Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ATERROS
1
Caro(a) aluno(a),
Dispensem tempo específico para a leitura deste material, produzido com muita
dedicação pelos Doutores, Mestres e Especialistas que compõem a equipe
docente da Faculdade Anísio Teixeira (FAT).
Leia com atenção os conteúdos aqui abordados, pois eles nortearão o princípio
de suas ideias, que se iniciam com um intenso processo de reflexão, análise e
síntese dos saberes.
Atenciosamente,
Setor Pedagógico
2
SUMÁRIO
ACONDICIONAMENTO .................................................................................................. 40
COLETA ................................................................................................................................. 42
RECICLAGEM .................................................................................................................. 45
LIXÃO ..................................................................................................................................... 67
[...] que os seres humanos irão adicionar quinze milhões de toneladas de carbono na
atmosfera, destruirão cento e quinze mil metros quadrados de floresta tropical, criarão
setenta e dois mil metros quadrado de deserto, eliminarão entre quarenta a cinquenta
espécies, causarão a erosão de setenta e um milhões de toneladas de solo, adicionarão
duzentos e setenta toneladas de CFC’s à estratosfera, e aumentarão sua população em
duzentos e sessenta e três mil pessoas. Ontem, hoje e amanhã (ORR apud GRÜN,
2012, p. 90).
Contudo, nem sempre foi assim, pois de acordo com estudos e pesquisas de CARLOS
VIEIRA SPILLMANN (20181) o homem primitivo apresentava uma relação simbiótica com o
seu habitat, retirando da natureza o que necessitava para suas funções vitais, devolvendo os
resíduos gerados em seu metabolismo interno, possibilitando à própria natureza restabelecer o
equilíbrio. Sua produção se baseava em material orgânico, restos de comida que eram
facilmente degradados e reabsorvidos pela natureza. Ou seja, bem diferente de hoje.
Todavia, como sabemos, tudo mudou, pois, com a criação das cidades, cujos primeiros
exemplares de que se tem notícia apareceram na Mesopotâmia, e a partir do momento em que
as populações cresciam e se fixavam em determinadas regiões, os problemas relacionados à
questão sanitária e, principalmente, ao manejo dos resíduos sólidos urbanos começaram a
aparecer e serem sentidos por essas comunidades, conforme SPILLMANN (2018).
As cidades precisavam ser cercadas por muralhas que, ao mesmo tempo, serviam de
proteção aos inimigos e separavam a população dos seus resíduos.
Durante alguns milhares de anos o ser humano se dedicou a esta vida, diferente, mas
ainda harmoniosa com a natureza. Seus aglomerados urbanos não eram dotados de
muitos elementos estranhos ao meio circundante, as moradias eram simples e sem
maiores necessidades e as atividades humanas representavam uma intervenção
mínima no equilíbrio ambiental [...]. Se existia uma maior substituição de vegetação
nativa por áreas cultivadas, mais concentração de lixo e dejetos e mais exploração
continuada dos recursos naturais nas mesmas áreas, é certo que a natureza sempre teve
uma capacidade inacreditável de se adaptar às situações adversas que lhe são impostas
(TRENNEPOHL; TRENNEPOHL, 2013, p. 03).
Devido ao hábito dos moradores dos centros urbanos de disporem seu lixo nas ruas e
ruelas, terrenos baldios e outros logradouros, metade da população da Europa foi dizimada no
século XIV pela Peste Bubônica ou Peste Negra, causada pela pulga dos ratos que proliferavam
nesses aglomerados populacionais. Causada pela abundância de comida, os ratos se
multiplicavam e constituíam um vetor contaminante de populações inteiras, chegando a causar
milhões de mortes, conforme SPILLMANN (2018).
Nesse sentido, CURT e TERENCE TRENNEPOHL (2013, p. 04) afirmam que, na atual
conjuntura em que vive a raça humana, a preocupação predominante não gira apenas em torno
de salvar e preservar uma determinada espécie ameaçada de extinção, mas em salvar e preservar
a existência da espécie dominante, qual seja, a espécie humana. Salientam os autores que é o
homo sapiens que se localiza na linha da ameaça, necessitando, com seu raciocínio e trabalho,
reverter esse quadro de destruição em que se encontra o seu único e possível habitat.
Em sendo, JOSÉ RENATO NALINI (2010) afirma que ao homem incumbe o dever de
preservar o planeta, cuidar de seus ecossistemas, bem como de seus componentes – a biota e o
biótopo –, cabendo ao homem ser o senhor da terra e não se transformar em um terricida ou
destruidor do planeta. Esclarece o autor que o ser humano compreendeu mal o mandamento
divino (BÍBLIA, Gêneses, Capítulo 1, versículos de 26 a 30), pois o domínio sobre a Terra e
sobre todas as criaturas nela existentes não significa, necessariamente, destruí-la ou exterminá-
la (NALINI, 2010, p. 01).
Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o meio ambiente,
podendo causar a contaminação do solo no local do despejo ou até mesmo de grandes áreas
caso entrem em contato com algum riacho ou até mesmo algum lençol freático. Esse tipo de
material perigoso requer um sistema de coleta, classificação, tratamento e descarte adequado e
rigoroso. Podemos citar como exemplos as pilhas e baterias de telefones e equipamentos
eletrônicos que são formados por compostos químicos com alta capacidade de poluição e
toxicidade para o solo e a água, os quais são também extremamente tóxicos aos seres humanos
e animais. Esse tipo de material deve ser tratado com muita cautela durante os processos de
coleta seletiva, uma vez que hoje existem postos de coleta e de depósito desses tipos de
materiais, onde as pessoas podem descartá-los, para que depois possam ser coletados por
empresas especializadas na sua destinação.
CEMPRE (2012), mostra que, para se obter um gerenciamento integrado de resíduos,
é necessário fazer a coleta na cidade ou município com um sistema de coleta e transporte
eficiente e adequado, que possa atender a todos os bairros, fornecendo destino final ao resíduo
sólido de forma segura. Para isso, faz-se necessário o uso de tecnologias modernas e um modelo
de gestão de resíduos sólidos urbanos adequado a cada cidade.
Porém, a implantação de coleta seletiva eficiente, com atendimento a toda população
do município, é essencial para erradicação dos lixões e, ainda, podendo ter como principais
aliados os catadores, os quais são de suma importância para a reciclagem. A realidade dos
catadores tem mudado com os impactos ambientais e, assim, vem ganhando prestígio desde o
século XX, pelo fato de solucionar ou amenizarem alguns problemas relacionados, direta ou
indiretamente com o resíduo sólido (CEMPRE, 2010).
Dentre os problemas citados, vários estudos têm mostrado que a exposição e o contato
do ser humano com ambiente contaminado têm elevado os danos à saúde da população. Devido
à essa problemática nos anos atuais, grandes discussões vêm sendo observadas (ASMUS et al.,
2008), além de desenvolver um aumento no interesse da população pelas questões ambientais
no que diz respeito à melhor qualidade de vida (FERNANDES et al., 2007).
No entanto, boa parte dos resíduos gerados, atualmente, não possui destinação
sanitária, ambientalmente adequada. Embora existam progressos nos últimos anos no Brasil
(ABRELPE, 2017), ainda nos deparamos com formas inadequadas e ilegais de acomodação de
RSU’s, principalmente, em cidade no interior dos estados brasileiros, com justificativas que
permeiam as condições econômico-financeiras das comunas, falta de operadores capacitados e
habilitados, etc. Persistindo, os lixões ou vazadouros, que resultam da simples descarga do lixo
a céu aberto, sem levar em consideração: a percolação dos líquidos derivados da decomposição
do lixo, a liberação de gases para a atmosfera e a proliferação de vetores como: insetos, roedores
e outros animais que podem transmitir doenças ao homem (MUÑOZ, 2012).
Pode haver também a emissão de particulados e outros poluentes atmosféricos,
relacionados com a combustão do lixo ao ar livre – prática recorrente, em nossos municípios -
ou pela incineração de dejetos sem o uso de equipamentos de controle adequados. De modo
geral, os impactos dessa degradação estendem-se para além das áreas de disposição final dos
resíduos, afetando toda a população, (GOUVEIA, 2012), especialmente, aquelas do entorno das
áreas de disposição final, sobretudo por falta de gerenciamento dos resíduos sólidos
adequadamente. Conforme a Lei nº 12.305, art. 30, Inc. X,
[...] gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação
final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos,
exigidos na forma desta Lei (BRASIL. Lei 12.305, 2010).
Por outro lado, segundo RATTNER (2009), a degradação ambiental vem sendo
contínua por quantidades significativas de resíduos e dejetos industriais, lançamento de esgoto
in natura nos rios e lagos e, tem causado grandes impactos como eutrofização, prejudicando a
fauna, flora e sociedades.
Segundo MONTEIRO et al (2001), em consonância com a NBR 10.004/87, os
resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com suas características físicas, químicas e
biológicas.
Em sendo, para alguns autores como LIPOR (2010) “a caracterização dos resíduos
constitui importante instrumento de gestão, devendo ser, em cada caso, adaptada e ajustada aos
objetivos gerais e/ou específicos a que pretende dar reposta.” (p. 12).
Nesse sentido, quanto às características físicas os resíduos sólidos podem ser
classificados, segundo a NBR 10.004 da ABNT (2004), em:
geração per capita que relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada diariamente
e o número de habitantes de determinada região. Muitos técnicos consideram de 0,5 a
0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil;
composição gravimétrica que traduz o percentual de cada componente em relação ao
peso total da amostra de lixo analisada;
peso específico aparente que é o peso do lixo solto em função do volume ocupado
livremente, sem qualquer compactação, expresso em kg/m3. Sua determinação é
fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações. Na ausência de
dados mais precisos, podem-se utilizar os valores de 230kg/m3 para o peso específico
do lixo domiciliar, de 280kg/m3 para o peso específico dos resíduos de serviços de saúde
e de 1.300kg/m3 para o peso específico de entulho de obras;
teor de umidade que representa a quantidade de água presente no lixo, medida em
percentual do seu peso. Este parâmetro se altera em função das estações do ano e da
incidência de chuvas, podendo-se estimar um teor de umidade variando em torno de 40
a 60% e;
compressividade que é o grau de compactação ou a redução do volume que uma massa
de lixo pode sofrer quando compactada. Submetido a uma pressão de 4kg/cm², o volume
do lixo pode ser reduzido de um terço (1/3) a um quarto (1/4) do seu volume original.
É necessário que nos preocupemos com esses impactos e saibamos que o manejo
adequado dos resíduos é uma importante estratégia de preservação do ambiente natural, assim
como de promoção e proteção à saúde. Dessa forma, é necessário obter-se, através da
organização da sociedade, uma gestão adequada dos RSU’s no meio ambiente, discussão de
caminhos para o enfrentamento dessa questão e a implantação de alternativas que minimizem
os seus impactos (GOUVEIA, 2012).
TRATAMENTO MECÂNICO
No tratamento mecânico são realizados processos físicos geralmente no intuito de
separar (usinas de triagem) ou alterar (reciclagem) o tamanho físico dos resíduos. Neste
processo não ocorrem reações químicas entre os componentes como nos muitos casos do
tratamento térmico.
Os maiores exemplos de tratamento mecânico de resíduos são encontrados no setor de
reciclagem. Muitas vezes, os processos de reciclagem de produtos são divididos em várias
etapas que agem de maneira interdependente. Em alguns casos como na reciclagem de resíduos
eletrônicos, os processos mecânicos costumam ser complexos.
A reciclagem de resíduos sólidos da construção civil é uma forma mais simples de
tratamento mecânico que exige o uso de equipamentos grandes com alto consumo de energia
elétrica.
De uma forma geral, podemos classificar as formas de tratamento mecânico de
resíduos de acordo com sua finalidade. Vejamos alguns exemplos abaixo:
Diminuição do tamanho das partículas: Quebra, trituração, moinhos, …
Aumento do tamanho das partículas: aglomeração, briquetagem, peletagem, …
Separação da fração física: Classificação
Separação pelo tipo de substância
Mistura de substâncias: extrusão, compactação, …
Separação de fases físicas: sedimentação, decantação, filtração, centrifugação,
floculação, …;
Mudança de estados físicos: condensação, evaporação, sublimação, …;
TRATAMENTO BIOQUÍMICO
O tratamento bioquímico ocorre através da ação de grupos de seres vivos, (em sua
maioria micro-organismos como bactérias e fungos, mas também organismos maiores como
lesmas e minhocas), que ao se alimentarem dos resíduos, quebram suas moléculas grandes
transformando-as em uma mistura de substâncias e moléculas menores. Dependendo de alguns
fatores como, por exemplo, a temperatura, pressão e acidez dessa mistura de substâncias
(moléculas), as substâncias resultantes desse processo podem reagir entre si quimicamente,
caracterizando assim o processo bioquímico. Em alguns casos só ocorre o processo biológico,
em outros somente o químico. Isso vai depender da tecnologia e metodologia utilizada.
Os processos de tratamentos bioquímicos mais conhecidos são:
Biodigestão: decomposição da matéria orgânica na ausência de oxigênio nos chamados
Biodigestores ou Centrais de Biogás.
Quanto maior a variedade de matérias existentes em uma compostagem, maior vai ser
a variedade de microrganismos atuantes no solo.
Para iniciantes, a regra básica da compostagem é feita por duas partes, uma animal e
uma parte de resíduos vegetais.
Os materiais mais utilizados na compostagem são: cinzas, penas, lixo doméstico,
aparas de grama, rocha moída e conchas, feno ou palha, podas de arbustos e cerca viva, resíduos
de cervejaria, folhas, resíduos de couro, jornais, turfa, acículas de pinheiro, serragem, algas
marinhas e ervas daninhas. Veja:
Etapas da Decomposição
Primeira fase
Normalmente denominada decomposição: ocorre a decomposição da matéria orgânica
facilmente degradável, como por exemplo, carboidratos.
A temperatura pode chegar a 65-70ºC. Nesta temperatura, durante um período de cerca
de 15 dias, é possível eliminar as bactérias patogênicas, como por exemplo, as salmonelas,
ervas.
Inclusive as daninhas, ovos de parasitas, larvas de insetos etc.
Esta fase demora de 10 a 15 dias. É comum colocar sobre o material uma camada de
cerca de 10-30 cm de composto maduro para manter o equilíbrio interno do material (sem perda
de calor e umidade).
Nesta faze, proteínas, aminoácidos, lipídios e carboidratos são rapidamente
decompostos em água, gás carbônico e nutrientes (compostos de nitrogênio, fósforo, etc.) pelos
microrganismos, liberando calor.
Temperaturas acima de 75º indicam condições inadequadas e podem causar a produção
de odores, devendo ser evitadas. Nesta temperatura, ocorrem reações químicas no processo e
não mais ação biológica por microrganismos termófilo.
Segunda fase
A fase de semimaturação: os participantes frequentes desta fase são as bactérias,
actinomicetos e fungos. A temperatura fica na faixa de 45 - 30ºC e o tempo pode variar de 2 a
4 meses.
Terceira fase
A fase de maturação/humificação: nesta fase, celulose e lignina são transformados em
substâncias húmicas, que caracterizam o composto, pelos pequenos animais do solo como, por
exemplo, às minhocas. A temperatura cai na faixa de 25-30ºC.
O húmus (composto) é um tipo de matéria orgânica mais resistente à decomposição
pelos microrganismos. No solo, as substâncias húmicas vão sendo lentamente decompostas
pelos microrganismos e liberando nutrientes que são utilizados pelas raízes das plantas.
Uso do Composto
O composto é usado em solo como corretivo orgânico, principalmente de solos argilosos
e arenosos, pobres em matéria orgânica.
A matéria orgânica deixa o solo mais fofo e leve, possibilitando que as raízes utilizem
a água e os nutrientes mais facilmente. Aplicando o composto uma ou duas vezes por ano, a
produtividade do solo aumenta.
Em face aos mais diversos benefícios vinculados ao processo de compostagem, é
possível elencar, principalmente, as seguintes aplicações:
I. fornecimento de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes que podem beneficiar as
características física, química e biológica do solo (PRIMAVESI, 1979; RAIJ VAN, 1998;
KIEHL, 1998; CASADO-VELA et al., 2006; ABREU JUNIOR et al., 2010);
II. tecnologia de baixo custo que, reduz a destinação de resíduos para aterro sanitário, com
consequente economia dos custos de aterro sanitário e aumento de sua vida útil (ALVES,
2005);
III. geração de baixas quantidades de metano em comparação à disposição em aterro (BARTON
et al., 2008);
IV. permissão e regulamentação normativa para comercialização de fertilizante orgânico pela
legislação brasileira (BRASIL, 1980; ABREU JUNIOR et al., 2010);
V. possibilita uma relação mais harmoniosa entre a área produtora de alimentos (zona rural) e
área consumidora de alimentos (zona urbana), e estimula um fluxo energético mais
sustentável (ODUM, 1983);
VI. geração de um nicho de mercado e, consequentemente, oportunidade de trabalho e renda
para o momento da coleta do resíduo orgânico, transporte, processo de compostagem
(suporte operacional e técnico) e comercialização do composto.
Apesar de sanáveis, existem algumas desvantagens deste sistema, que precisam ser
citadas:
I- a qualidade do produto final é totalmente dependente da qualidade da matéria-prima
de origem, assim, os resíduos urbanos altamente contaminados produzirão um
composto com elevados teores de metais pesados (BERTON e NOGUEIRA, 2010);
II- o inadequado manejo do processo de compostagem pode gerar sítios de anaerobiose,
que, devido a sua população microbiológica particular produz emissão de metano,
propicia odor e acarreta em poluição atmosférica (THOMPSON et al., 2014);
III- o manejo incorreto do composto de resíduo orgânico urbano pode acarretar em
salinização; contaminação do lençol freático por lixiviação do nitrato e redução da
condutividade hidráulica do solo (ABREU JUNIOR et al., 2010).
Usinas de Compostagem
Consiste de máquinas e equipamentos que permitem a decomposição biológica dos
materiais orgânicos contidos no lixo, resultando num produto estável, útil, como
recondicionador do solo agrícola, chamado composto orgânico.
No Brasil, o beneficiamento do lixo é um processo que teve início há cerca de 50 anos,
e vem se tornando um aliado muito importante na gestão do Sistema de Limpeza Urbana
(PONTES; CARDOSO, 2006). Esses autores destacaram a importância de se conhecer o
processo de uma Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo (URCL) e seu comportamento.
Compilamos a sequência do funcionamento de uma URCL inserida no Sistema Integrado de
Resíduos Sólidos a qual se apresenta a seguir:
(1) Geração (Lixo em geral);
(2) Coleta Domiciliar;
(3) Tratamento (URCL), (Separação de materiais).
Após esse processo temos:
(a) Material Reciclável, (Para reaproveitamento);
(b) Compostagem, (Para utilização em adubação);
(c) Rejeitos e Descartes Finais, (Para aterros sanitários).
Alguns empreendimentos fazem uso das duas tecnologias em uma única central.
Confira no exemplo abaixo:
Ex.: Tratamento de Resíduos Sólidos Orgânicos em Ypres na Bélgica – Sistema
integrado de Biodigestor e Usina de compostagem.
Incineração
A incineração é um processo de decomposição térmica, onde há redução de peso, do
volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a consequente eliminação da
matéria orgânica e características de patogenicidade (capacidade de transmissão de doenças)
através da combustão controlada. A redução de volume é geralmente superior a 90% e em peso,
superior a 75%.
Para a garantia do meio ambiente a combustão tem que ser continuamente controlada.
Com o volume atual dos resíduos industriais perigosos e o efeito nefasto quanto à sua disposição
incorreto com resultados danosos à saúde humana e ao meio ambiente, é necessário todo
cuidado no acondicionamento, na coleta, no transporte, no armazenamento, tratamento e
disposição desses materiais.
Segundo a ABETRE (Associação Brasileira de Empresas de Tratamento, Recuperação
e Disposição de Resíduos Especiais) no Brasil, são 2,9 milhões de toneladas de resíduos
industriais perigosos produzidos a cada 12 meses e apenas 600 mil são dispostas de modo
apropriado. Do resíduo industrial tratado, 16% vão para aterros, 1% é incinerado e os 5%
restantes são co-processados, ou seja, transformam-se, por meio de queima, em parte da
matéria-prima utilizada na fabricação de cimento.
O extraordinário volume de resíduo não tratado segue para lixões, conduta que acaba
provocando acidentes ambientais bastante graves, além dos problemas de saúde pública. Os 2
milhões de resíduos industriais jogados em lixões significam futuras contaminações e agressões
ao meio ambiente, comenta Carlos Fernandes, presidente da Abetre. No Estado de São Paulo,
por exemplo, já existem, hoje, 184 áreas contaminadas e outras 277 estão sob suspeita de
contaminação.
A recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) realizada pelo IBGE
colheu dados alarmantes quanto ao destino das 4.000 toneladas de resíduos produzidos pelos
serviços de saúde, coletadas diariamente e provenientes dos 5.507 municípios brasileiros.
Apenas 14% das prefeituras pesquisadas afirmaram tratar do lixo de saúde de forma adequada.
Este tipo de lixo “é um reservatório de microrganismos potencialmente perigosos, afirma
documento da OMS (Organização Mundial da Saúde)”.
Para os resíduos de saúde classificados como patogênicos, por exemplo, uma das
alternativas consideradas adequadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é a
incineração. A redução de passivos ambientais constituídos por resíduos perigosos tem
encontrado na incineração em alta temperatura, a melhor técnica disponível e mais segura,
confirma engenheiro químico de uma empresa.
No Brasil, a destruição de resíduos pela via do tratamento térmico pode contar com os
incineradores industriais e com o co-processamento em fornos de produção de clinquer
(cimenteiras). A Resolução Conama 264/99 não permite que os resíduos domiciliares brutos e
certos resíduos perigosos venham a ser processados em cimenteiras, tais como os provenientes
dos serviços de saúde, os rejeitos radioativos, os explosivos, os organoclorados, os agrotóxicos
e afins.
Recentemente o Greenpeace (organização não-governamental ambientalista) criticou
a nova proposta para a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) apresentada à Comissão
Especial de Resíduos Sólidos da Câmara Federal pelo seu relator deputado federal Emerson
Kapaz (PPS-SP). A entidade reclama que no documento, a incineração e o co-processamento
em fornos de cimento são apresentados como as principais políticas para a redução de resíduos.
Segundo avaliação do Greenpeace estes métodos são prejudiciais à saúde humana, pois
despejam substâncias tóxicas no meio ambiente, causando severos danos. Mas, um estudo da
ABLP - Associação Brasileira de Limpeza Pública mostra que os sistemas modernos de
incineração de lixo são dotados de sistemas computadorizados de controle contínuo das
variáveis de combustão, tanto na câmara primária quanto na de pós-combustão, bem como, nas
demais etapas de depuração de gases e geração de energia.
Para os estudiosos, o processo de incineração no Brasil, ganhou o conceito de poluidor,
nocivo à saúde e prejudicial ao meio ambiente devido ao uso de equipamentos já obsoletos ou
à operação e manutenção inadequadas. “Sob vários aspectos, a incineração constitui o processo
mais adequado para a solução ambientalmente segura e problemas de disposição final de
resíduos”.
A entidade ambientalista alega também que em diversos países a incineração tem sido
preterida, porém, o trabalho da ABPL, diz que em países como Alemanha, Japão, Suíça e EUA,
por exemplo, muitas plantas foram construídas recentemente, além do que outras estão em
construção, principalmente para a geração de energia. Esta reversão se deu principalmente nos
últimos anos com o avanço das tecnologias de depuração de gases e dos controles “on line”,
por computador, de todas as emissões gasosas e líquidas. Nestes últimos anos, a maioria das
instalações de tratamento de gases, das principais plantas naqueles países foi substituída e hoje
atendem às exigentes normas de proteção ambiental.
Atualmente, segundo trabalho da ABLP, o tratamento de gases é ainda mais
sofisticado, perseguindo a meta de emissão zero. Crescem os sistemas para a remoção de outros
poluentes como NOx, dioxinas e furanos, além do aparecimento das tecnologias avançadas de
tratamento para a produção de resíduos finais inertes, que podem ser reciclados ou dispostos
sem nenhum problema para o meio ambiente, tal como o uso do plasma térmico.
Vários processos estão se sofisticando atualmente no pré-tratamento do lixo, anterior
à incineração, para aumentar a sua homogeneização, baixar a umidade e melhorar o poder
calorífico, de tal forma a transformá-lo em um combustível de qualidade para a máxima geração
de energia. Sofisticam-se também os processos de combustão com o aumento dos sistemas de
turbilhonamento, secagem, ignição e controle da combustão.
Para que um resíduo chegue a ser incinerado é necessário que ele esteja apto a ser
transportado e esteja devidamente caracterizado, física, química e físico-quimicamente. Há uma
série de atividades preliminares que podem ser desempenhadas ou pelo gerador ou pelo
prestador de serviço de incineração ou por um terceiro, preposto credenciado de um dos dois.
RECICLAGEM
A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima
secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro. Reciclar é economizar energia, poupar
recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A palavra reciclagem
foi introduzida ao vocabulário internacional no final da década de 80, quando foi constatado
que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis estavam e estão se esgotando.
Reciclar significa = Re (repetir) + Cycle (ciclo).
Para compreendermos a reciclagem, é importante "reciclarmos" o conceito que temos
de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. O primeiro
passo é perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele
pode ser separado de diversas maneiras, sendo a mais simples separar o lixo orgânico do
inorgânico (lixo molhado/ lixo seco).
Na natureza nada se perde. Seres vivos chamados decompositores "comem" material
sem vida ou em decomposição. Eles dividem a matéria para que ela possa ser reciclada e usada
de novo. Esse é o chamado material biodegradável. Quando um animal morre, ele é reciclado
pela natureza. Quando um material é dividido em pequenas peças, as bactérias e fungos, os mais
importantes decompositores, já podem trabalhar.
A decomposição aeróbia é mais completa que a anaeróbia por gerar gás carbônico, vapor
de água e os sais minerais, substâncias indispensáveis ao crescimento de todos os vegetais, o
qual gera o húmus, ótimo adubo para o solo.
No processo anaeróbio, são gerados os gases (metano e sulfídrico), que causam um odor
desagradável; a decomposição anaeróbia produz um líquido escuro denominado chorume
(líquido com grande quantidade de poluentes) encontrado normalmente no fundo das latas de
lixo. Este chorume é o principal causador da contaminação dos rios e do lençol freático.
A reciclagem traz os seguintes benefícios:
Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar;
Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;
Prolonga a vida útil de aterros sanitários;
Melhora a produção de compostos orgânicos;
Gera empregos para a população não qualificada;
Gera receita com a comercialização dos recicláveis;
Estimula a concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são
comercializados em paralelo àqueles gerados a partir de matérias-primas virgens;
Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência
ecológica.
Cerâmica indeterminado
Chicletes 5 anos
Esponjas indeterminado
Isopor indeterminado
Louças indeterminado
Pneus indeterminado
Vidros indeterminado
Estatísticas de Reciclagem
Lixo
O lixo é uma fonte de riquezas. As indústrias de reciclagem produzem papéis, folhas de
alumínio, lâminas de borracha, fibras e energia elétrica, gerada com a combustão.
No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que
poderia.
O Brasil é considerado um grande "reciclador" de alumínio, mas ainda reaproveita
pouco os vidros, o plástico, as latas de ferro e os pneus que consome.
A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por dia, com este lixo,
em uma semana dá para encher um estádio para 80.000 pessoas.
Se toda água do planeta coubesse em um litro, a água doce corresponderia a uma colher
de chá.
Somente 37% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto é queimado. Por outro
lado, cerca de 60% do papel ondulado é reciclado no Brasil.
Um litro de óleo combustível usado pode contaminar 1.000.000 de litros de água.
Menos de 50% de produção nacional de papel ondulado ou papelão é reciclado
atualmente, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado. O
restante é jogado fora ou inutilizado.
Pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, um pouco mais de 1 quilo
de lixo por dia. Atualmente, a produção anual de lixo em todo o planeta é de
aproximadamente 400 milhões de toneladas.
Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras:
39%: papel e papelão
16%: metais ferrosos
15%: vidro
8%: rejeito
7%: plástico filme
2%: embalagens longa vida
1%: alumínio
Perigos
Crianças e adolescentes que trabalham no lixo estão expostos a uma série de doenças
que seriam facilmente evitadas.
Por lidar com restos de comida, cacos de vidro, ferros retorcidos, plásticos pontiagudos
e despejos com resíduos químicos, essas crianças sofrem de diarreias, tétano, febre
tifoide, tuberculose, doenças gástricas e leptospirose.
Nos resíduos sólidos, os microrganismos causadores de doenças sobrevivem por dias e
até meses.
Em todo o Brasil, a falta de saneamento, a ausência na maioria dos municípios de coleta
de lixo de qualidade e a convivência direta com o lixo fazem surgir epidemias.
A dengue é um exemplo. Em 1982, o País registrou 12 mil casos da doença. Todos na
Região Norte. Em 1998, foram mais de 527 mil casos espalhados por todo o Brasil.
O cólera também ressurgiu com força nos anos 90. Em 1991, foram 2,1 mil casos
confirmados da doença. Em 1994, o País chegou a ter 51,3 mil pessoas infectadas com
o vibrião colérico.
A febre tifoide, causada pelo consumo de carne de porco contaminada, está em declínio
no Brasil. Mas o País registra mais de mil casos por ano da doença. Nos lixões, é comum
ver famílias morando ao lado de chiqueiros, onde criam porcos. Esses animais são
alimentados com os restos de comida trazidos do lixo.
(Fonte: Fundação Nacional de Saúde/Ministério da Saúde).
Índices da Reciclagem
Capitais em que há catadores nos lixões: 37,4%
Cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%
Nas ruas
Capitais em que há catadores nas ruas: 66,67%
Cidades com mais de 50 mil habitantes: 63,64%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%
Lixões
Capitais com lixões: 25,93%
Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas as capitais): 72,73%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67%
Fonte: Pesquisa Água e Vida/UNICEF
Comparativo da Reciclagem
Material O Brasil recicla Curiosidades
Plástico/filme
Representa 3% do lixo urbano nas
(sacolas de 15%
capitais.
supermercados)
De acordo com o Dicionário Aurélio online3, aterro é um nome masculino que designa:
1. O ato, efeito ou trabalho de encher de terra;
2. A porção de terra ou de entulho para cobrir ou nivelar um terreno;
ATERROS SANITÁRIOS
A forma correta de dispor os resíduos sólidos urbanos é em aterros sanitários, cuja
construção, operação (e encerramento) baseiam-se em critérios de engenharia e normas
operacionais específicas (IPT/CEMPRE, 2010). Contudo, de acordo a pesquisa do IBGE de
Segundo MONTEIRO et al (2001), a base do aterro sanitário deve ser constituída por
um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados (chorume) acima de uma camada
impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado
para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de
lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando
assim uma menor poluição ao meio ambiente.
Para o mesmo autor, o seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que
possibilite a coleta do biogás, que é constituído por metano, gás carbônico (CO2) e água
(vapor), entre outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser
queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para
geração de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do
biogás pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs
do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de Quioto, como
já é feito por diversos aterros sanitários no Brasil: aterro de Nova Iguaçu, aterro dos
Bandeirantes e São João em São Paulo, Embralixo-Arauna em Bragança Paulista, entre outros.
A decomposição do lixo produz metano, gás carbônico e outros gases poluentes que
intensificam o aquecimento global. Um aterro sanitário reduz a poluição, colabora para a
redução da emissão de gases de efeito estufa, evita odores desagradáveis, gera energia e pode
ser uma fonte de receita por meio de créditos de carbono.
ATERROS CONTROLADOS
De acordo com MONTEIRO et al (2001), além do aterro sanitário, temos o aterro
controlado, sendo que este prescinde de uma coleta e tratamento do chorume, assim como da
drenagem e queima do biogás.
A operação de um aterro sanitário deve ser procedida pelo processo de seleção de
áreas, licenciamento, projeto executivo e implantação. Um aterro sanitário deve contar com
unidades operacionais e unidades de apoio:
Unidades operacionais:
células de lixo domiciliar;
células com impermeabilização de fundo (obrigatória) e superior (opcional);
sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados (chorume);
sistema de coleta e queima (ou beneficiamento) do biogás;
células de lixo hospitalar (caso o Município não disponha de processo mais
efetivo para dar destino final a esse tipo de lixo);
sistema de drenagem e afastamento das águas pluviais;
sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e geotécnico;
pátio de estocagem de materiais. (IBAM, 2001).
Unidades de apoio:
cerca e barreira vegetal;
estradas de acesso e de serviço;
balança rodoviária e sistema de controle de resíduos;
guarita de entrada e prédio administrativo;
oficina e borracharia. (IBAM, 2001).
O Aterro controlado, por não possuir sistema de coleta de chorume, esse líquido fica
retido no interior do aterro. Assim, é conveniente que o volume de água de chuva que entre no
aterro seja o menor possível, para minimizar a quantidade de chorume gerado. Isso pode ser
conseguido empregando-se material argiloso para efetuar a camada de cobertura provisória e
executando-se uma camada de impermeabilização superior quando o aterro atinge sua cota
máxima operacional.
Também, é conveniente que a área de implantação do aterro controlado tenha um
lençol freático profundo, a mais de três metros do nível do terreno.
Normalmente, um aterro controlado é utilizado para cidades que coletem até 50t/dia
de resíduos urbanos, sendo desaconselhável para cidades maiores.
É uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou
riscos à saúde pública e a sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método
utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada
de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.
Fonte: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=662&tbm=isch&sa=1&ei
Os aterros sanitários podem ser classificados de acordo com a forma em que são
projetados (FADE, 2014):
1) Aterro em vala: a instalação para disposição dos RSU no solo, em escavação com
profundidade limitada e largura variável, confinada em todos os lados, dando
oportunidade de uma operação não mecanizada;
2) Aterro em trincheira: instalação para a disposição dos RSU no solo, em escavação sem
limitação de profundidade e largura, que se caracteriza por confinamento em três lados
e operação mecanizada.
3) Aterro em encosta: instalação para a disposição dos RSU no solo, caracterizada pelo
uso de taludes pré-existentes, usualmente implantados em áreas de ondulações ou
depressões naturais, encostas de morros ou pedreiras e áreas de mineração desativadas;
guarita;
balança;
escritório;
banheiros;
vestiários;
refeitórios;
cercamento;
serviços de paisagismos;
Os custos unitários para aterros de pequeno porte oscilam em torno de R$ 140,00/t, para
municípios de médio porte os valores se aproximam de R$ 50,00/t, enquanto naqueles com
capacidade superior a 1.000 t/dia, remontam R$ 35,00/t (FADE, 2014).
LIXÃO
O lixão é uma séria ameaça tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade. Os
principais problemas gerados pelo lixo são a poluição do solo e das águas, o acúmulo de
material não degradável ou tóxico e a proliferação de insetos (baratas e moscas) e ratos que
podem transmitir várias doenças, tais como a peste bubônica, dengue etc.
É um local onde há uma inadequada disposição final de resíduos sólidos, que se
caracteriza pela simples descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à
saúde pública. É o mesmo que descarga de resíduos a céu aberto sem levar em consideração:
a área em que está sendo feita a descarga;
o escoamento de líquidos formados, que percolados, podem contaminar as águas
superficiais e subterrâneas;
a liberação de gases, principalmente o gás metano que é combustível;
o espalhamento de lixo, como papéis e plásticos, pela redondeza, por ação do vento;
a possibilidade de criação de animais como porcos, galinhas, etc. nas proximidades ou
no local.
Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública, como proliferação
de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), geração de maus odores e,
principalmente, a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume
(líquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor produzido pela
decomposição da matéria orgânica contida no lixo), comprometendo os recursos hídricos.
Acrescenta-se a esta situação, o total descontrole quanto aos tipos de resíduos
recebidos nesses locais, verificando-se, até mesmo, a disposição de dejetos originados dos
serviços de saúde e das indústrias.
Comumente, os lixões são associados a fatos altamente indesejáveis, como a criação
de porcos e a existência de catadores (que, muitas vezes, residem no próprio local).
A decomposição bacteriana da matéria orgânica, a parte biodegradável do lixo, além
de gerar um mau cheiro típico, produz um caldo escuro e ácido denominado chorume, o qual,
nos grandes lixões, infiltra no solo, contaminando o lençol freático.
Assim, o vazadouro a céu aberto, ou “lixão”, é a forma inadequada de dispor os
resíduos sólidos urbanos sobre o solo, sem nenhuma impermeabilização, sem sistema de
drenagem de lixiviados e de gases e sem a cobertura diária do lixo, causando assim impactos à
saúde pública e ao meio ambiente. É comum encontrar nos lixões vetores de doenças e outros
animais. É frequente a presença de pessoas excluídas socioeconomicamente, inclusive idosos e
crianças, que trabalham como catadores em condições precárias e insalubres.
Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não
permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro pode ser alvo de um
processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode albergar um espaço
verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o efeito estético negativo. Uma das
principais vantages é o fato de poder ser deslocado de um lugar para outro sem prejudicar a
vida animal.
O que se quer hoje é a erradicação total desses lixões. Devem os municípios apresentar
projeto e planos de encerramento, recuperação e monitoramento da área degradada. Almeja-se
com isso propiciar segurança à população do entorno, melhorar a qualidade do solo e das águas
e minimizar riscos à saúde.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos brasileira – PNRS (Lei 12.305/10) no seu Art.
3° define a Disposição Final ambientalmente adequada da seguinte maneira:
Lei 12.305/2010 Art. 3° Inciso VII – Disposição Final ambientalmente adequada: distribuição
ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
(Título I – Capítulo II – Parágrafo VIII)
As formas mais conhecidas de disposição final de resíduos são o Aterro Sanitário, Aterro
Controlado e Lixão a céu aberto. No Brasil a única forma ainda permitida por Lei é o Aterro
Sanitário.
“Lei 12.305/2010 Art. 9º. Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a
seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
§ 1o Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos
urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a
implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão
ambiental.
Denominamos não geração, as ações preventivas, ou seja, são aquelas que podem
auxiliar os cidadãos a consumir menos, gerando menos. Dessa forma, a educação ambiental é
instrumento de fundamental importância para a política do meio ambiente. E, os municípios,
que são o lócus de vivências e interações dos cidadãos, é a unidade federativa que tem maior
possibilidade de propor, conscientizar e criar outros hábitos (PRESTES, 2014).
Diante do exposto, grande parte da população necessita romper a visão passiva de que
a ciência tudo vai solucionar e que o poder público é o único responsável pelos nossos males.
Essas mudanças de conceitos podem ser conseguidas através de campanhas para disseminar a
educação ambiental, que os municípios têm a responsabilidade de oferecer aos seus munícipes,
assim eles atuarão como cooperadores e corresponsáveis dessa causa deixando de assumir
apenas, uma visão crítica externalizada, quando o assunto é impacto ambiental, e passando a
assumir a responsabilidade também para si.
Em sendo, fazer a disposição final de rejeitos requer uma completa neutralidade com o
meio ambiente. Isso significa que não deve poluir ou alterar o meio onde tais soluções forem
construídas. As principais formas de poluição é a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e
do ar. As consequências dessa poluição é a proliferação de doenças decorrentes de pragas de
ratos, insetos e animais que vivem dos rejeitos assim como doenças ocasionadas pela poluição
dos lençóis freáticos como a diarreia.
Veja a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário e entenda quando
podemos dizer que uma disposição final é ambientalmente adequada ou não:
Dessa forma, o Lixão não pode ser considerado uma forma de Destinação Final
Ambientalmente Adequada.
Com raras exceções, o Aterro Controlado não pode ser considerado uma forma de
Destinação Final Ambientalmente Adequada.
SITUAÇÃO NO BRASIL
Até a pouco tempo atrás, a grande maioria das cidades brasileiras utilizavam o lixão
como disposição final para os seus resíduos. Com a Lei 12.305/10 os lixões só seriam tolerados
até agosto de 2014, mas, como sabemos, muitos ainda existem. A lei também exige que a
disposição final seja ambientalmente adequada, o que também é ruim para aterros controlados.
Contudo, de acordo com IBGE (2014), o Brasil possui cerca de 202,7 milhões de
habitantes e 86,7 milhões de veículos registrados (DENATRAN, 2014). Assim, o Brasil possui
uma média de 2,3 habitantes/veículos. Segundo projeções realizados pela Empresa de Pesquisa
Energética (EPE, 2014), estima-se que a frota de veículos individuais e comerciais leves irá
atingir cerca de 130 milhões de unidades até 2050, isto é aproximadamente 1 veículo a cada 1,7
habitantes.
Portanto, este produto começa a ocupar papel de destaque na discussão dos impactos
sanitários e ambientais. Quando descartados incorretamente contribuem com a degradação da
natureza e a proliferação de vetores de doenças como a dengue, chicungunha e a febre amarela,
também ao serem deixados em rios e córregos podem aumentar a velocidade de escoamento
em função da redução da seção. O pneu não se decompõe naturalmente, quando depositado em
aterros, as camadas de ar fazem com que aflore à superfície. Ao ser queimado, libera gases
poluentes.
recauchutagem e;
remoldagem.
pirólise genérica;
asfalto borracha;
coprocessamento;
Hoje, por conta da grande preocupação com a saúde pública e o meio ambiente, o Brasil
tem apresentado políticas nos âmbitos federal, estadual e municipal para a destinação dos
pneumáticos e coibir a importação de pneus usados principalmente do continente europeu.
É notado também que algumas empresas já demonstram atitudes mais sustentáveis, assumindo
a responsabilidade pela destinação final adequada de pneus e se enquadrando aos parâmetros
legais. Devido a essas problemáticas objetivou-se informar sobre os impactos ambientais
provocados pela destinação incorreta de pneus inservíveis e a respeito de algumas técnicas de
reaproveitamento e reciclagem.
Quanto à disposição final dos RSU coletados, houve retrocesso de 58,7% para 58,4%
de encaminhamento para aterros sanitários ambientalmente adequados, com 114.189
toneladas/dias em 2016 e 116.631 tonelada/dia em 2015. Para os aterros controlados, houve
aumento percentual de 24,1% para 24,2%, mas o volume global diminuiu de 47.942
toneladas/dia para 47.315 toneladas/dia. O volume de RSU destinado diariamente aos lixões foi
de 33.948 toneladas/dia com 17,4% do total, sendo em 2015 de 34.177 toneladas/dia e 17,2%.
No total anual, em 2016 os aterros sanitários receberam 41.678.985 toneladas, para os
aterros controlados enviaram-se 17.269.975 toneladas e nos lixões ficaram 12.391.020
toneladas anuais.
Fonte – Abrelpe.
Em relação aos recursos financeiros destinados aos serviços de coleta dos resíduos
sólidos e outros serviços de limpeza urbana pelos municípios, também houve queda em todas
as regiões, com resultados negativos para o conjunto destes serviços e da gestão dos RSU.
Valor total (em Valor total (em Valor per capita Valor per capita
Região milhões/ano). milhões/ano). (em reais/mês). (em reais/mês).
Fonte – Abrelpe.
2015 2016 2015 2016
Valor total (em Valor total (em Valor per capita Valor per capita
Região milhões/ano). milhões/ano). (em reais/mês). (em reais/mês).
Tabela 3 – Recursos aplicados nos demais serviços de limpeza urbana. Disposição final dos RSU, capinas,
varrições, limpezas em geral, manutenção de parques e jardins.
Fonte – Abrelpe.
Tem-se considerado, de uma forma geral, que o transporte direto pelos próprios veículos
coletores deva ser limitado a distâncias de 30 km, após a qual deve ser considerada a
conveniência da inclusão, em pontos regionais estratégicos, de áreas de transbordo de rejeitos
para veículos de maior capacidade de carga e menor custo unitário da tonelada por quilômetro.
Nesta situação, há regiões brasileiras em que resíduos são transportados por centenas de
quilômetros de distância.
É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito Ambiental do
País, que ainda possui inúmeras outras matérias, como decretos, resoluções e atos normativos.
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam
cumpridas, como é o caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do Ministério
do Meio Ambiente.
Resolução Conama nº 307/2002
Resolução CONAMA nº 348/2004
Resolução CONAMA nº 431/2011
Resolução CONAMA nº 448/2012
Resolução CONAMA nº 469/2015
Deliberação Normativa Copam nº 74/2004.
Deliberação Normativa Copam nº155/2010.
Relação de Normas Técnicas Brasileiras (ABNT) – RCCV.
Cartilha - Plano de Gestão de Resíduos da Construção Civil.
Artigo - Panorama da Destinação dos RCC nos municípios do Estado de Minas Gerais
Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em
consórcios públicos (MMA, 2010).
Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado e, ao seguir
as normas estabelecidas pela legislação federal ou estadual, sempre é aconselhável optar pelas
mais restritivas para não correr o risco de sofrer punições.
ABNT. NBR 13896: Aterro de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e
operação. Rio de Janeiro, 1997.
AIZEN, Mario; PECHMAN, Robert M.: Memória da limpeza urbana no Rio de Janeiro,
Assistente de Pesquisa: VILKBERG, Sonia - Rio de Janeiro, RJ: Coopin, Comlurb, 1985.
ASMUS, C.I.R.F.; ALONZO, H.G.A.; PALACIOS, M.; SILVA, A.P.; BOUSI, D.; CAMARA,
V.M. Avaliação de risco a saúde humana por resíduos de pesticidas organoclorados em cidades
dos meninos. Duque de Caxias Rio de Janeiro. 2015.
BARTON, J.; ISSAIAS, I.; STENTIFORD, E. Carbon – making the right choice for waste
management in developing countries. Waste Management. Amsterdam, v. 28, p. 690-698, 2012.
Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0956053X0700342X>.
Acesso em: 12 abr. 2018.
BERTON, R. S.; NOGUEIRA, T. A. R., IN: COSCIONE, A. R.; NOGUEIRA, T. A. R.; PIRES,
A. M. M. (Org.) Uso agrícola de lodo de esgoto – Avaliação após a resolução n° 375 do
CONAMA. 1. ed. Botucatu: FEPAF – Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais,
p. 31-50, 2010.
BRASIL. Lei n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, altera a Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília:
Senado Federal. 2010.
BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental. Diário
Oficial da União, Brasília, 25 de junho de 2002.
______. Resolução nº 196 de 10 de outubro 1996 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). 1996.
______. Seleção de áreas para implantação de aterros sanitários. In: RESID’ 2004 Seminário
sobre Resíduos Sólidos, 2004, São Paulo. Anais. São Paulo: ABGE, 2014.
CALIJURI, M. L. et al. Identificação de áreas para implantação de aterros sanitários com uso
de análise estratégica de decisão. Informática Pública, v. 4, n. 2, p. 231-250, 2012.
CAMINHOS DA TERRA, OS. Lixo dentro da Lei. Ano 08, nº 06, ed. 86, junho 2012, p.18.
______. O fim dos catadores mirins. Ano 08, nº 06, ed. 86, junho 2014, p.1.
CASADO-VELA, J.; SELLÉS, S.; NAVARRO, J.; BUSTAMANTE, M.; MATAIX, J.;
ALVES, R. Compostagem. 2015. Disponível em:
<http://www.rrr.cirp.usp.br/compostagem.html>. Acesso em: 12 jan. 2018.
CETESB, São Paulo (Estado). Aterro sanitário. São Paulo: CETESB, 2017. Apostilas
ambientais.
CUNHA, M.A; CONSONI, A.J. Os estudos do meio físico na disposição de resíduos. In:
BITAR, O.Y. (Coord.). Curso de geologia aplicada ao meio ambiente. São Paulo: Associação
Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),
2015. cap. 4.6, p.217-227.
GRUN, Mauro. Ética e educação ambiental: a conexão necessária. Campinas: Papirus, 2012.
(Coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).
GUERRERO, C.; GOMES, I. Evaluation of composted sewage sludge as nutrional source for
horticultural soils. Waste Management. Amsterdam, v. 26, p. 946-952, 2006. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/7567219_Evaluation_of_composted_sewage_slud
ge_as_nutritional_source_for_horticultural_soils>. Acesso em: 12 abr. 2018.
HAMER, G. Solid waste treatment and disposal: effects on public health and environmental
safety. Biotechnology Advances, v. 22, n. 1-2, p. 71-79, December 2013.
HENDGES, Antonio Silvio. Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil em
2016. In EcoDebate, ISSN 2446-9394, 6/10/2017. Disponível em:
<https://www.ecodebate.com.br/2017/10/06/disposicao-final-dos-residuos-solidos-urbanos-
no-brasil-em-2016-artigo-de-antonio-silvio-hendges>.>. Acesso em: 25 de jan. 2018.
ICLEI. Tratamento e Destinação – Governos Locais pela Sustentabilidade, 2014. In: Estudo
técnico desenvolvido pela consultoria Arcadis Logos para o Projeto GeRes, 2015. Disponível
em: <http://www.iclei.org.br/residuos/?page_id=356>. Acesso em: jan. 2018.
JACOBI, Pedro. Gestão Compartilhada dos Resíduos Sólidos no Brasil. 5 ed., São Paulo:
Annablume, 2013.
KELLER, E. A. Environmental geology. 8 ed. Upper Saddle River: Prentice-Hall Inc., 2012.
LADEIRA MÓL, Márcio José. Situação dos Resíduos Sólidos Urbanos no Município de
Teixeiras – MG. 2007. Disponível em:
<http://www.novoscursos.ufv.br/graduacao/ufv/geo/www/wp-
content/uploads/2013/08/M%C3%A1rcio-Jos%C3%A9-Ladeira-M%C3%B3l.pdf>. Acesso:
02 mar. 2018.
LIMA, J. D. de; JUCÁ, J. F. T.; REICHERT, G. A.; FIRMO, A. L. B. Uso de modelo de apoio
à decisão para análise de alternativas tecnológicas de tratamento de resíduos sólidos urbanos na
região Sul do Brasil. Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1,
p. 33-42. 2014.
LIMA, J. D. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil. João Pessoa: Associação Brasileira
de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção Paraíba. 2010. ______. Modelos de apoio à decisão
para alternativas tecnológicas de tratamento de resíduos sólidos urbanos no Brasil. 435 f. Tese
(Doutorado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil,
Universidade Federal de Pernambuco, Recife. 2012.
LIPOR. A Caracterização dos Resíduos Sólidos: Cadernos Técnicos Nº 1. Porto: Lipor, 2010.
MARQUES NETO, José da Costa. Gestão dos Resíduos de Construção e Demolição no Brasil.
Rio de Janeiro: Rima, 2015.
MCDOUGALL, F. R.; WHAITE, P.; FRANKE, M.; HINDLE, P. Gestión Integral de Residuos
Sólidos: inventario de ciclo de vida. Caracas: Procter & Gamble. 2014.
MCDOUGALL, F. R.; WHITE, P.; FRANKE, M.; HINDLE, P. Integrated Solid Waste
Management: a Life Cycle Inventory. 2. ed. Oxford: Blackell Science LTDA. 2014.
MUÑOZ, Susana Inés Segura. Impacto Ambiental na Área do Aterro Sanitário e Incinerador
de Resíduos Sólidos de Ribeirão Preto, SP: Avaliação dos níveis de metais pesados. 2012.
Disponível em: <http://web-resol.org/textos/incinerador__ribeirao_preto.pdf>. Acesso: 17 abr.
2018.
MURCK, B.W.; SKINNER, B.J; PORTER, S.C. Environmental geology. New York: John
Wiley & Sons Inc., 2010.
NALINI, José Renato. Ética ambiental. 3 ed. Campinas, SP: Millennium, 2010.
______. Ética geral e profissional. 9. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.
NOVAIS, A. M., GUARIM NETO, G., Percepção ambiental de estudantes da escola “Dr. José
Rodrigues Fontes”. In: Seminário Educação & Jornada Internacional de Educação em
Movimentos Sociais. Anais... Cuiabá, 2015.
PAULELLA, E. D.; SCAPIM, C. O. (coord.) Campinas: a gestão dos resíduos sólidos urbanos.
Campinas, 2016.
PERES, Fábio Roberto. Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica em Crimes Ambientais.
2015. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp002081.pdf>.
Acesso: 26 abr. 2018.
PHILIPPI JR., A. Agenda 21 e resíduos sólidos. São Paulo. Associação Brasileira de Geologia
de Engenharia (ABGE), 30 set. 2014. p.15-25
RESENDE, I.L.M.; VIEIRA, J.E. Coleta seletiva: subsídio para a associação dos catadores de
materiais recicláveis - Quirinópolis-GO. In: VII Seminário Nacional de Resíduos Sólidos -
Projetos Socioeconômicos, São Paulo, 2014.
ROHDE, G. M. Método de seleção de áreas para aterros sanitários. 10 ed. Porto Alegre:
CIENTEC, 2010.
RUSSO, M. A. T. Tratamento de resíduos sólidos. Disponível em:
<http://www.uc.pt/mhidro/edicoes_antigas/tratamento_residuos_solidos.pdf>. Acesso em: 3
mar. 2018.
SANTOS, G.O.; SILVA, L.F.F. Há dignidade no trabalho com o lixo? Considerações sobre o
olhar do trabalhador. Revista Mal-Estar e Subjetividade, v.9 n.2, 2014.
SANTOS, M.N. G.; GONCALVES, R.S.C.; OSINE, J.V.C. Disposição final dos resíduos
sólidos do município de Pires do Rio-GO. Enciclopédia Biosfera. Centro Científico Conhecer-
GO, v. 7, n.13; 2014, p.1-129.
SISINNO, Cristina Lúcia Silveira; OLIVEIRA, Rosalia Maria de. Resíduos Sólidos, Ambiente
e Saúde: Uma Visão Multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010.
SOUZA, M. Maciel; L., OLIVEIRA, A.M. ; PAULA, L. M. A.. M.; SIENA, O.. Logística
reversa das garrafas de Skol litrão em Porto Velho-RO. Guarulhos ENIAC Pesquisa, Guarulhos,
v. 3, n. 1, p. 104-121, jan. 2014.