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DISPOSIÇÃO FINAL DE REJEITOS:

ATERROS

1
Caro(a) aluno(a),

A Faculdade Anísio Teixeira (FAT), tem o interesse contínuo em


proporcionar um ensino de qualidade, com estratégias de acesso aos saberes
que conduzem ao conhecimento.

Todos os projetos são fortemente comprometidos com o progresso educacional


para o desempenho do aluno-profissional permissivo à busca do crescimento
intelectual. Através do conhecimento, homens e mulheres se comunicam, têm
acesso à informação, expressam opiniões, constroem visão de mundo,
produzem cultura, é desejo desta Instituição, garantir a todos os alunos, o direito
às informações necessárias para o exercício de suas variadas funções.

Expressamos nossa satisfação em apresentar o seu novo material de estudo,


totalmente reformulado e empenhado na facilitação de um construtor melhor
para os respaldos teóricos e práticos exigidos ao longo do curso.

Dispensem tempo específico para a leitura deste material, produzido com muita
dedicação pelos Doutores, Mestres e Especialistas que compõem a equipe
docente da Faculdade Anísio Teixeira (FAT).

Leia com atenção os conteúdos aqui abordados, pois eles nortearão o princípio
de suas ideias, que se iniciam com um intenso processo de reflexão, análise e
síntese dos saberes.

Desejamos sucesso nesta caminhada e esperamos, mais uma vez, alcançar o


equilíbrio e contribuição profícua no processo de conhecimento de todos!

Atenciosamente,

Setor Pedagógico

2
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS ACERCA DA HISTÓRIA DA DISPOSIÇÃO FINAL


DE REJEITOS .......................................................................................................................... 5

SISTEMAS DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS .................. 10

OS RISCOS AMBIENTAIS DA DESTINAÇÃO FINAL INADEQUADA ...................... 11

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................... 16

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................... 17

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ............................... 17

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS ............................................................. 18

TRATAMENTO MECÂNICO .......................................................................................... 20

TRATAMENTO BIOQUÍMICO ...................................................................................... 21

TRATAMENTO TÉRMICO ............................................................................................. 35

QUAL A MELHOR TECNOLOGIA? ................................................................................. 39

DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................... 40

ACONDICIONAMENTO .................................................................................................. 40

COLETA ................................................................................................................................. 42

COLETA SELETIVA E OS “R’S” ................................................................................... 42

RECICLAGEM .................................................................................................................. 45

ATERROS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES ....................................................................... 52

ATERROS SANITÁRIOS ..................................................................................................... 53

COMO FUNCIONA UM ATERRO SANITÁRIO .......................................................... 58

VANTAGENS DO ATERRO SANITÁRIO..................................................................... 59

DESVANTAGENS DO ATERRO SANITÁRIO ............................................................. 59

ATERROS CONTROLADOS .............................................................................................. 60


CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO .......................................................................... 63

ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS DE ATERROS SANITÁRIOS ....... 66

LIXÃO ..................................................................................................................................... 67

DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS ................ 69

SITUAÇÃO NO BRASIL ...................................................................................................... 72

DEFINIÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE REJEITOS ....................... 76

ÁREAS FAVORÁVEIS PARA A DESTINAÇÃO FINAL DE REJEITOS ..................... 78

DEFINIÇÃO DE DISPOSIÇÃO E DESTINAÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE


ADEQUADA ........................................................................................................................... 79

ATIVIDADES PROIBIDAS NAS ÁREAS DE DISPOSIÇÃO FINAL (LEI 12.305/10


ART. 48) .................................................................................................................................. 80

AS LEIS AMBIENTAIS BRASILEIRAS ............................................................................ 83

SITES PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE PLANOS. PROJETOS,


PLANEJAMENTO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............................................... 85

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 92


INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS ACERCA DA HISTÓRIA DA DISPOSIÇÃO FINAL
DE REJEITOS

Em um dia normal no planeta Terra, DAVID ORR diria:

[...] que os seres humanos irão adicionar quinze milhões de toneladas de carbono na
atmosfera, destruirão cento e quinze mil metros quadrados de floresta tropical, criarão
setenta e dois mil metros quadrado de deserto, eliminarão entre quarenta a cinquenta
espécies, causarão a erosão de setenta e um milhões de toneladas de solo, adicionarão
duzentos e setenta toneladas de CFC’s à estratosfera, e aumentarão sua população em
duzentos e sessenta e três mil pessoas. Ontem, hoje e amanhã (ORR apud GRÜN,
2012, p. 90).

Contudo, nem sempre foi assim, pois de acordo com estudos e pesquisas de CARLOS
VIEIRA SPILLMANN (20181) o homem primitivo apresentava uma relação simbiótica com o
seu habitat, retirando da natureza o que necessitava para suas funções vitais, devolvendo os
resíduos gerados em seu metabolismo interno, possibilitando à própria natureza restabelecer o
equilíbrio. Sua produção se baseava em material orgânico, restos de comida que eram
facilmente degradados e reabsorvidos pela natureza. Ou seja, bem diferente de hoje.

Nos primórdios da vida humana, o indivíduo, em menor quantidade, alimentava-se de


frutos e raízes que a natureza gratuitamente lhe proporcionava. Também compunha o seu
cardápio os animais de pequeno porte, abatidos através da prática da caça. Segundo CURT e
TERENCE TRENNEPOHL (2013, p. 01), os homens primitivos eram nômades e, ao menor
sinal de rareamento desses recursos, mudavam-se instintivamente da localidade explorada para
outra, permitindo, com isso, a regeneração da natureza às suas características originais.

Ainda conforme SPILLMANN (2018), os povos da Antiguidade, durante esse, não


tiveram os problemas que mais tarde surgiriam nas cidades, como a captação, a adução, o
tratamento e a distribuição de água, com esgotamento e tratamento de esgotos e do lixo. Por
serem nômades, eles deixavam para trás os danos ecológicos, pois abandonavam a terra
exaurida quando esta não mais possuía condições de plantio e partiam em busca de regiões

1 Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/19088/19088_3.PDF>. Acesso em: 20 abr.


2018.
virgens, assim como seguiam suas caças através do planeta, dando tempo à natureza de se
reequilibrar.

Tais abordagens são confirmadas pelos estudos de SARAH CARNEIRO


ARAÚJO (2013). A autora esclarece que, em razão desse estilo de vida nômade, essa
exploração não afetava significativamente os ecossistemas e que o nomadismo proporcionou
uma relação harmoniosa entre o homem e o ambiente ocupado, pois esse buscava apenas suprir
sua necessidade básica – a sobrevivência, sendo incapaz de impactar significativamente o meio
ambiente (ARAÚJO, 2013, p. 02). Essa compreensão é reforçada por JOSÉ LUIZ NEGRÃO
MUCCI (2014, p. 25), ao afirmar que em razão do costume de mudar constantemente o local
de habitação, permitindo a recuperação do solo, as ocupações primitivas eram inofensivas ao
meio natural.

Todavia, como sabemos, tudo mudou, pois, com a criação das cidades, cujos primeiros
exemplares de que se tem notícia apareceram na Mesopotâmia, e a partir do momento em que
as populações cresciam e se fixavam em determinadas regiões, os problemas relacionados à
questão sanitária e, principalmente, ao manejo dos resíduos sólidos urbanos começaram a
aparecer e serem sentidos por essas comunidades, conforme SPILLMANN (2018).

As cidades precisavam ser cercadas por muralhas que, ao mesmo tempo, serviam de
proteção aos inimigos e separavam a população dos seus resíduos.

A formação de um incipiente ideal societário, juntamente com a fixação de moradia e a


confecção de ferramentas, proporcionou ao indivíduo uma maior segurança que, por
conseguinte, contribuiu para aumentar a população e gerar mais desmatamentos.

Em sentido análogo, CORTEZ (2011) explica que o aumento populacional, a


organização em comunidades e seu aperfeiçoamento fizeram com que o homem, na medida em
que os seus recursos técnicos se desenvolviam rapidamente, dispusesse de um poder crescente.
Isso se refletia em uma maior pressão sobre o meio ambiente, fazendo com que o homem contra-
atacasse as intempéries naturais, passando a depredador e competidor (CORTEZ, 2011, p. 30).

Contudo, segundo CURT e TERENCE TRENNEPOHL (2013):

Durante alguns milhares de anos o ser humano se dedicou a esta vida, diferente, mas
ainda harmoniosa com a natureza. Seus aglomerados urbanos não eram dotados de
muitos elementos estranhos ao meio circundante, as moradias eram simples e sem
maiores necessidades e as atividades humanas representavam uma intervenção
mínima no equilíbrio ambiental [...]. Se existia uma maior substituição de vegetação
nativa por áreas cultivadas, mais concentração de lixo e dejetos e mais exploração
continuada dos recursos naturais nas mesmas áreas, é certo que a natureza sempre teve
uma capacidade inacreditável de se adaptar às situações adversas que lhe são impostas
(TRENNEPOHL; TRENNEPOHL, 2013, p. 03).

Não obstante, com a crescente necessidade de prover melhores condições de vida às


populações, foram sendo implantadas soluções engenhosas para os problemas da captação e
distribuição de água e do esgotamento sanitário. Exemplo disso é a cidade de Babilônia, capital
da Mesopotâmia, que há cerca de quatro mil anos já contava com sistemas de água e esgotos.

Ainda de acordo com SPILLMANN (2018), outras formas de minimizar os problemas


oriundos do lixo foram encontradas há 4.500 anos, conforme BIDONE (1999):

Quando os nabateus, um povo pagão, descendente dos beduínos do Norte da África


inicialmente nômade que ocupou Edom no século VI aC, tendo como capital a cidade
vermelho-rósea de Petra, escavada nas rochas, enterravam os resíduos orgânicos em
trincheiras escavadas no solo e, tempos depois, abriam as trincheiras e utilizavam a
matéria orgânica, já decomposta, na agricultura. Os nabateus desenvolviam a
agricultura nestas regiões devido a um apurado sistema de conservação de água e à
produção de composto orgânico gerado pela compostagem dos resíduos sólidos. O
local onde foi construída a cidade rósea de Petra dista 260 quilômetros de Amã, atual
capital da Jordânia.

Devido ao hábito dos moradores dos centros urbanos de disporem seu lixo nas ruas e
ruelas, terrenos baldios e outros logradouros, metade da população da Europa foi dizimada no
século XIV pela Peste Bubônica ou Peste Negra, causada pela pulga dos ratos que proliferavam
nesses aglomerados populacionais. Causada pela abundância de comida, os ratos se
multiplicavam e constituíam um vetor contaminante de populações inteiras, chegando a causar
milhões de mortes, conforme SPILLMANN (2018).

A captação e distribuição de água e a coleta e tratamento dos esgotos sempre recebeu,


ao longo da nossa História, uma atenção muito maior da população e dos administradores
públicos do que a questão do lixo. Desses itens, o lixo era o mais fácil de ser “escondido”, tirado
das vistas da população, sendo levado para longe, incinerado ou enterrado. Tal fato se estende
até os dias atuais, onde os resíduos sólidos somente recentemente começaram a receber a devida
atenção. Segundo AIZEN e PECHMAN, (1985),

É uma longa estrada entre o entendimento técnico e o reconhecimento oficial, o que


atrasa enormemente a solução do problema. Na verdade, não se sabe muito sobre os
cuidados ou não que as civilizações tiveram com os resíduos ao longo da história, pois
a primeira lei que se conhece relativa aos resíduos sólidos data de 1297 e foi editada
em Londres, e obrigava o proprietário a manter a frente da sua propriedade limpa. Em
1354 outra lei londrina obrigava a retirada do lixo dos logradouros uma vez por
semana e em 1387 foram construídas estações de transferência (ao que parece as
primeiras do mundo) ao longo do Rio Tâmisa. (AIZEN; PECHMAN, 1985, p. 132).

A relação entre saúde pública e o manejo de resíduos é clara. Na Inglaterra, no fim do


século XIX, se inicia a identificação e sistematização da gestão dos resíduos sólidos devido às
más condições de salubridade em que se vivia. Aplicava-se uma lei em 1888 que proibia dispor
lixos em rios, diques e águas. Nesse sentido citamos RUSSO (2003):

Em 1906 B. Parsons afirmava, no livro The Disposal of Municipal Refuse — um dos


primeiros se não o primeiro livro cujo conteúdo versava apenas sobre as questões dos
resíduos sólidos: descrever as características das diferentes classes de resíduos e
prestar atenção ao fato de que, se um método uniforme de nomenclatura e registro das
quantidades de resíduos manejadas poderá ser mantido pelas várias cidades, então os
dados obtidos e a informação assim conseguida poderão constituir um avanço na
deposição sanitária dos lixos. Tal uniformidade não poderá constituir uma fonte de
despesas nas cidades, porém, comparações diretas e conclusões corretas poderão ser
extraídas para benefícios de outras.

Contudo, com o advento da Revolução Industrial e após a II Grande Guerra Mundial,


SPILLMANN (2018) informa que houve grande expansão do consumo, trazendo consigo um
aumento considerável dos resíduos provenientes do processo de produção, dos descartes das
embalagens e, por fim, dos próprios produtos.
A vida moderna nos centros urbanos cristalizou novas relações entre o homem, os
resíduos por ele gerados em seu dia a dia e o meio ambiente. Tais relações foram afetadas
diretamente pelo estilo de vida cada vez mais consumista da nossa sociedade.

Atualmente, os resíduos das comunidades aumentaram significativamente, gerando


problemas ambientais e sociais dos mais variados.

Nesse sentido, CURT e TERENCE TRENNEPOHL (2013, p. 04) afirmam que, na atual
conjuntura em que vive a raça humana, a preocupação predominante não gira apenas em torno
de salvar e preservar uma determinada espécie ameaçada de extinção, mas em salvar e preservar
a existência da espécie dominante, qual seja, a espécie humana. Salientam os autores que é o
homo sapiens que se localiza na linha da ameaça, necessitando, com seu raciocínio e trabalho,
reverter esse quadro de destruição em que se encontra o seu único e possível habitat.

Em sendo, JOSÉ RENATO NALINI (2010) afirma que ao homem incumbe o dever de
preservar o planeta, cuidar de seus ecossistemas, bem como de seus componentes – a biota e o
biótopo –, cabendo ao homem ser o senhor da terra e não se transformar em um terricida ou
destruidor do planeta. Esclarece o autor que o ser humano compreendeu mal o mandamento
divino (BÍBLIA, Gêneses, Capítulo 1, versículos de 26 a 30), pois o domínio sobre a Terra e
sobre todas as criaturas nela existentes não significa, necessariamente, destruí-la ou exterminá-
la (NALINI, 2010, p. 01).

Ainda conforme o mesmo autor, o sentido empregado na expressão “dominar” a Terra


difere-se diametralmente do sentido atual. Exercer domínio sobre a Terra e seus ecossistemas
não significa esgotar os recursos naturais, tampouco se refere a não se preocupar com a
preservação da fauna e da flora, com a manutenção da saúde das águas e com a qualidade do ar
que se respira. Exercer domínio sobre a Terra é conhecer suas funções e destas retirar os
elementos suficientes para a sobrevivência sem, com isso, comprometer o equilíbrio
naturalmente estabelecido.

Para essa finalidade, continua NALINI (2010), o homem contemporâneo precisa


aprender a se comportar neste planeta e, essa aprendizagem requer um resgate dos primórdios
do crescimento e desenvolvimento humano, de forma a identificar em quais pontos, momentos
ou eventos a relação homem/ambiente tornou-se desequilibrada. Esse importante diagnóstico é
fundamental para, no presente, se restabelecer o equilíbrio ecológico e a qualidade ambiental,
adotando práticas consideradas saudáveis ao meio ambiente, tais como, o correto descarte final
dos resíduos líquidos e sólidos e, eliminando as de caráter prejudicial, como resíduos dispostos
inadequadamente no meio ambiente.

Sendo assim, analisaremos e demonstraremos, a seguir, os sistemas de tratamento e


disposição final de resíduos, os riscos ambientais do descarte inadequado de resíduos, as
características físicas, químicas e biológicas , o acondicionamento, a coleta comum e a coleta
seletiva e os “R’s”, e o tratamento adequado.

Na sequência conceituaremos os aterros, destacando o aterro sanitário e o seu como


funciona, as vantagens e desvantagens do aterro sanitário, o aterro controlado, as características
do processo e os aspectos econômicos e financeiros de aterros sanitários, bem como, os lixões,
a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos e a situação no Brasil, definindo as áreas
favoráveis para disposição final de rejeitos, definindo a disposição e a destinação final
ambientalmente adequada dos rejeitos, relacionando as atividades proibidas nas áreas de
disposição final (Lei 12.305/10 Art. 48) e as Leis Ambientais Brasileiras.

SISTEMAS DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS

Segundo CRISTINA MERSONI e GERALDO ANTÔNIO REICHERT (2017)2


citando TCHOBANOGLOUS et al. (1993), resíduos sólidos são todos os resíduos resultantes
de atividades humanas e de animais, geralmente sólidos, e que são descartados como inúteis e
indesejáveis. Segundo MCDOUGALL et al. (2004), um material somente se torna resíduo
quando é descartado, quando não tem mais valor para seu dono. Na língua portuguesa, a palavra
“resíduo” é definida como “o que resta de qualquer substância, resto” (FERREIRA, 2008), ou
seja, aquilo que sobra.
Ainda de acordo com MERSONI e REICHERT (2017), a Lei Federal nº 12.305
(BRASIL, 2010) estabelece como resíduos sólidos urbanos os resíduos de origem domiciliar,

2 Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/esa/v22n5/1809-4457-esa-22-05-00863.pdf>. Acesso em:


25 abr. 2018.
de atividades domésticas em residências urbanas, de limpeza urbana originários de varrição,
limpeza de logradouros e vias públicas, e demais serviços de limpeza urbana. Ainda, a lei
diferencia o termo “rejeito” como aquele resíduo para o qual não há possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis,
sendo a disposição final ambientalmente adequada a única alternativa.
A partir do momento em que são gerados, os resíduos necessitam receber o tratamento
correto para evitar que se tornem causadores de impactos ambientais. Para isso, é importante
adotar um sistema eficaz que contemple todas as fases pelas quais o resíduo passará, desde a
sua origem até a disposição final. (MERSONI e REICHERT, 2017).
O gerenciamento de resíduos engloba as etapas de coleta, transporte, transbordo,
tratamento, destinação final dos resíduos e disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos (BRASIL, 2010).
De acordo com LIMA (2000), o gerenciamento de resíduos sólidos é pautado nos
aspectos tecnológicos e operacionais, envolvendo fatores administrativos, gerenciais,
econômicos, ambientais, de desempenho (produtividade e qualidade), incluindo prevenção,
redução, segregação, reutilização, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento,
recuperação de energia e destinação final. (MERSONI e REICHERT, 2017).

OS RISCOS AMBIENTAIS DA DESTINAÇÃO FINAL INADEQUADA

Os resíduos sólidos e líquidos urbanos estão entre os problemas ambientais mais


significativos em todo mundo, pois, como já dissemos, o aumento da população levou ao
consumismo desordenado, o que acarretou o aumento exponencial na quantidade de resíduos
produzida, diariamente, em todas as residências que, de acordo com RESENDE e VIEIRA,
(2014), tal aumento de resíduos produzidos fez com que aumentassem vários problemas de
saúde, sanitários e ambientais.
Ainda de acordo com os mesmos autores, é comum encontrar resíduo sólido
depositado a céu aberto, em terrenos baldios, às margens dos córregos e, principalmente, às
margens de rodovias, gerando grandes transtornos sociais ambientais e graves problemas de
saúde para a população.
Por outro lado, fica evidente o desperdício de materiais para os quais dispomos de
tecnologias capazes de repô-los em uma nova cadeia produtiva, com reduções significativas na
extração de recursos naturais - que caminham para a exaustão - comprovada minimização de
matérias primas de origem, energia e outros insumos.
Em sendo e segundo CÉSAR (2016), para que se desenvolva o gerenciamento
integrado dos Resíduos Sólidos Urbanos de uma cidade, é preciso que se desenvolva uma
clareza de grande elevação da população, mobilizando e envolvendo toda a comunidade, órgãos
públicos e privados e juntos buscarem a importância de uma cidade limpa para que alcance o
desenvolvimento sustentável.
Por outro lado, NOVAIS e GUARIM NETO (2016), apontam que, na sociedade atual,
o homem não trata o ambiente em que vive com respeito, colocando sempre as suas
necessidades materiais em primeiro lugar, causando grandes impactos, tanto sociais, quanto
ambientais. De acordo com OLIVEIRA (2015), o homem atual deveria preocupar-se mais com
o consumismo, pois é ele o principal fator responsável pelo aumento dos resíduos em todo o
mundo.
Em se tratando do Brasil, ao discorrermos sobre os impactos ambientais causados pelo
descarte inadequado de resíduos, estamos diante de uma realidade vivida e sentida no âmbito
da sociedade brasileira como um todo, e, sobretudo, nos municípios onde seus gestores não
procuram aplicar políticas públicas previstas e normatizadas, especial, aquela que visa à
erradicação dos mesmos e que defende a implantação dos seus aterros sanitários; embora estes
equipamentos sejam dispendiosos e dependentes sempre de mão-de-obra qualificada, tanto para
a sua construção, quanto para sua operação. Propõe ainda, a implementação de sistemas de
coleta seletiva; compostagem e reciclagem; resultando assim bons resultados no que diz
respeito à promoção da saúde da população em geral, preventivamente (BRASIL, 2010).
SIMONETTO e BORENSTEIN (2014), apontam vários estudos, mostrando que a
melhor forma de minimizar ou diminuir os resíduos gerados é a reciclagem, a qual, a cada dia
aumenta com novos adeptos, para transformar todos os materiais usados em novas matérias
primas. De acordo com ALENCAR (2015), além de gerar fonte de renda para muitas famílias
é uma atividade que contribui para o crescimento da cidadania ambiental e responsabilidade
social, transformando os cidadãos em pessoas dignas e com respeito ao meio ambiente.
A gestão dos resíduos sólidos contempla os aspectos institucionais, administrativos,
financeiros, ambientais, sociais e técnico-operacionais. Significa mais do que o gerenciamento
técnico-operacional do serviço de limpeza. Extrapola os limites da administração pública,
considera o aspecto social como parte integrante do processo e tem como ponto forte a
participação não apenas do setor público, mas também do setor privado e das organizações não
governamentais (MESQUITA JÚNIOR, 2007).
Ainda segundo o mesmo autor, todas as vertentes envolvidas se dedicam desde a etapa
de pensar o modelo de planejamento e estabelecer a estratégia de atuação, passando pela forma
de execução e de implementação dos controles. Tal processo possibilita um desenvolvimento
uniforme e harmônico entre todos os interessados, de forma a atingir os objetivos propostos,
adequados às necessidades e características de cada comunidade.
HENNIGEN (2013) e FILHO e BRAGA (2009), afirmam que toda a sociedade tem
grande responsabilidade para garantir o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos com o
empenho e envolvimento dos cidadãos no processo, desde a geração, passando pela coleta e
destinação final, contribuindo, assim, para um ambiente mais limpo e seguro.
Como relata a Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, na seção II, no art. 30:
É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser
implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante às
atribuições e procedimentos previstos nesta seção. (BRASIL, 2010).

Assim, para compreendermos melhor a organização da sociedade em suas atribuições,


podemos dizer que cada indivíduo atua como cooperador dessa causa, praticando hábitos de
consumo sustentável, reduzindo o desperdício de materiais, estimulando a produção de
produtos de materiais recicláveis, assim como a destinação, ambientalmente correta, dos
rejeitos, ou seja, daquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado.
A Lei ainda prevê que, as responsabilidades de acordos firmados entre o setor público
e o privado (fabricantes, importadores, distribuidores etc.) deverão constar em ações previstas
no PMGIRS, dessa forma, os setores privados se comprometerão a dar disposição final
adequada aos seus resíduos e divulgar informações de conscientização, no que diz respeito às
formas de reciclagem e eliminação dos rejeitos (BRASIL, 2010).
O poder público, por suas atribuições legais estabelecerá mecanismos que incentive o
financiamento para as ideias que busquem a prevenção e a redução dos RSU’s, a sistematização
e implantação de coletas seletivas, a recuperação de áreas contaminadas e o desenvolvimento
de projetos de gestão (BRASIL, 2010).
A Lei nº 12.305/2010 – define metas e ações, que devem nortear o gerenciamento dos
RSU’s, dessa forma, visando à erradicação do descarte inadequado dos rejeitos em seu capítulo
VI, art. 47, refere-se a algumas proibições:
I – Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
II – Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
III – Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não
licenciados para essa finalidade (BRASIL, 2010).

Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o meio ambiente,
podendo causar a contaminação do solo no local do despejo ou até mesmo de grandes áreas
caso entrem em contato com algum riacho ou até mesmo algum lençol freático. Esse tipo de
material perigoso requer um sistema de coleta, classificação, tratamento e descarte adequado e
rigoroso. Podemos citar como exemplos as pilhas e baterias de telefones e equipamentos
eletrônicos que são formados por compostos químicos com alta capacidade de poluição e
toxicidade para o solo e a água, os quais são também extremamente tóxicos aos seres humanos
e animais. Esse tipo de material deve ser tratado com muita cautela durante os processos de
coleta seletiva, uma vez que hoje existem postos de coleta e de depósito desses tipos de
materiais, onde as pessoas podem descartá-los, para que depois possam ser coletados por
empresas especializadas na sua destinação.
CEMPRE (2012), mostra que, para se obter um gerenciamento integrado de resíduos,
é necessário fazer a coleta na cidade ou município com um sistema de coleta e transporte
eficiente e adequado, que possa atender a todos os bairros, fornecendo destino final ao resíduo
sólido de forma segura. Para isso, faz-se necessário o uso de tecnologias modernas e um modelo
de gestão de resíduos sólidos urbanos adequado a cada cidade.
Porém, a implantação de coleta seletiva eficiente, com atendimento a toda população
do município, é essencial para erradicação dos lixões e, ainda, podendo ter como principais
aliados os catadores, os quais são de suma importância para a reciclagem. A realidade dos
catadores tem mudado com os impactos ambientais e, assim, vem ganhando prestígio desde o
século XX, pelo fato de solucionar ou amenizarem alguns problemas relacionados, direta ou
indiretamente com o resíduo sólido (CEMPRE, 2010).
Dentre os problemas citados, vários estudos têm mostrado que a exposição e o contato
do ser humano com ambiente contaminado têm elevado os danos à saúde da população. Devido
à essa problemática nos anos atuais, grandes discussões vêm sendo observadas (ASMUS et al.,
2008), além de desenvolver um aumento no interesse da população pelas questões ambientais
no que diz respeito à melhor qualidade de vida (FERNANDES et al., 2007).
No entanto, boa parte dos resíduos gerados, atualmente, não possui destinação
sanitária, ambientalmente adequada. Embora existam progressos nos últimos anos no Brasil
(ABRELPE, 2017), ainda nos deparamos com formas inadequadas e ilegais de acomodação de
RSU’s, principalmente, em cidade no interior dos estados brasileiros, com justificativas que
permeiam as condições econômico-financeiras das comunas, falta de operadores capacitados e
habilitados, etc. Persistindo, os lixões ou vazadouros, que resultam da simples descarga do lixo
a céu aberto, sem levar em consideração: a percolação dos líquidos derivados da decomposição
do lixo, a liberação de gases para a atmosfera e a proliferação de vetores como: insetos, roedores
e outros animais que podem transmitir doenças ao homem (MUÑOZ, 2012).
Pode haver também a emissão de particulados e outros poluentes atmosféricos,
relacionados com a combustão do lixo ao ar livre – prática recorrente, em nossos municípios -
ou pela incineração de dejetos sem o uso de equipamentos de controle adequados. De modo
geral, os impactos dessa degradação estendem-se para além das áreas de disposição final dos
resíduos, afetando toda a população, (GOUVEIA, 2012), especialmente, aquelas do entorno das
áreas de disposição final, sobretudo por falta de gerenciamento dos resíduos sólidos
adequadamente. Conforme a Lei nº 12.305, art. 30, Inc. X,
[...] gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação
final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos,
exigidos na forma desta Lei (BRASIL. Lei 12.305, 2010).

Por outro lado, segundo RATTNER (2009), a degradação ambiental vem sendo
contínua por quantidades significativas de resíduos e dejetos industriais, lançamento de esgoto
in natura nos rios e lagos e, tem causado grandes impactos como eutrofização, prejudicando a
fauna, flora e sociedades.
Segundo MONTEIRO et al (2001), em consonância com a NBR 10.004/87, os
resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com suas características físicas, químicas e
biológicas.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


Segundo BARROS (2009),

a gestão integrada dos resíduos sólidos municipais é imprescindível para a obtenção


e manutenção de boa qualidade de vida das comunidades, técnicas de tratamento,
eliminação e de valorização das frações recicláveis contidas no lixo urbano, além da
educação ambiental como balizamento e suporte a todas as ações a serem
implementadas, são instrumentos eficientes nesta gestão. (p. 47).

Em sendo, para alguns autores como LIPOR (2010) “a caracterização dos resíduos
constitui importante instrumento de gestão, devendo ser, em cada caso, adaptada e ajustada aos
objetivos gerais e/ou específicos a que pretende dar reposta.” (p. 12).
Nesse sentido, quanto às características físicas os resíduos sólidos podem ser
classificados, segundo a NBR 10.004 da ABNT (2004), em:

 geração per capita que relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada diariamente
e o número de habitantes de determinada região. Muitos técnicos consideram de 0,5 a
0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil;
 composição gravimétrica que traduz o percentual de cada componente em relação ao
peso total da amostra de lixo analisada;
 peso específico aparente que é o peso do lixo solto em função do volume ocupado
livremente, sem qualquer compactação, expresso em kg/m3. Sua determinação é
fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações. Na ausência de
dados mais precisos, podem-se utilizar os valores de 230kg/m3 para o peso específico
do lixo domiciliar, de 280kg/m3 para o peso específico dos resíduos de serviços de saúde
e de 1.300kg/m3 para o peso específico de entulho de obras;
 teor de umidade que representa a quantidade de água presente no lixo, medida em
percentual do seu peso. Este parâmetro se altera em função das estações do ano e da
incidência de chuvas, podendo-se estimar um teor de umidade variando em torno de 40
a 60% e;
 compressividade que é o grau de compactação ou a redução do volume que uma massa
de lixo pode sofrer quando compactada. Submetido a uma pressão de 4kg/cm², o volume
do lixo pode ser reduzido de um terço (1/3) a um quarto (1/4) do seu volume original.

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com a mesma norma da ABNT, as características químicas dos resíduos


sólidos podem ser dadas por:

 poder calorífico indica a capacidade potencial de um material desprender determinada


quantidade de calor quando submetido à queima. O poder calorífico médio do lixo
domiciliar se situa na faixa de 5.000kcal/kg;
 potencial hidrogeniônico (pH) indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos.
Em geral, situa-se na faixa de 5 a 7;
 composição química que consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria
orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo
mineral solúvel e gorduras;
 relação carbono/nitrogênio (C:N) indica o grau de decomposição da matéria orgânica
do lixo nos processos de tratamento/disposição final. Em geral, essa relação encontra-
se na ordem de 35/1 a 20/1.

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Já as características biológicas dos resíduos sólidos são determinadas pela população


microbiana e dos agentes patogênicos presentes no lixo.
Esta característica é importante para em conjunto com as características químicas,
realizar processos para inibir os odores e possivelmente acelerar a decomposição da matéria
orgânica e, permitem que sejam selecionados os métodos de tratamento e disposição final mais
adequados.
O conhecimento das características biológicas dos resíduos tem sido muito utilizado
no desenvolvimento de inibidores de cheiro e de retardadores/aceleradores da decomposição da
matéria orgânica, normalmente aplicados no interior de veículos de coleta para evitar ou
minimizar problemas com a população ao longo do percurso dos veículos.
Da mesma forma, estão em desenvolvimento processos de destinação final e de
recuperação de áreas degradadas com base nas características biológicas dos resíduos.
Nesse sentido, PERES (2015) apresenta alguns critérios básicos que foram
estabelecidos pela Resolução 001/86-CONAMA, em que constam definições, diretrizes gerais
de medidas administrativas e o conceito de impacto ambiental, que é mencionado no art. 1.º da
referida resolução:
Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante de atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde,
segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as
condições estéticas e sanitárias e o meio ambiente e a qualidade dos recursos
ambientais. (CONAMA, 1986).

É necessário que nos preocupemos com esses impactos e saibamos que o manejo
adequado dos resíduos é uma importante estratégia de preservação do ambiente natural, assim
como de promoção e proteção à saúde. Dessa forma, é necessário obter-se, através da
organização da sociedade, uma gestão adequada dos RSU’s no meio ambiente, discussão de
caminhos para o enfrentamento dessa questão e a implantação de alternativas que minimizem
os seus impactos (GOUVEIA, 2012).

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS

O Tratamento de Resíduos Sólidos consiste no uso de tecnologias apropriadas com o


objetivo maior de neutralizar as desvantagens da existência de resíduos ou até mesmo de
transformá-los em um fator de geração de renda como a produção de matéria prima secundaria.
Dessa forma podemos denominar de tratamento de resíduos as várias tecnologias existentes
desde a reciclagem até a disposição final de rejeitos.
De acordo com o Art. 9° da Lei 12.305/2010, o Tratamento de Resíduos Sólidos tem
a quinta prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos a ser aplicada no Brasil. Veja:
“Lei 12.305/2010 Art. 9º - Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser
observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
§ 1o Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos
sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a
implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão
ambiental.
§ 2o A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos Sólidos dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão compatíveis com o disposto no caput e no
§ 1o deste artigo e com as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei”.
Em sendo, MONTEIRO et al (2011), define tratamento como uma série de
procedimentos destinados a reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos,
seja impedindo descarte de lixo em ambiente ou local inadequado, seja transformando-o em
material inerte ou biologicamente estável. O tratamento mais eficaz é o prestado pela própria
população, quando está empenhada em reduzir a quantidade de lixo, evitando o desperdício,
reaproveitando os materiais, separando os recicláveis em casa ou na própria fonte e se
desfazendo do lixo que produz de maneira correta, que acaba por fazer parte da coleta seletiva.
Além desses procedimentos, o mesmo autor diz que existem processos físicos e
biológicos que objetivam estimular a atividade dos microrganismos que atacam o lixo,
decompondo a matéria orgânica e causando poluição. As usinas de incineração ou de
reciclagem e compostagem interferem sobre essa atividade biológica até que ela cesse, tornando
o resíduo inerte e não mais poluidor, pois a incineração do lixo é também um tratamento eficaz
para reduzir o seu volume, tornando o resíduo absolutamente inerte em pouco tempo, se
realizada de forma adequada. Mas sua instalação e funcionamento são geralmente dispendiosos,
principalmente em razão da necessidade de filtros e implementos tecnológicos sofisticados para
diminuir ou eliminar a poluição do ar provocada por gases produzidos durante a queima do lixo.
As usinas de reciclagem e compostagem geram emprego e renda e podem reduzir a
quantidade de resíduos que deverão ser dispostos no solo, em aterros sanitários.
Ainda conforme MONTEIRO et al (2011), a economia da energia que seria gasta na
transformação da matéria-prima, já contida no reciclado, e a transformação do material orgânico
do lixo em composto orgânico adequado para nutrir o solo destinado à agricultura representam
vantagens ambientais e econômicas importantes, proporcionadas pelas usinas de reciclagem e
compostagem.
Em sendo, vejamos os tipos de tratamento de resíduos!

TRATAMENTO MECÂNICO
No tratamento mecânico são realizados processos físicos geralmente no intuito de
separar (usinas de triagem) ou alterar (reciclagem) o tamanho físico dos resíduos. Neste
processo não ocorrem reações químicas entre os componentes como nos muitos casos do
tratamento térmico.
Os maiores exemplos de tratamento mecânico de resíduos são encontrados no setor de
reciclagem. Muitas vezes, os processos de reciclagem de produtos são divididos em várias
etapas que agem de maneira interdependente. Em alguns casos como na reciclagem de resíduos
eletrônicos, os processos mecânicos costumam ser complexos.
A reciclagem de resíduos sólidos da construção civil é uma forma mais simples de
tratamento mecânico que exige o uso de equipamentos grandes com alto consumo de energia
elétrica.
De uma forma geral, podemos classificar as formas de tratamento mecânico de
resíduos de acordo com sua finalidade. Vejamos alguns exemplos abaixo:
 Diminuição do tamanho das partículas: Quebra, trituração, moinhos, …
 Aumento do tamanho das partículas: aglomeração, briquetagem, peletagem, …
 Separação da fração física: Classificação
 Separação pelo tipo de substância
 Mistura de substâncias: extrusão, compactação, …
 Separação de fases físicas: sedimentação, decantação, filtração, centrifugação,
floculação, …;
 Mudança de estados físicos: condensação, evaporação, sublimação, …;
TRATAMENTO BIOQUÍMICO
O tratamento bioquímico ocorre através da ação de grupos de seres vivos, (em sua
maioria micro-organismos como bactérias e fungos, mas também organismos maiores como
lesmas e minhocas), que ao se alimentarem dos resíduos, quebram suas moléculas grandes
transformando-as em uma mistura de substâncias e moléculas menores. Dependendo de alguns
fatores como, por exemplo, a temperatura, pressão e acidez dessa mistura de substâncias
(moléculas), as substâncias resultantes desse processo podem reagir entre si quimicamente,
caracterizando assim o processo bioquímico. Em alguns casos só ocorre o processo biológico,
em outros somente o químico. Isso vai depender da tecnologia e metodologia utilizada.
Os processos de tratamentos bioquímicos mais conhecidos são:
 Biodigestão: decomposição da matéria orgânica na ausência de oxigênio nos chamados
Biodigestores ou Centrais de Biogás.

Biodigestores são centrais tecnológicas que aceleram o processo de decomposição da


matéria orgânica e otimizam os produtos resultantes desse processo e são a solução ideal para
o tratamento de resíduos sólidos orgânicos de todos os tipos, como, por exemplo: Biodigestor
para resíduos sólidos orgânicos urbanos; Biodigestor para resíduos sólidos orgânicos rurais;
Biodigestor para resíduos com alto teor de celulose.
Um biodigestor consiste em um tanque onde ocorre o processo de degradação ou
fermentação anaeróbia. O substrato é direcionado ao Fermentador por diferentes tecnologias.
O tipo de substrato determina o tempo de retenção hidráulico necessário para se atingir o
objetivo do projeto. (biogás, biofertilizante, tratamento de resíduos, …).

Um biodigestor consiste em um tanque onde ocorre o processo de degradação ou


fermentação anaeróbia. O substrato é direcionado ao Fermentador por diferentes tecnologias.
O tipo de substrato determina o tempo de retenção hidráulico necessário para se atingir o
objetivo do projeto. (biogás, biofertilizante, tratamento de resíduos, …).
Conhecido como Biogasificação ou Metanização, este é um tratamento de resíduos
orgânicos por decomposição ou digestão anaeróbica que gera biogás, que é formado por cerca
de 50%-60% de metano e que pode ser queimado ou utilizado como combustível. Os resíduos
sólidos da biogasificação podem ser tratados aerobicamente para formar composto. A digestão
anaeróbica é o processo de decomposição orgânica onde as bactérias anaeróbicas, que apenas
sobrevivem na ausência de oxigênio, conseguem rapidamente decompor os resíduos orgânicos.
Os componentes primários de um biodigestor são o tanque de alimentação, o
fermentador e o tanque de pós-fermentação. Durante a concepção do projeto se define o formato
final que o Biodigestor terá. Um projeto com finalidade de produção de energia precisa também
de Motor Gerador.
A escolha do substrato deve ser feita em função da oferta local que pode variar
extremamente. Nem sempre haverá disponibilidade de todos os resíduos descritos na figura.
Deve-se então se fazer uma adaptação e dessa forma, modelos de negócios para biodigestores
são muito específicos.

 Compostagem: Decomposição da matéria orgânica na presença de oxigênio em Usinas


de Compostagem.
A compostagem é o processo de reciclagem da matéria orgânica formando um
composto. A compostagem propicia um destino útil para os resíduos orgânicos, evitando sua
acumulação em aterros e melhorando a estrutura dos solos. Esse processo permite dar um
destino aos resíduos orgânicos domésticos, como restos de comidas e resíduos do jardim.
A compostagem é largamente utilizada em jardins e hortas, como adubo orgânico
devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, aumentando sua capacidade de retenção de
água, permitindo o controle de erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.

Quanto maior a variedade de matérias existentes em uma compostagem, maior vai ser
a variedade de microrganismos atuantes no solo.
Para iniciantes, a regra básica da compostagem é feita por duas partes, uma animal e
uma parte de resíduos vegetais.
Os materiais mais utilizados na compostagem são: cinzas, penas, lixo doméstico,
aparas de grama, rocha moída e conchas, feno ou palha, podas de arbustos e cerca viva, resíduos
de cervejaria, folhas, resíduos de couro, jornais, turfa, acículas de pinheiro, serragem, algas
marinhas e ervas daninhas. Veja:

Cinzas: as cinzas de madeira provenientes de lareiras ou de fogão a lenha são uma


ótima fonte de potássio para os horticultores orgânicos, pois a utilizam na prevenção de pragas.
As cinzas das cascas de banana, limão, pepino e cacau possuem alto teor de fósforo e potássio.
As cinzas de madeira podem ser acrescentadas às pilhas de compostagem, mas perdem muito
de seu valor se ficar expostas ao excesso de chuva, pois o potássio lixivia facilmente.
Penas: as penas de galinha, peru e outras aves são muito ricas em nitrogênio, podendo
ser aproveitadas e acrescentadas às compostagens.
Lixo doméstico: praticamente todo o lixo orgânico de cozinha é um excelente material
para decomposição. Em uma composteira devemos evitar despejar gordura animal, pois esta
tem uma difícil degradação. Restos de carnes também devem ser evitados porque costumam
atrair animais, vermes e moscas além de causar mau cheiro.
Aparas de grama: as aparas de grama são matéria orgânica muito rica em nutrientes.
Nas pilhas de compostagem são ótimos isolantes térmicos e ajudam a manter as moscas
afastadas.
Rocha moída e conchas: rochas e conchas possuem muitos minerais necessários para
o crescimento das plantas. Ostras moídas, conchas de bivalves e de lagostas podem ter o mesmo
efeito de rocha moída e substituir o calcário.
Feno ou palha: estes em uma compostagem necessitam de uma grande quantidade de
nitrogênio para se decompor. Então se recomenda que se utilizem pequenas quantidades de feno
e palhas frescos.
Podas de arbustos e cerca viva: são volumosos e difíceis de serem degradados.
Acrescentados na compostagem deixam a pilha volumosa e com fácil penetração de ar.
Resíduos de cervejaria: este tipo de resíduo enriquece o composto, mas costumam
ser bastante úmidos, não necessitando de irrigação frequente.
Folhas: as folhas parcialmente apodrecidas são muito semelhantes ao húmus puro.
Para mais fácil decomposição das folhas em uma pilha de compostagem, recomenda-se que
misture as folhas com esterco.
Resíduos de couro: pó de couro é muito rico em nitrogênio e fósforo, pode ser
abundante e barato.
Jornais: há algumas controvérsias de se colocar jornais na pilha de composto. Os
jornais são uma grande fonte de carbono na sua compostagem, desde que se utilize em pequenas
quantidades.
Turfa: em termos de nutrientes a turfa não acrescenta nada na compostagem, mas
pode absorver toda a umidade existente.
Acículas de pinheiro: são consideradas um bom melhorador da textura do composto.
Apesar de se tornar levemente ácida na pilha, outros materiais irão neutralizar os efeitos ácidos.
Serragem: apresenta degradação extremamente lenta. A melhor maneira é alternar a
serragem com o esterco.
Algas marinhas: são ótimas como fonte de potássio; se degradam facilmente e podem
ser misturadas com qualquer outro material volumoso, como a palha. Também são muito ricas
em outros nutrientes, como o boro, iodo, cálcio, magnésio entre outros.
No jardim deve ser aplicado a cada 3 ou 4 anos em grandes quantidades. Para o
horticultor as algas marinhas mantêm a pilha isolada termicamente durante o inverno.
Ervas daninhas: é ótima como matéria orgânica para o solo, mas deve-se acrescentar
muito esterco ou outro material rico em nitrogênio, para que as altas temperaturas não permitam
que as sementes germinem, assim evitando trabalhos futuros e o desperdício deste resíduo.
Alguns resíduos, como o sabugo de milho, de maçã, casca de citrus, talo de algodão,
folhas de cana, folhas de palmeira, casca de amendoim, de nozes, pecan e amêndoa são de difícil
degradação, porém, possuem muito nitrogênio e matéria orgânica. Recomenda-se que sejam
picadas em pedaços menores para que se degradem mais facilmente.
Para manter sua pilha volumosa e com força, pode-se acrescentar terra, calcário ou
húmus, já areia, lama e cascalho adicionam poucos nutrientes.
Para a boa degradação dos componentes de uma pilha é necessário evitar alguns
resíduos, como o carvão mineral e vegetal, papel colorido, plantas doentes, materiais não
biodegradáveis, fezes de animais de estimação, lodo de esgoto, produtos químicos tóxicos entre
outros. Veja:
Carvão mineral e vegetal: as cinzas de carvão mineral possuem uma quantidade
excessiva de enxofre e ferro que são tóxicos para as plantas, além de apresentarem muita
resistência à decomposição.
Papel colorido: recomenda-se não adicionar nenhum tipo de papel colorido na
compostagem, devido às tintas tóxicas e não biodegradáveis. Além disso, atualmente há muitas
campanhas para a reciclagem de papéis.
Plantas doentes: para adicionar plantas doentes no composto é preciso um processo
de compostagem ideal para garantir a completa destruição de organismos patogênicos que
causam doenças.
Resíduos não biodegradáveis: resíduos de plásticos, vidros, alumínios e roupas
possuem material sintético que não são biodegradáveis, que poderão prejudicar o solo. Borracha
natural é biodegradável, mas tem lenta degradação.
Fezes de animais de estimação: deve evitar a adição de fezes de animais, pois podem
conter organismos perigosos que podem transmitir doenças.
Lodo de esgoto: este resíduo merece um cuidado especial com altas temperaturas para
a eliminação de metais tóxicos e de organismos patogênicos.
Produtos químicos tóxicos: deve-se evitar colocar inseticidas, pesticidas e venenos
na pilha. Estes produtos são nocivos aos microrganismos que ajudam na degradação e aeração
do solo.

Etapas da Decomposição
Primeira fase
Normalmente denominada decomposição: ocorre a decomposição da matéria orgânica
facilmente degradável, como por exemplo, carboidratos.
A temperatura pode chegar a 65-70ºC. Nesta temperatura, durante um período de cerca
de 15 dias, é possível eliminar as bactérias patogênicas, como por exemplo, as salmonelas,
ervas.
Inclusive as daninhas, ovos de parasitas, larvas de insetos etc.
Esta fase demora de 10 a 15 dias. É comum colocar sobre o material uma camada de
cerca de 10-30 cm de composto maduro para manter o equilíbrio interno do material (sem perda
de calor e umidade).
Nesta faze, proteínas, aminoácidos, lipídios e carboidratos são rapidamente
decompostos em água, gás carbônico e nutrientes (compostos de nitrogênio, fósforo, etc.) pelos
microrganismos, liberando calor.
Temperaturas acima de 75º indicam condições inadequadas e podem causar a produção
de odores, devendo ser evitadas. Nesta temperatura, ocorrem reações químicas no processo e
não mais ação biológica por microrganismos termófilo.

Segunda fase
A fase de semimaturação: os participantes frequentes desta fase são as bactérias,
actinomicetos e fungos. A temperatura fica na faixa de 45 - 30ºC e o tempo pode variar de 2 a
4 meses.

Terceira fase
A fase de maturação/humificação: nesta fase, celulose e lignina são transformados em
substâncias húmicas, que caracterizam o composto, pelos pequenos animais do solo como, por
exemplo, às minhocas. A temperatura cai na faixa de 25-30ºC.
O húmus (composto) é um tipo de matéria orgânica mais resistente à decomposição
pelos microrganismos. No solo, as substâncias húmicas vão sendo lentamente decompostas
pelos microrganismos e liberando nutrientes que são utilizados pelas raízes das plantas.

Fatores que influenciam na Compostagem


 Aeração: O fornecimento de oxigênio é um fator importante durante a decomposição,
principalmente, na primeira fase. A falta de oxigênio pode liberar odores desagradáveis,
provenientes de produtos de decomposição anaeróbia como gás sulfídrico. A aeração
pode ser natural ou forçada para sistema estático de compostagem. Neste caso a aeração
natural pode ser feita através da difusão, de revolvimento ou introdução de tubos curtos
e perfurados no interior da leira ou pilha. A aeração forçada é feita por introdução ou
sucção de ar no interior da leira ou pilha. Para sistema dinâmico, é comum aeração
forçada com introdução de ar.
 Matéria-prima: A compostagem é realizada com material orgânico putrescível. O lixo
doméstico é uma boa fonte de matéria orgânica e que corresponde a mais de 50% de sua
composição. Relação carbono/nitrogênio (C/N): 30 - 40/L, ideal para o
desenvolvimento dos microrganismos. Umidade: 45% a 70%. Abaixo pode inibir o
desenvolvimento da atividade bacteriana e acima pode ocasionar deterioração.
Materiais com tamanhos menores se decompõem mais rapidamente. Material
indesejável do ponto de vista estético e de segurança de manuseio: pedaços de vidro,
metal, plástico etc.
 Microrganismos: Normalmente, o material orgânico putrescível usado contém os
microrganismos necessários durante o processo. Quando necessário, se adiciona
composto maturado.

Características do Composto Húmico


 O composto é biologicamente estável e pouco agressivo aos organismos do solo e
plantas, e é utilizado para melhorar as características do solo e aumentar a produção de
vegetais, por exemplo, em hortas;
 O composto maturado tem aspecto marrom, com pouca umidade e cheiro de terra
mofada;
 Ao esfregá-lo com as mãos, elas se sujam, porém o composto se solta facilmente;
 O composto deixa o solo mais "fofo" e leve, possibilitando que as raízes utilizem água
e nutrientes mais facilmente;
 As substâncias húmicas existentes no composto têm a capacidade de reter água e
nutrientes, agindo assim, como uma esponja. Desta forma, as plantas podem utilizar a
água e nutrientes, favorecendo o seu desenvolvimento. Por isso o composto é chamado
também de fertilizante do solo;
 A água e os nutrientes retidos tornam o solo melhor estruturado, necessitando de menos
irrigação, economizando energia e tornando-se mais resistente a erosão;
 Aumenta a capacidade de troca de cátions (nutrientes);
 Ajuda na fertilidade do solo devido à presença de nutrientes minerais (N, K, Ca, Mg, S
e micronutrientes). Para o nitrogênio, potássio e fósforo (NKP) encontram-se valores
médios de 1%, 0,8% e 0,5%, respectivamente.

Uso do Composto
O composto é usado em solo como corretivo orgânico, principalmente de solos argilosos
e arenosos, pobres em matéria orgânica.
A matéria orgânica deixa o solo mais fofo e leve, possibilitando que as raízes utilizem
a água e os nutrientes mais facilmente. Aplicando o composto uma ou duas vezes por ano, a
produtividade do solo aumenta.
Em face aos mais diversos benefícios vinculados ao processo de compostagem, é
possível elencar, principalmente, as seguintes aplicações:
I. fornecimento de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes que podem beneficiar as
características física, química e biológica do solo (PRIMAVESI, 1979; RAIJ VAN, 1998;
KIEHL, 1998; CASADO-VELA et al., 2006; ABREU JUNIOR et al., 2010);
II. tecnologia de baixo custo que, reduz a destinação de resíduos para aterro sanitário, com
consequente economia dos custos de aterro sanitário e aumento de sua vida útil (ALVES,
2005);
III. geração de baixas quantidades de metano em comparação à disposição em aterro (BARTON
et al., 2008);
IV. permissão e regulamentação normativa para comercialização de fertilizante orgânico pela
legislação brasileira (BRASIL, 1980; ABREU JUNIOR et al., 2010);
V. possibilita uma relação mais harmoniosa entre a área produtora de alimentos (zona rural) e
área consumidora de alimentos (zona urbana), e estimula um fluxo energético mais
sustentável (ODUM, 1983);
VI. geração de um nicho de mercado e, consequentemente, oportunidade de trabalho e renda
para o momento da coleta do resíduo orgânico, transporte, processo de compostagem
(suporte operacional e técnico) e comercialização do composto.

Apesar de sanáveis, existem algumas desvantagens deste sistema, que precisam ser
citadas:
I- a qualidade do produto final é totalmente dependente da qualidade da matéria-prima
de origem, assim, os resíduos urbanos altamente contaminados produzirão um
composto com elevados teores de metais pesados (BERTON e NOGUEIRA, 2010);
II- o inadequado manejo do processo de compostagem pode gerar sítios de anaerobiose,
que, devido a sua população microbiológica particular produz emissão de metano,
propicia odor e acarreta em poluição atmosférica (THOMPSON et al., 2014);
III- o manejo incorreto do composto de resíduo orgânico urbano pode acarretar em
salinização; contaminação do lençol freático por lixiviação do nitrato e redução da
condutividade hidráulica do solo (ABREU JUNIOR et al., 2010).

Usinas de Compostagem
Consiste de máquinas e equipamentos que permitem a decomposição biológica dos
materiais orgânicos contidos no lixo, resultando num produto estável, útil, como
recondicionador do solo agrícola, chamado composto orgânico.
No Brasil, o beneficiamento do lixo é um processo que teve início há cerca de 50 anos,
e vem se tornando um aliado muito importante na gestão do Sistema de Limpeza Urbana
(PONTES; CARDOSO, 2006). Esses autores destacaram a importância de se conhecer o
processo de uma Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo (URCL) e seu comportamento.
Compilamos a sequência do funcionamento de uma URCL inserida no Sistema Integrado de
Resíduos Sólidos a qual se apresenta a seguir:
(1) Geração (Lixo em geral);
(2) Coleta Domiciliar;
(3) Tratamento (URCL), (Separação de materiais).
Após esse processo temos:
(a) Material Reciclável, (Para reaproveitamento);
(b) Compostagem, (Para utilização em adubação);
(c) Rejeitos e Descartes Finais, (Para aterros sanitários).

Alguns empreendimentos fazem uso das duas tecnologias em uma única central.
Confira no exemplo abaixo:
Ex.: Tratamento de Resíduos Sólidos Orgânicos em Ypres na Bélgica – Sistema
integrado de Biodigestor e Usina de compostagem.

Usinas de Compostagem de Lixo no Brasil


A destinação ambientalmente adequada dos resíduos orgânicos é a sua disposição em
aterro sanitário ou a sua reciclagem por meio da compostagem, sendo esta destinação prioritária
(BRASIL, 2010). Isto, porque a compostagem destes resíduos é a alternativa que permite os
maiores benefícios ambientais, pois, possibilita a ciclagem de nutrientes, pode melhorar as
condições físicas, químicas e biológicas do solo e implicam na redução das necessidades de se
explorar fontes de matéria-prima para a produção de fertilizantes orgânicos (PRIMAVESI,
1979; KIELH, 1985; RAIJ VAN, 1998; MILARÉ, 2007; ABREU JUNIOR, 2010).
Diante do exposto, a alternativa de destinação mais ambientalmente adequada para o
resíduo orgânico é a sua reciclagem. Em contrapartida, esta alternativa é a menos usual no país.
De acordo com os últimos dados, o Brasil possui mais de 260 usinas de compostagem
as quais são responsáveis pela compostagem de 4% dos resíduos orgânicos gerados no país
(IBGE, 2010; CEMPRE, 2015). Ao se observar a distribuição destas usinas (Tabela 1) no
território brasileiro, pode-se constatar a heterogeneidade com que ocorre, uma vez que 90% do
montante total das usinas de compostagem existentes estão concentradas nas regiões sul e
sudeste (IBGE, 2010). Esta desigualdade segue a mesma tendência constatada pelo IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano o qual é baseado em indicadores referentes à saúde, educação e
renda) para as unidades da federação brasileira, no qual constatou que os piores índices
situavam-se na região norte e nordeste (PNUD, 2010).
Esta mesma lógica de desigualdade é verificada quando se compara a quantidade de
aterros sanitários entre as regiões brasileiras, observa-se que a maior concentração de aterros
sanitários, novamente, é verificada para a região sul e sudeste, onde 80% dos aterros sanitários
existentes no país estão em atividade.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais (ABRELPE, 2014), São Paulo é o estado onde houve o maior crescimento na
implantação de usinas de compostagem, essas usinas estão divididas entre dois modelos:
centralizadas e decentralizadas. As centralizadas correspondem a usinas de triagem e
compostagem (UTC), são em geral de grande porte, localizadas fora do perímetro urbano,
recebendo resíduos de diferentes tipos de geradores, as quais necessitam de estudo de impacto
e licença de órgãos ambientais. As decentralizadas, em geral de pequeno porte, constituem a
usinas de compostagem domiciliar, comunitárias e institucionais, estas têm crescido em
número, por possuírem poucos grupos de geradores nem sempre são necessárias licenças
ambientais, o que justifica seu maior número em grandes centros urbanos (SIQUEIRA;
ASSAD, 2015).
Entretanto, SIQUEIRA e ASSAD (2015) reportaram que, das 49 usinas centralizadas
que se iniciaram no estado de São Paulo, apenas 18% permanecem ativas até os dias de hoje,
enquanto as decentralizadas (66 avaliadas no total), 73% encontram-se em plena atividade.
Nossa revisão mostra que, nesses 23 anos de trabalhos analisados, muito se desenvolveu a
respeito do uso de fertilizantes orgânicos, principalmente entre pequenos produtores da
agricultura familiar, os quais, na maioria das vezes, produzem seu próprio adubo orgânico,
entretanto, a respeito de URCL, podemos notar que houve um grande crescimento na sua
implantação no municípios brasileiros, principalmente na região de São Paulo (ABRELPE,
2014), todavia, a maioria dessas usinas se fecharam devido, principalmente, à falta de
regularização, inviabilidade técnica, econômica e gerencial (BARREIRA et al., 2009;
SIQUEIRA; ASSAD, 2015), o que é preocupante no sentido de sustentabilidade, se uma
empresa não consegue se manter regularizada e bem administrada ela não cumpre sua função
ambiental e se torna inútil.
Desta forma, baseado em nossa revisão literária, podemos concluir que, além dos
desafios relacionados à qualidade do composto final oferecido pelas URCL, a má administração
das mesmas, juntamente com o descaso do sistema público, são empecilhos que ainda restam
para ser superados. A respeito do porte da usina, podemos ver claramente que pequenas usinas
são mais facilmente aceitas (sob um contexto fiscal) e administradas, o que serve como estímulo
para que pequenos grupos como empresas públicas, privadas e associações comunitárias
invistam em reciclagem do lixo úmido em pequena escala, redirecionando apenas o lixo seco
para grandes usinas de reciclagem, e redirecionando seus produtos (adubo) para a agricultura.
Apesar de promissor o setor compostagem de lixo urbano, muitos desafios ainda
precisam ser superados, muitos deles relacionados às políticas públicas, não no que diz respeito
à leis, pois essas já existem há algum tempo (BRASIL, 2010), mas com relação a impostos
sobre o trabalho executado, compra de maquinários, instalação e fiscalização. Até o ano de
2015 não havia nenhum manual que tratasse da implantação de atividades de compostagem e
de programas de coleta seletiva em consórcios públicos, ou atividades que têm ao mesmo tempo
aspectos de cunho eminentemente local com aspectos que requerem a articulação regional de
ações – não se tratando de mera justaposição de ações locais, mas de uma abordagem regional
envolvendo diversos aspectos das atividades até agora desenvolvidas de forma isolada por cada
município (BRASIL, 2015).
TRATAMENTO TÉRMICO

No tratamento térmico, os resíduos recebem uma grande quantidade de energia em


forma de calor a uma temperatura mínima que varia de acordo com a tecnologia aplicada
(Temperatura de reação) durante uma certa quantidade de tempo (Tempo de reação) tendo como
resultado uma mudança nas suas características como por exemplo a redução de volume, devido
a diversos processos físico-químicos que acontecem durante o processo.
Podemos diferenciar cinco principais processos de tratamentos térmicos separados em
função da temperatura de operação e o meio onde ocorre o processo. São eles:
1. Secagem: Retirada de umidade dos resíduos com uso de correntes de ar. Ocorre na
presença do ar atmosférico e temperatura ambiente;
2. Pirólise: Decomposição da matéria orgânica a altas temperaturas e na ausência total ou
quase total de oxigênio. As temperaturas do processo podem variar de 200 a 900°C;
3. Gaseificação: Transformação de matéria orgânica em uma mistura combustível de gases
(gás de síntese). Na maioria dos processos não ocorre uma oxidação total da matéria
orgânica em temperaturas variando entre 800 e 1600°C;
4. Plasma: Desintegração da matéria para a formação de gases;
5. Incineração: Oxidação total da matéria orgânica com auxílio de outros combustíveis a
temperaturas variando entre 850 e 1300°C.

Incineração
A incineração é um processo de decomposição térmica, onde há redução de peso, do
volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a consequente eliminação da
matéria orgânica e características de patogenicidade (capacidade de transmissão de doenças)
através da combustão controlada. A redução de volume é geralmente superior a 90% e em peso,
superior a 75%.
Para a garantia do meio ambiente a combustão tem que ser continuamente controlada.
Com o volume atual dos resíduos industriais perigosos e o efeito nefasto quanto à sua disposição
incorreto com resultados danosos à saúde humana e ao meio ambiente, é necessário todo
cuidado no acondicionamento, na coleta, no transporte, no armazenamento, tratamento e
disposição desses materiais.
Segundo a ABETRE (Associação Brasileira de Empresas de Tratamento, Recuperação
e Disposição de Resíduos Especiais) no Brasil, são 2,9 milhões de toneladas de resíduos
industriais perigosos produzidos a cada 12 meses e apenas 600 mil são dispostas de modo
apropriado. Do resíduo industrial tratado, 16% vão para aterros, 1% é incinerado e os 5%
restantes são co-processados, ou seja, transformam-se, por meio de queima, em parte da
matéria-prima utilizada na fabricação de cimento.
O extraordinário volume de resíduo não tratado segue para lixões, conduta que acaba
provocando acidentes ambientais bastante graves, além dos problemas de saúde pública. Os 2
milhões de resíduos industriais jogados em lixões significam futuras contaminações e agressões
ao meio ambiente, comenta Carlos Fernandes, presidente da Abetre. No Estado de São Paulo,
por exemplo, já existem, hoje, 184 áreas contaminadas e outras 277 estão sob suspeita de
contaminação.
A recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) realizada pelo IBGE
colheu dados alarmantes quanto ao destino das 4.000 toneladas de resíduos produzidos pelos
serviços de saúde, coletadas diariamente e provenientes dos 5.507 municípios brasileiros.
Apenas 14% das prefeituras pesquisadas afirmaram tratar do lixo de saúde de forma adequada.
Este tipo de lixo “é um reservatório de microrganismos potencialmente perigosos, afirma
documento da OMS (Organização Mundial da Saúde)”.
Para os resíduos de saúde classificados como patogênicos, por exemplo, uma das
alternativas consideradas adequadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é a
incineração. A redução de passivos ambientais constituídos por resíduos perigosos tem
encontrado na incineração em alta temperatura, a melhor técnica disponível e mais segura,
confirma engenheiro químico de uma empresa.
No Brasil, a destruição de resíduos pela via do tratamento térmico pode contar com os
incineradores industriais e com o co-processamento em fornos de produção de clinquer
(cimenteiras). A Resolução Conama 264/99 não permite que os resíduos domiciliares brutos e
certos resíduos perigosos venham a ser processados em cimenteiras, tais como os provenientes
dos serviços de saúde, os rejeitos radioativos, os explosivos, os organoclorados, os agrotóxicos
e afins.
Recentemente o Greenpeace (organização não-governamental ambientalista) criticou
a nova proposta para a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) apresentada à Comissão
Especial de Resíduos Sólidos da Câmara Federal pelo seu relator deputado federal Emerson
Kapaz (PPS-SP). A entidade reclama que no documento, a incineração e o co-processamento
em fornos de cimento são apresentados como as principais políticas para a redução de resíduos.
Segundo avaliação do Greenpeace estes métodos são prejudiciais à saúde humana, pois
despejam substâncias tóxicas no meio ambiente, causando severos danos. Mas, um estudo da
ABLP - Associação Brasileira de Limpeza Pública mostra que os sistemas modernos de
incineração de lixo são dotados de sistemas computadorizados de controle contínuo das
variáveis de combustão, tanto na câmara primária quanto na de pós-combustão, bem como, nas
demais etapas de depuração de gases e geração de energia.
Para os estudiosos, o processo de incineração no Brasil, ganhou o conceito de poluidor,
nocivo à saúde e prejudicial ao meio ambiente devido ao uso de equipamentos já obsoletos ou
à operação e manutenção inadequadas. “Sob vários aspectos, a incineração constitui o processo
mais adequado para a solução ambientalmente segura e problemas de disposição final de
resíduos”.
A entidade ambientalista alega também que em diversos países a incineração tem sido
preterida, porém, o trabalho da ABPL, diz que em países como Alemanha, Japão, Suíça e EUA,
por exemplo, muitas plantas foram construídas recentemente, além do que outras estão em
construção, principalmente para a geração de energia. Esta reversão se deu principalmente nos
últimos anos com o avanço das tecnologias de depuração de gases e dos controles “on line”,
por computador, de todas as emissões gasosas e líquidas. Nestes últimos anos, a maioria das
instalações de tratamento de gases, das principais plantas naqueles países foi substituída e hoje
atendem às exigentes normas de proteção ambiental.
Atualmente, segundo trabalho da ABLP, o tratamento de gases é ainda mais
sofisticado, perseguindo a meta de emissão zero. Crescem os sistemas para a remoção de outros
poluentes como NOx, dioxinas e furanos, além do aparecimento das tecnologias avançadas de
tratamento para a produção de resíduos finais inertes, que podem ser reciclados ou dispostos
sem nenhum problema para o meio ambiente, tal como o uso do plasma térmico.
Vários processos estão se sofisticando atualmente no pré-tratamento do lixo, anterior
à incineração, para aumentar a sua homogeneização, baixar a umidade e melhorar o poder
calorífico, de tal forma a transformá-lo em um combustível de qualidade para a máxima geração
de energia. Sofisticam-se também os processos de combustão com o aumento dos sistemas de
turbilhonamento, secagem, ignição e controle da combustão.
Para que um resíduo chegue a ser incinerado é necessário que ele esteja apto a ser
transportado e esteja devidamente caracterizado, física, química e físico-quimicamente. Há uma
série de atividades preliminares que podem ser desempenhadas ou pelo gerador ou pelo
prestador de serviço de incineração ou por um terceiro, preposto credenciado de um dos dois.

Estas atividades resumem-se a exame de carga e seu acondicionamento (a granel, em


sacos, em bombonas, em tambores metálicos, em containeres, etc.), coleta de amostra composta
para a caracterização em laboratório, acondicionamento para o transporte, obtenção das
Licenças Ambientais junto aos órgãos ambientais nas duas pontas (gerador e incinerador), aviso
ou permissão de tráfego de outros Estados situados no roteiro, carregamento do veículo e
amarração de carga, inspeção geral do veículo, da documentação e do motorista.
Os incineradores industriais que prestam serviços a terceiros estão localizados em sua
maioria no Estado de São Paulo (capacidade total de 26.000 t/a em 5 unidades), existindo ainda
um no Rio de Janeiro (6.500 t/a), dois na Bahia (14.400 t/a) e um em Alagoas (11.500 t/a).
“Dada a dimensão do parque industrial brasileiro, essa capacidade instalada é ainda muito
pequena, se comparada com os incineradores industriais dos países europeus e dos EUA”. E
está em montagem uma nova unidade no Rio de Janeiro, com capacidade para 5.000 t/a.
É bem verdade que uma grande parte de resíduos que antes eram encaminhados para
essas empresas, atualmente estão indo para cimenteiras. Esse quadro competitivo entre as duas
alternativas conduziu a uma redução substancial nos preços outrora cobrados pelos
incineradores, acirrando a concorrência. Acredita-se que uma maior consciência está sendo
incutida nos geradores de resíduos, em grande parte provocada pelo receio das sanções oriundas
da aplicação da lei de Crimes Ambientais e também por uma maior ação fiscalizadora dos
órgãos ambientais. Esses fatos vêm trazendo novos negócios para os incineradores e também
para as cimenteiras. (Fonte: Revista Gerenciamento Ambiental, Ano 4, Nº 19, Março/Abril
2012).

QUAL A MELHOR TECNOLOGIA?


A resposta a essa pergunta não vem da área técnica e sim da legislação local vigente.
No caso do Brasil, o Art. 9° da Lei 12.305/2010 define a ordem de prioridade na gestão e no
gerenciamento de resíduos. Veja:
“Lei 12.305/2010 Art. 9o - Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser
observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
§ 1o Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos
sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a
implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão
ambiental.
§ 2o A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos Sólidos dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão compatíveis com o disposto no caput e no
§ 1o deste artigo e com as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei”.
Se considerarmos a reciclagem como forma de tratamento mecânico, este tem
prioridade sobre o tratamento térmico.
No caso de resíduos orgânicos, temos dois principais tipos: os de cadeia molecular
longa (madeiras) e curtas (dejetos, alimentos, algumas plantas, …). Com a tecnologia atual,
podemos aplicar o tratamento mecânico (reciclagem) somente nos resíduos orgânicos de cadeia
longa, logo a reciclagem destes resíduos tem prioridade sobre o tratamento térmico. Para os
resíduos orgânicos de cadeia curta o mais indicado segundo a Política Nacional de Resíduos
Sólidos é o tratamento bioquímico fazendo uso de biodigestores ou usinas de compostagem. Na
4° Conferência Nacional do Meio Ambiente realizada em outubro de 2013 em Brasília, ficou
estabelecido a prioridade de biodigestores sobre usinas de compostagem.
No geral, a decisão sobre que forma de tratamento será usada depende de vários
fatores, entre eles cito:
 O conhecimento dos envolvidos no processo de escolha sobre a legislação;
 O grau de informação da sociedade envolvida sobre o tema;
 A conscientização ambiental da sociedade envolvida;
O alcance às tecnologias necessárias tem um menor impacto nos dias de hoje, porém
ainda existem:
 Interesses políticos;
 Interesses financeiros;
 Sensibilização dos gestores políticos com a questão social que envolve os catadores
de lixo;
 Capacidade de gestão administrativa por parte dos políticos locais para tornar
processos economicamente não viáveis em viáveis.

DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


ACONDICIONAMENTO
De acordo com CUNHA e CAIXETA (2002), a primeira etapa do processo de remoção
dos resíduos sólidos corresponde à atividade de acondicionamento do lixo. Podem ser utilizados
diversos tipos de vasilhames, como: vasilhas domiciliares, tambores, sacos plásticos, sacos de
papel, contêineres comuns, contêineres basculantes, entre outros. No Brasil, percebe-se grande
utilização de sacos plásticos. O lixo mal acondicionado significa poluição ambiental e risco à
segurança da população, pois pode levar ao aparecimento de doenças. O lixo bem
acondicionado facilita o processo de coleta.
Ainda segundo os autores acima, acondicionar os resíduos sólidos domiciliares
significa prepará-los para a coleta de forma sanitariamente adequada, como ainda compatível
com o tipo e a quantidade de resíduos. A qualidade da operação de coleta e transporte de lixo
depende da forma adequada do seu acondicionamento, armazenamento e da disposição dos
recipientes no local, dia e horários estabelecidos pelo órgão de limpeza urbana para a coleta. A
população tem, portanto, participação decisiva nesta operação.

A importância do acondicionamento adequado está em:


 evitar acidentes;
 evitar a proliferação de vetores;
 minimizar o impacto visual e olfativo;
 reduzir a heterogeneidade dos resíduos (no caso de haver coleta seletiva);
 facilitar a realização da etapa da coleta.

De acordo com MONTEIRO et al (2011), infelizmente, o que se verifica em muitas


cidades é o surgimento espontâneo de pontos de acumulação de lixo domiciliar a céu aberto,
expostos indevidamente ou espalhados nos logradouros, prejudicando o ambiente e arriscando
a saúde pública.
COLETA
Os resíduos sólidos urbanos podem ser coletados de forma indiferenciada ou seletiva.
Indiferenciada quando não ocorre nenhum tipo de seleção durante a coleta; ou a seletiva,
quando os resíduos são recolhidos e já separados de acordo com seu tipo e destinação. Após a
seleção, os mesmos são enviados ao aterro sanitário, onde o material é coletado de forma
indiferenciada e despejado para que se decomponha e seja absorvido pelo solo.
Coletar o lixo significa recolher o lixo acondicionado por quem o produz para
encaminhá-lo, mediante transporte adequado, a uma possível estação de transferência, a um
eventual tratamento e à disposição final.
A coleta e o transporte do lixo domiciliar produzido em imóveis residenciais, em
estabelecimentos públicos e no pequeno comércio são, em geral, efetuados pelo órgão
municipal encarregado da limpeza urbana. Para esses serviços, podem ser usados recursos
próprios da prefeitura, de empresas sob contrato de terceirização ou sistemas mistos, como o
aluguel de viaturas e a utilização de mão-de-obra da prefeitura.
De acordo com Monteiro et al (2001), o lixo dos “grandes geradores” (estabelecimentos
que produzem mais que 120 litros de lixo por dia) deve ser coletado por empresas particulares,
cadastradas e autorizadas pela prefeitura.
Existem também as unidades de reciclagem, que têm como objetivo reaproveitar os
materiais que possam ser reciclados e encontrar uma nova forma de utilização desses
compostos. Como forma de tratamento, existem algumas tecnologias como, o processamento
mecânico, que consiste na separação manual-mecânica dos materiais recicláveis dos resíduos
orgânicos. Os materiais orgânicos contêm uma série de nutrientes que podem ainda ser
utilizados; após um processo de tratamento, esses compostos orgânicos poderão ser utilizados
na indústria agrícola, manutenção de parques, remediação de aterros entre outras aplicações.

COLETA SELETIVA E OS “R’S”


De acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (2010), a coleta seletiva é um
processo de separação dos resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos. A ideia de coleta seletiva
é buscar que essa seja feita no local onde este resíduo é gerado, seja nas residências, nas ruas,
nas indústrias etc., facilitando o destino correto destes resíduos (FUNDAÇÃO ESTADUAL
DO MEIO AMBIENTE, 2006).
A operação de coleta engloba, desde a partida do veículo de sua garagem,
compreendendo todo o percurso gasto na viagem para remoção dos resíduos dos locais onde
foram acondicionados aos locais de descarga, até o retorno ao ponto de partida.
A coleta normalmente pode ser classificada em dois tipos de sistemas: sistema especial
de coleta (resíduos contaminados) e sistema de coleta de resíduos não contaminados. Nesse
último, a coleta pode ser realizada de maneira convencional (resíduos são encaminhados para
o destino final) ou seletiva (resíduos recicláveis que são encaminhados para locais de tratamento
e/ou recuperação).
Os tipos de veículos coletores são os mais diversos. Uma primeira grande classificação
seria dividi-los em motorizados e não-motorizados (os que utilizam a tração animal como força
motriz). Os motorizados podem ser divididos em compactadores, que, segundo Roth et al citado
por CUNHA e CAIXETA FILHO (2012), podem reduzir a 1/3 o volume inicial dos resíduos, e
comuns (tratores, coletor de caçamba aberta e coletor com carrocerias tipo prefeitura ou baú).
Há também os caminhões multi-caçamba utilizados na coleta seletiva de recicláveis, em que os
materiais coletados são alocados, separadamente dentro da carroceria do caminhão.
Para CUNHA e CAIXETA FILHO (2012), no Brasil, a escolha do veículo coletor é,
ainda, bastante empírica. Os resíduos coletados poderão ser transportados para estações de
transferência, para locais de processamento e recuperação (incineração ou usinas de triagem e
compostagem) ou para seu destino final (aterros e lixões).
A reciclagem, uma das etapas da coleta seletiva, consiste de uma série de processos
industriais que permitem separar, recuperar e transformar os componentes dos resíduos sólidos
do lixo urbano (domiciliar/comercial).
A necessidade de poupar e preservar os recursos naturais não-renováveis vem
motivando cada vez mais o aproveitamento de resíduos, visto que crescem exponencialmente a
população e o consumo, o que não acontece com as reservas naturais.
Segundo DIAS (2008), outro fato agravante é a disposição final dos resíduos produzidos
nos centros urbanos, de forma desordenada e sem um planejamento técnico, pois áreas são
ocupadas com a deposição de lixo sem tratamento, áreas estas que, a curto e médio prazo,
inviabilizam a sua utilização para outros fins, agredindo de forma drástica o meio ambiente e
tornando vulneráveis à contaminação, os mananciais de água, sem contar que geralmente são
áreas o mais próximo possível dos centros produtores de lixo, no sentido de diminuir os custos
operacionais de transporte, e se caracterizam em pouco tempo em áreas nobres (em função da
proximidade dos centros urbanos), com o rápido esgotamento de seu uso.
Assim, segundo o mesmo autor, de modo a evitar estes problemas, o papel da reciclagem
está em desenvolver ao consumo da população, dentro do possível, as substâncias e a energia
contida nos resíduos do lixo, de modo que se extraiam da natureza as quantidades de matérias-
primas mínimas, de forma racional e organizada, protegendo de maneira prática os recursos
naturais disponíveis, preservando efetivamente o meio ambiente.
Segundo UFV/Lesa (2008), para ajudar a diminuir o lixo temos a fórmula dos RE's que
consiste numa apresentação sugestiva de como se pode atingir o objetivo de conscientização
para a prática de reaproveitamento de materiais em busca da qualidade de vida e preservação
do meio ambiente.
1. RE duzir a geração de lixo - é o primeiro passo e a medida mais racional, que traduz a
essência da luta contra o desperdício. São inúmeros os exemplos domésticos e industriais para
a minimização dos resíduos. Sempre que for possível, é melhor reduzir o consumo de materiais,
energia e água, a fim de produzir o mínimo de resíduos e economizar energia.
2. RE utilizar os bens de consumo - significa dar vida mais longa aos objetos, aumentando
sua durabilidade e reparabilidade ou dando-lhes nova personalidade ou uso, muito comum com
as embalagens retornáveis, rascunhos, roupas, e nas oficinas de Arte com Sucatas. Após a
utilização de um produto ou material (sólido, líquido, energia, etc.) deve-se recorrer a todos os
meios para reutilizá-lo.
3. RE cuperar os materiais - as usinas de compostagem são unidades recuperadoras de
matéria orgânica. Os catadores recuperam as sucatas, antes delas virarem lixo.
4. RE ciclar - é devolver o material usado ao ciclo da produção, poupando todo o percurso
dos insumos virgens, com enormes vantagens econômicas e ambientais. A agricultura e a
indústria absorvem grandes quantidades de resíduos, aliviando a “lata de lixo” das cidades. A
reciclagem deve ser aplicada somente para materiais não reutilizáveis. Embora a reciclagem
ajude a conservar recursos naturais, existem custos econômicos e ambientais associados à coleta
de resíduos e ao processo de reciclagem.
5. RE pensar os hábitos de consumo e de descarte, pois para a maior parte das pessoas
tais atos são compulsivos e, muitas vezes, poluentes. É preciso também desmistificar a ação de
jogar fora, porque, na maioria dos casos, o “fora” não existe. O lixo não desaparece depois da
coleta e acaba sendo destinado a aterros, incineradores ou usinas, localizados próximos à nossa
residência. A educação ambiental é básica para que os esforços em prol dos 5 RE's sejam vistos
com seriedade pela população.

RECICLAGEM
A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima
secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro. Reciclar é economizar energia, poupar
recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A palavra reciclagem
foi introduzida ao vocabulário internacional no final da década de 80, quando foi constatado
que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis estavam e estão se esgotando.
Reciclar significa = Re (repetir) + Cycle (ciclo).
Para compreendermos a reciclagem, é importante "reciclarmos" o conceito que temos
de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. O primeiro
passo é perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele
pode ser separado de diversas maneiras, sendo a mais simples separar o lixo orgânico do
inorgânico (lixo molhado/ lixo seco).
Na natureza nada se perde. Seres vivos chamados decompositores "comem" material
sem vida ou em decomposição. Eles dividem a matéria para que ela possa ser reciclada e usada
de novo. Esse é o chamado material biodegradável. Quando um animal morre, ele é reciclado
pela natureza. Quando um material é dividido em pequenas peças, as bactérias e fungos, os mais
importantes decompositores, já podem trabalhar.
A decomposição aeróbia é mais completa que a anaeróbia por gerar gás carbônico, vapor
de água e os sais minerais, substâncias indispensáveis ao crescimento de todos os vegetais, o
qual gera o húmus, ótimo adubo para o solo.
No processo anaeróbio, são gerados os gases (metano e sulfídrico), que causam um odor
desagradável; a decomposição anaeróbia produz um líquido escuro denominado chorume
(líquido com grande quantidade de poluentes) encontrado normalmente no fundo das latas de
lixo. Este chorume é o principal causador da contaminação dos rios e do lençol freático.
A reciclagem traz os seguintes benefícios:
 Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar;
 Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;
 Prolonga a vida útil de aterros sanitários;
 Melhora a produção de compostos orgânicos;
 Gera empregos para a população não qualificada;
 Gera receita com a comercialização dos recicláveis;
 Estimula a concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são
comercializados em paralelo àqueles gerados a partir de matérias-primas virgens;
 Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência
ecológica.

Em 25 de abril de 2001, o CONAMA emite a resolução de nº 275 (BRASIL, 2001),


com validação nacional, que adotou padrões internacionais para separação desses resíduos. Essa
separação é feita por recipientes de armazenamento com cores distintas, conforme se pode
observar na figura, que indicam que tipo de resíduo pode ser depositado neles. As cores
adotadas foram: azul: papel/papelão; vermelho: plásticos; verde: vidros; amarelo: metais; preto:
madeira; laranja: resíduos perigosos; branco: resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde;
roxo: resíduos radioativos; marrom: resíduos orgânicos; e cinza: resíduos gerais não recicláveis
ou misturados, ou contaminados não passíveis de separação.
No Brasil, seria importante que as pequenas e médias empresas recicladoras tivessem
apoio financeiro e tecnológico para melhorar suas tecnologias de reciclagem, pois assim
estariam contribuindo na geração de empregos, na diminuição de lixo e na produção de produtos
de melhor qualidade com tecnologia "limpa".
A grande solução para os resíduos sólidos é aquela que prevê a máxima redução da
quantidade de resíduos na fonte geradora. Quando os resíduos não podem ser evitados, deverão
ser reciclados por reutilização ou recuperação, de tal modo que seja o mínimo possível o que
tenha como destino final os aterros sanitários.
A reciclagem surgiu como uma maneira de reintroduzir no sistema uma parte da matéria
(e da energia), que se tornaria lixo. Assim desviados, os resíduos são coletados, separados e
processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de bens, os quais eram feitos
anteriormente com matéria prima virgem. Dessa forma, os recursos naturais ficam menos
comprometidos.

Análise do Ciclo de Vida (ACV) e Reciclagem


A análise de ciclo de vida é uma técnica para avaliação dos aspectos ambientais e dos
impactos potenciais associados a um produto, compreendendo etapas que vão desde a retirada
da natureza das matérias-primas elementares que entram no sistema produtivo, à disposição do
produto final. Essa técnica também é conhecida como análise "do berço ao túmulo".
A análise de ciclo de vida de produtos é, na verdade, uma ferramenta técnica que pode
ser utilizada em uma grande variedade de propósitos. As informações coletadas na ACV e os
resultados de sua análise e interpretações podem ser úteis para tomadas de decisão, na seleção
de indicadores ambientais relevantes para avaliação de desempenho de projetos ou reprojetos
de produtos ou processos e/ou planejamento estratégico.
A ACV encoraja as indústrias a considerar as questões ambientais associadas aos
sistemas de produção: insumos, matérias-primas, manufatura, distribuição, uso, disposição,
reuso, reciclagem. Pode-se dizer também, que ela nos ajuda a identificar oportunidades de
melhoramentos dos aspectos ambientais de uma empresa.
Segundo LUÍS BRIONES, presidente do Programa Plastivida/ABIQUIM, números
exatos sobre a performance energética do setor da reciclagem só serão obtidos com o uso das
ferramentas da Análise do Ciclo de Vida (ACV).
BRIONES lembra que há estudos baseados em ACV que têm demonstrado que as
quantidades de energia gastas para obter um produto a partir de matéria-prima virgem são
maiores que aquelas gastas para produzi-lo com resíduos reciclados.
Por isso, dada a atual crise energética, o governo deveria estabelecer com máxima
urgência uma Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos, com responsabilidade
compartilhada entre todos os setores envolvidos, ou seja, Poder Público, sociedade e setor
produtivo. Essa gestão compartilhada e integrada dos resíduos sólidos urbanos deve ser feita
localmente, contemplando todas as possibilidades disponíveis e tomando como base as
realidades e necessidades sociais, econômicas e ambientais. E, é lógico, sem perder de vista que
a reciclagem tem mostrado ser mais econômica nos aspectos de consumos de energia, água e
materiais acessórios utilizados diretamente na produção de um bem, quando comparada à
produção a partir de matéria-prima virgem, conclui BRIONES.
 Quando o aço é produzido inteiramente a partir da sucata, a economia de energia chega
a 70% do que se gasta com a produção a base do minério de origem. Além disso, há
uma redução da poluição do ar (menos 85%) e do consumo de água (menos 76%),
eliminando-se, ainda, todos os impactos decorrentes da atividade de mineração;
 O papel jornal produzido a partir das aparas requer 25% a 60% menos energia elétrica
que a necessária para obter papel da polpa da madeira. O papel feito com material
reciclado reduz em 74% os poluentes liberados no ar e em 35% os despejados na água,
além de reduzir a necessidade de derrubar árvores;
 Na reciclagem do vidro é possível economizar, aproximadamente, 70% de energia
incorporada ao produto original e 50% menos de água;
 Com a reciclagem de plásticos economiza-se até 88% de energia em comparação com
a produção a partir do petróleo e preserva-se esta fonte esgotável de matéria-prima.
Em resumo, a ACV pode ser utilizada para obter-se um melhor entendimento de todo o
sistema utilizado para se produzir um produto, e consequentemente aprimorá-lo.
Tempo de Decomposição dos Materiais

Material Tempo de Degradação

Aço Mais de 100 anos

Alumínio 200 a 500 anos

Cerâmica indeterminado

Chicletes 5 anos

Cordas de nylon 30 anos

Embalagens Longa Vida Até 100 anos (alumínio)

Embalagens PET Mais de 100 anos

Esponjas indeterminado

Filtros de cigarros 5 anos

Isopor indeterminado

Louças indeterminado

Luvas de borracha indeterminado

Metais (componentes de equipamentos) Cerca de 450 anos

Papel e papelão Cerca de 6 meses

Plásticos (embalagens, equipamentos) Até 450 anos

Pneus indeterminado

Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos

Vidros indeterminado

Estatísticas de Reciclagem
Lixo
 O lixo é uma fonte de riquezas. As indústrias de reciclagem produzem papéis, folhas de
alumínio, lâminas de borracha, fibras e energia elétrica, gerada com a combustão.
 No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que
poderia.
 O Brasil é considerado um grande "reciclador" de alumínio, mas ainda reaproveita
pouco os vidros, o plástico, as latas de ferro e os pneus que consome.
 A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por dia, com este lixo,
em uma semana dá para encher um estádio para 80.000 pessoas.
 Se toda água do planeta coubesse em um litro, a água doce corresponderia a uma colher
de chá.
 Somente 37% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto é queimado. Por outro
lado, cerca de 60% do papel ondulado é reciclado no Brasil.
 Um litro de óleo combustível usado pode contaminar 1.000.000 de litros de água.
 Menos de 50% de produção nacional de papel ondulado ou papelão é reciclado
atualmente, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado. O
restante é jogado fora ou inutilizado.
 Pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, um pouco mais de 1 quilo
de lixo por dia. Atualmente, a produção anual de lixo em todo o planeta é de
aproximadamente 400 milhões de toneladas.
 Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras:
 39%: papel e papelão
 16%: metais ferrosos
 15%: vidro
 8%: rejeito
 7%: plástico filme
 2%: embalagens longa vida
 1%: alumínio

Perigos
 Crianças e adolescentes que trabalham no lixo estão expostos a uma série de doenças
que seriam facilmente evitadas.
 Por lidar com restos de comida, cacos de vidro, ferros retorcidos, plásticos pontiagudos
e despejos com resíduos químicos, essas crianças sofrem de diarreias, tétano, febre
tifoide, tuberculose, doenças gástricas e leptospirose.
 Nos resíduos sólidos, os microrganismos causadores de doenças sobrevivem por dias e
até meses.
 Em todo o Brasil, a falta de saneamento, a ausência na maioria dos municípios de coleta
de lixo de qualidade e a convivência direta com o lixo fazem surgir epidemias.
 A dengue é um exemplo. Em 1982, o País registrou 12 mil casos da doença. Todos na
Região Norte. Em 1998, foram mais de 527 mil casos espalhados por todo o Brasil.
 O cólera também ressurgiu com força nos anos 90. Em 1991, foram 2,1 mil casos
confirmados da doença. Em 1994, o País chegou a ter 51,3 mil pessoas infectadas com
o vibrião colérico.
 A febre tifoide, causada pelo consumo de carne de porco contaminada, está em declínio
no Brasil. Mas o País registra mais de mil casos por ano da doença. Nos lixões, é comum
ver famílias morando ao lado de chiqueiros, onde criam porcos. Esses animais são
alimentados com os restos de comida trazidos do lixo.
(Fonte: Fundação Nacional de Saúde/Ministério da Saúde).

Índices da Reciclagem
 Capitais em que há catadores nos lixões: 37,4%
 Cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18%
 Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%

Nas ruas
 Capitais em que há catadores nas ruas: 66,67%
 Cidades com mais de 50 mil habitantes: 63,64%
 Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%

Lixões
 Capitais com lixões: 25,93%
 Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas as capitais): 72,73%
 Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67%
Fonte: Pesquisa Água e Vida/UNICEF

Comparativo da Reciclagem
Material O Brasil recicla Curiosidades

Vidro 5% das embalagens O Japão recicla 55,5%.

Papel/papelão 36% O Brasil importa apenas para reciclar.

Plástico/filme
Representa 3% do lixo urbano nas
(sacolas de 15%
capitais.
supermercados)

PET (embalagens de O PET reciclado se transforma em


15%
refrigerantes) fibras.

Apenas 1% do óleo consumido no


Óleo 18%
mundo é reciclado.

O Brasil importa latas usadas para a


Latas de aço 35%
reciclagem.

O Brasil exporta pneu para a


Pneu 10%
reciclagem.

Embalagens longa- A incineração é considerada excelente


Não há dados
vida combustível.
Fonte: Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).

ATERROS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

De acordo com o Dicionário Aurélio online3, aterro é um nome masculino que designa:
1. O ato, efeito ou trabalho de encher de terra;
2. A porção de terra ou de entulho para cobrir ou nivelar um terreno;

3 Disponível em: <https://www.dicio.com.br/aurelio-2/>. Acesso em: 25 abr. 2018.


3. O local que cobriu ou nivelou com terra ou entulho;
4. A obra constituída por um maciço artificial de terras;
5. Ecologicamente é o terreno onde são depositados, em camadas compactadas,
resíduos sólidos, que são tratados de maneira a reduzir ao mínimo os efeitos nocivos
sobre o ambiente ou a saúde pública.
Conforme a Enciclopédia E-civil4 aterro é a colocação de terra ou entulho para nivelar
uma superfície irregular.
Já de acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (2018)5 aterro é:
1. O trabalho de aterrar;
2. O terreno em que se encheu uma depressão, ficando aplanado; terraço plano; terreno
aplanado. = TERRAPLENAGEM, TERRAPLENO;
3. O conjunto de terras ou entulhos para nivelar um terreno;
4. O local onde se faz uma deposição organizada, geralmente em camadas, de resíduos
sólidos (ex.: aterro sanitário).
Enfim, aterro é a disposição ou aterramento do lixo sobre o solo e deve ser
diferenciado, tecnicamente, em aterro sanitário, aterro controlado e lixão ou vazadouro.
Nesse sentido, NASCIMENTO (2001) considera que aterros controlados nada mais
são do que “lixões maquiados”, por apresentarem praticamente os mesmos problemas
ambientais que os lixões, como a poluição das águas, do solo e do ar. BROLLO (2004) afirma
que a prática da disposição inadequada advém de um passado sem planejamento ambiental,
responsável por inúmeras áreas degradadas. Seja por desconhecimento dos efeitos nocivos das
substâncias químicas no ambiente e na saúde, seja por negligência, as áreas degradadas, na
maior parte das vezes abandonadas, tornaram-se passivos ambientais para as gerações presentes
e futuras.

ATERROS SANITÁRIOS
A forma correta de dispor os resíduos sólidos urbanos é em aterros sanitários, cuja
construção, operação (e encerramento) baseiam-se em critérios de engenharia e normas
operacionais específicas (IPT/CEMPRE, 2010). Contudo, de acordo a pesquisa do IBGE de

4 Disponível em: <http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-aterro.html>. Acesso em: 25 abr. 2018.


5 Disponível em: <https://www.priberam.pt/dlpo/aterro>. Acesso em: 25 abr. 2018.
2010, no Brasil, apenas 28,8 % dos municípios dispõem seus resíduos em aterros sanitários,
contra 63,6 % em lixões e 18,4 % em aterros controlados (IBGE, 2010).
Aterro sanitário que, conforme conceitos advindos da nova Lei nº 12.305 – 02/08/2010
– PNRS, é:
 Local onde ocorre a disposição final dos rejeitos;
 Rejeito: último estágio do processo de tratamento de resíduos;
 Resíduos: materiais provenientes de qualquer processo, passíveis de transformação ou
tratamento pelas mais diversas tecnologias de recuperação, reutilização, reciclagem,
inclusive, desde que técnica e ambientalmente viável.
Assim, segundo BROLLO (2001) aterro é um processo utilizado para a disposição de
resíduos sólidos no solo, particularmente lixo domiciliar que, fundamentado em critérios de
engenharia e normas operacionais específicas, permite a confinação segura em termos de
controle de poluição ambiental, proteção à saúde pública ou, forma de disposição final de
resíduos sólidos urbanos no solo, através de confinamento em camadas cobertas com material
inerte, geralmente, solo, de acordo com normas operacionais específicas, e de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais.
Segundo HAMER (2003), historicamente a disposição de resíduos no solo foi vista
como um sistema de tratamento, devido à degradação. Porém, esse fenômeno (degradação)
aumenta de forma espetacular o potencial de poluição de diversos resíduos.
A prática de aterrar resíduos sólidos não é uma tecnologia atual, pois como já dissemos
em outra disciplina deste curso, vem sendo difundida desde 2500 anos a.C, quando os Nabateus,
na Mesopotâmia, enterravam seus resíduos domiciliares e agrícolas em trincheiras escavadas
no solo e depois de algum tempo abriam estas trincheiras e utilizavam a matéria orgânica já
decomposta como fertilizante orgânico na produção de cereais (LIMA, 1991).
Segundo SISINNO e OLIVEIRA (2000), acreditava-se que o solo era um meio
filtrante que tratava os resíduos sólidos e efluentes líquidos, porém, atualmente o solo é um
reservatório de produtos químicos, e este é um compartimento ambiental que não se move ou
se renova rapidamente.
Em sendo, a disposição final, enquanto última etapa do gerenciamento dos resíduos
sólidos urbanos, requer atenção especial. O primeiro passo para uma disposição final adequada
inicia-se com a seleção de locais favoráveis para a implantação do aterro sanitário, do ponto de
vista ambiental. Áreas adequadas, além de promoverem a proteção ao ambiente e à saúde
pública, representam menores gastos com as etapas de implantação, operação e encerramento
do empreendimento, proporcionando economia em todo o processo.
Nesse sentido, antes de se projetar o aterro, são feitos estudos geológico e topográfico
para selecionar a área a ser destinada para sua instalação não comprometa o meio ambiente. É
feita, inicialmente, impermeabilização do solo através de combinação de argila e lona plástica
para evitar infiltração dos líquidos percolados, no solo. Os líquidos percolados são captados
(drenados) através de tubulações e escoados para lagoa de tratamento. Para evitar o excesso de
águas de chuva, são colocados tubos ao redor do aterro, que permitem desvio dessas águas, do
aterro.
Segundo LANGER (1995 apud BROLLO, 2001), para um terreno ser adequado à
disposição de resíduos, este deve apresentar as seguintes características relativas ao meio
abiótico:
 baixo fluxo de água subterrânea nos arredores da área de disposição;
 baixa permeabilidade;
 grande espessura e homogeneidade do material geológico, alta capacidade de retenção
(adsorção) de compostos;
 baixa solubilidade química;
 baixa erodibilidade do substrato.
Além dos atributos do meio físico, também devem ser observadas as características
dos meios biótico e socioeconômico, mesmo que em etapas distintas no processo de seleção de
áreas.
A quantidade de lixo depositado é controlada na entrada do aterro através de balança.
É proibido o acesso de pessoas estranhas. Os gases liberados durante a decomposição são
captados e podem ser queimados com sistema de purificação de ar ou ainda utilizados como
fonte de energia (aterros energéticos).
Segundo a definição da ABNT na NBR 8.419 (1984), o Aterro Sanitário de Resíduos
Sólidos Urbanos é uma técnica de disposição no solo que não causa danos à saúde pública e à
segurança, minimizando impactos ambientais, e que utiliza princípios de engenharia para
confinar os resíduos sólidos à menor área possível, reduzindo-os ao menor volume permissível.
Estes devem ser cobertos com uma camada de terra na conclusão de cada jornada diária de
trabalho. Hoje esta é considerada uma das técnicas mais eficientes e seguras de destinação de
resíduos sólidos em geral, pois permite um controle e monitoramento eficientes do processo,
além de quase sempre apresentar o melhor custo-benefício. Além disso, o aterro se comporta
como um reator dinâmico que produz, através de reações químicas e biológicas, emissões como
o biogás, efluentes líquidos como os lixiviados e resíduos mineralizados como o húmus a partir
da decomposição da matéria orgânica.
Ainda, segundo a Norma Técnica NBR 8419 (ABNT, 1984), o aterro sanitário não
deve ser construído em áreas sujeitas à inundação. Entre a superfície inferior do aterro e o mais
alto nível do lençol freático deve haver uma camada de espessura mínima de 1,5 m de solo
insaturado. O nível do solo deve ser medido durante a época de maior precipitação
pluviométrica da região. O solo deve ser de baixa permeabilidade (argiloso).
O aterro deve ser localizado a uma distância mínima de 200 metros de qualquer curso
d’água. Deve ser de fácil acesso. A arborização deve ser adequada nas redondezas para evitar
erosões, espalhamento da poeira e retenção dos odores.
Para BRITO FILHO (2005), o aterro sanitário é a maneira de dispor resíduo sólido
sobre o solo, compactando-o com trator, reduzindo-o ao menor volume possível e recobrindo-
o com camada de terra compactada, de modo a ocupar a menor área possível. É uma forma para
a deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos
resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos
sólidos retirados do esgoto.
O aterro sanitário é uma área licenciada por órgãos ambientais, destinadas a receber
os resíduos sólidos urbanos, basicamente lixo domiciliar, de forma planejada, onde o lixo é
compactado e coberto por terra, formando diversas camadas.
Devem ser construídos poços de monitoramento para avaliar se estão ocorrendo
vazamentos e contaminação do lençol freático: no mínimo quatro poços, sendo um a montante
e três a jusante, no sentido do fluxo da água do lençol freático. O efluente da lagoa deve ser
monitorado pelo menos quatro vezes ao ano.
Fonte:<https://www.google.com.br/search?q=aterro+sanit%C3%A1rio&source=lnms&tbm=isch&saved=

Segundo MONTEIRO et al (2001), a base do aterro sanitário deve ser constituída por
um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados (chorume) acima de uma camada
impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado
para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de
lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando
assim uma menor poluição ao meio ambiente.
Para o mesmo autor, o seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que
possibilite a coleta do biogás, que é constituído por metano, gás carbônico (CO2) e água
(vapor), entre outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser
queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para
geração de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do
biogás pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs
do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de Quioto, como
já é feito por diversos aterros sanitários no Brasil: aterro de Nova Iguaçu, aterro dos
Bandeirantes e São João em São Paulo, Embralixo-Arauna em Bragança Paulista, entre outros.
A decomposição do lixo produz metano, gás carbônico e outros gases poluentes que
intensificam o aquecimento global. Um aterro sanitário reduz a poluição, colabora para a
redução da emissão de gases de efeito estufa, evita odores desagradáveis, gera energia e pode
ser uma fonte de receita por meio de créditos de carbono.

COMO FUNCIONA UM ATERRO SANITÁRIO

Um aterro sanitário adequado aos padrões de mecanismo de desenvolvimento limpo


obedece ao seguinte processo:
1. O solo é compactado para dar firmeza ao aterro que receberá uma camada de polietileno
de alta densidade, por baixo e pelos lados, que impede o contato entre os detritos e o
subsolo e por cima quando ele estiver cheio;
2. Na base, as camadas de geotêxtil (tela de tecido com betume, semipermeável), brita e
areia, permitem a drenagem do chorume;
3. O lixo é depositado em camadas no aterro sanitário, periodicamente intercaladas por
camadas de terra;
4. Os gases produzidos pela decomposição do lixo são captados e levados por dutos a uma
usina geradora de energia;
5. Na usina, os gases entram em combustão e movem geradores, que produzem energia
elétrica;
6. Não há emissão de metano e pouca de dióxido de carbono;
7. O chorume (líquido que escorre do lixo) vai para tratamento;
8. Separada a água, os resíduos sólidos voltam para o aterro sanitário.
VANTAGENS DO ATERRO SANITÁRIO
Segundo RUSSO (2005), as principais vantagens dos aterros sanitários são:
 Grande flexibilidade para receber uma gama muito grande de resíduos;
 Fácil operacionalidade;
 Relativo baixo custo, comparativamente a outras soluções como a incineração;
 Disponibilidade de conhecimento;
 Não conflitante com formas avançadas de valorização dos resíduos;
 Devolução a utilização do espaço imobilizado durante a fase de Exploração.

DESVANTAGENS DO ATERRO SANITÁRIO


O aterro sanitário recebe severas críticas porque não têm como objetivo o tratamento
ou reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano. Os aterros funcionam como
armazenamento do lixo no solo, ocupando espaços cada vez mais escassos, porém são uma
saída para o descarte disciplinado dos resíduos sólidos.

ATERROS CONTROLADOS
De acordo com MONTEIRO et al (2001), além do aterro sanitário, temos o aterro
controlado, sendo que este prescinde de uma coleta e tratamento do chorume, assim como da
drenagem e queima do biogás.
A operação de um aterro sanitário deve ser procedida pelo processo de seleção de
áreas, licenciamento, projeto executivo e implantação. Um aterro sanitário deve contar com
unidades operacionais e unidades de apoio:
 Unidades operacionais:
 células de lixo domiciliar;
 células com impermeabilização de fundo (obrigatória) e superior (opcional);
 sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados (chorume);
 sistema de coleta e queima (ou beneficiamento) do biogás;
 células de lixo hospitalar (caso o Município não disponha de processo mais
efetivo para dar destino final a esse tipo de lixo);
 sistema de drenagem e afastamento das águas pluviais;
 sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e geotécnico;
 pátio de estocagem de materiais. (IBAM, 2001).

 Unidades de apoio:
 cerca e barreira vegetal;
 estradas de acesso e de serviço;
 balança rodoviária e sistema de controle de resíduos;
 guarita de entrada e prédio administrativo;
 oficina e borracharia. (IBAM, 2001).
O Aterro controlado, por não possuir sistema de coleta de chorume, esse líquido fica
retido no interior do aterro. Assim, é conveniente que o volume de água de chuva que entre no
aterro seja o menor possível, para minimizar a quantidade de chorume gerado. Isso pode ser
conseguido empregando-se material argiloso para efetuar a camada de cobertura provisória e
executando-se uma camada de impermeabilização superior quando o aterro atinge sua cota
máxima operacional.
Também, é conveniente que a área de implantação do aterro controlado tenha um
lençol freático profundo, a mais de três metros do nível do terreno.
Normalmente, um aterro controlado é utilizado para cidades que coletem até 50t/dia
de resíduos urbanos, sendo desaconselhável para cidades maiores.
É uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou
riscos à saúde pública e a sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método
utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada
de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.
Fonte: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=662&tbm=isch&sa=1&ei

Esta forma de disposição produz, em geral, poluição localizada, pois similarmente ao


aterro sanitário, a extensão da área de disposição é minimizada. Porém, geralmente não dispõe
de impermeabilização de base (comprometendo a qualidade das águas subterrâneas), nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersão dos gases gerados. Este método é preferível
ao lixão, mas, devido aos problemas ambientais que causa e aos seus custos de operação, a
qualidade é inferior ao aterro sanitário.
Na fase de operação, realiza-se uma impermeabilização do local, de modo a minimizar
riscos de poluição, e a proveniência dos resíduos é devidamente controlada. O biogás é extraído
e as águas lixiviantes são tratadas. A deposição faz-se por células que uma vez preenchidas são
devidamente seladas e tapadas. A cobertura dos resíduos faz-se diariamente. Uma vez esgotado
o tempo de vida útil do aterro, este é selado, efetuando-se o recobrimento da massa de resíduos
com uma camada de terras com 1,0 a 1,5 metros de espessura. Posteriormente, a área pode ser
utilizada para ocupações "leves" (zonas verdes, campos de jogos etc.).
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO
Existem vários elementos que devem ser projetados e planejados em um aterro sanitário,
tais como o sistema de impermeabilização de base, sistema de drenagem de águas superficiais,
drenagem de líquidos e gases gerados na decomposição da massa se resíduos, sistema de
cobertura dos resíduos, unidades de tratamento de lixiviados e outros. Esse conjunto de sistemas
e unidades visam garantir a segurança do aterro, o controle de efluentes líquidos, a redução das
emissões gasosas, bem como a redução de riscos à saúde da população (FADE, 2014).

Os aterros sanitários podem ser classificados de acordo com a forma em que são
projetados (FADE, 2014):

1) Aterro em vala: a instalação para disposição dos RSU no solo, em escavação com
profundidade limitada e largura variável, confinada em todos os lados, dando
oportunidade de uma operação não mecanizada;

2) Aterro em trincheira: instalação para a disposição dos RSU no solo, em escavação sem
limitação de profundidade e largura, que se caracteriza por confinamento em três lados
e operação mecanizada.
3) Aterro em encosta: instalação para a disposição dos RSU no solo, caracterizada pelo
uso de taludes pré-existentes, usualmente implantados em áreas de ondulações ou
depressões naturais, encostas de morros ou pedreiras e áreas de mineração desativadas;

4) Aterro em área: Instalação para disposição de RSU no solo, caracterizada pela


disposição em áreas planas acima da cota do terreno natural.

Na Figura pode-se observar uma ilustração de um aterro sanitário em área.

Figura 3 - Aterro sanitário de RSU.

Fonte: IPT (2000).

Destacam-se os seguintes serviços realizados na operação do aterro sanitário:


 controle do recebimento de resíduos, pela classificação e pesagem de todos os
caminhões que entram no aterro;
 descarga dos caminhões, espalhamento e nivelamento dos resíduos com trator de
esteiras e compactação com trator compactador;
 implantação e ampliação diária de ramais de drenagem de chorume, para coletá-los na
área de depósito e destiná-los para tratamento;
 implantação e ampliação diária da rede de drenos verticais de gases com o objetivo de
captá-los e queimá-los. A queima do gás metano, gerado da decomposição dos resíduos,
reduz em 27 vezes o seu potencial poluidor;
 implantação e ampliação diária da rede de drenos verticais de gases com o objetivo de
captá-los e destiná-los à unidade de aproveitamento do biogás, para geração de energia;
 cobertura diária dos resíduos com material argiloso, seguido de plantio de grama em
leiva;
 ampliação e manutenção constante do sistema de drenagem de águas pluviais para
diminuir a geração de percolados;
 tratamento adequado do chorume por meio de processos físicos, químicos, biológicos e
por radiação ultravioleta;
 monitoramento quadrimestral da qualidade da água subterrânea da região;
 monitoramento mensal das águas superficiais dos rios próximos ao aterro;
 monitoramento mensal da qualidade de efluentes antes e depois de cada unidade de
tratamento;
 monitoramento diário de parâmetros físico-químicos necessários à correta operação do
sistema de tratamento;
 monitoramento topográfico mensal da estabilidade e do adensamento dos maciços de
resíduos;
 monitoramento topográfico mensal do volume de resíduo disposto para controle, cálculo
de massa específica e grau de compactação;
 preservação e manutenção das áreas de reserva legal;
 impermeabilização total das áreas de depósito e lagoas da estação de tratamento do
chorume, pela compactação do solo e da aplicação de materiais geossintéticos;
 programa de educação ambiental implementado, que possibilita receber 2 visitas
semanais de escolas, cursos técnicos e universidades;
 parceria e apoio às Universidades da região para desenvolvimento de pesquisa nas áreas
de tratamento e disposição final de resíduos.
ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS DE ATERROS SANITÁRIOS

Os aterros sanitários devem possuir infraestrutura básica, constituída de:

 galpão (para equipamentos);

 guarita;

 balança;

 escritório;

 banheiros;

 vestiários;

 refeitórios;

 cercamento;

 serviços de paisagismos;

 além de todos os sistemas de controle à poluição.

Os custos variam de acordo com o tipo, capacidade e características do aterro. Para


municípios com população inferior a 10.000 habitantes o valor pode chegar a R$ 20,00/t, com
população de 10.000 a 30.000 habitantes R$ 9,00/t, de 30.000 a 250.000 habitantes R$ 11,00/t
e para municípios que possuem de 250.000 a 1.000.000 de habitantes R$ 9,00/t de resíduos
processados. Os custos de operação também apresentam variações e incluem atividades de
disposição nas células, monitoramento e tratamento de lixiviados.

Os custos unitários para aterros de pequeno porte oscilam em torno de R$ 140,00/t, para
municípios de médio porte os valores se aproximam de R$ 50,00/t, enquanto naqueles com
capacidade superior a 1.000 t/dia, remontam R$ 35,00/t (FADE, 2014).

O aumento da receita e, portanto, a sustentabilidade pode ser possível com o


aproveitamento energético dos resíduos, recomendado apenas para instalações de grande porte.
Um relatório de consultoria solicitado pela Associação Brasileira de Empresas de
Tratamento de resíduos (ABETRE, 2017) apresentou aspectos econômicos e financeiros para
implantação, operação e encerramento de aterros sanitários para resíduos classe IIA. O estudo
abrangeu os custos de três portes de aterro sanitário, grande porte (capacidade de recebimento
2.000 t/dia), médio porte (capacidade de recebimento 800 t/dia) e pequeno porte (capacidade
de recebimento 100 t/dia), sendo que os custos foram computados assumindo-se conformidade
com os padrões e normas oficiais de funcionamento de aterros sanitários. O investimento foi
simulado sendo financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES.

O custo total para pré-implantação, implantação, operação, encerramento e pós-


encerramento de um aterro sanitário de grande porte foi de R$ 525.794.167,00, para um aterro
sanitário de médio porte o custo foi de R$ 236.535.037,00 e para um aterro sanitário de pequeno
porte o custo foi de R$ 52.444.448,00. Após a análise de viabilidade econômica, concluiu-se
que o empreendimento possuía Valor Presente Líquido (VPL) positivo para os 3 portes
estudados, produzindo retorno financeiro aos acionistas, sendo que o aterro de grande porte
produziu um VPL superior aos aterros de médios e pequenos (ABETRE, 2017).

LIXÃO
O lixão é uma séria ameaça tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade. Os
principais problemas gerados pelo lixo são a poluição do solo e das águas, o acúmulo de
material não degradável ou tóxico e a proliferação de insetos (baratas e moscas) e ratos que
podem transmitir várias doenças, tais como a peste bubônica, dengue etc.
É um local onde há uma inadequada disposição final de resíduos sólidos, que se
caracteriza pela simples descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à
saúde pública. É o mesmo que descarga de resíduos a céu aberto sem levar em consideração:
 a área em que está sendo feita a descarga;
 o escoamento de líquidos formados, que percolados, podem contaminar as águas
superficiais e subterrâneas;
 a liberação de gases, principalmente o gás metano que é combustível;
 o espalhamento de lixo, como papéis e plásticos, pela redondeza, por ação do vento;
 a possibilidade de criação de animais como porcos, galinhas, etc. nas proximidades ou
no local.
Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública, como proliferação
de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), geração de maus odores e,
principalmente, a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume
(líquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor produzido pela
decomposição da matéria orgânica contida no lixo), comprometendo os recursos hídricos.
Acrescenta-se a esta situação, o total descontrole quanto aos tipos de resíduos
recebidos nesses locais, verificando-se, até mesmo, a disposição de dejetos originados dos
serviços de saúde e das indústrias.
Comumente, os lixões são associados a fatos altamente indesejáveis, como a criação
de porcos e a existência de catadores (que, muitas vezes, residem no próprio local).
A decomposição bacteriana da matéria orgânica, a parte biodegradável do lixo, além
de gerar um mau cheiro típico, produz um caldo escuro e ácido denominado chorume, o qual,
nos grandes lixões, infiltra no solo, contaminando o lençol freático.
Assim, o vazadouro a céu aberto, ou “lixão”, é a forma inadequada de dispor os
resíduos sólidos urbanos sobre o solo, sem nenhuma impermeabilização, sem sistema de
drenagem de lixiviados e de gases e sem a cobertura diária do lixo, causando assim impactos à
saúde pública e ao meio ambiente. É comum encontrar nos lixões vetores de doenças e outros
animais. É frequente a presença de pessoas excluídas socioeconomicamente, inclusive idosos e
crianças, que trabalham como catadores em condições precárias e insalubres.
Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não
permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro pode ser alvo de um
processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode albergar um espaço
verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o efeito estético negativo. Uma das
principais vantages é o fato de poder ser deslocado de um lugar para outro sem prejudicar a
vida animal.
O que se quer hoje é a erradicação total desses lixões. Devem os municípios apresentar
projeto e planos de encerramento, recuperação e monitoramento da área degradada. Almeja-se
com isso propiciar segurança à população do entorno, melhorar a qualidade do solo e das águas
e minimizar riscos à saúde.

DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS

A Política Nacional de Resíduos Sólidos brasileira – PNRS (Lei 12.305/10) no seu Art.
3° define a Disposição Final ambientalmente adequada da seguinte maneira:

Lei 12.305/2010 Art. 3° Inciso VII – Disposição Final ambientalmente adequada: distribuição
ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
(Título I – Capítulo II – Parágrafo VIII)

As formas mais conhecidas de disposição final de resíduos são o Aterro Sanitário, Aterro
Controlado e Lixão a céu aberto. No Brasil a única forma ainda permitida por Lei é o Aterro
Sanitário.

Na legislação brasileira a Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeitos deve


ser feita somente para os resíduos que comprovadamente não são mais passíveis de alguma
forma de tratamento, seja qual for a forma, ou seja, somente para os rejeitos. Confira o que diz
a Lei 12.305/2010:

“Lei 12.305/2010 Art. 9º. Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a
seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

§ 1o Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos
urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a
implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão
ambiental.

§ 2o A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos Sólidos dos Estados,


do Distrito Federal e dos Municípios serão compatíveis com o disposto no caput e no § 1o deste
artigo e com as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei. “
A disposição final não pode ser confundida com a destinação final. Veja o conceito de
destinação final segundo a PNRS.

Lei 12.305/2010 Art. 3° Inciso VI – Destinação Final ambientalmente adequada: destinação de


resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do
Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os
impactos ambientais adversos; (Título I – Capítulo II – Parágrafo VII).

Por isso, tornam-se indispensáveis medidas preventivas adequadas e instalação de


equipamentos projetados para receber e tratar esses resíduos. Uma dessas medidas seria a não
geração de resíduos através da educação ambiental.

Denominamos não geração, as ações preventivas, ou seja, são aquelas que podem
auxiliar os cidadãos a consumir menos, gerando menos. Dessa forma, a educação ambiental é
instrumento de fundamental importância para a política do meio ambiente. E, os municípios,
que são o lócus de vivências e interações dos cidadãos, é a unidade federativa que tem maior
possibilidade de propor, conscientizar e criar outros hábitos (PRESTES, 2014).

Ainda segundo o autor citado, os municípios, em parceria com os meios de comunicação


social, os quais são importantes formadores de opinião e indutores de mudanças de
comportamento, tem em suas mãos o poder para modificar condutas e comportamentos
históricos extremamente prejudiciais ao ambiente natural. O consumo excessivo, a destinação
inadequada de RSU’s, o descarte de lixo nas vias públicas e em outros locais inapropriados,
causando entupimentos de bueiros e galerias pluviais, consequentemente, enchentes de
proporções imprevistas, entre tantos outros aspectos, são exemplos de posturas que precisam
ser modificadas.

Diante do exposto, grande parte da população necessita romper a visão passiva de que
a ciência tudo vai solucionar e que o poder público é o único responsável pelos nossos males.
Essas mudanças de conceitos podem ser conseguidas através de campanhas para disseminar a
educação ambiental, que os municípios têm a responsabilidade de oferecer aos seus munícipes,
assim eles atuarão como cooperadores e corresponsáveis dessa causa deixando de assumir
apenas, uma visão crítica externalizada, quando o assunto é impacto ambiental, e passando a
assumir a responsabilidade também para si.

A política de educação ambiental é tão importante que acarreta mudanças de hábitos e


atitudes que são fundamentais tanto na não geração de resíduos como para a redução dos
resíduos. Assim, ao falarmos em redução, temos o entendimento que precisamos reduzir os
resíduos gerados, com ações desenvolvidas em conjunto com a não geração, e, reduzir os custos
envolvidos no tratamento e na disposição final adequada desses rejeitos (DIAS, 2012).

Em sendo, fazer a disposição final de rejeitos requer uma completa neutralidade com o
meio ambiente. Isso significa que não deve poluir ou alterar o meio onde tais soluções forem
construídas. As principais formas de poluição é a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e
do ar. As consequências dessa poluição é a proliferação de doenças decorrentes de pragas de
ratos, insetos e animais que vivem dos rejeitos assim como doenças ocasionadas pela poluição
dos lençóis freáticos como a diarreia.

Veja a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário e entenda quando
podemos dizer que uma disposição final é ambientalmente adequada ou não:

 LIXÃO (VAZADOURO) A CÉU ABERTO - Disposição final sem proteção alguma do


solo e do ar. Os resíduos ficam a céu aberto atraindo toda a espécie de animal como
ratos, cobras, insetos, … e com estes as doenças e perigos para as pessoas que vivem ao
seu redor. A geração de gases que acontece de maneira incontrolável nos lixões, também
polui o meio ambiente com gases do efeito estufa, contribuindo para o aquecimento
global e suas consequências.
Além disso, o chorume originado da decomposição da matéria orgânica dos lixões,
podem contaminar os lençóis freáticos e assim levar doenças como diarreia até mesmo
para populações que vivem longe dos lixões e constitui com isso um perigo de epidemia
em potencial devendo ser combatido severamente.

Dessa forma, o Lixão não pode ser considerado uma forma de Destinação Final
Ambientalmente Adequada.

 ATERRO CONTROLADO - Normalmente é um lixão coberto de terra. Não tem


proteção do solo e contamina os lençóis freáticos. O fato de o problema não ser visível
faz desse caso uma solução muitas vezes até pior que o lixão, já que funciona como um
tumor que causa prejuízos a natureza por baixo da terra e não é visível. Fatalmente os
problemas de poluição aparecerão um dia, quem sabe com epidemias difíceis de
controlar.
Caso não tenham um sistema de coleta de gases, oferecem risco grande de explosão.
Como não possui isolamento inferior do solo, pode também contaminar os lençóis
freáticos e assim como os lixões deve ser exterminado.

Com raras exceções, o Aterro Controlado não pode ser considerado uma forma de
Destinação Final Ambientalmente Adequada.

 ATERRO SANITÁRIO - Disposição final que obrigatoriamente deve ter proteção do


ar e do solo, assim como tratamento do chorume e do gás proveniente do aterro.
Qualquer outra solução que não possua essas características não podem ser chamadas
de aterro sanitário e caso seja chamado assim, é passível de denúncia aos órgãos
ambientais responsáveis.
Das três formas aqui citadas, somente o Aterro Sanitário pode ser chamado de
Destinação Final Ambientalmente Adequada.

SITUAÇÃO NO BRASIL
Até a pouco tempo atrás, a grande maioria das cidades brasileiras utilizavam o lixão
como disposição final para os seus resíduos. Com a Lei 12.305/10 os lixões só seriam tolerados
até agosto de 2014, mas, como sabemos, muitos ainda existem. A lei também exige que a
disposição final seja ambientalmente adequada, o que também é ruim para aterros controlados.

Para seguir a tendência mundial ambientalmente correta de perseguir a meta de total


aproveitamento dos resíduos sólidos, fortalecendo cada vez mais a política reversa os aterros
sanitários devem ser gradualmente extintos, até chegarmos ao ponto que duas construções
sejam proibidas a exemplo de países como a Alemanha. O benefício à sociedade através da
implementação dessa metodologia é o incentivo direto ao desenvolvimento urbano com
investimentos em indústria de transformação, educação ambiental, geração de emprego e renda
e oportunidades de investimentos para empresários de todo o mundo, além de poder promover
o desenvolvimento social com incentivos a qualificação e incorporação ao mercado de trabalho
de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis.

Contudo, de acordo com IBGE (2014), o Brasil possui cerca de 202,7 milhões de
habitantes e 86,7 milhões de veículos registrados (DENATRAN, 2014). Assim, o Brasil possui
uma média de 2,3 habitantes/veículos. Segundo projeções realizados pela Empresa de Pesquisa
Energética (EPE, 2014), estima-se que a frota de veículos individuais e comerciais leves irá
atingir cerca de 130 milhões de unidades até 2050, isto é aproximadamente 1 veículo a cada 1,7
habitantes.

Portanto, este produto começa a ocupar papel de destaque na discussão dos impactos
sanitários e ambientais. Quando descartados incorretamente contribuem com a degradação da
natureza e a proliferação de vetores de doenças como a dengue, chicungunha e a febre amarela,
também ao serem deixados em rios e córregos podem aumentar a velocidade de escoamento
em função da redução da seção. O pneu não se decompõe naturalmente, quando depositado em
aterros, as camadas de ar fazem com que aflore à superfície. Ao ser queimado, libera gases
poluentes.

A logística de planejamento, controle, estocagem e transporte do material pós-venda e


pós-consumo agregando-lhe valores econômicos e ecológicos é denominada de logística
reversa, pois se trata do fluxo inverso no ciclo produtivo, partindo do ponto de consumo em
direção ao ponto de origem (SOUZA, 2014).

No Brasil, a logística reversa é regulamentada pelo Conselho Nacional de Meio


Ambienta (CONAMA). Na resolução nº 258 de 1999 do CONAMA, o governo federal
determina que fabricantes e importadores recolham e deem um fim ambientalmente adequado
aos pneus que comercializam no país. Dez anos depois, no ano de 2009, a resolução citada
acima deu lugar à resolução CONAMA (2009) n° 416, onde além das determinações da
antecessora, fica explícito que os pneus usados devem ser preferencialmente reutilizados ou
reformados e sua destinação final adequada é a reciclagem (BRASIL, 1999; 2009).

Para um destino adequado, entende-se o reaproveitamento dos pneus nas variadas


formas possíveis. Os processos de reforma para reutilização dos pneus consistem basicamente
em 3 (três) métodos:
 recapagem;

 recauchutagem e;

 remoldagem.

A reciclagem se aplica quando o pneu é considerado inservível e pode se dar das


seguintes maneiras:

 pirólise genérica;

 asfalto borracha;

 coprocessamento;

 bloco de concreto utilizando resíduo de borracha;

 recuperação de áreas erodidas;

 artefatos e artesanatos de borracha, entre outras.

Hoje, por conta da grande preocupação com a saúde pública e o meio ambiente, o Brasil
tem apresentado políticas nos âmbitos federal, estadual e municipal para a destinação dos
pneumáticos e coibir a importação de pneus usados principalmente do continente europeu.

É notado também que algumas empresas já demonstram atitudes mais sustentáveis, assumindo
a responsabilidade pela destinação final adequada de pneus e se enquadrando aos parâmetros
legais. Devido a essas problemáticas objetivou-se informar sobre os impactos ambientais
provocados pela destinação incorreta de pneus inservíveis e a respeito de algumas técnicas de
reaproveitamento e reciclagem.

Quanto à disposição final dos RSU coletados, houve retrocesso de 58,7% para 58,4%
de encaminhamento para aterros sanitários ambientalmente adequados, com 114.189
toneladas/dias em 2016 e 116.631 tonelada/dia em 2015. Para os aterros controlados, houve
aumento percentual de 24,1% para 24,2%, mas o volume global diminuiu de 47.942
toneladas/dia para 47.315 toneladas/dia. O volume de RSU destinado diariamente aos lixões foi
de 33.948 toneladas/dia com 17,4% do total, sendo em 2015 de 34.177 toneladas/dia e 17,2%.
No total anual, em 2016 os aterros sanitários receberam 41.678.985 toneladas, para os
aterros controlados enviaram-se 17.269.975 toneladas e nos lixões ficaram 12.391.020
toneladas anuais.

Ano Aterros sanitários Aterros controlados Lixões

2015 116.631 (58,7%) 47.942 (24,1%) 34.177 (17,2%)

2016 114.189 (58,4%) 47.315 (24,2%) 33.948 (17,4%)

Tabela 1 – Destino final dos resíduos sólidos em 2015 e 2016. Em toneladas/dia.

Fonte – Abrelpe.

Em relação aos recursos financeiros destinados aos serviços de coleta dos resíduos
sólidos e outros serviços de limpeza urbana pelos municípios, também houve queda em todas
as regiões, com resultados negativos para o conjunto destes serviços e da gestão dos RSU.

2015 2016 2015 2016

Valor total (em Valor total (em Valor per capita Valor per capita
Região milhões/ano). milhões/ano). (em reais/mês). (em reais/mês).

Norte 685 680 3,28 3,19

Nordeste 2.152 2.120 3,17 3,10

Centro Oeste 587 582 3,17 3,10

Sudeste 5.117 5.103 4,97 4,92

Sul 1.286 1.274 3,67 3,61

Brasil 9.827 9.759 4,00 3,95

Tabela 2 – Recursos financeiros destinados à coleta de RSU em 2015 e 2016.

Fonte – Abrelpe.
2015 2016 2015 2016

Valor total (em Valor total (em Valor per capita Valor per capita
Região milhões/ano). milhões/ano). (em reais/mês). (em reais/mês).

Norte 1.044 1.032 4,98 4,85

Nordeste 3.646 3.583 5,37 5,25

Centro Oeste 623 610 3,36 3,25

Sudeste 8.247 8.048 8,01 7,77

Sul 1.524 1.494 4,34 4,23

Brasil 15.084 14.767 6,15 5,97

Tabela 3 – Recursos aplicados nos demais serviços de limpeza urbana. Disposição final dos RSU, capinas,
varrições, limpezas em geral, manutenção de parques e jardins.

Fonte – Abrelpe.

DEFINIÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE REJEITOS

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS deverá, ao lado das


definições relativas ao encerramento de lixões e bota foras, apresentar as diretrizes para a
Definição de áreas para disposição final de rejeitos. É primordial, nesta questão, a definição
sobre a adesão dos municípios à gestão associada.

A gestão associada, em conformidade com os termos da Lei Federal 11.107/2005,


permitirá uma série de vantagens aos municípios e entre elas o ganho de escala nas operações,
com a consequente redução dos custos. Estudos contratados pelo MMA revelam ser
extremamente diferenciados os custos de implantação e de operação de aterros sanitários
convencionais (NBR 13896:1997) em municípios de pequeno e grande porte. O ganho de escala
em unidades de maior porte é importante, mas também as considerações sobre distâncias de
transporte e as emissões de GEE que acontecem em uma e outra atividade.

Tem-se considerado, de uma forma geral, que o transporte direto pelos próprios veículos
coletores deva ser limitado a distâncias de 30 km, após a qual deve ser considerada a
conveniência da inclusão, em pontos regionais estratégicos, de áreas de transbordo de rejeitos
para veículos de maior capacidade de carga e menor custo unitário da tonelada por quilômetro.
Nesta situação, há regiões brasileiras em que resíduos são transportados por centenas de
quilômetros de distância.

Na medida em que a motivação primordial para a adoção do Consórcio Público é a


gestão associada de todo o processo e não exclusivamente a administração de aterros únicos, a
solução de Aterros Sanitários de Pequeno Porte – ASPP (NBR 15849:2010), limitados à
recepção de 20 toneladas diárias deve ser considerada.

O PGIRS também deverá apontar soluções ambientalmente adequadas para a disposição


final de outros rejeitos, como os da construção civil e os rejeitos de resíduos perigosos. No caso
dos resíduos da construção civil, a Resolução CONAMA 307/2002 prevê a disposição final de
rejeitos dos resíduos classe A em aterros que possibilitem o uso do espaço aterrado para alguma
função urbana e prevê os aterros de reservação, já existindo vários no país, em que o resíduo
classe A, triturável, é acondicionado temporariamente à espera de um aproveitamento futuro
(NBR 15113:2004). O Comitê Diretor e o Grupo de Sustentação definirão diretrizes,
estratégias, metas e ações para a correta solução deste conjunto de questões, do encerramento
dos lixões e bota foras ao equacionamento de cada um dos aterros necessários.

O encerramento de lixões e bota foras, deverá considerar medidas para solução de


problemas sociais com eventuais moradores desses locais e parcelas da população que vivem
da catação nesses sítios, cuidando de promover o processo de inclusão social previsto na
Política Nacional de Resíduos Sólidos. A escolha das novas áreas de disposição final adequada,
com avaliação de viabilidade técnica, econômica e ambiental deverá inferir os sítios
potencialmente viáveis a partir das análises do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (e
seu Zoneamento Urbano e Ambiental) e do Zoneamento Ambiental do Estado, de maneira a
compatibilizá-los.
A implantação de Aterro de Resíduos da Construção classe A, visando a reservação dos
resíduos para seu resgate futuro, como previsto na normativa, deverá considerar o
aproveitamento de áreas ociosas pelo esgotamento de atividades mineradoras. Muitas dessas
áreas estão mapeadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, consolidando
informações sobre direito de lavra de materiais como argila, areia, cascalho, granito e outras.
Um instrumento eficaz para identificar a disponibilidade dessas áreas na região é a realização
de “Chamamento Público”, feito para que proprietários desses sítios esgotados explicitem
interesse na sua conversão em áreas de reservação de RCC.

O PGIRS deverá também avaliar a conveniência da implantação de “Centrais de


Tratamento de Resíduos Sólidos” – integrando resíduos sólidos diversos, inertes e não inertes,
secos e úmidos, inclusive absorvendo resíduos de estações de tratamento de esgotos. Estudos
técnicos podem levar à definição de centrais com boa eficiência energética, em que resíduos
processados por biodigestão geram energia a ser aplicada em outros processos internos.

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS deverá construir as


diretrizes, estratégias, metas, programas e ações específicas para outros quesitos além dos
resíduos propriamente ditos, atendendo ao conteúdo mínimo previsto na legislação federal e às
necessidades impostas pelas peculiaridades e capacidades locais, Também nestes itens as
diretrizes estabelecerão as linhas norteadoras e as estratégias os meios para sua implementação,
definindo-se as ações e os programas para atingimento das metas eleitas, a serem
compartilhadas com os agentes pertinentes a cada setor.

ÁREAS FAVORÁVEIS PARA A DESTINAÇÃO FINAL DE REJEITOS

A Lei nº 12.305/10 distingue destinação e disposição final ambientalmente adequada de


resíduos sólidos. Segundo a norma, a disposição final corresponde à distribuição dos rejeitos
em aterros sanitários. Ou seja, a disposição no aterro sanitário somente se dará quando não há
mais possibilidade de reutilização, reciclagem ou tratamento daquele resíduo que, nesta
circunstância, torna-se rejeito.
Já a destinação final ambientalmente adequada é um conceito mais amplo e inclui todos
os possíveis destinos que um resíduo pode ter, tais como a reutilização, a reciclagem, a
compostagem, a recuperação ou outras, inclusive para o aterro sanitário, quando, não havendo
mais possibilidade de aproveitamento, o resíduo passa a ser rejeito.

Para identificação de Áreas favoráveis para a destinação final de rejeitos, ou melhor


áreas potencialmente favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos
deve ser observado o Plano Diretor do município estudado, considerando o zoneamento do
território (incluindo o zoneamento ambiental, se houver) com as especificidades para
adequação de cada área, conforme seus usos e restrições.

DEFINIÇÃO DE DISPOSIÇÃO E DESTINAÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE


ADEQUADA

Este levantamento abrange a localização das áreas e principais unidades de destinação


final de resíduos sólidos em funcionamento no Estado, identificando a superfície ocupada e tipo
de resíduo, ou, no caso de unidade de destinação final, sua capacidade instalada, situação do
licenciamento ambiental e existência de cooperação, complementaridade ou compartilhamento
de processos, equipamentos ou infraestrutura entre os municípios.

O mapeamento visa avaliar a situação atual da gestão de resíduos sob o aspecto da


destinação final. Com isso, o planejador poderá propor ações no PGIRS capazes de atender aos
dispositivos da Lei nº 12.305/10 no que se refere à destinação final ambientalmente adequada,
cujo conceito inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e outras
destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS e do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária – SU-ASA, observando normas operacionais específicas de
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos.

O levantamento inclui a avaliação dos modais de transporte presentes no estado,


inclusive com as possíveis conexões rodoviárias, ferroviárias e fluviais, apontando as realidades
existentes para uma possível movimentação dos resíduos sólidos gerados, sempre com o
objetivo de obter ganhos de escala para materiais potencialmente recicláveis e de poder utilizar
unidades compartilhadas de destinação final. Deve ser também contemplada a pesquisa da
ocorrência de indústrias de reciclagem dos diferentes tipos de resíduos.
Apresentam-se aqui as informações referentes a características dos solos, rede
hidrográfica e índices pluviométricos, condicionantes referenciais para a definição de
tecnologias e proposição de áreas para a implantação de aterros sanitários. Importante também
identificar se os locais indicados permitem ou possuem infraestrutura mínima para instalação
de serviço de fornecimento de energia, vias de acesso, abastecimento de água ou outro serviço
essencial.

ATIVIDADES PROIBIDAS NAS ÁREAS DE DISPOSIÇÃO FINAL (LEI 12.305/10


ART. 48)
A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que a gestão e o gerenciamento de
resíduos sólidos devem obedecer à seguinte ordem de prioridade:
 a minimização da geração;
 a redução;
 a triagem para manejo diferenciado;
 o reaproveitamento;
 a reciclagem dos resíduos sólidos gerados, direcionando para o aterro sanitário apenas
os rejeitos.
O modelo tecnológico adotado deve considerar a viabilidade técnica, social,
econômica e ambiental das soluções, a não precarização das condições de trabalho, a integração
de ações com a área de saúde, de educação, de meio ambiente, de desenvolvimento econômico
entre outros aspectos. Assim, consórcios que congreguem diversos municípios, com equipes
técnicas permanentes e capacitadas serão as gestoras de um conjunto de instalações tais como:
 pontos de entrega de resíduos;
 instalações de triagem;
 aterros;
 instalações para processamento e outras.
Desta forma, permitem o manejo diferenciado dos diversos tipos de resíduos gerados
no espaço urbano e o compartilhamento de diferentes instalações e equipamentos,
potencializando os investimentos para as coletas seletivas obrigatórias. O MMA incentiva a
implantação deste modelo tecnológico que prevê a erradicação de lixões e bota foras e o
gerenciamento baseado na ordem de prioridades definida na Política Nacional de Resíduos
Sólidos:
 não geração;
 redução;
 reutilização;
 reciclagem;
 tratamento;
 disposição final, preferencialmente em aterros regionais para obtenção de melhor
escala operacional.
O Estudo de Regionalização deve pré-dimensionar as instalações e sua localização
adequada para a gestão dos resíduos sólidos em cada arranjo intermunicipal, tais como:
 pontos de entrega de resíduos;
 galpões de triagem dos resíduos secos (vindos da coleta seletiva);
 compostagem de resíduos orgânicos;
 instalações de tratamento dos resíduos dos serviços de saúde;
 aterros sanitários;
 aterros de resíduos da construção civil e inertes;
 outras instalações que permitam o manejo diferenciado e integrado dos diversos tipos
de resíduos gerados na UF.
Dentre as unidades e infraestruturas para a destinação final de resíduos podem ser
citadas:
 LEV – Locais de Entrega Voluntária para Resíduos Recicláveis. Dispositivos de
recebimento de recicláveis, como contêineres ou outros;
 PEV – Pontos de Entrega Voluntária para RCC e Resíduos Volumosos, para
acumulação temporária de resíduos da coleta seletiva e resíduos com logística reversa
(conforme NBR 15.112/2004);
 Galpão de triagem de recicláveis secos;
 Unidades de valorização de orgânicos (compostagem e biodigestão);
 ATT – Áreas de Triagem, Reciclagem e Transbordo de RCC, Volumosos e resíduos
com logística reversa;
 Aterros sanitários (NBR 13.896/1997);
 ASPP – Aterro Sanitário de Pequeno Porte (NBR 15.849/2010);
 Aterros de RCC Classe A (NBR 15.113/2004).
AS LEIS AMBIENTAIS BRASILEIRAS

A legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas e avançadas do mundo.


Criada com o intuito de proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo as consequências de
ações
Essas leis ambientais definem normas e infrações e devem ser conhecidas, entendidas e
praticadas. Afinal, há um processo de mudança de comportamento na sociedade civil e no
mundo empresarial, que não está associado apenas às eventuais penalidades legais, mas à
adoção de uma postura de responsabilidade compartilhada entre todos para vencer os desafios
ambientais, que já vivenciamos.
Duas leis podem ser consideradas marcos nas questões relativas ao meio ambiente:
 Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Reordena a legislação ambiental quanto
às infrações e punições. Concede à sociedade, aos órgãos ambientais e ao Ministério
Público mecanismo para punir os infratores do meio ambiente. Destaca-se, por exemplo,
a possibilidade de penalização das pessoas jurídicas no caso de ocorrência de crimes
ambientais.
 Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e altera a
Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao gerenciamento ambiental
adequado dos resíduos sólidos. Propõe regras para o cumprimento de seus objetivos em
amplitude nacional e interpreta a responsabilidade como compartilhada entre governo,
empresas e sociedade. Na prática, define que todo resíduo deverá ser processado
apropriadamente antes da destinação final e que o infrator está sujeito a penas passivas,
inclusive, de prisão.
Outras importantes leis a serem citadas são:
 Lei 11.445/2007 - Estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico - Versa sobre
todos os setores do saneamento (drenagem urbana, abastecimento de água, esgotamento
sanitário e resíduos sólidos).
 Lei 9.985/2000 - Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
– Entre seus objetivos estão a conservação de variedades de espécies biológicas e dos
recursos genéticos, a preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais
e a promoção do desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais.
 Lei 6.766/1979 - Lei do Parcelamento do Solo Urbano – Estabelece regras para
loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a
poluição representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços.
 Lei 6.938/1981 - Institui a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente - Estipula
e define, por exemplo, que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que
causar, independente da culpa, e que o Ministério Público pode propor ações de
responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, como a obrigação de recuperar e/ou
indenizar prejuízos causados.
 Lei 7.347/1985 - Lei da Ação Civil Pública – Trata da ação civil pública de
responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio
artístico, turístico ou paisagístico, de responsabilidade do Ministério Público Brasileiro.
 . Lei 9.433/1997- Lei de Recursos Hídricos – Institui a Política e o Sistema Nacional de
Recursos Hídricos - Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor
econômico. Prevê também a criação do Sistema Nacional para a coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores
intervenientes em sua gestão.
 Lei nº 11284/2006 - Lei de Gestão de Florestas Públicas - Normatiza o sistema de gestão
florestal em áreas públicas e com a criação do órgão regulador (Serviço Florestal
Brasileiro) e do Fundo de Desenvolvimento Florestal.
 Lei 12.651/2012 - Novo Código Florestal Brasileiro – Revoga o Código Florestal
Brasileiro de 1965 e define que a proteção do meio ambiente natural é obrigação do
proprietário mediante a manutenção de espaços protegidos de propriedade privada,
divididos entre Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).

É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito Ambiental do
País, que ainda possui inúmeras outras matérias, como decretos, resoluções e atos normativos.
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam
cumpridas, como é o caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do Ministério
do Meio Ambiente.
Resolução Conama nº 307/2002
Resolução CONAMA nº 348/2004
Resolução CONAMA nº 431/2011
Resolução CONAMA nº 448/2012
Resolução CONAMA nº 469/2015
Deliberação Normativa Copam nº 74/2004.
Deliberação Normativa Copam nº155/2010.
Relação de Normas Técnicas Brasileiras (ABNT) – RCCV.
Cartilha - Plano de Gestão de Resíduos da Construção Civil.
Artigo - Panorama da Destinação dos RCC nos municípios do Estado de Minas Gerais
Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em
consórcios públicos (MMA, 2010).
Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado e, ao seguir
as normas estabelecidas pela legislação federal ou estadual, sempre é aconselhável optar pelas
mais restritivas para não correr o risco de sofrer punições.

SITES PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE PLANOS. PROJETOS,


PLANEJAMENTO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Ibama: http://www.ibama.gov.br
Ministério do Meio Ambiente: http://www.mma.gov.br/
Resoluções da Secretaria Estadual do Meio Ambiente
http://www.ambiente.sp.gov.br/legislacao/index.htm
Resoluções Conama: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm?codlegitipo=3
Código Florestal: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L4771.htm
RPPNs no Brasil: http://www.reservasdobrasil.com.br/
Instituto de Pesquisa e Estudo Florestais: http://www.ipef.br/
Informações sobre questões Rurais: http://www.ruralnews.com.br/
Informações Ambientais – Guia Ecológico: http://www.guiaecologico.com.br/
Leis sobre Vigilância Sanitária: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/home.php
Licenciamento Ambiental
http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/cetesb/cetesb.asp
http://www.ibama.gov.br/licenciamento
Fauna Brasileira: http://www.ibama.gov.br/fauna-silvestre/a-fauna/
Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais - DEPRN
http://www.ambiente.sp.gov.br/deprn/deprn.htm
Outorgas de Água
Departamento de Água e Energia Elétrica – DAEE
http://www.daee.sp.gov.br/cgi-bin/principal.exe/index
Adolfo Lutz - Análises de Água: http://www.ial.sp.gov.br/
Parecer de viabilidade
Departamento do Uso do Solo Metropolitano - DUSM
http://www.ambiente.sp.gov.br/cprn/dusm.htm
Secretaria Estadual do Meio Ambiente: http://www.ambiente.sp.gov.br
Salas Verdes: http://www.salasverdes.cjb.net
Edições IBAMA: http://www.ibama.gov.br/edicoes/site/paginas
Revista Ambiente e Educação (do mestrado em EA da FURG)
http://www.educacaoambiental.furg.br/revista/revimped.htm
Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental da FURG
http://www.remea.furg.br/
Revista Iberoamericana de Educação
http://www.campus-oei.org/oeivirt/rie11.htm
Revista Brasileira de Educação Ambiental – REVBEA: http://cgi.ufmt.br/remtea/revbea
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental: http://cgi.ufmt.br/gpea/link_revper.htm
Revue ERE: http://www.unites.uqam.ca/ERE-UQAM/REVUE/
Tópicos en Educación Ambiental: http://www.acude.udg.mx/publicaciones/09-topicos.htm
Boletim REBEA: http://www.rebea.org.br/lboletim.php
Ciclos Revista de Educación Ambiental: http://www.revistaciclos.com/
Revista Educación Ambiental
http://www.conama.cl/certificacion/1142/propertyvalue-12333.html
Canadian Journal of Environmental Education:
http://www.uleth.ca/edu/research/ictrd/cjee/
ENDEREÇOS DO IBAMA NACIONAL E SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Sede: Av. L4 Norte, Ibama Edifício Sede Brasília-DF CEP: 70800200
Telefone: (061) 3161212
Internet: www.ibama.gov.br
Linha Verde é um canal direto com o cidadão e funciona 24 horas, através do telefone gratuito
0800618080 e pela Internet: linhaverde@ibama.gov.br
Superintendências Estaduais
ACRE
Rua Veterano Manoel de Barros, 320 Conj L. Jd. Nazier CEP 69.907150 Rio Branco/ AC
Fax : (068) 2263211 (068) 2263212
http://www.seiam.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=543&Itemid=10
7
ALAGOAS
Avenida Fernandes Lima, nº 4023 Farol Cep 57.057.000 Maceió/ AL
FAX (082) 2411912 (082) 2411912 2411600
http://www.ima.al.gov.br/legislacao
AMAPÁ
Rua Hamilton Silva, nº 1570 Santa Rita CEP 68.902010 Macapá/ AP
(096) 2411119 096 2232099
AMAZONAS
BR 319, km 01 Rua Ministro João Gonçalves de Souza s/n Distrito Industrial CEP 69.075830
Manaus/AM
FAX (092) 2375177 (092) 2375177
http://www.ipaam.br/legislacao.html
BAHIA
Avenida Juracy Magalhães Junior nº 608 Rio Vermelho CEP 41.940060 Salvador/ BA
FAX (071) 2407913 (071) 2407913
www.seia.ba.gov.br/legislacao
CRA - www.seia.ba.gov.br/licenciamento
CEARÁ
Rua Visconde do Rio Branco, nº 3900 Tauapé CEP 60.055172 Fortaleza/CE
FAX (085) 227.9081 (085) 2279081
www.semace.ce.gov.br/biblioteca/legislacao/indefault.asp
SEMACE - www.semace.ce.gov.br/servicos/calculo/index.asp
DISTRITO FEDERAL
SAS Quadra 05 Lote 05 Bloco H 1º andar CEP 70.070000 Brasília/DF
FAX (061) 2316964 (061) 2251686
http://www.ibram.df.gov.br
ESPÍRITO SANTO
Avenida Marechal Mascarenhas de Morais Nº 2487 Bento Ferreira CEP 29.052121 Vitória/ES
FAX (027) 3241837 (027) 3241811
http://www.iema.es.gov.br/default.asp
GOIÁS
Rua 229, nº 95, Cx. Postal nº 1005 Setor Universitário CEP 74.605090
Goiânia/GO
FAX (062) 2255035 (062) 2242608
http://www3.agenciaambiental.go.gov.br/site/legislacao/estadual.php
AGMA - www.agenciaambiental.go.gov.br/licenciamentos/atividades.php
MARANHÃO
Avenida Jaime Tavares nº 25 Centro CEP 65.025470 São Luís/MA
FAX (098) 2314332 (098) 2313070
http://www.sema.ma.gov.br/portal/portaloo?id23
MATO GROSSO
Avenida Principal do C. Político Administrativo CEP 78.000 Cuiabá/MT
FAX (065) 6441533 (065) 6441511
http://www.sema.mt.gov.br/atos_normativos/atos_normativos.aspx
MATO GROSSO DO SUL
Rua 13 de Maio, nº 2967 CEP 79.002251 Campo Grande/MS
FAX (067) 7258987 (067) 3822966
MINAS GERAIS
Avenida do Contorno nº 8121 Cidade Jardim CEP 30.110120 Belo Horizonte/MG
FAX (031)3359955 (031) 3372624
www.siam.mg.gov.br/sla www.ief.mg.gov.br/legislacao/portarias.htm
FEAM - www.feam.br/principal/DN74/index.htm
www.feam.br/Normas_Ambientais
PARÁ
Avenida Conselheiro Furtado, nº 1303 CEP 66.035350
Belém/ PA
FAX (091) 2231299 (091) 2412621
http://www.sectam.pa.gov.br/legislacao_estadual.php
PARAÍBA
Avenida D. Pedro II, 3284, Mata do Buraquinho CEP 58.040440
João Pessoa/PB
FAX (083) 2244849 (083) 2246388
www.semarh.pb.gov.br/legislacao%20ambiental/indice.php
SUDEMA - www.sudema.pb.gov.br/servicos_licencas.shtml
PARANÁ
Rua Brigadeiro Franco, nº 1733 CEP 80.420200 Curitiba/ PR
FAX (041) 2257588 (041) 2223029
www.pr.gov.br/meioambiente/legislacao.shtml
IAP - www.pr.gov.br/meioambiente/iap/ctr_licenca.shtml
PERNAMBUCO
Avenida 17 de agosto, 1057 Casa Forte CEP 52.060590 Recife/PE
FAX (081) 4415033 (081)4412532
http://www.cprh.pe.gov.br/frme-index-secao.asp?idsecao=36
PIAUÍ
Avenida Homero C. Branco 2240 Jockey Club CEP 64.048400 Terezina/PI
FAX (086) 2332599 (086) 2332599
http://www.semar.pi.gov.br/listarLeis.php?codSecao=20
RIO DE JANEIRO
Praça XV de Novembro nº 42, 8º andar, Centro CEP 20.010010 Rio de Janeiro/RJ
FAX (021) 2246190 (021) 2246214
http://www.feema.rj.gov.br/legislacao.asp
RIO GRANDE DO NORTE
Avenida Alexandrino de Alencar, nº 1399 Tirol CEP 59015350 Natal/RN
FAX (084) 2214194 (084) 2212956
http://www.rn.gov.br/secretarias/idema/legislacao.asp
RIO GRANDE DO SUL
Rua Miguel Teixeira, nº 126, Cidade Baixa CEP 90.050250 Porto Alegre/RS
FAX (051) 2266392 (051) 2287290
www.fepam.rs.gov.br/legislacao/legislacao.asp
FEPAM - www.fepam.rs.gov.br/perguntas/pergunta_detalhe.asp
RONDÔNIA
Avenida Jorge Teixeira, nº 3477 Costa e Silva CEP 78904320 Porto Velho/RO
FAX (069) 2218021 (069) 2233607
http://pesquisa.rondonia.ro.gov.br/
RORAIMA
Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes nº 1332 Mecejana CEP 69.304060 Boa Vista/RR
FAX (095) 2244847 (095) 2244011
http://www.femact.rr.gov.br/legislacao.html
SANTA CATARINA
Avenida Mauro Ramos nº 187 Centro CEP 88020301 Florianópolis/SC
FAX (0482) 2246077 R 28 (048) 2246077
http://www.fatma.sc.gov.br/pesquisa/PesquisaDocumentos.asp
SÃO PAULO
Alameda Tietê, nº 637 Cerqueira Cesar CEP 701.417 São Paulo/SP
FAX( 011) 8818599 (011) 8818599
http://www.ambiente.sp.gov.br/legislacao/estadual/decretos/2004_Dec_Est_48523.pdf
SERGIPE
Avenida Rio Branco, 186 Ed. Oviedo Teixeira 5º andar CEP 49.010 Aracaju/ SE
FAX (079) 2111699 (079) 2111699
http://www.sema.se.gov.br/HomePages/HPPadraoSema.nsf/
afbba48c0a268a2b0325685e0067c3fe/9034908e3a58bd61032570ca00446c2f!OpenDocument
TOCANTINS
ACNE 01 Conjunto 03, lote 20 CEP 77.054970 Palmas/TO
FAX (063) 2152645 (063) 2151873
Obs: lembramos que os sites podem ser modificados, bem como os respectivos endereços.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
1ª REGIÃO/DISTRITO FEDERAL
ENDEREÇO: SAS Q.5 LOTE 8 BLOCO “E” CEP: 70070000
Brasília/DF TELEFONE: ( 061 ) 317.4500 FAX: ( 061 ) 317.4697
2ª REGIÃO/RIO DE JANEIRO
ENDEREÇO: Rua Uruguaiana , nº 174, 14º andar Centro (Protocolo) CEP: 20050900 Rio de
Janeiro/RJ
TELEFONE: ( 021 ) 211.0700
FAX: (021) 211.0780
FAX/Bibliot: (021) 211.0782
3ª REGIÃO/SÃO PAULO
ENDEREÇO: Rua Peixoto Gomide, nº 1038, Cerqueira César CEP: 01409000 São Paulo/SP
TELEFONE: ( 011 ) 281.8800 FAX: ( 011 ) 281.8894
4ª REGIÃO/RIO GRANDE DO SUL
ENDEREÇO: Rua Sete de Setembro, nº 1.133 Centro CEP: 90010191
Porto Alegre/RS
TELEFONE: ( 051 ) 225.2311
FAX: ( 051 ) 225.5555
5ª REGIÃO/PERNAMBUCO
ENDEREÇO: Praça Visconde de Mauá, s/nº, Ed. Rosa III, Bairro São José ( Anexo à Estação
Central do Metrô ) CEP: 50020100
Recife/PE
TELEFONE: ( 081 ) 424.5300
FAX: ( 081 ) 424.5236
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