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História : O jogo do contente

A história de Pollyanna é muito interessante e enriquecedora. Já órfã de mãe,


aos 11 anos, ela também perdeu o seu pai, um missionário sem muitas posses.
Teve que, então, ir morar com a avó materna, uma mulher rica, da alta
sociedade, mas nada carinhosa e bastante insensível a neta.
Porém, antes de falecer, o pai de Pollyanna deixou para ela uma grande
herança, nada material, mas sim uma lição e um exemplo que a ajudou a ter
uma vida de superação e paz. Ele a ensinou a jogar o que chamou de “O Jogo
do Contente” (**), que vou lhes contar agora:
“Certa vez Pollyanna conversava com seu pai e pediu-lhe uma boneca. Ele
então sorriu e respondeu, dizendo que ela teria sua boneca.O pai, que era um
missionário, enviou uma carta pedindo a boneca.A menina esperou, esperou...
E a caixa de doações finalmente chegou!Ela foi correndo até a caixa e a abriu
toda feliz. Mas dentro só havia um par de muletas...A menina começou a
chorar desesperada, então seu pai a abraçou e lhe ensinou um jogo...O jogo do
contente, que se trata de encontrar em cada tristeza ao menos um pouquinho
de alegria. Pollyanna então perguntou ao pai:– Como posso ficar contente por
ter recebido um par de muletas e não a boneca que pedi? O que há de bom
nisso? O pai a olhou com ternura e respondeu:– Simplesmente pelo fato de
não precisar delas!” (*)
Assim, quando ele morre e Pollyanna é entregue aos cuidados da tia amarga,
carrancuda, exigente, em vez de sofrer com as maldades que ela lhe apronta,
Polyanna encontra em tudo um motivo para ser feliz.
O quarto é muito pequeno? Ótimo, assim ela o limpará bem mais depressa.
Não existem quadros na parede, como havia em sua casa? Que bom, assim
ela poderá abrir a janela e olhar os quadros da natureza, ao vivo.
Não tem um espelho? Excelente, assim nem verá as sardas do seu rosto.
Mais tarde, ela acabará conquistando para o jogo do contente a empregada e a
própria tia, austera e má.(***)

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