Você está na página 1de 15

Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16372
Primeira edição
12.05.2015

Válida a partir de
12.06.2015

Cimento Portland e outros materiais em pó


― Determinação da finura pelo método de
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

permeabilidade ao ar (método de Blaine)


Portland cement and other powdered materials — Determination of fineness
by the air permeability method (Blaine method)

ICS 91.100.10 ISBN 978-85-07-05569-3

Número de referência
ABNT NBR 16372:2015
11 páginas

© ABNT 2015
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

© ABNT 2015
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.

ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

ii © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Fundamento do método.....................................................................................................1
4 Laboratório e aparelhagem................................................................................................2
4.1 Laboratório..........................................................................................................................2
4.2 Aparelhagem........................................................................................................................2
4.2.1 Aparelho de permeabilidade Blaine (ver Figura 1)...........................................................2
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

4.2.2 Cronômetro..........................................................................................................................4
4.2.3 Balanças...............................................................................................................................4
4.2.4 Paquímetro...........................................................................................................................4
4.2.5 Termômetro..........................................................................................................................4
5 Materiais...............................................................................................................................4
5.1 Mercúrio...............................................................................................................................4
5.2 Amostra de referência........................................................................................................5
5.3 Discos circulares de papel-filtro........................................................................................5
5.4 Graxa leve............................................................................................................................5
6 Execução do ensaio............................................................................................................5
6.1 Preparação da amostra.......................................................................................................5
6.2 Determinação da massa específica...................................................................................5
6.3 Obtenção da camada compactada de cimento................................................................5
6.4 Ensaio de permeabilidade..................................................................................................6
7 Resultados...........................................................................................................................6
7.1 Cálculo da superfície específica........................................................................................6
7.2 Expressão dos resultados..................................................................................................7
7.3 Repetibilidade......................................................................................................................7
7.4 Reprodutividade..................................................................................................................7
8 Calibração do aparelho.......................................................................................................7
8.1 Determinação do volume da camada com uso de mercúrio...........................................7
8.2 Determinação do volume da camada por medição..........................................................8
8.3 Determinação da constante do aparelho..........................................................................9
8.4 Recalibração........................................................................................................................9
Anexo A (informativo) Informações sobre a massa específica do mercúrio e a viscosidade
do ar em função da temperatura...................................................................................... 11

Tabelas
Tabela 1 – Dimensões do aparelho de permeabilidade ao ar e seus acessários...........................3
Tabela A.1 – Massa específica do mercúrio e viscosidade do ar em função da temperatura.... 11

Figura
Figura 1 – Aparelho de permeabilidade Blaine de referência..........................................................2

© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados iii


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR 16372 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-18), pela Comissão de Estudo de Métodos de Ensaio de Cimentos (CE-18:100.04).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 09.02.2015 a 09.04.2015, com
o número de Projeto 18:100.04-001.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR NM 76:1998.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard specifies a method for the determination of Portland cement and other powdered
materials specific surface using the Blaine air-permeability apparatus.

NOTE The results of this method could be no significant out of range 2 000 cm2/g to 8 000 cm2/g.

iv © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16372:2015

Cimento Portland e outros materiais em pó ― Determinação da finura


pelo método de permeabilidade ao ar (método de Blaine)

1 Escopo
Esta Norma especifica um método para a determinação da superfície específica do cimento Portland
e outros materiais em pó, por meio do permeabilímetro de Blaine.

NOTA Este método pode não fornecer resultados significativos fora do intervalo de 2 000 cm2/g
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

a 8 000 cm2/g.

2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR NM 23, Cimento Portland e outros materiais em pó – Determinação de massa específica

3 Fundamento do método
A finura do cimento é determinada como superfície específica, observando o tempo requerido
para uma determinada quantidade de ar fluir através de uma camada de cimento compactada, de
dimensões e porosidade especificadas. Sob condições normalizadas, a superfície específica do
cimento é proporcional a t, onde t é o tempo para determinada quantidade de ar atravessar a camada
compactada de cimento.

O número e a faixa de tamanho dos poros individuais em uma camada especificada são determinados
pela distribuição dos tamanhos das partículas de cimento, que também determina o tempo para um
dado fluxo de ar.

A camada compactada de cimento compreende um arranjo de partículas de cimento com um volume


de ar especificado incluído entre as partículas. Esse volume de ar é definido como uma fração do
volume total da camada e é chamado de porosidade, ε . Em outras palavras, vale dizer que a fração
ocupada pelas partículas de cimento é (1 – ε ). Se V é o volume total da camada, o volume absoluto de
cimento é V (1 – ε ), em centímetros cúbicos, e a massa de cimento, m, é ρ V(1 – ε ), em gramas, onde
ρ é a massa específica das partículas de cimento, em gramas por centímetro cúbico. Conhecendo-se
ρ , uma massa de cimento pode ser pesada para produzir a porosidade desejada na camada
compactada de volume total V.

O método é mais comparativo que absoluto e, portanto, requer uma amostra de superfície específica
conhecida para calibração do aparelho.

© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 1


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

4 Laboratório e aparelhagem
4.1 Laboratório
O laboratório para o ensaio de permeabilidade ao ar deve ser mantido à temperatura de (24 ± 4) °C e
umidade relativa do ar não superior a 70 %. Todos os materiais para ensaio e calibração devem estar
à mesma temperatura do laboratório quando usados e devem ser protegidos da absorção da umidade
ambiente durante a estocagem.

4.2 Aparelhagem
4.2.1 Aparelho de permeabilidade Blaine (ver Figura 1)
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

O aparelho de permeabilidade ao ar Blaine é mostrado na Figura 1 e deve atender às dimensões


estabelecidas na Tabela 1.

Dimensões em milímetros
∅G A
3∗
3 12
13
7
4
8
J

∅ 20∗
5 9
H
L

∅ 16∗
13∗

B
110
K 2 ∅M
70
15

6 a) Célula
F=J−H

∅1 10

6
1 11 C
14
∅E
∅ G − 0,1
∗ = Recomendado 15

b) Disco perfurado c) Êmbolo


D

d) Manômetro

Legenda
1 pistão 7 manômetro manômetro
2 válvula 8,9,10,11 linhas marcadas
3 célula 12 junta cônica para célula
4 camada de cimento compactada 13 registro
5 disco de papel de filtro 14 tubo de borracha
6 disco perfurado 15 bulbo aspirador

Figura 1 – Aparelho de permeabilidade Blaine de referência

2 © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

Tabela 1 – Dimensões do aparelho de permeabilidade ao ar e seus acessários


Dimensões
mm
Recomendadas Obrigatórias
A ≤ 50 G = 12,7 ± 0,1
B = 135 ± 10 E = G – 0,1
C = 275 ± 25 H = 15 ± 1
D = 23 ± 1
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

J = 50 ± 15
K = 0,8 ± 0,2
L = 0,9 ± 0,1
M = 9,0 ± 0,4

É permitido o uso de aparelhos automáticos ou outros aparelhos que possuam dimensões distintas do
permeabilímetro de Blaine de referência especificado nesta Norma, desde que funcionem dentro do
mesmo princípio e que levem aos mesmos resultados.

4.2.1.1 Célula de permeabilidade

A célula compreende um cilindro reto rígido, de dimensões e tolerâncias mostradas na Figura 1 a).
Pode ser de aço inoxidável ou de outro material resistente à abrasão e não corrosível. Suas faces
superior e inferior devem ser planas e normais ao eixo do cilindro, assim como a superfície da borda
do fundo da célula.

A superfície externa do cilindro deve ser afunilada para que este seja acoplado hermeticamente
ao tubo manométrico

4.2.1.2 Disco perfurado

O disco deve ser de metal não corrosível, perfurado com 30 a 40 furos, de aproximadamente 1 mm
de diâmetro, e apresentar as dimensões e tolerâncias mostradas na Figura 1 b). Quando o disco
estiver acoplado à célula, sua superfície plana deve ser normal ao eixo da célula.

4.2.1.3 Êmbolo

O êmbolo é constituído de um pistão, capaz de deslizar livremente na célula. Entre a célula e o êmbolo
deve haver uma folga de aproximadamente 1 mm (Figura 1 c)). Deve ser mantida uma distância
de aproximadamente 15 mm entre a face superior do disco perfurado e a face inferior do pistão
quando o topo do êmbolo estiver apoiado na face superior da célula.

O pistão deve ser provido de um chanfro, conectado a um anel em volta da cabeça, para permitir
a saída do ar.

O êmbolo deve ser de aço inoxidável ou outro material resistente à abrasão e não corrosível, com
as dimensões aproximadas mostradas na Figura 1 c). Um determinado êmbolo somente pode ser
utilizado com a célula correspondente.

© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 3


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

4.2.1.4 Manômetro

O manômetro compreende um tubo de vidro borossilicato em forma de U montado verticalmente


conforme mostra a Figura 1 d). O manômetro deve ter as dimensões aproximadas mostradas
na Figura 1 d).

Um braço do manômetro deve ser provido de um soquete cônico para formar uma conexão hermética
com a superfície cônica da célula. O mesmo braço deve ter quatro linhas marcadas e uma junção
em T, cujas posições devem ter as dimensões e tolerâncias mostradas na Figura 1 d). A saída
da junção conduz a um registro e, após esse registro, há um dispositivo de aspiração, como um tubo
de borracha e um bulbo como mostrados na Figura 1 d).
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

Antes de seu uso, o tubo do manômetro deve ser preenchido com o líquido manométrico, descrito
em 4.2.1.5, para umedecer a superfície interna. Em seguida, esvaziar o tubo e enchê-lo novamente,
de maneira que o líquido fique nivelado na linha mais baixa (posição 11 na Figura 1 d). Esse líquido
deve ser trocado a qualquer sinal de contaminação.

NOTA Outras formas de célula e êmbolo e outros arranjos da junta entre célula e manômetro podem ser
usados, desde que apresentem o mesmo resultado em relação ao equipamento especificado.

4.2.1.5 Líquido manométrico

O manômetro deve ser preenchido até o nível da linha mais baixa (posição 11 na Figura 1 d)) com
líquido não volátil, não higroscópico, de baixa viscosidade e densidade, como ftalato de dibutila.

4.2.2 Cronômetro

Com dispositivo de acionamento de início, com leitura de 0,2 s ou melhor, e precisão de pelo menos
1 % para intervalos de tempo de até 300 s.

4.2.3 Balanças

Capazes de pesar 3 g com resolução de 0,001 g (para cimento) e 50 g a 110 g com resolução de 0,01
g (para mercúrio e cimento em aparelhos automáticos).

4.2.4 Paquímetro

Com resolução de 0,01 mm.

4.2.5 Termômetro

Com resolução de 0,1 °C.

5 Materiais
5.1 Mercúrio

De qualidade reagente para análises ou melhor.

4 © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

5.2 Amostra de referência1

De superfície específica conhecida.

5.3 Discos circulares de papel-filtro

Adaptados à dimensão da célula. O papel-filtro deve possuir porosidade média, isto é, filtragem média
e faixa branca.

5.4 Graxa leve

Para permitir uma junta estanque entre célula e manômetro e no registro.


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

6 Execução do ensaio
6.1 Preparação da amostra

Homogeneizar a amostra de cimento a ser ensaiada por aproximadamente 1 min a 2 min em um


recipiente para dispersar os aglomerados. Aguardar cerca de 30 s. Mexer o pó delicadamente, usando
uma haste seca e limpa, de maneira a distribuir os finos no cimento.

6.2 Determinação da massa específica

Determinar a massa específica, ρ, de acordo com a ABNT NBR NM 23.

6.3 Obtenção da camada compactada de cimento

Para obtenção de uma camada compactada adequada, a massa do cimento utilizada no ensaio é
calculada segundo a expressão:

m1 = (1 − ε ) ρV

onde

m1 é a massa do cimento, expressa em gramas (g);

ρ é a massa específica do cimento, expressa em gramas por centímetros cúbicos (g/cm3),


de acordo com 6.2;

V é o volume da camada compactada, expresso em centímetros cúbicos (cm3), de acordo com


8.1 ou 8.2;

ε é porosidade da camada que depende do tipo de cimento e deve ser escolhida por tentativas,
de maneira que a camada seja facilmente compactada. Pode-se tomar o valor de 0,500 como
ponto de partida.

Na sequência, pesar a quantidade de material calculada conforme expressão anterior e colocar o disco
perfurado (4.2.1.2) sobre a borda, no fundo da célula (4.2.1.1), e sobre ele um disco de papel-filtro

1 Amostra de referência disponível: National Institute of Standards and Technology (NIST), Bldg 202,
Room 204 - Gaithersburg MD 20899 USA ou amostras a ela rastreáveis.

© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 5


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

novo (5.3). Atentar para que o disco de papel-filtro cubra o disco perfurado, pressionando com uma
haste seca e limpa. Colocar a quantidade de cimento determinada, m1, na célula, tomando cuidado
para evitar perdas.

Executar movimentos leves de vaivém na célula para nivelar a camada de cimento. Colocar
suavemente um segundo papel-filtro sobre o cimento nivelado. Introduzir o êmbolo (4.2.1.3) para
permitir o contato com o papel-filtro. Pressionar o êmbolo suave, mas firmemente, até que a face
inferior da cápsula esteja em contato com a célula. Vagarosamente, retirar o êmbolo cerca de 5 mm,
girar aproximadamente 90° e pressionar firmemente a camada mais uma vez, até que o capuz esteja
em contato com a célula. A camada está compactada e pronta para o ensaio de permeabilidade,
devendo o êmbolo ser retirado vagarosamente.
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

NOTA Uma pressão muito rápida e vigorosa pode mudar a distribuição dos tamanhos das partículas
e, portanto, alterar a superfície específica da camada. A pressão máxima permissível é a que se obtém
pressionando moderadamente o polegar sobre o êmbolo.

6.4 Ensaio de permeabilidade

Inserir a superfície cônica da célula no topo do manômetro, usando uma camada fina de graxa (5.4),
para garantir a estanqueidade, atentando para não obstruir o disco perfurado. Fechar o topo do cilindro
com um tampão. Abrir o registro e, por meio de aspiração, levantar o nível do líquido manométrico
para a marca mais alta (posição 8 na Figura 1d)). Fechar o registro e observar se o nível do líquido
manométrico permanece constante. Se o nível cair, refazer a junta célula/manômetro e verificar
o registro.

Repetir o teste de vazamento até que o nível do líquido manométrico não desça. Abrir o registro e,
por aspiração, ajustar o nível do líquido à linha mais alta. Fechar o registro. Remover vagarosamente
o tampão do topo do cilindro. Neste momento o líquido manométrico deve começar a fluir.

Marcar os tempos para que o líquido atinja a segunda linha (posição 9 na Figura 1 d)) e a terceira
linha (posição 10 na Figura 1 d)). Registrar o tempo, t, com aproximação de 0,2 s, e a temperatura,
com aproximação de 1 °C.

Preparar uma nova camada do mesmo cimento com outra porção da amostra, seguindo o mesmo
procedimento, e executar outra determinação do ensaio de permeabilidade.

NOTA Para o controle de processo, pode ser realizada a compactação de uma alíquota de amostra, com
apenas uma determinação de tempo

7 Resultados
7.1 Cálculo da superfície específica

A superfície específica, S, em centímetros quadrados por grama, é obtida pela expressão a seguir:
ε3 ⋅ t
S=K
ρ ⋅ (1 − ε ) ⋅ 0,1η
onde

S é a superfície específica em massa, expressa em centímetros quadrados por grama (cm2/g);

K é a constante do aparelho;

6 © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

ε é a porosidade da camada;

t é o tempo medido, expresso em segundos (s);

ρ é a massa específica do cimento, expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3) (ver 6.2);

η é a viscosidade do ar à temperatura do ensaio, tomada da Tabela A.1, expressa em pascal


por centímetro (Pa1/2.cm-1).

NOTA O Anexo A fornece informações sobre a massa específica do mercúrio e a viscosidade do ar em


função da temperatura.
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

7.2 Expressão dos resultados

O resultado final deve ser a média de duas determinações, com arredondamento para a dezena mais
próxima, sendo expresso em centímetros quadrados por grama (cm2/g).

A diferença máxima entre essas duas determinações deve ser de no máximo 2 % da média delas.

7.3 Repetibilidade

A diferença entre dois resultados individuais, obtidos a partir de uma mesma amostra submetida ao
ensaio, por um mesmo operador, utilizando o mesmo equipamento, em curto intervalo de tempo, não
deve ultrapassar 3,4 % de sua média.

7.4 Reprodutividade

A diferença entre dois resultados individuais e independentes, obtidos por dois operadores em
laboratórios diferentes, a partir de uma mesma amostra submetida ao ensaio, não pode ultrapassar
6,0 % de sua média.

8 Calibração do aparelho
Em algumas regiões, pode haver restrições legais sobre o uso de mercúrio em laboratório. Para
superar essas limitações, existe um procedimento alternativo indicado em 8.2.

8.1 Determinação do volume da camada com uso de mercúrio

Devido à necessidade de folga entre a célula e o êmbolo, o volume da camada compactada varia para
cada combinação célula-êmbolo. O volume da camada compactada deve ser estabelecido para uma
dada folga célula-êmbolo. Esse volume é determinado da maneira descrita a seguir:

 a) colocar o disco perfurado sobre a borda, dentro da célula;

 b) colocar dois discos de papel-filtro novos sobre o disco perfurado e assegurar que cada um cubra
a base da célula quando pressionado com uma haste;

 c) encher a célula com mercúrio (ver 5.1), remover qualquer bolha de ar com uma haste limpa e seca.
Assegurar que a célula esteja preenchida pressionando uma placa de vidro sobre a superfície de
mercúrio até nivelar com o topo da célula;

 d) esvaziar a célula, pesar o mercúrio com aproximação de 0,01 g, m2, e registrar a temperatura;

© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 7


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

 e) remover um disco de papel-filtro;

 f) fazer uma camada de cimento conforme descrito em 6.4 e colocar sobre ela um novo disco de
papel-filtro;

 g) preencher a célula com mercúrio, removendo bolhas de ar e nivelando o topo como antes
(conforme 8.1 c));

 h) remover o mercúrio, pesar com aproximação de 0,01 g, m3, e registrar sua temperatura;

 i) determinar o volume da camada, V, em centímetros cúbicos, pela equação:


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

m2 − m3
V=
ρH
onde

 j) m2 é a massa de mercúrio, determinada conforme 8.1 d), expressa em gramas (g);

 k) m3 é a massa de mercúrio, determinada conforme 8.1 h), expressa em gramas (g);

 l) ρH é a massa específica do mercúrio na temperatura do ensaio, tomado da Tabela A.1.

Repetir o procedimento com camadas de cimento diferentes até que dois valores de V obtidos difiram
menos do que 0,005 cm3. Registrar a média desses dois valores como V.

NOTA Evitar derramamento de mercúrio e qualquer contato entre esse material e os olhos e a pele do
operador.

8.2 Determinação do volume da camada por medição

Dois discos de papel-filtro devem ser colocados sobre o disco perfurado localizado na parte inferior
da célula. Em seguida, a dimensão interna da célula (altura J) deve ser determinada com auxílio do
paquímetro. A operação deve ser repetida cinco vezes, sendo calculada a média das determinações,
com a aproximação de 0,01 mm.

Colocar verticalmente o êmbolo sobre uma superfície plana e, usando o paquímetro, medir o seu
comprimento (F). Repetir a operação cinco vezes, sendo calculada a média das determinações, com
aproximação de 0,01 mm.

O diâmetro da célula (G) é medido na parte superior, central e inferior com auxilio de um micrometro
para determinação de seu raio (r = G/2). O procedimento deve ser repetido por cinco vezes, sendo
calculada a media dessas determinações com aproximação de 0,005 mm.

A altura da camada de cimento (H) é calculada com aproximação de 0,01 mm, como sendo a diferença
entre a altura da célula e o comprimento da parte do êmbolo que penetrou na célula (J – F).

O volume da camada de cimento (V), em centímetros cúbicos (cm3), é obtido pela equação a seguir:

V = H × r 2 × 3,14 / 1 000

onde

H é a altura da camada de cimento, expressa em milímetros (mm);

8 © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

r é o raio da célula, expresso em milímetros (mm).

O resultado deve ser expresso em centímetros cúbicos (cm3), com aproximação de 0,001 cm3.

8.3 Determinação da constante do aparelho

Preparar uma camada compactada de cimento de referência de superfície específica conhecida


(ver 5.2) e medir sua permeabilidade por meio do procedimento dado em 6.2 a 6.5. Registrar o tempo,
t, e a temperatura do ensaio.

Usando a mesma camada, repetir duas vezes o procedimento estabelecido em 6.5 e registrar
os outros dois valores de tempo e temperatura. Repetir todo o procedimento em mais duas amostras
Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

do mesmo cimento de referência. Para cada uma das três amostras, calcular a média dos três tempos
e temperaturas.

Para cada amostra, calcular a constante de calibração pela equação a seguir:

K = S0 ρ0
(1 − ε0 ) 0,1η0
ε 03 t0

onde

K é a constante de calibração do aparelho;

S0 é a superfície específica da amostra de referência, expressa em centímetros quadrados


por grama (cm2/g);

ρ0 é a massa específica da amostra de referência, expressa em gramas por centímetros


cúbicos (cm2/g);

t0 é a média dos três tempos determinados, expressa em segundos (s);

η0 é a viscosidade do ar correspondente à média de três temperaturas, expressa em


pascal por segundo (Pa1/2.cm-1) (ver Tabela A.1);

ε0 é a porosidade da camada da amostra de referência.

Tomar a média dos três valores de K como a constante, K, para o aparelho.

8.4 Recalibração

O uso repetitivo do equipamento pode causar alterações no volume da camada de cimento e na


constante do aparelho (devido ao desgaste da célula, do êmbolo e do disco perfurado). As mudanças
ocorridas podem ser determinadas com a ajuda de uma segunda amostra de referência, cuja superfície
específica tenha sido determinada.

O volume da camada e a constante do aparelho devem ser recalibrados com o cimento de referência
nos seguintes casos:

 a) depois de 1 000 ensaios;

© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 9


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

 b) quando se utilize:

—— outro tipo ou lote de fluido manométrico;

—— outro lote de papel-filtro;

—— um novo tubo manométrico;

 c) devido a desvios sistemáticos da amostra de referência secundária;

 d) houver indícios de desgaste.


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

10 © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

ABNT NBR 16372:2015

Anexo A
(informativo)
Informações sobre a massa específica do mercúrio e a viscosidade do ar
em função da temperatura

Tabela A.1 – Massa específica do mercúrio e viscosidade do ar em função da temperatura

Temperatura Massa específica do Viscosidade do ar


Documento impresso em 22/05/2019 14:52:39, de uso exclusivo de CIPLAN CIMENTO PLANALTO S.A.

mercúrio, ρH 0,1η
°C g/cm3 Pa.s

18 13,55 0,000 017 98 0,001 341


19 13,55 0,000 018 03 0,001 343
20 13,55 0,000 018 08 0,001 345
21 13,55 0,000 018 13 0,001 346
22 13,54 0,000 018 18 0,001 348
23 13,54 0,000 018 23 0,001 350
24 13,54 0,000 018 28 0,001 352
25 13,54 0,000 018 32 0,001 354
26 13,53 0,000 018 37 0,001 355
27 13,53 0,000 018 42 0,001 357
28 13,53 0,000 018 47 0,001 359
29 13,53 0,000 018 52 0,001 361
30 13,52 0,000 018 57 0,001 363

NOTA Valores intermediários podem ser obtidos por interpolação linear.

© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 11

Você também pode gostar