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Engenharia e
Tecnologia da
Madeira
- 2ª versão (08/2013) -
Conteúdo Pg.
1. Madeira: Material de Engenharia................................ 1-14
2. Propriedades Físicas da Madeira............................... 15-27
3. Princípios de Resistência dos Materiais..................... 28-40
4. Propriedades Térmicas da Madeira............................ 41-48
5. Propriedades Elétricas da Madeira............................. 49-55
6. Propriedades Elásticas da Madeira............................ 56-68
7. Propriedades de Resistência da Madeira................... 69-76
8. Microestrutura e Resistência da Madeira................... 77-89
9. Fatores Influentes nas Propriedades Mecânicas........ 90-98
10. Determinação de Propriedades da Madeira............... 99-108
11. Processos Construtivos com Madeira........................ 109-118
12. Madeira Laminada Colada (MLC).............................. 119-139
13. Avaliação Não Destrutiva da Madeira....................... 140-160
14. Controle de Qualidade na Construção com Madeira.. 161-168
Madeira: Material de
Engenharia
Defeitos naturais
Características Comuns
– fonte renovável;
– preço relativamente baixo;
– facilidade de desdobro;
– excelente relação resistência/peso;
– excelente desempenho em altas temperaturas ;
– peças de madeira podem ser fácil e seguramente
unidas com pregos, adesivos e parafusos;
– facilidade de ligações e emendas;
– trabalhável com ferramentas simples;
– grande variedade de padrões (acabamentos);
– fácil absorção de tintas, vernizes, stains e outros
produtos;
– absorve choques e vibrações;
– bom isolante térmico e boa absorção acústica.
Característica do Material
• Isotropia x Anisotropia
ORTOTROPIA = distinção nos 3 eixos
estruturais
Lg
Rd
Tg
Definições
• Densidade ()
– relação entre a massa e o volume de um
corpo (g/cm3; kg/m3)
– madeira: TU é relevante
– tipos: bas, ap (NBR7190/97), sat, seca
• Specific gravity
– relação entre a densidade seca da madeira e
densidade da água a 4ºC
– adimensional
POROSIDADE
v 1 0 100
mad
Grã espiralada
e coníferas
Contração LG
TU natural
Espessura parede celular
Contração transversal
Comprimento fibra
Massa específica
Juv.
USDA (1999)
1 Coníferas, Folhosas
3
4 Folhosas
Medula Casca
3 Folhosas
1 Coníferas
Base Topo
Variação longitudinal
e radial da massa
específica de yellow
poplar
Altura (ft)
Anéis de Crescimento
Conceitos Básicos
• Higroscopicidade
– capacidade da madeira em atrair as moléculas
de água
• Natureza da água na madeira
– água capilar ou livre
• relativo às forças de tensão superficial
– água higroscópica ou aderida
• fenômeno químico
• Ponto de saturação das fibras (PSF)
– ponto onde toda a água capilar foi removida,
restando apenas a água higroscópica
onde:
M = TUE (%)
h = UR (%/100)
T = temperatura (ºC)
TUE - Brasil
Martins et al. (2001)
Adsorção
polimolecular
e
monomolecular
Haygreen e Bowyer (1996)
Sítios de
adsorção (OH-)
- Moléculas H2O
OH
+ +
3U % 12
f 12 fU % 1
100
TU x Propriedades Mecânicas 2U % 12
E12 EU % 1
100
ABNT (1997)
Tração //
Propriedade (MPa)
Flexão
Comp //
Comp
Tração
USDA (1999)
TUE AD
H 0,85
TUE DES
USDA (1999)
30 TU
total
30
TUE+
Inchamento recuperável
TUEf
Del Menezzi (2004)
TUEi
Tsoumis (1998)
Determinação do TU
• Secagem em estufa a 103ºC ± 2ºC
– disposição da amostra em estufa com
ventilação forçada até peso constante (Ps)
– mais preciso x mais lento
P Ps P Ps
TU u 100 TU u 100
Ps Pu
Pu = 1000g
Ps = 300g TU 233% TU 70%
Li L f
R 100
Li
ABNT (1997)
Li L f
I 100
Li
ABNT (1997)
Lg
Tg
Estrutura da
parede celular
Rd
S1 → 50º - 70º
S2 → 10º - 30º
S3 → 60º - 90º
IET IE H IETC
Recuperável
TEST. T1 T2 T3
T4 T5 T6
Molhabilidade
Medição do ângulo de contato
formado pela gota de um
líquido e superfície da madeira
Momento Fletor
Normais
Momento Torsor
Tangencial
2 Variáveis
• São aç
ações que apresentam variaç
variação significativa
durante toda a vida de estrutura
cargas dinâmicas
ventos
desastres naturais
Carregamento
• Conjunto de ações que tem probabilidade não
desprezível de ocorrer simultaneamente
Permanente
Longa duração
DURAÇÃO Média duração
Curta duração
Instantânea
Normal
TIPOS Especial
Excepcional
Construção
.
A B Compressão e Tração
O plano de resistência formado pelo
quadrado ABCD faz um ângulo
de 90º com a carga aplicada
NORMAIS
Cisalhamento
O plano de resistência formado pelo
quadrado ABCD faz um ângulo
de 0º com a carga aplicada
C D
TANGENCIAL
A B
MOMENTO FLETOR
Momento
Resistência
fc,0
f
ft,0 v,0
Momento
Fletor
y Rc
y
x x LN
h
y
y
Rt
R R
“A força cisalhante (V) ao
Vmáx.
longo do eixo da peça
equivale à diferença entre
a reação (R) e a carga
atuante (P) no ponto
considerado”
VM S
at (MPa )
bI
Mf
R
“O momento fletor (Mf)
ao longo do eixo da peça
Mfmáx. equivale à diferença entre
o momento da reação
Mf (MR) e o momento da
fat y (MPa ) carga atuante (MP) no
I ponto considerado”
Excentricidade - Colunas
M N e
Moliterno (1981)
Equilíbrio
X 0
y
F1
F3 4
Y 0
A
1
x x
2
F2
F3
3 M 0
y
Tipos de Carga
P (kgf)
Concentrada
Distribuída
q (kgf/m)
Apoio Fixo
TIPOS • impede movimento y
DE • impede movimento x
APOIO • permite rotação
Apoio Engastado
• impede movimento y
• impede movimento x
• impede rotação
HIPOESTÁ
HIPOESTÁTICA
• n.º
n.º incó
incógnitas < eq.
eq. equilí
equilíbrio
• RA e RB
ISOESTÁ
ISOESTÁTICA
• n.º
n.º incó
incógnitas = eq.
eq. equilí
equilíbrio
• HA, RA e RB
HIPERESTÁ
HIPERESTÁTICA
• n.º
n.º incó
incógnitas > eq.
eq. equilí
equilíbrio
• MA, HA, RA e RB
1 3 2
4 5
1 4 3
6
n=4
b = 5 (6)
4
4 8
2 6
7
1 5 9 13
1 3 11 8
2 3 6 5 10 7 12
n=8
b = 13 (13)
Equilíbrio
2 2 3
n=4
b = 5 (4)
1 5
3
1 4
4
1. Reta q 2. Oblíqua
q
y qy
qx
x x y x q x qSen
q y qCos
x
y
y
3. Flexocompressão
q 4. Flexotração
q
ER C M
ER T M
Identificando as solicitações...
Identificando as solicitações...
Propriedades Térmicas
• Expansão ()
• Condutibilidade ()
• Calor específico (c)
• Difusibilidade ()
• Poder calorífico (H)
l 2 l1 d
d
l1
t
Efeito da densidade
onde:
Qe Q = calorias (cal)
t A t 2 t1
e = espessura (cm)
t = tempo (s)
a = área (cm2)
t2, t1 = temperatura das superfícies (ºC)
A 0 B
onde:
A = 1,39
B = 0,165
0 = densidade seca
200
150 2ª Fase
50 1ª Fase
Del Menezzi (2004)
Tempo (s)
0
0 200 400 600 800 1000 1200
1,6 220ºC
1,2
0,8
0,4
H/tA (cal/s.cm2 )
0,25
y = -0 ,000041x 2 + 0,020865x - 2,478602
R2 = 0,959
190ºC
220ºC
Relação entre
0,20
fluxo de calor e
0,15
gradiente de
0,10
temperatura
0,05 y = -0,000022x 2 + 0,009852x - 0,949560
R2 = 0,899
0,03
0,02
0,02
0,01
y = -0 ,000003x 2 + 0,000519x - 0,004173
R2 = 0,935
0,01
t/l (ºC/cm)
0,00
200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
onde:
Q Q = calorias (cal)
c
m t 2 t1
m = massa (g)
t2 = temperatura final (ºC)
t1 = temperatura inicial (ºC)
TU = teor de umidade (TU/100)
TU 0,324
cTU
1 TU
Calor específico x TU
onde:
= condutividade térmica
c
c = calor específico
= densidade
Propriedades Elétricas
• Resistividade (R)
• Condutibilidade (1/R)
• Constante dielétrica (k ou )
• Fator de potência (P)
Efeito da
umidade
log R a TU c
Kollmann e Cote (1968)
a 0,2
c 11,5
USDA (1999)
R TºC
5000
0,8
R 10 T
onde:
T = temperatura em Kelvins
Ay e Sahin (2004)
Beech
Poplar
Alder
Ay e Sahin (2004)
Efeito da densidade
Poplar:
Poplar: 0,363 g/cm3 (75,8% vazios)
Alder: 0,475 g/cm3 (68,3%)
Alder:
Beech:
Beech: 0,658 g/cm3 (56,1%)
Modelos
Propriedades Elásticas
• Expressa a resistência à distorção e à
deformação de uma peça de madeira
quando aplicada uma carga; expressa
a rigidez de uma peça
• A madeira possui 12 variáveis elásticas
• Módulo de Elasticidade (E) 3
• Módulo de Rigidez (G) 3
• Coeficiente de Poisson () 6
rup σ LP E γ LP
σ LP
E tgα
D γ LP
lp lp C
A
lp rup
Funções
Propostas
para
descrever
Tensão x
Deformação
A
E
P L
L
L A L
Módulos de Elasticidade
EL ET ER
p L3 p L3 onde:
EM P: carga
48 E M I 48 I L: vão
I: momento de inércia
Bodig e Jayne (1993)
2U % 12
E12 EU % 1
100
ABNT (1997)
USDA (1999)
L1 L2
1 2
x1 x2
x1
2
12
1
L1
L2
P
Coeficientes de Poisson
LR RL RT
RT LT TL
• 1º índice: eixo de aplicaç
aplicação da tensão
• 2º índice: eixo da deformaç
deformação lateral
USDA (1999)
Flambagem
• Carga crítica, a partir da qual a coluna perde seu
2 EI equilíbrio retilíneo (Euler)
Pcr
l2
Pat < Pcr equilíbrio estável – posição reta
Pat = Pcr equilíbrio neutro – posição retílínea e flexionada
Pat > Pcr equilíbrio instável – posição retílínea e flexionada
3 2 E 40 Peça curta
0 40 0 Peça intermediá ria
8 c
0 140 Peça longa
Histerese
r
• Fluência
f atn
– (cte)
cte)
– Fluência relativa (FR)
– Módulo de fluência (MF)
Dt
FR( t ) MF ( t )
D0 t
onde:
Dt: flecha no tempo t
D0: flecha após carregamento (t=0)
: tensão aplicada
t: deformação no tempo t
Fluência
OSB
• Relaxamento
– (cte)
cte)
– painé
painéis aglomerados
Histórico
• George Louis Le Clerc (1743), arquiteto naval: “a
capacidade da madeira de suportar carga indefinidamente
depende do nível de tensão aplicado”
• Dr. Fokker (1914), engenheiro: “é desconhecida fadiga em
madeira adequadamente seca” “a madeira é imune à
fadiga”
• Série de rupturas em serviço de aviões Fokker; atribuídas a
outros fatores;
• Substituição da madeira por metal na fabricação de carros
(Ford) e outras estruturas de madeira
• Apenas a partir da II Guerra Mundial a pesquisa em fadiga
de madeira tornou-se mais pronunciada
Mínima
R
Máxima
1
F
t
Principais Propriedades
Compressão paralela (fc,0)
Compressão normal (fc,90)
Tração paralela (ft,0)
Tração normal (ft,90)
Cisalhamento paralelo (fv,0)
Cisalhamento normal (fv,90)
Flexão (fM)
Dureza
Fendilhamento
• Equações
Prup
f c ,0 ( MPa )
A
P2%res
f c , 90 ( MPa )
A
f c , 0 f c , 90
f c , ( MPa )
f c , 0 Sen 2 f c , 90Cos 2
lp
Ec ,0 ( MPa )
lp
fc,0
fc,0 fc,
• Tração
– Resistência oferecida pela peça de madeira a uma
ação no sentido de aumentar seu comprimento
– Importante no dimensionamento de ligações por
entalhes (rebaixamento), emendas e de barras
inferiores em treliças
Prup Prup
f t ,0 ( MPa ) f t , 90 ( MPa )
A A
ft,0
• Cisalhamento
– Resistência ao deslizamento entre camadas
adjacentes de fibras
– Importante no dimensionamento de vigas e ligações
por entalhes (folga)
Prup
f v ,0 ( MPa )
A
Rodrigues (2002)
Carregada
• Flexão
– Expressa a máxima carga que uma peça de
madeira pode suportar quando submetida à uma
carga com o objetivo de flexioná-la
– Aparecem compressão, tração e cisalhamento
– Importante no dimensionamento de vigas e colunas
Momento
Resistência
fc,0
fv,0
ft,0
Momento
Fletor
Fc
y
Mc Fc y
LN
h
Mt Ft y
y
Ft
p l bh h
y = h/3
4 2 3
6 pl
Ft = t x A 4bh2
pl
MOR 1,5 2
bh
Rodrigues (2002)
Nível Microscópico
• A madeira é considerada um sistema complexo
• Cada componente complementa o outro
• A performance é devido ao conjunto e não a cada
um separadamente
Composição e orientação
• Muitas pontes de H que ligam as moléculas de
celulose resultam em forte ligações laterais região
cristalina (~60%);
• Regiões cristalinas são mais resistentes que regiões
amorfas, e estão distribuídas na parede celular;
• A orientação (ângulo) das fibrilas é diferente para cada
camada da parede celular;
• É um importante parâmetro estrutural que determina
as propriedades mecânicas da madeira;
• Em geral, o ângulo das fibrilas em S2 é entre 14 e 19°,
tão baixo que evita que a madeira inche e retraia na
direção longitudinal (0,1-0,3%), além da maior
resistência à tração
Celulose
Rowell&Winandy, 2005.
• Nível molecular:
• Aplicação da carga: as pontes de H deslizam, quebram e se
rearranjam;
• Ligações C-C e C-O são retorcidas dentro dos anéis
• Nível microscópico:
• As microfibrilas deslizam uma sobre as outras
• As camadas da parede celular ficam distorcidas uma em relação às
outras porém não de forma permanente
• Nível macroscópico:
• Existe distorção entre as células, mas não é permanente uma vez
que as tensões são propagadas e distribuídas
• Quando o limite proporcional se aproxima, as tensões não
conseguem mais ser distribuídas de forma linear
Polissacarídeos
sob tensão de
cisalhamento.
Rowell&Winandy, 2005.
• Nível molecular:
• Limite de rearranjo das pontes de H é atingido; ligações
covalentes C-C e C-O são quebradas, reduzindo as moléculas;
redução da polimerização é irrecuperável
• Nível microscópico:
• Tensões aumentam na região cristalina, ocorrendo microfraturas
nas microfibrilas; separação das camadas da parede celular é
iminente
• Nível macroscópico:
• Fibras deformam um em relação às outras, posição original é
impossível; fibras se separam ou se partindo em 2 partes ou se
separando umas das outras.
• Nível molecular:
• Clivagem das ligações covalentes C-C e C-O
• Distribuição das tensões entre as moléculas é impossível
• Nível microscópico:
• Paredes celulares deformam sem tensões adicionais e
não conseguem propagá-las, rompendo-se
• Nível macroscópico:
• Ruptura do material está relacionada com a ruptura das
células e com a separação das células adjacentes
• Nível Molecular:
• Na região A, a resistência é elástica porque a estrutura
polimérica é flexível,absorvendo energia sem quebrar
ligações covalentes
• Na região B, ocorrem clivagens entre C-C e C-O, que
não são recuperáveis
• Na região C, deformação elástica acaba e é puramente
plástica, com crescente deformação sem adição de
tensão. Ruptura da celulose cristalina, desintegração
molecular da madeira
• Nível Microscópico:
• A matriz fenólica é mais resistente que a matriz de
carboidratos, por isso é onde as primeiras rupturas
ocorrem
• Abaixo do limite proporcional, existe a transferência de
tensões entre as camadas S1-S2-S3
• Acima do limite, ocorre a separação entre as camadas
S1-S2 e por fim da S2-S3
Fatores Influentes
• Estrutura Celular
• Massa Específica Internos - Organização
• Defeitos Naturais
• Umidade
• Temperatura
• Biodeterioração Externos - Condições de Uso
• Tratamento
• Tempo de Carga
Ambiente
Genótipo
Topografia do terreno
Fisiologia (cerne/alburno),
(mad. reação) época do
tipo de lenho (juvenil, inicial e
abate, sítio, práticas
tardio) e forma de crescimento
silviculturais e taxa de
crescimento
Densidade
fM
fM
f a Db
Resistência (f, 1000 psi)
fc,0
Panshin & De Zeeuw (1970)
fc,90
fc,90
Defeitos Naturais
Nós
• interrupção da continuidade
• desvio de grã
USDA (1999)
Grã
• anisotropia
• espiralada, ondulada, diagonal
USDA (1999)
Ângulo microfibrila
e coníferas
Grã espiralada
Contração LG
TU natural
Anéis de Crescimento
Contração transversal
Comprimento fibra
Massa específica
Mad. Madeira Adulta
Resistência
Juv.
USDA (1999)
Inclinação da Grã
300
150
100
50
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
Ângulos
Teor de Umidade
Propriedade (MPa)
PSF
Rowell (2005)
3U % 12
f12 fU % 1
100
ABNT (1997)
2U % 12
E12 EU % 1
100
Temperatura
• efeito temporário (reversível) ou permanente
• redução da rigidez da matriz (Tg)
• degradação térmica dos componentes químicos
Módulo de Ruptura (%, 25ºC)
Água
Vapor
USDA (1999)
21
• efeito das condições 18
MOR (MPa)
climáticas (abióticos) 15
12
• fatores químicos e físicos 9
6
3
0
T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6
Não exposto
MOE Exposto
2400
2100
1800
MOE (MPa)
1500
Thompson (2005)
1200
900
600
T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6
Tempo de Serviço
• efeito pouco conhecido – mais pronunciado em prop. físicas
110
Valor de Referência
100
Propriedade Relativa (%)
90
Após 180
anos de
80 uso
70
Bektas et al. (2004)
60
50
Compressão (//) MOR Cisalhamento Dureza
Biodeterioração
• mancha mariposa: causa bacteriana
muito comum na madeira de tepa
(Laurelliopsis philipiana) no Chile
MacLemore et al. (1999)
Normas de Ensaios
Regulam os procedimentos para ensaios fí físicos,
mecânicos, bioló
bioló gicos e etc. de um determinado produto
Objetivos: comparaç
comparação e repetiç
repetição
Exemplos: ASTM (EUA), NBR (Brasil), EN (Europa),
COPANT (Amé
(Américas)
Normas de Qualidade
Determinam requisitos e caracterí
características desejá
desejáveis para
um determinado produto
Cará
Caráter voluntá
voluntário, embora por vezes seja impositivo
Objetivos: garantir padrão e seguranç
segurança
Exemplos: ANSI, CSA e associaç
associações de produtores
(PNQM)
Propriedades – NBR7190/97
Umidade
3U % 12
Densidade básica e aparente (bas, ap) f12 fU % 1
100
Retração e inchamento (r, i)
2U % 12
Compressão paralela e normal (fc,0, fc,90) E12 EU % 1
100
Tração paralela e normal (ft,0, ft,90)
Resistência de flexão (fM)
Cisalhamento paralelo e normal (fv,0, fv,90)
Dureza paralela e normal (fH0, fH90)
Cisalhamento normal Flexão (fM)
Resistência ao impacto à flexão (fbw)
Cisalhamento e tração normal à linha de cola (fgv,0, fgt,90)
Resistência de emendas coladas (fgt,0)
Resistência ao embutimento paralelo e normal (fe,0, fe,90)
Fendilhamento (fs,0)
Módulos de Elasticidade: Ec0, Ec90, Et0, EM
Relações entre
as propriedades -
Caracterização
Simplificada
h
5b
a ou
30 cm
região retirada CP
b
a
f1 f 2 ... f n
1
fk 2 2
f n 1,1
n
1 2
2
onde:
n = número de corpos de prova
x = valores obtidos no ensaio
Espécies Estudadas
Coeficientes de Modificação
KMOD,1
w c 1,4
w t 1,8
w v 1,8
KMOD,2
(1) e (2): até 75%
(3) e (4): >75%
KMOD,3
Gesualdo (2003)
fk
f d K MOD
w
• fc,0 e Ec,0
ABNT (1997)
ABNT (1997)
ABNT (1997)
Fc 90 50% 10%
f c ,90 Ec ,90
A 50% 10%
ABNT (1997)
ABNT (1997)
Ft 90,máx
f t , 90
A
Fv 0 ,máx
f v ,0
A
Fu L
f M 1,5
b h2
EM
F M , 50% FM ,10% L3
v50% v10% 4bh3
ABNT (1997)
Classificação de Peças
• 1a: inspeç
inspeção visual e classificaç
classificação mecânica
• 2a: ausência de simultaneidade visual/mecânica
• No mí
mínimo caracterizaç
caracterização simplificada para enquadramento nas
classes de resistência (abaixo)
ABNT (1997)
Processos Construtivos
Oferecer estrutura com segurança adequada
para antecipar as condições de carregamento
Dar forma e arranjar a estrutura de modo a
acomodar outros elementos da construção
mais facilmente
Obedecer códigos e normas de construção de
instituições reguladoras
Definir estrutura completa com o menor custo
dentro das condições disponíveis
Disposições Construtivas...
Simples
Seções
Contínuas
Compostas
Descontínuas
Pfeil e Pfeil (2003)
Reta
Simples
Oblíqua
Tipos
de
Flexão Flexo-tração
Composta
Flexo-compressão
Disposições
Construtivas...
Seções Simples
Seções Compostas
Pfeil e Pfeil (2003)
Critérios de Classificação
• Índice de industrialização
• Elementos empregados
• Peso dos elementos
• Disposição dos elementos estruturais
• Finalidade da obra
• Material dominante
• Dimensões dos elementos
• Lugar de realização dos elementos
Pré-fabricação
redução do tempo de construção
racionalização da mão-de-obra e dos
materiais
utilização de produtos industrializados
melhor controle de qualidade
simplificação do processo construtivo
usos mais usuais: treliças, vigas madeira
laminada colada (MLC), fechamentos
laterais, assoalhos
Painéis Estruturais
Moreira et al. (2004)
Painel de partículas
orientadas (OSB)
Vigas
em I
Moreira et al. (2004)
Madeira Bruta
• utilização da madeira em sua forma natural
• aproveitamento da beleza estética
• necessidade de um bom controle de qualidade
(defeitos naturais)
Estruturas Mistas
• conjugação da madeira com outros materiais
(concreto, aço)
• possibilidade de utilização mais racional dos
materiais
• explorar potencialidades e minorar limitações
Madeira-aço
Madeira roliça
-concreto
Segundinho e Mathiesen (2004)
Compensados - tropical/pinus
Painéis de Lâminas Paralelas (LVL)
Parallel Strand Lumber (PSL)
Laminated Strand Lumber (LSL)
Oriented Strand Lumber (LSL)
Madeira Laminada Colada (MLC)
Painéis Colados Lateralmente (PCL)
Sarrafeados
Histórico
Usado primeiramente na Suiça (Basel) em 1893 – Auditório
Patenteado HERTZER SYSTEM
1ª Guerra Mundial: novos adesivos interesse para edificação e
aviação
2ª Guerra Mundial: adesivos mais resistentes uso em pontes e
outras aplicações exteriores (uso preservativo)
Explosão na utilização nos EUA e Europa a partir de 1960
1ª norma para MLC AITC (1963)
Conceito
http://lisboa.geradordeprecos.info/EMV/EMV110.html
http://calilmadeiras.com/tecnologia‐mlc/
Empresas no Brasil
• ESMARA Estruturas de Madeira Ltda, foi fundada em 1934, em
Curitiba-PR
• 1954, outra empresa de mesmo nome foi fundada em Viamão-RS
• PRÉ-MONTAL Estruturas de Madeira Ltda (PREMON), fundada em
Curitiba-PR, em 1977
• EMADEL Estruturas de Madeira Ltda, fundada em Araucária-PR,
em 1981
• BATTISTELLA Indústria e Comércio Ltda, situada em Lages-SC
• Atualmente existem pequenas empresas na região Sudeste,
principalmente em Minas Gerais, na região metropolitana de Belo-
Horizonte, onde estão produzindo peças de MLC com madeira de
Eucalyptus grandis
• Catalana Artefatos de Madeira Ltda em Catalão GO, madeira de
Pinus
• ArtPine em São Carlos SP, madeira de Pinus
http://estruturasdemadeira.blogspot.com/2007_05_01_archive.html
http://estruturasdemadeira.blogspot.com/2007_05_01_archive.html
http://estruturasdemadeira.blogspot.com/2007_05_01_archive.html http://thiagoolivieri.blogspot.com/2010/10/holzbau-madeira-laminada-colada.html
http://thiagoolivieri.blogspot.com/2010/10/holzbau-madeira-laminada-colada.html
http://thiagoolivieri.blogspot.com/2010/10/holzbau-madeira-laminada-colada.html
http://edsm.blogspot.com/2004/02/vamos‐pensar‐um‐pouco‐mais‐em.html
http://edsm.blogspot.com/2004/02/vamos‐pensar‐um‐pouco‐mais‐em.html
http://www.esmara.com.br/ http://www.esmara.com.br/
http://www.esmara.com.br/ http://www.esmara.com.br/
MIOTTO (2005)
http://estruturasdemadeira.blogspot.com/2007_05_01_arc
NATIONAL (2007) hive.html
P
R
O
C
E
S
http://calilmadeiras.com/tecnologia‐mlc/processo‐producao/
S
O
P
R
O
D
U
T
I
V
O
Aspectos técnicos da construção
Escolha da madeira
Teor de umidade
• 7 a 14% de umidade, em função do adesivo utilizado;
• Diferenças no teor de umidade entre as lâminas devem ser
evitadas e não deve ser maior do que 5%;
• Diferença significativa entre os teores de umidade das lâminas
adjacentes, poderão ocorrer contração e inchamento das
lâminas, ocasionando delaminações, em função das tensões
internadas geradas.
• Associando as informações das características visuais da madeira com as
de módulo de elasticidade, pode‐se melhorar substancialmente o
desempenho das estruturas;
• MATOS (2000) definiu as seguintes categorias:
1a categoria: MOE 10528 ≥ MPa
2a categoria: 8496 MPa ≤ MOE < 10528 Mpa
3a categoria: 6666 MPa ≤ MOE < 8496 Mpa
Refugo: MOE < 6666 MPa
Tratamento
Emendas de topo
Emendas biseladas
SERRANO (2009)
L
MIOTTO (2005))
Parâmetros geométricos das emendas dentadas (SERRANO, 2009)
• Aplicação do adesivo
• Prensagem – através de
grampos, esse sistema utiliza
os princípios mecânicos e
hidráulicos
NATIONAL (2007)
• Densidade ≤ 0,5 g/cm3 - 0,7
MPa
• Densidade > 0,5 g/cm³ - 1,2
MPa
• Tempo de prensagem: 6 a 24
MIOTTO (2005)
MIOTTO (2005)
Ensaios
• A Norma Técnica Brasileira de estruturas de madeira (NBR
7190/97) estabelece três ensaios para a caracterização da madeira
para MLC: o cisalhamento na linha de cola (fgv,0), a tração normal à
linha de cola (fgt,90) e a resistência de emendas dentadas e
biseladas (fgt,0);
Fv0,máx. = é a máxima
força aplicada ao
corpo‐de‐prova;
Ft90,máx. = é a máxima
força de tração
normal aplicada ao
corpo‐de‐prova;
ABNT (1997)
Ft0,máx. = é a máxima
força de tração
aplicada ao corpo‐de‐
prova;
USDA (1999)
Tipos de MLC
Combinação – Flexão
forma mais usual da MLC
utilização de peças de menor qualidade
disposição segundo os esforços solicitantes
Prevista NBR 7190 (1997)
MOE = Homogênea
MOR = Tração
Combinação – Curvatura
utilização em pórticos
curvatura – raio 100 a 125x espessura
utilização de contraflecha
Combinação – Inclinação
corte de seções da MLC – borda comprimida
requisitos arquitetônicos
Disposição para
maior resistência e
rigidez
Largura
Metriguard (2005)
Dimensionamento
NBR 7190 (1997) – ligaç
ligações coladas em juntas longitudinais
o crité
critério bá
básico é que (cisalhamento)
f lc f v , 0
cálculo de MLC é idêntico ao de uma peç
peça de madeira maciç
maciça
Longsdon (1999)
Eficiência
da Linha
de Cola
fg
Ef (%) 100
fk
Góes e Matthiesen (2004)
Ares Aef
0,9 ( finger )
0,85 (cunha )
0 ( topo )
RD S D (Red )
Longsdon (1999)
Dimensionamento
peç
peças curvas - limitaç
limitação r em até
até 125x e (coní
(coníferas) e 100x (folhosas)
2
e
reduç cálculo (kmod3)
redução da resistência de cá kmod 3 1 2000
r
3 M
verificaç
verificação de tensões radiais (C ou T) r
2 rbh
Segundo ABENDI…
Materiais homogêneos
Emissão acústica
Ultra-som
Radiografia
Termografia
Histórico - NDT
• Jayne (1959): propôs que a armazenagem e a
dissipação da energia em materiais à base de madeira
poderiam ser mensuradas;
• Em nível microscópico, a orientação e composição das
fibras controlam o nível de energia armazenada, a qual
pode ser observável pelo como uma frequência de
oscilação na vibração ou na velocidade de transmissão
do som;
• A taxa de decaimento da vibração ou a atenuação das
ondas de tensão são medidas usadas para medir o nível
de dissipação da energia;
• 1º Simpósio => 1964 (EUA)
• 16º Simpósio => 2009 (China)
Situação no Brasil
Perfuração
Análise de Imagem
Colorimetria Aplicada
Ondas de Tensão
Perfuração
• Utilizados para inspeção de estruturas e
árvores em pé; principalmente
biodeterioração interna;
• Detectam a presença de vazios e
permitem estimar a espessura do material
residual;
• Dois principais métodos: resistência à
perfuração (elétrico) e sonda de
perfuração/trado de incremento (manual);
Medidor de resistência à
perfuração (Ross et al. 2004)
Determinação de área e
orientação de strands em OSB
(Nishimura et al. 2002)
Análise de imagem aplicada à qualidade de rolhas de cortiça (Lopes & Pereira, 2000)
Parâmetros colorimétricos…
100
C a *2 b *2
b*
h* arctan
a*
• A análise dentro da
espécie (n=20) não
permitiu adequada
estimativas das
propriedades (Santos,
2007)
Ondas de Tensão
• Baseia-se na teoria de propagação de ondas
unidirecionais em uma barra homogênea e
elástica;
• Pode ser utilizado para
– estimativa de propriedades mecânicas
– avaliação do grau de ataque biológico
– classificação de laminas e de madeira
V: Cte
E = v2 ρ
Fim da contagem de
tempo
Acelerômetros
L v2 D
v 6
( m / s ) E 10 5
( N / mm 2
)
t 10
M d
g
Onde:
L = distância entre os acelerômetros, m
t = tempo de propagação da onda, s
D = densidade de madeira, kg/m3;
g = aceleração da gravidade, m/s2;
20000
R2 = 0,9109** • Estimativa de
propriedades de
EM (MPa)
15000
flexão de madeiras
tropicais por meio da
10000 técnica de ondas de
tensão (Del Menezzi et al.
2010)
5000
5000 10000 15000 20000 25000
250
y = 0,0107x - 29,827
200 R2 = 0,8632**
fM (MPa)
150
100
50
5000 10000 15000 20000 25000
EMd
18500 18500
18000 18000
17500 17500
Em (N/mm 2)
17000 17000
15500 15500
16000 16500 17000 17500 18000 18500 19000 4750 4800 4850 4900 4950 5000 5050 5100
Emd (N/mm 2 ) Vo (m/s)
• Inspeção não
destrutiva do
prédio OCA II, UnB
(Teles et al., 2008)
Qualidade...
• Transcendental
– caracterí
característica, propriedade ou estado de um
produto; observá
observável, mas não descrita
• Produto
– relativa às melhores caracterí
características de um produto
• Valor
– produto atende conformidades a um custo aceitá
aceitável
• Fabricação
– produç
produção dentro das especificidades
• Cliente
– grau de adequaç
adequação ao uso final do produto;
demanda que se pretende satisfazer
Estética
Madeira Construção
Durabilidade
Estrutura Manutenção
Segurança
Características do produto...
leve em comparação a outros materiais
muito boa resistência relativa
apresenta baixa dilatação térmica
fraco condutor de calor, som e eletricidade
absorve choques e vibrações
utilização de ligações de modo fácil e seguro
aceita muito bem acabamentos
fácil trabalhabilidade
defeitos podem ser detectados facilmente
• Defeitos Naturais
USDA (1999)
USDA (1999)
Empenamentos
Encurvamento
Arqueamento
Torcimento
Martins (1988)
Encanoamento
Biodeterioração
USDA (1999)
USDA (1999)
Rachaduras
Apresentam as
caracterí
características
do produto relativas a:
resistência, uso, norma
e dimensões
Fichas de
Verificação de
Execução