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UNIDADE CURRICULAR 1
UNIDADE CURRICULAR 1
Presidente
Bruno Breithaupt
Diretor Regional
Rudney Raulino
Conteudista
Adriana Mafra Margot da Rosa
Coordenação Técnica
Setor de Educação a Distância
3 SAÚDE E PREVENÇÃO.............................................................................................. 85
CONTEXTUALIZANDO........................................................................................ 85
3.1 CONCEITO DE SANEAMENTO BÁSICO...................................................... 85
3.2 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS.......................... 91
3.3 RESÍDUOS SÓLIDOS E POLÍTICAS PÚBLICAS........................................ 94
3.4 POLUIÇÃO DO AR, SOLO E ÁGUA.............................................................. 98
3.4.1 Poluição do ar..................................................................................... 98
3.4.2 Poluição da água ............................................................................ 100
3.4.3 Poluição do solo ............................................................................. 103
CONSIDERAÇÕES ..................................................................................................... 107
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 108
APRESENTAÇÃO DA
UNIDADE CURRICULAR 1
Seja bem-vindo(a) ao estudo da Unidade Curricular Orientar os atores sociais sobre prevenção,
promoção e desenvolvimento socioambiental.
Ao demonstrar a articulação e mobilização desses elementos, você terá indicado que desenvol-
veu a competência de orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento
socioambiental.
Bons estudos.
UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
CONTEXTUALIZANDO
Quando ouvimos falar ou nos deparamos com a palavra ambiente, logo nos
remetemos ao espaço onde estamos, o lugar onde vivemos e desenvolvemos
nossas atividades cotidianas. Pensamos, também, nas áreas que nos cercam, nos
fatores vivos e não vivos presentes no ambiente e nas suas interações. Ampliando
nossas reflexões, podemos considerar o ambiente como um sistema vivo e
integrado. Fazendo estas relações perceberemos que o meio ambiente se refere
a tudo isso!
Questionamento
Mas o que você tem percebido quando para por alguns
momentos e observa o ambiente ao seu redor? Você enxerga um
cenário que traz orgulho, felicidade ou desconforto, incômodo e
merece um pouco mais de atenção, cuidado e melhorias?
Pense agora em como está o seu bairro, sua cidade e seu país em relação aos
aspectos ambientais.
Dessa forma, um ambiente que nos forneça condições para exercermos nossas
atividades sociais, como trabalhar, estudar, ter acesso a saúde e segurança,
desenvolver atividades de lazer, espiritualidade, sem violência, bem como cumprir
os deveres e exigir direitos.
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Saiba mais
Lucy é um fóssil de uma fêmea encontrada na Etiópia, no
continente africano, no ano de 1974. Era bípede, caminhava ereta,
com aproximadamente 1,3 metros. Seu crânio tinha um volume
de 450 cm3, pouco mais de um terço do volume craniano de um
ser humano moderno. Estava bem adaptada em subir em galhos
para fugir de predadores ou buscar comida. O nome Lucy foi dado
pelo paleontólogo Donald Johanson, que descobriu o fóssil, em
homenagem à música dos Beatles Lucy in the Sky with Diamonds.
Desde essa época, a evolução do ser humano permitiu que ele se estabelecesse
nos diversos espaços geográficos alterando de forma significativa os elementos
da natureza e sua paisagem, adaptando-se aos diferentes ambientes e utilizando
os recursos naturais para sua sobrevivência e serventia. Coube a ele aperfeiçoar
as técnicas de caça, obter alimentos, ampliar as formas de organização social e
familiar, costumes, crenças e produzir manifestações artísticas e culturais.
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Pré-História
História
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Saiba mais
Tales de Mileto (625-558 a.C.) foi o primeiro estudioso sistemático da
natureza, atribuindo à água uma importância fundamental para a vida. O Deus
das águas para os gregos se chama Poseidon e para os romanos, Netuno.
XX Idade Média
(de 476 d.C. até a tomada de Constantinopla, pelos turcos otomanos, em
1453 d.C.)
Nesse período há um distanciamento
do ser humano da natureza. Sai de
cena a visão integradora e entra a
visão de domínio, de subjugação.
Para mediar as relações entre ser
humano e o divino surgem as religiões,
que determinam como serão estas
relações estabelecendo regras que
devem ser cumpridas.
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XX Idade Moderna
(de 1453 até o ano de 1789, data da Revolução Francesa)
Nesse período ocorreram modifica-
ções profundas no modo de o ser
humano se relacionar com a natu-
reza. As linhas de pensamento da
época estimulavam o individualis-
mo, uma visão antropocêntrica do
mundo e utilitarista da natureza,
acentuando as diferenças entre
meio natural e o meio humano, colocando-os em situação de oposição. A
natureza passa a ser vista não mais como uma natureza orgânica e viva ou
voltada para a salvação e manutenção da vida do ser humano, mas como
algo mecânico, passível de ser controlado, utilizado e explorado. Dela não
é mais extraído somente o necessário para a sobrevivência, mas o máximo
possível, para que seja obtido o maior lucro. Esse comportamento tam-
bém se deve muito às contribuições dos pensadores Francis Bacon, Des-
cartes e Leibniz, que acreditavam no poder do conhecimento para contro-
lar a natureza e eram “entusiastas
Resiliência é a capacidade de um sistema
da tecnologia” aplicada na melhoria de absorver distúrbios, choques e, conse-
da vida e da condição humana. O quentemente, manter suas funções e estru-
ser humano começa a ignorar a ca- turas básicas. Ou seja, consegue voltar ao
seu estado normal, seu estado de origem.
pacidade de resiliência da nature-
za, pois a concebe como um objeto do qual ele pode e deve se aproveitar.
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
XX Idade Contemporânea
(de 1789, época da Revolução Francesa, até os dias atuais)
A visão de que a natureza é abun-
dante, infinita, cada vez mais tra-
tada como algo a ser dominado e
possuído, é preponderante. Com a
Revolução Industrial o sistema de
produção marcadamente agrário
e artesanal passa a ser outro, de
cunho industrial, dominado pela fá-
brica e pela maquinaria, substituindo o trabalho de milhares de homens e
mulheres, provocando grandes e rápidas mudanças de ordem econômi-
ca, ecológica, política e social. A sociedade de consumo é caracterizada
pelo uso de uma quantidade de bens e serviços muito maior do que a
necessária, levando os recursos naturais à exaustão.
Estamos no século XXI e ainda não resgatamos nosso vínculo com o ambiente. Ou
seja, não entendemos que somos parte integrante de uma rede complexa de rela-
ções, em que cada parte afetada interfere nas demais, de forma positiva ou nega-
tiva. Há atualmente a necessidade de buscarmos um equilíbrio, uma nova ética,
uma nova postura na forma de agir e pensar as questões ambientais. Essa nova
postura deve estar alicerçada em valores e condutas que exprimam nossa respon-
sabilidade, consciência e preocupação com as diversas formas de vida, dentre
elas a vida humana.
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XX Meio de vida: ambiente representado pela própria casa (do grego oikos)
e seu entorno, local de convivência,
habitável, onde se desenvolvem as Pertencimento é sinônimo de pertencer,
atividades cotidianas. Seres huma- de tocar, de fazer parte. Sentimento por
um espaço territorial e de inserção do su-
nos são habitantes do ambiente,
jeito integrado a um todo maior.
sem o sentido de pertencimento.
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econômico
histórico-cultural espiritual
biológico político
AMBIENTE
social tecnológico
químico técnico
físico ético
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L EC
TA
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ÔMIC
O
SO
CIAL
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Quadro 1 – Aspectos dos Modelos de Desenvolvimento Atual Insustentável e do Modelo de Desenvolvimento Ideal
Sustentável
Modelo de Desenvolvimento
Modelo de Desenvolvimento Ideal Sustentável
Insustentável Atual
Ser humano se encontra fora
Ser humano é parte integrante do ambiente.
do ambiente (dicotomia).
O conceito de ambiente é sistêmico, considera todos
O conceito de ambiente é reduzido
os aspectos: naturais, ecológicos, sociais, culturais,
aos aspectos naturais e ecológicos.
éticos, políticos, tecnológicos, dentre outros.
Consumismo. Consumo consciente.
Exclusão social. Equidade social.
Desconsidera os costumes tradicionais. Considera as populações tradicionais e os movimentos sociais.
Valores e princípios em desuso. Valores e princípios fortalecidos.
Decisões individuais. Decisões coletivas, empoderamento.
Violência. Promoção da paz.
Autocracia. Democracia.
Padrão de sociedade. Reconhece a diversidade.
Energia elétrica. Energia solar e eólica.
Pensamento reducionista. Pensamento sistêmico.
O desenvolvimento de sociedade que temos hoje em dia não é exatamente o que es-
peramos. Podemos até nos questionar se é um desenvolvimento ou um retrocesso.
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Segundo o Relatório de Brundtland, uma série de medidas deveria ser tomada pe-
los países para promover o desenvolvimento sustentável. Tais medidas são:
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Perceba que no século XIX os indígenas que viviam naquela região dos EUA já ci-
tavam a interligação que os organismos vivos têm com o ambiente em que vivem.
Atualmente essa visão é conhecida como a Base da Teoria Geral dos Sistemas. A te-
oria dos Sistemas defende que sistema é um conjunto de elementos interdependen-
tes que interagem com objetivos comuns formando um todo, no qual cada um dos
elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema maior do que
o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente.
Nesse sentido, um sistema é algo que mantém a sua existência e funciona como um
todo através da interação/conexão de suas partes (muitas vezes diferentes), man-
tendo um contínuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente.
XX Fechado: não há interação com o ambiente externo. Não doa nem recebe
informações externas. Ex: funcionamento de um relógio.
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O corpo humano pode ser considerado um exemplo de sistema. Para ser estrutura-
do e existir, ele precisa da integração das partes (células, tecidos, órgãos e sistemas)
que juntas, integradas e interdependentes na troca de energia e informação com o
ambiente, formam o organismo humano. A Figura 3 representa esta organização.
Organismo
Sistemas
Órgãos
Tecidos
Células
Esse corpo humano se constitui como um indi- Homeostase é a condição de relativa es-
víduo, imerso em uma sociedade, que interage tabilidade da qual o organismo necessita
para realizar suas funções adequada-
com os diversos grupos sociais. A ideia é que
mente e manter o equilíbrio do corpo.
o sistema esteja em homeostase, ou seja, as
partes que compõem o sistema estejam equilibradas, em constante “ajustamento”.
Uma empresa é outro exemplo que podemos considerar como um sistema. Para
vender um produto, ela necessita de uma boa gestão para o comando das ope-
rações, de uma boa divulgação no mercado para que os empregados executem
a venda com excelência e os clientes possam consumir o produto. Desse modo,
cada um de seus componentes está interligado, desempenhando funções para
o todo, o conjunto. Se uma das partes não executa bem, o todo sai prejudicado.
22 06
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vivos entre si e entre estes e os demais elementos de seu ambiente. Caso um dos
componentes seja alterado, por exemplo, se a qualidade da água não estiver ade-
quada, o equilíbrio do ecossistema será comprometido.
Essa visão sistêmica, apresentada por Capra, descreve as atitudes voltadas para
os processos naturais e sociais como sistemas vivos. É o arcabouço conceitual
para o elo entre comunidades ecológicas e comunidades humanas. Segundo Ca-
pra (2003), uma das mais importantes considerações da compreensão sistêmica
da vida é a do reconhecimento de que redes constituem o padrão básico de orga-
nização de todo e qualquer sistema vivo. Nesse sentido, Capra (1999) afirma que:
Mas, afinal, todos os impactos sofridos pelo ambiente trazem algum desequilíbrio,
comprometendo sua sustentabilidade?
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III) a biota;
CRITÉRIOS DESCRIÇÃO
Os impactos positivos são ações ou atividades que não causam danos, além de
muitas delas poderem recuperar o ambiente. Podemos considerar nesta categoria
as ações de recuperação de mata ciliar, valorização cultural, visita monitorada em
cavernas, proteção de áreas, dentre outras.
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Os relatórios que constituem o EIA são elaborados por uma equipe multidisci-
plinar, composta por engenheiros, biólogos, geólogos, sociólogos, entre outros.
Nesse contexto, o Agente de Desenvolvimento Ambiental será capaz de, junto aos
demais profissionais:
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
a) Responsabilidade socioambiental
O contexto social e econômico atualmente tem demonstrado a necessidade de
inserção da variável socioambiental como preocupação primordial nas deci-
sões governamentais entre países, regiões e empresas. O conceito de respon-
sabilidade social passou a fazer parte do conceito de desenvolvimento susten-
tável. O desenvolvimento sustentável tem sido a principal justificativa para que
as instâncias públicas e privadas promovam o bem-estar social e permitam a
continuidade e manutenção dos recursos naturais para as próximas gerações.
O atual cenário mundial de impactos negativos sobre o ambiente requer ações
e compromissos imediatos dos diferentes setores da sociedade, tanto em ní-
veis individuais, organizacionais, quanto governamentais.
A sociedade não aceita mais que empresas forneçam apenas produto, qua-
lidade, preço e cumprimento da legislação, ela passou a valorizar cada vez
mais as empresas que ajudam a minimizar os problemas sociais e ambientais
da atualidade. Uma empresa com responsabilidade socioambiental mostra o
impacto das suas atividades ao seu público e esse impacto deve sempre resul-
tar na preservação e melhoria da qualidade de vida da sociedade na qual está
inserida. É uma empresa caracterizada por atitudes e atividades baseadas em
valores éticos e morais e que se sustenta no tripé social, ambiental e financeiro,
como apresenta a Figura 4.
ambiental financeiro
SE
social
SE = Sustentabilidade Empresarial
Identificação do Problema
Padronização
Análise do Fenômeno
Ação
Análise do Processo
Plano de Ação
Verificação Execução
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
P (Planejamento):
D (Execução):
XX Promover a compostagem.
C (Acompanhamento):
A (Avaliar e Corrigir):
O SGA tem sido considerado uma das melhores formas de gerenciamento am-
biental, segundo as normas internacionais do Sistema de Organização Interna-
cional para Padronização (ISO). Conhecida mundialmente, a ISO é uma entidade
de padronização e normatização de serviços e produtos que utiliza determinadas
normas para que a qualidade do produto seja sempre melhorada. Foi criada em
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Suas normas mais conhecidas são a ISO 9001, para gestão da qualidade, e a ISO
14000, para gestão do meio ambiente. Os modelos de certificados são apresenta-
dos nas Figuras 6 e 7.
Processamento
Matéria-prima Convertedores
Produção
OUTROS Produto
MATERIAIS
MATÉRIA-PRIMA
FL
XO
U
DE
NEG Distribuição
Ó CIOS
COMPOSTAGEM
Reciclagem Varejo
INCINERAÇÃO
SO
Ú
ATERRO RE
LIXÃO Consumidores
32 06
UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
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O primeiro conjunto de leis foi o Código de Hamurabi, criado
na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C., baseado no
“olho por olho, dente por dente”.
Ela confere efetividade ao artigo 225 da Constituição Federal (1988) já citado, que
introduz um capítulo específico sobre meio ambiente.
A Lei nº 6.938/81 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e institui o Sis-
tema Nacional do Meio Ambiente, que tem o objetivo de estabelecer um conjunto
articulado e descentralizado de ações para a gestão ambiental no país, integrando e
harmonizando regras e práticas específicas que se complementam nos três níveis de
governo. Constituído pelos órgãos e instituições ambientais da União, dos Estados,
dos Municípios, do Distrito Federal e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público.
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No ano de 2015 a Política Nacional do Meio Ambiente completa
34 anos. A legislação ambiental brasileira é uma das mais
completas do mundo.
34 06
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A DUDH é um ideal comum a ser alcançado por todos os povos e todas as nações,
a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constan-
temente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação,
por promover o respeito desses direitos e liberdades e assegu-
rar, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional,
o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos,
tanto entre as populações dos próprios Estados-membros como
entre os povos dos territórios colocados sob sua jurisdição.
Esses ideais são a base de toda e qualquer sociedade que pretenda ser justa e igualitária.
Na reportagem sobre a seca em Cabo Verde são identificados esses três princípios.
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Curiosidade
A Segunda Guerra Mundial, iniciada em setembro de 1939, foi
a maior catástrofe provocada pelo ser humano em toda a sua
história. Envolveu setenta e duas nações e foi travada em todos
os continentes, de forma direta ou indireta. O número de mortos
superou os cinquenta milhões e deixou aproximadamente vinte e
oito milhões de mutilados. A Segunda Guerra Mundial aconteceu
em virtude da ideia de Hitler de expandir os domínios territoriais
da Alemanha e ampliar, dessa forma, a obtenção de poder e
recursos materiais (principalmente matérias-primas) pelo mundo.
Nessa época todos os direitos humanos foram violados.
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A ONU, uma organização constituída por governos da maioria dos países do mun-
do, é a maior organização internacional. Seu objetivo principal é criar e colocar em
prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional (paz no mundo),
desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos direitos
humanos e o progresso social.
No dia a dia conseguimos, por meio de uma análise social, identificar as pessoas
que têm acesso aos direitos humanos e ao desenvolvimento humano, saúde, lazer,
educação, segurança, justiça, enfim todas as necessidades, ou parte delas, aten-
didas com o objetivo de que tenham uma efetiva qualidade de vida.
Porém, essa percepção inicial não dá conta de mensurar a realidade social e pro-
por políticas públicas as quais todos tenham acesso. Por isso, contamos com ins-
trumentos denominados indicadores sociais. Assim, como sugere o próprio nome,
um indicador indica, aponta. É uma ferramenta que permite a obtenção de infor-
mações sobre uma dada realidade.
Exemplo
I) Indicador insumo: quantidade de médicos por mil habitantes
ou gasto monetário per capita em saúde.
Informação
Dados brutos
para análise e
1 2 3
Eventos levantados:
empíricos da decisões de
estatísticas
realidade social política pública:
públicas
indicador social
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XX O padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) com
base na Paridade de Poder de Compra (PPP) por habitante.
Cultura
Participação Política
Economia Educação
Leis Comunidade
Ambiente Saúde
TRÊS DIMENSÕES
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
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Entre os 187 países, o Brasil ocupa a 79ª posição no ranking do IDH.
Conforme dados da ONU, de 1980 a 2013 o IDH do Brasil subiu de posição e supe-
rou a média da América Latina e Caribe. A expectativa de vida dos brasileiros é de
73,9 anos, a média de escolaridade entre os adultos é de 7,2 anos, a expectativa de
tempo de estudo é 15,2 anos, e a renda nacional per capita anual é de US$ 14.275.
É importante destacar que alguns itens contribuíram para esse avanço, como o
aumento da renda, efetivação de ações políticas, a restauração da democracia, a
estabilidade macroeconômica, a criação do Sistema Único de Saúde e a universa-
lização da educação.
MAIS DESENVOLVIDOS
1 Noruega 0,944
2 Austrália 0,933
3 Suíça 0,917
4 Suécia 0,915
5 Estados Unidos 0,914
6 Alemanha 0,911
7 Nova Zelândia 0,91
8 Canadá 0,902
9 Singapura 0,901
10 Dinamarca 0,900
POSIÇÃO DO BRASIL
76 Azerbaijão 0,747
77 Jordânia 0,745
78 Sérvia 0,745
79 Brasil 0,744
80 Georgia 0,744
81 Granada 0,744
81 Peru 0,737
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Em 1998, o Brasil foi um dos países pioneiros ao adaptar e calcular um IDH sub-
nacional para todos os estados e municípios brasileiros, com dados do Censo
Demográfico, criando o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
A Figura 12 apresenta a forma como pode ser lido o IDHM, com base nas faixas de
Desenvolvimento Humano Municipal.
ad
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vid
0, 1 gev evi
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g
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lon lon
1
87
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59
0,5
49
0,
0,
0,4
0,3
0,2
0,592
0,847
IDHM
IDHM
0,1
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
A importância em conhecer IDHM de uma cidade e a forma como esses índices são
construídos contribui para as ações do Agente de Desenvolvimento Socioambien-
tal porque esse profissional está inserido nas ações da comunidade, auxiliando na
identificação dos problemas socioambientais, dos indicadores sociais que apontam
a realidade do local de atuação. É fundamental para qualquer iniciativa que o Agente
de Desenvolvimento Socioambiental conheça a realidade social do local onde irá
atuar, pois isso lhe dará um panorama da área que merece mais atenção, dos recur-
sos disponíveis e da implementação de projetos.
Além disso, o Agente poderá desmitificar que o IDHM é centrado nas pessoas que
compõem a comunidade e que não há uma visão reduzida ou limitada ao cresci-
mento econômico.
44 06
UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
60
50
40
Municípios (%)
30
20
10
0
2002 2009 2012
Sensibilização/mobilização da comunidade
Definição do diagnóstico e metodologia
Elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável
Implementação/acompanhamento
Porém devemos lembrar que qualquer análise referente ao ambiente não pode ser
entendida de forma linear e nem simplificada a alguns poucos aspectos. Deve,
sim, considerar todos os fenômenos socioculturais, econômicos, políticos e os
múltiplos olhares dos diversos profissionais capacitados, entre eles o Agente de
Desenvolvimento Socioambiental, que juntos, por iniciativa do poder público ou
da sociedade civil, podem orientar e propor ações a fim de harmonizar desenvol-
vimento econômico, justiça social e equilíbrio ambiental.
45 06
UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Vejamos alguns exemplos de iniciativas que buscam atender a estes objetivos no Brasil.
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UNIDADE CURRICULAR 1: Orientar os atores sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental
Você sabia que o Senac é parceiro do Governo Federal no Programa Jovem Aprendiz?
Sabemos que ainda precisamos avançar muito no aspecto social para chegar ao
indicador máximo “1” do desenvolvimento humano, mas precisamos lembrar de
que já estivemos bem mais longe do ideal do que hoje estamos.
Nosso estudo até agora permitiu identificar elementos que compõem a Introdução
ao Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Por meio desses elementos
tivemos a oportunidade de estudar a composição do ambiente, ou seja, conhece-
mos a dimensão ambiental e seus aspectos sociais, econômicos, naturais, cultu-
rais, políticos, físicos, biológicos, éticos, dentre outros.
Vale ressaltar que todos esses aspectos compõem o que chamamos de teia da
vida, em uma perspectiva sistêmica, e a interdependência dos seres vivos com os
elementos abióticos. Nosso estudo também destacou a importância de entender-
mos que todos nós somos responsáveis pelo que acontece ao ambiente, de forma
individual ou compartilhada, assim como perceber que as nossas ações diárias
contribuem na forma de impactos positivos ou negativos ao espaço onde estamos.
47 06
UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
CONTEXTUALIZANDO
A relação construída entre o ser humano e o meio ambiente ao longo da história da
humanidade foi uma relação de distanciamento que fez com que nós, humanos,
causássemos impactos negativos ao ambiente a ponto de saturar os recursos na-
turais e extinguir espécies.
Questionamento
De que forma a educação atual está sendo efetiva na construção
de uma nova sociedade mais sustentável, ética e igual para
todos? Por que as pessoas ainda apostam tanto na educação
como forma de prevenção?
O Art. 1º da LDB (1996) coloca que “[...] a educação abrange os processos forma-
tivos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais”.
Os 4 pilares da
Educação
Para Morin (2002) são sete os saberes fundamentais que a educação do futuro
deveria tratar em toda a sociedade e toda a cultura.
51 06
UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Mas por que surge a necessidade de nos reeducarmos em relação ao mundo? Quais são
nossos valores e nossas atitudes em relação ao mundo?
A violência, o desemprego e a exclusão social são frutos de um sistema econômico
capitalista excludente que valoriza mais o TER (dinheiro, bens, produtos, ego, indi-
vidualidade) do que o SER (gentil, solidário, respeitoso).
Ou seja, uma EA voltada para uma ação educativa e social que tem por finalidade o
resgate e a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes, na formação
dos sujeitos contemporâneos. A EA não é uma “parte, adjetivo ou dimensão” da
educação. Ela surge a partir do reconhecimento de que a educação tradicional não
tem sido ambiental. Isto é, não tem dado o devido valor e importância ao ambiente
e, consequentemente, não tem valorizado todas as formas de vida.
Saiba mais
O movimento de contracultura nasceu do desejo de mudar o
mundo, contra os padrões estabelecidos de consumo, violência,
miséria, lutas sociais e direitos humanos. Como o dos hippies, a
explosão do feminismo, o movimento negro ou Black Power, o
pacifismo, a libertação sexual e a “pílula”, as drogas, o rock and roll,
as manifestações anti-Guerra Fria e a corrida armamentista nuclear,
e anti-Vietnã. Assim se estabeleceu uma nova visão de mundo!
54 06
UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Ano Marco
Publicação do livro “Primavera Silenciosa” por Rachel Carlson. Primeiro alerta mundial contra
1962
os efeitos nocivos do uso de pesticidas na agricultura.
Conferência Mundial sobre Ensino para Todos, satisfação das necessidades básicas de
1990 aprendizagem, Jomtien, Tailândia. Destaca o conceito de Analfabetismo Ambiental. ONU
declara o Ano Internacional do Meio Ambiente.
Em dezembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas, durante sua 57ª sessão,
estabelece a resolução nº 254, declarando 2005 como o início da Década da Educação
2000
para o Desenvolvimento Sustentável, depositando na UNESCO a responsabilidade pela
implementação da iniciativa.
A Rio+20 – Marco dos vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre
2012 Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Definição da agenda do desenvolvimento
sustentável para as próximas décadas.
Ano Marco
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§§ Criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) pela fusão da SEMA, SUDEPE,
1992 SUDEHVEA e IBDF. Nele funciona a Divisão de EA.
§§ Cria-se o Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
§§ Aprovada a Lei 9.795/99 que institui a Política Nacional de EA. Programa Nacional de EA
1999
(PNEA).
§§ Em setembro foi realizada a Consulta Pública do ProNEA, o Programa Nacional de EA, que
2004 reuniu contribuições de mais de 800 educadores ambientais do país. Foi criado o Grupo de
Trabalho de EA no Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais.
§§ Rio +20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável com o
2012 objetivo de renovar e reafirmar a participação dos líderes dos países com relação ao
desenvolvimento sustentável no planeta.
Saiba mais
Conheça o histórico completo da Educação Ambiental acessando
o site do Ministério do Meio Ambiente em: http://www.mma.gov.br/
educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental
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Já discutimos que desde que o ser humano habita a Terra causa impactos negati-
vos e positivos ao ambiente, em maior ou menor grau. Essa situação acarretou a
perda do equilíbrio ambiental, a erosão cultural, a injustiça social, problemas eco-
nômicos e a violência. Todos esses fatores resultaram na falta de percepção, no
empobrecimento ético e espiritual, sendo também frutos de um tipo de educação
que induz as pessoas a serem consumidoras, fúteis, egocêntricas e que ignoram
as consequências ecológicas dos seus atos.
O texto de Rachel Carson alerta para os danos ambientais causados pela poluição
e a relação causa e efeito no uso indiscriminado de pesticidas. Também faz rela-
ção aos produtos sintéticos, como o Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT), penetra-
rem na cadeia alimentar de plantas e se acumularem nos tecidos gordurosos dos
animais, inclusive do ser humano, com o risco de causar câncer e danos genéticos.
A polêmica causada pelo livro é que, além de relatar os fatos ocorridos com o uso do
DDT, denunciava uma humanidade que, buscando o desenvolvimento tecnológico
desenfreado, cometia um ingênuo suicídio, tanto para si como para o meio ambiente.
Na década de 50, nos EUA, muitos cientistas sabiam dos malefícios do DDT que
era usado para eliminar as pragas na agricultura. Contudo, antes da publicação
de Raquel Carson, esse assunto não havia sido levado ao grande público. Nesse
sentido, a autora escreveu sobre o direito moral de cada cidadão, em saber o que
estava sendo lançado de forma irresponsável na natureza pela indústria química.
E ela foi além do objetivo de informar seus leitores, pois despertou a consciência
ambiental de uma nação para reagir e exigir explicações e soluções, assim como
a certeza de que precisavam decidir se queriam continuar vivendo com aquela
situação de poluição. Podemos afirmar que Rachel Carson, com o Livro Primavera
Silenciosa, despertou a consciência ambiental planetária, influenciando várias ge-
rações de cientistas e militantes.
Será que o alerta ambiental denunciado pelo livro Primavera Silenciosa, há mais de 50
anos, fez mudar nossa percepção e atuação no mundo?
Vamos responder esse questionamento avaliando o que observamos no quadro
socioambiental de nossa cidade. Você identifica algum destes fatores?
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Por longo tempo, e na maioria das vezes, temos utilizado uma EA tradicional, con-
servadora ou comportamental que valoriza o papel da educação como agente
difusor dos conhecimentos sobre o meio ambiente e indutor da mudança dos há-
bitos e comportamentos considerados predatórios em hábitos e comportamentos
tidos como compatíveis com a preservação dos recursos naturais. Acredita-se
também que é possível aceder à vontade dos indivíduos e produzir transforma-
ções nas motivações das ações destes através de um processo racional que se
passa no plano do esclarecimento do acesso a informações coerentes ou tomada
de consciência. Todas as pessoas são igualmente responsáveis pelos problemas
e pela qualidade ambiental, atividades utilizadas são de contemplação, datas co-
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Pode ser funcional a algumas ações que visam inibir ou estimular alguns com-
portamentos bem definidos, porém reduz o indivíduo a sua dimensão racional,
desconhecendo a complexidade de determinadas ações humanas. É autoritária,
individualista e foca o ato educativo como mudança de comportamentos compa-
tíveis a um determinado padrão idealizado de relações corretas com a natureza,
com uma tendência a aceitar a ordem social estabelecida como condição dada,
sem crítica às suas origens históricas.
XX Dia da Árvore;
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Se as ações forem pontuais ou isoladas, não irão permitir que o indivíduo reflita ou
transforme sua realidade, pois ações isoladas “se esgotam em si”. Podemos conside-
rar exemplo desse tipo de ação pontual uma proposta de participação em uma trilha
ecológica, atividade educativa bem recorrente como prática de EA transformadora.
Mas para ser, de fato, uma proposta dialógica, crítica e transformadora o condutor
da trilha deve estar preparado para tornar o ambiente natural em local de aprendiza-
do, de forma dinâmica e participativa, iniciando com um momento de sensibilização.
E os visitantes devem perceber que pertencem ao meio em que estão inseridos,
mantendo a fauna e flora do local não alterados, pois, caso ocorra danos, a cadeia
ecológica será comprometida. Essa trilha deve gerar empregos e oportunidades
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Dimensões
Tradicional, comportamental. Crítica.
de análise
Relação ser Ser humano dentro do ambiente, imerso
humano e Ser humano fora do ambiente. na teia de relações sociais, naturais e
ambiente culturais.
Conhecimento científico como produto da
Ciência e Cientista/especialista como único detentor
prática humana e uma das formas de se
tecnologia do saber e a ciência como verdade única.
interpretar o mundo.
Questões de igualdade de acesso aos
Padrões de comportamentos baseados na recursos naturais e distribuição desigual
dualidade (bem e mal). de riscos ambientais são discutidas.
Valores
éticos
Todos são igualmente responsáveis pelos Incentivo à formação de valores e
problemas e pela qualidade ambiental. atitudes direcionados pela ética e justiça
ambiental.
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Documentos Descrição
A Proteção do Meio ambiente é garantida na constituição federal, que diz: “Todos têm
Constituição Federal direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
Art.225 (1988) essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Saiba mais
Conheça mais sobre os princípios balizadores para a Educação
Ambiental acessando: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/
pdf/educacaoambiental/tratado.pdf
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A Lei 9.795, promulgada em 1999, institui a Política Nacional de EA. Essa lei chama
à responsabilidade, ou à ecorresponsabilidade, tanto no âmbito individual quanto
no coletivo, na medida em que os sujeitos têm oportunidade de construir com-
petências, habilidades e atitudes que levem à melhoria da qualidade de vida e à
conservação do meio ambiente.
O conceito de EA que direciona esta reflexão é o que a Lei 9.795/99 traz em seu Art. 1°:
[...] Processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem va-
lores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
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Saiba mais
Conheça a Lei da Política Nacional da EA (Lei 9.795/1999) na íntegra
acessando: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm
A perspectiva de EA, prevista pela Lei 9.795/1999, aponta para propostas pedagó-
gicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento
de competências, capacidade de avaliação e participação de todos os sujeitos da
comunidade em que se está imprimindo à prática ambiental um caráter contestador,
contextualizado e responsável. Portanto, é necessária uma construção dialógica
entre conhecimento socio-histórico, estético e pessoal promovido pela educação
através de uma vivência cultural, ética e social.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Que atitudes tenho que promovem a Educação Ambiental? Quais atitudes tenho que
contribuem com a EA? Quando eu estou contribuindo para a EA?
Contribuo com a EA quando respeito as pessoas e a diversidade, participo de
movimentos sociais, opto por copos de vidro ao invés de copos plásticos, dou o
destino correto ao lixo (resíduos), economizo água, opto por produtos biodegra-
dáveis, participo de causas ambientais no coletivo, sou cordial, voluntário e éti-
co, valorizo os saberes tradicionais e as comunidades quilombolas, indígenas, do
campo e a cultura da minha cidade, consumo menos produtos industrializados e
mais alimentos orgânicos, faço doação de roupas e alimentos, planto árvores, não
queimo lixo no quintal e nem coloco fogo em vegetação nativa, participo de ações
como a recuperação de uma escola depredada, não compro animais silvestres,
leio livros e os repasso aos colegas, entre outros.
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O educador ambiental deve acreditar no que faz, ensinar através de suas atitudes,
de seus valores, paradigmas, hábitos e práticas conscientes em relação ao meio
ambiente; por meio da EA crítica, participativa e emancipatória, capaz da transfor-
mação de hábitos e atitudes pessoais e coletivas que podem nos levar à constru-
ção de um futuro de sustentabilidade.
Os educadores ambientais são líderes, e o ideal é que tenham uma formação con-
tinuada, reciclando suas reflexões e conhecimentos, a fim de contribuir para o
debate e o exercício da cidadania, impulsionando o processo de transformação
social começando por sua comunidade, agindo de acordo com os princípios eco-
lógicos.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
para quem produz e qual o impacto gerado na rede de produção, ou seja, trata-se
de um processo de produção ecologicamente correto, socialmente justo e econo-
micamente viável?
XX violência;
XX falta de água;
XX acúmulo de lixo;
XX reciclagem;
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Fala, escrita, signos, gestos, sons, cores, ideias, sentimentos, conceitos, dentre outros.
Canal/Código (meio)
Emissor (codifica) Mensagem (assunto) Receptor (decodifica)
Feedback
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Um bom comunicador deve ser, antes de mais nada, um bom ouvinte. Deve ser
agradável, simpático, claro, cativante, comprometido, acreditar no que transmite,
não interromper e não se distrair enquanto a mensagem é emitida, anotar as soli-
citações, controlar as emoções, agir com paciência, receber um feedback negativo
como forma de ajuste e aperfeiçoamento, es-
Ruído é qualquer elemento, ou obstáculo,
tar atento à plateia, entender que o corpo
que interfere, dificulta o processo de trans-
também fala e argumentar no tempo certo. missão e compreensão de uma mensagem
de um emissor para um receptor. Podem
Se o comunicador não possuir essas caracterís- ser barulhos vindos do trânsito, música
ticas a comunicação poderá não chegar como alta, audição comprometida fisiologica-
desejada, ou pior, chegar de forma distorcida e mente, preconceitos, termos técnicos des-
conhecidos, fofocas, dentre outros.
com ruídos, dificultando alcançar os objetivos.
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É um material composto por uma folha, que divulga uma ideia, marca. De
Panfleto
circulação rápida, feito de papel e de fácil manuseio.
É um espaço para publicar recados, notícias, fotos. Serve para expor trabalhos,
Mural assuntos de interesses da comunidade, dar destaque em comemorações
importantes e acontecimentos, estimula o trabalho em equipe, a autoexpressão.
Outros meios de
Camiseta, boné, carro de som, faixa.
comunicação
XX Oficinas
A oficina se constitui um espaço de construção coletiva do conhecimen-
to, de análise da realidade, de confronto, troca de experiências, saberes e
de transformação. Na oficina se produz algo, algum material, alguma re-
flexão conjuntamente. Nela se alia a teoria e a prática de forma dinâmica,
democrática, participativa e reflexiva, pautada na ação-reflexão-ação. As
oficinas são saberes em construção que possibilitam um processo edu-
cativo composto de sensibilização, compreensão, reflexão, análise, ação,
avaliação. É o sentir-pensar-agir. Reconstrução do conhecimento com
aplicação em situações práticas.
Etapas de uma oficina:
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Momento de sensibilização:
a) Observação: Quantos objetos temos à nossa volta? Do que são feitos? O
mediador colhe as percepções dos alunos.
b) Trecho do filme: A história das coisas.
• Reflexão sobre o consumo.
• Você compra o que precisa ou o supérfluo?
Momento de construção de conhecimentos:
a) Ciclo de produção do seu objeto escolhido: extração – produção –
distribuição – consumo – tratamento do resíduo – desenho do ciclo.
b) Reflexão sobre o trabalho: Quem produz esse objeto? Em que condições de
trabalho?
c) Descarte dos resíduos: Pesquisa – Quais destinos? O que gera cada destino ao
ambiente?
Avaliação: O que essa atividade trouxe? As percepções e representações iniciais
foram modificadas?
Visitas a campo, espaços para compor as observações e reflexões: parques, praças,
visitar um aterro sanitário, dentre outros.
Após a visita, são sugeridas atividades para serem desenvolvidas na sala de aula e
por toda a escola que englobem a proposição de atitudes em relação ao consumo e
descarte baseados nos cinco Rs: Reciclar, Reutilizar, Repensar, Recusar e Reduzir.
Discutindo a publicidade:
• Reflexão sobre embalagem sustentável;
• Sessão de cinema;
• Realização de projeto coletivo para instituir uma nova cultura escolar de consumo,
geração de resíduos e descarte.
Organização em grupos para a produção de um cartaz (em cartolina) com as
informações e reflexões adquiridas.
Questão: o que é um zoológico e o que você espera encontrar lá? Registre suas
respostas e assista ao vídeo.
Escolher um animal que você encontre no zoológico e pesquisar as características
dele. Registrar todas as informações encontradas.
Momento de construção de conhecimentos:
a) Ao chegar no zoológico identifique o animal, as características registradas
(inclusive expressões faciais).
b) Após registrar esses momentos, faça uma reflexão sobre: esse animal
gostaria de estar ali? Qual motivo de ele estar em um espaço desses?
c) Assistir ao documentário: “Blackfish – fúria animal” sobre animais em
cativeiro. Registrar suas reflexões.
d) Ler a Declaração Universal dos Direitos dos Animais e pontuar o que diz
sobre a privação de liberdade dos animais.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
XX Dinâmica de grupo
A metodologia da dinâmica em grupo é baseada em agregar forças in-
dividuais a favor de um objetivo comum. São usadas como elementos
de entrosamento e observação nas relações interpessoais, na divisão de
tarefas, papéis e normas entre a equipe. Destina-se a entender de que
forma um indivíduo interage dentro do grupo.
Etapas de uma dinâmica de grupo:
a) Escolher o tema e o público-alvo.
b) Definir o objetivo da dinâmica (o que se pretende alcançar com essa
dinâmica?).
c) Organizar (local, recursos, tempo).
d) Observar, coordenar e acompanhar a dinâmica.
Técnica Descrição
Técnica de Esta técnica auxilia a tirar as tensões do grupo, desinibindo os participantes.
descontração Geralmente são atividades mais lúdicas e descontraídas, nas quais os
participantes precisam se movimentar e interagir uns com os outros.
Técnica de Esta técnica ajuda a conhecer um pouco os participantes, de forma direta ou
apresentação em algum trabalho em duplas, as pessoas se apresentam, falam sobre si, suas
experiências profissionais, seus gostos pessoais, rotinas, planos para o futuro e
o que se sentirem à vontade para falar.
Atividade individual Nesta técnica o participante trabalha individualmente para demonstrar a sua
capacidade criativa e de se expor perante a um grupo que muitas vezes não
conhece. Geralmente são propostas redações ou trabalhos com algum case, nos
quais é necessário criar algo para passar ao grupo.
Técnica de integração Esta técnica visa observar o comportamento dos participantes interagindo em
grupo, observando questões, como comunicação, liderança, proatividade e como
os participantes se relacionam entre si.
Técnica de Esta técnica visa a ter um feedback dos participantes, indagando sobre o que
encerramento eles acharam das dinâmicas e técnicas utilizadas.
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XX Atividades Lúdicas
São atividades que utilizam jogos e brincadeiras para ensinar.
O lúdico está em todas as atividades que despertam o prazer e a alegria.
É o “estado de bem-estar” no momento vivido. As atividades lúdicas
exercitam habilidades como autodisciplina, a sociabilidade, a afetividade,
os valores morais, o espírito de equipe e o bom senso. Ainda tem a função
de inventar, descobrir, conduzindo à descoberta, à invenção e à resolu-
ção de problemas na formação de sujeito criativo, interativo como o meio
social, crítico e autônomo.
Etapas de uma atividade lúdica:
a) Escolher o tema e o público-alvo.
b) Definir o objetivo da dinâmica (o que se pretende alcançar com essa
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Faz-se uma roda de cadeiras e outra de pessoas. Sendo que o número de cadeiras
deve ser sempre um a menos. Toca-se uma música animada e, quando ela parar,
todos devem sentar em alguma cadeira. Quem não conseguir sentar é eliminado e
tira-se mais uma cadeira. Ganha quem conseguir sentar na última cadeira.
Fechamento da atividade: avaliação.
Podemos considerar, portanto, que é um trabalho feito a muitas mãos e que envol-
ve muitas situações, tem vários atores envolvidos, de forma inter e multidisciplinar,
incluindo você, o Agente de Desenvolvimento Socioambiental, que deve orientar
os atores sociais sobre a prevenção, promoção e desenvolvimento socioambien-
tal. Quanto mais diversificada for a abordagem, mais rica será a discussão acerca
das questões socioambientais, pois permitirá diversos olhares sobre o mesmo ob-
jeto. Isso é enriquecedor!
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
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3 SAÚDE E PREVENÇÃO
CONTEXTUALIZANDO
A educação é um direito humano e universal. Sem o acesso aos conhecimentos,
não desenvolvemos nossas habilidades, atitudes e valores, tão importantes para o
processo de transformação do espaço do nosso ambiente.
Mas também temos direito à saúde, outro direito humano. Você já parou para
pensar como anda a sua saúde física, mental e social nessa correria do dia a dia?
Quais aspectos influenciam na sua saúde, de sua família, de seus colegas? O seu
bairro tem água encanada, coleta de lixo para todos e de forma igual?
Você sabia que uma família com quatro integrantes produz aproximadamente 4 kg
de lixo por dia? Pensando em você e na sua família, o que se tem feito para dimi-
nuir essa quantidade? O destino que você tem dado ao lixo é o adequado?
Vamos refletir sobre todas essas questões neste estudo. Certamente, ao final dele
teremos mais subsídios ao desenvolvimento da competência orientar os atores
sociais sobre prevenção, promoção e desenvolvimento socioambiental.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Essa preocupação só existiu porque, desde os tempos mais remotos, o ser humano,
ao longo de sua experiência, aprendeu que a água suja de resíduos produzidos ao
longo de suas atividades podem transmitir doenças. Com o objetivo de minimizar
esse problema, o ser humano começou a adotar medidas para preservação da
água e formas de se livrar dos resíduos.
Saiba mais
• Em ruínas de uma civilização que se desenvolveu, há cerca
de 4000 anos, na Índia, foram encontrados banheiros, redes
de esgoto nas construções e drenagem nas ruas.
• O antigo testamento da Bíblia apresenta diversas abordagens
vinculadas às práticas sanitárias do povo judeu como, por
exemplo, o uso da água para limpeza de roupas sujas que
favoreciam o aparecimento de doenças (escabiose).
• Na Índia existem relatos do ano 2000 a.C. de tradições
médicas, recomendando que a água impura devia ser
purificada pela fervura sobre um fogo, pelo aquecimento no
sol, mergulhando um ferro em brasa dentro dela ou podia
ainda ser purificada por filtração em areia ou cascalho, e
então resfriada.
• Das práticas sanitárias coletivas mais marcantes na
Antiguidade, destacam-se a construção de aquedutos,
banhos públicos, termas e esgotos romanos, tendo como
símbolo histórico a conhecida Cloaca Máxima de Roma (final
do séc. IV a.C.).
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Com a vinda da família real para o Brasil, em 1808, houve um importante avanço
nos serviços de saneamento com a implantação de redes de coleta da água da
chuva. Havia fiscalização nos portos com o objetivo de impedir a entrada de pes-
soas doentes no País, porém, essas medidas não foram suficientes para conter
novas epidemias de cólera e tifo.
Gráfico 2 – Proporção de municípios com instrumento coletor dos serviços de saneamento básico, por tipo de serviço,
segundo as grandes regiões.
%
45
40
35
30
25
20
15
10
0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
86,6%
54,3%
71,6%
Norte
10,2%
1,5% 0%
9,9%
1,1% 0,06%
Nordeste
9,2%
0,43% 0%
Centro-Oeste
Sudeste
60,27%
4,9%
Rede Geral de abastecimento de água 0% 0,06%1,5%
Rede coletora de esgoto
Manejo de resíduos sólidos Sul
Manejo de águas pluviais
0,25% 0 1,35%
Sabemos que a falta de saneamento básico é o pior e mais grave problema am-
biental, considerando o ambiente em sua totalidade, pois traz doenças, polui rios,
mares e solos, prejudica o desenvolvimento social, é causa de mortalidade com
destaque à infantil, contato direto com agentes patogênicos (agentes que causam
doenças), inibe o desenvolvimento físico e intelectual, viola dois dos mais impor-
tantes direitos humanos, o direito à saúde e à vida.
Por esse motivo é importante considerar que o acesso universal aos benefícios
gerados pelo saneamento ainda é um desafio a ser alcançado. É preciso estimular
o olhar atento à realidade em que se vive, uma vez que para se exigir melhorias e
transformações é importante a mobilização social e participação ativa da comuni-
dade nas ações deflagradas.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre Saneamento Básico acessando os sites:
Elaborado pelos técnicos das prefeituras, com o apoio da sociedade, o PMSB deve
ser aprovado em audiência pública. As audiências são o fórum de discussão da pro-
posta das prefeituras e servem para apresentação de sugestões e reivindicações.
Após as discussões com a comunidade, o PMSB deve ser apreciado pelos verea-
dores e aprovado pela Câmara Municipal.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
A OMS define a saúde como sendo um estado de completo bem-estar físico, men-
tal e social, e não somente ausência de afecções e enfermidades. Portanto, doença
é a falta ou perturbação da saúde.
Saiba mais
Você sabia que existe a Classificação Internacional de Doenças
e de Problemas (CID) relacionados à saúde? A CID é um código
que foi criado em 1893 e padroniza as doenças.
XX Vacinar-se.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
XX geo-helmintos e teníase.
É importante lembrar que os custos com prevenção dessas doenças são menores
do que os que se tem com a cura e a perda de vidas por causa delas. Também
se poderia otimizar os gastos públicos com saúde se o dinheiro investido em tra-
tamento de doenças vinculadas à falta de saneamento pudesse ser direcionado
para outras ações.
Algumas doenças causadas por falta de saneamento básico são a amebíase, as-
caridíase ancilostomose, cisticercose, cólera, dengue, diarreia, desinteira, elefan-
tíase, esquistossomose, febre amarela, febre paratifoide, febre tifoide, giardíase,
hepatite, infecções na pele e nos olhos, leptospirose, malária, poliomielite, teníase
e tricuríase.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Para reduzir os casos dessas doenças é fundamental que a população tenha aces-
so à água tratada, tratamento correto do esgoto (seja ele doméstico, industrial,
hospitalar ou de qualquer outro tipo), destinação e tratamento do lixo, drenagem
urbana, instalações sanitárias adequadas e promoção da educação sanitária (que
incluem hábitos de higiene), entre outras ações.
Ainda segundo a ABNT, são resíduos sólidos os resíduos nos estados sólido ou
semissólido, que resultam das atividades da comunidade de origem: industrial, do-
méstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos
nessa definição os lodos provenientes de estações de sistemas de tratamento de
água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem
como determinados líquidos cujas particu-
laridades tornem inviável o seu lançamen-
to na rede pública de esgotos ou corpos
d’água, ou exigem, para isso, soluções téc-
nica e economicamente inviáveis em face
da melhor tecnologia disponível.
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UNIDADE CURRICULAR 1: ORIENTAR OS ATORES SOCIAIS SOBRE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL
I - quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residên-
cias urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradou-
ros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados
nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas
atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, confor-
me definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos
e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da prepa-
ração e escavação de terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silvi-
culturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios;
II - quanto à periculosidade:
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Saiba mais
No Brasil são produzidas aproximadamente 240 mil toneladas de
lixo por dia. Cada pessoa produz aproximadamente 1kg por dia.
Nem todo o lixo recebido tem um destino adequado, e a maioria das pessoas não
sabe o destino do lixo que produz. Quando o lixo é destinado de maneira incorreta
e fica a céu aberto, pode ocorrer contaminação de lençóis freáticos com chorume,
emissão de gases do efeito estufa, como o gás metano e, ainda, atrair insetos e
animais, que podem transmitir doenças ao ser humano.
Ele pode ser destinado para aterro controlado, aterro sanitário, incineração, lixão
e compostagem. O Quadro 11 apresenta informações sobre cada destino do lixo.
Destino Característica
Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui
instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, inter-
municipal e metropolitano e municipal, além de impor que os particulares elabo-
rem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Saiba mais
Segundo dados de 2008 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico (PNSB): 99,96% dos municípios brasileiros têm serviços de
manejo de Resíduos Sólidos, mas 50,75% deles dispõem seus resíduos
em vazadouros; 22,54% em aterros controlados e 27,68% em aterros
sanitários. Esses mesmos dados apontam que 3,79% dos municípios
têm unidade de compostagem de resíduos orgânicos; 11,56% têm
unidade de triagem de resíduos recicláveis e 0,61% têm unidade de
tratamento por incineração. A prática desse descarte inadequado
provoca sérias e danosas consequências à saúde pública e ao meio
ambiente e associa-se ao triste quadro socioeconômico de um grande
número de famílias que, excluídas socialmente, sobrevivem dos lixões de
onde retiram os materiais recicláveis que comercializam.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2015).
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[...]
3.4.1 Poluição do ar
XX 78%: Nitrogênio
XX 21%: Oxigênio
Outros gases faziam parte dessa composição, porém, com o início da Revolução
Industrial, na Inglaterra, cresce significativamente a poluição do ar.
Saiba mais
A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças que
aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal
particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho
artesanal, manual, pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Inicialmente as máquinas trabalhavam por força hidráulica e a vapor. Mais tarde com
a queima do carvão mineral e a criação dos motores de combustão interna movidos
a combustíveis derivados do petróleo, aumentaram os poluentes atmosféricos.
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XX refinarias;
XX uso de fertilizantes;
XX Irritação das mucosas, dos olhos, do nariz e das vias respiratórias, câncer
respiratório, arteriosclerose, inflamação de pulmão, outros.
Saiba mais
O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor, inflamável e inodoro
proveniente da combustão incompleta de combustíveis fósseis (carvão mineral,
petróleo e gás natural). É um gás altamente tóxico, que tem alta afinidade com
a hemoglobina no sangue, substituindo o oxigênio e reduzindo a alimentação
deste ao cérebro, coração e para o resto do corpo, durante o processo de
respiração. Em baixa concentração causa fadiga e dor no peito, em alta
concentração pode levar a asfixia e morte. Por isso, foi utilizado na Segunda
Guerra Mundial pelos nazistas para exterminar os judeus nas câmaras de gás.
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XX Utilizar as ciclovias.
XX Criar e expandir áreas verdes nas zonas urbanas, como praças arboriza-
das, parques ecológicos, jardins, dentre outros.
Para ser consumida a água precisa ser insípida, inodora e incolor. É uma das subs-
tâncias mais abundantes do nosso planeta e pode ser encontrada nos três estados
físicos: sólido, líquido e gasoso. De toda a água existente em nosso planeta, cerca
de 97,5% é salgada e apenas 2,5% é de água doce. Dos 2,5% de água doce:
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Dia Mundial da Água foi instituído pela ONU, em 1992,
sendo comemorado no dia 22 de março.
Mundo Brasil
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A água doce do planeta está cada vez mais escassa devido à grande poluição dos
grandes centros urbanos. A Figura 18 apresenta o quadro da escassez de água
no mundo.
XX Derramamento de óleo.
XX Resíduos atmosféricos.
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XX agrotóxicos;
XX queimadas.
XX Explosões em aterros.
XX Proteger as florestas.
Talvez o maior problema ambiental da atualidade seja o lixo que se produz. Seu
destino de forma inadequada causa impacto na saúde humana e nas demais for-
mas de vida.
O lixo continua existindo depois que o jogamos na lixeira, porém muitas pessoas
pensam que a lata de lixo é o destino final da matéria. Enganam-se, pois o lixo
precisa ser destinado para algum lugar.
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Saiba mais
Sugerimos que você assista ao documentário “Trashed – Para
onde vai nosso Lixo” de 2012.
Saiba mais
No Brasil há uma cultura do desperdício. Apenas 1/3 dos
alimentos produzidos chegam à boca do consumidor.
Saiba mais
Sugerimos que você assita ao filme Lixo Extraordinário, disponível
no site: https://www.youtube.com/watch?v=61eudaWpWb8
Considerando que parte dos resíduos gerados pelas atividades humanas ainda pos-
sui valor comercial, se manejado de maneira adequada, deve-se adotar uma nova
postura e começar a ver o lixo como uma matéria-prima potencial. Nesse contexto,
o Agente de Desenvolvimento Socioambiental poderá informar e formar os indivídu-
os, desenvolvendo habilidades e modificando atitudes em relação ao meio ambien-
te, tornando a comunidade educativa consciente de sua realidade global.
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Você já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas no meio am-
biente? É isso mesmo, nossa caminhada pela Terra deixa rastros, pegadas, que
podem ser maiores ou menores, dependendo de como caminhamos.
Saiba mais
Calcule a sua pegada ecológica. Para isso, acesse o site:
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/
pegada_ecologica/pegada_das_cidades/
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CONSIDERAÇÕES
UNIDADE CURRICULAR 1
Bons estudos!
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REFERÊNCIAS
UNIDADE CURRICULAR 1
______. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. 11.
ed. São Paulo: Cultrix, 1999.
______. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2004.
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LIBÂNEO, J.C. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998.
PORTAL ÁGUA ONLINE. Cifras e dados sobre a água. 2011. Disponível em:
<http://www.aguaonline.com.br/materias.php?id=546&cid=1&edicao=150>. Aces-
so em: 03 ago. 2015.
______. Meio Ambiente e Representação Social. São Paulo: Cortez, 1995 (ques-
tões de nossa época, v. 41).
SAUVÉ, L. Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In: SATO, M.;
CARVALHO. Educação Ambiental: pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005.
TEIXEIRA, Wilson. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: IEP Nacional, 2009.
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