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Bons estudos!
Existe ainda o cap’tulo VIII, mas este n‹o prev• figuras t’pico-penais,
apenas estabelece algumas regrinhas gerais aplic‡veis aos crimes contra o
patrim™nio.
Vamos estudar os crimes contra o patrim™nio dividindo-os de acordo com os
cap’tulos do CP, para aperfei•oarmos o aprendizado de voc•s!
1.1 Do furto
1.1.1 Furto
O bem jur’dico tutelado no crime de furto Ž APENAS o patrim™nio, ou
seja, o furto Ž um crime que lesa apenas um bem jur’dico. Entretanto, a Doutrina
Ž PACêFICA ao entender que n‹o se tutela apenas a propriedade, mas qualquer
forma de domina•‹o sobre a coisa (propriedade, posse e deten•‹o leg’timas)1.
Est‡ previsto no art. 155 do CP:
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia m—vel:
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa.
¤ 1¼ - A pena aumenta-se de um ter•o, se o crime Ž praticado durante o repouso
noturno.
¤ 2¼ - Se o criminoso Ž prim‡rio, e Ž de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclus‹o pela de deten•‹o, diminu’-la de um a dois ter•os, ou
aplicar somente a pena de multa.
¤ 3¼ - Equipara-se ˆ coisa m—vel a energia elŽtrica ou qualquer outra que tenha valor
econ™mico.
¤ 4¼ - A pena Ž de reclus‹o de dois a oito anos, e multa, se o crime Ž cometido:
I - com destrui•‹o ou rompimento de obst‡culo ˆ subtra•‹o da coisa;
1
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume 2. 5¼ edi•‹o. Ed. Revista dos Tribunais. S‹o
Paulo, 2006, p. 393. CUNHA, RogŽrio Sanches. Manual de Direito Penal. Parte Especial. 7¼ edi•‹o. Ed.
Juspodivm. Salvador, 2015, p. 233
2
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 396
3
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 236/237
4
Requisitos do furto de uso: a) inten•‹o, desde o in’cio, de devolver a coisa; b) a coisa n‹o pode ser
consum’vel (destrui•‹o com o uso); c) restitui•‹o ˆ v’tima logo ap—s o uso.
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A Doutrina CLçSSICA desenvolveu quatro teorias, basicamente, para tentar explicar a consuma•‹o no
crime de furto:
a) Concretatio Ð Bastaria tocar a coisa para que o furto se consumasse.
b) Apprehensio rei Ð Bastaria que o agente segurasse a coisa para que o delito restasse consumado.
c) Amotio Ð O furto se consumaria com o deslocamento da coisa para outro lugar, ainda que sem a posse
mansa e pac’fica sobre a coisa.
d) Ablatio Ð O agente deveria transportar a coisa para outro local, devendo obter a posse mansa e pac’fica
sobre a coisa.
Atualmente, prevalece a PRIMEIRA CORRENTE, tanto no STF quanto no STJ. Vale ressaltar que alguns
Doutrinadores (seguidos pelo STJ) entendem que as teorias da apprehensio e da amotio dizem, ao fim e ao
cabo, a mesma coisa, e que ela corresponderia, atualmente, ˆ primeira corrente, sendo portanto, a teoria
atualmente adotada (Ver, por todos, HC 222.888/MG, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA
TURMA, julgado em 16/12/2014, DJe 02/02/2015)
(...) 2. A causa de aumento prevista no ¤ 1.¡ do art. 155 do C—digo Penal, que se refere
ˆ pr‡tica do crime durante o repouso noturno - em que h‡ maior possibilidade de •xito
na empreitada criminosa em raz‹o da menor vigil‰ncia do bem, mais vulner‡vel ˆ
subtra•‹o -, Ž aplic‡vel tanto na forma simples como na qualificada do delito de furto.
Tal entendimento revela, mutatis mutandis, a posi•‹o firmada por este Sodal’cio no julgamento
do Recurso Especial Representativo de ControvŽrsia n.¼ 1.193.194/MG, de minha Relatoria, no
qual afigurou-se poss’vel o reconhecimento do privilŽgio previsto no ¤ 2.¼ do art. 155 do C—digo
Penal nos casos de furto qualificado (CP, art. 155, ¤ 4.¼), m‡xime se presentes os requisitos.
(...)
(HC 306.450/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em
04/12/2014, DJe 17/12/2014)
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(...) 2. A causa especial de aumento de pena do furto cometido durante o repouso noturno pode
se configurar mesmo quando o crime Ž cometido em estabelecimento comercial ou resid•ncia
desabitada, sendo indiferente o fato de a v’tima estar, ou n‹o, efetivamente repousando.
3. Precedentes do Superior Tribunal de Justi•a.
4. Habeas corpus denegado.
(HC 191.300/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 26/06/2012)
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(...)"Para a caracteriza•‹o do furto privilegiado um dos requisitos necess‡rios Ž o pequeno valor do bem
subtra’do, podendo o valor do sal‡rio m’nimo ser adotado, em princ’pio, como refer•ncia. Todavia,
esse critŽrio n‹o Ž de absoluto rigor aritmŽtico, cabendo ao juiz da causa sopesar as
circunst‰ncias pr—prias ao caso" (AgRg no HC 246.338/RS, Rel. Min. Marco AurŽlio Belizze, Quinta
Turma, DJe 15/02/2013; AgRg no REsp 1.227.073/RS, Rel. Min. Sebasti‹o Reis Jœnior, Sexta Turma, DJe
21/03/2012) 03. Habeas corpus n‹o conhecido. Concess‹o da ordem, de of’cio, para reconhecer a ocorr•ncia
de furto privilegiado (CP, Art. 155, ¤ 2¼), e, em consequ•ncia, aplicar t‹o somente a pena de multa,
reconhecendo-se, em seguida, a extin•‹o da punibilidade pela ocorr•ncia da prescri•‹o da pretens‹o punitiva
do Estado.Ó
(HC 282.268/RS, Rel. Ministro NEWTON TRISOTTO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SC), QUINTA
TURMA, julgado em 04/12/2014, DJe 02/02/2015)
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Sobre o furto de sinal de TV a cabo existe controvŽrsia na Doutrina e na Jurisprud•ncia.
Na Doutrina, existem os que defendem a tipicidade e os que defendem a atipicidade. N‹o vou me alongar
aqui, mas os que defendem a TIPICIDADE ora alegam que se trata de furto (art. 155, ¤3¼) ora alegam que
se trata do crime previsto no art. 35 da Lei 8.977/95, que tem um grande defeito: N‹o possui preceito
secund‡rio (previs‹o de pena).
De toda sorte, na jurisprud•ncia o STF decidiu que seria fato at’pico, pois n‹o poderia ser equiparado a
energia elŽtrica e o art. 35 da Lei 8.977/95 n‹o poderia ser utilizado.
O STJ, porŽm, julgava e continua julgando no sentido de que Ž fato t’pico, equiparado ao furto de energia
elŽtrica:
"(...) o sinal de TV a cabo pode ser equiparado ˆ energia elŽtrica para fins de incid•ncia do artigo 155, ¤ 3¼,
do C—digo Penal. Doutrina. Precedentes.
4. Recurso improvido.
(RHC 30.847/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 20/08/2013, DJe 04/09/2013)\"
H‡, contudo, decis›es no mesmo STJ entendendo que o fato n‹o se enquadraria no art. 155, ¤3¼ do CP:
(...) 2. A capta•‹o clandestina de sinal de televis‹o fechada ou a cabo n‹o configura o crime previsto no art.
155, ¤ 3¼, do C—digo Penal.
(...)
(AgRg no REsp 1185601/RS, Rel. Ministro SEBASTIÌO REIS JòNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 05/09/2013,
DJe 23/09/2013)
Podemos definir, ent‹o, que a quest‹o est‡ relativamente pacificada no STF e controvertida no STJ
(pela atipicidade).
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CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 155
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N‹o se aplica, neste caso, o princ’pio da insignific‰ncia (STJ: AgRg no REsp 1428174/RS, Rel.
Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 17/09/2015, DJe 24/09/2015)
11
H‡ parcela da Doutrina que inclui, no conceito de obst‡culo, os c‹es de guarda.
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Este Ž o entendimento doutrin‡rio e jurisprudencial MAJORITçRIO, embora existam decis›es do STF e do
STJ em sentido contr‡rio.
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A jurisprud•ncia possui alguns julgados no sentido de que a quebra do vidro do carro para furtar objetos
deixados em seu interior n‹o qualificaria o furto. Contudo, o STJ pacificou a quest‹o em sentido
contr‡rio, ou seja, entendendo que tal conduta qualifica o furto (ÒA subtra•‹o de objetos localizados
no interior de ve’culo automotor, mediante o rompimento ou destrui•‹o do vidro do autom—vel, qualifica o
furto. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. Ó
(EREsp 1079847/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SE‚ÌO, julgado em 22/05/2013, DJe
05/09/2013)
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CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 248
15
Parcela da Doutrina entende que se a v’tima somente percebeu a a•‹o depois de alertada por terceira
pessoa, o agente responderia por tentativa de furto qualificado pela destreza, pois o agente teria agido com
destreza, j‡ que a pr—pria v’tima, sozinha, n‹o percebeu.
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O uso da pr—pria chave verdadeira (n‹o uma c—pia) n‹o qualifica o delito. PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p.
403
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Ver AgRg no REsp 1404832/MS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 25/03/2014,
DJe 31/03/2014
Por fim, a Lei 13.330/16 acrescentou o ¤6¼ ao art. 155 do CP, com a seguinte
reda•‹o:
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia m—vel:
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa.
(...)
¤ 6o A pena Ž de reclus‹o de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtra•‹o for de semovente
domestic‡vel de produ•‹o, ainda que abatido ou dividido em partes no local da
subtra•‹o. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.330, de 2016)
O que a nova Lei fez foi estabelecer uma pena mais dura para o furto
desses animais. As raz›es para tanto? Certamente os elevados ’ndices de
ocorr•ncia destes furtos.
Importante ressaltar que n‹o Ž qualquer furto de semovente (animal) que
ir‡ se adequar ˆ nova previs‹o legislativa, mas apenas o furto de semovente
domestic‡vel de produ•‹o (ainda que abatido ou dividido em partes no local da
subtra•‹o), ou seja, apenas o furto de animais especificamente destinados ˆ
produ•‹o pecu‡ria.
Assim, se alguŽm subtrair um cachorro de estima•‹o n‹o estar‡ incorrendo
na previs‹o do aludido par‡grafo. Por outro lado, se subtrair uma vaca leiteira de
uma Fazenda, estar‡ caracterizada a figura delitiva do art. 155, ¤6¼, desde que
a vaca seja destinada ˆ produ•‹o, naturalmente. Se a vaca for mero animal de
estima•‹o n‹o ser‡ aplic‡vel o ¤6¼. :)
Vale destacar, ainda, que a conduta passou a constituir forma
qualificada do delito de furto, ou seja, a Lei estabeleceu novos patamares de
pena (m’nimo e m‡ximo). Desta forma, n‹o se trata de mera causa de aumento
de pena, mas verdadeira qualificadora.
Abaixo, trago algumas disposi•›es importantes sobre o crime de furto:
¥ Furto de folha de cheque em branco Ð H‡ diverg•ncia doutrin‡ria e
jurisprudencial a respeito. Entretanto, prevalece no STJ o entendimento
de que a mera subtra•‹o da folha de cheque, em branco, n‹o
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(...) 3. De acordo com a jurisprud•ncia desta Corte Superior de Justi•a, folhas de cheque e cart›es
banc‡rios n‹o podem ser objeto material do crime de recepta•‹o, uma vez que desprovidos de valor
econ™mico, indispens‡vel ˆ caracteriza•‹o do delito contra o patrim™nio, entendimento tambŽm aplic‡vel
ao crime de furto, destinado ˆ tutela do mesmo bem jur’dico (...) (HC 118.873/SC, Rel. Ministro
JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 17/03/2011, DJe 25/04/2011)
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Existe posi•‹o doutrin‡ria e jurisprudencial pela TIPICIDADE da conduta, j‡ que a folha de cheque, a
despeito de n‹o possui valor econ™mico enquanto ÒpapelÓ, possui utilidade.
1.2.1 Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa m—vel alheia, para si ou para outrem, mediante grave amea•a
ou viol•ncia a pessoa, ou depois de hav•-la, por qualquer meio, reduzido ˆ
impossibilidade de resist•ncia:
Pena - reclus‹o, de quatro a dez anos, e multa.
¤ 1¼ - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtra’da a coisa, emprega
viol•ncia contra pessoa ou grave amea•a, a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a deten•‹o da coisa para si ou para terceiro.
¤ 2¼ - A pena aumenta-se de um ter•o atŽ metade:
I - se a viol•ncia ou amea•a Ž exercida com emprego de arma;
II - se h‡ o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a v’tima est‡ em servi•o de transporte de valores e o agente conhece tal
circunst‰ncia.
IV - se a subtra•‹o for de ve’culo automotor que venha a ser transportado para outro
Estado ou para o exterior; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
V - se o agente mantŽm a v’tima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Inclu’do
pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 3¼ Se da viol•ncia resulta les‹o corporal grave, a pena Ž de reclus‹o, de sete a
quinze anos, alŽm da multa; se resulta morte, a reclus‹o Ž de vinte a trinta anos, sem
preju’zo da multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996) Vide Lei n¼ 8.072, de
25.7.90
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STJ, RHC 56.431/SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em
18/06/2015, DJe 30/06/2015
21
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 156/157
22
O STJ sumulou entendimento no sentido de que a consuma•‹o do roubo ocorre com a mera invers‹o da
posse sobre o bem, mediante emprego de viol•ncia ou grave amea•a, sendo desnecess‡ria a posse
mansa e pac’fica ou desvigiada sobre a coisa:
Sœmula 582 do STJ - Consuma-se o crime de roubo com a invers‹o da posse do bem mediante emprego
de viol•ncia ou grave amea•a, ainda que por breve tempo e em seguida ˆ persegui•‹o imediata ao agente
e recupera•‹o da coisa roubada, sendo prescind’vel a posse mansa e pac’fica ou desvigiada.
23
Para esta parcela da Doutrina, neste caso, ou o agente emprega a viol•ncia ou grave amea•a e o roubo
impr—prio se consuma ou o agente n‹o emprega e temos um furto consumado
24
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 419
25
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 421
26
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 421. CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 259
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O mesmo racioc’nio se aplica a qualquer arma INIDïNEA, ou seja, que n‹o tenha potencialidade lesiva
(arma desmuniciada, por exemplo). No que tange ˆ arma com defeito, ela somente n‹o ir‡ caracterizar a
majorante se o feito for ÒabsolutoÓ, ou seja, tornar a arma absolutamente ineficaz.
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(...)2. A Terceira Se•‹o pacificou o entendimento no sentido da desnecessidade de apreens‹o
e per’cia da arma de fogo para que seja configurada a causa de aumento prevista no art. 157, ¤
2¼, I, do C—digo Penal, desde que os demais elementos probat—rios demonstrem sua utiliza•‹o
na pr‡tica do delito. Ressalva de entendimento da relatora.
(...)
(HC 284.332/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 22/04/2014,
DJe 30/04/2014)
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PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 425. CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 263
1.2.2 Extors‹o
Art. 158 - Constranger alguŽm, mediante viol•ncia ou grave amea•a, e com o intuito
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econ™mica, a fazer, tolerar que
se fa•a ou deixar fazer alguma coisa:
Pena - reclus‹o, de quatro a dez anos, e multa.
¤ 1¼ - Se o crime Ž cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um ter•o atŽ metade.
¤ 2¼ - Aplica-se ˆ extors‹o praticada mediante viol•ncia o disposto no ¤ 3¼ do artigo
anterior. Vide Lei n¼ 8.072, de 25.7.90
¤ 3o Se o crime Ž cometido mediante a restri•‹o da liberdade da v’tima, e essa
condi•‹o Ž necess‡ria para a obten•‹o da vantagem econ™mica, a pena Ž de reclus‹o,
de 6 (seis) a 12 (doze) anos, alŽm da multa; se resulta les‹o corporal grave ou morte,
aplicam-se as penas previstas no art. 159, ¤¤ 2o e 3o, respectivamente. (Inclu’do pela
Lei n¼ 11.923, de 2009)
30
H‡ decis‹o do STF considerando haver, aqui, roubo consumado em concurso com homic’dio tentado. O
STJ, contudo, j‡ consolidou entendimento no sentido de haver, aqui, latroc’nio tentado (HC 314.203/PR,
Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em 30/06/2015, DJe 04/08/2015).
O ¤1¡ traz uma causa de aumento de pena (1/3 atŽ a metade), caso o crime
seja cometido por duas ou mais pessoas ou mediante o uso de arma. Aplicam-se
as mesmas observa•›es feitas no crime de roubo.
TambŽm se aplica o disposto no ¤3¡ do art. 157 (roubo qualificado pelo
resultado), ou seja, ocorrendo les‹o grave ou morte, teremos o crime de
EXTORSÌO QUALIFICADA PELO RESULTADO, com as mesmas penas
previstas no ¤3¡ do art. 157 do CP.
O ¤3¡ do art. 158 representa uma inova•‹o legislativa (realizada em 2009)
que criou a figura do SEQUESTRO RELåMPAGO.
Na verdade, esse nome Ž dado pela Doutrina. O que ocorreu foi a mera
inclus‹o do ¤3¼ no art. 158 do CP, criando uma outra forma de extors‹o
qualificada. Segundo este dispositivo, Ž necess‡rio:
§ Que o crime seja cometido mediante a restri•‹o da liberdade da
v’tima
§ Que essa circunst‰ncia seja necess‡ria para a obten•‹o da
vantagem econ™mica Ð Se for desnecess‡ria, o agente responde por
extors‹o simples em concurso material com sequestro ou c‡rcere
privado.
A pena Ž mais elevada (seis a doze anos). O crime tambŽm ser‡ considerado
qualificado (com penas mais severas31) no caso de ocorr•ncia de les›es graves
ou morte.
A a•‹o penal no crime de extors‹o, em qualquer hip—tese, Ž PòBLICA
INCONDICIONADA.
O art. 160, por sua vez, cria a figura da EXTORSÌO INDIRETA, que ocorre
quando um credor EXIGE ou RECEBE, do devedor, DOCUMENTO QUE
POSSA DAR CAUSA Ë INSTAURA‚ÌO DE PROCESSO CRIMINAL CONTRA
ELE. Vejamos:
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de d’vida, abusando da situa•‹o de alguŽm,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a v’tima ou contra
terceiro:
Pena - reclus‹o, de um a tr•s anos, e multa.
31
As penas, neste caso, ser‹o as mesmas previstas para o crime de extors‹o mediante sequestro qualificado
pela morte ou les›es graves (art. 159, ¤¤2¼ e 3¼ do CP).
1.3 Da usurpa•‹o
Os crimes previstos neste cap’tulo s‹o pouco exigidos, motivo pelo qual
abordaremos o tema de forma menos aprofundada que os crimes
anteriores, para que voc•s n‹o tenham que estudar aquilo que n‹o ser‡ objeto
de cobran•a na prova.
32
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 279
33
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 444
1.4.1 Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - deten•‹o, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Par‡grafo œnico - Se o crime Ž cometido:
I - com viol•ncia ˆ pessoa ou grave amea•a;
II - com emprego de subst‰ncia inflam‡vel ou explosiva, se o fato n‹o constitui crime
mais grave
III - contra o patrim™nio da Uni‹o, Estado, Munic’pio, empresa concession‡ria de
servi•os pœblicos ou sociedade de economia mista; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 5.346,
de 3.11.1967)
IV - por motivo ego’stico ou com preju’zo consider‡vel para a v’tima:
Pena - deten•‹o, de seis meses a tr•s anos, e multa, alŽm da pena correspondente ˆ
viol•ncia.
O crime Ž comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, tendo como
sujeito passivo o propriet‡rio ou possuidor do bem danificado. O cond™mino
pode ser sujeito ativo, mas se a coisa Ž fung’vel (substitu’vel, como o
dinheiro, por exemplo) e o agente deteriora apenas a sua cota-parte, n‹o
h‡ crime, por analogia ao furto de coisa comum (Posi•‹o do STF).
O tipo objetivo (conduta) pode ser tanto a destrui•‹o (danifica•‹o total), a
inutiliza•‹o (danifica•‹o, ainda que parcial, mas que torna o bem inœtil) ou
deteriora•‹o (danifica•‹o parcial do bem) da coisa.
O crime deve ser praticado na forma comissiva (a•‹o). Nada impede,
contudo, que alguŽm responda pelo delito em raz‹o de uma omiss‹o, desde que
seja o respons‡vel por evitar o resultado (ex.: Um vigia que v• alguŽm destruir
o patrim™nio que ele deve zelar e nada faz, responder‡ pelo crime de dano, na
forma do art. 13, ¤2¼ do CP).
Exige-se o dolo. NÌO Hç CRIME DE DANO CULPOSO (n‹o havendo
necessidade de qualquer especial fim de agir).34
CUIDADO! O crime de Òpicha•‹oÓ Ž definido como CRIME CONTRA O
MEIO AMBIENTE (ambiente urbano), nos termos do art. 65 da Lei
9.605/98.
34
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 477
35
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 489. CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 300
36
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 303.
37
PRADO, Luiz Regis. Op. Cit., p. 503
38
Inq 2537 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURƒLIO, Tribunal Pleno, julgado em 10/03/2008, DJe-107
DIVULG 12-06-2008 PUBLIC 13-06-2008 EMENT VOL-02323-01 PP-00113 RET v. 11, n. 64, 2008, p. 113-
122 LEXSTF v. 30, n. 357, 2008, p. 430-441
39
(...) A quita•‹o do dŽbito decorrente de apropria•‹o indŽbita previdenci‡ria enseja a extin•‹o
da punibilidade (art. 9¼, ¤ 2¼, da Lei n¼ 10.684/03), desde que realizada antes do tr‰nsito em
julgado da senten•a condenat—ria. (...)
(HC 90.308/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 12/06/2015)
40
(...) A jurisprud•ncia do Superior Tribunal de Justi•a Ž firme no sentido de que o parcelamento
do dŽbito tribut‡rio, por meio da ades‹o ao Refis, quando efetivado na vig•ncia da Lei n.
9.964/2000, apenas suspende a flu•ncia da prescri•‹o, n‹o extinguindo a punibilidade,
mesmo que os dŽbitos tribut‡rios sejam anteriores ao referido diploma legal (...)
(AgRg no REsp 1245008/RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2016, DJe
28/03/2016)
1.5.4 Apropria•‹o de coisa havida por erro, caso fortuito ou for•a maior
Art. 169 - Apropriar-se alguŽm de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso
fortuito ou for•a da natureza:
Pena - deten•‹o, de um m•s a um ano, ou multa.
Par‡grafo œnico - Na mesma pena incorre:
Apropria•‹o de tesouro
I - quem acha tesouro em prŽdio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota
a que tem direito o propriet‡rio do prŽdio;
Apropria•‹o de coisa achada
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando
de restitu’-la ao dono ou leg’timo possuidor ou de entreg‡-la ˆ autoridade competente,
dentro no prazo de 15 (quinze) dias.
Aqui se pune a conduta daquele que se apodera de algo que n‹o Ž seu, mas
veio ao seu poder em raz‹o de caso fortuito, for•a maior, ou erro, e n‹o em raz‹o
da confian•a depositada nele.
EXEMPLO: Imagine o caso de alguŽm que entrega uma mercadoria em
local errado. Se aquele que recebeu a mercadoria por erro dela se
apropriar, comete este crime.
41
Importante ressaltar que h‡ controvŽrsia quanto ao valor. Para o STJ, somente quando o valor do dŽbito
for inferior a R$ 10.000,00 poderemos falar em princ’pio da insignific‰ncia. J‡ o STF adota o entendimento
de que este valor pode ser de atŽ R$ 20.000,00.
1.6.1 Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem il’cita, em preju’zo alheio,
induzindo ou mantendo alguŽm em erro, mediante artif’cio, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento:
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa.
¤ 1¼ - Se o criminoso Ž prim‡rio, e Ž de pequeno valor o preju’zo, o juiz pode aplicar
a pena conforme o disposto no art. 155, ¤ 2¼.
¤ 2¼ - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposi•‹o de coisa alheia como pr—pria
I - vende, permuta, d‡ em pagamento, em loca•‹o ou em garantia coisa alheia como
pr—pria;
Aliena•‹o ou onera•‹o fraudulenta de coisa pr—pria
II - vende, permuta, d‡ em pagamento ou em garantia coisa pr—pria inalien‡vel,
gravada de ™nus ou litigiosa, ou im—vel que prometeu vender a terceiro, mediante
pagamento em presta•›es, silenciando sobre qualquer dessas circunst‰ncias;
O bem jur’dico tutelado aqui Ž o patrim™nio e a boa-fŽ que se deve ter nas
rela•›es sociais. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, sendo, portanto,
CRIME COMUM. O sujeito passivo pode ser tanto aquele que foi enganado pela
fraude do agente ou aquele que teve a efetiva les‹o patrimonial (pois podem ser
pessoas distintas).
O elemento subjetivo exigido Ž O DOLO, e, alŽm dele, se exige a finalidade
especial de agir, consistente na inten•‹o de obter vantagem il’cita em detrimento
(preju’zo) de outrem.
A vantagem perquirida pelo agente deve ser patrimonial (maioria da
Doutrina), embora haja Doutrinadores que entendam que pode ser qualquer
vantagem.
Temos aqui outro crime genŽrico, que ter‡ sua aplica•‹o afastada quando
estivermos diante de um caso em que haja regulamenta•‹o em norma penal
espec’fica.
E se o agente fraudar concurso pœblico? A conduta, que antes foi
considerada at’pica pelo STF, atualmente se encontra tipificada no art. 311-A
do CPP (crime de fraude em certames de interesse pœblico), inclu’do pela Lei
12.550/11.
E se o agente praticar o estelionato mediante a utiliza•‹o de
documento falso?
O STJ e o STF entendem que se trata de concurso FORMAL. Uma
terceira corrente, menos aceita nos Tribunais, entende que o crime de falso
absorve o de estelionato, pois a pena daquele Ž mais severa.
Sœmula 17 do STJ
QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE
LESIVA, ƒ POR ESTE ABSORVIDO.
42
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 334
43
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 335/336
Aqui se pune a conduta daquele que emite fatura, duplicata ou nota de venda
que n‹o corresponda ˆ realidade. O sujeito ativo ser‡ aquele que emite o t’tulo
em desconformidade com a realidade. O sujeito passivo ser‡ o sacado, quando
aceita o t’tulo de boa-fŽ ou o tomador, que Ž aquele desconta a duplicata.
Como esta reda•‹o foi dada pela Lei 8.137/90, excluindo a men•‹o anterior
a Òexpedir ou aceitar duplicata que n‹o corresponda, juntamente com a fatura
respectiva, a uma venda efetiva de bens ou a uma real presta•‹o de servi•oÓ,
parte da Doutrina entendeu que a emiss‹o de duplicata FRIA passou a ser fato
at’pico. Entretanto, a maioria da Doutrina e o STF entendem que a emiss‹o
de duplicata fria n‹o Ž fato at’pico, pois se a lei pune a conduta daquele que
emite uma duplicata em desacordo parcial com a realidade, com muito mais raz‹o
este tipo penal pune aquele que emite uma duplicata em COMPLETO
DESACORDO COM A REALIDADE.
O elemento subjetivo exigido Ž o dolo, n‹o existindo forma culposa.
O crime se consuma com a mera emiss‹o do t’tulo, n‹o sendo necess‡ria
sua coloca•‹o em circula•‹o. Logo, mais dispens‡vel ainda Ž a efetiva obten•‹o
da vantagem. A tentativa Ž poss’vel.
O ¤ œnico traz a forma equiparada, que Ž a daquela pessoa que falsifica ou
adultera o livro de registro das duplicatas. Embora seja um crime de falsidade, a
lei decidiu por bem coloc‡-la no T’tulo relativo aos crimes contra o patrim™nio. O
sujeito passivo aqui Ž o Estado!
1.7 Da recepta•‹o
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito pr—prio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fŽ, a
adquira, receba ou oculte: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de
1996)
Recepta•‹o qualificada(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 1¼ - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito, desmontar,
montar, remontar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou industrial, coisa que deve
saber ser produto de crime: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - reclus‹o, de tr•s a oito anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de
1996)
¤ 2¼ - Equipara-se ˆ atividade comercial, para efeito do par‡grafo anterior, qualquer
forma de comŽrcio irregular ou clandestino, inclusive o exerc’cio em resid•ncia.
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 3¼ - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela despropor•‹o entre o
valor e o pre•o, ou pela condi•‹o de quem a oferece, deve presumir-se obtida por
meio criminoso: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - deten•‹o, de um m•s a um ano, ou multa, ou ambas as penas. (Reda•‹o dada
pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 4¼ - A recepta•‹o Ž pun’vel, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do
crime de que proveio a coisa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 5¼ - Na hip—tese do ¤ 3¼, se o criminoso Ž prim‡rio, pode o juiz, tendo em
considera•‹o as circunst‰ncias, deixar de aplicar a pena. Na recepta•‹o dolosa aplica-
se o disposto no ¤ 2¼ do art. 155. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 6¼ - Tratando-se de bens e instala•›es do patrim™nio da Uni‹o, Estado, Munic’pio,
empresa concession‡ria de servi•os pœblicos ou sociedade de economia mista, a pena
prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de
1996)
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito ou
vender, com a finalidade de produ•‹o ou de comercializa•‹o, semovente domestic‡vel
de produ•‹o, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de
crime: (Inclu’do pela Lei n¼ 13.330, de 2016)
O ¤3¡ prev• a recepta•‹o culposa, que ocorre quando o agente age com
imprud•ncia, adquirindo um bem em circunst‰ncias an™malas, sem atentar para
o fato e que Ž bem prov‡vel que seja produto de crime.
O ¤4¡ estabelece que a recepta•‹o seja pun’vel ainda que seja desconhecido
ou isento de pena o autor do CRIME ANTERIOR. Entretanto, deve haver prova
da ocorr•ncia do crime anterior, ainda que n‹o se exija a condena•‹o de qualquer
pessoa por ele. PorŽm, se tiver havido a absolvi•‹o no CRIME ANTERIOR, em
raz‹o do reconhecimento da INEXISTæNCIA DE CRIME, da exist•ncia de
circunst‰ncia que exclui o crime ou pelo fato de n‹o constituir infra•‹o penal, a
recepta•‹o n‹o ser‡ pun’vel.
O ¤5¡, por sua vez, trata do PERDÌO JUDICIAL E DO PRIVILƒGIO. O
perd‹o judicial pode ser aplicado somente ˆ RECEPTA‚ÌO CULPOSA, caso
o rŽu seja prim‡rio. Caso a recepta•‹o seja dolosa, pode ser aplicada a norma
prevista no ¤2¡ do art. 155 do CP (que trata do furto privilegiado).
44
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume 2. 5¼ edi•‹o. Ed. Revista dos Tribunais. S‹o
Paulo, 2006, p. 652/653
45
Trata-se de circunst‰ncia de car‡ter pessoal, que n‹o se comunica aos demais agentes do delito, nos
termos do art. 30 do CP.
CAPêTULO II
DO ROUBO E DA EXTORSÌO
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa m—vel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
amea•a ou viol•ncia a pessoa, ou depois de hav•-la, por qualquer meio, reduzido ˆ
impossibilidade de resist•ncia:
Pena - reclus‹o, de quatro a dez anos, e multa.
¤ 1¼ - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtra’da a coisa, emprega
viol•ncia contra pessoa ou grave amea•a, a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a deten•‹o da coisa para si ou para terceiro.
¤ 2¼ - A pena aumenta-se de um ter•o atŽ metade:
I - se a viol•ncia ou amea•a Ž exercida com emprego de arma;
II - se h‡ o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a v’tima est‡ em servi•o de transporte de valores e o agente conhece tal
circunst‰ncia.
IV - se a subtra•‹o for de ve’culo automotor que venha a ser transportado para
outro Estado ou para o exterior; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
V - se o agente mantŽm a v’tima em seu poder, restringindo sua liberdade.
(Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 3¼ Se da viol•ncia resulta les‹o corporal grave, a pena Ž de reclus‹o, de sete
a quinze anos, alŽm da multa; se resulta morte, a reclus‹o Ž de vinte a trinta anos,
sem preju’zo da multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996) Vide Lei n¼ 8.072,
de 25.7.90
CAPêTULO III
DA USURPA‚ÌO
Altera•‹o de limites
CAPêTULO IV
DO DANO
Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - deten•‹o, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Par‡grafo œnico - Se o crime Ž cometido:
I - com viol•ncia ˆ pessoa ou grave amea•a;
II - com emprego de subst‰ncia inflam‡vel ou explosiva, se o fato n‹o constitui
crime mais grave
III - contra o patrim™nio da Uni‹o, Estado, Munic’pio, empresa concession‡ria
de servi•os pœblicos ou sociedade de economia mista; (Reda•‹o dada pela Lei n¼
5.346, de 3.11.1967)
IV - por motivo ego’stico ou com preju’zo consider‡vel para a v’tima:
Pena - deten•‹o, de seis meses a tr•s anos, e multa, alŽm da pena
correspondente ˆ viol•ncia.
Introdu•‹o ou abandono de animais em propriedade alheia
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem
consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte preju’zo:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a seis meses, ou multa.
Dano em coisa de valor art’stico, arqueol—gico ou hist—rico
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade
competente em virtude de valor art’stico, arqueol—gico ou hist—rico:
Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos, e multa.
Altera•‹o de local especialmente protegido
CAPêTULO V
DA APROPRIA‚ÌO INDƒBITA
Apropria•‹o indŽbita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia m—vel, de que tem a posse ou a deten•‹o:
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena
¤ 1¼ - A pena Ž aumentada de um ter•o, quando o agente recebeu a coisa:
I - em dep—sito necess‡rio;
II - na qualidade de tutor, curador, s’ndico, liquidat‡rio, inventariante,
testamenteiro ou deposit‡rio judicial;
III - em raz‹o de of’cio, emprego ou profiss‹o.
Apropria•‹o indŽbita previdenci‡ria (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
Art. 168-A. Deixar de repassar ˆ previd•ncia social as contribui•›es recolhidas
dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983,
de 2000)
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Inclu’do pela Lei n¼
9.983, de 2000)
¤ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de
2000)
I Ð recolher, no prazo legal, contribui•‹o ou outra import‰ncia destinada ˆ
previd•ncia social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a
terceiros ou arrecadada do pœblico; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
II Ð recolher contribui•›es devidas ˆ previd•ncia social que tenham integrado
despesas cont‡beis ou custos relativos ˆ venda de produtos ou ˆ presta•‹o de
servi•os; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
III - pagar benef’cio devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores
j‡ tiverem sido reembolsados ˆ empresa pela previd•ncia social. (Inclu’do pela Lei n¼
9.983, de 2000)
¤ 2o ƒ extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa
e efetua o pagamento das contribui•›es, import‰ncias ou valores e presta as
informa•›es devidas ˆ previd•ncia social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do in’cio da a•‹o fiscal. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
¤ 3o ƒ facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa
se o agente for prim‡rio e de bons antecedentes, desde que: (Inclu’do pela Lei n¼
9.983, de 2000)
I Ð tenha promovido, ap—s o in’cio da a•‹o fiscal e antes de oferecida a denœncia,
o pagamento da contribui•‹o social previdenci‡ria, inclusive acess—rios; ou (Inclu’do
pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
CAPêTULO VI
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem il’cita, em preju’zo alheio,
induzindo ou mantendo alguŽm em erro, mediante artif’cio, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento:
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil rŽis a dez contos
de rŽis.
¤ 1¼ - Se o criminoso Ž prim‡rio, e Ž de pequeno valor o preju’zo, o juiz pode
aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, ¤ 2¼.
¤ 2¼ - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposi•‹o de coisa alheia como pr—pria
I - vende, permuta, d‡ em pagamento, em loca•‹o ou em garantia coisa alheia
como pr—pria;
Aliena•‹o ou onera•‹o fraudulenta de coisa pr—pria
II - vende, permuta, d‡ em pagamento ou em garantia coisa pr—pria inalien‡vel,
gravada de ™nus ou litigiosa, ou im—vel que prometeu vender a terceiro, mediante
pagamento em presta•›es, silenciando sobre qualquer dessas circunst‰ncias;
Defrauda•‹o de penhor
III - defrauda, mediante aliena•‹o n‹o consentida pelo credor ou por outro
modo, a garantia pignorat’cia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV - defrauda subst‰ncia, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a
alguŽm;
Fraude para recebimento de indeniza•‹o ou valor de seguro
CAPêTULO VII
DA RECEPTA‚ÌO
Recepta•‹o
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito pr—prio
ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-
fŽ, a adquira, receba ou oculte: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426,
de 1996)
Recepta•‹o qualificada (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 1¼ - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer forma utilizar,
em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou industrial, coisa
que deve saber ser produto de crime:(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - reclus‹o, de tr•s a oito anos, e multa.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426,
de 1996)
¤ 2¼ - Equipara-se ˆ atividade comercial, para efeito do par‡grafo anterior,
qualquer forma de comŽrcio irregular ou clandestino, inclusive o exerc’cio em
resid•ncia. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 3¼ - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela despropor•‹o
entre o valor e o pre•o, ou pela condi•‹o de quem a oferece, deve presumir-se obtida
por meio criminoso: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - deten•‹o, de um m•s a um ano, ou multa, ou ambas as penas. (Reda•‹o
dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 4¼ - A recepta•‹o Ž pun’vel, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor
do crime de que proveio a coisa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 5¼ - Na hip—tese do ¤ 3¼, se o criminoso Ž prim‡rio, pode o juiz, tendo em
considera•‹o as circunst‰ncias, deixar de aplicar a pena. Na recepta•‹o dolosa aplica-
se o disposto no ¤ 2¼ do art. 155. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 6¼ - Tratando-se de bens e instala•›es do patrim™nio da Uni‹o, Estado, Munic’pio,
empresa concession‡ria de servi•os pœblicos ou sociedade de economia mista, a pena
prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de
1996)
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito ou
vender, com a finalidade de produ•‹o ou de comercializa•‹o, semovente domestic‡vel
de produ•‹o, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de
crime: (Inclu’do pela Lei n¼ 13.330, de 2016)
CAPêTULO VIII
DISPOSI‚ÍES GERAIS
Art. 181 - ƒ isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste
t’tulo, em preju’zo: (Vide Lei n¼ 10.741, de 2003)
3 SòMULAS PERTINENTES
3.1 Sœmulas do STF
Ä Sœmula 610 do STF Ð Trata da consuma•‹o no delito de latroc’nio:
4 JURISPRUDæNCIA CORRELATA
5 RESUMO
FURTO
Bem jur’dico Ð Tutela-se n‹o s— a propriedade, qualquer forma de domina•‹o
sobre a coisa (propriedade, posse e deten•‹o leg’timas).
Coisa alheia m—vel - O conceito de Òm—velÓ aqui Ž Òtudo aquilo que pode ser
movido de um lugar para outro sem perda de suas caracter’sticas ou
funcionalidadesÓ. OBS.: Cad‡ver pode ser objeto de furto, desde que perten•a a
alguŽm. OBS.2: Equipara-se a coisa m—vel a ENERGIA ELƒTRICA ou qualquer
outra energia que possua valor econ™mico.
Elemento subjetivo Ð Dolo, com a inten•‹o de se apoderar da coisa (animus
rem sibi habendi). N‹o se pune na forma culposa. OBS.: Furto de uso n‹o Ž crime
(subtrair s— para usar a coisa, j‡ com a inten•‹o de devolver).
Consuma•‹o Ð Teoria da amotio: furto se consuma quando o agente tem a
posse sobre a coisa, ainda que por um breve espa•o de tempo e ainda que n‹o
tenha a Òposse e mansa e pac’ficaÓ sobre a coisa.
OBS.: A exist•ncia de sistema de vigil‰ncia ou monitoramento eletr™nico
caracteriza crime imposs’vel? N‹o. O STF e o STJ possuem entendimento
pac’fico no sentido de que, neste caso, h‡ possibilidade de consuma•‹o do furto,
ROUBO
Roubo pr—prio Ð O agente pratica a viol•ncia ou grave amea•a PARA subtrair a
coisa.
Roubo impr—prio Ð O agente pratica a viol•ncia ou grave amea•a DEPOIS de
subtrair a coisa, como forma de assegurar o sucesso do crime.
Roubo com viol•ncia impr—pria Ð O agente, sem viol•ncia ou grave amea•a,
reduz a v’tima ˆ condi•‹o de impossibilidade de defesa (ex.: coloca uma droga
em sua bebida).
Roubo de uso Ž crime? Controvertido, mas prevalece que o agente
responde pelo roubo. Doutrina minorit‡ria sustenta que responde apenas por
constrangimento ilegal (mais a pena relativa ˆs les›es corporais que causar, se
for o caso).
Consuma•‹o - Quando o agente passa a ter o poder sobre a coisa (ainda que
por um breve espa•o de tempo e ainda que n‹o seja posse mansa e pac’fica Ð
teoria da amotio), ap—s ter praticado a viol•ncia ou grave amea•a. OBS.: No
roubo impr—prio o crime se consuma quando o agente, ap—s subtrair a coisa,
emprega a viol•ncia ou grave amea•a. OBS.: A inexist•ncia de valores em poder
EXTORSÌO
Caracteriza•‹o - O constrangimento (viol•ncia ou grave amea•a) Ž mero ÒmeioÓ
para a obten•‹o da vantagem indevida. O verbo Ž ÒconstrangerÓ, que Ž sin™nimo
de for•ar, obrigar alguŽm a fazer o que n‹o deseja. N‹o se confunde com o delito
de roubo, pois naquele o agente se vale da viol•ncia ou grave amea•a para
subtrair o bem da v’tima. Neste o agente se vale destes meios para fazer com
que a v’tima entregue a coisa, ou seja, deve haver a colabora•‹o da v’tima,
sem a qual a vantagem n‹o poderia ser obtida.
DANO
Carateriza•‹o - O tipo objetivo (conduta) pode ser tanto a destrui•‹o
(danifica•‹o total), a inutiliza•‹o (danifica•‹o, ainda que parcial, mas que torna
o bem inœtil) ou deteriora•‹o (danifica•‹o parcial do bem) da coisa.
O crime Ž comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, tendo como
sujeito passivo o propriet‡rio ou possuidor do bem danificado. O cond™mino
pode ser sujeito ativo, mas se a coisa Ž fung’vel (substitu’vel, como o
dinheiro, por exemplo) e o agente deteriora apenas a sua cota-parte, n‹o
h‡ crime, por analogia ao furto de coisa comum (Posi•‹o do STF).
Elemento subjetivo Ð Dolo. N‹o se pune na forma culposa.
OBS.: O crime de Òpicha•‹oÓ Ž definido como CRIME CONTRA O MEIO
AMBIENTE (ambiente urbano), nos termos do art. 65 da Lei 9.605/98.
ESTELIONATO
Caracteriza•‹o Ð O agente obtŽm vantagem il’cita (crime material, portanto),
para si ou para outrem, em preju’zo alheio, induzindo ou mantendo alguŽm em
erro, mediante qualquer meio fraudulento. Considerado crime de resultado
duplo (o agente deve obter a vantagem e a v’tima deve sofrer preju’zo).
Vantagem Ð Deve ser patrimonial (doutrina majorit‡ria).
Elemento subjetivo Ð Dolo. N‹o se pune a forma culposa. Exige-se, ainda, a
finalidade especial de agir, consistente na inten•‹o de obter vantagem il’cita
em detrimento (preju’zo) de outrem.
Estelionato privilegiado Ð Aplicam-se as mesmas disposi•›es do furto
privilegiado.
T—picos importantes
E se o agente fraudar concurso pœblico? A conduta, que antes foi
considerada at’pica pelo STF, atualmente se encontra tipificada no art. 311-A
do CPP (crime de fraude em certames de interesse pœblico), inclu’do pela Lei
12.550/11.
E se o agente praticar o estelionato mediante a utiliza•‹o de
documento falso? O STJ e o STF entendem que se trata de concurso
FORMAL. Contudo, se a potencialidade lesiva do falso se exaure no
estelionato, o crime de estelionato absorve o falso, que foi apenas um meio
para a sua pr‡tica (Sœmula 17 do STJ).
E se o agente obtŽm um cheque da v’tima? O crime Ž tentado ou
consumado? Enquanto o agente n‹o obtiver o valor prescrito no cheque, o crime
ainda Ž tentado, apenas se consumando quando o agente obtiver o valor
constante no cheque (posi•‹o majorit‡ria da Doutrina).
Emiss‹o de cheque sem fundos - Para que se configure crime, Ž
necess‡rio que o agente tenha, de antem‹o, a inten•‹o de n‹o pagar, ou
seja, o agente sabe que n‹o possui fundos para adimplir a obriga•‹o contra’da.
Diferente da hip—tese na qual o agente possui fundos, mas, antes da data prevista
para o desconto do cheque, tem que retirar o dinheiro por algum motivo e o
cheque Òbate sem fundosÓ. Isso n‹o Ž crime. A emiss‹o de cheques sem fundos
para pagamento de d’vidas de jogo NÌO CONFIGURA CRIME, pois estas d’vidas
n‹o s‹o pass’veis de cobran•a judicial, nos termos do art. 814 do CC.
Estelionato previdenci‡rio
O ¤3¡ prev• o chamado estelionato contra entidade de direito pœblico, que Ž
aquele cometido contra qualquer das institui•›es previstas na norma penal
citada. Trata-se de causa de aumento de pena (aumenta-se de um ter•o).
Consuma•‹o Ð Tal delito possui natureza bin‡ria, e a consuma•‹o depender‡,
portanto, do sujeito ativo do delito:
§ Momento consumativo para o pr—prio benefici‡rio dos valores
indevidos Ð Trata-se de crime permanente, que se ÒrenovaÓ a cada saque
do benef’cio indevido.
§ Momento consumativo para terceira pessoa que participou do delito
Ð Ocorre com o recebimento da vantagem indevida pela primeira vez (j‡
que o delito de estelionato Ž material, pois o tipo penal exige o efetivo
recebimento da vantagem indevida), seja pelo pr—prio ou por outra pessoa.
A•‹o penal
REGRA - A‚ÌO PENAL PòBLICA INCONDICIONADA.
EXCE‚ÍES:
§ A‚ÌO PENAL PòBLICA CONDICIONADA Ë REPRESENTA‚ÌO Ð Se o
crime Ž cometido contra:
§ C™njuge desquitado ou judicialmente separado
§ Irm‹o, leg’timo ou ileg’timo
§ Tio ou sobrinho, com quem o agente coabita
7 EXERCêCIOS COMENTADOS
8 GABARITO
1. ALTERNATIVA D
2. ALTERNATIVA B
3. ALTERNATIVA B
4. ALTERNATIVA E
5. ALTERNATIVA A
6. ALTERNATIVA B
7. ALTERNATIVA B