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7 A 11 DE DEZEMBRO DE 2020
ANAIS
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ESTUDOS EM ARBORIZAÇÃO URBANA
7 A 11 DE DEZEMBRO DE 2020
COMITÊ CIENTÍFICO
Angeline Martini
Daniela Biondi
COMISSÃO ORGANIZADORA
Angeline Martini
Daniela Biondi
Tamílis Emerick
Ana Cláudia Nogueira da Silva
Tamara Ribeiro Botelho de Carvalho Maria
VIÇOSA - MG
2021
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APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS............................................................................................................................54
PERSPECTIVAS...................................................................................................................................55
TEMA:
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No Brasil, grande parte dos municípios são considerados de pequeno porte, cerca
de 74,2%, e apresentam até 25 mil habitantes em seu território. No estado do Paraná
essa proporção é ainda maior, cerca de 81,2% dos municípios são considerados de
pequeno porte. Diante desta realidade, passamos a compreender a arborização dos
pequenos centros, implementada nas últimas décadas, na sua grande maioria,
relegada a um segundo plano nas administrações municipais. Por isso, a partir de
2012, o Ministério Público do Estado do Paraná tem orientado os municípios a
elaborarem seus Planos Municipais de Arborização Urbana. Nesse sentido, são aqui
descritas as etapas do protocolo desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em
Silvicultura e Ecologia Urbana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
visando apoiar os municípios a elaborar seus Planos Municipais de Arborização
Urbana. A construção de tal protocolo é baseado no Manual para Elaboração do
Plano Municipal de Arborização Urbana elaborado pelo Ministério Público do Estado
do Paraná e demais metodologias publicadas pelo Grupo de Pesquisa em
Silvicultura e Ecologia Urbana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A
metodologia adotada para o desenvolvimento do Planos Municipais de Arborização
Urbana é realizada em cinco etapas: 1) diagnóstico da percepção da população
quanto à arborização urbana; 2) inventário completo da arborização viária; 3) análise
de risco de queda de árvores; 4) construção de banco de dados e elaboração de
mapas temáticos; e por fim, 5) planejamento e elaboração do Plano Diretor
Participativo de Arborização Urbana. A partir desses protocolos, o Grupo de
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copa, DAP, diâmetro de copa, área de copa, volume de copa e índice de área foliar.
Espera-se com os resultados poder quantificar o benefício microclimático promovido
por cada espécie selecionada, compreendendo suas particularidades com relação
aos diferentes períodos do ano e horas do dia. Além disso, pretende-se determinar
o raio de influência que esse benefício alcança no entorno imediato, bem como
definir quais as características das árvores que resultam em melhores resultados
microclimáticos.
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É preciso conhecer o clima urbano para planejar as cidades. Ele está em constante
mudança devido à ação antrópica quanto ao uso e ocupação do solo. Desta forma,
a arborização urbana aparece como uma ferramenta mitigadora das mudanças
climáticas, aumentando a resiliência das urbes. O objetivo desta pesquisa foi
analisar os benefícios ecossistêmicos da infraestrutura verde em Santiago do Chile
e Piracicaba/SP/Brasil. Para o primeiro caso, utilizou-se imagens do satélite
Landsat-7 de 2000 e 2019, além de simulações microclimáticas com o software
ENVI-met na comuna (“conjunto de bairros, subprefeituras”) Estación Central,
enquanto que, no segundo caso, foram feitas medições in loco com um termômetro
digital infravermelho, identificando a temperatura de cada superfície urbana durante
o verão de 2019. Os resultados mostraram que, em média, Santiago teve um
aumento de 1°C a cada sete anos (2,7°C no período, sendo a mediana igual a
2,3°C), com destaque às regiões periféricas. As comunas de Vitacura, Las Condes
e Providência (setor oriente), respectivamente, representam as mais frescas,
enquanto que as do setor poente, como Lampa, Cerrillos e Quilicura, nesta ordem,
as mais quentes. A simulação computacional em Estación Central revelou que o
design de sua área, com prédios de mais de 30 pisos que superam 100 m de altura
total, proporciona a existência de zonas mortas de ventilação a sotavento, com
velocidades inferiores a 1 m s-1, alterando a direção do vento e, assim, afetando a
qualidade de vida de seus habitantes. Em Piracicaba, a nível microclimático, o teto
de um carro escuro foi a superfície que atingiu a maior temperatura, incríveis 95°C
às 12h00, durante a fase de treinamento do equipamento. Na sequência, o asfalto
ultrapassou 70°C às 13h00, porém, quando sombreado por árvores, ficou próximo
dos 35°C nas horas mais quentes do dia. A vegetação (árvores e relvado), por sua
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vez, apresentou baixa amplitude térmica, entre 30°C e 46°C, mostrando sua
capacidade de resiliência na regulação microclimática como um dos serviços
ecossistêmicos. Portanto, pesquisas que abordem a valoração monetária de
indivíduos arbóreos são essenciais, a fim de auxiliar gestores públicos e população
quanto ao manejo da floresta urbana, expressando num valor concreto a relevância
desses seres vivos. Consequentemente, políticas públicas que fomentem a
preservação das árvores urbanas são fundamentais, cuja criação de um Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) Verde pode ser interessante, o qual concederá
algum desconto neste imposto para o morador que possuir árvores em sua calçada,
afinal, é melhor incentivar o certo do que punir o errado.
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1 Arquiteto e Urbanista, Mestrando do Programa de Ciência Florestal, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa-MG, Brasil – hiohanes.cardoso@gmail.com
2 Engenheira Florestal, Professora Doutora do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa-MG, Brasil – martini.angeline@gmail.com
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dos canteiros, entretanto foi também aquela com menor número de indivíduos
arbóreos (82), indicando que o maior espaço disponível no interior dos lotes, gera
desinteresse no uso dos canteiros públicos. Os resultados indicam que devido à
disponibilidade e facilidade de cultivo, existe preferência pela utilização de espécies
exóticas e com forma de vida herbácea. Demonstrou-se que a prefeitura não
diversifica o plantio de árvores nas calçadas, pois metade das espécies com porte
arbóreo era composta por apenas 6 espécies. Devido ao espaço limitado existente
nos grandes centros urbanos, verificou-se maior quantidade de canteiros com
pequenas dimensões. A. compressus foi a espécie com maior frequência em todos
os zoneamentos dentre todas as formas de vida. Todos os zoneamentos
demonstraram potencial a ser explorado, mas em especial o ZR-A por possuir os
maiores tamanhos de canteiros e menor número de indivíduos arbóreos.
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1 Engenheira Florestal, Mestre pelo Programa de Ciências Florestais, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba-PR - brunafhbomm@gmail.com
2 Engenheira Florestal, Professora Doutora do Departamento de Ciências Florestais, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil – dbiondi@ufpr.br
3 Engenheiro Florestal, Professor Doutora do Departamento de Ciências Florestais, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil – alexandre.behling@yahoo.com.br
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Nos últimos anos, a preocupação com a qualidade da paisagem tem sido um tema
que ganha maior atenção. A paisagem sempre foi e sempre será percebida de
maneira diferenciada para cada observador, assim, deve-se ressaltar a dificuldade
em avaliá-la e qualificá-la. Estudos de qualidade do ambiente urbano juntamente
com esta técnica de consulta à população podem tornar o processo de planejamento
mais adequado, apresentando maior êxito uma vez que se apresenta mais
integrativo. O objetivo desta pesquisa foi determinar a qualidade visual da paisagem
das calçadas arborizadas e não arborizadas de Curitiba, estado do Paraná, e
confrontar os resultados obtidos com a percepção e preferência popular sobre as
paisagens avaliadas. Como modelo de estudo escolheu-se vinte e quatro ruas (doze
arborizadas e doze não arborizadas) das quatro Zonas Residenciais de Curitiba,
Paraná, a partir das quais foram realizadas a coleta de fotografias para sugerir a
condição da arborização nos locais. A coleta foi repetida nas quatro estações, a fim
de abranger a variedade sazonal destes ambientes. Para análise da qualidade da
paisagem das calçadas arborizadas, a pesquisa foi estruturada em duas etapas. Na
primeira, realizou-se uma análise técnica para sistematizar a qualificação da
paisagem, e na segunda, será feita a análise popular para verificar a preferência das
pessoas, dada a subjetividade das escolhas. A partir das variáveis obtidas nas
imagens (porcentagem de vegetação, de céu e de ambiente construído), com o uso
do software MultiSpec, e das variáveis obtidas em campo (IAF, FVC, DAP, diâmetro
de copa, altura da árvore, altura da copa, largura da calçada, largura da rua, altura
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1 Engenheiro Florestal, Mestrando do Programa em Ciências Florestais, Universidade Estadual do
Centro-Oeste - UNICENTRO, Irati-PR – junior.crovador@hotmail.com
2 Engenheiro Florestal, Professor Doutor do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade
Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Irati-PR – bobrowski_roger@yahoo.com
3 Engenheiro Florestal, Professor Doutor do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade
Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Irati-PR – afigfilho@gmail.com
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Leonardo Fogaça 1
Daniela Biondi 2
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com trena métrica de 30,0 m; diâmetro à altura do peito (DAP) em cm com trena
diamétrica e a altura de copa (hc) pela diferença calculada entre a altura total e de
bifurcação. O processamento dos dados é realizado em planilha eletrônica Excel
Microsoft®. A análise do crescimento das espécies avaliadas é feita com no
incremento médio anual (IMA) das variáveis aferidas e comparados com dados de
crescimento das espécies na literatura em condições de floresta nativa (ótimo de
desenvolvimento das espécies), plantios comerciais e em arborização urbana
quando implantadas em outras regiões do estado, país ou América do Sul. O estudo,
encontra-se em andamento, com caráter de avaliação contínua, possuindo um
caráter de cunho científico, de extensão e de embasamento para geração de
protocolos e informações técnicas voltadas para o emprego de espécies arbóreas
nativas para arborização urbana, visando suprir as carências e entraves para a
adoção de espécies nativas no meio urbano. Em termos de formação de recursos
humanos qualificados na temática agregou estudantes de graduação do Curso de
Engenharia Florestal, como estudantes de nível médio através de Bolsas de IC-
CNPq, e mais de 14 trabalhos técnicos-científicos em nível nacional e internacional
com a divulgação dos dados gerados até o momento. Ao término do ciclo de
desenvolvimento de 15 anos de implantação e monitoramento das espécies, gerar-
se-à um livro com a compilação das informações geradas e divulgadas ao longo do
estudo.
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1 ,Acadêmico em Engenharia Florestal, Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Silvicultura e Ecologia
Urbana – Laboratório de Silvicultura, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos-
PR – guisaan.gui@gmail.com
2 Engenheira Florestal, Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Silvicultura e Ecologia Urbana,
Doutora em Recursos Florestais, Docente, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois
Vizinhos-PR – flaviag@professores.utfpr.edu.br
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Elisiane Vendruscolo 1
Rogério Bobrowski 2
Magda Lea Bolzan Zanon 3
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272,85 cm, variando entre 0,00 e 665,00 cm. A média da distância do meio-fio teve
a menor variação entre as variáveis, apresentando o menor valor de desvio. Foi
realizado a análise correspondência canônica múltipla. Classificadas em: com
acessibilidade larguras dos passeios superiores a 120 cm e sem acessibilidade
larguras dos passeios inferiores a 120 cm. Na análise concluiu-se que 90,25% dos
indivíduos estão plantados em locais onde as calçadas apresentam acessibilidade.
Quanto a capacidade do canteiro, 60,25% apresentam condições de ter canteiros
com capacidade mínima adequada. No entanto, para os 39,75% restantes há
necessidade de aumentar a capacidade dos canteiros. A maioria das espécies não
apresenta quantidade adequada de solo nos canteiros para o desenvolvimento das
espécies. O modelo para diâmetro de ancoramento obteve como variáveis
independentes a √𝐷 e 𝐷 3 sendo expresso pela equação: 𝑫𝑨 =
𝟏 2
𝟏 𝟏 , com ajuste de 𝑅𝑎𝑗. = 0,94, e precisão de Sxy =
(𝟎,𝟔𝟕𝟎𝟑𝟖∗ − 𝟎,𝟗𝟖𝟓𝟑𝟐∗ )𝟐
√𝑫𝑨𝑷 𝑫𝑨𝑷𝟑
0,04.
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1 Engenheira Florestal, Mestranda da Universidade estadual do Centro-Oeste, Irati-PR –
elisianevendruscolo@gmail.com
2 Engenheiro Florestal, Professor Doutor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade
estadual do Centro-Oeste, Irati-PR – bobrowski_roger@yahoo.com.br
3 Engenheira Florestal, Professora Doutora do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade
Federal de Santa Maria, Frederico Westphalen-RS – magdazanon@ufsm.br
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Tamílis Emerick 1
Marina Moura de Souza 2
Angeline Martini 3
A arborização urbana tem sido cada vez mais relacionada aos índices de qualidade
de vida dentro das cidades, fornecendo diversos benefícios ecossistêmicos à
população. No entanto, o manejo inadequado aliado a um mau planejamento tem
levado esse componente urbano a apresentar falhas nos últimos anos, despertando
o esforço de gestores de todo o mundo ao desenvolvimento de técnicas mais
efetivas para avaliação de risco de queda desses indivíduos. Nesse sentido, o
objetivo geral desse estudo é estabelecer e aprimorar os parâmetros necessários à
avaliação do risco de queda de árvores urbanas com base em quedas registradas
após evento climático extremo. Uma análise visual de risco foi realizada em 2018
em todos os indivíduos de Spathodea campanulata localizados no campus da
Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa- MG. No ano seguinte, uma tempestade
causou danos severos a 48 indivíduos desta espécie, dentre o total de 124 deles.
Tal informação foi obtida por meio de levantamento de campo imediatamente após
a ocorrência do evento para que, assim, os resultados da análise visual prévia,
referente aos indivíduos danificados fossem comparados com os indivíduos que não
sofreram danos, para as 32 variáveis analisadas. Os resultados indicaram que
38,7% dos indivíduos de Espatódea foram danificados no evento, sendo 31% de
forma irreversível, com arrancamento de raiz ou descolamento de base. Nove
variáveis, distribuída entre copa, tronco e base e raízes, estiveram diretamente
relacionadas ao grau de dano mais severo, sendo sinais de poda em galhos acima
de 20 cm de diâmetro, presença de galhos secos acima da rede, presença de
folhagem rala, galhos esguios, danos de batidas e lesões de casca no tronco,
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1 Engenheira Florestal, Mestranda do Programa de Ciência Florestal, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, MG, Brasil – tamilis.emerick@ufv.br
2 Engenheira Florestal, Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, Belo Horizonte, MG, Brasil
- marina.souza@cemig.com.br
3 Engenheira Florestal, Professora Doutora do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil – martini@ufvl.com.br
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positiva entre a poda e 6 defeitos estruturais das árvores. Assim conclui-se que, a
poda realizada por pessoal não capacitado no município de Itanhaém, contribuiu
para a ocorrência de defeitos estruturais nas árvores e para o aumento do risco de
queda.
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Isabela Guardia 1
Demóstenes Ferreira da Silva Filho 2
Árvores nas cidades estão sujeitas a situações adversas específicas: ilhas de calor,
conflito com mobiliário urbano, falta de espaço, injúrias mecânicas e manejo
incorreto. No solo urbano, fatores como impermeabilização, compactação e nutrição
deficiente podem afetar negativamente o estabelecimento das raízes, ocasionando
perda de integridade e resistência. Essas situações favorecem a queda de árvores
por falha de ancoragem do sistema radicular, podendo provocar graves danos
humanos e patrimoniais. A Avaliação de Risco de árvores inclui o diagnóstico das
raízes de ancoragem e pode prevenir tais quedas. Para isso, o emprego de métodos
não destrutivos para avaliação interna de tronco e raízes de árvores urbanas é de
extrema importância. Assim, foram objetivos deste estudo: elucidar a correlação
entre velocidades de propagação de onda mecânica (m.s-1), obtidas com Arbotom
e Arboradix, com densidade da madeira de amostras e árvores, gerando um modelo
de correlação; verificar se diferentes tipos de pavimento no entorno das raízes geram
interferência sobre as velocidades obtidas com Arboradix e; aplicar os dados obtidos
na interpretação dos gráficos de velocidade, visando embasar a avaliação das
árvores e suas raízes de ancoragem nas cidades. Velocidades de tomografias com
Arbotom foram comparadas com a densidade da madeira por espécie na forma de
regressão. Foram realizadas tomografias por Arboradix com amostras de madeira
em quatro situações de pavimento e uma de controle, bem como tomografias com
Arbotom e Arboradix nas árvores que forneceram as amostras, para comparação.
Os resultados mostraram correlação positiva e significativa (R²=0,86) entre
velocidades por Arbotom e densidade de onze espécies arbóreas. Houve diferença
estatística entre os pavimentos grama e cimento, observada nas tomografias com
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1 Bióloga, Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Recursos Florestais, ESALQ USP,
Piracicaba-SP – blarantes@usp.br
2 Economista, Professora Doutora na Docente na Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e
Pesquisadora no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA / USP), Piracicaba-
SP – nicole.renno@cepea.org.br
3 Economista, Doutor e Pesquisador no Insper Global Agribusiness Center, São Paulo-SP –
leandrog3@insper.edu.br
4 Doutor em Geografia, Técnico no Departamento de Ciências Florestais, ESALQ-USP, Piracicaba-SP
– jlpolize@usp.br
5 Agrônimo, Professor Doutor do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ-USP, Piracicaba-SP
– dfilho@usp.br
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espécies mais frequentes, perfazem 50,37% do total, sendo elas: Licania tomentosa
(21,17%), Senna siamea (11,68%), Terminalia catappa (9,49%) e Filicium decipiens
(8,03%). Observou-se que do total de indivíduos inventariados obteve-se a área
foliar com 24.175,5 m² e interceptaram um volume de 1.739,8 m³ de águas
pluviais/ano, evitando que a água atingisse diretamente o solo e consequentemente,
reduzindo a possibilidade de erosão do solo, inundações e alagamentos. Observou-
se também que para os indivíduos inventariados evitou-se o volume de escoamento
de 355,1 m³, auxiliando na contenção de águas pluviais por meio dos sistemas de
drenagem urbana. Portanto, o volume retido pelas árvores possibilitou uma a
diminuição dos efeitos causados pelas chuvas, detonando o potencial da
arborização urbana na regulação hídrica. Recomenda-se que esse estudo de
quantificação da redução do escoamento superficial e interceptação pelas árvores
seja ampliado ao nível de espécies, a fim de validar que as características das
espécies interferem no potencial de regulação hídrica.
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Jennifer Viezzer 1
Daniela Biondi 2
As inundações estão cada vez mais frequentes e afetando mais pessoas. Nos
últimos 100 anos, 7 milhões de vidas foram perdidas pelos impactos das inundações
no mundo. No Brasil, o caso mais fatídico foi o da Região Serrana do Rio de Janeiro,
em 2011, quando inundações e deslizamentos tiraram mais de 900 vidas e mais de
1 milhão de pessoas foram diretamente afetadas. Cidades possuem alta
vulnerabilidade a inundações devido ao seu uso e cobertura do solo alterados, baixa
cobertura vegetal, impermeabilização do solo, e rios urbanos profundamente
modificados. Entre as soluções para esses problemas estão a conservação e
recuperação da vegetação nas margens dos rios, que regulam o ciclo da água. Essa
vegetação aparece no primeiro Código Florestal de 1934 como “florestas protetoras”,
que se tornaram Áreas de Preservação Permanente (APP) no “novo” Código
Florestal de 1965 e na atual Lei de Proteção da Vegetação Nativa de 2012. O
objetivo desta pesquisa é analisar a influência da vegetação presente em APP
hídricas na vulnerabilidade das populações urbanas a inundações na Mata Atlântica
brasileira. Para explorar as relações entre essa vegetação e a ocorrência de
inundações, são considerados três alvos de pesquisa: (1) os municípios do Bioma
Mata Atlântica; (2) a Bacia Hidrográfica do Rio Belém, em Curitiba-PR; e (3) a
população do bioma. As áreas de estudo foram selecionadas devido à combinação
entre baixa cobertura vegetal e altos urbanização, densidade de pessoas, e registros
de ocorrências de inundação. Para o alvo 1, são estudados indicadores de
urbanização, socioeconômicos, ambientais, de conservação da APP e de
vulnerabilidade a inundações. Resultados preliminares mostram correlações baixas
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TEMA:
ECOLOGIA URBANA
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1 . Graduanda do curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal de São João Del Rei, Sete
Lagoas, MG, Brasil – liviafs_88@hotmail.com
2. Engenheiro Florestal, Professor Doutor do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade
Federal de São João Del Rei, Sete Lagoas, MG, Brasil – aderbalsilva@ufsj.edu.br
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Tarik Cuchi 1
Rogério Bobrowski 2
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uma câmara RGB embarcada. Serão realizados 12 voos em cada bosque. Por meio
das fotografias aéreas, serão feitas correlações entre a dinâmica do carbono na
serapilheira e o comportamento fenológico das espécies exóticas invasoras e das
nativas nos fragmentos. Modelos geoestatísticos serão elaborados para a
espacialização do carbono na serapilheira e no solo, a partir da variação do carbono
em função das densidades das espécies exóticas invasoras e nativas. Será
realizada uma modelagem matemática para cenários futuros de estimativas de
mudança do clima, considerando aumentos de dióxido de carbono (CO2) e de
temperatura, a partir dos Representative Concentration Pathway (RCP) para os
fragmentos florestais. Serão desenvolvidos indicadores que relacionem a
sustentabilidade funcional de fragmentos florestais urbanos com a sua capacidade
de fixação e armazenamento de carbono, visando auxiliar no manejo destas áreas.
Por meio desta pesquisa, pretende-se demonstrar a relevância dos fragmentos
florestais urbanos como uma SbN, pela capacidade de fixar e armazenar carbono e,
desse modo, contribuir para a mitigação dos efeitos locais da mudança do clima.
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1 Engenheiro Florestal, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal,
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil – allan.nunho@gmail.com
2 Engenheira Florestal, Professora Doutora do Departamento de Ciências Florestais, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil – dbiondi@ufpr.br
2 Engenheira Florestal, Professora Doutora do Departamento de Ciências Florestais, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil – anapaulacorte@gmail.com
2 Engenheiro Florestal, Professor Doutor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil – batistaufpr@gmail.com
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AGRADECIMENTOS
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PERSPECTIVAS
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