamento superficial (Tabelado), adotou-se 0,86;
I – é a intensidade da chuva crítica em m/s: 110 mm/h = 3,06.10-5 m/s;
A – é a área em m²: 5561,6.
Portanto:
Q = 0,86 x 3,06.10 − 5 x 5561,6 = 0,146
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2.18 Dimensionamento dos drenos de percolado

De acordo com a Equação de Chezy-Manning, temos:


2 1
𝑄 = (1/𝑛) 𝑥 𝑆 𝑥𝑅𝐻3 𝑥𝐼 2

Em que:
Q - vazão = 0,146 m³ /s
S - área da seção transversal ocupado pelo líquido onde S= 2a² (m² )
RH - raio da seção = a/2 (m)
I - declividade do canal = 2%
n - coeficiente de rugosidade do canal para manta PEAD, n=0,01
a= ?

Reescrevendo os termos:

1 2 1
0,146 = 𝑥 2𝑎² 𝑥 (𝑎/2)3 𝑥 (0,02)2
0,01

0,146 = 100 𝑥 2𝑎²𝑥 (𝑎/2)2/3 𝑥 (1/50)0,5


0,146 = 100 𝑥 21/3 𝑥 𝑎² 𝑥 𝑎2/3 𝑥 (1/50)0,5
0,146 = (100 𝑥 21/3 𝑥 𝑎8/3 )/500,5
0,146 = (100 32 3𝑎8) /501/2
0,146 = (100 32𝑎² 3𝑎² ) / 52
0,146 = (20 𝑎² 32𝑎² ) / 2
((2)/20)𝑥0,146 = 𝑎² 32𝑎²
(2/20)𝑥(29/200) = 𝑎² 32 𝑎²
(292)/4000 = 𝑎² 32𝑎²
𝑎6𝑥 2𝑎² = (24389 𝑥 22)/4000³
2𝑎8 = (243892)/2000 𝑥 4000²
𝑎8 = (243892)/4000³
𝑎 = ±(162 𝑥 24389²400010)/4000

𝑎 = 0,164 𝑚

Aproximadamente 170 mm.


Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

2.19 Dimensionamento do pátio de compostagem

• Percentual de matéria orgânica nos resíduos coletados = 60%


• Peso específico da fração orgânica = 350 Kg /m³
• Quantidade de resíduo coletado = 28.981Kg
• Leira 1,6m de altura e 3,0m de largura
• Para um pátio de 35% dos resíduos de 2023 a área necessária e de:

Quantidade de matéria orgânica a ser compostada:

28.981𝑥(60/100) = 17.364 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 25


17.364𝑥(35/100) = 6.077
𝑀𝑂 = 6.077 𝐾𝑔/𝑑𝑖𝑎

Cálculo de volume:

𝑝 = 𝑚/𝑣 𝑜𝑢 𝑣 = 𝑚/𝑝 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 26


𝑣 = 6.077/350 = 17,36
𝑉 = 17,36 𝑚³

Dimensão das leiras:

𝐵𝑥ℎ
𝐴𝑠𝑡 = 2 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 27
1.60
𝐴𝑠𝑡 = 3.0𝑥 ( ) = 2.400 𝑚³
2

Volume da leira:

𝑉𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝐴𝑠𝑡𝑥 𝐶 𝑜𝑢 𝐶 = 𝑣/𝐴𝑠𝑡 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 28


𝐶 = 17.36/2.400
𝐶 = 7.23

Aproximadamente 7,5m.

Dimensões do pátio de compostagem:

Área da base da leira:

𝐴𝑏𝑙 = 3.0 𝑥 7,5 = 22.5 𝑚² 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 29

Área de folga para reviramento da leira: 22.5 m²


Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Área total para reviramento da leira:

𝐴𝑙 = 22.5 𝑥 2 = 55 𝑚² 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 30

Área total para todas as leiras (considerando que o processo dure 120 dias):

𝐴𝑡𝑙 = 55 𝑥 120 = 6.600 𝑚² 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 31

Área total do pátio de compostagem( + 10% para circulação e outros)

𝐴𝑝á𝑡𝑖𝑜 = 6.600 𝑥 1,10 = 7.260 𝑚² 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 32

A área necessária para compostar 35% desses resíduos é de 7.260 m²


Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil e Ambiental
Gerenciamento de Resíduos Sólidos

3 Referências Bibliográficas:

DIAS, S.M.F. Proposição de uma matriz de indicadores de sustentabilidade em


gestão integrada de resíduos sólidos urbanos e sua aplicação em um estudo de
caso. 2009. Monografia (Progressão de carreira no magistério superior) -
Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2009.

SIQUEIRA, M.M.; MORAIS M.S. Saúde coletiva, resíduos sólidos urbanos e os


catadores de lixo. Ciência & Saúde Coletiva, São José do Rio Preto, p.2115-2122,
2009.

STRAUCH, M. Gestão de recursos naturais e resíduos. In: STRAUCH, M.;


ALBUQUERQUE, P.P. Resíduos: como lidar com recursos naturais. São Leopoldo:
Oikos, 2008 p. 29-82.

Você também pode gostar