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<
Ab florestas , que desempenham papel
fundamental na manutenção do equilíbrio vital do planeta,
ilé m de fornecerem uma infinidade de bens e serviços,
t ê m se tornado um recurso cada vez mais escasso . Acada
EOORORIIA
FLORESTAL
dia se observa diminuição na cobertura florestal, devido a
uma série de fatores. Neste contexto, surge a Economia
Florestal, que trata exatamente da utilização racional dos
recursos, oom vistas à produção, à distribuição e ao
dos bens e serviços florestais.
\
Es ivro, já em sua segunda edição, é fruto de 2* edição
v á rias notas de aulas, revis õ es e pesquisas
desenvolvidas em Economia Florestal na última década.
Esclarece dúvidas e soluciona os problemas mais
frequentes da área , apresentando conceitos básicos e
ilustrações, como gráficos, tabelas e equações. Presta- se
não só como material didático , mas também como
importante instrumento de consulta para t écnicos,
pesquisadores e profissionais que atuam nesta área ou
em áreas afins.
"Economia Florestal" compõe -se de três partes:
introdução à microeconomia, com exemplos voltados
para a área florestal, dirigida à queles que não t êm
formaçã o em economia; o setor florestal, suas atividades
e sua participação na economia, além dos conceitos de
matemática financeira, com exemplos específicos da
área florestal; e os crit érios de avaliação económica mafs
.
utilizados na área com vários estudos de casos.

4 5 6 7 8 9 10

O
BN; K 5- 726^ Márcio Lopes da Silva
tcIllORA La ércio Ant ônio Gonç alves Jacovine
UFV Sebastiã o Renato Valverde

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Para facilitar a leitura e nortear os leitores, o texto foi dividido


-
em partes: a primeira ( cap ítulos de 1 a 7), introduçã o à micro
dirigida
economia, com exemplos voltados para a área florestal , é
8e
aqueles que n ão t ê m formação em economia; a segunda (capítulos SUMáRIO
ao
9 > mostra o que é o setor florestal , suas atividades e sua part í cipaç
na economia e apresenta os conceitos de matemá tica financeira ,
com 1.0 ) NOMlA 9
e 11 )
exemplos espec íficos da á rea florestal ; e a terceira ( cap ítulos 10 Uso e limitações da teoria econ ó mica 10
na á rea e
trata dos crité rios de avaliação econó mica ma ís utilizados Ramos da economia 14
apresenta v ários estudos de casos. Agentes económicos 14
íamos de agradecer aquelas pessoas que, direta ou
Gostar Organiza çã o de um sistema econ ó mico 16
indiretamente , contribu í ram para a realizaçã o deste trabalho. Dentre 17
l un ções de um sistema econ ó mico
elas, merecem um agradecimento especial os professores Hé rcio
Concorrê ncia perfeita 19
Pereira Ladeira , José Luiz Pereira de Rezende e Abílio Rodrigues
Neves, que nos antecederam e que realmente abraçaram a área de DEMANDA 21
Economia Florestal tão logo a ci ê ncia florestal começou a florescer no Mudança na curva de procura e deslocamento da curva
Brasil . Agradecemos^ també m à Universidade Federal de Vi çosa ao
, 23
de procura
CNPq ( Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient ífico e OFERTA 31
Tecnol ógico) e á Fapemig ( Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado Mudança na curva de oferta e deslocamento da curva de
de Minas Gerais;, pelo apoio ao nosso trabalho. oferta 32
Com este livro pretendemos dar uma pequena parcela de 35
PREÇO DE EQUIL Í BRIO DE MERCADO
contribui ção para a ciê ncia florestal e para o Brasil , que possui 36
essencialmente uma vocação florestal. Mudanças de procura e, ou , oferta
Curva dc procura do mercado 39
Os autores EL \ STICIDADE-PREÇO DA PROCURA 45
Medida da elasticidade ( Ed ) 45
Magnitude da elasticidade- preç o da procura 49
Extremos de elasticidade-preço da procura 52
Elasticidade e receita total ( ou dispê ndio monetá rio total ) 53
Fatores que influenciam a elasticidade-preço da procura.. 57
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO 63
Lei dos rendimentos decrescentes 64
Produto f ísico total , médio e marginal 65
Est ágios de produ ção 67
70
Maximização do lucro
75
Cl STOSDE PRODUÇÃO
76
Curvas de custo

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78
Ponto de mínimo das curvas de custo
80
Relação entre CVMe e PFMe
Relação entre CMa e PFMa
81
82
Equil íbrio da firma e maximização do lucro
85
Maximização do lucro pelo lado do produto
.. . 86
Lucro e preju ízo
ECONOMIA FLORESTAL
O setor florestal
Matemá tica financeira aplicada ao setor florestal
Cálculo dos juros
91
93
96
98
capítulo 1
103
Séries de pagamento
119
CUSTOS
Custos na empresa florestal
119 ECONOMIA
124
Custos envolvidos nas atividades florestais
129
Outros custos importantes na atividade florestal
135 Economia é o estudo do método de alocação de meios f ísicos e
AVALIA ÇÃ O DE PROJETOS FLORESTAIS
136 humanos escassos ( recursos) entre fins alternativos, para o bem-estar
Testes de viabilidade de projetos de investimento
137 do homem. Em outras palavras, a economia estuda o modo como os
Mé todos de avaliação econó mica de projetos indivíduos e a sociedade fazem suas escolhas e decisões, para que os
149
An á lise econó mica para diferentes restri ções de capital recursos disponíveis, sempre escassos, possam contribuir da melhor
151
APLICAÇÕES PR ÁTICAS forma para satisfazer as necessidades individuais e coletivas.
Determinação do preço mínimo de venda da madeira 151
153 Este estudo inclui a organização social para distribuição e uso
Aplicação dos critérios de avaliação econ ómica de recursos disponíveis, entre necessidades humanas alternativas, de
Determinação do preço máximo de arrendamento da terra . 155
forma que o bem-estar material seja o mais alto possível.
Determinação da distância máxima de um reflorestamento A economia diz respeito somente às necessidades que são
157
até a f á brica satisfeitas por bens económicos, ou seja, por elementos naturais
Rotação técnica e rotação económica
157
escassos ou por produtos elaborados pelo homem. Os recursos
Valor esperado da terra ( VET) ou valor da expectativa ambientais, como o ar puro e a água limpa, até há poucos anos, n ão
160 eram considerados como bens econ ó micos, por serem dispon íveis em
do solo ( VES)
Valor produtivo de um povoamento (Vp) 163 quantidade e qualidade para o consumo humano. No entanto, a partir
Determinação do melhor nível de fertilização 166 da polui ção exagerada do meio ambiente e da redu ção da qualidade,
177 alguns de seus elementos tomaram-se escassos e passaram a ser um
REFER ÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS bem econ ómico, e isso tem sido evidenciado com o surgimento da
Economia do Meio Ambiente, que trata especiflcamente da valoração
de componentes ambientais.

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10
- Larrcio .
/u silva
l A G Jacovine e Sebastião^ Economia Florestal
II

Uso E LIMITAÇÕ ES DA TEORIA ECONÓMICA ELEMENTOS- CHAVE DA ATIVIDADE ECONóMICA


A economia, como qualquer ciência, com a
preocupa- se Os elementos-chave da atividade económica são
as
explicação e a previsão de fenômenos observados. Por que as empresas necessidades humanas , ros recursos e as técnicas de produção,
tendem a contratar ou demitir trabalhadores quando mudam os preç os conforme descritos a seguir.
das matérias-primas utilizadas em seus processos produtivos?
Em economia , explicação e previsão baseiam- se em teorias. NECESSIDADES HUMANAS
As teorias s ão desenvolvidas para explicar fenô menos observados, As necessidades humanas podem ser entendidas como as
considerando- se um conjunto de regras bá sicas e premissas . A sensações de carência de algo, unidas ao desejo de satisfazé-las Por
teoria da empresa , por exemplo, come ç a com uma premissa exemplo, o vendedor precisa ter um carro e deseja té- lo para melhorar
simples - as empresas procuram maximizar seus lucros. A teoria a venda dos produtos que comercializa.
utiliza essa suposição para explicar como as empresas determinam
As necessidades podem ser divididas nos seguintes tipos:
a quantidade de mã o- de - obra. capital e mat érias- primas de que
fazem uso para a produção , assim como para a dimensão da •Segundo o requerente
produçã o . Ela explica também como essas determina ções Necessidades do indivíduo - Natural - Exemplo: comer .
dependem dos custos dos fatores envolvidos na produção , ou seja , - Social - Exemplo : festa de formatura .
capital e matérias-primas, bem como da quantia que a empresa
Necessidades da sociedade - Coletivas - Exemplo: transporte .
pode receber por sua produçã o .
- Públicas - Exemplo: segurança.
As teorias económicas constituem base para elaboração de
previsões. Com a aplicação de técnicas estatísticas e econométricas, as •Segundo a natureza
teorias podem ser utilizadas para construir modelos, a partir dos quais Necessidades vitais ou primárias - Exemplo: alimentos .
as previsões possam ser feitas. Por exemplo, pode-se desenvolver um Necessidades civilizadas ou secundárias - Exemplo : turismo .
modelo de uma empresa específica e utilizá-lo para prever quanto
A satisfação de necessidades materiais ( alimentos, roupas ou
deverá variar seu nível de produção em decorrência de uma queda de
habitação) e não- materiais (educação, lazer etc . ) de uma sociedade
10% no preço de suas matérias-primas .
obriga seus membros a se ocuparem de determinadas atividades
Nenhuma teoria, seja em economia, física ou em qualquer produtivas. Assim, as necessidades humanas constituem a forç a motnz
ciência, é perfeitamente correta. A sua utilidade e validade ou motivadora da economia.
dependerão de que essa teoria seja capaz de explicar e prever com As necessidades humanas t êm duas caracterí sticas: diversifica-
sucesso o conjunto de fen ômenos que ela tem por objetivo explicar e ção e insaciabilidade .
prever . A diversificação das necessidades est á em função das diferenç
as
Em coerência com esse objetivo, as economias são existentes entre os indivíduos, o que é pr óprio do
ser humano. O
continuamente testadas por meio da observação. Como resultado dos í duo para indiv íduo Por
pensamento e as atitudes variam de indiv
, outras são vegetarianas , e
testes, elas s ão frequentemente modificadas ou refinadas , sendo exemplo, algumas pessoas s ã o carní voras
, com o passar do tempo, geralmente pode
vanar o
ocasionalmente até mesmo descartadas. O processo de teste e
,
uma mesma pessoa
o das necessidades requer grande
refinamento é um aspecto central no desenvolvimento da economia seu gosto. Desse modo, a satisfaçã
como ci ência . variedade de bens .

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12 .
Márcio Lopes da Silva Laércio A. G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde
licononua Florestal
13

A insaciabilidade n ã o implica que o desejo de um indiv íduo por


um bem seja ilimitado, pois as quantidades consumidas podem ser
consideradas finitas. Quanto ao agregado ou conjunto de bens , as
necessidades s ã o ilimitadas, em razã o da grande variedade de
necessidades que os indivíduos podem criar. .
trabalho e dos bens de consumo .
.
Ndo .se deve confundir capital eom dinheiro. O dinhe ro ,
como al nada
Cl® C padrao para medir 0 valor dos itens de capital , do

As necessidades primeiramente se originam de coisas de que o


organismo necessita para continuar funcionando. O alimento é o
Trabalho -
Refere-se às faculdades f ísicas e intelectuais dos seres
humanos empregados na produçã o de bens . O trabalho é o fator de
exemplo t ípico. Em climas severos, outras necessidades, como abrigo produção básico. Os trabalhadores se servem das maté rias - primas
e vestu á rio, devem ser atendidas para que o organismo consiga obtidas na natureza e , com ajuda da maquinaria, transformam - nas at é
sobreviver aos rigores das temperaturas. -
convert ê las em mat é rias básicas, aptas a outros processos ou bens de
A cultura de um povo també m afeta o consumo de bens , pois consumo.
muitas necessidades nascem da aspiraçã o a um status. Os recursos tê m três características básicas:
A satisfação de algumas necessidades pode gerar outras. Por • S ão limitados em quantidade, sendo chamados de “recursos
exemplo, o ato de frequentar uma universidade propicia o econ ó micos”. Alguns recursos, como o ar utilizado em motores de
descobrimento de áreas inteiramente novas de desejos potenciais, até combust ã o interna , sã o tã o abundantes que podem ser obtidos pela
-
ent ão ignoradas desejos intelectuais, culturais e muitos outros. simples apropriaçã o . São os chamados “ recursos livres” , pois n ão
exigem preço . Se todos os recursos fossem gratuitos, n ão haveria
Muito se tem falado sobre o que constitui um n ível de vida limite à extensão de atendimento das necessidades e, portanto, n ão
“satisfat ório”, surgindo vá rias especulações sobre seu significado . existiria problema econ ó mico. A escassez dos recursos econ ó micos
Entretanto, o n ível de vida que se diz “satisfatório” pode ser diferente torna necessária a escolha cuidadosa de quais necessidades devem
em fun ção da variação no tempo: o n ível de vida h á 50 anos que
,
ser satisfeitas e em que grau , sendo este o problema econ ómico .
satisfazia à maioria das pessoas, já não é satisfat ó rio hoje; e da
variaçã o regional : o n ível de vida capaz de satisfazer a maioria dos • São versáteis, tendo a capacidade de aproveitamento emnadiversos usos.
produ ção de
O trabalho comum, por exemplo, pode ser utilizado
africanos n ão é suficientemente elevado para satisfazer a maioria dos
quase todos os bens imagináveis. Quanto mais altamente aperfeiçoado
norte -americanos .
ou especializado toma-se o recurso, mais limitados serão os seus usos.
Há menor n ú mero de empregos alternativos para engenheiro florestal
RECURSOS do que para trabalhadores comuns.
em diversas proporções. Geralmente,
Para satisfação das necessidades humanas é necessário produzir • Podem ser combinados determinado tipo de trabalho substituir o
de recursos existem possibilidades de
bens e servi ç os, exigindo-se, para isso, o emprego
produtivos e de bens elaborados. capital ou outros tipos de trabalho e vice-versa .
Os recursos sã o os fatores ou elementos básicos utilizados
na
o. TÉCNICAS DE PRODUÇÃO
produção de bens e serviços, sendo denominados fatores de produçã
As t écnicas de produçã o consistem do know -
how e dos meios
Tradicionalmente, os recursos se dividem em três categorias: que satisfaç a as
recursos de modo
terra, capital e trabalho. f ísicos para transformar os
dispon í veis aos empres ários e
Terra - Na economia, este termo é usado em sentido amplo, indicando necessidades. A natureza das técnicas
da teoria económica e dentro
n ão só a terra agricult á vel e urbana, mas també m os recursos naturais geralmente considerada fora do â mbito
que cont é m - por exemplo, os minerais.

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14 .
Má rcio Lopes da Silva Laércio /4. G Jacovme e Sebasti
, , ,^
ão RenaU Vcl ve (
Economia Florestal
15

â nea dos bens a


do dom ínio da engenharia . Entretanto, a escolha simult FAM í LIAS
serem produzidos, das quantidades a produzir e das t écnicas a serem
utilizadas cai no dom ínio da economia . Usualmente , os economistas A fun ção das fam ílias consiste em, por um lado,
consumir bens
preveem que. para a produ ção de qualquer quantidade de um bem , e serviç os e, por outro, oferecer seus recursos, isto é, trabalho e
será utilizada a t écnica de custo mínimo. capital , às empresas. Comportamento similar ao das fam ílias é o de
indiv íduos, grupos esportivos e culturais, associações beneficentes e
religiosas etc .
RAMOS DA ECONOMIA
e
A economia se divide em dois ramos: microeconomia EMPRESAS
macroeconomia. A empresa ( firma ) é a unidade básica. Contrata trabalho e
A microeconomia, ou teoria do preço, ocupa-se da an
á lise do
compra fatores com o fim de fazer e vender bens e serviços.
as famílias,
comportamento das unidades económicas individuais como
,
Nas sociedades modernas, as empresas produzem e oferecem a
ou consumidores, e as empresas, ou produtores . Preocupa-
se com o fluxo
os consumidores e. totalidade dos bens e serviços, como o pão, os autom ó veis, os sapatos,
de bens e serviços das empresas ( firmas ) para as agências de turismo etc. Hoje, as empresas são as maiores
també m, com o fluxo dos recursos produtivos (ou seus servi
ços) dos seus
responsá veis pela produção, já que são capazes de obter as vantagens
á rios para as empresas ( firmas ). Geralmente, a microeconomia
propriet da produção em massa e reunir grandes quantidades de recursos
baixo ou
pressupõe uma economia estável - sem grandes flutuações para financeiros e f ísicos necessários para constituir as instalações e os
para cima - e pleno emprego dos recursos. equipamentos que a atualidade exige.
A macroeconomia , ou teoria da renda nacional, ocupa-
se do
em um n ú mero
comportamento global do sistema econ ómico refletido SETOR P ú BLICO
economia, o
reduzido de vari á veis, como o produto total de uma
emprego, o investimento, o consumo, o n ível geral de preç
o etc. Em qualquer sociedade moderna o setor p ú blico realiza fun ções
macroeconom ia est ã o intimamente econ ó micas de fundamental import â ncia . O Estado deixou de ser mero
A microeconomia e a
importante guardião do bom desenvolvimento da atividade econ ómica para se
relacionadas e, em grande parte, se suplementam, tomando converter em um verdadeiro agente econ ómico. Com frequê ncia, o
de ambas . Nesta obra ser á estudada apenas a microeconom ia.
o estudo setor p ú blico atua como empresá rio e oferece certos bens, que s ã o
chamados de bens p ú blicos.
AGENTES ECONÓMICOS Bens p ú blicos s ã o bens proporcionados a todas as pessoas a
um custo que n ã o é maior que o necessá rio para fornecimento a
Na economia, os diversos papé is que desempenham os agentes uma só pessoa . Um exemplo t ípico s ã o os servi ç os da defesa
econó micos podem ser agrupados em três grandes setores: nacional.
Primá rio - Exemplo: agricultura , pesca e minera çã o. O setor pú blico, ainda , coordena e regula o mercado e. às vezes
,

Secund ário Exemplo: ind ú stria e constru çã o.


- estabelece a política económica, tentando alcançar objetivos gerais
,

Terci á rio ou de servi ç os - Exemplo: com é rcio, transporte e bancos. como: crescimento est á vel do produto nacional ; pleno aproveitamento
de preç os; e
Os agentes económicos são compostos pelas famílias, pelas dos recursos e eficiente alocaçã o destes; estabilidade
empresas e pelo setor p ú blico, sendo os responsá veis pela atividade distribui ção de renda justa.
econ ó mica.

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16 .
Márcio Lopes Jo Silvo Laércio A. (?. Jacovine e Sebastião Renato Valverde Economia Florestal 17

ORGANIZA çãO DE UM SISTEMA ECONóMICO propriet á rios dos recursos ( fam ílias ) para as empresas . O fluxo oposto,
de moeda para esses pagamentos, ocorre sob as formas de sal á rio,
O diagrama de "fluxo circular" ( Figura 1 ) representa um rendas, dividendos, juros e assim por diante.
modelo simplificado de um sistema económico . As unidades O fluxo monet á rio assume quatro aspectos:
econ ómicas são classificadas em fam ília e empresa , as quais
interagem em dois tipos de mercado: mercado de bens c serviços e
-
( 1 ) Custo de vida quando as famílias gastam dinheiro.

mercado de recursos . -
( 2 ) Receita dos negócios receita auferida pela empresa , sendo ( 1 ) = ( 2).
(3) Custo de produ çã o - quando a moeda sai das empresas.
Pagamentos monet ários pelos produtos
Fluxo monet á rio
( 4) Renda dos consumidores - receita auferida pelas fam ílias, sendo

(D
(3) = (4).
( 2) Se a economia é estacion ária, n ã o se expande nem se contrai, o
fluxo monet á rio da metade superior da Figura 1 é igual ao fluxo da
Fluxo de produtos
metade inferior . Os consumidores gastam toda a sua renda com os
propriet á rios de recursos. Nã o h á renda e, por isso, n ã o há
Empresa Família investimento l íquido.
Fatores produtivos
( terra, capital e trabalho )
FUNçõES DE UM SISTEMA ECONóMICO
Pagamentos monetários pelos fatores produtivos O sistema econ ómico desempenha cinco funções estreitamente
( 3) (4 )
Fluxo monetá rio relacionadas, que são discutidas a seguir .
1 ) Determinação do que se deve produzir
Figura 1 - Organização de um sistema económico ( modelo simplifi - A indicaçã o do que produzir depende da verificaçã o de quais
cado - "fluxo circular").
necessidades dos consumidores são mais importantes e em que grau
devem ser satisfeitas. J á que os recursos da economia são escassos, as
As famílias incluem todos os indiv íduos e as unidades familiares
necessidades n ã o podem ser todas plenamente satisfeitas, sendo um
da economia, que consomem bens e serviços finais produzidos pelas
problema social selecionar as que são mais importantes para a
empresas e fornecem fatores produtivos para as empresas.
sociedade como um todo.
As empresas formam um grupo mais restrito, empenhado em
O valor monet á rio que o consumidor emprega em cada produto
fornecer bens e servi ços aos consumidores e comprar e alugar os depende da urgê ncia da necessidade do bem , do gosto e da renda
do
fatores produtivos fornecidos pelas fam ílias. consumidor e da oferta do produto.
Na metade superior da Figura 1 visualiza-se o mercado de bens e
serviços. Verifica-se um fluxo de bens e serviços das empresas para os 2) Organização da produção
o cont í nua dos
consumidores e um fluxo oposto de moeda dos consumidores para as A organização da produção envolve canalizaçã
e servi ç os menos
empresas. Os preços dos bens e servi ços formam o elo entre os dois recursos das empresas que produzem bens
desejá veis para as que produzem bens e serviç
os mais desejáveis; e
fluxos. o produto/fator ).
uso eficiente dos recursos pelas empresas relaçã
(
Na metade inferior da Figura 1 está representado o mercado de
recursos. Os servi ços de terra, capital e trabalho fluem dos

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18 M árcio Lopes da Silva , Laércio A . G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde


Economia Florestal
19

3) Distribui ção dos produtos


Os melhoramentos das t écnicas produtivas aumentam
A distribuição dos produtos depende da renda pessoal , a qual a
capacidade produtiva, por meio da maior produçã o por unidade
de
depende das quantidades dos diferentes recursos que um indiv íduo recurso utilizado .
pode empregar no processo produtivo ( por exemplo, o plantador de
soja pode empregar grãos, máquinas, terra etc., enquanto os
empregados podem empregar apenas seus sal ários) e dos preços que CONCORR êNCIA PERFEITA
recebe pelos recursos empregados. A concorrência pura também é conhecida como concorrê ncia
4 ) Racionamento dos bens em per íodos de oferta fixa ( curto prazo) perfeita . Um mercado de concorrência perfeita é aquele em que existem
muitos compradores e muitos vendedores, de forma que nenhum
Um sistema econ ó mico deve adotar medidas para racionar os comprador ou vendedor individual exerce influê ncia sobre o preç o.
bens ao longo do per íodo em que não se podem modificar suas
ofertas, ou seja, no curto prazo . A soja, por exemplo, tem sua As condições necessá rias para a concorrê ncia pura são as
produ ção fixa num ano, n ão podendo ser mudada dentro desse seguintes:
período.
Exist ê ncia de elevado n ú mero de ofertantes e demandantes - Se
O preç o é o dispositivo para a distribui ção do estoque fixo entre um produtor individual decide aumentar ou diminuir a quantidade
os consumidores e o racionamento do suprimento ao longo do tempo. produzida, esta decisã o n ã o influenciará o pre ç o de mercado.
Isso pode ser explicado da seguinte forma :
Distribuição entre os consumidores - Se a oferta fixa for baixa , o - Homogeneidade do produto - Os produtos comercializados são
preço subirá e o consumo diminuirá. Se, ao contrário, a oferta for alta, homogé neos ou id ê nticos ; com isso, os compradores não se
o preço descerá e o consumo aumentará. preocupam com a fonte do bem e os vendedores não êm a k

preferê ncia dos inúmeros consumidores .


Racionamento ao longo do tempo - Se toda a colheita for colocada em
mãos dos consumidores logo após ela ter sido feita, maior parte estará - Transparência do mercado - Todos os participantes devem ter pleno
condições gerais em que operam os demais. Isso
dispon ível no in ício da safra ; com isso o preço cairá e haverá maior conhecimento das
consumo inicial . Em consequência, haverá menor quantidade dispon ível implica que nenhum deles irá comprar ou vender a um pre ço
no final da safra , o que faz o preço subir e o consumo diminuir. superior ou inferior ao preço de mercado, respectivamente
5 ) Manuten ção e ampliação da capacidade produtiva - Perfeita mobilidade dos recursos e liberdade de entrada e saída de
E.spera -se que toda economia mantenha e amplie sua capacidade empresas - Os insumos não são monopolizados por um propriet á rio
. Todas as
produtiva. Manuten çã o significa conservar intacta a força produtiva de ou produtos, o que permite maior mobilidade dos recursos
de forma
máquinas e equipamentos através da provisão para depreciação. J á empresas participantes poder ão entrar e sair do mercado
que n ão obt é m
ampliaçã o envolve o aumento de recursos e a melhoria das técnicas de imediata. Se a empresa estiver em uma atividade
lucros, abandonará esta atividade e passar
á para outra mats lucrativa.
produção.
a procura, oferta e
A força de trabalho pode ser incrementada com o aumento da - Inexistência de conluio ou restrições artificiais
atuam independentemente e
população e com o desenvolvimento e melhoramento das habilidades. preços - Todos os agentes económicos
sobre preços, produção
também não há restrições governamentais
,

A acumulação de capital acontece quando algum dos recursos é


e tabelamento de preços.
desviado da produ ção de bens de consumo para a produção de bens de entre outros, por exemplo: congelamento
capital , de modo que ultrapasse a quantidade requerida para
depreciação.

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20 M árcio Lopes da Silva, La ércio <4. G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde

A concorrência perfeita n ão existe, pois não h á um mercado que


atenda a todas essas exigê ncias ; pode-se afirmar que este tipo de
mercado frequentemente funciona como um modelo te órico para se
compreenderem os processos econó micos. O que ocorre na pr á tica
chama-se concorrê ncia pura, pois atende a quase todas as condi ções
citadas; como exemplo dessa estrutura tem-se o mercado de bolsa de
valores e as feiras livres.

capí tulo 2
DEMANDA

A procura , ou demanda, é definida como as vá rias quantidades


de um bem que os consumidores retirarã o do mercado a todos os
possíveis preç os alternativos, enquanto tudo o mais permanece
constante. As quantidades retiradas ser ã o afetadas por diversas
circunst â ncias, entre as quais são mais importantes: o preço do bem
sob consideração, os gostos e as preferências dos consumidores, o
n ú mero de consumidores considerados, a renda dos consumidores, a
variedade de bens dispon íveis para os consumidores e os pre ços dos
bens relacionados àquele bem sob consideração. Estes bens
relacionados podem ser complementares e substitutos ou
competitivos. Os bens substitutos ou competitivos são aqueles que
poderão ser adquiridos pelo consumidor em substitui ção a outro bem e
satisfazer suas necessidades ( por exemplo, carne de frango é substituta
da carne de boi e vice-versa). Os bens complementares são aqueles
que são consumidos em conjunto ( por exemplo, a manteiga é
adquirida em conjunto com o pão ).
A demanda de um bem ( Quadro 1 ) e , em termos gráficos, a
curva de _ . demanda ( Figura 2) oferecem informações sobre a
quantidade de um bem que poderia ser adquirido pelos consumidores
a diferentes preços. A curva da procura normalmente
é descendente da
esquerda para a direita ( negativamente inclinada ).

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M árcio Lopes da Silva, Laércio A . G. Jacovine e Sebasti Renato Valverde


22
^ Economia Florestal
23

A curva de demanda envolve conceito de máximo, representando


as quantidades máximas, por unidade de tempo, que os consumidores A curva de demanda ou procura ( Figura 2 ) mostra que ,
quanto
adquirirão a vários preços e os preços máximos que os consumidores maior o preço de um bem, menor a quantidade desse bem que os
pagarão por diferentes quantidades, por unidade de tempo. consumidores estariam dispostos a adquirir. No entanto, quanto mais
baixo o preço de um bem, mais unidades serã o demandadas . Chama-
se de lei da procura essa variação da quantidade demandada em
Quadro 1 - Demanda de um bem função da variaçã o nos preços dos produtos.
Preço Quantidade
( Px ) ( Qx ) MUDAN ç A NA CURVA DE PROCURA E
10 DESLOCAMENTO DA CURVA DE PROCURA
9 2
8 3 A mudan ç a na curva de procura é a mudan ça na quantidade
procurada, em decorrê ncia de uma alteração no preço do pró prio
7 4
produto, quando todas as coisas que a influenciam permanecem
6 5 constantes ( Figura 3).
5 6
4 7 Px
3 8
2 9 P:
10
!Po
Px i
Pl
10

£
0 X2 Xo x, Qx

Figura 3 Mudan ça na curva de


- procura em função de mudanças no
preço.

procura é o movimento de toda a


>
o deslocamento da curva dealgumas das cncunstancas, que
curva da demanda , quando altera constantes (Ftgura 4).
0 1 10 Qx o preço que antes eram mantidas

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ão Renato Valverde
24 Siànrio Lopes J4 SJAU. Loé moA. G. Jaco\ine <r Sebasti
Economia Florestal 25

P\ RENDA MONETá RIA

O aumento da renda monet ária ( poder aquisitivo) resulta de


.
aumento da renda real e ou, redu ção no preç o do produto. A redu ção
Po no preç o de um produto pode ocorrer, por exemplo, em virtude do uso
de melhores técnicas de produção.
A Figura 6 mostra que. ao se reduzir o preço de um produto, o
seu consumo aumenta, representando um aumento na renda do
consumidor.
-
0 X *
Xo X *
Qx

Figura 4 - Deslocamentos da curva de demanda. Px

A seguir, são mostrados deslocamentos da curva de procura, em


função da mudan ça de algumas circunstâncias. Po
MUDANç A NOS GOSTOS E NAS PREFER ê NCIAS
Pi
Ao se aumentar o gosto e a preferê ncia dos consumidores por
determinado produto, haverá aumento na quantidade procurada desse
produto e. consequentemente, deslocamento para a direita da curva de
procura ( Figura 5). ¥
0 Xo X, Qx
Px Figura 6 - Mudança na quantidade consumida com a diminuição do
da renda real.
preç o e sem aumento
Po , permanecendo o preç o
Quando houver aumento na renda real
consumida, deslocando a
quantidade
constante, haverá aumento da *
DD para D D \ conforme se pode observar na
curva de demanda
Figura 7.

0 Xo X , Qx
*

atra 5 - Deslocamento para a direita da curva de p rocura.

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26 cla Silva‘ Lfiércio A . G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde


Economia Florestal
27

Px

p. Pc

p .
0 X, X2 *
Figura 7 - Deslocamento para a direita da curva de procura em função 0 X , Xo Qx *
do aumento da renda real.
Figura 9 - Deslocamento da curva de procura de manteiga em função
do aumento no preço do pão .
PREç O DOS BENS RELACIONADOS (COMPLEMENTARES OU
SUBSTITUTOS) Quando os bens são substitutos, o aumento do preço de um bem
eleva a quantidade consumida do seu substituto. Um exemplo de bens
Quando os bens sã o complementares, o aumento no preç o de substitutos são as carnes de boi e de porco Ao se aumentar o preço da
,

um bem diminui a quantidade consumida do outro bem, mesmo que o carne de boi haverá uma diminuição na sua quantidade consumida
seu pre ç o permaneça constante . Isso també m acontece quando o preç o ( Figura 10) . Hm consequê ncia dessa diminuição haverá um aumento
diminui , só que em sentido contrá rio . Um exemplo de bens no consumo da came de porco ( Figura 11 ).
complementares é o pão e a manteiga . Ao se aumentar o preç o do p ã o,
haverá diminuiçã o na sua quantidade consumida (Figura 8). Em
consequ ê ncia dessa diminui ção haverá uma diminui ção da quantidade Pb
consumida de manteiga ( Figura 9 ).

Pa Pi

Pi
Po >
0 X , Xo Qx

0 X , Xo X„
*
Figura 10 - Mudanoçdaa navariaquantidade consumida de came de boi em
funçã ção no seu preço.
Figura 8 - Mudança na quantidade consumida de pão em fun ção da
variação no seu preço.

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28 M á rcio Lopes da Silva, Laércio A. G. Jacovine e Sebastião Renato


Valverde
Economia Florestal
29

Pp
N ú MERO DE CONSUMIDORES
A varia ção no n ú mero de consumidores
de certo produto irá
afetar a quantidade consumida deste
Po produto. O aumento do n ú mero
de estudantes universit á rios em uma cidade
elevará a quantidade de
apartamentos e casas alugados. Este aumento causa um
deslocamento
para a direita da curva de procura ( Figura 13) .

Px
0 x, Xo Qx
Figura 11 - Deslocamento da curva de procura de carne de porco em Po
função do aumento no preço da carne de boi.

VARIEDADE DE BENS DISPON íVEIS


A variedade de bens dispon íveis no mercado irá afetar a
quantidade consumida dos produtos. Uma diminuição no lan çamento 0 X0 X , Qx *
de novos carros por algumas montadoras, por exemplo, aumentar á a
quantidade consumida daqueles novos modelos lan ç ados por outras
-
Figura 13 Deslocamento da curva de procura por apartamentos, em
fun ção do aumento do n ú mero de consumidores.
montadoras. Este aumento na quantidade consumida desloca a curva
de procura para a direita ( Figura 12).

Px

Po

>
Xo X, Qx
Figura 12 - Deslocamento da curva de procura de carros novos em fun o
çã
da diminuiçã o de variedades dispon íveis no mercado.

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capí tulo 3
OFERTA

A oferta é definida como as vá rias quantidades de um bem que


os vendedores colocam no mercado a todos os pre ços alternativos, por
unidade de tempo , enquanto tudo o mais permanece constante .
A curva de oferta mostra as quantidades máximas que os
vendedores colocarão no mercado, por unidade de tempo, a vários preços.
Esta curva, normalmente, é ascendente da esquerda para a direita
( positivamente inclinada). Ao se aumentar o preço de um produto, haver
á
um aumento na quantidade ofertada pelos vendedores. A curva da oferta
muitas vezes é simbolizada pela letra S de Supply ( Figura 14).

Px
Pi

Po

0 Xo X Qx * ,
Figura 14 - Mudan ça da quantidade ofertada de um produto em fun ção
do aumento em seu pre ço.

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32 .
Márcio Lopes <la Silva Laércio Economia Florestal
33

Denomina-se lei da oferta a variação diretamente propor -


nos pre ços dos
cional da quantidade ofertada em razã o da variaç ao Px
produtos.
forças que
As forças que afetam a procura sã o diferentes das
afetam a oferta. Vendedores e compradores sao pessoas distintas
. P
Os fatores que afetam a oferta s ã o: pre ç o do pr ó prio produto ,

tecnologia , disponibilidade de recursos, preç o dos fatores de


produ çã o, expectativa do produtor e período de tempo .
0 Q) Qx
MUDANç A NA CURVA DE OFERTA E
Figura 16 - Deslocamento da curva de oferta em função do maior uso
DESLOCAMENTO DA CURVA DE OFERTA da tecnologia, com o preç o permanecendo constante.
Mudan ça ocorrida no preço do produto afeta a quantidade
ofertada e causa movimento ao longo da curva de oferta ( Figura 15 ) .
Px

S
Pt

Po
t
S
0 Qo Qi Qx *
Figura 15 - Mudança na quantidade ofertada em fun ção do aumento
no preç o do produto.

O deslocamento da curva de oferta é causado pela alteraçã o


dos outros fatores, que n ã o o preç o. O aumento da tecnologia , da
disponibilidade dos recursos, da expectativa do produtor e do
per í odo de tempo causa um deslocamento para a direita da curva de
oferta ( Figura 16). J á com aumento dos preços dos fatores de
produ çã o ocorre o inverso, ou seja, a curva de oferta se desloca
para a esquerda.

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capí tulo 4
PREçO DE EQUILíBRIO DE MERCADO

-
Podem se empregar as curvas de oferta e procura de um produto
para mostrar as forças que determinam o preço de mercado ou de
equilíbrio.
A Figura 17 ilustra a determinação do preço de mercado. Ao
preço Ph os consumidores estarão dispostos a adquirir Xl enquanto os
$

vendedores a ofertar Xj’; dessa forma haverá um excedente. Esse


excedente ( Xf - X| ) é representado por ABE.
Com o acú mulo de estoque, os vendedores tendem a baixar o
preço, atingindo P/ . Nesse preço haverá uma redução na quantidade
oferecida e um aumento na quantidade consumida, gerando um excedente
menor, representado por CDE. Os preç os continuarão a cair, até atingir
P*. Nesse ponto, a quantidade demandada pelos consumidores se iguala à
ofertada pelos vendedores, atingindo o ponto ótimo (X").
Suponha que os vendedores estabeleçam inicialmente o preço P2.
A este preço os consumidores estão dispostos a consumir X2, enquanto os
vendedores, a ofertar X2\ Verifica-se, então, um déficit (X2 - X 2’ ),
representado por EFG. Com essa deficiência há uma disputa pelo
suprimento, elevando o preço para P2’ . Esta disputa continuará até que o
preço atinja P* e os consumidores demandem a quantidade que os
vendedores estão dispostos a ofertar , atingindo o ponto ótimo (X ).
O preço P* é chamado de “ preç o de equilíbrio”, ou seja, aquele
que avalia corretamente as quantidades de produtos levados ao mercado.

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36 Márcio Ijtjies do Silva, Laércto A G Jacovine e Sebastião Renato Valverde


Economia Florestal
37

P
D
,
.
Excedente B

.- I&+ r w
P A Px
\C Excedente D
P P S
:
Déficit
P*
p2 ’ f i
i
P(»
?•••* •: t
pjt Défiçi G
Si:
ND:
:
>
0 x 2’ x , X x2 X ' , x
0 >
Figura 17 Determinaçã o do preç o de mercado ou de equil íbrio.
- X
0 i
X = quantidade de móveis
Figura 19 - Deslocamento da curva de demanda de mó ,
veis mantendo
MUDANç AS DE PROCURA E, OU, OFERTA a oferta fixa .

MUDANçA DE PROCURA COM OFERTA FIXA MUDANçA DE PROCURA E OFERTA


Quando há mudanças de procura e a oferta é fixa, ocorre um O d é ficit de m ó veis fará com que o preç o suba para P|. Nesse
dé ficit ou excesso de produto. Usando como exemplo o consumo de n ível de preç o mais alto haverá est í mulo a novos investimentos na
mó veis, ao se aumentar o n ú mero de consumidores, a demanda por ind ú stria moveleira . Assim, a curva de oferta S será deslocada para S\
móveis será aumentada , deslocando a curva de procura para a direita S ” ou S’ ” ( Figura 20).
( Figura 18); portanto, mantendo-se a oferta fixa, esse aumento da
demanda gerará um d é ficit ( Figura 19). Px ]
Preço doT Pí
m ó vel
íPo >

Po

>
0 Xo Xi
0 Xo X X , '

Deslocamentos da curva de oferta a partir de novos


X = quantidade de mó veis Figura 20 -
investimentos na ind ústria moveleira.
Figura 18 - Deslocamento da curva de demanda de móveis .

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Economia Florestal
38 Márcio Lopes da Silva , Laércio A. G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde
39

Os pontos a , b e c na Figura 20 representam as seguintes


Quadro 2 - Mudanças nos preços (P) e nas quantidades (
ao se alterarem a Q) do produto
situações: demanda e a oferta
a ) preço de equil íbrio > P0 Dt D= Dl
b ) preç o de equil íbrio = Po st P?QT PíQT PíQ?
c) preç o de equil íbrio < P0 s= PíQT P=Q= PiQi
O ponto de equil íbrio a ser atingido ir á depender do total de Sl
investimentos que forem direcionados para a atividade moveleira.
PTQ? PTQJ, P?QÍ

Os símbolos “P?” e “Q?”


MUDANçA DE OFERTA indicam que poderá haver aumento
r ou
diminuição, em função do maior ou
de demanda e oferta.
menor deslocamento das
- — curvas
Quando houver mudança de oferta e a procura for mantida fixa,
haverá um excedente de um produto no mercado. Por exemplo, se o
governo subsidiar o reflorestamento para os produtores florestais, estará CURVA DE PROCURA DO MERCADO
causando uma maior disponibilizaçã o de recursos, fazendo com que a
quantidade ofertada de madeira seja maior e ocorra um deslocamento da A curva de procura do mercado pode ser inferida por
meio da
curva de oferta para a direita - SS para S’S’ ( Figura 21 ). soma das curvas de procura individual de todos os consumidores de
determinado mercado. A Figura 22 ilustra as curvas de procura de três
consumidores e a Figura 23, a curva de demanda do mercado, oriunda
D dos três consumidores.
Px

Po nxcesso
r
P
P . pf
ADi
Pi i 4
(B P2

D P.i

0 Xo X , 3T Ox , X2 X3 0 x’ ,
!

X * 5 X *3 o x” , x” 2 X" j x~*
Consumidor 1 Consumidor 2 Consumidor 3
-
Figura 21 Deslocamento da curva de oferta para produtos florestais,
após o subsídio ao reflorestamento.
Figura 22 - Curvas de procura individuais.
A seguir é mostrado o Quadro 2, que prevê as mudanças
ocorridas nos preços e nas quantidades do produto, quando se alteram
a demanda e a oferta .

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bastião Rtnato VaktnU


° ‘‘ ^
G. Jac Economia Florestal
40 .
Márcio Lopes da Silva Laércio A 41

quantidade de equil íbrio de 1


D mercado e mostre graficamente as
P curvas e os valores encontrados.
Pi 4) Os dados a seguir representam,
respectivamente, o preço, a
demanda e a oferta de madeira serrada de
P: uma empresa florestal no
período de 1980 a 1995.
P? I
í
D Ano Preço Consumo
i Oferta
? US$/ m3 mJ m3
f >
0 X , X2 X3 X 1980
1981
52 120 77
56 115 86
1982 60 100 87
Figura 23 - Curva de procura do mercado, cm que X| = +
xj x’ j 1983 91 95 92
+ x ” ri X3 = X 2 + x % + x ”2i e X3 = X3 + x 3 + x 3.
’ ”
1984 117 90 84
1985 107 94 93
Exercícios 1986 102 98 92
1987 100 94
1 ) Dadas as equações de procura ( Xd = 11 - p ) e de oferta ( Xs = p - 2): 100
1988 105 90 102
a) Determine analiticamente 0 preç o e a quantidade de equil íbrio
no mercado. 1989 116 85 113
b) Determine 0 preço que gera excedente de produ ção, da ordem de 1990 125 84 101
cinco unidades. 1991 134 70 116
c) Determine o preç o que gera d é ficit de produ ção de duas 1992 121 80 118
unidades. 1993 127 75 88
d ) Determine 0 preç o capaz de induzir os consumidores a 1994 138 71 110
adquirirem oito unidades. 1995 120 80 117
e ) Faça 0 gráfico identificando a curva de procura , a curva de
oferta, 0 pre ç o e a quantidade de equil íbrio.
Com base nesses dados:
2 ) Dadas as funções q = 4p - 3 e q = p120
+ 10
-5, respectivamente a) Obtenha por regressão a equação de demanda .
b) Obtenha por regressão a equação de oferta.
oferta e demanda para certo produto florestal , faça seus gráficos no
mesmo sistema de eixos e determine 0 pre ço e a quantidade de c) Trace as equações em um gráfico e obtenha o preç o e a
equil íbrio. quantidade de equil íbrio .
3) Dadas as equações Q° = 4.000/(Pu ) e Q° 5) O exemplo hipotético mostra a demanda de madeira serrada nos
= 4( P - 3),
respectivamente demanda e oferta, determine EUA, 1972-1992, conforme dados a seguir:
0 preço e a

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protegido por direitos autorais e não pode ser
Economia Florestal 43
o Renato Valverde
.
A G Jacovuie e Sebastiã
M árcio Lopes da Silva, Laércio
42
Pela teoria económica , sabe-se que a demanda de um bem
X4 X,
Y x2 Xí geralmente depende da renda dos consumidores, do preço do bem em
Ano 50,7 78.3 questão e do preço dos produtos substitutos e complementares.
397,5 42, 2
1970 27.8 52.2 79 ,2
413,3 38.1 Com base nesses dados:
1971 29,9 79 ,2
40,3 54,0 a ) Estime a equação de demanda, fundamentando-se no modelo
1972 29,8 439.2 79.2
39,5 55,3 anterior.
1973 30 ,8 459.7 77 ,4
37,3 54,7 b) Qual deve ser o sinal dos coeficientes das variá veis independentes
1974 31 ,2 492,9
63,7 80,2 ou explicativas? Por quê?
33,3 528.6 38, 1
1975 80,4
35,6 560.3 39,3 69,8 c) Como se podem interpretar os coeficientes das vari á veis X 2 e X3?
1976 83,9
36.4 624.6 37 , 8 65,9 d ) Ajuste o modelo, eliminando as variá veis X 4 e X 5. O ajuste
1977 64,5 85,5 melhorou ou piorou? Por quê?
36.7 666.4 38,4
1978 93,7
38.4 717.8 40 , 1 70,0 e ) O aglomerado e compensado, nesse caso, são produtos compe-
1979 73, 2 106, 1 titivos ou complementares da madeira serrada?
40.4 768.2 38,6
1980 104 ,8
843.3 39,8 67,8
1981 40,3
39,7 79, 1 114 ,0
1982 41 ,8 911.6
52, 1 95,4 124 , 1
1983 40,4 931 , 1
1021.5 48 ,9 94.2 127.6
1984 40.7
1165,9 58,3 123,5 142,9
1985 40, 1
1349.6 57,9 129.9 143.6
1986 42,7
44, 1 1449.4 56,5 117,6 139.2
1987
46,7 1575.5 63,7 130.9 165.5
1988
50,6 1759.1 61 ,6 129,8 203.3
1989
50, 1 1994.2 58 ,9 128.0 219.6
1990
51 ,7 2258, 1 66,4 141.0 221.6
1991
52.9 2478.7 70,4 168.2 232,6
1992

em que Y = consumo per capita de madeira serrada kg);


(

X 2 = renda per capita ( US$);


1
X 3 preço da madeira serrada ( USS/ m );
=
Xj = índice de preço do aglomerado ( US$/t); e
X 5 = índice de preço do compensado ( US$/t ).
Seja o seguinte modelo:
In Y, = 0„ + P, In X., + p, In X „ + 0, In X 41 + 0, ln X 5, + u 1
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capítulo 5
ELASTCIDADE-PREç O DA PROCURA

A elasticidade é uma medida de sensibilidade de uma vari á vel


em relação a outra. Mais especificamente, trata-se de um nú mero que
informa a variação percentual que ocorrerá em uma vari ável , como
reação a uma variação de 1 % ein outra variável.
A elasticidade-preço da procura ou demanda (Ed) mede a
sensibilidade da quantidade demandada em relação a modificações no
pre ço do próprio bem.
Conforme será discutido mais à frente, o conhecimento da
elasticidade permite também saber como as mudanças de preços irão
afetar a receita total das empresas ou o dispêndio total das fam ílias.

MEDIDA DA ELASTICIDADE (Ed)


A elasticidade pode ser medida pela inclinação da curva, pela
elasticidade-arco e pela elasticidade -pre ç o no ponto.

INCLINAçãO DA CURVA
A inclinação da curva de procura pode proporcionar uma
informação iniciai sobre a elasticidade . Na Figura 24 são mostradas as
curvas de procura dos bens X e Y , tendo o bem Y uma curva mais
el ástica , ou seja, mais sensível às variações no preço.

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46
LaércoA. C .
Economia Florestal
47

P A Figura 25 auxilia na visualização da equaçã o 5.2.


P

Pl
Po

D
Px
P) .
Pi

>•
0 X0 X , X
>
0 Y0 ,
Y Y
,
o X
• X
Figura 25 - Curva de demanda de um bem.
Figura 24 - Curvas de demandas dos bens X e Y
.
A elasticidade tem sinal negativo porque o preç o e a quantidade
que afetam a variam em sentidos opostos. Se o preço aumenta, a quantidade
A inclinação da curva apresenta dois problemas
confian ça no seu uso. Um deles é o da escala da curva
de procura , demandada diminui; se o preç o diminui, a quantidade demandada
aumenta. Portanto, na hora de interpretar os coeficientes só interessam
pois, se as unidades do preço e as quantidades de um bem forem
alteradas, a inclinaçã o da curva sofrerá mudan ç as. O outro é a unidade os valores absolutos, ou seja, o seu módulo.
física em questão. Por exemplo, o aumento do dólar no preço do trigo
afetará muito mais a quantidade consumida do que no preço do carro. ELASTICIDADE- ARCO
O economista Marshall resolveu esses problemas definindo
Quando a elasticidade é calculada entre dois pontos distintos , na
elasticidade como a variação percentual na quantidade procurada
curva de procura , tem-se o que se chama elasticidade-arco. A Figura
dividida pela variação percentual no preço (equação 5.1 ). 26 exemplifica a elasticidade entre os pontos A e B .
AX
p
11
- JL _ ( 5.1 ) Px
AP
P
em que AX/X = variaçã o percentual na quantidade; e
AP/P = variação percentual no preç o.
Po
P . i t
A

P0 = 100 X0 = 1.000 .000 ( kg )


P, = 90 X , = 1.200.000 ( kg)
Desenvolvendo a equa ção 5.1 , obt é m-se a seguinte forma s
(equação 5.2 ): i D

Ed =
AX JP_ ~
AX J >
(5.2) ,X
¥
X AP AP X 0 Xo X
Figura 26 - Curva de procura de um bem.

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48 Márcio Lopes da Silva, LaércioA. C . Jacovine


e
^ ^^JRfMtoValverde
ba ^ Economia Florestal
— 49

Tomando P0 = 100; P! = 90; X0 = 1.000.000 e X


; , = 1.200.000,
e B. ELASTICIDADE- PREçO NO PONTO
pode -se calcular a elasticidade entre os pontos A
A elasticidade no ponto £
-
Tomando se A como referência , 6 6 a lasticidade -arco

^ ^ ; ,,
quando a dist â ncia se aproxima de zero A

^
C ed b lidade é r
ddade no 000 0 'P e ser medida com°0
'

200.000 100 quanto aos resultados . A el


Ed = 10 1.000.000
= 2 - mé todo geom é trico simples ( Figura 27 ) °
-
Tomando se B como referê ncia,
Px ‘
200.000 90
Ed = ~
1.200.000
= - 1,5 A D
10
de partida
Verifica-se pelos cá lculos que diferentes pontos AP
conduzem a diferentes coeficientes de elasticidade
. Partindo-se do
ponto A, Ed = -2 e, do ponto B, Ed = -1,5. Outra
observa ção a ser feita
será a disparidade P
é que, quanto mais distantes forem os pontos, maior AX
deve ser computada
entre os coeficientes. Assim, a elasticidade-arco
entre pontos bem pró ximos para que seja ú til.
no cálculo é
Uma das formas de se evitarem as discrepâ ncias D
ções na
utilizar a fó rmula modificada para calcular a Ed . As modifica
f ó rmula podem ser feitas:
M T x-*
a) Considerando 0 menor preço e a menor quantidade na f
órmula Figura 27 - Curva de procura de um bem .
Ax _ Pj_ = 200.000 90
E d = ~ AP X 10 1.000.000
= - 1,8
No ponto P ou em qualquer outro ponto, a inclinação da curva
0
de procura é dada por AP/ AX ( Figura 27). Geometricamente, a
b) Alterando o numerador e 0 denominador inclinação da curva é MP/MT. Portanto, AP/AX = MP/MT ou ,
Numerador: diferen ça entre as quantidades /soma das quantidades. invertendo-se ambas as frações, AX/ AP = MT/MP. No ponto P. o
preç o é MP e a quantidade é OM . Assim, em P,
Denominador: diferen ça dos preç os/soma dos preç os .
MT MP MT
x„ -x , 200.000 —
Ed = MP 0M
Ed = 0M
X, + X| _ 2,200.000 _ -1 ,73
Ed = - 10 =
|

P0 “ P
r
p
r
p 190
MAGNITUDE DA ELASTICIDADE-PREçO DA
ro + I
PROCURA
Utilizando-se as fórmulas modificadas, os coeficientes das
elasticidades ficam bem mais próximos, 0 que ameniza o problema da
Quanto à magnitude, a elasticidade - preço possui três categorias:
procura de elasticidade unitana .
procura elástica , procura inel ástica e
discrepâ ncia encontrada quando se parte de pontos diferentes. A classificação em uma das categoria s depende dos valores absolutos
de Ed, ou seja , sem considerar 0 seu sinal (-).

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Economia Florestal
Silva. LaércioA. C. J°co
50 ‘ 51

acentuado na quantidade procurada . Para os


Ej > 1 —> procura elástica elastica
bens com demanda
substitutos, e , ao se aumentar o preço de um
existem muitos
Ej = 1 —» procura de elasticidade
Ed < —
! > procura inelástica
unit á ria

ilustra as três categorias de elasticidade-


A Figura 28
preço.
desses
.
( Figura
bens

29c
,

)
os

, a
consumidores passam a fazer uso dos seus substitutos
lã artigos de luxo margarina ( manteiga) etc, já na demanda melást ca
diminuição acentuada no preço provoca pequeno
aumento na quantidade procurada. Para os bens com procura inelástica
.
Px existem poucos substitutos, e, ao se aumentar o preço de um desses
bens, os consumidores não terão outra alternativa sen ão adquirir o
A produto, já que não há substitutos, como gasolina, remédios, cigarros,
bebidas, alimentos básicos, sal etc.

Unit á ria El á stica

Px Px

Po ( b)
Po

X*
Pi Pl t !
I
!
T
0 M T
i
Figura 28 - Curva de demanda com as três categorias de elasticidade. I

0 XQ X , X Xo xnr*
Para melhor entendimento, supõe -se o ponto P situado no centro
e com movimentos para cima e para baixo ( Figura 28). A
demonstra çã o geomé trica é a seguinte:
Inelástica
MT
E, = 1 : MT = 0M —» 0M = 1 —> unitária
Px
MT
EJ > 1 : MT > 0M —> 0M > 1 el ástica Po
MT Pi
E . < 1:MT < 0M » — 0M

< 1 > inelástica

A Figura 29 ilustra três curvas-demanda com as elasticidades


unitária , elástica e inelástica. respectivamente . A elasticidade unit ária 0 XoXi r
>
' Figura 29a) indica que a diminuição ocorrida no preço afetará a procura.
quantidade procurada na mesma proporção. Na demanda el ástica Figura 29 - Elasticidades-preç o da
' Figura 29b), uma diminuição pequena no preço provoca um aumento

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a M OVUU e Hnnwmia HoteUai


\tiU\ l
52 ‘‘ 53

-PREçO DA ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL


EXTREMOS DA ELASTICIDADE (OU DISP ÊNDIO MONET ÁRIO TOTAL)
PROCURA
Os extremos da elasticidade-
a ) Perfeitamente elástica
( Figura 30

pres'0 da procura sâo:
): AP = 0; AX > * -<
A receita total tRT) é a renda dos

seguinte relação:
pT = RT => KT = PX
vendedores , e o dispêndio
total < DT) é a despesa total dos consumidores. Pode -se fazer a

Px
A receita total varia cm razão da categoria da elasticidade , ou
.
seja sc a procura é elástica, inel ástica ou unit ária
D
P
PROCURA ELáSTICA (Ed > 1)
Serio analisadas duas situações: sc o preço do produto diminui
ou aumenta.
No primeiro caso, a variação percentual na quantidade é maior
que a variação percentual no preço ( Figura 32) Se a quantidade
aumenta mais que proporcionalmentc à diminuição no preço, a receita
total dos vendedores també m aumenta. Isto é representado
Figura 30 - Elasticidade perfeitamente elástica. geometricamente da seguinte forma:
,
0XL - OX, > OPr QPi
^
íFigura 31): AP * 0. AX =0 -, RTT
b) Perfeitamente inelástica OXo OPf )
=
> PxlXT
,
A área do retângulo 0P BXi é maior que a área do retângulo
D OPoAXo -
Px

Pxt
Po
Pl

i
X
0

X * Figura 32 - Curva de demanda ellsttca.

Figura 31 Elasticidade perfeitameme inelástica.


*

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Siiva. LaircioA. G. J eSebastíào Re^oVolve


54 !i%nes da
^ * Economia Florestal
55

Se o preço do produto aumenta, a varia


çã o percentual na
quantidade procurada é maior que a variação percentual no preç o
diminui mais qUc
Px
( Figura 33 ). Como a quantidade procurada
proporcionalmente ao aumento de preço, a receita dos vendedores
diminui . Estas relações podem ser mostradas da seguinte forma: Pi
-
Px T X i » RT diminui
A á rea do ret ângulo 0P|BX! é menor que a á rea do retângulo
OPoAX0. Po
OP, . OX , < OP0 . OXo > RT (B) < RT ( A)
=
Px

0 X , Xo X *•
igura 34 - Curva de demanda inel ástica.
Pi
Se o preç o do produto diminui , a quantidade procurada aumenta
Po nenos que proporcionalmente à diminuiçã o do preç o, com isso a
enda total diminui ( Figura 35) .
Jx i X T —» RT diminui

0 X , Xo X > Px

Figura 33 - Curva de demanda el á stica . Po

PROCURA INELáSTICA ( Ed < 1 ) Pi


i
Serã o analisadas duas situações: se o preço do produto aumenta
e se diminui.
D
No primeiro caso, a quantidade procurada diminui menos que
proporcional mente ao aumento do preço ( Figura 34 ), com isso a renda
total aumenta , ou seja , 0 Xo X , X
Px TXi —> RT aumenta Figura 35 - Curva de demanda inelástica.

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Lonvs to Silva. Economia Florestal


56
^ 57

PROCURA DE ELASTICIDADE UNITáRIA ( Ed - 1 ) Os resultados

ço
Quando a elasticidade é unitária, a redu ção proporcional no
pre é igual ao aumento proporcional na quantidade vendida e,
portanto. as receitas totais permanecem inalteradas
( Figura 36 ). Px
l
^ ^
procura linear, em que OM = MT. Fjgura
)
reSUmido!' na curva de

Px
Os ret â ngulos Oabc c Odef RT aumenta
t êm as mesmas á reas.

d
a
/
e. P . P Ed - 1 RT m áxima

Ed < 1 RT diminui

> 0 M T X
0 c X
Figura 38 - Curva de procura linear .
Figura 36 - Curva de procura em linha reta com elasticidade unit ária .

A elasticidade é unit ária em todos os pontos, quando a curva de FATORES QUE INFLUENCIAM A ELASTICIDADE-
procura é uma hipé rbole regular ( Figura 37 ).
PREçO DA PROCURA
Px Os principais fatores que influenciam a elasticidade são:
D
Po \ a) Disponibilidade de bens substitutos - Quanto maior o n ú mero de
substitutos, mais elá stica é a procura . Por exemplo: ó leo e toucinho,
P . madeira e pl ástico.
b) N ú mero de utilizações - Quanto maior o n ú mero de usos de um
bem , mais el ástica é a sua demanda . Por exemplo, o alum í nio e a
madeira apresentam muitos usos. J á o sal e os condimentos
apresentam poucos usos.
c ) Preç o do produto em relação ao orçamento - Quanto menor o preç o
do bem em relação ao orç amento da fam ília, mais inelástica tende a
Xo X ,
~
0 X * ser a sua procura. Como exemplo, o preç o de balas doces é muito
Figura 37 - Curva de procura em hipérbole pequeno em relação ao orç amento.
regular com elasticidade
unitária.

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ão Renato Valverde Ei.ononua Eloi e v la I
rao A C Jacovine e Sebasti
Mareio Lopes da Silva, l é
58
^ 59

Se o pre ço AX
d ) Posição relativa do preç o
na curva de procura
,
alto) e cai para P ( Figura 39), a mudança OX pequeno
estabelecido é P ( 2
o preço inicial e elevado, eni Fj ( AB ) = => relação baixa
percentual no preço é pequena, porquecom a quantidade
AP grande
comparação à mudan ç a no pre ç o. J á demandada OP,
acontece o inverso, a variaçã
o percentual é grande , Grande
, dividida por pequena mudanç a
mudança percentual na quantidade é elástica . A seguir é
percentual no preço, significa que a procura Exercícios
mostrada essa relação:
, 1 ) Dê o conceito de elasticidade .
-
AP = OPj 0P>; AX = 0 X 2 - 0X 2) Qual a vantagem de se utilizar a elasticidade em porcentagem?
AX
3) Por que a elasticidade - preço da demanda é negativa '

0X .
—grande
Ed ( AB ) = —APçç- => pequeno relação alta 4) a) Em uma serraria, o preço médio da madeira serrada no ano de 1998
foi dc R$ 75 00 m e o volume de vendas foi de 10.000 m No ano
, /
0Pi ,
de 1999 0 preço médio foi de R$ 90,<Wm] e suar, vendar, foram de
8.000 m . Calcule a elasticidade- preço da procura.
Px b) Com base no valor da elasticidade obtida, a empresa deve aumentar
ou diminuir o preço do seu produto para maximizar a receita total 9
5) O que você entende por procura preço-elástica e procura preço-
P . inel ástica ?
6 ) Seja a seguinte equação de demanda para um produto florestal:
Q = 15 - 2 P. em que Q é a quantidade demandada em kge P o
P2 preç o em real . Calcule a elasticidade para o preço médio de
R$ 5 ,00 ( utilize a f órmula da derivada).
7 ) Mostre graficamente uma curva da demanda e o valor da
elasticidade ao longo da curva e relacione esta curva com a receita
P3 c total dos vendedores.
í 8) Dada a equação de procura Xd = 50 - ( P/2) :
Pa
i ?
D a ) Plote em um grá fico os seguintes pontos:
Preço Quantidade
I I Ponto
A 80
0 X , X2 X3 x4 X * B 70
C 60
Figura 39 - Curva de procura linear. 50
D
E 40
F 30

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m«,o Lop« M SUva.


stiM Renato Valyerdt
60
^^ ^ jO G
] ^
^
Jacovm^ e Se ^ Economia Florestal••••••
-
-
61

stisssí;
c ) Calcule a elasticidade no arco AB, tendo o ponto B como
s
~ 10) Um produto florestal apresenta oferta preço-el á
preço-inel ástica, conforme a figura a
seguir
:
stica e demanda

referê ncia.
d ) Calcule a elasticidade no arco AB, utilizando a fórmula P
modificada do menor preço e menor quantidade.
e) Utilizando a f ó rmula da elasticidade no ponto, preencha o
quadro a seguir :

Preç o Quantidade Elasticidade Receita total


80
70
60
50
40
30 Q
a ) Mostre graficamente como se desloca a curva de oferta quando
9 ) a) Preencha o quadro a seguir, utilizando a fórmula da elasticidade- o governo resolve aumentar o imposto sobre os produtos.
arco: b) Como fica o novo preç o de equil íbrio? Mostre por um
segmento de reta o valor unit á rio do imposto , as parcelas do
Pontos Preç o Quantidade Elasticidade Receita total imposto que os vendedores irão pagar e a parcela do imposto
A 7 1 que é repassada ao preç o e que os consumidores deverã o
B 6 2 pagar. Quem neste caso dever á pagar mais imposto?
C 5 3
D 4 4
E 3 5
F 2 6
G 7

b ) Plote os pontos de A a G em um gr
áfico e indique a região em
que Ej > I , Ej - I , e Ej 1 e
< a regi ão onde a receita total
aumenta, atinge um má ximo e diminui .

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capí tulo 6
FUNçãO DE PRODUçãO

A fun çã o de produção representa


a quantidade máxima de
produto que se pode obter por meio de uma
combinação de fatores .
No modelo mais simples, o modelo lator- produto,
tem-se a quantidade
de produto ( Y ), em funçã o da quantidade de
apenas um fator
empregado ( X , ), sendo os outros fatores mantidos
constantes . Assim,
Y = f ( X , / X 2 ... Xn )
em que Y = quantidade de produto;
Xj = quantidade de fator variá vel ; e
.
X 2 .. Xn = quantidade de fatores fixos.
Os fatores produtivos são: terra, trabalho, capital , administração
etc.
A fun ção de produçã o é uma relação t écnica . Para entender os
princ ípios de escolha usados para atingir fins econ ó micos, é
necessá rio bom entendimento do conceito de fun ção de produ ção .
Algumas pressuposições devem ser observadas para se trabalhar com
uma fun ção de produção:
a) O mercado de insumo e produto é competitivo , o que significa dizer
que os preços são dados pelo mercado.
b) Existe conhecimento perfeito do mercado, ou seja, h á ausê ncia de
risco e os preços sã o dados com certeza absoluta.

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64 Márcio Lopes da Silva, Economia Floresta!


65

c ) O objetivo do investidor é maximizar lucro.


seja utilizado 0 Y
d) A produção é instantâ nea , pois, tão logo o insumo
n ível de produto se altera . Nã o h á relação entre um per íodo c outro 25
já que a an álise é feita em determinado ponto
no tempo .
A Figura 40 mostra uma fun çã o de produ çã o clássica .
20
PFT

Y 15

10

0
0 2 4 6 8 ,
X /X 2 ... x „ *
Figura 41 - Fun çã o cl ássica de produ ção ( PFT = produto f ísico total ).

PRODUTO FÍSICO TOTAL, MÉDIO E MARGINAL


,
X /X 2 ... Xn ' Produto físico total ( P F T ou Y )
Figura 40 - Fun çã o de produ çã o cl ássica. E a produ ção total medida em termos f ísicos.
Produto fí sico médio ( PFMe ) ou produtividade média ( P M e )
É a produção total dividida pela quantidade de fator variável
LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES utilizada. Matematicamente, tem-se:
A função de produção clássica é a representação da lei dos
rendimentos decrescentes. Segundo essa lei , adicionando-se PFMe = —PFT

X
(6.1 )

quantidades iguais do fator vari á vel , o retomo da produ çã o ser á


; portanto, quando o
crescente, constante, decrescente e até negativo ( Figura 41 ). Estas O PFMe mede a eficiê ncia do fator variável
m á ximo em termos técnicos. Pode ser
relações serão estudadas nos próximos tópicos . PFMe for má ximo ter - -se á o
das abscissas e a
entre o eixo
dado pela tangente do â ngulo ot, formado Figura 42).
reta , que parte da origem e toca a curva do PFT (

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66
,
S « r«oW ^ Economia florestal

67

PFMe
PFMe é a tg deste
ângulo a.

Xj/X 2... Xr.


PFMa
x , /x 2 x„
. ..
Figura 43- Curvas de PFMa e PFMe de uma função de produção.

-
Figura 42 Produto físico médio como tangente do ângulo ct.

EST ÁGIOS DE PRODUÇÃO


Produto físico marginal ( PFMa) ou produtividade marginal ( PM a )
0 PFMa representa a mudanç a na produçã o ( AY; associada à A fun çã o de produ ção cl ássica descrita nos itens anteriores pode
mudan ça incremental no uso do fator (AX ). Como o incremento no ser dividida em três estágios ou regi ões de produ ção ( Figura 44 ).
uso do fator costuma ser de uma unidade, diz-se que o PFMa é a designados pelos n ú meros I, II e III .
mudan ç a na produ çã o associada ao incremento de uma unidade no O est á gio I inclui n í veis de fatores de zero unidades at é o
fator. Matematicamente, tem-se: n í vel de uso em que o PFMe é m á ximo ou onde este se iguala ao
PFMa . O II inclui a regi ão do ponto em que o PFMe é má ximo at é
PFMa = —
AY
AX
(6.2) o ponto onde o PFT atinge o má ximo ou o PFMa é igual a zero . J á
o III inclui a regi ão onde a funçã o de produção é decrescente c o
PFMa é negativo.
Se a variação no fator ( AX ) é muito pequena , pode-se aplicar o
conceito de derivada . Tradicionalmente, I e 111 são descritos como est á gios irracionais
de produção . A terminologia sugere que o economista florestal nunca
PFMa =

dY
ciX
( 6.3)
utilize níveis de fatores dentro dessas regi ões, a menos
comportamento seja irracional. Os comportamentos
descrevem escolhas inconsistentes com a maximizaçã
que o
irracionais
o dc retornos

Figura 43 ^Un ÇÕeS representadas Por essas equações são mostradas na l quidos ou lucros.
í

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oRe
ã loVçUverdc Economia Florestal
Márcia ' Laêrcio A G. Ucovinee
— -
Seba
^ ^ 69
68

florestal .. . .
rac or al que rem como objetivo a max muação do lucro
opere dentro desta reg ao. Todavia, em cenos casos, principal ,”
Y ( III)
quando a disponibilidade de capital para a compra de é
racional pode ficar impossibilitado de onerar
LoreT
(D limitada, o economista no I. ^
+ ÍI
tanto no estágio quanto
Os preç os dos insumos ou do produto não foram levados em
considera ção. Todaviade , e evidente que apenas o está gio II representa
produçã o. No entanto, neste estágio não é
um n ível econ ómico
possí vel especificar a intensidade exata das produ ção, que é ótima, ate
que os preços e custos sejam especificado . Assim, a relação de preço
torna-se um critério para se fazer uma escolha ou se chegai a uma
descrição ótima.
x , /x, ... xn* O Quadro 3 c a Figura 45 apresentam os dados para
os es, em que a terra é o
demonstraçã o da lei dos rendiment decrescent
variável , utilizados na produção.
fator fixo e a mão- de obra o fator

.
sico total ( PFT) produto
Quadro 3 - Fatores de produ çã o , produto f í ísico marginal (PFMa ) e
f sico médio (PFMe), produto f
í
| >Me est ágios de produçã o
Estágios de
Terra M ão de obra PFr (Y ) PFMe PFMa produ ção
- -
X , /X2 .. . Xn ( fixo) ( variá vel)
3 3.0 3
1 1
3,5 4 l
PMa 1 2 7
3 12 4.0 5
1
( , II e III ) da função de 4,0 4
Figura 44 - Os trê s estágios de produ çã o I 1 4 16
II
ssica . 3,8 3
produçã cl
o á
1 5 19
2\ 3,5 2
1 6
rio interessado em 1
É f ácil entender por que o empres á 7 22 3, 1
1
nunca opera no est á gio III. N ão faria sentido ele 2,7 0
maximizar lucro 22
se ao fazer isso o n í vel de produ ção diminu ísse. Do 1 8
2,3 -\ m
aplicar insumo
sentido ele operar no est á gio I, pois, como se 1 9 21
mesmo modo, n ã o faria , deixar de 15 1 ,5 -6
trata de uma regiã o onde o produto médio aumenta 1 10
ade de ganhar mais
adicionar fator representa perder oportunid Fonie: Garófalo ( 1992).
dinheiro.
çã o
O estágio II é chamado de racional ou regi ão de produ
econ ómica. Nesse sentido, esta terminologia sugere que o economis ta

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70 Mdrcw Lopes da SUvaJfMa * G


'tY^ de Economia Florestal
*

‘ ••••ta ... 71

Y
25
PFT
SSS T ‘
tem-se:
.
O lucro m á ximo é determinado

Derivando a funçã o de luc ro em


nc

relação à do fator vari


á vel.
20

P T,
Ít = Py
dX
dL

— -
dX

py . d Y
+ Y O- P

. dX + X - 0
dX ( 6.6)

15
dX
= dX x
( 6.7 )


PI
dL PFMa - P
10 dX
=P y •
(6.8)

Como na equação ( 6.8) Py . PFMa RMa (


Px = CMa (custo marginal ), tem-se:
=
receita marginal
6 )e
5 1
PFMe dL/dX = RMa - CMa ( 6.9)
Igualando a primeira derivada a zero, tem-se:
0
0 2 4 6 8 10 *-
PFMa dL/dX = RMa - CMa = 0 ( 6.10)
Mão-de-obra/Terra
A equa çã o ( 6.10) pode ser escrita da seguinte forma:
RMa = CMa = 0 ou (6.11 )
-
Figura 45 Curvas do produto f ísico total ( PFT), produto f ísico médio
RMa = CMa ou ( 6.12)
( PFMe) e produto f ísico marginal (PFMa ) . PI = ponto de
inflexão e PT = ponto de tangência. VPFMa = Px (6.13)

em que VPFMa = valor do produto f ísico marginal.


MAXIMIZAçãO DO LUCRO Admitindo-se que a segunda derivada da funçã o de lucro seja
A maximizaçã o do lucro (L) ocorre quando a diferen ça entre a menor que zero , as equações (6.12) e (6.13) determinam que o
receita total ( RT) e o custo total (CT) é má xima. Matematicamente, lucro ser á má ximo quando o retorno obtido ao produzir uma
tem-se: unidade a mais do produto for igual ao custo para produzir essa
unidade a mais.
L = RT - CT ( 6.4)
O Quadro 4 e a Figura 46 ilustram a maximiza çã o de lucro de
L = Py . Y - Px . X (6.5) uma empresa florestal onde o custo marginal do fator , ou preç o doa
em que Py = preço do produto (constante); e fator ( Pxl ), é igual a US$ 2,00 e o pre ç o do produto (Py ) igual
US$ 2 ,00.
Px = preço do fator (constante).

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^^ ^ ,
.


Va rd
72 Márcio Ufpta ila Silva, fcconomia Florestal
73

Quadro 4 - Determinação da quantidade do fator variável (mã o-dc


obra), que maximiza o lucro de uma empresa florestal’
sendo o custo marginal do fator (Pxl) igual a US$ 2,00 e
preç o do produto (Py) igual a US $ 2 ,00
iTf
.
Exercícios
. Complete o quadro abaixo e ,denuf,que 0 n ívc| de
fornece o lucro má ximo, sabendo se que
pXl = R$ 15.00. Py
d produção que
RS 3,~ 00 e
PFMe PFMa CMa ( P47) VPFMa CT
X,
I
Y
1 1.0 l 2 2 2 2
U
^
0
T
X,
0
Y PFMe PFMa VPFT "

VPFMe | VPFMITCT RT Lucro


3 1 ,5 2 2 4 4 6 2
2 1 4
3 6 2,0 3 2 6 6 12 6 2 9
4 10 2.5 4 2 8 8 20 12 3 15
5 15 3,0 5 2 10 10 30 20 4 24
4 2 8 12 38 26 5 36
6 19 3.2
6 14 44 6 54
7 22 3,1 3 2 30
7 64
8 24 3.0 2 2 4 16 48 32
8 72
9 25 2.8 1 2 2 18 50 32* 9 78
10 25 2.5 0 2 0 20 50 30 10 83
* Pomo em que o lucro é máximo. 11 86
12 84

2. Dada a função de produção Y = 6 X: - 0.0SX


3

50 1 CM a ( Pxl )
VPFMa a ) Calcule o produto f ísico total ( PFT) máximo.
áf 40 '
.
- CT
RT
b) Calcule o produto físico marginal (PFMa) máximo.
5 30 -i c ) Calcule o produto f ísico médio (PFMe) máximo.
d ) Se Py = RS 5.00 e Px , = RS 10.00. calcule o nível de produçã
o
3 20 -)
> que gera o lucro máximo.
tixo igual a
10 1 e ) Considerando os preç os dados no item (d) e o custo

1 2 3

*
4 5
— X

6
*r
7 8 9 1 0
zero. qual será este lucro

insumo de quantidade x, é PMa


má ximo

-2
?
3 ) A função produção marginal de um produtor.
= x + 8.
em relação a um

, sabendo-se que
a
X 1/X2 ... Xn a) Determine a função de produ ção total asada x de
quantidade produzida P é 25 . quando a quantidade
insumo é 5.
Figura 46 - Maximização do lucro de uma empresa florestal. b) Esboce o gráfico de P.
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, .
74 Márcio Lopes <U Silva Laércio A. GJtKO
^ iS^^ RetmoVa^ ^
\
er

4 ) Determine uma função P = f( x ) que tenha um ponto de inflexão


= 5. um ponto de máximo quando x =ordem
quando x _
20 e que passe pc|
a
origem. sabendo-se que sua derivada de terceira é P"’ = |2
5) Seja P = -x ' + 300x a função de produção que d á a quantidade total
de um certo produto florestal em razã o da quantidade de
fertilizante.
a ) Determine a fun ção produ ção marginal PMa e resolva a equaçã o
PMít = 0 e as inequações PMa > 0 e PMa < 0.
b) Determine os pontos de má ximo e m ínimo, se houver , e os
intervalos de crescimento c decrescimento da fun çã o de
capí tulo 7
produ çã o.
CUSTOS DE PRODUçãO
Inicial mente serão apresentadas algumas
definições importantes
para o pleno entendimento do assunto.
Custos - Consistem nos dispêndios efetuados por
uma firma , nos
recursos empregados para produzir o seu produto. Os
custos podem
ser expl ícitos e implícitos.
Custos explícitos - Dispê ndios feitos pela firma, os quais
sã o
entendidos como despesas da firma, ou seja, pagamentos por fatores
de produ ção utilizados .
Custos implícitos - Dispê ndios provenientes do uso de recursos
pró prios, n ã o envolvendo um desembolso monet á rio. Exemplo: custo
de oportunidade .
Os custos muitas vezes sã o confundidos com despesas e gastos,
mas em economia estas palavras têm significados diferentes. As
despesas sã o o valor de todo o pagamento que sai da empresa com ou
sem compensação produtiva. Pagamento de salá rio causa ê xito; já
doações a entidades n ão causam ê xito produtivo . Os gastos são todos
os desgastes de valores ou de materiais e energia expressos em valores
dentro da empresa. A depreciaçã o anual de uma máquina, por
exemplo, é um gasto .
Os custos podem ocorrer a curto e longo prazos .
Curto prazo - Período de tempo em que a firma n ão pode \ ariar
alguns recursos , como equipamentos, construções, terra etc. Estes
recursos são fixos.

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76 .
Márcio Ufe da Siha Lai * .^
G Jaca f .
Stba<uw Rr
^„VaK^ fconomia Florestal
77

- Período de tempo em que todos os fatores sào


Orn á veis, inclusive a planta ou o tamanho da empresa
-
Quadro 5 Custos de uma empresa
Y CF CV cr CFMe CVMe CTMe CMi
CURVAS DE CUSTO 1 100
100 70
40 140
170
100.0 40.0 140.0
2 50,0 35.0
Os custos se dividem em fixo, variá vel , total , medio e marginal . 3 100 85 185 33J
85J0 30
28.3 61.7 15
a) Custo fixo e custo variá vel 4 100 96 1% 25.0 24.0 49/)
100 104 II
O custo fixo ( CF) é aquele que n ão varia quando se varia a 5 204 20.0 20.8 40.8 8
produção, enquanto o custo variá vel ( CV ) varia com a produção. 6 100 110 210 16.7 183 35.0 6
7 100 115 215 14.3
b) Custo total ( CT) 16.4 30.7 5
8 100 120 220 12.5
Representa a soma dos custos fixo e variá vel . 100 126 226
15.0 27,5 5
9 11.1 14.0 25.1 6
CT = CF + CV (7.1) 10 100 134 234 10.0 13.4 23.4 8
c) Custo médio 11 100 145 245 9.1 13.2 22.3 11
12 100 160 260 8.3 133
É a média dos custos fixo, variá vel e total, conforme mostrado a 21.7 15
13 100 180 280 7.7 13.8
seguir: 21.5 20
14 100 206 306 7.1 14.7 21.9
Custo fixo médio (CFMe): 26
15 100 239 339 6.7 15.9 22.6 33
CF
CFMe =
Y
— (7.2)
A partir dos dados do Quadro 5 construíram-se as curvas do
Custo vari á vel médio (CVMe):
custo total (CT ) , custo vari á vel (CV ) e custo fixo (CF) de uma
empresa (Figura 47) e dos custos médios e marginal (Figura 48).
CVMe = —CVY— (7.3)

Custo total médio (CTMe):

-—
400 -
CT
CTMe 300
Y (7.4) g
d ) Custo marginal 2 200
3
-
O custo marginal (CMa) representa o u 100
aumento no custo total
provocado pelo aumento de uma unidade
na quantidade produzida e é 0
representado pela inclinação da curva
de custo total (CT).
CMa =
^I
AY
dCT
dY (7.5)
Produção ( Y )

Figura 47 - Custos fixos, variá veis e totais de uma empresa .


O Quadro 5 apresenta os
custos de uma empresa, para
exemplificar a forma de cálculo dos
custos total, médio e marginal .

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ial
78 Márcio Lopes da ^ononuaFhr^ 79

160.0 (a )

s
_
140.0 CFMc
cv
120.0 CVMc
CTMe I
100.0
iTi CMa
c 80.0 /
= 60.0
11 Y*
40.0
$
20.0 X *¥
0.0
CVMe ( b)
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
4
Produ çã o ( Y ) s
CT
Figura 48 - Custos médios ( Fixos, vari á veis e totais ) e marginal de 11 Y*
uma empresa .

PONTO DE MÍNIMO DAS CURVAS DE CUSTO 13 Y


Os m ínimos das curvas do custo vari á vel mé dio ( CVMe) e S
do custo total médio ( CTMe ) se d ão no ponto de tangê ncia da curva I
do custo vari á vel ( CV ) e do custo total ( CT), respectivamente
( Figura 49) .
i CTMe
Na Figura 50, observa-se que o m í nimo do custo marginal
(CMa) se dá no ponto de inflexão (PI) da curva do custo total (CT).

Pode -se, também , observar que o ponto de m ínimo do custo 13 Y*


total médio ( CTMe) coincide com o custo marginal (CMa) e ocorre na
direção do ponto de tangência ( PT). Figura 49 - ( a ) Curvas do custo variá vel (CV ) e custo variável mé dio
(CVMe); e ( b) curvas do custo total (CT) c cunas do
custo total médio ( CTMe).

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Md r *• da
Sil i
« fS
rcio A. c. J«ç X Í !
'•
^-' A Figura
51 mostra que a curv

.
80
do

»» l» (PFM 1.

ppMe

PFMe

CTMe
CVMc

variável
médio (PFMe) e do custo
do produto físico
) e custo
-
Figura 51 Curva (CVMe).
médio
tnargma\ (CMa
.
) cu o
custo total (CT *
Figura 50 - Curvasmédodio (CTMe). CMa E PFMa
total RELAçãO ENTRE
pela expressào
é representado
CVMe E PFMe O custo marginal
RELAÇÃO ENTRE
(7 .9)

O custo variá
vel médio é representado pela expressão
(7.6) CMa =

dCV
dYr
x>
V7.10>

CVMe = r -CV (7.7 ) SeCV = Px ,i 7.11)


^
(
1

SeCV = , x
__
Px > dCV
CMa =
<*00
CVMe - —^
ÇV PYX X,
Y
*

Px PFMe
1
(7.8)
dY
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Sebastião Renato Val\ < nlv Florestal


Manto lopes J ,i Silva Lun to A
O
S2
H3

-
Percebe se que a relação entre o custo
marginal (CMa ) e o
o custo vari á vel
nuadro
w -
6 Produto e custos ( US$ ) e
empresa hipoté tica rendimentos ( US$ ) de uma

^^-
produto f ísico ma rginal ( PFMa ) é a mesma entre
médio (CVMe ) e o prtxiuto f ísico médio ( PFMe .
) conforme ilustra
a - CV cv CT -
CTMC CVM; CMa
Figura 52. a KT
( unidade)
10 20 30 jg
PFMa 2
l
10 32 42 21.0 |6 ^ 17 17 "
fj -
,3 12 » 34
3 •°
10
39
44
49
54
|6.3

, 17 51 *2
4 13,5 j
PFMa 17 M 14
5 10 50 60 12.0 io
,
X * 6 10 60 70 n ,7 , 0
6
10
17 »5 25

7 10 77 87 12.4 | , 17
17 102 32

CMa 8 10 104 114 14,2 13 27


'7 119
136
32
22
10 144 154 17.1
9
10 10 200 210 21,0
16
20
40 17 153 - 1
CMa 56 17 170 - 40
Fonte: Adaptado de Speidel ( 1966 ).

60
Y*
i

50
CTMe
Figura 52 - Curva do produto f ísico marginal ( PFMa ) e custo marginal CVMe
(CMa ).
S? 40 CMa
C/2
D RMa
EQUILíBRIO DA FIRMA E MAXIMIZAçãO DO rc 30
73
LUCRO > 20 -

O ponto de equil íbrio da firma e a maximização do lucro 10


ocorrem quando o custo marginal ( CMa ) se iguala ao pre o do
ç
produto í ou RMa ). No Quadro 6 é mostrado um 0
exemplo, com os
dados para o cá lculo do ponto onde o lucro 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
da empresa é
maximizado.
Produção
Com os dados do Quadro 6 construiu
curvas de custos e os pontos importantes -
se o gráfico com as
para an á lise ( Figura 53). Figura 53 - Curvas de custos com identifica çã o de pontos importantes

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84 Márcio Economia Florestai


85

seguintes pontos:
Na Figura 53 são identificados os MAXIMIZAçãO DO LUCRO PE 0 LADO DO
Ponto 1 Mínimo do custo total mé
- dio - O custo total médio decresce
m édios até um m ínimo. N0 PRODUTO ^
devido à diminuição dos custos fixos
, a empresa tem um custo mí nimo por unidade de A equação do lucro pode ser escrita da
exemplo deste m ínimo, o custo
unidades . Depois seguinte forma:
RS 11 , 70 produzindo
total médio aumenta
seis
em razão de o crescimento dos custos variáveis = -
L RT CT
, -C
L = Py . Y -
( 7.12 )
ser maior que a diminuiçã o dos custos
fixos médios. O ponto m ínimo PvX (7.13)
do CTMe é igual ao CMa . em que C representa o custo fixo.
Pontos 2 e 3 - Limiar e limite da utilidade - A curva do custo tota| Para se obter o ponto de máximo lucro s
sã o necessárias duas
a linha reta do pre ç o. Nesses pontos, aos
médio cruza duas vezes condiçoes: a pnmeira derivada ser igual a zero e a segunda
n í veis da produ çã o de 2,9 e 8,9 unidades
, o custo total por unidade
que zero. - ser menor
(CTMe ) é igual ao rendimento bruto por
unidade ( R$ 17 ,00 ), 0
sem lucro e sem perda .
Considerando satisfeita a segunda cond ção, tem ,
se : -
rendimento líquido é zero e a empresa trabalha
O ponto 2 denomina-se limiar da utilidade, pois desse ponto para
frente a empresa entra em produção de resultado positivo; e o ponto 3
dL
^= P .
dY ' ^
dY
-P

—— dx
dY
r — 0=0
( 7.14)

chama se limite da utilidade, em virtude de a empresa sair de uma


- PxX
= 1
PY =
_P X!
produ çã o de rendimento l íquido positivo para negativo . PFMa =
PY " 0 RMa = CMa
PFMa (7.15 )
Pontos 4 e 5 - M á ximo e m ínimo de produ ção da empresa A Figura - Cada unidade adicionada às vendas da firma aumentará sua
53 ilustra o processo do custo vari á vel por unidade (CVMe ) . O custo receita total por uma quantia constante - o preço por unidade do
fixo médio é apresentado pelo espaço entre as curvas do custo total produto -, da í a curva de receita total ser retilínea e inclinada de baixo
m é dio e do custo vari á vel médio. Nos cruzamentos da curva do custo para cima. Os lucros da firma serão máximos ao nível de produção
variá vel médio com o preço, o custo vari á vel m édio é coberto pelo Y*, em que a distância entre receita total (RT) e custo total (CT) é
pre ç o; j á o custo fixo m édio n ã o é coberto. Do ponto 4 em diante ( 1 ,6 máxima (Figura 54).
unidades), uma parte crescente dos custos fixos m édios fica abaixo da
linha do preç o, ou seja, está coberta pelo preço. No ponto 2, o custo CT
fixo m édio está inteiramente coberto, uma vez que at é o ponto 2 a $ RT
empresa tem um resultado negativo. Poré m, ficando entre os pontos 4
e 2 (n ível de produ ção 1 ,7 a 2,9 unidades), pela produ çã o crescente a
empresa pode ao menos diminuir o rendimento negativo pela
cobertura parcial do custo fixo. Cessando a produção, a empresa tem
de pagar a import â ncia completa do custo fixo, que surge pela mera / :

existê ncia dela. Fora do ponto 4, do m ínimo da empresa , e do ponto 5, /


do máximo da empresa, a produção deve parar, pois nem uma parte
dos custos fixos pode ser coberta .
4
!
-
Ponto 6 Melhor n í vel da produção - O lucro má ximo é obtido no
Y*
n í vel da produção de 6,5 unidades com rendimento l íquido total de R$ 0 Y*
32 ,00. Neste ponto, o custo marginal é igual à receita marginal ou ao
preço do produto (CMa = RMa = preço = R$ 17,00). Pigura 54 - Curva do custo total (CT) e da receita total ( RT).

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EcononuoFIorestal
^ ^
M árcio Lopes do Silv* L reio ;
\
S6
.87

Pode-se afirmar que os lucros da firma


produção em que o custo marginal
( RMa), no ponto Y* ( Figura 55).
são máximos no n ível de
(CMa) se iguala à receita marginal .
Observando a Figura 56, verifica-se-
Preço unitário = P = RMa = d stâ ncia Y*A
CTMe = Y * B
$ CVMe = Y*C
CFMe = BC
CTMe
Lucro unit á rio puro = P - CTMe = Y* A Y * B-
P>
=
Lucro puro total = AB x OY* área do retângulo
PABD
Quando o preço do produto está acima
aci do CTMe, tem
lucro positivo, representado pela á rea do retâ -se
Y* Y ngulo PADB na
0 Figura 56.
55 - Curva de custo total m é dio ( CTMe), custos marginais
Figura
(CMa) e receita marginal ( RMa). -
•Situação 2 Lucro zero: P = CTMe
Se o preç o cai e se iguala ao CTMe, n ão h á
lucro nem preju ízo
( Figura 57 ) .
LUCRO E PREJUíZO
A firma pode operar em v árias situações, com lucros ou
prejuízos, dependendo do preço do produto ( P) e das posições das
curvas de custo. Essas situações são mostradas a seguir. S CTMe
•Situação 1 - Lucro puro: preço do produto ( P) > CTMe
Esta situaçã o é mostrada na Figura 56. CVMe

$
CTMe P

CMa / CVMe
P \ Py = RMa i
D, LUCRO V I
c Y *•
Y*

Rgura 57 médio
- Situação de lucro zero, em que o custo total
0 Y* (CTMe) é igual ao preço do produto ( P).
Y
Figura 56 - Curva de custos e receita, identificando o lucro.

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88 .
Mamo Lo[ >es da Silva Laérao A . G fxono »tia Florestal
89

• Situação 3 - Preju ízo: CVMe < P < CTMe


A Figura 58 ilustra esta situação. $
CTMe
CTMe
S Ç Ma CVMe
CMa CVMe
Preju ízo D - \C
D c
E Bi
P 'A Py = RMa P P> = RMa

E B

0 Y* Y *
ó Y* Y *
Figura 59 - Curva de custos e receita identificando o ponto de
fechamento da firma .
Figura 58 - Situa ção de preju ízo em que o preço do produto ( P ) est á
entre o custo total médio (CTMe ) e custo vari á vel médio
( CVMe ). Exercícios
1 ) Dada a função de custo total de uma empresa florestal .
Observando a Figura 58, verifica-se que o preju ízo será: CT = 27 Y - 9 Y: + Y ' , em que CT = custo total; e Y = produçã o:
- Unitá rio = CTMe - P = CA . Neste caso , o preço cobre todo o CVMe, a ) Determine o n í vel de produ çã o em que o CTMe é m ínimo .
mas apenas a parte AB do CFMe, pois a dist â ncia (CB) que separa b) Determine o n í vel de produ ção em que o CMa é m í nimo.
as curvas de CTMe e CVMe representa o CFMe.
c) Determine o n ível de produ çã o que maximiza o lucro da firma,
- Total ( firma produzindo ) = CA x 0Y* = área do retâ ngulo DCAP. =
sendo Py 10,00.
- Unitário (se a firma parar a produção): perde todo o CFMe = CB. d ) Calcule o lucro da firma, em que ele é má ximo .
e) Calcule o preç o em que o lucro desaparece .
- Total ( parando a produ ção) = área do retâ ngulo DCBE > á rea do da firma
ret â ngulo DCAP. Assim, o preju ízo total da firma fechada é maior 0 Determine o n ível de produção em que o lucro
que o da firma produzindo; logo, ela continua em atividade . desaparece, considerando Py = 10,00.
g) Elabore um ú nico gráfico, relacionando a
• Situação 4 - Ponto de fechamento da firma: P < CVMe ,
P Y ) e o cus o total com produção ( Y).
,
JO 00
O preço cai abaixo do CVMe, e o preju ízo total da firma (Sugest ão: Faça a produção variar e
produzindo ( á rea do ret ângulo DCAP) é maior do que o da firma pontos de preju ízo má ximo, lucro maxmto
toar . de

fechada ( CFMe total = á rea do retângulo DCBE) ; logo, a firma para utilidade .
de produzir ( Figura 59).

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90 Mareio Lopes da Silva, Laéreio G. Jacovme e Sebastião Renato Valverde

2 ) Dadas as funções receita ( R = -Q + 30Q ) e custo ( C = 75Q +


"

.
1.250) em que Q é a quantidade produzida de um produto
florestal:
a ) Faça os gráficos das fun ções no mesmo sistema de eixos.
b ) Determine a função lucro e as funções receita marginal , custo
marginal e lucro marginal.
3) Sendo C = Q ' - 30Q + 400Q uma funçã o de custo de uma empresa
2

florestal: capí tulo


a) Determine as fun ções de CMa e CMe e trace seus grá ficos no
mesmo sistema de eixos, assinalando a interseção entre eles.
b ) Determine o ponto de mínimo do custo m édio.
c ) Trace, em outro sistema de coordenadas, o grá fico de C.
ECONOMIA FLORESTAL
4 ) Sendo C = Q - 3
9Q + 54 uma fun ção de custo de certo produto
florestal :
a) Faç a. no mesmo sistema de eixos, os gráficos das funçõ es custo Economia florestal pode ser definida como o ramo da ciê ncia
fixo, custo vari á vel e, com base neles, o grá fico da fun çã o de que trata da utilizaçã o racional de recursos com vistas à produ çã o, à
custo total . .
distribuição e ao consumo de bens e serviços florestai Podem ser
1

b) Faça, em outro sistema de eixos, os gráficos da fun ção custo entendidos como bens e serviços florestais os produtos e subprodutos
m édio e custo marginal . ( Para fazer o gráfico do custo médio é -
de á rvore, a vida selvagem, a á gua, a recreaçã o etc . Portanto, pode se
mais f ácil fazer uma tabela antes). dizer, ainda, que a economia florestal procura resolver os problemas
2
5 ) Sendo CMa = 3Q - 16Q + 40 a fun çã o custo marginal de certo econó micos do setor florestal , como compra, venda, taxação e manejo
produto florestal , determine a função custo total desse produto, de floresta e de seus produtos. A floresta pode ser utilizada para
sabendo que o custo fixo é 50. produção de á gua, vida silvestre , madeira, dentre outros benet ícios e
produtos.
6 ) vSendo CMa = 6X + 24 a funçã o custo marginal de certo produto,
O manejo sustent á vel das florestas envolve as atividades
determine as funções custo total e custo médio desse produto, eita e
relacionadas com implantação, crescimento, manutenção, to
sabendo que o custo fixo é 48. , para obter sucesso nesse
comercialização da produção. Portanto
7 ) Dadas as fun ções CMa = 22Q e RMa = 3Q + 6Q + 2,
2 econômicas.
manejo, é necessário o conhecimento •

respectivamente custo marginal e receita marginal de certo ecológicas, sociais e pol íticas que determinam racional dos
produto, determine as fun ções custo total , receita total e lucro, recursos florestais.
sabendo-se que o custo de duas unidades é 84. características
As atividades florestais apresentam
especiais que justificam o estudo da economia o •

Longo tempo de produção A produção florestal normal ^ NQ


-
a to investimento inicial e seu retomo so v
'
Brasil , o corte de um povoamento de euca ip
^ ^
e aos seis ou sete
a
rotações de 50
^os, porém em algumas partes do mundo e

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92
.
Márcio Lopes da Silva Economia Florestal . ..
••••• •• •••• •«
93

com relação ao longo prazo de participaçã o na economia, o que faz do


80 anos. Há uma sé rie de problemas s«or florestal um
madeira futura, com base em importantes do Pa ís. dos rotis
produção. Como estimar a demanda de
ou t écnica silvicultura! do A economia florestal
decisões sobre a escolha da espécie permite responder
alaumas quest ões
presente ? importantes no manejo de floresta, dentre elas: *
se corta a floresta , na Qual é a dist â ncia m á xima de
Produto final e fator de produção - Quando 1 ) um re florestamento em relaçã o ao
verdade est á se cortando o pró prio fator de
produ ção. Com isso, centro consumidor ou à fá brica?
surge uma- importante decisã o a ser tomada, de
qual a melhor idade 2) Qual o preç o m á ximo a ser pago pela compra ou pelo arrendamento
para o corteL . Al é m disso, tem-se de repor ou plantar novos de terra numa regi ão?
povoamentos para garantir as colheitas futuras . Nã
o se pode remover
3) Qual o preç o mínimo de venda de madeira para que a empresa n ão
o produto f ísico de um ano como ocorre em outros setores tenha preju ízo?
produtivos . Assim , pode-se afirmar que a din â mica é mais complexa 4) Qual melhor espaç amento, n ível de fertilização, espécie ,
que outros setores, pois o produto lenhoso é també m a m á quina de procedê ncia e clone para determinadas condições?
produzir lenho, ou seja, a máquina é o pró prio produto ( seria como
se estivessem vendendo as próprias máquinas produtivas da empresa 5) Qual a idade ótima econ ó mica de corte de uma floresta ?
como produto final ) . 6 ) Qual a melhor alternativa de manejo para condução da floresta ? É
interessante fazer desbastes? Quantos e em que é poca? É viá vel se
Produção nem sempre convertida em valores económicos -
fazer desrama?
Juntamente com a produçã o da madeira , que geralmente é o ú nico
produto com preço no mercado, h á produ çã o de outros produtos ou 7 ) Como otimizar o uso de uma floresta para se obterem multipro-
benef ícios indiretos da floresta, como proteçã o contra erosã o, dutos?
produçã o de á gua , regulaçã o da vazão dos rios, abrigo de fauna, 8 ) Quais medidas ou alternativas ambientais devem ser adotadas?
beleza cê nica , recreaçã o, captura de C02, dentre outros que s ã o de 9) Quanto de á rea, com matas nativas, deve ser deixado como reserva?
dif ícil quantificaçã o, pelos quais muitas vezes o propriet á rio n ã o é
remunerado. O uso m ú ltiplo desses recursos é um problema mais A economia florestal , juntamente com outras á reas da ciência
complexo para o manejador. florestal, como mensuração, manejo e pesquisa operacional , permite
Relação entre os trê s fatores de produção - O setor florestal utiliza os ao administrador ou planejador tomar decisões mais seguras e
três fatores de produ çã o: terra, capital e trabalho. Outros setores, como lucrativas, garantindo o sucesso do empreendimento . A cada dia estes
vez
o agrícola , podem ter o uso mais intensivo de terra e trabalho e, o estudos se tomam mais importantes, já que o mundo está cada
empresas que possuem um
industrial, de trabalho e capital. mais competitivo e só aquelas
Depend ência das condições naturais O setor florestal tem uma sobreviver.
- planejamento rigoroso é que deverão
forte dependê ncia das condições naturais, como solo, clima, pragas e
doen ç as, requerendo um planejamento minucioso para tomada de
decisões na empresa , pois é esse planejamento que vai repercutir na O SETOR FLORESTAL
produção futura . Um exemplo é a escolha inadequada de esp écies .
A formação de povoamentos florestais
Outras razões - Normalmente a produ çã o florestal se d á em grande
escala, o que aumenta a responsabilidade nas tomadas de decisõ es . A
ngmou-se no Brasil , no in ício do século XX . Companhia
, •P
ind ú stria florestal possui t écnica e terminologia pró prias ; |nero Eucalyptus , na região de Rio Claro doraientes,
peculiaridades de organização, como alto grau de integração Pauhsta de Estradas de Ferro, visando à produç.
horizontal e, ou , vertical ; e institui ções pró prias, tendo uma importante postes telegráficos e lenha para as suas locomotivas

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U
• VJui í H -u >( >e » da Silva, Lucros \ C Ju^ ’vuie < SttxiViu
|« AV/ t< «( » Vtilv
^
fcOIH n
95

Ate o final dos anos 60. o setor florestal era pouco expressivo , participação dos produtos florestais no comé rcio mundial
dentro da economia brasileira, pois a ind ústria florestal era incipiente . Total de empregos diretos e indiretos gerados , muitas vezes , a baixo
e nao possu ía tontes seguras de abastecimento. O setor teve, també m, custo.
de enfrentar problemas gerados pelo quadro recessivo, iniciado nos . Total de impostos e divisas gerados.
anos 70. com a crise do petró leo, em que houve uma redução das
atividades econó micas. . Efeito multiplicador ( efeito para trás e para frente) elevado devido à
inter -relaçao com outros setores da economia.
Atualmente, o setor florestal conta com v á rias alternativas de
- Capacidade de distribuição da renda.
suprimento e atua em v á rios ramos de atividade, permitindo produ ção
tanto para o mercado interno quanto para o externo. . Produçã o de extemalidades positivas ou benefícios indiretos da
O crescimento significativo do setor ocorreu graças aos floresta.
incentivos fiscais, principalmente nas d écadas de 70 e 80, quando Todas as caracter ísticas citadas anteriormente já estão
houve intenso plantio de florestas homogé neas, cujo objetivo foi o de comprovadas em várias publicações e indicam que realmente o setor
promover o uso da madeira proveniente de reflorestamento , para florestal tem um potencial enorme, sendo um dos setores-chave da
reduzir o desmatamento. .
economia. Por isso, vários pa íses, como Canad á, Suécia Finlâ, ndia e
Apesar do grande potencial gerado pelos subsídios oriundos do Chile, t ê m um setor florestal altamenie desenvolvido com,
per íodo em que vigoraram os incentivos fiscais, os reflorestamentos contribui ção para a formação do PIB chegando até 30%. No Brasil
e ão haja
n ã o apresentaram boa produtividade. No in ício, ocorreram v á rios embora o governo não tenha dado a devida atenção ao setor n,
pois o
problemas de natureza operacional , como insuficiê ncia de trabalhos uma política florestal definida, o setor vem se consolidando seus
que toma
País possui uma sé rie de vantagens comparativas
cient íficos, planejamento inadequado do uso da terra, escolha demais . Entre elas podem -se
inadequada da espécie ou proced ê ncia , uso de técnicas inadequadas de produtos florestais competitivos com os
implantaçã o, falhas na pol ítica , na legisla ção e na fiscalizaçã o etc. citar:
- Grande extensão territorial, com
disponibilidade de terras
Posteriormente, a situação foi contornada pelo governo, com a
reformulação da pol ítica de incentivos fiscais ( Reis, 1993). apropriadas para reflorestamentos.
cultivo de espécies
Os principais produtos florestais advindos da madeira são: - As condições de solo e clima favoráveis ao
madeira em tora, carvão vegetal, lenha, postes, mour ões, dormentes, florestais. clima
pida que nos países de
madeira serrada, pain é is (compensado, aglomerado, chapa de fibra, de corte das á rvores mais rá
- Idade
MDF, OSB etc .), móveis, celulose, papel dentre outros. temperado ou frio.
.
A import â ncia do setor florestal brasileiro pode ser verificada - Tecnologia adequada e infra-estrutura desenvolvida florestais
em v ários aspectos: de produtos
- Perspectiva de crescimento do mercado
certificados.
- Total de cobertura florestal nativa . brasileiros, principalmente aqueles
- Total de área reflorestada.
- Participação do setor florestal na formação do PIB ( Produto Interno
Bruto) .
- Consumo interno de produtos florestais.
- Participação dos produtos florestais nas exportações.

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96 .
M á rcio Lopes da Silva, Laércio A G. Jacovine e Sebastião Renato
Valv
[ [' verde
Fronomia Florestal
^
97

MATEMáTICA FINANCEIRA APLICADA AO


SETOR Na verdade, os juros fazem a equivalê
ncia de valores em
FLORESTAL tempos diferentes. P°r exemplo, a segunda
US$ -1 080 ,00 daqui a um ano é igual a US$ 1.000alternativa
,00 hoje.
diz que
CAPITAL, JUROS E OUTROS CONCEITOS A taxa mínima de atratividade (TMA), ou
taxa de juros
O capital pode ser dividido em real e em dinheiro . O capital alternativa, ou custo de oportunidade do capital , é o retomo da melhor
( imobilizado) são as máquinas e os equipamentos, os imó
real opção de investimento alternativo. É o que se deixa de ganhar pelo
veis, as
estradas, as pontes, as terras, as árvores em crescimento etc ., não-investimento naquela opção alternativa.
e o
capital em dinheiro (capital de giro) são os pagamentos de sal ários,
de
serviços, dos materiais, dos juros etc. EXEMPLO
Os juros sã o a remuneração pelo uso do capital. Como o capital Suponha que a taxa de juros da caderneta de poupança seja de
pode ser próprio ou de terceiro, a taxa de juros a ser paga pode variar 6% a.a. Sabe -se que o dinheiro que a empresa vai investir em uma
.
A taxa de juros de mercado també m sofre variações devido atividade tem a oportunidade de render 6% a .a . simplesmente
à
conjuntura econ ómica do Pa ís. Nos pa íses em desenvolvimento, aplicando o dinheiro em um banco. Assim, a atividade a ser
as
taxas de juros geralmcnte são altas, enquanto nos desenvolvidos implementada deve ter uma rentabilidade maior que 6 % , para que o
s ão
subsidiadas na maioria das atividades produtivas . investimento seja compensador.
Como visto anteriormente, os fatores de produ çã o sã o: trabalho, O capital pode ser corrigido à taxa de juros real e nominal. A
terra e capital. Estes fatores são remunerados da seguinte forma: taxa de juros real está relacionada com o aumento real do capital ou
Trabalho sal ário. com a produtividade do capital , e a nominal refere-se à taxa de juros
real mais a taxa de inflação.
Terra aluguel ( arrendamento).
Para o cálculo dos juros é preciso estabelecer o per íodo de
capitalizaçã o , que pode ser anual, semestral, mensal etc. É no per
Capital => juros ( recebimento ou pagamento) . íodo
Freqiientemente se faz a pergunta : Por que existe taxa de juros? de capitalizaçã o que se começ a a receber juros.
podem ser
Há vá rias razões que justificam a existê ncia dos juros, entre elas O investimento e o retomo do capital no tempocaixa de um
de
podem -se citar : representados por um fluxo de caixa . Exemplo: fluxo
reflorestamento.
Produtividade do capital - O capital é produtivo, ou seja, com o
-
capital pode se gerar mais capital . Por exemplo, investir no mercado
financeiro ou comprar um trator.
Itens de custos e receitas Ano de ocorrê ncia Valor ( USS/ ha )
rõõõõõ
Custo de implantação 0
-
Preferência temporal Receber uma quantia no presente é melhor 7 2.300,00
Venda da madeira em pé
que receber esta mesma quantia no futuro. Exemplo: uma pessoa
que dispõe de US$ 1.000,00 hoje não o emprestará para receber o
mesmo valor daqui a um ano. Este mesmo indivíduo pode, també m, 2.300,00
-
n ão se sentir atra ído a emprestá lo a 6% a.a. e receber US$
L 060.00 daqui a um ano, mas quem sabe a 8% a .a. e receber US$
5 6 7 anos
1.080,00.
1

, 000,00
1 2 3 4

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98 . .
Man io Lopes da Silva Laércio A G. Jacovine e Sebastião Renato Vaherde
Economia Floreml
99

Uma pergunta poderá ser feita: Qual é o lucro dessa empresa ? Substituindo J pela equação 8.1, tem-se:
Para se encontrar o valor do lucro auterido, é necessário escolher um
Q( = Co + Co i n
ponto no tempo e calcular o valor das receitas e dos custos nesse
ponto, utilizando-se da taxa de juros. De posse desses valores, o valor Colocando C0 em evidência, tem se: -
do lucro será obtido pela diminui çã o dos custos das receitas.
Cf = Co ( 1+ in) ( 8.3)

CáLCULO DOS JUROS EXEMPLO DE Cá LCULO DO CAPITAL FINAL


O cá lculo dos juros pode ser feito pelos regimes de juros Seja o custo de implantaçã o de um hectare de floresta igual a
simples e de juros compostos . US$ 800,00. Se esse custo aumentar a uma taxa de 10% a.a ., qual
será seu valor daqui a cinco anos?
REGIME DE JUROS SIMPLES Cf = Co ( 1 + in ) > C, = 800( 1 + 0, 10 5) = 1.200,00
=
Observação: O total de juros e o montante, para o regime de juros
Os juros simples incidem apenas sobre o capital inicial. Neste simples, são diretamente proporcionais ao tempo ( Figura 60).
caso, n ão é considerado que os juros possam ser incluídos no capital e
a partir daí render juros. A equação para o cá lculo dos juros é:
J = C0 . i . n (8.1 ) c
em que J = juros; 2a
o
C0 = capital inicial ; 2 J
=
i taxa de juros; e
-
n n ú mero de anos. J

Exemplo de c álculo dos juros *


Capital inicial ( Co) = 1.000 3
Taxa de juros = 89F a.a . = 0,08 ( unitária)
ne
n = de anos Figura 60 - Montante e juros simples
.
Juros/ano = Co . i = 1.000 . 0,08 = 80,00
n = 1 > J = C0 1 . n = 1.000 . 0,08.1 = 80,00
= - REGIME DE JUROS COMPOSTOS
.
n = 7 > J = C0 . i . n = 1.000 0,08.7 = 560,00
= pagos sobre o capital
inicial e
Juros compostos são os juros , ou seja, calculam-se juros sobre
O montante ou capital final ou valor final (Cf ) poderá o
ser sobre os juros dos per
íodos anteriores da equaçao para
obtido pela equação juros. O Quadro 7 ilustra o desenvolvimento
períodos .
Cf = Co + J (8.2) cálculo do valor final (Vn) de diferentes

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100 M árcio Lopes Ja Silva, Laércio A . G. Jacovme e Sebastião Renato Valverde Economia F/or«to/ 101

Quadro 7 - Equações para o cálculo do valor final Quadro 8 - Montante de capital de US$ 1.000,00, corrigidos para
diferentes períodos, no regime de juros simples e compostos
Per íodo Montante
0 V0 Período Juro simples Juro composto
1 v , = v„ + V„ 1 = V„( l + i ) 0 1.000 1.000
2
2 V; = v„( l + l ) + V„( l + 1) i = V0( l + i ) ( 1 + i ) = V„( l + i ) 1 1.100 1.100
V , = V„( 1 + i ): + V ( l + i )2 i = V„( l 4- 1) ( 1 + i ) = Vo( l + i )
2 }
3 ()
2 1.200 1.210
3 1.300 1.331
n Vn = V0( l + i)
n
' + V0( 1 + 1)" ‘ i = V0( l + ir ' ( l + i ) = V0( l + i)
n
4 1.400 1.464
A equaçã o geral para o cá lculo do valor final ou futuro de um 5 1.500 1.611
capital é a seguinte: 6 1.600 1.772
7 1.700 1.949
V„ = V„ (l + i )" (8 4)- 1.800 2.144
8
Isolando V 0, obté m -se a equa ção do valor inicial ou atual de um 1.900 2.358
9
capital:
10 2.000 2.594
Vn
V„ = (1 i )" ( 8.5)
+
61 .
Os valores do Quadro 8 podem ser vistos na Figura
EXEMPLO 1
3000
J Simples
Uma pessoa depositou uma quantia de US$ 10.000,00 numa J Composto
conta de poupança que paga 2% a . m. Determine o montante que este 2 500
poupador terá após seis meses.
2 000
V„ = V„ (l + 0" V, = 10.000(1 + 0,02)* = 11.261,62 V
£
a 1500
1c
EXEMPLO 2 2 I 000
Sendo US$ 1.000,00 aplicados a uma taxa de 10% a.a., durante
10 anos, calcule o montante de cada per íodo no regime de juros 500
simples e juros compostos. Coloque os valores num gráfico.
0 6
5
V0 = 1.000,00 0 i^ 2 3 4

Período (n)
i = 10% a.a. regime de juros
capital calculado pelo
Os valores encontrados pelo regime de juros simples e
composto serão apresentados no Quadro 8.
Figura 61 - simples e composto
Montante de
.

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102 .
Márcio Lopes da Silva Laércio A . G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde Economia Florestal
103

EXEMPLO 3 - PARA ANáLISE DA VIABILIDADE DE UM


REFLORESTAMENTO (SIMPLIFICADO)
Neste caso, ao investir US$ 1 000 00
perde-se a oportunidade de ganhar US$ 1.713.82 ao final - dTset”
n
'

- Qual o lucro de um reflorestamento que tem os seguintes custos e -Cá lculo do lucro do reflorestamento
receitas? Em lermos do valor final
Custo de implantação = US$ 1.000,00/ ha. V RT = 2.300,00
Receita da venda da madeira em pé aos sete anos = US$ 2.300,00/ha. 7
VnCT = 1.000 ( 1,08) = 1.713,82
2.300,00 VnLucRO = 2.300,00 - 1.713,82 = 586,18/ha

5
r Em termos do valor presente
Valor presente l íquido ( VPL) é o valor presente da
i
receita
1 2 3 4 5 6 7 anos menos o valor presente do custo.
1.000,00 2.300
VPL = (1.08)' - 1.000 = 342,00/ha
- Que taxa de desconto utilizar? O mesmo valor será encontrado se forem descontados os juros
Deve-se utilizar a taxa de juros alternativa ou aquela que
representa o custo de oportunidade do capital (o que se perde pelo
nO VnLUCRO *

não- investimento do capital, na melhor alternativa dispon ível, 586


seja o reflorestamento).
que não VPL =
(l ,08)7 = 342,00/ha
Suponha que o melhor investimento alternativo seja colocar
os
USS 1.000.00 em uma conta bancária, que, ao Final de
sete anos,
acumularia o montante de USS 1.713,82, conforme fluxo de caixa
. Sé RIES DE PAGAMENTO
S éries de pagamento são o conjunto de parcelas de pagamentos
1.713,82 ou recebimentos destinadas à constituição de capital ou amortização
de uma d ívida. Exemplo: sal ário, aluguel e pagamento de prestações.
aos
As séries de pagamento podem ser classificadas quanto
f
1.000,00
1 5 6 7 anos seguintes fatores:
a ) Periodicidade
Peri ódicas - separadas por intervalos constantes.
Não-peri ódicas - separadas por intervalos vari á stis
O retomo do investimento alternativo é igual .
a 8% a.a., pois
esta é a taxa que iguala a equação: b ) Duração
v„ = v„ n + i)7 Temporárias ( limitadas ) - horizonte finito.
1.713.82 = 1.000,00 ( 1 + i)7 Perpétuas ( ilimitadas ) - horizonte infinito.
i = 89c a.a.
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104 M árcio Lopes da Silva, Laércio A. G. Economia Florestal


105

c ) Valor das parcelas


Constantes.
Vari á veis . 0t
í—144
It 2t 3t 4t nt per íodos
U
( n - l )t
d ) Vencimento a ) Valor inicial ( V0)
Imediatas - quando as parcelas ocorrem a partir do primeiro Para se determinar o valor inicial , basta
somar os valores atuais
per íodo. das parcelas:
Diferidas - quando as parcelas não ocorrem no primeiro per íodo
v = - *- + -A_ + LST + _
( neste caso h á um prazo de carência ) .
As sé ries imediatas e diferidas podem ser antecipadas ou
° 0 + 0' (l + 02‘ (1 + i ) - +
R
( 8.6)

postecipadas. Na sé rie antecipada, a primeira parcela ocorre no Colocando R em evidê ncia, tem-se :
in ício do primeiro período de tempo, enquanto na postecipada d á -
se no final desse per íodo. V „ =R 1 , 1 , 1 , 1
e ) Per íodos 1(1 0
+ ' (1 + 0* 0 + 03'
( 8.7 )

Unit á rias - possuem apenas um per íodo de capitalizaçã o dentro do Isolando o termo ( 1 + i ) 1 e denominando- o de q , tem-se:
'

per íodo de ocorrê ncia da parcela.

o + or = 0 + 0-
1
M ú ltiplas - quando o per íodo de ocorrência da parcela é m ú ltiplo q= (8.8)
do per íodo de capitaliza ção.
As vari á veis necessárias para os cá lculos das séries de Observe que a expressão entre parênteses forma uma progressão
pagamento são: geomé trica decrescente, pois a razão q é menor do que a unidade
(q < 1 ). A soma dos termos (Sn) de uma progressão geomé trica
R = valor das parcelas ;
decrescente é dada pela seguinte f órmula :
i = taxa de juros;
t = n 2 de per íodos de capitalização dentro do per
^ -an - q
~
íodo de ocorrê ncia da ( 8.9 )
Sn = 1 q
parcela ;
V0 = valor inicial ; em que Sn - soma dos termos;
Vn = valor final; an = ú ltimo termo;
nt = n ú mero total de períodos de capitalização; e = primeiro termo; e
ai
n = n ú mero de parcelas. q = razão.
Logo, pode-se escrever:
(8.10)
SÉRIE COM DURAÇÃO TEMPOR ÁRIA V0 = R Sn .
8.7 , tem-se:
SÉRIE PERIÓDICA, TEMPOR ÁRIA, CONSTANTE, IMEDIATA E Substituindo Sn pelos termos da equação
M j
v„ =_ R Í i + ir - (í i + ir
'
POSTECIPADA ( .
O esquema a seguir mostra que as parcelas sempre ocorrem l -
)" l+i
no final de cada per
íodo.

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106 -
Miin to Limpes da Silva , Laércio A . G Jacovine e Sebastião Renato Valverde Economia Florestal


107

Colocando ( 1 + i ) 1 do numerador cm evidê ncia, tem se:


'
- Substituindo Sn Pelos termos da
equação 8.14, tem-se:
V„ =
R{( l + i )- jl ( l + i )" }
- l v R [( l + i ) ( »' d 4- i > ' - ,]
( l +. i ) ' - l
n /i M
l - ( l -f i )
1
Multiplicando o numerador e denominador por ( 1 + í ) , tem -se: _ R [(1 -f i ) - l ] nl

[
R I - (I + í )
(1 + 0' - 1
-1 ( 8 . 1 1)
y
" (1 + i V
Se t = 1 , tem-se:
-l ( 8.18)

R [(14- i ) n - l ]
Se t = 1 ( período de capitalização unitário), tem -se: v _
( 8.19 )
i
[
R I - (I + Q" ] ( 8.12)
vo í
Exerc ícios

b ) Valor final ( Vn) 1 ) Voltando ao exemplo do reflorestamento ( simplificado ), determine


o seu lucro anual/ha .
Para se determinar o valor final, basta capitalizar todas as
Custo de implantação = US$ 1.000,00/ha
parcelas até o per íodo de referê ncia “ n " . O valor final ser á:
Vn = R + R (1 + i ) ' + R (1 + i )
:t
+ ... + R (1 + i ) C n — I )i
( 8.13)
Receita da venda da madeira em pé aos sete anos = USS
2.300,00/ha
Colocando R em evidê ncia , tem-se: n=7
, i = 8% a.a.
V = R [I + ( I + í ) + (l + i )2
+ ... + ( l + i )t ”- "‘ ] ( 8.14)
V nLucRo = 586,18/ha
Isolando o termo ( 1 + i )' e denominando-o de q , tem-se:
VPL = 342 ,03/ ha
q = (l + i) ' > 1 (8.15)
R = lucro anual = ?
Observe que o termo entre colchetes forma uma progressão
geomé trica crescente, pois a razão q é maior que a unidade. a ) Cálculo pela fórmula do V0
A soma dos termos de uma progressão geométrica crescente é V0 i 342 0,08
dada por: R Íi - q + irl R=
1 - 0.08)-
7 = 65,67 / ha / ano
" i l -(l + i )- B

= an q- - 1
q -a
S„ (8.16 )
b) Cá lculo pela f órmula do Vn
Logo, pode-se escrever:
_ R [ 1 + i)
( * ~ l]
4 R=
Vni
=
586 0,08 65,67 / ha / ano
=
õTTf ^T a.°8) -i
7
v, = R S r ( 8.17) Vn
i

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10S Mareio Lopes da Silva. Laércio f cononuci Florestal


109

2 ) Depositando US$ 1.000,00 mensalmente numa conta de poupan ç a 5 ) Uma pessoa pode comprar um trator florestal pelos
seguintes
que rende 29c a . m ., quanto se ter á ao final de 12 meses? planos de pagamento:
R = 1.000.00 a) à vista por USS 90.000,00; bldez crestai „„„
de
USS 0 000,00 ( postecipadas ) e cl cinco n pl, !,
i = 2 % a . m.
n - 12
'
de USS 20.000,00 ( postedpadas) .
P
^-
b meS ra s

Determine a melhor opção de compra, sabendo que a taxa de juros


'
,

t =1 é de 29c a . m . e a capitalização é mensal.


Vn = ? a ) V0 = 90.000,00

v 1.000[( 1.02 ) 12 - I ] _
13.412.09
b) R = 10.000,00
“ 0.02 t =1
3) Quanto será necessário depositar numa conta de poupan ça que i = 29c a . m.
rende 29c a . m . para que ao final de 12 meses se tenha um montante n = 10
de USS 13.412,09?
IQ. OOOjl ~ (1,02) ~ H> ] _ 89.825,85
V 13.412,09 0 ”
0,02
v« = “
= 10.575,34
( l -t- i ) a (1,02)12
c) R = 20.000
Será necessá rio depósito ú nico de 10.575, 34 ou depósito de 12
parcelas de 1.000,00 ( como encontrado no exerc ício 2 ).
t = 2 (capitalização mensal e parcelas bimestrais)
4) Sendo o custo anual de combate à formiga de USS 20,00/ha , i = 29c a .m.
determine os valores atual e final deste custo considerando um n=5
horizonte de sete anos e uma taxa de juros de 8% a.a .
R = 20
20.0Qo[l ( l,02) t
- 2 i]
'
\ = 88.936,48
(1,02) 2
1 -
n=7
A melhor opção é “c”.
i = 89c a.a.
a ) Valor atual ( V0) ANTECIPADA
SÉRIE PERIÓDICA, TEMPOR ÁRIA, CONSTANTE, IMEDIATA E
„V 20[l - ( l,08) -7 ]
0 —
.
0,08
= 104,13 / ha O esquema a seguir mostra que as parcelas
in ício de cada per
í odo.
sempre ocorrem no

b ) Valor final ( Vn )
R
v _ 2o[( l , 8) - i ] = 178,46 / ha
Q 7
R R R R R
0,08
ou
t t t t t nt per
íodos
vn = V„ ( l + i ) => Vn = 104,13(1,08)
n 7
= 178,46 / ha Ot lt 2t 3t 4t (n- l )t

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Márcio Lopes da Silva, Florestal


110 Economia
,•••• ••••• • ••
* *• • •••• • 111

a ) Valor inicial ( V 0) Se t = 1 ( per


íodo de capitalizaçã o unitá rio ) , tem-se:
Para sc determinar o valor inicial, basta somar
os valores atuais
[ (l + i )- n ](l + i)'
R| —
das parcelas: Vvo = t
( 8.26 )
R R R__ R
( 8.20)
+ + ( n - l )l
b) Valor final (Vn)
V„ R + = (l + i )1
+
(l+ i )2
' (l + + if 0 0
Para se determinar o valor final, basta capitalizar todas as
Colocando R em evid ê ncia , tem-se: parcelas até o per íodo de referê ncia “n”. O valor final será:
1
Vn = R ( l + i) + R ( l + i ) ' +... + R (l + i)
1 1 1 2 w

õ7írv
1 ( 8.27 )
V„ =R 1+ + + - + ... + ( 8.21 )
( i + i )' (I + í )!' (I + í ) Colocando R em evid ê ncia, tem-se:
Isolando o termo ( l +if ' e denominando-o de q, tem-se: í, -,|
V„ = R ( l + i ) ' [l + ( I + i ) ' + ( l + i ) + ... + ( l + i ) l" ‘ ] ( 8.28 )
1
Progressão geomé trica decrescente (8.22) Isolando o termo ( 1 + i ) e denominando-o de q , tem-se:
1
= (l + i ) ‘ < 1
"

q=
0 + i)' -> Progressão geométrica crescente
q = ( 1 + i )' > 1 (8.29 )
Observe que a express ão entre parê nteses na equação 8.21 Observe que a expressão entre colchetes na equação 8.26 forma
forma uma progressã o geomé trica decrescente, pois a razã o q é menor
uma progressã o geométrica crescente, pois a razã o q é maior do que a
do que a unidade (q < I ) . A soma dos termos (Sn) de uma progressã o
unidade ( q > l ). A soma dos termos (Sn ) de uma progress ão
geométrica decrescente é dada pela fórmula:
geomé trica crescente é dada pela f ó rmula:
-a„ q
i -q
(8.23)
s„ = q a
q -1
- . (8.30 )

Sn, an , ã ] , q , conforme definidos anteriormente. Logo, pode-se escrever:


Logo, pode -se escrever: (8.31)
Vn = R . Sn
V0 = R . Sn (8.24) , tem-se:
Substituindo Sn pelos termos da equação 8.28
Substituindo Sn pelos termos da equação 8.20, tem-se:

-l R (1 + i ) ' [(1 + i )*" *' • ( i + i) ~


1 " 1

R I - (I + í )—
[ (n

(l -t- i)
l )t
R[I - (1+ í) 1 (l + i )‘ l -
V
0 . - / i )-'
i O+ 1
1- Desenvolvendo a equação, obt ém-se:
0
+ i )‘
Tirando o m ínimo m ú ltiplo comum no denominador e v Rki -fir - ilii + í) 1
( 8.32)

rearranjando, tem-se:
-i
(i + i)
l

-se:
_ R[I ~ (I + í) l (l + i ) Se t = 1 , tem
( 8.25) [ ] ( i )' ( 8.33)
v _ R (l + i ) - l l +
n
0 + 0' -1

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112 M árcio Lopes da Silva, Laércio A. 0'. Jacovme e Sebasti ão Renato


Valvertje fconotnia Florestal
113

SÉRIE COM DURAÇÃO INFINITA Substituindo S„ pelos termos da equaçã o 8.35 na equa
ção 8.37 e
tirando o m í nimo m ú ltiplo comum do denominador, obt é m -se :
SÉRIE PERIÓDICA, INFINITA, CONSTANTE, IMEDIATA E
POSTECIPADA
R (i + 0' „
Neste caso o nú mero de parcelas ( n ) tende para o infinito . V =
(1 + i)
=R J &L
O esquema a seguir mostra que as parcelas sempre ocorrem I - (1 + i ) O + i) ' -J
final de cada per íodo. no

R R R R
A
oo
v
- R
(i + i )‘ - i
Se t = 1 , tem-se:
( 8.38 )

Ot lt 2t 3t
Valor inicial ( V0)
4t
v« . R
= Ti ( 8.39 )

Para se determinar o valor inicial , basta somar os valores SÉRIE PERIÓDICA , INFINITA , CONSTANTE, IMEDIATA E ANTECIPADA
das parcelas: atuais
O esquema a seguir mostra que as parcelas sempre ocorrem no
V —+
= (l -i )‘ -[
R
(1 + i ) ' (1 + i
2
)3r " ' +
+
£
(i +i )“ —
, com n »oo (8.34 )
in ício de cada per íodo.
R R R R R
Colocando R em evid ê ncia, tem-se:
1 í t t t
v„ = R 1
L (i + i )1
, 1
0 + i) ‘ 2
, 1_
(I + í )3
Isolando o termo ( 1 +i) ' e denominando o d
1
, + ... +

e q , tem -se:
M .L.
1

-
-
( 8.35) 0t
Valor inicial ( V0)
lt 2t 3t 4t

Para se determinar o valor inicial , basta somar os valores aluais


OO

q=
(i + i ) =
(l + i)" < 1 Progressão geométrica decrescente
e
das parcelas:
R
R R R ( 8.40 )
infinita . V0 = R + +"
A soma dos termos de uma progressã o
r+
ÕTõ (T
+

^f õ7If Vir
geométrica decrescente e Colocando R cm evidê ncia, tem-se.
infinita é:
1 1
Sn = .1 - q V0 = R 1 +
(I + 0
1
, +
1
(I + í )!
,+
M
- + ... +
(i + rj
( 8.41 )

(8.36 )
Isolando o termo (1+i) e denominando-o de
'1 q, tem-se:
Logo , pode-se escrever:
V0 = R . Sn q=
1
(l + i) ‘ < 1 Progressão geométrica decrescente infinita
(l + i )‘ =
"

(8.37) ( 8.42)

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114 M árcio Lopes da Silva. Laércio 4. - Economia Florestal


115

A soma dos termos de uma progressã o geomé trica decrescente e


infinita é: R _ 500
° o,oi = 50.000,00
V " “

a “ i
Sn = 1 - q (8.43 )
3) Considerando que o investimento em renorestamento com
eucalipto proporciona uma renda líquida de USS 700,
Logo, pode-se escrever: 00/ha a cada
sete anos, determine o valor atual da renda desta atividade,
V0 = R . S n ( 8.44) -
levando se em conta o horizonte infinito e a taxa de juros a 10%
a.a .
Substituindo Sn pelos termos da equaçã o 8.41 e tirando o
m í nimo m ú ltiplo comum do denominador, obt é m-se: R = 700
R R i = 10% a.a.
° = l - (l + i )"
V ( 8.45)
1 - (1 + 1 (í + í) - I t=7
0' 0 + i) 1

v" R 700
Desenvolvendo a equação, tem-se : (l + i )' - l (l,l )’ l -= 737,84 / ha

No Quadro 9 est ão reunidas todas as f órmulas apresentadas


R (I + ' 0 (8.46 ) neste cap ítulo.

Se t = 1 , tem-se: -
Quadro 9 Resumo de fórmulas
R (l + i )' Juros simples Juros compostos
v„ = (8.47) n
i J = C0 i n Vn = V (l + i )
0

Observaçã o: O valor final ( Vn ) de uma série peri ódica infinita


antecipada ou postecipada n ã o é calculado, pois tende ao infinito .
Ct = C0 (l + in )
vV = Vn
° ——-
(i + i)
Sé nes de pagamentos
EXEMPLOS (Sé RIE INFINITA ) Série periódica imediata constante Sé nc pen ódica imediata constante
perpétua (infinita )
tcmporána (finita)
1 ) Qual deve ser o valor do arrendamento ( ou aluguel ) mensal da terra Períodos m ú ltiplos
Períodos m ú ltiplos
na regi ão de Viç osa, se um hectare de terreno rural custa Antecipada Postecipada
Antecipada Postecipada
USS 2.500,00 e a taxa de juros é de 1 % a. m . ?
R|I-(I + í) ~] (I + í) V
0 =
RIMI H
+í V .= R (l + iV
(1 + iV -l
V„
R
= (1 + iV - l
V„ = — => R = 2.500 - 0,01 = 25,00
1
(í + o- i
(l + i)‘ - l

2 ) O valor do alugue ] de um apartamento de três quartos em Viçosa é _ R[(l + i)“ - l](l + i) '
v
de USS 500,00. Considerando a taxa de juros a 1 % a. m ., qual deve •
ser o valor do imó vel ?
( IH -O -I ”

Continua

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I 16 .
M árcio Lopts Ja Silui Laércio A . G. Ec onomia Florestal
• MM ..
«l „ 117

Quadro 9 - cont. ?)
Períodos unit á rios ( t = D Períodos unitá rios ( I = 1 ) Tn7 á* C m 15
US$ 20.000.00 sendo a taxa de juros
,
°de 6% a*
* •* « anuais de
.a., devendo
a primeira anuidade o to anos depois de realizado o empr ser paga
v„ = R|I - (1 + I ) " ](! * p
- Vo =
-
R [I (1 + I ) " R( 1 + 1 )
vo = *. éstimo'

1 R .: US$ 129.184,01 .
v, = R [IUI )" - l ]( l + i )
i
v, = R [( 1 + 0 * -l] vn -> °°

Vn > °° 8) Uma pessoa deseja depositar anualmente uma mesma import â ncia
num banco, a taxa de juros de 6 % a .a., capitalizados anualmente,
de modo que ao fazer o décimo depósito forme US$ 200.000,00.
Calcule a import ância .
Exercícios
R . : USS 15.173,59.
1 ) Qual é o capital que, colocado a juros compostos de 57c a.a., 9 ) Um fazendeiro reflorestou uma área de sua propriedade há oito
capitalizados anualmente, produz, no fim de dez anos, o montante anos, por USS 30.000,00 o hectare. Por quanto ele deve vender a
de US$ 100.000,00? floresta, para obter um rendimento de 8% a .a ., desconsiderando
R .: US$ 61.391 ,33. outros custos?
2 ) Calcule o montante do capital de US$ 120.000,00, colocados a R . : USS 55.527 ,91 .
juros de 89?- a.a., capitalizados anualmente durante sete anos ? 10 ) Determinada má quina tem um valor de USS 280.000,00 e d á um
R .. USS 205.568, 91 . rendimento mensal de USS 35.000,00, durante 20 meses, sem
3) Qual quantia deve ser colocada , no in ício de um semestre, num considerar desgastes ou outros custos. Considerando-se uma taxa
banco que paga juros semestrais de 67c , de modo que se obtenha, de juros alternativa de 10% a.m., convém ou não investir nesta
no fim de cinco anos, o montante de USS 40.000,00? má quina ?
R .: USS 22.335,79. R .: Sim ( VPL = USS 17.974,73).
4) Pela compra de uma propriedade foram feitas as ofertas: 11 ) Você tem duas oportunidades de investir determinada quantia . A
a ) USS 200.000,00 à vista e USS 250.000,00 no fim de seis anos; possibilidade A lhe d á um rendimento anual de USS 100.000,00,
anos .
durante 15 anos, e a B lhe d á USS 250.000,00 ao final de 15
b ) USS 150.000,00 à vista e USS 50.000,00 anualmente, durante
A juros de 6% a.a . , qual a melhor possibilidade ?
seis anos.
R .: B ( V0 = 104.316,26).
Qual a proposta mais vantajosa para o comprador, supondo-se que
a taxa corrente de juros é de 67c a.a.?
R .: Proposta “a” ( V0 USS 376.240,14 ).
=
5 ) Qual d í vida pode ser amortizada por 25 prestações anuais de
USS 10.000,00 cada uma, sendo a taxa de juros de 87c a.a.?
R.: USS 106.747,76.
6 ) Qual d ívida pode ser amortizada em 12 prestações mensais de
USS 10.000,00, sendo a taxa de juros de 57c a . m. , devendo o
pagamento da primeira mensalidade ser efetuado no ato da
realização do empréstimo?
R .: USS 93.064, 14.

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••••••••• •••••••••••••••••» « « # •••• M i ,,, , * •••


•• •••
capítulo 9
CUSTOS

CUSTOS NA EMPRESA FLORESTAL


A seguir serã o apresentados alguns custos
envolvidos na
produção florestal.

CUSTOS DE SALáRIOS
Sã o os custos provenientes do pagamento de mão-de-obra, nos
diversos setores da empresa. As formas mais comuns de pagamentos
de salários são: mensal - salário fixo e pago periodicamente ( todos os
meses ); e por tarefa ou empreitada - pago por servi ço acabado.
Quanto às formas de pagamento da mã o -de-obra , devem-se
considerar os seguintes aspectos:
a ) O salário mensal (ou por dia/hora) é mais indicado para aqueles
trabalhos que devem ser feitos com precisão e cuidado, pois
requerem qualidade. Neste caso, deve-se controlar a quantidade de
trabalho executado . Exemplo: alguns trabalhos de viveiro e plantio.
b ) O salário por tarefa ou empreitada é mais indicado para aqueles
trabalhos que n ão exigem muito cuidado ou precisão. Neste caso, a
produção é elevada , mas deve-se controlar a qualidade do servi ço.
Exemplo: roçadas e algumas operações de colheita.

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.
Márcio LopeS (la Silva Laércto A . G J <lcov Economia Florestal
120
^ .
.. » •••••• •
••
121

A forma mais comum de depreciação e que será abordada neste


ENCARGOS SOCIAIS E BENEFíCIOS texto é a linear, na qual o valor do bem diminui em taxas constantes
Est ã o diretamente ligados aos custos de sal á rios e se destinam a ao longo de sua vida ú til , conforme se observa na equaçã o 9.1 e na
promover seguran ç a e bem-estar social . Podem representar entre 50 e Figura 62.
100% do valor do salá rio, sendo esta varia ção devida ao tipo de
atividade da empresa e aos benef ícios oferecidos aos funcioná rios. V-R
Os encargos dividem-se em: obrigat ó rios (encargos sociais ) - D= (9.1 )
n
INSS , fé rias, 13e sal á rio, FGTS etc . ; e volunt á rios ( benef ícios) -
moradia, á gua. luz, alimentação, transporte, plano de sa ú de , seguros em que V = valor de aquisiçã o;
etc . R = valor do resto (sucata ); e
Podem-se enumerar vá rias formas de benef ícios: n = vida ú til ( anos).
1 ) Seguros para trabalhadores e empregados, como planos de sa ú de e
seguro de vida.
$
2) Melhoria da moradia, como constru çã o de novas casas, á gua
encanada e energia elétrica. V
3 ) Melhoria das condiçõ es de. trabalho, como transporte , utilizaçã o de
ferramentas adequadas, treinamento de pessoal e cursos de
segurança no trabalho.
4 ) Lazer dos funcion á rios, como construçã o e manuten çã o de pra ç a de R
esportes, promoçã o de competi ções com premiações etc.
n anos *
Estas formas de custos sociais variam de empresa para empresa
e trazem benef ícios aos trabalhadores relacionados a educa çã o,
servi ç os médicos, cooperativas de consumo de alimentos e roupas . Figura 62 - Depreciação linear de um bem .
Estes benef ícios têm a finalidade de motivar os trabalhadores, uma
vez que o sal ário por si só não é eficiente nesta prá tica.
EXEMPLO DE DEPRECIAçã O DE UM TRATOR
CUSTOS DE DEPRECIAçãO Valor de aquisi ção: US$ 100.000,00
Valor residual : US$ 15.000,00
Correspondem aos custos provenientes do uso de bens
que n ã o Vida útil: cinco anos
s ã o consumidos em um ano: bens de capital (custo fixo)
.
As causas para que existam os custos de deprecia 100.000 - 15.000 17.000,00 / ano
reposi çã o de peça devida ao uso; tempo -
çã o sã o: uso -
ferrugem e desgaste; e
D=
5
=
modernas.

desatualiza çã o, ou obsolesc ê ncia aparecimento
de má quinas mais Trabalho/ano
H á tr ê s tipos de depreciação: com taxa
1.000 horas = 17.000,00/ 1.000 = 17 ,00/h
constante (linear), com 2.000 horas = 17.000,00/2.000 = 8,50/h
taxa decrescente e com taxa crescente .

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M á rcio Lopes da Silva, Laércio A G. Jacovine e Sebasti ão Renato Valverde


Economia Florestal 123
122

EXEMPLO
CUSTOS DE JUROS
Correspondem ao pagamento pelo uso do capital , pró prio ou de
Valor da terra: US$ 500,00/ha
terceiros. Estes custos dividem-se em: juros reais - capitai emprestado Taxa de juros ( i): 10 % a .a .
-
(empréstimo); e juros calculados capital pró prio da empresa . R = 500,00.0,10 = ÚSS 50,00/ha/ ano
O capital divide-se em:
a ) Bens de duração limitada - Exemplo: máquinas , instalações e
equipamentos que t ê m uma vida ú til limitada. CUSTOS DE MATERIAL
A f ó rmula para c á lculo dos juros neste caso ê: Surgem do consumo de bens no período de um ano de trabalho
e material de
V da empresa. Exemplo: óleo, livros, machados, mudas
J= —2 i.

construção.
em que V = valor de aquisi çã o; e
i = taxa de juros. CUSTOS DE TERCEIROS
serviço à
Representam o pagamento às firmas que prestam terceiros
EXEMPLO DE Cá LCULO DOS JUROS DE UM TRATOR comuns realizados pelos
empresa florestal . Os trabalhos mais
de cercas, vigilância, alimentação,
Valor do capital investido: US$ 100.000,00 são; corte, transporte, construção
a formigas etc . Os serviços de terceiros requerem um
Taxa de juros ( i): 10% a.a . combate .
da qualidade e da quantidade
controle rigoroso
100.000,00 •
J = 2
0,10 = US$ 5.000,00/ano
Trabalho/ano CUSTOS DE RISCO
que podem ocorrer dentro
1.000 horas = 5.000.00/1.000 = US$ 5,00/h Os custos de risco são alguns danos
ou seja , sã o influências externas que
2.000 horas = 5.000,00/2.000 = US$ 2,50/ h de uma empresa florestal ,
, cujas frequências
, datas e
interrompem os processos planejados , um
b ) Bens de duraçã o ilimitada - Exemplo: terra. tamanhos são desconhecidos
antecipadamente , exigindo, portanto
de pragas e
. Exemplo : ataque
A terra é o capital básico de qualquer produtor florestal, sendo planejamento flexível para a empresa desabamento de estradas e
doenças, incêndios florestais, seca
muito importante considerar seu custo na an álise econ ómica . Há várias ,
possibilidades teóricas de se tratar o custo da terra na atividade florestal , acidentes. de
porém a mais comum é considerar os juros sobre o capital investido, ou estes custos por meio
Podem-se compensar ou diminuir de riscos e passa-se a ter
sei a. refere-se a um custo anual como se fosse um aluguel da terra. seguros. Neste caso, deixa se de ter custos
-
O custo anual da terra ( R) é calculado pela seguinte f órmula: custos de seguros.
R = VT . i
em que VT = valor da terra ( USS/ha ) ; e
i = taxa de juros ( % a.a.).

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124 .
M árcio Lopes da Silva, Laércio A C. Jacovine e Sebasti ão Renato Valverde Economia Florestal
125

CUSTOS DE IMPOSTOS Locação de talhões, estradas


Os principais impostos cobrados das empresas sã o:
IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano
IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
estaqueamento, visando demarcar

preservação permanente. ^Tak pS^aJoTmudas


as areas para estradas e aceiros, bem como as de v a e
reserva legal e
Consirução de cercas - Opera ção de extrema import â
°
ncia,
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados manualmente, de preferencia com estacas tratadas e arame farpadofeita
.
ICMS - Imposto de Circulaçã o de Mercadoria e Serviços Construção de estradas e aceiros - Normalmente é feita
com
motomveladora e tratores de esteira com lâ mina, caminhão caç amba e
pá-carrcgadeira.
-
CUSTOS ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES Construção de obras de arte - Em alguns trechos do terreno é
FLORESTAIS necessário construir pontes, represas, bueiros etc. Podem ser feitos por
terceiros ou n ão.
Dividem -se em custos de: a ) implantaçã o, b) manutenção, Preparo do solo - Envolve operações mecanizadas do tipo araçã o,
c ) colheita , d ) reforma e e) administração. gradagem leve ou pesada, subsolagem e cultivo m ínimo. Incluem-se a
a) Custos de implantação correção e adubação do solo, que podem ser feitas em covas ou na
São aqueles relacionados com todas as operações até o primeiro á rea sistematicamente .
ano do projeto. Entre eles, podem-se citar: Alinhamento , marcação e coveamento - Consistem em demarcar a
Elaboração do projeto - Contrata-se, normalmente, um técnico orientação de plantio e do espaçamento entre árvores e entre fileiras,
especializado para elaborar o projeto florestal. Este projeto pode ser bem como em fazer as covas para colocação das mudas. Em á reas
implementado com recurso próprio ou ser apresentado aos órgãos de acidentadas, esta operação é realizada manualmente e, em planas,
financiamento ou governamentais para registro, Inclui custos de pode ser semimecanizada .
viagens, estadias, trabalho de escrit ório e despesas administrativas. Combate a formigas - É feito na implantaçã o e nas manutenções
Desniatamento - Em algumas regi ões onde são implantadas florestas anuais. Utilizam-se termonebulizador costal , formicida em pó ,
existe a necessidade de retirada da vegetaçã o nativa , normalmente brometo de metila e iscas granuladas.
caatinga ou cerrado. O desmatamento pode ser realizado Combate a cupins - No passado colocava-se um cupinicida na cova
mecanicamente ( trator de esteira com corrent ão) ou manualmente misturado ao adubo. Este tipo de proteção, geralmente, nã o tem sido
( motosserra ou machado), dependendo da topografia e das condi ções usado pelas empresas, a n ão ser que realmente a área esteja muito
da mão-de-obra da regi ão. infestada pela praga. J á se encontram no mercado iscas cupimcidas
Desloca - Operação em que se arrancam, retiram da área e depositam em que têm uma maior facilidade de aplicação e uma boa efici ê ncia.
local apropriado tocos e raízes da vegetaçã o recé m-desmatada, feita Produção de mudas - Consiste na realização de v árias suboperaç oes,
normalmente por tratores de esteira, com lâmina frontal . que incluem desde a coleta ou aquisição de sementes, ou coeta e
estacas, até a obtenção das mudas prontas para o plantio. —
e ser
Encoivaramento e queima - Enleiramento de galhos finos, impróprio *

para o aproveitamento econ ómico. Em alguns locais é permitido o uso própria ou adquirida de outras empresas especializadas.
preparada.
do fogo como ferramenta silvicultural para eliminar os res íduos, .. área devidamente .
Plantio - É a colocação das mudas .na .
visando facilitar as operações posteriores. Vale ressaltar que a
. queima Pode ser feito manualmente em pequenas á reas c semimec
é uma técnica ambientalmente indesejá vel, portanto áreas mais extensas.
deve-se usá-la
somente quando n ão houver outra alternativa .

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Mareio Lopes do Silva, Laércio A C. Jacovine eSebMtião R to Valverde
126
^ Economia Florestal
127

Replantio - Após determinado per íodo, faz-se vistoria na área


florestada ou reflorestada e plantam-se mudas nas covas onde houve e descarga da madeira no pátio da f á brica ou outro centro
de consumo
dano demasiado ou morte de mudas recém-plantadas. As operações normalmente são semimecanizadas ou mecanizadas
.
Irrigação das nuulas - Em determinadas regiões ou é pocas, é necessária d ) Custos de reforma
a irrigação para o sucesso do plantio. Naquelas empresas onde o plantio é Após o ú ltimo corte de uma floresta, como a de
eucalipto, que
feito o ano inteiro, a irrigação é uma operação rotineira. -
pode ter vários cortes, termina se o ciclo e é necessária a reforma da
b) Custos de manutenção área . Neste caso .
alguns custos que ocorreram na implantação da
floresta , como preparo do solo, plantio, replantio etc., tomam-se
Referem-se àqueles custos que incorrem a partir do final do ano
reincidentes e se referem ao custo de reforma.
zero ( ano de implantação ) até o in ício da colheita final. Dentre eles,
destacam-se: e) Custos de administração
-
Conservação de estradas e aceiros Operaçã o em que normalmente Variam muito em razão da dimensã o da empresa e do tipo de
são utilizados tratores de pneus com grade, motoniveladoras, controle pretendido. Referem-se às atividades gerenciais.
herbicidas ou ainda capina manual. administrativas, contábeis, de controle e de outros serviços gerais, como
telefonia. Um procedimento usual é considerar estes custos como um
-
Capinas ou roçadas Operaçã o de erradicaçã o de plantas invasoras,
percentual dos custos totais da empresa. No caso de empresas florestais,
que exercem efeito de competi ção com as mudas plantadas. Podem ser
estes custos tê m variado em tomo de 15 a 20%. Algumas atividades
manuais ou mecanizadas, incluindo-se també m capinas qu ímicas com
requerem maior administração, como a colheita florestal.
herbicidas.
Conservação de obras de arte - Visa à conservação de pontes,
passagens, t úneis, barragens, mata-burros etc. FATORES QUE AFETAM OS CUSTOS DAS ATIVIDADES
Combate a formigas e outras pragas - Operação anual de controle dos FLORESTAIS
insetos que causam prejuízo às florestas e aos seus produtos. Algumas
empresas estão utilizando o monitoramento de infestação em suas Os custos das atividades florestais podem ser afetados por
á reas e combatendo apenas aquelas com alta infestação. vários fatores:
Desbastes e desramas - Para florestas destinadas a uso mú ltiplo,
especialmente peças de maiores dimensões. Estas operações são
FATORES QUE INFLUENCIAM NOS CUSTOS DE IMPLANTAçAO
necessárias para obtenção de madeira com melhor qualidade.
Desbrotas — Muitas vezes, em algumas florestas em regime de
desbastes, é necessário o controle da brotaçã o das cepas, que pode ser
Fatores locais
a) Qualidade dos solos
mecânico ou qu ímico. Em florestas, como a do eucalipto, após o corte
b) Topografia .
raso, faz-se a condução da brotação por meio da retirada de brotos,
deixando de um a três por cepa. c) Pragas e doenças
Construção de cercas - Operação de extrema importância, feita Outros fatores
manualmente, de preferê ncia com estacas tratadas e arame
farpado . a) Área a ser plantada
c) Custos de colheita b ) Espécies florestais
e replantio)
São aqueles relacionados com as opera c) Método de plantio (espaçamento, equipamentos
i ções de abate,
desgalhamento, traçamento, extração, empilhamento , d ) Organizaçã o do trabalho
carga, transporte
J

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128 Márcio Lopes da Silva, Laércio A. G. Jacovine e Sebastião Renato


Valverde Economia Florestal
129

FATORES QUE AFETAM OS CUSTOS DE PRODUçãO DE MUDAS j) Organiza ção do trabalho


Os custos de produção de mudas dependem , principalmente, de: j) Dist ância de arraste ou extração
a) Método de produção: Produção sexuada (sementes) ou k) Densidade e conservação das estradas
assexuada
( estacas, microestacas etc.).
l ) Dist ância do local de consumo
b) Quantidade a ser produzida: Maiores quantidades podem atingir
m)Tipos de corte ( raso e seletivo)
uma produ ção em escala que faz o custo diminuir.
c) Espécie: Algumas espécies necessitam de maiores cuidados e
tratos OUTROS CUSTOS IMPORTANTES NA ATIVIDADE
durante a produçã o de mudas.
d ) Produção própria ou por terceiro: A empresa poderá, em vez
de FLORESTAL
produzir mudas, adquiri -las de empresa especializada. Em alguns
casos, a empresa poderá adquirir as mudas por um preço menor do que Ser ã o apresentados, ainda, três importantes custos na atividade
o seu custo, haja vista que a outra empresa especializando-se apenas florestal , a saber:
na produção de mudas, pode trabalhar com um custo menor. No
entanto, deve-se alertar para o problema da qualidade, pois a produção CUSTOS DE ESTRADAS
de mudas é encarada como uma operação estratégica no setor florestal;
é por meio dela que se determinará o sucesso do plantio. Estradas bem conservadas são indispensáveis na empresa florestal,
e) Embalagem ( saco pl ástico ou tubetes): Apesar de principalmente na colheita. São vantagens dessa conservação:
as grandes a) Facilidade de transporte dos trabalhadores, minimizando os custos
empresas já estarem adotando há muito tempo a produção de mudas
em tubetes, algumas empresas ainda utilizam os sacos pl ásticos. da empresa.
A
produção de mudas em tubetes exige um investimento inicial alto, b) Divisã o das áreas, facilitando o planejamento e o manejo florestal.
mas que será compensado pela diminuição dos custos das c) Redução das distâncias no baldeio.
operações no viveiro e no transporte de mudas, além das melhorias
d ) Melhoria do transporte da madeira para a fá brica ou pátio.
ergon ómicas do trabalho.
Os componentes dos custos de estrada são:
FATORES QUE INFLUENCIAM O CUSTO DE COLHEITA a) Custo de construção (depreciação )
b) Duração da estrada (anos )
Os principais fatores que afetam o custo da colheita são: c) Manutenção
a) Condições locais (clima e topografia) d) Preço do terreno
b ) Tipo de floresta ( natural e plantada) e) Ren ú ncia de uso do terreno ( ha)
c ) Espécies florestais f) Taxa de juros
d) Diâmetro ou volume das árvores (tempo de corte de 1 3
m)
e) N ú mero de trabalhadores por turma EXEMPLO
f ) Treinamento do trabalhador
Construção: US$ 4.000,00/100 m
g) Tipo de sal ário
h ) Equipamentos utilizados
Manutenção: US$ 100,00/ano/ 100 m
Duração: 20 anos

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il p
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iros. 06/02/2023 19:26:00
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130 Murao Lopes da Silva. Economia Florestal 131

Preço do terreno: USS 700.00/ha CUSTOS DE MÁQUINAS


Area: comprimento: 100 m -
Nos custos das máquinas devem se considerar: custos fixos
largura: 8 m (depreciação, consertos, juros, garagem e seguros e impostos) ; e
Taxa de juros: 127c a.a. custos variá veis ( manutenção, sal ário do operador e combust í vel).
a) Depreciação
EXEMPLO DE Cá LCULO DO CUSTO/ HORA DE UM TRATOR
D= — 00,00
20
= 200,00/ano/ 100 m Dados:
Valor de aquisição: USS 25.000,00
b) Juros
Valor do resto: USS 2.500,00
J = 4.000,00.0,12 = 240,00/ano/ 100 m Vida útil: 6 anos
Taxa de juros: 12% a.a.
c ) Manutenção Garagem: USS 1.000,00/ano
M = 100/ano/ 100 m Seguros e impostos: USS 2.000.00/ano
d ) Ren ú ncia do terreno Sal á rio do tratorista: USS 210,00/mês
perda de área = 100.8 = 0,08 ha Encargos sociais: 68% do salário
tratorista incluindo os encargos
valor = 0,08.700,00 = 56,00 Manutenção: 20% do salário do
sociais
custo anual = 56.0,12 = 6,72/ano Consumo de combust ível : 5 litros
/hora
Custo total anual da estrada = a + b + c + d = USS 546,72/ 100 m ou I litro = US $0 ,50
USS 5.467,20/km
Consertos: 50% da depreciaçã o
/ano )
Cálculo do custo fixo total CFT
(
CUSTOS DE PROTEçãO Deprecia çã o:
Existem três subgrupos que caracterizam os custos de proteção: V R 25.000,00 2.500
- - ,00
^ D = 3.750,00 / ano
D= 6
1 ) Profilaxia - Diz respeito aos cuidados necessários para se evitar
0

risco de ataques indesejáveis (fogo, insetos etc.). Exemplo: uso de Consertos: 3.750,00.0,50 = 1.875,00/ano
e
equipamento de proteção,, manutenção de aceiros limpos Juros: J ( V/2) . i
=
de pessoal .
treinamento J (25.000,00/2) . 0,12
=
-
2 ) Advertê ncia Diz respeito às atividades exercidas para se detectar J 1.500,00/ano
=
o risco e impedir que ele aconteça. Exemplo: servi ço de rá dio com
Garagem: 1.000,00/ano
torres de incê ndio. ano
- Seguros e impostos: 2.000,00/
3 ) Combate contra perigos Atividade ataque propriamente dita .
de
CFT: US$ 10.125,00/ano
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132 M á rcio Lopes da Silva, Laércio A. G. Valverje Economia Florestal


»
•*»•••. 1 133

Cálculo dos custos variá veis ( CV /hora ) Assim, a partir destes c álculos,
fica identificado
Salário do tratorista: 25 dias por mês - 8 horas por dia
.
( 210 ( X ) . l ,68) /( 25.8) = 1.76/ hora
Manuten ção: 1 ,76.0,20 = 0, 35 / hora
equil íbrio ou de nivelamento, ou seja , aquele n ú mero o ponto de

é ilustrado na Figura 63.


de horas
máquina deve trabalhar por ano, a fim de justificar sua aquis oque a
çà Isto .
Combust í vel : 0,50.5 = 2,50/ hora
CV / hora: US$ 4,61 / hora 25
Os custos do trator variam em função da quantidade de horas 20
trabalhadas no ano. Os cálculos são apresentados no Quadro 10. CTMe
Observa-se que, quanto mais horas o trator trabalhar por ano, menor 15 14 ,73

será o CFMe e, conseqiientemente, menor o CTMe. 11.36


10
9.67
Quadro 10 - Custos do trator em fun çã o das horas trabalhadas no ano 5

Horas de Custo fixo/hora Custo vari á vel Custo total / hora o


1878
trabalho/ano ( CFMe ) médio ( CVMe) 0 500 1 000 1.500 2 000 2 500
( CTMe ) Horas de trabalho por ano
500 20,25 4,61 24,86
1.000 10, 12 4,61 14,73 Figura 63 - Nmúémero de horas trabalhadas em fun ção do custo total
dio CTMe.
1.500 6,75 4,61 11 ,36
2.000 5 ,06 4,61 9 ,67

Se o preço de aluguel de um trator é de US$ 10,00/ hora, quantas


horas no ano um trator deve operar para justificar a sua aquisi o pela
çã
empresa?

CTMe = CFMe + CVMe


CTMe =
(CFT/x ) + CVMe
10,00 = ( 10.125,00/x ) + 4,61
( 10.125,00/ x ) = 5, 39
x = 1.878 horas.
Se o trator trabalhar mais de 1.878 horas por
ano, compensa
adquiri -lo.

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cap í tulo 10
AVALIA çãO DE PROJETOS FLORESTAIS

Projetos de investimentos são toda aplicação de capital


em
qualquer empreendimento, com a finalidade básica de obter receitas
Sendo assim, supõe-se que possam ser quantificados em termos
monet á rios .
A avaliaçã o econ ó mica de um projeto baseia-se em seu fluxo de
caixa, que consiste nos custos e nas receitas distribu ídos ao longo da
vida ú til do empreendimento. Normalmente, o fluxo de caixa é
considerado uma sequ ê ncia de n ú meros reais ( Xj; j = 1 , 2, ..., n ), em
que Xj representa a receita l íquida de cada per íodo j, obtida pela
diferen ça entre receitas e custos associados ao projeto, durante o
j-é simo período de tempo.
De forma geral , os projetos de investimento podem ser
classificados em convencionais e nã o-convencionais; compat íveis e
incompat íveis; e dependentes e independentes.
Projetos convencionais - Quando, ao longo do seu fluxo de caixa,
ocorre apenas uma mudança de sinai, ou seja, a partir de um per íodo
de tempo, a receita l íquida passa a ser positiva. Exemplo: implantação
de um reflorestamento e corte final aos sete anos.
-
Projetos não-convencionais Quando, ao longo do seu fluxo de caixa,
ocorre mais de uma mudança de sinal . Exemplo: implantação de uma
floresta e colheita aos sete anos, seguida de reformas e colheitas
sucessivas a cada sete anos, mudando o sinal da receita l íquida.

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Economia Florestal
136 M á rcio Lopes da Silva, Laércio A. G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde 137

-
Projetos compatíveis Quando a implementação de um n ão impede a
implementação dos demais. Exemplo: apicultura e eucaliptocultura.
Projetos incompatíveis ou mutuamente exclusivos - Quando a
execução de um deles impossibilita a implementaçã o dos demais. O
:
Viabilidade ambiental ou

SsarSSr
economico, pol í tico e t écnico; poré m , se
correta , talvez ela nã o seja implantada.
n ão for ambientalmente

uso do eucalipto para conten çã o de erosão é incompat í vel , por


exemplo , com o seu uso para energia.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÓMICA DE
Projetos dependentes - Se a execução de um afeta a rentabilidade PROJETOS
do outro. Exemplo : eucalipto e uma cultura agr ícola numa mesma
á rea . H á vários métodos de avaliação. Cada um se baseia em
Projetos independentes - Se a rentabilidade de um não depende da determinadas premissas e n ã o h á consenso de qual mé todo é mais
implementaçã o de outro . Exemplo: eucalipto e uma cultura agr ícola indicado. Podem-se dividir os m é todos em dois grupos principais:
em áreas diferentes. Primeiro grupo - Compreende aqueles em que n ão se considera a
variação do capital no tempo. Tais métodos são indicados para
horizontes de planejamento muito curto, em que n ão há inflação. São
TESTES DE VIABILIDADE DE PROJETOS DE eles: tempo de retomo do capital ( pay back period ). razã o
-
receita/custo e razão receita m édia/custo.
INVESTIMENTO
Segundo grupo - Compreende aqueles mé todos em que se considera a
Todo projeto antes de ser implementado deve ser submetido a variaçã o do capital no tempo. São eles: valor presente l íquido Í VPL ) .
/C ), valor
testes de viabilidade . Os principais sã o: taxa interna de retomo (TIR), razão benef ício/custo ( B
equivalente ( VPE ) ou benef ício (custos ) periódico
Viabilidade técnica -Verificar se h á tecnologia e conhecimento peri ó dico
equivalente ( B(C)PE) e custo médio de produção CMP
( ).
suficiente para realizar o projeto. Exemplo: Implantar um .
tanto no
reflorestamento no deserto é invi á vel , pois não h á tecnologia; e Cada um dos m é todos mencionados anteriormente
no segundo grupo , ser á discutido mediante um
implantar um reflorestamento homogé neo com espécies nativas é primeiro quanto
11.
arriscado. exemplo de quatro projetos listados no Quadro
-
Viabilidade económica Se as receitas superam os custos , isto é, se
XRi > XCi , do ponto de vista privado. Quadro 11 - Custos e receitas de quatro projetos
Viabilidade financeira Se há recursos disponíveis para Custo
Receitas
Projetos
implementaçã o do projeto. Ano 2 Ano 3 Ano 4
inicial Ano 1
-
Viabilidade social Se, para a sociedade como um todo, o projeto é
A 50.000 25.000 25.000
ben é fico. Inclui os custos e benef ícios sociais . 5.000
25.000 25.000
-
Viabilidade política Se é vi á vel do ponto de vista pol ítico, ou seja B 50.000
20.000 15.000 15000
se h á interesse pol ítico no projeto. Muitas vezes esta decisão prevalece c 50.000 10.000
15 000
10.000 15.000
sobre as demais. Se o projeto vai render votos ou promoção do D 50.000 20.000
partido . O projeto que gera maior n ú mero de votos é o mais vi á vel do
Fonte: Faro ( 1979).
ponto de vista pol ítico.

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Sebastião kconomia norestai
138 Márcio Lopes da Silva, Laércio A. G. Jocovinee ^ • ••« , ««
#

139

RAZãO RECEITA/CUSTO - R/Q


PRIMEIRO GRUPO: MéTODOS QUE NAO CONSIDERAM A
VARIA ÇÃO DO CAPITAL NO TEMPO É a relação entre o somatório das receitas e o dos custos:

TEMPO DE RETORNO DO CAPITAL - TRC IRi / ICj ( 10.1 )


Assim , os projetos teriam as seguintes relações:
Consiste em verificar qual projeto apresenta o menor tempo de
para que o somat ório
retorno de capital , ou seja , é o tempo necessá rio A= 50.000/ 50.000 = 1 ,0
das receitas iguale ao somat ório dos custos. B = 55.000/50.000 = 1, 1
No caso dos projetos A e B , o tempo de retorno do capital seria C = 60.000/50.000 = 1 ,2
de dois anos , enquanto no projeto C dependeria das caracter ísticas
deste. Assumindo que seja linear a distribuição de receita no tempo, D = 60.000/50.000 = 1,2
tem-se que o TRC nos projetos C e D seria igual a três anos e quatro
meses ( 15.000/ 12 meses = 5.000/4 meses ). Projeto Ordenaçã o dos projetos com base na relação R/C

Projeto Ordenaçã o dos projetos com base na TRC A 3


A 1 B 2
B 1 C 1
C 2 D
D 2
Podem-se fazer as seguintes observações, com relação a R/C:
- Projeto com razão R/C < 1 n ão é viá vel, já aquele com maior R/
O TRC apresenta as seguintes vantagens: Cc
- Simplicidade e facilidade de aplicaçã o. considerado o melhor .
( TRC ).
- Utilização em á reas de rá pido avanço tecnol ógico, em que os - Apresenta resultado incoerente com o método anterior
equipamentos ficam obsoletos muito depressa. Exemplo: Á rea de -N ão contempla a ordem das receitas (C e D ) .
computa çã o e informá tica.
- Utilização em projetos que envolvem alto risco.
- Não contempla o valor do capital no tempo.
- Utilização em á reas em que o capital investido tem de dar retorno
RAZãO RECEITA MéDIA/CUSTO - RM/C
rá pido.
pelo custo. Aquele que
As desvantagens do uso do TRC são estas: Calcula-se a receita média e a divide
- É indiferente na escolha dos projetos A e B , isto é, não considera as C será melhor.
apresentar maior razão RM/
receitas obtidas, após o retomo do capital . ( 10.2)
- Ignora a ordem de ocorrê ncia das receitas , como é o caso de RM /C = ZVn
comparação entre D e C, ou seja , o projeto D é prefer í vel ao C. IC
n ú mero
- N ão contempla o valor do capital no tempo. em que n = horizonte do projeto, isto é, o

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140 M árcio Lopes da Silva , Laércio A. G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde £conomia Florestal
141

A = ( 50.000: 2)/50.000 = 0,50 SEGUNDO GRUPO: M éTODOS m IP


B = ( 55.000: 3)/50.000 = 0,37 VARIAÇÃO DO CAPITAL *
C = ( 60.000: 4)/50.000 = 0,30 VALOR PRESENTE LíQUIDO - VPL
D = ( 60.000: 4 )/50.000 = 0,30 É a diferen ça do valor presente
das receitas menos o
presente dos custos. Assim, valor

Projeto Ordenação dos projetos com base na rela çã o RM/C 1=0


,
VPL = Z R (l + i )'J £C (l + i)-i
-j0= J
( 10.3)
A 1 em que Rj = valor atual das receitas;
B 2 Cj = valor atual dos custos;
i = taxa de juros;
C 3
j = período em que a receita ou o custo
D 3 ocorrem; e
n = n ú mero máximo de per íodos.
O projeto que apresenta o VPL maior que zero
(positivo)
Podem-se fazer as seguintes observações com relaçã o à RM/C: economicamente vi á vel, sendo considerado o melhor aquele é
que
apresenta maior VPL. Para uso deste método é necessá ria a defini
- Apresenta incoerê ncia do projeto B em comparação com o A, pois, de uma taxa de desconto. Exemplo: taxa mínima de atratividade.
ção
de acordo com esse mé todo, o projeto A é melhor.
Os projetos A, B, C e D apresentam os seguintes VPLs, sob a
- Ignora a distribui ção das receitas no tempo. taxa de desconto de 12% a .a.:
Algumas conclusões a respeito dos métodos do primeiro grupo VPLA = 25.000/ 1 ,12 + 25.000/( 1 ,12)2 - 50.000 = - 7.748,73
- Os métodos diferem entre si. VPLB = 25.000/ 1,12 + 25.000/( 1,12)2 + 5.000/( 1,12)3 - 50.000 = -
- 4.189,83
- Os métodos n ão conduzem a resultados consistentes. VPLc = 10.000/1,12 + 20.000/(1,12)2 + 15.000/(1,12)3 +
- No Brasil, tais mé todos n ão são apropriados , pois a taxa de juros é + 15.000/( 1,12) - 50.000 = - 4.918,08
4

muita alta e, na área florestal , os projetos são de médio a longo VPLD = 20.000/ 1,12 + 10.000/(1,12)2 + 15.000/(1,12)3 +
prazo. Logo, esses mé todos não são indicados. 4
-
+ 15.000/ ( 1 ,12) - 50.000 = 3.961,45
- O TRC pode ser utilizado em caso de desempate e em áreas que Com a taxa de 12% a.a., nenhum desses projetos é viável e
envolvem alto risco e, ou, mudan ça rápida de tecnologia. apresenta a seguinte ordenação;

- Os mé todos são aplicados em países de economia est á vel e Projeto Ordenação dos projetos com base no VPL
investimentos de curta duração devido, principalmente, à sua
A 4
simplicidade.
B 2
C 3
D 1

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142 Márcio Lopes da Silva, Laércio A. G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde fccotioinia Florestal
143

Sc a taxa for mudada de 12 % a .a. para 7% a.a., repetindo os ser entendida como a taxa percentual do retomo do capital investido .
cá lculos, tê m-se os seguintes VPLs e nova ordenação: Sua f órmula é dada por:
_
Projeto VPL Ordenaçã o dos projetos com base no VPL £= R ,(I +
J O
TIR ) J
= XCj
r= >
i
(l + TIR )
~
( 10.4 )

A - 4.799,55 4 Em projetos convencionais existe apenas uma TIR , e naqueles


B - 718,06 3 n ão-convcncionais pode-se encontrar mais de uma taxa que anula o
C 502,46 2 . -
VPL . Logo deve se escolher a taxa mais coerente, real e n ã o-
1 negativa.
D 1.113,87
Dessa forma, a avaliação será baseada na TIR do projeto. Se
esta for maior que a taxa m ínima de atratividade (TMA ), significa que
Observações o projeto é vi á vel. Assim, o projeto que fornecer a maior TIR será
- À taxa de 7 % a.a., os projetos C e D passaram a ser vi á veis, poré m D considerado o melhor.
é o melhor. Vantagens
- Quando se altera a taxa de desconto, a ordem de preferê ncia també m - N ão é preciso estimar a taxa de desconto.
pode mudar.
- Bom para comparar alternativas de investimento.
- Este é um dos mé todos que apresenta menos falha , na maioria das
Desvantagens
situações conduz ao resultado correto.
- O método não considera o horizonte do projeto, ou seja, se os projetos - Existe maior dificuldade de an á lise nos seguintes casos: projetos
analisados possuem diferentes durações, ou tempo de maturação, há mutuamcntc exclusivos , projetos de duraçã o diferente e projetos de
necessidade de se corrigirem os horizontes. Exemplo: a ) idade ótima de tamanho diferente . Exemplo: carrinho de pipoca x f á brica de
corte de cinco anos e b ) idade ótima de corte de dez anos.
celulose.
- Cá lculo requer computadores.
i Devc-sc observar o
- N ão considera o montante dos investimentos, isto é, o tamanho do
Projeto A j- que pode ser feito
com o capital neste projeto.
de
0 5 10 período. - Em projetos não-convencionais é possível a existência de, mais
uma TIR . Ent ão, deve-se optar por aquela taxa que for real
positiva
Projeto B e não-absurda.
0 5 10 M étodos de determinação da TIR
os c álcul
Matemático - Programa de computadores que pode fazer
- O VPL traz implicitamente a consideração do tamanho do projeto ou até encontrar a taxa que anula o VPL.
órmula.
o volume de capital investido.
Tentativa/erro Manualmente, substituindo valores na f
-
Gráfico - Traçando-se uma
y ,
TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR em porcentagem constitui o eixo x e o VPL
E a taxa de desconto que iguala o valor presente das receitas ao
valor presente dos custos, ou seja, iguala o VPL a zero. També m pode
o valor da TIR . Escolhem-se duas taxas 9uais£
plota-o num gráfico ( Figura 64 ) e unem-se os p * uern
cula.se 0 VPL ,
uma reta.

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144 Márcio Lopes da Silva. Laercio A. G Jacovine e Sebastião Renato Valverde
.
Economia Florestal
145

No local onde a reta cortar o eixo x ( abscissas ) ter-se -á o valor Observa çã o: O projeto será

r , -
vi á S< aSUaTIR
aproximado da TIR . TMA . Assim , considerando-se u m, vel , \ for maior que a
projetos é vi á vel . A ordenação nem 2% aa nenhum < <»
VPL adotado pelo mé todo do VPL.
sempre coincide com o *
cmé no

RAZÃO BENEFÍCIO/CUSTO (B/C)


Consiste em calcular a razã o entre
o valor atual das receitas e
valor atual dos custos: o

—(—% ao ano) È R , (i + i )- J

( 5% ) ? ( 10%) =4
i B/C
.
IHC O + i )-
*
) ( 10.5 )

O projeto é economicamente viável se apresentar a razão B/C


>
1. O projeto é tanto mais indicado economicamente, quanto maior a
Figura 64 - Mé todo gráfico de determinaçã o da TIR . razão B/C .
Pode -se dizer que se B/ C > 1 > VPL > 0 => TIR >TMA .
=
-
Tomando se os projetos A, B, C e D, já considerados anterior-
-
Fixando se uma taxa de juros de 7% a .a., os valores da razão
mente no Quadro 11 , a TIR apresenta os seguintes valores:
benef ício/custo dos projetos A , B , C e D, anteriormente exemplifi -
Projeto A: 50.000 = 25.000 / ( 1 + IA ) + 25.000/ ( 1 + IA )2 > IA zero cados, podem ser calculados.
= =
:
Projeto B: 50.000 =
25.000 / ( 1 + IB) + 25.000/ ( 1 + IB ) 2 + 5.000/ =
Projeto A: B /C = [25.000 / (1 + 0,7) + 25.000/ ( 1 + 0,7) ] / 50.000 0.93
( 1 +IB) 3 > IB = 6,04 %
= 2
Projeto B: B/C = [25.000 / ( 1 + 0,7 ) + 25.000/ ( 1 + 0,7 ) + 5.000/
Projeto C: 50.000 = 10.000 / ( l +fc) + 20.000/ (1+lc)2 + 15.000/ (1+0.7)3] / 50.000 = 0,99
( 1 +Ic) 5 15.000/ ( 1 +Ic)4 > Ic = 7,43%
= 2
Projeto C: B /C [ 10.000 / ( 1 + 0,7 ) + 20.000/ (1 + 0,7) + 15.000/
=
Projeto D: 50.000 = 10.000 / ( 1 + ID) + 20.000/ ( 1 +ID)2 + 15.000/ 4
( l -t-0,7 )3 15.000/ (1+0,7) ] / 50.000 = 1,01
( 1+ID) 3 15.000/ ( l +rD)4 > ID = 8,02%
= 2
Projeto D: B/C = [10.000 / (1 + 0,7) + 20.000/ (1 + 0,7) + 15.000/
A ordenaçã o dos projetos será: 3
( 1 + 0,7) 15.000/ (1 + 0 ,7 ) ] / 50.000 - 1 ,02
A ordenação dos projetos será:

^õjS^^E^ilí^
Projeto Ordenaçã o dos projetos com base na TIR
Projeto Ordenaçãol
A 4 '

A 4
B 3
B 3
C 2
C 2
D 1
D 1

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Economia Floresta!
146 . .
Márcio Lopes da Silva Laércio A G. Jacovin
147

Projeto i = 12% a a
Observa ções: i = 7% a a
VPL B( C )PE
- A ordenação n ão necessariamente coincide com os outros critérios Ordenação VPL
listados anteriormente nos mé todos de avaliação.
A 2 - 7.748,73 -7585.9 f 4
Bí CjPE
- 4 799.55 - 2.654.84
Ordenação

B 3 - 189.83 - 1.744.43
4 4
- Este mé todo, assim como a TIR , não considera o tamanho do 3 - 718.06 - 273.59 3
projeto.
C 4 - 4.918,08 - 1.619.20 2 502.46 148.20
D 4 - 3.961.45 - 1.304.25 I
2
I 113.87
- Este método é muito aplicado pelo governo em projetos pú blicos, em 328.85 I
que considera custos e benef ícios sociais. a ) Sendo i = 12% a.a.:
- A razão B /C pode ser manipulada. B (C ) PEA = - 7.749 [ 1 ,12 - 1 ] / [ l . l /(
U 2)2] = - 4.585,91
Ex.: C0 = 10.000 B (C ) PEB = - 4.190 [ 1 ,12 - 1 ] / [ l _ i /( i j 2)3] _ j
= 744 43
Cs = 2.000 -
B(C)PEc = - 4.918 [ 1 ,12 1 ] / [ 1 1/( 1,12)4 ]
- = - 1.619,20
R 5 = 18.000 - -
B (C ) PED = 3.961 [ 1 ,12 1 ] / [ l - 1 /( 1 , 12)4]
= 1.304,25 -
b ) Sendo \ — 1 /c a.a., os cá lculos são idê nticos, mudando-se apenas
= 5% a.a.
i
VPL e a taxa de desconto.
o
Assim.
Observações :
B/C = [ 18.000/ ( 1 ,05)5] /[ 10.000 + 2.000/( 1 ,05)5] = 1 ,22
Seja agora :
- Quando todos os projetos têm a mesma duração, a ordenação destes
pelos crité rios do B (C ) PE e VPL coincide .
R *s = Rs - Ç? = 18.000 - 2.000 = 16.000 ( receita l íquida) - Este critério também leva em conta o tamanho dos projetos , sendo
Logo, esta uma de suas grandes vantagens .

B /C = [ 16.000/( 1 ,05)5] / 10.000 = 1 ,25 ( valor diferente ) - Este critério é muito ú til na escolha de equipamentos alternativos,
para execução de uma tarefa. Exemplo: O equipamento 1 custa 100
e dura cinco anos, enquanto o equipamento 2 custa 200 e dura oito
anos. Qual seria o melhor equipamento sem fazer an álise? Depende
VALOR PERIóDICO EQUIVALENTE ( VPE ) OU BENEFíCIO da taxa de juros.
(OU CUSTO) PER ÍODO EQUIVALENTE - B ( C) PE
- Este crité rio, por trazer os custos ou benef ícios por unidade de
Este critério transforma o valor atual do projeto ou o seu VPL tempo, elimina a necessidade de equalização dos horizontes, pois já
em fluxo de receitas ou custos peri ódicos e cont ínuos, equivalente ao estão impl ícitas as diferenças de horizontes, ou seja, tem a vantagem
valor atual, durante a vida ú til do projeto. de permitir a comparação de projetos com durações diferentes.
B (C) PE = VPL [( 1 + i )‘ - I ] / [ 1 - ( I + i) w]
( 10.6)
CUSTO MéDIO DE PRODUçãO - CMP
Para determinar o BíQPE é necessário primeiramente obter o
Consiste em dividir o valor atual do -custo pela produçã
VPL de cada projeto e a sua duração, conforme o total
o exemplo a seguir:
equivalente:

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148 Marao Lopes Ja Silva , Laêrcio A. G Jacovine e Sebastião Renato Valverde Economia Florestal
149

£ c , (i + i)- i = 10% a.a .


Seja i
CMP = ( 10.7 ) CTA = 640 + 25/( 1.1 > + 18/( 1 , 1 ) 2 + 80/C 1 1 )H + 85/( 1, 1 )13
+ 150/( 1 , 1 )"
£ PT,(I + í)- I
+ ( 32 + 18) [ I - I /OJ
pl )

em que CTj = custo total atualizado em cada per íodo: e


CTa = 1.158,22 ^
J/OJ

PTj = produção total equivalente em cada per íodo. CTn = 540 + 20/( 1 , 1 ) + 15/( 1 , l )2 + 100/( , )
11 " + 150/íUI , l )' 5 +
( 32 + 18) [ 1 - l /( l , l ) l 3]/0 j
Observação: Produ ção equivalente é a quantidade produzida
descontada ou atualizada pela taxa de juros. CT „ = 1.026 ,63
- Cá lculo do volume equivalente ou volume atualizado, para trazer os
EXEMPLO valores do volume para a mesma é poca dos custos.
QTA = 60/( 1 , 1 )K + 60/( 1 , 1 )12 + 150/( 1 ,1 )15 = 83.02 mVha
Cá lculo do CMP de um povoamento de Pinus teadci ( Rezende e
Oliveira, 1993). Os custos de implantação e manutenção encontram- se QTb = 100/( 1 , 1 )" + 17()/ ( l , l )15 = 75,75 m 3/ha
no Quadro 12.
CMPa = 1.158, 22/83,02 = 13,95/ m
3

Quadro 12 - Custos de implantação emanutençã o de povoamento de CMPB = 1.026 ,63/75,75 = 13,55/ m3


Pinus teada em dois espaçamentos Como CMPA > CMPb, do ponto de vista deste critério,
recomenda-se que os plantios sejam feitos no espaçamento 3 x 2 m. j á
Itens de custo Projeto A Projeto B
que nesse espaçamento o custo para se produzir 1 m ’ de madeira é
espa çamento 2 x 2 metros espa çamento 3 x 2 metros
menor.
Ano de Valor Ano de Valor
ocorrência ( USS/ha ) ocorrê ncia ( USS /ha ) Observação: Para se saber se o projeto é vi ável, o custo médio de
Implantaçã o 0 640.00 0 540,00 produção deve estar abaixo do preç o do produto no mercado. O
I * capina I 25.00 I
cá lculo do CMP é ú til porque permite saber qual é o ponto onde se
20.00
2' capina 2 18,00
opera a um custo mínimo de produ ção.
2 15,00

Colheita do 1 desbaste 8 80.00 II 100,00
Colheita do 2“ desbaste 12 85.00
Colheita do corte final 15 150 00 15 170,00 ANáLISE ECONóMICA PARA DIFERENTES
Custo anual da terra .
I , .. 15 32.00 1 15 32.00 RESTRIÇÕES DE CAPITAL
Custo proteção/ manutenção

..
1 15 18.00 1 , .. , 15 18,00
-
Produção do 1 desbaste 8 60 mVha II lOOmVha Numa an á lise económica é necessário saber tamb
ém o montante
Produ çã o do 2a desbaste 12 60 mVha Exemplo: Um ind v d uo dispõe de 18
dispon ível para se investir.
quaro p t .
Produ çã o do corte tlnal 15 150 mVha 15 170 m '/ha 100.000,00 que poderiam ser aplicados em
Fonte. Adaptado de Rezende e Oliveira , 1993. alternativos, mostrados no Quadro 13.

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150 Márcio Lopes da Silva, Laércio A G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde

Quadro 13 - An á lise econ ómica de quatro projetos alternativos

Projeto Capital investido VPL Ordem


A 100.000 20.000 1
B 60.000 ' 10.000 2
C 30.000 y 95.000 7.000 y 21.000 3

11
D 5.000 4.000 4
capítulo
Usando-se o crité rio do VPL. a ordem decrescente de
viabilidade será A , B , C e D . É importante observar que, com o
dinheiro que possui , o indiv íduo poderia investir nos projetos B , C e
D, totalizando um investimento de US$ 95.000,00 e obtendo um VPL
de US$ 21.000,00 . Ressalta-se que os projetos B, C e D são APLICAçõES PRáTICAS
compat í veis. Al é m de os investimentos nos projetos B , C e D serem
menores que no A , obteve-se, mesmo assim, um VPL maior,
indicando, portanto, que a melhor alternativa é investir nestes três
projetos. DETERMINAçãO DO PREçO MíNIMO DE VENDA
DA MADEIRA
A determina ção do preço mínimo de venda da madeira é
importante para que o administrador florestal possa ter um referencial
de preço que o ajude na negociação com seus clientes.
Para ilustrar esta situação, utilizam-se os custos estimados e os
dados de um reflorestamento a ser implantado numa determinada
região, que são apresentados no Quadro 14.
madeira
Quadro 14 - Dados para o cálculo do preço mínimo de venda da
Ano de ocorrê ncia Valor
Item
0 USS 800.00/ha
Custo de implanta çã o
1 US$ 130,00/ha
Custo de tratos culturais USS 80.00/ ha
Custo de tratos culturais 2
US$ 50.00/ha
-
Custo de roç ada pré cortc
7
US$ 45,00/ha
Custo anual (administração,
combate a formigas etc.) -
17
USS 3,50/ m
7
Custo da colheita 220 mVha
7
Volume do primeiro corte USS 400,00/ha
Valor da terra 8% a.a .
Taxa de juros alternativa 10% a.a .
Rentabilidade mínima desejada

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Economia Florestal
152 .
Márcio Lopes da Silva Laércio A. G .
« ... 153

Com esses dados, a viabilidade do projeto pode ser calculada


pi = Pb - custo de colheita
pela determinação do preço mínimo de madeira empilhada e do preç o PI = 16,11 - 3,50 = US$ 12,61/m1
mínimo de venda da madeira em pé .
ou , ainda, calculando-se a expressão a seguir:
a ) Determinaçã o do pre ç o m í nimo de madeira empilhada
O preço de madeira empilhada ou preço bruto ( Pb) inclui custo (40 + 45)|l - ( l ,ir 1 220
de colheita , feita pelo propriet á rio .
800 +
130
1,1
1
U*—
80) , 50
i.i* õi =
T7 PI
Fluxo de caixa
1.423,78 = 112,895 PI => PI = US$ 12,61 / m1

0 2 3 4 5 6 7 anos
800 130 80 50
45 45 APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
40 40 ECONÓMICA
770
Para obter uma rentabilidade de 10% a . a ., tem-se: Ainda com rela ção aos dados do Quadro 14 e considerando-se o
Custo anual da terra ( Ca ) = 400.00 . 0, 10 = 40,00/ha 1
Pb = US$ 15 ,00/ m , calcule:
Para calcular o Pb, basta somar os custos atualizados e igual á-
los à receita atualizada:
a) Valor presente l íquido ( VPL)
b) Custo médio de produção (CMP)
130 80 50 (40 + 45)[l - (1,1) ~7 ] 770 220
800 +
1,1 w +
0,1 u 7
'

u 7
• Pb
c ) Valor peri ódico equivalente ( VPE)
3 d ) Razão benef ício/custo (B/C )
=
1.818,91 = 1 12,895 Pb > Pb = US$ 16,11/m
1
Vendendo a madeira empilhada ( Pb ) por US$ 16 , 1 l / m , pode-se e) Taxa interna de retomo (TIR)
obter uma rentabilidade de 10% a .a. no projeto, maior, portanto , que a Para obter esses indicadores econ ó micos deve-se , inicialmente,
taxa de desconto do mercado, que é de 8 % a.a. fazer um fluxo de caixa e calcular o valor atual dos custos (V0CT) e o
Algumas quest ões devem ser consideradas: valor atual das receitas ( V 0RT) , utilizando a taxa de desconto
1 alternativa ou taxa mínima de atratividade de 8% a .a.
• Vender a madeira a um preço menor que US$ 16, 1 l /m d á preju ízo? Fluxo de caixa
•Qual deve ser o preço m ínimo para que o proprietário n ão tenha
preju ízo? 220m3 . 15 = 3.300/ha
b) Determinação do preço m ínimo de venda da madeira em pé
( explora çã o feita pelo comprador) 0 2 3 4 5 b 7 anos
O preço de madeira em pé ou preço l íquido ( Pl ) representa o 800 130 80 50
45 45
preço da madeira sem ser colhida . Assim, o Pl pode ser encontrado da
seguinte forma : 400.8% 400.8%
770

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154 Márcio Lopes da Silva, Laércio A . G. Jacovine e Sebastião Renato Valverde

Economia Florestal

Cá lculo 155

VnCT = 800 + —
—1.08
130
+
80
(1.08) 2
50
- + (1.08 )
|
(32 + 45)[l
0.08
- (1.08) 7
'
] [
770
(1.08) - = 1.868.31 / ha
7
220 15
( l + T)7 =
!
^—
8 0 0 + - .+
l + T (l + T)J
Resolvendo essa expressão, tem-se:
.
^ -a
i
T
L- + < 400 _ [l - ( l + T )
+ T) ’
T
~T

+-
_
( l + T )1

220 T = 8,6% a.a .


V Rl = (1,08)7 - 15 = 1.925,55 / ha
Sendo T igual a 8,6% a.a., o custo anual
da terra é de US$ 34,40
( 400.0,086). /ha/a.
a; VPL = V0RT- V 0CT
\ PL = 1.925,55 - 1.868,31 = 57,24
DETERMINAçãO DO PREçO MáXIMO DE
VPL = US$ 57,24/ha
O VPL de US$ 57 , 24/ ha ARRENDAMENTO DA TERRA
h ) CMP = VoCT/ produção equivalente Uma empresa deseja arrendar uma á rea
de terra numa
determinada regi ã o, reflorest á- la e vender a madeira a uma f á brica de
1.868.31 1.868,31 celulose e papel, localizada a 40 km de distância. O preço pago
CMP =- 220 128,37 =
US$ 14,55 / m 3
atualmente pela madeira colocada no pátio da fá brica é USS 16,50/ m3,
H,08) 7 e a colheita e o transporte serão por conta da empresa.
3
Pum se produzir 1 m de madeira, o custo médio é de Empresa Fábrica
USS 14,55 Portanto, para que o projeto seja viá vel , deve-se vender a
madeira a um pre ço superior a esse valor.
40 km
c) O VPE, ou BfCjPE, é dado pela seguinte fórmula:
-
B ( C ) PE = VPL f ( l + i )‘ 1 ] / [ 1 ( 1 + i) w] - - Com base nos dados do Quadro 15, calcula-se o preço máximo
de arrendamento que a empresa pode pagar por hectare de terra nessa
Logo, regi ã o, a fim de que não tenha preju ízo, considerando apenas um

_ -
B ( C ) PE = 57 24 LLU8) - I ] ' ( I ( 1 ,08) 7] = 10,99/ ha/ano ú nico corte , aos seis anos de idade .
O VPE, ou B (( PF de US* I o, y9/ha/ano representa o lucro anual
equivalente proporcionado pelo projeto de reflorestamento em questão. -
Quadro 15 Dados para o cálculo do preço máximo de arrendamento
da terra
d ) B /C = V RT / VnCT
0 Itens Ano de ocorrência Valor ( USS)
650 ,00/ha
0
B/C = 1.925,55/ 1.868,31 = 1.03 Custo de implantação
Custo de tratos culturais i 120.00/ha
A B/C de 1 ,03 é superior à unidade, portanto o projeto é viá vel , Custo de tratos culturais 2 70.00/ha
Custo dc roçada pré-corte 6 45.00/ha
e ) TIR
Neste caso, o custo anual da terra
Custo anual ( administra ção, combate a formigas etc.) 16- 60.00/ha
3.00/m’
será (400 . T), pois depende Colheita 6
da taxa de desconto utilizada . Logo, a TIR será aquela taxa de Custo de transporte 6 0.07/km/m’
desconto que igualar ambos os lados da expressão a seguir: Volume estimado no sexto ano 6 230 m /ha ’
Taxa de juros alternativa 6% a.a

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I 5t> ,1/iin .
Z. I '/ »< .' « Ai SiIui Líincio A G Jacovine t,conomia rioresnn
157

Fluxo de caixa
230 m . 16,50 DETERMINAçãO DA DISTâNCIA MáXIMA DE UM
REFLORESTAMENTO ATÉ A FÁBRICA
0 2 3 4 5 6 anos Ainda , com base nos
650 120
60
70
60 preço real da terra na regi ão é de US$ ISO*00/
máxima do renorestamemo até a ábnea " hJ t admitindo ^uc
'
H
0

690
1.288 Considerando-se preço bruto:
Cá lculo do preço bruto Custo anual da terra = 350.0,06 = 21

•Custo de colheita = 230.3,00 = 690,00/ ha 230 16.50


(1.06T = 6504- J1.06 —
324. ( ,Z2
1 06) J
.
L

( 1,06 )*
[-
, < 60 + 2 l ) l ( 1,06)"
0.06
!+ 690
+
0,07 2 D 230

•Custo de transporte/ ha = 0,07 . 3( 2 . 4 0 km ) . 230 nr = 1.288/ ha =


(1,06)* (1.06 )'

= 5,60/m . .
2.675 33 = 1.741 95 + 11.34986 2D => D = 41 km
. "|, all - q .06)
, 120 , , [
^
-
230 16.50 70 45 6Q|- ( I 06) 690
+
I 288 A distâ ncia má xima do reflorestamento até a f á brica, a fim de
- CJO I
(1.06)* 1.06 (1.06)- (1.06) * 0.06 0.06 (1.06 )* ( 1.06 )* que a atividade seja vi á vel , é de 41 km . Esse tipo de cálculo torna-se
muito importante quando se quer estabelecer áreas de fomento,
= .
2.675,33 2.546 68 + a (4.917) determinando o raio má ximo, em relação à f á brica, onde dever ão ser
a = US$ 26, 16/ ha/ano implantados os reflorestamentos.
O preço máximo de arrendamento de um hectare que a empresa
pode pagar para que a atividade seja vi á vel é de US$ 26, 16, ROTAçãO T éCNICA E ROTAçãO ECONóMICA
considerando uma taxa de 6% a.a.
Caso a taxa de juros suba para 8% a.a., o valor máximo de O termo rotaçã o refere-se à idade na qual se planeja cortar os
arrendamento passa a ser de US$ 3,93/ha, ficando impossível achar um povoamentos eqiii âneos.
proprietário que irá arrendar a sua terra por este valor, que é muito baixo. A rotação técnica ( rotação silvicultural ) corresponde à idade em
O valor do arrendamento para plantio de uma floresta poderia que o incremento mé dio anual ( IMA ) é m áximo e igual ao incremento
ser comparado ao do arrendamento para outras atividades. Por corrente anual ( ICA ). Esta rotação resulta na produçã o de m á ximo
exemplo, o valor do arrendamento de pastagem na regi ão de Vi çosa é volume médio por ano. J á a rotação econó mica é aquela que maximiza
em torno de USS 120,00/ha/ano, que está bem acima do encontrado os retornos do investimento nas atividades florestais, ou seja.
para a atividade de reflorestamento. proporciona lucro máximo ao investidor.
Uma consideração a ser feita é que os cá lculos se basearam em Uma das vantagens do uso da rotação de máxima produti \ idade
um ú nico corte, mas sabe-se que o eucalipto, por exemplo, pode ter volumé trica é a facilidade de sua determinação, mas. caso o objeti \ o
at é três cortes sucessivos sem reforma do plantio. da empresa seja a maximização do lucro, o ideal será utilizar a rotação
Cá lculo do preço l íquido ( madeira em pé ) econ ó mica, que leva em consideração não apenas o volume de
madeira produzido , mas també m os custos e as receitas da produçãc .
Faça, como exerc ício, os cá lculos, considerando o preço l íquido
da madeira: submetidos a dada taxa de desconto.
PL = 16.50 - ( 3,00 + 5.60) = USS 7,90/m 3

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Economia Florestal
158 Már c
-
A G Jacovine e Sebastião Renato
Valverde 159

Fluxo de caixa
Cá lculo da rotação técnica
220 540
Os dados do Quadro 16 possibilitam fazer os cá lculos da
rotação t écnica . Neste exemplo, a idade t écnica encontrada foi
1.060 -
1 490 1.830 2 090 2.300 2.480 2.600

aproximadamente, de cinco anos. 0 2 3 4 5 6


700 82 7 8 9 anos
70
Quadro 16 - Dados para determinação da rotação técnica
30.
32 30
Ano PFT PFMe ( IMA ) PFMa ( ICA ) 32
( m '/ ha ) ( mVha/ano) (mVha/ano) Custo da terra = 400.0,08 32,00/ha
0 =
Cá lculo do valor final do custo total (
22 22,00 22 VnCT)
2 54 27,00 32 Ano 1 ) VnCT = 700 (1,08) + 82 + 62 = 900,00/ha
3 106 35,33
4 149 37,25
52
43
Ano 2) VnCT = 700(l,08)2 + 82(l ,08) + 70 + 62 ll^08 ll = 1.104
0,
~
. ,00 / ha

5 183 36,60 34 R. técnica ou ainda:


6 209 24,03 26
7 230 32,86 21 VnCT = 900( 1,080) + 70 + 62 = 1.104,00/ha
8 248 31,00 18
9 260 28,89 12
Ano 3)

ou ainda :
VnCT = 700(1.08 )' + 82(1,08)* + 70(l ,08) +
^
62 1,08
0,08 ^ = 1.254,32 / ha

O Quadro 17 apresenta os dados para 0 cá lculo da rotação


econ ó mica . VnCT = 1.104 ( 1 ,08) +62 = 1.254,32/ha
Ano 4 ) VnCT = 1.254, 32 ( 1 ,08 ) + 62 = 1.416,67
Quadro 17 - Dados para determinação da rotação econó mica Ano 5 ) VnCT = 1.416,67 ( 1 ,08) + 62 = 1.592,00

Dados Ano 6) VnCT = 1.592,00 ( 1 ,08) + 62 = 1.781,36


Custo de implantação US$ 700,00/ha Ano 7) VnCT = 1.781 ,36 ( 1 ,08) + 62 = 1.985,87
Custo no lc ano US$ 82,00/ha Ano 8) VnCT = 1.985,87 ( 1 ,08) + 62 = 2.206,74
Custo no 22 ano US$ 70,00/ha Ano 9) VnCT = 2.206,74 ( 1 ,08) + 62 = 2.445,28
Custo anual US$ 30,00/ha
Preço da madeira em pé US$ 10,00/ha -
No Quadro 18 encontram se os cá lculos para determinação da
rotação económica . A rotaçã o econ ómica ou idade ótima de corte é
Valor da terra US$ 400,00/ha obtida quando o VPL é máximo, 0 que ocorre no sexto ano
Taxa de juros 8% a.a.

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o Renato Valverde Uconomia Florestal


160 M árcio Lt> pes da Silva, Laércto A G Jacovme e Sebastiã 161

O cá lculo do VET bascia-se na


VPL marginal ( - 10,97 ), obtido no sétimo ano, indica que
dlda ú m
^
negativo do -
( RT CT ), excluindo o custo da terra, a ser obtida de uma
a colheita deve ocorrer antes deste per íodo. cu
( reflorestamento) .
Quadro 18 Determinação da rotação econ ómica ( idade ótima de
- EXEMPLO
corte )
Ano PFT Rcc , CT acumulado VnUx:RO VOLUCRO VPL Com base nos dados do reflorestamento apresentados no
( nrVha ) lotai US$/ ha USVha ( VPL ) marginal Quadro 19, determine o valor máximo que se pode pagar pela terra
US$/ ha US$/ ha nua numa determinada regi ão.
0 700 - 700
1 22 220 900 -680 -
Quadro 19 Dados de um reflorestamento com três cortes sucessivos
2 54 540 1.104 -564
- 194 Item Valor
3 106 1060 1.254
4 149 1490 1.416 74 54.39 Custo de implantaçã o US $ 6(K) ,(X)/ha
5 183 1830 1.591 239 162,66 108,27 Custo - Ia ano US$ 70,00/ha
6 209 2090 1.780 310 195,35 32,69 Custo - 2a ano US$ 60,00/ha
7 230 2300 1.984 316 184,38 - 10,97 Custo anual (exceto custo da terra) US$ 45 ,0< )/ha
8 248 2480 2.216 264 142,63 Preç o da madeira empilhada US$ 12 ,00/m 3
9 260 2600 2.455 145 72,54 Custo de colheita US$ 3,00/m3
Custo de condução da brotação (8a e 15a anos) US$ 25 ,00/ha
Volume no l 2 corte (7 anos) 240 m3/ ha
Exercício
Volume no 2a corte ( 14 anos) 192 m3/ ha
Faça um gráfico indicando a receita total , o custo total e o lucro Volume no 3a corte (21 anos) 154 mVha
em fun ção da idade e verifique a idade ótima econ ómica de corte . USS 9,00/m3
Preço da madeira em pé
Taxa dc juros 8 % a . a.
VALOR ESPERADO DA TERRA (VET) ou VALOR
DA EXPECTATIVA DO SOLO ( VES) Fluxo de caixa
2.160 1.728 1.386
O VET é um termo florestal usado para representar o valor T t T
presente l íquido de uma área de terra nua , a ser utilizada para a 7 8 14 15 21 anos
0 1 2
produ ção de madeira , calculado com base numa sé rie infinita de i
rotações. Este crité rio é mundialmente conhecido e utilizado para i i i I
600 70 60 25 25
determinar rotação econ ómica e preço má ximo de compra de terra
45
nua , considerando série infinita, bem como selecionar projetos 45
alternativos.

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162 Economia Florestal


••••••
MH
* ...
MM!

163

Procedimentos
rrentSnTo S
a ) Cá lculo da receita total e do custo total

V „ RT = 2.160( 1,08)
14 ?
no final de 21 anos

+ 1.728( 1,08) + 1.386 + = 10.691 ,83 / ha


^^ el

Observaçã o: Se o valor da terra for igual


'CrranUa é de US$
a US$ 1.167,53/ ha o custo
Para que

.
anual da terra será: 1.167,53.0,
V „CT= 08 = 93,40/ ha
ôôtXl. ) + 70(1.08) 60(1 08)
OS
21 20
+ ,
19
+ 25(1,08)
13
+ 25(1,08) +6
Vn custo da terra = 93,4o[( l,08 ) 21 - ll = 1.167,53[(l 08) ]
,
2
' - 1 = 4.709,50 /ha
45[(l 08) ' - l ]
2 0.08
,
5.982 21 , / ha
V 0 custo da terra = 4.709,50
(1,08)” -1 = 1.167,53/ha
0,08
V„ receita l íquida = 10.691,83 5.982,21 - = 4.709,62/ha Este custo neutraliza o lucro que a terra proporcionaria,
pois:
10.691 .83 4.709,62 10.691,83 5.982, 21 4.709,50
+ -0

(1,08) - 1 ( 1 ,08) ”- 1 (1,08) ” - l
0 21 anos 0 21 anos
5.982.21
2.650,54 - 1.483,01 + 1.167,53 = 0
O VET, por considerar o horizonte infinito, é amplamente
b ) Considerando um recebimento perpé tuo de 4.709,62 a cada 21 anos , utilizado na análise económica de projetos florestais, pois elimina o
tem -se problema de se compararem projetos com diferentes durações .
4.709,62 4.709,6 4.709,62 935,59 935,59 935,59
oo
=z oo
0 21 42 63 0 21 42 63 VALOR PRODUTIVO DE UM POVOAMENTO (Vp)
Observe que se podem corrigir os valores de uma sé rie antecipada:
Os terrenos e os povoamentos florestais constituem o capital
_ 4.709,62 básico de qualquer empresa florestal. Uma tarefa importante do
(1,08)” =
0 935,59 manejador é estabelecer um valor para o povoamento, para a terra ou
para ambos ; outra é ter que avaliar um povoamento florestal, que
c) Cá lculo do valor presente dessa sé rie infinita ainda não atingiu o estágio de maturação ou idade de corte. Nesse
caso, h á vários custos e receitas que ocorrerão no futuro, os quais
V„ RL =
4709,62 935,59(1,08)” devem ser considerados na aná lise.
.
(! 08)!i - I .
(l 08f - l = 1.167,53 /ha = (VET)
A finalidade do Vp é fazer a avaliaçã o de florestas para fins de
compra e venda, indenização (incêndios), desapropriação ( linhas de
O valor esperado da terra ( VET) transmissão, estradas e barragens) e loteamento.
representa o V0 da receita
liquida de USS 4.709,62/ ha que
a terra proporcionaria , em O cá lculo se baseia nas receitas líquidas e nos custos futuros,
perpetuidade, a cada 21 anos .
Conseqiientemente , o preço má ximo que descontados para a idade de avaliação ( m ).

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164 M á rcio Lopes da Silva, LaercioA .


u. J U L U V I U C c JCC /W. M 4MW
voiverde /ÍU/ » *»'

165

EXEMPLO 1
.
No Quadro 20 encontram-se os dados para o cá lculo do valor
637,50 2.550,00 7ó[l - (l,08) *|
produtivo de um povoamento .
'

Vp / ha = ( |

1.08)" (1,08)‘ 0,08


Quadro 20 - Dados para o cá lculo do valor produtivo de um Vp/ ha = US$ 1.408,05/ha
povoamento Como a área do reflorestamento é de 10 ha, o valor total da
Item Valor madeira na área será de USS 14.080,50/ 10 ha.
Reflorestamento com idade de quatro anos Area de 10 ha O valor da desapropriação será a soma dos valores produti vo e
( idade e ano de avalia çã o) da terra , podendo ser expresso da seguinte forma:
Desbaste previsto para o 82 ano 75 m7ha Valor da desapropriação: Vp + valor da terra
Corte final previsto para o 122 ano 300 mVha Desapropriação: 14.080,50 + ( 450.10) = USS 18.580,50/ 10 ha
Preç o da madeira em pé ( preç o l íquido) USS 8, 50/ m 3 O valor total a ser pago para a desapropria ção da área descrita
Custo anual (administraçã o, combate a USS 40,00/ ha será de USS 18.580,50.
formigas, limpeza etc .)
Valor da terra USS 450,00/ ha
EXEMPLO 2
Taxa de juros 8 % a .a.
Considerando os dados do exerc ício anterior, será calculado o
o
Receitas l íquidas futuras ( USS/ha) valor produtivo do povoamento, sabendo-se que o ano de avaliaçã
, ainda não foi
Desbaste: 75.8,50 = 637 ,50 coincide com o ano de desbaste e que este, porém
realizado.
Corte final: 300.8,50 = 2.550,0
Custos futuros ( USS/ ha/ano) Fluxo de caixa
2.550.00
Custo anual ( administração, combate a formigas, limpeza, supervisão 637,50
etc.) = 40,00 T
T
10 11 12
Custo da terra = 450,00.0,08 = 36,00 8 9
1
1
>
637,50 2.550.00 76 76 76
76
T t
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Cá lculo
i
4 5
i 4
6 7
i i
8
i
9 10
i
11
i
12 ànos
l 637 ,50 21550I00 _ 7ó[l (l,08
-
0,08
rJ = USS 2.260 10 /ha
,

V / ha ~ (1.08)
4
40+36 40+36 40+36 40+36 40+36 40+36 40+36 40+36
’ (l ,08)°

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Economui 1 torestai
'

Marco Lopes '•'í/r 167


166

Os tratamentos estudados basearam -se no n í vel de


EXEMPLO 3 Esses tratamentos sã o descritos a seguir:
fertilização
Considerando os dados do exemplo 1 , ser á calculado o
, sabendo-se que o ano de
valor Tratamento 0 ( T0 ) - An á lise económica do reflorestamento sem
nrodut í vo do povoamento e que este
avaliação
, poré m , ainda considerar a fertilização florestal.
ano do corte final
coincide
realizado.
com o n ã o foi

Tratamento I ( T / ) Adubação inicial ( 250 kg/ha = cinco sacos de 50
kg = US$ 40,00/ ha ) . O volume aumenta 5% em relaçã o a T0.
Nesse caso, o valor produtivo é igual ao valor do corte final
conforme mostra a equa ção a seguir: Tratamento 2 ( T 2 ) - Aduba çã o inicial + 50 kg de adubo ( US$ 8,00)
- em cobertura, por hectare, nos anos 1 , 3 e 5. O volume aumenta 15%
2.550,00 76Íl (l,08) ° ]
- = 2.550,00 / ha em relaçã o a Tj.
Vp '
0,08
(1 ,08)" Tratamento 3 ( T 3 ) - Adubaçã o inicial + 100 kg de adubo ( USS 16,00 )
em cobertura, nas mesmas condições anteriores. O volume aumenta
9 % em relação aT2.
DETERMINAçãO DO MELHOR N íVEL DE Tratamento 4 ( T4 ) - Aduba ção inicial + 220 kg de adubo ( USS 35, 20)
FERTILIZA ÇÃ O em cobertura, nas mesmas condições anteriores. O volume aumenta
2% em rela çã o a T3.
O custo de fertilização é um dos custos que mais pesam na A seguir são mostrados os fluxos de caixa dos diferentes
implantação de uma floresta, sendo de fundamental import â ncia tratamentos:
determinar o melhor n ível de sua aplicaçã o.
Será realizado um estudo de caso para demonstrar como se Fluxo de caixa do T0
determina o n ível ótimo de fertiliza ção. No Quadro 21 encontram-se 200 st
os dados necessá rios para se fazerem os cá lculos. t
1 2 3 4 5 6 7 anos
0
Quadro 21 - Dados de um projeto florestal i i i 1
>

44
Item Valor 600 100 60
110
Custo de implantaçã o USS 600,00/ha 110
Custo - I 2 ano USS 100,00/ ha Custos anuais ( 35 + 75 - 110)
Custo - 22 ano USS 60,00/ha
Custo anual ( administração, combate a Fluxo de caixa do T ) 210 st
formigas etc .) USS 75,00/ ha T
Custo de roçada pré-corte ( ano de corte) USS 44,00/ ha 4 5 6 7 anos
0 1 2 3
Preço da madeira em pé USS 10,00/st i
1 i i 44
Valor da terra USS 500,00/ha 600 100 60 110
Taxa m í nima de atratividade 1% a .a. 40 110
Produçã o florestal ( ú nico corte aos sete anos) 200 st/ha

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, 68
a. K «riU
* Economia Florestal
169

Fluxo de caixa do T» O projeto ser á vi á vel se apresentar


241 ,5 st VPL positivo, sendo
considerado o melhor aquele que apresentar
maior VPL.
T 200
0 I 2 3 4 5 6 7 anos To) V0 Vol . = = 124,55 st/ ha
(1,07)7
i i i i
600 100 60 44 V0RT = 124,55 . 10 = 1.245,50/ha
40 8 8 8
V0CT = J 00»00 . 60,00 44.00 llo[l - (l,07)-’
1.366,09 / ha
110 110 0.07) (1,07 )J (1.07 )’ 0,07

Fluxo de caixa do Tj -
VPL (T0) = 120,59
263,23 st 210
T, ) V0 Vol. = = 130,77 st/ha
T (1,07) 7
0 1 2 3 4 5 6 7 anos
VQRT = 130,77 . 10 = 1.307,77/ha
i í i i
V0CT = 1.366,09 + 40,00 = 1.406,09/ ha
600 100 60 44
40 16 16 16 VPL(T, ) = -98,32/ha
110 110 241,50
T2) VoVcl. = = 150,394 st/ha
Fluxo de caixa do T4
(1,07 )7
268,49 st V 0RT = 150,394 . 10 = 1.503,94/ha
T 8 8 8
0 2 3 4 5 6 7 anos
V 0CT = 1366,09 + 40 + (l,07 )* + (l 07)3 + (l,07 )5 = 1.425 80 /ha ,

*
•i » 4 J' i VPL(T2) = 78,14/ha
600 100 60 44 263,23 163,929 st /ha
40 35,20 35,20 35,20 T3) V0 Vol . = 7 =
110
(1,07)
110
VoRT = 163,929 . 10 = 1.639,29/ha
16 16
COMPARAçãO ENTRE OS TRATAMENTOS ( PROJETOS) V0CT 1.366,09 + 40 +
= = 1.445,51 / ha
(1,07) ' (1,07)5
A seguir sã o apresentados os resultados por diferentes métodos,
)
o que permite comparar os tratamentos
. VPL(T3) = 193,78/ha ( melhor
à) Pelo critério do valor presente l íquido ( VPL)

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170 Márcio Lopt* í/<t* ..


'
-^. Economia Floreslal 171

268,49 c) Pelo crit é rio investimento incremental


T 4) V0 Vol . =
(l ,07)7 = 167,206 st/ ha Determina-se a viabilidade do aumento do n í vel de fertilização .
Para isto, basta fazer a an álise econ ó mica do projeto diferen ça .
,06 / ha
V „RT = 167,206 . 10 = 1.672 Enquanto a diferen ça entre o VPL de um tratamento e o de seu
anterior for positiva, compensará aumentar a dose de fertilizante at é o
35,20 + 2122 = 1.492,82 /ha n ível estabelecido no tratamento. Porém, a partir do momento em que
V0CT = 1.366,09 + 40 + (1,07)' (1,07 )’ (l ,07)
5
a diferença se tomar negativa, já nào compensará fertilizar at é o n í vel
estabelecido.
=
VPL(T*) 179,24/ha
2, 3 e 4 são vi áveis, poré m
1 ) Tratamento T, em relação a T0
Pe /o critério do VPL, os tratamentos
Fluxo de caixa do T0
o tratamento 3 é o melhor.
124,55 st
b ) Pelo critério da razão benef
ício/custo ( V0 Vol.)

O projeto será viá vel se apresentar o valor da razão maior que a T


unidade e será considerado o melhor aquele que apresentar maior 0 1 2 3 4 5 6 7
valor da razã o B/C. i
VHRT 1.366,09
Fórmula geral: R (i) - V CT
0
Fluxo de caixa doTi
1.245,50
——
To) R - 1.366,09 0,91 < 1
130,77 st
(V0 Vol ) .
t 6 7
1.307.77 0 1 2 3 4 5
T, ) R = 1.406,09 = 0,93 < 1 i
1.503,04 1,05 > 1 1.406,09
T2) R = = diferença (T|-T0)
1.425,80 Fluxo de caixa do projeto

T3) R
1.6.39,29
= 1.445,51 - 1,13 > 1
6,227 st
(VoVol.)
T
1 2 3 4 5 6 7
1.672,06 ,12 1 0
T4) R = =1 >
1.492,82 I
4
Pelo critério da razã o benefício/custo, os
tratamentos 2, 3 e 40
sã o vi áveis, porém o tratamento 3 é o melhor.

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Uan u > L r« > daSthu lAércw A. C htcoyme Srbaitiào Reiwo


«•
i ?; Economia /•lortstai
173

Cálculo 3) Tratamento T , cm relação a T 2


- = -
V RTiTt T,0 ( 130.77 124.55 » 10.00 = 62.27/ha Fluxo de caixa doT l
\ CT = l 406.0*) 1.366.1» = 40.00
- .
16.3 929 st
VPL ( TrTú > = 22.27/ hj < V » Vol.)
62.27 T
R < T,- T,
40.00 = 1 ,56 > 1 0 2 3 4 5 6 7
2) Tratamento T: em relação a Ti
1.445,51
Fluxo de caixa do T:
150.394 st ( V0 Fluxo de caixa do TrT2
Vol . ) 13.535 st
t ( V 0 Vol ).
T
0 I 3 4 5 6 7 5 6 7
0 1 2 3 4
i
1.425.80 19,71

Fluxo de caixa do T2-T } VoRT = ( 163,929 - 150.394) . 10 = 135,35


19.617 st ( V0 V 0CT = 19,71
Vol.)
T R (T,-T2 ) -
-
VPL (T3 T2 ) = 115,64/ha
_
H535 6 g 7 > j
19,71
0 1 2 3 4 5 6 7
4) Tratamento T4 em relaçã o a 3
T
í
19,71 Fluxo de caixa do T4
167.206 st
(VQ Vol.)
VoRT = ( 150,394 - 130,777) . 10 = 196.17 T
V0CT = 19.71 2 3 4 5 6 7
0 1
-,
VPL (T2 T ) = 176,85/ha
i
196,17 1.492,82
R = 9,92 > 1
19, 77

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Economia Florestal 175


J 74 .
Márcio Lopes da Silva. Laercio A G Jaco\ me e Sebastião Renato Valverde

Fluxo de caixa do T ,)
Fluxo de caixa do T4-T3
263 ,23 st x 10 =
3.277 sr USS 2.632. 30
(V0 Vol.)
0 1 2 3 4 5 6 7 ( anos )
T I 1 i
0 1 2 3 4 5 6 7 640 16 16 16
i
Fluxo de caixa do T3-T0
47,31
USS 632.30
( 167.206 - 163,929) . 0 1 2 3 4 5 6 7 ( anos )
VoRT = 1 0 = 32,77
V0CT = 47,31; >1 i 1
40 16 16 16
VPL (T4-TO = - 14,54/ha
32,77 1 ) Pelo crité rio do VPL
RO-J - T,) - 47,31
= 0,69 < 1 Cá lculo
Isso significa que não compensa chegar ao n ível de fertilização 632,30 16 16 16
de T4, pois 0 investimento incremental é negativo ( VPL = - 14.31 e
B /C = 0, 69), ou seja, os custos adicionais são maiores que o ganho em
VPL =
(1,07 ) 7
40 +
(1,07) ' (1,07) 3 (1,07)5 _
receita ; portanto, deve-se fertilizar no má ximo at é o n ível estabelecido
em T3. VPL = 393,76 - 79,42 = 314,34
O ganho, pelo critério do VPL, será de USS 314,34/ha. o que
d ) Rentabilidade da fertilização: comparando T3 com T0
indica que a fertilização compensa e deve ser feita, pois o valor do
A comparação entre T3 e T0 é para verificar o ganho que se tem ganho foi expressivo.
quando é aplicado o fertilizante no n ível ótimo e quando este n ão é
aplicado. 2) Pelo critério da taxa interna de retomo (TTR )
Cá lculo
Fluxo de caixa do T0
632,30 16 16 16
200 st x 10 = TIR = 40 + , + ( T)J + (1 + T)? _
(l + T)7 (1+ T ) 1 +
USS 2.000,00
0 1 2 3 4 5 6 7 ( anos ) TIR = 40% a.a.
fertilização é vi á vel , pois os reromos desta ação, ou a TIR.
i A
de desconto correspondente a taxa mrmma de
são superiores à taxa
600
atratividade de 7 % a.a.

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176 Mamo Ltpts da Stl\ a. Laerao A G Jacaune e Sebastião ficnaio Valvrt(i

A TIR de 40% a a . não é TIR do T », mus representa o ganho < >u


retomo que se terá, em porcentagem, utilizando este ní vel
fertilização em relação ao T0.
Pelos exemplos desenvolvidos antenormente, pode -se verifit lr
a import ância da análise económica como ferramenta de auxílio n s
tomadas de decisões do gerente florestal. O futuro do setor dependerá
à
de decisões acertadas dos gerentes, a fim de tomar os investimentos REFER êNCIAS BIBLIOGRáFICAS
florestais cada vez mais atrativos .
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