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24/08/22, 21:32 História da África - História Enem | Educa Mais Brasil


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HISTÓRIA DA ÁFRICA
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Berço da humanidade, a África tem uma história grandiosa e
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A História da África, geograficamente, teve início com a divisão da Pangeia há 300 milhões
de anos. O supercontinente deu origem a dois blocos: Laurásia (América do Norte e Eurásia)
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e Gondwna (América do Sul, África, Índia, Austrália e as ilhas do Pacífico Sul).
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A semelhança entre o Brasil e o continente africano começou a partir desse episódio. As
similaridades são encontradas nas formações rochosas, fósseis de animais e rastros de
vegetação. O recorte litorâneo dos locais também chama atenção, o encaixe é como de um BUSCAR
quebra-cabeças.

Atualmente formado por 53 países, a África faz divisão a oeste, pelo oceano Atlântico; a
leste, pelo oceano Índico; ao norte, pelo mar Mediterrâneo; e a nordeste, pelo mar Vermelho.
Distribuindo-se pelos quatro hemisférios do planeta. 

Atual mapa da África. (Foto: Picryl) 

O continente africano pode ser dividido de acordo com características geográficas ou


culturais. Geograficamente existe 5 regiões: Oriental, Ocidental, Setentrional, Central e
Meridional.

Culturalmente e etnicamente há apenas 2 regiões: África Branca, também conhecida como


África do Norte (Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos, Saara Ocidental e Mauritânia), e
África Negra ou África Subsaariana, composta por 47 países. 

História da África na Pré-história 

Charles Darwin (1809 – 1822) foi o primeiro cientista a sugerir que na África surgiram os
primeiros humanos. As provas do desenvolvimento do homem no continente são inconclusas,
mas nas últimas décadas as descobertas de novos fósseis, juntamente com o avanço da
ciência, têm comprovado a hipótese. 

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Descobertas científicas atestam a presença do Homo sapiens (espécie humana) no


continente há mais de 100 mil anos. Mas antes de chegar a essa conclusão, diversos estudos
foram realizados, inclusive o anatomista, Raymond Dart, em 1924, destacou-se por
identificar uma nova espécie de hominídeo, o Australopithecus africanus. 

Os hominídeos (ancestrais dos homens) juntamente com os primatas (que originaram os


macacos) têm um ancestral comum de acordo com a teoria da evolução. O gênero do
hominídeo Australopithecus se dividiu em diversas espécies como: africanus, anamensis e
afarensis. 

Da espécie Australopithecus afarensis, o fóssil de Lucy foi uma grande descoberta realizada
por Yvens Coppens, em 1974, na Etiópia. Lucy, por muito tempo levou o título de “Mãe da
Humanidade”, porém, já não é vista como a ancestral direta do homem, mas como uma prima
distante.

A descoberta do esqueleto de Lucy foi essencial para o 


entendimento da História da África e do homem. (Foto: Wikipédia) 

As diversas pesquisas realizadas com o fóssil da Lucy identificaram que ela possuía crânio,
mandíbulas, dentes e longos braços similares ao de um macaco, mas andava ereta como
humanos.

Outros fósseis foram encontrados ao longo dos anos na África. As descobertas também se
estenderam às  armas feitas de ossos e chifres,  pinturas rupestres e moradias, o que
complementou os estudos sobre a História da África. 

Por incrível que pareça, o deserto do Saara era habitado por muitos animais e com
abundantes vegetações. Esse era o cenário de 5 mil e 10 mil anos atrás, em um período que
era chamado de "Saara verde" ou "Saara úmido".

Durante esse período tiveram início a atividade agrícola e trabalho de domesticação de


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animais. Há 2.000 anos a.C., os agricultores passaram a realizar o cultivo de arroz e alguns

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tipos de inhame. Já os agricultores da parte meridional deram início a pecuária.

Na Idade do Bronze (1300-700 a.C) e na Idade do Ferro (1200 anos a.C) houve o
desenvolvimento das cidades e das atividades comerciais marítimas no Norte da África.
Invenções como o bronze e a escrita penetraram no Norte do continente pelo Oriente Médio,
já parte meridional do Saara não foi contemplada. 

A África no imaginário europeu 

Já na Idade Antiga, precisamente na Antiguidade Clássica, as obras de viajantes e geógrafos


europeus contribuíram para construção de uma imagem deturpada da História da África.
Resultado de observações rasas e interpretações religiosas.

Para os europeus da época, os africanos representavam os “Outros”. As quais tinham-se um


distanciamento, estranhamento e por vezes, sentimento de superioridade, pautadas por uma
visão etnocêntrica. 

Os textos antigos só faziam menção à região setentrional e centro-meridional (África


Subsaariana) não era conhecida, limitando a História da África. De acordo com o historiador
Mudimbe, o norte da África era divido em três partes: Lybia, Egito e Aethiopia.

A Aethiopia foi conhecida como “A terra de homens escuros”. Derivação da palavra grega
Aethiops, referência ao filho do deus Vulcano, e que passou a designar os “homens de pele
escura”.

De acordo com Oliveira (2008), interpretações cristãs contribuíram na construção de ideário


negativo sobre a África. Por exemplo, as pinturas da Antiguidade relatavam o inferno como
um local de calor insuportável e habitado por monstros de cor escura. Uma clara referência a
Aethiopia. 

Há também uma associação entre os africanos e a teoria camita, que condicionava os


habitantes daquele local (negros) à condição de escravos. 

“ "A teoria camita afirma de forma categórica que o filho de Noé, Cam,
teria zombado do pai e, devido a esta postura recaiu sobre ele e seus
herdeiros a praga da escravidão. Os herdeiros de Cam na Bíblia
habitariam a orla africana do mar vermelho. A teoria camita foi
agregada a cartografia de Cláudio Ptolomeu e a cosmologia cristã e,
a partir daí justificou o lugar social e territorial dos povos africanos".
(SERRANO E WALDMAN, 2007, apud PETEAN, 2012)

Relatos posteriores associavam os africanos às práticas de feitiçaria e canibalismo, mais uma


vez deturpadas. Até o século XX permaneceu, agora pelos colonialistas, a visão de que os
africanos eram povos selvagens e que precisavam ser civilizados. 

Na Era Moderna, a transformação dos africanos em mercadorias findava o processo de


desumanização. A prática de escravidão nesta época se torna diferente da praticada na
Antiguidade (prisioneiros de guerra ou criminosos), agora sustentada na inferioridade do
negro africano. 

Imperialismo na África

Na segunda metade do século teve início o Imperialismo na África. Caracterizado pela


repartição, exploração e colonização do continente africano entre as potências europeias. O
marco do imperialismo aconteceu com a Conferência de Berlim, realizada entre novembro de
1884 e fevereiro de 1885.

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Teoricamente, o evento foi realizado com objetivo de manter o comércio e reafirmar o


compromisso em dar fim a escravidão no continente. Participaram da Conferência
representantes de 13 países da Europa, dos Estados Unidos e do Império Otomano. Os
africanos não foram convidados. 

A Conferência de Berlim foi um marco na 


História da África. (Foto:Wikipédia)

Relações entre a História da África e a História do Brasil

A história do continente africano também está diretamente ligada à História do Brasil. No


século XVI, Portugal foi o primeiro país a adotar o comércio de escravos e logo outras nações
o seguiram. De acordo com John K. Thornton, os europeus geralmente compravam escravos
de guerra. Em outros casos, pessoas eram sequestradas e transformadas em escravas. 

No Brasil, a substituição da mão de obra indígena pela africana teve início em 1570. Os
portugueses traziam mulheres e homens de suas colônias africanas para trabalharem como
escravos nos engenhos de açúcar. Os mais saudáveis, aptos ao trabalho pesado, valiam mais
que os idosos e os debilitados. 

O transporte da África para o Brasil acontecia em navios negreiros, onde as “cargas” eram
transportadas amontoadas, em condições desumanas e os mortos eram jogados ao mar. Ao
chegarem, trabalhavam exaustivamente e a única recompensa era um prato de comida e
moradia na senzala, onde ficavam acorrentados. 

Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, a Inglaterra foi a


primeira nação a desenvolver medidas para o fim da escravidão em 1807. Mas antes disso, a
Dinamarca foi o primeiro país a proibir o comércio de escravos em 1803. O Brasil foi o último
país a proibir o comércio em 1831. 

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Cortina de Ferro é uma metáfora que foi


popularizada pelo britânico Winston
Churchill, durante o discurso que incentivou o
início da Guerra Fria.
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