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GESTÃO DE RESÍDUOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Comissão de Resíduos
Organizadoras
Mônica Spadafora Ferreira
Rita de Cássia Ruiz
1ª edição
São Paulo
2022
Fundamentos para Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
22-103218 CDD-363.728
Índices para catálogo sistemático:
Esta obra está protegida pela Lei de Direitos Autorais – Lei n° 9610/1998, sendo vedada sua altera-
ção, modificação, reprodução ou comercialização sem a autorização expressa de seus autores.
Este material foi elaborado com base nas normativas e legislações vigentes. Visto a possibilidade
da implementação de novas diretrizes, os autores recomendam que os leitores informem-se sobre
possíveis atualizações.
APRESENTAÇÃO
Esta obra traz uma atualização de temas
importantes à gestão de resíduos de serviços
de saúde, consolidada na experiência adquiri-
da no gerenciamento destes resíduos em uma
instituição pública voltada à pesquisa, ensino e
produção de imunobiológicos. Nela, estão apre-
sentados os principais fundamentos e critérios
importantes para elaboração do plano de ge-
renciamento de resíduos de saúde, os aspectos
legais e éticos envolvidos, bem como uma abor-
dagem prática que vai da descrição das embala-
gens existentes para o acondicionamento destes
resíduos até a complexa construção de abrigo
para acondicionar as várias classes de resíduos,
que deve atender às particularidades e ao nível
de periculosidade de cada uma das classes.
Para isso, contamos com a participação de
uma equipe composta por profissionais com
diferentes formações, que atuam em diversos
setores da instituição, que se uniram a fim de
relatar a experiência adquirida nas diferentes
etapas que envolvem o gerenciamento dos re-
síduos de serviço de saúde, que deve priorizar
a proteção ambiental e segurança de todos os
envolvidos. As informações aqui reunidas foram
compiladas a partir de uma extensa consulta à
diversas referências, obtidas de fontes seguras e
que contribuíram para a harmonização dos pro-
cedimentos na boa prática de cuidados e mane-
jo dos resíduos gerados no Instituto Butantan.
Fundamentos para Gestão de Resíduos de
Serviços de Saúde está sendo disponibilizado
para a comunidade, com a confiança de que
a experiência adquirida em anos de trabalho,
desenvolvido coletivamente, pode contribuir
para a melhoria de outras instituições, tanto
públicas como privadas, resultando em ganhos
social, ambiental e econômico para toda cadeia
envolvida. Esperamos que esta obra sirva de
base para a habilitação de pessoas interessadas
na sustentabilidade e segurança, pré-requisitos
fundamentais à prática do descarte adequa-
do dos resíduos de serviço de saúde que deve
ser aprimorado e atualizado constantemente,
a partir da adequação a novas resoluções e a
experiência e conhecimento de colegas enga-
jados no processo da construção e preservação
do meio ambiente no Brasil.
As Organizadoras
A COMISSÃO
O Instituto Butantan (IBu), em 2021, com-
pletou 120 anos dedicados a pesquisar, desen-
volver, fabricar e fornecer produtos e serviços
para a Saúde da População. Reconhecido mun-
dialmente como centro de pesquisa biomédica
e, igualmente, referência como centro produtor
de vacinas e soros do Brasil.
Por toda sua longevidade, conta com rico
patrimônio histórico e paisagístico, sendo tom-
bado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico (CONDEPHAAT) em 1981, é uma das
principais referências turísticas da cidade de
São Paulo, recebendo cerca de 300 mil visitan-
tes por ano. Ainda visando cumprir sua missão,
promove cursos de capacitação, recebendo
anualmente uma média de 1.300 alunos, além
de divulgar a Ciência por meio de várias ações
educativas, museológicas, ambientais e de lazer.
O resultado desse esforço teve um impor-
tante papel na conscientização de todos os
colaboradores sobre a importância do manejo
seguro e ambientalmente adequado de resídu-
os. Mudanças e adequações a fim de respeitar
as questões ambientais foram inseridas na ro-
tina de cada colaborador, nos laboratórios de
pesquisa e das áreas produtivas, no biotério, na
área cultural e administrativa, formando uma
corrente coesa cujo objetivo é garantir a saúde
e preservação do meio ambiente.
A Comissão de Resíduos do Instituto
Butantan foi criada em 2012 e, desde a sua pri-
meira formação, mantém o caráter consultivo,
trabalhando conjuntamente com a Gerência
de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente
Institucional.
A satisfação por todas as medidas imple-
mentadas não permite concluir esse texto sem,
antes, agradecer o apoio recebido pela Diretoria
Técnica do Instituto Butantan, pela Presidência
da Fundação Butantan e por cada colega que, di-
reta ou indiretamente, vem contribuindo para o
sucesso da gestão de resíduos no nosso Instituto.
Rui Curi
Diretor Executivo da Fundação Butantan
SUMÁRIO
1 Visão Jurídica Relativa ao Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços
de Saúde, 1
1.1. INTRODUÇÃO
O meio ambiente é essencial para a conservação da vida no planeta, porém o ser hu-
mano o vem degradando no decorrer do tempo, por meio de desmatamento, emissão de
gases poluentes e descarte inapropriado de resíduos industriais e afins. Para minimizar os
impactos ambientais causados pela ação humana, foram editadas leis e realizadas conferên-
cias internacionais a fim de abordar o assunto, o que não demonstrou ser o suficiente para a
resolução de tais questões (Moreira et al, 2021).
O Brasil está entre as 10 nações que mais geram resíduos sólidos urbanos (RSU) no mun-
do. Isso é decorrente do crescente desenvolvimento das cidades, quase sempre desorde-
nado, da limitação dos recursos naturais e da enorme quantidade de poluentes e resíduos
gerados nas diversas atividades humanas (Octavio Neto, 2019).
As legislações ambientais vieram, de forma gradativa, incluir a questão dos resíduos só-
lidos no ordenamento jurídico. Atualmente, os resíduos sólidos são amplamente regulados
por leis, decretos, resoluções e normas técnicas (Leonardo Silva, 2017).
Este capítulo pretende apresentar uma breve retrospectiva das principais normas jurídi-
cas que regulamentam o descarte de Resíduos de Serviços de Saúde no Brasil e, além disso,
esclarecer dúvidas frequentes daqueles que, de áreas não jurídicas, sentem dificuldade no
entendimento e atendimento da legislação.
A retrospectiva terá início na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, que ocorreu em Estocolmo, a qual se preocupou com a necessidade de um critério
e de princípios comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração para preservar e me-
lhorar o meio ambiente humano.
1.2. HISTÓRICO
Em 1972, foi realizada a I Conferência Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo, que teve como objetivo discutir as consequências da degradação
do meio ambiente e seus impactos nas mudanças climáticas e na qualidade da água. Além
disso, nessa conferência debateu-se sobre as medidas importantes para a redução dos de-
sastres naturais e as soluções para a modificação da paisagem. A partir daí, as bases do de-
senvolvimento sustentável foram elaboradas a fim de limitar a utilização de pesticidas na
agricultura e reduzir a quantidade de metais pesados lançados na natureza.
Apesar de haver um extenso regramento sobre o tema, no Direito Ambiental nem sem-
pre as normas são a principal fonte para a resolução de conflitos. Muitas vezes, os princípios
atuam fornecendo diretrizes para a aplicação dessas normas ao caso concreto, com o intuito
de resguardar e proteger o meio ambiente.
Nesse sentido, alguns dos princípios fundamentais do Direito Ambiental são: Princípio In
Dubio Pro Natura (na dúvida, pró-natureza), Princípios da Prevenção e Precaução, Princípio
do Poluidor-Pagador, Princípio da Responsabilidade, Princípio do Desenvolvimento
Sustentável e Princípio da Função Social e Ambiental da Propriedade.
Dessa forma, em casos nos quais não há uma interpretação única diante de uma norma,
os princípios ganham força no sentido de estabelecerem que deva prevalecer a interpreta-
ção normativa, cuja aplicação seja mais benéfica ao meio ambiente.
Nesse contexto, a citada lei definiu o resíduo sólido como: “material, substância, obje-
to ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação
final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tor-
nem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam,
para isso, soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia
disponível”.
De outro lado, a mesma lei conceitua os rejeitos como uma subespécie de resíduo sólido
que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por proces-
sos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresente outra possibilidade
que não a disposição final, ambientalmente adequada. As expressões: resíduos e rejeitos
são, muitas vezes, utilizadas como sinônimas. No entanto, essa concepção está equivocada.
Apesar de possuírem semelhanças em alguns aspectos, cada termo conta com característi-
cas próprias e particularidades que devem ser compreendidas. Maiores informações sobre
esses termos encontram-se no capítulo seguinte.
A PNRS classifica os tipos de resíduos considerando a sua origem, entretanto, maiores
informações sobre os grupos constam detalhadamente no Capítulo 2.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Norma ABNT NBR N° 10004/2004 – Resíduos
sólidos – Classificação. 2. Ed. 31/05/2004, válida a partir de 30/11/2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Norma ABNT NBR N° 12808/1993 – Resíduos de
serviços de saúde.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO (ALESP). Lei N° 12.300, de 16 de Março de 2006.
Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes no Estado de São Paulo.
Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2006/lei-12300-16.03.2006.html.
BORGES L.A.C.; REZENDE, J.L.P.; PEREIRA, J.A.A. Evolução da Legislação Ambiental no Brasil. 2009. Revista
em Agronegócios e Meio Ambiente, v.2, n.3, p. 447-466, set./dez. 2009 - ISSN 1981-9951. 454.
BRASIL. Lei N° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei
N° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm.
BRASIL. Lei N° 6.151, de 04 de dezembro de 1974. Dispõe sobre o Segundo Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND), para o período de 1975 a 1979. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6151.htm.
BRASIL. Lei N° 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm.
BRASIL. Lei N° 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. Dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autár-
quica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7735.htm.
BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Resolução N° 5.947,
de 1 de Junho de 2021. Atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e
aprova as suas Instruções Complementares e dá outras providências. Revogar as Resoluções ANTT N°
420, de 12 de fevereiro de 2004; N° 701, de 25 de agosto de 2004; N° 1.644, de 26 de setembro de 2006;
N° 2.657, de 15 de abril de 2008; N° 2.975, de 18 de dezembro de 2008; N° 3.383, de 20 de janeiro de
2010; N° 3.632, de 9 de fevereiro de 2011; N° 3.648, de 16 de março de 2011; N° 3.665, de 4 de maio
de 2011; N° 3.762, de 26 de janeiro de 2012; N° 3.763, de 26 de janeiro de 2012; N° 3.886, de 6 de setem-
bro de 2012; N° 3.887, de 6 de setembro de 2012; N° 4.081, de 11 de abril de 2013; N° 5.232, de 14 de
dezembro de 2016; N° 5.581, de 22 de novembro de 2017; e N° 5.848, de 25 de junho de 2019.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Portaria N° 280, de 29 de Junho de 2020. Regulamenta os arts.
56 e 76 do Decreto N° 7.404, de 23 de dezembro de 2010, e o art. 8° do Decreto N° 10.388, de
5 de junho de 2020, institui o Manifesto de Transporte de Resíduos – MTR nacional, como ferra-
menta de gestão e documento declaratório de implantação e operacionalização do plano de ge-
renciamento de resíduos, dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos e complementa
a Portaria N° 412, de 25 de junho de 2019. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/
portaria-n-280-de-29-de-junho-de-2020-264244199.
e como resíduos:
A PNRS também dispõe sobre aspectos que visam à sustentabilidade como: estímulo ao
consumo sustentável; incentivo à reciclagem e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos; a
destinação, ambientalmente adequada, dos rejeitos ou resíduos e o fim das áreas de descar-
te impróprias como, por exemplo, os “lixões”. Vale lembrar que, a destinação de resíduos em
lugares inadequados possibilita: acidentes com materiais perfurocortantes; contaminação
do solo e da água acarretando prejuízo tanto para população, como para vegetação local.
Com isso, a obrigatoriedade das instituições destinarem, adequadamente, os resíduos ge-
rados durante as suas atividades, visa extinguir ou amenizar quaisquer riscos que venham
a comprometer o meio ambiente e/ou a saúde de todos os seres vivos. Para isso, o geren-
ciamento de resíduos prevê que a instituição conheça os resíduos gerados e, a partir disso,
estabeleça regras seguras para a manipulação e disposição do resíduo, conforme as norma-
tivas específicas para cada classe de resíduo. Desta forma, o conhecimento da classificação
dos resíduos é fundamental para implantação de um processo seguro.
Considerando a diversidade de resíduos gerados nos serviços de saúde, eles foram sub-
divididos em cinco grupos que abrangem: resíduo infectante (grupo A), resíduo químico
(grupo B), resíduo radioativo (grupo C), resíduo comum (grupo D) e resíduo perfurocortante
(grupo E). Cada um desses grupos possui uma simbologia característica, conforme mostra-
do na Figura 2.1.
Comum e
Infectante Químico Radioativo Perfurocortante
Reciclável
Cultura de
microrganismos, Produtos Resíduos
Rejeitos de Agulhas, escalpes,
peças anatômicas, químicos e similares aos
radionuclídeos lâminas de bisturi
carcaças, luvas, medicamentos domiciliares
gazes
Por outro lado, os resíduos de construção civil, de madeira, resultante de podas de árvore,
materiais contendo amianto, latas de tinta vazias contendo borra, botijas de gás refrigeran-
te, entre outros, cuja classificação encontra-se descrita nos itens 2.2.1 e 2.2.2, têm segrega-
ção e destinação adequadas previstas e estão respaldadas por resoluções específicas.
Maiores informações sobre a manipulação, segregação, acondicionamento e destinação
final destes resíduos encontram-se descritas no Capítulo 11.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Resolução
CONAMA N° 1, de 23 de janeiro de 1986. Publicado no DOU em 17/02/1986. Norma ABNT NBR
N° 10004/2004 – Resíduos sólidos – Classificação. Segunda edição, 31.05.2004, válida a partir de
30.11.2004.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Resolução
CONAMA 358. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e
dá outras providências. Publicado no DOU em 04/05/2005.
BRASIL. Lei N° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera
a Lei N° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC N° 222. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços
de Saúde e dá outras providências. Publicado no DOU em 29/03/2018.
3.3.1. GRUPO A
Todas as embalagens destinadas a esse grupo devem ser identificadas pelo símbolo de
risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da ex-
pressão RESÍDUO INFECTANTE (Figura 3.1).
INFECTANTE
Para esse grupo, são utilizadas embalagens como sacos plásticos e caixas perfurocortan-
tes. Ambas as embalagens estão disponíveis em diferentes tamanhos ou formatos.
Saco para coleta de resíduo biológico em polietileno, BRANCO LEITOSO, com símbolo de
resíduo infectante, classe II, tipo A, em conformidade com NBR 9191/2008 e NBR 7500/2018
(Figura 3.2).
Para esse grupo, são utilizadas embalagens como sacos plásticos, caixas perfurocortan-
tes e bombonas plásticas, todas disponíveis em diferentes tamanhos ou formatos.
Saco para coleta de resíduos químicos em polietileno, na cor laranja, sem transparên-
cia, com símbolo de resíduo tóxico, em conformidade com a NBR 9191/2008 e 7500/2018
(Figura 3.7).
GRUPO C
RESÍDUO
RADIOATIVO
3.3.4 - GRUPO D
Resíduos do grupo D são similares aos resíduos domiciliares e devem ser embalados em sacos
em polietileno, reforçado, qualquer cor, exceto branca, conforme NBR 9191/2008 (Figura 3.12).
3.3.5 - GRUPO E
Destinado a materiais perfurocortantes ou escarificantes, apresentam na embalagem
apropriada o símbolo infectante ou tóxico (químico). As caixas podem ser plásticas ou de
papelão reforçado e são encontradas em diferentes tamanhos e formatos, nas cores amare-
la, laranja ou parda (Figura 3.13).
GRUPO E
RESÍDUO
RESÍDUO
QUÍMICO
PERFUROCORTANTE
Figura 3.13. Símbolos presentes nas caixas destinadas à perfurocortantes infectantes e químicos.
5. PROCESSO DE COMPRAS
Após a realização dos testes, deve-se emitir um relatório discriminando quais embala-
gens foram aprovadas ou reprovadas para a contratação do fornecedor.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução – RDC N° 222, de 2018. Dispõe sobre
o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 2018.
BRASIL. Lei 8.078 de 11/09/90. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Resolução
CONAMA N° 358, de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços
de saúde e dá outras providências. 2005.
BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego. Portaria n.º 485, de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora
n.º 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.
infectant
Resíduos
Responsáv
Responsáv
Data de
ado r
el setor
el descar
saída
te
aplicável)
(quando
Produto
icável)
ando apl
N° lote (qu
De acordo com a Lei N° 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), o gerenciamento de resíduos sólidos (GRS) engloba um conjunto de ações envol-
vidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final dos rejeitos,
de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
A PNRS determina que estão sujeitos à elaboração do PGRS, os geradores de resíduos
dos serviços públicos de saneamento básico, de resíduos industriais, de mineração, de resí-
duos de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos peri-
gosos ou mesmo caracterizados como não perigosos que, por sua natureza, composição ou
volume e que não são equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.
Além dessas, empresas de construção civil; de serviços de transportes originários de portos,
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários, com passagem de fronteira,
empresas responsáveis por atividades agrossilvopastoris e geradores de resíduos de servi-
ços de saúde também devem elaborar o PGRS.
Como o objetivo deste manual é contribuir no gerenciamento específico dos resíduos
de serviços de saúde (RSS), trataremos aqui, especificamente, do Plano de Gerenciamento
de Resíduos de Serviços de Saúde ou PGRSS.
Gestão Emissão de
Laudo/certificado
dos
Resíduos
Arquivamento
(Indicadores do
Gerenciamento)
4.10.1. LEGISLAÇÃO
Lei Federal N° 12.305 de 02/08/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
e dá outras providências.
Decreto N° 10.936 de 12/01/2022. Regulamenta a Lei N° 12.305 de 02/08/2010, que
instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Resolução RDC N° 222 de 28/03/2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerencia-
mento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
Resolução RDC N° 50 de 21/02/2002 (Anvisa). Dispõe sobre o regulamento técnico
para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de esta-
belecimentos assistenciais de saúde.
Resolução CONAMA 358 de 29/04/2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição
final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
Resolução ANTT 5232 de 12/02/2016. Aprova as instruções complementares ao re-
gulamento do transporte terrestre de produtos perigosos.
REFERÊNCIAS
SANTOS, N. M.; GÜNTHER, W. M. R. (2019). Gestão de resíduos em uma instituição de pesquisa em saúde:
avanços rumo à sustentabilidade. In: Inovação nas práticas e ações rumo à sustentabilidade. Disponível
em: http://colecoes.sibi.usp.br/fsp/items/show/3421. Acesso em: 30 de dezembro de 2021.
5.1. INTRODUÇÃO
De acordo com dados da Plataforma do Observatório Digital de Saúde e Segurança
do Trabalho, criado por iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) no ano de 2020, foram registrados 446,9 mil
acidentes de trabalho no país, e o número de acidentes de trabalho com morte, notificados
para a população com vínculo de emprego regular foi da ordem de 1,9 mil. Esses números
mostram a importância do uso dos equipamentos de proteção individual e coletiva.
Item Descrição
Proteção Auditiva - Tipo moldavel com cordão 15DB
Proteção do sistema auditivo do usuário contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, ane-
xos I e II
Luva nitrílica
Utilizada para proteção do usuário durante atividades de
limpeza em geral, aplicação de pintura e manipulação de
produtos químicos.
5.5.1.7. AUTOCLAVES
As autoclaves são equipamentos utilizados para esterilizar materiais termorresistentes
por meio de calor úmido (vapor) sob pressão por determinado período de tempo. A combi-
nação de alta temperatura, pressão e umidade promove a termocoagulação e desnaturação,
causando a morte dos microrganismos.
A esterilização por autoclave é utilizada para materiais termorresistentes que não são
descartáveis, como vidraria de laboratório, soluções e meios de cultura, material cirúrgico,
utensílios de aço inoxidável e diversos EPIs. As autoclaves também são utilizadas para des-
contaminar resíduos infectantes.
Diferentes tipos de autoclaves são utilizados em laboratório, de acordo com o volume e
tipo de material a ser esterilizado (Figura 5.3).
As autoclaves são fundamentais para garantir a destruição dos microrganismos. No inte-
rior dos laboratórios com nível de biossegurança 3 e 4 (NB-3 e NB-4), é obrigatório o uso de
autoclaves com porta dupla e sistema de descontaminação do ar ou do condensado antes
de ser descartado (por incineração e filtração), deve ter sistema de barreira com estanquei-
dade entre as áreas. A eficácia na descontaminação por autoclavação a vapor depende de
alguns cuidados e atenção específica, como:
a) Volume da carga a ser processada;
b) Volume e dimensões dos recipientes e a sua distribuição na autoclave;
c) Qualificação comprovada a sua eficácia e adequabilidade por meio de testes de dis-
tribuição e de penetração de calor (de testes físicos) e por indicadores biológicos
(Bacillus stearothermophilus), para atingir as condições de esterilização desejadas;
d) Monitoramento da qualidade da esterilização.
B
Gasolina, que-
rosene, óleo, Não Sim Sim Sim Sim Sim Não Não
solvente e GLP
C
Equipamentos Não Não
elétricos (conduz (conduz Sim Sim Sim Sim Não Não
energizados corrente) corrente)
D
Pó de alumínio, Não Não
magnésio, zir- (pode (pode
Não Não Não Não Não Sim
cônio, potássio provocar provocar
e titânio explosão) explosão)
Óleo e gordura Não Não Não Não* Não Não Sim Não
GLP: gás liquefeito de petróleo. * Extintores de pó extinguem o fogo, porém, por não
efetuarem o resfriamento simultaneamente, permitem a reignição devido à alta tempe-
ratura do óleo.
Fonte: https://contrafogojung.com.br/informacoes-importantes-2/#toggle-id-2
Dessa forma, de acordo com essas classes temos os extintores apropriados (Figura 5.4):
Água (H₂O): é indicado para incêndios de classe A. Seu princípio de extinção é por
resfriamento e age em materiais como madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásti-
cos e fibras orgânicas. É proibido o seu uso para incêndios da classe B e C.
Gás Carbônico (CO²): o extintor composto por dióxido de carbono é indicado para
incêndios de classe B e C, pois não conduz eletricidade. Seu princípio de extinção
ocorre por abafamento e resfriamento e age em materiais combustíveis e líquidos
inflamáveis e fogo oriundo de equipamentos elétricos.
Pó Químico B/C: seu princípio de extinção é por meio de reações químicas, 95% de
bicarbonato de sódio e 5% de estearato de potássio/magnésio. É indicado principal-
mente para incêndios de classe B (líquidos inflamáveis) e de classe C (equipamentos
elétricos), pois não é condutor de eletricidade.
Pó Químico A/B/C: é indicado para incêndios da classe A, B e C. Seu princípio de
extinção é por meio de reações químicas e abafamento (para incêndios da classe
A) e pode ser usado para a contenção de fogo de praticamente qualquer natureza.
Pó
Gás Pó Espuma
Água químico
carbônico químico mecânica
A/B/C
A B B A A
B B
C C
B C
LÍQUIDOS LÍQUIDOS
E GASES E GASES
PR
PR
EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS
OI
OI
INFLAMÁVEIS INFLAMÁVEIS
BI
BI
ELÉTRICOS ELÉTRICOS
DO
DO
LÍQUIDOS
E GASES
EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS C C
INFLAMÁVEIS
PR
OI
BI
DO
EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS ELÉTRICOS
RISCO
BIOLÓGICO
RISCO
BIOLÓGICO
Figura 6.1. Modelo de identificação de uma área com possível presença de agente
biológico.
Segue abaixo o resumo dos principais aspectos a serem contemplados em cada NB. Infor-
mações sobre o tratamento necessário para cada NB encontram-se descritos no item 6.6.3.
Os sacos plásticos brancos devem ser mantidos em recipientes laváveis, resistentes a va-
zamento, com cantos arredondados, tampa com sistema de abertura não manual, contendo
a simbologia de infectantes. Tanto os sacos como as caixas (papelão ou plásticas) devem ser
lacrados, adequadamente, ao atingirem a capacidade máxima de 2/3. Os sacos ou caixas
contendo resíduos infectantes nunca poderão ser esvaziados ou reaproveitados para outra
finalidade e devem ser retirados das áreas geradoras, pelo menos, uma vez a cada 24 horas,
conforme a orientação da RDC 222/2018. Em função disso, recomenda-se que o tamanho do
saco e a lixeira sejam adequados ao volume gerado na unidade, diariamente.
Tabela 6.5. Procedimentos para o descarte de resíduos contendo resíduos de diferentes classes
6.6.6. IDENTIFICAÇÃO
O gerenciamento adequado dos resíduos prevê garantir a rastreabilidade do material ge-
rado ao longo de toda cadeia. Para isso, é de extrema importância que todo o resíduo retira-
do da unidade geradora possa ser rastreado até a disposição final, sendo fundamental que
todo saco branco contendo resíduo infectante seja identificado, preferencialmente, por uma
etiqueta padrão definida pela instituição. A identificação deve conter todas as informações
adequadas ao tipo de resíduo gerado que possibilite, no caso de qualquer intercorrência, iden-
tificar o local responsável pelo descarte, bem como o tipo de agente biológico presente. Para
isso, a etiqueta adesiva padronizada, após o preenchimento, deve ser colada em um local de
fácil visualização. A Figura 6.4 apresenta um modelo de etiqueta, com informações que po-
dem garantir a rastreabilidade no caso de quaisquer incidentes. Vale ressaltar que nenhuma
embalagem contendo resíduo infectante deve sair da instituição sem a devida identificação.
Responsável setor
Responsável descarte
Data de saída
Resíduo Grupo A
Segregação e acondicionamento
Tratamento
Rede de esgoto* Tratamento na do
unidade geradora efluente
Transporte externo
Unidade de tratamento
* Exceto líquidos contendo
antibióticos termoestáveis ou
Aterro sanitário químicos perigosos. Ambas as
exceções devem ser
descartadas como
Certificado de destinação Resíduo Químico.
Figura 6.5. Fluxograma contendo a destinação de resíduos infectantes (Grupo A), exceto carcaças.
Giuseppe Puorto
Mônica Spadafora Ferreira
Rita de Cássia Ruiz
Vânia Gomes de Moura Mattaraia
7 Resíduos de Animais:
Carcaças e Peças Anatômicas –
Subgrupos A2 e A4
Este capítulo tem como objetivo abordar características específicas para o gerenciamen-
to adequado dos resíduos oriundos da manipulação de animais utilizados em instituições
de pesquisa, ensino e produção de imunobiológicos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera como carcaça de animal
todo produto de retalhação e cadáver, como o corpo do animal após a morte (RDC 222
ANVISA, 2018, ou outra que venha a substituir). Para facilitar a compreensão, utilizaremos
neste capítulo a denominação carcaça para animais vertebrados e invertebrados mortos,
assim como suas peças ou fragmentos anatômicos.
As instituições de ensino e de pesquisa em saúde podem utilizar, em diferentes ativida-
des, várias espécies de animais, tanto de pequeno como de médio e grande porte. Animais
de pequeno porte, como roedores (ratos, camundongos, hamsters, cobaias), lagomorfos
(coelhos), artrópodes, anfíbios e serpentes são utilizados, por exemplo, como modelos de
experimentação in vivo, enquanto animais de outros portes como galináceos, caprinos, ovi-
nos e equídeos são exemplos de animais que podem ser utilizados na obtenção e produção
de imunobiológicos, soros hiperimunes, extração de hormônios, entre outros. Os suínos, por
serem modelos muito semelhantes aos humanos, são muito utilizados nas faculdades de
medicina, em estudos de novas técnicas cirúrgicas, no uso de dispositivos médicos ou nos
xenotransplantes. Por outro lado, macacos, por exemplo, são utilizados nos estudos para
validação de vacinas, porém, o seu uso é extremamente restrito.
Além do uso no ensino e pesquisa científica, há instituições em que os animais são man-
tidos para outros fins, como exposição pública, conservação, teste para validação de fárma-
cos ou na obtenção de matéria prima, para a utilização em técnicas de diagnóstico.
Embora exista uma tendência em restringir a utilização de animais, em algumas situa-
ções nas quais modelos alternativos não podem ser viáveis, ainda assim, há aplicações cuja
utilização de animais tornam-se fundamentais. Dessa forma, a disposição correta tanto dos
cadáveres como das carcaças deve atender à regulamentação definida pelos órgãos am-
bientais e sanitários, além da necessidade de considerar o porte do animal e o procedimen-
to ao qual ele foi submetido.
7.2.1. SUBGRUPO A2
O Subgrupo A2 contempla carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos prove-
nientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de micror-
ganismos, bem como suas forrações. Os cadáveres de animais portadores ou suspeitos de
conter algum microrganismo de relevância epidemiológica e com risco de disseminação,
submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica, também fa-
zem parte deste subgrupo (RDC Nº 222, de 28 de março de 2018 – Anvisa).
7.2.2. SUBGRUPO A4
O subgrupo A4 contempla diferentes resíduos do grupo infectante, conforme descrito
no Capítulo 2. No entanto, no que se refere aos animais, nesse subgrupo estão incluídos
cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras ou outros resíduos provenientes da mani-
pulação de animais cujo processo de experimentação não tenha incluído inoculação de mi-
crorganismos, ou seja, sem risco de infecção.
7.4.3. IDENTIFICAÇÃO
Os sacos de resíduos infectantes, contendo carcaças ou seus derivados, depois de la-
crados, devem ser obrigatoriamente identificados com uma etiqueta adesiva resistente. A
etiqueta deverá conter as especificações necessárias ao tipo de material para que, em caso
de necessidade, a rastreabilidade do material esteja garantida (Figura 7.2 ). É imprescindível
que a etiqueta seja aderida em um local de fácil visualização.
Resíduos infectantes
carcaças de animais
Setor gerador
Responsável setor
Responsável descarte
Data de saída
Tipo de carcaça
Quantidade
7.4.4. TRANSPORTE
As empresas responsáveis pela destinação final desse tipo de resíduo devem emi-
tir o CDF (Certificado de Destinação Final de Resíduos). Esse documento é emitido pelo
Destinador e atesta a tecnologia, ambientalmente adequada, aplicada ao tratamento e/ou
destinação final dos resíduos sólidos recebidos em suas respectivas quantidades, conforme
as informações contidas no MTR.
Em situações especiais de campo e com apreciação de um médico veterinário, as car-
caças podem ser enterradas e cobertas com terra, cal, incineradas ou submetidas a outro
destino, desde que aprovado pela autoridade veterinária do local. Em experimentos espe-
ciais e de alto nível de biossegurança, deve haver indicação dos procedimentos corretos de
descarte a serem seguidos. Resolução Normativa Nº 42, de 25 de julho de 2018 – CONCEA.
Acondicionamento
em saco branco
Certificado de
Incineração Sepultamento
destinação
As substâncias químicas estão associadas a uma série de benefícios à vida. Por outro lado,
o inerente potencial dos riscos envolvidos no manuseio dessas substâncias aumenta a impor-
tância da implantação de programas eficazes de gerenciamento de resíduos, a fim de evitar
o comprometimento da segurança e saúde de trabalhadores, população e meio ambiente.
Classe 2: Gases
Subclasse 2.1: gases inflamáveis.
Subclasse 2.2: gases não inflamáveis, não tóxicos.
Subclasse 2.3: gases tóxicos.
Líquidos inflamáveis
5
Ácido peracético (proxitane),
5.2 Peróxidos orgânicos
peróxido de ciclo-hexanona
6
6.1 Substâncias infectantes Resíduos clínicos
Material radioativo
Substâncias
corrosivas
Substâncias e
artigos perigosos
diversos
9 9
Alguns reagentes químicos são incompatíveis com PEAD (polietileno de alta densidade),
presentes nas embalagens destinadas ao descarte, e estão listados na Tabela 8.3.
Tabela 8.3. Substâncias utilizadas em serviços de saúde que não são compatíveis com
embalagens de Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
Substância Substância
Ácido butírico Dietil benzeno
Ácido nítrico Dissulfeto de carbono
Ácidos concentrados Éter
Bromo Fenol Clorofórmio
Bromofórmio Nitrobenzeno
Tabela 8.4. Procedimentos para o descarte de resíduos químicos contendo diferentes grupos
Classe de resíduos Descartar como resíduo
Químico Infectante7 – Rede de esgoto
NÃO Radioativo (T ½ curta)3 – Rede de esgoto6
perigoso1 Infectante Infectante
Radioativo (T ½ longa)4 – Radioativo
Infectante Radioativo
Reciclável5 – Químico
Químico Infectante7 – Químico
perigoso2 Radioativo (T ½ curta)1 – Químico
Infectante Químico
Radioativo (T ½ longa)2 – Radioativo
Infectante Radioativo
Reciclável3 – Químico
1
Soluções aquosas de sais inorgânicos de metais alcalinos e alcalinos terrosos (NaCl, KCl,
CaCl2, MgCl2, Na2SO4, MgSO4, tampões PO4-3).
2
É considerado reagente QUÍMICO PERIGOSO qualquer componente que apresente carac-
terísticas: inflamável, corrosiva, tóxica ou explosiva, incluindo alguns medicamentos.
3
Rejeitos de T1/2 curta (< 100 dias), devem ser armazenados em recipiente e blindagem
adequados e aguardar o decaimento na área geradora. Posteriormente devem ser encami-
nhados de acordo com a classe da mistura (químico ou infectante).
4
Rejeitos de T1/2 longa (> 100 dias), devem ser armazenados em recipiente e blindagem ade-
quados. Se necessário, realizar tratamento químico para descontaminar o resíduo infectante,
desde que compatível com o resíduo químico, se houver e encaminhar como radioativo.
5
Os produtos que podem ser destinados como reciclável são aqueles que não possuem pic-
togramas ou símbolo indicativo de produto perigoso. Vale ressaltar que produtos, como por
exemplo, álcool etílico e hipoclorito de sódio (≥ 2,5%), utilizados como produtos químicos
ou produtos de limpeza são considerados produtos perigosos e devem ser destinados como
resíduos químicos mesmo que não contenham pictograma (ANTT N° 5947/2021).
6
Conforme CNEM NN 8.01 Gerência de Rejeitos Radioativos de Baixos e Médios Níveis de
Radiação.
7
Após o tratamento físico ou químico dos microrganismos, antibióticos ou meio de cultura.
Descrição
Setor gerador
Responsável setor
Líquido Perfurante
Tóxico
Quantidade final
Responsável descarte
A destinação dos resíduos químicos perigosos deve ser realizada em sistema (tratamen-
to, disposição ou ambos) licenciado pelo órgão ambiental do estado, conforme fluxograma
na Figura 8.3.
Sólidos Líquidos
Acondicionar em saco
Acondicionar em
plástico laranja com
caixa de papelão
etiqueta para identificação
resistente
de Resíduo Químico
9.5.1. SEGREGAÇÃO
9.5.1.1. DESCARTE DE MEDICAMENTOS NATURAIS, HOMEOPÁTICOS,
SINTÉTICOS E HEMODERIVADOS
Os resíduos de medicamentos e insumos farmacêuticos das classes naturais, homeopáti-
cos, sintéticos e hemoderivados, considerados produtos farmacêuticos de composição quí-
mica, deverão seguir o fluxo de descarte para resíduos do Grupo B (vide Capítulo 8, Resíduos
Químicos – Grupo B).
Descrição
Setor gerador
Responsável setor
Líquido Perfurante
Tóxico
Quantidade final
Responsável descarte
Resíduos infectantes
Setor gerador
Responsável setor
Responsável descarte
Data de saída
A destinação dos resíduos químicos perigosos deve ser realizada em sistema (tratamen-
to, disposição ou ambos) licenciado pelo órgão ambiental do estado.
Os resíduos de medicamentos biológicos destinados como resíduos infectantes devem
ser encaminhados para uma unidade de tratamento, que garanta a descontaminação e que
seja licenciada pelo órgão ambiental do estado.
Tanto os resíduos de medicamentos encaminhados como químicos ou infectantes deve-
rão ser transportados por empresas especializadas e devidamente autorizadas pelos órgãos
ambientais do município.
Deve-se ressaltar que, em junho de 2020, foi publicado o Decreto Federal N°10.388, que
institui o sistema de logística reversa apenas de medicamentos vencidos ou em desuso de
uso humano domiciliares, não se aplicando aos geradores de resíduos de serviços de saúde,
conforme Art. 6° do mesmo.
9 – Resíduos de Medicamentos
113
114
Segregação de acordo com a Classe do Medicamento
Este capítulo destina-se a contribuir com a divulgação de medidas que visam minimizar
os riscos à saúde (humana e animal) e ao meio ambiente, relacionados ao armazenamento,
uso e descarte de materiais radioativos de acordo com as normas da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN), órgão responsável por regular e fiscalizar o uso da energia nuclear
no Brasil.
(A) T1/2 < 100 dias (B) T1/2 > 100 dias
F-18 1,83 horas Cs-137 30,2 anos
Tc-99m 6 horas Co-60 5,27 anos
Ga-67 3,26 dias *H-3 12,3 anos
I-131 8 dias *C-14 5.730 anos
P-32 14,3 dias *U-238 4,5 bilhões de anos
I-125 59,9 dias
Ir-192 73,8 dias
S-35 87,5 dias
Figura 10.1. Exemplos de elementos radioativos com meia-vida curta, T1/2 <100 dias (A) e
meia-vida longa, T1/2 > 100 dias (B).
10.5.1. SEGREGAÇÃO
De acordo com a norma CNEN NN 8.01/2014, os rejeitos radioativos devem ser separa-
dos fisicamente, de quaisquer outros resíduos, evitando contaminá-los e visando diminuir o
volume do rejeito radioativo gerado.
Os rejeitos radioativos devem ser segregados no mesmo local onde foram gerados ou
em ambiente apropriado considerando as seguintes características:
1. Natureza da radiação (alfa, beta ou gama).
2. Meia-vida (curta – T1/2 < 100 dias ou longa – T1/2 > 100 dias).
3. Estado físico (sólido ou líquido).
10.5.2. ACONDICIONAMENTO
Os rejeitos radioativos de meia-vida curta (T1/2 < 100 dias) devem ser mantidos separa-
dos de quaisquer outros materiais radioativos em uso, para aguardar o decaimento radioa-
tivo, em local com blindagem adequada à natureza da radiação e, após decaimento, devem
ser descartados como resíduo de saúde, segundo a sua natureza (infectante ou químico),
lembrando-se de retirar a identificação de presença de radiação.
Rejeitos radioativos de T1/2 longa (> 100 dias), devem ser armazenados em recipiente e
blindagem adequados em depósito próprio de acordo com a Norma CNEN NN 8.02/2014 -
Licenciamento de Depósitos de Rejeitos Radioativos de Baixo e Médio Níveis de Radiação. As
informações relacionadas ao depósito de rejeitos radioativos serão abordadas no Capítulo
13 sobre Abrigos para Resíduos e Rejeitos. Os recipientes para segregação, coleta ou arma-
zenamento provisório devem ser adequados às características físicas, químicas, biológicas e
radiológicas dos rejeitos para os quais são destinados (vide Capítulo 3). Além disso, devem
10.5.3. IDENTIFICAÇÃO
Todos os recipientes destinados tanto à segregação quanto à coleta, ao transporte e ao
armazenamento de rejeitos radioativos devem portar o símbolo internacional de presença
de radiação (trifólio de cor magenta ou preta), colocado de maneira clara e visível.
Os recipientes destinados ao armazenamento dos rejeitos devem ser identificados com
uma etiqueta contendo as informações, conforme modelo da Figura 10.3, incluindo os ra-
dionuclídeos utilizados na instituição.
Rejeito radioativo
Setor gerador
Responsável setor
Responsável descarte
Volume (L)
Setor: Ramal:
Solicitante: Data da retirada:
Data da solicitação:
Identificação - preenchimento pela área solicitante
Líquidos Sólidos
Tipo de Material
Concentração de Concentração de Atividade Total Atividade Total Responsável pelo Rejeito
(orgânico/inorgânico) Volume (L) Massa (Kg)
Atividade (μCi/L) Atividade (Bq/L) (mCi) (Bq)*
10.5.6. DESCARTE
A eliminação de rejeitos líquidos na rede de esgotos sanitários está sujeita aos limites
estabelecidos pela norma CNEN NN 8.01/2014, e deve estar de acordo com o valor enviado
para obtenção da licença da instalação radioativa. Além disso, o rejeito deve ser prontamen-
te solúvel ou de fácil dispersão em água.
A eliminação de rejeitos sólidos no sistema de coleta de lixo urbano deve ter sua ativida-
de específica limitada conforme o estabelecido na norma CNEN NN 8.01/2014.
Rejeitos sólidos e líquidos com meia-vida curta (< 100 dias) e que estejam abaixo do
limite estabelecido pela norma CNEN NN 8.01/2014 deverão ser descartados conforme a
sua natureza (infectante ou químico não perigoso) e identificados como tal no momento do
descarte. Os rejeitos de Classe 1 (Tabela 10.1), que estiverem acima do limite de dispensa,
deverão aguardar decaimento até atingirem os níveis aceitáveis para o descarte. Os rejeitos
líquidos que estiverem abaixo do limite e são isentos de químicos perigosos e infectantes
podem ser descartados na rede de esgoto. Para fins de cálculo do tempo de decaimento
necessário para dispensa de rejeitos sólidos no sistema de coleta de lixo urbano, deve ser
considerado que 10% do conteúdo radioativo inicial ficam adsorvidos no frasco, seringa ou
outros materiais que tiveram contato com o líquido radioativo, salvo se estiver disponível
método confiável de medida experimental.
Os rejeitos sólidos e líquidos com meia-vida longa (> 100 dias) e acima dos limites de
dispensa, estabelecidos pela norma CNEN NN 8.01/2014, deverão ser encaminhados para
um depósito devidamente identificado e adequado para o recebimento dos rejeitos radio-
ativos da instituição.
De acordo com o estabelecido pela norma CNEN NN 8.01/2014, toda instalação deve
manter um sistema atualizado de registro de rejeitos radioativos. Sugere-se que o setor res-
ponsável pela gestão dos resíduos solicite que os usuários de material radioativo encami-
nhem, a cada 6 meses, o Controle de Variações do Inventário de Radionuclídeos, conforme
modelo (Figura 10.5).
Radionuclídeos Rejeitos Radioativos Abaixo do Limite (Norma CNEN NN 8.01) Rejeitos Radioativos Acima do Limite (Norma CNEN NN 8.01)
Identificação com etiqueta de Rejeito Radioativo Identificação com etiqueta de Rejeito Radioativo
Aguardar decaimento da atividade específica Seguir limites de atividade específica para descarte do CNEN
Área
geradora
Fluxo de descarte para infectante** ou químico Abaixo do limite*** Acima do limite***
Transporte
interno
Certificado Órgão licenciado Transporte e coleta realizada Armazenamento Armazenamento no
Disposição
de destinação pelo CNEN por empresa contratada temporário local de geração
final
* Utilizar local de armazenamento com blindagem, conforme o tipo de radiação. ** Resíduos infectantes devem ser devidamente tratados antes do descarte.
*** De acordo com a Norma CNEN 8.01/2014.
Figura 10.6. Fluxograma para descarte de Rejeitos Radioativos.
RESÍDUO
RECICLÁVEIS
COMUM
Vanessa Evelin Jesus
Aline Cunha Barbosa
Alissandra Pinheiro Lopes Lima
Márcia Freita Gomes
Danylo Marques Ferreira
Neuzeti Maria dos Santos
11 Resíduos Comuns e Recicláveis –
Grupo D e Outros Resíduos
11.2.1.2. ARMAZENAMENTO
Os resíduos comuns e materiais recicláveis, por serem semelhantes aos resíduos domés-
ticos, mesmo originários de instituições de serviço de saúde, não requerem nenhum proces-
so de tratamento antes de serem direcionados para disposição final. Uma vez segregados
e acondicionados adequadamente, no momento da geração, devem ser transportados por
funcionários do setor de limpeza ou outro designado para esta função, até um abrigo espe-
cífico para recebimento desse grupo de resíduo ou outra área destinada a isso.
Importante reforçar que todos os funcionários responsáveis pelo transporte dos resídu-
os comuns e recicláveis devem, a fim de prevenir acidentes, ser previamente capacitados
quanto ao manuseio desse material.
Documento
Coleta e transporte por empresa especializada de
transporte
Tratar, compostar ou
Sistema de
dispor em Aterro
reciclagem
Sanitário Classe II
Certificado
de destinação
ARMAZENAMENTO
Pilhas e baterias, devidamente acondicionadas, devem ser mantidas na instituição em
um lugar seguro. Deve-se ter uma atenção especial nos casos da geração de grandes volu-
mes, para que esses não sejam armazenados em recipientes que fiquem depositados dire-
tamente sobre o solo. Esses resíduos devem ser mantidos, preferencialmente, em um abrigo
específico ou área destinada para tal.
ARMAZENAMENTO
As lâmpadas, quebradas ou não, devidamente acondicionadas, devem ser armazenadas,
preferencialmente, em um abrigo específico ou área destinada para esse resíduo.
ARMAZENAMENTO
Após o correto acondicionamento, esses resíduos devem ser armazenados em um abri-
go temporário.
ARMAZENAMENTO
Esses resíduos, corretamente acondicionados, devem aguardar a coleta em um abrigo
outra área, específicos ao armazenamento seguro desse tipo de material. É importante que
os cartuchos e toners não sejam depositados diretamente no solo e que estejam protegidos
de quaisquer líquidos e intempéries do tempo.
DESTINAÇÃO FINAL
Várias empresas fabricantes de cartuchos e toners oferecem suporte para o recebimento
desse tipo de resíduo, mediante solicitação, através do site do fornecedor (logística reversa).
No caso de o fabricante ainda não atender a LR, esse material deve ser destinado como
resíduo eletroeletrônico.
11.4.1. AMIANTO
O amianto, também chamado de asbesto, que foi muito utilizado na fabricação de telhas,
caixas d’água e em telas para aquecimento como é o caso da sua utilização, em laboratório,
sobre o bico de Bunsen, é um material nocivo à saúde e ao meio ambiente. Embora essa utili-
zação esteja atualmente proibida devido à fibra de amianto ser capaz de causar danos se inala-
da, aspirada ou ingerida, ainda é possível encontrar esse material em instituições mais antigas.
O resíduo de amianto, muitas vezes gerado nas atividades de reforma, é classificado
como Perigoso, pois libera fibras de amianto que são consideradas cancerígenas.
A resolução n° 348/2004 do CONAMA determina que produtos que contenham amianto como
matéria-prima devem ser tratados como resíduos perigosos e dispostos em aterros sanitários.
SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO
Os materiais contendo amianto devem ser segregados dos demais e envelopados com
lonas. Resíduos de amianto quebrados devem ser acondicionados em sacos duplos denomi-
nados big bags, a fim de se evitar quaisquer tipos de acidentes.
ARMAZENAMENTO
Esses resíduos, devidamente acondicionados, devem ser armazenados sobre paletes a
fim de se evitar o contato direto com o solo.
DISPOSIÇÃO FINAL
Estes resíduos devem ser encaminhados ao aterro Classe I.
ARMAZENAMENTO
Botijas, devidamente acondicionadas, devem ser armazenadas, preferencialmente, em
um abrigo ou área destinados ao armazenamento desse tipo de resíduo.
ARMAZENAMENTO
Após o correto acondicionamento, esses resíduos devem ser armazenados em um abri-
go que contemple essa classe de resíduo ou em outra área destinada para tal, desde que não
depositados diretamente sobre o solo.
DESTINAÇÃO FINAL
As latas de tinta contendo borra devem ser enviadas a uma empresa licenciada e espe-
cializada no coprocessamento, enquanto as latas de tinta sem borras podem ser encaminha-
das diretamente à reciclagem.
ARMAZENAMENTO
Após o correto acondicionamento, os RCC em sacos de ráfia ou em caçambas devem
aguardar a retirada por empresa especializada.
DISPOSIÇÃO FINAL
Os RCC devem ser transportados por empresa especializada e destinados para recicla-
gem de resíduos da construção civil ou para aterro classe I, no caso de conterem resíduos
com características perigosas.
DESTINAÇÃO FINAL
Os resíduos de madeira podem ser destinados para reciclagem, recuperação energética
de biomassa ou serem dispostos em aterro sanitário. Nesse caso, as madeiras livres de quais-
quer resíduos químicos são destinadas a aterro sanitário de Classe II, enquanto aquelas que
apresentem material químico devem ser destinadas ao aterro de Classe I.
DISPOSIÇÃO FINAL
Após o preenchimento das caçambas, os resíduos resultantes de poda e varrição
podem ser encaminhados para compostagem ou serem destinados diretamente ao
aterro sanitário.
ARMAZENAMENTO
Após o correto acondicionamento, esse material deve ser armazenado em um abrigo desti-
nado a resíduos químicos, no caso de presença de polímero, ou em outra área destinada para tal.
DISPOSIÇÃO FINAL
O conteúdo do gelo reutilizável, quando a base for água, pode ser descartado direta-
mente na rede de esgoto e o material plástico restante deve ser encaminhado à reciclagem.
Aqueles que contiverem polímero devem ser encaminhados como resíduo químico, seguin-
do o fluxo descrito no Capítulo 8.
Caixa de
Embalagem Embalagem Envelopar
papelão, Saco Caçambas
original ou original ou em lonas
tambor ou de de 5 m3 Big bags
caixas caixas e colocar
bombona ráfia ou 7 m3
rígidas rígidas em pallets
homologada
Documentos
Coleta e transporte por empresa especializada para
transporte
Tratamento/tecnologia de destinação*
Certificado de destinação
Figura 11.2. Fluxograma para segregação e acondicionamento para pilhas, baterias, REE,
lâmpadas, RCC e amianto.
* Tratamentos/tecnologia de destinação. REE: cooperativas de reciclagem; pilhas e bate-
rias: tratamento especializado; cartuchos e toners: logística reversa; RCC contaminado:
aterro Classe I; RCC não contaminado: reciclagem; Amianto: aterro Classe I; lâmpadas:
tratamento em empresas licenciadas; 1REE: Resíduos Eletroeletrônicos; 2RCC: Resíduos de
Construção Civil.
Embalagens para
Latas de tinta Botijas Madeira
gelo reutilizável
Contaminadas
À base À base Não
Vazias Com borra com produtos
de água de polímero contaminadas
químicos
Big bags
homologados
Caçambas
Big bags Big bags homologados
de 30 m³
Sacos
transparentes
Documentos
Coleta e transporte por empresa especializada para
transporte
Tratamento/tecnologia de destinação*
Certificado de destinação
Figura 11.3. Fluxograma para segregação e acondicionamento para latas de tinta, botijas,
embalagens para gelo reutilizável e madeira.
* Tratamentos/tecnologia de destinação. Latas de tintas vazias: reciclagem; Latas de tinta
com borra: coprocessamento ou tratamento especializado; Botijas: desenvase dos gases e
reciclagem da sucata metálica; Gelo reutilizável à base de água: reciclagem; Gelo reutilizá-
vel à base de polimentos: fluxo de resíduos químicos; Madeiras contaminadas com produ-
tos químicos: aterro Classe I; Madeiras sem tratamento químicos: recuperação energética,
reciclagem e Aterros Classe II.
Segregação
na área
geradora
Líquido Sólido
Caçambas
de 30 m³
Bombonas
Big bags
homologadas
Documentos
para Coleta e transporte por empresa especializada
transporte
Tecnologia de destinação*
Certificado de destinação
Este capítulo tem como objetivo disponibilizar, de maneira sistemática, orientações téc-
nicas para desenvolvimento de projeto executivo para a construção de Abrigo Temporário
para Resíduos gerados em instituições de serviço de saúde. O armazenamento desses re-
síduos deve estar de acordo com a RDC N° 222/2018 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) que dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos
Resíduos de Serviços de Saúde e outros resíduos considerados especiais.
IMPORTANTE
Com vistas à obtenção da Autorização de Construção, o titular do depósito deve subme-
ter à CNEN um Relatório Preliminar de Análise de Segurança (RPAS), de acordo com a norma
CNEN NN 8.02 – Resolução 168/14 – Licenciamento de Depósitos de Rejeitos Radioativos de
Baixo e Médio Níveis de Radiação, Seção II, Da Autorização para Construção.
IMPORTANTE
A sala destinada a cada classe de resíduo deve ser compatível com o volume gerado.
11
8
5 7 6 12 1 2 3
10
10
11
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto N° 63.911, de 10 de dezembro de 2018 – Institui o Regulamento de Segurança Contra
Incêndios das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo e dá providências correlatas.
Publicado no DOESP, Executivo, em 11 de dezembro de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC N° 222. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços
de Saúde e dá outras providências. Publicado no DOU em 29/03/2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução da Diretoria
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BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR N° 17, Ergonomia: indicação de postura a ser adotada
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