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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)

Brasília, 29 de julho de 2004.


Of nº 098 – Asse Jur – 04 (A1/SEF)
Do Subsecretário de Economia e Finanças

Ao Sr Chefe da 1ª Inspetoria de Contabilidade e


Finanças do Exército.

Assunto: retificação de opção.

Rfr: Ofício nº 028-CLeg, de 13 de Julho de 2004 da


1ªICFEx

1. Versa o presente expediente sobre retificação de opção relativa a computo de


Licença Especial, conforme estabelece a Portaria Nº 814 de 19 de dezembro de 2003.

2. Diante dos desdobramentos que recaem sobre o assunto em estudo, é


fundamental, para entendê-lo, realizar uma breve recapitulação de seus fatos:

a. O militar foi designado para o serviço ativo do Exército em 1997, nele


permanecendo, por sucessivas designações, até maio de 2004;
b. Por ocasião da edição da MP nº 2.131, de 29 de dezembro de 2000, o
militar encontrava-se no serviço ativo; e
c. No período de fevereiro de 1960 à 29 de dezembro de 2000, o militar não
gozou nenhum período de Licença Especial, nem utilizou o computo da LE não gozado, pelo
dobro, com o propósito de obter o tempo necessário à transferência para reserva remunerada.

3. Essa Setorial Contábil, em estudo apresentado na referência, manifesta-se


pelo atendimento à pretensão do militar, entendendo que ele possa fazer a retificação
proporcionada pela Portaria Nº 814. Prossegue, admitindo que o militar poderá obter o
cancelamento dos anos de serviço e o ressarcimento do acréscimo do Adicional de Tempo de
Serviço, desde que sejam retroativos a 01 de março de 1997.

4. A legislação que trata da matéria em questão aborda a necessidade de que o


militar da ativa, manifeste a sua opção pelos períodos de LE adquiridos e não gozados até 29
de dezembro de 2000. Essa é a principal razão de, em virtude da MP que extinguiu a LE, se
solicitar um posicionamento do interessado, no caso o militar da ativa, face as inovações
apresentadas pela citada MP.

5. A Portaria 348, de 17 de Julho de 2001, apresentou três opções, para os


períodos de LE adquiridos até 29 de dezembro de 2000: em pecúnia, por ocasião do seu
falecimento, e alternativamente, pelo seu gozo, ou no caso não venham ser gozados, pela sua
(Continuação do Ofício 098 – Asse Jur – 04 (A/1-SEF), de 29 de julho de 2004)

contagem em dobro na passagem à inatividade remunerada e, nessa situação para todos os


efeitos legais.

6. Pelas informações prestadas por essa Setorial Contábil, o militar não gozou
períodos de LE e nem utilizou o computo da LE não gozadas, pelo dobro, na passagem à
inatividade remunerada. Assim sendo, podemos reconhecer que a sua opção, caso tenha sido
formalizada, foi pela “pecúnia”, conforme estabelece a Portaria nº 348.

7.Partindo da premissa que o militar fez a opção pela “pecúnia”, faz-se necessário
analisar a possibilidade do amparo no que admite a Portaria nº 814,de 19 dezembro de 2003.
Ela é clara e pacífico é o seu entendimento sobre a retificação de opção “o militar que houver
optado pelo cômputo em dobro dos períodos de Licença Especial adquiridos e não gozados até
29 de dezembro de 2000, para fins de inatividade e desejar alterar essa opção”. Ora,
observamos que, no caso em questão , não foi essa a opção do militar. Ele, teoricamente, fez a
opção pela “pecúnia”.

8. Aliás, a Portaria nº 814 foi merecedora de um estudo por parte desta Secretaria
e que resultou em questionamento junto ao DGP. Entendeu este Órgão Setorial que ela foi
restritiva por só possibilitar uma opção de reversão. Em resposta, aquele Órgão de Pessoal
manifestou o seu entendimento de que “a retificação proposta por essa Secretaria, no sentido
de se explicitar, na Portaria nº 814/03, todos as opções possíveis e seus desdobramentos, é
válida e aperfeiçoará o diploma legal em comento e que o assunto deve ser submetido à
apreciação do Comandante do Exército, com a finalidade de produzir o entendimento no
âmbito da Força”.

9.Como se observa, não existe amparo legal para que o militar, no caso em
questão, possa ter direito a realizar qualquer opção retificadora, em razão de ter optado pela
“pecúnia”. Dessa forma, não há como concordar com o parecer apresentado por essa Setorial
Contábil, à luz dos dados encaminhados e de acordo com a legislação em vigor.

Gen Div JOSÉ FELIPE BIASI


Subsecretário de Economia e Finanças

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