Você está na página 1de 455

:::: :=: IIU IHI

EDUARDO
DE CAMPOS
(CARCAVELLOS)

-
----
a::
O::::
LU
u
O::::
LU
t- POR

Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares


( CARCA VELLOS)

...
a:: VOLUME li
o
o
n:::: EDITORES

FERNANDO MACHADO & C.A. l. □ A

a: RUA DAS

P
CAR M EL.ITAS,

ô R TO
15

--
= .-
==--:! . ~

VOl.UME 11
MCMXLIV
NOBILIARIO DA ILHA TERCEIRA
Composto e Impresso na
Emprha • Di,rio do Parto>, Ltd.
Rua S, Bento da Vlctórla, 10
NOBILIARIO
DA

ILHA TERCEIRA
POR

Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares


(CARCAVl.LLOS)

Fidalgo Cavalleiro da Casa Real


Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra
Juiz de Direito de primeira instancia

(2.• EDIÇÃO)

VOLUME li

PÔRTÔ
LIVRARIA FERNANDO MACHADO & (.A
MCMXLIV
TITULO XXXVIII

ESPINOLAS

da geração e linhagem dos Espinolas (ou Espindolas,


P ROCEDEM
como dizem alguns escriptores), que nos seculos x1v e xv se
tornaram notaveis nas contendas politicas de Oenova, d'onde
eram naturaes.
Na segunda metade do seculo xv passaram à ilha da Madeira,
na pessoa de llarcalaio ou micer Leio Esplnola, e pouco depois
ramificaram-se em varias ilhas do archipelago açoriano, e designa-
damente na Terceira, onde se aparentaram com as suas principaes
famílias.

§ 1.º

Marceleio ou micer Leio Esplnola - foi casado com Madona Pereta,


de quem teve

2 Lucano ou Luciano Espinola, que vivia na ilha da Madeira


em 1513.
2 Antonlo Espinola, que segue.

2 Aatoólo Esplnol1 -
viveu tambem na Madeira. Julgo que é o
mesmo que, nos annos de 1494 e 1495, trouxe arrendadas por
1:300$000 réis, juntamente com Estevão Eannes, as ilhas de
S. Miguel, Santa Maria, Fayal, Graciosa e S. Jorge, com certas
e determinadas obrigações, de que ficou desonerado por carta
10

de D. Manoel, passada em Lisboa aos 29 de junho


de 1499.
Foi casado com Maria da Porta, de quem teve, entre
outros, o filho que segue.

2 Pedro Esplnola - viveu na ilha Graciosa, onde casou com


Catharina da Veiga, filha de Diogo Martins Ferreira e de
Ignez Pires da Veiga.
Tiveram:
4 Leão Esplnola da Veiga, que segue.
4 Francisco ou Fabricio Espinola, capitão de infanteria, e morador
na ilha Graciosa. Foi casado com Violante Lopes de Quadros,
de quem teve :
5 João Espinola da Veiga, capitão de lnfanteria, o
qual morou na ilha Terceira. Foi casado com
Simôa Vieira Pacheco. - Vid. Tit. dos Pachecos,
§ 3. 0 , n·o 6. Tiveram:

6 Francisco Espinola, que casou com


D. Leonor Pacheco de Mello. - Vid.
Tit. dos Pachecos, § 3. 0 n. 0 8;
-s. g.
4 Reynaldo Espinola, casado com Maria Gomes de Araujo ;
-c.g.
4 Anna Esplnola, da Veiga, que casou duas vezes, a primeira
com Affonso Diniz, e a segunda com Gollaz Viegas d'Athayde.
4 Angela de Deus, religiosa em S. GonçRlo, d'Angra.
4 Jeronyma Espinola, mulher de André Gonçalves, capitão-mór
da vllla da Praia, na ilha Graciosa ; - s. g.
4 Paula Espinola da Veiga, de que me occupo no § 2.o

4 Leão Esplnola da Veiga, - môço fid. da Casa Real, por alv. de 22


de dezembro de 1579, e capitão-mór na ilha Graciosa. Fal.
em 1590, em Angra, tendo casado com Guiomar Correia de
Mello. - Vid. Tit. dos Correias, § 1. 0 , n.º 4.
Tiveram:
5 Diogo Martins de Mello, que segue.
5 Simão de Mello.
5 D. Izabel de Mello Espinola, que fal. em 1623, tendo casado
com Domingos Vieira Pacheco - Vid. Tit. dos Pachecos, §
3. 0 , n. 0 6.

5 Diogo Martins de Mallo, - môço fid. da Casa Real. N. a 8 de


maio de 1558 em Santa Cruz da ilha Graciosa, onde instituiu
um morgado, e fal. na cidade de Angra, tendo casado em
1579 com Catharina .Correia, de quem teve o filho que segue.
11

6 Lulz de Mello, - herdou a casa de seus paes e foi casado com


D. Maria d'Almeida, de quem teve a filha unica:
7 D. Luiza de Mello, que fal. com 4 annos de idade.

§ 2.º

4 Paula Esplnola da Veiga (§ 1.0 , n. 0 4), - casou com Manoel Pires


Figueirôa, cav. prof. na ordem de S. Thiago e ouvidor geral
das justiças seculares na ilha Graciosa.
Tiveram:
5 Pedro Espinola da Veiga, que segue.
5 Antonio Espinola da Veiga, capitão, o qual casou com Catha-
rina de Vasconcellos; - e. g.
5 Jorge Espinola, casado com Violante da Fonseca Barbosa;
-e. g.
5 Lucas Espinola, casado com Filippa de Sousa; -- c. g.
5 Francisco Espinola, casado com Joanna Fernandes d'Azevedo.
- Vid. Tit. dos Velhos de Azevedo, § un., n. 0 3; - c. g.
5 Catharina Espinola, mulher de Christovão da Cunha d'Avila.
- Vid. Tit. dos Avilos, § I. 0 , n. 0 4.
5 Maria Alvares Espinola, casada com Gasp11r Velloso;- c. g_
5 Jeronyma Espinola, mulher de Christovão de Mello Correia.

5 Pedro Esplnola da Veiga, - capitão. Casou com Leonor Vaz de


Mendonça, de quem teve:
6 Rafael Espinola da Veiga, capitão, o qual casou com Antonia
de Sousa Netto. - Vid. Tit. dos Nettos, § 3. 0 , n. 0 3.
Tiveram:
7 Sebastião de Mendonça Espinola, casado com
D. Margarida de Mello Pacheco. - Vid. Tit. dos
Correias, § 1.0 , n. 0 7.
D'este matrimonio nasceu:

8 D. Filippa de Sousa Machado, mulher


de Pedro Correia de Vasconcellos
(4. 0 • avós de João lgnacio de Simas e
Cunha, l,o barão de Guadalupe. -
Vid. Tit. dos Silveiras de Betten-
court, § un., n. 0 3).

6 Beatriz da Costa Espinola, que segue.

6 Beatriz da Costa Esplnola, - casou com Antonio Lobão da Fonseca,


de quem teve a filha que segue.
12

7 Paula Esplnola, - casou com Francisco Fernandes Ballieiro. -


Vid. Tit. dos Correias, § 3. 0 , n. 0 7.
D'este matrimonio nasceu: ·
8 Manoal FarnHdBS Balllelro, -fid. da Casa Real, capitão e ouvidor
geral das justiças seculares em toda a ilha Graciosa. Casou
com D. Maria de Sousa e Athayde, filha de Pedro Machado
Peralta e de sua mulher D. Catharina da Cunha da Silveira.
Tiveram:
9 Antonio da Cunha e Silveira, que segue.
9 Manoel Fernandes Ballieiro, fid. da Casa Real-N. em Santa
Cruz da ilha Graciosa, e vivia em 1720.
9 Francisco Gil da Silveira, que foi clerigo.
9 Felix Correia Picanço, fid. da Casa Real, e casado com
D. Maria Ribeira Secca.

9 Antonlo da Cunha a SilYelra, -


fid. da Casa Real, juiz de fóra na
ilha de S. Miguel, corregedor na ilha de Santa Maria, e do
desembargo de Sua Magestade. N. em Santa Cruz da Graciosa
e vivia em 1719.

São suas ARfflAS: - em campo de


oiro uma f axa xadrezada de vermelho
e prata de tres peças em pala, e sobre
o campo de cima, pegado á f axa, uma
especie de ponta de lança flôrdelizada
de vermelho: timbre, um ramo de
espinheiro de vermelho.
Alguns trazem em vez da ponta
de lança flôrdelizada um ramo de
espinheiro tambem vermelho.
A Lucano ou Luciano Espinola,
§ 1.0 , n. 0 2, foi concedido por carta
regia dada em 1513, e reg. na Chanc.
de D. Manoel, L. XLII, fls, 48, e L. das
Ilhas, fls. 135, o seguinte brazão d'armas
de seus antecessores, por descender da
geração e linhagem dos Espinolas, que
eram fidalgos e dos principaes da senho-
ria de Genova: - Um escudo com
13

campo de oiro e uma f axa de escaques


de prata e vermelho; elmo de prata,
aberto; paquife de oiro e vermelho;
por timbre, um ramo de espinhas ver-
melhas, que está sobre a face do escudo,
e, por diff erença, uma merleta de negro.
A Antonio Espinola, § 1.0 , n. 2, foi
concedido por carta regia dada tambem
em 1513, e reg. na Chanc. do dito rei,
L. XLII, fls. 48, e L. das Ilhas, fls. 136,
o seguinte brazão d'armas: -Escudo
com campo de oiro e uma f axa de
escaques de prata e vermelho, com uma
merleta de negro; elmo de prata, aberto;
paquife de oiro e vermelho; por timbre,
um ramo de espinhas vermelhas, que
está sobre a face do escudo, e, por
differença das de seu irmão, uma estrella
azul no escudo.
A João Espinola da Veiga, § 1.0 ,
n. 0 5, foi passado em 1617 brazão de
armas dos Espinolas, tendo por diffe-
rença uma brica, quadrada, de verde.
A Antonio da Cunha e Silveira, §
2. 0 , n.º 9, foi concedido por carta regia
de 25 de jan. de 1719, reg. a fls. 64 do
L. 1v do Reg. dos Br. da Nobr., o
seguinte brazão d'armas: - Um escudo
posto ao batom, esquartelado, no J. 0 quar-
tel as armas dos Correias, que são em
campo de oiro umas correias vermelhas
trespassadas umas por outras; no 2. 0
quartel as a,mas dos Espinolas, que são
em campo de prata uma f axa enxa-
quetada de vermelho e oiro, e em cheje
um espinho verde; no 3. 0 quartel as
armas dos Cunhas, que são em campo
de oiro nove cunhas azues, postas em
ires palas com as pontas para cima; e
no 4. 0 quartel as armas dos Silveiras,
que são em campo de prata, tres f axas
't.Jermelhas: elmo de prata, aberto, guar-
,,.

14

necido d'ouro: paquife dos metaes e


côres das armas; timbre o dos Correias,
que são dois braços armados atados
com uma correia vermelha pelos pulsos,
e por differença, uma estrella de prata.

A Manoel Fernandes Ballieiro, §


2. 0 , n.º 9, foi concedido, por carta regia
datada de Lisboa aos 17 de jan. de 1720,
e reg. a fls. r do L. v do reg. dos Br.
da Nobr., o seguinte brazão d'armas:
- Um escudo posto ao balom, esqnar-
telado: no 1. 0 quartel as armas dos
Fernandes, que são em campo azul uma
torre de oiro, lavrada de preto, com
quatro peças d'artilheria; no 2. 0 quartel
as armas dos Ballieiros, que são em
campo azul uma banda de oiro, e n'ella
tres rosas vermelhas, entre dois castellos
de prata, e no fim do escudo umas
ondas de aguas de prata e azul; no 3. 0
quartel as armas dos Veigas, que são o
escudo esquartelado, no 1. 0 e 4. 0 quar-
teis, em campo vermelho, uma aguia
de oiro, e no 2. 0 e 3. 0 , em campo de
prata, tres flôres de liz azues postas
em roquete; no 4. 0 quartel as armas
dos Athaydes, que são em campo azul
quatro barras de prata: elmo de prata,
aberto, guarnecido de oiro; paquife dos
metaes e côres das armas; timbre, o
dos Fernandes, que é a mesma torre
das armas, e, por differença um trifolio
de prata.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na Parte r,


cap. 1, n. 0 s IV, VII, VIII, XLV, XLVI, LXV, LXVIU e
Lxxxv da Bibliografia, bem como a Ilha
Graciosa (Açôres), por Antonio
Borges do Canto Moniz.
.....

TITULO XXXIX

ESPINOZAS

de O. Gaspar Molero de Espinoza, da ilustre familia dos


D ElscENDEM
Espinozas de los Monteros, da villa de Espinoza, no arce-
bispado de Burgos, em Castella, onde existe o seu solar.
A esta familia pertencia tambem D. Diogo de Espinoza, que
foi bispo de Siguença, presidente do conselho real de Castella e
valido de D. Felippe 11.

§ UNICO

1 O. Gaspar Molero de Espinoza, - passou à lha Terceira no reinado


de D. Filippe m afim de assegurar em obediencia ao dito rei
o castello de S. Filippe, de Angra, depois denominado - de
S. João Baptista. Casou duas vezes, a primeira com Francisca
Vicente Martins, da ilha do Fayal, e a segunda com Maria
Rodrigues de Chaves, da ilha de S. Miguel.

Do primeiro matrimonio teve.


2 Maria de Espinoza, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram :


2 A madre Joanna da Cruz, religiosa em S. Gonçíllo, de Angra.
2 D. Salvador de Espinoza, que foi clerigo e bendiciado da
Capella Real de Madrid, on:le falecen.
16

2 Maria de Espinoza, - casou com Manoel Cordeiro Moutoso. - Vid.


Tit. dos Cordeiros, § 2. 0 , n. 0 4.

São suas ARMAS : - um escudo par-


tido em faxa: a !.ª partida em pala;
na 1. 0 , em campo vermelho, um ramo
de espinheiro de sua côr, florido e per-
filado de oiro, com raizes de prata, e
na 2.ª, em campo tambem vermelho,
um leão de oiro; a 2.ª faxa de prata
com uma corneta de caça de negro,
com os boccaes de oiro e cordões ver-
melhos: timbre, o leão do escudo com
um ramo de espinheiro na garra.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas


na Parte 1, cap. 1, n. XLV, XLVI e LXV da
0

Bibliographia.
TITULO XL

ESTAÇOS

de Almo Pires Estaço, de origem hebraica, o qual


D ESCENDEM
viveu no seculo xv,, na cidade de Angra, da ilha Terceira,
onde é o tronco dos d'este appelido.

§ UNICO

Almo Pires Estaço, - foi senador da Camara de Angra no anno


de 1542, e casado com Aldonça Martins, que falleceu a 15 de
junho de 1571.
Tiveram:
2 Gaspar Estaço, que segue,
2 João Estaço (frei), o qual n. em Angra no principio do seculo
xvr, e foi eremita de Santo Agostinho, doutor e lente na Uni-
versidade de Salamanca. Em 1539 passou á India, e em 1545
teve a nomeação de vigario provincial da provinda do Mexico.
Nomeado por D. Filippe li, em 1552, bispo de Puebla de los
Angelos, diocese suffraganea do Mexico, não chegou a tomar
poise do cargo, fallecendo em 4 d'abril de 1553. Deixou
manuscriptos os seguintes trabalhos: Constituições saudaveis
para o governo religioso e Memorial dos singulares favores
e benefícios que recebeu da mão divina.
2 Ignez ou Beatriz Estaço, casada com Francisco Gonçalves de
Tavora. - Vid. Tit. dos Tavoras, § I. 0 , n.0 1.
2 Filippa Estaço, mulher de Fernando Braz do Couto, de quem
teve;
18

3 Maria do Couto, casada com Ayres Jacome Cor-


reia. - Vid. Tit. dos Correias, § 4.o, n. 0 3.

2 Gaspar Estaco, - foi juiz ordinario de Angra, cargo que exercia


em 1559. Falleceu preso em França, tendo casado com
Antonia Vaz Chama, a quem el-rei D. Filippe II em recompensa
dos serviços que seu marido lhe prestou, fez mercê, em 1583,
da tença annual de 45$000 reis e 3 moios de trigo.
Tiveram, pelo menos, um filho, que foi:

3 Melcbler Estaco, - o qual foi mamposteiro-mór da redempção


dos captivos em Angra, e casado com lzabel da Silveira, de
quem ignoro se teve geração.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas


na Parte 1, cap. I, n. 08 1v, VII e xxxv1 da
Bibliographia
TITULO XLI

EVANGELHOS

da geração dos Evangelhos, que teem por chefe


0 1<:scENDEM
Martim Esteves Evangelho, a quem chamaram - o Beirão,
por ser natural da província da Beira.
Nos fins do seculo xv, dois ramos d'esta família residiam nos
Açôres, a saber: - Ruy Dias Emgelho, na ilha Terceira, e Gaspar
Rodrigues Emgelho, na ilha do Pico. Este era filho de Ruy
Lourenço, escudeiro, de Obidos, e de sua mulher Izabel
Rodrigues Evangelho, e neto materno do dito Martim E~teves
Evangelho.

§ 1.º

1 Ruy Dias Enngelho, - foi casado com Maria Rodrigues de quem


teve:

2 Diogo Lopes Evangelho, que segue.


2 Izabel Rodrigues Evangelho, casada com Nuno Cardoso. -
Vid. Tit. dos Cardosos, § 3. 0 , n. 0 2.
2 Catharina Evangelho, que fal. em 1539, tendo casado com
Diogo de Barcellos Machado. - Vid, Tit. dos Pinheiros de
Barcellos, § I. 0 , n. 0 2.

2 Diogo Lopes Evangelho, - casou com Francisca Trigueiros de


Badilho, - Vid. Tit. dos Cê!rdosos, § 3. 0 1 n. 0 3,
20

Tiveram, entre outros, os seguintes filhos:


3 Manoel de Badilho Evangelho, que segue.
3 Catharina Evangelho, casada com Thimotheo Rodrigues Tei-
xeira.
3 Margarida Cardoso Evangelho, mulher de João de Escobar
Teixeira; - c. g.

3 ' Camara
Manoel de Badllho E11ngelho, - casou com D. Branca da
Fagundes .... Vid. Tit. dos Fagundes, § 5. 0 , n. 0 5.
Tiveram:
4 Chrlstovão Paim da Camara ; - cas., s. g.
4 A madre Maria da Trindade.
4 A madre Catharina do Salvador.

§ 2·0

1 Gaspar Rodrigues Ewangelho, - é o 2. ramo d'esta família a que


0

me referi no principio do presente titulo. Casou com Filippa


Pereira, da ilha do Pico, de quem teve o filho que segue.

2 Ruy Dias Emgelbo, - exerceu o cargo de ouvidor nas ilhas do


Fayal e Pico. Foi casado com Izabel de Carvalho Peixoto,
natural da primeira das ditas ilhas, e filha bastarda de Jorge
Peixoto de Carvalho, que a houve em Maria Lopes, e a legi-
timou por el-rei D. João m em 19 de junho de 1539.
Jorge Peixoto nasceu em Guimarães em 1487: era filho
de Alvaro Peixoto Pereira e de Ignez de Carvalho, e neto
paterno de Ruy Vaz Peixoto, da nobilíssima familia dos
Peixotos, do morgado de Pouzada, em Guimarães, e de
Thereza Fernandes.
Do matrimonio de Ruy Dias Evangelho nasceram, entre
outros, os seguintes filhos:
3 Gaspar Pereira Evangelho; - s. g.
3 Brites Evangelho, que segue.

3 Britas ou Beatriz Ewangelho, - casou com Antonio de Brum da


Silveira. - Vid. Tit. dos Bruns, ~ 2. 0 , n. 0 3.
21

Teem por ARMAS :-Em campo azul


uma cruz d'ouro, firmada entre quatro
bezantes de prata, tendo em cada um
sua divisa dos Evangelistas. No 1. 0 a
aguia de sua côr; no 2. 0 um anjo ves-
tido de vermelho com azas verdes; no
3. 0 um boi de sua côr; e no 4. 0 um leão
tambem de sua côr; e todos com dia-
demas d' ouro, e rotulos que declaram
os nomes de cada um: timbre, dois
· braços de anjo, vestidos de verde,
segurando o livro dos Evangelhos pela
parte de cima.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. J, n. 05 VJJ, VIII, XXXVII, XLII, XLJJJ, Xf,VJ,
LXIV, LXV e LXXXVI da Bibliographia
.
TITULO XLII

FAGUNDES

de Rodrigo Affonso Fagundes, que nasceu no seculo xv e


0 ..-:scENDEM
passou à Terceira pouco depois d'esta ilha ter sido des-
coberta.
Alguns escriptores dão-lhe, como patria, a cidade de Vianna
(então villa), mas outros fazem-no natural da freguezia de S. Julião
de Moreira, em Ponte do Lima ( casa do Outeiro, do actual conde
de Bertiandos). Com verdade, porém, não se póde affirmar que
elle pertencesse a esta ou áqnella localidade, ou aos Fagundes que
n'ellas fizeram assento, mas tão sómente que pertencia à mesma
geração e linhagem d'onde estes provinham ou sejam os antigos
Fagundes, de Merufe, no extinto julgado da Feira.

§. l.º

1 Rodrigo Affonso Fagundes, - foi pagem do infante D. Henrique, e


seu mestre ou discipulo, na astrologia judiciaria, cujo principio
vem descripto a pag. 572, do 1. 0 vol. da Encyclopedia
Portugueza, publicada sob a direcção de Maximiliano de
Lemos.
Em quasi todas as obras que compulsei para a composição
do presente titulo se diz que Rodrigo Affonso Fagundes foi
mestre do infante na dita astrologia ; mas a pag. 35 de um
pequeno livro de lembranças, manuscripto, do capitão-mór da
24

villa da Praia, na ilha Terceira, Gaspar Camello Pereira, lê-se


o seguinte:
•Rodrigo Affonffo fasundes era de portullal. •.• e foi pai
do infante Dom hérique que mãodou descobrir estas ilhas e como
tal lhe deu as Rendas das faboarias da Cidade de Lasos no
alsarve e lhe emfinou a Astrologia Judiciaria por lhe ter mt. 0
Amor. Depois de fer falecido o infante fendo já viuvo Rodrigo
Affonffo veio para efta ilha terffeira e trouche confisuo duas
filhas= a saber : .•... •

D'aqui se vê que Rodrigo Affonso Fagundes foi discipulo,


e não mestre, do dito infante, o que é mais de acreditar, visto
que o referido livro, que possuo, e de cuja authenticidade se
não póde duvidar, foi escripto muito antes das ditas obras
compulsadas, e, portanto, mais proximamente da epocha em
que aquelles viveram.
Rodrigo Affonso Fagundes foi casado, no reino, com
F ..... , ele quem teve du:1s filhas, que foram:
2 lzabcl Rodrigues F~gundes, qur segue.
2 lgnez Rodr,gucs Fagundes, mulher de Affonso Gonç:ilves de
Antona Baldaya. - Vid. Tit. dos Boldoyos, § 1.0 , n. 0 1.

2 lzabel Rodrigues Fagundes (e não Beatriz, como erradamente dizem


alguns linhagistas, e como tambem consta da carta de brazão
d'armas de seu 5. 0 neto Francisco de Sousa Machado, § 6. 0 ,
n.º 8), - casou na ilha Terceira com Gil Annes Curvo, lambem
denominado Gil de Borba, por ser natural da villa de Borba,
no Alentejo.
Tiveram:
3 Lopo Gil Fagundes, que segue.
3 Manoel Rodrigues Fagundes, de que me occupo no § 2.o
3 João Gil Fagundes, de que tracfa o § 3.o
a Alvaro Gil Fagundes, casado com Maria Nunes de Lemos, de
quem teve:

4 Beatriz de Lemos, mulher de Sebastião Vieira. -


Vid. Tit. dos Vieiras, § 3. 0 , n. 0 4.
3 Diogo Gil Fagundes, que segue no § 4.o
3 Francisco Rodrigues Fagundes; - cas., c. g.
3 Gracia Rodrigues Fagundes, que instituiu um vinculo em 2 de
jan. de 1556, e foi casada com Alvaro Martins Fagundes;
matrimonio este de que proveio :

4 Heitor Alvares Fagundes, que em 14 de julho de


1563 instituiu tambem um vinculo; - cas., s. g.
3 Clara Gil Fagundes, a qual foi tambem instituidora de um
vinculo com capclla, e casada com Gaspar Gonçalves Machado
Ribeira Secca. - Vid. Tit. dos Machados, § 1. 0 , n. 0 2.
3 Catharina Gil Fagundes, de que me occupo no § 5. 0

25

3 Iria Gil Fagundes, casada com Gaspar de Barcellos Machado.


- Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1.0 , n. 0 2.

3 Lopo Gil Fagundes, - casou duas vezes, a primeira com Catharina


Affonso de Azevedo. - Vid. Tit. dos Boins, § un., n. 0 2, - e a
segunda com Andreza de Azedias.
Do primeiro matrimonio teve:
4 Bartholomeu Fagundes, que fal. solteiro.
4 Izabel Fagundes
4 Francisca Fagundes.
4 João Lopes Fagundes de Sousa, qm:. segue.

Do segundo matrimonio nasceu:


4 Beatriz Alvares Fagundes, casada com Balthazar Francisco, de
quem teve:
5 Lopo Gil Fagundes (dr.), o qual foi deão da Sé de
Angra e visitador do respectivo bispado. Instituiu
um importante vinculo, em 1630, anno em que
falleceu.
5 Antonio Francisco Fagundes de Sousa, conego na
mesma Sé.
5 Catharina Fagundes de Sousa, administradora do
vinculo de seu irmão Lopo, e instituidora da
capella de S. Paulo na Egreja do Collegio, de
Angra. Fal. em 1651.

4 João Lopes Fagundes de Sousa, - fid. da casa de D. Antonio, prior


do Crato, como se vê da carta que este lhe escreveu, de Aveiro,
em 15 de setembro de 1580, e se acha transcripta a pag. 296
do vol. 2. 0 do Archivo dos Açôres. Em 1579 exercia o cargo
de vereador da camara de Angra. Foi sr. e administrador de
varios bens e designadamente dos vinculados por Guiomar do
Couto e Joanna Paes d'Azevedo.
Casou a 29 de Julho de 1549, na Sé da dita cidade, com
Francisca de Barcellos Machado de Boim, agraciada em 1589
por D. Filippe II com 2 moios de trigo, sendo já vi uva. -
Vid. Tit. dos Boins, § un., n.º 3.

D'este matrimonio nasceu:

5 Lopo 611 Fagundes de Sousa, - fid. da Casa Real, cav. prof. na


ordem de Christo e capitão-mór de Angra. Seguiu na ilha
Terceira o partido de D. Filippe n, que pelos seus serviços
lhe fez varias mercês, e designadamente, em 1581, a de dois
moios de trigo annuaes. A camara d' Angra nomeou-o seu

26

deputado à côrte de Madrid, em 1584 e 1624, encarregando-o,


n'este ultimo anno, de apresentar a el-rei o seu extenso rela-
torio ácerca dos factos ocorridos na dita cidade em conse-
quencia da lucta travada entre os dois grandes partidos politi-
cos, que ahi existiam, e dos excessos commettidos pelas
auctoridades locaes.
N. em Angra, em 1555, e foi sr. da casa de seus maiores,
bem como do morgado instituido por Marinha Affonso d' Aze-
vedo, referida a pag. 104 do vai. 1.
Fal. a 6 de jan. de 1628, tendo casado, em 1580, com
Francisca Gaspar d'Utra. Vid. Tit. dos Utras, § 4. 0 , n. 0 4.

Tiveram:
6 Gaspar Fagundes de Sousa / s g
6 João Fagundes de Sousa í · ·
6 D. Eufrasia Fagundes de Sousa, que segue.
6 D. Francisca Fagundes de Sousa, mulher de Henrique Moniz
Barreto, da familia dos Monizes, de que tracta o Tit. LXI.
6 D. Catharina Fagundes de Sousa, que casou duas vezes, a
primeira com Heitor Homem da Costa Noronha. - Vid. Tit. dos
Noronhas, § I.o, n. 0 3, - e a segunda com João Camello do
Rego Pereirn Castello Branco. - Vid. Tit dos Camellos, § 4. 0 ,
n. 0 12.

6 O. Eufrasla Fagundes de Sousa, - herdou a casa e vinculas de seus


maiores, e falleceu em 1630, tendo casado com Fabricio Pacheco
de Mello. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 3. 0 , n. 0 7.

3 Manual Rodrigues Fagundes


(§ J.º, n.º 3), - vinculou a sua terça em
morgado no testamento que fez em 18 de jan. de 1564, e foi
casado com Maria Cardoso Machado Ribeira Secca. - Vid. Tit.
dos Machados, § 1.0 , n. 0 3.
D'este matrimonio nasceram:
4 João Cardoso Machado, que segue.
4 Gaspar Cardoso Machado, o velho, que instituiu um vinculo em
seu testamento de 22 de set. de 1596, e foi casado com Luiza
Gonçalves Diniz, de quem teve :
5 Domingos Cardoso Machado, escrivão dos orphãos
na villa da Praia, e casado com Helena Simões.
D'este matrimonio nascernm .
6 João Cardoso Machado, que segue
6 Gaspar Cardoso Machado Fagundes.
capitão, escrivão dos orphãos, na dita
27

vllla, e administrador dos vínculos


instituídos por Manoel Rodrigues
Fagundes, Gaspar Cardoso Machado,
Garcia e Heitor Fagundes; - s. g,
5 Carlos Machado, instituidor do vinculo das Fon-
tainhas, em 12 de Junho de 1580, e casado com
Margarida Cardoso, de quem teve:
6 Manoel Machado, que fal. criança.
5 Orianna Cardoso Machado, mulher de Manoel
Fernandes de Cea, vereador da Camara de Angra
em 1586. D'este matrimonio nasceram :
6 Antonio Machado, que foi religioso
franciscano.
6 Maria Cardoso de Cea, casada com
Pedro Cardoso Machado, de quem
teve:
7 Manoel Cardoso Ma-
chado, o Cego, o qual
foi administrador dos
vinculas de Gaspar
Cardoso Machado Fa-
gundes, acima referido,
vinculos que doou em
1680 a José de Sousa
Pacheco de Mello,
reterido a pag. 218 do
vol. 1.
Fal. em 1694, tendo
casado primeiramente
com Maria Cardoso, e
em segundas nupcias
com Simôa Lobato ;
-s. g.
7 Catharina Cardoso,
mulher de Manoel de
Toledo; - s. g.
4 Antonio Cardoso Machado ; - s. g,
4 Manoel Cardoso Machado (frei).

4 João Cardoso Machado, - casou duas veses, a primeira com Maria


Rodrigues d' Antona, e a segunda com Beatriz Gonçalves
d'Antona.
Do primeiro matrimonio não teve filhos: do segundo,
porem, uasceram :
5 Manoel Rodrigues Fagundes, que foi para a lndia de Castella ;
-s. g.
5 Pedro Cardoso Machado, que esteve tambem na lndia de Cas-
tella. onde casou com Izabel de Mollina. Voltando à ilha
Terceira, fundou em 1606, em Angra, o mosteiro de Nossa
Senhora da Conceição, para o que obteve do papa Paulo v o
competente breve com o honorifico do Padroado ; - s. g.
28

5 Clemencia Machado de Lemos, casada com Miguel do Canto


Vieira. - Vid. Tit. dos Cantos, § 10. 0 , n, 0 2.
5 A madre Simôa da Anunciação, religiosa professa da ordem de
Santa Clara, no mosteiro da Luz, da villa da Praia, e depois.
primeira abbadessa e padroeira do dito mosteiro da Conceição,

§ 3.º

;3 João 6il Fagundes (§ 1. 0 , n.º 3), - casou com Maria Gonçalves


Machado, de quem teve o fiiho que segue.
4 Tbomé 611 Fagundes, - casou com Cecília Alvares Fagundes. -
Vid. Tit. dos Baldayas, § 1. 0 , n.º 2.
D'este matrimonio nasceu:
5 Leonor Gil Fagundes, - que casou com Simão Rodrigues Varella,
de quem teve:
6 Antonio Rodrigues F~gundes, que segue.
6 Barbara Rodrigues Fagundes, que foi religiosa.
6 Sebastião Gil Fagundes.

G Antonio Rodrigues Fagundes, -- casou com B:irbara Antunes; - c. g.


§ 4.º

;3 Diogo Gil Fagundes (§ 1. 0 , n.º 3), - casou com Maria da Camara,


de quem teve a filha que segue.
4 lzabel da Camara Fagundes, - casou com Gaspar de Alenquer;
matrimonio este de que proveio :
5 Ologo 6il Fagundes - que casou a 5 d'outubro de 1572 na matriz
da villa da Praia com Maria Gonçalves da Camara, de quem
teve a filha que segue.
6 D. Anna da Gamara Fagundes, - mulher de Pedro Borges da Costa.
- Vid. Tit. dos Borges, § 2. 0 , n. 0 5.

§ 5.º

3 Catharina 611 Fagundes (§ l.º, n.º 3) ou Maria Rodrigues Fagundes,


segundo se lê em alguns documentos, -- casou com Fernão
Vaz Fagundes, de quem teve:
4 João Vaz Fagundes, que segue.
4 Mecia Lourenço Fagundes, de que me occupo no§ 6. 0 ,
29

4 João Vaz Fagundes, - casou na matriz de Santa Cruz da villa da


Praia, a 26 d'abril de 1539, com D. Catharina de Ornellas da
Camara. - Vid. Tit. dos Pains, § 1. 0 , n. 0 3.
Tiveram:
5 D. Branca da Camara Fagundes, casada com Manoel de Badi-
lho Evangelho. - Vid. Tit. dos Evangelhos, § 1. 0 , n. 0 3.
5 D. Izabel de S. Jeronymo, religiosa no convento da Luz.
5 D. Antonia da Madre de Deus, religiosa no mesmo convento.
5 D. Filippa Paim de Camara, casada com Antonio Mendes de
Vasconcellos. -- Vid. Tit. dos Vasconcellos, § l.", n. 0 4.
5 D. Maria de Ornellas da Camara, mulher de Balthazar Qua-
resma Barreto.
S D. Francisca de Ornellas da Camara, casada com Manoel de
Sousa de Ornellas. - Vid. Tit. dos Ornellas, § un., n.o 5.
5 D. Joanna de Ornellas Fagundes, casada com Gaspar de
Freitas da ;\,\aya; -- c. g.
5 Luiz Vaz Fagundes.

§ 6.º

4 Mecia Lourenço Fagundes (§ 6. 0 , n.º 4), - casou na ilha de S. Jorge


com Fernão Martins, cavalleiro d'Africa, que aportou com uma
armada á dita ilha, e de quem teve, entre outros, o filho
que segue.

5 Antão Martins Fagundes, - capitão. Casou em 1560 na freguezia


de Santa Barbara das Nove Ribeiras (ilha Terceira) com
Barbara Dias Vieira Machado. - Vid. Tit. dos Macha-
dos, § 3. 0 , n. 0 4.
D'este matrimonio nasceram, entre outros, os filhos
seguintes:
6 Tristão Machado Fagundes, que segue.
6 Maria Gonçalves Fagundes, casada com Paulo Gomes Leal,
capitão-mór das Velas, de quem teve:

7 Marin da Trindnrle Leal, mulher de Manoel Vaz


Teixeira, filho de Antonio Vaz Beirão e de sua
mulher Catharina Dias Teixeira.
Tiveram:

8 Francisco de Sousa Machado, que


n. na ilha de S. Jorge Foi familiar
do Santo Offido e almoxarife da
fazenda real na dita ilha. Vivia
em 1687.
30

6 Tristão Machado Fagundes - capitão. Casou com Izabel Lopes


Machado, de quem teu e a seguinte filha:
7 Beatriz Machado Fagundes, - que casou com Manoel Fernandes
George, capitão. Foram moradores na villa da Praia, da
ilha Terceira, e tiveram o filho que segue.
8 Francisco Machado Fagundes, - capitão, o qual casou com Izabel
d'Utra Pereira, da familia dos Utras, do Fayal.
D'este matrimonio nasceu:
9 Francisco Machado George, - que foi capitão das Ordenanças da
villa das Lages (ilha do Pico), e ahi tambem sargento-mór,
capitão-mór, juiz ordinario e dos orphâos.
Casou com D. Izabel do Rosario de Bettencourt, de quem
teve o filho que segue.
I O Manuel Machado da Silveira, - nasceu na dita villa das Lages, onde
teve tambem o posto de capitão de Ordenanças.
Justificou a sua nobresa em 1724, e foi casado com
D. Maria Thereza de Simas, natural da villa de S. Roque, da
mesma ilha do Pico.
D'este matrimonio nasceu:
11 Thomé Cardoso Machado da Silveira Bettencourt e Simas, - capitão-mór.
N. na dita villa das Lages a 22 de setembro de 1753, e
em 1785 justificou a sua nobreza. Casou por procuração, na
Horta, a 28 de julho de 1791, com D. Ignacia Marianna
Soares de Noronha, irmã de D. Francisca Luiza da Silveira,
referida a pag. 172 do vol. I, e ambas filhas de Bernardo
Soares de Sousa, cav. fid. da Casa Real, por alv. de 17 de
abril de 1769 (L. x da Camarada Horta, fls. 23) e de D. Maria
Laureanna da Silveira Bettencourt; netas, pelo lado paterno,
de Ignacio Soares de Sou~a, cav. fid. da Casa Real, por alv.
de 1 d'outubro. de 1742 (L. 1x da cit. Camara, fls. 312), e de
O. Ignez Antonia da Silveira; e bisnetas, tambem pelo lado
paterno, de Bernardo Soares de Sousa, cav. fid. da Casa Real,
por alv. de 22 de junho de 1649 (L. v11 da mesma Camara,
fls. 76), e de O. Maria da Silveira Ooulart, sendo, aquelle,
descendente da nobre geração e linhagem dos Soares de
Sousa, da ilha de Santa Maria•
Tiveram:
12 Manoel Machado Soares, que segue.
12 Antonio da Silveira Soares.
12 João Machado Soares.
12 D. F. .. . .. . .. . Machado Soares, mulher de Antonio de
Bettencourt CardosQ. Machado,
31

12 Manuel Machado Soaras, - cav. das ordens de Nosso Senhor


Jesus Christo e Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa,
e capitão. N. em 1892, na villa das Lages, e falleceu a 12 de
dezembro de 1864, tendo casado com D. Anna Jacintha de
Bettencourt, que nasceu na dita villa a 8 de fev. de 1800 e
falleceu a 22 de dez. de 1890: filha de Manoel Cardoso
Machado de Bettencourt, sargento-mór, e de sua mulher
D. Collecta Marianna de Mello, aquelle, natural da villa das
Lages, e esta, da de S. Roque.
Tiveram a filha que segue.

13 o.Jaclntha Theollnda Machado Soares, - nasceu a 20 de agosto de


1837 na freguezia matriz das Lages, e casou com Francisco
Nunes de Lacerda e Mello. - Vid. Tit. dos Pereiras,§ 2. 0 , n.º 11.
D'este matrimonio nasceu:

14 Francisco Soares de Lacerda Machade, - cav. da ordem de s. Bento


de Aviz, condecorado com a medalha militar de prata, e
capitão de infanteria n. 0 3. N. na dita villa das Lages a 29
de janeiro de 1870, e casou na freguezia de Nossa Senhora
da Conceição, da cidade de Lisboa, a 7 de julho de 1898, com
D. Octavia Elvira de Sousa Machado, que nasceu na cidade
do Porto, freguezia de Nossa Senhora da Victoria, a 23 de
nov. de 1880; filha de Octavio Machado, natural do Fayal, e
de sua mulher D. Anna da Silva e Sousa, natural da cidade
de Santarem, província do Pará (Brazil).
Teem ao presente um só filho, a saber:
15 Francisco Pereira de Lacerda Machado, o qual nasceu a 1 de
julho de 1899, na freguezia de Santa Maria Maior, da cidade
de Vianna do Castello.

São suas ARMAS: - Em campo de


prata, cinco chaves de azul postas em
pala e dispostas em aspa, com os
palhetões para cima e virados a dextra:
timbre, duas chaves passadas em aspa
e atadas com um torçal de azul ou de
prata: elmo de prata, aberto, guarne-
cido de oiro, paquife e virol de prata
~ azul,
32

Brazões especiaes teem sido con-


cedidos a diversos membros d'esta
familia, e designadamente aos seguintes:

A Lopo Gil Fagundes de Sousa §


1. 0 , n.º 5, foi concedido por carta regia
passada em Lisboa aos 6 d'agosto
de 1624, reg. a fls. 9 do L. da Nobr.,
o seguinte brazão d'armas, de seus
antecessores: - Um escudo esquarte-
lado; o 1. 0 dos Fagundes, de prata e
cinco chaves de azul; o 2. 0 dos Sousas,
a saber, o escudo esquartelado, o 1. 0 de
Portugal com bordadura, o 2. 0 de
vermelho e uma quaderna de crescentes
de prata apontados, e assim os contra-
rias, e por cima das armas do reino
um filete preto em contra banda; o
3. 0 dos Machados, de vermelho e cinco
machados de prata com os cabos de
ouro; e o 4. 0 dos Azevedos, a saber,
o escudo esquartelado, o 1. 0 de ouro
com uma aguia de preto estendida, o
2. 0 de azul e cinco estrellas de prata
em aspa, com uma bordadura de
vermelho cheia de aspas d' ouro, e
asssim os contrarias: timbre, o dos
Fagundes, que são duas chaves das
armas atadas com um troça! azul;
por differença um trifolio verde; elmo
de prata, aberto, guarnecido de ouro, e
paquife dos metaes e côres das armas.

A Francisco de Sousa Machado,§


6. 0 , n.º 8, foi concedido por carta regia
passada em Lisboa aos 10 de out. de
1687, e reg. no Cart. da Nobr., L. m,
fls. 517, o seguinte brnzão d'armas de
seus antecessores: - Um escudo posto
ao balom, esquartelado: o 1. 0 quartel
dos Sousas, que trazem o campo esquar-
telado, no 1. 0 os cinco escudinhos do
reino, no 2. 0 as armas do reino de leão,
que são em campo de prata um leão
33

rompante de purpura, armado de ver-


melho, e assim os quarteis contrários;
o 2. dos Machados, em campo san-
0

guinho cinco machados postos em aspa


com os ferros da sua côr e cabos
d'ouro; o 3. dos Fagundes, em campo
0

de prata cinco chaves azues em santor;


e o 4. dos Fonsecas, em campo d'ouro
0

cinco estrellas vermelhas, cada uma


de sete pontas, postas em aspa; por
diff erença, no canto direito do escudo,
um trifolio verde: elmo de prata,
aberto, guarnecido de ouro, paquife
composto dos proprios metaes e côres
das armas, e por timbre, o dos Sousas,
que é um dos leões das armas.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte 1, cap. 1, n. 08 IV, VII, XIV, XXXVI, XXXVII,
XLII e LXIII da Bibliographia.
.
TITULO XLIII

FIGUEIREDOS

S ÃO oriundos da Madeira. O mais remoto membro d'esta familia,


de que posso dar noticia, é Matheus da Figueiredo, que no prin-
cipio do seculo xv1 residia na dita ilha com sua mulher, uma
senhora francesa de nome Blanche, de quem teve geração, que se
ramificou em varias ilhas do archipelago açoriano e designadamente
na Terceira e S. Jorge.

Matheus da fjgualrado, - teve da dita sua mulher, Blanche, pelo


menos, dois filhos que foram :
2 Pedro de Figueiredo, que segue,
2 Anna de Figueiredo, de que me occupo no § 2. 0

2 Pedro de Figueiredo, - foi casado com Brites Alvares, de quem


teve:
3 Sebastião de Figueiredo, que foi clerigo e cura da Sé de Angra,
onde falleceu estando revestido para celebrar o Santo Sacrificio
da Missa.
3 Mecia de Figueiredo, que fal. solteira.
3 Maria de Figueiredo, que segue,

3 Maria de Figueiredo, - foi casada com Bartholomeu Fernandes, de


quem teve o filho que segue.
36

4 Roque de Figueiredo, - nasceu na ilha de S. Jorge, d'onde passou


à Terceira no 1.0 quartel do seculo xv11. n'esta ilha prestou
relevantes serviços a el-rei, não só como capitão e sargento-
-mór, primeiramente, na villa da Praia, e depois, em Angra,
mas tambem como capitão do mar; serviços que el-rei lhe
recompensou, em 9 de março de 1643, com 30$000 reis annuaes
de pensão e o habito de S. Bento de Aviz. Em Angra desem-
penhou ainda o officio de tabelião do publico e judicial, que
el-rei lhe confirmou em 17 de jan. de 1645. Esteve tambem
nas guerras do Brazil, onde serviu com o posto de capitão de
artilheria.
Falleceu em Angra a 2 d'abril de 1663, sendo sepultado
na cappella-mór da Egreja do convento de Santo Antonio dos
Capuchos, para cuja fundação muito concorreu doando o res-
pectivo terreno.
Foi casado com D. Maria Rebello, que nasceu na villa
das Velas (S. Jorge), e era filha de Antonio Dias da Rosa e
de sua mulher D. Anna de Barros da Costa.
Tiveram o filho que segue.

5 Nicolau de Freitas de Figueiredo, - desempenhou em Angra os cargos


de vereador da camara, juiz ordinario e guarda-mór de saude,
e foi casado com D. Izabel de Utra Machado. - Vid. Tit. dos
Machados, § 1. 0 n. 0 6.
D'este matrimonio nasceram:

6 Pedro de Figueiredo Machado, que foi clerigo.


6 Mathias de Figueiredo Machado, que fal. solteiro.
6 Antonio de Figueiredo d'Utra, que segue.
6 Maria do Sacramento I religiosas no convento da Conceição,
6 Anna de Sa~ta Rosa , de Angra.
6 Bernarda Lmza 1

6 Antonio de Figueiredo d'Utra, - foi fid. cav. da Casa Real, cav.


prof. da ordem de Christo, general e almirante das armadas
dos Estados da India, onde serviu com muita distinção.
Nasceu na ilha Terceira, e falleceu em Gôa, onde fez testa-
mento que foi approvado em 20 de março de 1749.
Não casou; mas em Clara Correia teve os seguintes bas-
tardos, que perfilhou :

7 Luiz José d'Utra, que segue.


7 Maria Felícia de Jesus, religiosa no mosteiro de Santa Monica,
da cidade de Gôa.
37

7 Lulz José d'Utra, - herdou toda a casa de seus maiores, e falleceu


a 30 de novembro de 1757, na freguesia de S. Bento,
d' Angra ; - s. g.

§ 2.º

2 Anna de Figueiredo(§ 1.º, n.º 2), -casou com F . . . . . , de quem


teve o filho que segue.

3 Manoel Jacome de Figueiredo, - foi official do exercito, e casado


com Maria Fernandes Fróes, de quem teve a filha que segue.

3 Helena de Figueiredo, - casou com Thimothy Thouzend, que nasceu


em Inglaterra e era filho de John Thouzend e de Margaret
Tlwuzend. Viviam na ilha Terceira em 1666, e tiveram:
S Jo~o Thouzend de Figueiredo, que foi escriviio da alfandega de
Angra, e casado com Maria Thereza de quem teve :

6 D. Margarida Victoria Thouzend de Figueiredo


que fal. solteira a 16 de julho de I 768.

5 Thimotheo Thouzend de Figueiredo.


5 D. Margarida Thouzend de Figueiredo, que segue.

5 D. Margarl:1a Thouzend de figueiredo, - casou com Manoel do Rego


Borges. - Vid. Tit. dos Silveiras, § l. n.º 7.
0
,

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas


na Parte I, cap. 1, n. 05 VII, LI e LXIII
da Bibliographia
TITULO XLIV

FONSECAS

dos primeiros povoadores da ilha Terceira foi Gonçalo Annes


U M
ou Eannes da FONSECA, natural de Lagos, no Algarve, e per-
tence à geração e linhagem dos Fonsecas que no reino
existiam com nobreza. Foi para a dita ilha com o donatario Jacome
de Bruges, que lhe fez ahi doação de várias terras e designada-
mente das que vão do mar ao cume da Serra do Paul das Vaccas,
entestando com os Biscoitos do Porto Martins e com a Ribeira
Secca, cuja denominação tomou por appelido que transmittiu a
seus descendentes.
A' ilha do Fayal passou tambem um ramo d'esta familia, em
data que não posso precisar, mas que devia ter sido nos fins do
seculo xv ou princípios do seculo XVI. Era d'este ramo João Martins
da Fonseca, o qual tendo nascido na dita ilha, passou a residir tam-
bem na Terceira, onde em 1534 desempenhava o cargo de procura-
dor da camara de Angra.

§ 1.º

Gonçalo Annes ou Eannes da Fonseca, -foi cav. fid. da Casa d'el-rei


D. Manoel, e casado com Mecia de Andrade Machado. - Vid.
Tit. dos Machados, § l.º, n.º 1.
40

§ 2.º

1 João Martins da Fonseca, - casou a 14 de maio de 1543 com


Mecia Nunes, e testou em 14 de janeiro de 1565.
D'este matrimonio nasceu:

2 Domingos Martins da Fonseca, - cav. da ordem de s. Thiago,


por mercê de D. Felippe I. ouvidor, juiz ordinario, vereador
da camara e Jogar-tenente do capitão donatario de Angra, mar-
quez de Castello Rodrigo. Foi sr. da Quinta de S. Pedro, e
instituidor de uma capella no Collegio dos Jesuítas, da mesma
cidade, onde falleceu a 10 de março de 1617. Casou duas
vezes, a primeira com Catharina Vaz, que falleceu a 6 de set.
de 1595, e a segunda com Catharina de Sousa, sendo esta já
viuva de Fernf10 Falleiro, 1. 0 procurador do dito capitão dona-
brio e sargento-mór de Angra.
Do segundo matrimonio ignoro se teve sucessão: do pri-
meiro, porem, teve os seguintes filhos:

3 André Fernandes da Fonseca, que segue.


3 Domingos Martins da Fonseca; conego da Sé de Angra e insti-
tuidor de um grande morgado.
3 Anna Martins da Fonseca, mulher de Manoel Pacheco de Lima.
- Vid. Tit, dos Pachecos, § 2. 0 , n. 0 5.

:1 André Fernandes da Fonseca, - fid. cav. da Casa Real, por alv.


d'el-rei D. Filippe II, sargento-mór de Angra, por carta regia
de 10 de jan. de 1608, sr. e herd. da Quinta de S. Pedro e
d'outros bens que foram de seus passados, e sr. lambem de
uma importante casa em S. Matheus, com capella anexa sob
a invocação de Nossa Senhora de Guadelupe; capella que foi
reedificada no seculo passado, sob a invocação de Nossa
Senhora da Candelaria, por Luiz Meirelles do Canto e Castro
Merens de Tavora. - Vid. Tit. dos Meirelles, § 1. 0 , n. 0 12.
André Fernandes da Fonseca foi baptisado a 16 de março
de 1578, e falleceu a 8 de março de 1644, tendo casado a 11
de novembro de 1596 com Beatriz Meirelles. - Vid. cit. Tit.,
§ 1. 0 , n. 0 5.
41

São suas ARMAS: - em campo d' oiro


cinco estrellas sanguinhas de cinco raios,
postas em santor: timbre, um toiro ver-
melho armado de oiro e uma estrella
do mesmo na espadoa.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas


na Parte 1, cap. I, n. 0 • I, IV, VII, XLV e LXIII
da Bibliographia.
TITULO XLV

FOURNIERS

S ÃO originarias da Normandia, da nobre geração e linhagem


dos Fourniers, senhores de Vargimont de Mericourt e
Bernaville.
Passaram no seculo xv111 à ilha Terceira na pessoa de Hugues
Fournler Leclalr da Choisl, o qual era filho de Antoine Fournier de
Choisi, doutor em medicina, e de sua mulher Catherine de Marliac;
1. 0 neto de Anselme Fournier de Choisi; 2. 0 neto de Antoine
Fournier de Choisi, irmão de Charles Fournier, que foi brigadeiro
em Hespanha, e ambos filhos de Gratien Fournier de Choisi, que
é o mais remoto membro d'esta familia, de que posso dar noticia.

§ 1.º

1 Huguas Fourniar Leclalr da Cholsl, - foi ba ptisado na parochial Egreja


de Saint Clair, da cidade de Mondar, bispado de Agen,
província de Bordeaux.
Serviu na marinha franceza desde a edade dos 16 annos,
tendo nela o posto de tenente por dec. de 1 d'abril de 1783.
Passando pouco depoís à ilha Terceira, foi naturalisado cidadão
portuguez, por dec. de 24 d'abril de 1792, e em seguida
nomeado capitão do corpo de engenheiros, por dec. de 13 de
maio de 1803. Indo ao Brazil, com seis mezes de licença, foi
ahi promovido ao posto de major do referido corpo, para servir
na cidade do Pará, e encarregado da construção e .reducção
44

das cartas geographicas, levantamento de plantas, inspecção


de fortificações, etc. Por dec. de 4 d'abril de 1824 foi refor-
mado no posto de tenente coronel da referida arma, e em
recompensa dos serviços que prestou nos ditos postos e
commissões foi agraciado, por dec. de 22 de julho de 1824,
com o grau de cavalleiro da ordem de S. Bento d'Aviz.
Voltando à Terceira, ahi falleceu, na cidade de Angra, a
23 de dez. de 1839, tendo ahi casado tambem, na freguesia da
Sé, em 26 de fev. de 1791, com D. Clara Joaquina Victoria de
Tavares Borges Cabral de Faria e Sousa. - Vid. Tit. dos
Leaes, § 1. 0 , n. 0 6.
Tiveram o filho que segue.

2 Antonio Fournier Tnares de Lemos Borges Cabral, --fid. cav. da Casa Real,
commendador da ordem de Christo, por dec. de 9 de março de
182\ cadete do reg·imento de Peniche e vereador da camara
de Angra em 1828. Fez parte da expedição que foi dos Açôres
à cidade do Porto, onde se alistou no batalhão de voluntarios
de Cedofeita e onde prestou relevantes serviços à causa da
Liberdade.
Nasceu na freguezia dos Martyres, da cidade de Lisboa,
e foi sr. e herd. da Casa do Caminho do Meio e de toda a
mais casa de seus paes. Casou a 5 de Fev. de I 814, na
freguezia da Sé, de Angra, com D. Marianna Josepha do
Carvalhal.- Vid. Tit. dos Carvalhaes, § 1.0 , n. 0 9.
Tiveram:
3 D. Marianna Fournler, que fal. solteira.
3 Alvaro Borges Cabral de Tavares Fournier, que n. a 7 de março
de 1816, na freguezia de S. Pedro, da cidade d'Angra, onde foi
recebedor do concelho por dec. de 27 de set. de 1861. Herdou
a casa ds seus paes, e fal. no estado de solteiro.
3 D. Maria Adelaide Fournier, qne fambem fal. solteira.
3 Antonio Fournier, que fal. em Angra, tendo casado com Suzanne
Andrieu, de quem teve uma filha, a saber:

4 D. Helena Fournler, actualmente residente em


parte Incerta.

3 D. Candlda Elisa Fournier do Carvalhal, de que me occupo


no§ 2. 0
3 Jacinto Fournier, foi aspirante de marinha, e fal. solteiro.
3 D. Emilia Fournler, que fal. criança.
3 D. Emilia Fournier, 2.• do nome, n. na cidade de Lisboa, e ahi
casou com Luiz Monteiro. - Vid. Tit. dos Monleiros, § un., n. 0 3.
3 D. Leopoldina Fournler, fal. solteira a 22 de out. de 1905, na
cidade de Angra do Heroismo.
45

3 Henrique Fournier, fal. tambem solteiro em dez. de 1905, na


dita cidade.
3 Augusto Fournier, que segue.
3 D. Maria Amella Fournier, casada com Pedro de Menezes
Parreira. - Vid. Tit. dos Porreiros, § 3.º, n,o 4,

3 Augusto Fournier, - casou a 23 de maio de 1866 com D. Maria


Izabel Palhinha. · Vid. Tit. dos Palhinhas, § un., n. 0 3.
Tiveram:
4 Alvaro Fournier, que segue,
4 Augusto Fournier, 3. 0 official da repartição de fazenda de
Angra do Heroismo; - solteiro.
4 Antonio Fournier; - solteiro.
4 Hugo Fournier; - cas., c. g.

4 Almo Fournier -foi sr., junctamente com seus irmãos, da Casa


e Quinta do Caminho do Meio, que lhes deixou seu thio Alvaro
Borges Cabral de Tavares Fournier; - cas., c. g.

§ 2.º

3 O. Candida Elisa Fournier do Canalh&I, (§ 1.0 , n.º 3), -


nasceu a 20
d'abril de 1822, e casou com José Joaquim da Costa Franco,
em cujos descendentes está actualmente a posse e representação
da mencionada Casa do Caminho do Meio. - Vid. Tit. dos
Francos, § un., n.º 8.

São suas ARMAS: - em campo de


prata tres rosas vermelhas postas em
santor- (Santoir d'argent à trais rases
de gueules).
Outros usam: - em campo azul
uma aspa de prata com quatro rosas,
acantonadas, do mesmo metal -
( D'azur, au santo ir d' argent cantoné
quatre rases du méme).
A Antonio Fournier Tavares de
Lemos Borges Cabral, § 1.0 , n. 0 2, foi
46

concedido por carta regia de 27 de


Julho de 1805, reg. no L. v11 do Cart.
da Nobr., fls. 86 v., o seguinte brazão
d'armas: - Um escudo esquartelado:
no 1. 0 quartel as armas dos Cabraes,
que são, em campo de prata, duas
cabras de purpura armadas de negro,
passantes; no 2. 0 as dos Tavares, que
são, em campo de oiro, cinco estrellas
vermelhas de seis pontas, postas em
santor; no 3." as dos Sousas que são,
o escudo esquartelado, no 1. 0 quartel,
em campo de prata, as cinco quinas de
Portugal, no 2. 0 , lambem em campo de
prata, um leão sanguinho, e, assim, os
contrarias; e no 4. 0 as dos Farias, que
são em campo vermelho, um castello
de prata com portas e frestas de preto
entre duas flôres de liz do mesmo
metal, e tres em chefe: elmo de prata,
aberto, guarnecido de oiro; paquife dos
metaes e côres das armas; timbre o
dos Cabraes, que é uma das cabras do
escudo; e, por diff erença, uma brica
azul com um farpão de oiro.

Acerca d'esta família vid. a obra mencionada na Parte 1,


cap. 1, n.º vw da Bibliographia, bem como os
documentos que lhe dizem respeito e
existem no archivo particular de
José da Costa Franco, de
que tracta o n. 0 10 do
Tit. dos Francos
TITULO XLVI

FRANCOS

de João Franco, o Velho, que nasceu nos meiados do


D ESCENDEM
seculo xv, e pertencia à geração e linhagem dos Francos,
que no reino eram fidalgos de cotta d'armas, como consta
da carta de brazão d'armas de que dou noticia no final do presente
titulo.
§ UNICO

1 João Franca, o Velho, - foi casado com Maria Cardoso, com a


qual instituiu um vinculo, na Ilha Terceira, em 7 de dezembro
de 1634.
D'este matrimonio nasceram:
2 João Franco, que segue.
2 Manoel Franco.
2 Maria Franco, casada com Francisco da Costa Pinto, de quem
teve:
3 Maria Cardoso, mulher do alferes Gaspar do
Souto Cardoso.
3 Barbara de Jesus, freira no convento da Conceição,
d'Angra.
2 Francisca Franco, casada com Alvaro d'Araujo, de quem teve:
3 Alvaro Franco, que foi conego,
3 Maria do Nascimento, freira no dito convento.
2 Mathias franco,
48

2 João Franco, - nasceu em 1601 e foi sr. da casa e vinculo de


seus paes. Casou em 1624 com Beatriz Pires Cardoso, de
quem teve:

3 Manoel Franco, que segue.


3 João Franco.

3 Manoel Franco, - capitão da guarmçao do castello de S. João


Baptista d' Angra, sr. e herd. da casa vincular de seus paes, e
tambem instituidor de um vinculo, em 4 de novembro de 1673.
Casou em 1662 com Catharina dos Anjos da Costa Pinto, que
nasceu em 9 de julho de 1645, e era filha e herd." de Domingos
da Costa Pinto e de sua mulher Leonor Autunes Pires.
Tiveram o filho que segue.

4 Thomaz Franco da Costa, -fid. esc. da Casa Real, por alv. de 6 de


dezembro de 1719, capitão de infanteria do castello de S. João
Baptista, d' Angra, governador do mesmo castello e superin-
tendente das fortificações de toda a ilha Terceira. N. a 3
d'agosto de 1671, e foi sr. de toda a casa de seus paes:
Casou com O. Luiza Ignacia dos Santos, de quem teve:
5 Francisco da Costa Franco, que segue.
5 Thomaz da Costa Franco, que casou em Lisboa com D. F .••• ,
de quem teve :
6 José da Costa Franco, casada na ilha de S. Miguel.
5 D. Luiza Bernarda da Costa Franco: - s. g.
5 D. Catharina Ignacia Baptista, que n. a 3 de julho de 1695;
-s, g.

5 Francisco da Costa Franco, - cav. fid. da Casa Real, sargento-mór


e tenente governador do castello de S. João Baptista, d' Angra.
Herdou a casa e vínculos de seus maiores, e casou em 1730,
na Sé d' Angra, com D. Joan na Maria da Rosa, que nasceu a
23 de junho de 1713, e era filha e herd.• de Francisco Lopes
Penteado, sargento-mór e governador do dito Castello, bem
como das ilhas do Fayal e Pico, e de sua mulher O. Catharina
Rosa de Jesus Maria.
Tiveram:

6 Ignacio Xavier da Costa Franco, que segue.


6 José Joaquim da Costa Franco, capellão-mór no dito castello.
6 Antonio (frei), religioso franciscano.
49

6 lgnaclo Xatler da Costa Franco, - esc. e cav. fid. da Casa Real, por
alv. de 29 d'agosto de 1753, capitão da guarnição do dito
castello de S. João Baptista e encarregado das fortificações da
ilha Terceira. N. a 4 de março de 1731, e foi sr. da casa de
seus maiores.
Casou na Egreja da Conceição, d' Angra, em 1749, com
D. Rosa Mariana dos Santos, de quem teve:

7 José da Costa Franco, que segue.


7 Francisco da Costa Franco ; - cas., s. g.
7 Pedro Joaquim da Costa Franco.
7 D. Anna Umhelina da Costa Franco, mulher do coronel João
Antonio Judice ; - c. g.
7 D. Mariana Victoria, freira no convento da Esperança, de Angra.
7 D. Luiza da Costa Franco.

7 José da Costa Franco, - presidente da camara municipal de Angra,


eleita em 16 d'abril de 1822, e sr. da casa e vinculas de seus
maiores. N. a 13 de fevereiro de 1762, e foi baptisado na
Sé d'Angra.
Casou com D. Joaquina de Jesus Maria, de quem teve:

8 José Joaquim da Costa Franco, que segue.


8 Pedro Joaquim da Costa Franco.
8 lgnacio Xavier da Costa Franco.
8 Joaquim da Costa Franco.
8 D. Marianna Amelia da Costa Franco.

8 José Joaquim da Costa Franco, - nasceu a 12 d'agosto de 1821, e


foi sr. da casa e vinculas de seus maiores. Casou a 15 de
setembro de 1841 com D. Candida Elisa Fournier do Carva-
lhal. - Vid. Tit. dos Fourniers, § 2. 0 •
Tiveram um só filho, que foi:

9 Alm1 da Costa Franco, - presidente da junta geral do districto de


Angra do Heroísmo, e sr. de toda a casa de seus paes, bem
como da Casa e Quinta do Caminho do Meio, que comprou
em 1905 a seus primos, filhos de seu thio Augusto Fournier,
referido a pag. 47.
Falleceu a 28 d'agosto de 1906, em Angra, tendo casado
com sua prima D. Emilia Fournier Monteiro. - Vid. Tit. dos
Monteiros, § un., n. 0 4.
Tiveram:
10 José, que fal. criança,
10 José da Costa Franco, que segue.
50

10 José da Costa Franco, - actual sr. da Casa e Quinta do Caminho


do Meio e da mais casa de seus paes. Nasceu a 22 de maio
de 187 4, e casou a 8 de julho de 1905, na Egreja de Belem,
da Terra Chã, com D. Maria do Natal Leite do Carvalhal. -
Vid. Tit. dos Carvalhaes, § 1. 0 , n. 0 13.
D'este matrimonio nasceram :
11 José, que n. a 17 de maio de 1906, e pouco tempo teve
de vida.
11 Alvaro, que n. a 15 de nov. de 1907, na dita Casa do Caminho
do Meio.

São suas ARMAS: - Em campo ver-


melho tres corôas de oiro, abertas e
postas em roquete, e um chefe de prata
com uma cruz vermelha firmada no
escudo; timbre, meio cavallo branco
com as crinas crespas.
A Thomaz Franco da Costa, § un.,
n. 0 4, foi concedido por carta regia de
7 de nov. de 1719, reg. no L. rv dos
Br. da Nobr., fls. 116, o seguinte brazão
d'armas: -- Um escudo posto ao balom,
esquartelado; no 1. 0 quartel as armas
dos Francos, que são, em campo ver-
melho, tres corôas de oiro postas em
roquete, e na cabeça do escudo um
chefe de prata e n'elle uma cruz de
vermelho chã,· no 2. 0 quartel as armas
dos Cardosos, que são, em campo
vermelho, dois cardos verdes com raízes
de oiro, perfilados do mesmo, e à silhar-
gas dois leões de oiro, que tenham as
mãos sobre o cardo de cima e os pés no
de baixo; no 3. 0 quartel as armas dos
Costas, que são, em campo vermelho,
seis costas de prata postas em duas
palas, firmadas no escudo; e no 4. 0
quartel as armas dos Pintos, que são,
em campo de prata, cinco crescentes de
51

luas vermelhas postas em santor; elmo


de prata, aberto, guarnecido de oiro;
paquife dos metaes e côres das armas;
timbre o dos Francos, que é meio
cavallo de prata com a crina crespa, e,
por dí//erença, uma estrella azul.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte ,,


cap. 1, n. 05 v11 e xxxv1 da Bibliographia, bem como
os documentos que lhe dizem respeito e existem
no archivo particular de José da Costa
Franco, referido sob n. 0 10.
TITULO XLVII

FURTADOS DE MENDONÇA

S Ão oriundos da ilha da Madeira, da geração e linhagem dos


Furtados de Mendonça que para alli foram, do continente do
reino, no seculo xv.
Aos Açores passaram, pelo menos em dous ramos, o das
Flôres, de que é tronco João Hearlques Furtado da Mendonça, e o da Ter-
ceira, que tem por tronco Pedro Furtado de Mendonça,
Convem advertir que este segundo ramo, antes de se estabe-
lecer em S. Miguel das Lages, no termo da villa da Praia, da ilha
Terceira, teve a sua residencia na ilha de S. Miguel.

§ l.º

1 Joia Henriques Furtado da Mendonça, - foi casado com Joan na Lopes


Lombada, de quem teve o filho que segue.

2 Manuel Furtado da Mendonça, - casou com Izenda de Frágoa, que


falleceu com 116 annos de idade, e era filha de Antonio de
Frágoa, capitão-mór das Flôres, e de Izabel Rodrigues, irmã
de Miguel e Alvaro Rodrigues. primeiros povoadores da dita
ilha.
Tiveram o filho que segue.

3 Thomé Furtada de Mendonça, -- casou com Branca Gomes, de


quem teve:
54

4 Adão Furtado de Mendonça, que segue.


4 Gaspar Furtado de Mendonça, que houve :
5 Branca Furtado de Mendonça, mulher de Baltha-
zar Velho. D'este matrimonio nasceu:
6 Gaspar Furtado de Mendonça, capi-
tão e juiz dos orphãos. Casou com
D. Sebastiana Pimentel de Mes-
quita. - Vid. Tit. dos Mesquita
Pimenteis, § 3.0 , n. 0 6.

4 Manoel Furtado de Mendonça, capltão-mór das Flôres.

4 Adão Furtado de Mendonça, - foi casado com Catharina Pimentel,


de quem teve:
5 Thomé Furtado de Mendonça, que segue.
5 Antonio Furtado de Mendonça, que fal, na guerra da Restau-
ração, militando sob o commando de D. Francisco de Masca-
renhas ; - s. g.
5 Manoel Furtado de Mendonça, que fal. tambem na dita guerra
e sob o mencionado commando; - s. g.

5 nomé Furtado de Mendonça, - prestou em Angra relevantes servi-


ços a el-rei durante o tempo em que esteve sitiado o castello
de S. João Baptista. Casou com Suzana Pimentel. - Vid. Tit.
dos Mesquita Pimenteis, § 1.0 , n.º 5.
Tiveram:
6 João Pimentel de Mesquita, que foi clerigo, e instituidor de
um vinculo em 1707.
6 Manoel Furtado de Mendonça, capitão-mór das Flôres, e casado
com Maria Pimentel, de quem teve :
7 João Pimentel de Mesquita, que casou com
Ursula Pimentel; matrimonio este de que nasceu:
8 D. Branca Caetana de Mesquita,
mulher de seu primo Antonio José
Pimentel de Mesquita. - Vid. Tit.
dos Mesquita Pimenteis, § 3.0 , n. 0 8.
7 Francisco Furtado de Mendonça, 2. 0 do nome
6 Francisco Furtado de Mendonça.
6 Diogo Pimentel de Mesquita, que segur.
6 Gaspar Furtado de Mendonça, ouvidor das justiças, e casado
com D. Izenda de Frágoa, de quem teve :
7 D. Suzana Pimentel Furtado de Mendonça, mu-
lher de l\ntonio da Silveira Pimentel de Mes-
quita. - Vid. Tlt. dos Mesquita Pimenleis, § I.o,
n. 0 7.
55

6 Diogo Pimenta! dl Mesquita, - foi capitão-mór da villa das Lages,


onde casou, na matriz de Nossa Senhora do Rasaria, com
D. Branca Furtado de Mendonça, de quem teve:

7 Antonio Furtado de Mendonça Pimentel de Mesquita,


1 D. Delfina Furtado de Mendonça Pimentel de Mesquita, que
segue.

7 o. Delfina Furtado da Mendonça Pimental da Mesquita, - casou com


Roberto Pimentel de Mesquita. - Vid. Tit. dos Mesquita
Pimenteis, § 3. 0 , n. 0 7.

§ 2.º

1 Pedro Furtado da Mendonça, - a que me referi no princ1p10 do


presente titulo, occupou na villa da Praia, da ilha Terceira, os
primeiros cargos da governança, e foi casado com Maria de
Arruda, da geração dos Arrudas, da ilha de S. Miguel.
D'este matrimonio nasceram :

2 Manoel Furtado de Mendonça, que segue.


2 Pedro Furtado de Mendonça, casado com Fillipa de Andrade,
de quem teve, pelo menos, os filhos:

3 Antonio Furtado Mendonça.


3 Francisco Lourenço Furtado de Mendonça, que
não casou.
3 Beatriz Furtado de Mendonça, mulher de João
Baldaya ou João Baldaya d'Arêa. - Vid. Tit. dos
Boldayas, - § f.º, n. 0 3.

2 Francisco Furtado de Mendonça, casado em Lisboa com


Francisca Albernoz; - e. g.

2 Manoel Furtado de Mendonça, - casou com Cecília Serrão da Costa,


filha de Pedro Serrão da Costa, escrivão da camara ecclesias-
tica de Angra; - c. g.

São suas ARMAS: - Um escudo


/ranchado de verde e ouro ; no verde
do chefe, pala de vermelho perfilada
de ouro, no da ponta, a mesma peça
um pouco mais em banda; no ouro,
56

um S de negro em cada um; timbre,


uma aza de ouro carregada de um S
de negro.

Acerca d'esta família vid. as obras mencionadas na Parte 1, cap. 1,


n. 0 • VIH, xxxvII, XLII, XLV, e LXXXVI da Bibliographia, e bem
assim uma certidão de D. Thomaz Caetano do Bem,
chronista da Real Casa de Bragança, reconhecida em
Lisboa aos 14 de setembro de 1793 pelo tabellião
Victorino Manoel Cordeiro, e possuída, em
1906, por D. Margarida de Mesquita, de
que me occupo no Tit. dos Mesquita
Pimenteis, § 5.º, n. 0 11.
T I T U L C) X LV I I I

FURTADOS DE MENDONÇA
(OUTROS)

dos Furtados de Mendonça de que tracta o título XLVIT,


A
LEM
outros ramos d'estes appellidos encontro nos Açôres, a
saber: - Fernão Albernoz de Mendonça, que residia na ilha do
Fayal no primeiro quartel do seculo xvr e era filho de Martim
Albernoz de Mendonça e de D. Brasia da Camara; Mundos (ou
Mendo) Furtado de Mendonça e Marcos Furtado de Mendonca, que residiam
por aquela occasião na ilha Graciosa; Fernão Furtado de Mendonça
(ou de Faria), que passou do Fayal à ilha Terceira na segunda
metade do dito seculo; e Domingos Furtado de Mendonça, que na segunda
metade do seculo xv11 residia tambem na primeira das mencio-
nadas ilhas.
Apezar dos esforços empregados, não pude estabelecer a
ligação dos differentes ramos que deixo indicados, e nem mesmo
apurar se entre estes e os que constam do titulo anterior existia
algum parentesco.

§ l.º

Fernão Albernoz de Mendonça, - foi casado com D. Paulina Furtado,


de quem teve:
2 Fernão Furtado de Mendonça, que segue.
2 André Furtado de Mendonça: - cas., e. g.
58

2 Gaspar Albernoz.
2 Belchior Furtado ; - cas., s. g,

2 Fernão Furtado de Mendonça, - residia em 1519 na ilha do Fayal.


Foi casado com ,V\aria de Lemos de Faria (ou de Faria da
Silveira), de quem teve o filho que segue.

3 Saspar de Lemos de Faria, - foi o primeiro capitão de infanteria,


portuguez, que houve no Fayal. Testou em 1597, e foi casado
com Maria de Boim da Silveira, fallecida em 1627.
Tiveram:

4 Fernão Furtado de Mendonça, que segue.


4 Maria de Faria, mulher de Francisco da Silveira Villa Lobos
Vid. Tit. dos Silveiras, § 4. 0 , n. 4.
4 Helena de Boim, 1.• padroeira e fundadora da Egreja do Carmo,
no Fayal, onde jaz com seu marido Francisco Gil da Silveira.
- Vid. Tit, dos Bruns, § 2.o, n.o 5.
4 Izabel da Silveira, casada com Sebastião de Figueirôa, de
quem teve:

5 Maria da Boaviagem.

4 Luiz de Lemos de Faria, que fal. solteiro em 1644.

4 Fernão Furtado de Mandoaça, - capitão, e 3. administrador da


0

capella de S. Thiago instituída por Joz d'Utra. Fez testamento


em janeiro de 1655, e falleceu em 1658, tendo casado tres
vezes, a primeira com Francisca da Silveira, - Vid. Tit. dos
Bruns, § 2. 0 , n. 0 5- a segunda com Catharina da Silveira de
Azambuja, que falleceu em 1634 - e por ultimo com Izabel
de Azevedo.
Do primeiro matrimonio teve :

5 Carlos de Mendonça da Silveira, que foi clerigo, e fal. a 10


de agosto de 1660.

Do segundo matrimonio não teve successão.

Do terceiro matrimonio nasceram :

5 João Furtado de Mendonça, capitão, o qual fal. solteiro em 1674.


5 Luis de Lemos, que fal. em 1659, tambem solteiro.
59

Mundos (ou Mendo) Furtado de Mendonça, - foi morador na Graciosa,


como se vê da carta de 23 d'agosto de 1519 pela qual el-rei
D. Manuel lhe fez doação de dois ilheus nas proximidades da
dita ilha para creações de gados. E não faça duvida o dizer-se
em outra carta regia do mesmo anno, pela qual lhe foi con-
cedido o uso de brazão de armas, que elle era morador nas
ilhas Terceiras, por quanto era esta a denominação que
n'aquella epocha se dava geralmente ás ilhas do archipelago
açoriano.
Era irmão, segundo presumo, de Marcos Furtado de Mendoaça,
que foi tambem morador na ilha Graciosa, ou nas ilhas Ter-
ceiras, como se diz na carta regia que lhe diz respeito e de
que dou noticia no final do presente titulo.
Ignoro se deixaram geração. •

§ 3.º

Feraão Furtado de Mendonça (ou de Faria), - residiu na ilha Terceira,


e foi casado tres vezes, a primeira com Margarida Neto do
Carvalhal, -Vid. Tit. dos Carvalhaes, § 3.0 , n. 0 2-a segunda,
em 25 de set. de 1589, com D. Anna de Sousa, que nasceu na
ilha de S. Miguel, e fal. a 20 de Março de 1595, em Angra
- e pela terceira vez, em 7 de maio de 1601, na Sé da dita
cidade (L. parochial fls. 118 v.), com Catharina de Aguilar ou
da Veiga, filha de Pedro Rodrigues d'Aguilar e de sua mulher
Catharina de Villa Nova da Veiga.
Do primeiro matrimonio teve :
2 Chrlstovão de Lemos de Mendonça, que segue.

Do segundo matrimonio nasceu :


2 D. Maria de Sousa, que foi baptlsada em 25 de agosto de 1592.

Do terceiro matrimonio houve :


2 D. Paula da Veiga, mulher de Francisco do Canto da Camara
de Vasconcelos. - Vid. Tit. dos Cantos,§ 7. 0 , n. 0 4.

2 Chrlsto,ão de Lemos da Mendonça, - capitão. Nasceu em Angra e


ahi foi baptisado, na Sé Cathedral, a 15 de janeiro de 1581.
60

Falleceu a 23 de Março de 1670, tendo casado duas vezes, a


primeira com Ignez da Silveira Borges, - Vid. Tit. dos
Silveiras, § l.°, n. 0 4-e a segunda com Iria d'Avila, filha de
Antonio Vieira d'Avila e de Iria de Azevedo.

Do primeiro matrimonio nasceram:

3 Guilherme da Silveira, que segue.


3 João de Lemos (frei), vigario provincial da ordem de Santo
Agostinho nas ilhas dos Açôres.
3 D. Christovão da Silveira (frei). Foi baptisado na Sé de Angra
a 20 de março de 1613. Em 1671 foi elevado á dignidade de
arcebispo de Gôa, cargo de que não chegou a tomar posse por
ter fallecido em 1673, indo de viagem para a sua diocese.

Do segundo matrimonio teve:

3 Luiz Furtado de Mendonça, que tambem foi clerigo.

3 Guilherme da SilYelra, -- casou duas vezes, a primeira com D. Da-


miana Espinola, e a segunda com D. Clara de Ornellas.

Do segundo matrimonio não teve sucessão: do primeiro,


porem, teve :

4 Nicolau, que fal. criança.

§ 4.º

1 Domingos Furtado de Mendonça, - foi casado com Maria do Espirito


Santo, de quem teve o filho que segue.

2 Francisco Furtado de Mendonça, - nasceu no Jogar de Castello


Branco, da ilha do Fayal, e casou com Margarida de Santo
Ignacio, natural da ilha Terceira e filha de Miguel· Pereira e
de sua mulher Michaela dos Anjos.

Tiveram:

3 lgnacio Xnier de Mendonça Furtado (Doutor), - o qual foi presbytero


do habito de S. Pedro, conego da Sé de Angra e commissario
do Santo Officio. Vivia em 1771.
61

A Fernão Furtado de Mendonça,


§ 1. 0 , n. 0 2, foi passado em 12 d'out.
de 1519 brazão d'armas dos Furtados
de Mendonça, tendo por differença uma
merleta preta.
Está reg. este brazão no Cart. da
Nobr. L. 1, fls. 22.

A Mundos (ou Mendo) Furtado de


Mendonça, § 2. 0 , foi concedido, por
carta regia de 1519, passada em Lisboa
no anno de 1519, brazão d'armas dos
Mendonças, tendo tambem por diffe-
rença uma merleta preta.

A Marcos Furtado de Mendonça,


cit. § 2. 0 , foi concedido, por carta regia
passada tambem em Lisboa no anno de
1519, brazão d'armas identico ao de
Mundos, acima referido.
A /gnacio Xavier de Mendonça
Furtado, § 4. 0 , n. 0 3, foi concedido, por
carta regia de 15 d'out. de 1771, reg.
no Cart. da Nobr., L. 1, fls. 160 v., o
seguinte brazão d'armas: um escudo
ovado partido em pala; na I.ª as
armas dos Mendonças, e na 2. ª as dos
Pereiras.

Acerca d'esta família vid. as obras mencionadas na Parte ,,


cap. J, n, 05 VII, VIII, XIV, XLV e LXXXV[
da Bibliographia
.
TITULO XLIX

HOMENS

D E~CENDEM da nobre geração e linhagem dos Homens, da


provinda da Beira. Passaram à Terceira, pouco depois da
descoberta d'esta ilha, em quatro ramos, a saber: Almo
Martins Homem, Jlão Vaz Homem, João Almas Homem e Heitor Almes Homem.

1 Almo Martins Homem, - foi fid. da Casa da infanta D. Beatriz,


mãe do duque de Vizeu, D. Diogo, e 1.0 capitão donatario da
villa da Praia, na ilha Terceira, por carta da dita infanta dada
em Evora aos 17 de fevereiro de 1474.
Construiu na margem da ribeira d'Angra, para sua resi-
dencia, o Paço ou Castello dos Moinhos, que João Vaz Côrte
Real depois adquiriu por compra, e que mais tarde entrou na
posse e administração do marquez de Castello Rodrigo, ficando
desde então conhecido pelo nome, que ainda hoje conserva,
de Paço do Marquez. Em Angra deu ainda impulso a outras
construcções, e de tal importancia, que bem pode dizer-se ter
sido elle quem lançou os alicerces d'esta povoação, que logo
adquiriu os fóros de villa e pouco depois os de cidade. -•·
Vid. pag. 50 do volume r. Passando depois a residir na Praia,
em consequencia da jurisdição que lhe foi commetida pela
dita infanta, tantos foram os melhoramentos que ahi se fizeram
por sua iniciativa, que não tardou muito que esta povoação
64

fôsse elevada tambem à cathegoria de villa. - Vid. pag. 67


do dito volume.
Falleceu em 1482, sendo sepultado, segundo se presume,
na Egreja de Santa Cruz, hoje matriz da dita villa, e tendo
casado no continente do reino com lgnez Martins Cardoso,
que levou comsigo para a Terceira. - Vid. Tit. dos Cardo-
sos, § 1.º
Tiveram:
2 Antão Martins Homem, que segue.
2 Luiz Martins Homem, que fal. solteiro.
2 Catharina Martins Cardoso, de que me occupo no § 2. 0

1 Antão Martias Homem,= fid. da Casa Real, 2." capitão donatario


da villa da Praia, por carta regia dada na villa de Moura aos
26 de março de 1483, e herd. da casa de seus paes.
Fundou o mosteiro das religiosas de Nossa Senhora da
Luz, na dita dita villa, onde falleceu com testamento feito e
approvado em 21 de maio de 1530, e aberto em 5 de dezembro
de 1531, no qual determinou que o sepultassem na capella-
mór da Egreja da Misericordia, da mesma villa.
Foi casado com D. Izabel de Ornellas da Camara. - Vid.
Tit. dos Camaras, § 1. 0 , n. 0 2 ; casamento que foi effectuado
em 1483, na ilha da Madeira, e de que resultaram os seguin-
tes filhos:
3 Alvaro Martins Homem, que segue.
3 Pedro Alvares da Camara, vigario de S. Miguel-o-Anjo das
Lages e da matriz da Villa da Praia. Houve em Beatriz Serrão
um filho, que foi:

4 João Martins da Camara ; - cas., c. g.


3 Domingos Martins Homem, fundou em 1,543 ou 1556, na villa
da Praia, da Ilha Terceira, o mosteiro das Chagas, da ordem de
Santa Clara, junctamente com sua mulher Rosa de Macedo
- Vid. Tit. dos Utros, § 1. 0 , n. 0 2. D'este matrimonio nas-
ceram:
4 Manoel Homem, que fal. solteiro, na lndia.
4 Antonia dos Anjos, abbadessa no dito mosteiro.
4 Apolonia da Cruz. tambem religiosa nas Chagas.
3 João Homem da Camara, fallecido em Africa ; - s. g.
3 D. Catharina da Camara Homem, casada com Diogo Paim. -
Vid. Tit. dos Pains, § 1,0 , n. 0 2.
3 D. lgnez d'Ornellas, mulher de Manoel de Sousa, de quem
teve:
4 João de Sousa da Camara ; - cas., e. g.
3 D. Francisca d'Ornellas, que fal. criança.
65

3 Alnro MartllS HH181, - fid. da Casa Real, 3.º capitão donatario


da villa da Praia, pela renuncia de seu pae, confirmada por
carta regia de 10 de outubro de 1522, e her<l. da casa de seus
maiores. Casou com D. Beatriz de Noronha, fundadora do
convento de Jesus, na dita villa, aonde se recolheu depois de
viuva e onde falleceu : era filha de D. João de Noronha, da
ilha da Madeira, que a dotou com 900$000 reis por escriptura
de 9 de maio de 1513, feita nas paços da Ribeira, em Lisboa.
Tiveram:
4 Antão Martins Homem, que segue.
4 Luiz Homem, que fal, solteiro.
4 Antonio de Noronha, casado na lndia ; - c. g.
4 Braz de Noronha, conego regrante de Santo Agostinho.
4
4
4
4
D. Brianda \
D.
D.
D.
Ignez
Francisca
lzabel
l freiras no dito convento de Jesus.

4 D. Filippa

4 Antão Martins Homem, - fid. da Casa Real e 4.º capitão donatario


da villa da Praia., por carta regia dada em Lisboa aos 30 de
janeiro de 1533. Alem da casa e morgado que herdou de
seus paes, foi tambem senhor e possuidor, por fallecimento de
seu thio-avô João de Ornellas da Camara, da casa e morgado
de Porto Martins. Construiu em 1540, á sua custa e por
ordem do corregedor Jeronymo Luiz, o Mau, a cadeia da dita
villa, ou seja a mesma que ainda hoje alli existe.
Casou no reino com D. Joanna de Mendonça, filha de
Henrique Pinheiro Lobo, alcaide.mór de Barcellos e sr. do
morgado dos Pinheiros e Casa de Pouve, e de sua mulher
D. Leonor de Mendonça e Gusmão.
Falleceu antes de 23 de janeiro de 1578, pois n'esta data
concedeu el-rei D. Sebastião uma pensão de 250$000 reis
annuais à viuva, sua mulher, para sua sustentação e de uma
filha que lhe ficara solteira.
Tiveram:
5 Alvaro Mortins Homem, que fal. solteiro em vida dos paes.
5 D. Izabel de Mendonça. que segue.
5
5
º0 · F~l~ria
, 1tppa
IÍ freiras no mosteiro das· Donas, em Santarem.
5 D. Clementina de Mendonça, a quem el-rei D, Fillppe. por
carta de 16 de set. de 1588, fez mercê de uma tença annual de
150$00 rei~. em reconhecimento dos serviços de seu pae. Fal.
solteira.

5 O. lzabel de Mendonça, - sucedeu na casa e morgados de seus


maiores, e casou em Lisboa com D. Jorge de Menezes e
~
66

Noronha, filho de D. Affonso de Noronha e de sua mulher


D. Maria de Sá, e neto de D. Fernando de Noronha, marquez
de Villa Real ; - s. g.

§ 2.º

2 O. Cathuina Martins Cardoso (§ l. n.º 2), - casou contra a vontade


0
,

dos paes com João Alvares Gallego, 1. 0 contador da fazenda


de Angra.
Tiveram o filho que segue.

s Sebastião Cardoso Homem. -- casou na freguezia das Fontainhas, da


ilha Terceira, com Catharina França, fundadora da capella-
-mór da Egreja do convento de S. Francisco, da villa da Praia,
na dita ilha.
Tiveram:
4 Pedro Cardoso Homem ; - s, g.
4 João Cardoso Homem, que segue.
4 Manoel Cardoso Homem, casado com Maria Rodrigues de
Escobar Teixeira. - Vid. Tit. dos Teixeiros, § un., n. 0 2. 0 ;
-c. g.
4 Alvaro Cardoso Homem, casado com Apolonia Evangelho. ---
Vid. Tit. dos Pinheiros de Borcellos, § 1. 0 , n. 0 3. Tiveram:
,5 D. Catharina Cardoso Evangelho, mulher de Gas-
PAT Camello do Rego - Vid. Tit. do Camellos,
§ 3.o, n. 0 10.

4 Catharina Cardoso Homem, casada com Manoel de Toledo


Machado. - Vid. Tit. dos Toledos, § l.o, n. 0 3.
4 Joana Cardoso Homem, mulher de Pedro de Barcellos Machado.
- Vid. Tit. dos Pinheiros de Borcellos, § 1. 0 , n. 0 2.

4 João Cardoso Homem, - casou com Luzia Teixeira. - Vid. Tit. dos
Teixeiras (outros), § un., n. 0 2.
Tiveram:
5 Sebastião Cardoso Teixeira, que segue .
.5 João Cardoso ; - s. g.
5 Antonio Cardoso Homem, casado com Brazia Rodrigues Val-
ladão. - Vid. Tit. dos Vollodões, § 2. 0 , n. 0 4.

5 Sebastião Cardoso Teixeira, - tenente governador do castello de


S. João Baptista, d' Angra, e casado com D. Iria Cotta da
Malha. - Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1. 0 , n. 0 4.
67

Tiveram:

6 Antonio de S. João (frei), religioso franciscano.


6 Sebastião Cardoso Machado, que segue.

i
6 Luiz Cardoso Machado, capitão do castello de S. Sebastião, de
Angra ; - s. g.
6 D. Luiza de Jesus
6 D. Maria da Encarnação religiosas.
6 D. Orianna da Cruz

6 Sebastião Cardoso Machado, - tenente da fortaleza de S. João do


Monte Brazil, de Angra, por alv. de 19 de maio de 1643, fid.
cav. da Casa Real, por alv. de 27 do mesmo mez e anno
(L. vr da matr., fls. 38 v.), cav. da ordem de S. Thiago, por
alv. de 16 de iV\arço de 1641, e governador interino do dito
castello, desde 1654 até 30 de setembro de 1655, em que
falleceu.
Foi sr. e herd. da casa e morgado de seu pae, e casado
com D. Beatriz Pamplona Côrte Real - Vid. Tit. dos Pam-
plonas, § 4. 0 , n. 0 5.

§ 3.º

1 João Vaz Homem, - é o 2. ramo d'esta familia que passou no


0

seculo xv á ilha Terceira e a que me referi no princípio do


presente titulo. Foi casado com Catharina ou Francisca da
Costa, de quem teve:

2 Gonçalo Vaz Homem, que segue.


2 Antão Vaz Homem, casado com Ignez Vieira, de quem teve:

3 Catharina Autunes Vieira, ~ulher de Diogo de


Mesquita Pimentel. -- Vid. Tit. dos Mesquita
Pimenteis, § 1.8 , n.0 1.

2 Sebastião Vaz Homem, casado com D. Iria Mendes de Vascon-


cellos. - Vid. Tit. dos Vasconcellos, § 1.0 , n. 0 3.
2 Simão Vaz Homem, casado com Suzana Paes. Inslituiram a
capella de Santo Antonio, em S. Francisco, da villa da Praia ;
-c.g.

2 6000110 Vaz Homem, - fid. da Casa Real. Fundou em 1520, na


villa da Praia, da ilha Terceira, o hospital dos Lazaros, que
muito beneficiou em seu testamento. Foi casado com lgnez
Affonso da Costa Columbreiro 1 da ilha de S. Miguel, a qual
68

beneficiou tambem em suas disposições testamentarias de


1534 o dito hospicio, onde ambos jazem.
Tiveram:

3 Pedro Homem da Costa, que segue.


3 Gaspar da Costa Homem, que vivia na ilha Terceira em 1536.
3 Beatriz Homem da Costa, casada com Mem ou Mendo Rodrigues
de Sampaio. - Vid. Tit. dos Sampaios, § un., n. 0 1.

3 Pedro Homem da Costa, - casou com Maria Affonso Baldaya.


- Vid. Tit. dos Baldayas, § 1. 0 , n. 0 3.
Tiveram, entre outros, o filho que segue.

4 Gaspar da Costa Homem, - cav. fid. da Casa Real, cav. da ordem


de Christo e capitão de cavallos. Casou duas vezes, a primeira,
na ilha das Flóres, com Beatriz Henriques, e a segunda, na
ilha Terceira, com Leonor Esteves Gato.
De nenhum dos matrimonias teve descendencia.

§ 4.º

1 João Almes Homem, - é o 3. 0 ramo dos Homens, da Beira, de


que fallei no principio do presente titulo. Foi sr. de impor-
tantes propriedades no logar de S. Roque, freguesia dos
Altares, da ilha Terceira, e ahi morador. Casou duas vezes, a
primeira com Anna Luiz da Costa, e a segunda com lzabel
Valladão. - Vid. Tit. dos Valladões, § 1.º, n. 0 2.
Fez testamento com sua 2.ª mulher, em 18 de agosto de
1521, no qual vincularam sua terça que deixaram um ao outro.
Do primeiro matrimonio teve :

2 Fernão Luiz Homem, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram :

2 Roque Valladão; - cas., c. g.


2 Beatriz Homem Valladão, casada com Gregorio Borges. - Vid,
Tit. dos Borges, § 4. 0 , n.o 1.
2 Izabel Homem Valladão, mulher de Ruy Gil Teixeira. - Vid.
Tit. dos Teixelras, § un. n. 0 1.
2 Justa Homem Valladão, casada com Lucas Lopes Cabaço; -- c. g.
69

2 Fernão Lalz Homem, - casou com Anna Rodrigues; - c. g.

I Heitor Almas Homem, - passou á ilha Terceira com seu irmão


João Alvares Homem. - Vid. § 4. 0 , n. 0 1. Estabeleceu a sua
residencia no Jogar do Varadouro, freguezia de Villa Nova,
onde instituiu em 1527 um importante vinculo com capella
que mandou erigir sob a invocação de Nossa Senhora
da Ajuda.
Falleceu no dito anno, tendo casado com Beatriz Affonso
da Costa Columbreiro, da ilha de S. Miguel.
Tiveram:
2 Pedro Homem da Costa, que segue.
2 Diogo Homem da Costa, casado com Beatriz Evangelho;
-s. g.
2 Nuno Homem da Costa; -- cas., c. g.
'2 João Homem da Costa, instituiu cem 1588 um vinculo com
capella sob a invocação de Nossa Senhora dr Gua<lelupe, na
Agualva (hoje parochüil d'esta freguezia), e foi casado com
Maria de Freitas, da ilha da Madeira; -- s. g.
2 Alfonso Homem da Costa, casado com Beatriz C1onçalves, de
quem teve:
3 João Homem da Costa, que casou com Catharina
Cardoso Evangelho. - Vid Tit. dos Cordosos,
§ 3.o, n. 0 3; matrimonio este de que nasceram:
4 Affonso Homem da Costa, casado
na ilha da Madeira com Izabel
Escocia, de quem teve a filha unica:
5 Helena Escocia, sr.• e
herC:.• de toda a casa de
seus paes, e casada com
D. Gaspar Munhoz de
Castil Blanque. - Vid.
Tit. dos Castil Bran·
cos, § un., n. 0 1.

4 Gaspar Homem da Costa, foi agr~-


ciado em 1586, por el-rei D. Filippe,
com o habito de Christo e uma
tença anual de 40$000 reis. Casou
com Maria ou Catharina Feyo Pitta.
- Vid. Tit. dos Pillas, § un., n. 0 2.
Tiveram:
5 João Homem da Costa,
que fal. solteiro, em
Angola.
70

5 D. Margarida Feyo da
Costa, casada com
Manoel do Canto Tei-
xeira. - Vid. Tit. dos
Cantos, § 9.0, n. 0 4.
5 Catharina dos Anjos,
que fal. solteira.

4 Catharina Evangelho, casada com


seu primo Sebastião Rodrigues
Homem; - c, g.
4 Maria Cardoso Homem, mulher de
Gil Fernandes Teixeira. -- Vid. Tit.
rios Teixeiros, § un., n. 0 2.
4 lzabel de S. 1" Antonio i fr.•• no conv.
4 Beatriz das Chagas í de Jesus.

2 Beatriz H"mem da Costa, casada com Antonio Lopes de Sam


Luiz, em 2. 0 • nupcias deste; - s. g.

2 Pedro Homem da Costa, -foi sr. e herd. da casa e morgado de


seus paes, e casado duas vezes, a primeira com Antonia Qua-
resma, e a segunda com Beatriz Camello Pereira. - Vid. Tit.
dos Camellos, § 2. 0 , n.º 8.
Do segundo matrimonio não teve sucessão; do primeiro,
porem, nasceram os seguintes filhos, que constam do testa-
mento de sua mãe feito em 15 de março de 1537:
3 Heitor Homem da Costa, que segue.
3 D. Guiomar Homem da Costa, mulher de Gomes Pamplona de
Miranda. - Vid. Tit. dos Pomplonos, § 2. 0 , n. 0 3.
3 D. Antonia Homem da Costa; - s. g.

3 Heitor Homem da Costa, - fid. da Casa Real, cav. da ordem de


Christo e sr. de uma tença annual de 20$000 reis, por mercê
d'el-rei D. Filippe 11, datada de 1589, e herd. da casa e mor-
gado de seus paes e avós, e da de seu thio João Homem da
Costa. Casou no reino com D. Luiza de Noronha.--· Vid.
Tit. dos Noronhas, ~ 1,0 , n. 0 1.

São suas ARMAS : Em campo azul


seis crescentes de luas de ouro postas
em duas palas; timbre, um leão d'azul
com uma /acha de armas nas mãos
com cabo de ouro e o ferro de sua côr.
71

Brazões especiais teem sido conce-


didos a diversos membros d'esta familia
e designadamente aos seguintes:

A Gaspar da Costa Homem, § 3. 0 ,


0
n. 3, foi concedida por carta regia dada
em Evora aos 7 de jan. de 1536, e reg.
na Chanc. de D. João m, (L. L., fls.
39 v.), o seguinte brazão d'armas de
seus antecessores. com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Homens:
-Esc1ido de campo azul com seis cres-
centes de ouro em duas palas, e por
difjerença, um trifalio de prata; elmo
de prata, aberto, guarnecido de ouro;
paquife de ouro e azul, e por timbre,
um leão azul com uma f acha de armas
nas mãos e a cota de ouro.
A Pedro Homem da Costa, § 5. 0 ,
n. 0 2, foi concedido por carta regia dada
em Lisboa aos 2 de dez. de 1529, e
reg. na Chanc. de D. João rn, (L. xvu,
fls. 142 v.), o seguinte brazão d'armas
de seus antecessores, com todas as hon-
ras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem· dos Homens :
-Escudo de campo azul com seis cres-
centes de ouro em duas palas, e por
diff erença, uma flôr de liz de prata ;
elmo de prata, aberto, guarnecido de
ouro, paquife de ouro e azal, e po,
timbte, um leão de azul com uma /acha
de armas nas mãos e a cota de ouro.
A João Homem da Costa, § 5. 0 ,
n. 2, foi concedido por carta regia dada
0

cm Lisboa aos 15 de set. de 1542, e


reg. na Chan. de D. João m, (L. xxx11,
fls. 78), o seguinte brazão d'armas de
seus antecessores, com todas as honras
e privilegias de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Homens:
-Escudo de campo azul com seis cres-
72

centes de ouro em duas palas, e por


differença, uma merleta de prata; elmo
de prata, aberto, guarnecido de ouro,
paquife de ouro azul. e por timbre, um
leão azul com uma /acha de armas
nas mãos e a cota de ouro.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte '· cap. I, n. 0 " IV, VII, VIII, XXXV, XXXVII,
XLII, XLJII, XLV, LXIII, LXV, LXXII e LXXXIII
da Bibliographia .


TITULO L

LEAES

P ASSARAM á ilha Terceira, nos principios do seculo xv11, na


pessoa de José Leal, que nasceu em Lisboa e era filho de
Manoel Leal, fid. da Casa Real, e de sua mulher D. Barbara
Borges, moradores na freguezia de S. Nicolau, da dita cidade.
Pelo lado paterno, era neto de Diogo Leal e bisneto de Dionisio
Leal, tambem fidalgos da Casa Real e da nobre geração dos
d'este appellido.
§ 1.0

1 José Leal, -foi cav. prof. na ordem de S. Bento de Aviz, fami-


liar do Santo Officio, capitão de Ordenanças, proprietario do
officio de escrivão da Alfandega e Feitoria da Fazenda de
Angra, juiz ordinario e presidente da camara d'esta cidade.
Casou tres vezes, a primeira com Maria Pedroso, depois, na Sé
da dita cidade, a 27 de novembro de ·1638, com D. Maria de
Castro, instituidora do morgado das Relvas, na dita ilha, e em
terceiras nupcias com D. Izeu Pacheco Córte Real, com a qual
instituiu o vinculo de Santa Anua de Port'Alegre, na freguezia
de S. Sebastião, da mesma ilha. - Vid Tit. dos Borges,§ 1.0 , n. 0 6.
Do primeiro matrimonio não teve successão; do segundo,
porem, teve o filho unico:

2 João Borges Leal, que segue.


74

Do terceiro matrimonio masceram :


2 Christovão Borges Leal, que fal. em Coimbra sendo estudante
da Universidade.
2 Theodosio Borges Leal, que tambem fal. sendo estudante.
2 Roque Pacheco Côrte Real, fallecido na lndia.
2 Estevão Borges Leal, fallecido em A.rgel, prisioneiro.
2 João Borges da Silva do Canto, de que me occupo no § 2. 0

2 João Borges Leal, - fid. da Casa Real e proprietario do officio de


escrivão da Alfandega e Feitoria da Fazenda de Angra (H).
Foi baptisado na Sé da dita cidade a 26 de fev. de 1642.
Houve em Joanna Rodrigues o filho que segue.

3 Thomaz Borges Leal, - foi baptisado na Sé de Angra, e legitimado


por carta regia de 10 de outubro de 1679. a qual se acha reg.
no L. das Leg, da Chanc.-mór de Lisboa, a fls. 206. Herdou
a casa de seu pae, e falleceu a 8 de agosto de 1729, tendo
casado com Catharina, do Couto Machado. com a qual insti-
tuiu um vinculo em S. Pedro, da dita cidade, a 28 de junho
de 1723. -- Vid. Tit. dos Barros, § un., n. 0 8.
Tiveram:
4 Francisco Borges Leal, que segue.
4 D. Maria Rosa / freiras professas no convento da Conceição,
4 D. Joanna Rosa í de Angra.

4 Francisco Borges leal, - capitão da companhia da Ordenança de


Santa Barbara, por carta regia de 20 de junho de 17 42, verea-
dor da camara de Angra em 1747, e herd. da casa de seus
paes. Nasceu a 14 de dezembro de 1705, na freguezia da
Conceição, e casou a 23 de março da 1732, na freguezia da
Sé, da dita cidade, com D. Antonia Eugenia Michaela Pereira
Cabral. - Vid. Tit. dos Cabraes, § 2. 0 , n.º 5.
Tiveram:
5 Jacintho Borges Leal, que segue.
5 João Pereira Cabral, clerlgo.
5 D. Maria Eusebia Victorlna Pereira Cabral, mulher de João
Pacheco de Lacerda. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 2. 0 , n. 0 10.
5 José Borges Leal.
5 D. Thereza Luiza de Jesus, recolhida na Conceição, de Angra,

5 Jacintho Boms Leal, - bacharel formado em leis pela Universi-


dade de Coimbra, juiz de fóra na Covilhã, sr. e herd. da casa
e vinculas de seus ascendentes, bem como 10.0 sr. e adminis-
trador da casa vincular do Caminho do Meio e 5. 0 sr. e
administrador do vinculo da Serreta, por doação de seu thio
75

Alexandre Pereira Cabral, referido a p;ig. 197 do volume 1.


Nasceu na freguezia da Conceição, de Angra, a 9 de novembro
de 1732, e casou em S. Thiago, da guarda, a 29 de outubro
de 1770, com D. Joanna Juliana Eugenia de Tavares da
Costa Lobo, a qual nasceu a 16 de agosto de 17 4ô e foi ba p-
tisada na Egreja de S. Paulo, da covilhã; filha de José Caetano
Tavares da Costa Lobo e de sua mulher D. Mariana Antonia
Josepha Freire de Castello Branco.
Tiveram a filha unica:
6 D. Clara Jaaquina Victoria de Tavares Borges Cabral de Faria e Sousa, -
11.ª sr.ª e administradora da casa vincular do Caminho do
Meio e 6.ª sr.ª e administradora do vinculo da Serreta, bem
como sr.ª e herd.ª das casas e respectivas quintas da Corre-
doura e do Rio, na Covilhã.
Casou com Hugues Fournier Leclair de Choisi. - Vid.
Tit. dos Fourniers, § 1. n.º 1.
0
,

§ 2.º

2 João Borges da Siha do Canto, (§ l.º, n.º 2), - fid. cav. da Casa
Real, por mercê d'el-rei D. Pedro 11. Foi casado com D. Angela
Ignacia Pereira Borges, filha de Matheus Homem Borges,
sargento-mór da villa da Praia, e de sua mulher D. Angela
Pereira Machado.
Tiveram:
3 José Leal Côrte Real, que segue.
3 Antonio Borges da Silva do Canto, fid. cav. da Casa Real,
por alv. de 20 de set. de 1724 (L. VI das mercês d' el-rei
D. João V, fls. 32).
:3 Matheus Homem Borges da Costa, fid. cav. da Casa Real,
deão e governador do Bispado de Angra, e membro do governo
interino referido a pag. 51 do vol. 1, em substituição do bispo
D. fr. José de Ave Maria. Foi baptlsado na parochial Egreja
da villa da Praia a 21 de nov. de 1720 e instituidor de um
vinculo na ilha Terceira. Fal. a 16 de março de 1!!05.
3 A madre D. Custodia.

3 José Leal Côrte Real,..;,_ fid. cav. da Casa Real, sr. e herd. da casa
vincular e Ermida de Sant'Anna, e casado com D. Filippa de
Bettencourt de Brum Marramaque. - Vid. Tit. dos Pereira
Marramaques, § un., n. 0 8.
D'este matrimonio nasceu:
4 Antonlo Borges da SIIYB do Canto Cirte Real, - fid. cav. da Casa Real,
por alv. de 9 de Julho de 1767 (L. xx11 das mercês d'el-rei
76

D. José, fls. 59 v.), e capitão-mór da villa da Praia, onde


nasceu. Herdou a casa de seus maiores, e casou com D. Elisa
Francisca de Menezes Bettencourt. - Vid. Tit. dos Camellos,
§ 4. 0 , n. 0 15.
Tiveram;
5 José Borges Leal Côrte Real, que segue.
5 D. Angela Sebastianna Borges Leal Côrte Real, mulher de seu
sobrinho Antonio Borges Leal Côrte Real. - Vid. adiante, n. 0 6.

5 José Borges Leal Côrte Real, - fid. cav. da Casa Real, por alv. de
19 de maio de 1778 (L. da matr., fls. 343), cav. prof. na ordem
de Christo, capitão-mór da villa da Praia, mestre de campo do
terço de Auxiliares de Angra, e herd. da casa vincular de seus
antepassados, bem como a de seu thio-avô o deão Matheus
Homem.
Casou com D. Joanna Rita de Bettencourt de Vasconcellos
e Lemos. Vid. Tit. dos Bettencourts, § 1. 0 , n.º 10.
Tiveram o filho que segue.

6 Antonlo Borges Leal Côrte Real, - fid. cav. da Casa Real, por alv. de
22 de março de 1825 (L. xx1 das mercês d'el-rei D. João vr,
fls. 5), commendador da ordem de Christo, condecorado com
a medalha n.º 7 das campanhas da Liberdade, coronel
commandante do batalhão nacional de artilheiros de posição
da ilha Terceira, por portaria da junta governativa de Angra
de 14 de junho de 1847, e herd. da casa vincular de seus
maiores. Falleceu em J865, tendo casado com sua thia
D. Angela Sebastiana Borges Côrte Real, referida sob n. 0 5.
Tiveram:
7 José Borges Leal Côrte Real, que segue.
7 D. Maria Izeu Leal Côrte Real, mulher de José Maria de
Bettencourt de Vasconcellos e Lemos. - Vid. Tit. dos Betten-
courts, § 3.0 , n. 0 10.

7 José Borges Leal Côrte Real, - membro do conselho e governador


civil, interino, do districto de Angra do Heroísmo, cargo
este que serviu desde 21 de abril a 22 de maio de 1876.
Succedeu na casa vincular de seus maiores, e falleceu a 5 de
janeiro de 1903, tendo casado duas vezes, a primeira com
D. Francisca de Menezes da Fonseca Carvão. - Vid. Tit. dos
Carvões, § un., n. 0 7 - e a segunda com D. Rita Theotonia
da Cunha Silveira de Bettencourt. - Vid. Tit. dos Silveiras de
Betencourt, § un·, n.º 3.
77

Do primeiro matrimonio teve:


8 D. Maria Francisca da Fonseca Borges Leal Côrte Real, que fal.
em nov. de 1907, no estado de solteira.

Do segundo matrimonio nasceram


8 Antonio Borges Leal Côrte Real, que segue.
8 D. Angela Abarca Côrte Real ; - solteira.
8 Jo§o Vasco Eannes Leal Côrte Real, casado com D. Maria
Emilia de Amorim. - Vid. Tit. dos Menezes, § 4. 0 , n. 0 18.
8 D. Rita Borges Leal Côrte Real ; - solteira.
8 D. Izabel Borges Leal Côrte Real, que fal. solteira.
8 Antonlo Borges Leal Côrte Real, - vice.consul da Russia e agente
da policia de emigração clandestina na ilha Terceira. Nasceu
a 23 de novembro de 1855 na casa de S. Carlos, sita
na freguezia de S. Pedro, de Angra, onde reside no estado
de solteiro.

São suas ARMAS: - em campo de


prata dois cães negros passantes, arma-
dos de lingua e unhas de vermelho, e
postas como em orla -sete estrellas
vermelhas; timbre, um cão como os
do escudo com uma estrella de prata
na espada.
Brazões especiaes teem sido con-
cedidos a diferentes membros d'esta
familia e designadamente aos seguintes:
A José Leal, § 1. 0 , n.º r, foi con-
cedido por carta regia de 17 de março
de 1658, reg. no L. da Nobr., fls. 74, o
seguinte brazão: - um escudo posto
ao balom de campo de prata com dous
libréos negros passantes armados de
sangue, entre sete estrellas sanguinhas
de oito pontas cada uma, postas cada
tres em pala e uma em chefe; e, por
differença, uma flôr de liz azul: elmo
de prata, aberto, guarnecido de ouro;
paquife do metal e côres das armas;
78

e, por timbre, um dos libréos das armas


com uma estrella de prata na espadoa.
A Antonio Borges da Silva do
Canto, § 2.º, n. 3, foi concedido por
0

carta regia de 20 de nov. de 1724, reg.


no L. VII do reg. dos Brazões da Nobr.
de Portugal, fls. 331, o seguinte brazão;
- um escudo direito esquartelado: no
1. 0 quartel as armas dos Sousas de
Arronches, que são, escudo esquarte-
lado, no 1. 0 e 4. 0 quarteis, as armas
do reino com um filete preto, e no 2. 0
e 3. 0 quarteis, em campo vermelho,
quatro crescentes de lua de prata; no
2. quartel as armas dos Côrte Reaes,
0

que são, em campo vermelho, seis


costas de prata em duas palas firmadas
no escudo, com um chefe de prata,
com uma c,nz chã; no 3. 0 quartel as
armas dos Silvas, que são, em campo
de prata um leão rompante vermelho,
armado de azul; e no 4. 0 quartel as
armas dos Mellos, que são, em campo
vermelho, seis besantes de prata entre
uma cruz doble de ouro; elmo de prata,
aberto, guarnecido de ouro; paquife
dos metaes e côres das armas; timbre,
o dos Sousas, que e um castello de
ouro; e, por diff erença, uma brica de
ouro com uma merleta preta.

Acerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte J, cap. ,, n.'' 5 VII, Vlll, XJV, XXVJII, XXXVI,
xxxv11, XLV, LI e LXtll da Bibliographia.
TITULO LI

LEITES

de Diogo Leite de Amedo, que nasceu no Porto e


D ESCENDEM
passou aos Açôres nos fins do seculo xv1. Viveu na ilha de
S. Miguel, onde constituiu familia que se ramificou na Ter-
ceira e em outras ilhas do archipelago açoriano. Era filho de
Diogo Leite do Amaral fidalgo da Casa Real e commendador
de S. Pedio das Aguias, e de sua mulher D. Maria Pereira de
Vasconcellos; neto paterno do dr. João Rodrigues do Amaral e
de sua mulher D. Aldonça Leite, da família dos Leites, da Honra
de Calvos, em Basto; e, pelo lado materno, neto de Jacome
Rodrigues de Vasconcellos, sr. do Couto de Sínfães e Alvarenga, e
de sua mulher D. lzabel de Azevedo.

§ l.º

1 Diogo Leite de Amedo, - foi fid. da Casa Real, por alv. de 22 de


novembro de 1581, cav. da ordem de Christo e superinten-
dente da Casa da Moeda do Porto. Casou em Villa Franca do
Campo, na ilha de S. Miguel, com O. Helena de Castro, filha
de Sebastião de Castro e de sua mnlher D. lzabel da
Costa.
Tiveram~

2 Jacome Leite de Vasconcellos, que segue.


80

2 D. Maria de Vasconcellos, que casou com Jorge do Valle, em


Guimarães;- c. g.
2 João Leite, religioso cruzio.

2 Jacome Leite de Vasconcellos, - fid. da Casa Real, e morador na


cidade de Ponta Delgada, onde instituiu um vinculo no seu
testamento de 31 de julho de 1621. Fal. a 1 d'agosto do dito
anno, tendo casado na dita ilha com D. Catharina Botelho,
filha de George Nunes Botelho e de sua mulher lJ. Jeronyma
Lopes Moniz.
Tiveram:
3 Diogo Leite de Vasconcellos, que segue.
3
3 !
1~~f:to que falleceram crianças.
3 D. Anna Leite de Vasconcellos, mulher de Manoel Raposo

3
3
Soror Helena da Conceição
Soror lzabel
i
Bicudo.- Vid. Tit. dos Correios,§ 4. 0 , n. 0 6.
freiras em Santo André, de
P. Delgada.
3 Soror Maria da Cruz
3 D. Joana, que fal. criança.

3 Diogo Leite de Vasconcellos, - fid. da Casa Real e cav. da ordem


de Christo. Nasceu na ilha de S. Miguel (S. Roque) em 1608,
e em 1641 foi á ilha Terceira, com 80 homens pagos á sua
custa, atacar o presidio castelhano do castello de Angra.
Em 31 de julho de 1658 instituiu um vinculo em Ponta
Delgada, onde falleceu a 3 d'agosto d'este mesmo anno,
sendo sepultado em carneiro de sua familia, na Egreja de
Santo André.
Foi casado com D. Maria do Canto. - Vid. Tit. dos
Cantos, § 3. 0 n. 5.
Tiveram:
4 .lacome Leite de vasconcellos, que segue.
•l Luiz do Canto Leite de Vasconcellos, que fal. solteiro.
4 José Leite de Vasconcellos, clerigo.
4 Antonio Leite (frei).
-l Manoel das Chagas (frei).
4 Soror Barbara de Santo Amaro, fal. a 22 de maio de 1716, com
82 annos de idade, no dito mosteiro de Santo André.
4 A madre Izabel da Trindade, fal. a 17 de nov. de 1707, com 66
annos de idade, no mesmo mosteiro.
4 A madre Anna da Conceição, que fal. a 4 d'abril de 1717, com
78 annos de idade, tambem em Santo André.
-l A madre Thereza de Jesus, fal. tambem n'este mosteiro, em
data que nãp pude averiguar.

4 Jacome Leite de Vasconcellos, -fid. da Casa Real, cav. da ordem


de Christo e vereador do senado angrense em 1671.
81

Nasceu a 4 de janeiro de 1642 em S. Roque da ilha de


S. Miguel, e casou a 14 de junho de 1665, na matriz de Ponta
Delgada, com D. Maria de Mello e Silveira, filha de Luiz
Coelho Pereira, natural da cidade do Porto, e de sua mulher
D. Izabel Correia de Mello.
Tiveram:
5 Luiz Diogo Leite Botelho, que segue.
5 José Leite de Melo, clerigo.
5 D. lzabel Felicia Leite de Mello, mulher de João Pereira de
Lacerda. - Vid. Tit. dos Pereiras, § 1,o, n. 0 7.
5 D. Maria Josepha de Mello Pereira Leite, casada com João do
Carvalhal Borges de Noronha. - Vid. Tit. dos Carvalhaes,
§ l.º, n. 0 6.

5 Luiz Diogo Leite Botelho, - fid. cav. da Casa Real, por alv. de 21
de janeiro de 1678, e juiz ordinario em Angra, onde nasceu, e
onde casou a 27 de maio de 1697, na Sé Cathedral, com
D. Anna Josepha de Vasconcellos e Teive. - Vid. Tit. dos
Vasconcellos, § 2. 0 , n.º 7.
Tiveram:
6 Diogo Antonio Leite Botelho de Teive, que segue.
6 Antonio Celestino Leite de Vasconcellos, fid. cav. da Casa
Real, por alv. de 28 de março de 1713 (L. VI das mercês d'el-
rei D. João V, fls. 180).
6 Antão José Leite de Vasconcellos, fid. cav. da Casa Real, por
alv. passado tambem em 28 de março de 1713. Ausentou-se
para o Brazil, onde seguiu a carreira militar.
6 Jacome Leite do Canto de Vasconcelos.
6 João Leite de 'feive.
6 D. Francisca Marianna Leite de Teive, mulher de seu primo
João José de Teive de Andrade e Sampaio. - Vid. Tit. dos
Sampaios, § un., n. 0 6.
6 D. Joana Magdalena Leite.
6 D. Maria lgnacia Leite.
6 D. Eustaquia Leite.

G Diogo Antonio Leite Botelho de Telve, - fid. cav. da Casa Real, por
alv. de 28 de março de 1713 (L. vc das mercês de el-rei
D. João v, fls. 180, capitão d'Ordenanças, juiz ordinario e juiz
commissario das capellas de S. Francisco d'Angra. Nasceu a
22 de fev. · de 1699, e casou a 26 de set. de 1729, na Sé da
dita cidade, com D. Josepha Bernarda do Canto e Noronha.
- Vid. Tit. dos Cantos, § 1. 0 , n. 0 8.
Tiveram:
í Jacome Leite Botelho de Teive, fid. cav. da Casa Real por alv.
de 19 d'abril de 1752, sr. e herd. da casa de seus paes e avós.
Fal. a 5 de fev. de 1782, tendo casado a 9 de out. de 1771, na
fi
82

Conceição, de Angra, com D. Antonia Jacintha de Castro


Noronha. - Vid. Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n. 0 7; - s. g.
7 O. Antonia Leite de Noronha I
7 D. Maria Leite de Noronha i s. g.
7 D. Ignacia Leite de Noronha l
7 D. Margarida Josepha Leite de Noronha, casada com Pedro
Xavier de Castro e Canto. - Vid. Tit. dos Cantos, § 6. 0 n. 0 8.
7 D. Francisca Matheusa Leite de Noronha, mulher de João Manoel
do Rego Botelho de Faria Côrte Real da Silveira. - Vid. Tit.
dos Regos, § l.º, n.o 11.
7 D. Rosa Clara (ou D. Rosa Quiteria) Leite de Noronha, casada
com seu sobrinho Jeronymo de Castro do Canto e Mello. -
Vid. Tit. dos Cantos, § 6. 0 , n. 0 9.
7 D. Magdalena Victoria Leite de Noronha, mulher de Fabricio
Pacheco de Mello. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 3. 0 , n. 0 11.
7 D. Joaquina Narciza Leite de Noronha e Canto, casada com
Diogo Alvaro Pereira Sarmento de Lacerda. - Vid. Tit. dos
Pereiras, § 1. 0 n. 0 10.
7 José Leite Botelho de Teive, que segue.

7 José Leite Botelho de Tei,e, -


fid. cav. da Casa Real, por alv. de
20 de novembro de 1817, passado com salva do primeiro, que
se desencaminhou (L. XLlV do reg. das mercês existente no
Arch. Publ. do Rio de Janeiro, fls. 59 v., e L. de reg. de
diplomas, alvarás e cartas regias, existente na Secretaria da
Camara Municipal de Angra, fls. 113 v. a 114 v., anno de
1818). Foi um dos membros da Sociedade Patriota que na
cidade de Angra planeou a revolução constitucional bem como
da junta provisoria do governo supremo das ilhas dos Açôres,
referida a pag. 52 do vol. 1, e presidente da commissão encar-
regada de na ilha de S. Miguel contrahir um emprestimo de
120.000$000 reis destinado às despezas extraordinarias a fazer
com a restauração do throno legitimo e da carta constitucional
da monarchia portugueza; cargo este para que foi nomeado
em officio do ministerio do reino datado de 12 de setembro
de 1831.
Nasceu em Angra, e teve a sua residencia, ora em Ponta
Delgada, no palacio de Sant' Anna, que herdou de seu irmão
Jacome, assim como a demais casa vincular de seus passados,
ora na dita cidade de Angra, na sua casa de Miragaya. Fal-
leceu no dito palacio a 19 de abril de 1836, em idade muito
avançada, tendo casado a 9 de fevereiro de 1783, no oratorio
da Casa de D. Magdalena Victoria (freg. da Sé de Angra, L.
de 1783, fls. 23 v), com D. Genoveva Jacintha de Lacerda
Borges. - Vid. Tit. dos Pereiras, § 1. 0 , n. 0 10.
Tiveram:
8 Francisco Leite Botelho de Tcive, que segue.
8 D. Genoveva Jacintha Leite Botelho de Teive, que n. na freg.
83

da Sé, de Angra, em 1791, e casou com João Sieuve de Séguier


c~mello Borges. - Vid. Tit. dos Sieuves, § 1. 0 , n. 0 4.
8 José Leite Botelho de Teive, fez a campanha peninsular, e foi
casado com D. Maria Leopoldina Machado filha do morgado
José Ignacio Machado de Faria e Maia, da ilha de S. Miguel ;
-s. g.
8 Luiz Diogo Leite Botelho, major do excercito, reformado por
dec. de 15 de março de 1856, e casado com D. Margarida Ama-
lia de Brito. Pai. em Lisboa a 10 de julho do dito anno, tendo
deixado os seguintes filhos:

9 Luiz Diogo Leite, alferes de lanceiros: - s. g.


9 D. Maria da Gloria Leite ; - s. g.
9 D. Izabel Leite; - s. g.

Fóra do matrimónio teve :

9 D. Luiza Leite, mulher de F .......... Trigueiros:

8 Diogo Leite Botelho, que tal. solteiro.


8 D. Maria Candida Leite, que fal. a 14 de nov. de 1855, tendo
casado em 1811 com José Theodosio de Bettencourt de Vas-
concellos e Lemos. -- Vid. Tit. dos Bettencourts, § l ·0 , n. 0 10.

Fóra do matrimonio teve o referido José Leite Botelho de


Teive, l. 0 do nome, os seguintes filhos, que perfilhou:
8 D. Maria Violante, religiosa no convento de S. Gonçalo. de
Angra.
8 D. Anna Emilia Leite, que fal. solteira.
8 José de Paula Leite, que foi clerigo. Deixou uma filha, que foi :

D D. Leonor Leopoldina Leite, mulher de Francisco


do Canto. - Vid. Tit. dos Centos, § 1. 0 , n. 0 11.

8 Francisco Leite Botelho de Teive, - fid. cav. da Casa Real, por alv.
de 23 de set. de 1824 (L. 1v da Matr. dos Mor. da Casa Real
fls. 176 v.), tenente-coronel commandante do batalhão de mili-
cias da cidade de Angra e um dos signatarios do auto da
Acclamacão da rainha D. Maria 11, na dita cidade. Nasceu
em Angra, e fal. a 19 de maio de 1858, no seu palacio de
Sant'Anna, tendo casado com D. Catharina Borges Teixeira,
- Vid. Tit. dos Teixeiras, (outros), § un., n. 0 10.
Tiveram:

9 José Leite Botelho de Teive, que fal. sem geração


9 Francisco Leite Botelho de Teive, que segue.
9 D. Maria do Carmo Leite, r.asada com Francisco José Teixeira
de Sampaio, - Vid. Tit. dos Teilteiras de Sampaio, § Lo, n. 0 3
84

9 D. Genoveva Olympia Leite, que fal. a 24 de julho de 1818,


tendo casado com João do Carvalhal da Silveira. - Vid. Tlt.
dos Carvalhaes, § 1.0 , n. 0 11.
9 D. Felicia Carolina Leite, de que me occupo no § 2.o
9 D. Margarida Leite Botelho de Teive, casada com João
Sieuve de Seguier Camello Borges, 2. 0 do nome. - Vid. Tit.
dos Sieuves, § 1, 0 , n.o 5.
9 D. Catharina Leite, que fal. a 24 de maio de 1906, solteira.
9 Luiz Leite Botelho de Teive, casado com D. Marianna Rebello,
de quem teve :
10 D. Maria Gonstantlna Rebello Leite, mulher de
Augusto de Athayde Côrte Real da Silveira
Estrella. - Vid. Tit. dos Menezes, § 5. 0 , n. 0 17.

9 D. Anna Leite Botelho de Teive, casada com André do Canto.


- Vid. Tit. dos Cantos, § 8. 0 , n. 0 11.

9 Francisco Leite Botelho de Teive, --- fid. cav. da Casa Real e herd. do
palacio de Sant' Anna e da mais casa de seus paes. Casou
com D. Thereza Rebello Borges de Castro. - Vid. Tit. dos
Menezes, § 4. 0 , n.º 16.
Tiveram:
10 D. Catharina Amelia Leite, que segue.
10 D. Maria Thereza Leite l{ebello Borges, que n. a 18 de junho
de 1857, e casou a 18 de junho (ie 1874 com Alvaro Kopke
Barbosa Ayala, bacharel formado em mathematica e philoso-
phia na Universidade de Coimbra e engenheiro civil, o qual
n. a 7 de set. de 1839 e era dlho de Diogo Kopke Barbosa
Ayala, capitão de Artilheria e lente da Academia Polytechnica
do Porto, e de sua mulher D. Luzia Kopke Schewerin de
Sousa, irmã do 1. 0 barão de Massarellos.
Tiveram:

11 Joaquim Kopk ~ Borbosa Ayala : n. a 28 de julho


de 1877, e cas0u com sua prima D. Serafina Leite
do Carvalhal. - Vid. Tlt. dos Carvalhaes, § 1. 0 ,
n. 0 13.
11 Antonio Ko;ike Barbosa Ayala: n. a 14 de nov.
de 1882.
11 D. Luzia !(opke Barbosa Ayala: n. a 1 de out.
de 1884.

10 D. Quiteria Leite Botelho, baroneza das Larangeiras pelo seu


casamento, em 24 ele jan. de 1872, com Duarte Borges de
Medeiros da Costa ,, Albuquerque, 3. 0 barão das Larangeiras,
por dec. de 20 de m irço de 1869, fid, cav. da Casa Real, traba-
lhador infatigavel e mui distincto pintor-amador.
Tiveram:-

11 D, Christina Leite Borges de Medeiros : n. a 20


de dez. de 1872, e casou com o dr. Humberto de
85

Bettencourt de Medeiros e Camara, professor do


lyceu de Ponta Delgada, poeta e escriptor.
11 D. Luiza Leite Borges de Medeiros, mulher de
Luiz de Bettencourt de Medeiros e Camara,
bacharel formado em direito pela Universidade de
Coimbra, advogado, antigo deputado às côrtes da
nação e governador civil do districto de Ponta
Delgada.
10 D. Thereza Leite Botelho de Teive, actual sr.ª do palacio d;i
Sant'Anna. Casou com o dr. Guilherme Machado de Faria e
Maia, de quem teve :
11 D. Virginia Machado, casada com Francisco
Xavier Pereira, tenente de infanteria; - c. g.
11 Guilherme Machado.
10 O. Catharina Amelia leite, -
nasceu na freguezia de S. José, de
Ponta Delgada, e casou com seu primo João Dias do Carvalhal,
com o qual foi residir para a ilha Terceira. - Vid. Tit. dos
Carvalhaes, § l.º, n.º 12.
Por morte de seu marido voltou para a cidade de Ponta
Delgada, onde tem a sua residencia.

§ 2.º

9 D. Fellcia Carolina Leite (§ 1.º, n. º 9), - casou com Pedro d' Alcan-
tara Borges Bicudo, de quem teve:
10 Pedro Borges Bicudo: n. a 22 de jan. de 1837, e fal. a 2 de
agosto do mesmo anno.
10 D. Amelia Borges Bicudo: n. a 30 de dez. de 1838, e fal. a 3
de maio de 1848.
10 D. Elisa Borges Bicudo: n. 10 de jan. de 1840, e fal. a 2 de
maio de 1873.
10 D. Maria Th.ereza Borg-es Bicudo: n. a 18 de maio de 1841, e
casou com Jeronymo Correia da Silva.
10 Pedro Leite Borges Bicudo, que segue.
10 Ernesto Borges Bicudo: n. a 30 de maio de 1843, e fal. a 4 de
maio de 1875.
10 Francisco Borges Bicudo: n. a 8 de dez. de 1844, e fal. a 17 de
março de 1906, tendo casado com D. Anna Rebello Borges de
Castro da C'l.mara. - Vid. Tit. dos Menezes, § 4. 0 n. 0 17.
Tiveram:
11 D. Anna Borges Bicudo: n. a 4 de junho de 1867,
e fal. a 5 de Agosto de 1868.
11 D. Maria Francisca Borges Bicudo : n. a 3 de junho
de 1869, e casou com o dr. Gil Jacome de Medei-
ros, de quem teve:
12 Francisco: n. a 24 de set. de 1893.
12 Jacinctho: n. a 27 de out. de 1894.
12 Carlos: n. a 4 de julho de 1901.
86

11 Luiz Francisco Borges Bicudo : n. a 3 de julho


de 1884.
10 Luiz Borges Bicudo: n. a 20 de jan. de 1846, e fal. a 30 de
agosto do mesmo anno.
\O O. Anna Borges Bicudo: n. a 1 de abril de 1847, e casou com
José de Arruda Botelho, de quem teve :
11 Francisco: n. a 4 de maio de 1876; é já fallecidu.
11 Pedro: n. a l de out. de 1877.
11 José: n. a 22 de jan. de 1879.
11 O. Maria Anna: n. a 2 de set. de 1880.
11 João: n. a 12 de julho de 1882.
11 Pedro: n. a 16 de fev. de 1884.
11 Antonio: n. a 15 de jan. de 1886.
11 O. Cecília: n. a 10 de out. de 1887.
11 Manoel: n. a 25 de out. de 1888.
11 D. Felicia: n. a 21 de maio de 1891, e fal. criança.
10 José Bicudo Borges: n. a 12 de julho de 1848, e fal. a 12 de
out. de 1877, tendo casado com O. J\faria da Gloria Hopm:111
Pereirn Bastos, de quem teve :
11 Luiz Bicudo: n. ~ 18 de maio de 1873, e c11sou
com sua prima O. Elisa Bicudo, adiante n." 11, de
quem teve:
12 Filomena: n. a 8 de dez. de 1899.
12 José: n. a 24 de out. de 1901.
10 Maria do Carmo Borges Bicudo: n. a 3 de julho de 1851, e
casou com João José Gomes de Mattos Brazil, de quem teve :
11 O. Elisa Bicudo Brazil, que n. a 3 de out. de 1876,
e foi casada com seu primo Luiz Bicudo, acima,
n. 0 11.
10 Augusto Borges Bicudo: n. a 5 de fev. de 1853, e fal. a 7 de
dez. de 1888, tendo casado com O. Jorgina de Brito, de
quem teve:
11 O. Luiza Berta: n. a 2 de nov. de 1885.
11 Augusto Amadeu: n. em março de 1889.
10 O. Amelia Borges Bicudo: n. a 17 de julho de 1854, e fal. a 19
de maio de 1858.
10 O. Felicia Leite Borges Bicudo: n. a 11 de set. de 1856 e, casou
com Luiz do Canto da Camara Falcão, de quem teve :
II D. Maria Thereza Bicudo da Camara Falcão : n. a
15 de out. de 1884, e casou com Gualter Serpa
Affonso.
11 Jorge do Canto da Camara Falcão: n. a 22 de
março de 1893.
10 Arthur Borges Bicudo: n. a 17 de julho de 1859.
10 Filomeno Borges Bicudo, funccionario do governo civil do
districto de Ponta Delgada: n. a 30 de jan. de 1862, e casou
com O. Anna Leite do Canto. - Vid. Tit. dos Cantos, § 8. 0 ,
n. 0 12; - s. g.
87

10 D. Helena Borges Bicudo: n. a 18 de junho de 1863, e fal. a


28 de maio de 1892, tendo casado com Hermano de Medeiros,
cav. da ordem militar de S. Bento d'Aviz, condecorado com a
medalha de prata da classe de comportamento exemplar, major
de infanteria, a cujo posto ascendeu por dec. de 15 de junho
de 1906, e actual comandante do districto de recrutamento e
reserva n. 0 26, - o qual n. a 14 de dez. de 1858, na freg. da
Fajam de Baixo, do concelho de Ponta Delgada, e é filho de
João Luiz de Medeiros e de sua mulher D. Margarida Soares
d' Albergaria.
D. Helena Borges Bicudo teve do dito seu marido (hoje
casado em 2.•s nupcias com D. Maria Guilhermina da Silveira)
as seguintes filhas :
11 D. Felicia Bicudó de Medeiros : n. a 19 de out.
de 1883.
11 D. Maria Helena Bicudo de Medeiros: n. a 22 de
março de 1888.
11 D. Margarida Bicudo de Medeiros: n. a 6 de
abril de 1890.
1O João Borges Bicudo: n. a 24 de nov. de 1864, e casou com
D. Anna Palma, de quem teve :
11
11 t;~~~r ( que falleceram crianças.
11 D. Helena: n. em out. de 1892.
11 D. Marianna: n. em 1898.

10 Pedro Leite Borges Bicudo, - nasceu a 26 de maio de 1842, e falle-


ceu a 26 de dez. de 1894, tendo casado com D. Maria Ursula
da Fonseca Carvão Paim da Camara. - Vid. Tit. dos Carvões,
§ un., n. 0 8.
Tiveram:
11 Ernesto Borges Bicudo, que n. a 21 de Junho de 1879.

São suas ARMAS : - em campo ver-


de, tres flóres de liz de oiro, em roquete:
timbre, uma das flôres de liz.

(*) Outros usam o seguinte brazão :


- o escudo esquartelado : no 1. 0 quar-
tel as armas dos L eifes, que são como
acima ficam descriptas; no 2. 0 quartel
as armas dos Vasconcellos, que são,
88

em campo negro tres f axas veiradas


de prata e vermelho, sendo a prata da
parte de cima e o vermelho de baixo :
no 3. 0 quartel as armas dos Botelhos,
que são em campo de oiro quatro ban-
das de vermelho; e no 4. 0 quartel as
dos ...... (?): elmo de prata, aberto,
guarnecido de oiro, paquife dos metaes
e côres das armas, e por timbre, o dos
Leites.
Este brasão encontra-se no portão
. do palacio de Sant'Anna, na freg. ma-
triz de S. Sebastião, de Ponta Delgada.

(*) Outro brazão é ainda usado por


alguns membros d'esta família, a saber:
-um escudo esquartelado: no 1. 0 quar-
tel armas dos Leite Pereiras, que são
o escudo esquartelado, no 1. 0 e 4. 0
quarteis, em campo verde, 3 flôres de
liz de oiro, em roquete, e no 2. 0 e 3. 0
quarteis, em campo vermelho, uma cruz
de prata, florida e vazia do campo; no
2. 0 quartel as armas dos Botelhos,
como acima as descrevi; no 3. 0 quar-
tel as armas dos . . . • . . (?); e no
4. 0 quartel as armas dos Vasconcellos,
conforme acima se acham tambem
descriptas: elmo de prata, aberto, guar-
necido de oiro, paquife dos metaes e
côres das armas, e por timbre, o dos
Leite Pereiras.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 05 I, VII, XXVII, XXVIII, XLV,
XLVI, LXIII, LXIV, LXXI, LXXII e XCIII
da Bibliographia
TITULO LII

LEMOS

H A dois ramos d'este appellido na ilha Terceira: um descende


de Jorge de Lemos, o Velho, que viveu no seculo xv1 na villa das
Velas, da ilha de S. Jorge; o outro vem de José de Sousa de
Menezes de Lemos de Carvalho, que nasceu na villa de Agueda e passou
no seculo xvm à primeira das mencionadas ilhas.
Apezar das muitas investigações a que procedi, não pude
certificar-me se o primeiro ramo procede da Casa da Trofa, na
freguezia d'este nome, districto administrativo de Aveiro. Quanto
ao segundo ramo, porem, não me resta a menor duvida de que
tem a sua origem n'aquella nobilissima Casa, da qual foi I.º
senhor Gomes Martins de Lemos, o Moço, por carta passada em
Evora aos 13 de novembro de 1449.

§ 1.º

1 Jorge de Lemos o Valho, - foi casado com Maria d' Avila Betten-
court, com a qual fundou em 1543, na dita villa das Velas, a
Ermida de Santo Antonio, a mais antiga da ilha de S. Jorge.
- Vid. Tit. dos Avillas, § 1.0 • n.º 3.
Tiveram:
2 Jorge de Lemos de Bettencourt, que segue.
2 Gonçalo de Lemos de Bettencourt, clerigo.
2 Ignez Gomes d'Avila, mulher de Guilherme da Silveira.Borges.
- Vid. Tit. dos Silveiros, § 1.0 , n. 0 3.
90

2 Jorge da Lemos de Bettencourt, - fid. da Casa Real, cav. da ordem


de Christo e sr. de uma tença annual de 100$000 reis, por
mercê d'el-rei D. Fillipe II, datada de 1583. Em 1585 exercia
o cargo de vereador da camara de Angra. Casou na ilha
Terceira com D. Joanna de Bettencourt de Vasconcellos. -
Vid. Tit. dos 8ettencourts, § 1. 0 n. 0 3.

Tiveram:
3 Francisco de Lemos de Bettencourt, que segue.
3 Pedro de Lemos de Bettencourt, que se ausentou para a India ;
-s.g.
3 Jorge de Lemos de Bettencourt, fallecido em Madrid ; - s. g.
3
3
D.
D. Maria
Ignez Í/ f renas
. em S. e1onça Io, d'A ngra.

3 Francisco de Lemos de Bettencourt, - foi commendador da ordem de


Christo, e casado na ilha de S. Jorge com D. lgnez Correia de
Mello, de quem teve a filha que segue.

4 O. Maria Joanna de Lemos Bettencourt, - casou co111 Jo:10 de Betten-


court, de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos Bettencourts, § l.", n. 0 4.

§ 2.º

José de Sousa de Menezes de Lemos e Canalho, -- era filho de José


Luiz de Sousa de Menezes de Lemos e Carvalho e de sua
mulher D. Angela Maria Madaglena da Cunha, e, pelo lado
paterno, neto de Bernardo de Lemos e Carvalho, 8. 0 sr. da
Trofa, Jalles e Alfarella, e de sua mulher D. M.ª Magdalena
de Sousa Menezes. - Vid Tit. dos Menezes, § 2.º, n. 05 12 e
13. Pela mesma linha dos Lemos, era José de Sousa 2. 0 neto
de Jeronymo de Carvalho e Vasconcellos e de sua mulher
D. Jeronyma de Lemos; 3. 0 neto de Diogo Gomes de Lemos,
que houve a dita D. Jeronyma, segundo uns, em sua 2.ª mu-
lher D. Guiomar d' Almeida, ou, conforme outros, em D. Leo-
nor Pinheiro, de Vizeu; 4. 0 neto de Duarte de Lemos e de sua
mulher D. Maria de Tavora; 5. 0 neto de João Gomes de
Lemos e de sua mulher D. Leonor de Cabedo; 6. 0 neto de
Duarte de Lemos e sua mulher D. Joanna de Mello; 7. 0 neto
de João Gomes de Lemos e de sua mulher D. Violante de
Sequeira; e 8. 0 neto de Gomes Martins de Lemos, o Môço,
1. 0 senhor da Trofa, e de sua mulher D. Maria de Azevedo
e Meira.
91

José de Sousa de Menezes de Lemos e Carvalho consti-


tituiu na ilha Terceira a familia de que tracta o cit. Tit. dos
Menezes, § 2. 0 , n. 0 14 e seguintes.

São suas ARMAS : - em campo ver-


melho cinco quadernas de crescentes
de oiro, em santor; timbre, uma aguia
vermelha armada de oiro com uma
quaderna dos crescentes no peito, e assen-
tada sobre um ninho de silvas de verde.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas


na Parte I, cap. I, n. 05 IV, VII, XXII, XXXVI,
XLV, XLVI, LXXXV, LXXXVI e XCVIII
da Bibliographia.
.
TITULO LIII

MACHADOS

à ilha Terceira, no seculo xv, na pessoa de Mecla da


P ASSARAM
Andrade Machado, filha do dr. João de Lisboa Machado, que foi
regedor das justiças e senhor de muitas terras, e de sua
mulher Maria de Castro.
O dr. João de Lisboa pertencia à ilustre familia dos Machados,
com solar na freguezia de S. Martinho de Ferreiros, do antigo
couto de Fonte Arcada, no concelho de Lanhoso.

§ 1.º

1 Macia da A1drada Machado, --- foi para a Terceira com seu marido
Gonçalo Annes ou Eannes da Fonseca, tambem appellidado
-da Ribeira Secca. - Vid. Tit. dos Fonsecas, § 1.0 n. 0 1.
Tiveram:

2 Gaspar Gonçalves Machado Ribeira Secca, que segue.


2 João Gonçalves Machado Ribeira Secca, de que me occupo
no§ 2. 0 •
2 Balthazar Gonçalves Machado Ribeira Secca, casado com
Andreza Correia; - c, g.
2 Diogo Gonçalves Machado Ribeira Secca, armado cavalleiro
em Africa, e casado com Catharina da Fonseca; - e. g.
2 lgnez Gonçalves ,\1.achado Ribeira Secca, casada com Pedro
Pinheiro de Barcellos Mariz. - Vid. Tit. dos Pinheiros de
l3arcellos, § 1. 0 , n. 0 1,
94

2 Leonor Gonçalves Machado Ribeira Secca, mulher de João


Gomes de Rezende ; - c. g.
2 Maria Gonçalves Machado Ribeira Secca, casada com João
Gonçalves Fagundes.
2 Marqueza Conçalves Machado Ribeira Secca, de que me occupo
no§ 3. 0 •

2 Gaspar 6onçalm Machado Ribeira Secca, - nasceu em frente da Ter-


ceira, na embarcação que conduzia seus paes para esta ilha.
Foi baptisado na Ermida de Sant' Anna referida a pag. 70 do
vol. I, revestindo este acto a maior solemnidade, não só pela
qualidade do neóphito, mas tambem por ser o primeiro
baptismo que se effectuou na dita ilha. Entrou em explo-
rações marítimas, tentando descobrir uma ilha ao norte dos
Açôres, em epocha que não pode precisar-se, mas que devia
ter sido entre 1486 e 1506, e pelejou em Africa onde pelos
seus actos de bravura foi armado cavaleiro.
Foi casado duas vezes, a primeira com Catharina Cardoso.
- Vid. Tit. dos Cardosos, § 2. 0 , n. 0 2 - e a segunda com
Clara Gil Fagundes. - Vid. Tit. dos Fagundes, § 1. 0 , n. 0 3.
Instituiu nas suas propriedades da Ribeira Secca um
importante vinculo, com capella sob a invocação de Nossa
Senhora da Consolação, e a obrigação de os seus adminis-
tradores usarem aquelles appellidos, em memoria e honra de
seu pae.
Falleceu em 1552.
Do primeiro matrimonio teve uma só filha, que foi:
3 Maria Cardoso Machado Ribeira Secca, que fal. em 1566, tendo
casado com Manoel Rodrigues Fagundes. - Vid. Tit. dos
Fagundes, § 2. 0 , n. 0 3.

Do segundo matrimonio nasceram, entre outros, os filhos:


3 Manoel Machado Ribeira Secca, que segue.
3 Gonçalo Annes Machado, de que me occupo no§ 4. 0 •
3 Diogo Gonçalves Machado, casado com Izabel Lopes Cabaço,
de quem teve, entre outros:

4 Tristão Machado, casado na ilha de S. Miguel


com Izabel Dias Ferreira; matrimonio este de
que nasceram varios filhos e designadamente :

5 Diogo Gonçalves Machado, casado


com Iria de Tavora. Vid. Tit. dos
Tavoras, § 1. 0 , n.o 5.

3 Catharina Gaspar Machado, mulher de Diogo da Pon~e Maciel,


--- Vid. Tit, dos Macieis, ~ 1.0 n. 0 1,
95

3 Manoel Machado Ribeira Secca, - foi juiz dos orphãos na villa da


praia, e casado com Izabel de Azevedo Netto; - Vid. Tit. dos
Nettos, § 2. 0 , n. 0 2.
Tiveram, entre outros, os filhos:

4 Gaspar Manoel Machado, que fal. na lndia; - c. g.


4 Domingos Machado Ribeira Secca, que segue.

4 Domingos Machado Ribeira Secca, - casou na ilha do Fayal com


lzabel de Utra. - Vid. Tit. dos Utras, § 4. 0 , n. 0 4.
Tiveram:

5 João Cardoso Machado, que fal. em 1634, tendo casado com


Maria do Couto; - s. g.
5 Mathias Machado d'Utra, clerigo.
5 Gaspar de Utra Machado, que segue.
5 Maria dos Anjos, religiosa no mosteiro da Conceição, de Angra.

5 Gaspar de Utra Mach!do,-foi baptisado a 4 de outubro de 1597,


e casado duas vezes, a primeira, no Rio de Janeiro, com
D. Beatriz da Cunha, e a segunda com D. Anna de Brum da
Silveira.
Do primeiro matrimonio teve:

6 João de Utra Machado, que se ausentou da Terceira e sem que


d'elle houvesse mais noticia.
6 A madre Anna do Espirito Santo, religiosa professa no dito
mosteiro da Conceição.
6 D. lzabel de Utra Machado, que fal. em 1716, tendo casado
com Nicolau de Freitas de Figueiredo. -- Vid. Tit. dos Figuei-
redos, § 1. 0 , n.o 5.

Do segundo matrimonio nasceram:

6 Antonio de Brum da Silveira, que foi para as lndias de Cas-


tella; - s. g.
6 Guilherme de S. Boaventura (frei 1.
6 Jeronymo de Brum da Silveira, casado com D. Maria Freire de
Araujo; •· s. g.

§ 2.º

2 João 6onçalm Machado Ribeira Secca (§ l.º, n.º 2), - pelejou em


Africa, onde foi armado cavalleiro, e foi casado com Joanna
Gonçalves d'Avila. -Vid.,Tit. dos Avilas, § 1.. 0 , n. 0 2,
96

Tiveram:
3 Gonçalo Annes Machado, que segue.
3 Anna Machado, mulher de Affonso Rodrigues Franco; - c. g.
3 Catharina Machado; - cas., c. g.
3 Francisca Gonçalves Machado, mulher de Pedro Gaspar;-c. g.

3 Gonçalo Annes Machado, - casou com Catharina Correia. - Vid.


Tit. dos Correias, § 7.º, n. 0 2.
Tiveram a filha que segue.

4 Catharlna Slmôa Machado, - casou com Matheus Lopes Cabaço,


filho de Lopo Dias Cabaço e de sua mulher Catharina Dias
Leonardes, referidos a pag. 296 do vol. r.
Tiveram:
5 Paulo Lopes Machado, que segue
5 João Gonçalves Machado; - cas., s. g.
5 Matheus Lopes Machado, que foi religioso da Companhia de
Jesus, e fal. na Guiné, martyr pela Fé Catholica.
5 Anna Machado, mulher de Francisco Lobo; - s. g·
5 lgnez Machado, casada com Antonio Vaz;- s. g.

5 Paulo L1pes Machado, - foi sr. e administrador das terças vincu-


lares instituídas por sua mãe e pelos ascendentes d'esta, e
casado duas vezes, a primeira com Maria de Lemos Vieira.
- Vid. Tit. dos Vieiras, § 3.'', n.º 5- e a segunda, na matriz
da villa da Praia, com D. Beatriz da Camara. - Vid. Tit. dos
Camaras, § l.º, n. 0 5.
Do primeiro matrimonio nasceram:
6 Belchior Machado de Lemos, que segue.
6 D. Beatriz de Lemos Machado, mulher de Diogo de Barcellos
Machado; - s. g.
6 D. Catharina de Lemos Machado, casada com João Mendes de
Vasconcellos. - Vid. Tit. dos Vasconcellos, § 1. 0 , n. 0 4.
6 Mar!ª de S. Paulo_ ( religiosas no convento de Jesus, da
6 Mana dos Archanios , p .
6 Izabel da Visitação , rata.

Do segundo matrimonio teve a filha unica :


6 D. Maria de Sousa de Menezes, mulher de João Camello do
Rego Pereira Castello Branco. - Vid. Tit. dos Camellos, § 4.o,
n. 0 12.

6 Belchior Machado de Lemos, - fid. cav. da Casa Real e capitão de


Ordenanças na villa da Praia. Com este posto combateu contra
os castelhanos, e com tanto animo e esforço que porisso lhe
chamaram - o Viriato terceirense. Foi baptisado na matriz da
97

dita villa em 1577, e falleceu em 1649, tendo casado na ilha


do Fayal com Catharina de Brum da Silveira. -- Vid. Tit. dos
Silveiras, § 2. 0 , n. 0 5.
Tiveram:
7 João lbri, que combateu tambem na dita ilha contra os caste-
lhanos, com o posto de capitão : fal. sem geração.
7 Paulo de Lemos Machado fal. tambem sem geração.
7 D. Margarida de Lemos Machado de Bettencourt, que segue.
D. Maria do• Espirito
d A hSanto. / rehg1osas
. . no convento de Jesus,
7
7 D. Doro th ea os rc anJos ( d p .
7 D. Anna da Conceição l ª raia.

7 O. Margarida de Lemos Machado de Bettencourt, - esteve no dito con-


vento com a habito de pupilla e o nome de Margarida de
S. Paulo. Sahindo do convento, casou com Bernardo Homem
da Costa Noronha. - Vid. Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n. 0 4.

§ 3.º

2 Marqueza 6onçalwes Machado (§ 1.


, n.º 2), - casou duas vezes, a
0

primeira com Affonso Lourenço (e não Gaspar Lourenço


Fagundes, como diz Fr. Diogo das Chagas), e a segunda com
Pedro Fernandes de Toledo {e não Gonçalo Toledo, como diz
o mesmo linhagista). -- Vid. Tit. dos To!edos, § 1.0 , n. 0 1.
Do primeiro matrimonio teve:
3 Pedro Lourenço Machado, que segue.
3 Alvaro Lourenço Machado, que casou duas vezes, a primeira
com Leonor Gonçalves, e a segunda com Luzia Esteves ; -
c. g. extincta.
3 Affonso Lourenço Machado, tambem casado duas vezes, a
primeira com Izabel Rodrigues Fagundes, e a segunda com sua
cunhada Luzia Esteves; - c. g. de ambos os matrimonios.
3 Marqueza Gonçalves Machado, mulher de Diniz Pereira Rodo-
valho ; - c. g.

3 Pedro Loureaço Machado, - casou com Catharina Dias Vieira. -


Vid. Tit. dos Vieiras, § 1.0 , n. 0 2.
Tiveram:
4 Gaspar Lourenço Machado, que segue.
4 Francisco Pires Machado, casado com Apollonia Dias Teixeira ;
-c. g.
4 João Machado; - cas., c. g.
4 Margarida Machado ; - cas., c. g.
7
98

4 Maria Vieira Machado, mulher de George Gomes; - e. g,


4 Barbara Dias Vieira Machado, casada com Antão Martins
Fagundes - Vid. Tit. dos Fagundes, § 6.o, n.o 5.

3 Gaspar Laurenço Machado, - capitão. Nasceu na freguezia de Santa


Barbara, da ilha Terceira, com 113 annos de idade, tendo
casado na ilha de S. Jorge com Paula de Freitas, de quem
teve o filho que segue.

5 Belchior Machado, - foi clerigo. Em 1643 era vigario na parochial


das Lages da ilha do Pico.

§ 4.º

3 Gonçalo Annes Machado (§ 1. 0 , n.º 3), - casou com Leonor Salva


Coelho. - Vid. Tit. dos Coelhos, § 1. 0 , n. 0 3.

Tiveram:

4· Antonio Coelho Machado que segue.


4 Salvador Coelho Machado, casado com Maria Marques; - c. g.
4 João Coelho Machado, fal. solteiro.
4 Gaspar Coelho Machado, foi partidario de D. Antonio, prior do
Crato, pelo que foi morto na ilha Terceira, em 1581 ; - s. g.
4 Catharina Martins, casada com Sebastião Gato Saldanha;
- c. g.
4 Clara Gonçalves Machado, mulher de Bartholomeu Lourenço
Caldeira - s. g.

4 Antonlo Coelho Machado, - casou em Lisboa com Maria de Lin bares


de Sousa. Residiram na jurisdição da villa de Sebastião, da
ilha Terceira, e tiveram, pelo menos, os filhos:

5 João Coelho Machado, que segue.


5 Antonio Coelho Machado.

5 João Coelho Machado, - capitão de Ordenanças. Casou na fre-


guezia das Lages, da dita ilha, a 7 de outubro de 1619 com
Maria Vaz Homem, de quem teve:

6 Antonio Coelho Machado, que segue.


6 Sebastião Homem de Sousa, alferes ; - s. g.
6 João Coelho Homem, que deixou um filho natural chamado:

7 Matheus Coelho, o qual loi baptisado na matriz


da villa da Praia, e fal. solteiro.
99

6 Antonio Coelho Machado, - casou com Maria de Andrade, de quem


teve o filho que segue.

7 Antonlo Coelho Machado, - foi baptisado em Santo Antonio do


Porto Judeu a 20 de junho de 1669, e casado na Sé de Angra,
a 16 de junho de 1700, com Paula das Candeias, de quem teve :

8 João Coelho Machado, que n. a 25 de junho de 1702, e foi


baptisado na Sé de Angra.
8 Antonio Coelho ;\-\achado, que segue.

8 Antonio Coelho Machado, -foi baptisado na Sé de Angra a 21 de


janeiro de 1711, e casado na parochial de Santa Catharina do
Cabo da Praia, a 2 de fevereiro de 1733, com D. Antonia
Felicia de Jesus Cardoso Arruda, de quem teve o filho que
segue.

9 Vicente Cardoso Coelho Machado, - foi baptisado na matriz da villa


de S. Sebastião a 15 de julho de 1734, e casado em Fonte
Bastardo, a 30 d'agosto de 1762, com D. Joana Antonia Ma-
chado, de quem teve o filho que segue.

10 Vicente Cardoso Coelho Machado, - foi tambem baptisado na dita


matriz a 27 de outubro de 1776, e casado com D. Francisca
Candida, de quem teve:.
11 Vicente Cardoso Coelho Machado, que segue.
11 D. F. . . • • Cardoso Coelho Machado.
11 D. F. . . . . Cardoso Coelho Machado.
11 D. F. . . . . Cardoso Coelho Machado.

11 Vicente Cardoso Coelho Machado, - succedeu na casa de seus paes.


Não pude apurar se casou, mas o certo é que deixou um filho
por nome:

12 Vicente Cardoso Coelho Machado, - o qual nasceu no segundo


quartel do seculo x1x, e falleceu na villa de S. Sebastião a
19 de junho de 1903; - c. g.

São suas ARMAS: - em campo verme-


lho cinco machados de prata, com os ca-
100

bos de oiro, postos em aspa: timbre,


dois machados em aspa, atados com
um torçal verde.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 05 IV, VII, XIV, XXXVI, XXXVII,
XLV, XLVIII, LI, LXIV e LXXI da
Bibliographia.
TITULO LIV

MACIEIS

na Terceira pouco depois da descoberta


E STABELECERAM-Sl!l
d'esta ilha, por quanto na segunda metade do seculo xv já
alli existia, em Bellojardim, Diogo da Ponte Maclel, filho de
João da Ponte e de F .......... , de quem Diogo da Ponte, ao que
me parece, tomou o appellido Maciel.
Este era parente, segundo presumo, de Affonso da Ponte Maciel,
que residiu na mesma ilha e pertencia á geração dos Macieis que
no reino existiam com nobreza.

1 Diogo da POBta Maclal, -- foi casado duas vezes, a primeira com


Margarida Coelho. - Vid. Tit. dos Coelhos, § 1. 0 , n. 0 2 - e a
segunda com Catharina Gaspar Machado. - Vid. Tit. dos
Machados, § 1. 0 , n. 0 3.
Do primeiro matrimonio deixou um filho por nome:
2 Roque da Ponte Maciel, casado com Maria Vaz Cardoso. -
Vid. Tit. dos Cardosos, § 3.o, n. 0 3.

Do segundo matrimonio teve, entre outros, o filho que segue


2 6onçalo da Ponta Maclel, - foi morador na villa da Calheta, da
ilha de S. Jorge, e casado com Joanna de Boim. - Vid. Tit.
dos Boins, § un., n. 0 3; - c. g.
102

Affonso da Ponte Maciel, foi clerigo e beneficiado na Ter-


ceira, onde residia em 1540. Era filho de Gonçalo da Ponte
Maciel, neto de Gonçalo Martins Maciel, e este descendente
de João Maciel, alcaide-mór de Villa Nova da Cerveira.

São suas ARMAS: - o escudo par-


tido em pala: na ].ª, em campo de
prata, duas flôres de liz, azues, em
pala; na 2.ª, tambem em campo de
prata, meia aguia de vermelho estm-
dida e armada de negro: timbre, uma
flôr de liz de oiro, entre dous ramos de
macieira verde com maçãs de prata.

A Affonso da Ponte Maciel, § 2. 0 ,


foi concebido, por carta regia passada
em Lisboa aos 10 d'abril de 1540, e
reg. na Chance. de D. João m, L. L, fls.
157 v., o seguinte brazão d'armas: -
um escudo partido em pala: a ].ª de
prata com duas flôres de liz de azul,
e a 2.ª de preto com meia aguia de ver-
melho armada de oiro; por diff erença,
um trifalio de azul picado de oiro: elmo
de prata, aberto, guarnecido de oiro,
paquife de prata e azul, e, por timbre,
meia aguia de oiro, dos peitos para
cima estendida.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas


na Parte I, cap. I, n. 0 • VIII, XLVI e LXIV
da Bibliographia.
TITULC) LV

MALLORYS

Ão de origem ingleza, descendentes de John Mallory que passou


S à ilha Terceira nos principios do seculo xv11 e pertencia à
nobre geração dos Mallorys (ou Malloryes como antigamente
se escrevia), dos Condados de Chester e York.
John Mallory era 10.0 neto de sir William Mallory, que viveu
pelos annos de 1300, como se deduz do seguinte

1 Sir William Mallory, -foi casado com F ......... , filha de Lord


Zouch.
Tiveram o filho que segue.
2 Sir Christopher Mallory, -knt. Casou com Joan, filha e herd.ª de
Sir Robert Conyers, de Hoton Conyers.
D'este matrimonio nasceu:
3 Sir Willlam Mallory, - knt. Foi senhor do solar de Hoton Conyers
- an. 49, Ed. 3, 1375 - e casado com Catharine, filha e herd.ª
de Ralph Nunwick.
Foi seu filho:
4 Wllllam Mallory, -
que casou com Joan, filha de Sir William
Plumpton, knt.
D'este consorcio resultou :
104

5 Sir Wllllam Mallory, -- de Studley. Casou com Dionyzia, filha e


herd.ª de Rich. Tempest., de Studley, e de sua mulher Eleo-
nor, filha e herd.ª de Sir William Washington.
Tiveram:

6 Sir John Mallory, - de Studley. Casou com Elizabeth, filha de


Sir William Hamerton.
D'este matrimónio nasceu:

7 Sir Willlam Mallory, - de Studley- ob: an: 16, Ed. 1v, 1470.
Casou com Joan, filha de Sir John Constable, de Halsham, knt.
Tiveram o filho que segue.

8 Sir John Mallory, - de Studley, knt. Falleceu em vida de seu pae,


tendo casado em Margaret, filha de Tho. Thwaytes, de Lound
(Would).
D'este consorcio resultou:

8 Sir William Mallory, - de Studley, knt. Tinha 22 annos de idade


quando seu avô falleceu. Casou com Jane, filha de Sir John
Norton, de Norton, knt.
Tiveram:
10 Christopher Mallory, que casou com Margery, filha de Sir Chris-
topher Dauby ; - s. g.
10 Elizabeth, que casou duas vezes, a primeira com Sir Robert
Stapleton, de Wigill, knt., e a segunda com Marrnaduke Slin-
gsby.
10 Dorothy, casada com Sir George Bowes, de Shetlam, knt.
10 Sir William Mallory, que segue.
10 Jane, mulher de Nicholas Rudftone, de Hayton, esq.
10 Anne, casada com Sir William Ingleby, de Ripley, knt.
10 Frances, casada com Ninian Staveley, de Haveley.
10 Margaret, mulher de John Conyers, de Hoton.
10 Catharine, casada com Sir George Ratcliffe, de Cartington.

10 Sir WIiiiam Mallory, - de Studley, knt. Herdou a casa de seus


passados, por fallecimento de seu irmão Christopher, e vivia
em 1585. Foi casada com Ursula, filha de George Gayle,
de York.
Tiveram:
11 John Mallory, de Studley, esq. - 1585. Casou com Anne, filha
de William Eure, Lord Eure. D'este matrimonio nasceram :

12 William.
12 John.
12 Christopher.
ij

i '~r ,(!:...,,,., , ~~-1'.w '11n?J~-


,~~n, -:/,,~o~,n) 11::n:;::..-.&~IP
.i.,.;,.,.i/l!m4,·n,,4r,;•1" f;,.,,,.
.
105

12 Robert.
12 Peter.
12 Triphena.

11 William.
li Christopher.
11 George Mallory.
11 Thomas Mallory, que segue.
11 Robert.
11 Francis.
11 Peter.
11 Jane, casada com Thomas Lafcelles, de Brakenbury, esq.
11 Eleonor, mulher de Robert Dowinan, de Pocklington, esq.
11 Anne.
11 Dorothy.
11 Julian.
11 Elisabeth.

11 Thomas Mallory, - foi deão de Chester, e casado com Elizabeth,


filha de Rich. Vaughan, Lord Bispo de Londres.
Tiveram:

12 Richard Mallory, que segue.


12 Thomas Mallory, doutor em theologia e reitor de Northon, no
Condado de Chester.
12 John Mallory, de quem me occupo no § 2. 0
12 Jane. caseda com John Holford, de Davenham.

12 Richard Mallory, -de Moberly, no Condado de Chester. Falleceu


em 1651, tendo casado com Lucy, filha de Richard Holland.
Tiveram:

13 Thomas Mallory, que segue.


13 Roger Mallory, de Virgínia - 1663. Casou com Ellzabeth, filha
de Thomas Mallory, reitor de Northon.
13 Richard Mallory.
13 William Mallory.
13 Elizabeth, casada com Richard Holford, seu parente.
13 Lucy.

13 Thomas Mallory, - de Moberly. Tinha 24 annos em 1663. Casou


com Mary filha de William Burges, de Macclesfield.
D'este matrimonio nasceram:

14 Thomas Mallory, que em 1663 tinha 6 annes.


14 Ellzabeth.
14 Lucv.
14 Alice.
14 Jane.
106

§ 2.º

12 John llallory (§
1. 0 , n.º 12), - é o tronco d'esta familia na ilha
Terceira, aonde passou, como fica dito, nos princípios do
seculo xvu. Tomou ahi parte activa na restauração de Por-
tugal, sustentando à sua custa muitos artilheiros e combatendo
heroicamente, durante mai~ de um anno. com outras pessoas
da sua nação contra os castelhanos, que se haviam fortificado
no castello de S. João Baptista, como tudo melhor consta do
alvará de 5 de maio de 1686, passado em Lisboa, pelo qual
el-rei D. Pedro n. em reconhecimento de tão relevantes servi-
ços, fez mercê a seu filho Guilherme de 54$000 reis de tença
cada anno nas obras pias.
Casou a 1 de setembro de 1658, na Egreja da Conceição,
de Angra, com D. Dorothêa de Sousa Fróes, irmã de Thomaz
de Sousa Fróes, conego da Sé da dita cidade; filhos de Thomaz
de Sousa e de sua mulher D. Antonia Fernandes Fróes, e netos
paternos de Miguel de Sousa e de sua mulher D. Agueda
Martins.
O dito conego Thomaz de Sousa Fróes foi o fundador da
Casa de S. Sebastião das Pedreiras, a S. Lazaro, na fregue-
zia da Conceição, da dita cidade, casa que, com a respectiva
quinta, vinculou em morgado, como se vê do seu testamento
approvado em 20 de novembro de 1676 e de umas declarações
que depois fez e foram approvadas em 4 d'abril de 1677.
D'estas disposições vê-se tambem que o testador determinou
que na administração do dito vinculo entrariam os seguintes
seus sobrinhos: primeiramente, João Mallory, na falta d'este,
Guilherme Mallory, em terceiro Jogar os filhos de D. Maria
Mallory, caso o 2. 0 nomeado não fosse clerigo, e afinal a
successão de D. Joanna Mallory, na falta de descendentes da
dita D. Maria Mallory.
Do matrimonio de John Mallory nasceram, pelo menos,
os filhos:

13 João Mallory, que foi clerigo e conego da Sé de Angra. N. na


dita cidade, sendo baptisado na Egreja da Conceição, e foi o
1 ° administrador da casa vincular de S. Sebastião das Pedrei-
ras, conforme as disposições testamentarias do referido seu thio
e a escriptura de doação que este lhe fez em 23 de mRTço
de 1678.
Foi assassinado em 1688, junto do portão da referida casa,
quando resistia aos soldados que o pretendiam prender por se
dizer que cultivava illegalmente a planta do tabaco.
13 Guilherme Maliory, tambem clerigo e beneficiado na dita
Egreja da Conceição, succedeu a seu irmão na casa e vinculo
107

de S. Sebastião das Pedreiras, de que fez doação, por escri-


ptura de 26 de fev. de 1699, a sua sobrinha D. Maria Josepha
de Menezes Borges Côrte Real, casada com Antonio Sieuve.
- Vid. Tit. dos Silveiras, § 1.0 , n.o 7, e Tit. dos Sieuves,
§ l.º, n.º 1.
13 Thomaz de Sousa Mallory Fróes, baptisado na Egreja da Con-
ceição, referida, a 7 de set. de 1659.
13 D. Maria Mallory, que segue.
13 Soror Antonia de Jesus, freira professa no mosteiro da Con-
ceição, de Angra.
13 D. Joanna Mallory, mulher de Diogo Ston, natural d'Jnglaterra,
e consul geral deputado de Sua Magestade Britanica em todas
as ilhas dos Açôres, com excepção do Fayal e Pico, por carta
patente do consul geral da mesma nação em Lisboa, datada de
15 de set. de 1703 e confirmada por el-rei de Portugal em 30 do
mesmo mez e anno.

13 O. Maria Mallory,-tambem denominada O. Maria de Rei, foi casada


com Guilherme Moniz da Silveira. - Vid. Tit. dos Silveiras,
§ l.º, n. 0 6.

São suas ARMAS: as que constam


da Arvore Genealogica reproduzida na
estampa que segue.

Acerca d'esta familia vid. a dita Arvore Genealogica, que


foi extrahida do Archivo do College of Arms London
em 17 de outubro de 1792, bem como os docu-
mentos que lhe dizem respeito e se encon-
tram actualmente em meu poder.
.
TITULO LVI

MEIRELLES

de Almo Vaz Merens ou Melrens (corrupção de Meirelles),


D EscmNoEM
o qual passou na segunda metade do seculo xv á ilha Ter-
ceira, onde foi dos primeiros povoadores e onde recebeu do
capitão donatario, Jacome de Bruges, varias terras e designada-
mente as comprehendidas entre a Grata do Valle e o Porto
de Pipas.

1 Alnro Vaz Merens,-foi casado com lzabel Velho, de quem teve:


2 João Martins Merens, que segue.
2 Margarida Alvares Merens, que casou duas vezes, a primeira
com Fernão ou Fernando de Contreiras, e a segunda com
D. Pedro Abarca. - Vid. Tit. dos Abarcas, § un., n. 0 2; - c. g.
de ambos os matrlmonios.

2 João Martins Merens, - instituiu um morgado na ilha Terceira,


com a obrigação de usarem os seus administradores o appellido
Merens. Foi casado com Maria Luiz, de quem teve o filho
que segue.

3 Sebastião Mer8DS, - herdou a casa de seus paes, e foi tambem


instituidor de um morgado na dita ilha, como consta de duas
disposições testamentarias que fez em Angra e foram appro-
110

vadas, a primeira em 15 de janeiro de 1564, e a segunda


em 25 de maio do mesmo anno, na nota do tabellião
Balthazar Gonçalves.
Foi casado com Catharina Vaz Rodovalho. - Vid. Tit.
dos Rodovalhos, § 2. 0 , n. 0 2.
Do matrimonio não teve successão: fóra d'elle, porem,
teve uma filha que perfilhou, a saber:

4 Beatriz Merens ou Melrelles, como tambem é nomeada em docu-


mentos, - a qual foi sr.ª e administradora da casa de seus
maiores, e casada com Fernão ou Fernando Bayão, o Môço,
de quem teve a filha que segue.

5 Beatriz Melrelles, - foi a 1.ª administradora do morgado que o


conego Luiz d'Almeida instituiu, no seculo xv11, com a
obrigação de os seus administradores usarem o nome de Luiz,
e sr.ª da casa de seus passados. Casou com André Fernandes
da Fonseca. - Vid. Tit. dos Fonsecas, § 2. 0 , n.º 3.
Tiveram:
6 j
Alexandre Martins da Fonseca fal. s. g.
6 Jeronymo Martins da Fonseca ,
6 André Luiz da Fonseca Meirelles, que segue.
6 Pedro Martins da Fonseca, casado com D. lgnez Pamplona
Côrte Real. - Vid. Tit. dos Pamplonos, § 2.o, n.o 6.
6 Maria da fonseca, mulher de Gonçalo Alvares Pamplona de
Miranda. - Vid. Tit. dos Pomplonas, § 2. 0 , n. 0 5.
6 Brites Meirelles, casada com Pedro do Canto de Castro. - Vid.
Tit. dos Cantos, § 6. 0 , n. 0 5.

6 André Luiz da Fonseca Melrelles, - fid. cav. da Casa Real, procurador


ás côrtes pela cidade de Angra, e sr. da casa de seus maiores.
O sobrenome de Luiz adaptou-o para poder succeder, como
de facto succedeu, no morgado instituido pelo conego Luiz
d' Almeida, acima referido. Casou a 4 de março de 1655 com
D. Iria do Canto de Vasconcellos Pamplona de Miranda. -
Vid. Tit. dos Pamplonas, § 2. 0 , n. 0 5.
Tiveram:
7 Boaventura Meirelles do Canto de Vasconcellos, que segue.
7 lgnacio da Fonseca, que foi para a India.
7 Cosme de Meirelles (frei), religioso c~pucho.
7 D. Antonla Maria do Canto e Vasconcellos, casada no Fayal
com Antonio da Cunha da Silveira. - Vid. Tit. dos Silvei-
ras, § 4.o, n. 0 7.
111

7 D. Iria Cecilia da Fonseca, mulher de Sebastião Cardoso Ma-


chado ; - s. g.
7 D. Mar~arida de Santo André / freiras em s. Gonçalo de An r
7 D. Mana Brites \ ' g a.

7 Boamtura Melrelles do Canto de Vasconcellos, - fid. cav. da Casa Real,


por alv. de 21 de janeiro de 1678, e cav. da ordem de Christo.
Casou a 29 de junho de 1692 com D. Jacinha Maria do Canto
e Castro. - Vid. Tit. dos Cantos, § 6. 0 , n. 0 6.
Tiveram:

8 André Francisco Luis Meirelles do Canto e Castro, que segue.


8 D. F ........ freira em S. Gonçalo, de Angra.
8 D. F....... ; - cas., c. g.

8 André Francisco Luiz Meirelles do Canto e Castro - fid. cav. da Casa


Real, por alv. de 29 de out. 1706 (L. xv11 das mercês de
D. Pedro u, fls. 183), capitão de uma companhia de Orde-
nanças no bairro do Corpo Santo, de Angra, e herd. da casa
de seus maiores. Casou com D. Rosa Francisca Mariana do
Canto e Castro. - Vid. Tit. dos Cantos, § 1. 0 , n.º 7.
Tiveram o filho que segue.

9 Lulz Boa,entura de Melrelles do Canto e Castro, - fid. ca v. da Casa


Real, por alv. de 20 de out. de 1796 (L. 111 da rnatr., fls. 61 v.),
capitão de Ordenanças e herd. da casa de seus maiores. Casou
com D. Rosa Marianna do Canto de Castil Branco. - Vid.
Tit. dos Castil Brancos, § un., n.º 5.
D'este matrimonio nasceu o filho que segue.

10 Luiz Francisco Melrelles do Canto e Castro, - fid. cav. da Casa Real,


por alv. de 20 de out. de 1817, (L. XLIV do reg. das mercês
existente no Arch. Publ. do R. de Janeiro, fls. 59), sargento-
-mór das Ordenanças de Angra, por carta patente de 12 de
dez. de 1797, e coronel do reg. de milicias da villa da Praia,
por dec. de 6 de julho de 1805. Herdou a casa de seus
maiores, e casou com D. Joanna Eusebia de Ornellas Paim
da Camara. - Vid. Tit. dos Pains, § 3. 0 , n. 0 9.
Tiveram:

11 Luiz Meirelles do Canto e Castro, que segue.


11 D. lzabel Delfina, freira em S. Uonçalo, de Angra.

11 Lulz Melralles do Canto e Castro, - fid. cav. da Casa Real, por alv.
de lJ de agosto de 1818 (L. XLV do reg. das mercês existente
112

no Arch. Publ. do R. de Janeiro, fls. 75. v.), cav. da ordem da


Conceição, vereador do senado de Angra, capitão da compa-
nhia de Ordenanças de cavallo da dita cidade, por carta
patente de 2 de out. de 1817, membro do governo absoluto
referido a pag. 52 do vol 1, socio de l'Académie d'Horticulture,
de Paris, auctor da Memoria sobre as Ilhas dos Açôres,
impressa em Paris no anno de 1834, e herd. da casa de seus
maiores. N. a 16 de maio de 1785, e fal. a 19 de maio de
1854, tendo casado com D. Francisca Paula Merens de Noronha
e Tavora. - Vid. Tit. dos Tavoras, § 1. 0 , n. 0 9.
Tiveram:

12 Luiz Meirelles do Canto e Castro Merens de Tavora, que


segue.
12 O. Maria Ignacia Meirelles: n. em Angra em 1818, e fal. em
Menars-le-Chateau (França) a 28 de maio de 1838.
12 Luiz Francisco Meirelles do Canto e Castro, fid. cav. da Casa
Real, presidente da camara municipal de Angra e vice-consul
do Mexico na mesma cidade. N. na casa da Candelaria a 30
de maio de 1821, e fal. a 5 de agosto de 1898, tendo casado
na Conceição, da dita cidade, a 22 de abril de 1863, com
D. Maria da Encarnação da Costa Noronha. - Vid. Tit. dos
Noronhas, § 2. 0 , n. 0 9. Tiveram:

13 Bernardo de Meirelles, que n. em Angra a 27 de


maio de 1865, e fal. criança,
13 D. Maria Thereza de Meirelles, que tambem n.
em Angra, e casou a 18 de março de 1903 com
Francisco Jorge da Silveira e Paulo; - c. g.
13 O. Maria da Encarnação de Meirelles, que fal.
solteira em 1882.

12 André Francisco Meirelles de Tavora do Canto e Castro, de


que me occupo no § 2. 0
12 O. Maria Margarida Meirelles do Canto e Castro, n. a 30 de
out. de 1824, na Casa da Candelaria, e fal. solteira a 8 de nov.
de 1906.
12 Alexandre Bento Meirelles de Tavora do Canto e Castro, fid.
cav. da Casa Real, commendador da Conceição, bachHrel
formado em direito pela Universidade de Coimbra (18,55) e
juiz das l<elações de Nova Goa, Açôres e Lisboa. N. na ilha
Terceira a 10 de março de 1826, e fal. em Lisboa a 11 de nov.
de 1896, tendo casado a 14 de jan. de 1875 com miss Caroline
Payant.
12 O. Maria Francisca Meirelles do Canto e Castro: n. na dita
ilha a 8 de abril de 1827, e casou duas vezes, a primeira com
Joaquim Antonio da Matta e Silva, bacharel formado cm
direito pela Universidade de Coimbra e auditor militar, o qual
fal. em Lisboa, e a segunda com seu cunhado Augusto Antonlo
\111 Matta ~ Silva (dr.), que fal. em Castello Brancc;i.
113

Do primeiro matrimonio teve :

13 D. Maria da Luz da Matta e Silva: n. em Angra


em 1850, e casou em 1880, em Castello Branco,
com Antonio Baptista Lobo, capitão de infanteria,
de quem teve

14 José de Meirelles Lobo, que n. a 26


de nov. de 1881.
13 D. Maria Francisca da Matta e Silva.
13 D. Anna da Malta e Silva.
13 Augusto da Matta e Silva.

Fóra do matrimonio, teve o dito Francisco Meirelles do


Canto e Castro os filhos seguintes:
12 Luiz Meirelles, que foi para o Brazil.
12 D. Maria Innocencia, recolhida em S. Gonçalo, de Angra.
12 D. Maria da Conceição Meirelles do Canto e Castro, mulher
de José Antonio Telles Pamplona. - Vid. Tit, dos Coro-
neis, § 2. 0 , n.º 4.

12 Lulz Malrelles do Canto e Castro Merens de Tnora, - fid. cav. da Casa


Real, por alv. de 18 de fevereiro de 1861 (L. xrx do reg. das
mercês, fls. 203 v.), alumno do Colegio dos Nobres, sr. da
casa de seus maiores, em S. Matheus, e da respectiva capella
que reedificou sob a invocação de Nossa Senhora da Cande-
laria (Vid. pag. 36), bem como sr. do morgado dos Merens e
d'outros que foram de seus antepassados. Nasceu em Angra
a 31 de janeiro de 1816, e falleceu na Quinta de Nossa
Senhora da Piedade, em Algés, a 31 de julho de 1876, tendo
casado duas vezes, a primeira com D. Emília Clara Borges
Teixeira de Araujo e Azevedo. - Vid. Tit. dos Teixeiras
(outros), § un., n. 0 11 - e a segunda com D. Maria do
Amparo Ferreira, natural de Angra.
Do segundo matrimonio não teve geração; do primeiro,
porem, teve os seguintes filhos:
13 D. Emitia Clara Merens de Tavora do Canto e Castro: n. em
Angra a 5 de maio de 1842, e fal. solteira, em Cintra, a 22 de
junho de 1861.
13 D. Marqueza Maria de Tavora do Canto e Castro: n. em Angra
a 26 de maio de 1843, e casou a 20 de out. de 1870 com
Antonio Feliciano Alvares da Costa Teixeira de Brito (dr.), de
Villa Moinhos (Mortagoa), de quem teve:

14 José Feliciano Alvares Teixeira de Brito, o qual


n. em Coimbra a 5 de sei. de 1872.

13 D. Maria Luiza, que fal criança.


13 Luiz do Canto e Castro Merens de Tavora, que segue.
8
114

13 D. Maria Emilla de Tavora do Canto e Castro: n. em Angra


a 29 de julho de 1852, e vive no estado de solteira no real
mosteiro da Encarnação, de Lisboa.
13 D. Maria Palmyra de Tavora: n. em Lisboa a 23 de nov. de
1854, e ahi casou com Pedro Rumano Folgue, coronel de
engenharia de quem teve:

14 D. Maria Emilla de Tavora Folgue, que n. em


Lisboa a 28 de julho de 1878.
14 D. Joanna de Tavora Folgue, que n. na mesma
cidade a 8 de fev. de 1883.

Fóra do matrimonio, teve o dito Luiz Meirelles do Canto


e Castro Merens de Tavora uma filha, por nome:

13 D. Clara Francisca de Tavora, a qual n. em Angra a 30 de


nov. de 1841; - solteira.

13 Luiz do Canto e Castro Merens da Tawora, - fid. cav. da Casa Real,


do conselho de Sua Magestade Fidelissima, condecorado com
a medalha de prata do Merito Philantropico e Generosidade,
engenheiro civil, cujo curso completou em 24 de dezembro
de 1873, governador civil do districto do Funchal, e director
das obras publicas dos districtos de Angra do Heroismo,
Ponta Delgada, Beja e Evora. Alem d'estes cargos, outras
commissôes de serviço publico tem desempenhado, com zelo
e intelligencia, quer na direcção geral dos telegraphos e
pharóes do reino, quer na direcção fiscal d'exploração dos
caminhos de ferro.
N. em Lisboa a 25 de junho de 1848, e succedeu na casa
e morgados de seus passados; - solteiro.
Tem um filho natural, que perfilhou em 1907, por nome:

14 Raul Lulz d'Oliveira, actual alumno da Escola Polytechnica


de Lisboa.

12 André Francisco Meirelles de Tavora do Canto e Castro (§ 1.0 , n.º 12), -


fid. cav. da Casa Real, por alv. de 30 de maio de 1875,
commendador da ordem de Christo, cav. de varias ordens
estrangeiras, official da instrucção publica de França, sacio
correspondente do Instituto de Coimbra, sacio da Sociedade de
Geographia de Lisboa e de varias sociedades litterarias estran-
geiras, thesoureiro da alfandega de Angra do Heroismo, membro
da junta geral do mesmo districto, vice-consul da França na ilha
Terceira, 1. 0 official chefe de secção do ministerio das obras
publicas, commercio e industria, e distincto jornalista. Escreveu
115

um livro intitulado: Quelques môts sur San Exc. le Marquis


d'Avila et de Boiama, impresso em Lisboa no anno de 1871, e
outro com o seguinte titulo: O Marquez de Sá da Bandeira,
Biographia fiel e minuciosa do illustre finado, etc., impresso
tambem em Lisboa no anno de 1876. Fez a sua educação em
França, no Prytannée de Menars, fundado pelo príncipe
Joseph de Chimay, e depois no collegio de Fontenay-aux-
Roses, dirigido por frei José da Sacra Familia.
N. na Casa da Candelaria a 13 de julho de 1823, e falle-
ceu em Lisboa a 3 de março de 1898, tendo casado em An-
gra a 23 de setembro de 1848 com D. Arina de Menezes de
Lemos e Carvalho, - Vid. Tit. dos Menezes, § 2.0 , n. 0 16.
Tiveram:
13 D. Maria Francisca de Paula Meirelles de Tavora do Canto e
Castro, que n. em Angra (Q. de Nossa Senhora do Desterro) a
20 de nov. de 1849; - solteira.
13 Francisco de Menezes Meirelles do Canto e Castro, que
segue.
13 André Meirelles de Tavora do Canto e Castro, fid. da Casa
Real: n. em Angra a 5 de jan. de 1855; - solteiro.

13 Francisco de Menezes Melrelles do Canto e Castro, - 1.0 visconde de


Meirelles (dec. de 9 de maio de 1902), commendador da
ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa
(1883), official da ordem de S. Thiago do Merito Scientifico,
Litterario e Artístico (1894), do conselho de Sua Magestade
Fidelíssima (1896), fid. cav. da Casa Real (alv. de 9 de
maio de 1900), cavalleiro e commendador da ordem de
S. Miguel e S. Jorge de Inglaterra, com o tractamento de Sir
(diploma assignado pelo rei Eduardo v11 em 10 de nov. de
1902, data do seu anniversario natalicio), commendador da
Corôa da Prussia (8 de nov. de 1907) e socio correspondente
do Instituto de Coimbra; antigo vice-presidente da com missão
Africana da Sociedade de Oeographia de Lisboa, delegado da
mesma Sociedade na Allemanha, membro da direcção da Real
Asiatica de Londres, succursal de Bombaim, e delegado geral
na India Portugueza da Sociedade Academica lndo-Chineza
de Paris; presidente honorario do Instituto Luso-Indiano de
Bombaim, assim como da Real Sociedade de Socorros Mu-
tuas em Buenos Aires, da Sociedade de Socorros Mutuos
de Rosario de Santa Fé e da Real Sociedade Portugueza de
Beneficencia de Montevideu, e membro da Sociedade Acade-
mica de Tolosa; antigo contador geral da junta de fazenda
de Moçambique, director da alfandega da capital da mesma
provincia 1 administrador geral das alfandegas da India Portu-
116

gueza, consul geral de Portugal no Imperio da India Britanica,


e em Bremen e Stettin, governador dos territorios de Manica
e Sofala, na Africa Oriental Portugueza, addido commercial
á legação de Portugal junto á côrte de Berlim, e enviado ex-
traordinario e ministro plenipotenciario em Buenos Aires e
Montevideu (dec. de 12 de set. de 1907), bem como junto ás
côrtes de Belgrado, Sofia e Bucarest (dec. de 4 de dez. de
1908). Actualmente desempenha este cargo em todas as re-
publicas da America Central e Meridional, com excepção do
Brazil, por dec. de 22 de julho de 1909.
E' o actual senhor do Palacio e Quinta de S. Matheus, no
Dáfundo (arredores de Lisboa).
Nasceu em Angra do Heroísmo (Quinta de Nossa Senhora
do Desterro) a 21 de nov. de 1850, e casou em Lisboa, na
parochial de Santa Izabel, a 3 de março de 1875, com D.
Maria Carlota da Costa Freitas, viscondessa de Meirelles,
com o titulo de Lady em Inglaterra, a qual nasceu em Lisboa
a 9 de abril de 1856; é filha de João Baptista de Freitas e
de sua mulher D. Carlota Maria da Costa, fallecida em 9 de
set. de 1909; e neta paterna de Francisco Antonio de Frei-
tas, 1.0 tenente d'artilheria, fuzilado a 24 de julho de 1833,
no Algarve, pelas tropas absolutistas, quando ia tomar o
commando da praça de Sagres, e de sua mulher D. Angelica
Rosa de Azevedo.
Os viscondes de Meirelles teem os seguintes filhos :
14 D. Maria Anna Carlota Francisca de Freitas Meirelles do
Canto e Castro, que n. em Moçambique a 27 de fev. de 1876,
e casou em Lisboa, na freg. de Santa Izabel, a 21 de fev. de
1898, com Pedro Maria Bessone Basto, fid. cav. da Casa Real,
official de engenharia, e actual director geral das obras publi-
cas no estado da lndia; filho de Nuno José Pereira Basto, fid.
cav. da Casa Real, e de D. Carolina Maria Bessone, filha dos
I. 0 • viscondes de Bessone.
Do matrimonio de D. Maria Anna resultaram os filhos
seguintes:
15 Nuno Maria: n. no dito palaclo de S. Matheus
a 19 de nov. de 1898.
15 D. Maria Thereza: n. no mesmo palacio a 18 de
jan. de 1900, e fal. a 17 de maio de 1901.
15 D. Maria da Graça : n. na Beira (Africa Oriental)
a 20 dez. de 1901.
15 Francisco José. n. tambem em S. Matheus a 9
de maio de 1903.
14 Francisco de Freitas Melrelles do Canto e Castro, que segue.
14 D. Maria Carlota Anna Francisca Lulza de Freitas Meirellcs
do Canto e Castro : n. em Ribandar (lndía Portugueza) a 20 de
fev. de 1880.
117

14 D. Maria das Dôres Angelica Anna Carlota Francisca de Freitas


Meirelles do Canto e Castro : n. em Lisboa a 2 de dez. de
1882, e casou na capella do dito palacio de S. Matheus a 4 de
maio de 1903 com Hugh Edivim Hamilton Gordon, abastado
proprietario em Sydney, Nova Galles do Sul (Australia) da
familia dos marquezes de Huntley, em Escocia, e de quem teve :
15 Francis Hamilton Gordon, que n. em Point Piper,
Sydney, em 28 de jan. de 1904.
15 Mary Catherine, que tambem n. em Point Piper,
em 10 de março de 1905.
15 George, que n. no mencionado palacio em 21 de
jan. de 1908.
14 Pedro de Castro do Canto, fid. cav. da Casa Real: n. em Lisboa,
na freg. de Santa Izabel, a 4 de dez. de 1897.

14 Francisco de Freitas Melrelles do Canto e Castro, -fid. cav. da Casa


Real, por alv. de 9 de maio de 1900, agronomo pelo Instituto
de Agronomia de Lisboa, em serviço no ministerio das obras
publicas, commercio e industria (30 de maio de 1903). N. em
Moçambique a 30 de março de 1878, e casou em Lisboa, na
capella do palacio de S. Matheus, a 28 de setembro de 1899,
com miss Sophia Henrietta Bleck que nasceu em Londres a
25 de maio de 1880: filha de Joseph William Henry Bleck,
commendador da ordem da Conceição, cav. da ordem de
Christo e da Legião d'Honra, e consul geral da Grecia em
Lisboa, e de sua mulher D. Sophia Loforte Peixoto.
Teem os seguintes filhos:
15 D. Maria Luiza Anna Carlota Francisca: n. no palacio de
S. Matheus a 5 de out. de 1900.
15 D. Maria Francisca Anna Carlota : n. no mesmo palacio a 13 de
junho de 1903.
15 André Luiz Francisco: n. tambem em S. Matheus a 16 de
agosto de 1905.

(*) Usam as seguintes ARMAS: - um


escudo esquartelado : no 1. 0 quartel as
armas dos Castras, de seis arruellas,
mas erradas, pois estas devem assentar
em campo de prata, e não de oiro ou
vermelho como vejo em brazões d' esta
familia que tenho presentes; no 2. 0
quartel .as armas dos Meirelles; no 3. 0
118

quartel as dos • . . . . (? ), que alguns


substituem pelas dos Tavaras; e no 4. 0
quartel as armas dos Cantos, como
foram concedidas a Pedro Annes do
Canto e se acham descriptas a pag. 258
do vol. I: sobre tudo um escudete em
que uns collocam as armas dos Mellos
e outros as dos Castres. Sobre o
escudo collocam, uns, uma corôa de
marquez, e outros ( o visconde de Mei-
reles, § 2. 0 , n. 0 13, e seus descendentes)
uma co1ôa de visconde, com o timbre
dos Meirelles e a divisa -Auspicium
melioris revi --que é commum e obri-
gatoria para todos os commendadores
da ordem de S. Miguel e S. Jorge de
Inglaterra.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 05 I, VII, XXVII, xxvm, XXXVI,
XXXVII, LXII, LXlll, LXXXV, LXXXVI e XCVlll
da Bibliographia
TITULO LVII

MEL LOS

de O. Beatriz de Mello, filha de Vasco Martins de Mello,


D ESCENDEM
fid. da Casa Real, e sobrinho de D. Pedro Vaz de Mello,
1.0 conde d' Atalaya, como consta da carta de brazão d' armas
passada a seu 7. 0 neto Francisco de Mello e Vasconcellos, adiante
mencionado.
D. Beatriz passou aos Açôres (ilha Graciosa), no ultimo quartel
do seculo xv, com seu marido Gaspar Dias d'Arce, fid. hespanhol,
natural das Asturias, e irmão de D. Sancha Rodrigues d'Arce, refe-
rida a pag. 161 do vai. I.
A sua descendencia conservou-se, em parte, na mencionada
ilha; outra parte ramificou-se em outras ilhas do dito archipelago
e nomeadamente na Terceira, onde se entroncou com as suas
principaes familias; e outra parte, finalmente, passou ao continente
do reino e ao Brazil.

§ 1.º

l O. Beatriz de Mello, - teve do dito seu marido Gaspar Dias


d' Arce os seguintes filhos:

2 Diogo de Mello da Cunha, que segue.


2 D. Leonor de Mello de que me occupo no§ 2. 0 ,
120

2 Diogo da Mello da Cunha, - casou com F . . . . . Sodré, filha de


Vasco Gil Sodré.
Tiveram:
3 D. Iria de Mello, que segue.
3 D. Catharina de Mello, mulher de F ••••. de Vasconcellos
da Cunha.

3 O. Iria da Mallo, - casou com Froylos de Vasconcellos, de


quem teve:
4 Bartholomeu de Vasconcellos, fld. da Casa Real, commendador
d'Aviz e capitão-mór das armadas do reino.
4 D. Luiza de Mello de Vasconcellos que segue.

4 O. Lulza de Mello de Vasconcellos, - casou com Antonio Oliveira do


Carvalhal, cav. fid. da Casa Real, capitão e alcaide-mór de
Pereira, no Brazil.
D'este matrimonio nasceu:

5 Manoel de Mello de Vasconcellos, - cav. fid. da Casa Real, cav.


prof. na Ordem de Christo e companheiro de D. Sebastião na
jornada d' Africa, onde ficou captivo em Alcacer Kibir. Foi
casado com D. Francisca de Parada, de quem teve:

6 Lulz da Mello de Vasconcellos, - que foi coronel, e casado com


D. Antonia Garcez de Oliva. D'estes proveio:

7 Lulz da Mallo de Vasconcellos, - tambem coronel, e casado com


D. Margarida Telles de Menezes Bettencourt.
D'este consorcio nasceu:

8 Caetano da Mello de Vasconcellos, - que casou com D. Leandra


Bezerra de Alpoim, de quem teve:

9 Francisco da Mello e Vasconcellos, -- cav. fid. da Casa Real e doutor.


Nasceu em S. Salvador da Bahia de todos os Santos, onde
vivia em 1795.

2 D. Leonor de Mello, (§ 1. 0 , n.º 2), instituiu um vinculo na ilha


Graciosa, no testamento de 11 de jan. de 1542, e foi casada
121

duas vezes, a primeira com Jorge Correia da Cunha. - Vid.


Tit. dos Correias, § 1.0 , n. 0 2, - e a segunda com Francisco
Espinola, do qual não teve successão.

São suas ARMAS : - em campo ver-


melho seis besantes de prata, entre uma
dobre cruz e bordadura de oiro; timbre,
uma aguia de preto, armada e mem-
brada de vermelho, e carregada dos
seis besantes do escudo sobre o peito.
A Francisco de Mello e Vasconcel-
los, § 1. 0 n.º 9, foram passados dois
brazões d'armas: um em 7 de dez. de
1782, e outro em 24 de fev. de 1795.
O primeiro, que está reg. no Cart.
da Nobr., L. III, fls. 81, consiste no
seguinte: - um escudo partido em pala,
na 1.ª as armas dos Mellos, e na 2.ª
as dos Vasconcellos.
O segundo, tambem reg. no dito
Cart., L. v, fls. 89, consta do seguinte:
- um escudo esquartelado: no J. 0 e
4. 0 quarteis as armas dos Carvalhaes,
no 2. 0 as dos Vasconcellos, e no 3. 0 as
dos Mellos.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n.ºª VII, VIII, XLVI, LXIV e LXX
da Bibliographia.
TITULO LVIII

MENEZES

D E!-4CENDEM da antiga e nobílissima família dos Menezes, de


que é chefe D. Tello Pires de Menezes, 1.0 senhor de Mene-
zes, e o 1. 0 tambem que fez uso d'este appellido.
Passaram á ilha Terceira em tres ramos, dos quaes é tronco
commum D. Martim Affanso Tello da Menezes, filho de D. Affonso Tello
de Menezes e de sua mulher D. Berenguella Lourenço de Valla-
dares; l .º neto, pelo lado paterno, de D. Gonçalo Annes de Mene-
zes, o Raposo, e de sua mulher D. Urraca Fernandes de Lima; e,
por este mesmo lado, 2. 0 neto de D. João Affonso Tello de
Menezes, rico-homem e alferes-mór d'el-rei D. Affonso m, e de sua
mulher D. Berenguella Gonçalves Girão; 3. 0 neto de D. Affonso
Tello de Menezes e de sua 2.ª mulher D. Thereza Sanches, filha
bastarda d'el-rei D. Sancho I de Portugal e da celebre D. Maria
Paes Ribeira, a Ribeirinha; e 4. 0 neto do mencionado D. Tello
Pires de Menezes e de sua mulher D. Gontrode Garcia de Villar
Mayor.
Da Terceira passaram a outras ilhas do mencionado archipe-
lago e nomeadamente a San Miguel e Graciosa, onde se enlaça-
ram com as suas principaes famílias, como adiante demonstrarei.

§ 1,0

1 O. Martim Affonso Tallo da Menezes, - foi assassinado em Castella por


ordem d'elrei D. Pedro, o Cru, tendo casado em Portugal com
124

D. Aldonça de Vasconcellos, filha de João Mendes de Vascon-


cellos, e de sua mulher D. Aldara· Affonso Alcoforado.
Tiveram, pelos menos:
2 D. João Affonso Tel10 de Menezes, 7.o conde de Barcellos,
alcaide-mór de Lisboa e almirante da esquadra que el-rei
D. Fernando armou em 1381 e que foi desbaratada em Saltes
pela esquadra castelhana do commando de Sanches de Toar.
Seguindo despois o partido de Castella contra D. João t, velo
a fallecer na batalha de Aljubarrota.
Foi casado com D. Brites de Albuquerque ; - c. g.
extincta.
2 D. Gonçalo Telles de Menezes, que segue.
2 D. Leonor Telles de Menezes, que contrahiu primeiras nupcias
com seu parente D. João Lourenço da Cunha, fidalgo provin-
ciano e sr. de Pombeiro. Rôto este casamento, em 1371, foi
Rainha de Portugal pelo seu casamento com el-rei D. Fer-
na•1do, o Formoso.
Do primeiro matrimonio teve um filho chamado:
3 D. Alvaro da Cunha, que herdou o senhorio
de Pombeiro.
Do segundo matrimonio nasceram :
3 D. Beatriz, que n. em Coimbra em 1372 e foi
casada com eJ-rei D. João I de Castela ; - s. g.
3
3 8: ~!~r~so ~ que falleceram crianças.
2 D. Maria Telles de Menezes, de que me occupo no § 2. 0

2 O. 6onçalo Telles de Menezes, -foi o


1.0 conde de Neiva e Faria
(titulo hoje encorporado na Casa de Bragança), alcaide-mór de
Coimbra e 1.0 sr. de Cantanhede. Casou com D. Maria Affonso
de Albuquerque, filha bastarda, legitimada, de O. João Affonso
Sanches, o do Athaude, sr. de Albuquerque e d'outras terras,
a quem el-rei D. Pedro, o Cru, de Castella, mandou tambem,
matar, em 1336, e de D. Maria Gil; neta paterna de D. Affonso
Sanches (filho bastardo de el-rei D. Diniz, que o houve em
D. Aldonça Rodrigues Telha, fidalga pelo nascimento) e de
sua mulher D. Thereza Martins, filha dos Condes de Barcellos,
D. João Affonso e D. Thereza Sanches (ou D. Maria Comei):
e, pelo lado materno, era a dita D. Maria Affonso descendente
de D. Martim Alonso, filho d'el-rei O. Alonso de Leão e de
D. Thereza Gil.
Tiveram:
3 D. Martinho de Menezes, que segue.
3 D. Ignez Telles de Menezes, mulher de João Fernandes
125

Pacheco, sr. de Ferreira d'Aves·e d'outras terras, e, em Castella,


sr. de Belmonte da Mancha.
D'estes procedem os marquezes de Vilhena, duques de Es-
calona e outras familias titulares e grandes de Hespanha e
Portugal.

3 D. Martinho da Menezes, - foi sr. de Cantanhede e d'outras


terras que seu pae havia perdido, e casado com D. Thereza
Vasques Coutinho, filha de Vasco Fernandes Coutinho e de
sua mulher D. Brites Gonçalves de Moura.
Tiveram:
-1 D. Fernando de Menezes, que foi mordomo-mór da rainha
D. Izabel, mulher d'el-rei D. Affonso v, e herd. da casa de seus
paes. Casou com D. Brites Freire de Andrade. D'estes proce- ·
dem os condes de Cantanhede e outras famílias illustres de
Portugal.
4 D. Brites de Menezes, que segue.
4 D. lgnez de Menezes, casada com Gonçalo Nunes Barreto,
2. 0 do nome, conselheiro d'el-rei D. João I, fronteiro-mór do
Algarve e alcaide-mór de Faro. Entre outros filhos, deixaram
um por nome:
5 Gonçalo Nunes Barreto, que foi alcaide-mór de
Faro, e casado com D. Izabel Pereira, filha de Dio-
go Pereira, commendador-mór de S. Thiago: ma-
trimonio este de que nasceram varios filhos e
designadamente:
6 D. Ignez de Menezes Barreto, que
foi 2. ª mulher de Henrique Moniz,
o Velho. Estes tiveram, entre outros,
um filho por nome:
7 Guilherme Moniz Bar-
reto, o Velho, o qual
foi casado na ilha Ter-
ceira com D. Joanna
Vaz Côrte Real.-Vid.
Tit. dos Côrte Reaes,
§ 1. 0 , n. 0 3.

4 O. Brites de Menezes, - serviu o cargo de camareira-mór da


rainha D. Izabel, e foi casada com Ayres Gomes da Silva
(em 2.ª• nupcias d'este), o qual foi armado cav. pelo regente
D. Pedro, na jornada de Ceuta, e um dos bravos de Alfarro-
beira, bem como foi regedor das justiças, alcaide-mór de
Montemór-o-Velho, governador de Lisboa e 3. 0 sr. de Vagos
e Unhão.
D. Brites falleceu em 1462 e seu marido em 1454, dei-
xando de seu matrimonio, entre outros, os seguintes filhos, em
quem foi dividida a sua grande casa:
5 João da Silva, que segue.
12ô

5 Fern!io Telles de Menezes, cemmendador de Ourique na ordem


de S. Thiago, mordomo-mór de D. Leonor, mulher d'elrei
D. João 11, e 4. 0 sr. de Unhão: casou com D. Maria de Vilhena.
D'estes procedem os condes de Unhão.

5 João da SIIH, - foi um dos bravos capitães de Africa em Alcacer


Ceguer, Arzilla e Tanger, general del Ampurdam -- assim
denominado pelas victorias que alcançou na campanha a favor
do condestavel D. Pedro-, pretendente á corôa d'Aragão,
alcaide-mór de Montemór-o-Velho, camareiro-mór do prín-
cipe D. João, e 4. 0 sr. de Vagos. Foi casado com D. Branca
Coutinho, de quem teve, entre outros filhos:

6 Ayres da Silva, em quem continuou a representação e senhorio


de Vagos.
6 Gonçalo da Silva, que segue.

6 Sonçalo da SIiva - , foi sr. de Abiul e casado com D. Joanna da


Silva; matrimonio este de que resultaram varias filhos e
nomeadamente :

7 O. Francisco da SIiva de Menezes, - que casou duas vezes, a pri-


meira com Henrique Moniz, e a segunda com Bernar-
dim Freire.
Do primeiro matrimonio teve a filha que segue.

8 O. Joanna de Menezes, - dama da rainha D. Catharina, e casada


na ilha Terceira com seu primo Sebastião Moniz Barreto. -
Vid. Tit. dos Monizes, § 1. 0 , n. 0 2.

§ 2.º

2 o. Maria Telles de Menezes (§ 1.0 , n.º 2), - foi dama da infanta


D. Beatriz (irmã d'el-rei D. Fernando) e casada duas vezes, a
primeira com D. Alvaro Dias de Sousa, filho de D. Diogo
Affonso de Sousa, da nobilissima família dos Sousas, e de
sua mulher D. Violante Lopez Pacheco, e a segunda com o
infante D. João, filho de D. Pedro 1, 8. 0 rei de Portugal, e
de D. lgnez de Castro. .
Foi barbara e injustamente assassinada em Coimbra, em
1377, no Paço de Sub-Ripas, por seu 2. 0 marido, de quem
não deixou successão.
127

Do primeiro matrimonio, porem, deixou um filho, que foi:

3 D. Lopo Dias da Sousa, - 8. 0 mestre da ordem de Christo, sr. das


villas de Mafra e Ericeira, que foram de seu avô paterno, e
um dos mais déstros cavalleiros do tempo d'el-rei D. João r.
Nasceu em 1359 ou 1360, e houve em Maria Ribeira (com a
qual depois casou, segundo affirmam alguns linhagistas e
nomeadamente Damião de Goes), entre outros filhos, de que
procedem os condes de Miranda do Corvo, marquezes de
Arrronches e outras familias titulares e illustres de Portugal,
uma filha por nome :

4 D. Violante de Sousa de Menezes, - que casou com Ruy Vaz


Ribeiro de Vasconcellos, fid. da Casa Real.
Foi sua filha :

5 D. lzabal de Sousa de Menezes, - mulher de João de Magalhães,


sr. da casa de Magalhães, castello da Nobrega, couto de
Font'Arcada e Souto Rebordães, e 1. 0 sr. da villa da Ponte da
Barca.
Entre outros, tiveram o filho que segue.

6 Faraão de Sousa Magalhães, - casou com D. Izabel Barbosa, sr.ª e


herd.ª da casa de Pentieiros, de quem teve varias filhos e
nomeadamente :

7 João de Sousa Magalhães, - que herdou a dita casa de Pentieiros,


e foi casada com D. Violante Fegundes, filha de João Alvares
Fagundes.
D'este matrimonio resultaram varias filhos, sendo um
d'elles:

8 Damião de Sousa de Menezes, - sr. e herd. da casa de Pentieiros, e


casado com D. Maria de Sousa Alcoforado. - Vid. Tit. dos
Pamplonas, § 1.0 , n. 0 3.
Tiveram, entre outros, o filho que segue.

9 Sebastião de Sousa de Menezes,-· sr. e herd. da casa de Pen-


tieiros, bem como do vinculo de S. Matheus da Calheta, ins-
tituido em 1581, na ilha Terceira, por teu thio materno
Gonçalo Vaz de Sousa. - Vid. cit, Tit. dos Pamplonas, § 1.º,
n. 0 3. Casou com D. Joanna de Noronha, filha e herd.ª de
D. Garcia de Noronha, governador da India.
128

Entre outros flhos, deixaram um por nome:


10 Damião de Sousa de Menezes. - que foi governador de Salvaterra
do Minho, capitão-mór d'Avciro, sr. e herd. da casa de Pen-
tieiros, e casado com D. Joanna de Tavora.
Tiveram vários filhos, sendo um d'elles:
11 Manoel de Sousa de Menezes, - môço fid. da Casa Real, commen-
dador da S. Mamede de Canellas na ordem de Christo, capi-
tão de infanteria e mestre de campo de auxiliares na provinda
do Minho. Casou com D. Margarida Christina de Sousa de
Vasconcellos, descendente da Torre e Casa-Solar de Figuei-
redo das Donas.
Entre outros filhos, tiveram :
12 O. Maria Magdalena de Sousa de Menezes, - que casou com Bernardo
de Lemos e Carvalho, 8. 0 sr. da villa da Trofa, Alfa relia e
Jalles. - Vid. Tit. dos Lemos, § 2. 0
Tiveram, pelo menos:
13 Luiz Thomaz de Sousa de Menezes de Lemos e Carvalho,
que herdou a casa de seus paes, e foi casado com sua parenta
D. Catharina Rita de Roxas; - c. g,
13 Xavier Francisco de Sousa de Menezes de Lemos e Carvalho,
casado com D. Thomazia Margarida de Sousa e Alvim, da Casa
de Bordonhos, em Vizeu ; - c. g.
13 José Luiz de Sousa de Menezes de Lemos e Carvalho, que
segue.
13 D. Joanna Luiza de Sousa de Menezes, mulher de Antonlo
Carlos de Castro; - c. g.
13 D. Luiza Joanna Maria de Sousa de Menezes de Lemos e Car-
valho, que casou duas vezes, a primeira com Fernão de Maga-
lhães e Menezes, e a segunda com seu primo Damião Antonio
Pereira da Silva Pacheco de Sousa de Menezes, môço fid. da
Casa Real, sr. do 1.o morgado de Bertiandos, bem como da
casa e morgados de Pentieiros, Chalnha, S. Miguel S, Martinho
de Salreu, Guedes e S. Matheus da Calheta. Do 1. 0 matrimo-
nio não teve sucessão; do segundo, porem, teve :
14 Gonçalo Pereira da Silva de Sousa de Menezes,
fid. da Casa Real, commendador de Christo, coro-
nel de infantaria, sr. e herd, da casa de seus paes.
Casou com D. Ignez Luiza de Lencastre Cesar, de
quem teve, entre outros filhos, de que procedem
os marquezes e condes de Terena, viscondes de
S. Gil de Perre, e outras familias ilustres de Por-
tugal, um que se chamou :
15 Damião Pereira da Silva de Sousa
de Menezes, e foi fid. da Casa Real
commendador de Christo, brigadeiro
governador de Valença, sr. e herd,
129

da casa de seus paes. Casou com


D. Maria Angelina Senhorinha José
Justa Pereira Pinto Forjaz d'Eça
Montenegro, sr.• e herd.ª do 2. 0
morgado de Bertiandos e da casa
dos Biscainhos, em Braga. D'este
matrimonio resultaram varios filhos
e nomeadamente :
16 Gonçalo Pereira da
Silva de Sousa de Me-
nezes, 1.0 visconde e
1.0 condede Bertian-
dos, fid. da Casa Real,
grã-cruz e commenda-
dor da ordem de
Christo, commendador
da ordem de Nossa
Senhora da Conceição
de Villa Viçosa, par
do reino, herd. da casa
e vinculos de Bertian-
dos, etc. Casou com
D. Thereza Telles da
Silva Caminha e Me- -
nezes, filha dos 3. os
marquezes de Penalva
e 7. 0 • condes de Ta-
rouca ; - e. g.
14 D. Margarida Pereira da Silva de Sousa de Mene-
zes, que fal. solteira.

13 José Lulz de Sousa de Menezes de Lemos e Canalho, --- môço fid. da Casa
Real e sargento-mór d'auxi!iares d'Aveiro. Casou a 26 d'agosto
de 1739 com D. Angela Maria Magdalena da Cunha, que
nasceu em Setubal a 16 de julho de 1703, e era filha de José
da Costa Bravo e de sua mulher D. Maria da Conceição da
Cunha (recebidos a 12 de dez. de 1677).
Tiveram:

14 José de Sousa de Menezes de Lemos e Carvalho, que segue.


14 Antonio de Lemos de Menezes, que foi clerigo.
r4 D. Maria Julianna Xavier de Menezes de Lemos e Carvalho.

14 José de Sousa de Menezes de Lemos e Carvalho, - nasceu na villa de


Agueda e passou à ilha Terceira como ajudante d'ordens de
D. Antão d' Almada, governador e capitão general dos Açôres,
com o qual desembarcou em Angra a 2 de outubro de 1766.
Foi môço fid. da Casa Real, por alv. de 20 de novembro
de 1777, e falleceu a 4 de fevereiro de 1808, na dita ilha,
!I
130

tendo ahi casado a 20 de setembro de 1767, no oratorio do


palacio de S. Pedro, com D. Benedicta Quiteria da Rocha de
Sá Coutinho e Camara. - Vid. Tit. dos Sás, § 1.0 , n.º 7.
Tiveram os seguintes filhos, que todos nasceram e foram
baptisados na freguezia de S. Pedro, da dita cidade de Angra.

15 Caetano da Rocha Sá e Camara de Menezes de Lemos e Car-


valho, môço fid. da Casa Real, por alv. de 20 de março de 1786
(L. XIX das mercês da rainha D. Maria I, fls, 325), sr. e herd. do
palacio de S. Pedro, N. a J de maio de 1768, e casou a 3
de jan. de 1787, na Conceição, de Angra, com D. Maria Maxima
de Montojos do Canto e Castro - Vid. Tit. dos Cantos, § 1.o,
n. 0 10. Tiveram:

16 José Clemente da Rocha Sá e Camara de Menezes


de Lemos e Carvalho, môço fid. da Casa Real, sr.
e herd. da casa de seus paes: n. a 23 de nov. de
1787, na dila freguezia de S. Pedro; -- c. g.
illegitima.

15 José de Sá de Menezes de Lemos e Carvalho : n. a 29 de abril


de 1769. Frequentou a Universidade de Coimbra, e fal. sol-
teiro, deixando, porem, dois filhos, que foram :

16 José Nabor de Sá e Menezes, que fal. solteiro.


16 D. F ••.•• de Sá e Menezes, que casou com
F • • • . . de Madureira.

15 Antonio de Menezes de Lemos e Carvalho, que segue.


15 D. Maria de Menezes: n. em 1771, e viveu apenas algumas
horas.
15 Candido de Menezes de Lemos e Carvalho, môço fid. da Casa
Real, por alv. de 20 de março de 1786 (L. XIX das mercês da
rainha D. Maria I, fls. 325), commendador da ordem de Christo,
por dec. de 29 de set. de 1823, coronel do regimento de mili•
cias da villa da Praia, commandante da Linha Maritlma das
Fortificações da mesma vila, membro do governo absoluto
referido a pag. 52 do vol. I, administrador da capella que o
padre Pedro Gonçalves institt,iu na egreja matriz da dita villa
sob a invocação de S. Gonçalo, e fundador da ermida de Nossa
Senhora das Mercês, contigua à casa do Pombal, na freg. de
S. Matheus, da ilha Terceira.
N. a 6 de março de 1772, e casou a 29 de junho de 1805, no
Oratorio da dita casa do Pombal, com D. Maria Ignacla Pacheco
de Mello e Noronha. - Vid. Tit. dos Pochecos, § 3. 0 , n. 0 12.
Tiveram:

16 D. Maria José de Menezes Pacheco de Mello, sr.ª


e herd.ª da casa de seus paes. Fal. a 3 de set.
de 1846, tendo casado com João Pereira Forjaz
Sarmento de Lacerda. - Vid. Tit. dos Pereiras.
§ 3.o, n. 0 12.
131

15 D. Juliana Rita de Menezes: n. a 28 de maio de 1773, e fal.


criança.
15 D. Francisca Eusebia de Menezes de Lemos e Carvalho, de que
me occupo no § 3. 0 •
15 João de Sá de Menezes: n. a 22 de maio de 1775, e fal. criança.
15 D. Maria Benedicta, freira em S. Gonçalo, d' Angra : n. a 11 de
maio de 1776.
15 D. Marianna Victoria, freira no mesmo convento: n. a 30 de
abril de 1777.
15 D. Anna Gertrudes, tambem freira em S. Gonçalo: n. a 14 de
julho de 1778.
15 D. Rita Jeronyma de Menezes: n. a 30 de set. de 1779,
15 D. Josepha Julia de Menezes de Lemos e Carvalho: n. a 1 de
out. de 1780, e fal. a 19 de set. de 1848, tendo casado com
D. Francisco de Paula Pimentel Ortiz de Mello de Brito do Rio.
- Vid. Tit. dos Brilos do Rio, § 1. 0 , n. 0 4.
15 D. Ursula de Menezes de Lemos de Carvalho: n. a 4 de abril
de 1782, e casou com Jorge da Cunha Brum Terra e Silveira.
- Vid. Tit. dos Bruns, § 6. n. 0 11.
0
,

15 D. Rosa Isabel de Menezes de Lemos e Carvalho, baroneza do


Ramalho pelo seu casamento com Antonio da Fonseca Carvão
Paim da Camara. - Vid. Tit. dos Carvões, § un., n. 0 6. N. a
29 de julho de 1783.
15 D. Joaquina de Menezes de Lemos e Carvalho: n. a 8 de
agosto de 1784.
15 Matheus de Menezes de Lemos e Carvalho, foi um dos signa-
tarios do auto da aclamação da rainha D. Maria 11, em Angra,
aos 22 de junho de 1828: n. a 22 de julho de 1785, e casou a
28 de agosto de 1826, na freg. de S. Pedro, da dita cidade, com
D. Maria Luzia do Canto e Castro de Teive Cabral. - Vid. Tit.
dos Cabraes, § 4.o, n. 0 4. Tiveram:
16 D. Maria Quiteria de Menezes de Lemos e Car-
valho, mulher de Antonio Moniz de Sá Côrte
Real. - Vid. Tit. dos Monizes, § 3.0 n. 0 12.
15 Francisco de Menezes de Lemos e Carvalho, môço fid. da
Casa Real, por alv. de 1 de set. de 1824 (L. IV da matr. dos
moradores da Casa Real, fls. 110), do conselho de sua Mages-
tade Fidelissima, e um dos signatarios do auto de acclamação
da Rainha D. Maria II a que acima me referi. Desempenhou
os cargos publicos de vereador da camara de Angra (1828-1832),
conselheiro da perfeitura da provincia occidental dos Açôres,
por dec. de 4 de julho de 1833, e governador civil de Angra,
desde 1 de julho a 31 de out. de 1846. Foi sr. dos morgados
instituidos por Roberto de Rey, e das Quintas de Nossa Senhora
da Luz e das Bicas, na ilha Terceira N. a 20 de set. de 1786,
e casou com D. Maria Amalia de Almeida Garrett, irmã do
1.o visconde de Almeida Garrett. Tiveram :
16 D. Maria de Menezes de Lemos e Carvalho, que
n. a 19 de set. de 1822, em Angra, e fal. a 31 de
março de 1872, tendo casado com D. Henrique
de Menezes de Brito do Rio. - Vid. Tit. dos
Brilos do Rio, § 2. 0 , n. 0 5.
)6 D. Adelaid~ de Menezes, que fal. solteira,
1J2

Fóra do matrimonio teve a filha natural, reconhecida ;

16 D'. Anna de Menezes de Lemos e Carvalho, que


cas9u com André Francisco Meirelles de Tavora
do Canto e Castro. - Vid. Tit. dos Meirelles,
§ 2. 0 , n. 0 12.

15 D. Quiteria Julia de Menezes de Lemos e Carvalho, de que me


occupo no § 4. 0
15 Casimiro de Menezes de Lemos e Carvalho: n. a 4 de março
de 1789.
15 D. Gertrudes de Menezes de Lemos e Carvalho: n. a 15 de
março de 1790, e casou com João Sieuve de Séguier Camello
Borges. - Vid. Tit. dos Sieuves, § 1. 0 n. 0 4.
15 Germano de Menezes de Lemos e Carvalho, alferes de cavalla-
ria; n. a 28 de maio de 1791, e fal. solteiro.
15 D. Custodia de Menezes de Lemos e Carvalho, de que me
occupo no § 5. 0 •

15 Antonlo de Menezes de Lemos e Canalho, - môço fid. da Casa Real,


por alv. de 20 de março de 1786 (L. x1x das mercês da rainha
D. Maria 1, fls. 325), cadete e official de artilheria no castello
de S. João Baptista, de Angra. Nasceu a 2 de junho de 1770,
em S. Pedro, de Angra, e casou na ilha Graciosa com D. Flo-
rencia Genoveva de Athayde Telles de Simas e Cunha.
D'este matrimonio nasceram:
16 Antonio de Menezes de Lemos e Carvalho, que n. na dita ilha,
e casou com D. Maria Diamantina Leite de Bettencourt. - Vid.
Tit. dos Bettencourts, § 4. 0 , n. 0 10.
16 D. Maria Benedicta de Menezes de Lemos e Carvalho da Rocha
e Camara de Sá Coutinho, que segue.
16 D. Anna Julia de Menezes de Lemos e Carvalho, mulher de
Raymundo Martins Pamplona Côrte Real. - Vid. Tit. dos Pcm-
ploncs, § 5. 0 , n. 0 10.

16 o. Maria Benedicta de Menezes de Lemos a Carvalho da Rocha e Gamara de


Sá Coutinho, - foi sr.ª do palacio de S. Pedro, no qual succedeu
a seu primo José Clemente, referido sob n. 0 16. Casou com
seu cunhado Raymundo Martins Pamplona Côrte Real.- Vid.
cit. Tit. dos Pamplonas, § 5. 0 , n. 0 10.

15 D. Francisca Eusebla de Menezes de Lemos a Camlho (§ 2. º n. º 15), -


nasceu a 30 de maio de 1774, na freguezia de S. Pedro, de
Angra, e falleceu em Ponta Delgada a 5 de janeiro de 1839,
tendo casado com Domingos Lopes Soeiro d'Amorim. - Vid.
Tit. dos Almeidas, § un., n. 0 4.
133

Tiveram:
16 D. Marlanna Izabel de Menezes de Lemos e Carvalho de Amo-
rim, baroneza de Fonte Bella pelo seu casamento, em 8 de out.
de 1815, com Jacintho Ignacio Rodrigues da Silveira, 1. 0 barão
de Fonte Bella (dec. de 3 de março de 1836), fid. cav. da Casa
Real, do conselho de Sua Magestade Fidelissima, commendador
da ordem de Christo, par do reino, conselheiro da Perfeitura de
Ponta Delgada, etc. ; - s. g.
Por morte de seu marido, foi agraciada com o titulo de
condessa de Fonte Bella.
16 Casimiro Lopes Soeiro d' Amorim, que segue.
16 Francisco Lopes Soeiro d'Amorim, casado duas vezes, a primeira
com D. Helena da Silveira, e a segunda com D. Francisca Soares
d'Albergaria.
16 Antonio Lopes Soeiro d'Amorim casado com D. Maria Izabel
Rebello Borges de Castro. - V. § 4. 0 , n. 0 16.
16 João Lopes Soeiro d'Amorim, o qual casou com D. Maria
de .••.• , de quem teve:
17 João d'Amorim, official do exercito, casado com
D. Thereza d'Amorim. - Vid. adiante n. 0 17.

16 Joaquim Lopes Soeiro d'Amorim, casado com D. F .•..• , de


quem teve:
17 D. Thereza d'Amorim, mulher de João d'Amorim,
referido sob n. 0 17.
17 D. Maria d' Amorim ; - cas., c. g.
16 D. Anna d'Amorim, que fal. solteira a 8 d'abril de 1879.
16 D. Benedicta .<!'Amorim, que tambem fal. solteira.
16 D Maria Adelaide d'Amorim, fal. a 4 de março de 1879,
tambem no estado de solteira.
16 D. Julianna d'Amorim.

16 Casimiro Lopes Soeiro de Amorim, - casou duas vezes, a primeira a


8 de nov. de 1835 com D. Marianna Augusta da Silveira, e
a segunda com O. Emilia da Camara Lima.
Do primeiro matrimonio não teve sucessão; do segundo,
f>Orem, teve a filha que segue.

17 D. &aorglna Autella Soeiro d' Amorim,


nasceu a 22 de setembro de
1859, e casou a 22 de junho de 1878 com Arsenio Soares
d'Albergaria, de quem teve:
18 Vasco.
18 D. Maria.
§ 4.º

15 o.Qulterla Julia de -1enezes de Lemos eCarvalho (§ 2. 0 n.º 15), - nasceu


a 9 de janeiro de 1788 na freguezia de S. Pedro, d' Angra, e
134

casou com Luiz Francisco Rebello Borges de Castro, da ilha de


S. Miguel, filho de Manoel Rebello Borges da Camara e Castro
e de sua mulher D. Marianna Jacintha Narcisa da Camara.
Tiveram:

16 Manoel, que fal. de pouca idade.


16 D. Maria Izabel Rebello Borges de Castro, que casou duas
vezes, a primeira com Antonio de Medeiros Vaz Carreiro, e a
segunda com Antonio Lopes Soeiro d'Amorim. - Vid. § 3.o,
n. 0 16.
Do primeiro m,itrimonio teve :
17 D. Maria da Gloria Rebello Vaz Carreiro, que fal.
a 24 de out. de 1880, tendo casado com Manoel
Leite da Gama, de quem teve:
18 D. Maria Izabel Leite da Gama: n.
a 3 de julho de 1845, e casou
em 1864 com João Severino de
Avellar; - c. g.
18 Antonio Leite da Gama: n. a 3 de
julho de 1846, e fal. em 1901, no
estado de solteiro, deixando, porem,
geração, que perfilhou.
18 D. Joaquina Leite da Gama, casada
com o dr. José Machado de Faria e
Maia;- s. g,
18 João Leite da Gama ; - solteiro.
18 D. Emilia Leite da Gama, mulher
de Antonio Machado Alvares Cabral,
de quem teve :
19 Manoel Alvares Cabral,
que casou com D. lgna-
cia Canavarro ; - s. g.
19 Artur Alvares Cabral,
que fal. criança.
19 D. Maria Emitia Leite
Alvares Cabral, casada
com Nicolau Anastacio
(e não Tristão, como se
diz a pag. 131 do vol. I)
de Bettencourt. - Vid.
Tit. dos Bettencourts
(outros), § un., n.º 3.
19 D. Izabel Maria Alvares
Cabral.
19 D. Evelina Alvares
Cabral.
19 Alexandre Alvares
Cabral.
18 Alexandre Leite da Gama, casado
com D. Francisca Botelho do Canto ·
-s. g. '
135

Do segundo matrimonio de D. Maria Izabel Rebello Borges


de Castro nasceram :

17 Augusto Lopes Soeiro d'Amorim: n. a 5 de out·


de 1835, e fal. solteiro, deixando, porem, geração,
que perfilhou.
17 D. Marianna Izabel d'Amorim: n. a 7 de março
de 1837, e casou em 1853 com Jacintho Julio
Silveira da Cunha, de quem teve:

18 Simão Amorim da Cunha: n. a 2 de


agosto de 1856, e fal. em 1904,
tendo casado com D. Maria Therez a
Cabral Machado de Faria e Maia ;
-c.g.
18 Antonio Amorim da Cunha: n. a 26
de fev. de 1859, e casou com
D. Maria Izabel Estrella de Faria e
Maia ;-c. g.
I8 D. Maria das Mercês Amorim da
Cunha e Silveira: n. a 27 de julho
de 1860, e casou com Pedro Jacome
Bicudo Correia. - Vid. Tit. dos
Correias, § 4. 0 , n. 0 14.
18 Jacintho Amorim da Cunha: n. a 28
de abril de 1865, e fal. em 1898,
tendo casado com D. Maria Izabel
Amaral da Silva Cabral; - c. g.
18 Fernando Amorim da Cunha: n. a
22 de out. de 1866, e casou com
D. Maria joanna Alves d'Oliveira;
-c.g.
18 D. Maria Izabel Amorim da Cunha:
n. a 23 de julho de 1868, e casou
com o dr. Marlanno Raposo Alvares
Cabral; - c. g.

17 D. Emilia Soeiro d'Amorim: n. a 10 de julho de


1838, e casou em 1855 com Alvaro Borges de
Sousa Medeiros do Canto, de quem teve:

18 D. Maria Emitia d'Amorim: n. a 16


de dez. de 1856, e casou com João
Vasco Eannes Leal Côrte Real.-
Vid. Tit. dos Leaes, § 2.o, n. 0 8.
18 Alvaro d'Amorim: n. a 23 de jan. de
1861, e casou em 1880 com D. Izabel
Rebello de Chaves; - s. g.
17 D. Maria Izabel d'Amorim: n. a 28 de fev. de 1842,
e foi casada com José Maria da Camara Coutinho
Carreiro (Nossa Senhora da Saude); - c. g.
17 D. Juliana d' Amorim, casada com Aristides Bran-
dão de Castro, major de infanteria ; - c. g.

,.
136

16 D. Maria José Rebello Borges, que fal. em 1881, tendo casado


duas vezes, a primeira com o dr. Antonio Moreira da Camara, e
a segunda com Joaquim Maria da Rosa e Sousa, general; - s. g.
16 José, que fal. de pouca idade.
16 Balthazar Rebello Borges de Castro, qne segue.
16 D. Marianna Rebello Borges, casada com (fartos Augusto
Schiappa Pietra, medico; - s. g.
16 José Rebello Borges de Castro, casado com D. Marianna
Augusta Raposo do Amaral, de quem teve:

17 D. F .......... , que fal. criança.


17 D. Mathilde Rebello Borges de Castro, mulher
de Venancio Augusto Deslandes, cav. da Torre e
Espada, officinl da Legião d'Honra e da Instrucção
Publica, de França, do conselho de Sua Magestade
Fidelissima, bacharel formado em philosophia e
medicina pela Universidade de Coimbra, admi-
nistrador da Imprensa Nacional de Lisboa, etc.
Tiveram:

18 D. Luiza Gabriella Rebello Deslan-


des, a qual casou com Frederick
Carls Blanck; - s. g.
18 D. Margarida Rebello Deslandes,
mulher de George da Costa; - c. g.
18 Miguel Rebello Deslandes.
16 D. Felicia Rebello Borges de Castro, que fal. solteira.
16 D. Guiomar Augusta Rebello Borges de Castro, que fal. em
1878, tendo casado com Luiz de Freitas d11 Silva, filho de Luiz
de Freitas da Silva Lomelino Esmeralda, do Funchal, e de sua
mulher D. Emilia Candida Rebello do Rego Botelho. Tiveram:

17 D. Adelaide Maria Rebello Freitas da Silva, que


fal. a 18 de set. de 1906, tendo casado com
Filigenio d' Andrade Albuquerque Bettencourt,
filho de Filippe d'Andrade Albuquerque Betten-
court e de sua mulher D. Maria Augusta d'Andrade,
Tiveram:
18 Luiz Filippe de Freitas d' Andrade
Albuquerque Bettencourt, habilitado
com o curso superior de lettras, o
qual n. a 5 de agosto de 1876 na
freg. matriz de S. Sebastião de
Ponta Delgada, e casou em Lisboa
a 4 de nov. de 1905 com D. Maria
Lavinia Tovar e Castro, filha de
Augusto Carlos Fialho de Castro, do
conselho de Sua Magestade Fidelis-
sima, e de sua mulher D. Amelia
Tovar de Lemos Pereira; - c. g.
18 Fernando, que fal. criança.
18 Luiz de Freitas da Silva, casado com D. Maria
Thereza d'Aguiar Cabral, de quem teve:
137

18 Verissimo Cabral Freitas da Silva;


-solteiro.
18 D. Maria Thereza Cabral Freitas da
Silva, casada com Albano de Aze-
vedo e Oliveira.
18 Luiz Alberto de Freitas da Silva,
que fal. solteiro.
17 D. Elisa Maria Rebello Freitas da Silva, casada
com Antonio Feliciano d'Andrade Albuquerque
Bettencourt, de quem teve:
18 D. Maria, que fal. criança.
18 Antonio Caetano, que fal, solteiro,
em 1905.
18 Luiz de Freitas d'Andrade Albu-
querque Bettencourt; - solteiro.
18 Manoel de Freitas d'Andrade Albu-
querque Bettencourt; - solteiro.
17 Joaquim de Freitas da Silva, casado com D. Maria
da Conceição Gomes Machado, de quem teve :
18 Luiz Machado Freitas da Silva ; -
solteiro.
17 D. Emilia Rebello Freitas da Silva, mulher de
Francisco de Andrade Albuquerque Bettencourt,
do conselho de Sua Magestade Fidelissima.
Tiveram:
18 D. Guiomar de Freitas d'Andrade
Albuquerque Bettencourt, casada
com Antonio Borges Pinto da Ca-
mara Falcão ; - c. g.
18 Mateus, que fal. criança.
18 Matheus de Andrade Albuquerque
Bettencourt.
18 D. Izabel de Freitas d'Andrade Albu-
querque Bettencourt.
17 Rodrigo de Freitas da Silva, que fal. solteiro.
16 D. Thereza Rebello Borges de Castro, casada com Francisco
Leite Botelho de Teive. - Vid. Tit. dos Leites, § l.o, n. 0 9.

16 Balthazar Rebello Bortes de Castro. -


1. º visconde de Santa Catharina,
por dec. de 13 de fev. de 1879, e commendador da ordem de
Christo. N. a 8 de junho de 1814, e fal. em 1881, tendo
casado com D. Clara Emilia Rebello Borges Dias da Camara
Medeiros, irmã do actual l. 0 marquez da Praia e Monforte.
Tiveram:
17 D. Maria Clara Rebello Borges de Castro que fal. solteira.
17 D. Anna Rebello Borges de Castro da Camara, casada com Fran-
cisco Borges Bicudo. - Vid. Tit. dos Leites, § 2. 0 , n. 0 10.
138

17 Manoel Rebello Borges de Castro, que segue.


17 D. Clara Rebello Borges de Castro, condessa dos Fenaes pelo
seu casamento com Amancio da Silveira Gago da Camara, 1.0
conde dos Fenaes ; - s. g.

17 Manoal Rebello Borges de Castro, - 2. 0 visconde de Santa Catharina,


por dec. de 15 de julho de 1887, e 1.0 conde do mesmo titulo.
N. a 4 de março de 1849 e reside na ilha de S. Miguel no
estado de solteiro. Tem dois filhos naturaes, perfilhados, a
saber:
18 Ernesto Rebello Borges de Castro.
18 Luiz Rebello Borges de Castro.

15 O. Custodia de Menezes da Lemos e Carvalho (§ 2. n.º 15), - nasceu a


0
,

15 de julho de 1792, na freguezia de S. Pedro, de Angra, e casou


com Luiz Maximo da Silveira Estrella, da ilha de S. Miguel.
Tiveram a filha que segue.

16 O. Joanna Augusta de Menezes Athayde Estrella, - sr.• e herd.ª de


varias morgados, e casada duas vezes, a primeira com Gonçalo
d'Atayde Côrte Real Bettencourt, e a segunda com Joaquim
Maria Pamplona.
Do segundo matrimonio não teve sucessão; do primeiro,
porem, teve:
17 D. Thereza, que fal. criança.
17 Luiz Athayde Côrte Real Estrella, que segue.
17 D. Joanna que fal. criança.
17 D. Maria Therez~ Athayde Estrella, viscondessa de Faria e Maia
pelo seu casamento, em 30 de junho de 1866, com Vicente
Machado de Faria e Maia, 2.o visconde de Faria e Mala, fld.
cav. da Casa Real, bacharel formado em direito pela Universi-
dade de Coimbra, secretario geral e governador civil, interino,
do districto de Ponta Delgada, etc. Tiveram :
18 Vicente Machado de Faria e Maia, bacharel for-
mado em direito pela Universidade de Coimbra,
e actual secretario da procuradoria regia da Relação
dos Açôres. Casou a 29 de julho de 1891 com
s. p. D. Anna Christina de Medeiros Machado de
Faria e Maia ; - s. g.
18 Francisco de Athayde Machado de Faria e Maia,
bacharel formado em direito pela Universidade
de Coimbra, sub-lnspector escolRr do districto de
Ponta Delgada. Casou com D. Maria Joanna
Pereira da Costa ; - c. g.
139

17 Gonçalo, que fal, criança.


17 D. Thereza Ermelinda Athayde Estrella, casada com Alberto
Freitas da Silva, de quem teve :
18 D. Maria Thereza de Freitas da Silva, mulher de
Carlos Augusto Carneiro Zagallo ; - c. g.
18 Artur de Freitas da Silva, casado tres vezes, a
primeira com D. Palmyra de Medeiros, a segunda
com D. Miquelina Rebello do Canto, e 11 terceira
com D. Maria de , .•.. ; - c. g. do 3. 0 matrimonio.
17 D. Joanna d'Athayde Côrte Real, casada com Joaquim Pereira.
Lopes de Bettencourt Athayde, de quem teve :
18 Joaquim Pereira de Bettencourt Athayde, official
do ministerio dos negocios dos estrangeiros, e
casado com D. Zulmira Pereira; - c. g.
18 Achiles, que fal. criança.
18 Augusto Pereira de Bettencourt Athayde, actual
conservador da biblioteca publica nacional de
Lisboa ; - cas., c. g.
17 José d' Athayde Côrte Real Estrella, casado com D. Maria Caro-
lina de Medeiros Albuquerque (Larangeiras), de quem teve :
18 D. Virglnia de Medeiros Albuquerque Athayde,
casada com seu thio Antonio de Medeiros Albu-
querque ; - c. g.
18 D. Cecilia de Medeiros Albuquerque Athayde,
mulher de Joaquim Marques Moreira, capitão de
artllherla ; - c. g,
18 D. Maria José de Medeiros Albuquerque Athayde,
casada com Eugenio Botelho da Camara ; - c. g.
17 Augusto de Athayde Côrte Real Estrella, recebedor e thesou-
relro da Camara de Ponta Delgada. Casou com D. Maria
Constantina Rebello Leite. - Vid. Tit. dos Leites, § 1.0 , n, 0 10.
Tiveram:
18 D. Marlanna Leite de Athayde Estrella, casada
com Francisco de Mello Manoel Leite de Arruda ;
-c. g.
18 Luiz Bernardo Leite de Athayde, bacharel formado
em direito pela Universidade de Coimbra (1906).

17 Lulz Atbayda Côrta Real Estralla, - casou com D. Elzira Bettencourt


Barbosa, de quem teve:

18 Luiz Athayde Côrte Real Estrella.


18 D. Elzira Barbosa Athayde Côrte Real.
18 D. Luiza Barbosa d'Athayde, casada com Hermano da Silva
Motta, bacharel formado em direito pela Universidade de
Coimbra e actual conservador privativo do registo predial na
camara da Ribeira Grande ; - c. g.
São suas ARMAS : - De ouro, escu-
dete á antiga cosido do mesmo e carre-
gado de um annel com uma pedra, tudo
de ouro perfilado de negro, a pedra
apontada ao cantão sinistro da ponta ;
timbre, donzella nascente de encarna-
ção, vestida de prata, guarnecida de
ouro e semeada de vieiras cosidas do
mesmo, os cabellos soltos, a mão sinis-
tra na cinta e a dextra segurando o
escudete das armas.
Os descendentes de José de Sousa
de Menezes de lemos e Carvalho,§ 2.",
n'º 14, teem usado brazões especiaes e
designadamente os seguintes:

- um escudo partido em pala: na


1. 0 as armas dos Carvalhos, e na 2. 0
as dos Lemos ; elmo de prata, aberto,
guarnecido de oiro, paquife, dos metaes
e côres das armas, e por timbre, o dos
Lemos.

- um escudo esquartelado : no 1. 0
quartel as armas dos Lemos, no 2. 0 as
dos Carvalhos, no 3. 0 as dos Sás, e no
4. 0 as dos Chaves: sobre o escudo, uma
corôa de conde.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. ,, n. 0 • Vlf, XXII, XXVII, LI, LXIII,
LXIX, LXX, LXXI, LXXII, ,LXXIIJ e J,Cilf
da Bibliographia
TITULO LIX

MENEZES
(OUTROS)

dos Menezes de que tracta o titulo Lvm, outros com o


A LEM
mesmo appellido existem na Terceira, e d'elles o mais
remoto membro de que posso dar noticia é D. Joanna da Mene-
zes, que nasceu na villa da Praia, da dita ilha, e ahi residia na
primeira metade do seculo xvm.

§ 1.º

D. Joanna da Mames, - foi casada com Manoel Mendes Pam-


plona, de quem teve a filha que se segue.

2 o. Leonor Angelica Pamplona da Menezes, - nasceu na dita villa, e ahi


casou, na Egreja Matriz, a 27 de Novembro de 1760, com
Thomaz Cardoso Duarte da Cunha, de quem teve:

3 Alvaro Camello Pereira de Menezes, que segue.


3 D. Maria Leonor Telles de Menezes Pamplona, de que me
occupo no § 2. 0

3 Almo Camallo Pereira de Menezes, -foi escrivão dos orphãos na


dita villa da Praia, onde nasceu a 1O de agosto de 1766, e
onde casou, a 5 de outubro de 1786, com O. Florinda Seve-
142

rina do Canto Teive de Gusmão. - Vid. Tit. dos Cantos,


§ 10. 0 , n. 0 10.
Tiveram os seguintes filhos, que todos nasceram e foram
baptisados na freguezia matriz da dita villa :

4 D. Maria Cesar Camello de Menezes: casou a 30 d'out. de


1816, na mesma villa, com José de Menezes Camello, de
quem teve:
5 José de Menezes Camello, que casou na Egreja
da Conceição, de Angra, 11 20 de março de 1850,
com D. Maria Magdalena Borges Leal Côrte Real.
D'este matrimonio nasceram :
6 D. Maria Sylvina de Menezes Bor-
ges Leal Côrte Real, que casou com
José Francisco Martins, de quem
teve:
7 D. Didia Côrte Real
Martins, que casou
com Annibal de Bet-
tencourt. - Vid. Tit.
dos Bettencourts (ou-
tros), § un., n. 0 3.
6 D. Joanna Rita de Menezes Borges
Leal Côrte Real, fal. em 1871 com
13 annos de idade.
4 José Camello Mtnezes: n. a 15 de set. de 1786.
4 Antonio Camello de Menezes: n. a 12 de março de 1789.
4 D. Rosalia Pamplona Borges do Canto, que segue.
4 Maria Camello de Menezes : n. a 20 de jan. de 1796.
4 Domingos Camello de Menezes: n. a 10 de jan. de 1798.
4 Alvaro Camello de Menezes: n. a 22 de maio de 1808.

4 O. Rosalia Pamplona Borges do Canto, - nasceu a 13 de março de


1792, e cal-ou com João do Rego Borges de Menezes, sar-
gento-mór de Ordenanças, administrador dos vinculos institui-
dos por Pedro Marçal, João Dias da Ribeira, Maria Santa,
Alvaro Cardoso do Rego, D. Maria das Neves, padre Jorge
Affonso e Affonso Ennes, e filho do alferes João do Rego
Borges de Menezes Quintanilha e de sua mulher D. Rosa
Antonia de Jesus.
Tiveram:

5 João do Rego de Menezes, que casou com D. Rosa Araujo; s. g.


5 D. Maria Quintanilha do Rego de Menezes, casada com Fran-
cisco Borges Leal, de quem teve ;
143

6 José Borges Leal, que casou com Marianna


Theodora ; - c. g.
6 D. Maria Borges Leal, mulher de Pancracio Brum
de Vasconcellos, de quem teve:

7 D. Maria Leonor Borges de Vascon-


cellos.
7 Ezequiel Benigno Borges de Vas-
concellos.
7 Pedro Borges de Vasconcellos.

6 Francisco Borges Leal, casou a 1 de junho de


1864 com D. Maria da Bôa Hora do Canto de
Menezes. - Vid. Tit. dos Cantos, § 3.0, n. 0 11.
6 D. Rosa Borges Leal, mulher de Jacob Abohbot,
vice-consul de Tunis na ilha Terceira ; matrimo-
nio este de que nasceram :

7 Abraão Abohbot, casado com D. Mar-


tha dos Santos Silvano. -· Vid. Tit.
dos Silvanos, § un., n. 0 3.
7 Elizabeth Abohbot.

6 Pedro Borges Leal, casou com D. Laureana Del-


fina Soares de Lima ; - c. g.
6 João do Rego Borges, exerceu o cargo de 1. 0
amanuense da secretaria do governo civil do dis-
tricto de Lisboa, e fal. solteiro.
6 O. Rosalia Borges Leal; - solteira.
6 Joaquim Borges Leal, casou com D. Maria Amelia
Paula de Carvalho ; - c. g.
6 Theotonio do Rego ; - solteiro.
6 O. Anna Thcotonia do Rego de Menezes, casada com José de
Bettencourt de Vasconcellos Correia e Avila. - Vid. Tit. dos
Bettencourls, § 2. 0 , n. 0 10.
5 D. Rosalla Pamplona do Rego de Menezes, fal. em maio de
1905, em Angra, tendo casado a 12 de out. de 1844, na Con-
ceição, da dita cidade, com Joaquim Teixeira Brazil, de quem
teve:
6 Joaquim de Menezes Teixeira Brazil, que n. a 11
de set. de 1845, e fal. solteiro a 31 de dez. de 1882.
6 Antonio de Menezes Teixeira Brazil, que fal.
solteiro.
6 D. Maria Santa de Menezes Teixeira Brazil. mu-
lher de José Narciso do Canto, de quem teve.
7 Joaquim do Canto.
7 D. Maria Santa do Canto, que casou
com João de Mello; matrimonio
este de que nasceu :

8 José de Mello.
144

5 D. Mathilde do Rego de Menezes, casou a 23 de jan. de 1851,


na dita Egreja da Conceição, com José Filippe Brum da Sil-
veira, de quem teve :

6 Carlos Brum da Silveira, que foi clerigo e bacharel


formado em direito p e 1a Universidade de
Coimbra.
6 D. Carlota Quintanilha Brum da Silveira; n. em
1842, e casou com João Alberto Rebello, de
quem teve:

7 D. Rita Rebello, que n. a 8 de junho


de 1866, e casou com Manoel Gou-
lart Caula Leitão ; matrimonio este
de que proveio :

8 D. Laura Rebello de
Caula Leitão, a qual
n. a 26 de maio de
1888.
7 D. Maria de La Salete: n. a 31 de
jan. de 1873, e fal. solteira.
6 D. Maria Rosa Brum da Silveira, que fal. solteira.
6 José Filippe Brum da Silveira, casado com D. Emi-
lia Peres, de quem teve :
7 Augusto Peres Brum da Silveira ;
- casado.
5 D. Marqueza do Rego de Menezes, que fal. solteira.
5 D. Rosa Quintanilha do Rego: fal. no dia 16 dé jan. de 1909.
em Angra, tendo casado com Raymundo Cesar Borges Teixeira.
- Vid. Tit. dos Teixeiros (outros), § un., n. 0 11.
5 Zozimo do Rego de Menezes Camello Borges, que segue.

3 Zozimo do Rego de Menezes Camallo Borges, - nasceu a 29 de novembro


de 1830 e foi baptisado a 6 de dezembro do mesmo anno na
parochial Egreja do Archanjo S. Miguel, das Lages, da villa
da Praia, e succedeu na casa vincular e capella de que foi
instituidor Affonso Eanes, seu ascendente.
Casou a 25 de julho de 1853, na Egreja da Conceição,
de Angra, com D. Maria Margarida Borges Teixeira. - Vid.
Tit. dos Teixeiras (outros), § un., n. 0 11.
Tiveram:

6 D. Maria Leonor Borges Teixeira Camello do Rego: n. a 1 de


março de 1854; - solteira.
6 Francisco de Paula Rego de Menezes Camello Borges, que
segue.
145

6 Francisco de Paula Rego da Menezes Camello Borges, - capitão do


estado maior de artilheria, chefe do estado maior general dos
Açôres, e commandante do material de guerra do Castello de
S. João Baptista e da bateria de artilheria de Angra.
Nasceu a 24 de novembro de 1861, na dita cidade, e foi
casado com D. Marianna Amelia de Barcellos Machado de
Bettencourt. - Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 2. 0 ,
n. 0 5;-s. g.
§ 2.º

3 o. Maria Leonor Telles de Menezes Pamplona (~ 1. 0 , n.º 3), - casou a


25 de outubro de 1795 com seu parente Francisco Vieira de
Mendonça, o qual nasceu em 1727 e era filho de Francisco
Vieira de Mendonça e Menezes e de sua mulher D. Ursula
Maria da Ressurreição Machado.
Tiveram o filho que segue.

4 Joaquim Antonlo da Mendonça e Menezes, - vice-consul do Brazil na


ilha Terceira (12 de fevereiro de 1852). Nasceu a 7 de
1811 na freguezia das Lages, da villa da Praia, e casou a 9
de maio de 1832, na cidade da Bahia, com D. lgnez Alves
Matheus, de quem teve:
5 D. Ignez Miquellina de Mendonça e Menezes: n. na Bahia em
1834, casou com Julio Gomes de Carvalho, de Ponta Delgada:
-c. g.
5 Joaquim Mendonça e Menezes: n. na dita cidade em 1837, e
fal. criança.
5 Antonio de Mendonça de Menezes Pamplona, que segue.
5 D. Maria Leonor Telles de Menezes: n. em Angra em 1840, e
casou com Antonio de Castro Coelho ; - c. g.
5 D. Leonor Herminia de Mendonça: n. em 1843, e casou com
Cesar Augu~to de Castro Coelho ; - c. g.
5 D. Aldonça Telles de Mendonça e Menezes : n. na Bahia em
1844; - solteira.
5 AI varo de Mendonça e Menezes, que falleceu, deixando filhos
naturaes, perfilhados.
5 D. Izabel .Maria de Mendonça, casada com Miguel Peixoto
Palhinha. - Vid. Tit. dos Palhinhas, § un., n ° 3.
5 D. Ignez Evelina de Mendonça e Menezes, mulher de Joa-
quim Meirelles Pamplona. - Vid, Tit. dos Caroneis, § 2. 0 , n. 0 5.
5 ,\\iguel de Mendonça, casado com sua sobrinha D. Maria Leo-
nor de Menezes Mendonça Pamplona; - c. g.
5 D. Philomena de Menezes, mulher de Antonio Casimiro Mou-
rato ;- c. g.

5 Antonio de Mendonça de Menezes Pamplona, -- nasceu em 1838, nas


Lages, da Villa da Praia 1 e fal. em 1897 1 tendo casado com
146

D. Maria de Tavora Bettencourt. - Vid. Tit. dos Silveiras de


Bettencourt, § un., n. 4.
Tiveram:

6 Alfredo de Mendonça, que segue.


6 D. Maria dos Milagres de Mendonça, que fal. solteira.

6 Alfredo de Mendonça, - thesoureiro da junta geral do districto de


Angra do Heroísmo. e casado com D. Maria Elvira da Silva.
- Vid. Tit. dos Silvas (outros), § un., n. 0 3; -- s. g.

§ 3.º

Manoel de Souza de Menezes, - da mesma família de que tractam


os §§ anteriores, foi clerigo e vigario confirmado na Egreja
do Espírito Santo de Villa Nova da Serreta, da ilha Terceira.
E' o auctor do livro do Tombo referido a pag. 23 do vol. r.

A Joaquim Antonio de Mendonça


e Menezes, § 2. 0 , n. 0 4, foi concedido
por carta regia de 29 de abril de 1854,
reg. no Cart. da Nobr., L. vm, fls. 380,
o seguinte brazão d'armas: - um es-
cudo partido em pala : na 1. ª as armas
dos Menezes, e na 2.ª as dos Pamplo-
nas ; elmo de prata, aberto, guarnecido
d' oiro, paquife dos metaes e côres das
armas, timbre, o dos Menezes, e por
diff erença, uma brica de azul com um
bezante de prata.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte J, cap. I, n. 05 VIII e XLVJI[ da
Bibliographia.
TITULO LX

MESQUITA PIMENTEIS

de Diogo de Mesquita, ou Diogo ée Mesquita Pimentel, como

º
EsrnN01<:M
tambem é nomeado em documentos, o qual passou no
seculo xv1 aos Açores (ilha das Flôres) em companhia de
Gomes Dias Rodovalho, 1. 0 capitão-mór d'esta ilha.
Diogo de Mesquita era natural de Elvas, segundo alguns escri-
ptores, ou de Vianna do Minho, conforme outros, ou de Miranda
do Douro, segundo a Phenix Renascida, do Padre Maldonado ; e,
a dar credito a algumas das fontes de que me servi para a compo-
sição do presente titulo, pertencia, pelos Mesquitas, á geração dos
d'est~ appellido que no reino existiam com nobreza, e pelos
Pimenteis, á nobilíssima casa dos Condes de Benavente, em Castella.

§ 1.º

Diogo de Mesquita Pimentel, - foi o 2. 0 capitão-mór da ilha das


Flôres. Casou na ilha Terceira com Catharina Antunes Vidra.
- Vid. Tit. dos Homens, § 3. 0 , n. 0 3.
Tiverm:
2 Victor Pimentel, que casou na Villa da Praia, da ilha Terceira,
com Izabel Godinho; - s. g.
2 Balthazar Pimentel Homem, que segue.
2 Gaspar Pimentel, capitão-mór das Fiôres; - s. g.
2 Sebastião Pimentel, que foi clerigo.
2 Beatriz Homem Pimentel, casada com Ascencio Mendes; - c. g.
2 Francisca Pimentel, mulher de Bras Rodrigues; - c. g.
2 Violante Pimentel; -- cas., c. g.
2. Maria Pimentel, mulher de F ...... Gomes Rodovalho; - c. g.
148

2 Baltllazar Pimentel Homem, - casou com Agueda Fernandes, de


quem teve:
3 Diogo Pimentel, que segue.
3 Balthazar Pimentel.
3 Martha Pimentel, de que me occupo no § 2. 0
3 Christina Pimentel, casada com Balthazar Henriques; - c. g.
3 Catharina Antunes, mulher de Miguel de Rodrigues de Serpa.
3 Diogo Pimentel, -- foi contador do juizo da correição nas ilhas
dos Açôres, e casado 3 ou 4 vezes, sendo uma d'ellas com
Maria de Anhaya.
De um dos referidos matrimonias nasceu a filha que
segue.
4 Monlca Pimentel, -- casada com João de Frágoa Coelho, que
alguns escriptores dizem ser filho, e não genro, de Diogo
Pimentel, acima referido.
D'este matrimonio nasceram:
5 Ursula Pimentel, que segue.
5 Suzana Pimentel, mulher de Thomé Furtado de Mendonça. -
Vid. Tit. dos Furtados de Mendonça, § 1.0 , n. 0 5.

5 Ursula Pimentel, - casou com Nicolau da Costa, de quem teve:


ô Alexandre Pimentel de Mesquita, que segue.
6 D. Sebastiana Pimentel de Mesquita, de que me occupo no§ 3. 0

6 Alexandre Pimentel de Mesquita, - foi capitão-mór de Santa Cruz,


das Flôres, onde instituiu um pequeno vinculo, em 1737, anno
em que falleceu. Foi casado com Francisca dos Santos, filha
unica do capitão Antonio Pereira Goulart e de Maria de
Barcellos.
Tiveram:
7 Antonio da Silveira Pimentel de Mesquita, que segue.
7 Nicolau da Costa Pimentel.

7 Antonlo da S11,eira Pimentel de Mesquita, - casou com D. Suzana


Pimentel Furtado de Mendonça. - Vid. Tit. dos Furtados de
Mendonça, § 1. 0 , n. 0 7
D'este matrimonio nasceu:
8 João Pimentel da S11,eira, -- capitão. Foi casado duas vezes, a
primeira com Maria Pimentel de Freitas, e a segunda com
Maria Ursula do Sacramento.
Do primeiro matrimonio teve:
9 Antonio Vicente Pimentel de Mesquita, que segue.
149

Do segundo matrimonio nasceu :

9 João Marcelino de Mesquita Pimentel, de que me occupo


no§ 4. 0

9 Antonlo Vicente Pimentel da Mesquita, - capitão-mór. Casou com


Rita Thorriazia Peixoto de Bettencourt. - Vid. Tit. dos
Bruns, § 4. 0 , n. 0 9.
Tiveram:

10 João Peixoto da Silveira de Bettencourt e Lacerda, que segue.


10 O. Marianna Balbina Peixoto da Silveira, casada com Francisco
José de Freitas de Mendonça e Costa. Nasceram na ilha das
Flôres, e falleceram na ilha de S. Miguel, onde haviam fixado
a sua residencia em 1816. D'este matrimonio nasceu:

11 Antonio Vicente Peixoto de Mendonça e Costa,


1.º barão de Santa Cruz, do conselho de Sua
Magestade Fidelissima, bacharel formado em
direito pela Universidade de Coimbra, deputado
da nação em varias legislaturas (1840-1868J, e
governador civil do districto de Ponta Delgada.
N. a 12 de junho de 1808, na vila de Santa Cruz,
da ilha das Flores, e fal. a 28 de nov. de 1866,
em Ponta Delgada, tendo casado em Lisboa, em
1843, com D. Maria da Purificação Carpas Gar-
cia, de quem teve :

12 D. Maria Balbina Peixoto da Sil-


veira : n. em Lisboa a 28 de jan. de
1845, e fal. na ilha d.-! S. Miguel
a 3 de junho de 1888, no estado
de solteira.
12 Francisco Peixoto da Silveira: n. a
13 de nov. de 1847, em Lisboa, e
casou a 17 de agosto de 1871, na
ilha de S. Miguel, com D. Idalinda
de Bettencourt Barbosa, que n. em
Ponta Delgada a 20 de março
de 1852.

1o João Peixoto da Silveira de Bettencourt e Lacerda, - capitão. Casou


no Fayal com D. Maria Clementina, de quem teve:

11 D. F.......... / s g
11 D. F.......... Í . .
11 João Peixoto da Silveira, que segue.
11 Antonio Vicente Peixoto Pimentel; - s. g,
150

11 João Peixoto da SilYeira, - foi o ultimo administrador do vinculo


instituído pelo padre Ignacio Coelho, referido a pag. 297 do
vol. 1; - cas., s. g.

3 Martha Pimentel(§ l. n.º 3), - casou com Bariholomeu Fagundes


0
,

de Frágoa, filho de lgnacio de Frágoa e de sua mulher Gracia


Dias r- agundes.
Tiveram o filho que segue.

4 Balthazar Pimentel de Frágoa, - casou duas vezes, a primeira, em


Angra, em 1621, com Barbara Cabral, e a segunda, em 1622,
com Barbara Vieira Machado, da ilha de S. Jorge.
Do primeiro matrimonio teve um só filho, que foi:
5 Sebastião, o qual foi baptisado na Sé de Angra, em fev. de
1622, e fal. criança.

Do segundo matrimonio nasceram:


5 Bartholomeu Pimentel, que segue.
5 Christovão Pimentel de Mesquita, baptisado em 1631, e
casado com D. Luiza Ortiz de Mello. •- Vid. Tit. dos Ortizes,
§ un., n.o 3.

5 Bartolomeu Pimentel, - casou com D. Joanna da Silva Moniz


Barreto. - Vid. Tit. dos Monizes, § 1. 0 , n. 0 6; - s. g.

§ 3.º

6 D. Sebastlana Pimentel de Mesquita (§ 1. n.º 6), - casou com Gaspar


0
,

Furtado de Mendonça. · Vid. Tit. dos Furtados de Men-


donça, § l.º, n. 0 6.

Foi seu filho:


7 Roberto Pimentel de Mesquita, - capitão-mór da villa das Lages,
na ilha das Flôres, e casado com D. Delphina Furtado de
Mendonça Pimentel de Mesquita. - Vid. cit. Tit., § l.", n." 7.
Entre outros, tiveram os seguintes filhos:
8 Francisco Manoel de Mesquita Pimentel Furtado de Mendonça,
que segue.
151

8 Antonio José Pimentel de Mesquita, casado com D. Branca


Caetana de Mesquita. - Vid. cit. Tit. § 1. 0 , n. 0 8.
8 João José Pimentel de Mesquita, capitão-mór.
8 D. Anna Maria Margarida de Mesquita Pimentel, de que
tracta o § 5. 0

8 Francisco Manoel de Mesquita Pimentel Furtado de Mendonça, - capitão-mór


da ilha das Flôres e da do Corvo, e governador militar da
ilha de S. Miguel. Nasceu na 1.ª das referidas ilhas, e casou
a 26 de junho de 1778 na Conceição, de Angra, com
D. Marianna lzabel da Silva Quintanilha. - Vid. Tit. dos
Ouintanilhas, § un., n. 0 2.
Tiveram o filho que segue.
9 Roberto Lulz de Mefqulta Pimentel,- bacharel formado em mathe-
matica pela Universidade de Coimbra, 1.º tenente do real
corpo de engenheiros, lente da Academia Militar de Angra, e
deputado ás côrtes constituintes de 1821. Publicou em 1830
um opusculo com o seguinte titulo: A imparcialidade julgando
os jesuitas. Não casou.
§ 4.º

9 João Marcellino de Mesqiuta Pimentel--(§ l .º, n.º 9), - foi sargento-mór


das Ordenanças das Flôres e Corvo. Nasceu na l.ª das
referidas ilhas, e houve o filho que segue.
10 Manoel do Nascimento de Mesquita, - casou com D. Maria Joaquina
de Sousa Rocha. - Vid. Tit. dos Rochas, § un., n. 0 2.
Tiveram:
11 Monoel Maria de Mesquita Pimentel, que segue.
11 João Marcelino de Mesquita Pimentel, que n. na ilha Terceira
a 3 de agosto de 1830, e fal. a 28 de dez. de 1902, tendo
casado com D. Maria Guilhermina de Bettencourt. - Vid. Tit.
dos Rochas, § un., n. 0 3.
D'este matrimonio nasceram:

12 Alfredo de Mesquita, cav. da ordem de Christo e


Legião d'Hcnra, habilifado com o curso do
Instituto Commercial e Industrial de Lisboa, e
actual secretario da bibliotheca da Escola Naval.
É um dos nossos mais distinctos escriptores e
jornalistas. Como escriptor, tem publicado varios
livros e opusculos e nomeadamente os seguintes:
- Vida Airada, De cara alegre, Terras de
Hespanha, Cartas da Holanda e Memórias de
um fura vidas (livros), Os binoculos - de
co\laboração com Joaquim de Menezes-, Julio
Cesar Machado - retrato literário -, e Portugal
152

Moribundo - carta aos senhores deputados da


nação (opusculos). Como jornalista, acompanhou
el-rei D. Carlos e a rainha D. Amelia, em 1901, á
Madeira e Açôres, bem como o mesmo rei, em
1906, na sua visita a mr. Loubet, presidente da
republica franceza, recebendo por essa occasião,
respectivamente, as mercês honorificas acima
mencionadas. Ainda como jornalista, representou
a Associação dos Jornalistas de Lisboa, nos
Congressos da Imprensa em Italia, França e
Suissa, e bem assim representou Portugal no
Congresso da Imprensa em S. Luiz (Estados
Unidos da America). N. em Angra do Heroismo
a 19 de julho de 1871, e casou em lrun (Hespanha),
a 22 de nov, de 1893, com Blanche Antoine.

I2 D. Maria Magdalena de Mesquita Pimentel, casou


com João Pereira de Barros, de quem teve:

13 D. Maria Chri5tina Mesquita de


Barros, que casou em 1904 com
João Borba; - c. g.
13 D. Maria Guilhermina Mesquita de
Barros.
13 Adolpho Augusto Mesquita de Bar-
ros.
13 João Marcelino Mesquita de Barros.
13 D. Adélia Mesquita de Barros.

12 D. Christina de Mesquita, que fal. solteira.

11 Fernando Augusto de Mesquita Pimentel, casado na America


do Norte; - c. g.
11 D. Maria José de Mesquita Pimentel, que casou duas vezes, a
primeira com o dr. Adolpho Augusto Leite Ferreira Leão, e a
segunda com Theotonio da Camara Lima; - c. g.

11 Manoel Maria da Mesquita Pimentel, - nasceu em 1836, na ilha


Terceira, e foi casado com D. Custodia de Simas e Cunha. -
Vid. Tit, dos Silveiras de Bettencourt, § un., n. 0 4.
Tiveram:
12 D. Maria Carmina de Mesquita: n. em 1873, e casou com
Dioclecio Franco Gil da Silveira Gabriel; matrimonio este de
que nasceram :

13 Fernando.
13 Arthur.
13 D. Maria.
153

12 D. Maria d'Ascenção de Mesquita Pimentel: n. em 1876, e


casou a 23 <ie maio de 1907, na parochial Egreja de S. Matheus,
da Terceira, com Alberto Jacintho da Silveira. Residem em
Boston (America do Norte).
12 Mimoel de Mesquita, que segue.
12 D. Maria Cecilia de Mesquita Pimentel, que n. em Angra, em
1884, e ahi casou, a 15 de set. de 1906, com Eduardo Pereira
de Abreu, agente consular da França na dita cidade; filho de
José Julio da Rocha Abreu, vice-consul do Uruguay na mesma
cidade, e de sua mulher D. Carlota Pereira.
Teem ao presente uma filha, a saber:

13 D. Maria do Livramento, que n. em 1907.

12 Manoel de Mesquita, - tenente do regimento de infanteria n.º 25,


a cujo posto foi promovido em dezembro de 1908. Nasceu
a 17 de janeiro de 1879 na villa de Santa Cruz, da ilha
Graciosa, e casou a 6 de fevereiro de 1909, em Angra do
Heroísmo, com D. Aida Ribeiro da Costa. - Vid. Tit: dos
Ribeiros, § un., n. 0 5; -- c. g.

§ 5.º

8 O. Anna Maria Margarida de Mesquita Pimentel (§ 3.º, n.º 8), -- casou


com seu parente João Baptista da Costa, filho de Manoel de
Freitas da Costa, sargento-mór, e de sua mulher D. Marianna
Furtado de Mendonça.
Tiveram:
9 D. Maria Victoria de Mesquita Pimentel, casada com Antonio
José de Freitas Henriques da Costa ; matrimonio este de que
nasceu:
10 Francisco José de Freitas Henriques da Costa,
capitão de milicias, e casado com D. Maria
Claudina Xavier de Mendonça. D'este matri-
monio provieram :
11 D. Margarida de Mesquita, que n.
na ilha das Flôres e fal. na ilha
Terceira, em 1907, solteira.
11 D. Amalia de Mesquita, tambem
natural das Flôres e residente na
Terceira, no estado de solteira.
9 D. Anna Leonor, que segue.

9 o.Anna Leonor de Mesquita Pimentel, - casou em 1808, na Egreja


Matriz de Nossa Senhora da Conceição da vi!la de Santa
154

Cruz, da ilha das Flôres, com Laureano José de Freitas


Henriques, capitão, filho de João Antonio de Freitas Henriques,
sargento.mór das Ordenanças da dita ilha, e de sua mulher
D. Maria Victoria d' Almeida (cas. em 1782), a qual descendia,
pelo lado paterno, da familia dos Coelhos, de que tracta
o Tit. XXVIII.
Tiveram:
10 D. Maria de Mesquita de Freitas Henriques, casada com
Antonio Xavier da Silveira, de quem teve :

11 D. Maria Julia de Mesquita, casada com Virgilio


Machado, official de artilheria ; - c. g.
11 D. Joaquina Xavier de Mesquita, mulher de José
Baptista da Silveira ; - c. g.
11 Frederico Xavier de Mesquita, casado com D. Jero-
nyma da Silva ; - s. g.

10 D. Julia de Mesquita, que fal. solteira.


10 Fernando Joaquim de Mesquita Henriques, que segue.
10 Antonio Theodoro de Mesquita Henriques, casado com sua
prima D. Joaquina de Freitas de Vasconcellos, de quem teve:

11 D. Anna Leonor de Mesquita, casada com José


Constantino da Silveira e Almeida.
11 Carlos de Mesquita Henriques, que fal. solteiro.

11 Roberto Augusto de Mesquita, casado no Fayal com D. Emilia


de ......... , de quem teve :

11 Guilherme Augusto de Mesquita Henriques,


casado com D. Maria Clotilde Terra. - Vid. Tit.
dos Bruns, § 9. 0 , n. 0 12.

10 Fernando Joaqui1 de Mesquita Henriques, - nasceu a 15 de novembro


de 1816, e houve os seguintes filhos:
11 Antonlo Fernando de Mesquita Henriques, q11e segue.
11 D. Maria Fernando de Mesquita, casada com José Jacintho
Armas da Silveira, de quem teve :
12 Roberto Armas, clerigo.
12 José Jacintho Armas da Silveira, medico-cirurgico
pela escola de Lisboa, e casado com sua sobrinha
D. Palmyra, adiante, n. 0 13.
12 Antonio Fernando Armas, casado com D. Emilia
de Mendonça ; - c. g.
12 Fernando Joaquim Armas, casado com D. Palmyra
Lopes de Amorim, de quem teve :
13 D. Palmyra Amorim Armas mulher
de José Jacintho Armas da Silveira,
acima n. 0 12.
13 Fernando de Amorim Armas.
155

12 D. Maria Amelia Armas, casada com Fernando


Jacintho de Mendonça ; - c. g.
12 D. Julia Armas, mulher de José Jacintho Armas
do Amaral.

11 Antonlo Fernando de Mesquita Henriques, - casou duas vezes, a pri-


meira com D. Maria Theodora, e a segunda com sua prima
D. Maria Amelia de Freitas Henriques e Vasconcellos.
Do primeiro matrimonio teve:

12 D. Adelaide Theodora de Mesquita; - solteira.


12 D. Maria Victoria d'Almeida, casada com Francisco Antonio da
Silveira, recebedor em Santa Cruz, das Flôres; - c. g.

Do segundo matrimonio nasceram :

12 Carlos Mesquita, que segue.


12 Roberto de Mesquita, escrivão de fazenda em Santa Cruz, dns
Flôres ; - solteiro.
12 D. Maria Leonor de Vasconcellos; - solteira.
12 D. Julia de Mesquita; - solteira.

12 Carlos de Mesquita, - bacharel formado em direito pela Univer-


sidade de Coimbra (1896) e professor do Lyceu de Vizeu.
Tem publicado algumas poesias, e em dous numeros dos
Serões publicou, em 1907, um estudo critico sobre o grande
romancista inglez do seculo xvrn -Henry Fielding. Nasceu
a 14 de fevereiro de 1871, em Santa Cruz da ilha das Flôres,
e casou a 12 de set. de 1898 com O. Maria Olympia Soares
de Brito, da Q. da Chamusca, no concelho de Oliveira do
Hospital; matrimonio este de que proveio:

13 D. Maria Amelia, que n. a 27 de maio de 1900, na freguezia


de Lagos da Beira, do dito concelho.

São as ARMAS dos Mesquitas: - em


campo d' oiro cinco cintas vermelhas
com fivelas e passadores de prata, pos-
tas em banda; orla azul com sete flo-
res de liz d' oiro; timbre, meio mouro
vestido d' azul com turbante de prata e
156

uma lança da sua côr com a haste de


oiro e n' ella enfiada uma bandeirinha
de prata.

As dos Pimenteis, consistem no


seguinte : -- em campo verde cinco
vieiras de prata postas em santor;
timbre, um touro vermelho nascente
armado de prata, com uma vieira do
escudo no testa.

Brazões especiaes teem sido con-


cedidos a differentes membros d'esta
familia e designadamente aos seguintes:

A João Peixoto da Silveira de Bet-


tencourt e Lacerda, § l.º, n. 0 10, foi
concedido por carta regia de l l de
janeiro de 1804, reg. no Cart. da Nobr.,
L. Vil, fls. 60 v., o seguinte brazão
d'armas: - um escudo esquartelado:
no 1. 0 quartel as armas dos Pimenteis;
no 2. 0 as dos Silveiras; no 3. 0 as dos
Peixotos; e no 4. 0 as dos Betfencourts.

A Francisco Manoel de Mesquita


Pimentel Furtado de Mendonça, § 3. 0 ,
n. 0 8, foi concedido por carta regia de
30 de maio de 1791, reg. no Cart., da
Nobr., L. 1v, fls. 213, v., o seguinte
brazão : - um escudo esquart:!lado: no
1. 0 e 4. 0 quarteis as armas dos Pimen-
teis; no 2. 0 quartel as armas dos Mes-
quitas; e no 3. 0 as dos Furtados, elmo
de prata, aberto, guarnecido de oiro, e
paquife dos metaes e côres das armas;
timbre o dos Pime nteis, e por diffe-
reuça, uma brica azul com um farpão
d'oiro.
A João Marcelino de Mesquita
Pimentel, § 4. 0 , n. 0 9, foi concedido
por carta regia de 8 de março de 1815,
reg. no Cart. da Nobr., L. v11, fls. 307,
157

v., o seguinte brazão d'armas: -11,m


escudo esquartelado; no 1. 0 e 4. 0 quar-
teis as armas dos Pimenteis; no 2. 0 as
dos Mesquitas; e no 3. 0 as dos Furta-
tados de Mendonça.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 05 VII, VIII, XXXVII, XLV, LI, LXIII, e LXIV,
da Bibliographia.
TITU LC) LXI

MONIZES

de Guilherme Moniz Barreto, o Velho, o qual passou no


D EscENJ>EM
seculo xvr á ilha Terceira a fim de n'ella adquirir terras do
donatario. Era filho de Henrique Moniz, o Velho, que foi
alcaide-mór de Silves, e de sua 2.ª mulher D. lgnez de Menezes
Barreto. - Vid. Tit. dos Menezes, § 1. 0 , n. 0 6; e, pelo lado paterno,
era 1. 0 neto de Vasco Martins Moniz, fid. da casa d'el-rei D. João r,
e de sua mulher D. Brites Pereira.
O solar d'esta família, na dita ilha, é a Casa de Valle de
Linhares, nos arredores de Angra (freguezia de S. Bento). Tinha
capella sob a invocação de S. Guilherme, a qual foi demolida por
occasião da reedificação da casa, na 2.ª metade do seculo x1x.

§ 1,0

1 Guilherme Moniz Barreto, o Velho, - foi casado na ilha Terceira com


D. Joanna Vaz Côrte Real. -- Vid. Tit. dos Côrte Reaes, § 1.0 ,
n. 0 3. ·
Jazem sepultados na Egreja do Convento de S. Francisco,
de Angra, na capella de Santo Antonio, de que foram
instituidores.
Tiveram:

2 Sebastião Moniz Barreto, que segue.


160

2 Balthazar Moniz Côrte Real, que casou duas vezes, a primeira


com D. Violanta, e a segund11 com D. Maria Paes da Cunha,
de quem teve :
3 D. Maria da Cunha, que casou com Diogo de
Mendonça, governador do Brazil. D'este matri-
monio nasceu :
4 D. Joanna de Mendonça, que casou
com Manoel de Sousa da Silva, cav.
da ordem d'Aviz, commendador de
Casal na mesma ordem, e de S. Mar-
tinho do Bispo na ordem de Christo.
Tiveram:
5 D. Luiza Maria de
Mendonça e Eça, mar-
quez:i de Monte Bello
pelo seu casamento,
em 10 de fev. de 1676,
com Antonio Felix
Machado, 2. 0 marquez
de Monte Bello, alcai-
de -m 6 r de Mourão,
governador de Per-
nambuco e sr. d'Entre
Homem e Cavado; -
c. g.
5 D. Magdalena de Men-
donça de Sousa da
Silva, condessa de Vai
dos Reis pelo seu ca-
samento, em 15 de
jan. de 1669, com Lou-
renço de Mendonça
de Moura e Sousa, 3.0
conde de Vai dos Reis;
--c. g.
2 D. Ignez Moniz Barreto, mulher de Ruy Gomes da Grã; - s. g.
2 D. f'rancisca Moniz Barreto, freira bernarda em Tavira.

2 Sebastião Moniz, o Velho - nasceu na ilha Terceira, e casou com


sua prima D. Joanna de Menezes. -- Vid. Tit. dos Menezes,
§ 1. 0 , n. 0 8.
Tiveram:

3 Guilherme Moniz Barreto, que segue.


3 D. f'ilippa da Silva, que casou com Leonel Xira Lobo ; - c. g.
3 D. f'rancisca da Silva Moniz Barreto, que fal. em 1607, tendo
casado com Ruy Dias de Sampaio. - Vid. Tit. dos Sampaios,
§ un., n.o 2.
3 D. f'austina da Silva Moniz Barreto, que foi raptada quando
estava a ouvir missa na Ermida de Nossa Senhora do Desterro
161

por Jeronymo Fernandes de Cêa Pisão, que com ella pretendia


casar; casamento que se não effectuou por a elle se opôr a
mãe da raptada.

3 Guilherme Moniz Barreto, - môço fid. da Casa Real, juiz ordinario


e vereador da camara de Angra. Casou com Simôa Alvares
de Carvalho, de quem teve:

4 Diogo Moniz Barreto, o Velho, que segue.


4 Sebastião Moniz Barreto, que casou tres vezes, a primeira com
Beatriz Merens, depois com Francisca da Ponte Maciel ·e em
3.•• nupcias com Briolanja Pereira; - c. g.
4 Antonio Moniz Barreto, que muito se destinguiu nas diversas
luctas travadas entre a esquadra açoriana e os corsarios que
invadiram os mares dos Açôres.
4 Egas Moniz Barreto, casado com D. Maria da Silveira; - s. g.
4 Francisco Moniz Barreto da Silva, que segue no§ 2. 0
4 D. Iria, freira no convento da Esperança, de Angra.

4 Diogo Moniz Barreto, o Velho, - môço fid. da Casa Real, por alv.
de 16 de dezembro de 1605. Succedeu na casa e morgado
de seus maiores, e casou a 8 de janeiro de 1591, na Sé de
Angra, com D. Izabel Abarca. - Vid. Tit. dos Pinheiros de
Barcellos, § 1.0 , n.º 5.
Tiveram:

6 Diogo Moniz Barreto. que segue.


5 D. Maria de Menezes, Côrte Real, casada com Manoel do Rego
Borges. - Vid. Tit. dos Silveiras, § l.o, n. 0 5.
6 D. Joanna da Silva Moniz Barreto, mulher de João Alvares
Pamplona de Miranda. - Vid. Tit. dos Pamplanas, § 2. 0 , n. 0 4.

5 Diogo Moniz Barreto, - môç·o fid. da Casa Real. Casou duas vezes,
a primeira com D. Margarida da Silveira Pamplona de
Miranda. - Vid. Tit. dos Pamplonas, § 2. 0 , n. 0 5- e a segunda,
em 1642, na Sé de Angra, com D. Ursula Cabral Freire.
Do primeiro matrimonio teve:

6 João Moniz Barreto, que segue.


6 Guilherme Moniz Barreto /
6
. B t , casaram no Brazil.
Bernar d o Momz arre o J
6 D. Jornna da Silva Moniz Barreto, mulher de Bartholomeu
Pimentel. - Vid. Tit, dos. Mesquita Pimenteis, § 2.0 , n.o 5.
6 D. Monica de S. Nicolau /
6 D. Izabel Evangelista I freiras em S. Gonçalo, de Angra.

6 João Moniz Barreto, ·- môço fid. da Casa Real. Foi baptisado na


Conceição, de Angra, a 7 de maio de 1621, e casado tres
11
162

vezes, a primeira com D. Violante Tristão, depois com sua


cunhada D. Simôa Tristão, e por ultimo com D. Maria
Fagundes Terra.
Ignoro se teve succesão do primeiro matrimonio.
Do segundo, porém, nasceram :

7 D. Margarida da Ressureição / religiosas na Conceição, de


7 D. Maria de Santa Rosa í Angra.

Do terceiro matrimonio teve:

7 Antonio Moniz Barreto Côrte Real, que segue.

7 Antonlo Moniz Barreto Côrte Real, -- môço fid. da Casa Real e capi-
tão. Casou com D. Maria Josepha da Camara de Sá Salazar.
- Vid. Tit. dos Sás, § 1. 0 , n.º 4.
Tiveram o filho que segue.

s Francisco Moniz Barreto Côrte Real, - môço fid. da Casa Real e


capitão. Casou com D. Clara Sophia Pacheco de Mello, de
quem teve:
9 Manoel Diogo Moniz Barreto Côrte Real, que segue.
9 D. Joanna Moniz.
9 D. Catharina Josepha da Camara Moniz, casada com Antonio
Borges do Canto. - Vid. Tit. dos Borges, § 2. 0 , n. 0 9.
9 D. Rita Moniz.

9 Manoel Diogo Moniz Barreto Côrte Real, - casou com D. Joanna Luiza
de Menezes. - Vid. Tit. dos Camellos, § 4. 0 , n. 0 15.
Tiveram:
11 Francisco Moniz Barreto Côrte Real, que segue.
11 João Moniz Barreto Côrte Real, de que me occupo no § 3. 0

1O Francisca Moniz Barreto Côrte Real, - nasceu na freguezia da Con-


ceição, de Angra, e casou a 10 de maio de 1780, na Sé da
dita cidade, com D. Marianna Josepha Victoria do Rego Bote-
lho, da familia dos Regos, de que tracta o Tit. LXXXI.
Tiveram:
11 João Moniz Côrte Real, que segue.
11 Manoel Diogo, baptisado na Conceição, de Angra.
11 Domingos Moniz Barreto, baptisado tambem na Conceição a 11
de nov. de 1801.
11 Francisco Moniz Barreto Côrte Real, casado na ilha Graciosa
com D. Maria Rosa de Simas e Cunha, de quem teve;
163

12 Francisco Moniz Barreto Côrte Real, bacharel


form:ido em direito pela Universidade de Coim-
bra (1854) e juiz de direito na comarca da Ribeira
Gran,Ie, onde falleceu. Foi casado com sua prima
D. Christina Raposo Bicudo Correia. - Vid. Tit.
dos Correias, § 4., n. 0 13. Tiveram:

13 Ildefonso Moniz, casado e residente


na villa da Lagôa.

11 D. Anna Mathilde Moniz Barreto Côrte Real, casada com Joa-


quim José Raposo Bicudo Correia. - Vid. Tit. dos Correias,
~ 4. 0 , n.o 11.
11 D. Francisca Candida Moniz Barreto Côrte Real, mulher de
Luiz Diogo Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda. - Vid. Tit.
dos Pereiras, § 1. 0 , n. 0 11.
11 D. M;iria Ernestina, que fal. solteira.
11 D. M:Hianna Moniz Barreto Côrte Real, mulher de Alexandre
de Oliveira, de quem teve :

12 João Moniz d'Oliveira, casado com O. Maria


Augusta d'Almeida. - Vid. Tit. dos Almeidas,
§ un., n. 0 5.

11 D. Clotilde Moniz, que fal. solteira

11 João Moniz Côrte Real, - cav. das ordens de Christo e Aviz, con-
decorado com a cruz de ouro n. 0 6 da guerra peninsular, e
major reformado de infanteria. Envolveu-se na revolução de
1820, e depois adheriu na ilha Terceira á causa da realeza,
operando uma contra-revolução, aprisionando nos Biscoitos
dois destacamentos de caçadores n. 0 5, e acclamando D. Miguel,
na villa da Praia, rei nbsolnto de Portugal e seus dominios.
Foi um dos sete indidduos a quem o governo liberal da
cidade de Angra decretou a morte em 9 de janeiro de 1829,
promettendo pelo assassinato d'elle 200$000 reis, e o perdão
geral de todos os delictos a quem o assassinasse.
Escreveu e publicou um opusculo com o titulo que consta
da Parte I, cap. 1, n. 0 xxxvm da Bibliographia.
Nasceu em Angra a 23 de julho de 1785, e falleceu a 9
de janeiro de 1860, tendo casado duas vezes, a primeira com
D. Joaquina do Carmo de Moura Portugal, baptisada na fre-
guezia da Encarnação, de. Cascaes, e a segunda, em 7 de
novembro de 1849, na Egreja da Conceição, de Angra, com
D. Maria Carolina de Oliveira, natural da ilha da Madeira.
Do primeiro matrimonio teve:

12 O. Anna Moniz Côrte Real, baptisada em Cascaes, e casada com


Francisco Machado l'amplona Côrte Real. - Vid. Tit. dos
Pamplonas, § 4. 0 , n.o 11.
164

12 D. Carlota Moniz Côrte ReRI, mulher de Estevão Borges do


Canto e Silveira. - Vid. Tit. dos Borges, § 1.0 , n. 0 11.
12 D. Carolina Moniz Côrte Real, casada com Rogerio Marcos
d'Oliveira, 24 de julho de 1839, na Conceição, de Angra;-c. g.
12 João Moniz Côrte Real, casado com D. Maria Carlota Pamplona:
-s. g.
12 Ildefonso Moniz Côrte Real, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram :

12 João Mo~iz . / fôram para a America.


12 Constantmo Momz \
12 D. Eugenia Carlota Moniz Côrte Real, casada com Jacintho
Augusto Ferreira, official do governo civil e secretario da au-
ditoria administrativa do districto de Angra do Heroísmo.

12 Ildefonso Moniz Côrte Real, - casou a 19 de maio de 1845, na


Egreja da Conceição, de Angra, com D. Joaquina Leopoldina
do Canto e Castro. - Vid. Tit. dos Cantos,§ 3. 0 , n. 0 10;- s. g.

§ 2.º

4 Francisco Moniz Barreto da SIiva -


(§ 1.0 , n.º 4), - môço fid. da
Casa Real. Casou a 26 de julho de 1610, na Egreja da Con-
ceição, de Angra, com D. Maria do Couto, de qi.tem teve:

5 Manoel da Silva Moniz, que segue.


5 D. Violante da Silva Moniz.

5 Manuel da Silva Moniz, - casou com D. Joanna Toledo do Couto.


- Vid. Tit. dos Toledos, § 2. 0 , n. 0 3.
Tiveram:
6 Guilherme Moniz Barreto do Couto, que segue.
6 Henrique Moniz Barreto, chantre na Sé de Angra.

6 Guilherme Moniz Barreto do Couto, - môço fid. da Casa Real, e ca-


sado com D. Maria Rodrigues Faleyro, de quem teve:
7 Francisco Moniz Barreto do Couto, que segue.
7 João Moniz Barreto, C:)pitão ; - cas., s. g.
7 Antonio Moniz Barreto, môço fid. da Casa Real, por alv. de 10
de junho de 1699 (L. XII das mercês d'el-rei D. Pedro li, fls.
381), governador e capitão general de Macau, onde casou com
F .......... , de quem teve:
8 Alvaro Caetano Moniz Barreto, natural da provín-
cia de Bardez, na India. Foi môço fid. da Casa
Real, por alv. de 29 de março de 1751 (L. II da
matr. d'el-rei D. José, fls. 260).
165

7 Egas Moniz da Silva, môço fid. da Casa Real, por alv. datado
tambem de 10 de junho de 1699, capitão-mór e ouvidor na villa
da Praia. Casou com D. Antonia de Sousa Pires do Couto. -
Vid. Tit. dos Toledos, § 2.o, n.o 4 : - s. g,
7 Silvestre Moniz, que foi clerigo.
7 Matheus Moniz.
7 D. Maria Moniz.
7 D. Joanna Moniz.
7 D. Violante Moniz.

7 Francisco Mo1lz Barreto do:C1uto, - môço fid. da Casa Real. Casou


com D. Clemencia Maria d'Araujo, de quem teve o filho que
segue.

8 Manoel Moniz Barreto do Cauto, - môço fid. da Casa Real. Nasceu


na freguezia da Sé, da cidade da Bahia, e casou na ilha
Terceira com D. Theodora Benedicta de Castro Noronha. -
Vid. Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n. 0 7.
Tiveram:
9 Egas Moniz Barretto do Couto, que segue.
9 Francisco Moniz Barreto do Couto: n. a 4 de out. de 1757 na
freg. de S. Bento, de Angra, e casou a 29 de junho de 1776,
na Sé da dita cidade, com D. Margarida Thomazia Joaquina do
Canto e Albuquerque.
9 Antonio Moniz Barreto do Couto, môço fid. da Casa Real, por
alv. de 8 de março de 1797 (L. XVIII das mercês de D. Maria I,
fls. 346 V.) e fid. esc. da mesma Casa, por alv. de 8 de fev.
de 1798 (L. XVI das mercês da mesma rainha, fls. 195 v.).
9 Bernardo Moniz Barreto do Couto, môço fid. da Casa Real,
por alv. de 7 de julho de 1778, e depois fid. esc. da mesma
Casa, por alv. de 15 de março de 1779, L. IV das mercês da
dita rainha, fls. 206 v.). N. na freg. da Sé, de Angra, e casou
duas vezes, a primeira, em 7 de julho de 1777, na dita Sé, com
D. Bernarda Josepha Borges da Silva do Canto. -· Vid. Tit.
dos Borges, § 2. 0 , n.o 10 - e a segunda com D. Maria Cons-
tança do Carmo Pacheco de Lima e Lacerda. - Vid. Tit. dos
Pachecos, § 2. 0 , n. 0 11.
Do primeiro matrimonio teve:
10 D. Catharina Josepha Borges da Silva do Canto,
baptisada na Sé de Angra a 11 de out. de 1778, e
casada com Luiz Pacheco de Lima e Lacerda de Vas-
concellos. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 2.o, n. 0 11.
10 D. Maria da Luz Borges Moniz, baptisada na
Conceição, da dita cidade, em 1786, e ahi casada
a 5 de out. de 1812 com Miguel Antonio da
Silveira e Sousa, da ilha de S. Jorge.
Do segundo matrimonio nasceu :
10 João Moniz Barreto do Couto, cav. das ordens da
Torre e Espada, S. Bento d'Aviz e da Conceição,
e marechal de campo. Fez parte da expedição
166

libertadora e os Açôres, N. em 1800, e fal. a 2


de março de 1870, tendo casado com D. Maria
Rigues, de qnem teve:
11 O. Elisa Moniz do Couto.
11 O. Ermelinda Maria Barreto do
Couto, que fal. solteira.
11 O. Maria Moniz Barreto do Couto,
que tambem fal. solteira.
11 D. Francisca Moniz Barreto do
Couto, casada com Germano de
Moraes Sarmento; - s. g.
11 O. Marianna da Gloria Moniz Bar-
reto do Couto, mulher de Sebastião
Cardoso Pamplona. - Vid. Tit. dos
Pamplonas, § 4. 0 , n. 0 12.

9 D. Marianna Clemencia Moniz Barreto do Couto, casada com


Antonio de Labath de Lacerda (dr.), de quem teve:

10 O. Maria Leonor de Labath, que n. a 15 de julho


de 1802, e casou com .Manoel lgnacio de Brum e
Athayde. - Vid. Tit. dos Bruns, § 9. 0 , n.o 11.

9 D. Anna Thereza Moniz Barreto do Couto: n. a 28 de abril


de 1770, na freg. da Sé de Angra, e casou com Antonio
Borges Teixeira de Barcellos. - Vid. Tit. dos Teixeiras
(outros), § un., n. 0 9.
9 O. Felicia Umbelina Moniz Barreto do Couto, mulher de
Antonio Borges Teixeira de Barcellos, acima referido.

9 Egas Moniz Barreto do Couto, - moço fid. da Casa Real, por alv.
de 7 de julho de 1778, e fid. esc. da mesma Casa, por alv.
de 15 de março de 1779 (L. rv das mercês da rainha D. Maria ,,
fls. 206). Nasceu em Angra, e casou com D. Marianna Luiza
Borges do Canto. - Vid. Tit. dos Borges, § 1. 0 n. 0 10.
Tiveram:
10 Egas Moniz Barreto do Couto, que segue.
10 Francisco de Paula Moniz Barreto do Couto, baptisado a 17 de
abril de 1795 na Conceição, de Angra, e casou com D. Marianna
Augusta de Bettencourt, de quem teve :

11 Severo Moniz Barreto, casado com D. Elvira


de Bettencourt. - Vid. Tit. dos Betlencourls,
§. 2. 0 , n. 0 11.
Tiveram os filhos seguintes :

12 Francisco de Paula Moniz Barreto,


official da secretaria do governo
civil do districto de Angra do
Heroismo. N. a 16 de abril de
1857, e casou com O. Hilaria de
Moraes Ferreira, de quem teve:
167

13 Francisco de Paula de
Moraes Moniz.
13 José de MoraesMoniz.
13 D. Hilaria, que fal.
criança.
13 Diogo de Moraes
Moniz.

12 D. M.• do Carmo M. Barreto t fal. sol-


12 José Moniz Barreto \ teiros.
10 João Moniz Barreto do Couto, baptisado na dita Egreja da
Conceição a 25 de fev. de 1797.

10 Egas Moniz Barreto do Couto, - casou com sua prima D. Francisca


Carlota Borges Teixeira. - Vid. Tit. -dos Teixeiras (outros),
§ un., n.º 10.
Tiveram:

11 D. Maria Moniz Barreto do Couto, casada com Antonio Borges


Leal Côrte Real, de quem teve :

12 D. Maria dos Santos Borges Leal, mulher de


Antonio Bello, official do exercito; - s. g.

11 Manoel Moniz Barreto do Couto, que segue.


11 D. Guilhermina Moniz Barreto do Couto, casada com Jacintho
da Silva Baptista ; - s. g.
11 Fr~ncisco Moniz Barreto do Couto, baptisado na Conceição, de
Angra, a 30 de out. de 1838. Casou a 15 de fev. de 1871 com
D. Maria Paula de Ornellas Bruges Paim da Camara. - Vid.
Tit. dos Pains, § 4. 0 , n. 0 12.
Tiveram:

12 D. Paulina Moniz Barreto do Couto, que fal.


solteira.
12 Mario de Ornellas Bruges Moniz Barreto, aspi-
rante das alfandegas do ultramar.
12 D. Maria do Carmo Moniz Barreto.
11 D. Marianna da Gloria Moniz Barreto do Couto, que casou
em 1869 com Henrique Pamplona Côrte Real. - Vid. Tit. dos
Rodovolhos, § 3.", n.o 4.

11 Manoel Moniz Barreto do Couto, - nasceu a 29 de setembro de 1833


e foi sr. da casa solar de Valle de Linhares, que herdou de
seus maiores. Casou a 25 de Junho de 1859, com D. Rita
Puicheria de Ornellas Bruges Paim da Camara. - Vid. Tit.
dos Pains, § 3. 0 , n. 0 12.
Tiveram:
12 D. F ...... Barreto do Couto: n. em 1860 e fal. criança.
12 Francisco Barreto do Couto, que segue.
168

12 Theotonio Moniz Barreto do Couto, major de infanteria. N. a


11 de nov. de 1862 e foi baptisado a 1 de jan. de 1863 em
S. Bento, de Angra. Casou em Santarem a 27 de dez. de 1905
com D. Maria Izabel Gorjão Ramos; - c. g.
12 Manoel Moniz Barreto do Couto: n. a 28 de jan. de 1865; -
solteiro.
12 Egas Moniz Barreto do Couto: n. em 1868, e fal. em 1894,
tendo casado com D. Elvira da Silva, de quem teve :

13 Egas Moniz Barreto do Couto, que fal criança.

12 Francisco Barreto do Couto, - nasceu a 2 de Setembro de 1861, na


freguezia de S. Bento, de Angra.
E' official do governo civil do districto de Angra do
Heroísmo e actual representante, na ilha Terceira, do 2. 0 ramo
vincular d'esta família; - solteiro.

10 João Moniz Barreto Côrle Real (§ l.º, n. 0 10),-foi baptisado na


Egreja da Conceição, de Angra, a 23 de outubro de 1760, e
casado com D. Marianna Izabel de Sá. - Vid. Tit. dos
Sás, § 2. 0 , n. 0 7.
Tiveram:
11 João Moniz de Sá Côrte Real, que segue.
11 Antonio Moniz Barreto Côrte Real, bacharel formado em
canones pela Universidade de Coimbra (13 de jun. de 1831).
Exerceu em Angra do Heroismo os cargos de 1.0 substituto
do juiz de direito, vogal da junta geral e membro do conselho
de districto, professor do lyceu nacional, commissario dos
estudos e reitor do mesmo lyceu, e vice-presidente da camara
municipal. Redigiu diversos jornaes politicos da ilha Terceira,
e escreveu as Bellezas de Coimbra, bem como diversas obras
de instrução publica, que correm impressas. N. em Angra
a 8 de dez. de 1804, e fal. a 23 de set. de 1888, tendo casado
com D. Marianna Izabel de Sá Pamplona Côrte Real. - Vid.
Tit. dos Pamplonas, § 2. 0 , n.o 12.
Tiveram:

12 Manoel Leandro Moniz Côrte Real, que casou


com D. Amelina do Canto, de quem teve:

13 Francisco de Paula Moniz Côrte-


Real, casado com D. Maria Thereza
Raposo ; matrimonio este de que
nasceu:

14 D. Ismenia Moniz Côrte


Real.
169

13 Adolpho do Canto M. Côrte Real.


13 Miguel do Canto M. Côrte Real.
13 Luiz Manoel do Canto M. Côrte Real.
13 D. Maria das Mercês do Canto M.
Côrte Real.
!e; Antonio Moniz Côrte Real.
I2 D. Maria das Mercês, que fal. criança, em 1863.
12 Francisco Moniz.
12 D. Maria das Mercês Moniz, habilitada com o
curso do Real Conservatorio de Lisboa: n. a 11 de
jan. de 1861; - solteira.
12 Carlos Moniz Côrte Real: n. a 22 de julho de
1865, e fal. solteiro em dez. de 1907.
11 Francisco Moniz de Sá, que fal. solteiro.
11 D. Joanna Rita Moniz Barreto Côrte Real, casada, primeira-
. mente, com Antonio Martins Pamplona Côrte Real. - Vid. Tit.
dos Pamplonas, § 2. 0 n. 0 11 - e em 2.•• nupcias com Jeronymo
Martins Pamplona Côrte Real. - Vid. cit. Tit. § 2.o, n. 0 10.
11 D. Maria das Dôres Moniz Côrte Real, casada com Antonio
Ramos da Silveira Coutinho. - Vid. Tit. dos Ramos,§ un., n. 0 1.

11 João Moniz da Sá Côrte Real, - (H.). Casou duas vezes, a primeira


com D. Maria Guilhermina Borges do Canto, e a segunda
com D. Anna Augusta de Bettencourt, da ilha de S. Jorge.
Do primeiro matrimonio teve:
12 Antonio Moniz de Sá Côrte Real, que segue.
12 D. Marianna Izabel Moniz de Sá Côrte Real, casada com
Francisco de Almeida Tavares do Canto. - Vid. Tit. dos
Almeidas, § un., n,o 5.

Da segunda mulher teve duas filhas, legitimadas por


subsequente matrimonio, a saber:
12 D. Adelaide Moniz de Sá, casada com Joaquim Borges de
Lemos Fagundes, de quem nasceu :
13 Olympio Moniz Borges de Lemos, o qual tem
justo o seu casamento com D. Maria das Mercês
Pinto de Campos, filha de Alfredo Luiz Campos,
auctor da Memoria da Visita Regia á Ilha
Terceira (Vid. pag. 24 do vol. 1), e de sua mulher
D. Carlota Pinto.
12 D. Maria Amelia Moniz de Sá, mulher de Adriano Augusto
dos Santos, de quem existe um filho chamado:
13 João Moniz dos Santos,
12 Antonlo Moalz de Sá Côrte Real, - casou com D. Maria Quiteria de
Menezes de Lemos e Carvalho. - Vid. Tit. dos Menezes,
§ 2.", n.º 16.
170

Tiveram:
13 Antonio Moniz de Sá, que fal. solteiro.
13 João Moniz de Sá Menezes Côrte Real, que segue.
13 Matheus Moniz de Sá, que fal 11 13 de março de 1906, tendo
casado duas vezes, a primeira com D. Augusta da Cunha, filha
do general Silverio José da Cunha, e a segunda com D. Maria
Emilia Duarte.
Do primeiro matrimonio teve :

14 D. Maria Quiteria de Menezes Moniz.


14 Antonio de Menezes Moniz, que fal. solteirn.

Do segundo matrimonio nasceram:

14 João Moniz.
14 D. Leonor Moniz.
14 ,'V!atheus Moniz.

13 D. Maria Luzia de Sá Mern'zes Moniz, mulher de C~rlos Ney


Ferreira, tenente coronel de infanteria, de quem existe uma
filha por nome:

14 D. Georgina Moniz Ney Ferreirn; solteira.

13 João Moniz de Sá Menezes Côrte Real, - exerceu o cargo de amanuense


do governo civil do districto de Angra do Heroismo, e falleceu
em fevereiro de 1907, tendo casado com D. Leonor Pamplon::i
Ramos. - Vid. Tit. dos Ramos, § un., n. 0 3.
Tiveram o filho que segue.

14 Antonlo Ra111os Moniz de Sá Côrte Real, - solteiro, e aclualmente


residente em Lisboa, onde está cursando uma escola superior.

São suas ARMAS: -em campo azul,


cinco estrellas de oiro, de 8 raios, em
santor; timbre, um leopardo de azul
com uma estrella do escudo na testa.

(*) Tambem usam o seguinte brazão:


- escudo esquartelado: no 1. 0 quartel
as armas dos Monizes, como acima as
descrevi; no 2. 0 quartel as armas dos
..... (? ), em campo . .... (?) cinro
flôres de liz em santo,,· no 3. 0 quartel
171

as armas dos Silvas, em campo de


prata um leão de purpura armado de
azul; e no 4. 0 quartel as armas dos
Côrte Reaes, em campo vermelho seis
costas de prata, firmadas e postas
em duas palas, com um chefe de
prata e n'elle a cruz de S. Jorge,
vermelha: elmo de prata, aberto,
guarnecido de oiro, paquife, dos
metaes e côres das armas, e por
timbre, o dos Monizes, que é um
leopardo azul, com uma estrella do
escudo na testa.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte ,, cap. 1, n.ºs I, rv, VII, XXVII, XXXVfl,
XXXVIII, XLV, LX[V, LXX, LXXXVI e XCVIII, da
Bibliographia.
TITULO LXII

MONJARDINOS

oriundos da cidade de Lisboa, d'onde passaram á ilha Ter-


S ÃO
ceira, em 1839, na pessoa de José lgnaclo d' Almeida Monjardino, o
qual era filho de Ignacio d' Almeida de Andrade Monjardino,
que nasceu na dita cidade, em 1772, e ahi falleceu a 12 de Junho
de 1842, e de sua mulher D. Anna Claudina Maria do Carmo
Monjardino, que tambem nasceu em Lisboa, em 1779, e faleceu a
7 de dezembro de 1849; neto, pelo lado paterno, de João Gual-
berto Pinto de Moraes Sarmento e de F ......... , e, pelo lado ma-
terno, de José da Costa Xavier e de sua mulher D. Quiteria Rosa
de Sant' Anna.

§ UNICO

1 José lgnaclo d'Almeida MonJardino, - foi commendador da ordem de


Christo, do conselho de Sua Magestade Fidelissima, deputado
ás côrtes da nação, secretario geral do governo civil do dis-
tricto de Angra do Heroismo e governador civil, interino, do
mesmo dlstricto, em cuja qualidade creou, por alvará de 16 de
outubro de 1891, a instituiçao denominada Cofre de Caridade,
que na dita ilha tem prestado relevantes serviços. Nasceu em
Lisboa a 11 de novembro de 1819, e falleceu em 1904, na dita
cidade de Angra, tendo casado duas vezes, a primeira com
D. Dometilia Leopoldina de Bettencourt de Vasconcellos e
Lemos -Vid. Tit. dos Bettencourts, § 1.º, n. 0 11-e a segunda
174

com D. Maria Elvira de Ornelas Bruges Paim da Camara. -


Vid. Tit. dos Pains, § 4. 0 , n. 0 12.
Do 2. 0 matrimonio não teve filhos; do 1. 0 , porém, teve:

2 Jorge de Lemos Bettencourt de Almeida Monjardino, que


segue.
2 D. Maria Dometilia de Almeida Monjardino, baroneza do Ra-
malho pelo seu casamento com Antonio da Fonseca Carvão
Paim da Camara. - Vid. Tit. dos Carvões, § un., n. 0 8.
N. a 26 de maio de 1845.

2 Jorge de Lemos Bettencourt d'Almeida Monjardine, -- foi thesoureiro pa-


gador do districto de Angra do Heroísmo. Nasceu a 11 de
Junho de 1846, na dita cidade, e ahi falleceu em abril de 1886,
tendo ahi casado tambem com D. Maria de Ornellas Bruges
Paim da Camara.-Vid. Tit. dos Pains, § 4. 0 , n. 0 12.
Tiveram:

3 D. Georgina de Ornelas d'Almeida Monjardino, que casou com


Francisco de Azevedo Gomes, referido a pag. 97 do vol. I.
Teem dois filhos a saber:

4 Jorge.
4 D. Gabriella.

3 Augusto d' Almeida Monjardino, que segue.


3 Amadeu d'Almeid2 Monjardino, que casou a 14 de maio de
1903 com D. Olinda Pamplona Côrte Real.- Vid. Tit. dos
Pamplonas, § 4. 0 , n.° 14. Teem um filho por nome:

4 José Pamplona Monjardino, que n. a 21 de março


de 1904.

3 D. Emilia d'Almeida Monjardino, mulher de D. Francisco


Hemique de ,'vlenezcs de Brito do Rio.-- Vid. Tit. dos Britas
do Rio, § 2.o, n. 0 7.
3 Jorge d'Almeida Monjardino, actual alumno da Escola Medico-
-Cirurgica de Lisboa.

3 Angusto d'Almeida Monjardino, - medico-cirurgico pela Escola de Lis-


boa (1899) e professor da mesma Escola. Nasceu a 3 de
março de 1871, em Angra do Heroísmo, e casou com D. Maria
Guilhermina do Carvalhal do Canto Brum. - Vid. Tit. dos
Bruns, § l,·, n. 0 14.
Teem os seguintes filhos:

4 D. Maria de Ornellas do Canto d' Almeida Monjardino.


4 D. Jorgina de Ornellas do Canto d'Almeida Monjardino.
175

São suas ARMAS:--· Um escudo par-


tido em pala: na l.ª as armas dos Al-
meidas, e na 2.ª as dos Andrades.
Este brazão foi concedido a José
lgnacio d'Almeida Monjardino, § un.,
n.º 1, por carta regia de 23 de dez. de
186,5, reg. no Cart. da Nobr., L. 1x, fls.
90 V.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 0 s Vlll, LJ, LXIII LXXXV e XUlll da
Bibliographia.
TITULO LXIII

MONTEIROS

de Pedro Jorge Monteiro, que foi de Santa Maria dos


D :TISCJ<JNDJ<JM
Olivaes, terra da sua naturalidade, para a capitania de Per-
nambuco, em data que não pude descobrir, e d'alli para a
ilha da Madeira, na segunda metade do seculo xvm.

§ UNICO

1 Pedro Jorge Montelro,-foi familiar do Santo Officio, em 2 de


junho de 1761, e administrador do tabaco na ilha da Madeira,
cargo para que foi nomeado em 1763. Casou na villa do
Recife, em Pernambuco, com D. Maria Thereza de Gusmão,
filha de Belchior Mendes de Carvalho, e de sua mulher D. Maria
Tavares de Gusmão; e falleceu na sua casa da Madeira, em
1817, com testamento feito em 6 de agosto do anno anterior,
deixando do seu matrimonio os seguintes filhos, que levou
comsigo, de Pernambuco, para a dita ilha:
2 José Antonio Monteiro, que herdou a casa de seu pae.
2 Luiz Monteiro, que segue.
2 João Antonio Monteiro (dr.).
2 Joaquim Monteiro, consul geral de Portugal nos Estados Unidos
da America, t: casado com D. Anna Favilla Esmeraldo, de
quem teve:
3 D. Maria da Piedade Monteiro, que n. em New '
York e casou com F. . Offmann, official do
exer~ito.
178

3 D. Josepha Monteiro, que tambem n. em New


York e foi casada com Francisco Antonio de
Sampaio de Mello e Castro, official de marinha.
D'este matrimonio nasceu:
4 D. Anna Monteiro de Sampaio, que
reside actualmente na cidade de
Angra do Heroismo. Foi casada
com João da Silva Carvalho, natural
da ilha Terceira, de quem teve:
5 Luiz Monteiro da Silva
Carvalho, que se ausentou
de Angra do Heroismo,
terra da sua naturalidade,
para os Estados Unidos
do Brazil; - cas., c. g.
5 D. Maria de Sampaio da
Silva Carvalho, que tam-
bem n. em Angra e foi
casada com Manoel Mon-
teiro Soares d'Albergaria;
- s. g.
3 D. Emilia Monteiro: n. em New York a 14 de
maio de 1800, e foi casada duas vezes, a primeira
em 1816, com Francisco Borel, 1.º barão de
Palença (13 de maio de 1824) gran-cruz das ordens
de S. Wladimiro, da Russia, e da Rosa, do Brazil,
commendador da Torre e Espada e das ordens de
Santa Anna, da Russia, e de Carlos III, de HespanhR,
cav. de S. Leopoldo, da Austria, consul geral da
Russia na ilha da Madeira, encarregado de nego-
cios em Lisboa e enviado extraordinario e ministro
plenipotenciario no Rio de Janeiro-, o qual n.
em Turin a 9 de maio de 1758, e fal. na dita cidade
do Rio de Janeiro a 17 de março de 1830; e em
segundas nupcias casou, em 1833, com o conde
Donnorgo, capitão de cavallaria em Napoles.
Ignoro se teve descendencia d'este 2. 0 matri-
monio; do Lo, porém, teve :

4 D. Mathilde, que n. a 19 de março


de 1817.

3 D. Luiza Monteiro: n. em New York, e foi casada


com Carlos (Raswicht ?) consul da Russia em
Lisboa.
3 D. Elvira Monteiro, viscondessa de Bruges pelo seu
casamento com Theotonio d'Ornellas Bruges Paim
da Camara d'Avila e Noronha Ponce de Leão. --
Vid. Tit. dos Pains, § 3.o, n. 0 11. N. em New York.
a 16 de junho de 1804, e faJ· a 24 de jan. de 1838.
3 Antonio José Monteiro (dr.). Casou duas vezes,
sendo a primeira com D. Anna de Castro; - c. g.
3 D. Maria Monteiro,
179

3 D. Josepha Monteiro
3 D. Joaquina Monteiro.
3 Pedro Jorge Monteiro, que casou com F ......... ,
de quem teve :
4 D. Maria.
4 D. Luiza.
2 D. Joaquina Monteiro : n. na capitania de Pernambuco, e casou
com Nicolau José Sabois de la Tuelliere, natural de Selem,
freg. de Nossa Senhora d'Ajuda, da cidade de Lisboa. Residi-
ram na freg. de S. Pedro, da cidade do Funchal, e tiveram :
3 D. Jacintha de la Tuelliere, a qual n. na freg. de
Nossa Senhora do Calhau, e casou a 10 de agosto
de 1796, na capella de Nossa Senhora do Populo
do Pico do Cardo, de sua familia, com Pedro de
Sant'Anna e Vasconcellos, de quem teve:

4 José Francisco de Sant'Anna ~ Vas-


concellos Moniz de Bettencourt, o
qual n. a 12 de março de 1800, na
dita freg. de S. Pedro, e foi casado
com sua prima D. Jesuina Monteiro,

2 Luiz Monteiro, - fundou o palacio do Dáfundo, com capella em


S. Romão de Carnaxide, termo da cidade de Lisboa, onde
residiu, e falleceu a 9 de maio de 1834, tendo casado com
D. Josephina Laiçanse, de quem teve:
3 Luiz Monteiro, que segue.
3 O. Josephina Monteiro, que n. em Lisboa e foi casada com
Francisco Edlman, austriaco. Residiram em Genova e tiveram:
4 Luiz Edlman, que n. em Londres e residiu em
Genova.
4 D. Josephina Edlman, que tambem n. em Londres
e foi res. em Oenova com seu marido o conde
Estanislau Penalvez de quem teve :
5 O conde Alfredo Penalvez.

4 Francisco Edlman, que n. e res. em Genova.


4 D. Maria Edlman. tambem nat. de Genova e ahi
residente com seu marido F ... Peloso ; - c. g.
4 Henrique Edlman, que tambem n. e res. em
Genova.
4 D. Laura Edlman, tambem nat. e res. em Genova
com seu marido o conde Joraz.
4 Alfredo Edlman: n. em 1824.
4 Edmondo Edlman : n. em 1826.
4 D. Helena Edlman : n. em 1829, e casou com
F .. . Martin!, de quem teve:

5 Giacinto Marti~I:
180

3 Luiz Monteiro, -- cav. da ordem de lzabel a Catholica, vice-con-


sul da Russia em Paço d' Arcos, por carta patente do consul
da dita nação em Lisboa, datada de 15 de novembro de
1844, e confirmada por carta regia de 16 de dezembro do
mesmo anno, addido á legação de Portugal em Londres, e
herd. do palacio e quinta do Dáfundo. Nasceu em Lisboa
(freguezia dos Martyres), e casou na capella do dito palacio,
em março de 1849, com D. Emilia Fournier. - Vid. Tit. dos
Fourniers, § 1. 0 , n. 0 3.
A sua ultima residencia foi em Angra do Heroísmo, onde
falleceu e jaz sepultado.
Do matrimonio, que contrahiu, deixou os seguintes filhos:

4 Luiz Fournier Monteiro, que n. em Lisboa em jan. de 1850, e


ahi foi baptisado na Egreja de S. José. Casou no Rio Grande
do Sul com D. ldalina Borges do Canto, de quem teve:

5 D. Carolina Monteiro.
5 D. Emilia Monteiro.
5 Alfredo Monteiro.
5 D. Carlinda Monteiro.
5 Luiz Monteiro.
5 João Monteiro.

4 Julio Fournier Monteiro : n. em Lisboa. em 1852, e ai foi


baptisado na Egreja de S. José. Casou com D. Anna Leonor,
de quem teve :

5 Manoel Fournier Monteiro.


5 D. Maria Emilia Fournier Monteiro, que casou
com Diogo Forjaz Coelho Borges. - Vid. Tit, dos
Coelho Borges. § un., n. 0 6.
5 D. Leopoldina Fournier Monteiro.
5 D. lzabel Fournier Monteiro.
5 Augusto Fournier Monteiro.
5 Julio Fournier Monteiro.
5 Luiz Fournier Monteiro.

4 D. Emilia Fournier Monteiro: n. em Lisboa. em 1853, sendo


baptisada na Egreja de S. Paulo, e fal. a 24 de junho de 1901,
tendo casado com Alvaro da Costa Franco. - Vid. Tit. dos
Francos, § un., n. 0 9.
4 Augusto Fournier Monteiro, que segue.

4 Augusto Fournier Monteiro, - actual representante da familia dos


Monteiros, na ilha Terceira, onde nasceu a 7 de outubro de
1862 (freguezia de S. Pedro, da cidade de Angra do Heroísmo),
fiscal technico das obras da camara municipal e 1. 0 comman-
dante do corpo municipal de bombeiros voluntarias da dita
181

cidade. Casou a 9 de fevereiro de 1895, na parochial Egreja


da Conceição, da mesma cidade, com D. Maria do Carmo
Sieuve de Séguier e Campos. -Vid. Tit. dos Sieuves, § 1.0 ,
n. 0 7.

Át:erca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte r,


cap. 1 n. 0 • xcrn, e xc1v da Bibliographia, bem como o
Attestado Oenealogico da Ascendencia do senhor
José Francisco de Sant' Anna e Vasconcellos
Moniz de Bettencourt (mencionado sob n.º 4)
por João Carlos Feo Cardoso de
Castello Branco e Torres,
Lisboa, 1857.
TITULO LXIV

NETTOS

D ESCENDEM da geração e linhagem dos Nettos que vieram de


Salamanca para a cidade do Porto.
O seu estabelecimento na ilha Terceira data dos fins do
seculo x v em que alli existiam João Alvares Netto e Affonso Annes natto,
o primeiro, estabelecido em Porto Judeu, em umas terras de sesma-
ria que lhe deu Gaspar Côrte Real em 23 de março de 1499, e o
segundo, morador em Angra, no sitio das Covas.
A esta família pertencia tambem André Gonçalwes Netto, o qual
passou nos fins do dito seculo, ou nos principias do seculo xv1, á
ilha Graciosa, onde estabeleceu a sua residencia.

§ l.º

1 João Alvares Netto, - serviu em Africa, onde foi armado cavalleiro,


e d'alli é que passou á ilha Terceira, onde foi provedor das
armadas e da fazenda real, e onde gosou dos mesmos privi-
legias e liberdades de que gosavam os cidadãos do Porto, por
carta regia dada em Evora aos 6 de julho de 1533, e reg. no
Arch. Nac. da Torre do Tombo, a fls. 5 do L. 20 de Doaç. de
D. João III.
Casou com Mecia Lourenço Fagundes. - Vid. Tit. dos
Baldayas, § 1.0 , n.º 2.
Tiveram:
184

2 João Alvares Netto, que fal. sem geração.


2 CRtharina Alvares Netto, que segue.
2 Margarida Netto, casada com Gonçalo Dias do Carvalhal. -
Vid. Tit. dos Carvalhaes, § 3. 0 , n. 0 1.
2 Francisca Netto, mulher de Manoel Pacheco de Lima. - Vid.
Tit. dos Pachecos, § 1.0 , n. 0 2.
2 Justa Netto, casada com Bartolomeu Favilla, da ilha de S. Mi-
guel; - s. g.
2 Joanna Netto, mulher de João Espinola; -s. g.
2 Briolanja Netto, casada wm Gonçalo Nunes d'Arce, natural da
ilha de S. Miguel. D'este matrimonio, nasceram, entre outros:

3 Nuno d'Arce, que foi clerigo.


3 Braz Netto, casado com Anna de Sousa. - Vid.
Tit. dos Camellos, § 2. 0 , n. 0 10 ; - c. g.

2 Catharlna Alvares Netto, -- falleceu em Angra, em 1588, tendo


casado com Francisco Dias do Carvalhal.- Vid. Tit. dos
Carvalhaes, § l. 0 , n. 0 1.

§ 2.º

Affonso Annes Netto, - instituiu em 1544 um vinculo na freguezia


de S. Pedro, de Angra, e foi casado com Maria Affonso de
Azevedo. - Vid. Tit. dos Boins, § un., n. 0 2.
D'este matrimonio nasceram, pelo menos:

2 lzabel de Azevedo Netto, que segue.


2 Ignez de Azevedo Netto, mulher de Ruy Pires;- s. g.
2 Justa de Azevedo Netto, casada com Bento Gonçalves, de
quem teve:

3 Anna Netto, que casou com Simão Gonçalves de


Tavora ; - e. g.

2 lzabel de Azevedo Netto, - herdou o vinculo de seu pae, e casou


com Manoel Machado Ribeira Secca. Vid. Tit. dos Machados,
§ 1.0 n. 0 3.

§ 3.º

André Sonçalm Netto, - foi dos primeiros povoadores da ilha


Graciosa. Casou com F ......... Fogaça de quem teve o
filho que segue.

2 Manoel de Sousa Netto, - casou na dita ilha com Catharina Gomes


d' Avila, de quem teve:
185

3 André Gonçalves Netto, que casou com Maria Rebello de


Azevedo; - s. g.
3 Manoel de Sousa Netto, que segue.
3 Jorge Gomes de Sousa, clerigo,
3 Antonio Fogaça Netto, capitão-mór na villa da Praia, e casado
com Izabel da Ponte; - c. g.
3 Catharina Gomes de Sousa, mulher de Belchior Gaspar; -
c. g.
3 Filippa de Sousa Netto, casada com Pedro Machado.
3 Maria de Sousa Netto, mulher de Lourenço de Barcelos; -
s. g.
3 Antonia de Sousa Netto, casada com Rafael Espinola da Veiga.
-Vid. Tit. dos Espinolas, § 2. 0 , n. 0 6.

3 Manoel de Souza Netto, - casou com Catharina da Cunha d'Avila.


- Vid. Tit. dos Avilas, § l .", n. 0 5. 0 ; • c. g.

São suas ARMAS : - um escudo par-


tido em pala, a primeira vermelha e a
segunda de azul; sobre ambas um leão
d' oiro armado de prata; orla d' oiro
com quatro folhas de figueira acanto-
nadas, de verde, e quatro lizes de azul
em cruz; timbre, o leão do escudo com
uma folha de figueira sobre a testa.

Ácerca desta familia vid. as obras mencionadas na Parte r,


cap. 1, n. 08 IV, vrr, XXXVII, XLV, XLVI e LXIV da
Bibliographia
TITULO LXV

NORONHAS

á ilha Terceira no seculo XYI na pessoa de O. Lulza de


P ASSARAM
Noronha, filha de Pedro Ponce de Leão, fid. da Casa Real e
veador - mór da rainha D. Catharina, e de sua mulher
D. Helena de Noronha, da nobilii-ssima geração dos Noronhas de
que é chefe D. Affonso Henriques de Noronha, conde de Gijon e
Noronha (filho bastardo d'elrei D. Henrique 11 de Castella), casado
em 1375 com D. Izabel, filha bastarda d'elrei de Portugal D. Fer-
nando, o Formoso.
Tinha esta familia o seu solar na cidade de Angra, no
alto da rua do Gallo, hoje denominada de D. Amelia, no sitio
onde actualmente existe o palacete do commendador Francisco
Jorge da Silveira e Paulo.

O. Lulza de Noronha, - foi casada com Heitor Homem da Costa.


- Vid. Tit. dos Homens,§ 5. 0 , n. 0 3.
Tiveram:
2 Luiz Homem da Costa Noronha, que segue.
2 D. Helena Homem da Costa Noronha, casada com Diogo Mon-
teiro de Carvalho, corregedor nas ilhas dos Açôres.

2 Lulz Homem da Costa Noronha, - fid. cav. da Casa Real e herd. da


casa e morgado de seu pae. Foi baptisado na freguezia da Sé
188

de Angra a 8 de janeiro de 1576, e casado com O. Izabel da


Silva Sampaio, precedendo escriptura dotai de 10 de março de
1599. - Vid. Tit. dos Sampaios, § un., n.º 3.
Tiveram:

3 Heitor Homem da Costa Noronha, que segue.


3 Pedro Homem da Costa Noronha, que CRSOU a 23 de maio de
1635, na dita Sé, com D. Luiza de Vasconcellos. - Vid. Tit.
dos Pachecos, § 2. 0 , n. 0 6; - s. g.
3 João Homem da Costa Noronha; - s. g.
3 D. Joanna de Noronha \
3 D. Maria de Noronha r religiosas no convento da Espe-
3 D. Francisca de Noronha ~ rança, de Angra.
3 D. Luiza de Noronha J

3 Heitor Homem da Costa Noronha, - fid. da casa Real, por alv. de


1618, sr. e herd. da casa e morgados de seus passados. Foi
baptisado na freguezia do Espirita Santo, da ilha Terceira, a
20 de março de 1603, e casado na Sé de Angra, a 7 de março
de 1623, com D. Catharina Fagundes de Sousa. - Vid. Tit.
dos Fagundes, § 1. 0 , n. 0 6.
Tiveram um só filho, que foi:

4 Bernardo Homem da Costa Noronha, - fid. da Casa Real, cav. prof. na


ordem de Christo, sr e herd. da casa e morgados de seus
ascendentes. Foi baptisado a 16 de dezembro de 1629, e
casado na matriz da villa de Praia com D. Margarida de
Lemos Machado de Bettencourt. - Vid. Tit. dos Machados,
§ 2. 0 , n.º 7.
Tiveram:

5 D. Maria de Noronha, casada com João do Carvalhal da Sil-


veira Borges. - Vid. Til. dos Carvalhaes, § 1. 0 , n. 0 5.
5 D. Francisca de Jesus Maria l
5 D. Anna da Conceição r religiosas no convento da Espe-
5 D. Catharina do Lado ' rança, de Angra.
5 D. Joanna da Trindade J ·
5 Pedro Homem da Costa Noronha, que segue.

5 Pedro Homem da Costa Noronha, -fid. cav. da Casa Real, sr. e herd.
da casa e morgados de seus maiores. Foi baptisado a 25 de
novembro de 1663 na Egreja da Conceição, de Angra, e casado
duas vezes, a primeira, a 19 de fevereiro de 1685, com
D. Maria Josepha Bernarda da Camara. - Vid. Tit. dos Bet-
tencourts, § 2. 0 , n.º 6 - e a segunda, em 1698, com D. Clara
Maria do Canto e Castro. - Vid. Tit. dos Cantos, § 3. 0 n. 0 6.
189

Do primeiro matrimonio teve:

6 Bernardo Homem da Costa Noronha, que segue.


6 Heitor Homem da Costa Noronha, fid. cap. da Casa Real e
conego da Sé de Angra.
6 D. Margarida Josepha de Noronha, que casou com José Fran-
cisco do Canto e Castro Pacheco de Sampaio. - Vid. Tít. dos
Centos, § I. 0 , n.o 7.
6 D. Luzia de S. José ( 1. . d't d E
6 D. Anna de Jesus j re 1g10sas no 1 o conv. a sperança.

Do segundo matrimonio nasceram :


6 Francisco, que fal. criança.
6 João lgnacio Homem da Costa Noronha, de que me occupo
no§ 2.o
6 Matheus Caetano Homem da Costa Noronha, conego da Sé
de Angra.
6 Paulo Manoel Homem da Costa Noronha, que tambem foi
clerigo.
6 D. Ignez Margarida de Nazareth e Noronha, casada com
D. Pedro Alexandre de Castil Branco. - Vid. Tit. dos Costil
Brancos, § un., n.o 4.
6 D. Catharina Felicia de Nazareth da Costa Noronha, mulher,
de Pedro de Castro do Canto. - Vid. Tit. dos Cantos,
§ 6. 0 , n. 0 7.

6 Bernardo Homem da Costa Noronha, - fid. cav. da Casa Real, por


alv. de 16 de julho de 1696 (L. x das mercês d'elrei D. Pedro II,
fls. 279) e contador da real fazenda na ilha Terceira. Foi
baptisado a 18 de junho de 1689 na Egreja da Conceição, de
Angra, e casado duas vezes, a primeira, a 28 de setembro
de 1710, na dita Egreja, com D. Marianna Josepha do Canto
e Castro. - Vid. Tit. dos Cantos, § 1. 0 , n. 0 7 - e a segunda
a 26 de julho de 1723 com D. Benedicta Paula de Castro do
Canto. - Vid. o mesmo Tit. dos Cantos, § 6. 0 , n. 0 7.

Do primeiro matrimonio teve:


7 Pedro Homem da Costa Noronha, que fal. sem geração.
7 Manoel Homem da Costa Noronha Ponce de Leão, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram:


7 Jeronymo de Castro do Canto Noronha; - s. g.
7 Matheus Homem de Noronha. conego da Sé de Angra.
7 Francisco Homem de Noronha.
7 D. Antonia Jacintha de Castro Noronha, que fal. a 25 de out.
de 1772, tendo casado com Jacome Leite Botelho de Teive. -
Vid. Tit dos Leites, § I.o, n. 0 7.
190

7 D. Theodora Benedicta de Castro Noronha, mulher de Manoel


Moniz Barreto do Couto. - Vid. Tit. dos Monizes, § 2. 0 n.o 8.
7 o; Maria da Gloria I
7 D. Josepha do Paraíso , religiosas Capuchas.
7 D. Margarida da Gloria )
7 D. Ursula Marianna de Castro Noronha.
7 D. Maria Victoria de Noronha, casada com José Francisco do
Canto e Castro Pacheco de Sampaio. - Vid. Tit. dos Contos,
§ 1. 0 , n. 0 7.
7 D, Francisca lzabel de Noronha, mulher de Caetano Joaquim
da Rocha de Sá e Camara. - Vid. Tit. dos Sás, § 1. 0 , n.o 6.

7 Manoel Homem da Costa Noronha Ponce de Leão, - fid. cav. da Casa


Real, capitão-mór de Angra, sr. e herd. da casa e morgados
de seus antepassados. Nasceu a 30 de outubro de 1712, e
falleceu a 11 de julho de 1784, tendo casado a 26 de julho
de 1746, na Egreja da Conceição, de Angra, com D. Ursula
Quiteria Gertrudes do Canto. - Vid. Tit. dos Cantos,§ 1. 0 , n. 0 8.
Tiveram:

8 Pedro Homem da Costa Noronha, que segue.


8 André Eloy Homem da Costa Noronha (dr.) e fid. cav. da
Casa Real, por alv. de 30 de agosto de 1766 (L. XX das mercês
d'elrei D. José, fls. 247). Casou com D. Rita Pulcheria de
Ornellas Bruges Paim da Camara. - Vid. Tit. dos Poins,
§ 3. 0 , n, 0 10.
8 Francisco de Paul~ da Costa Noronha (dr.).
8 D. Marianna Victoria de Noronha, casada com João José Brum
Terra Leite. Vid. Tit. dos Bruns, § 7. 0 , n. 0 9.
8 D. lgnacia Margarida da Costa Noronha, mulher de Alexandre
Bento Merens de Tavora. - Vid. Tit. dos 1 avaros, § 1. 0 , n. 0 8.
8 D. Maria Genoveva da Costa Noronha, casada com João do
Car,alhal de Noronha da Silveira. -- Vid. Tit. dos Corvo-
lhoes, § 1. 0 , n. 0 9.
8 D. Joaquina Quiteria da Costa Noronha, mulher de Diogo José
do Rego Botelho de Faria. - Vid. Tit. dos Regos, § 1. 0 , n. 0 12.

8 Pedro Homem da Costa Noronha, -- fid. cav. da Casa Real, capitão-mór


de Angra, sr. e herd. da casa e morgados de seus maiores.
Nasceu a 4 de janeiro de 1754, e falleceu em 1819, tendo
casado a 29 de dezembro de 1782, na Egreja da Conceição,
de Angra, com D. Jeronyma Ludovina do Canto e Castro. -
Vid. Tit. dos Cantos, § 1. 0 n. 0 9.
Tiveram o filho que segue.

9 Manael Homem da Costa Noronha Ponce de Leão, - fid. cav. da Casa


Real e coronel do regimento de milícias de Angra, sr. e herd.
da çasa e morgados de seus ascendentes, Foi baptisado na
191

Conceição, da dita cidade, a 25 de março de 1784, e fal. em


1824, tendo casado em 1804 com D. Ursula Candida do Canto
e Castro Pacheco. - Vid. Tit. dos Cantos, § 1. 0 , n. 0 10.
Tiveram:

10 Pedro Homem da Costa Noronha, que segue.


10 Manoel Homem da Costa Noronha, tenente coronel das mili-
cias de Angra. N. a 2 de jan. de 1807, na ilha Terceira, e fal.
em set. de 1832, no Valle das Furnas (ilha de S. Miguel), em
casa de Diogo José do Rego, assassinado por dois partidarios
de D. Miguel.

10 Pedro Hamem da Costa Noronha,- l. 0 barão e l.º visconde de No-


ronha, do conselho de Sua Magestade Fidelissima, commen-
dador da ordem de Christo e condecorado com a medalha
n.º 9 de D. Pedro 1v e D. Maria 11.
O titulo de barão foi-lhe concedido por decreto do theor
seguinte:
e Atendendo aos relevantes serviços prestados pelo Conselheiro
Pedro Homem da Costa Noronha á Causa da Rainha a Senhora
D. Maria II. quando concorreo com todos os meios que pôde para
o nobre levantamento do memoravel dia vinte e dois de Junho de
mil oitocentos vinte e oito, na Ilha Terceira, a favor dos legítimos
Direitos da Mesma Augusta Senhora, e contra a facção do Usur-
pador do Seu Throno, então debellada e para sempre destruída, e
havendo depois sido um d.os membros do Governo legitimo, que re-
áeu por muito tempo na Ilha, aHrontando periáos, e vencendo
innumeraveis dificuldades para conservar uma Patria aos Portu-
guezes fieis, aos defensores da Rainha, da Carta e honra nacional;
e querendo Eu dar-lhe uma prova da estima em que tenho sua
pessoa, e tão distinctos serviços; Hei por bem, em Nome da Rai-
nha, Conceder ao referido Conselheiro Pedro Homem da Costa
Noronha, durante a sua vida, o Titulo de Barão de Noronha; com
a clausula expressa de fundar em qualquer loSar do extenso terreno
que possue na Ilha Terceira, sua Pátria, uma povoação de vinte e
cinco moradores, pelo menos, á qual dará o nome do seu titulo.
E este nome se conservará para perpetuar a memoria de taes servi-
ços e as habitações da mesma povoação serão dadas a .Soldados
invalidos, que pelas feridas recebidas n 'esta &uerra contra o Usur-
pador do Throno Portuguez se tenhão tornado incapazes de conti-
nuar no serviço da Rainha e da Nação. O Ministro e Secretario
de Estado doa N cSocios do Reino o tenha assim entendido, e o
faça executar com os despachos necessarios. Paço no Porto, em
oito de Dezembro de mil oitocentos trinta e dois. D. Pedro. Duque
de Bragança. Bernardo do Sá N oi1ueira ••

Depois de ter exercido os cargos de membro da Junta


Provisoria e encarregado da admnistração do Reino e Açôres
e dos negocios da fazenda e estrangeiros, e de ter servido
tambem a Causa da Liberdade com os postos de commandante
do batalhão de caçadores artilheiros, n.º 2, e capitão do corpo
de voluntarias da rainha creado na ilha Terceira, foi um dos
cinco deputados eleitos pelos Açôres, nas eleições que se effec-
tuaram em 15 de agosto de 1834, servindo este logar até 1840.
Em 1836, estando em Lisboa, adheriu á revolução de setem-
192

bro; em 1844 tomou parte na revolta d' Almeida; e quando


em 1847 se creou na ilha Terceira a junta governativa subor-
dinada á Junta Suprema do Reino, estabelecida no Porto, de-
sempenhou o Jogar de governador ci\'il de Angra. N'este
concelho e districto desempenhou ainda outros cargos e nomea-
damente o de presidente da camara municipal e da junta geral.
Nasceu em Angra a 13 de março de 1806, e falleceu a
31 de agosto de 1870, tendo succedido na casa e morgados
de seus ascendentes, e casado a 3 de outubro de 1826 com
D. Maria Theotonia Augusta de Ornellas Bruges. - Vid. Tit.
dos Pains, § 3. 0 , n. 0 11.
Tiveram:

11 Manoel Homem da Costa Noronha, que segue.


11 D. Maria da Gloria da Costa Noronha, que n. a 23 de nov. de
1828; - solteira.

11 Manoel Homem da Costa Neronha, - deputado ás côrtes da nação


(1865-1868), vice-presidente da camara municipal e vogal da
junta geral do districto de Angra do Heroísmo, presidente da
commissão executiva da mesma junta, inspector do sello, sr. e
herd. da casa solar dos Noronhas e da mais casa de seus an-
tepassados. Nasceu a 13 de janeiro de 1828, e falleceu a 5 de
novembro de 1897, na dita casa solar, no estado de solteiro.
Deixou o filho natural, perfilhado, que segue.

12 Pedro Celestino da Costa, - actuaL coronel commandante do regi-


mento de infanteria n.'' 16; - cas., c. g.

§ 2.º

G João lgnacio Homem da Costa Noronha (§ 1. 0 , n.º 6), - fid. cav. da


Casa Real. Nasceu em Angra a 4 de outubro de 1701, sendo
baptisado na Ermida de Nossa Senhora da Graça, freguezia
da Conceição, e casou a 21 de junho de 1745, na Sé Cathe-
dral, da mesma cidade, com D. Clara Marianna Xavier de
Noronha Côrte Real. - Vid. Tit dos Carvalhaes, § 1. 0 , n.º 7.
Tiveram:

7 Boaventura Bernardino de Noronha, que segue.


7 D. Maria Margarida de Noronha.
7 D. Quiteria Genoveva de Noronha, casada com Fidelio Diogo
do Canto e Castro. - Vid. Tit. dos Contos, § 3. 0 , n. 0 8.
193

7 D. Bernarda Joaquina de Noronha, que fal. solteira.


7 D. Joaquina Clara de Noronha, casada na ilha do Fayal com
Francisco lgnacio da Terra Brum e Silveira. - Vid. Tit. dos
Bruns, § 9. 0 , n. 0 9.
7 Pedro Homem Pimentel de Noronha, de que me occupo no
§ 3.o.
7 João Francisco de Noronha, que casou na cidade do Porto, e
fal. na guerra do Roussilon.
7 José Joaquim de Noronha, que se ausentou para S. Paulo
(Brazil).
7 Manoel lgnacio de Noronha, fid. cav. da Casa Real, sargento-
mór de milicias e alferes do 2. 0 regimento do Porto. N. a 4 de
maio de 1757, e casou na dita cidade a 25 de Março de 1786
com D. Anna Rita de Magalhães, filha de Manoel Luiz de Ma-
galhães e de sua mulher D. Quiteria Rosa Martins. Tiveram:
8 Antonio Homem da Costa Noronha, fid. cav. da
Casa Real, por alv. de 20 de set. de 1797 (L. III
da matr. fls. 52 v.), cav. da ordem d' Aviz, conde-
corado com a medalha n.o 9 das campanhas da
Liberdade, brigadeiro do exercito e auctor das
/nformaç/Jes dos extinctos conventos da ilha
Terceira, referidas a pag. 23 do vol. 1. N. na
cidade do Porto a 3 de agosto de 1787, sendo bap-
tisado na freg. de Santo Ildefonso, e fal. a 13 de
julho de 1868, tendo casado com D. Felicia Au-
gusta Borges Teixeira. - Vid. Tit. dos Teixeiras
(outros), § un, n. 0 10. Tiveram:
9 Francisco Ludovino Homem da Costa
Noronha, major do exercito. N. a
17 de agosto de 1820 e foi baptisado
na matriz da villa da Praia, da ilha
Terceira. Casou com D. Lucinda
Cornelia Diniz Ormonde, filha de
Matheus Coelho Diniz Ormondc e
de sua mulher D. Fortunata Dias,
da dita villa. Tiveram :
10 D. Lucinda da Costa
Noronha, que n. em
Ponta Delgada a 22 de
jun. de 1856;-solteira.
10 D. Palmyra Emma da
Costa Noronha, que n.
a 15 de nov. de 1863,
em Angra do Heroismo,
e casou com Theoto-
nio Octavio de Orne-
llas Bruges Paim da
Camara.-Vid. Tit.dos
Pains, § 3· 0 , n. 0 13.
9 D. Anna Carlota da Costa Noronha,
casada com Manoel de Brum Labath
de Athayde.-Vid. Tit. dos Bruns,
§ 9. º, n. 0 12.
13
194

9 Julio Theophilo da Costa Noronha,


empregado nas obras publicas do
districto de Angra do Heroismo.
9 Miguel Homem da Costa Noronha,
que fal. solteiro.
9 D. Maria Carlota da Costa Noronha,
mulher de João Luiz Borges Teixeira.
- Vid. Tit. dos Teixeiros (outros),
§ un., n. 0 11.
9 D. Felicia Augusta da Costa Noro-
nha, que fal. solkira.

8 D. Joanna Maria de Noronha, fal. a 29 de jan. de


1858, na ilha de S. Miguel.
8 João lgnacio de Noronha, fid. cav. da Casa Real,
por alv. de 20 de set. de 1797 (L. III da matr., fls.
52 v.).
8 Manoel Homem da Costa Noronha, fid. cav. da
Casa Real, por alv. de 25 de out de 1798. N na
cidade do Porto, e houve:

9 D. Anna Rita de Noronha.


9 D. Victorina de Noronha.
9 D. Maria de Noronha.

8 José Joaquim Homem da Costa Noronha, fid. cav.


da Casa Real, por alv. de 25 de out. de 1798.
8 D. Anna Rita de Noronha, casada na ilha de
S. Jorge com F ......... , de quem teve:

9 D. Rita de Noronha.
9 Estulano José d'Azevedo.
9 José Joaquim de Noronha.
9 João Ignacio de Noronha.
9 Matheus J. de Noronha.

8 D. Maria do Carmo de Noronha.


8 Bernardo Homem da Costa Noronha, c~sado com
D. Anna Augusta Mendes de Brito, de quem teve:

9 Heitor Homem da Costa Noronha,


I. 0 barão da Costa Noronha. Casou
com D. Maria José de Mattos, nat.
de S. Jorge, de quem teve:
1O Francisco de Paula Ho-
mem da Costa Noro-
nha.
10 D. Maria da Conceição
da Costa Noronha.
!O D. Maria do C:vmo da
Costa Noronha, casada
com Antonio Ferreira
Ramalho; - c. g.

9 D. Margarida da Costa Noronha,


195

9 D. Maria da Encarnação da Costa


Noronha, casada com Luiz Francisco
Meirelles do Canto a Castro. -- Vid.
Tit. dos Meirelles, § 1.0 , n. 0 12.
8 D. Clara Marianna de Noronha.
8 Heitor Homem da Costa Noronha.
8 Luiz Homem da Costa Noronha.
8 Francisco Homem da Costa Noronha.

7 Boamtura Bernardino de Noronha, - fid. cav. da Casa Real, por


alv. de 30 de agosto de 1794 (L. xx das mercês da rainha
D. Maria 1, fls. 363). Nasceu em Angra, e casou na villa do
Tôpo (ilha de S. Jorge) com D. Marianna Bernarda de
Bettencourt, de quem não teve geração.
No estado de solteiro, porém, houve de sua prima
D. Jacintha Clara de Noronha o seguinte filho bastardo, que
foi legitimado por carta regia de 12 de março de 1799.

8 André Avelino Hemem da Costa Noronha, --- advogado nos auditorios


da comarca de Angra, e casado com D. Maria Maxima de Sá
Côrte Real.
Tiveram:

9 André Bernardino Homem da Costa Noronha, que segue.


9 D. Maria Francisca de Noronha.
9 D. Maria Clara de Noronha.
9 D. Maria Izabel de Noronha.

9 André Bernardino Homem da Costa noronha, casou com D. Maria


Carolina de Noronha, de quem teve:

10 André Avelino Homem de Noronha, que segue.


10 Francisco Ludovino Homem da Costa Noronha, capitão de
infanteria, cav. da ordem de Aviz e condecorado com a medalha
de prata de comportamento exemplar. N. na ilha Terceira, e
fal. no Pôço dos Mouros, freg. do Beato de Lisboa, no dia 27
de junho de 1908, tendo casado em Evora com D. Anna
Augusta da Conceição Dias Barradas, fallccida a 7 de abril de
1908, tambem em Lisboa.
Deixaram dois filhos:
11 Manoel Joaquim Barradas Noronha.
11 D. Maria do Céu Barradas Noronha.
10 D. Maria do Amparo da Costa Noronha;- solteira.
1O D. Maria Virginia da Costa Noronha; - cas., c. g.
10 D. Maria Adelaide da Costa Noronha, casada com Manoel
Jos~ Botelho; -- s. ~-
196

10 André Avelino Homem de Noronha, - actual secretario da administração


do concelho de Angra do Heroismo. Casou com D. Emilia
dos Santos, de quem teve:

11 Tiberio Homem da Costa Noronha, que segue.


11 Anthero Homem de Noronha, tenente de infanteria n. 0 25.
Casou com D. Margarida do Carvalhal do Canto Brum. - Vid.
Tit. dos Bruns, § 1. 0 n. 0 14. Teem ao presente um só filho
chamado:

12 Anthero.

11 D. Marcionila de Noronha.
11 D. Julia de Noronha.
11 Francisco Homem de Noronha, que fal. solteiro.
11 D. Maria Emilia de Noronha.
11 Avelino Homem de Noronha.

11 Tlberio Homem da Costa Noronha, - actual empregado das obras


publicas do districto de Angra do Heroismo. Casou com
D. Maria Guilhermina Pereira da Silva. - Vid. Tit. dos Coelho
Borges, § un., n. 0 6; - c. g.
Teem ao presente uma só filha por nome:

12 D. Maria do Carmo.

§ 3.º

7 Pedro Homem Pimentel de Noronha (§ 2.º n.º 7), -- capitão das Orde-
nanças de Angra, e casado na villa do Tôpo (S. Jorge) com
D. Anna Victorina, de quem teve:

8 Thiago Homem da Costa Noronha, que segue.


8 D. Maria de Noronha, casada com Matheus Pereira do Ama-
ral ; matrimonio este de que nasceram :

9 Matheus.
9 D. Maria.
9 D. Josepha.
9 D. Anna.

8 D. Marianna de Noronha.
8 D. Rosa Candida de Noronha, que n. na ilha Terceira, e casou
com Joaquim Izidoro da Silveira Machado, natural da ilha de
S. Jorge e sr. de um morgado. D'este matrimonio resultou:

9 João Ignacio de Bettencourt, e Noronha : n. em


S. Jorge e succedeu a seu pae no dito morgado.
Fal. em 1908, na dita ilha, tendo casado com
D. Maria José do Coração de Jesus, de quem teve:
197

10 José Pimentel Homem de Noronha,


bacharel formado em theologia e
direito pela Universidade de Coim-
bra (1873-1874), deputado ás côrtes
da nação, advogado, presidente da
camara municipal, commissario de
policia, administrador do concelho,
procurador á junta geral, membro
do conselho e governador civil effe-
ctivo do districto de Angra do He-
roismo, redador principal e director
político do jornal - A Terceira, e
collaborador no jornal juridico -
Revista de legislação e Jurispru-
dencia. Tendo sido agraciado com
a gran-cruz e commenda da ordem
da Conceição, por occasião da visita
de SS. Magestades á ilha Terceira,
renunciou esta mercê, assim como a
carta de conselho com que fôra tam-
bem agraciado. N. a 12 de abril de
1849, na ilha de S. Jorge, e casou
com D. Maria Adelaide de Barcellos
Machado de Bettencourt.- Vid. Tit.
dos Pinheiros de Barcellos, § 2. 0 ,
n. 0 5.
Teem um só filho, que é :
11 Alberto de Barcellos
Noronha, bacharel for-
mado em direito pela
Universidade de Coim-
bra.

8 Thiago Homem da Costa Noronha, - casou com D. Rosa Vicencia, de


quem teve o filho que segue.

9 José Homem da Costa Noronha, - casou com D. Maria de ......... (?),


da villa da Calheta (ilha de S. Jorge), de quem ignoro se ha
geração.

São suas ARMAS: - escudo esquarte-


lado; no 1. 0 quartel as armas de Por-
tugal com o filete negro da bastardia
em contrabanda; no 2. 0 as de Castella,
mantelado de prata, e dois leões de
purpura batalhantes, com uma borda.
198

dura composta de 16 escaques, sendo


8 de oiro, e 8 de veiros de azul e prata;
e assim os contrarias; timbre, meio
leão das armas.
(*) Alguns membros d'esta familia
teem usado o seguinte brazão: -- em
campo azul seis crescentes de luas de
oito postas em duas palas ( são as ar-
mas dos Homens); sobre o escudo uma
corôa de visconde, e por timbre, o dos
Homens.

Acerca d'csta familta vi<l. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. ,, n. 09 \'!!, XXII, XXVII, XL\', LI, LXIII,
LXXXV e xc111 da Bibliographia.
TITULO LXVI

ORNELLAS

de Almo de Ornelas, - que foi dos primeiros povoa-


D ESCENDEM
dores da ilha da Madeira, onde teve de sesmaria, no Caniço,
os terrenos comprehendidos desde a Ponta do Garajão para
cima até a ribeira do Caniço, do mar á serra. Era filho de Lopo
Esteves de Ornellas e de sua mulher D. Maria Ayala Sarmento, fi-
dalga castelhana, e neto, pelo lado paterno, de Pedro Eannes de
Ornellas (descendente de Fernão Eannes de Ornellas, de que falla
o Nobiliario do Conde D. Pedro) e de sua mulher D. Estephania.

§ UNlCO

1 Almo de Ornelas, - andou nos descobrimentos promovidos pelo


infante D. Henrique, a cuja casa pertencia.
Foi casado com D. Elvira Fernandes Saavedra, de quem
teve:

2 Alvaro de Ornellas Saavedra, que viveu com grande fausto e


riqueza na ilha da Madeira, onde instituiu o morgado do Caniço,
bem como a capella de Santo António, na Sé Cathedral.
Foi casado duas vezes, a primeira com Constança de Mendonça
de Vasconcellos e a segunda, em Machico, com Branca Fer-
nandes de Abreu;- c. g. de ambos os matrimonios
2 João de Ornelh1s Saavedra, que segue.
2 D. Catharina de Ornellas Saavedra, casada no Funchal com
Pedro Alvares da Camara.-vid. Tit. dos Camaras, § 1. 0 , n." 1.
200

2 João de Ornellas Saavedra, - fid. da Casa Real e cav. da ordem de


Christo. Tendo nascido na Madeira, passou á ilha Terceira,
fazendo assento na villa da Praia.
Casou com Catharina de Teive (Vid. Tit. dos Teives, § 1.0 ,
n. 2), · com a qual instituiu o vinculo das Pontaínhas, depois
0

denominado dos Ornellas, com capella sob a invocação de


Nossa Senhora da Pena, bem como fundou, na Egreja matriz
da dita villa, a capella de Nossa Senhora dos Anjos, que
annexou áquelle vinculo.
Tiveram:
3 Gaspar de Ornellas de Gusmão, que segue.
3 Alvaro de Ornellas, a quem el-rei D. João III fez mercê dos
privilegios de fidalgo, por carta de 12 de março de 1534, dada
em Evora e reg. no Arch. Nac. da Torre do Tombo (L. XX de
Doaç. do dito 1ei, fls. 56 v.J, bem como de uma tença de 1.5$000
reaes, com o habito de Christo, em 3 de abril de 1535. Viveu
na dita villa da Praia, casado com D. Antonia de Sá, de quem
teve, pelo menos:

4 João de Ornellas, que foi clerigo e thesoureiro na


Santa Sé do Salvador.
4 D. Catharina de Ornellas, casada com Lizuarte
Godinho da Costa, em !.•• nupcias d'este;- s. g.
3 Diogo de Teive, cav. da ordem de Christo. Serviu em Africa,
e foi casado com Ignez Machado de Andrade, com a qual fun-
dou a capella-mór da Egreja do mosteiro de Nossa Senhora da
Luz, na mencionada villa da Praia: Tiveram:
4 Soror Catharina de Ornellas, que foi a 1. 0 freira
professa no dito mosteiro.
3 Manoel de Ornellas, esc. fld. da Casa d'el-rei D. Manoel. Fal.
na India.
3 Pero de Ornellas, a respeito do qual se lê o seguinte, nas
Obras de D. Aires d'Ornellas:
« Pero d'Ornellas, filho de João de Ornella,, prl..meiro que veio
para a ilha Terceira, deixou distincta memoria de seus feitos.
Acompanhou D. Francisco d'Almeida, parente de sua cunhada
D. lzabel de Souza, mulher de seu irmão primogenito Gaspar d'Or-
nellas : achou-se nos mais notaveis feitos d' armas no tempo d' aquelle
vice-rei (1505 a 1510): esteve na batalha em que perdeu a vida o
heroico D. Lourenço d'Almeida; e quando o pae foi vingar a morte
do filho, confiou a guarda da costa a Pero d'Ornellas, dando-lhe
para tal serviço o commando de uma armada de 4 velas. Desem-
penhada a commissão de modo gue lh.e mereceu os aâradecimentos
e recompensas de D. Francisco, continuou Pero d'Ornellas a servir
na lndia ás ordens do grande A.Honso d'Albuquerque, e comman-
dando uma nau da esquadra que deu sobre Gôa; foi morto no dia
do as,alto, a ali de novembro de 1510 •·

3 Gaspar de Ornellas de 6usmão, - fid. da Casa Real, cav. da ordem


de Christo e um dos capitães que mais se distinguiram nas
luctas travadas pela esquadra açoriana contra os corsarios que
201

infestavam o mar dos Açôres, á busca das naus da lndia. Foi


casado duas vezes, a primeira com D. lzabel de Sousa, filha
de Antonio de Ocem e de D. Filippa de Sousa, e a segunda
com Beatriz do Souto Cardoso. - Vid. Tit. dos Cardosos,
§ 3. 0 , n. 0 3.
Do segundo matrimonio não teve successão; do primeiro,
porém, teve:

4 Francisco de Almeida de Orne11as, que segue.


4 D. Francisca de Sousa, dama da rainha D. Catharina, casada
com Francisco Pereira de Sá; - c. g.
4 Tristão de Sousa de Gusmão, que, segundo Diogo do Couto,
Dec. VII, cap. 4, prestou serviços na lndia por espaço de
12 annos, pelo que foi premiado com o posto de capitão em
duas viagens a Ceilão, e se achou em todas as acções de nome,
desde o comt-ço do governo de Martim Affonso de Sousa, seu
parente, a quem acompanhou para aque11es Estados.
4 D. Mecia de Sousa.
4 Jorge de Orne11as, môço fid. da Casa Real.

4 Francisco de Almeida de Ornellas, - môço fid. da Casa de el-rei


D. João Ili, e cav. da ordem de Christo. Casou duas vezes,
a primeira, na India, com D. Filippa da Guerra, filha de D. Jorge
d'Eça e de sua mulher D. Maria de Sousa, e a segunda com
D. Filippa de Macedo.
Do primeiro matrimonio teve :

5 Manoel de Sousa de Orne11as, que segue.


5 Ruy de Sousa de Gusmão, que serviu na lndia.
5 D. Izabel de Sousa de Gusmão, casada com Estevão Peres-
trello d' Antas.
5 D. Paula de Sousa de Gusmão, mulher de André Perestre11o
d'Antas.
5 D, Anna de Sousa, casada com Manoel Fernandes Pestana, e,
depois com Alvaro de Carvalho; - s. g.

Do segundo matrimonio nasceram :

5 João de Sousa de Gusmão.


5 Diogo de Orne11as.
5 D. Margarida de Orne11as.

5 Manoel de Sousa ae Ornellas, - cav. da ordem de Christo, juiz e ve


reador da camara da villa da Praia, na ilha Terceira, e partida-
rio de D. Filippe 11, a quem acclamou rei de Portugal, em
sessão da dita camara de 11 de agosto de 1583, com os demais
202

juizes e vereadores, procurador do concelho, fidalgos, cavallei-


ros, escudeiros, e pessoas do povo que alli se haviam reunido
para este fim.
Casou com D. Francisca de Ornellas da Camara. Vid.
Tit. dos Fagundes, § 5. 0 , n. 0 5.
Tiveram.

6 Francisco /
6 Gonçalo \ fal. s. g.
6 Rafael
6 D. lzabel de Sousa de Ornellas, que segue.
6
6 8: r;~~fª (religiosas no mosteiro da Luz, da dita villa.
6 O. lzabel de Sousa de Ornellas, - falleceu em 1616, sendo sepultada
na capella de Nossa Senhora dos Anjos, acima referida, e
tendo casado com Francisco da Camara Paim. ---- Vid. Tit. dos
Pains, § 3. 0 , n. 0 4.

São suas ARMAS: - em campo azul


uma banda de oiro com tres /Lôres de
liz vermelhas, entre duas sereias de sua
côr, tendo cada uma um espelho na
mão direita, e na esquerda um pente de
oiro; timbre uma das sereias.

A Alvaro de Ornellas, n. 0 1, ou, se-


gundo mais acertada opinião, a Alvaro
de Ornellas Saavedra, n. 0 2, foi conce-
dido por carta regia dada em 1513, e
reg. na Chanc. de D. Manoel (L. xr,
fls. 43 v., e L. vr de Mist. fls. 128), o
seguinte brazão d'armas de seus ante-
cessores :-escudo de campo azul e uma
banda vermelha com tres flôres de liz
de oiro entre duas sereias de sua côr,
com espelho e pente nas mãos; elmo
de prata, aberto, timbre, uma sereia das
armas, e paquife de oiro e azul.
203

Acerca d'esta familia vid. as ohras mencionadas na Parte J, cap. r,


n. 0 • IV, VII, Vllf, XXV, XXXIV, XXXVI, XXXVII, XLV, XLVI, LI, LXIII,
LXIV, LXVtlf, LXXII, 1,xx1v, xc1v e xcv1 da Bibliographia,
assim como as Obras de D. Ayres de Ornellas, Arcebispo
de Oôa, Porto, 1881, p. 18, a Dec. Vil, cap. 4, de
Diogo do Couto, a Hist. Oen. da Casa Real,
por D. Antonio Caetano de Sousa, vol. x1,
pag. 720 e 721, e vol. x11 (parte 11),
pag. 797, 877,884,885 e 887,
e as respectivas Provas,
tomo n.
TI TU L C) LX VII

ORTIZES

Ão de origem castelhana, descendentes de O. Hernando Ortiz dei Rio,


S o qual passou á ilha Terceira, na segunda metade do seculo
xvr, ao serviço d'el-rei D. Filippe 11.

§ UNlCO

1 O. Hernando Ortiz dei Rio, - foi contador do presidio de Angra, e


casado com D. Luzia Ferreira de Mello. - Vid. Tit. dos Teives,
§ 2. 0 , 11. 5.
Tiveram:

2 D. Pedro Ortiz de Mello, que segue.


2 D. Antonio Ortiz de Mello, que n, em Angra, e fal. no Alem-
tejo em defeza da praça d'Olivença.
2 D. Estevão Ortiz de Mello.

2 O. Pedro Ortiz de Mello, - alferes-mór do castello de Angra, posto


que occupava á data da rendição do castello, em 4 de março
de 1642, e procurador ás côrtes por aquella cidade. Serviu
depois D. João 1v, no Alemtejo. Nasceu na dita cidade de
Angra, e casou com D. Maria Pacheco. - Vid. Tit. dos Pache-
0
cos, § 3. 0 , n. 7.
Tiveram a filha que segue.
206

J O. Lulza Ortlz de Mello, - casado com Christov:"io Pimentel de


Mesquita. - Vid. Tit. dos Mesquita Pimenteis, § 2. 0 , n. 5.
D'este matrimonio nasceu:

4 O. Pedro Pimentel de Mello Ortlz da Camara, fid. cav. da Casa Real,


por alv. de 4 de julho de 1721 (L. 1v da matr., fls. 200 v.),
sr. e herd. da casa e morgado de seu pae. Nasceu em Angra,
e ahi casou com D. Rosa Maria Sophia Pacheco de Lacerda.
- Vid. Tit. dos Pachecos, § 2. 0 , n. 8.
Tiveram, entre outros, o filho que segue.

5 o. Antonio Pimentel de Mello Ortlz de Lacerda da Camara. -- fiel ca v. da


Casa Real, por alv. de 30 de janeiro de 1722 (L. x 111 das mer-
cês d'el-rei D. João v, fls, 357), s:. e herd. da casa e morgado
de seus ascendentes. Nasceu em Angra, e ahi casou, na Sé
Cathedral, a 14 de fevereiro de 1733, com D. Izabel Josepba
de Lima Côrte Real de Brito do Rio. - Vid. Tit. dos Britos do
1-<io, § l.º, n. 0 2.

São suas ARMAS : - em campo azul


urn sol de oiro, com duas orlas, a pri-
meira de prata com oito rosas de sua
côr, a segunda composta de peças de
prata e vermelho; timbre, um urso azul
nascente armado de prata, com uma rosa
de oiro na espadoa.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 0 • IV, VII, VIII, XXVIII, XXXVI, XLV,
XLVI, LXIII, e LXIV da Bibliographia.
TITULC) LXVIII

PACHECOS

de João Pacheco, da nobilíssima geração e linhagem


P ROCEDEM
dos Pachecos que no re.ino eram fidalgos de cota d'armas,
como se vê das cartas de brazão d'armas concedidas a seus
descendentes e extractadas no final do presente titulo.
João Pacheco passou á Terceira pouco depois da descoberta
d'esta ilha, pois em 3 de janeiro de 1488 já alli se encontrava com
sua mulher Branca Gomes de Lima. como se vê de uma cnrta da
mesma data pela qual o capitão Gaspar Côrte Real lhe fez doação
de varias terras nas Seis Ribeiras, termo da cidade de Angra, que
então possuía os fóros de villa.
Mais tarde construiu esta família a sua cisa solar em Vai de
Unhares, freguezia ele S. Bento, da dita cidade, com capella sob a
invocação de S. Luiz; casa e capella que hoje estão na posse
d'estranhos.

§ 1.º

1 João Pacheco, -- foi fid. da casa d'el-rei D. Manoel, e casado,


como fica dito, com Branca Gomes de Lima, a qual era filha
de Gomes Fernandes de Lima, da nobre geração dos limas,
como se vê tambem das cartas acima mencionadas. Fizeram
testamento em Angra, o qual foi approvado em 26 de fevereiro
de 1532 pelo tabelliâo Pedro Antão, e do qual constam os
seguintes filhos:
208

2 Gomes Pacheco de Lima, que segue,


2 Manoel Pacheco de Lima, esc. fid. da casa d'el-rei D. Manoel,
que o encarregou em 1520 de uma importante missão em
Angola, para o que lhe deu o competente Regimento, o qual se
acha transcripto a pag. 438-444 do vol. III do Archivo dos
Açóres. Serviu tambem a el-rei D. João III, que o mandou por
seu embaixador ao rei do Congo. Foi casado com Francisca
Netto. - Vid' Tit. dos Nettos, § 1. 0 , n. 0 2. Tiveram:
3 D. Antonia de Lima, casada com Estevão Ferreira
de Mello. - Vid. Tit. dos Teives, § 2. 0 n. 4.
2 Izabel Pacheco de Lima, de que me occupo no § 2.o
2 Simão Pacheco de Lima, cav. fid. da Casa Real, e casado com
Mor Rodrigues Valladão. - Vid. Tit. dos Valladões, § 2. 0 ,
n. 0 3. Foi seu filho:

3 Ruy Dias Pacheco, que casou com D. Joanna Vaz


Côrte Real, - Vid. Tit. dos Côrte Reaes, § 1. 0 ,
n. 0 3. D'este matrimonio nasceram:
4 Simão Pacheco de Lima, que n. cm
1549, e fal. criança.
4 D. Catharina Côrtc Real, casada com
Antonio Pacheco de Lima. - Vid.
§ 2. 0 , n. 0 4.
4 lgnez Pacheco de Lima, de que
tracta § 3. 0
4 D. Branca das Chagas / rei. na Esp.•,
4 D. Antonla de S. João í de Angra.
2 Gaspar Pacheco de Lima.
2 Antonio Pacheco de Lima.
2 lgnez Pacheco de Lima.

2 Somes Pacheco de Lima, - cav. fid. da Casa Real, e morador na


ilha Terceira, onde exerceu cargos publicas. Serviu tambem
em Africa, por mandado d'el-rei D. João 111, e foi casado com
Catharina Valladão. - Vid. Tit. dos Valladões, § 1. 0 , n. 0 2.
Tiveram, pelo menos:
3 Mor Pacheco Lima, que segue.
3 lzeu Pacheco de Lima, casada com Christovão Borges da Costa.
- Vid. Tit. dos Borges, § 1.o, n.º 3.

3 Mer Pacheco de Lima, - casou com Braz Dias Rodovalho. - Vid.


Tit. dos Rodovalhos, § 2. 0 , n. 0 2.

2 lzabel Pacheco de Lima (§ l.º, n.º 2),


instituiu um vinculo em
1554, na ilha Terceira (Vai de Unhares), e foi casada com
209

lzidro Alvares, contador da real fazenda e juiz das alfandegas


e war na dita ilha (parte de Angra) e na de S. Jorge.
Tiveram:

3 Manoel Pacheco de Lima, que segue.


3 Francisco Alvares Pacheco; - c. g.
3 Paulina Pacheco de Lima, casada com Antonio Vieira; - c. g.
3 João Pacheco de Lima, licenciado, o qual casou com F ...... , de
quem teve:
4 Gaspar Pacheco de Lima, que em 1572 vivia na
cidade de Lamego .

.3 Manoel Pacheco de Lima, - fid. da Casa Real, contador da real -


fazenda e juiz das alfandegas e mar na ilha Terceira, da parte
de Angra, e em S. Jorge, por cartas d'el-rei D. João 111, dada<;
em Lisboa aos 25 de junho de 1528 e registadas no Arch.
Nac. da Torre do Tombo (L. x1v de Doaç. do dito rei, fls. 144
e 146. Succedeu na casa e morgado de seus paes, e falleceu
em 1578, tendo casado com Margarida da Silva, que falleceu
em 158:3.
Tiveram:

4 Antonio Pacheco de Lima, que segue.


4 Jeronymo Pacheco de Lir.1a, baptisado na freg. da Sé, de
Angra, a 22 de nov. d~ 1552, e casado a 2 de dez. de 1595
com Anna da Silveira Pereira. - Vid. Tit. dos Pereiras Marra-
maques, § un., n.O 3; - c. g.

4 Antonio Pacheco de Uma, - fid. da Casa Real, cav. da ordem de


Christo, com 15$00 réis de tença, por mercê de D. Filippe 11,
de 1585, e contador da real fazenda na ilha Terceira e em
S. Jorge, por carta regia de 11 de agosto do dito anno.
Succedeu na casa e morgado de seus paes e avós, e falleceu
a 28 cte novembro de 1620, tendo casado duas vezes, a primeira
com D. Catharina Côrte Real. - Vid. § 1. 0 , n. 0 4 - e a segunda
com D. Catharina Silveira de Mattos.
Do segundo matrimonio não teve successão; do primeiro,
porém, teve o filho q~e segue.

5 Manoel Pacheco de Lima, - fid. da Casa Real, contador da real


fazenda na ilha Terceira e em S. Jorge, sr. e herd. da casa e
morgado de seus maiores. Casou duas vezes, a primeira
a 12 de Fevereiro de 1596, na Sé de Angra, com Anna
Martins da Fonseca. - Vid. Tit. dos Fonsecas, § 2.º, n. 0 3 -
14
210

sendo celebrante o bispo da respectiva diocese D. Manoel de


Gouvêa, e a segunda a 27 de novembro de 1610, na Egreja
da Esperança, da dita cidade, com D. Andreza do Canto de·
Vasconcellos. - Vid. Tit. dos Cantos, § 3. 0 , n.º 3.
Do primeiro matrimonio teve:

6
6 W~i%~e1os l que falleceram em criança.

Do segundo matrimonio teve:

6 João Pacheco de Vasconcellos, que segue.


6 O. Luiza de Vasconcellos, que casou duas vezes, a primeira
com Pedro Homem da Costa Noronha. - Vid. Tit. dos Noronhas,
§ l.º, n. 0 3 - e a segunda com João Mendes de Vasconcellos.
Vid. Tit. dos Vasconcellos, § 2.o, n. 0 5,

6 João Pacheco de Vasconcellos, - fid. da Casa Real, capitão de


Ordenanças e contador da real fazenda na ilha Terceira, onde
prestou relevantes serviços a el-rei D. João 1v por occasião da
sua acclamação. Succedeu na casa e morgado de seus
antepassados, bem como no vinculo instituído por sua thia
materna D. Luiza do Canto de Vasconcellos, e fundou a
Ermida de S. Luiz, junto da sua casa solar. Casou tres vezes,
a primeira com D. Joanna Teixeira de Carvalho, sobrinha do
bispo de Angra, D. Jeronymo Teixeira Cabral, em 2.•• nupcias,
a 6 de junho de 1639, na Ermida de S. Sebastião, da dita
cidade, com D. Ursula Pereira de Lacerda. -- Vid. Tit. dos
Pereiras, § 1. 0 , n. 0 5, e pela 3.ª vez, em 1648, na Ermida de
S. João Baptista, da mesma cidade, com D. Filippa d'Oliveira.
Do primeiro matrimonio não teve filhos; do segundo,
porém, teve:
7 Francisco Pacheco de Lacerda, que segue.
7 Diogo Pacheco de Lacerda.
7 D. Ursula, que fal. criança.

Do terceiro matrimonio nasceram :


7 Manoel Pacheco de Vasconcellos.
7 O. Maria do Canto de Vasconcellos.
7 D. Luiza do Canto de Vasconcellos, casada com Francisco de
Bettencourt de Vasconcellos Correia e Avila. - Vid. Tit. dos
Bettencourts, § 2. 0 , n. 0 5.

7 Francisco Pacheco de Lacerda, -- fid. da Casa Real, capitão de


Ordenanças, e sr. da casa e morgados de seus maiores. Foi
211

baptisado em 1641, na Egreja da Conceição, de Angra, e


falleceu em 1713, tendo casado tres vezes, a primeira com
D. Anna Thereza Zimbron, a segunda com D. Maria Maior
de Castro do Canto. - Vid. Tit. dos Cantos, § 6. 0 , n. 0 6 ·- e
em 3.as nupcias, em 1683, na Sé da dita cidade, com
D. Maria Clara de Bettencourt. - Vid. Tit. dos Betten-
courts, § 2. 0 , n. 0 5.
Do primeiro matrimonio não teve successão; do segundo,
porém, teve:
8 D. Ursula, que fal. criança.

l
Do terceiro matrimonio nasceram:
8 Luiz Pacheco de Lacerda, que segue.
8 João Pacheco de Lacerda
8 José Pacheco de Lacerda clerigos
8 Pedro Pacheco de Lacerda
8 Vital Pacheco de Lacerda
8 Manoel Pacheco de Lacerda.
8 D. Antonia Pacheco de Lacerda.
8 D. Rosa Maria Sophia Pacheco de Lacerda, casada com D. Pedro
Pimentel de Mello Ortiz da Camara. - Vid. Tit. dos Ortizes,
§ un., n. 0 4.
8 D. Francisca Ursula Pacheco de Lacerda, mulher de Diogo
Alvaro Pereira de Lacerda. - Vid. Tit. dos Pereiras,§ 1.0 , n. 0 8.
8 D. Ignez Pacheco de Lacerda.

8 Luiz Pacheco de Lacerda, - fid. da Casa Real. sr. e herd. da casa


e morgados de seus maiores. Casou a 7 de fevereiro de 1713,
na Conceição, de Angra, com D. Violante Josepha Moniz da
Silva.
Tiveram.
9 Francisco Pacheco de Lacerda, que segue.
9 Silvestre M<miz Pacheco, escrivão do juizo da correição de
Angra; - cas., c. g.
9 Guilherme Moniz Pacheco.
9 Antonio Moniz Pacheco, que se ausentou para o Brazil.
9 D. Marianna Josepha Pacheco de Lacerda, mulher de Boaven-
tura Sebastião Pamplona Machado Côrte Real. - Vid. Tit. dos
Pamplonas, § 4. 0 , n. 0 9.

9 Francisco Pacheco de Lacerda, - falleceu em vida de seu pae, tendo


casado com D. Francisca Vicencia de . . . . . . . . . (?), de quem
teve o filho que segue.

10 João Pacheco de Lacerda, - fid. cav. da Casa Real, sr. e herd. da


casa de seus avós. Nasceu na freguezia da Sé, de Angra, e
212

casou com D. Maria Eusebia Victorina Pereira Cabral. - Vid.


Tit. dos leaes, § 1. 0 , n." 5.
Tiveram:

11 Luiz Pacheco de Lima e Lacerda de Vasconcellos, que segue.


11 Antonio Pacheco de Lima e Lacerda, fid. cav. da Casa Rwl,
por alv. de 23 de set. de 1801 (L. I das mercês do Princi.1e
Reg. D. João, fls. 190 V.) e major de milicias. Foi um dos
presos e expatriados a quem sequestraram os bens, na ilha
Terceira, pela sua adhesão á causa de D. :\\iguel. N. a 6 de
fev. de 1781 e foi bapt. na Ermida de S. Luiz. Casou
com F ...... (?), de quem deixou geração.
11 Jacintho Pacheco de Lima e Lacerda, fid. cav. da Casa Real,
por alv. de 23 de set. de 1801, major de milicias e, depois, de
infanteria. Adheriu tambem na Terceira á causa legitimista,
pelo que foi perseguido e preso. Casou com sua sobrinha
D. Rita Pacheco de Lima. - Vid. adiante, n. 0 12; -- s. g,
11 D. Marianna Pacheco de Lacerda, casada com Miguel Antonio
da Ribeira Secca ; - c. g.
11 D. Maria Constança do Carmo Pacheco de Lima e Lacerda,
bapt. a 27 de julho de 1779, e casada com Bernardo Moniz
Barreto do Couto. - Vid. Tit. dos Monizes, § 2 o, n.O 9.
11 D. Anna Pacheco de Lacerda, casada com André de Sá; - c. g.
:1 D. Francisca Eliodora Pacheco de Lacerda, que casou na
Conceição, de Angra, a 15 de agosto de 1813, com Antonio de
üliveira Junior, de quem teve :

12 João Pacheco d'Oliveira: n. a 21 de dez. de 1817.


12 D. Maria, que n. a 13 de jan. e fal. a 16 de fev.
de 1819.
12 Joaquim d'Oliveira Pacheco: n. a 11 de jan. de
1820, e casou com D. Maria Ribeiro.
12 D. Maria d'Oliveira Pacheco: n. a 30 de março
de 1822.
12 Antonio d'QJi.ieira Pacheco: n. a 24 de abril de
1823 ,e fal. em Coimbra, em 1848.
12 D. Francisca d'Oliveira Pacheco: n. a 25 de junho
de 1825.
12 José Maria d'Oliveira: n. a 23 de out. de· 1826
12 D. Carl?ta I n a 11 de fev. de 1830.
12 D Mananna í ·

11 Luiz Pacheco de lima e Lacerda de Yasconcellas, - fid. ca v. da Casa


Real, por alv. de 20 de agosto de 1797 (L.vr da matr., fls. 30),
sr. e herd. da casa e morgados de seus ascendentes. Foi uma
das pessoas presas e expatriadas, e cujos bens foram seques-
trados na ilha Te1ceira, por ter ahi adherido á causa de
D. Miguel. Nasceu a 2 de março de 1773, sendo baptisado
na Ermida de S. Luiz, e casou a 24 de agosto de 1795 com
D. Catharina Josepha Borges da Silva do Canto. -- Vid. Tit.
dos Monizes, § 2. 0 , n. 0 10.
213

Tiveram:
12 Luiz Pacheco do Canto e Lima, fid. cav. da Casa Real, por alv.
de 22 de maio de 1824 (L. XI da matr: fls. 103), capitão da I.•
c, ,mpanhia do batalhão nacional d'artilheria de posição da
ilha Terceira (15 de Junho de 1847) e presidente da commissão
eleitoral districtal legitimista da dita ilha, installada em Angra
110 dia 27 de novembro de 1856. Herdou a casa de seus paes,
e foi casado com D. Maria Paula de Ornellas Bruges Paim da
Camara. - Vid. Ttt. dos Poins, § 3. 0 , n. 0 11 ; - s. g.
12 Estevão Pacheco de Lima e Lacerda, capitão da 3.• companhia
do batalhão nacional acima referido (15 de junho de 1847),

12
12
12
D. Anna Pacheco
D. Julianna Pacheco
!
bem como vogal da commissão legitimista acima tambem men-
cionada. Casou com D. Violante Moniz; - s. g.
D. Maria José Pacheco
falleceram solteiras.
12 D. Fdicia Pacheco
12 D. Maria Pacheco ,
12 D. Mathilde Pacheco de Lima, que segue.
12 D. Rita Pacheco de Lima, mulher de Jacintho Pacheco de Lim~
e Lacerda, referido sob o n. 0 11.
12 D. Francisca Pacheco de Lima, que fa1. solteira.

12 D. Mathilde Pacheco de Lima, - casou com Antonio Veríssimo dos


Santos, de quem teve um só filho, que foi:

13 Antonio Yerissima dos Santos Pacheco, - actual representante dos


Pachecos, na ilha Terceira. Casou com D. Adelaide Elias
Lobão Ribeiro. - Vid. Tit. dos Ribeiros, § un., n." 4.
Tiveram:

14 D. Maria Adelaide Pacheco, que n. a 12 de dez. de 1886, e fal.


solteira a 8 de dez. de 1902.
14 D. Antonieta Ribeiro Pacheco, que segue.

14 O. Antonleta Ribeiro Pacheco,-nasceu a 3 de maio de 1891, e tem


justo o seu casamento com João Dias do Carvalhal do Canto
Brum. - Vid. Tit. dos Bruns, § 1. 0 , n. 0 14.

§ 3.º

4 lgnez Pacheco de Lima (§ 1.º, n.º 4), - casou com Braz Vieira. -
Vid. Tit. dos Vieiras, § 1. 0 , n. 0 4.
Tiveram o filho que segue:

5 Diogo Vieira Pacheco, - foi um grande m1m1go de D. Antonio,


prior do Crato, pelo que foi perseguido e preso na Ilha Terceira.
214

Casou com Catharina Pires, a quem el-rei D. Filippe 11 fez


mercê, em 1584, de uma tença annual de 4 moios de trigo.
Tiveram:
6 Domingos Vieira Pacheco, que segue.
6 Braz Vieira Pacheco, vigario em S. Bento, de Angra.
6 Cosme Vieira Pacheco, que vivia em 1633. Casou com
D. Maria da Camara. - Vid. Tit. dos Camaras, § l,o n. 0 5; -
c. g.
6 Pedro Vieira Pacheco, clerigo.
6 A madre Maria da Luz, freira professa em S. Gonçalo, de
Angra.
6 Simôa Vieira Pacheco, casada com João Espinola da Veiga. -
Vid. Tit. dos Espinalas § 1.0, n. 0 5.
6 Manoel Pacheco, cav. da ordem de S. Thiago, e depois religioso
da ordem de S. Domingos, em Lisboa.

6 Domingos Vieira Pacheco, - capitão e contador da real fazenda em


Angra. Foi sr. dos bens vinculares, que vagaram por falleci-
mento de D. Luiza de Mello, referida a pag. 7, e dos quaes
tomou posse em 23 de julho de 1608. Residiu na dita cidade
com sua mulher D. Izabel de Mello Espinola. - Vid. Tit. dos
Espinolas, § 1. 0 , n. 0 5.
Fizeram testamento de mão commum na dita cidade, em
1621, e tiveram:

7 Fabricio Pacheco de Mello, que segue.


7 Paulo Pacheco de Mello / foram para a I dia de Castella
7 João Pacheco de Mello \ n ·
7 D. Maria Pacheco de Mello, rei. na Esperança, de Angra.

7 Fabrlclo Pacheco de Mello, -


herdou a casa de seus paes, e casou
duas vezes, a primeira, em 1619, com D. Eufrazia Fagundes
de Sousa - Vid. Tit. dos Fagundes, § 1. 0 , n. 0 6 - e a segunda,
a 7 de janeiro de 1633, na Conceição, de Angra, com D. Mar-
garida Machado da Costa. - Vid. Tit. dos Pinheiros de Bar-
cellos, § 1.", n. 0 6.
Do primeiro matrimonio teve uma só filha, que foi:
8 D. Leonor Pacheco de Mello, que n. em out. de 1618, e suc-
éedeu na casa e vínculos de sua mãe. Casou duas vezes, a
primeira com Francisco Espinola. - Vid. Tit. dos Espinalas,
§ 1. 0 , n. 0 6. - e a segunda com Gaspar Camello Pereira. -
Vid. Tit. dos Camellos, § 3. 0 , n. 0 12.

Do segundo matrimonio nasceram:


8 Antonio de Mello, clerigo. Viveu na ilha Graciosa.
8 Matheus Pacheco de Mello, que segue.
215

8 Matheus Pacheco de Melle, - nasceu a 2 de julho de 1635 na Casa


do Pombal, freguezia de S. Matheus, da ilha Terceira, e casou
a 4 de novembro de 1660 na Conceição, de Angra, com
D. Anna Pereira Sarmento de Lacerda. - Vid. Tit. dos Perei-
ras, § 1. 0 , n. 0 6.
Tiveram:
9 Bento Pacheco de Mello Côrte Real, sr. e herd. dos vinculos
instituidos por Francisco Espinola, D. Leonor de Mello, Diogo
Martins Ferreira, Diogo Martins de Mello, Ignez Pacheco, Guio-
mar de Mello, Braz Vieira Pacheco e Domingos Vieira Pacheco.
Casou duas vezes, a primeira, na villa da Praia, com D. Maria
Thomazia de Sousa Pacheco e Nlello.- Vid, Tit. dos Camellos,
§ 3. 0 , n. 0 14 - e depois em Pernambuco com D. F .......... (?);
-s.g.
9 Fabricio Pacheco de Mello, Côrte Real, que segue.
9 Domingos Vieira Pacheco, que fez testamento em Angra,
estando em casa de seu irmão Fabricio. Foi casado na ilha
Graciosa com D. Catharina de Sousa ; - s. g.

9 Fabriclo Pacheco de Mello Côrte Real, - succedeu nos vinculas de seu


irmão Bento, e foi morador em Angra na sua casa da rua de
Jesus. Casou a 27 de julho de 1695, na Sé da dita cidade,
com D. Joseph a Maria de Bettencourt. - Vid. Tit. dos Bal-
dayas, § 3.", n. 0 8.
Tiveram:
10 Manoel Caetano Pacheco de Lacerda Côrte Real, que segue.
10 José Ignacio de Bettencourt.
10 D. Anna Pacheco de Lacerda.
10 D. Margarida Pacheco de Lacerda.
10 D. Maria Pacheco de Lacerda.
10 D. Joanna Pacheco de Lacerda.
10 D. Iria Antonia do Sacramento.
10 D. Rosa Pacheco de Lacerda.

1o Manoel Caetano Pacheco de Lacerda Cêrte Real, - foi sr. e herd. da casa
e vínculos de seus ascendentes, bem como administrador das
Capellas, do Senhor Santo Christo e de S. Gonçalo, erectas,
respectivamente, em Santa Cruz da Graciosa e na Matriz da
villa da Praia. Foi baptisado a 11 de abril de 1708, na Sé de
Angra, e ahi casou, a 15 de agosto de 1732, com D. Antonia
Francisca de Bettencourt Marramaque. - Vid. Tit. dos Pereira
Marramaques, § un., n. 0 8.
Tiveram:

JI D. Maria Caet?na de Jesus ( religiosas.


11 D. Anna Narctza de Jesus \
11 Fabricio Pacheco de Mello, que segue.
216

11 O. Clara Felicianna de Bettencourt, baptisada na dita Sé a 1 de


fev. de 1745, e casaoa com Felix Merens Pamplona; - s. g.

11 Fabrlclo Pacheco de Mello, -- foi baptísado em Santa Luzia, de An-


gra, a 10 de fevereiro de 1738. Succedeu na casa de seus
maiores, e casou a 1O de agosto de 1771, no Oratorio da Casa
do Pombal, com D. Magdalena Victoria Leite de Noronha. --
Vid. Tit. dos Leites, § 1.0 , n. 0 7.
Tiveram:

12 José Theodoro Pacheco de Mello e Noronha, capitão. Succedeu


na casa de seus paes, e fal. em Lisboa a 17 de dez. de 1803,
solteiro.
12 D. Maria Ig-nacia P;icheco de Mello e Noronha, que segue.
12 O. Josepha Nnrciza Pacheco de Mello.

12 D. Maria lgnacla Pacheco de Mello e Noronha, - foi ba ptisada a 11 de


agosto de 1767 na Sé de Angrn. Succcdeu na casa do Pom-
bal e vínculos de seus ascendentes, e casou com C:andido de
Menezes de Lemos e Carvalho. - Vid. Tit. dos Menezes,
§ 2.º, n.º 15.

São suas ARMAS:-em campo de oiro


duas caldeiras de negro com tres faxas
cada uma de veiros de oiro e vermelho,
e as azas da mesma f órma, com quatro
cabeças de serpe, negras, nos encaxes
das mesmas azas, duas voltadas para
dentro e duas para f óra, vindo a ter
cada caldeira oito cabeças de serpe;
timbre, dois pescoços de serpe de oiro,
batalhantes armados de sanguinho.
Brazões especiaes teem sido confe-
ridos a diversos membros d'esta família
e nomeadamente aos seguintes:

A Simão Pacheco de Lima, § 1. 0 ,


n. 0 2, foi concedido por carta regia
dada em Evora a 22 de março de 1534,
e reg. na Chanc. de D. João rn, L. xx,
217

fls. 76 v., o seguinte brazão d'armas


de seus antecessores, com todas as
honras e privilegias de fidalgo por des-
cender da geração e linhagem dos Pa-
checos: - Escudo de campo de oiro e
duas caldeiras, em pala, tambem de
oiro, com tres f axas e as azas veira-
das e contraveiradas de vermelho e
preto, e quatro cabeças de serpe de oiro
nos cabos das azas, duas para f óra e
duas para dentro das caldeiras, e por
diferença, uma moleta preta; elmo de
prata, aberto, guarnecido de oiro, pa-
quife de oíro e vermelho, e por timbre,
um pescoço com duas cabeças de serpe,
uma contra a outra.
A Gomes Pacheco de Lima, § 1. 0 ,
n. 2, foram concedidos os seguintes
0

brazões d' armas de seus antecessores,


com todas as honras e privilegias de
fidalgo por descender da nobre linha-
gem dos Pachecos e Limas:
a) - Escudo de campo de oiro, com
duas caldeiras em pala tambem de oiro,
com tres f axas e azas veiradas e con-
traveiradas de vermelho e preto, e qua-
tro cabeças de serpe de oiro nos cabos,
duas para f óra e duas para dentro, e
por differença uma estrella azul; elmo
de prata, aberto, guarnecido de oiro,
paquife de oiro e vermelho, e por tim-
bre, um pescoço de serpe de oiro com
duas cabeças uma contra a outra. ---
Vid. carta regia dada em Evora a 12 ou
22 de agosto de 1534, e reg. na Chanc.
de João III, L. XX, fls. 144 V.
b) -Escudo de campo esquartelado:
o 1. 0 de oiro com duas caldeiras do
mesmo, em pala, com tres faxas em
cada uma, as azas vetradas e contra-
veiradas de vermelho e preto, com qua-
tro cabeças de serpe de oiro, duas para
fóra e duas para dentro; o 2. 0 partido
em pala, em tres partes, a 1.ª de Ara-
218

gão e as outras duas esquarteladas; o


1. 0 de prata com um leão de purpura
com as unhas e a lingua de azul, e o
2. 0 de prata com tres faxas enxaqueta-
das de oiro e de vermelho, e por diff e-
rença uma flôr de liz verde: elmo de
prata, aberto, guarnecido de oiro, pa-
quife de oiro, preto, prata e vermelho,
e por timbre, um pescoço de oiro com
duas cabeças de serpe. - Vid. carta re-
gia dada em Lisboa a 12 de jan. de
1538, e reg. na Chanc. de D. João 111,
L. XLIV, fls. 6 V,
A Manoel Pacheco de Lima, § 2. 0 ,
n.º 3, foi concedido por carta regia dada
em Lisboa a 24 de junho de 1563, reg. na
Chanc. de D. Sebastião, L. 111, fls. 168.
o seguinte brazão d'armas, de seus an-
tecessores, com todas as honras de fi-
dalgo por descender da geração dos
Pachecos: - Escudo de campo de oiro
e duas caldeiras de preto em pala, e
tres f axas em cada uma d' ellas, e as
azas veiradas e contraveiradas de oiro
e vermelho, e em cada caldeira quatro
cabeças de serpe de oiro, duas para
fóra e duas para dentro, nos cabos das
azas, com as linguas vermelhas, e por
difJerença uma brica verde e n' ella um
- M --- de prata; elmo de prata, aberto,
guarnecido de oiro, paquife de oiro,
vermelho e preto, e por timbre, um pes-
coço de serpe de oiro com duas cabeças
uma contra a outra batalhantes.
A Gaspar Pacheco de Lima, § 2.º,
n. 0 4, foi concedido por carta regia dada
em Lisboa a 7 de out. de 1572, e reg.
na Chanc. de D. Sebastião, L. 1x, fls.
336 v., o seguinte brazão d'armas, de
seus antecessores, com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender
da geração dos Pachecos e Limas: -
Escudo de campo esquartelado: o 1. 0 dos
219

Pachecos, de campo de oiro, com duas


caldeiras de preto em pala, e tres f axas
veiradas e contraveiradas de oiro e ver-
melho em cada uma, e assim tambem
as azas, tendo cada caldeira quatro ca-
beças de serpe de oiro, duas para fóra
e duas para dentro, nos cabos das azas,
e com as línguas vermelhas; o 2. 0 dos
. Limas, que são de campo partido em
tres palas, a 1.ª de oiro e quatro palas
vermelhas, e as outras esquarteladas;
o 1. 0 de prata e um leão de purpura ar-
mado de azul, e o 2. 0 de prata e tres
f axas enxaquetadas de oiro e vermelho
de tres peças em pala, e assim os con-
trarias; e por diferença, uma meia brica
verde, e sobre ella um trifolio de prata;
elmo de prata, aberto, guarnecido de
oiro, paquife de oiro, vermelho, prata
e purpura, e por timbre, um pescoço de
serpe de oiro com duas cabeças bata-
lhantes, uma contra a outra.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionados na


Parte r, cap. I, n. 0 • IV, VII, VIII, XXII, XXVII,
XXXVI, XXXVII, XLV, XLVIII, LXIV, e XCIV
da Bibliographia.
TITULO LXIX

PAI NS

S ÃO de origem ingleza, descendentes de Thomaz Elim ou Tho-


malim Paim, que veio para Portugal como secretario de D. Fi-
lippa de Lancastre, mulher d'el-rei D. João 1.
Passaram á Terceira, pouco depois da descoberta d'esta ilha,
na pessoa de Duarte Paim, filho de Valentim Paim, fidalgo da
casa d'el-rei D. Duarte, e de sua mulher D. Beatriz de Badilho,
fidalga aragoneza, e neto, pelo lado paterno, do dito Thomaz
Elim Paim.
O solar d'esta familia, na dita ilha, é o A,.lacio de Santa
Luzia, a que andam ligados os factos historicos de que fiz menção
a pag. 48 do volume r.

§ 1.0

1 Duarte Palm, - foi commendador da ordem de S. Thiago, e


casado com D. Antonia Dias d' Arce. - Vid. Tit. dos Bruges,
§ un., n. 0 2.
Talvez porque se não encartasse a tempo, não conseguiu
succeder, apezar dos esforços para esse fim empregados, na
capitania donataria da ilha Terceira, á qual tinha inquestionavel
direito em presença da doação feita a Jacome de Bruges, seu
sogro, pelo infante D. Henrique, por carta datada de Silves
aos 2 de março de 1450.
Do seu consorcio teve os seguintes filhos:
222

2 Diogo Paim, que segue.


2 D. Antonia Paim, casada em Lisboa com F ......... (?), de quem
descendem os duques de Loulé, condes do Vai dos Reis, e ou-
tras familias titulares e grandes de Portugal.
2 D. Lucrecia Paim, de que me occupo no§ 2.".

2 Diogo Paim, - foi casado duas vezes, a primeira com D. Branca


de Ornellas da Camara. - Vid Tit. dos Camaras, § 1. 0 , n. 0 2
- e a segunda com D. Catharina da Camara Homem. - Vid.
Tit. dos Homens, § 1. 0 , n. 0 3.
Do primeiro matrimonio teve :
3 Cristovão Paim da Camara, casado com D. Maria de Rezende,
a qual, por fal. de seu marido, professou no convento de Jesus,
da villa da Praia, com o nome de Soror Maria da Cruz ; - s. g.
3 Duarte Paim da Camara, doutor em leis, e casado na ilha Gra-
ciosa com D. Antonia de Rezende, de quem teve :

4 Manoel de Ornellas da Camara / foram para a


4 Duarte Paim da Camara Í India.
4 A madre Filippa de S. Thiago l .
4 A madre Branca da Trindade ' rei. prof. no dito
4 A madre Paula de S. Jeronymo Í conv. de Jesus·

3 Manoel Paim da Camara, que segur,


3 D. Catharina de Ornellas da Camara, casada com João Vaz
Fagundes. - Vid. Tit. dos Fagundes, § 5. 0 , n. 0 4.

Do segundo matrimonio nasceram :


3 Antonio Paim da Camara, que foi capitão na villa da Praia, da
ilha Terceira. Casou com Emmerita Evangelho, de quem teve:

4 Duarte Paim, cav. da ordem de Christo, e casado


com D. Bernarda de Sá, de quem não teve succes-
são. Fóra do matrimonio, porém, teve :
5 Antonio Paim da Camara, casado
com D. Beatriz Carneiro Pinto, ma-
trimonio este de que nasceram :
6 Antonio de S. Thomaz
(frei).
6 Agostinho de Sousa
Paim, clerigo.
6 A madre Maria de
S. Bernardo, rei. prof.
no dito convento de
Jesus.
3 Jeronymo Paim da Camara, de que tracta o§ 3. 0 •

3 Manoel Palm da Gamara, - cav. da ordem de Christo, e sr. do


vinculo instituído por seus thios João de Ornellas da Camara
223

e D. Briolanja de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos Camaras


§ 1. 0 , n. 0 2.
Casou duas vezes a primeira com Izabel d'Avila
de Bettencourt. - Vid. Tit. dos Avilas, § 1. 0 , n. 0 3 - , e a
segunda com Filippa de Escobar Teixeira. - Vid. Tit. dos
Teixeiras, § un., n. 0 2.
Do primeiro matrimonio teve um só filho:

4 Diogo Paim da Camara, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram:


4 Valentim Paim I g
4 João Paim í s. ·
4 Simão de Ornellas Paim da Camara, casado com D. Violante
Vaz, de quem teve, entre outros que falleceram sem geração, a:
5 Manoel Paim da Camara, casado no Fayal com
D. Maria da Silveira; matrimonio este de que
nasceram:
6 Manoel Paim da Camara;-cas., c. g.
6 D. Ignez da Camara e Silveira,
casada com Paulo Machado, capitão,
de quem teve :
7 D. Maria Antonia Paim
da Camara, mulher de
Antonio da Fonseca
Carvão.-Vid. Tit. dos
Carvões, § un., n. 0 3.

4 Ruy Gil Teixeira, casado na ilha do Pico com lzidora Pereira


Sarmento.
4 Sebastião Rodrigues Paim ; - cas., c. g.
4 D. Anna, rei. no convento das Chagas, da villa da Praia.

4 Diogo Palm da Camara, - cav. da ordem de Christo, com 20$00


réis de tença, por mercê de D. Felippe II, datada de 1588.
Foi casado com Simôa Pamplona de Miranda. - Vid. Tit. dos
Pamplonas, § l.º, n. 0 3.

l
Tiveram:
5 Manoel Paim da Camara, que segue.
5 Antonio Paim
5 Christovão Paim
5 D. Izabel Paim falleceram solteiros.
5 D. Margarida Paim
5 D. Maria Paim

5 Manoel Paim da Camara, - succedeu na casa de seus maiores, e


casou com O. Anna de Bettencourt; - s. g.
224

2 O. Lucrecla Paim (§ 1.0 , n.º 2), -- casou com F ....... de Mello


Carvalhal, filha de Diogo Pereira Carvalhal e de sua mulher
D. Izabel de Mello.
Tiveram:

3 Francisco Paim de Mello, que segue,


3 Duarte Paim de Mello, que foi para a India.

3 Francisco Paim de Mello, - serviu na ln dia, e foi casado com


D. Antonia Morena, de quem teve:

4 Gaspar Paim de Mello, que segue.


-1 Alvaro Paim de Mello /
4 Jorge Paim de Mello í s. g.

4 Gaspar Paim de Mello, - casou com D. Anna Coutinho, de quem


teve:

5 Alvaro Pereira de Mello, que segue.


5 Bartholomeu Pereira de Mello, casado com D. lzabel de Sousa ;
-c. g.
5 Manuel Paim, casado com D. Maria da Silva ; -·· c. g.
5 Gaspar Paim, casado duas vezes, a primeira com D. Paula
Guterres, e a segunda com Joanna de Castro; --- c. g.
5 D. Joanna Paim de Mcllo, casou primeiramente com Manoel
de Brito Barreto, depois com D. Francisco (Segaro ?), e em 3.ª 5
nupcias com Antonio Telles de Menezes.
5 D. Maria Paim de Mello.
5 D. Anna Coutinho, mulher de D. Francisco de Castro; - c. g.

5 Alvaro Paim de Mello, - casou duas vezes, a primeira com D. lgnez


da Silva de Menezes, e a segunda com D. Antonia de
Castro ; -- c. g.

3 Jeronymo Palm da Camara (§ l.º, n.º 3), - foi cav. da ordem de


Christo, e um dos quatro fidalgos que intervieram na accla-
mação d'el-rei D. Filippe 11, na villa da Praia, da ilha Terceira
(casa da Camara), em 11 de agosto de 1583, como consta do
respectivo auto, transcripto a pag. 49 do volume II do Archivo
dos Açôres. Casou com D. Izabel Lopes de Andrade Machado.
- Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1. 0 , n. 0 3.
225

Tiveram:
4 Francisco da Camara Paim, que segue.
4 Manoel da Camara Paim, vigario da matriz de Santa Cruz, da
villa da Praia.
4 D. Izabel da Camara Paim / f 1t
4 D. Branca da Camara Paim Í ª11 eceram so e1ras.

4 Francisco da Camara Paim, - môço fid. da Casa Real, capitão-mór


e provedor das fortificações da capitania da villa da Praia,
por alv. de 28 de novembro de 1620, sr. e herd. da casa de
seus paes. Falleceu em 1643, tendo casado com D. Izabel de
Sousa de Ornellas. - Vid. Tit. dos Ornellas, § un., n. 0 6.
Tiveram:
5 Francisco de Ornellas da Camara Paim, que segue.
5 Manoel Paim da Camara, que fal. em 1644; - s. g.
5 Agostinho Paim de Sousa.
5 João de Ornellas de Sousa.
5 Rafael de Ornellas de Sousa.
5 Jeronymo de Ornellas Paim.
5 D. Francisca ~
5 D. Filippa rei. na Conceição, de Angra.
5 D. Agueda

5 Francisco de Ornellas da Camara Paim, - môço fid. da Casa Real,


cav. prof. na ordem de Christo, por alv. de 3 de dezembro
de 1639, commendador de S. Salvador de Penamacôr na dita
ordem, por alv. de 12 de abril de 1642, e do conselho d'el-rei,
por carta regia de 27 de outubro de 1662.
Prestou relevantes serviços na villa da Praia, da ilha
Terceira, como capitão de uma das quatro companhias de
infanteria que alli se crearam, tendo sido eleito para este
cargo, pella camara da dita villa, em 4 de julho de 1627,
bem como nas guerras com o Brazil, sustentando por espaço
de seis mezes dez soldados á sua custa, pelo que foi provido
no posto de capitão de um terço de infanteria das armadas.
Notabilisou-se, porém, pelos serviços que prestou por occasião
da acclamação d'el-rei D. João 1v, e que concorreram pode-
rosamente para que a ilha Terceira se visse livre do jugo
castelhano; serviços que foram remunerados por el-rei com a
commenda acima mencionada, e com os seguintes cargos
publicas: capitão-mór e provedor das fortificações da capitania
da villa da Praia, por alvará de 13 de fevereiro de 1644;
governador do castello de S. João Baptista de Angra, por
carta patente de 4 de fevereiro de 1660; e capitão donatario
da villa da Praia, por alvará de 16 de julho de 1663.
Foi sr. e administrador da casa e morgados de seus paes,
bem como da Ermida do Espirita Santo, que fundou em 1643
1$
226

na cidade de Angra, sobre a rocha, no sitio chamado - o


Quartel.
Nasceu na villa da Praia a 12 de outubro de 1606, e
falleceu a 28 de abril de 1664, tendo casado em 1637 com
D. Filippa de Bettencourt de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos
Bettencourts, § 1. 0 , n. 0 4.
Tiveram, entre outros:
6 Braz de Ornellas da Camara Paim, môço fid. da Casa Real,
por alv. de 20 de maio de 1641 (L. VI da matr., fls. 195),
commendador de S. Salvador de Penamacôr, na ordem de
Christo, por alv. de 20 de julho de 1660, capitão donatario da
villa da Praia, por carta regia de 2 de dez. de 1665, sr. e herd.
da casa e morgados de seus ascendentes. Foi baptisado na Sé
de Angra em 10 de fev. de 1642, e fal. em Lisboa em junho
de 1709, deixando os seguintes filhos naturaes, que perfilhou :
7 Francisco José da Camara de Vasconcellos, capitão
de mar e guerra. N. cm Lisboa em 1689, e fal.
a 17 de agosto de 1742.
7 D. Thereza Josepha Paim da Camara, casada com
Thomaz de Villa Nova Infante, de quem teve :
8 Braz de Ornellas da C.amara, que
casou com D. Quite ria Maria de ..•. ;
matrimonio este de que nasceu:
9 Antonio Infante da
Camara e Ornellas,
natural da freg. de
S. Vicente do Paúl
(Santarém). Vivia
em 1792.
6 Manoel Paim de Sousa, que segue
6 D. Maria Victoria Palm da Camara, casada com Francisco de
Bettencourt de Vasconcellas Correia e Avila. - Vid. Tit. dos
Bettencourts, § 2. 0 , n, 0 5.

6 Manoel Paim de Sousa, - môço fid. da Casa Real, e cav. da ordem


de Christo, com a pensão de 20$00 reis, por alv. de 20 de
julho de 1660. Herdou a casa e morgados de seus antepas-
sados, por fallecimento de seu irmão Braz. Nasceu em 1649,
e casou a 30 de junho de 1669 com D. Maria Paula Borges
d'Avila. -Vid. Tit. dos Avilas, § 4. 0 , n. 0 5. Serviram de
testemunhas n'este acto o marquez de Minas, o conde de
Mesquitella e o conde do Prado, que tinham ido no dito
anno de 1669 para a ilha Terceira com el-rei D. Affonso v1.
Tiveram:
7 Francisco Borges d'Avila Paim de Sousa, que segue.
7 Lazaro Paim da Camara, conego da Sé de Angra. Foi bapt.
em Santa Luzia em 1677, e fal. em 1754.
227

7 Gaspar Paim, religioso professo com o nome de - Fr. Antonio


de S. José.
7 Duarte Paim da Camara, môço fid. da Casa Real, por alv.
de 7 de out. de 1686 (L. III das mercês d'el-rei D. Pedro II,
fls. 87).
7 João d'Avila, que fal. com ordens menores.
7 Braz d'Ornellas.
7 D. Jeronyma Maria Paim da Camara, que n. em 1672, e
fal. a 17 de março de 1750, tendo casado com Thomaz de Brum
da Silveira P. Taveira. - Vid. Tit. dos Bruns, § 1. 0 , n. 0 7,
7 D. F ....... Paim, religiosa em S. Gonçalo, de Angra.

7 Francisco Borges d'Avllla Paim de Scusa, - môço fid. da Casa Real,


capitão-mór da villa da Praia, sr. e herd. da casa e morgados
de seus ascendentes Casou na ilha do Fayal com D. Jeronyma
Maria de Montojos da Silveira. - Vid. Tit. dos Bruns, § 1.··, n. 0 7.
Tiveram:

8 Manoel lgnacio de Ornellas Borges d'Avila Paim da Camara,


môço fid. da Casa Real, por alv. de 10 de nov. de 1720.
capitão-mór das Ordenanças de Angra, por carta patente
de 31 de julho de 1741, sr. e herd. da casa de seus maiores.
Casou a 22 de nov. de 1723 com D. Jeronyma de Brum da
Silveira. - Vid. Tit. dos Bruns, § 1. 0 , n. 0 8; - s. g.
8 Thomaz Paim de Bettencourt de Ornellas da Camara Borges
d'Avila, que segue.
8 João de Ornellas Paim.
8 José Paim, môço fid. da Casa Real, e casado com D. Rita do
Canto, de quem teve :

9 Antonio Paim da Camara, môço fid. da Casa


Real, por alv. de 21 de maio de 1777 (L. I das
mercês de D. Maria !, fls. 224).

8 Caetano Paim, môço fid. da Casa Real, por alv. de 2 de maio


de 1737 (L. XXVIII das mercês de D. João V, fls. 428).
8 D. Josepha Maria Paim de Montojos, casada com Jeronymo de
Brum da Silveira. - Vid. Tit. dos Bruns, § 1. 0 n.o 8.
8 D. Maria Paula de Brum.
8 D. Anna de Brum.
8 D. Joanna de Brum.
8 D. Rita Eugenia Paim da Camara, que fal. a 4 de abril de 1798,
tendo casado com Thomaz Francisco Brum da Silveira. - Vid,
Tit. dos Bruns, § 1.0 , n. 0 9.
8 D. Antonia Francisca de Montojos Paim da Camara, casada
com Ignacio de Tavora. - Vi"d. Tit. dos Tavares, § 1. 0 , n. 0 7.

s Thomaz Paim de Bettencourt de Ornellas da Camara Borges d'Avila, (Dr.), -


f~i môço fid. da Casa Real e juiz ordinario em Angra, cargo
que exercia em 1763. Nasceu em 1706, e casou com
D. Francisca Ephigenia de Montojos Paim. - Vid. Tit. dos
Bruns, § l.º, n. 0 9.
228

Tiveram:
9 Theotonlo de Ornellas Bruges Paim da Camara, que segue.
9 D. Jeronyma Pulcheria de Montojos Paim da Camara, que
fal. a 25 de abril de 1827, tendo casado com Jeronymo
Sebastião Brum da Silveira Frias Taveira e Neiva. - Vid. Tit.
dos Bruns, § I. 0 , n.o 10.
9 D. Joanna Eusebia de Ornellas Palm da Camara, casada com
Luiz Francisco Melrelles do Canto e Castro. - Vid. Tit. dos
Meirelles, § 1. 0 n. 0 10.

9 Theotonio de Ornellas Bruges Palm da Camara, - substituiu o appellido


Borges de sua bisavó paterna D. Maria Paula Borges d'Avila
pelo de Bruges de seu 8. 0 avô paterno Jacome de Bruges,
referido a pag. 161 do vai. I. Foi sr. do palacio de Santa
Luzia e da mais casa e morgados de seus antepassados.
Nasceu em 1760, e casou no Fayal a 18 de agosto de 1777
com D. Josepha Jeronyma de Montojos. - Vid. Tit. dos
Bruns, § 1. 0 , n. 0 10.
Tiveram uma só filha, a saber:

1o o. Rita Pulcheria de Ornallas Bruges Palm da Camara, - sr.ª e herd. do


palacio de Santa Luzia e de toda a mais casa e morgados de
seus ascendentes. Nasceu a 15 de junho de 1778, e falleceu
a 3 de outubro de 1823, tendo casado com André Eloy Homem
da Costa Noronha. - Vid. Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n. 0 8.
Tiveram:
11 D. Maria Theotonia Augusta de Ornellas Bruges, 1.• baroneza
e, depois, l.ª viscondessa de Noronha, pelo seu casamento
com Pedro Homem da Costa Noronha Ponce de Leão. - Vid.
Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n.o, 10. N. a 10 de jan. de 1803,
li D. Maria Paula de Ornellas Bruges Paim da Camara: n. a 17
de nov. de 1803, e casou com Luiz Pacheco do Canto e Lima.
- Vid. Tit. dos Pachecos, § 2.o, n.o 12.
11 D. Maria Jzabel Leopoldina de Ornellas Bruges Paim da
Camara: n. a 9 de dez. de 1804, e fal. a 16 de set. de 1884,
tendo casado com Antonio Thomé da Fonseca Carvão Paim
da Camara. - Vid. Tit. dos Carvões, § un., n. 0 7.
11 Theotonio de Ornellas Bruges Paim da Camara d'Avila e
• Noronha Ponce de Leão, que segue.

11 Theotoaio da Ornellas Bruges Paim da Camara d' Avlla e Noronha Ponce de


Leão, - 1. 0 visconde de Bruges, por decreto de 8 de dezembro
de 1832, 1. 0 conde da Praia da Victoria, por decreto de 28 de
julho de 1863, fid. cav. da Casa Real, do conselho de Sua
Magestade Fidelissima, commendador da ordem de Christo e
condecorado com a medalha n. 0 9 das Campanhas da Liberdade.
Foi o chefe do movimento liberal nos Açôres em 1828,
coronel de milicias, ministro e secretario d'estado dos nego-
229

cios da guerra (Vid. pag. 53 do vol. 1), presidente da deputa-


ção da regencia que em 1831 foi a Paris cumprimentar a
rainha e pedir a D. Pedro que fôsse tomar o commando das
tropas da ilha Terceira, etc.
Os seus relevantes serviços á Causa da Liberdade constam
do decreto que lhe conferiu a titulo de visconde de Bruges, e
que é do theor seguinte :

«Tomando em consideração os Serviços relevantes prestados


pelo Conselheiro Theotonio de Ornellas Bruges Àvila á Causa
da Rainha a Senhora D. Maria II, quando empenhou todos os
seus esforços, e meios de sua propria fazenda, para q:ue tivesse
logar o nobre levantamento do memoravel dia vinte e dous de
junho de mil oito centos vinte e oito na ilha Terceira. a favor
dos direitos da Mesma Augusta Senhora, e das Liberdades Patrias;
havendo sido em virtude d'este illustre feito restaurada, e trium-
phante n'aquella Ilha a Authoridade Legítima; subjugada e
destruída a rebellião, cujo crime foi depois espiado por muitas
acções gloriosas de seus habitantes, e sendo o referido Conselheiro,
hum dos membros do leáitimo Governo estabelecido na mesma
Ilha, que affrontando todos os perigos, e vencendo dificuldades
extremas se sustentou, e sustentou as esperanças da Patria nos
peitos dos seus leaes defensores; e sendo por escolha d'aq:uelles
honrados habitantes, nomeado Presidente da Deputação que veio
ao Continente pôr na Presença da Rainha Minha Augusta Filha,
e em Minha propria, os votos, e os ardentes dezejos de todos elles,
no que mostrou merecer-lhes confiança, e veneração: havendo
dignamente cumprido os seus deveres nos Cargos que Fui Servido
Conferir-lhe depois, e em cuj"J desempenho muito vae á prosperi-
dade da sobredita Ilha; e querendo Eu mostrar o apreço em que
teaho a aua pessoa, e tão clistinctos Serviços: Hei por bem, em
Nome da R.ainha, Conceder ao referido Conselheiro Theotouio de
Ornellas Bruges Avila, durante a sua vida, o Titulo ae Visconde
de BruSes 1 com a clausula expressa de fundar em q:ualque1· lo&ar
do extenso terreno que possue na Ilha, sua Patria, huma Povoa-
ção de vinte e cinco moradores pelo menos á q:ual dará o nome do
seu Titulo, e este nome se conservará para perpetuar a memoria
de taes serviços ; e as habitações ela mesma Povoação serão dadas
a Soldados Invalidos, que pelas feridas recebidas n'esta guerra
contra o Usurpador do Throno Portuâuez, se tenhão tornado inca-
pazes de continuar no Serviço da Rainha, e da Nação. O minis-
tro e Secretario d'Estado dos Negocios do Reino o tenha assim
entendido e o faça executar com os Despachos necessarios. Paço
no Porto, em oito de Dezembro de mil oito centtJs trinta e dous.
D. Pedro, Duque de Bragança. Bernardo de Sá N oSueira •·

Estabelecido o regímen constitucional, foi presidente da


1.ª camara municipal constitucional do paiz (Angra, 1831),
cargo que desempenhou por mais d'uma vez, deputado ás
côrtes da nação na legislatura de 1834, par do reino em 1 de
outubro de 1835, presidente da Junta Governativa do Districto
de Angra do Heroismo em nome do Governo Supremo do
Reino pela Nação e Rainha, estabelecida na dita cidade em
22 de abril de 1847, coronel commandante do Batalhão Nacio-
nal da mesma cidade, creado por portaria da mesma Junta,
etc. Foi chefe do partido historico e, depois, do partido pro-
gressista na ilha Terceira, onde tem ainda o seu nome vincu-
lado a escolas, azylos, e a outros estabelecimentos de bene-
ficencia e caridade.
230

Succedeu a sua mãe no palacio de Santa Luzia, assim


como em toda a mais casa que esta possuía e em que estavam
reunidos cerca de trinta morgados e capellas.
Nasceu no dito palacio a 25 de Abril de 1807, e ahi falle-
ceu a 25 de outubro de 1870, sendo este dia de verdadeiro
luto na ilha Terceira, e os seus funeraes, a que concorreram
mais de vinte mil pessoas, uma verdadeira apoteose.
O centenario do seu nascimento foi muito festejado em
Angra do Heroísmo, consistindo as festas no seguinte: missa
campal, no largo fronteiro ao palacio de Santa Luiza, suffra-
gando a alma do illustre extincto; cortejo cívico, em que se
encorporaram as auctoridades e funccionarios publicas, ?.gri-
cultores, associações artísticas e comme1:ciaes, banda regimen-
tal, bombeiros voluntarias, classes artística, marítima e militar,
clero, corpo consular, collegios, empregados do commercio e
industria, imprensa, sociedades de beneficencia e recreio, etc.;
sessão extra01dina,ia do Senado Angrense, em que foi lido e
assignado o auto de tão solemne com memoração; Jantar aos
azylados de infancia desvalida e de mendicidade, presos da
cadeia e pobres da casinha economica; festival musico litte-
rario na Escola Districtal pelos alumnos da mesma escola e
orchestra angrense; inauguração do seu retrato no Museu
Industrial e Commercial, etc.
Foi casado duas vezes, a primeira, a 16 de março de
1833, com D. Elvira Monteiro. - Vid. Tit. dos Monteiros,
§ un., n. 3. - e a segunda, a 25 de abril de 1853, com
D. Emilia Amelia d'Almeida Tavares do Canto. - Vid. Tit.
dos Almeidas, § un., n. 5.
Do primeiro matrimonio teve:

12 Jacome de Ornellas Bruges Paim da Camara, que segue.


12 D. Anna Elvira de Ornellas Bruges Paim da Camarn: n. a 23
de nov. de 1834, e casou com Raymundo Martins Pamplona
Côrte Real. - Vid. Tit. dos Pumplonos, § 5. 0 , n. 0 11.
12 D. Rita Pucheria de Ornellas Bruges Paim da Camara: n. a 22
de set. de 1835, e casou com Manoel Moniz Barreto do Couto.
- Vid. Tit. dos Monizes, § 2.°, n. 0 11.
12 Theotonio de Ornellas Bruges, doutor· em sciencias naturaes
pela Universidade de Bruxellas (1860), do conselho de Sua
Magestade Fidelissima, addido de legação e deputado ás côrtes
da nação. N, a 26 de out. de 1836, e fal. 11 20 de jan. de 1907,
em Lisboa, tendo casado a 19 de abril de 1869 com D. Eugenia
de Lima Mayer, filha de Antonio Mayer, subdito francêz resi-
dente n'aquella cidade, e de sua mulher D. F ......... de Lima.
Tiveram:

13 Vasco de Ornellas Bruges.


231

13 Augusto de Ornellas Bruges.


13 D. Eugenia de Ornellas Bruges, casada com Anto-
nio Alves d'Oliveira, medico naval, de quem teve :
14 Theotonlo
14 João.
14 José.
14 F ......... (?).

Do segundo matrimonio teve a successão de que tracta o§ 4. 0 •


Fóra dos referidos matrimonios teve a geração de que me
occupo no § 5. 0 •

12 Jacoma de Ornellas Bruges Palm da Camara, -2." visconde de Bruges,


por dec. de 24 de dezembro de 1864, 2. 0 conde da Praia da
Victoria, por dec. de 9 de novembro de 1870, fid. cav. da
Casa Real, por alvará de 7 de junho de 1862 (L. v11 da matr.,
fls. 155 v.), gran-cruz da imperial ordem de Francisco José, da
Austria, official da Academia de França, commendador das
ordens militares de Nosso Senhor Jesus Christo e Nossa Se-
nhora da Conceição de Villa Viçosa, bacharel formado em
direito pela Universidade de Coimbra, deputado ás côrtes da
nação em varias legislaturas, par do reino por successão,
addido á legação de Portugal em Bruxellas, governador civil
dos districtos de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, onde
fundou asylos de mendicidade, iniciador da 1.• exposição de
agricultura, artes e industrias dos Açôres (Angra do Heroismo,
29 de outubro de 1863), fundador da Sociedade Promotora de
Artes e Lettras, na dita cidade de Angra, em 1866, e chefe do
partido progressista terceirense.
Nasceu a 14 de dezembro de 1833, no palacio de Santa
Luzia, em que sucedeu a seu pae, assim como na mais casa e
morgados que este possuía, e nomeadamente nos de Porto
Martins, Reguinho e Fontainhas, dos quais foi, respectiva-
mente, 15. 0 , 13. 0 e 12. 0 senhor e administrador.
Falleceu na ilha da Madeira a 20 de Janeiro de 1889,
tendo casado a 4 de junho de 1860 com D. Maria lgnacia
Pacheco de Mello de Menezes Forjaz Sarmento de Lacerda.
- Vid. Tit. dos Pereiras, § 3. 0 , n. 0 13.
Tiveram:
13 Theotonio Octavio de Ornellas Bruges Paim da Camara, que
segue.
13 .Jacome de Ornellas Bruges Paim da Camara, escrivão de fa-
zenda em Angra do Heroismo e Ponta Delgada. N. a 23 de fev.
de 1863, e fal. em 1904 na ilha de S. Miguel (villa da Lagôa)'
232

tendo casado em fev. de 1889 com D. Maria Guiomar da Fon-


seca Carvão Paim da Camara. - Vid. Tit. dos Carvões, § un.,
n. 0 9. Tiveram :

14 Jacome de Ornellas Bruges: n. em Angra a 19 de


nov. de 1889.
14 D. Maria lgnacia Dometilia de Ornellas Bruges:
n. na dita cidade a 14 de abril de 1894.
14 João Saaverlra de Ornellas Bruges: n. tambem
em Angra a 18 de nov. de 1899.

13 João de Ornellas Bruges Paim <la Camara, exerceu o cargo de


1. 0 official da alfandega de Lourenço Marques, e actualmente
reside nos Estados Unidos da America. N. a 13 de março de
1871, e casou com D. Maria Sera fina de Bettencourt de Vascon-
cellos e Lemos.-· Vid. Tit. dos Bellencourts, § 1. 0 , n. 0 13.
Teem os seguintes filhos:

14 Henrique Saavedra: n. a 12 de fev. de 1893.


14 D. Maria da Madre de Deus: n. a 26 de dez.
de 1894.
14 D. Maria João: n. a 25 de nov. de 1896.

1~3 Theotonlo Octnlo de Ornellas Bruges Paim da Camara, - capitão de in.


fanteria, e par do reino por successão. Por decreto de 9 de
fevereiro de 1889 foi agraciado com o titulo de visconde de
Bruges, titulo que declinou por força das circumstancias. Foi
quem commandou a guarda d'honra a el-rei D. Carlos I e á
rainha D. Maria Amelia, por occasião da recepção e banquete
official que se effectuaram no Paço de Angra em julho de 1901.
Nasceu em Lisboa a 10 de março de 1861, e succedeu a
seu pae no palacio de Santa Luzia. Falleceu repentinamente
na ilha Terceira a 2 de novembro de 1906, tendo casado com
D. Palmyra Emma da Costa Noronha. - Vid. Tit. dos Noro·
nhas, § 2. 0 , n. 0 10;-s. g.

§ 4.º

11 Theotonlo de Orne las Bruges Paim da Camara d' Awlla eNoronha Ponce de Leio,
1. 0 visconde de Bruges e 1. 0 conde da Praia da Victoria
(o mesmo n. 0 11 do § 3. 0 ), -teve de sua segunda mulher a
condessa D. Em ilia Amelia d' Almeida Tavares do Canto os
seguintes filhos :
12 Theotonio Simão Paim de Ornellas Bruges, que segue.
12 D. Maria de Ornellas Bruges Paim da Camara: n. a 17 de março
de 1847, e casou com Jorge de Lemos Bettencourt d'Almeida
Monjardino. - Vid. Tit. dos Mol'ljardinos, § un., n. 0 2.
233

12 D. Maria Elvira de Ornellas Bruges Paim da Camara: n. a


16 de julho de 1848, e casou com José lgnacio de Almeida
Monjardino. - Vid. Tit. dos Monjardinos, § un., n. 0 1.
12 Francisco de Ornellas Bruges: n. a 30 de out. de 1849.
12 D. Maria Paula de Ornellas Bruges Paim da Camara: n. a 26 de
jan. de 1851, e casou com Francisco Moniz Barreto do Couto.
- Vid. Tit. dos Monizes, § 2. 0 , n. 0 11.
12 André Eloy de Ornellas Bruges, chefe de conservação das obras
publicas do districto de Angra do Heroismo. N. a 17 de abril
de 1852, e casou com Emilia Candida, de quem tem:
13 Raymundo de Ornellas Bruges.
13 Theotonio de Ornellas Bruges.
13 André de Ornellas Bruges.
13 D. .Maria do Carmo de Ornellas Bruges.
12 João d'Avilla de Ornellas Bruges Paim da Camara, empregado
na construcção e fiscalisação do caminho de ferro da Beira Alta.
N. a 21 de julho de 1853, e casou em Hespanha; - c. g.
12 D. Maria Francisca de Ornellas Bruges Paim da Camara: n. a
31 de março de 1856, e casou com D. Henrique de Menezes
de Brito do Rio. - Vid. Tit. dos Britos do Rio, § 2. 0 , n. 0 6.

12 Theotonlo Simão Paim da Ornellas Bruges, - bacharel em philosophia


e lettras pela Universidade de Bruxellas (carta de 12 de
dezembro de 1862), deputado ás côrtes da nação (1868-1879),
chefe fiscal do districto das alfandegas dos Açôres, e ahi
tambem, assim como na ilha da Madeira, sub-inspector de
instrução secundaria (1881-1892). Em Angra do Heroismo tem
exercido os seguintes cargos publicas: escrivão da camara
municipal, para que foi nomeado em sessão da mesma camara
de 21 de outubro de 1871, presidente da dita camara, admi-
nistrador do concelho, director da escola de habilitação para
o magisterio primaria, vogal da junta geral, membro da
commissão executiva da mesma junta e governador civil
effectivo do districto. Actualmente exerce a profissão de advo-
gado nos auditorias da comarca de Angra do Heroismo.
E' orador eloquente, jornalista primoroso, e auctor da obra
descripta sob n. 0 Lda Bibliographia, a pag. 17 e 18 do vol r.
Nasceu a 22 de setembro de 1841, e casou a 30 de
setembro de 1865 com D. Maria Clara Pereira Forjaz Sarmento
de Lacerda. - Vid. Tit. dos Pereiras, § 1.0 , n. 0 13.
Do seu consorcio resultaram os seguintes filhos:
13 Diogo Paim de Ornellas Bruges, que segue.
13 Pedro Alvares da Camara Paim de Bruges, bacharel formado
em'direito pela Universidade de Coimbra (1895), notario, advo-
gado e vice-presidente da camara municipal de Angra do He-
roismo. N. a 1 de agosto de 1872, e casou com D. Genoveva
do Carvalhal do Canto Brum.-Vid. Tit, dos Bruns, § 1. 0 , n. 0 14,
234

Teem os seguintes filhos:


14 D. Maria dos Milagres: n. a 9 de set. de 1899,
14 D. Maria do Carmo: n. a 19 de nov. de 1900.
14 Guilherme: n. a 17 de dez. de 1901.
14 José: n. a 1 de fev. de 1908.
13 D. Maria do Carmello Paim de Bruges: n. a 26 de agosto de
1880. e casou a 30 de outubro de 1907 com Antonio Moniz
Vieira, 2. 0 tenente da armada, a cujo posto foi promovido em
6 de nov. de 1904, e actual capitão do porto de Angra do He-
roismo, o qual n a 2 de junho de 1879.
Teem ao presente um só filho:
14 Theotonio, que n. na Horta a 11 de nov. de 1908,

13 Diogo Paim de Ornellas Bruges, - cursou o Real Collegio Militar, e


frequentou algumas cadeiras da faculdade de mathematica na
Universidade de Coimbra e na Escola Polytechnica de Lisboa.
Tem exercido em Angra do Heroísmo os cargos de professor
interino do lyceu nacional, administrador do concelho e
commissario de policia. Actualmente exerce alli o cargo de
official da secretaria do govêrno civil do districto, para que foi
nomeado por despacho de 11 de Junho de 1908. Nasceu a
26 de julho de 1866, e casou na Egreja da Conceição, da dita
cidade, a 9 de Janeiro de 1909, com D. Maria Clara de Me-
nezes Parreira. - Vid. Tit. dos Parreiras, § 3. 0 , n.º 5.
Teem ao presente um só filho:
14 José, que n. a 5 de nov. de 1909, na cidade de Angra do
Heroismo.

11 Theotonlo de Ornellas Bruges Paim da Camara d'A,lla e Noronha Ponca de


Leão, 1. 0 visconde de Bruges e 1. 0 conde da Praia da Victoria
(o mesmo n. 0 11 dos §§ 3. 0 e 4. 0 ), - houve, fóra dos matri-
monias que contrahiu, duas filhas naturaes, que perfilhou,
a saber:

12 D. Maria Theotonia de Ornellas Bruges, que fal. em Angra


em 1907, tendo casado com Joaquim d'Almeida. - Vid. Tit.
dos Almeidas, § un., n.o 5.
12 D. Maria Amelia de Ornellas Bruges, mulher de João Francisco
de Oliveira Bastos, condecorado com a merlalha n. 0 7 das
Campanhas da Liberdade, em reconhecfmento dos relevantes
serviços que prestou II esta Causa, bibliothecario da biblintheca
municipal de Angra do Heroismo e distincto jornalista. N. em
Lisboa a 9 de março de 1806; - s. g.
235

São suas AIMAS : -- o escudo f ran-


xado de prata e negro, sendo os campos
alto e baixo de prata e os das ilhargas
de neg,o, e sobre elle um leão entrecam-
bado dos mesmos esmaltes, armado de
vermelho; timbre, o leão do escudo.

Brazões especiaes teem sido conce-


didos a diversos membros d'esta familia
e nomeadamente a

Antonio ln/ante da Camara e Or-


nelas, § 3. 0 , n. 0 9, a quem foi passado
em 30 de jan. de 1792 o seguinte brazão,
reg. no Cart. da Nobr., L. rv, fls. 244 v.:
- um escudo partido em pala; na J. ª
as armas dos Ornellas, e na 2.ª as dos
Bandeiras,

(*) Outros usam:- o escudo esquarte-


lado; no 1. 0 quartel as armas dos Pains,
no 2. 0 as dos Ornellas, no 3. 0 as dos
Sousas, e no 4. 0 as dos Camaras;
sobre o escudo ora trazem a corôa de
visconde ora a de conde; e por timbre,
uma pomba ( alusão ao Divino Espirita
Santo). - Vid. Arch. dos Açôres, vol.
III, pag. 299.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte I,


cap. I, n. 08 I, IV, VII, Vlll, XXVIII, XXXII, XXXIV, XXXVI.
XXXVII, XLV, XLVI, LI, LXlll, LXIV, LXVlll, LXXlll, LXXXIII,
LXXXV, LXXXVI. LXXXVII, XCIII, XCIV e XCVll da
Bibliographia, assim como a /llustração
Portugueza, anno de 1907, 2.ª série,
1.0 semestre, pag. 624 a 627.
TITULO LXX

PALHINHAS

Ão de Elvas, descendentes de Gonçalo Rodrigues Palhinha, que foi no


S primeiro quartel do seculo x1x para os Açôres (ilha do Fayal),
onde estabeleceu a sua residencia e onde constituiu familia,
a qual se ramificou pouco depois em outras ilhas do dito archipe-
lago e nomeadamente na Terceira.

§ UNICO

1 Gonçalo Rodrigues Palhinha, - nasceu a 22 de agosto de 1770 em


Santa Eulalia, de Elvas. Formou-se em medicina, na Univer-
sidade de Coimbra, em 1798, e exerceu clínica na cidade da
Horta, onde casou com D. Anna Telles Peixoto da Silveira,
que alli nasceu a 26 de agosto de 1787.
D'este consorcio resultaram os seguintes filhos:

2 Antonio Telles Peixoto Gutierrez Palhinha, que segue.


2 D. Ursula Telles Palhinha: n. a 22 de dez. de 1815, e !ai.
solteira.
2 José Telles Palhinha: n. a 21 de junho de 1817, e casou com
D. Ignacia Guilhermina, da cidade da Horta. Tiveram uma só
filha chamada:
3 D. Aurellana Telles Palhinha, a qual casou com
Gonçalo Rodrigues Palhinha.-Vid. adiante, n. 0 3.
238

2 Gonçalo Rodrigues Palhinha: n. a 5 de julho de 1821, e casou


no Rio de Janeiro. Ignoro se teve descendencia.
2 João Peixoto da Silveira Palhinha, que houve uma filha por
nome:
3 D. Jesuina, a qual casou em Angra com Antonio
Homem Goulart.
2 Miguel Peixoto Gutierrez Palhinha, que fal. solteiro no l<io
de Janeiro.
2 D. Maria Telles Palhinha / f eiras
2 D. Luiza Telles Palhinha í r
2 D. Francisca lzabel Palhinha, que fal. solteira.
2 D. Marianna Palhinh8, casada com Manoel da Camara Lima,
de quem teve :
3 D. Pastora da Camara Lima, que fal. solteira.
3 D. Ursula da Camara Lima, rnsada com José
Maria Moniz d'Oliveira; -- s. g.
3 D. Luiza da Camara Lima, mulher de Eugenio
Gustavo Pires Toste. - Vid. Tit. dos Pires Tostes,
§ un., n. 0 3.
3 D. Emitia da Camara Lima, casada com Casimiro
d'Amotim; - c. g.
3 D. Anna da Camara Lima, casada no Rio de
Janeiro ; - c. g.
3 José / f .
3 Frederico Í a1eceram crianças.
3 Manoel da Camara Lima, que se ausentou para
o Rio de Janeiro.
3 Gonçalo da Camara Lima, casado com D. Maria
Guilhermina Côrte Real, de quem teve:
4 Theotonio.
4 Alberto.
4 D. Christina, mulher de Luiz Anto-
nio dos Reys, do conselho de Sua
Magestade Fidelissima; - c. g.

2 Antonlo Telles Peixoto 6utierrez Palhlnha, - advogado nos auditorios


da comarca de Angra do Heroísmo, e secretario da Junta
Governativa que no dia 22 de Abril de 1847 se formou na
dita cidade, em nome do Governo Supremo do Reino pela
Nação e Rainha, para defender as liberdades portuguezas con-
signadas na Carta Constitucional outhorgada em J 826, cargo
para que foi nomeado n'aquella data pela referida Junta.
Foi um dos redactores e collaboradores do semanario
literariu e politico O Terceirense, cuja publicação terminou em
17 de dezembro de 1845.
Nasceu na Horta a 11 de outubro de 1814, e casou em
Angra com D. JV\aria Delfina Cabral, filha de Antonio Maria
Cabral de Drumond e Mendonça e de D. Maria Lucia
Duarte Reys.
239

Tiveram:
3 Gonçalo Rodrigues Palhinha, que segue.
3 Miguel Peixoto Palhinha, casado com D. Izabel Maria de Men-
donça. - Vid. Tit. dos Menezes (outros), § 2. 0 , n. 0 5.
D'este matrimonio nasceram:
4 Joaquim Palhinha, residente em Ponta Delgada, e
casado com D. Maria Ernestina Borges,
4 D. Delfina Palhinha, mulher de Augusto Moura.
4 D. Conceição Palhinha, casada na ilha d~ S. Miguel,
em 1905, com Augusto da Costa e Silva; -·· c. g.
3 D. Anna Telles Peixoto Gutierrez Palhinha, que casou a 26 de
maio de 1875, na Sé de Angra, com Silvano Gago da Camara,
cav. da ordem de Christo, de quem teve:
4 Gil Gago da Camara, que n. a 19 de abril de 1876.
4
4
D. Mar!a Joana_
D. Mana Carolma ~
I falleceram solteiras.
3 D. Maria Izabel Palhinha, que n. a 17 de out. de 1837, e casou
a 23 de maio de 1866, com Augusto Fournier. - Vid, Tit. dos
Fourniers, § 1. 0 , n. 0 3.

3 Gonçalo Rodrigues Palhlnba, - escrivão de fazenda em Angra do


Heroísmo, delegado do thesouro em Ponta Delgada e inspector
de fazenda na Guarda, em Portalegre e Santarem, Nasceu em
Angra a 12 de novembro de 1839, e casou com D. Aureliana
Telles Palhinha. - Vid. acima, n. 0 3.
Tiveram:
4 Ruy Telles Palhinha, que segue.
4 D. Anna I f lt .
D. Olympia ~ que a11 eceram so eiras.
4

4 Ruy Tellas Palhinha,-bacharel formado em philosophia pela Uni-


versidade de Coimbra (2 de agosto de 1892), e licenciado na
mesma faculdade (15 de junho de 1893); professor do Lyceu
de Santarem (23 de abril de 1896) e ahi tambem auditor admi-
nistrativo, substituto, e presidente da camara municipal. Actual-
mente exerce em Lisboa os cargos de professor do Lyceu de
S. Domingos (3 de outubro de 1902), lente da Escola Poly-
technica (24 de dezembro de 1904) e reitor do dito Lyceu
(4 de janeiro de 1906). Em assumptos de instrucção tem desem-
penhado varias commissões em que muito se tem distinguido.
Nasceu em Angra do Heroismo a 4 de janeiro de 1871, e
casou com D. Esther de Carvalho e Silva, que nasceu em
Santarem a 18 de agosto de 1868.
240

Teem os seguintes filhos:


5 Joaquim: n. em Santarem a 18 de out de 1895.
5 José: n. tambem em Santarem a 28 de maio de 1897.
5 Ruy: tambem n. em Santarem a 14 de março de 1900.
5 D. Maria do Nazareth: n. em Lisboa a 18 de dez, de 1902.
5 D. Maria da Conceição: n em Oeiras a 3 de dez. de 1904.

Ácerta d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte 1, cap. 1, n. 0 • v11 e Lxm da Bibliographia.
TITULO LXXI

PAMPLONAS

D ESCENDEM da geração e linhagem dos Pamplonas que vieram


de Navarra para Portugal. A' ilha Terceira passaram pouco
depois da sua descoberta na pessoa de 6onçalo Almes Pamplona,
que alli recebeu do donatario varias terras e nomeadamente as do
limite occidental da freguezia dos Biscoitos, onde teve a sua casa
de habitação, com capella sob a invocação de Santa Catharina,
que fundou e instituiu em cabeça de morgado.

§ 1.º

6onçalo Altares Pamplona, - nasceu na cidade do Porto, na segunda


metade do secufo xv, e foi casado duas vezes, a primeira, na
ilha Terceira, com Anna Valladão. - Vid. Tit. dos Valladões,
§ 1. 0 , n. 0 2 - e a segunda, no Porto, com Leonor Gomes de
Miranda, com a qual voltou para a dita ilha, onde fez testa-
mento em agosto de 1547.
Do primeiro matrimonio teve um só filho:

2 F ......... (?), que fal. criança.

Do segundo matrimonio nasceram:

2 Gomes Pamplona de Miranda, que segue.


2 Antonio Pamplona de Miranda, de que me occupo no § 2.o.
19
242

2 Mathias Pamplona de Miranda, de que tracta o § 3. 0 •


2 Cecilia Pamplona de Miranda, que casou com Antonio de Sousa
Alcoforado, em 1.•• nupcias d'este, e de quem teve, pelo menos:

3 Gonçalo Vaz de Sousa, casado com D. Iria Cotta


da Malha. -- Vid. Tit. dos Cofias da Malha,
§ un., n. 0 2.
3 D. Maria de Sousa Alcoforado, casada com Da-
mião de Sousa de Menezes. - Vid. Tit. dos Me•
nezes, § 2. 0 , n. 0 8.

2 Somes Pamplona de Miranda, - foi cav. da ordem de Malta, e


casado com Branca Rodrigues Valladão. - Vid. Tit. dos
Valladões, § 2.º, n. 0 4.
Tiveram:

3 Simão Pamplona de Mir,mda, que segue.


3 Simôa Pamplona de Miranda, casada com Diogo Paim da Ca-
mara. - Vid. Tit. dos Pains, § 1.0 , n. 0 4.
3 Leonor Gomes de Miranda, mulher de Gomes Pacheco de Lima.

3 Simão Pamplona de Miranda, - casou duas vezes, a primeira com


Margarida Valladão Córte Real. - Vid. Tit. dos Valladões,
§ 1. 0 , n. 0 4 - e a segunda com Margarida Drummond, de
quem ignoro se teve geração.
Do primeiro matrimonio, porém, teve:

4 Gomes Pamplona de Miranda, que segue.


4 Roque Pamplona de Miranda ; - cas., e. g.
4 Anna Pamplona de Miranda.

4 Somes Pamplona de Miranda, - casou com D. Margarida Pereira de


Lacerda, da ilha do Fayal.
D'este consorcio resultaram os seguintes filhos:

5 Simão Pamplona de Miranda.


5 Francisco Pamplona de Miranda.
5 D. Beatriz Pamplona Côrte Real, de que me ocupo no § 4.o.

2 Antonio Pamplona de Miranda (§ 1. 0 , n. 0 2), - casou duas vezes, a


primeira com Mecia Borges Abarca. - Vid. Tit. dos Borges,
§ 1. 0 , n. 0 2 - e a segunda com Francisca Merens Rodovalho.
- Vid. Tit. dos Rodovalhos, § 4. 0 , n. 0 2.
243

Do primeiro matrimonio teve, pelo menos:


3 Gomes Pamplona de Miranda, que casou duas vezes, a primeira
com D. Guiomar Homem da Costa. - Vid. Tit. dos Homens,
§ 5. 0 , n. 0 3 e a segunda com Catharina Nunes Vieira. - Vid.
Tit. dos Vieiras, § 2.o, n. 0 4; -- s. g.
3 Gonçalo Pamplona de Miranda, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram:


3 Beatriz Merens.
3 Braz Merens.
3 Leonor de Miranda.

2 Gonçalo (ou Bernardo?) Pamplona de Miranda, - casou na ilha de


S. Miguel com Catharina Mendes, de quem teve:
4 Antonio Pamplona de Miranda, que foi assassinado na ilha Ter-
ceira, em 1601, tendo casado em Lisboa com D. Maria fróes;
-s. g.
4 Miguel Pamplona (frei).
4 Gonçalo Alvares Pamplona, que fal. quando regressava da lndia
para Portugal ; - s. g.
4 João Alvares Pamplona de Miranda, que segue.

4 João Alvares Pamplona de Miranda, - foi sr. da casa e morgado dos


Pamplonas, e casado tres vezes, a primeira, em dezembro de
1600, na Sé de Angra, com Mecia da Silveira Borges. -- Vid.
Tit. dos Silveiras, § l.º, n. 0 4 -, a segunda, em 1610, na Con-
ceição, da dita cidade, com D. Joanna da Silva Moniz Barreto.
- Vid Tit. dos Monizes, § 1. 0 , n.º 5 - e em 3.ª 5 nupcias,
em 1628, com D. Margarida do Canto de Vasconcellos.-Vid.
Tit. dos Cantos, § 7. 0 , n.º 4.
Do primeiro matrimonio teve:
5 D. Margarida da Silveira Pamplona de Miranda, casada com
Diogo Moniz Barreto.-- Vid. Tit. dos Monizes, § 1.o, n. 0 5.

Do segundo matrimonio resultou um só filho:


5 Gonçalo Alvares Pamplona, que segue.

Do terceiro matrimonio nasceram:


5 João Pamplona, que foi para a lndia.
5 D. Catharina da Conceição / religiosas em S. Gonçalo, de
5 D. Archangela da Natividade í Angra.
5 D. Iria do Canto de Vasconcellos Pamplona de Miranda, casada
com André Luiz da Fonseca Meirelles. - Vid. Tit. dos Mei-
relles, § 1. 0 , n. 0 6.
244

5 Gonçala Alvares Pamplona de Miranda, -casou com Maria da Fonseca.


- Vid. Tit. dos Meirelles, § 1. 0 , n. 0 6.
Tiveram:

6 Antonio Pamplona de Miranda, que casou com D. Anna de


Tavora, de Coimbra; - s. g.
6 Domingos Pamplona, casado com D. Maria Borges da Costa.-
Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1.0 , n. 0 7.
6 D. lgnez Pamplona C.ôrte Real, que segue.
6 D. Carlota de S. Pedro, religiosa no dito convento de S. Gon-
çalo.

6 O. lgnaz Pamplona Côrta Real,-· casou com Pedro Martins da Fon-


seca. ····· Vid. Tit. dos Meirelles, § 1. 0 , n. 0 6.
Tiveram:

7 André Martins da Fonseca Pamplona Côrte Real, que segue.


7 Gonçalo Martins Pamplona.
7 lgnacio Martins Pamplona.
7 D. Antonia lzabel Maria da Fonseca, casada com Ruy Francisco
de Azevedo da Rocha Coutinho. - Vid. Tit. dos Chaves,
§ un., n. 0 3.

7 André Martins da Fonseca Pamplona Côrte Real,-fid. cav. da Casa Real,


por alv. de 16 de maio de 1669, que se perdeu, pelo que foi
passado outro, com salva do primeiro, em 20 de maio de 17 40
(L. xxx, das mercês d'el-rei D. João v, fls. 310), sargento-mór
e juiz ordinario em Angra. Falleceu a 6 de Julho de 17 40,
tendo casado duas vezes, a primeira com D. Catharina da
Rocha Coutinho, e a segunda, a 30 de novembro de 1709, na
Sé de Angra, com D. Catharina Maria de Noronha do Car-
valhal. - Vid. Tit. dos Carvalhaes, § 1. 0 , n. 0 6.
Do primeiro matrimonio teve:

8 D. Rosa Pamplona Côrte Real, casada com D. Manoel Henriques,


filho de D. João Henriques, que foi governador do Castello de
S. João Baptista de Angra; - s. g.
8 D. Maria Pamplona.
8 D. Ignez Pamplona.
8 D. Dorothêa Pamplona.

Do segundo matrimonio nasceram, entre outros:

8 Manoel Caetano Martins Pamplona Côrte Real, que segue.


8 Antonio Pamplona Côrte Real, fid. cav. da Casa Real, por alv.
de 22 de maio de 1740 (L. XXXI, fls. 310 V.).
245

8 Manoel Caetano Martins Pamplana Côrta Real, - fid. cav. da Casa Real.
Casou com D. Rosa Izabel Pereira de Lacerda. - Vid. Tit. dos
Pereiras, § l.'', n. 0 9.
Tiveram:

9 André Diogo Martins Pamplona Côrte Real, que segue.


9 D. Marianna Eusebia Martins Pamplona Côrte Real, casada com
José de Brum Marramaque de Lacerda. - Vid. Tit. dos Pereira
Marramaques, § un., n. 0 9.
9 Raymundo Martins Pamplona Côrte Real, de que me occupo
no§ 5.0 •

9 André Diogo Martins Pamplona Côrte Real,-fid. cav. da Casa Real, por
alvará de 4 de novembro de 1760 (L. xv da matr., fls. 278),
sr. e herd. da casa e morgados de seus maiores. Casou com
D. Josepha Jacintha Merens de Tavora.
Tiveram:

!O Manoel lgnacio Martins Pamplona Côrte Real, l.º conde de


Subserra, por dec. de 3 de julho de 1823, 1. 0 barão de Pam-
plona, em França, gran-cruz das ordens da Torre e Espada,
Carlos III, d'Hespanha, S. Alexandre Newsky, e da Legião
d'Honra, de França, commendador de varias ordens nacionaes
e estrangeiras, gentil homem da camara d'el-rei D. João VI, ba-
charel formado em mathematica, conselheiro d'Esfado, deputado
ás côrtes da nação, ministro e secretario d'estado dos negocios
da guerra e dos da marinha e ultramar, embaixador a Hespa-
nha, etc. Entrou em varias combates, em que muito se distin-
guiu, e teve no exercito os mais elevados postos e nomeada-
mente o de marechal de campo e chefe de estado maior, e o
de general das tropas que sahiram para Hespanha e França,
em 1808.
N. em Angra a 3 de junho de 1760, e fal. a 16 de out.
de 1836, no fórte da Graça de Elvas, onde se encontrava preso
por ordem do governo de D. Miguel.
Foi casado com D. Jzabel Antonia do Carmo de Roxas e Le-
mos de Carvalho e Menezes, filha natural, legitimada, de Pedro
de Roxas e Azevedo de Carvalho e Lemos, da casa da Trofa,
e de D. Maria José d'Almeida; - s. g.
10 AlexHndre Martins Pamplona Côrte Real, que segue.
10 Jeronymo Martins Pamplona Côrte Real, casado com D. Joanna
Rita Moniz Barreto Côrte Real. - Vid. Tit. dos Monizes, § 3, 0 ,
n. 0 1 l. Tiveram :
11 Jeronymo Martins Pamplona Côrte Real, antigo
I. 0 official da Bibliotheca da Academia Real das
Sciencias de Lisboa, e casado com D. Iria Machado
Pamplona Côrte Real.-Vid. § 4. 0 , n.o 12. Teem
uma só filha :
12 D. Cemedocêa Martins Pamplona
Côrte Real; - solteira.
246

11 André Diogo Martins Pamplona Côrte Real, que


fal. solteiro. Deixou, porém, os seguintes filhos
naturaes, perfilhados:

12 João Martins Pamplona Côrte Real,


bacharel formado em direito pela
Universidade de Coimbra (1906), e
nat. da cidade de Lisboa.
12 Adelino Martins Pamplona Côrte
Real.

11 Gonçalo Martins Pamplona Côrte Real; - s. g.

1o Alexandre Martins Pamplona Côrte Real, - môço fid. da Casa Real, por
alv. de 12 de junho de 1824 (L. X\'Jlf das mercês d'el-rei
D. João v,, fls. 203) e do conselho de Sua Magestade Fide-
líssima. Foi vereador da camara de Angra, e um dos signa-
tarios do auto de Acclamação de D. Maria H, que alli teve
Jogar em 22 de junho de 1828. Foi tambem um dos membros
da Junta Provisoria que na mesma cidade se estabeleceu para
manter a legitima auctoridade e direitos da dita Rainha, sobra-
çando a pasta dos negocios ecclesiasticos e da justiça.
Nasceu em Angra (freguezia da Conceição), e casou com
D. Antonia Jacintha Marramaque. - Vid. Tit. dos Pereira
Marramaques, § un., n. 0 10.
Tiveram:

11 Domingos Martins Pamplona Côrte Real, que segue.


11 Antonio Martins Pamplona Côrte Real, casado com D. Joanna
Rita Moniz Barreto Côrte Real. - Vid. Tit. dos Monizes, § 3. 0 ,
n. 0 11. D' este consorcio resultaram :

12 D. Marianna Izabel de Sá Pamplona Côrte l~eal,


casada com Antonio Moniz Barreto Côrte Real.-
Vid. Tit. dos Monizes, § 3. 0 , n. 0 11.
12 D. Maria do Carmo Martins Pamplona Côrte Real,
mulher de Domingos Martins Pamplona Côrte
Real. - Vid. adiante, n. 0 11.

11 Joaquim Martins Pamplona Côrte Real, casado na Conceição,


de Angra, a 15 de junho de 1820, com D. Maria Luiz Paim da
Camara.
11 Romão Martins Pamplona Côrte Real, casado na dita Egreja,
a 2 de junho de 1838, com D. Julia da Camara Madureira.
11 Simão Martins Pamplona Côrte Real, casado na mesma Egreja,
a 1 de out. de 1843, com D. Joaquina Luzia Coelho.
11 Manoel Martins Pamplona Côrte Real, bapt. na dita Egreja a
9 de março de 1793,
11 José Augusto Martins Pamplona Côrte Real, que n. na freg. de
S, Pedro, de Angra, a 18 de março de 1794.
247

11 D. Maria Martins Pamplona Côrte Real, bapt. na dita Egreja da


Conceição cm 1800.
11 André Martins Pamplona Côrte Real, bapt. tambem na Concei-
ção a 28 de fev. 1811.
11 D. Anna Martins Pamplona Côrte Real, tambem bapt. na Con-
ceição em 1814.

11 Domingos Martins Pamplona Côrte Real, - casou duas vezes, a pri-


meira, na dita Egreja da Conceição, a 6 de novembro de 1836,
com D. Maria do Carmo Martins Pamplona Côrte Real, refe-
rida sob n. 0 12, e a segunda com D. Maria José Pamplona.
Do primeiro matrimonio teve:

12 Alexandre Martins Pamplona Côrte Real, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram :

12 Antonio Martins Pamplona Côrte Real, casado com D. Francisca


da Costa, de quem teve:

13 Rufino Martins Pamplona Côrte Real, casado com


D. Maria Ludovina Moniz de Sá Borges; - c. g.
13 D. Pulcheria Martins Pamplona Côrte Real.

13 D. Maria do Livramento P~mplona Côrte Real, casada com


Antonio Ramos Moniz Côrte Real. - Vid. Tit. dos Ramos,
§ un., 11. 0 2.

12 Alexandre Martins Pamplana Côrte Real - casou com D. Maria Rita


da Fonseca Carvão Paim da Camara. - Vid. Tit. dos Carvões,
§ un., n. 0 8; - s. g.

§ 3.º

2 Mathias Pamplona de Miranda (§ l.º, n.º 2), - casou duas vezes, a


primeira, em Santa Barbara, com Catharina Martins Vieira. -
Vid. Tit. dos Vieiras, § l. 0 , n. 0 4 · e a segunda com Maria
Luiz Merens Rodo valho. - Vid. Tit. dos Rodovalhos, § 4.º,
n.º 2.
Do primeiro matrimonio teve:

3 Sebastião Vieira Pamplona, que segue.


3 Catharina Pamplona, de que me occupo no § 6. 0
248

Do segundo matrimonio nasceram :

3 Braz Dias Rodovalho, clerigo.


3 Beatriz Merens, casada com Sebastião Moniz Barreto. - Vid.
Tit. dos Monizes, § }.o, n. 0 4; - c. g.

3 Sebastião Vieira Pamplona, - casou com Maria Metello de Azevedo.


- Vid. Tit. dos Azevedos, § 2. 0 , n. 0 4.
Tiveram:

4 Manoel Pamplona d'Azevedo; - cas., s. g.


4 Antonio Pamplona, que se ausentou da ilha Terceira.
4 Salvador Pamplona, que segue.
4 Maria Pamplom, casada com Luiz Pereira d'Orta, de quem teve:

5 D. lzabel Pereira Pamplona, mulher de francisco


Borges d'Avila. - Vid. Tit. dos Avilas, § 4. 0 ,
n. 0 4.
4 Catharina Pamplona d' Azevedo, casada com Maximo Feio
Pitta. - Vid. Tit. dos Pittais, § un., n. 0 3.
4 Marqueza Merens, mulher de João Pacheco.

4 Saltador Pamplona de Azewedo, - casou com D. Anastacia de Mattos,


de quem teve:

5 Sebastião Merens Pamplona, que segue.


5 Bento Pamplona, clerigo.

5 Sebastião Merens Pamplona, - casou com D. Helena de Andrade


Machado, de quem teve o filho que segue.

6 Felix Merens Pamplona, - casou duas vezes, mas de nenhum dos


matrimonios deixou successão.

§ 4.º

5 O. Beatriz Pamplona Côrte Real (§ 1.0 , n.º 5), - casou a 24 de março


de 1633, na Sé de Angra, com Sebastião Cardoso Machado.
- Vid. Tit. dos Homens, § 2. 0 , n. 0 6.
Tiveram:

6 Matheus Cardoso Machado Pamplona Côrte Real, que segue.


6 Sebastião Cardoso Machado, conego da dita Sé.
6 D. Maria Pamplona Côrte Real, casada com João do Canto de
Vasconcellos. - Vid. Tit. dos Cantos,§ 7.•, n. 0 5.
249

6 Matheus Cardoso Machado Pamplona Côrte Real, - fid. cav. da Casa


Real, por alv. de 8 de fevereiro de 1644. Casou em 1671,
na dita Sé, com Thereza Joana de Sousa de Miranda, de
quem teve:

7 Sebastião Cardoso Machado Pamplona Côrte Real, que segue.


7 Antonio de Sousa Machado, fid. cav. da Casa Real, por alv. de
7 de Agosto de 1697 (L. II das mercês d'el-rei D. Pedro II,
fls. 203).
7 D. Joanna de Sousa, casada com André de Sousa Pereira, de
S. Jorge; - s. g.

7 Sebastião Cardoso Machado Pamploaa Côrte Real, - capitão. Casou


com D. Paula Maria de Sousa, de quem teve:

8 Francisco Machado Pamplona Côrte Real, que segue.


8 Antonio Machado Pamplona.

8 Francisco Machado Pamplona Côrte Real, - fid. cav. da Casa Real,


capitão das Ordenanças da cidade de Angra por carta de 10 de
março de 17 42. Casou com D. Maria Izabel do Canto e
Castro Meirelles.
Tiveram o filho que segue.

9 Bonentura Sebastião Pamplona Machado Côrte Real, - nasceu em s. Pedro,


de Angra, e casou duas vezes. a primeira a 24 de junho de 1748,
na Egreja da Conceição, da mesma cidade, com D. Marianna
Josepha Pacheco de Lacerda. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 2. 0 ,
n. 0 9- e a segunda a 2 de julho de 1771, na Sé da mesma
cidade, com D. lzabel Felicia de Bettencourt Pereira de Lacerda.
- Vid. Tit. dos Bettencourts, § 2. 0 , n. 0 8.
Do primeiro matrimonio teve:

10 D. Catharina Victoria, bapt. na Ermida de S. Luiz, freg. de


S. Bento, de Angra, a 16 de março de 1750, e fal. em 1827.
10 João, bapt. na mesma Ermida a 8 de nov. de 1751.

Do segundo matrimonio nasceram os seguintes filhos.


que todos foram baptisados na dita freguezia:

10 Francisco Machado Pamplona Côrte Real, que segue.


10 Antonio: bapt. a 28 de agosto de 1775.
10 José: bapt. a 17 de nov. de 1776.
yO Matheus: bapt. a 19 de out. de 1777.
10 D. Anna : bapt. a 8 de dez. de 1778.
250

10 D. Marianna: bapt. em 1780.


10 Gomes (depois chamado Luiz): bapt. a 3 de set. de 1781.
10 D. Francisca: bapt. a 11 de out. de 1783.
10 José: bapt a 5 de jan. de 1785.
10 João: bapt. a 6 de set. de 1786.
10 D. Josepha: bapt. a 18 de maio de 1791.

1o Francisco Machado Pamplona Côrte Real, -- foi ba ptisado a 14 de


agosto de 177 4, e casado com D. Marianna Theodora do Rego.
Tiveram o filho que segue:

11 Francisco Machado Pamplona Côrte Real, - nasceu na freguezia da Sé,


de Angra, e casou a 12 de fevereiro de 1829, na Conceição,
da mesma cidade, com D. Anna Moniz Côrte Real. - Vid.
Tit. dos Monizes, § l. 0 , n. 0 12.
Tiveram:

12 João Pamplona Machado Côrte Real, que segue.


Ií:': Sebastião Cardoso Pamplona, casado com D. Marianna da
Gloria Moniz Barreto do Couto. Vid. Tit. dos Monizes, § 2. 0 ,
n. 0 11. D'este consorcio nasceram:

13 Francisco Moniz Pamplona Côrte Real, amanuense


da camara municipal de Angra do Heroismo.
13 Sebastião Moniz Pamplona Côrte Heal.

12 D. Iria Machado Pamplona Côrte Real, casada com Jeronimo


Martins Pamplona Côrte Real. - Vid. § 2. 0 , n. 0 11.
12 D. Rita Machado Pamplona Côrte Real, casada com Carlos de
Sousa Vieira, de quem teve:

13 D. Herminia Côrte Real de Sousa Vieira, casada


com Julio d'Oliveira de Figueiredo, filho natural,
perfilhado, de Antonio Candido d'Oliveira Figuei-
redo, adiante mencionado; - c. g.

12 D. Catharina Pamplona Côrte Real, baroneza de Teixeira, por


dec. de 22 de julho de 1901. Casou dua~ vezes, a primeira
com João Thornaz Teixeira, e a segunda com Antonio Candido
d'Oliveira Figueiredo, bacharel formado em direito pela Univer-
sidade de Coimbra, conservador privativo do registo predial,
auditor administrativo do distrito de Angra do Heroísmo, e
actual juiz de direito de I.• instancia.
Do primeiro matrimonio resultaram :

13 D. Herminia / .. f 11 'd
13 D. Catharina í lª ª eci as.

Do segundo matrimonio não existe sucessão.


251

12 João Pamplona Machado Côrte Real, - nasceu a 7 de dezembro


de 1831, em S. Bento, de Angra, e casou com D. Henriqueta
Julia Teixeira, de quem teve:

13 Alfredo Pamplona Machado Côrte Real, que segue.


13 D. Emilia Pamplona Machado Côrte Real: n. a 14 de set. de 1858,
e casou com José Nicolau da Rosa, official do exercito; -- s. g.
13 D. Leopoldina Pamplona Machado Côrte Real: n. a 23 de set.
de 1860, e casou com seu cunhado, dito José Nicolau da
Rosa;-s. g.
13 Alexandre Pamplona Machado Côrte Real : n. a 22 de jan. de
1863, e casou com D. Deopoldina Canivari Pinto, de quem teve:
14 D. Estella.

13 Francisco de Paula Pamplona Machado Côrte Real: n. a 22 de


set. de 1865, e casou com D. Angusta Pires Toste; - s. g.
13 D. Maria Henriqueta Pamplona Machado Côrte Real: n. a 28
de dez. de 1868; - solteira.

13 D. Amelia Pamplona Machado Côrte Real: n. a 12 de abril


de 1871, e casou com Julio A. dos Reis, 3. 0 official do circulo
aduaneiro da Africa Oriental, onde fal. em 1906. Tiveram:

14 João.
14 D. Amelia.
13 D. Laura Pamplona Machado Côrte Real: n. a 24 de dez.
de 1874; - solteira.
13 D. Adelaide Pamplona Machado Côrte Real: n. a 19 de set.
de 1876, e casou com Antonio Dart do Couto, de quem teve:
14 D. Maria da Conceição.
13 João Baptista Pamplona Machado Côrte Real: n. a 11 de jan.
de 1878, e casou a 6 de abril de 1907 com D. Guiomar Silvano
Parreira. - Vid. Tit. dos Silvanos, § un., n. 0 3.

13 Alfredo Pamplona Machado Côrta Real, - nasceu a 23 de novembro


de 1855, e casou com D. Adelaide Sophia Pimentel, de quem
tem só uma filha:

14 O. Olinda Pamplona Côrte Real, -que nasceu a 14 de março


de 1881, e casou com Amadeu d'Almeida Monjardino. - Vid.
Tit. dos Monjardinos, § un., n.º 3.

§ 5.º

9 Raymundo Martins Pamplona Côrte Real (§ 2.º, n.º 9), -·- cav. e esc. fid.
da Casa Real, e instituidor de um grande vinculo na ilha
Graciosa, para onde foi, de Angra (terra tia sua naturalidade),
252

com a idade de 20 annos. Era conhecido naquella ilha pelo -


morgado fidalgo, e alli lhe nasceram os seguintes filhos,
havidos em D. Anna Joaquina do Coração de Jesus:

10 Raymundo Martins Pamplona Côrte Real, que segue.


10 Manoel lgnacio Martins Pamplona Côrte Real: n. em 18IO.
IO André Diogo Martins Pamplona Côrte Real: n. em 1814, e fal.
solteiro.
IO D. Rosa lzabel Martins Pamplona Côrte Real: n. em 1819, e
casou com o morgado Manoel dos Santos Bettencourt, de quem
teve:
11 D. Maria dos Santos Bettencourt: n. na villa de
Santa Cruz, da Graciosa, e casou com João José
Medina, de quem teve :
12 D. Maria Leonor, mulher de Elyseu
de Sousa Bettencourt ; - c. g.

11 D. Rosa Elvira dos Santos: n. na freg. da Luz, da


dita ilha ; - s. g.
11 Manoel dos Santos Bettencourt; n. na dita villa
de Santa Cruz, e casou no Rio de Janeiro ;-c. g.
11 D. lzabel Maria dos Santos Bettencourt: n. tam-
bem na villa de Santa Cruz, e reside em Angra
no estado de solteira.
11 André Diogo Martins dos Santos : nat. da mesma
villa de Santa Cruz, e fallecido em Angra quando
estudante.
11 D. Maria Rita dos Santos Bettencourt : n. na dita
freg. da Luz, e casou em Angra com João Augusto
Silvano. - Vid. Tit. dos Silvcnos, § un , n. 0 2.

10 Raymundo Martins Pamploni Côrte Real, - fid. cav. da Casa Real,


commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de
Villa Viçosa, sr. e herd. da casa e vínculos de seu pae. N. em
1806, e casou duas vezes, a primeira a 2 de set. de 1827, na
Egreja matriz de Santa Cruz da Graciosa, com D. Anna .Julia
de Menezes de Lemos e Carvalho, e a segunda, na ilha
Terceira, com D. Maria Benedicta de Menezes de Lemos e
Carvalho. - Vid. Tit. dos Menezes, § 2. 0 , n. 0 16.
Do primeiro matrimonio teve:

11 Raymundo Martins Pamplona Côrte Real, que segue.


11 D. Maria de Menezes Pamplona Côrte Real, baroneza de
Guadelupe pelo seu casamento com João lgnacio de Simas e
Cunha. - Vid. Tit. dos Silveiras de Bettencourt, § un., n. 0 3.

Do segundo matrimonio houve:

11 D. Anna Raymundo Martins Pamplona Côrte Real, condessa de


253

Sieuve de Menezes pelo seu casamento com José Maria Sieuve


de Menezes. - Vid. Tit. dos Sieuves, § 2. 0 , n. 0 5.
N. na ilha Terceira, e succedeu no palacio de S. Pedro e em
toda a mais casa de sua mãe.

11 Raymundo Martins Pamplona Côrte Real, - residiu ora na ilha Terceira


ora na Graciosa, e casou a 20 de maio de 1857 com D. Anna
Elvira de Ornellas Bruges Paim da Camara. - Vid. Tit. dos
Pains, § 3. 0 , n. 0 12.
Tiveram:

12 Raymundo, que fal. criança.


12 Theotonio Martins Pamplona Côrte' Real, que segue.
12 Antonio Pamplona Côrtc Real, cav. de S. Bento d'Aviz, conde-
corado com a medalha militar de prata da classe de comporta-
mento exemplar e tenente-coronel da arma de infanteria, em
cujo posto foi reformado, por equiparação, em 1909. N. a 31 de
agosto de 1861, e casou com D. Emilia de Magalhães, de
quem teve:

13 Antonio.
13 D. Maria Emilia.

12 D. Maria do Carmo Martins Pamplona Côrte Real, casada com


Jorge Pereira Forjaz de Lacerda. - Vid. Tit. dos Pereiras,
§ 3. 0 , n. 0 14.

12 Theotonio Martins Pamplona Côrte Real, - 2.º aspirante da alfandega


de Angra do Heroismo, e casado com D. Francisca de Noro-
nha Ferraz, da qual não existe sucessão.

§ 6.º

3 Catharlna Pamplena (§ 3.", n. 0 3), - casou com Belchior Fernandes


Rodovalho, de quem teve a filha que segue.

3 Catharina Pamploaa. - casou com Gaspar Vieira Machado; con-


sorcio este de que nasceu :

5 Mathlas Pamplona, -- casado com Leonor do Espirita Santo.


D'estes procede:

6 Antonia Moniz Merens Pamplona, - que casou com Matheus de


Figueiredo.
254

Foi seu filho:


7 Mathias Pamplona Merens, - casado com D. Josepha Maria de
Mello; consorcio este de que resultou:

8 Antonio Xavier Pamplona, - alferes, e escrivão dos residuos e capei-


Ias do convento de S. Francisco, de Angra, cargo que exercia
em 1764. N. na freguezia matriz do Salvador da Horta
(Fayal), e casou com D. Catharina Felicio, natural de S. Mi-
guel das Lages, da ilha Terceira.
Tiveram:
9 Antonio Bernardo Pamplona Rodovalho, que segue.
9 Placido José Pamplona: n. cm Angra, onde vivia em 1771.
9 Luciano Pamplona : bapt a 24 de dez. de 1731, na freg. de
S. Bento, de Angra.

9 Antonio Bernardo Pamplona Rodovalho, - tenente do fórte do Bom


Jesus, de Angra, onde casou, na Sé Cathedral, a 6 de julho
de 1750, com D. Anna Francisca Rosa.
Tiveram:

10 Antonio Pamplona, que vivia em Angra em 1792.


10 Manoel Ignacio Pamplona : n. em Angra, onde vivia em 1798.
10 Jeronymo José Pamplona, alferes. N. na dita cidade, e casou
a 10 de julho de 1777, na Sé Cathedral, com D. Maria Albina
de Lima.

São suas ARMAS: - em campo ver-


melho seis f axas de oiro; timbre, um
leão de oiro nascente f axado de duas
f axas vermelhas, e armado tambem
de ve, melho.
Este brasão tem sido renovado em
diversos membros d'esta familia e no-
meadamente nos seguintes:

Antonio Bernardo Pamplona Rodo-


valho, § 6. 0 , n. 0 9, por carta regia de 7
de fev. de 1770, reg. no Cart. da Nobr.,
L. 1, fls. 118
255

Placido José Pamplona, cit. § e n. 0 ,


por carta regia de 20 de junho de 1771,
reg. no cit. Cart., L. 1, fls. 153.

Antonio Pamplona, § 6. 0 , n. 10, por


carta regia de 2 de agosto de 1772, reg.
no cit. Cart., L. v1, fls. 249.

Manoel lgnacio Pamplona, cit. § e


n. 0 , por carta regia de 10 de out. de
1798, reg. no cit. Cart., L. vr, fls. 48 v.

Jeronymo José Pamplona, cit. § e


n. 0 , por carta regia de 22 de junho de
1802, reg. no cit. Cart., L. v1, fls. 209 v.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte 1, cap. I, n. 05 III, IV Vil, VIJJ, XXVIJJ, XXXVII,
XLV, XLVI, LI, LIX, LXIII, LXVI, LXXII, LXXXVI,
xcnr, XCVI, XCVII e XCVIll da
Bib Iiografia.
TITULC) LXXII

PARREIRAS

segunda metade do seculo xvm existia na ilha Terceira, na


N A
freguezia da Ribeirinha, Aatonio SonçalYBS Parreira, que não per-
tencia a uma família de linhagem, mas cujos descendentes
se teem nobilitado, quer nos combates travados na mesma ilha em
defeza da Liberdade, quer no parlamento, quer ainda no desempenho
das importantes cargos que lhes teem sido confiados.

1 ·Antonlo 8onçalves Parreira, - foi casado com D. Antonia Jacintha


Parreira, de quem teve:

2 D. Justina Laureana Parreira, que fal. solteira.


2 José Gonçalves Parreira, que segue.
2 O. Aldina Angelica Parreira, casada com Antonio Machado
Ennes; - s. g.
2 Antonio Gonçalves Parreira, de que me occupo no§ 2. 0 •
2 O. Verissima Joaquina Parreira, casada com Matheus Nunes
Coelho, de quem teve:

3 D. Maria Escholastica, que seguiu a vida religiosa,


e fal. em 1875 com 90 annos de idade.
3 José Narciso Parreira.
3 D. Verissima Placida Parreira, casada com Antonio
Martins Coelho, de quem teve:
17
258

4 Luiz Antonio Parreira, que n. a 13


de out. de 1816, e fal. a 9 de março
de 1884, tendo casado a 13 de
abril de 1845 com D. Maria Magna
Coelho. D'este consorcio nasceu:
5 Luiz Antonio Parreira,
que fal. a 15 de julho
de 1884, solteiro.
4 D. Maria Escholastica Parreira: n. a
19 de jan. de 1818, e reside actual-
mente em Lisboa.
4 José Maria Parreira Coelho, que fal.
a 26 de dez. de 1879, solteiro, dei-
xando, porém, dois filhos naturaes:
5 D. Rita Parreira: n. em
1875, e casou com
Verissimo José de
Andrade, capitão de
infanteria; - s. g.
5 José Narciso Parreira
Coelho: n. em 1879,
e casou com D. Ma-
rianna Dart de Castro.
- Vid. Tit. dos Doris,
§ un., n. 0 3.
5 D. Escholastica Parreira, casada com lgnacio
Toste, de quem teve:
4 Ignacio Toste Parreira, que casou
com D. F ...... (?); consorcio este de
que resultaram:
5 Francisco Vaz Toste;
-cas., e. g.
5 lgnacio Toste; - cas.,
e. g.
5 Luiz Antonio Toste
Parreira; - cas., e. g.
5 José Maria Toste Par-
reira ; - cas., e. g.
2 D. Escholastica Guilhermina Parreira, de que me occupo no§ 3. 0

2 José &onçal,es Parreira, - foi vereador da camara municipal de


Angra, e sr. da Casa da Carreirinha, em S. Bento, da dita
cidade. Casou a 15 de setembro de 1821, na Egreja da
Conceição, da mesma cidade, com D. Francisca Candida de
Menezes, que nasceu a 31 de dezembro de 1795, e falleceu
a 13 de setembro de 1878: era filha de Tomaz Borges de
· Menezes e de sua mulher D. Maria Victorina de Andrade.
259

Tiveram:
3 D. Maria Clara de Menezes Parreira: n. a 17 de junho de 1822,
em Angra, e ahi fal. a 14 de abril de 1883, tendo casado com
Estulano lgnacio Parreira. - Vid § 3. 0 , n. 0 3.
3 José de Menezes Parreira, que segue.

3 José de Menezes Parreira, - bacharel formado em direito pela


Universidade de Coimbra (1847) e deputado ás côrtes da
nação pelo circulo de Angra do Heroismo. Nasceu a 27 de
novembro de 1824, em Angra, e falleceu a 3 d~ Outubro de
1857, em Lisboa, tendo casado em Coimbra, a 20 de outubro
de 1847, com D. M:uia Augusta Manique, que nasceu n'esta
mesma cidade a 23 de novembro de 1830.
Tiveram o filho que segue:

4 João de Menezes Parreira, - bacharel formado em philosophia pela


Universidade de Coimbra (1872), deputado ás côrtes da nação
pelo circulo de Angra do Heroismo (eleito em 1887 e 1889),
e sub-director da Penitenciaria Central de Coimbra, por dec.
de 13 de janeiro de 1890, cargo em que foi aposentado por
dec. de 7 de dezembro de 1905. Nasceu em Coimbra a 2 de
agosto de 1848, e casou com D. Maria Augusta Dias, que
nasceu a 6 de outubro de 1842, e falleceu a 27 de outubro
de 1902.
Tiveram:
5 João Dias de Menezes Parreira, que segue.
5 D. Adelaide de Menezes Parreira: n. a 4 de out. de 1871, em
Coimbra, casou com Francisco José Fernandes Costa, bacha-
rel formado em direito pela Universidade de Coimbra (1895 ),
advogado e professor do Lyceu d'esta cidade, o qual n. a 19
de abril de 1867. Do seu consorcio resultaram os seguintes
filhos, todos nascidos em Coimbra:
6 Francisco José Fernandes Costa: n. a 4 de maio
de 1890.
6 João de Menezes Fernandes Costa: n. a 7 de
julho de 1891, fal. a 23 de março de 1909.
6 Manoel Fernandes Costa : n. a 20 de junho
de 1893.
6 D. Leopoldina Fernandes Costa : n. a 20 de julho
de 1895
6 D. Maria: n. a 26 de out. de 1900, e fal. a 11 de
março de 1902.
6 D. Adelaide Fernandes Costa: n. a 11 de
set. 1904.
5 D. Mari:a n. a 10 de jan. de 1874, e fal. a 29 de nov. de 1880.
5 José Dias de Menezes Parreira: n. a 2 de agosto de 1876, em
Coimbra, e ahi fal. a 2 de abril de 1905.
260

5 Pedro Dias de Menezes Parteira, bacharel formado em direito


pela Universidade de Coimbra (1904) e actual sub-director da
Penitenciaria Central da dita cidade, por dec. de 7 de dez. de
1905. N. na mesma cidade a 14 de maio de 1881, e casou
com D. Maria do Carmo da Cunha Castello Branco, de
Manteigas.
5 D. Maria Izabel: n. a 15 de jan. de 1886, e fal. a 24 do mesmo
mez e anno.

5 João Dias de Menezes Parreira, - nasceu a 20 de outubro de 1869,


em Coimbra, e casou a 2 de setembro de 1889 com O. Sara
Ermelinda Leite Ribeiro, que nasceu a 24 de janeiro de 1871,
e de quem teve os seguintes filhos, que todos nasceram na
dita cidade:

6 D. Maria Clara: n. a 28 de junho de 1890, e fal. a 15 de maio


de 1893.
6 Henrique de Menezes Parreira: n, a 2 de junho de 1891.
6 Alberto de Menezes Parreira: n. a 6 de dez. de 1892.
6 D. Maria Izabel de Menezes Parreira: n. a 5 de junho de 1894.
6 João de Menezes Parreira: n. a 23 de jan. de 1896.
ti Antonio: n. a 10 de nov. de 1900, e fal. a 25 de março de 1902.
9 Antonio de Menezes Parreira: n. d 2 de abril de 1906.

2 Antonio Gonçalves Parreira (§ 1.0 , n.º 2), - casou com D. Catharina


Toste, de quem teve:

3 José Narciso Parreira, que n. a 26 de out. de 1800, e fal. a 19


de out. de 1877.
3 Antonio Gonçalves Parreira, que segue.

3 Antonio Gonçalves Parreira, - casou com o. Maria Custodia, de


quem teve:

4 Antonio Gonçalves Parreira, que fal. solteiro.


4 D. Maria Escholastica Parreira, que segue.
4 José Maria Parreira, casado com D. Maria José de Menezes
Toste: -s. g.
4 D. Francisca Candida Parreira, casada com Antonio de Menezes
Fagundes, de quem teve:
5 Antonio Í
5 D. Francisca I faleceram crianças.
5 José Narciso Parreira de Menezes Fagundes,
antigo presidente da camara municipal, adminis-
trador do concelho e comissario da policia civil
de Angra. N. a 19 de nov. de 1859, e casou a 13
261

de julho de 1879, na Egreja da Conceição, da dita


cidade, com D. Amelia Pamplona Ramos. - Vid,
Tit. dos Ramos, § un., n. 0 3. Teem uma só filha
chamada:

6 D. Francisca Amelia Ramos Parreira


de Menezes Fagundes, a qual n. a
10 de agosto de 1880, na dita cidade.
e casou com João Pereira Forjaz
Sarmento de Lacerda. - Vid. Tit.
dos Pereiras, § 3. 0 , n. 0 14.
5 Francisco, que fal. criança.

4 D, Maria Escholastica Parreira, - casou com Francisco de Menezes


Fagundes, de quem teve:
5 ·o. Francisca Amelia Parreira Fagundes, casada duas vezes, a
primeira com Joaquim Ferreira, e a segunda com F ......
Vaz;- c. g. de ambos os matrimonios.
5 Francisco de Menezes Parreira Fagundes, que segue.
5 D. Maria Parreira Fagundes ; - cas., c. g.

5 Francisco de Menezes Parreira Fagundes, - casou com D. Maria Pas-


tora, de quem ignoro se existe geração.

§ 3.º

2 o. Escholastica Guilhermina Parreira (§ 1. 0 , n.º 2), -


casou com seu
primo Matheus Francisco Parreira, escrivão do geral em Angra.
D'este consorcio resultou:

3 Estulano lgnacio Parreira, - que prestou na ilha Terceira relevantes


serviços á Causa da Liberdade, adherindo corajosamente á re-
volução de 22 de junho de 1828 e combatendo com não
menos coragem na memoravel acção da villa da Praia, em
11 de agosto de 1829. Foi capitão de voluntarias, e exerceu
na dita ilha varios cargos publicas e nomeadamente o de
membro do conselho de districto de Angra do Heroismo e o
de governador civil, interino, do mesmo districto. Fundou na
dita ilha, na freguezia de S. Bento,· a Casa da Bôavista. Nasceu
a 10 de junho de 1808, na Terceira, e falleceu a 2 de dezem-
bro de 1877, em Lisboa, tendo casado com D. Maria Clara de
Menezes Parreira. - Vid. § 1.0 , n. 0 3.
Tiveram:
4 Pedro, que n. a 2 de nov. de 1839, e fal. criança.
4 Pedro de Menezes Parreira, que segue.
262

4 José de Menezes Parreira, drsempenhou o cargo de membro


da junta geral do districto de Angra do Heroismo, e succedeu
a seu pae na Casa e Quinta da Bôavista. N. em Angra a 15 de
abril de 1847, e c11sou com D. Rosa de Menezes da Fonseca
Coelho. - Vid. Tlt. dos Carvões, §, un., n. 0 8. D'este con-
sorcio resultaram :
5 D. Maria Clara de Menezes Parreira, que n. a 28
de julho de 1886, em Angra, e casou com Diogo
Paim de Ornellas Bruges. - Vid. Tit. dos Pains,
§ 4. 0 , n,0 13.
5 Estulano Jgnacio de Menezes Parreira : n. a 30
de agosto de 1887, em Angra.
5 D. Maria Antonia de Menezes Parreira : n. a 29
de jan. de 1890, e fal. a 16 de set. ?e 1899.

4 Pedro de Menezes Parreira, - tem exercido varias cargos publicas


em Angra do Heroismo, e nomeadamente o de vereador da
camara municipal, membro da junta geral do districto e go-
vernador civil, substituto, do mesmo districto, cargo este que
desempenhou desde 30 de junho a 26 de julho de 1889 e
desde 13 de março a 27 de maio de 1898. E' o actual senhor
e possuidor da Casa da Carreirinha a que me referi no § 1. 0 •
Nasceu a 14 de setembro de 1840, em Angra, e casou com
D. Maria Amelia Fournier.-Vid. Tit. dos Fourniers, § 1.0 , n. 0 3.
Do seu consorcio resultou sómente uma filha :

5 O. Maria Clara de Menezes Parreira, - que nasceu a 17 de junho


de 1873, na freguezia de S. Pedro, de Angra (Casa do Caminho
do Meio), e casou com João Pereira Forjaz Dart de Larcerda.
- Vid Tit. dos Pereiras, § 3. 0 , n.0 14.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. J, n. 05 VII, LI e LXII[ da
Bibliographia.
TITULO LXXIII

PEREIR_AS

João Garcia Pereira, que passou aos Açôres (ilha do


D 1DsmrnoEM de
Fayal) no seculo xv, depois de ter estado em Tanger onde
prestou relevantes serviços a el-rei. Era filho de Garcia
Alves Pereira e de sua mulher D. Ignez de Magalhães da Silva, e,
pelo lado paterno, 1. 0 neto de Gonçalo Pereira de Riba de Vizella
e de sua mulher D. Filippa Henriques d' Albergaria, e 2.º neto
de Fernão Pereira, senhor da nobilissima Casa da Feira, e de
sua 2.ª mulher D. Maria de Berrêdo.
Do Fayal passou esta familia a outras ilhas do dito archipelago
e nomeadamente à Terceira, onde teve o seu solar, brazonado, na
praça da Restauração, da cidade de Angra, na casa que hoje
pertence a José Joaquim d'Oliveira Braz.

§ 1,0

1 João Garcia Pereira, - casou com D. Izabel Pereira Sarmento,


filha de D. Gonçalo Pereira Roxo e de sua mulher D. Maria
Sarmento, da geração e linhagem dos Sarmentos, senhores
de Vigo.
Tiveram:
2 Gaspar Garcia Pereira Sarmento, que segue.
2 Sebastião Pereira Sarmento, que casou com F _________ d'Utra.
2 João Garcia Sarmento, de que me ocupo no § 2. 0 •
264

2 Gaspar Garcia Pereira Sarmento, - viveu na ilha do Fayal, onde fez


testamento que foi approvado a 11 de julho de 1569. Casou
com Beatriz Gonçalves Madruga, filha de André Gonçalves
Madruga e de sua mulher Izabel Dias Rodovalho, natural da
ilha Terceira.
Tiveram:
3 Alvaro Pereira Sarmento, que segue.
3 Henrique Pereira Sarmento, capitão na ilha Terceira.
3 Gonçalo Pereira Sarmento, assassinado no Fayal por Antonio
Guedes de Sousa, por ser partidario de D. Filippe II. Foi casado
com D. Maria de Medeiros, de quem teve :
4 Diogo Pereira de Lacerda, capitão-mór da ilha do
Fay11l e governador da ilha do Pico. Casou na
Egreja da Conceição, de Angra, a 6 de maio de
1613, com D. Catharina Madruga Vieira, de quem
teve:
5 D. Umbelina Pereira de Lacerda, ca-
sada com Alvaro Pereira de Lacerda.
- Vid. adiante, n. 0 5.
5 D. Ursula Pereira de Lacerda, mu-
lher de João Pacheco de Vascon-
cellos. - Vid. Tit. dos Pachecos,
§ 2. 0 n. 0 6.

3 A madre Izabel de Christo, que em 1561 era abadessa do con-


vento da Esperança, de Angra.

3 Almo Pereira Sarmento, - residiu primeiramente no Fayal, onde


justificou a sua nobreza, na cidade da Horta (então villa), em
setembro de 1542, e depois na ilha Terceira: onde foi capitão
e mamposteiro-mór da redempção dos captivos.
Instituiu um importante vinculo, e foi casado com D. Anna
de Bellas da Silva, filha de Affonso Vaz de Freitas, commen-
dador da ordem de Christo, e de sua mulher D. Beatriz Gomes
de Teive.
Tiveram o filho que segue.

4 Luiz Pereira de Lacerda, - herdou a casa de seu pae e foi residente


na ilha Terceira, onde casou com D. Margarida de Bettencourt
de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos Beffencourts, § 1.0 , n. 0 3.
D'este consorcio resultaram os seguintes filhos:
5 Alvaro Pereira de Lacerda, que segue.
5 Nuno Alvares Pereira Sarmento de Lacerda, formado em
canones. Vivia em Angra em 1628, e fal. solteiro.
5 João de Bettencourt de Vasconcellos, formado tambem em
canones, conego da Sé de Angra e deão da do Funchal.
2ô5

5 Jacintho Pereira Sarmento de Lacerda, conego da Sé de Angra,


onde justificou a sua nobreza, em 1634.
5 D. Anna da Madre de Deus / religiosas no dito convento da
5 D. Maria dos Seraphins í Esperança.

5 Almo Pereira de Lacerda, - herdou a casa de seus paes e foi tam-


bem residente na ilha Terceira, onde prestou relevantes servi-
ços a el-rei D. João rv por occasião da sua Acclamação. Casou
com D. Umbelina Pereira de Lacerda. Vid. acima, n. 0 5.
Tiveram:

6 Diogo Pereira de Lacerda, que segue.


6 Vital Pereira de Lacerda, vigario na ilha de S. Jorge e benefi-
ciado na Egrcja da Conceição, de Angra.
6 Francisco Pereira de Lacerda, religioso da Companhia de Jesus,
dotado de grande virtude. N. em Angra, e fal. em Coimbra a
20 de agosto de 1656.
6 DD. Dcaºtrhoth_êna do Espírito Santo ~ religiosas no dito convento
6 . an a • d E
6 D. Maria de S. Boaventura , ª sperança,
6 D. Anna Pereira Sarmento de Lacerda, casada com Matheus
Pacheco de Mello. - Vid. Tit. dos Pachecos,. § 3. 0 , n. 0 8.

6 Dio10 Pereira de Lacerda, - capitão das Ordenanças de Angra, sr.


e herd. da casa e morgado de seus ascendentes. Foi baptisado
na Egreja da Conceição, da dita cidade, a 3 de abril de 1632,
e casado na Ermida de Nossa Senhora da Natividade, da mesma
cidade, a 31 de agosto de 1653, com D. Maria de Bettencourt.
- Vid. Tit. dos Bettencourfs, § 2. 0 , n. 0 5.
Tiveram:

7 João Pereira de Lacerda, que segue.


7 Alvaro Pereira de Lacerda, eremita de Santo Agostinho.
7 Matheus Pereira de Lacerda, beneficiado na Collegial da Con-
ceição, de Angra. Deixando o beneficiado, que foi in minori-
bus, casou a 15 de out. de 1708, na dita Collegial, com
D. Joanna de Lemos de Faria, de quem teve:

8 D. Francisca Pereira de Lacerda, que casou na


dita Egreja da Conceição a 1 de jan. de 1731 com
Manoel Francisco Nolete, de quem foi 2.• mulh~r.
8 F ......... (?) Pereira de Lacerda, que foi para o
Brazil.

7
7
7
7
D. Umbelina
D. Maria do Lado
D. Catharina de Santo Antonio
l
Gonçalo Pereira de Lacerda, religioso franciscano.
religiosas no dito convento
da Esperança.
7 D. Luiza do Espirito Santo
266

7 João Pereira da Lacerda, -


capitão das Ordenanças de Angra, sr. e
herd. da casa de seus maiores. Casou a 11 de julho de 1691,
no Oratorio da casa de Jacome Leite de Vasconcellos, com
D. Izabel Felicia Leite de Mello.-Vid. Tit. dos Leites,§ 1. 0 , n. 0 5·
Tiveram:

8 Diogo Alvaro Pereira de Lacerda, que segue.


8 Jacome Vital Pereira de Lacerda.
8 Antonio José Leite Pereira, clerigo.
8 Pedro de Lacerda, eremita de Santo Agostinho.
8 Francisco da Ressurreição, religioso franciscano.
8 Lulz Caetano Pereira de Lacerda, religioso da Companhia de
Jesus.
8 D. Maria Luiza Izabel Pereira de Lacerda, casada com Frnnrisco
Manoel do Canto de Mello.-Vid. Tit. dos Cantos, § 9. 0 , n." 7.
8 D. Felicia Izabel, religiosa no dito convento da Esperança.
8 D. Francisca, que fal. criança.

8 Diogo Almo Pereira de Lacerda,-capitão das Ordenanças de Angra.


foi baptisado na Conceição, de Angra, a 27 de abril de 1694,
e casado, em S. Matheus da Calheta, a 26 de julho de 1713,
com D. Francisca Ursula Pacheco de Lacerda. - Vid. Tit. dos
Pachecos, § 2. 0 , n. 0 8.
Tiveram:
9 João Pereira Sarmento de Lacerda, que segue.
9 Francisco Pereira Pacheco de Lacerda.
9 Jacome de Lacerda, clerigo.
9 José Bento Pereira de Lacerda, frade graciano.
9 Antonio, que fal. criança.
9 Alvaro Jacintho Pereira de Lacerda.
9 Agostinho Pereira de Lacerda, casado com D. Frnncisca Ursula
9 de Menezes Borges Côrte Real. - Vid. Tit. dos Borges,
§ 1.0 , n. 0 9.
D'este consorcio resultaram os seguintes filhos :
10 Francisco Pereira de Lacerda, fld. cav. da Casa
Real, por alv. de 7 de fev. de 1803 (L. IV da
matr., fls. 10).
10 D. Genoveva Jacintha de Lacerda Borges: n. na
freg. da Sé, de Angra, e casou com José Leite
Botelho de Teive. -Vid. Tit. dos Leites,§ 1.0 , n. 0 7.
10 O. Francisca Ursula Pereira de Lacerda, casada,
na Sé de Angra, a 13 de junho de 1767, com José
Francisco Berquó Borges da Camara, de quem
teve:
11 José Francisco da Camara Berquó,
capitão, o qual casou com D. Maria
Thomazia de Montojos. - Vid. dos
Bruns, § l.º, n. 0 10. D'este consor-
cio nasceram :
267

12 D. Jeronyma Ludovi-
na : n. a 11 de jan.
de 1793.
12 D. Rita Berquó: n. a
20 de julho de 1794,
e casou com Antonio
Miguel da Silva Rami-
nha, da ilha de S.Jorge;
-c. g,
12 Thomaz Francisco: n.
a 6 de agosto de 1796,
12 José Francisco da Ca-
mara Berquó, casado
com D. Joaquina Emí-
lia da Terra Brum. -
Vid. Tit. dos Bruns-
§ 9. 0 , n. 0 11.
12 João Manoel da Ca-
mara Berquó: n. a 25
de nov. de 1803, e ca-
sado na ilha de S. Mi-
guel ;-c. g.
10 D. Ursula Delfina Pereira de Lacerda, casada na
Sé de Angra, a 22 de out. de 1769, com Antonio
Telles de Utra.

9 Luiz Caetano Pereira de Lacerda.


9 D. Rosa Izabel Pereira de Lacerda, casada com Manoel Caetano
Martins Pamplona Côrte Real, - Vid. Tit. dos Pomplonas,
§ 2. 0 , n. 0 8.
9 D. Luiza Clara Pereira de Lacerda, mulher de Matheus João de
Bettencourt de Vasconcellos Correia e Avila. -- Vid. Tit. dos
Betlencourts, § 2, 0 , n. 0 7.
9 D. Ignacia Pereira de Lacerda.
9 D, Maria Pereira de Lacerda.

9 João Pereira Sarmento da Lacerda, - fid. cav. da Casa Real, sargento-


-mór das Ordenanças de Angra, por carta patente d'el-rei
D. José, datada de 22 de março de 1759, sr. e herd. da casa
de seus antepassados. N. a 30 de abril e foi baptisado a 13 de
maio de 1714, na Conceição, de Angra. Casou a 21 de de-
zembro de 1735, na Sé da dita cidade, com D. Antonia Luiza
' de Bettencourt· - Vid. Tit. dos Bettencourts, § 2. 0 , n. 0 7.
Tiveram:

10 Diogo Alvaro Pereira Sarmento de Lacerda, que segue.


10 D. Rita Pereira Sarmento de Lacerda, que n. em 1739.

10 Diogo Almo Pereira sarmento de Lacerda, -fid. cav. da Casa Real, por
alv. de 5 de setembro de 1757 (L. xr1 das mercês d'el-rei
D. José, fls. 98) sr. e herd. da casa de seus ascendentes. Nasceu
268

a 9 de agosto de 1739 e foi baptisado a 25 do mesmo mez e


anno, na Conceição, de Angra. Casou a 16 de dezembro de
1770, no Oratorio da casa de Diogo Antonio Leite Botelho de
Teive (freguezia da Sé, da dita cidade) com D. Joaquina Nar-
cisa Leite de Noronha e Canto.--Vid. Tit. dos Leites,§ 1.0 , n.º 7.
Tiveram:
11 Alvaro Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda, que fal. sem
geração.
11 João Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda, que segue.
11 Nuno Alvares Pereira Forjaz de Lacerda, fid. cav. da Casa Real,
por alv. de 13 de agosto de 1818 (L. XLV, fls. 76).
11 Francisco Pereira.
11 Luiz Diogo Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, tenente-coro-
nel dt infanteria n. 0 3. Fez a campanha peninsular e veio a
fallecer a 10 de dez. de 1813, gloriosamente, no cêrco de Bayona.
Foi casado com D. Francisca Candida Moniz Barreto Côrte
Real. - Vid. Tit. dos Monizes, § 1. 0 , n. 0 11; - s. g.
11 José de Paula Forjaz de Lacerda, fid. cav. da Casa Real, por
alv. de 13 de agosto de 1818 (L. XLV, fls. 76 v.).
11 D. Anna Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, casada com João
Baptista de Bettencourt de Vasconcellos Correia e Avilla. -
Vid. Tit. dos Bettencourts, § 2. 0 , n.o 9.
11 D. Maria Umbelina Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, que
fal. a 31 de maio de 1833, tendo casado com João do Canto de
Castro Pacheco de Vasconcellos e Silveira. - Vid. Tit. dos
Cantos, § 3. 0 , n. 0 9.

11 Jeãe Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda, -


fid. cav. da Casa Real, por
alv. de 27 de junho de 1818 (L. XLV, fls. 76 v.), cav. da ordem
da Conceição, por dec. de 29 de setembro de 1823, commen-
dador da ordem de Christo e capitão-mór das Ordenanças de
Angra, sr. e herd. da casa de seus maiores. Nasceu a 19 de
setembro e foi baptisado a 12 de outubro de 1771, na Con-
ceição, de Angra, e casou a 19 de setembro de 1798, na fre-
guezia da Sé, da mesma cidade, com D. Maria Clara Amancia
de Bettencourt de Vasconcellos e Lemos. -- Vid. Tit. dos
Bettencourts, § 1. 0 , n.º 10.
Tiveram os seguintes filhos, todos baptisados na Egreja
da Conceição, de Angra:
12 D. .Joaquina Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda: bapt. em 1802.
12 Diogo Alvaro Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda, que segue.
12 D. Umbelina Pereira de Lacerda: bapt. a 19 de abril de 1804.
12 Alvaro : bapt. em 1809. Fal. criança.
12 Alvaro Pereira de Lacerda: bapt. om 1812.
12 Vital Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda: bapt. em 1813, e
casado com D. F ... (?), de quem teve:
13 João Pereira Forjaz de Lacerda, casado duas vezes~
- c. g. do segundo matrimonio.
269

13 Antonio Pereira Forjaz de Lacerda, agronomo.


Fal. solteiro na ilha da Madeira.
13 D. Maria da Piedade, que fal. solteira,

12 Luiz Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, casado com D. Maria


'Gonçalves Bertão; - s. g.
12 João Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, de que me occupo
no§ 3. 0
12 Nuno Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda : bapt. em 1821.

12 Diogo Almo Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, - fid. cav. da Casa


Real, por alv. de 20 de outubro de 1820 (L. Lxr, fls. 115 v.),
sr. e herd. da casa vincular de seus maiores. Foi baptisado a
20 de março de 1803, e casado com D. Anna de Bellas, de
quem teve:
13 João Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, que segue.
13 D. Emilia Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, casada com
João Maria do Monte e Freitas, major de infanteria, reformado,
de quem teve :

14 Alvaro Forjaz do Monte e Freitas, medico-cintrgião


pela Escohl de Lisboa e tenente-medico do Ultra-
mar. N. a 1 de fev. de 1875.
14 João Forjaz do Monte e Freitas, 2. 0 aspirante da
alfandega de Lisboa. Casou com D. Maria das
Neves de Barcellos Coelho Borges. - Vid. Tit.
dos Coelho Borges, § un., n. 0 6.
Teem:

15 D. Emília.
15 Manoel.
14 D. Palmyra Forjaz do Monte e Freitas, casada em
Lisboa, a 15 de julho de 1905, com Joaquim
Antonio Rodrigues, proprietario em Gôa.
13 D. Maria Clara Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, casada
com Theotonio Simão Paim de Orne lias Bruges. - Vid. Tit. dos
Pains, § 4. 0 , n. 12.
13 D. Anna Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, mulher de Tho-
maz José da Silva, de quem teve:
14 D. Adelina Bellas Forjaz da Silva; - solteira.
14 D. Maria Forjaz da Si! va, casada com Antonio
Gil de Freitas. D'este consorcio resultaram:
15 D. Filomena.
15 D. Maria de Lourdes.
13 D. Maria das Dôres Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, que
casou duas vezes, a primeira com João de Menezes Toste
Parreira, e a segunda com seu cunhado João Maria do Monte e
Freitas, Do primeiro matrimonio teve :
14 D. Maria de La Salete, que fal. solteira.
270

13 D. Adelaide Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, casada com


Ernesto Ferreira de Campos. - Vid, Tid. dos Campos,§ 2. 0 ,
n.o 3.
13 D. Maria das Neves Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda,
mulher de Joaquim Maria Pamplona Coelho Borges. - Vid.
Tit. dos Coelho Borges, § un., n. 0 5.
13 D. Maria da Conceição Pereira Forjaz Sarmi,nto de Lacerda,
casada com João Sieuve Zagallo Nogueira. - Vid. Tit. dos
Zogallos, § un., n. 0 8.
13 Miguel Pereira forjaz Sarmento de Lacerda, casado com
D. Augusta Guiod, filha de Alfredo Guiod, fallecido em 1906,
na sua casa do Caminho de Cima (suburbios de Angra), e de
sua mulher D. Emilia de faria.

13 João Pereira Forjaz Sarmento da Lacerda, - é o actual representante


da familia dos Pereiras, da ilha Terceira. Reside actualmente
em Lisboa, no estado de solteiro.

§ 2.º

2 João Garcia Sarmento (§ l.°, n. 0 2), - vivia em 1542. Foi casado


. com lzabel Goulart da Silveira, de quem teve a filha que segue.

3 lzabel Soulart Pereira, - casada com Diogo Vaz, o Môço. D'este


consorcio nasceu a filha que segue.

4 Margarida da S11,elra Pereira, --- casou com Antonio Pereira Carauta,


capitão, filho de Gonçalo Velho de Medeiros e de Barbara
Dias Pereira.
Tiveram:
.
5 Gonçalo Pereira de Lacerda, que segue.
5 Diogo Pereira de Lacerda, que serviu na fronteira do Alemtejo,
na guerra da Restauração, e tambem na Bahia com o posto de
capitão de infanteria.

5 Gonçalo Pereira de Lacerda, - cav. prof. na ordem de Christo, em


recompensa dos serviços que prestou, quer na ilha do Fayal,
nas occasiões de rebate, quer no cerco do Castello de Angra,
quer nas guerras do Alemtejo, oude serviu com armas e ca-
vallos, á sua custa, quer ainda nas sortidas que em 10 de maio
e 11 de julho de 1643 se fizeram por Castella dentro, etc. etc.,
como tudo melhor consta da carta regia de 27 de abril de 1645,
pela qual lhe foi concedida aquella mercê.
Nasceu na ilha do Fayal, e casou na villa das Vélas, da
ilha de S. Jorge, com Izabel de Azevedo, filha de Jorge de
Oliveira Amarante e de sua mulher Iria Vieira de Azevedo.
271

Tiveram o filho que segue.

6 Antonio de Lacerda Pereira, - capitão. Nasceu na dita villa das


Vélas a 10 de junho de 1651, e casou com Paula de Sequeira,
de quem teve o filho que segue.

7 Antonio de Lacerda Pereira, - casou a 15 de outubro de 1714 com


Francisca de Bettencourt d' Avila, filha de Francisco de Betten-
court d'Avila e de sua mulher Maria Vieira Machado, e pelo lado
paterno, neta de Bartholomeu d' Avila de Bettencourt e de sua
mulher Maria de Quadros. - Vid. Tit. dos Avilas, § 1. 0 , n.º 6.
Tiveram o filho que segue.

8 José Francisco de Lacerda Pereira,-- alferes. Casou a 7 de março de


17 44 com D. Anna Margarida Machado, filha de Amaro Pe-
reira de Lemos Fagundes e de sua mulher D. Theodora
Maria Machado.
Tiveram:

9 Gonçalo Pereira de Lacerda ; - s. g,


9 Antonio de Lacerda ; - c. g.
9 D. Maria Custodia Forjaz de Lacerda, que segue.
9 D. Anna de Lacerda ; - c. g.

9 O. Maria Custodia Forjaz de Lacerda, - casou a 20 de junho de 1792


com José Francisco da Silveira, alferes, natural da ilha de
S. Jorge, e filho de Francisco José da Silveira e de sua mulher
D. Helena de Bettencourt, da ilha do Pico.
Tiveram:

10 José Francisco de Lacerda, que segue.


10 João Pereira de Lacerda, que casou duas vezes, a primeira, nas
Lages, com D. Francisca Soares Machado, e a segunda com
D. Maria José Whiton, de quem não houve geração. Do pri-
meiro matrimonio, porém, teve :

11 João Soares de Lacerda, bacharel formado em


direito.
11 Thomé Soares de Lacerda.
11 Francisco Soares de Lacerda.
11 D. Maria Soares de Lacerda.
11 D. Francisca Soares de Lacerda.
11 D. Ignacia Soares de Lacerda.

10 Antonio de Lacerda Pereira, casado com D. Izabel Bernarda


Moniz, de quem teve :
272

11 Antonio.
11 José.
11 João.
11 Thomé.
11 Joaquim.
11 Francisco.
11 Candido.
11 Joaquim.
11 Miguel.
11 D. Maria.
11 D. Rita.
11 D. Marianna.
10 D. Anna Forjaz Nunes de Lacerda : n. em Santa Barbara das
Ribeiras (ilha do Pico), e casou a 27 de out. de 1838 com Cae-
tano Ferreira Nunes de Mello, filho de Francisco Nunes da
Costa e Silveira e de sua mulher D. Victoria Marianna de
Mello. Tiveram.
11 Francisco Nunes de Lacerda e Mello : n. a 20 de
abril de 1840 na matriz das Lages, da dita ilha do
Pico, e casou com D. Jacintha Theolinda Machado
Soares. - Vid. Tit. dos Fagundes, § 6. 0 , n. 0 13.
11 D. Maria Nunes de Lacerda e Mello.
11 D. Thereza Nunes de Lacerda e Mello.
10 D. Barbara Carlota Forjaz de Lacerda, que fal. solteira.
10 D. Maria Utilia Forjaz de Lacerda, casada em 1826, com João
Caetano de Sousa, de quem teve :
11 D. F ......... de Sousa e Lacerda: n. a 26 de out.
de 1827, e fal. a 6 de set. 1844.
11 João Caetano de Sousa e Lacerda: n. a 14 de
agosto de 1829.
11 Thomé Oregorio de Sousa e Lacerda: n. em 1832.
11 Antonio de Sousa e Lacerda: n. em 1836.
11 José de Sousa e Lacerda : n. em 1839.
11 Francisco de Sousa e Lacerda : n. a 29 de nov.
de 1843

10 José Francisco de Lacerda, - casou na dita villa das Vélas com


D. Anna Utilia, de quem teve:
11 Antonio de Lacerda.
11 João de Lacerda.
11 Frnncisco de Lacerda.
11 Candido de Lacerda.
11 D. Maria de Lacerda.
11 D. Thereza de Lacerda.

§ 3.º

12 João Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda(§ 1. 0 , n.º 12),-fid. cav. da


Casa Real, por alv. de 20 de outubro de 1820 (L. LXI,
fls. 115 v.). falleceu a 11 de abril de 1867, tendo casado
273

duas vezes, a primeira com D. Maria José de Menezes Pacheco


de Mello. ---- Vld. Tit. dos Menezes, § 2. 0 , n. 0 16 - e a segunda
com D. Joaquina Amelia da Cunha Silveira de Bettencourt.
- Vid. Tit. dos Silveiras de Bettencourt, § un., n. 3.
Do primeiro matrimonio teve:

13 Candido Pacheco de Mello Forjaz de Lacerda, que segue.


13 D. Maria Ignacia Pacheco de_ Mello de Menezes Forjaz Sarmento
de Lacerda, condessa da Praia da Victoria pelo seu casamento
com Jacome de Ornellas Bruges Paim da Camara. - Vid. Tit.
dos Poins, § 3. 0 , n.o 12.
N. a 17 de junho de 1836.
13 João Pereira Forjaz Pacheco de Mello, inspector da alfandega
de Angra do Heroismo N. a 16 de abril de 1840.

Do segundo matrimonio nasceram :

13 Nuno Alvaro Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, que fal. em


dez. de 1877, tendo casado com D. Herminia Cabral, filha de
Francisco de Azevedo Cabral e de sua mulher D. Antonia
Baplista, e, pelo lado paterno, neta de Francisco de Azevedo
Cabral, naturnl da ilha de S. Jorge, e de sua mulher D. Anna
Maxima de Barcellos. Tiveram :

14 D. Maria das Mercês Cabral Pereira Forjaz de


Lacerda, casada com Gonçalo Pereira Pimenta de
Castro, capitão de infanteria, condecorado com a
medalha militar de prata, da classe de comporta-
mento exemplar. Exerce actualmente o cargo de
ajudante de campo do director geral da secretaria
da guerra. N. a 18 de out. de 1868.

13 Alvaro Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, 2.º official da


repartiçiio de fazenda do districto de Angra do Heroísmo. N. a
30 de junho de 1855, e casou a 14 de out. de 1877, na Egreja
de Belem, da Terra Chã, com D. Maria Luiza Borges do Canto.
- Vid. Til. dos Borges, § 1.0 , n. 0 13. Teem os seguintes filhos:

14 João Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, 1.o as-


pirante da dila repartição de fazenda. N. a 5 de
out. de 1878, na freg. de Santa Luzia, de Angra,
e casou a 29 de julho de 1903, na Egreja da Con-
ceição, da mesma cidade, com D. Francisca Amelia
Ramos Parreira de Menezes Fagundes.-Vid. Tit.
dos Porreiros, § 2. 0 , n. 0 6. Teem uma só filha
chamada:

15 D. Armanda, a qual n. a 29 de abril


de 1904.

14 D. Maria Clara Borges do Canto: n. a 19 de


agosto de 1880; - solteira.
18
274

14 D. Alvarina Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda:


n. a 3 de março de 1883, e casou a 22 de maio
de 1902, na dita Egreja de Belem, com Feliciano
Antonio da Silva Leal, tenente de infanteria n. 0 25,
o qual n. a 27 de junho de 1875, na ilha do Fayal,
Teem uma só filha por nome :

15 D. Maria Alice, a qual n. a 16 de


fev. de 1903.

13 D. Clara Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda, casada com Vital


de Lemos Bettencourt.-Vid. Tit. dos Bettencourls, § 1. 0 , n.O 13.

13 Candido Pacheco de Mello Forjaz de Lacerda - l.º barão e l.º visconde


de Nossa Senhora das Mercês (respectivos decretos de 22 de
junho de 1874 e 21 de agosto de 1879), fid. cav. da Casa
Real, por alv. de 8 de julho de 1867 (L. vm da matr., fls. 64 v.),
agente consular da ltalia na ilha Terceira, por carta do consul da
referida nação em Lisboa, de 20 de junho de 1867, confirmada
por el-rei de Portugal em 12 de agosto do mesmo anno, presi-
dente da camara municipal e governador civil do districto de
Angra do Heroísmo. Foi sr. e herd. da casa e vinculo do Pombal
e respectiva capella de Nossa Senhora das Mercês, bem como
da casa da rua de Jesus, da dita cidade de Angra, onde
residiu. Nasceu a 22 de junho de 1837, e falleceu a 4 de
setembro de 1900, em Angra, tendo casado em 1862, na dita
capella de Nossa Senhora das Mercês, com D. ,'\.faria de
Sampaio Dart. - Vid. Tit. dos Darts, § un., n.º 2. Foi cele-
brante n'este acto o bispo de Angra D. Fr. Estevão de
Jesus Maria.
Tiveram:

14 Candido de Menezes Pacheco de Mello Forjaz de Lacerda,


que segue.
14 João Pereira Forjaz Dart de Lacerda : n. a 1 de junho de 1864,
nn freg. da Sé, de Angra, e casou na parochial Egreja da Ribei-
rinha com D. Maria Clara de Menezes Parreira. - Vid. Tit dos
Porreiros, § 3. 0 , n. 0 5. D'este consorcio nasceram :

15 Pedro de Menezes Parreira Forjaz Dart de Lacerda,


que n. a 8 de julho de 1892, na freg. de S. Bento
da dita cidade.
15 D. Maria José das Mercês de Menezes Parreira
Forjaz Dart de Lacerda, que n. a 13 de dez. de
1898, na freg. da Conceição, da mesma cidade,

14 Jorge Pereira Forjaz de Lacerda, actual recebedor do concelho


de Angra do Heroísmo. N. a 13 de agosto de 1869, e casou
com D. Maria do Carmo Martins Pamplona Côrte Real. - Vi<i.
Tit. dos Pomplonos, § 5. 0 , n. 0 12. Teem os seguintes filhos:
275

15 D. Maria do Carmo: n. a 6 de julho de 1893.


15 D. Georgina: n. a 9 de agosto de 1894.
15 Candido: n. a 13 de agosto de 1901.
14 Alvaro Pereira de Sampaio e Mello Forjaz de Lacerda: n. a 2
de maio de 1877, em Angra, e casou com D. Guilhermina da
Silva Sampaio. - Vid. Tit. dos Sampaios (outros), § un., n. 0 4.
Teem ao presente dois filhos :
15 D. Maria: n. a 1 de out, de 1904.
15 Nuno: n. em 1907.
14 Diogo Pereira Forjaz Dart de Lacerda: n. a 27 de maio de
1783, em Angra ; - solteiro.

14 Candldo da Menezes Pacheco da Mello Forjaz da Lacerda, - tem direito á


2.ª vida do titulo de visconde de Nossa Senhora das Mercês,
tendo sido passado o respectivo alvará de lembrança em 5 de
fevereiro de 1880. E' bacharel formado em direito pela Uni-
versidade de Coimbra e agente consular da Italia em Angra do
Heroismo, onde tem exercido tambem, como substituto, os
cargos de governador civil e auditor administrativo. Nasceu a
5 de março de 1863, na casa do Pombal, de que é actual
senhor, sendo ba ptisado na respectiva capella de Nossa Senhora
das Mercês pelo mencionado bispo, D. Fr. Estevão de Jesus
Maria.
Casou na Capella Episcopal de Angra do Heroismo com
O. Carlota Augusta da Rocha de Bettencourt e Avila. - Vid.
Tit. dos Avilas, § 3.0 , n. 0 14 - lançando a benção nupcial o
bispo D. Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito.
Do seu consorcio resultaram os seguintes filhos:

15 Luiz Diogo: n. a 3 de Abril de 1895, e fal. a 12 de julho de 1900.


15 José: n. a 26 de abril de 1896.
15 Luiz Diogo: n. a 27 de jan. de 1901.
15 D. Maria das Mercês: n. a 9 de julho de 1902.
15 D. Maria Emilia: n. a 11 de agosto de 1903.
15 Candido: n. a 15 de set. de 1904.
15 D. Maria de Lourdes: n. a 26 de jan. de 1906.
15 D. Maria Magdalena: n. a 26 de abril de 1908.

São suas ARMAS : - em campo ver-


melho, uma cruz florida de prata e
vazia do campo: timbre, a cruz do es-
cudo entre duas azas de prata.
276

Tambem usam o seguinte brazão:-


escudo esquartelado: no J_., quartel as
armas dos Pereiras, no 2. 0 as dos Pa-
checos, no 3. 0 as dos Lacerdas, e no
4. 0 as dos Mellos; sobre o escudo usam,
uns, um elmo de prata, abe,to, guarne-
cido de oiro, e outros, uma corôa de
visconde; timbre, o dos Pereiras, acima
mencionado.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1, cap .. ,


n,<lS VII, xr11, XXVI[, XXVIII, xxx,·, XLV, XLVI, LI, LXIV, LXXXV

e xcrn da Bibliog,aphia, e bem assim a Arvore de Geração


dos Pereiras das Ilhas, actualrnente na posse de Jofo
Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda,§ 1. 0 , n. 0 13;
arvore que abrange as gerações desde n. 0 la 8,
inclusivé, do§ 1.0 , e se acha comprovada
por certidões do genealogistas
Fr. Antonio Rousado e Mon-
terruyo Mascarenhas
devidamente
reconhecidas.
TITULO LXXIV

PEREIRA MARRAMAQUES

Tristão Martins Pereira, da geração e linhagem dos


0 1rnCF.ND8M de
Pereira Marramaques, com solar na Casa da Taipa, na fre-
guezia de S. Nicolau, concelho de Cabeceiras de Basto.
Tristão Pereira passou nos fins do século xv aos Açôres (ilha
de S. Jorge), onde constituiu familia, que pouco depois se rami-
ficou em outras ilhas do dito archipelago e nomeadamente na
Terceira.

§ UNfCO

1 Tristão Martins Pereira, - foi casado com Anna da Silveira. - Vid.


Tit. dos Silveiras, § 1. 0 , n.º 2.
Tiveram:

2 Antonio da Silveira Pereira, que segue.


2 Diogo Pereira, casado em Gôa com Maria Toscano ; - c. g.
2 Thomé Pereira, clerigo.
2 Guilherme Pcreirn, que foi para a India, onde falleceu;
s. g.
2 Izabel Pereira, casada com Manoel da Silveira. - Vid. cit. Tit
dos Silveiros, § 3.o n. 0 3.

2 Antonio da Sllnlra Pereira, - casou com Jeronyma de Arez, com a


qu:il residiu na ilha Terceira, e de quem teve:
278

3 Izabel Pereira, que segue.


3 Anna da Silveira Pereira, casada com Jeronymo Pacheco _de
Lima. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 2. 0 , n. 0 4.
3 Maria da Silveira Pereira.

3 lzabal Pereira, - casou com Pedro Annes Machado, da ilha Ter-


ceira ; consorcio este de que resultou:

4 Gonçalo Pereira Machada, - capitão, o qual foi casado com Anna


da Silveira que falleceu a 4 de abril de 1676, e era filha de
Gaspar de Brum e de sua mulher Izabel da Silveira, da ilha
do Fayal.
Tiveram:

5 Guilherme Pereira Marramaque da Silveira, rlerigo e thesou-


reiro-mór da Sé de Angra. N. na ilha do Fayal, e fal. a 23 de
abril de 1700, nsquella cidade, com testamento feito em 16 d'este
mesmo mez e mrno, no qual instituiu um importante vinculo.
5 Manoel de Brum da Silveira, conego da dita Sé, fallecido a
27 de abril de 1709.
5 D. Joanna Penirn Marramaque da Silveira, que segue.
5 D. lzabel Pereira Marramaque da Silveira, casada em Angra com
o capitão Manoel de Barcellos Machado e Vasconcellos; -· c. g.
5 D. Maria do Horto, freira prof. no convento da Gloria, do Fayal.

5 O. Joanna Pereira Marramaque da Sil,eira, - casou com Gaspar da


Silveira Lobos, de qurm teve:

6 Manoel da Silveira de Athayde, que fal. criança.


6 D. Luiza da Annunci;ida / . G •
6 D. Anna do Sado Í rei. no dito convento da lona.
6 D. Marianna Pereira Marramaque da Silveira, que segue.
6 D. Briolanja Pereira Marramaque da Silveira, casada com
Antonio de Lacerda Pereira ; - c. g.

6 O. Marlanna Pereira Marramaque da Silveira, - casou duas vezes, a pri-


meira com Francisco Pereira Teixeira, e a segunda com
Jacintho Furtado de Mendonça, commendador da ordem de
Christo e capitão de Ordenanças, natural do Fayal.
Do primeiro matrimonio teve uma só filha :
7 D. Anna Francisca Pereira Marramaque, casada na ilha de
S. Miguel com Cosme de Brum da Silveira, natural da Ribeira
Grande.

Do segundo matrimonio nasceram:


7 Guilherme Pereira Marramaque, 1. 0 administrador do vinculo
instituido por seu thio-avô o conego Guilherme Pereira Marra-
279

maque, referido sob o n. 0 5. N. na cidade da Horta. e casou


com D. Fillipa Margarida de Bettencourt. -- Vid. Tit. dos
Bettencourts, § 1. 0 , n.o 6. Tiveram:

8 Francisco José de Bettencourt Marramaque.


8 Jacintho Vital de Bettencourt Marramaque, que
fal. solteiro.
8 D. Antonia Francisca de Bettencourt Marramaque,
casada com Manoel Caetano Pacheco de Lacerda
Côrte Real. -- Vid. Tit. dos Pachecos, § 3. 0 , n. 0 10.
8 D. Clara Feliciana de Brum Marramaque. mulher
de João de Deus do Carvalhal Leite da Silveira.
- Vid. Tit. dos Ccrvolhaes, § 1. 0 , n. 0 7.

7 Manoel de Brurn de Athayde.


7 José Antonio de Brum de Lacerda Marramaque, que seg1.1e.

7 José Antonlo de Brum de Lacerda Marramaque, -- casou com D. Maria


Francisca de Bettencourt de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos
n. 0 6
Beftencourts, § 2. 0 ,
Tiveram:

8 Manoel Jacintho de Brum de Lacerda Bettencourt, que segue.


8 D. Marianna Luiza da Conceição, religiosa na Conceição, de
Angra.
8 D. Filippa de Bettencourt de Brum Marramaque, casada com
José Leal Côrte Real. - Vid. Tit. dos Leaes, § 2. 0 n. 0 3.
8 D. Luiza Josepha de Bettencourt de Brum Marramaque, mulher
de João do Canto do Castro Pacheco. - Vid. Tit. dos Cantos,
§ 3, 0 , n. 0 7.

8 Manoel Jaclntha de Brum de Lacerda Bettencourt, - casou a '21 de


novembro de 1726, na Conceição, de Angra, com D. Marianna
Paula de Merens Pamplona, de quem teve o filho que segue.

9 José de Brum Marramaque de Lacerda - casou a 17 de setembro


de 1769, na dita Egreja da Conceição, com D. Marianna
Eusebia Martins Pamplona Côrte Real. - Vid. Tit. dos Pam-
plonas, § 2. 0 , n. 0 9.
Tiveram:

10 D. Maria Genoveva Marramaque, que segue.


10 D. Antonia Jacintha Marramaque, casada com Alexandre
Martins Pamplona Côrte Real. - Vid. cit. Tit. dos Pomplonas,
§ 2. 0 , n.o 10.

I O D. Maria Genoma Marramaque, - casou com João Whitton Zarco da


Camara, de quem teve, pelo menos:
280

11 José Sebastião Whitton da Camara Berquó, que segue.


11 D. Anna Whitton da Camara, casada com Antonio Mariano de
Lacerda, do conselho de Sua Magestade.
11 D. Maria Whitton da Camara, mulher de Luiz da Terra Peixoto
de Lacerda.
11 João Whitton da Camara, casado com D. F .......... Correia.
11 D. Antonia Whitton da Camara, casada com Estacio Manoel
de Sousa.
11 Antonio Whitton da Camara, casado com D. Jgnacia Soares de
Sousa. ·
11 D. F ......... (?) Whitton da Camara, mulher de Manoel Jgnacio
de Sousa.

11 José Sebastião Whitton da Camara Berquó, - n:isceu a 20 de janeiro


de 1791, e casou com D. Maria Clementina da Cunha. - Vid.
Tit. dos Bruns, § 6. 0 , n." L!.

São SUfü\ ARMAS: - as dos Pereiras,


conforme as descrevi a pág. 275.

Ácerca d'esta familia vid. as ohras mencionadas n:i Parte r, cap. 1,


11. 0 s Vlf XLV da Bibliographia, assim como a Justificação de
nobreza de Gonçalo Pereira Machado, mencionado sob
n.º 4, a qual se acha transcripta no vol. 12. 0 da cit.
obra n. 0 vr1 e ainda o testamento de Guilherme
Pereira Marramaque da Silveira, referido
sob n. 0 5, onde vem descripta a sua
ascendencia.
TITULO LXXV

PINHEIROS DE BARCELLOS

de Pedro Pinheiro de Barcellos Mariz (ou Pedro de Mariz


D EsmJ~DEM
Pinheiro, ou tão sómente Pedro de Barcellos, como tambem é
denominado em documentos), o qual pertencia, segundo
alguns linhagistas, á nobilissima familia dos Pinheiros, com solar
na villa de Barcellos.
Pedro Pinheiro foi dos primeiros povoadores da ilha Terceira,
onde fez assento nas Lages (termo da villa Praia), como se vê das
cartas de sesmaria a seu favor datadas de 18 de outubro de 1490
e 14 de abril de 1495.

§ l.º

Pedro Pinheiro da Barcallos Mariz, - foi um arrojado navegador do


seculo xv. Estando já na ilha Terceira, partiu d'alli com João
Fernandes Labrador, por mandado d'el-rei D. João u, para
uma exploração maritima, na qual gastou tres annos approxi-
madamente, como se vê da allegação que elle fez em 1506 na
demanda sobre a posse de uns mattos junto da Casa da Salga,
no sitio das Quatro Ribeiras, da villa da Praia; allegação que
o Archivo dos Açôres transcreve da seguinte fórma:
282

«Respondo eu p. 0 de barçellos a este Requerymt. 0 e caso q. nõ


era neçesaryo a&ora dizer he diâo q. as terras e byscoytos hun
R. 0 chamorro meu anteçessor ouue as ditas terras e byscoytos
juntamente p. (por) carta de dada da. 0 do amarall ouuydor que
foe ê esta ylha êo carreâo de capitam êtam q. as ditas terras
ssocederõ a my p. 0 de barçellos do dito R. 0 chamorro eu as torney
a ver ( a haver) p. carta de nossa rreformaçõ dos almoxarifes as
terras e byscoytos todo juntamente nas quo.es terras eu fiz e
ellas mt.ª 5 roças h.e bi: feytoryas tendo terras apreueytadas e{. ben
poderyam leuar xiiij ou xb moyos de pam ê ssemeadura estando
assy ê posse dellas ho dito tenpo ouue huii mandado dellrey nosso
sõr p. 1 ( pera) hyr a descobryr eu e huíi Johã ferz. llaurador no
qual descobrymento andamos bem tres anos e cando torney a dita
ylha achey ha minha jente {ora das ditas terras e achey ê poHe
dellas huns fs. 0 (filhos) de Johã valladam êlleandoas (alheando-as)
e tres passandoas ê out. 0 mt. 85 pessoas ssobre as quaes terras eu
traáo feytoa tratados cõ hos ditos possoydores cõ os quaes eu pt. 0
( protesto)».

Pedro Pinheiro foi casado com Ignez Gonçalves Machado


Ribeira Secca. - Vid. Tit. dos Machados, § 1.0 , n. 0 2.
Falleceram ambos na dita ilha, sendo sepultados na
Egreja do Espirita Santo de Villa Nova, e deixaram os seguin-
tes filhos:

2 Gonçalo Annes de Barcellos Machado, que segue.


2 Affonso de Barcellos Machado, casado com Anna Lopt's Cabaço,
filha de Lopo Dias Cabaço e de sua mulher Cathnrina Dias
Leonardes, referidos a pag. 296 do vol. J. Tiveram :

3 Pedro de Barcellos Machado, casado com F ........ .


da Costa Valladão ; - s. g.
3 Diogo de Barcellos Machado, casado com Barbara
de Mendonça ; - c. g.
3 Manoel de Barcellos Machado, casado com Izabel
Rodrigues Fagundes; - c. g.
3 Emmerenciana de Barcellos, casada com Baltha-
zar Vieira de Lemos.

2 Gaspar de Barcellos Mariz, casada duas vezes, a primeira com


Iria Gil Fagundes. - Vid. Tit. dos Fagundes, § 1. 0 , n. 0 3.
Do primeiro matrimonio teve :

3 Antão de Barcellos Mariz, casado com Iria Gomes


de Carvalho ; - c. g.
3 Barbara de Barcellos, casada com Balthazar Gon-
çalves ; - c. g.
3 Catharina de Barcellos, mulher de Gaspar Valla-
dão ; - s. g.
3 Izabel de Barcellos.

Do segundo matrimonio nasceram :

3 Matheus de Barcellos Machado.


3 lgnez de Barcellos Mariz, rasa<ia com Manof"!
Borges da Costa.-Vid. Tit. dos Borges,§ 1. 0 , n." -!.
3 Francisca de Barcellos Machado.
283

2 João de Barcellos Machado, cav. fid. da Casa Real. Residiu na


sua Quinta de Fonte Bastardo, na ilha Terceira, e foi casado
tres vezes, a primeira com Maria Gonçalves Fagundes, a
segunda, em Ceuta, com D. Anna Vaz ele Sampaio; e em 3.• s
nupcias com Maria Cardoso, de quem não teve successão.
Do primeiro matrimonio, porém, teve

3 João de Barcellos Machado, que foi lambem


casado tres vezes, a primeira com Catherina Dias,
depois com D. Clemencia da Camara. - Vid. Tit.
dos Comeras, §., I. 0 n. 0 5. - e em 3. as nupcias
com Beatriz Alvares Barbosa : -- s. g.
3 Maria de Barcellos Machado, mulher de André
Martins d'Avila; - c. g.

Do segundo matrimonio nasceram :

3 Izabel Lopes de Andrade Machado, casada com


Jeronymo Paim da Camara. - Vid. Tit. dos
Pains, § 3. 0 , n. 0 3.
3 lgnez Lopes de Andrade Machado, mulher de
Gaspar Fernandes Ferraz; - c. g.
2 Diogo de Barcellos Machado, a quem el-rei D. Manoel, por
carta de 7 de junho de 1508, concedeu bastantes privilegios
em reconhecimento dos servicos prestados por seu pae no
descobrimento da parte do Norte. Diz a carta :

« Dom Manoel 8ô A quantos esta nosa carta virem Uazemos


saber) ciue avemdo nos rrespeito aos serviços que temos rrecebido
de pero de barçelos, já finado, morador que foy (na) nosa Ilha
terceira narmaçam (ele navios) e descobrimento da parte do norte e
querendo por ello fazer graça e merçe a dioguo de barçelos mora-
dor na dita ilha, seu filho, temos por bem e o tomamos por nosso
vassalo e queremos que daquy em diante sseja priule,iiado escu-
sado e gardado que nam pague nem sirua em nenhumas peitas,
fimtas, talhas, pydidos, seruiços, emprestimos, nem outros nenh.uns
encaregos que pello Concelho ou lugar onde morar forem lamçados
per qualquer âuisa que seja nem o costranâam nem mandem cos-
tranâer1 que va com presos nem com dinheiros nem com nem h.u1
careãos nem seja tetor nem curador de nenh.uas pesoas que sejam
saluo se as teturias forem lidimas nem aja oficio do comcelh.o
comtra sua vomtade, outroay mamdamos e defendemos que não
seja nenhum tam ousado de quallquer estado e condiçam que seja
que lhe pousem em suaz casas de morada add,as nem cavalariça&
nem lhe tomem delas seu pam e vinho, roupa. palha, ceuada,
leenha, galinhas, gados nem beataa de aella nem dalbarda, nem
bois, carros nem cai·retas nem nenhuns nauios que tenha nem
outra couaa do seu comtra sua vontade. E porem mandamos &> em
forma. Dada em nosa cidade deoura, aos bij (7) dias do mez de
junho, afomso mexia a fez anno de bcbiii (tão8) annos e deste
priuilesio goçará e vsará o dito dioguo de barçellos s1omente e
outro nenhum seu nam ••

Diogo de Barcellos Machado foi casado com Catharina Evan-


gelho. Vid. Tit. dos Evangelhos,§ 1. 0 , n.• 2.
Tiveram varios filhos e nomeadamente :

3 Marcos de Barcellos Evangelho, casado duas


vezes, a, primeira com Maria Lopes, e a segunda
com Branca Gomes de Lima ; - c. g.
284

3 Manoel de Barcellos Evangelho, tambem casado


duas vezes, a primeira com Beatriz Lopes, e a
segunda com Leonor Teixeira. - Vid. Tit. dos
Teixeiras (outros), § un., n. 0 2.
Do primeiro matrimonio teve :
4 Luiz de Barcellos Evangelho.
4 Catharina de Barcellos Evangelho,
casada com Manoel Teixeira de
Mello. - Vid. cit. Tit. dos Teixeiras,
(outros), § un., n. 0 2.
Do segundo matrimonio nasceram :
4 João Luiz Teixeira ; -·- cas., s. g.
4 Diogo Teixeira; - cas., r. g.
4 Maria Teixeira ; - cas., e. g.
3 Pedro de Rarcellos Evangelho, rasado com Mar-
garida Teixdrn. - Vid. cit. Tit. dos TeixPiras,
(outros), § un., n. 0 2.
3 Apolonia Evangelho, mulher dt· Alvaro Cmloso
Homem. - Vid. Tit. dos Homens, § 2. 0 , 11.0 4.
2 Pedro de Barrellos Machado, que vívia na ilha Ter,·eira em
1533. r'oi casado com Joanna Cardoso Homem. -- Vid, Tit.
dos Homens, § 2. 0 , n.o 4; - c. g.
2 Leonor de Barcellos Machado, casada com Alvaro Metello,
vereador da Camara de Angra em 1546. Tivernm:
3 Valerio iVletello Machado, que casou duus vezes,
a primeira com Catharina de Tavora, e a segunda
com Izabel Pinheiro de Andrade - Vid. Tit. dos
Azevedos, § 2.o, n. 0 3; - c. g. de ambos os
malrimonios.
2 Mecia de Barcellos Machado, casada com Diogo Fernandes de
Boim. - Vid. Tit. dos Bains, § un., n.o 2.
2 Francisca de Barcellos Machado, mulher de João de Teive, o
Môço. - Vid. Tit. dos Teives, § 1. 0 , n. 0 3.

2 Gonçalo Annas de Barcellos Machado, - viveu na ilha da Praia, da


ilha Terceira, onde fez testamento em 1543. Casou duas vezes,
a primeira com Luzia Gonçalves Fagundes. -- Vid. Tit. dos
Baldayas, § 1. 0 , n.º 3 - e a segunda com Maria de Mendonça.
Do primeiro matrimonio teve um só filho:
3 Manoel de Barcellos Machado, que segue.
Do segundo matrimonio nasceram :
3 Belchior Pinheiro Machado, casado com Maria Alvares de
Andrade ; - s. g.
3 Gaspar de Mendonça, casado com Bartholeza de Vasconcel!os.
3 Maria Anna de Mendonça ; - casada.
3 Margarida de Barcellos ; - cas., r. g.
285

3 Manoel de Barcellos Machado,·- foi o 1.º administrador da capella


instituida por seu thio materno Pedro Gonçalves d' Antona.
Casou com D. Maria Cotta da Malha. - Vid. Tit. dos Cottas,
§ un., n. 0 2.
Tiveram:
4 Constantino Machado de Barcellos, que segue.
4 Galaor de Barcellos Machado, que fal, solteiro.
4 Pedro Cotta da Malha, capitão elas Ordenanças de Angra, e
casado com Francisco Nunes; - c. g.
4 Luiz Cotta.
4 Fillipe Cotta, clerlgo.
4 D. Leonor Cotta da Malha, casada com João Gonçalves Correia.
- Vid. Tit. dos Correias, § 3.o, n. 0 5.
4 D. Catharina Vieira, mulher de Bernardo de Tavora .. Vid. Tit.
dos Tavoras, § 1. 0 , n. 0 3.
4 D. Iria Cotta da Malha, mulher de Sebastião Cardoso Teixeira.
-· Vid. Tit. dos Homens, § 2.o, n. 0 5.
4 D. Maria Cotta da Malha, casada com Christovão Nunes Vieira.
- Vid. Ti!. dos Vieiras, § 2.o, n ° 4.

4 Constantino Mzchado de Barcellos, -- capitão de Ordenanças e 1. 0


administrador da capella vincullar instituída por sua thia
D. Iria Cotta da malha. Casou com Catharina Pacheco de
Lima Côrte Real. - Vid. Tit. dos Borges, § 1. 0 , n.º 4.
Tiveram:
5 Christovão Borges da Costa, que segue.
5 Manoel Machado da Costa, fid. da Casa Real, capitão de Orde-
nanças, e 2. 0 administrador da dita capclla vincular. Casou a
22 de maio de 1600, na Egreja da Conceição, de Angra, com
D. Barbara Bocarro Cabral, de quem teve:
6 Constantino Machado da Costa, fid. da Casa Real,
capitão de Ordenanças, juiz dos orphãos em An-
gra, e 3.o ~dmnistrador da dita capella. Foi bapt.
a 6 de junho de 1604, na dita Egreja, e fal. em
1663, tendo casado na Sé da dita cidade, a 5 de
julho de 1629, com D. Izabel Carlos Fernandes
Pardo, de quem teve:
7 Manoel Cabral, que fal. solteiro.
7 Dionizio Pacheco, clerigo, e 4. 0 ad-
ministrador da dita capella vincular.
N. a 14 de out de 1637.
7 Pedro Borges Pacheco, clerigo, e
5. 0 administrador da mesma capella.
N a 5 de julho de 1646.
7 Matheus Borges Pacheco, clerigo.
7 Diogo l
7 Manoel r
7 D. Barbara , não casaram.
7 D. Marianna J
286

7 D. lzabel dos Reis / fr.as em


7 D. Francisca dos Serafins \ S. O.lo
7 O.Margarida d'Assumpção d'Angra.

6 Custodio Machado da Costa.


6 Manoel Machado da Costa, que fal. solteiro.
6 D. lzabel dos Archanjos, freira no dito convento.
6 D. Francisca Machado da Costa.
6 D. Marianna Machado da Costa.
6 D. Iria Cotta, freira no mesmo convento.
6 D. Joanna do Nascimento.
6 D. Catharina do Nascimento.
6 D. Margarida Machado da Costa, bapt. a 2 de fev.
de 1612, na Egreja da Conceição, de Angra, e ca-
sada com Fabricio Pacheco de Mello. - Vid. Tit.
dos Pachecos, § 3. 0 , n. 0 7.

5 Damião Machado / f 1 g
5 Pedro Pacheco Í ª · s. ·
5 Antonio Pacheco.
5 Sebastião Pacheco Côrte Real, maltêz.
5 Luiz Pacheco (frei), rel. graciano.
5 Constantino de Santa Helena (frei), rel. de Santo Agostinho.
5 D. Iria Côrte Real da Costa Machado, casada com Ruy Dias de
Sampaio. - Vid. Tit. dos Sampaios, § un., n.o 2.
5 D. Izabel Abarca, mulher de Diogo Moniz Barreto, o Velho. --
Vid. Tit. dos Monizes, § l.o, n. 0 4.

5 Chrlstovão Boms da Costa, -foi baptisado a 12 de fevereiro de


1577, na Sé de Angra, e falleceu a 18 de outubro de 1643,
tendo casado com D. Maria Bocarro Cabral, de quem teve:

6 D. Francisca Borges da Costa, casada duas vezes, a primeira


com João Merens da Silva, e a segunda com Alvaro Pereira de
Lacerda ; - s. g.
6 Galaor Borges da Costa, que segue.

6 Galaor Borgn d~ Costa, - capitão das Ordenanças de Angra.


Casou com D. Branca de Sá. - Vid. Tit. dos Sás, § 1.0 , n. 0 2.
Tiveram:

7 Christovão Borges da Costa, que fal. a 21 de maio de 1682,


solteiro.
7 D. Maria Borges da Costa, que segue.
7 A madre Catharina da Ressurreição, abadessa do mosteiro da
Conceição, de Angra.
7 A madre Cordula de S. Paio, freira no mesmo mosteiro.

7 O. Maria Borges da Costa, - casou com Domingos Pamplona. -


Vid. Tit. dos Pamplonas, § 2. 0 , n. 0 6; - s. g.
287

1 Antonlo de Barcellos Machado Emgelho ( da mesma familia de que


tracta o § anterior, mas cuja ligação me foi impossivel
estabelecer), - casou com D. Bernarda de Bettencourt.
Foi seu filho :

2 Manoel de Barcellos Machado Evangelho, - o qual casou com D. Joanna


de Bettencourt, de quem teve, pelo menos:
3 Diogo de Barcellos Machado Evangelho, que segue.
3 D. Maria Dornthêa de Bettencourt Barcellos, que n. a 2 de nov.
de 1794, na freg. da Conceição de Angra, com Manoel José
Borges da Costa. - Vid. Tit. dos Borges,§ 3. n.o 10.
0
,

3 Diogo de Barcellos Machado Etangelho, - casou com D. Maria


Magdalena do Carvalhal.
Tiveram:
4 Francisco de Paula de Barcellos Machado de Bct1enco11rt, que
segue.
4 Manoel de Barcellos Machado, casado com D. Izabel Emilia
Borges do Canto, de quem teve:

5 Francisco Borges do Canto de Barcellos.


5 José Borges do Canto de Barcellos, 2.0 aspirante
das alfandegas, casado com D. Maria Albertina
Soares Pereira da Cunha, de quem teve:

6 Manoel da Cunha Barce!los, que n.


a 13 de dez. de 1892, e fal. na ilha
de S. Jorge, em 1908.
5 Luiz Gonzaga Borges do Canto de Barcellos, re-
sidente no Brazil, para onde foi em 1905.
5 Theophilo Borges do Canto de Barcellos, residente
na America do Norte.
5 D. Maria Emilia Borges do Canto, casada com
José Maia, bacharel formado t>m direito e actual
conservador privativo do registo predial na co-
marca da Praia da Victoria. D'este matrimonio
nasceram:
6 D. Maria do Carmo.
6 D. Luzia.
6 José.
6 Miguel.

4 Francisco de Paula de Barcellos Machado de Bettencourt, - foi sr. da casa


vincular de seus ankpassados. Residiu na ilha Terceirn, onde
foi baptisado (freguezia da Sé), e onde falleceu a 19 de abril
288

de 1907, tendo casado a 7 de outubro de 1846, na Ermida de


Nossa Senhora do Rosario, suffraganea da parochial Egrvja
de Belem, da Terra Chã, com D. Maria Izabel Borges do
Canto e Teive de Gusmão. - Vid. Tit. dos Cantos,§ 10.c, n.º 12.
Tiveram:
5 Diogo de Barcellos Machado de Bettencourt, que segue.
5 D. Maria Adelaide de Barcellos Machado de Bettencourt, casada
com José Pimentel Homem de Noronha - Vid. Tit. dos
Noronhas, § 3.0 , n. 0 10.
5 D. Francisca Emilia do Canto de Barcellos Carvalhal, casada
com Zepherino Norberto Gonçalves Brandão, commendador t:
cav. das ordens de S. Bento d'Avlz e S. Thiago, condecorado
com a medalha militar de ouro, da classe de bons serviços, e
com a medalha militar de prata, da classe de comporfamento
exemplar, general de brigada, reformado, governador da Torre
de S. Julião, socio correspondente da Academia Real de Scien-
cias de Lisboa, etc., o qual n. a 12 de fev. de 1842, em Santa
Comba Dão.
Tiveram:
6 D. Maria Guilhermina de Barcellos Carvahall
Machado Brandão, casada com José de Betten-
court da Silveira e Avila Junior. - Vid. Tit. dos
Avilos, § 3. 0 , n.o 14.
6 D. Maria Emitia de Barcellos Brandão, casada
duas vezes, a primeira com Pedro Lopes, e a se-
gunda com Antonio Alfredo Ferreira de Carvalho,
director da Companhia de Cabinda.
6 D. Maria do O de Barcellos Brandão, casada com
F ......... Soares Parente; - c. g.
6 D. Maria da Piedade de Barcellos Brandão.
6 Francisco Xavier de Barcellos Brandão, casRdo
com D. Virgínia de Faria de Rebello (1908, e·m
Santos-o-Velho, de Lisboa); - s. g.
6 D. Maria lzabel de Barcellos Brandão, que tem
justo o seu casamento com D. Rodrigo de Sousa
(Rio Pardo).

D. Anna lzabel de Barcellos Machado de Bettencourt, casada


com Manoel Basilio Coelho Rocha. - Vid. Tit. dos Coelho
Borges, § un., n. 0 5.
5 Francisco de Barcellos Machado de Bettencourt, clcrigo.
5 D. Marianna Amelia de Barcellos Mach;iclo de Bettencourt, que
casou com Francisco de Paula Rego de Menczees Camello
Borges. - Vid. Tit. dos Menezes (outros), § 1. 0 , n. 0 6.
5 Miguel de Barcellos Machado de Bettencourt, casado com
D. Maria Thcreza de Noronha Ferraz, de quem tevi: :

6 Tobias de Barcellos.
6 Rafael de Barcellos.

5 Diogo de Barcellos Machado de Bettencourt, - bacharel formado em


direito pela Universidade de Coimbra, antigo governador
289

civil do districto da Horta e actual juiz de direito na comarca


da Graciosa. Nasceu a 8 de agosto de 1847, na cidade de
Angra do Heroismo, e casou com D. Marianna Joaquina
Ribeiro de Bettencourt, da ilha Graciosa.
D'este matrimonio resultaram os seguintes filhos:
6 João de Bettencourt de Barcellm; Machado, que segue.
6 Francisco de Paula, que n. em 1873, e fal. criança.
6 Francisco de Paula de Barcellos Machado de Bettencourt,
3. 0 aspirante das alfandegns: n. em agosto de 1875, e casou
com D. lzabel Maria da Cunha e Simas, viuva do conde de Simas.
6 D. Maria Helena de Barcellos Machado de Bettencourt: n. a
16 de dez. de 1876.
6 Diogo: n. em 1878, e fal. em 1880.
6 Diogo Thomaz d'Aquino: n. a 18 de maio de 1880.
6 José Maria de Barcellos Machado de Bettencourt: n. em maio
de 1881, e casou em New Bedford.
6 Manoel Ignacio: n. a 4 de nov. de 1883.
6 D. Maria do Rosario: n. em 1884, e fal. criança.
6 Isidro de fürcellos: n. a 15 de nov. de 1886.
6 D. Maria da Ascenção: n. a 16 de fev. de 1887.
6 D. Maria de S. José: n. em 1888, e fal. criança.
6 D. Maria : n. em 1889 / f 11 .
6 D, Maria: n. em 1890 í a eceram crianças.
6 Pedro Mariz Pinheiro de Barcellos: n. a 13 de set. de 1891.
6 D. Maria de La Salete: n. em 1894 e fal. criança.

6 João de Bettencourt de Barcellos Machado, - bacharel formado em


direito pela Universidade de Coimbra, notaria na comarca de
Angra do Heroismo, por decreto de 26 de janeiro de 1899, e
advogado nos auditorios da mesma comarca, por despacho do
ministerio de justiça de 31 de outubro de 1903. Em Angra do
Heroísmo tem exercido tambem os cargos de administrador
do concelho e commissario de policia.
Nasceu na ilha Graciosa a 14 de outubro de 1870.

São suas ARMAS: - em campo ver-


melho um pinheiro de sua côr, com
raízes de prata e pinhas de oiro, com
um leão de oiro rompente combatendo
o pinheiro. Timbre: o leão das armas.
Brazões especiaes teem sido conce-
didos a diversos membros d'esta familia
e nomeadamente aos seguintes:
19
290

A Diogo de Barcellos Machado,


§ 1.0 , n. 0 2, foi concedido por carta
regia dada em Evora a 20 de novem-
bro pe 1533, reg. na Chanc. d'elrei
D. João m, L. XLVt, fls. 89, o seguinte
brazão de seus antecessores, com todas
as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração e linhagem dos
Machados, por parte de sua mãe e
avós: - Escudo de campo vermelho e
cinco machados de prata com os cabos
de oiro, em aspa, e por differença,
uma brica de prata: elmo de prata,
aberto, guarnecido de oiro, paqui/e de
oiro, prata e vermelho, e por timbre,
dois machados das armas em aspa.
A Pedro de Barcellos Machado,
§ 1. 0 , n. 0 2, foi concedido por carta
regia de 20 de novembro de 1533, reg.
na Chanc. de D. João m, L. XLVI, fls.
88 v., o seguinte brazão d'armas de
seus antecessores, com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender
da geração de linhagem dos Machados,
por parte de sua mãe e avós: - Escudo
de campo vermelho e cinco machados
de prata com os cabos de oiro, em aspa,
e por di//erença, uma brica de oiro, e
n'ella um annel de vermelho : elmo de
prata, aberto, guarnecido de oiro, pa-
qui/e de prata, oiro e vermelho, e por
timbre, dois machados das armas em
aspa.
A Manoel de Barcellos Machado,
§ 1. 0 , n. 0 3, foi concedido por carta
regia de 22 de fevereiro de 1541, reg.
na Chanc. de D. João III, L. xxx1v,
fls. 10 v., o seguinte brazão, com todas
as honras de nobre e fid. por descen-
der da geração e linhagem dos Macha-
dos : - Escudo de campo vermelho e
cinco machados de prata com os cabos
de oiro, em aspa; elmo de prata, aberto,
291

paquife de prata, vermelho oiro, por


timbre, dois machados em aspa, e por
differença, um quatro f alio de verde
picado de oiro, e egualmente o pé do
mesmo.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte J, cap. J, n. 05 , r, VJJ, VIII, XXXVII, XLII, XLIII,
XLV, XLVI[[, LI, LXIV e LXXXVI da
Bibliograpkia.
TITULO LXXVI

PIRES TOSTES

O mais remoto membro d'esta familia, de que posso dar noticia,


é Luiz Antonlo Pires Toste, que nasceu na segunda metade do
seculo xvm, na ilha Terceira, onde se distinguiu pelos seus
serviços á Causa da Liberdade.

§ UNICO

1 lulz Antonio Pires Toste,-· foi tabellião do publico judicial de


notas em Angra, e um dos signatarios do auto da revolução
liberal que se lavrou na sala da camMa da dita cidade, no
memoravel dia 22 de junho de 1828. Casou com D. Catharina
Leonarda Parreira, de quem teve o filho que segue.

2 Antonlo Leonardo Pires Toste, - desempenhou em Angra o mesmo


cargo de seu pae, e foi tambem um devotado liberal e signa-
tario do auto acima mencionado. Casou com D. Maria Rufina
Xavier de Brum, de quem teve:
3 Joaquim Augusto Pires Toste, que segue.
3 D. Corina Pires Toste; - solteira.
3 D. Amelia Pires Toste, que fal. a 27 de jan. de 1906, tendo
casado com Frederico Augusto de Vasconcellos, agente consu-
lar da Hespanba em Angra; - s. g.
3 D. Cath~rina Carmina Pires Toste, que casou a 22 de julho
de 1848, na Egreja da Conceição, de Angra, com Francisco de
Paula Carvalho, de quem teve :
294

4 Francisco de Paula Carvalho, professor de desenho


no Lyceu Nacional e empregado nas obras publi-
cas do districto de Angra do Heroismo. Casou
com D. Maria de Sousa, de quem teve :

5 D. Genuina Palmyra de Sousa Car-


valho, casada com Francisco Vicente
Ramos.-Vid. Tit. dos Ramos,§ un.,
n. 0 3.
5 D. Julia Carmelita de Sousa Carvalho.
3 Antonio Taveira Pires Toste, casado na dita Egreja da Conceição,
a 6 de maio de 1848, com D. Maria Torquato de Barcellos, de
quem teve:
4 Alberto Taveira Pires Toste, empregado nas
obras publicas do districto de Lisboa, e casado
com D. Maria da Gloria, filha natural de Francisco
de Paula Bastos, 1. 0 barão e 1. 0 visconde de Bas-
tos, general de divisão, gentil-homem da camara
e ajudante de campo honorario d'el-rei D. Pedro v,
e um dos bravos da Liberdade, fallecido em An-
gra a 2 de set. de 1881. Tiveram:
5 O. Urania Taveira Pires Toste.
5 D. Olinda Taveira Pires Toste, ca-
sada com Luiz Ourique.
5 Alberto Taveira Pires Toste.
5 Abel Taveira Pires Toste, 3. 0 aspi-
rante das alfandegas do Ultramar.
4 D. Corina Taveira Pires Toste, que fal. solteira.
4 D. Maria Camilla de Brum Taveira.
4 D. Amelia de Barcellos Taveira.
3 Eugenio Gustavo Pires Toste, casado com O. Luiza da Camara
Lima. - Vid. Tit. dos Polhinhas, § un., n. 0 3.

3 Joaquim Augusto Pires Toste, - casou duas vezes, a primeira com


D. Maria Adelaide de Amorim, e a segunda com D. Maria
Emilia de Amorim, as quaes eram filhas de Antonio José de
Amorim, bacharel formado em medicina pela Universidade de
Coimbra, medico da legião de guardas nacionaes que se orga-
nisou na ilha Terceira sob o commando de Theotonio de
Ornellas, bem como do partido municipal e do hospital civil
de Angra e da villa da Praia, guarda-mór de saude, procu-
rador á junta geral e membro do conselho de districto de
Angra, presidente da commissão de Socorros aos Bravos do
Mindello, socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa e
condecorado com a medalha n. 0 9 das Campanhas da
Liberdade.
Do segundo matrimonio não teve successão; do primeiro,
porém, teve:
295

4 Antonlo de Amorim Pires Toste, que segue.


4 D. Maria Adelaide Pires Toste, que fal. solteira.
4 D. Maria Emilia Pires Toste, que n. a 14 de nov. de 1875, e
casou com João de Lemos Bettencourt. - Vid. Tit. dos Betten-
courts, § 1. 0 , n.o 13.
4 Luiz Pires Toste, que fal. solteiro.

4 Antonio da Amorim Piras Tosta, -engenheiro civil, director das


obras publicas da junta geral do districto de Angra do
Heroismo, vogal correspondente do conselho superior dos
monumentos nacionaes, membro da commissão distrital de
estatística e professor do Lyceu Nacional da dita cidade.
Nasceu a 19 de maio de 1866, em Angra, e casou em
1908 com D. Virginia Machado da Silva.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte r, cap. 1, n. 05 rv, vrr e LI da Bibliographia.
TITULO LXXVII

PITTAS

á ilha Terceira, na segunda metade do seculo xv1 na


P
ASSARAM
pessoa de Gonçalo Feyo Piffa, o qual era filho de Fernando
Pitta, da geração e linhagem dos Pittas, que no reino existiam
com nobreza, e de sua mulher Margarida Feyo.

§ UNICO

1 Gonçalo Feyo Pitta, - foi capitão da fortaleza de S. Sebastião, da


cidade de Angra, e um dos mais leaes e dedicados partidarios
de D. Antonio, prior do Crato. Por este motivo, e apoz a
derrota que o marquez de Santa Cruz infligiu em 1583 a
D. Antonio, subiu ao cadafalço mandando levantar na praça
da dita cidade, hoje denominada da Restauração, sendo ahi
enforcado junctamente com outras pessoas nobres da dita
cidade, que haviam adherido á mesma Causa.
Gonçalo Pitta casou na ilha Terceira com Clara Gil
Fagundes, de quem teve:

2 Antonio Feyo Pitta / . .


2 F. . . . Feyo Pitta Í que se ausentaram da dita ilha.
2 Fernão Feyo Pita, que segue.
2 Maria ou Chatarina Feyo Pitta, ca.sada com Gaspar Homem da
Costa. - Vid. Tit. dos Homens, § 5.0, n. 0 4.
298

2 Fernão Feyo Pitta, - foi capitão de milicias, tabelião e escrivão


do geral em Angra, e ahi tambem vereador da camara.
Falleceu a 8 de junho de 1643, tendo casado com Maria
Rebello Bocarro, de quem teve o filho que segue.

3 Maxlmo Feyo Pitta, - foi tambem capitão de milícias e tabelião e


escrivão do geral em Angra. Baptisado a 6 de outubro
de 1605, na Egreja da Conceição, de Angra, ahi casou com
Catharina Pamplona de Azevedo. - Vid. Tit. dos Pamplo-
nas, § 3. 0 , n.º 4.
Tiveram:

4 Vicente Feyo Pitta, que se ausentou para a lndia.


4 Maria de S. Jeronymo (ou de S. Francisco), freira professa no
convento de S. Gonçalo, de Angra.

São suas ARMAS : - um escudo


esquartelado: no 1. 0 quartel em campo
azul, numa torre de oiro; no 2. 0 em
campo vermelho, uma banda de oiro
sahindo da bocca de duas serpes, de
verde, pícadas de oiro, e armadas de
sanguinho; e, assim, os contrarias;
timbre, a torre das armas.

Acerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 08 IV, ver, XXXVI, XXXVH, XLIII,
LXVllI e xc1v da Bibliographia.
T 1T U L C) LX XV 111

PITTAS
(OUTROS)

da Madeira á ilha Terceira, no primeiro quartel do


P ASSARAM
seculo xrx na pessoa de Nicolau Caetano Bettencourt Pitta, o qual
era filho de Gregorio Francisco de Bettencourt Pitta e de
D. Rosa Maria das Mercês (rec. a 22 de novembro de 1787,
em S. Pedro), e, pelo lado paterno, 1. 0 neto de Antonio
Venancio Pitta e de D. Anna Rosa de Bettencourt, e 2. 0 neto
de João Fernandes Pitta e de D. Maria dos Ramos Silva (rec.
a 22 de novembro de 1730, em Ponta do Sol).

1 fticolau Caetano de Bettencourt Pitta, - foi cav. da ordem de Christo,


doutor em medicina pela Universidade de Edimburgo (1812)
e socio da Real Sociedade Phisica da dita cidade. Nasceu
a 6 de dezembro de 1791 na ilha da Madeira, onde se
envolveu nos acontecimentos políticos de 1820 a 1823, pelo
que foi julgado em 24 de outubro d'este ultimo anno e
condemnado a 4 annos de desterro para a Terceira. N'esta
ilha acompanhou o movimento liberal, sendo um dos signa-
tarios do auto lavrado no memoravel dia 22 de junho de 1828,
e exerceu as funções de delegado do conselho de saude
publica. Foi um dos redadores d'O liberal (l.º), semanario
300

político. Publicou um livro com o titulo -Account of Madeira


- unico no genero até á epocha em que foi escripto.
Falleceu na Terceira a 20 de maio de 1857, tendo casado
com D. Maria do Monte de Oliveira, a qual nasceu a 15 de
agosto de 1798 e falleceu a 6 de fevereiro de 1850.
Tiveram:

2 D. Maria Adelaide de Bettencourt Pitta, que casou com Luiz


Seebre; -s. g.
2 D. Adelaide das Mercês de Bettencourt Pitta: n. a 17 de set.
de 1819, e fal. a 27 de jan. de 1880, em Lisboa, com Luiz
Teixeira de Sampaio. - Vid. Tit. dos Teixeiras de Sampaio,
§ 3.0 , n. 0 3.
2 Nicolau Caetano de Bettencourt Pitta, casado com D. Rosa de
Vasconcellos; - s g.
2 D. Elena de Bettencourt Pitta, que fal. solteira.
2 D. Carlota de Bettencourt Pitta, casada com Luiz José de
Vasconcellos, de quem teve:
3 D. Adelaide de Vasconcellos, que casou com
João José Paim da Terra Brum. - Vid. Tit. dos
Bruns, § 9. 0 , n. 0 11.
3 O. Carlota Pitta de Vasconcellos, mulher de João
Carlos Thompson, fallecido a 21 de maio de 1906.
Tiveram:
4 Jayme de Bettencourt Pitta de Vas-
conccllos Thompson, casado com
D. Maria de Lourdes.
4 O. Julia de Vasconcellos Thompson,
actual marqueza de Chaves pelo seu
casamento com José Culmieiro da
Silveira; - s. g.
3 João Luiz Pitta de Vasconcellos, que fal. em
Macau, tendo casado com O. Maria Benta de
Araujo Cunha, tambem já fallecida. D'este con-
sorcio nasceram:
4 O. Adelia Pitta de Vasconcellos.
4 O. Christina Pitta de Vasconcellos.
4 Miguel Pitta de Vasconcellos.
2 João Augusto de Bettencourt Pitta, que segue.
2 Manoel Nicolau de Bettencourt Pitta, de que me occupo no§ 2. 0 •
2 Theotonio de Bettencourt Pitta, casado com O. Maria Augusta
Velloso, da ilha do Fayal, de quem teve uma só filha:
3 D. Maria Augusta de Bettencourt Pitta, casada
com João Manoel de Freitas L,,melino, 2. 0 aspi-
rante das alfandegas do Funchal, Angra do
Heroísmo e Horta, fallecido em Bisboa. Tiveram:
4 D. Augusta Pitta Lomelino.
301

2 Gregorio de Bettencourt Pitta, casado com D. Izabel Ermelinda


Pereira Pimenta de Castro, de quem teve :
3 Geraldo de Bettencourt Pitta.
3 D. Estrella de Bettencourt Pitta.
3 Jacome de Bettencourt Pitta.
3 D. Izabel de Bettencourt Pitta.

2 João Augusto de Bettencourt Pltta, -


bacharel formado em direito
pela Universidade de Coimbra, administrador do concelho de
Angra do Heroísmo, por dec. de 9 de dezembro de 1851, e
ahi tambem delegado do procurador regio. Falleceu na dita
cidade, tendo casado com D. Maria da Gloria da Silva. Vid.
Tit. dos Silvas (outros), § un., n.º 2.
Tiveram o filho que segue:

3 João Carlos da Silwa Pitta, -


medico-cirurgico pela Escola de
Lisboa, delegado de saude e medico do hospital do Santo
Espírito da cidade de Angra do Heroismo. Nasceu a 26 de
maio de 1860, e casou em New-Bedford, onde está exercendo
clínica, com D. Anna Mackayo, filha do consul de Portugal
na dita cidade; -- e. g.

2 Manoel Nicolau de Bettencourt Pltta (§ 1. 0 , n.º 2), - commendador


da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição de Villa
Viçosa, cavalleiro da ordem da Torre e Espada, condecorado
com a medalha da febre amarella, em reconhecimento dos
relevantes serviços que prestou por occasião d'esta epidemia,
bacharel formado em medicina pela Universidade de Coimbra
(1853), socio da Sociedade de Sciencias Medicas, para a qual
foi votado em sessão de 4 de fevereiro de- 1854, lente da
Escola Medica de Lisboa, director da mesma Escoh1, por
decreto de 25 de fevereiro de 1897, e medico director de
enfermaria nos hospitaes de S. José, do Recolhimento de
S. Pedro de Alcantara e da Misericordia de Lisboa, etc
Nasceu em Angra do Heroísmo a 5 de junho de 1826, e
falleceu a 23 de novembro de 1907, em Lisboa, tendo casado
com D. Sophia da Gama Barros, de quem teve:

3 D. Maria de Barros Pitta, que segue.


3 D. Sophia de Barros Pitta: n. a 5 de fe ~. de 1862, e casou
a 7 de fev. de 1891 com Luiz d'Avillez, commendador da ordem
de Nosso Senhor Jesus Christo, o qual n. a 10 de abril de 1863;
filho de Jorge Frederico d'Avillez, môço fid. da Casa Real, cav.
302

da ordem de S. Bento d'Aviz e capitão de infanteria, e de


sua 2_a mulher D. lzidora Ferreira Pinto Basto, e neto, pelo
lado paterno, dos t. 0 s condes d'Avillez, e pelo lado materno,
de Eugenio Ferreira Pinto Basto, commendador da ordem de
Christo e da Corôa de Italia, e de sua mulher D. Camila Braga.
D'este matrimonio resultaram:
4 Jorge d'Avillez: n. a 28 de jan. de 1892, e fal.
a 30 de março de 1896.
4 D. Maria da Piedade d' Avillez: n. a 16 de agosto
de 1894.
4 Manoel Jorge d'Avillez: n. a 25 de dez. de 1896.
3 D. Christina de Barros Pitta: n. a 8 de abril de 1863, e C'ISOU
a 4 de nov. de 1885 com João Filippe de Menezes Moreira
Pitta e Castro, fid. da Casa Real, bacharel formado em direito
pela Universidade de Coimbra, o qual n. a 18 de junho de
1861, e fal. a 31 de março de 1896. em Davos Platz; filho de
José de Menezes Pitta e Castro, barão de Proença a Velha, por
dec. de l de julho de 1863, fid. da Casa Real, do conselho de
Sua Magestade Fidelissima, commendador d'Aviz, cav. da Torre
e Espada, condecorado com a medalha n. 0 9 das campanhas da
Liberdade, general de brigada, etc., e da baroneza D. Maria
José Moreira. Tiveram:
4 José de Menezes Pitta e Castro: n. a 21 de set.
de 1886.
4 Manoel de Menezes Pitta e Castro: n. a 21 de
out. de 1887.
4 D. Maria José de Menezes Pitta e Castro: n. a 7
de agosto de 1891.
4 D. Christina de Menezes Pitta e Castro; n. a 9
de nov. de 1892.

3 O. Maria de Barros Pitta, - nasceu a 9 de novembro de 1859, e


casou com Pedro Lopes da Cunha Pessoa, cav. da ordem de
S Bento d'Aviz, condecorado com a medalha militar de prata
da classe de comportamento exemplar, major de estado maior,
chefe da l.ª secção da l.ª repartição da direcção geral da
secretaria da guerra, o qual nasceu a 6 de junho de 1865.
D'este consorcio resultou:
4 D. Maria Ephigenia, que n. a 19 de junho de 1898.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. I, n. 0 • Iv, vn, xxix, u, Lxm, e xcrn da
Bibliographia.
TITULO LXXIX

QUINTANILHAS

de Henrique José da su,a Qulntanilha, que nasceu em


D ESCENDEM
Lisboa e passou á ilha Terceíra no seculo xvm. Era filho
de Agostinho da Silva e Seixas e de sua mulher D. Maria
das Neves Quintanilha.
§ UNlcO

1 Henrique José da SIiva Qulntanilha, - foi cav. prof. na ordem de


Christo, bacharel formado em canones pela Universidade de
Coimbra (1744), corregedor com alçada na coma:-ca de Angra,
cargo que exercia em 1774, do desembargo de Sua Magestade,
provedor dos residuos e capellas, mamposteiro-mór dos capti-
vos e intendente geral da policia da dita cidade, e auctor de
differentes epithalamios e d' outras poesias ligeiras. N. em 1723,
e foi casado com D. Archangela Michaela Avondano, filha de
Pedro Jorge Avondano e de sua mulher O. Maria Luiza
Lampré, que veio d'Hespanha para Portugal no séquito da
princeza O. Marianna Victoria, mulher d'el-rei D. José 1.
Tiveram:
2 José Thomaz da Silva Quintanilha, que segue.
2 D. F . . . .. . • . .. da Silva Quintanilha, casada com Henrique
Pereira da Silva, morgado; - s. g.
2 D. Marianna Izabel da Silva Quintanilha, mulher de Francisco
Manoel de Mesquita Pimentel Furtado de Mendonça. - Vid.
Tit. dos Mesquita Pimenteis, § 3.0 , n. 0 8.
304

2 D. Maria Victoria da Silva Quintanilha, baptisada em Coimbra


(freg. da Sé) a 10 de agosto de 1754, e casada com José Mathcus
Coelho Borges. - Vid. Tit. dos Coelho Borges, § un., n.o 2.

2 José Thomaz da SIiva Qulntanllha, - bacharel formado em leis pela


Universidade de Coimbra, juiz de fóra no Brazil, e poeta de não
vulgar merecimento. Admittido socio na Nova Arcadia ou
Academia de Bellas Letras de Lisboa, adoptou ahi o nome
pastoril de Eurindo Nonacriense. Falleceu no Maranhão, em
1834, tendo ahi casado com D. F.. .. .. .. . (?), de quem teve,
entre outros, o filho que segue.

3 José Thomaz da Silva Quintanilha, - 1.0 barão de Paquetá e Grande


do Imperio do Brazil, cav. da ordem de Christo, official da
ordem imperial do Cruzeiro, bacharel formado em mathema-
tica pela Universidade de Coimbra, presidente da Directoria
da companhia brazileira dos paquetes a vapôr, etc.; - c. g.

São suas ARMAS : - Escudo esquar-


telado: no 1. 0 e 4. 0 quarteis, em campo
de oiro, um leão de purpura rompente,
armado de azul, tendo na garra dextra
um compasso de góles, na espadoa uma
folha de independencia de sinople ner-
vada e orlada de oiro, e por cima da
cabeça uma estrella de góles; no 2. 0 e
3. 0 quarteis, em campo de sinople, cinco
seixas de prata voando e postas em
aspa,· corôa de Grande do lmperio, e
paquife das côres e metaes do escudo.
Estas armas foram concedidas a José
Thomaz da Silva Quintanilha, n.º 3,
em 29 de jan. de 1872, e foi reg. no
Cart. da Nobr., L. v1, fls. 120.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, cap. 1, n. 05 VII, VIII e XXXIV da
Bibliographia.
TITULO LXXX

RAMOS

S
Ão da ilha do Fayal. A' Terceira passaram no seettlo x1x, na
pessoa de Antonio Ramos da Silveira Coutinho, que ahi constituiu a
família de que tracta o seguinte

§ UNICO

Antonio Ramos da SilYeira Coutinho, -fundou na cidade de Angra do


Heroísmo o Seminario Angrense, que foi aberto em 2 de
novembro de 1843 e cuja duração foi ephemera. Casou com
D. Maria das Dôres Moniz Côrte Real.- Vid. Tit. dos
Monizes, § 3.º, n.º 11.
Tiveram:

2 Antonio Ramos Moniz Côrte Real, que segue.


2 Jacintho Ramos Moniz Côrte Real, casado com D. Emilia de
Almeida. - Vid. Tit. dos Almeidas, § un., n. 0 6. D'este con·
sorcio resultaram:
3 Jacintho Ramos Moniz, casado com D. Clotilde
dos Santos, filha de Aniceto dos Santos.
3 Antonio Ramos Moniz; - solteiro.
3 D. Francisca Romana Ramos, casada com Henrique
Moniz Pamplona. - Vid. Tit. dos Rodovalhos,
§ 3. 0 , n. 0 5
3 D. Maria da Gloria Ramos, mulher de João Bap-
tista da Costa.
20
306

2 D. Elvira Ramos, casada com Fernando Brum ;- s. g.


2 D. Maria Ramos, mulher de José Francisco da Costa; - c. g.

2 Antonio Ramos Moniz Côrte Real, - redigiu o Correio da Terceira,


(folha politica mensal), cujo fim principal foi provocar a
extincção da Relacção dos Açôres, e fundou em 1874, na fre-
guezia dos Biscoitos, da dita ilha, um asylo de infancia des-
valida. Nasceu em 1835, na mesma ilha, e falleceu a 20 de
maio de 1878, tendo casado com D. Maria do Livramento
Pamplona Côrte Real.-Vid. Tit. dos Pamplonas, § 2. 0 , n. 0 12.
Tiveram:

3 Francisco Vicente Ramos, que segue.


3 Clemente Eleuterio Ramos, actual funccionario da junta geral
do districto de Angra do Heroísmo: n. a 25 de junho de 1862,
e casou com D. Maria Emitia Moniz Pamplona. - Vid. Tit. dos
Rodovalhos, § 3. 0 , n.O 5. Tiveram.

4 Clemente / .
4 D. Maria do Carmo Í falleceram cnanças.

3 D. Amelia Pamplona Ramos: n. a 26 de out. de 1863, e casou


com José Narciso Parreira de Menezes Fagundes.- Vid. Tit.
dos Porreiros, § 2. 0 , n, 0 5.
3 Alexandre Martins Pamplona Ramos, medico-cirurgico pela
Escola de Lisboa, e actual medico municipal e do hospital da
villa da Praia da Victoria: n. a 6 de junho de 1865.
3 Adolpho da Silveira Ramos: n. a 29 de julho de 1866, e fal.
solteiro, em 1891.
3 D. Adelaide Coutinho Ramos: n. a 1 de junho de 1868, e casou
com Militão Moniz Pamplona. - Vid. Tit. dos Rodovalhos,
§ 3. 0 , n. 0 5. Teem 4 filhos:

4 Raymundo: n. a 17 de agosto de 1893.


4 Clemente: n. a 25 de junho de 1895.
4 Adolpho: n. a 31 de agosto de 1900.
4 D. Maria: n. a 30 de abril de 1904.
3 D. Leonor Pamplona Ramos: n. a 13 de março de 1870, e fal.
em 1901, tendo casado com João Moniz de Sá Menezes Côrte
Real. - Vid. Tit. dos Monizes, § 3. 0 , n. 0 13.
3 D. Laura Pamplona Ramos: n. a 3 de out. de 1876, e casou
com Alfredo da Silva Sampaio. - Vid. Tit. dos Sampaios
(outros), § un., n. 0 3.

3 Francisco Vicente Ramos, - actual fiscal de l.• classe da fiscali-


sação de productos agricolas no districto de Angra do
Heroismo, e antigo substituto do juiz de direito, presidente
da camara municipal e administrador do concelho da ilha
Graciosa. Nasceu a 18 de novembro de 1860, na dita cidade
de Angra, e casou duas vezes, a primeira com D. Maria da
307

Olaria Leite do Carvalhal, e a segunda, em 26 de dezembro


de 1907, com D. Genuina Palmyra de Sousa Carvalho. -
Vid. Tit. dos Pires Tostes, § un., n.º 5.
Do primeiro matrimonio nasceram :

4 Antonio Ramos Moniz Côrte Real, que segue.


4 D. Maria da Annunciação Ramos Moniz Côrte Real, casada na
Graciosa, em 1906, com Filippe de Andrade Albuquerque Junior.

Do segundo matrimonio não existe, presentemente,


successão.

4 Anto1lo Ramos Moniz Côrte Real, - nasceu a 10 de agosto de 1881,


e falleceu solteiro a 28 de setembro de 1905, em Angra do
Heroismo.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na


Parte 1, cap. 1, n. 0 vn e LI da Bibliographia.
TITULO LXXXI

REGOS

de Gonçalo Vaz do Rego, natural da cidade do Porto, e


D ~JscENDEM
pertencente á nobre ger;ição e linhagem dos d'este appelido,
como se vê da carta de brazão d'armas de seu filho Gaspar,
extractada no final do presente titulo.
Gonçalo do Rego passou aos Açôres (ilha de S. Miguel) no
ultimo quartel do seculo xv ou no 1. 0 do seculo xv1. A sua des-
cendencia conservou-se, em parte, na dita ilha, e outra parte rami-
ficou-se em outras ilhas do dito archipelago e nomeadamente na
Terceira, onde se entroncou com as suas principaes familias.
O solar d'esta familia, na ilha de S. Miguel, era a casa onde
hoje se acha estabelecido o Colegio Fisher, a S. Joaquim, fre-
guezia matriz de Ponta Delgada.
Na ilha Terceira tem esta familia o seu solar, brazonado, na
rua do Duque de Palmella, da cidade de Angra.

§ l.º

1 Gonçalo Vaz do Rego, - gosou em Ponta Delgada dos privilegias


de cidadão do Porto, por alv. regia de 8 de junho de 1512.
Foi casado duas vezes, a primeira, no continente do reino,
com Maria Baldaya. - Vid. Tit. dos Baldayas, § 4.0 - e a
segunda, na ilha de S. Miguel, com Izabel Correia. - Vid. Tit.
dos Rodovalhos, § 1.0 , n. 0 3.
310

Do primeiro matrimonio teve, pelo menos:


2 Gaspar do Rego Baldaya, que segue.
2 Belchior do Rego Baldaya, de que me occupo no § 2. 0 •
2 Jorge do Rego Baldaya, que fal. solteiro.
2 Gonçalo do Rego Balday!l, fid. da Casa Real e juiz dos orphãos
em Ponta Delgada, cargo em que foi confirmado por el-rei
D. Manoel, por carta de 28 de agosto de 1515. Casou com
Beatriz Camello Pereira. - Vid. Tit. dos Camellos, § 2. 0 , n. 0 9.
Do segundo matrimonio nasceram :
2 Mimoel do Rego, fid. da Casa Real. Residiu em Ponta Delgada,
e foi casado com Maria Jeronyma de Viveiros; - c. g.
2 Ayres Pires do Rego, casado duas vezes, a primeira com Beatriz
de Sousa, e a segunda com Maria de Medeiros; - e. g. do
1. 0 matrimonio.
2 Anna do Rego, mulher de Manoel Pires d'Almada, cav. fid. da
Casa Real; - e. g.

2 Gaspar do Rego Baldaya, - cav. fid. da Casa Real, por alv. de 8 de


abril de 1546, passado em Almeirim, cav. da ordem de Christo,
capitão e ouvidor na ilha de S. Miguel, onde gosou de varias
privilegias que lhe concedeu el-rei D. João m, por alv. de
23 de maio de 1551, e onde foi senhor de uma grande casa,
cujo rendimento orçava por 366 moios (21:960 alqueires) de
trigo annuaes. Em 1571 justificou em Ponta Delgada a sua
nobreza, correndo o respectivo processo pelo cartorio então a
cargo de Belchior Fernandes. Casou duas vezes, a primeira
com Margarida Pires, e a segunda com Margarida de Betten-
court de Sá.
Do primeiro matrimonio teve:
3 João do Rego Beliago, que segue.
3 Leonor do Rego Baldaya, casada duas vezes, a primeira com
João Rodrigues Tavares, e a segunda com Amador d'Alpoim.-
Vid. Tit. dos Alpoins, § 2. 0 , n. 0 4.
3 Maria do Rego Baldaya, mulher de Antonio Ayala; - c. g.
Do segundo matrimonio nasceu :
3 Francisco do Rego de Sá, o Grão Capitão, assim chamado por
el-rei D. Sebastião, pelos muitos e bons serviços prestados
contra os corsarios que infestavam os mares dos Açôres. Casou
com Roqueza Nunes Rebello; - s. g.

3 João do Rego Bellago, - fid. da Casa Real, residente em Ponta


Delgada. Não casou; mas houve o filho natural que segue.

4 Gaspar do Rego Baldaya, -casou com F ......... Nunes Botelho,


de quem teve:
311

5 Francisco do Rego Baldaya, - capitão. Faleceu a 11 de agosto de


1642, na Ribeira Grande, tendo casado duas vezes, a primeira
com Anna da Costa de. Arruda, e a sêgunda com lgnez da
Ponte Raposo, de quem ignoro se teve geração.
Do primeiro matrimonio, porem, houve o filho que segue.

6 Manoel do Re&o Cabral,-capitão. Casou a 2 de maio de 1622,


na matriz da Ribeira Grande, com Maria da Ponte Raposo.
D'este consorcio nasceu:

7 Francisco do Rego de lá, - capitão. Casou duas vezes na ilha de


S. Miguel, a primeira com D. Maria Pimentel de Barros, e a
segunda com D. Clara de Sousa, de quem ignoro se teve
geração.
Do primeiro matrimonio, porém, houve:

8 Antonio do Rego de Faria, - fid. da Casa Real. Casou a 4 de


junho de 1673, na matriz de Ponta Delgada, com D. Catha-
rina Botelho do Canto. - Vid. Tit. dos Cantos, § 7. 0 , n. 0 6.
Tiveram:

9 João do Rego Botelho do Canto, que segue.


9 D. Maria do Canto e Faria, casada com Francisco Machado de
Faria e Maia (em 2. 05 nupcias d'este); - c. g.

9 João do Rego Botelho de Faria, -fid. Cav. da Casa Real. Casou a


9 de julho de 1691 com D. Antonia Faustina Leite Correia de
Medeiros, de quem teve o filho que segue.

10 Antonlo Francisco do Rego Botelho de Faria, -fid. cav. da Casa Real,


por alv. de 28 de junho de 1783 (L. xv das mercês da rainha
D. Maria r, fls. 17). Casou com D. Marianna de Bettencourt
Côrte Real do Canto. - Vid. Tit. dos Bettencourts, § 4. 0 , n. 6.
D'este consorcio nasceu.

11 João Manuel do Rego Botelho dn Faria Côrte Real da SilYeira, - fid. cav.
da Casa Real, sargento-mór do terço de infanteria e capitão
das Ordenanças de Angra, por carta patente de 12 de feve-
reiro de 1759. N. na cidade de Angra, (freguezia da Sé), e
ahi casou no Oratorio da Casa de Diogo Antonio Leite Bote-
lho de Teive, a 17 de junho de 1758, com D. Francisca
Matheusa Leite de Noronha. - Vid. Tit. dos Leites, § 1. 0 , n. 7.
312

Tiveram, pelo menos ;

12 Diogo José do Rego Botelho de faria, que segue.


12 João do Rego Botelho, que n. a 27 de dez. de 1770, na freg. da
Sé de Angra.

12 Diogo José do Rego Botelho de Faria, - fid. cav. da Casa Real, por
alv. de 15 de junho de 1786 (L. xx das mercês da rainha
D. Maria r, fls. 155 v.). N. em Angra, e casou duas vezes. a
primeira com D. Joaquina Quiteria da C:osta Noronha. -- Vid.
Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n. 0 8 - e a segunda, a 13 de feve-
reiro de 1808, na matriz de Ponta Delgada, com D. Thereza
Jacintha da Camara, de quem ignoro se teve geração.
Do primeiro matrimonio, porém, houve:

13 João Maria do Rego Botelho de Faria, - fid. cav. da Casa Real, por
alv. de 27 de fevereiro de 1813 (L. xxv1, fls. v.), alferes-mór
da Bandeira e chanceller-mór do sêllo da camara de Angra,
por provisão de 24 de dezembro de 1818, e deputado da Pro-
víncia Oriental dos Açôres. Nasceu em Angra, e casou na
ilha de S. Miguel com D. Anna Elvira da Camara Coutinho,
filha de Francisco Manoel da Camara Coutinho e de sua
mulher D. Maria Ursula do Rego Botelho de Faria.
Tiveram, pelo menos :

14 João Manoel do Rego Botelho de Faria, que segue.


14 Diogo do Rego Botelho.
14 Emilio do Rego Botelho, bacharel formado em direito pela
Universidade de Coimbra (1864).

14 João Manuel do Rego Botelho de Faria, - foi sr. e herd. do palacio


de S. Joaquim, em Ponta Delgada. Nasceu na dita cidade, e
casou na parochial de Nossa Senhora da Piedade e Santo
Quintino (patríarchado de Lisboa) com D. Narcisa Adelaide
das Neves Holtreman, a qual nasceu na freguezia do Salva-
dor, da villa de Santarem, e era filha de Antonio Maria Ribeiro
da Costa Holtreman, bacharel formado em leis e canones pela
Universidade de Coimbra, e de sua 2.ª mulher D. Libania
Augusta das Neves e Mello (recebidos na freguezia de
S. Pedro, de Coimbra); neta, pelo lado paterno, de Manoel
Ribeiro Holtreman e de sua mulher D. Narciso Perpetua
d'Oliveira Seabra, e, pelo lado materno, do Dr. Antonio José
das Neves e Mello, lente da faculdade de philosophia na dita
Universidade, e de sua mulher D. Maria Izabel de Lima.
313

Tiveram:
15 Antonio :\faria Holtreman do Rego Botelho de Faria, que segue.
15 João Maria Holtreman do Rego Botelho de Faria, casado com
Emma Degglla, de quem teve :

16 Vasco Carlos do Rego Botelho, 2. 0 tenente da


armada, a cujo posto foi promovido em 13 de jan.
de 1907. N. a 25 de jan. de 1884.
16 D. F ......... do Rego Botelho.

15 D. Maria Izabel Holtreman do Rego Botelho de Faria, que


fal. solteira.

15 Anfonlo Maria Holfreman do Rego Botelho de Faria, - 1. º conde de Rego


Botelho, antigo par do reino electivo, consul da Inglaterra na
ilha Terceira e presidente da camara municipal de Angra do
Heroísmo. Nasceu a 28 de agosto de 1854 e foi baptisado
a 23 de setembro immediato na dita parochial de Nossa
Senhora da Piedade e Santo Quintino, e casou com D. Maria
Sieuve de Menezes. - Vid. Tit. dos Sieuves, § 2. 0 , n.º 6.
Teem dois filhos:
16 D. Margarida Sieuve de Menezes do Rego Botelho de Faria,
viscondessa de Agualva pelo seu casamento com Jacintho
Carlos da Silva. - Vid. Tit. dos Silvas (outros), § un., n. 0 3.
N. a 27 de de Julho de 1878.
16 João Baldaya Sieuve do Rego Botelho de Faria, que segue

16 João Baldaya Sleu,e do Rego Botelho de Faria, - diplomado com o


curso de sciencias sociaes, que tirou em uma Universidade
estrangeira, e actual addido á legação de Portugal em Berlim.
Nasceu a 9 de junho de 1883, e foi baptisado a 28 de agosto
immediato na Sé Cathedral de Angra do Heroísmo.

§ 2.º

2 Belchlor do Rego Baldaya (§ 1. 0 , n.º 2), - casou duas vezes, a


primeira com Izabel Alvares, e a segunda com Izabel Raposo.
Do primeiro matrimonio teve:
3 João Baldaya.
3 lzabel Baldaya, cas~da com Balthazar Raposo.
3 Maria Baldaya, mulher de Gaspar de Viveiros.

Do segundo matrimonio nasceram:


3 Manoel do Rego Baldaya, que segue.
3 Gaspar Baldaya.
314

3 Manoel do Rego Bal~aya, - casou na villa da Praia, da ilha Ter-


ceira, com Jeronyma Ferraz de F1gueiredo, de quem teve o
filho que segue.

4 Belchior Baldaya do Rego, - residiu primeiramente na ilha de


S. Miguel, e depois na Terceira, onde foi juiz e vereador da
camara da villa da Praia. Casou na 1.ª das referidas ilhas
com D. Margarida Botelho de Vasconcellos, de quem teve o
filho que segue.

5 João do Rego de Vasconcellos, - casou duas vezes, a primeira com


D. Maria Pacheco de Mello. - Vid. Tit dos Camellos, § 3. 0 ,
n.'' 13 -- e a segunda com Violante Espinoza Cordeiro.-Vid.
Tit. dos Cordeiros, § 2. 0 , n.º 5.
Do segundo matrimonio ignoro se ficou sucessão; do
primeiro, porém, houve:
6 Sebastião de Sousa de Menezes de Vasconcellos, que segue.
6 Joiio do Rego de Vasconcellos, capitão.

6 Sebastião de Sousa de Menezes de Vasconcellos, - capitão. Casou com


D. Maria Cesar Torres Pereira, de quem teve:
7 Miguel Francisco de Menezes Baldaya.
7 D. Clara Sophia Pacheco de Mello, que segue.

7 O. Clara Sophia Pacheco de Mello - casou com Francisco Moniz


Barreto Côrte Real.- Vid. Tit. dos Monizes, § 1. 0 , n,º 8.

São suas ARMAS: - Em campo verde


uma ribeira de prata e azul, em banda,
e n'ella tres vieiras de oiro; timbre,
uma das vieiras entre duas plumas de
verde realçadas de oiro.
Brazões especiaes teem sido conce-
didos a diversos membros d'esta familia
e nomeadamente aos seguintes:
A Gaspar do Rego Baldaya, § l. 0
,

n. 0 2, foi concedido por carta regia de


6 de março de 1529, reg. na Chanc. de
315

D. João rn, L. XVII, fls. 45 v., o seguinte


brazão d'armas de seus antecessores,
com todas as honras e privilegias de
fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Regos:-Em campo verde
uma banda ondada de prata e n'ella
tres vieiras de oiro perfiladas de azul;
elmo de prata, aberto, guarnecido de
oiro, paquife de oiro e verde, e por
differença, uma merleta de oiro: timbre,
uma vieira de oiro entre dois penachos
verdes.
A João Manoel do Rego Botelho de
Faria Côrte Real da Silveira, § 1. 0 ,
n. 0 11, foi concedido por carta regia de
21 ou 28 de junho de 1783, reg. no
Cart. da Nobr., L. m, fls. 97 v., o se-
guinte brazão: - um escudo esquarte-
lado: no 1. 0 quartel as armas dos
Regos; no 2. 0 as dos Botelhos; no
3. 0 as dos Bettencourfs; e no 4. 0 as
dos Côrte Reaes; elmo de p1ata, aberto,
guarnecido de oiro, e por timbre, uma
vieira de oiro entre dois penachos verdes
E' este o brazão d'armas que se acha
esculpido na frontaria da casa solar dos
Regos, de Angra.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. I, n.os VII, VIII, XIV, XXVII, XXVIII, XXXVI, XXXVII,
XLV, XLVI, LXIV, LXXII, LXXXV, LXXXVI e XCIV da
Bibliographia.
TITULO LXXXII

RIBEIROS

D ESCENDEM de uma antiga familia do appellido Ribeiro, estabe-


lecida em Braga, e da qual o mais remoto membro de que
posso dar noticia é João da Rocha Ribeiro, que nasceu na primeira
metade do seculo xvm.

§ UNICO

I João da Rocha Rl'81ro, -


foi casado com D. Anna Joaquina de
Carvalho, de quem teve os seguintes filhos:

2 Elias José Ribeiro, que segue.


2 João da Rocha Ribeiro, procurador da Junta do Commercio
de Lisboa em Angra, sr. da Casa da Oliveira, no sitio do
Caminho de Baixo (suburbios da dita cidade}, bem como da
respectiva Ermida sob a invocação de Nossa Senhora da
Oliveira, que reconstruiu em 1817, e sr. de varias outras
propriedades na ilha Terceira, onde foi tambem grande capita-
lista. Foi casado com D. Francisca Teixeira de Sampaio. -
Vid. Tit. dos Teixeiras de Sampaio, § 1. 0 , n. 0 2; - s. g.
2 Fructuoso José Ribeiro, cav. prof. na ordem de Christo,
bacharel formado em canones pela Universidade de Coimbra,
conego, thesoureiro-mór e deão da Sé Cathedral de Angra,
vigario capitular da mesma dfocese, e sr. da Quinta da Pateira,
na ilha Terceira. Seguiu na dita ilha o partido de D. Miguel,
pelo que foi pronunciado na devassa a que ahi se procedeu
contra os adeptos do absolutismo, e deportado para a ilha de
S. Miguel apoz a revolução de 22 de junho de 1828. Foi um
318

dos signatarios do auto da sagração da Sé de Angra, em 16 de


out. de 1808, pelo bispo D. José Pegado de Azevedo, que tinha
por elle grande estima e amisade, e tanta que no testamento
que fez a 11 de junho de 1812, na ilha de S. Miguel, aonde
se achava de visita, o instituiu, na falta de sua mãe, por seu
universal herdeiro, junctamente com José Ribeiro de Carvalho
e Francisco de Paula Pinheiro, tambem ecclesiasticos.
2 José Ribeirn de Carvalho, conego da Sé de Angra.
2 D. Izabel / freiras no mosteiro da Conceição, da
2 D. Thereza Pulcheria í dita cidade,

2 Elias José Ribeiro (ou Ellas José Ribeiro de Canalho, como tambem é
denominado em documentos), - foi commendador da ordem
de Christo, official da arma de artilheria, cujos postos seguiu
até o de general de brigada, governador militar do Fayal,
cargo que exercia em 28 de setembro de 1814, e governador
da província do Maranhão (1820 a 1822). Nasceu em Braga,
e falleceu em Lisboa a 8 de dezembro de 1833, tendo casado
no Brazil pelos annos de 1817 a 1820 com D. Carlota Augusta
dos Reys Portugal, que nasceu em Lisboa, e era filha de
Antonio Joaquim dos Reys Portugal, chefe de esquadra, e de
D. lzabel Eliodora.
Tiveram:

3 Carlos Augusto Portugal Ribeiro, que segue.


3 Elias José Ribeiro, major reformado, do exercito. N. a 27 de
julho de 1823, e fal. a 20 de agosto, de 1903, tendo casado em
abril de 1845 com D. Maria Adelaide de Barcellos Lobão, de
quem teve:
4 Elias José Ribeiro, commendador, official e cav.
da ordem de S.. Bento de Aviz, cav. da ordem de
Christo, condecorado com a medalha militar de
prata, da classe de comportamento exemplar,
general de brigada, antigo governador do Castello
de S. João Baptista, de Angra, e actual director
geral da 1.• direcção do ministerio da guerra.
N. na ilha Terceira a 9 de jan: de 1846; assentou
praça em 10 de Agosto de 1865; alferes em 15 de
jan. de 1868; tenente em 20 de agosto de 1873;
capitão em 8 de out. de 1879; major em 22 de
março de 1888; tenente-coronel em 30 de dez.
de 1893; coronel em 11 de jan. de 1896; e
general de brigada em nov. de 1907.
Casou a 1 de março de 1871 com D. Amelia da
Rocha de Mattos Abreu, de quem teve:
5 D. Bertha Ribeiro: n. a 2 de dez.
de 1872, e fal. a 19 de set. de 1881.
5 D. Bertha Ribeiro: n. a 9 de março
de 1883.
319

5 Gaspar Ribeiro : n. a 24 de agosto de


1884, e fal. a 3 de agosto de 1886.
5 D. Regina Ribeiro: n. a 11 de set.
de 1890.
4 D. Francisca Adelaide Lobão Ribeiro: n. a 6 de
fev. de 1849, e casou com Antonio Gil, de quem
teve:

5 D. Graziella: n. a 24 de dez. de 1870,


e fal. a 8 de jan. de 1890.
5 D. Estella Gil: n. a 17 de out. de
1877, e casou com Evaristo Gabriel,
de quem teve:
6 D. Marina, que n. a
17 de nov. 1898.

4 João da Rocha Ribeiro, cav. da ordem de S. Bento


de Aviz, condecorado com a medalha militar de
prata, da classe de comportamento exemplar, e
com a medalha de prata concedida ao merito,
philantropia e generosidade, tenente-coronel, re-
formado, do exercito (arma de infanteria). N. a
15 de jan. de 1852, e casou em 1880 com
D. Emilia da Silva Carvalho, de quem teve :

5 Lulz da Silva Ribeiro, bacharel for-


mado em direito pela Universidade
de Coimbra e advogadc nos audi-
torios da comarca de Angra do
Heroísmo. N. a 4 de dez. de 1882.

4 D. Adelaide Elias Lobão Ribeiro: n. a 20 de dez.


de 1852, e casou com Antonio Verissimo dos
Santos Pacheco. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 2. 0 ,
n. 0 13.
4 D. Maria Christina Lobão Ribeiro: n. a 20 de
agosto de 1856, e casou com Luiz da Costa, es-
crivão-notario da comarca de Angra do Heroismo,
de quem teve :

5 D. Emma Ribeiro da Costa: n. a


16 de nov. de 1886.
5 D. Aida Ribeiro da Costa: n. a 8 de
fev. de 1890, e casou com Manoel
de Mesquita. - Vid. Tit. dos Mes-
quitas Pimenteis, § 4.", n.º 12.

3 Carlos Augusto Portugal Ribeiro, - tendo sido baptisado na parochial


de Nossa Senhora da Victoria, da cidade de Oeiras, província
do Pianhy, a 4 de julho de 1821, veio com poucos annos de
idade para Lisboa, onde frequentou o Collegio d0s Nobres.
Pouco depois do fallecimento de seu pae, foi com sua mãe
320

para a ilha Terceira onde exerceu, entre outros, o cargo de


chefe da fiscalisação do antigo contracto do tabaco, ficando
depois addido á repartição de fazenda do districto de Angra
do Heroísmo. Dedicou-se ao jornalismo e foi redador prin-
cipal, durante muitos annos, d'O Angrense. Militou sempre
no partido liberal. Falleceu a 24 de abril de 1894, na dita
ilha, tendo ahi casado, na Sé de Angra, a 2 de janeiro de 1845,
com D. Maria Izabel de Lemos Alvares, que nasceu em Angra
a 29 de agosto de 1823; filha de Francisco de Lemos Alvares
e de sua mulher D. Anna Luiza, referidos a pag. 359 do vai. r.
Tiveram:

4 D. Maria das Dôres Portugal Ribeiro, que n. a 12 de abril


de 1848, - solteira.
4 Augusto Ribeiro, que segue.

4 Augusta Maria de Lemos Almes Portugal Ribeiro (ou só Augusto Ribeiro


como agora se denomina), - é commendador das ordens de
Carlos m e Izabel a Catholica, de Hespanha; cavalleiro da
Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa,
e da Legião d'Honra, de França; official da ordem de Leopoldo,
da Belgica, e de Gustavo de Wasa, da Suecia; official da Aca-
demia e da Instrucção Publica de França; chefe de repartição
da direcção geral do ultramar no ministerio da marinha, para
que foi nomeado por decreto de 26 de maio de 1897, e pro-
fessor effectivo da Escola Colonial de Lisboa, por decreto de
20 de março de 1906; socio da Sociedade de Geographia de
Lisboa, do Instituto de Coimbra, da Associação dos Architetos
e Archeologos e do Conselho dos Monumentos Nacionaes de
Portugal, da Associação das Escolas Moveis pelo methodo de
João de Deus (socio de merito), da Sociedade de Geographia
(sacio honorario correspondente) e do Imperial \ nstituto de
Londres, do Instituto Internacional Colonial de B ruxellas, da
Sociedade Archeologica e Historica da Bolívia, da Academia
lndo-Chineza e da Sociedade de Estudos Coloniaes de Paris,
do Conselho Heraldico de França e do Instituto Heraldico de
Roma. Foi professor de portuguez (3. 0 anno) e de phi1osofia
no Lyceu Nacional de Angra do Heroísmo, apenas cone 1uiu o
curso geral no mesmo Lyceu, deputado ás côrtes da nação por
Angola ( 1877 -1890) e secreta rio particular dos ministros da
marinha Conde de Macedo, Barros Gomes e Ressano Garcia.
Fundou em Angra do Heroismo o jornal de propaganda libe-
ral A !dêa Nova, e ioi tambem um dos fundadores e principaes
redadores do Commercio de Portugal. Collaborou na Revo-
lução de Setembro e na Correspondencia de Portugal, bem
321

como no Paiz, no Progresso, no Diario Popular e no Con-


temporaneo, e foi correspondente por muitos annos e director
politico do Dez de Março. Tem escripto e pubicado: -Pro-
gredior (conferencia de propaganda liberal). A reação ultra-
montana e a liberdade, Os Lazaristas nos Açôres, Eu e Elle
(resposta á pontifical que o cxcommungou pela publicação
d'Os Lazaristas nos Açôres), Almanack lnsulano (187:3-187 4),
Pro Memoria-Visita de Suas Magestades El-Rei D. Carlos I
e a Rainha Senhora D. Amelia á Ilha Terceira (Vid. pag. 27 do
vol. 1), Questões Coloniaes do dia (1902-1906), Le présent et
l'avenü des colonies portugaises (1904), Bento de Ooes (estudo
historico e geographico ácerca d'este celebre viajante açoriano
do seculo xvn (1904) e Le Portugal et l'oeuvre internationale
cotonniere (1904).
Nasceu em Angra do Heroismo a 16 de maio de 1853, e
casou a 19 de setembro de 1887, em Lisboa (S. Jorge de
Arroyos), com D. Esther Nunes Cordeiro, a qual nasceu em
Lisboa a ~2 de junho de 1861.
Teem tres filhos:

5 D. Maria Angra Cordeiro de Lemos Alvares Portugal Ribeiro :


n. em Lisboa a 18 de junho de 1888, e ahi casou, na Egreja do
Coração de Jesus, a 11 de fev. de 1909, com D. Manoel Ribas
y Potau, catalão, de quem existe uma filha chamada:

6 D. Maria Manoela, nascida a 5 de nov. de 1909.


5 Carlos Julio Cordeiro de Lemos Alvares Portugal, nascido em
Usboa a 25 de set. de 1891.
5 Francisco de Lemos AI vares Cordeiro Portugal Ribeiro, nascido
tambem em Lisboa a 10 de maio de 1901.

(*) Usam as seguintes ARMAS: - Um es-


cudo esquartelado: no 1. 0 quartel, em
campo azul um leopardo de prata ar-
mado de oiro, chefe de oiro com tres
estrellas vermelhas de cinco pontas
(Ribeiros, procedentes de Damião Dias,
escrivão da fazenda de D. João III);
no 2. 0 quartel, em campo de prata,
uma aspa vermelha, carregada de cinco
vieiras de oiro (Rochas); no 3. 0 quartel,
322

em campo de oiro, cinco estrellas san-


guinhas de cinco raios, postas em
santor (Fonsecas); e no 4. 0 quartel, em
campo azul, uma estrella de oiro de
oito raios entre uma quaderna de cres-
centes de prata (Carvalhos); por diffe-
rença, um farpão de oiro; elmo de
prata, aberto, guarnecido de oiro, e
por timbre, o leopardo das armas.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. I, n. 05 1, IV, VII, XXXIV, XXXVI, LI, T,XIII e LXXXVII da
Bibliographia.
TITULO LXXXIII

ROCHAS

o mais remoto membro d'esta familia, de que posso dar


noticia, é Fernando Joaquim de Sousa Rocha, que nasceu na
segunda metade do seculo xv11r, e residiu na Hha Terceira
onde foi um dos maiores proprietarios.

§ UNICO

1 Fernando Joaquim de Sousa Rocha, - foi um dos signatarios do auto


da Acclamação da rainha D. Maria rr, em Angra, aos 22 de
junho de 1828, e thesoureiro da real fazenda na dita cidade.
Casou com D. Maria Joaquina Ramos de Araujo, filha de
Joaquim Ramos de Araujo.
Tiveram:

2 Fernando Maria de Sousa Rocha, que segue.


2 Manoel Lourenço de Sousa Rocha, bacharel formado em direito
pela Universidade de Coimbra (1850). Foi um dos 16 academi-
cos que foram riscados da dita Universidade pela sua adhesão
á revolução popular, que rebentou em Coimbra em 8 de março
de 1844. Representou nas côrtes geraes da nação o circulo elei-
toral de Angra. e fal. solteiro.
2 D. Maria Joaquina de Sousa Rocha, casada com Manoel do
Nascimento de Mesquita, - Vid. Tit. dos Mesquita Pimenteis,
§ 4.o, n. 0 10.
2 D. Ignez de Sousa Rocha, que fal. solteira.
324

2 D. Carlota Augusta de Sousa Rocha, casada com Manoel


Augusto Coelho Borges. - Vid. Tit. dos Coelho Borges,
§ un., n.o 4.

2 Fernando Maria de Sousa Rocha, - casou com D. Maria Magdalena


de Bettencourt de Vasconcellos e Lemos. - Vid. Tit. dos
Bettencourts § 1. 0 , n. 0 11.
Tiveram:

3 Fernando Rocha, que segue.


3 D. Maria Magdalena de Bettencourt de Sousa Rocha, casada
com Julio Pamplona Côrte Real. - Vid. Tit. dos Rodovalhos,
§ 3. 0 , n.º 4.
3 D. Francisca de Bettencourt de Sousa Rocha, mulher de
Emygdio Lino da Silva. - Vid. Tit. dos Silvas (outros), § 3. 0 ,
n. 0 2.
3 D. Maria Guilhermina de Bettencourt, distincta poetisa, e fun-
dadora da Casinha Economica Angrense, inaugurada a 17 de
abril de 1897. Fal. a 7 de julho de 1907, tendo casado com
João Marcelino de Mesquita Pimentel. - Vid. Tit. dos Mes-
quita Pimenteis, § 4. 0 , n. 0 11.

3 Fernando Rocha, -bacharel formado em philosophia (1861) e


direito (1866) pela Universidade de Coimbra, advogado e
vereador da camara municipal de Angra, delegado do procu-
rador regio na comarca de Lisboa e da Villa da Praia da
Victoria, juiz presidente do tribunal administrativo de Angra,
juiz de direito na comarca da ilha do Pico, e fervoroso apos-
tolo da Liberdade. Foi um dos redadores d'O Independente
da Terceira (semanario político), que terminou com o supple-
mento ao n. 0 25, de 9 de maio de 1871. Casou com D. Maria
da Silva Baptista, filha de Antonio da Silva Baptista e de sua
mulher D. Maria Pamplona.
Tiveram:

4 Arthur Fernando Rocha, que segue.


4 D. Maria do Carmo Pamplona d11 Silva Rocha : n. a 19 de julho
de 1869, em Angra, e casou com Luiz Augusto Pamplona
Coelho Borges. - Vid. Tit. dos Coelhos Borges, § un., n. 0 5.

4 Arthur Fernando Roc~a, - medico-cirurgico pela Escola de Lisboa


(1900), medico effectivo do Real Hospital de S. José, por dec.
de 26 de janeiro de 1902, medico auxiliar da Misericordia de
Setubal, nomeado em sessão da respectiva meza adminis-
trativa de 12 de janeiro de 1903, professor do Lyceu de Setu-
bal, por dec. de 4 de julho de 1907, e actual professor do
Lyceu de Vizeu, para onde foi transferido em maio de 1909.
325

Nasceu a 1 de maio de 1873, em Angra do Heroismo, e


casou com O. Virgínia de Macedo Branco, que nasceu a
20 de abril de 1883.
Teem uma só filha chamada :
5 D. Maria Guilhermina, a qual n. a 14 de abril de 1904.

Acerca d'esta família vid. as obras mencionadas na Parte r,


cap. 1, n. 0 s vn, LI, e LXIII da Bibliographia, e bem assim
os Apontamentos para a Historia Contemporanea
por Joaquim Martins de Carvalho, pag. 192. ·
TITULO LXXXIV

RODOVALHOS

S ÃO de origem franceza, descendentes de Diogo Vaz Rodava!,


da Casa Rodoval, uma das mais antigas da Normandia.
Diogo Vaz veio para Portugal, nos fins do seculo xv ou prin-
cipias do seculo xv1, como capitão de uma nau. Tendo aportado a
um dos portos do Alemtejo, passou em seguida á villa de Vianna,
nas proximidades de Evora, onde casou com Maria Esteves Cansada.
Os seus descendentes transformaram o appellido Rodoval em
Rodovalho, e com elle assim deturpado passaram aos Açôres em
varias ramos, de que são troncos: -Ayres Pires Rodovalho, na ilha de
s. Miguel; Vasco Fernandes Rodmlho e Braz Dias Rodowalho, na ilha Ter-
ceira; e Somes Dias Rodovalho, na ilha das Flôres.

§ 1.0

1 Ayres Pires Rodowalho, - viveu na ilha de S. Miguel com grande


fausto e riqueza, e ahi casou duas vezes, a primeira com
Guiomar Rodrigues, e a segunda com Margarida Mendes.
Do segundo matrimonio não teve sucessão; do primeiro,
porém, teve o filho que segue.

2 Lourenço Ayres Rodo,alho, - serviu a el-rei em Africa, onde foi


armado cavalleiro, e em Ponta Delgada exerceu os cargos de
juiz dos orphãos e vereador da camara. Foi casado com
Ignez Correia, natural do Algarve.
328

Tiveram:

3 Ayres Pires, clerigo.


3 Gaspar Correia Rodovalho, que segue.
3 Anna Lourenço Rodovalho, casada com Ruy da Costa, cav. de
S. Thiago; - c. g.
3 Guiomar Rodrigues Rodovalho; - cas., c. g.
3 Helena Lourenço Rodovalho, casada com Amador Francisco
Caiado, cav. de S. Thiago; - c. g.
3 Izabel Correia, casada duas vezes, a primeirn com Pedro Vaz
d' Alpoim. - Vid. Tit. dos Alpoins, § 2.o, n.o 4 - e a segunda
com Gonçalo Vaz do Rego, - Vid. Tit. dos Regos, § 1. 0 ,
n.º 1.
3 Maria Rodovalho, casada tambem duas vezes, a primeira com
Bartholomeu Nunes, e a segunda com João Alvares; -- c. g,

3 Gaspar Correia RodOYalho, --foi juiz dos orphãos em Ponta Delgada,


e casado com Catharina Ferreira, de quem teve:

4 Gaspar Correia Rodovalho, que segue.


4 lgnez Correia Rodovalho, casad11 com Lopo Annes furtado.

4 Saspar Correia Rodovalho,-nasceu em Ponta Delgada, e foi casado


com Ignez Casado de Carvalho, natural da mesma cidade,
filha de Belchior da Costa Rocha, natural de Guimarães, e de
sua mulher Izabel Casado Maciel, natural de Vianna.
Tiveram o filho que segue.

5 Gaspar Correia Rodoulho, - prior da Egreja de Nossa Senhora dos


Martyres de Lisboa, e depois chantre da Sé de Angra.
Vivia em 1643.

§ 2.º

1 Vasco Fernandes Rodovalho,-residiu na ilha Terceira, onde exerceu


varios cargos publicos e nomeadamente o de juiz ordinario de
Angra, o qual servia em 1542. Casou com Brizida Pires, com
a qual fez testamento em 7 de fevereiro de 1544.
Tiveram os seguintes filhos, que constam do dito testa-
mento:

2 Braz Dias Rodovalho, que segue.


2 Gaspar Fernandes Rodovalho, casado com Anna Garcia ;-c. g.
2 Catharina Vaz Rodovalho, casada com Sebastião Merens. -
Vid. Tit. dos Meirelles, § l.t', n.o 3.
2 Belchior Fernandes.
329

2 Braz Dias Rodovalho, - foi partidario de D. Antonio, prior do


Crato, e vereador da camara de Angra, em cuja qualidade
assignou a carta que esta corporação dirigiu ao rei de França,
Henri m, em 6 de junho de 1581, e a que me referi no
vol. r (pag. 265 e 266). Casou duas vezes, a primeira com
Mor Pacheco de Lima. - Vid. Tit. dos Pachecos, § 1. 0 , n. 0 3 -,
e a segunda com Izabel Dias Madruga.
De um dos referidos matrimonias houve o filho que segue.

3 Vasco Fernandes Rodotalho, -foi provedor dos resíduos, orphãos e


capellas da ilha Terceira, e casado com Maria Abarca. - Vid.
Tit. dos Borges, § 1. 0 , n. 0 4.
Tiveram a filha que segue.

4 O. lzeu Pacheco Abarca, - casou com Vital de Bettencourt de


Vasconcellos. -- Vid. Tit. dos Bettencourts, § 1.0 , n.º 3.

§ 3.º

Hypollto Cassiano Rodovalho, - é um ramo legitimo de Vasco


Ferpandes Rodovalho, § 2. 0 , n.º 1. Foi sr. e possuidor de
varias vinculos, e casado com Brizida de ..... (?), de quem
teve o filho que segue.

2 Agapito Pamplona Rodovalho, - foi capitão reformado de artilheria.


Tomou parte activa na revolução de 1821, seguindo a causa
liberal, e falleceu em Angra a 1 de maio de 1863, tendo
casado com D. Narcisa de Barcellos Pamplona.
Tiveram:

3 Militão Pamplona Côrte Real, que segue.


3 Julio Pamplona Côrte Real, cav. de S. Bento de Aviz, condeco-
rado com a medalha n.o 7 das Campanhas da Liberdade, e
major reformado do exercito. N. a 15 de set. de 1811, em
Angra, e fal. em 1871, tendo casado com D. Maria Adelaide
Cabral, de quem teve :
4 Henrique Pamplona Côrte Real, casado com
D. Marianna da Gloria Moniz Barreto do Couto.
- Vid. Tit. dos Monizes, § 2.o, n.o 11. D'este
consorcio resultou :
5 Henrique Moniz Pamplona, casado
com D. Francisca Romana Ramos.
-Vld. Tlt. dos Ramos,§ un., n. 0 3.
330

4 Julio Pamplona Côrte Real, casado com D. Maria


Magdalena de Bettencourt de Sousa Rocha_-Vid.
Tit. dos Rochas, § un., n. 0 3. Teem :

5 Julio Cario da Rocha Pamplena.


5 Fernando Sotéro da Rocha Pamplona.

3 Joaquim Maria Pamplona Côrte Real, commendador da ordem


de Christo e major reformado de artilheria. Seguiu tambem
na ilha Terceira 2 causa liberal, entrando na revolução de 22 de
junho de 1828, e na acção do Pico do Celleiro, e tomando parte
na defeza da ilha, em cuja guarnição ficou apoz a partida do
Exercito Libertador. Fal. a 23 de maio de 1877, tendo casado
c1,m D. Maria Candida Coelho e Sousa, de quem teve :

4 D. Maria Izabel Pamplona Côrte Real, casada


com Miguel Coelho Borges. - Vid. Tit. dos
Coelho Borges, § un., n. 0 4.

4 Militão Pamplona Côrte Real, - foi ca v. da ordem de S. Bento d' Aviz,


condecorado com a medalha n. 0 9 das Campanhas da Liberdade,
e com a das Campanhas d'Hespanha, e coronel reformado de
infanteria. Veio da ilha Terceira com a expedição liberal, e
ao desembarcar no Mindello empunhava a bandeira que a
rainha D. Maria n havia oferecido ao batalhão de caçadores
n.º 5 (Vid. pag. 55 do vol. 1). Fez toda a campanha liberal
até á convenção d'Evora Monte, foi na divisão auxiliar á
Hespanha, esteve nas acções de Ruivães e de Chã da Feira, etc.
Falleceu a 8 de março de 1890, em Angra, tendo casado
com D. Joan na Martins Pamplona, de quem teve:

4 Militão Martins Pamplona, que fal. solteiro.


4 José Joaquim Martins Pamplona Côrte Real, que segue.
4 Raymundo Martins Pamplona, casado com D. Maria Izabel
Moniz, de quem teve :

5 Militão Moniz Pampfona, casado com D. Adelaide


Coutinho Ramos. - Vid. Tit. dos Ramos, § un.,
n. 0 3.
5 D. Maria Emilia Moniz Pamplona, casada com
Clemente Eleuterio Ramos. - Vid. cit. Tit. dos
Ramos, § un., n. 0 3.

4 José Joaquim Martins Pamplona Côrte Real, - casou com D. Nivia


Coelho Diniz, da villa da Praia da Victoria.
Tiveram um só filho chamado:

5 Antonlo Martins Pamplona, - o qual nasceu em 1892, na cidade de


Angra do iieroismo; - solteiro.
331

1 Braz Dias Rodowalho, - é o 2. 0 ramo desta família que foi esta-


belecer a sua residencia na ilha Terceira. Foi cav. da ordem
de Christo e provedor dos residuos, orphãos e capellas da
ilha Terceira. Falleceu em 1546, tendo casado com Beatriz
Merens, de quem teve :

2 Fernão Vaz Rodova1ho, que segue.


2 Diogo Vaz Rodova1ho, partidario de D. Antonio, prior do Crato.
e por este agraciado, em 2 de junho de 1580, com uma tença
annua1 de 30$00 reis. Casou com Maria Luiz ; - s. g.
2 Manoel Merens Rodovalho, provedor dos resíduos, orphãos e
capellas da ilha Terceira, por carta regia de 14 de set. de 1546.
Por alv. regio de 26 de out. de 1550 foi-lhe permitido usar de
sêllo egua1 ao dos provedores dos residuos do reino. Fal. em
1571, tendo casado com Catharina Pacheco, de quem teve

3 Antonia Merens Rodovalho, que fal. solteira a 14:


de junho de 1588.

2 Francisca Merens Rodovalho, casada com Antonio Pamplona


de Miranda. - Vid. Tit. dos Pamplonas, § 2. 0 , n. 0 2.
2 Maria Luiz Merens Rodovalho, mulher de Mathias Pamplona
de Miranda. - Vid. cit. Tit. dos Pamplonas, § 3. 0 , n.o 2.

2 Fernão Vaz Rodovalho, - casou com Leonor Pamplona de Miranda,


de quem teve o filho que segue.

3 Fernão Vaz Rodowalho, - casou com Izabel do Carvalhal, a qual


falleceu a 18 de março de 1575.
Ignoro se deixaram successão.

§ 5.º

1 Gomes Dias Rodovalho, - é o tronco d'esta família na ilha das


Flôres, onde exerceu os cargos de capitão-mór e ouvidor.
Casou na ilha Terceira com Beatriz Lourenço Fagundes, de
quem teve, pelo menos:

2 Fernão Lourenço Rodovalho, que segue.


2 Francisco Gomes Rodovalho.
2 Nuno Gomes Rodovalho.
2 Gomes Dias Rodovalho, casado com Luzia de Mendonça.
2 Gracia Dias Fagundes, casada com lgnacio de Frágoa - c. g.
332

2 Fernão Lourenço Rodowalho, -foi tambem capitão-mór das Flôres.


Ignoro se deixou successão.

São suas ARMAS:-em campo de oiro


um golphinho de sua côr sobre um mar
ondado.
A Gaspar Correia Rodovalho, § 1. 0 ,
n.º 5, foi passado em 15 de março de
1643, brazão d'armas dos Correias e
Rodovalhos, tendo por diff erença um
trifalio negro.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. J, n. 05 IV, VII, XIV XXXVII, XLII, XLJ!l, LI, LXXXV!
e xc1v da Bibliographia
TITULO LXXXV

SAMPAIOS

tronco d'esta familia na ilha Terceira é Mem ou Mendo Rodrigues


O de Sampaio. que nasceu em Lisboa nos fins do seculo xv ou
nos principias do seculo xv1, e pertencia á geração e linha-
gem dos Sampaios que no reino existiam como nobreza.

§ UNJCO

Mem ou Mendo Rodrigues de Sampaio, - foi fid. cav. da Casa Real,


commendador de S. Julião d' Agua Longa na ordem de Christo
e capitão-mór de uma armada. Casou na ilha Terceira com
Beatriz Homem da Costa. - Vid. Tit. dos Homens,§ 3. 0 , n. 0 3.
Tiveram o filho que segue.

2 Ruy Dias de Sampaio, - fid. cav. da Casa Real, e cav. da ordem


de Christo, com 30$000 rs. de tença na Alfandega de Angra,
por mercê que el-rei D. Filippe n lhe fez em 5 de outubro de
1589. Casou tres vezes, a primeira, em 1569, com D. Fran-
cisca da Silva Moniz Barreto. --- Vid. Tit. dos Monizes, § 1. 0 ,
n. 0 3- a segunda com D. Iria Côrte Real da Costa Machado.
- Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1.0 , n. 0 5 - e em
3.•s nupcias com D. Maria de Mendonça, de quem não teve
successão.
334

Do primeiro matrimonio teve :


3 D. Antonia da Silva Sampaio, casada com Manoel do Canto de
Castro. - Vid. Tit. do Cantos, § 1. 0 , n. 0 4.
3 D. Izabel da Silva Sampaio, mulher de Juiz Homem da Costa
Noronha. - Vid. Tit. dos Noranhas, § 1.0 , n. 0 2.
3
3 8: ri:~~! ~ abadessas no mosteiro da Conceição, de Angra.
3
3 Kt:~~ j freiras no mesmo mosteiro.
Do segundo matrimonio nasceram :
3 Ruy Dias de Sampaio, que segue.
3 Thomé de Sampaio, que fal. sem geração.
3 Manoel Côrte Real de Sampaio, conselheiro e governador do
Estado da India. Casou em Gôa com D. Francisca da Cunha,
de quem teve:
4 Antonio Côrte Real de Sampaio, casado com
D. Margarida de Lencastre, filha de D. Francisco
de Sousa e de sua mulher D. Anna de Lencastre;
-c.g.
4 D. Paula Iria Côrte Real Sampaio, casada com
D. Miguel d'Almeida (Avintes), commendador de
S. Miguel de Borba de Godim na ordem de
Christo e governador do dito Estado; - c. g.

3 Roy Dias de Sampaio, -- fiel. cav. da Casa Real. Casou com D. Leo-
nor da Gama de Azevedo, filha de Estevão da Gama de
Azevedo e de sua mulher D. Anna da Silva e Moura.
Tiveram, entre outros, a filha que segue.

4 O. Francisca da Silva Sampaio (e não O, Anna como erradamente


dizem alguns linhagis~as), - casou em Lisboa com Antonio de
Andrade e Gambôa, môço fid. da Casa Real e capitão de mar
e guerra; filho de Sebastião de Andrade e Gambôa e de sua
mulher D. Guiomar de Araujo.
Tiveram:
5 Sebastião de Andrade Sampaio, que segue.
5 D. Leonor Maria da Silva Sampaio, casada com Gonçalo Peixoto
da Silva ; - c. g.
5 D. Maria Catharina Côrte Real de Sampaio, mulher de Manoel
do Canto de Castro Pacheco.-Vid. Tit. dos Cantos,§ I.o, n. 0 6.
5 D. Iria Côrte Real, freira capucha em Sacavem.
5 D. Guiomar da Silva, freira na Rosa, de Lisboa.

5 Sebastião de Andrade Sampaio, - fid. cav. da Casa Real, sr. e herd.


da casa e morgados de seu pae e avô materno. Casou a 27
de junho de 1688 r.a Ermida de Santa Luzia, suffraganea da
335

freguezia de S. Pedro, de Angra, com D. Francisca do Rosario


de Teive e Ormonde. - Vid. Tit. dos Vasconcellos, § 2. 0 , n.º 7.
Tiveram o filho que segue.

6 João José de TelYB de Andrade e Sampaio, -fid. cav. da Casa Real,


por alv. de 22 de junho de 1699, e herd. da casa de seus
ascendentes. Casou com D. Francisca Marianna Leite de
Teive. -- Vid. Tit. dos Leites, § 1. 0 , ·n. 0 6.
Tiveram o filho que segue.

7 Manoel Sebastião de Andrade e Sampaio, -- fid. cav. da Casa Real,


capitão de cavallos, e herd. da casa de seus maiores. Casou
com D. Ursula Marianna de Castro Noronha. - Vid. Tit. dos
Noronhas, § 1. 0 , n. 0 7.

São suas ARMAS: - um escudo esquar-


telado; o 1. 0 e 4. 0 de oiro, e n'elle uma
aguia vermelha; o 2. 0 e 3. 0 encheque-
tados Je oiro e azul de 5 peças em
pala e quatro em faxa; bordadura de
todo o escudo, de vermelho, carregada
de oito SS ( primitivamente eram oito
elos de correntes quebrados); timbre,
uma das aguias.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1. cap. 1,


n. 08 , Vlf, XXXIV, xxxvr, XXXVI!, XLV, LXIV, LXXII LXXXV,
LXXXVI e xuv1 da Bibliographia, e bem assim a Historia
Oenealogica da Casa Real Portugueza, por D. Antonio
Caetano de Sousa, tomo v, pag. 307 e tomo x,
pag. 838.
TITULO LXXXVI

SAMPAIOS
(OUTROS)

·o~_m origem na ilha Terceira a esta família Manoel Gomes de Sampaio,


que para alli foi, de Santarem, em setembro de 1823, e alli
constituiu a familia de que tracta o seguinte

§ UNICO

1 Manoal Somes de Sampaio, - foi cav. das ordens de Christo e de


Aviz, condecorado com a medalha de ouro n.º 1 de 4 cam-
panhas da guerra peninsular, cirurgião honorario da Casa Real,
cirurgião de brigada reformado, presidente da camara muni-
cipal e membro do conselho de districto de Angra, etc.
Nasceu a 7 de fevereiro de 1785, em Santarem, e falleceu
a 2 de fevereiro de 1861, em Angra. Foi casado duas vezes,
a primeira com D. F... . .... (?), e a segunda, em 1824, na
freguezia da Sé, da dita cidade de Angra, com D. Guilhermina
Candida Zagallo Nogueira. - Vid. Tit. dos Zagallos, § un.,
n. 0 7.
Do primeiro matrimonio teve, pelo menos:

2 Antonio Gomes de Sampaio, que foi de Angra para o Brazil,


onde falleceu.
u
338

Do segundo matrimonio nasceram:

2 .José Augusto Nogueira Sampaio, que segue.


2 D. Maria da Gloria Nogueira Sampaio, que n. na ilha Terceira,
e alli casou com José Silvestre Ribeiro, o qual havia passado
em 1829 á mesma ilha, onde fez parte do exercito liberal, que
acompanhou ás praias do Mindello. José Silvestre foi cav. da
ordem da Torre e Espada, pelos seus serviços em prol da Liber-
dade e nomeadamente dos que prestou em defeza da Serra do
Pilar. Foi tambem do conselho de Sua Magestade Fidelissima,
conselheiro de Estado extraordinario, bacharel formado em
canones pela Universidade de Coimbra, deputado ás côrtes da
nação, eleito pelos circulos de Angra e Funchal, par do reino,
e membro da Academia Real das Scienci'ls de Lisboa. Desem-
penhou os cargos publicos de secretario geral da perfeitura da
Beira Baixa, secretario do governo de Castello Branco, gover-
nador interino de Portalegre, administrador geral de Angra,
governador civil de Beja e do Funchal, e ministro e secretario
d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça. Foi mui dis-
tincto escriptor e jornalista. N. a 31 de dez. de 1807, em
Idanha-a-Nova, e fal. a 9 de março de 1891, em Lisboa, tendo
a gloria de vêr reconhecidos os seus serviços á villa da Praia
da Victoria, que lhe levantou o monumento mencionado a
pag. 67 do vol. 1.
Não tiveram successão.
2 D. Anna Nogueira Sampaio, que fal. solteira.

2 José Augustn Nogueira Sampaio, - commendador da ordem de Nosso


Senhor Jesus Christo, cav. da ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa Viçosa, doutor em medicina e cirurgia pela
Universidade de Louvain (1850), socio da Sociedade de Geo-
graphia e das Sciencias Medicas é.:le Lisboa, e bem assim das
Sociedades Pharmaceutica Lusitana, d' Architectos e Archeo-
logos Portuguezes, e da Indo-Chinois de Paris, e membro da
Sociedade Agricola de Angra. Por carta da Escola Medica de
Lisboa, de 29 de novembro de 1850, foi auctorisado a exercer
clinica em todo o paiz. Em Angra desempenhou os seguintes
cargos publicos: medico do hospital civil e do partido muni-
cipal, delegado e guarda-mór de saude, director do posto
meteo'rologico, que creou em 1862, professor de introducção
á historia natural no Iyceu nacional e reitor do mesmo lyceu,
vereador da camara municipal, procurador á junta geral e
membro do conselho de districto. Foi tambem cirurgião-mór
da guarnição de Angra, e, depois, pelos seus bons serviços,
cirurgião ajudante dos corpos do exercito. Nomeado para o
exercicio de varias commissões scientificas, n'ellas se houve
com distincção, pelo que foi louvado em diversas portarias.
Escreveu e publicou -Dissertação sobre o aborto medico
provocado, Angra, 1856, e traçou o plano da Memoria
339

sobre a Ilha Terceira, mencionada a pag. 25 do vol. 1,


sob n. 0 Lxrn.
Nasceu a 11 de dezembro de 1827, em Angra, e alli
falleceu a 26 de julho de 1900, tendo casado a 8 de fevereiro
c1e 1851 com D. Emília Augusta da Silva, a qual falleceu a 8 de
julho de 1908, e era filha de Luiz Antonio da Silva, do
conselho de Sua Magestade Fidelíssima, e de sua mulher
D. Eulalia Fabiana Cabral de Mello.
Tiveram:

3 José Augusto da Silva Sampaio, que segue.


3 Alfredo da Silva Sampaio, bacharel formado em medicina e
cirurgia pela Universidade de Coimbra (1888), socio effectivo
da Sociedade de Sciencias Naturaes de Lisboa e socio honorario
da Academia Fisico-Chimica Italiana. Desempenhou em Angra
do Heroísmo o cargo de professor provisorio do lyceu nacional,
e actualmente exerce na mesma cidade os cargos de guarda-
•mór de saude, facultativo do partido municipal e do hospital
do Santo Espírito, e director do posto meteorologlco. Escreveu
e publicou a obra acima mencionada sob n, 0 LXIII. N. a 19 de
set. de 1862, e casou com D. Laura Pamplona Ramos. - Vid.
Tit. dos Ramc,s, § un., n. 0 3.
Teem uma só filha chamada :
4 D. Maria Helena Ramos Sampaio, a qual n. a
30 de maio de 1896, em Angra do Heroísmo.

3 José Augusto da SilYa Sampaio, - socio benemerito do Gremio Litte-


rario de Angra do Heroísmo e 3. 0 verificador, aposentado, das
alfandegas. Escreveu e publicou, alem da obra mencionada
na Parte I, cap. 1, n. 0 11 da Bibliographia, o seguinte: Synopse
alphabetica das resoluções da commissão das pautas e do
conselho geral das alfandegas (1853-1875), lndices alphabe-
ticos da Gazeta das Alfandegas (1873-1892) e Diccionario da
tchnologia aduaneira (1899-1900). Nasceu a 28 de fevereiro
de 1852, em Angra do Heroísmo, e casou a 11 de dezembro
de 1875, na mesma cidade, com sua prima D. Maria Adelaide
da Silva, que nasceu a 18 de março de 1850, tambem em
Angra, e é filha de Thomaz José da Silva e de -sua mulher
D. Maria Adelaide da Silva, a qual falleceu em janeiro de 1906.
Do seu consorcio resultaram tres filhas :

4 D. Maria da Silva Sampaio: n. a 24 de maio de 1880, em


Angra, e alli fal. a 17 de fev. de 1882.
4 D. Guilhermina da Silva Sampaio, que segue.
4 D. Emitia da Silva Sampaio : n. a 20 de maio de 1887, na dita
cidade de Angra, e casou com Antonio Maria de Brito e Albu-
querque. - Vid. Tit. dos Albuquerques, § un., n. 0 3.
340

4 O. Guilhermina da Silwa Sampaio, - nasceu a 28 de fevereiro de 1883,


na freguezia da Sé, da cidade de Angra do Heroismo, e casou
com Alvaro Pereira de Sampaio e Mello Forjaz de Lacerda.
- Vid. Tit. dos Pereiras, § 3. n. 0 14.
0
,

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte I,


cap. I, n, 05 Vll, XXIV, XXIX, XXXIV, LI, LXIII e LXXXV da
Bibliographia.
TITULO LXXXVII

SÁS

de Joanna Duarte de Sá, que nasceu na ilha Terceira,


D ESCENDl!lM
na segunda metade do seculo xvr, e alli constituiu a família
de que tractam os seguintes §§.

Joanna Duarte de Sá, - casou na Sé Cathedral de Angra, a 11 de


abril de 1611, com Francisco de Anq.rade, filho de Francisco
Vaz de Andrade e de sua mulher Leonor Jorge.
Tiveram, entre outros:

2 Jorge Dias de Sá, que segue.


2 D. Branca de Sá, casada duas vezes, a primeira, na dita Sé, a
30 de junho de 1632, com seu parente Jorge Dias de Andrade,
de quem não teve geração, e a segunda com Galaor Borges
da Costa. - Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcello;, § l.O,
n. 0 6.
2 D. Gracia de Andrade, de que tracta o § 2. 0 •

2 Jorge Dias de Sá, - casou com Izabel Rey, que nasceu na cidade
do Funchal, e era filha de Wiliam Rey, natural de Londres, e
de sua mulher D. Justa Coelho de Salazar, da ilha da
Madeira.
342

Tiveram:
3 Francisco de Sá Salazar, que segue.
3 Guilherme Rey de Sá / d S d A
3 Manoel de Sá Salazar \ conegos ª é e ngra.
3 Jorge de Sá )
3 João de Sá ~ ri
3 Lourenço de Sá \ c1e gos.
3 Antonio da Luz J
3 Amaro de Sá, que fal. criança.
3 Roberto Rei de Sá (dr.), Foi vereador do senado angrense e
instituidor, na ilha Terceira, de um importante vinculo. Fal.
solteiro.
3 D. Maria do Nascimento l
3 D. Justa da Encarnação ~ religiosas em S. Gonçalo, de
3 D. Joanna dos Corobins \ Angra.
3 D. Gracia do. Espirito Santo J

3 Francisco de Sá Salazar, - foi sr. do morgado dos Côrte Reaes,


sito nas Duas Ribeiras, e casado com D. Anna da Camara de
Bettencourt. - Vid. Tit. dos Camaras, § 2. 0 , n. 0 7.
Fundaram em 1688 a capella de S. Francisco Xavier, na
canada e quinta do Rollo, da Terra Chã, e tiveram:
4 José da Camara de Sá, que segue.
4 João da Camara de Sá, que fal. criança.
4 D. Maria Josepha da Camara de Sá Salazar, casada com Antonio
Moniz Barreto Côrte Real.-Vid. Tit. dos Monizes, § 1. 0 , n. 0 7.
4 D. lzabel )
4 D. Francisca ~ religiosas na Conceição de Angra.
4 D. Rosa \ '
4 D. Magdalena J

4 José da Gamara da Sá,-casou a 31 de ma1ço de 1702 com D. Ignez


Francisca Xavier Chaves da Rocha Coutinho. - Vid. Tit. dos
Chaves, § un., n. 0 4.
Tiveram:

5 D. Anna de Sá e Camara.
5 D. Maria que fal. criança.
5 Antonio Francisco de Sá da Rocha e Camara, que segue.
5 Lucas de Sá e Camara, casado com D. Joanna Helena de
Menezes.
5 D. Francisca Victoria da Camara, casada com Francisco lgnacio
5 de Sá e Silveira Borges Côrte Real. - Vid. § 2. 0 , n. 0 5.
5 Caetano da Camara, que fal. criança.
5 Francisco Caetano da Camara, clerigo.
5 D. Maria da Nazareth de Sá, que fal. solteira,
5 Fr. José de S. Joaquim, clerigo e religioso no convento dos
Capuchos, de Angra.
5 Lourenço de Sá e Camara, clerigo,
5 Gonçalo de Sá e Camara: casado.
343

5 Antonlo Francisco da Sá da Rocha a Camara,-foi sr. e herd. do palacio


de S. Pedro, de sua mãe, e falleceu em Angra, em vida de seu
pae, tendo casado a 10 de junho de 1726 com D. Maria
Antonia Paim da Camara da Fonseca Carvão. - Vid. Tit. dos
Carvões, § un., n. 0 4.
Tiveram:

6 Caetano Joaquim da Rocha di! Sá e Camara, que segue.


6 D. Maria Rosa, religiosa em S. Gonçalo, de Angra.

6 Caetano Joaquim da Rocha de Sá a Gamara, - (H.). Foi capitão das


Ordenanças de Angra por carta patente de el-rei D. José de
12 de dezembro de 1757, capitão commandante da fortaleza
da Salga, e familiar do Santo Officio por carta de 30 de
outubro de 1772. Casou na Conceição, de Angra, a 12 de
abril de 1750, com D. Francisca Izabel de Noronha. - Vid.
Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n. 0 7.
Tiveram a filha que segue.

7 o. Benedlcta Quitaria da Rocha de Sá Coutinho e Camara, - nasceu na


freguezia da Sé de Angra, e foi sr.ª e herd.ª do palacio de
S. Pedro e de toda a mais casfl de seus paes. Falleceu em 1826,
tendo casado com José de Sousa de Menezes de Lemos e Car-
valho. - Vid. Tit. dos Menezes, § 2. 0 , n.º 14.

§ 2.º

2 o.Qracla de Andrade (1. 0 , n.º 2), - casou com Fernão Gomes de


Tapia, filho unico de Antonio Gomes de Tapia, instituidor de
um vinculo na ilha Terceira, e de sua mulher D. Izabel Alvares.
Tiveram:
3 Antonio Gomes de Tapia, 2. 0 do nome, o qual fal. em 1667;-s. g.
3 Francisco de Sá e Cunha, que segue.

3 Francisco de Sá e Cunha, - bacharel formado em leis pela Univer-


sidade de Coimbra, vereador da camara de Angra no anno
de 1684, e advogado nos auditorios da dita cidade. Casou com
D. Maria Rey.
Tiveram o filho que segue.

4 Guilherme de Sá Salazar e Cunha, - bacharel formado em leis pela


Universidade de Coimbra, e casado com D. Joanna Catharina de
Menezes da Silveira Borges.-Vid. Tit. dos Silveiras, § 1. 0 , n. 0 8.
344

Tiveram:

5 Francisco lgnacio de Sá e Silveira Borges Côrte Real, que segue.


5 D. Joanna Josepha, religiosa na Esperança, de Angra.

5 Francisco lgnaclo de Sá e SilYBira Borges Côrte Real, - cav. fid. da Casa


Real (1724). Morou na cidade de Angra, e foi casado com
D. Francisca Victoria da Camara. - Vid. § 1. 0 , n.º 5.
Tiveram:

6 Manoel Leandro de Sá, que segue.


6 D. Joaquina Rosa de Sá, casada a 17 de abril de 1757, na Sé
de Angra, com André Francisco Meirelles, natural da matriz do
Salvador, da ilha do Fayal ; - c. g.
6 O. Anna Josepha do Sacramento, que em 1758 estava recolhida,
cum o habi:o de noviça, no dito mosteiro da Esper:inça.

G Manoel Leandro de Sá,-cav. fid. da Casa Real (alv. de 20 de


setembro de 1778). Casou com D. Joanna Rita Camello, de
quem teve:

7 O. Marlanna lzabel de Sá,-casada com João Moniz Barreto Córte


Real. - Vicl. Tit. dos Monizes, § 3. 0 n.º 10.

A Francisco lgnacio de Sá e Sil-


veira Borges Côrte Real, § 2. 0 , n. 0 5,
foi concedido por carta regia de 12 de
abril de 1725, reg. no L. vn do Reg. de
Brazões da Nobr. de Portugal, fls. 389,
o seguinte brazão d'armas: - Um es-
cudo esquartelado: no 1. 0 quartel as
armas dos Sás, que são o escudo enche-
quetado de prata e azul de seis péças
em faxa e sete em pala: no 2. 0 quartel
as armas dos Silveiras, que são, em
campo de prata, tres faxas sanguinhas:
no 3. 0 quartel as armas dos Borges,
que são, em campo vermelho, um leão
de oiro rompente, armado de azul, com
orla azul semeada de flôres de liz de
oiro: no 4. 0 quartel as armas dos
345

Côrte Reaes, que são, em campo ver-


melho, seis costas de prata em duas
palas, e um chefe de prata com uma
cruz chã vermelha: . elmo de prata,
aberto, guarnecido de oiro: paquife dos
metaes e côres·das armas: timbre o dos
Sãs, que é meio bufalo preto armado
de prata com uma argola de oiro nas
ventas: e, por differença, um trifalio
preto.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte 1, cap. 1, n. 05 JV, v11 e Lx11r da
Bibliographia.
TITULO LXXXVIII

SÉGUIERS

da ilustre geração e 1inhagem dos S6gulars, - de


D ESCENnEM
Aude, Autry, Dranci, Gien, Languedoc, Lestang-la-Ville,
Saint-Brisson, Sarei e Villemor - cujo nome, a partir do
principio do seculo xvt, se encontra entrelaçado na História de
França, servindo altos cargos publicas e nomeadamente os respei-
tantes á magistratura, episcopado, diplomacia e chancellarias.
Especialisarei :
I - Pierre de S6guler, - advogado geral e presidente do parlamento
de Paris, chanceller da rainha de França, sr. de Autry, Langue-
doc e Saint-Brisson. N. em 1504, em Paris, e alli fal., em 1580,
tendo casado com Louise Boudet, de quem teve dezeseis filhos
e nomeadamente os que seguem com os n. 0 • II-V, inclusivé.
II - Pierre de Séguier, - conselheiro e presidente do parlamento de
Paris. Fal. em 1602, deixando um filho- Louis de Séguier,
que foi barão de Salnt-Brisson.
III - Louis de Séguler, - conselheiro eccleslastico do parlamento de
Paris, conego e deão de Norte Dame. Pai. em 1610, tendo
recusado o bispado de Laon.
IV - A1toln1 de Séguler, - conselheiro, advogado geral e presidente do
parlamento de Paris, conselheiro d'Estado e embaixador em
Veneza. N. em Paris, em 1552, e alli fal. em 1624.
V - Jean de Ségaler, - conselheiro do parlamento de Paris, e sr. de
Autry. Fal. em Paris, em 1596, deixando os dois fiihos que
seguem.
348

VI - Pierre da Séguler, - duque de Villemor, conde de Gien, chan-


celler de Franca, conselheiro e presidente do parlamento de
Paris, e um dos fundadores da Academia franceza. N. em
Paris, em 1588, e fal. em Saint-Germain-en-Laye, em 1672,
deixando, pelo menos, duas filhas - a duqueza de Sully,
(depois de Verneuil), Charlote de Séguier, e a marqueza de
Coislin (depois de Lavai), Marie de Séguier.

VII - Domlnlque de Séguler, - bispo de Auxerre e, depois, de Meaux, e


1. 0 capellão do rei. Fal. em 1659.

VIII -- Antoine-Louis de Séguler, dos Séguiers, de Aude), - foi distincto


magistrado, conselheiro e advogado geral do parlamento de
Paris, e membro da Academia franceza desde 1759. N. em
Paris, em 1726, e fal. em Tournay, em 1792, deixando os dois
filhos que seguem.

IX - Antolna-Jaan-Mathleu da Séguler, - barão de Séguier, distincto magis-


trado, 1. 0 presidente do tribunal supremo de Paris, conselheiro
d'Estado e par de França. N. em Paris, em 1768, e alli fal.
em 1848.

X -Armand-Louls Maurica da Séguier, - barão de Séguier, por mercê de


Louis XVIII, datada de 1821, consul geral da Fr:rnça em Lon-
dres, e distincto litterato. N. em Paris, em 1770, e alli fal.
em 1831.

XI - Armand-Plerre de Séguler, (filho do mencionado no n. 0 IX), - tambem


barão de Séguier, distincto advogado, conselheiro auditor da
côrte real, e membro da Academia das Sciencias. N. em
Montpellier, em 1803, e fal. em Paris em 1876.

XII - Jeaa-F11nçols de Séguler, - notavel jurisconsulto, botanico, numis-


matico e membro da Academia franceza. N. cm Nimes, em
1703, e alli fal. em 1784.

Passaram á ilha Terceira, no seculo xr11, na pessoa de


Antonlo SleUYB de Séguier, o qual pertencia, por sua mãe - Made-
laine de Séguier, a um dos ramos acima mencionados.

§ UNJCO

Antonio Sleu,a de Séiuler, ou só Antonio Sime, como tambem


apparece denominado em documentos, residiu em Angra,
onde se ligou a uma da<; mais distinctas familias d'esta cidade,
e onde deixou a geração de que tracta o titulo seguinte.
349

São suas ARMAS:- em campo azul,


um chaveirão de oiro acompanhado de
duas estrellas do mesmo ( de cinco pon-
tas), postas em chefe, e de um carneiro
de prata, passante, em ponta-(d'azur,
au chevron d' or, accompagné en chefe
de deux étoiles du même, et en pointe
d'en mouton d'argent passant).
Outros usam: -em campo de prata,
uma arvore verde, sobrepujada de uma
ave ( auriol) de oiro; em chefe uma
cruzeta vermelha - ( d'argent, à un
arbre de sinople, sommé d'un oiseau
(auriol) d'or; le tout surmonté d'une
croisette de gueule).
São as armas dos Séguiers, de
Languedoc.
Outros usam tambem: -- em campo
azul, uma arvore de oiro, sobrepujada
de uma ave (auriol) de prata com o
bico vermelho; em chefe uma cruzeta
de prata entre duas estrellas de oiro,
de cinco pontas.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte r, cap. 1, n. 0 s 1, v11, xxxrv, e Lxxxrx da
Bibliographia, e mais as seguintes:
Dictionnaire de la noblesse française, par M. de la Chenaye--
Desbois, sec. ed., tome x1 r, pag. 530;
la Science du Blason accompagnêe d'un Armorial Oénéral des
Pamilles Nobles de l' Europe, par M. !e vicomte de Magny, pag. 269;
Dictionnaire complet de la langue française, par P. Larousse
(Quatre Dictionnaires en un seu!), pag. 1178;
Nouveau Larousse illustré, publié, sous la direction de
Claude Augé, tome vi 1, pag. 623; e
Dictionaire Unniversel ( hístorique, critique et bibliographique ),
par une societé de savants français et étrangers,
tome xv1, pag. 104-107.
TITUL() LXXXIX

SIEUVES

S ÃO oriundos da França, e alliados ás illustres fàmilias de que


falia o documento que transcrevo no final do presente titulo.
Em um precioso manuscripto do marquez de Foresta, de
Marselha, hoje possuido por mr. Luc de Clapier, residente em
Paris, que o houve em partilhas por fallecimento d'aquelle titular,
fazem-se tambem largas referencias a esta familia e a uma sepultura,
brazonada, de um seu illustre membro, que se encontrava na parte,
hoje demolida, da antiga Egreja de Santa Maria Mayor, cathedral
de Marselha.
Passaram á Terceira no seculo xvrr, na pessoa de Antonio
Sieuve, irmão de Gaspar Sieuve, que foi vereador na dita cidade
de Marselha, e de Honoré Sieuve: filhos de Antoine Sieuve e de
sua mulher Madelaine de Séguier.-Vid. Tit. dos Séguiers.
O solar d'esta familia, na dita ilha, é a Casa de S. Sebastião
das Pedreiras, a S. Lazaro, na freguezia da Conceição, de Angra;
casa solar que foi fundada no seculo xvJI pelo conego Thomaz de
Sousa Fróis, mencionado a pag. 106, e pouco depois melhorada e
dotada com um Oratorio, que teve altar previlegiado por mercê
de Pio v1.
§ 1,0

1 Antonlo Slau,a,
2. 0 do nome, - nasceu na cidade de Marselha,
freguezia de S. Lourenço, em cuja Egreja parochial foi bapti-
sado a 15 de agosto de 1660. Foi consul da sua nação
352

na ilha Terceira, onde prestou relevantes serviços a el - rei


D. Affonso vr por occasião do apparecimento de algumas fra-
gatas francezas no mar dos Açóres, que ameaçavam invadir a
dita ilha, similhantemente ao que haviam feito na ilha de
S. Jorge; serviços que el-rei muito louvou.
Falleceu a 26 de outubro de 1720 na cidade de Angra,
tendo ahi casado na Sé Cathedral, a 3 de setembro de 1693,
com D. Maria Josepha de Menezes Borges Córte Real. -
Vid. Tit. dos Silveiras; § 1. 0 , n. 0 7.
Fizeram ambos testamento em 1714, no cartorio então a
cargo de J. Serrão, de Angra, no qual instituíram um mor-
gado com a pensão de duas missas resadas cada anno, e
foram sepultados na Egreja do mosteiro de Nossa Senhora da
Esperança, da dita cidade, em sepultura privilegiada junto á
grade da Sagrada Comunhão, para o que haviam obtido a
competente licença do rev. 0 ministro da Província de S. João
Evang~lista da dita ilha, dada e passada no convento de
Nossa Senhora da Guia em 27 de agosto de 1717.
Tiveram:

2 Antonio Sieuve Borges, que segue.


2 João Sieuve Borges, beneficiado de Nossa Senhora da Concei-
ção, de Angra, e ahi bapt. a 23 de junho de 1703.
2 Francisco Sieuve Borges, rei. no. conv. de Santo Antonio dos
Capuchos, da dita cidade. Pouco depois do seu noviciado, que
se realisou em 17 de abril de 1721, retirou-se na chalupa Jesus
Maria José para a Bahia, onde casou.
2 Domingos Sieuve Borges, que em 1731 justificou em Angra a
sua nobreza, assim pela linha paterna, como pela materna.
2 José Sieuve Borges.
2 Joaquim Sieuve Borges,
2 A madre D. Rosa Marianna da Trindade, que em 1730 estava
recolhida no mosteiro de Nossa Senhora da Esperança, de
Angra.
2 A madre D. Bernarda Luiza Baptista, religiosa no mesmo
mosteiro.
2 A madre D. Antonia Maria da Annunciada, tambem rei. prof. na
Esperanç,1. Por escriptura de 18 de agosto de 1712, celebrada
na nota então a cargo de Francisco Gomes, vinculou os seus
bens em morgado, do qual fez doação a seu irmão Antonio.
E o mesmo fizeram suas irmãs, tambem rei. prof. no dito
mosteiro, a saber:
2 A madre D. Lourença Xavier Baptista, por escriptura de 17 de
set. de 1715, celebrada na nota do referido tabellião.
2 A madre D. Maria Josepha do Desterro, por esciptura de 8 de
out. de 1718, celebrada na nota de Pantaleão Pinto Pereira.
2 A madre D. Magdalena Clara Xavier, por escriptura de 26
de abril de 1725, celebrada na nota do referido tabellião
Gomes; e
353

2 A madre D. Gertrudes Antonia do Sacramento, tambem po


e, ~riptura de 26 de abril de 1725, celebrada na nota do mesmor
tabellião Gomes.
2 D. Anna Josepha de Menezes Borges Côrte Real, casada com
João Borges da Silveira. - Vid. Tit. dos Borges, § 1, 0 , n. 0 8.

2 Antonlo Sieuve Borges, - nasceu em Angra e ahi foi baptisado, na


Sé Cathedral, a 27 de agosto de 1695. Foi consul da França
na ilha Terceira, vereador da camara de Angra, de cujo cargo
prestou juramento e tomou posse em 19 de março de 1727,
capitão das Ordenanças da Ribeirinha, para que foi nomeado
em sessão da dita camara de 7 de maio de 1742, 4. 0 sr. e
administrador da casa vincular de S. Sebastião das Pedreiras,
6.º sr. da capella, tambem vincular de D. Iria Cotta da Malha.
· Vid. Tit. dos Cottas, § un., n. 0 2 - , e sr. tambem dos vin-
culos instituidos por suas irmãs, as religiosas professas acima
mencionadas.
Casou na dita Sé Cathedral com D. Maria Josepha do
Desterro Borges Côrte Real, a qual foi ahi baptisada a 8 de
abril de 1702. - Vid. Tit. dos Borges, § 1. 0 , n. 0 8.
Tiveram:

3 D. Francisca do Rosario Borges Côrte Real, casada duas vezes,


a primeira com Matheus José de Bettencourt de Vasconcellos
Côrte Real da Silveira Borges. - Vid. Tit. dos Bettencourts,
§ 4.", n. 0 7 - e a segundo com Matheus José Pereira Camello,
e Mello. - Vid. Tit. dos Comellos, § 3. 0 , n. 0 15.
3 Antonio Manocl Sieuve Borges, que segue.
3 João Pedro Sieuve Borges, clerigo e beneficiado na Conceição,
de Angra.
3 Joaquim Sieuve Borges (dr.). Foi religioso de S. Francisco da
Província de S. João Evangelista dos Açôres.
3 D. Joaquina Sieuve Borges, fal. no estado de solteira.

3 Antonlo Manuel Sieuve Borges, - nasceu em Angra a 26 de maio de


1731 e ahi foi baptisado, na Egreja da Conceição, a 10 de
junho do mesmo anno. Desempenhou na dita cidade o cargo
de vereador, de que prestou juramento e tomou posse em 28
de abril de 1764, bem como o de guarda mór de saude para
que foi nomeado pela dita camara em janeiro de 1768; e na
villa da Praia desempenhou o cargo de juiz pela Ordenação,
em que foi investido pelo respectivo dr. corregedor. Foi 5. 0
sr. e administrador da Casa de S. Sebastião das Pedreiras,
7. 0 sr. da capella de D. Iria Cotta da Malha, e sr. dos demais
vinculos de seus ascendentes. Falleceu na dita casa a 13 de
julho de 1801, tendo casado a 9 de fevereiro de 1772, na
Ermida de S. Lazaro, da dita cidade (L. xn de casados, exis-
"3
354

tente no Arch. da Sé de Angra, fls. 212) com sua sobrinha


D. Maria Joaquina Camello Borges. - Vid Tit. dos Camellos,
§ 3.º, n. 0 16.
Tiveram:

4 Antonio Sieuve de Séguier Camello Borges, que fal, solteiro.


4 João Sieuve de Séguier Camello Borges, que segue.
4 Gaspar Sieuve de Séguier Camello Borges, que fal. solteiro.
4 D. Maria Maxima Sieuve de Séguier Borges, de que tracta
o§ 3,o
4 D. Francisca Sieuve de Séguier Borges, fal. a 2 de julho de
1839, no estado de solteira.
4 D. Marianna Sieuve de Séguier Borges.

4 João Sieuve de Séguier Camello Borges - cav. da real ordem militar


de Nosso Senhor Jesus Christo, por decreto de 29 de setembro
de 1823; mercê que lhe foi conferida por el-rei D. João vi em
reconhecimento dos serviços que prestou na ilha Terceira,
combatendo, unido ao governador e capitão general, Stockler,
contra a revolução liberal de 1820, como se vê do aviso regio
que lhe foi dirigido do palacio de Queluz, em 5 de julho
de 1830, pelo conde de Basto. Foi 1. 0 tenente commandante
do Forte do Pesqueiro dos Meninos, por carta patente do
governo interino dos Açôres, de 1 de setembro de 1797, con-
firmada por carta regia de 9 de fevereiro de 1805, e capitão
da companhia das Ordenanças da Conceição, de Angra, por
carta patente do governador e capitão general dos Açóres, de
28 de fevereiro de 1811, posto de que prestou juramento e tomou
posse em 14 de dezembro do dito anno ante a vereação muni-
cipal da dita cidade. Por carta regia de 23 de fevereiro
de 1816 foi promovido ao posto de capitão-mór das Orde-
nanças da villa da Praia. Como vereador mais velho da
camara de Angra, para cujo cargo havia sido nomeado por
carta patente da regente D. Izabd Maria, de 24 de dezembro
de 1827, foi quem promoveu a solemne acclamação de
D. Miguel como rei de Portugal, officiando em 17 de maio
de 1828 ao mencionado governador e capitão general para que
approvasse e assentisse á vontade geral do povo angrense,
que queria acclamar o dito infante rei absoluto de Portugal,
Algarve e seus domínios, o que se fez no dia 18 do dito mez
e anno com o assentimento das tres classes. Pela sua adhesão
á causa miguelista foi perseguido e preso no castello de
S. João Baptista, de Angra, onde esteve 73 dias, bem como
deportado para Liverpool, em 5 de janeiro de 1829, pelo
governo que na mesma cidade se havia estabelecido em junho
355

do anno anterior. Devido, porém, aos bons officios do vis-


conde d' Asseca, então consul de Portugal em Liverpool, pôde
retirar-se d'esta cidade, em 6 de março immediato, para a
côrte de Lisboa, onde el-rei lhe mandou abonar, por decreto
de 6 de fevereiro de 1830, 50$000 reis mensaes para a sua
decente sustentação e até que pudesse entrar na admnistração
dos bens que na dita ilha lhe haviam confiscado. Apoz a
publicação do decreto de 20 de março de 1832, que concedeu
a amnistia a todas as pessoas que haviam sido expulsas da
Terceira, voltou a esta ilha onde logo reassumiu a adminis-
tração da sua casa.
Foi 6. 0 sr. e administrador da casa de S. Sebastião das
Pedreiras, 8. 0 sr. e administrador da capella de D. Iria Cotta
da Malha, e sr. tambem dos vínculos instituidos por Sebastião
de Miranda. - Vid. Tit. dos Avilas, § 4. 0 , n.º 4; Diogo Fer-
nandes de Boim, Joanna Paes ele Azevedo e Leonor de Boim.
--- Vid. Tit. dos Boins, § un., n. 05 1 e 2; André de Sousa
Pereira. - Vid. Tit. dos Camel!os, § 3. 0 , n. 0 11; Gracia Rodri-
gues Fagundes, Heitor Alvares Fagundes, Gaspar Cardoso
· Machado e Carlos Machado. - Vid. Tit. dos Fagundes, § 1. 0 ,
n." 5 3 e 4, e § 2.", n. 0 s 4 e 5; Manoel Cardoso Homem e
D. Catharina Cardoso. -Vid. Tit. dos Homens,§ 2. 0 , n. 05 4 e 5;
João Vieira, o Velho, e Diogo Fernandes de Boim. --- Vid. Tit.
dos Vieiras, § 1. 0 , n. 05 2 e 3; e por Joanna Pereira, Gaspar
Monteiro (P.e), JÓão Ennes Nobre, Francisca Gaspar, Beatriz
Nunes e Agueda Nunes.
João Sieuve nasceu na dita casa de S. Sebastião das
Pedreiras a 6 de fevereiro de 177 4, sendo baptisado a 24 do
mesmo mez e anno na Ermida de S. Lazaro, suffraganea da
Conceição, de Angra; e falleceu a 11 de março de 1844, na
mesma casa, tendo casado duas vezes, a primeira, a 10 de
novembro de 1816, com D. Genoveva Jacintha Leite Botelho
de Teive. - Vid. Tit. dos Leites, § 1. 0 , n. 0 8 - e a segunda, no
Oratorio do palacio de S. Pedro (Vid. pag. 132), a 18 de
setembro de 1825, com D. Gertrudes de Menezes de Lemos e
Carvalho.-Vid. Tit. dos Menezes,§ 2.º, n." 15.
Do primeiro matrimonio teve os seguintes filhos, todos
baptisados na Conceição, de Angra:

5 D. Maria José Sieuve de Séguier Camello Borges: n. na casa


de S. Sebastião das Pedreiras a 29 de agosto de 1817, e casou
com João Borges do Canto e Silveira. - Vid. Tit. dos Borges,
§ I. 0 , n.o 11.
5 Antonio Sieuve de Séguier Camello Borges, que segue.
5 D. Genoveva: n. a 16 de maio de 1820, na dita c~sa, e ahi fal.
a 8 de agosto do mesmo anno.
356

5 João Sieuve de Séguier Camello Borges, escrivão das Marcas


da alfandega de Ponta Delgada, por carta regia de 11 de set.
de 1855, e !.º verificador da mesma alfandega, por dec. de
22 de agosto de 1865. N. na dita casa a 19 de maio de 1821,
e casou, duas vezes, a primeira com D. Margarida Leite Botelho
de Teive. - Vid. Tit. dos Leites, § 1. 0 , n. 0 9 - e a segunda,
em 1880, com D. Filomena Jeronyma Pereira, de quem não
teve geração. Do primeiro matrimonio, porém, houve:

6 D. Maria Sieuve de Séguier Camello Borges, que


fal. solteira .

.5 D. Maria Augusta Sieuve de Séguier Camello Borges: n. a 3 de


agosto de 1822, na dita casa, e fal. a 3 de agosto de 1885,
tendo casado com Rodrigo Zagallo Nogueira. - Vid. Tit. dos
Zagallos, § un., n. 0 7.

Do segundo matrimonio proveio a geração de que tracta


o§ 2. 0 •

5 Antonio Sieu,e de Sêguier Camello Borges, - foi admnistrador do con-


celho e vereador da camara municipal de Angra do Heroismo,
cargo este que desempenhou por diversas vezes, assumindo
por ultimo a presidencia, que exercia em 1871. Tomou parte
na cerimonia da quebra dos escudos que na dita cidade se
realisou em 1861, por fallecimento d'el-rei D. Pedro v, sendo
o encarregado da conducção da bandeira do municipio como
vereador, que então era, da respectiva camara.
Foi 7. 0 sr. e administrador da casa de S. Sebastião das
Pedreiras, 9. 0 sr. e administrador da capella de D. Iria Cotta
da Malha, e sr. tambem e herd. da mais casa de seus ascen-
dentes.
Nasceu na dita casa a 6 de dezembro de 1818, e ahi
falleceu a 15 de fevereiro de 1874, tendo casado na parochial
Egreja da Conceição a 1 de fevereiro de 1845 com D. Maria
Emilia Zagallo Nogueira.-Vid. Tit. dos Zagallos, § un., n. 0 7.
Tiveram:

6 D. Maria Mallory: n. a 19 de maio de 1846 na casa de


S. Sebastião das Pedreiras, e ahi fal. a 7 de fev. de 1848.
6 D. Maria Emilia: n. na dita casa a 27 de agosto de 1847, e ahi
fal. em 1849.
6 D. Leonor de Boim Sieuve de Séguier Borges, que segue.
6 D. Iria Cotta da Malha Sieuve de Séguier: n. na mesma casa a
25 de out. de 1850, e casou a 6 de dez. de 1868, na Sé de
Angra, com José Maria Leite Pacheco, medico-veterinario de
l.• classe, agronomo districtal e sub-chefe da delegação da fis-
calisação dos productos agricolas do districto de Angra do
Heroísmo, o qual n. a 31 de out. de 1839, em Almeirim, e é filho
357

de Carlos José Leite Pacheco e de sua mulher e prima D. Anna


Amalia da Silveira Leite Pacheco, naturaes da referida villa.
Tiveram:
7 D. Maria Emilia: n. na casa de S. Sebastião das
Pedreiras a 18 de set. de 1869, e ahi fal. em 1887.
7 D. Leonor Mallory: n. na mesma casa a 22 de
out. de 1874, e fal. criança.
7 D. Etelvina Sieuve de Séguier Leite Pacheco:
n. na dita casa a 28 de nov. de 1878, e casou na
Conceição, de Angra, a 28 de março de 1900 com
Arthur Alfredo da Rocha Peixoto, 3. 0 aspirante da
alfandega da dita cidade, o qual n. na Ponte da
Bdrca a 16 de dez. de 1872, e é filho de Manoel
Bento da Rocha Peixoto, do conselho de Sua
Magestade Fidelissima, bacharel formado em
direito pela Universidade de Coimbra, deputado
da nação e governador civil do districto de Vianna
do Castt:llo, e de sua mulher D. Francisca Alves
de Andrade, já fallecidos.
D'esta união resultaram os seguintes filhos:
8 José: n. a 6 de agosto de 1903, na
dita casa, e ahi fal. a 26 de dez. do
mesmo anno.
8 D. Maria: n. na ilha de S. Jorge
(villa da Calheta) a 19 de abril de
1905, e ahi fal. ao cabo de poucas
horas.
8 D. Iria Mallory: n. na dita casa
a 20 de julho de 1906.
6 Antonio: n. na dita casa de S. Sebastião das Pedreiras, em 1852,
e fal. criança.
6 Antonio Sieuve de Séguier Camello Borges: n. a 3 de out.
de 1853, na dita casa, onde vive no estado de solteiro.

6 O. Leonor de Bolm Sleuwe de Sé6uler Borges, - nasceu a 4 de maio


de 1849, na casa de S. Sebastião das Pedreiras, e foi baptisada
a 30 do mesmo mez e anno na parochial Egreja da Conceição,
de Angra. Por fallecimento de seu pae, succedeu na dita casa
junctamente com sua irmã D. Iria. Casou a 7 de setembro
de 1870, na dita parochial, com Alfredo Ferreira de Campos.
- Vid. Tit. dos Campos, § 2. 0 , n. 0 3.
Tiveram sómente duas filhas:

7 D. Maria do Carmo Sieuve de Séguier e Campos, que segue.


7 D. Lydia Sieuve de Séguier Borges do Amaral e Campos: n.
na dita casa de Sebastião das Pedreiras a 13 de out. de 1884,
e casou a 28 de maio d_e 1904, na parochial Egreja de Nossa
Senhora de Belem, da Terra Chã (ilha Terceira), com Ecluardo
de Campos de Castro de Azevedo Soares, fid. cav. da Casa Real,
bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra,
358

,intigo auditor administrativo do districto de Angrn do


Heroismo, actual juiz de direito de !.• instancia, servindo
na comarca de Caminha, e auctor d'este Nobiliario da Ilha
frrceira, - o qual n. a 22 de set. de 1864, na cidade de Braga,
e é filho dos J. 0 s condes de Carcavellos, Francisco de Campos
de Azevedo Soares e D. Eusebia Luiza Leite de Castro e
Azevedo, já fallecidos.
Teem os seguintes filhos:
8 D. Leonor Sieuve de Séguier de Campos de
Castro de Azevedo Soares: n. a 27 de set. de 1905,
ao meio dia, na villa de Caminha, na casa n. 0 75
da antiga rua do Caes, hoje denominada do
conselheiro Miguel Dantas, freg. de Nossa Senhora
da Assumpção, e foi baptisada a 28 de out. do
mesmo anno, na Matriz (Egreja parochial da dita
lreg.), tendo por padrinho seu thio paterno Albano
de Campos de Castro de Azevedo Soares, fid.
cav. da Casa Real e bacharel formado em direito
pela Universidade de Coimbra, e por madrinha
sua avó D. Leonor de Boim Sieuve de Séguier
Borges.
8 Francisco Sieuve de Séguier de Campos de
Castro de Azevedo Soares, gémeo com
8 Alfredo Sieuve <1e Séguier de Campos de Castro
de Azevedo Soares.
l~asceram no dia 15 de julho de 1907,
aquelle, ás 8 horas, e este ás 8 horas e 5 minutos da
manhã, na dita villa de Caminha, na casa n.o . (?)
da Avenida Manoel Xavier, freg. de Nossa Senhora
da Assumpção, e foram baptisados no dia 18 de
agosto do mesmo anno, na dita Matriz, tendo por
padrinhos, o 1. 0 , seus thios paternos Eugenio de
Campos de Castro de Azevedo Soares (depois
visconde do Olival e fid. cav. da Casa Real), e
D. Maria das Dôres de Campos de Castro de
Azevedo Soares, e o 2. 0 , seus thios maternos
(com procuração) Frederico Ferreira de Campos
e D. Maria do Carmo Sieuve de Séguier e Campos.

7 D, Maria do Carmo Sieuye de Séguier e Campos, - nasceu a 16 de


julho de 1872 na casa de S. Sebastião das Pedreiras, da qual
é actual senhora e possuidora, com seu marido Augusto
Fournier Monteiro. -- Vid. Tit. dos Monteiros, § un., n. 0 4.
Teem um só filho:
8 Luiz Sieuve de Campos Fournier Monteiro, que n. na dita casa
a 16 de abril de 1898.

§ 2.º

4 João Sieuve de Séguier CameUo Borges (§ 1.0 , n.º 4), - teve de


sua 2.ª mulher D. Gertrudes de Menezes de Lemos e Carvalho
os dois filhos seguintes:
359

5 José Maria Sieuve de Menezes, que segue.


5 Francisco Sieuve de Menezes, thesoureiro da alfandegA de
Angra do Heroismo: n. na casa de S. Sebastião das Pedreiras
a 2 de aaosto de 1828, e fal. em Lisboa a 15 de julho de 1900,
tendo casado na ilha Terceira com D. Francisca de Lemos,
filha de Francisco de Lemos Alvares e de sua mulher D. Ana
Luiza, referidos a pag. 359 do vol. I.
6 Francisco Sieuve de Menezes e Lemos, que exer-
ceu o cargo de inspector de l.• classe da fiscali-
sação dos impostos em Angra do Heroismo, onde
fundou e dirigiu - a Semana, que começou a
publicar-se no dia 1 de jan. de 1900. N. a 21
de nov. de 1855, e fal. a 20 de abril de 1907, em
Lisboa, tendo casado com D. Maria do Livra-
mento de Bettencourt Pego. - Vid. Tit. dos
Betlencourts, § 3. n. 0 12.
0
,

D'este matrimonio resultaram:


7 D. Ezilda de Bettencourt Sieuve de
Menezes: n. a 21 de março de 1878,
na cidade de Angra.
7 D. Alice de Bettencourt Sieuve de
Menezes; n. a 29 de jan. de 1881,
na dita cidade.

5 José Maria Sieuve de Menezes,-1.º visconde e l. conde de Sieuve


0

de Menezes (respectivos decretos e cartas regias de 6 de


março e 8 de maio de 1873, e 12 de fevereiro e 28 de maio
de 1885), moço fid da Casa Real, por alv. de 6 de junho de
1864 (L. vm da :V\atr., fls. 27 v., e L. v de Cartas e Alvs. da
Secr. dos Filhamentos, fls. 219), commendador e cav. da real
ordem militar de Nossa Senhora da Conceição de Villa
Viçosa, por dececreto de 17 de novembro de 1858, em reco-
nhecimento dos valiosos serviços que prestou no intuito de
obstar á emigração clandestina das ilhas dos Açôres, e bacha-
rel formado em direito pela Universidade de Coimbra, forma-
tura que concluiu em 1852, tendo sido premiado n. 1. 0 , 2. 0 e
3. 0 annos, como consta da respectiva carta passada em Coim-
bra aos 16 de março de 1853, o reg. a fls. 314 do L. de reg.
de Dipls. existente na Secret. da Camara Municipal de Angra,
do anno de 1818. Exerceu em Angra do Heroismo os cargos
de l.'; substituto do juiz de direito, administrador do con-
celho, presidente da camara municipal, membro da junta geral
e do conselho de districto, e o de governador civil, por diffe-
rentes vezes. Foi deputado ás côrtes da nação em varias
legislaturas (1860-1879) e n'ellas vice-presidente da respectiva
Camara, e par do reino por decreto de 29 de dezembro de
1881. Como politico, acompanhou sempre o partido regene-
rador, de que foi chefe no districto de Angra, até que falleceu.
360

Prestou á ilha Terceira os mais assignalados serviços e tem o


seu retrato a oleo no salão nobre da Camara Municipal de
Angra, ao lado dos retratos do 1. 0 e 2. 0 condes da Praia da
Victoria, dois vultos não menos importantes na historia poli-
tica da referida ilha. Nasceu na casa solar de S. Sebastião
das Pedreiras a 20 de novembro de 1826, e falleceu em
Angra a 4 de novembro de 1893, tendo casado com D. Anna
Raymundo Martins Pamplona Côrte Real. - Vid. Tit. dos
Pamplonas, § 5. 0 , n." 11.
Tiveram:

6 Raymundo Sieuve de Menezes, que segue.


6 D. Maria Sieuve de Menezes, condessa de Rego Botelho pelo
seu casamento com Antonio Maria Holtreman do Rego Botelho
de Faria. - Vid. Tit. dos Regos, § 1. 0 , n.º 15. Nasceu a 25 de
nov. de 1856 no palacio de S. Pedro, de sua mãe.

6 Raymundo Sieuve de Menezes, - 2.º conde de Sieuve de Menezes,


titulo que lhe foi conferido para perpetuar a memoria dos
bons serviços prestados por seu pae no desempenho de varias
cargos e commissões de serviço publico (dec. de 16 de novem-
bro de 1893 e respectiva carta regia de 8 de fevereiro de
1894). Exerceu os cargos de chefe do corpo fiscal de rondas
volantes com séde em Extremoz, thesoureiro pagador no Fun-
chal, chefe fiscal da alfandega de Ponta Delgada, e bem assim
da de Angra do Heroismo, onde desempenhou tambem as
funcções de recebedor do concelho, procurador à junta geral,
presidente da camara municipal e governador civil efectivo do
districto, para cujo cargo foi nomeado por decreto de 13 de
fevereiro de 1902, e do qual tomou posse em 20 do mesmo
mez e anno. Exerce actualmente o cargo de director da
Caixa Economica de Angra do Heroismo, que é inquestio-
navelmente o 1. 0 estabelecimento de credito dos Açôres. Escre-
veu a biographia do commendador Augusto Ribeiro, empre-
gado superior do Ministério da Marinha: collaborou no
numero de homenagem que o jornal a Semana publicou por
occasião da visita d'elrei D. Carlos I e da rainha D. Maria
Amelia á dita cidade de Angra ; e foi redactor e director poli-
tico da Terceira, um dos jornaes mais antigos do paiz. Nas-
ceu a 13 de junho de 1854 no palacio de S. Pedro, de Angra,
de que é actual senhor e', possuidor, junctamente com sua mãe,
e casou a 26 de setembro de 1881 com D. Genoveva de
Bettencourt de Vasconcellos e Lemos. - Vid. Tit. dos Betten-
courts, § 1. 0 , n.º 13.
361

D'este matrimonio resultaram

7 D. Maria Benedicta Sieuve de Menezes e Lemos de Carvalho


de Sá Coutinho, que n. no dito palacio a 7 de maio de 1883, e
casou com Manoel Victorino de Bettencourt. - Vid. Tit. dos
Avilas, § 3.o, n. 0 14.
7 Dom José Maria Sieuve de Menezes Lemos e Carvalho da
Camara Sá Coutinho, que segue.

7 Dom José Maria Sieu,e de Menezes Lemos e Canalho da Camara Sá Coutinho,


- é moço fid. da Casa Real, por alv. de 22 de outubro de 1903,
do theor seguinte:

• Eu EI-Rei Faço saber a vós Antonio Maria José de Mel!o


Silva Cesar e Menezes, conde de Sabu&osa 1 Par do Reino Gran
Cruz da Ordem de Nosso Senhor Jesus Christo e de outras estran-
lleiras, Gentil Homem da Minha Real Camara e Meu Mordomo
Mór, c:tue ottentas as circunstancias que concorrem em José Maria
Sieuve de Menezes Lemos e Carvalho da Camara Sá Coutinho,
filho legitimo do Conde de Sieuve de Menezes Raymundo de Sieuve
de Menezes, e neto do Conde de Sieuve de Menezes José Maria
Sieuve de Menezes, que teve o fõro de Mõço Fidaláo da Minha
Real Casa, Hei por bem e Me Praz Fazer-lhe Mercê do mesmo
Fõro de Môço Fidalgo de Minha Casa. Não pagou direitos de
mercê por ser o fôro que por successão de seu referido avô lhe per-
tence. Mando-vos o façaes assentar no Livro da Matricula dos
Moradores da Minha Casa, em seu titulo como clito fica. Paço em
22 de outubro de 1903, EI-Rei - O Conde Mordomo-Mór». Este
alv. está reg. a f!•, 124 do L. de Cartas e Alvs. da Secr. da Mord.
Mó, da Casa Real; a fls, 130 do L. IX da Matr. dos Mors. da
dita Casa ; e no Real Arch. da Torre do Tombo a fls. !i31 verso
do L. XVIII do Reg. de Mercês ; e foi passado em virtude do des-
pacho de 21 de outubro de 1903.

Por decreto de 26 de agosto de 1904 foi agraciado com


o titulo de Dom, sendo do theor seguinte a respectiva carta
regia, que se acha reg. no Real Arch. da Torre do Tombo,
L. xx do reg. de mercês, fls. 103 v.:

< Dom Carlos, por Graça de Deus, Rei de Portugal e dos


Algarves, etc., etc. Faço saber aos 4ue esta Minha Carta virem 4ue,
A ttenclenclo ás qualidades e circumstancias que concorrem na pessoa
do Conde de .Sieuve de Menezes, Governador Civil do Districto de
Angra do Heroísmo, e á fidalguia da sua ascendencia e familia,
Querendo tambem Dar-lhe um testemunho authentico da Real
Consideração Pelos seus bons serviços e pelos 4ue prestou seu pae
o primeiro Conde do mesmo Titulo; e Confiando que seu filho
José Maria Sieuve de Menezes Lemos e Carvalho da Camara Sá
Coutinho, Môço Fidalgo da Minha Real Casa, será fiel continuador
das hoaradas tradições de seua maiores 1 Hei por bem Fazer a este
a mercê do Titulo de Dom, Pelo 4ue Mandando Eu passar ao
aáraciado a presente Carta af;m de poder eh.amar-se d'ora em diante
Dom José Maria Sieuve de Menezes Lemos e Carvalho da Camara
Sá Coutinho, e gosar d'este Titulo com as honras, preroáativas,
preeminencias e obri8ações 1 que pelas leis e reáulamen tos se ach.arem
estabelecidas, Ordeno ás auctoridades e mais pessoas a quem o
conhecimento d'esta mesma Carta pertencer, 4ue indo assiânada por
Mim e referendada pelo Ministro e Secretario d'Estado dos Negocios
do Reino, a cumpram e guardem como n'ella se contem, depois de
authenticada com o sello pendente das Armas Reaes, o de verba, e
com a nota do rejisto noa livros das Reparticõea Competente•-
362

Fica obriáado ao pagamento da quantia de duzentos e quarenta mil


reis de direitos de mercê, devendo, logo <(ue esteja realisado o mesmo
pagamento, apresentar este diploma na Secretaria d'Estado dos
Negocios da Fazenda, para, nos termos do Regulamento de vinte
e oito de a8osto de mil oitocentos e sessenta, se exarar n 'elle a
necessaria quitação, sem a qual não terá inteira validade. Dada no
Paço das Necessidades em tres de outubro de mil novecentos e
quatro, El-Rei-Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro•·

Nasceu no palacio de S. Pedro, de seu pae, a I 5 de


novembro qe 1892, e frequenta actualmente o Lyceu Nacional
de Angra do Heroismo.

§ 3.º

4 D. Maria Maxima Sieuve de Séguler Borges (§ l.º, n.º 4), - casou com
Joaquim José da Silva, secretario do governo das ilhas dos
Açôres e commandante do Fórte do Bom Jesus na villa de
S. Sebastião, da ilha Terceira, o qual nasceu em Lisboa, e
falleceu a 8 de junho de 1816: era filho de Manoel da Silva
e de sua mulher D. Luiza Paulina; neto paterno de Ftrnando
da Silva e de sua mulher D. Ignacia de Oliveira, e materno de
Antonio Mendes Cardoso e de sua mulher D. Agueda Luiza
Pereira.
Tiveram:

5 Manoel Joaquim da SilvH Sieuve de Séguier, que segue.


5 Joaquim Jo~é da Silva, propridario vitalício do l,fficio de
escrivão dos orphãos da ilha Grnciosa: n. na freg. da Sé de
Angra.
5 Francisco Augusto da Silva Sieuve, fid. cav. da Casa Real, por
alv. de 27 de agosto de 1836 (L. VI da Matr. dos Morads. da
Casa Real, fls. 30), cav. da ordem militar de S, Bento de Aviz,
e major, reformado, da arma de infanteria. Com o posto de
alferes adheriu em 1821 á revoluç~o constitucional que teve
Jogar em Angra. N. na freg. da Sé da dita cidade, e ahi fal.,
tendo casado com D. Maria José Borges Leal, filha de Thomaz
José Carvão e de sua 2.• mulher D. Maxima Carolina.
Tiveram:
6 Augusto Cesar da Silva Sieuve, fid. cav. da Casa
Real e general de brigada, reformado, da arma de
infanteria. Foi governador do castello de S. João
Baptista de Angra, e desempenhou varias commis-
sões de serviço publico e nomeadamente a de
commandante do deposito de emigrados hespa-
nhoes, em que se houve tão distinctamente que foi
porisso agraciado com a commenda da ordem de
Carlos III, d'Hespanha; mercê que regeitou, assim
comei outras que lhe foram offerecidas. Comman-
dou o regimento de caçadores n. 0 10, quando
tenente coronel e, tendo-se nado casos de indisci-
363

plina no regimento de caçadores n ° 11, da guar-


nição de Ponta Delgada, foi escolhido para o
commandar, o que fez, e tão distinctamente, que a
ordem se restabeleceu promptamente. Foi-lhe offe-
recido em 1879 o commando da guarda muni-
cipal do Porto pelo então ministro da guerra João
Chrisostomo, e no mesmo anno foi governador
da praça de Monsanto, cujo cargo desempenhava
quando solicitou e obteve a reforma.
N. na freg. da Sé de Angra, e ahi fal. a 30
de abril de 1905, tendo casado com D. Maria
Izabel de Barcellos Merens Lobo, sr.• e herd.• de
um morgado na ilha Terceira, e filha de Luiz de
Barcellos Merens Lobo e de sua mulher D. Rita
Julia de Barcellos. Tiveram :

7 D. Maria Augusta Sieuve de Barcel-


los Merens Lobo: n. a 6 de jan. de
1845, e casou com Francisco Anto-
nio Borges Teixeira. - Vid. Tit. dos
Teixeiros (outros), § un., n o 11.

5 D. Maria Joaquina da Silva Sieuve de Séguier: n. na freg. da


Sé de Angra a 13 de jan. de 1805, e casou com Martinho de
Mello Soares, proprietario vi!Rlicio do officio de escrivão do
judicial e tabellião de notas da dita cidade, para que foi

l
nomeado em 23 de abril de 1832.
5 D. Joanna da Silva Sieuve de Séguier: n. na dita freg. da Sé a
29 de maio de 1806.
5 D. Maria Paula
5 D. Theodora Felisarda
5 D. Anna Emilia
5 D. Francisca Augusta que todas estiveram no Recolhimento
5 D. Marianna Paula das Monicas, de Angra.
5 D. Maria José
5 D. Margarida Augusta
5 D. Joaquina Rita da Silva Sieuve de Séguier, que em 1820
estava recolhida no mosteiro de S. Gonçalo, da dita cidade.

5 Manoel Joaquim da Silva, - fid. cav. da Casa Real, cav. da ordem


de Christo, tenente coronel de engenharia e secretario do
governo geral das ilhas dos Açóres, cargo este de que prestou
juramento e tomou posse em 19 de julho de 1813. Casou
duas vezes, a primeira com D. Anna Emília da Silva, e a
segunda com D. Maria Carolina Pinto de Sant' Anna.
Do primeiro matrimonio teve:

6 D. Carlota da Silva Sieuve de Séguier, que casou duas vezes,


a primeira com Antonio do Rego Faria Barbosa, fid. cav. do
Casa Real, por alv. de 21 de junho de 1836 (L. VI das mercês
do Real Arch., fls. 153, V.), bacharel formado em leis pela Uni-
versidade de Coimbra, juiz de fóra na ilha Terceira, deputado ás
côrtes da nação em varias legislaturas, presidente da camara
364

municipal, administrador do concelho e chefe do partido


regenerador de Barcellos, governador civil interino do districto
de Vianna do Castello, etc.; e a segunda com o bacharel
Francisco Ferreira da Fonte, tambem administrador do concelho
em Barcellos; - s. g.
6 Frederico Jorge da Silva Sieuve de Séguier, que segue.
6 Carlos Jorge da Silva Sieuve de Séguier, de que tracta o § 4. 0

Do segundo matrimonio nasceu a filha unica :

6 D. Julia Pinto de Sant'Anna casada com seu sobrinho Arthur


d'Amorim Sieuve de Séguier. - Vid. § 4. 0 n. 0 7.

6 Frederico Jorge da SIiva SieuYB de Séguler, - foi um dos signatarios


do auto de acclamação da rainha D. Maria II na ilhu Graciosa,
em 10 de julho de 1831, e um dos que mais se distinguiram
n'essc feito de nobre lealdade. Casou com D. Maria Dia-
mantina Leite de Bettencourt. - Vid. Tit. dos Bettencourts,
§ 4. 0 , n. 0 10.
Foi seu filho:

7 Frederico de Bettencourt Côrte Real Sieuve, - casado com D. Carlota


de Sousa Machado, filha de Francisco de Sousa Machado, da
ilha Graciosa.
Tiveram:
8 D. Amelia Sieuve de Séguier, que segue.
8 D. Maria Frederica Sieuve de Séguier, casada a 24 de maio de
1876 com José Estevão Affonso, engenheiro civil e antigo
director das obras publicas do districto de Angra do Heroismo·
D'este matrimonio resultaram :
9 D. Maria Frederica.
9 D. Maria Clara.
9 D. Lucia.
9 José.

8 O. Amella Sieuve de Séguier, - casou com Julio Angelo Borges


Cabral, official e cav. de S. Bento de Aviz, cav. da Conceição,
condecorado com a medalha de prata, da classe de comporta-
mento exemplar, e tenente coronel de infanteria, o qual nasceu
a 14 de fevereiro de 1858; - s. g.

§ 4.º

6 Carlos Jorge da SIIYa Sleuve de Séguier, (~ 3.º, n.º 6), - foi official da
secretaria do governo das armas da ilha de S. Miguel. com a
graduação de tenente, cargo que exercia em 1828. Depois,
365

desempenhou varias outras funcções e nomeadamente as de


escnvao de direito em Barcellos. Nasceu em Plymouth
(Inglaterra), e casou com D. Maria Casimira Soares de Brito
e Sousa d' Amorim, a qual era filha de capitão João de Sousa
d'Amorim, morto em campanha, e de sua mulher D. Maria
Barbosa Soares de Brito Sá e Lançoes, fallecida em Lisboa
em 1844, e neta, pelo lado materno, de José Joaquim Soares
de Brito e Lançoes, da geração e linhagem dos Soares e
Lançoes que occuparam Jogares distinctos em Barcellos, e de
sua mulher D. Maria Thereza.
Do matrimonio de Carlos Jorge resultaram os seguintes
filhos:

7 D. Annaisa de Amorim Sieuve de Séguier: n. em Bragança a


16 de agosto de 1839, e casou com Eduardo da Cruz Pereira
que n. a 24 de nov. de 1843, no Porto, onde exerce as funcções
de escrivão do Tribunal da Relação, para cujo cargo foi
nomeado por dec. de 17 de fev. de 1876. D'este matrimonio
resultaram :

8 Adolpho Sieuve de Séguier Pereira, 1. 0 aspirante


da alfandega do Porto: n. a 11 de agosto de 1872,
no Porto, e casou com D. Maria Joaquina Pires de
Vasconcellos, de quem tem ao presente uma filha:

9 D. Maria Amalia Pires de v~scon·


cellos de Séguier Pereira, a qual n. a
6 de maio de 1903, na dita cidade.
8 Raul Sieuve de Séguier da Cruz Pereira : n. a 20
de nov. de 1875, tambem no Porto, e casou com
D. Berta Marques Pinto ; - s. g.
7 D. Mathilde Erycina de Amorim Sieuve de Séguier, natural de
Barcellos, e casada com D. Lnureano Fernandez; - s. g.
7 D. Albina Amelide de Amorim Sieuve de Séguier, natural de
Barcellos e casada com Nicolau Antonio Camolino, medico mi•
litar, reformado no posto de general, e actual contador da 6.ª
vara civel da comarca de Lisboa, para cujo cargo foi nomeado
em 25 de maio de 1881. D'este matrimonio nasceu:
8 D. Maria Helena Camolino, casada com Annibal
de Vasconcellos, bacharel formado em direito
pela Universidade de Coimbra ; - s. g.
7 D. Maria Carlota de Amorim Sieuve de Séguier, casada com
Manoel Ferreira Ribeiro, commendador da Conceição, official
das ordens de S. Thiago e Aviz, coronel medico, chefe do ser-
viço de saude da provincia de S. Tomé e Principe, e professor
de hygiene colonial ; - s. g.
7 Arthur de Amorim Sieuve de Séguier, do conselho de ·Sua
Magestade Fidelissima, deputado ás côrtes da nação, e chefe
366

reformado, da 2.• repartição da alfandega de Lisboa: n. a 4 de


fev. de 1847, em Bragança, e casou com sua thia D. Julia Pinto
de Sant'Anna. - Vid. § 3. 0 n. 0 6.
7 Jayme de Amorim Sieuve de Séguier, que segue.

7 Jayme de Amorim Sleuve de Séiuler, - official da Legião de Honra,


commendador da ordem de Izabel a Catholica, de Hespanha,
e official da ordem de Leopoldo, da Belgica, e diplomado
com o curso superior de letrns. Tendo sido nomeado consul
de 2.ª classe em Bordeus, em 1882, foi promovido a consul
de 1.• classe, em 1890, anno em que desempenhou uma
missão de estudo aos mercados vinícolas de Buenos Ayres e
Montevideu, a qual começou em agosto e findou em dezembro.
Em dezembro de 1897 representou Portugal, em Bruxellas,
como delegado technico na conferencia internacional para a
protecção á propriedade industrial. Em 1902 foi nomeado
adido commercial á Legação de Portugal em Paris, onde
n'este mesmo anno representou o governo portuguez na
conferencia internacional do trafico das brancas. Em 1908
foi ao Rio de Janeiro accordar nas bases d'um tractado de
commercio entre o nosso paiz e o Brazil, principalmente no que
respeita aos cacaus portuguezes; missão que concluiu n'este
mesmo ano. E' poeta, e escritor primoroso; e, como jornalista,
colaborou no Jornal da Noite, Revolução de Setembro,
Diario da Manhã, Diario de Portugal, Revista Literaria,
Decidente, Economista, Reporter, etc., e foi o correspondente
em Lisboa do jornal portuense A Folha Nova, onde inseriu
magnificas chronicas com o pseudonymo de lriel.

Nasceu na freguezia de Santa Maria Maior, da villa de


Barcellos, a 26 de março de 1860, e casou com D. Ida
Mathilde Angelica Gruis, a qual nasceu em Lisboa a 26 de
abril de 1864.
Tem apenas o filho que segue.

8 Fernão Gastão Sieuve de Séguier, - bachelier em lettras, e bem assim


em lettras philosophicas e mathematicas, e engenheiro agro-
nomo pelo Instituto Agronomico de Paris, cujo curso concluiu
em 1907. Nasceu cm Bordeus a 28 de janeiro de 1885.

São suas ARMAS : - em campo azul


tres chaveirões de oiro (d'azur à trais
chevrons d'or).
367

Brazões especiais teem sido usados


por diversos membros d'esta familia, a
saber:

(*) a) Um escudo partido em pala: na


].ª as armas dos Sieuves, e na 2.ª as
dos Séguiers, conforme em 3. 0 logar se
acham descriptas a pag. 349; elmo de
prata, aberto, guarnecido de oiro, e
paquife dos metaes e côres das armas.
(*) b) Um escudo esquartelado: no
1. 0 quartel as armas dos Sousas, no
2. 0 as dos Sieuves ( que alguns esquar-
telam com as dos :::éguiers), no 3." as
dos Machados, e no 4. 0 as dos Borges
( que alguns substituem pelas dos Silvas);
sobre o escudo oram collocam llm elmo
de prata, aberto, guarnecido de oiro,
ora uma corôa ducal, ora ainda uma
corôa de conde.
Com respeito a esta familia e suas
armas, existe em meu poder um docu-
mento authentico, encimado por dois
escudos, coloridos, com as armas dos
Sieuves e Séguiers, como as da alinea a),
e que é do theor seguinte:
« Je soussigné Jean Joseph l(apeller,
Directeur de l'Académie Royale de Pein-
ture, Sculptur,\ etc., de cette Ville de
Marseille, seul chargé de peindre les
Armoiries, ayant succédé dans cet
emploi au Sieur Nicolas, de l' Armorial
du quel je suis possesseur. Certifie et
atteste à tous à qu'il appartiendra, que
j'ai extrait d'un Volume de cet Armoi-
1ial, fait d,epuis au de là de cent ans,
les deux Ecussons ci-dessus peints et
blazonnés à l'article de la lettre S du
dit Vojume, dans leque[ est écrit à la
page à gauche des Armoiries, Antoine,
Oaspard et Honnoré Sieuve, freres,
Oaspard Siellve, fils d'Antoine, et
368

Joseph, fils de Oaspard Sieuve, alliés


aux Familles de Séguier, d' Estelle
Péroquebrune, de Bourguignon, de
Decroy, de Davin, de Beaumont, de
Candole, et de Belleville, touts Familles
nobles ou Consulaires. Naus trouvons
dans les Archives de l'Hôtel-de-Ville de
Marseille, deux consuls de la Famille
Sieuve, ayant les mêmes Armoiries; un
Gabriel Sieuve en 1480; un Oaspard
Sieuve en 1750, nommé par le Roi. En
foi de quoi }'ai délivré le présent pour
sévir et valoir à qui de droit. A Mar-
seille le 10 Juillet 17fj6. = Capeller =
Nous Pierre Duroure, Ecuyer, Conseiller
du Roi, Lientenant Particulier Criminel,
Premier Conseiller en la Sénéchaussée
de cette Ville de Marseille, en empéche-
ment. Certifions et attestons à tous à
qui'l appartiendra, qne te Sieur Kapeller
qni se signe ci-dessus, est tel qu'il se
qualifie à la signature en la dite qua-
lité, plaiue et entiere foi doit être ajoutée
tant en jugement que de loi, en foi de
quoi naus avons signés les présents
contre-signés par notre Secrétaire.
A' Marseille le treize Juillet mil sept
cent quatre-vingt six. = Durouse. =
Bellien = »

Áct'.rca desta familia vid. as obras mencionadas na Parte r,


cap. J, n. 05 I, JV, \'II, XXXII, XXXIV, XXXVI, LI, LXIII,
1,xxx,·, LXXXIX e Xl:11 da Bibliographia, e bem assim
os Documentos da Casa de S. Sebastião das
Pedreiras, da família Sieuve de Séguier,
em 4 grossos volumes, que se encon-
tram em meu poder.
TITULO XC

SILVANOS

O mais remoto membro d'esta familia, de que posso dar noticia,


é Jullo Maria Silvano, que nasceu na ilha Terceira nu ultimo
quartel do seculo xvm ou no primeiro do sect!lu x1x. E' o
tronco de uma s0rie de gerações que muito se tem distinguido em
defeza da Patria e da Liberdade.

§ UNICO

Julln Maria Silmo, - alistou-se em 1828 na companhia de volun-


tarios creada lla ilha Terceira, e em 1829 assentou praça nu
batalhão de caçadores n. 0 5. Fez parte do exercito libertador,
e, adherindo aos acontecimentos politicos de 1846, passou
para a 3.ª secção do exercito, onde esteve até 18 5 1. Com o
posto de tenente coronel organirnu na dita ilha, em 1864, o
batalhão de caçadores n.° ro, de que foi i.º commandante.
Reformou-se em general de brigada, em 1869, e teve a mercê
de commendador da ordem militar de :,.;:ossa Senhora da Con-
ceição de Villa Viçosa, em reconhecimento dos seus serviços
militares. Falleceu em Angra do Heroísmo a 2 de maio de
1888, tendo casado a 13 de janeiro de 1836, na Sé da dita
cidade, com D. Rita Carlota de Vasconcellos, de quem teve:
2 D. Maria Luiza Silvano: n. em Ponta Delgada a 25 de out. de
1839, e casou em Angra com Frederico Ferreira de Campos.
- Vid. Tit. dos Campos, § 2. 0 , n. 0 2.
370

2 Antonio Maria Silvano, que segue.


2 Julio Maria Silvano Junior, alferes de infanteria: n. em Angra
do Heroísmo a 2 de junho de 1843, e fal. a 4 de agosto de
1872, em Africa, combatendo em defeza da Patria. Foi casado
com D. Elisa P~ssos, de quem teve uma só filha chamada:
3 D. Adozlnda J. Passos Silvano, a qual n. a 20 de
set. de 1867; - solteira.
2 D. Carlota Silvano: n. em Angra do Heroismo a 21 de nov. de
1884, e casou com Joaquim Malheiro Pacheco Pimentel, tenente
do batalhão de caçadores n. 0 10, fallecido a 30 de junho de
• 1879. Tiveram:
3 D. Elzira Silvano Malheiro: n. a 18 de dez. de
1860, e casou com Affonso Novaes da Rosa, major
do quadro de reserva, de quem teve:
4 D. Alice Silvano Novaes.
4 D. Chrimilde Silvano Novaes.
3 Augusto Silvano Malheiro: n. a 5 de fev. de 1863,
e casou com D. Paulina Guiod, filha de Alfredo
Guiod e de sua mulher D. Em ilia de Faria;
-c. g.
3 D. Carolina Silvano Malheiro: n. a 26 de out. de
1866, e casou com Frederico Augusto Lopes da
Silva, agraciado em 1901, por occasião da visita
regia á ilha Terceira, e na qualidade de presidente
da junta geral do districto de Angra do Heroismo,
com a gran-cruz da ordem militar de Nossa Se-
nhora da Conceição de Villa Viçosa; mercê que
renunciou. Teem um só filho chamado:
4 Frederico Lopes da Silva.
2 José de Abreu Silvano, alferes de infanteria: n. em Angra do
Heroísmo a 7 de maio de 1851, e fal. em 1~71, em Benguella.
2 João Augusto Silvano, cav. da ordem de S. Bento de Aviz,
condecorado com a medalha de prata da classe de comporta-
mento exemplar, e coronel de infanteria, reformado em 1903.
N. em Abrantes a 6 de maio de 1853, e casou com D. Maria
Rita dos Santos Bettencourt. - Vid. Tit. dos Pamplonas, § 5. 0 ,
n. 0 11. Teem os seguintes filhos:
3 D. Marta dos Santos Silvano: n. a 4 de agosto de
1875, e casou com Abrahão Abohbot. - Vid. Tit.
dos Menezes, (outros), § 1.0 , n. 0 7; - c. g.
3 D. Maria dos Santos Silva no: n. a 6 de julho de
1876, e casou com Gregorio Carlos Sanches Franco,
vice-consul de Nicaragua em Angra, por carta de
11 · de julho de 1893. Teem um filho chamado:
4 Gregorio Sanches Franco.
3 João Alvaro dos Santos Silvano, condecorado com
a medalha militar de cobre, da classe de compor-
tamento exemplar, e tenente de infanteria. N. a
371

2 de março de 1881; assentou praça em 24 de


fev. de I 898; alferes em 15 de nov. de I 902; e
tenente em 1 de dez. de 1906. Casou com D. Aida
Maria Franco, de quem tem um filho chamado :

4 Alvaro.

2 D. Paulina Silvano: n. em Vizeu a 28 de dez. de 1860, e


casou com João Toste Parreira, de quem tem duas filhas:

3 D. Guiomar Silvano Parreira: n. a 28 de julho


de 1880, e casou com João Baptista Pamplona
Machado Côrte Real. - Vid. Tit. dos Pamplonas,
§ 4. 0 , n. 0 13.
3 D. Palmyra Silvano Parreira: n. a 10 de fev.
de 1886, e casou com Thomaz Touret; - s. g.

2 Luiz Augusto Silvano, cav. da ordem de S. Bento de Aviz e


capitão de infanteria n. 0 25. N. em Penafiel a 9 de Junho
de 1863, assentou praça em 17 de nov. de 1880; alferes em 10
de jan. de 1883; tenente em 24 de abril de 1889; e capitão
em 18 de agosto de 1897. Casou com D. Julia Nogueira, de
quem tem dois. filhos:

3 D. Aida Silvano : n. em Angra do Heroismo a 20


de dez. de 1888.
3 Jorge Silvano : n. na dita cidade a 4 de maio
de 1895

2 Antonio Maria Silvano, -


commendador, official e cav. da ordem
de S. Dento de Aviz, commendador da ordem de Izabel a
Catholica, de Hespanha, condecorado com a medalha militar
de prata, da classe de comportamento exemplar, e general de
brigada (arma de infanteria), reformado em 13 de setembro
de 1897. Nasceu em Angra do Heroísmo a 24 de abril
de 1840, e reside em Lisboa casado com D. Carolina Xavier
Pinheiro.
Teem os seguintes filhos:

3 D. Adelaide Pinheiro Silvano: n. a 18 tle abril de 1869, e casou


em Macau, a 12 de abril de 1886, com José Maria- de Sousa
Horta e Costa (Santa Comba Dão), gran-cruz da ordem da
Corôa de Sião, commendador da ordem de Jzabel a Catholica,
de Hespanha, official da ordem de S. Thiago, official e cav. da
ordem de S. Bento de Aviz, por serviços distinctos, condecorado
com a medalha militar de prata, da classe de comportamento
exemplar, do conselho de Sua Magestade Fidelissima, major de
engenharia, deputado ás côrtes da nação em varias legislaturas,
antigo governador e director das obras publicas oe Macau,
onde notavelmente se di~tinguiu, ministro plenipotenciario na
China, Japão e Sião, e ac!ual governador geral da lndia :
n. a 20 de out. de 1858.
372

Teem os seguintes filhos, todos nascidos em Lisboa:


4 Miguel: n. a 21 de agosto de 1897.
4 D. Vera: n. a 7 de agosto de 1904.
4 Vasco: n. a 20 de março de 1906.
3 Antonio Pinheiro Silvano, que segue.
3 Julio Pinheiro Silvano: n. a 3. de out. de 1876; - solteiro.

3 Antonlo Pinheiro Slltano, - cav. da ordem de S. Bento de Aviz,


condecorado com duas medalhas de prata, de campanhas no
Ultramar, e com a medalha militar de prata, da classe de
comportamento exemplar, r .º tenente da armada, a cujo posto
foi promovido em 5 de junho de r 903, e actualmente em
commissão na Escola pratica de artilheria naval. Nasceu
a 28 de junho de r 87 r, e casou com D. Palmyra da Motta
Gomes, já fallecida; - c. g.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte r, cap. r, n. 05 LI, LXIII e xcm da
Bibliographia.
TITULO XCI

SILVAS

de O. Violante da SIiva, filha de Duarte Galvão, chro-


D ESCENDEM
nista-mór do reino, secretario d'el-rei D. João rr, do seu
conselho, e do d'el-rei D. Manoel, seu embaixador ao papa
Alexandre vi, e ao imperador Maximiliano, etc., e de sua 2.ª mulher
D. Catharina de Menezes e Vasconcellos ou D. Catharina da Silva,
como tambem a denominam alguns linhagistas; neta, pelo lado
materno, de João Rodrigues Ribeiro de Vasconcellos, sr. de Figueiró
e Pedrogão, e de sua mulher D. Branca de Menezes da Silva, e,
por este mesmo lado, 2.ª neta de Ruy Gomes da Silva, alcaide-mór
de Campo Maior e Ouguella, e de sua mulher D. Izabel de Menezes,
filha de D. Pedro de Menezes, 1. 0 conde de Vianna e Villa Real.

§ UNICO

O. Violante da SIIH, - casou com Pedro Annes do Canto. - Vid.


Tit. dos Cantos, § 1.º, n. 0 I.
374

São suas ARMAS: - Em campo de


prata um leão de pllrpura armado de
azul: timbre, o leão.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. 1, n. 05 vn e XLV da Bibliographia, e bem asssim a
Historia Oenealogica da Casa Real, por D. Anto-
nio Caetano de Sousa, tomo xn, parte 1,
pag. 423 e 424.
TITULO XCII

SILVAS
(OUTROS)

O mais remoto membro d'esta familia, de que posso dar noticia,


é Jaclntho Candldo da SIIYa, que nasceu na ilha Terceira nos fins
do seculo xvm ou no princípio do seculo xrx. Nenhum
parentesco tinha com a familia do mesmo appellido, de que tracta
o titulo anterior.

§ UNICO

1 Jaclntho Candido da SIIYa, - foi vice-consul da Belgica na ilha


Terceira, por carta patente do consul da referida nação em
Lisboa, passada em 9 de novembro de 1833 e confirmada em
4 de dezembro do mesmo anno por Sua Magestade Imperial
o Duque de Bragança, em nome da Rainha, e secretario da
camara municipal de Angra, para cujo cargo foi nomeado em
25 de março de 1837. Casou com D. Bernarda Candida da
Silva, de quem teve:

2 Jacintho Candido da Silva: n. a 27 de set. de 1825, e casou a


27 de nov. de 1843, na Conceição, de Angra, com D. Francisca
Carlota Amelia da Silva, filha de Antonio José da Silva, nat. da
ilha de S. Jurge, e de sua mulher D. Francisca do Sacramento.
376

Tiveram:
3 D. Francisca Amelia da Silva, sr.ª e herd.ª de toda
a casa de seus paes: n. a 1 de dez. de 1844, e
casou com seu thio João Carlos da Silva. -- Vid
adiante, n.o 2.

2 D. Maria da Gloria da Silva: n. a 13 de abril de 1828, e casou


duas vezes, a primeira com José Xavier Pereira da Camara,
bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra e
delegado do procurador regio da comarca de Angra do Heroismo,
onde fal. sem geração, e em 2 as nupcias com João Augusto de
Bettencourt Pitta, - Vid. Tit. dos Pittas (outros), § 1.0 , n. 0 2.
2 José da Silva: n. a 21 de nov. de 1829.
2 Manoel Maria da Silva: n. a 21 de fev. de 1831.
2 Emygdio Lino da Silva, vice-consul da Dinamarca na ilha
Terceirn, por carta patente do consul da mesma nação em
Lisboa, passada a 20 de set. de 1865 e confirmada por el-rei em
2 de nov. do mesmo anno, presidente da direcção da Caixa
Economica Angrense, e sr. da Quinta do Pedregal e Ermida de
Nossa Senhora da Nazareth, hoje da invocação de Jesus Maria
José, em Relem, de que foi fundador um elos ascendentes da
familia Fisher, da ilha de S. Miguel. N. a 2 de agosto de 1836,
e casou com D. Francisca de Bettencourt de Sousa Rocha.
- Vicl. Tit. dos Pochas, § un., n. 0 3. D'este matrimonio resul-
taram os seguintes filhos, todos nascidos em Angra do Heroismo:
3 Jacintho Candido da Silva, do conselho de Sua
Magestade Fidelíssima, bacharel formado em di-
reito pela Universidade de Coimbra (1881), depu-
tado ás cortes da nação em varias legislaturas, par
do reino, antigo professor do Lyceu Nacional, go-
vernador civil, interino, e membro do conselho de
districto de Angra do Heroismo, antigo chefe de
repartição no ministerio da marinha e ultramar,
ajudante do procurador geral da corôa e ministro
e secretario d'estado dos negocios da marinha e
ultramar (26 de nov. de 1895), actual vogal do tri-
bunal de contas, e um dos chefes do partido na-
cionalista. N. a 30 de nov. de 1857, e casou com
D. Balbina Osorio de Castrei Menezes Pitta, a qual
n. a 29 de nov. de 1865, e é filha de Antonio de
Oouvêa Osorio Metello e Vasconcellos, I.o viscon-
de de Proença a Velha, e da viscondessa D. Luiza
da Cunha de Castro Menezes Pitta (rec. a 13 de
out. de 1854). Teem um só filho chamado:

4 Jacintho Candido: n. a 8 de maio


de 1896, em Lisboa.

3 Emygdio Lino da Silva Junior, do conselho de


Sua Magestade Fidelissima, gran-cruz e commen-
dador da ordem militar de Nossa Senhora da Con-
ceição de Villa Viçosa, commendador das ordens
de Christo, Aviz e do Merito Naval, de Hespanha,
condecorado com a medalha militar de prata, da
377

classe de comportamento exemplar, e major gra-


duado da arma de lnfanteria: Assimtou praça em 4
de out. de 1877; alferes em 7 de jan. de 1881 ;
tenente em 6 de out. de 1886; capitão em 6 de
junho de 1895; e major em 19 de out. de 1906.
Alem do curso da Escola do Exercito, que con-
cluiu em 1879, tem o curso de engenheiro civil.
Exerceu o cargo de director das obras publicas do
distrito do Funchal, bem como o de governador
civil do distrlcto de Angra do Heroismo; tem sido
deputado ás côrtes da nação em varias legislaturas;
e actualmente exerce os cargos de inspector dos
lncendios e commandante do corpo de bombeiros
municipaes de Lisboa. N. a 10 de agosto de 1860,
e casou com D. Brites da Cunha da. Silveira,
irmã do conselheiro José Pereira da Cunha da Sil-
veira e Sousa Junior, referido a pag, 354 do vol. 1.
Teem dois filhos:

4 José Pereira da Cunha da Silveira


de Bettencourt Silva : n. a 24 de
abril de 1891, no Funchal.
4 D. Maria Luiza Brites da Cunha e
Silva: n. a 19 de jan. de 1893, em
Angra do Heroismo.

3 Fernando Rocha da Silva: n. em dez. de 1863, e


fal. solteiro a 15 de jan. de 1904.
3 D. Maria do Carmo de Bettencourt Silva : n. a 29
de abril de 1866 ; - solteira.
3 D. Maria Elvira da Silva: n. a 10 de set. de 1868,
e casou com Alfredo de Mendonça. - Vld. Tit.
dos Menezes (outros), § 2. 0 , n. 0 6.

2 João Carlos da Silva, que segue.


2 José da Silva: n, a 11 de maio de 1845.

2 João Carlos da SIiva, - consul da Allemanha, e vice-consul do


Brazil na ilha Terceira, cargo este para que foi nomeado por
carta patente do consul d'esta nação em Lisboa, passada em 9
de fevereiro de 1886 e confirmada por el-rei em 28 de maio
do mesmo anno ; governador civil, substituto, do districto de
Angra do Heroismo, desde 23 de outubro de 1890 a 2 de
março de 1891, e desde 19 de agosto de 1891 a 24 de setem-
bro de 1892 E' mui versado em assumptos numismaticos e
possuidor de uma importante collecção (a melhor que se
conhece) de moedas portuguezas e brazileiras. E' o actual
sr. da Quinta de Nossa Senhora dos Prazeres, na Terra Chã,
e da Ermida do mesmo nome, fundada por um dos ascen-
dentes de José Leite Botelho de Teive, referido a pag. 82.
Nasceu em Angra do Heroismo a 8 de maio de 1842 e casou
378

com sua sobrinha D. Francisca Amelia da Silva. - Vid.


. o
acima n. 3.
D'este consorcio resultaram os seguintes filhos:

3 D. Maria das Mercês da Silva : n. a 24 de set. de 1868, e fal.


a 8 de dez. de 1900, tendo casado com João de Mendonça
Pacheco e Mello, engenheiro civil e director da agencia do
Banco de Portugal em Angra do Heroismo, em cujo districto
exerceu tambem os cargos de director das obras publicas e
presidente da junta geral; - s. g.
3 Carlos da Silva: n. a 29 de abril de 1870, e fal. solteiro.
3 Jacintho Carlos da Silva, que segue.

3 J&clntho Carlos da SIiva, - 1.º visconde de Agualva, governador


civil, substituto, desde 5 de dezembro de r 901 a , 9 de fe,·e-
reiro de 1902, o presidente da camara municipal e da asso-
ciação commercial de Angra do Heroismo. I\asceu n'esta
cidade a 16 de setembro de 1872, o casou na parochial Egreja
de Delem, da Terra Chã, a 30 de julho de 1903, com n. ,\lar-
garida Sieuve de Menezes do Rego Botelho ck Faria. -~ Vid.
Tit. dos Regos, ~ r. 0 , n. 0 1 6.
Teem duas filhas :
4 D. Maria das Mercês: n. a 18 de junho de 1904.
4 D. Mari~ Dagmar: n. a 13 de se!. de 1907.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte 1, cap. 1, n. os vn, LI, LXIII e xcm da
Bibliographia
T l T U L C) XC l l l

SILVEIRAS

Willem YaD der Haghe ou


S .fo de origem flamenga, descendentes de
Haagen, que no seculo xv passou de Flandres (casa de Maes-
trick) á ilha do Fayal, e, d'alli, a outras ilhas do archipelago
açoriano e nomeadamente á Terceira.

1 Wlllemtan der Haghe (ou 6ullherme da Slltelra como em Portugal


ficou sendo conhecido), - foi dos primeiros povoadores das
ilhas do Fayal, Flôres, Terceira e S. Jorge. Na Terceira
escolheu para sua residencia as Quatros Ribeiras, e em S. Jorge
a ponta do sueste onde hoje se encontra a villa do Tôpo.
Falleceu n'esta ultima ilha, deixando de sua mulher Margarida
Sabuio (ou Sabio ?) os seguintes filhos :

2 João da Silveira, o Velho, que segue.


2 Francisco da Silveira, de que tracta o§ 2. 0 •
2 Jorge (ou Joz) da Silveira.
2 Margarida da Silveira, de que me occupo no § 3. 0 •
2 Catharina da Silveira, que segue no § 4. 0 •
2 Luzia da Silveira, casada com André Fernandes, tabelião na
villa do Tôpo, de 1510 a 1518.
2 Anua da Silveira, mulher de Tristão Martins Pereira.-Vid. Tit.
dos Pereira Marramaques, § un., n. 0 1.
2 Maria da Silveira, casada com João Pires de Mattos, escudeiro;
-c. g.
380

2 João da Sllvalra, o Velho, -


casou com Guiomar Borges Aharca.-
Vid. Tit. dos Borges, § 1.º, n. 0 2.
Tiveram:
3 Guilherme da Silveira Borges, que casou com Ignez Gomes
d'Avila. - Vid. Tit. dos Lemos, § 1. 0 , n.o 2. Tiveram:
4 D. Maria da Silveira Borges, casada com Vital de
Bettencourt de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos
Betfencourts, § 1. 0 , n. 0 3.
4 Izabel d'Avila da Silveira Borges, que fal. solteira.
4 lgnez da Silveira Borges, mulher de Christovão
de Lemos de Mendonça.-Vid. Tit. dos Furtados
de Mendonça (outros), § 3. 0 , n. 0 2.

3 Bernardo da Silveira Borges, que casou com Catharina Gon-


çalves, de quem teve:
4 Maria da Trindade, que foi religiosa em S. Gon-
çalo, de Angra,
4 Mecia da Silveira Borges, casada com João
Alvares Pamplona de Miranda. - Vid. Tit. dos
Pamplonas, § 2.o, n. 0 4.

3 João Bernardo da Silveira Borges, casado com Mecia Netto do


Carvalhal. - Vid. Tit. dos Carvalhaes, § 3.o, n. 0 2; - s. g.
3 Anna da Silveira Abarca, que segue.
3 Izabel da Silveira Borges, que casou duas vezes, a primeira com
Manoel Alvares, e a segunda com Lucas Maciel da Ponte:
3 Barbara da Silveira Borges, que casou na dita villa do Tôpo,
com F ........ , de quem teve:
4 João da Silveira Borges, casado na mesma villa.
4 Gaspar da Silveira Borges, clerigo e religioso
franciscano.
4 Guiomar da Silveira Borges, casada tambem na
vllla do Tôpo com Manoel Gonçalves Borges;
-c. g.

3 Anna da Slltelra Allarca, -foi 2.ª mulher de Estevão de Cerveira


Borges (ou da Costa Borges), fid. da Casa Real e cav. da
ordei:n de Christo.
Tiveram:
4 Manoel do Rego da Silveira, que segue.
4 lzab~I Abarca I f Ileceram solteiras.
4 Mecia Abarca í ª
4 Maria Borges Abarca, casada com João Dias do Carvalhal. -
Vid. Tlt. dos Carvalhaes, § 1. 0 , n. 0 2.

4 lluoal do Rego da Sllvelra, - foi casado com Maria Cotta da Malha.


-Vid. Tit. dos Vieiras, § 2.º, n.º 5.
381

Tiveram, entre outros:


5 Manoel do Rego Borges,-que casou com D. Maria de Menezes
Côrte Real.-Vid. Tit. dos Monizes, § 1. 0 , n. 0 5.
Tiveram:
6 Guilherme Moniz da Silveira, que segue
6 D. Lourença de S. José, religiosa na Conceição, de Angra.
6 D. Magdalena da Silveira Borges.
6 Diogo da Silveira Borges, clerigo.

6 6ullberme Moniz da SIIHlra,-foi baptisado a l de junho de 1632


na Sé de Angra, e casou a 17 de setembro de 1656 na fre-
guezia da Conceição da mesma cidade com D. Maria Mallory.
-Vid. Tit. dos Mallorys, § 2. 0 , n.º 13.
Tiveram:
7 Manoel do Rego Borges, que segue.
7 Estevão Moniz da Silveira Borges.
7 João Baptista da Silveira Borges (frei).
7 D Maria Josepha de Menezrs Borges Côrte Real, que casou
com Antonio Sieuve.-Vid. Tit. dos Sieuves, § 1. 0 , n. 0 1.
7 A madre D. Antonia da Annunciada.

7 Manoel do ffego Borges,-residiu na cidade de Angra, onde pro-


cedeu á justificação da sua nobre ascer.dencia, a qual foi jul-
gada por sentença de 2 de dezembro de 1707 (cartorio então
a cargo do escrivão Costa Pessoa).
Casou com D. Margarida Thouzend de Figueiredo. - Vid.
Tit. dos Figueiredos, § 2.º, n.º 5.
Tiveram:
8 D. Rosa Maria de Menezes da Silveira Côrte Real, que segue.
8 D. Joanna Catharina de Menezes da Silveira, que casou com
Guilherme de Sá Salazar e Cunha.-Vid. Tit. dos ~ás,§ 2. 0 , n. 0 4.

8 O. Rosa Maria de Menezes da SIIYelra Côrte Real, - casou com Manoel


Borges da Silva. - Vid. Tit. dos Borges, § r. 0 , n. 0 7.

§ 2.º

2 Francisco da SIIYelra (§ 1.º, n.º 2),-nasceu no Fayal, e casou com


Izabel de Macedo. - Vid. Tit. dos Utras, § r. 0 , n. 0 2.
Tiveram:
3 Jorge (ou Joz) d'Utra da Silveira, que segue.
3 Manoel d'Utra d11 Silveira, descobridor da Ilha Nova, segundo
G. Fructuoso; - cas., c. g.
3,S2

3 Jorge (ou Joz) d'Utra da SIIYelra, - casou com Anna de Brum da


Silveira- Vid. Tit. dos Bruns, § I. 0 , n. 0 3.
Tiveram a filha que segue.

4 Anna de Brum da Sllyeira,-que nasceu no Fayal, e alli casou com


João Ibrii, de quem foi r.ª mulher.
Tiveram:

5 Catharina de Brum da Silveira, que segue.


5 Joanna de Brum da Silveira, casada com o dr. João Correia de
Mesquita, que foi corregedor de Angra (4 de set. de 1611).
D' este consorcio nasceu:

6 D. Beatriz, bapt. na Sé de Angra em 22 de julho


de 1618.

5 Catharina de Brum da SIiveira, - casou com Belchior Machado de


Lemos.-Vid. Tit. dos Machados, § 2.°, n. 0 6.

2 Margarida da Silveira (§ 1.º, n.º 2),-casou com Josse van Aer-


trijcke (ou Joz da Terra, como em Portugal ficou sendo
conhecido), flamengo, e um dos primeiros povoadores da ilha
do Fayal, onde vinculou sua terça no testamento e codicillo
que fez, respectivamente, em 1546 e 1553.
Tiveram:

3 João da Silveira, que segue.


3 Manoel da Silveira, administrador da terça vincular de seu pae,
por fal. de seu irmão João, e nsado com Izabel Pereira-Vid.
Tit. dos Pereira Mcrromoques, § un., n. 0 2; - c. g.
3 Joz da Terra da Silveira, de que tracta o § 5. 0 • •
3 Catharina da Silveira, casada com Diogo Oomes, de quem teve,
entre outros :

4 Aldonça Martins, casada com Thomaz de Porraz


matrimonio este de que nasceu:

5 Jorge GoulMt Pimentel, fid. da Casa


Real, cav. prof. na ordem de Christo,
capitão-mór do Fayal e gov.º' da
ilha do Pico ; casado com Maria de
Montojos.- Vid. §5.0 , n. 0 5. Tiveram:

6 Maria de Montojos,
que n. a 7 de jan. de
1657 e succedeu em
toda o casa de seus
383

paes. Casou duas ve-


zes, a primeira com
Jeronymo de Brum da
Silveira. - Vid. Tit.
dos Bruns, § I.", n.o 6
- e a segunda com
João de Soveral Bar-
buda, corregedor.
3 Barbara da Silveira, casada com Antonio de Brum, o Velho. -
Vid. Tit. dos Bruns, § I.o, n. 0 2.

3 João da Sillllra, -
foi sr. e administrador da terça vincular de seu
pae, e casado com Catharina de Brum. - Vid. Tit. dos Bruns,
§ 2.º, n. 0 2.

§ 4.º

2 Catharlna da Sllvelra (§ 1.º, n.º 2), - casou com Jorge Gomes


d'Avila,. da ilha· Graciosa, de quem teve o filho que segue.

3 Diogo Gomes da SilYBlra, - 1. º capitão-mór do Fayal, e casado com


Margarida Gil, de quem teve:

4 Jorge da Terra.
4 Francisco Silv".ira Villa Lobos, que segue.
4 João da Silveira.
4 Antonio da Silveira, clerigo.
4 Diogo Gomes da Silveira, casado com Catharina de Lemos de
Faria; -- c. g.
4 Mmoel da Silveira.

4 Francisco da Sllweira Villa Lobos, - foi licenciado, e casado com


Maria de Faria. - Vid. Tit. dos Furtados de Mendonça
(outros), § 1. 0 , n. 0 4.
Tiveram, alem de tres filhas, que foram religiosas no
convento da Gloria, do Fayal, a :
5 Carlos da Silveira, clerigo.
5 Fr. Diogo de Santo Antonio.
5 Joanna da Silveira, que segue.

5 Joanna da SIiveira, -
casou com Antonio da Cunha e Andrade,
commendador na ordem de Christo e general almirante da
armada de Antuerpia; filho de Fernão da Cunha e de Helena
Carneiro, aquelle, da cidade do Porto, e esta, da Torre de
Moncorvo.
384

Tiveram:

6 Antonlo da Cunha da Silveira, ouvidor ecclesiastico em toda a


ilha do Fayal, e instituidor do morgado dos Cunhas, com a
obrigação de usarem - os respectivos administradores - o
appellido Cunha.
6 Helena da Silveira, que segue.

6 Helena da Sllwelra, - casou com Jorge Cardoso Pereira, capitão-


-mór de S. Jorge, de quem teve:

7 Antonio da Cunha e Silveira, que segue.


7 Antonia Jacintha da Cunha e Silveira, que casou em 1693 com
Bento Pereira de Lacerda, capitão, de quem teve, pelo menos
8 Antonio Pereira da Cunha de Lacerda, que casou
com Catharina Narcisa Proença , matrimonio este
de que nasceu :
9 Joaquim Pereira de Lacerda e Proen-
ça, casado com D. Emmerenciana
Dorothêa Brum da Silveira. - Vid,
Tit. dos Bruns, § 6.o, n,0 10.
8 D. Joanna Luiza de Lacerda da Silveira : n. em
1702, e casou com José Francisco da Terra Brum
da Silveira. - Vid. Tit. dos Bruns, § 9. 0 , n.• 8.
7 Francisco Pereira da Cunha.
7 José Pereira da Cunha, clerlgo.
7 D. Clara do Espírito Santo ~
7 D. Maria da Piedade freiras.
7 D. Joanna da Conceição

7 Antonlo da Cunha da Silveira, - capitão-mór do Fayal e sr. da casa


dos Cunhas. Casou com D. Antonia Maria do Canto e Vas-
concellos. - Vid. Tit. dos Meirelles, § 1.º, n. 0 7.
Tiveram:

8 Jorge da Cunha da Silveira, que segue.


8 José Antonio da Cunha, clerigo.
R André da Cunha.
8 Manoel do Canto e Cunha, clerigo.
8 D. Bernarda Antonia Marianna do Canto.
8 D. Anna Rosa da Cunha do Canto e Silveira (e não D. Rosa,
como se lê a pag. 179 do vol. I); casada com Antonio de Brum
da Terra Silveira. - Vid. Tit. dos Bruns, § 6.o, n.o 9.

8 Jorge da Cunha da Slltelra, -


ouvidor das justiças e sargento-mór.
Casou com D. Maria Antonia Côrte Real ; - s. g.
385

§ 5.º

3 Joz da Terra da Silveira (§ 3. 0 , n.º 3),- foi administrador da terça


vincular de seu pae, por fallecímento de seu irmão Manoel, e
casado com Maria de Porraz, de quem teve:
4 Antonio da Terra da Silveira, que segue.
4 Francisco de P. e Silveira, clerigo.
4 Luzia da Terra da Silveira, casada com Antonio de Brum da
Silveira Leite. - Vid. Tit. dos Bruns, § 6. 0 , n. 0 5.

4 Antonlo da Terra da Silveira, -


capitão e administrador da dita terça
vincular. Casou com Izabel Pereira Goulart, de quem teve:
5 Pedro Goulart da Silveira, capitão e adm.º' da mesma terça.
5 .Maria de Montojos, que segue.

5 Maria de Montojos, - sr.ª e administradora da dita terça, por falle-


cimento de seu irmão Pedro. Casou com Jorge Goulart
Pimentel. - Vid. § 3. 0 , n.º 5.

A Guilherme da Silveira, § 1 º,
n. 0 1, confirmou el-rei D. João Il o
brazão d'armas da familia Van der
Haghe, de que falia uma justificação de
nobreza do anno de 1578, e que eu
ignoro em que consiste apesar dos
esforços para esse fim empregados.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte r, cap. 1,


n. 05 VII, XXX, XXXV], XXXVH, XLIII, XLV, LXXVI, LXXXVI, XCIV
e c1 da Bibliographia, e bem assim a Ilha de S. Jorge
( Açôres), por José Candido da Silva Avellar; os
Dados Oenealogicos e Biographicos d'algumas
familias fayalenses (titulo Arriaga), por
Antonio Ferreira de Serpa; e a Historia
de Portugal, segundo o plano de
F. Diniz, vol. n, pag. 253.
TITULO XCIV

SILVEIRAS DE BETENCOURT

pelos Silveiras, de D. Joaquina da Côrte Celeste 6il da Sil-


D EscENJ>FJM,
veira, e pelos Bettencourts, de Bartholomeu Almo de Bettencourt,
ambos pertencentes, segundo presumo, ás famílias d'estes
uppellidos que na ilha Graciosa existiam com nobreza.

§ UNICO

1 O. Joaquina da Côrte r.elest1 Gil da Silvelra,-casou na segunda metade


do seculo xvw com Bartholomeu Almo de Bettencourt, capitão-mór
da villa da Praia, da dita ilha, onde falleceu em 1818.
Tiveram:

2 Antonio da Cunha Silveira de Bettencourt, que segue.


2 D. Luiza Francisca da Cunha Silveira de Bettencourt, casada
com Francisco Pereira de Bettencourt Lopes, que tomou parte
importante no movimento liberal da dita ilha. Tiveram varios
filhos e nomeadamente:
3 Francisco Pereira de Bettencourt Lopes d'Athayde,
primogenito, o qual foi coronel de infanteria;-c. g.
2 D. F .......... de Bettencourt, casada com Pedro de Castro do
Canto.
2 D. Custodia Libania de Bettencourt, mulher de João Ignacio de
Simas e Cunha, coronel de milicias na Graciosa. D'este matri-
monio nasceram ;
388

3 João Ignacio de Simas e Cunha, 1. 0 barão de


Guadalupe, môço fid. da Casa Renl, por alv. de
30 de jan. de 1866 (L. VIII da Matr. dos Mors. da
Casa Real, fls. 51) e bacharel formado em direito
pela Universidade de Coimbra. Casou com
D. Maria de Menezes Pamplona Côrte Real.-Vid.
Tit. dos Pamplonos, § 5. 0 , n. 0 11. Tiveram:
4 Raymundo de Menezes e Cunha:
n. a l de março de 1852, e reside
na Graciosa casado com D. Rosa
Amelia de Bettencourt da Silveira.
D' este matrimonio nasceu:
5 D. Anna de Menezes
e Cunha Simas da Sil-
veira, a qual n. a 18 de
fev. de 1896, na dita
ilha.
3 José Caetano de Simas e Cunha, casado com
D. Maria Victoria Soares Teixeira, de quem teve :
4 D. Custodia de Simas e Cunha,
casada com Manoel Maria de Mes-
quita Pimentel. - Vid. Tit. dos
Mesquita Pimenteis, § 4. 0 , n.o 11.

3 Bartholomeu de Simas e Cunha, casado com


D. Joanna Elisa de Vasconcellos.
3 Manoel de Simas e Cunha, casado com D. Fran-
cisca Clara Leite de Bettencourt.
3 D. Maria de Athayde Telles Simas ~ - solteira.
3 D. Joaquina Leonor de Simas e Cunha, 1.• vis-
condessa da Fonte do Matto pelo seu casamento
com Bartholomeu Alvaro da Cunha Silveira de
Bettencourt. - Vid. adiante n. 0 3.

2 Antonio da Cunha Silveira de Bettencourt,- 1.0 barão da Fonte do


Matto (dec. de 2 de julho de 1860), fid. cav. da Casa Real,
por alv. de 17 de abril de 1816, e capitão-mór da dita villa da
Praia, por fallecimento de seu pae. Casou a 17 de julho
de 1812 com D. Izabel Forjaz de Lacerda Brum de Labath,
de quem teve os seguintes filhos:
3 Bartholomeu Alvaro da Cunha Silveira de Bettencourt, que
segue.
3 João Alvaro da Silveira Bettencourt, bacharel formado em
direito pela Universidade de Coimbra (1844), e ahi fallecido
apoz a formatura.
3 Francisco da Cunha Silveira de Bettencourt, casado com
D. Catharina de Simas e Cunha,
3 D. Maria Amelia de Lacerda da Silveira Bettencourt, mulher de
Antonio Maria de Albuquerque do Couto e Brito. - Vid. Tit.
dos Albuquerques, § un., n. 0 1.
!389

3 D. Joaquina Amelia da Cunha Silveira de Bettencourt, casada


com João Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda. - Vid. Tit. dos
Pereiras, § 3.o, n. 0 12.
3 D. Rita Theotonia da Cunha Silveira de Bettencourt, que fal.
em nov. de 1907, em Angra do Heroismo, tendo casado com
José Borges Leal Côrte Real.-Vid. Tit. dos Leaes, § 2. 0 , n. 0 7
3 D. Izabel Forjaz de Lacerda e Silveira, mulher de José de
Castro do Canto e Mello. ·- Vid. Tit. dos Cantos,§ 6. 0 , n. 0 11.

Fóra do matrimonio teve:


3 José Tristão da Cunha Silveira de Bettencourt, advogado de
provisão em Angra, e casado com D. Francisca Carolina de
Mendonça Pacheco de Mello; matrimonio este de que nasce-
ram, pelo menos :
4 D. Francisca Virginia de Castil Branco Betten-
court (e não Tristão da Cunha Silveira de Betten-
court como se diz a pag. 131 do vol. 1), casada
com Nicolau Moniz de Bettencourt.-Vid. Tit. dos
Bettencourts (outros),§ un., n. 0 2.
4 D. Maria de Tavora Bettencourt, casada com
Antonio de .Mendonça de Menezes Pamplona. -
Vid. Tit. dos Menezes (outros), § 2. 0 , n.º 5.
4 D. Izabel, que fal. solteira.
4 José Tristão; solteiro.

3 Bartholomeu Almo da Cunha Silveira de Bettencourt. -- 1.


visconde da 0

Fonte do Matto (dec. de 13 de nov. de 1873) e fid. cav. da


Casa Real. N. a 13 de fev. de 1818, e casou em 1851 com
D. Joaquina Leonor de Simas e Cunha.-Vid. acima, n. 0 3;
-s. g.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte r, cap. I, n. 0 " VII, LI, LXXXV e xcm da
Bibliographia.
TITULO XCV

SOTTO MA YORES

mais remoto membro d'esta familia, de que posso dar noticia,


O é O. Rosa Vlctorlna Sotto Mayor, que viveu no seculo xvrn, na villa
da Praia, da ilha Terceira.

§ UNICO

1 D. Rosa Vlctorina Sotto Mayor, - casou com Antonio Borges Leal


Ramires, capitão, de quem teve o filho que segue.

2 Francisco de Paula Leal Borges Pacheco sotto Mayor, - nasceu na villa


de S. Sebastião, da dita ilha, e casou a 19 de agosto de 1824,
no Oratorio do rev. 0 ouvidor ecclesiastico da dita villa da
Praia, Antonio Coelho Sotto Mayor, com D. Maria Emilia de
Araujo, filha de Matheus José de Araujo e de sua mulher
D. Escholastica.
Tiveram a filha que segue.

3 O. Maria Paula Leal Borges Pacheco Sotto Mayor, - nasceu a 27 de


fevereiro de 1832, e foi baptisada a 3 de março do mesmo
anno, na Ermida de Santo Antonio de Porto Martins, suffraganea
da parochial de Santa Catharina do cabo da Praia. Foi casada
com Felix José Costa, 2.º do nome, cav. das ordens de Christo
e Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa, condecorado
com a medalha n.'' 3 de D. Pedro e D. Maria, por serviços
392

c1v1s, socio honorario da Academia Philomatica do Rio de


Janeiro, socio da Sociedade promotora das Letras e Artes, e
da Agricola do districto de Angra do Heroismo, advogado
provisionaria, 2.º official chefe da repartição de administração
civil da secretaria geral do governo civil do referido districto,
e auctor das obras mencionadas na Parte 1, cap. 1, n. 0 s III,
XXIV, XLIX, LVII, LX e LXXV da Bibliographia, - o qual
nasceu na ilha Terceira a 27 de fever~iro de 1819, e era filho
de Felix José da Costa, 1.0 official da secretaria do referido
governo civil, e de sua mulher D. Joaquina Maxima de Faria.
D. Maria Paula falleceu a 20 de junho de 1902, em
Angra, e o dito seu marido ahi falleceu tambem a 17 de
janeiro de 1877.
Tiveram o filho que segue.

4 Felix José da Costa, - bacharel formado em direito pela Univer-


sidade de Coimbra (1879). Exerceu em Angra do Heroismo
a profissão de advogado, e na villa da Praia da Victoria o
cargo de conservador privativo do registo predial; cargo de
que foi transferido para Ponta Pelgada, onde tem exercido
tambem a dita profissão e o cargo de reitor do Lyceu Nacional.
N. em Angra do Heroismo a 16 de fevereiro de 1853, e casou
na Sé da dita cidade, a 26 de fevereiro de 1881, com D. Maria
do Livramento da Rocha Abreu, de quem tem os seguintes
filhos:
5 Felix de Abreu Sotto Mayor, que segue.
5 Abel de Abreu Sotto Mayor, alferes de artilheria: n. na freg.
da Sé de Angra do Heroismo a 7 de nov. de 1882.
5 D. Rosa de Abreu Sotto Mayor: n. na freg. de S. José, de
Ponta Delgada, a 25 de fev. de 1887.

5 Felix de Abreu Sotto Mayor, - bacharel formado em direito pela


Universidade de Coimbra, sub-delegado do procurador regio
e ajudante do conservador privativo do registo predial de
Ponta Delgada. Nasceu na freguezia d.a Sé, de Angra do
Heroismo, a 7 de dezembro de 1881.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. 1, n.gs 1, III, vn, XXIV, XLIX, LI, LVII, LX, LXIII, LXXV e
Lxxxv da Bibliographia.
TITULO XCVI

TAVORAS

Io oriundos da Madeira, descendentes de Francisco Gonçalwes de


S Tavora, o qual passou á ilha Terceira no secculo xv1.

1 Francisco Gonçalves de TaYOra, - casou com Ignez ou Beatriz Estaço.


- Vid. Tit. dos Estaços, § un., n. 0 2.
Tiveram:

2 Domingos Gonçalves de Tavora, que segue.


2 Simão Gonçalves de Tavora, que em 1592 fazia parte do senado
angrense.

2 Domingos 6onçal,es de Tavora, - casou com Beatriz Alvares, de


quem teve, pele menos:

3 Bernardo de Tavora, casado com D. Catharina Vieira. - Vid.


Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1. 0 , n. 0 4; - c. g.
3 Iria de Tavora, que segue.

3 Iria de Tawora, - casou na Sé Cathedral de Angra a 25 de abril de


1573 com Luiz Valladão. - Vid. Tit. dos Valladões, § 2. 0 , n. 0 5.
394

Tiveram o filho que segue.

4 Antonio Valladão de Moraes, - residiu em Porto Judeu, da ilha


Terceira, e casou com Maria Pereira de Gusmão, filha de
Bartholomeu Lourenço e de sua mulher Brianda Pereira,
instituidores do morgado da Salga.
Tiveram, entre outros:
5 Matheus de Tavora, que segue.
5 Iria de Tavora, casada com Diogo Gonçalves Machado. - Vid.
Tit. dos Machados, § 1. 0 , n. 0 5. D'este matrimonio nasceu:

6 Antonio de Tavora, que segue no § 2.o.

5 Matheus de Tavora, - era capitão de fragata por occasião da


Acclamação d'el-rei D. João I v. Fundou a Ermida do Bom
Jesus do Bomfim, em 168'.Z, e casou duas vezes, a primeira
com F. . . . Alvares Vieira, e a segunda com Beatriz de
Sousa. - Vid. Tit. dos Toledos. § l.º, n. 0 G.

Do primeiro matrimonio não teve successâo; do segundo


porém, teve, entre outros:
6 Alexandre de Tavora Merens, que segue.
6 lgnacio Toledo de Sousa, clerigo

6 Alexandre de Tavora Merens, -- capitão. Casou duas vezes, a primeira


com D. Eusebia de Sousa de Menezes. -- Vid. Tit. dos Bal-
dayas, § 2. 0 , n.º 6 - e a segunda com O. Antonia da Silveira.
Do primeiro matrimonio teve :
7 lgnacio de Tavora, que segue,
7 D. Maria da Conceição /\
7 D. Beatriz
FT - •
re 11g10sas no conven to d e Jesus d a
7 D 11
7 .PPª
D.• Guiomar ~ Praia.
7 D. Felicia

Do segundo matrimonio teve :


7 D. Rosa Maria de Tavora, casada com Francisco Manocl do
Canto de Mello. - Vid. Tit. dos Cantos,§ 9.0, n. 0 7.

7 lgnaclo da lama, - capitão. Casou duas vezes, a primeira, na


Sé de Angra, a 6 de junho de 1702, com D. Francisca Izabel
do Canto de Mello. - Vid. 'Tit. dos Cantos, § 9.º. n.º 7 -- e a
segunda com D. Antonia Francisca de Montojos Paim da
Camara. - Vid. Tit. dos Pains, § 3. 0 , n.º 8.
395

Do primeiro matrimonio ignoro se teve successão : do


segundo, porém, teve, entre outros, o filho que segue.

8 Alexandre Bento Merens de Tavora, - capitão das Ordenanças de


Angra. Casou a 9 de dezembro de 1770, na Conceição, da
dita cidade, com D. lgnacia Margarida da Costa Noronha. -
Vid. Tit. dos Noronhas, § 1. 0 , n.º 8.
Tiveram a filha que segue.

9 D. Francisca Paula Merens Noronha e Tavora, - nasceu em Angra a


15 de janeiro de 1783, e falleceu em Fontenay-aux-Roses a
23 de maio de 1838. Foi sr.ª e herd.ª da casa de seus
maiores, e casada com Luiz Meirelles do Canto e Castro. -
Vid. Tit. dos Meirelles, § 1. 0 , n. 0 11.

§ 2.º

6 Antonlo de Tavora (§ l.", n.º 6), - casou com D. Maria da Silveira,


de quem teve o filho que segue.

7 Bartholomeu de Tavora e SIiveira, - casou com D. Francisca Catha-


rina Sotto Mayor, filha de Diogo Nollet de Teive, escrivão
proprietario da camara de Angra, e de sua mulher D. Izabel
Josepha de Sotto Mayor, a quem el-rei D. João v concedeu a
tença annual de 20$000 reis no almoxarifado da ilha da
Madeira.
Tiveram:
8 Thomaz d'Aquino de Tavora e Silveira, que segue.
8 Francisco de Tavora e Silveira / t d A
8 Antonio de Tavora e Silveira Í ausen aram-se e ngra.
8 O. Maria Josepha da Conceição • • E d
8 D. Luiza lgnacia d'Assumpção i
l
1
reA1g1osas na sperança, e
8 D. Maria Michaela l ngra.

8 Thomaz d' Aquino de Tavora e Silveira,~ casou com D. Izabel Felicio;


-s. g.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte r,


cap. r, n. 0 • r, 1v, vn, xxxvr, xxxvn, LI e LXIIr da
Bibliographia
TITULO XCVII

TEIVES

dos Teives da ilha da Madeira, sendo, uns, descen-


P ROCEDEM
dentes de Diogo da Tel11, que passou á Terceira como ouvidor
geral e Jogar-tenente do capitão donatario Jacome de Bruges,
e descendendo, outros, de Gonçalo Ferreira de leiva, o qual, segundo
alguns Iinhagistas, era irmão do dito Diogo de Teive, e ambos
filhos de Lopo Affonso de Teive e de sua mulher Leonor Gonçalves.

1 Diogo da Tel11, -
foi escudeiro do infante D. Henrique, senhor
e possuidor de varias terras, na ilha Terceira, que lhe deu o
capitão Jacome de Bruges, e o descobridor (?), com seu filho
João, das ilhas das Flôres e Corvo, como se vê de uma carta
de doação das mesmas ilhas, feita por D. Manoel e confir-
mada por D. João m.
Casou na ilha da Madeira com Maria Gonçalves de
Vargas, de quem teve:
2 João de Teive, que segue.
2 Catharina de Teive, casada com João de Ornellas Saavedra. -
Vid, Tit. dos Ornellas, § un., n, 0 2.

2 João de TelYe, -
fid. da Casa d'el-rei D. Manoel, cav. prof. na
ordem de Christo, e descobridor (?), junctamente com seu
pae, das ilhas das flôres e Corvo. Casou duas vezes, a
398

primeira com Leonor Mendes de Vasconcellos, e a segunda


com Beatriz de Horta, com a qual instituiu o morgado da
Serra de S. Thiago, com capella sob a invocação de Nossa
Senhora da Assumpção, erecta no mosteiro de S. Francisco,
da villa da Praia.
Do primeiro matrimonio teve:

3 João de Teive, que segue.


3 Agostinho de Teive e Gusmão, que fal. na lndia; - s. g.
3 Orimaneza de Teive, casada com Francisco da Silveira ;-c. g.

Do segundo matrimonio nasceram:


3 Paulo Ferreira de Gusmão; - cas., c. g.
3 Leonor de Gusmão, casada com D. Fernando de Eça, trinchante
do infante cardeal D. Affonso; - c. g.
3 Filippa de Gusmão, que fal. solteira.

3 João de TeiYB, o Môço, - casou com Francisca de Barcellos


Machado. - Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1.0 , n. 0 2.
Tiveram:

4 Carlos de Teive e Gusmão, que segue.


4 lgnez de Teive e Gusmão, casada com Francisco Lagarto Lobo,
de quem teve :

5 João de Teive Lobo, casado duas vezes, a


primeira com lgnez Ramyres, e a segunda com
Ignez Correia.
Do primeiro matrimonio teve, entre outros :

6 D. Maria de Teive Lobo, que casou


com João Mendes de Vasconcellos.
- Vid. Tit. dos Vasconcellos, § 2. 0
n. 0 5.
4 Catharina de Teive e Gusmão, que fal. solteira.

4 Carlos de leite e Gusmão, - casou com Helena do Souto Cardoso.


- Vid. Tit. dos Cardosos, § 3. 0 , n. 0 3.
Tiveram a filha que segue.

5 Antonia de Teive de Gusmão, -- casou com Balthazar de Mesquita


Teixeira, da villa da Praia (ilha Terceira), de quem teve,
entre outros, a filha que segue.

6 Apollonla de Mesquita, -- casada com Pedro Alvares do Canto. -


Vid. Tit. dos Cantos, § 10.0 , n.º 3.
399

§ 2.º

1 Gonçalo Ferreira de TelYB, - casou com F ...... (?), de quem teve


o filho que segue.

2 Duarte Ferreira de TelYB, - casou na ilha Terceira com D. Margarida


de Ornellas da Camara. - Vid. Tit. dos Camaras § 1. 0 , n. 0 2.
Tiveram, entre outros:
3 Gonçalo Ferreira de Teive, que segue.
3 João Ferreira de Leive, fid. da Casa Real. Casou com Beatriz
de Escolar; - c. g.

3 Gonçalo Ferreira de Tel,e, -- nasceu na villa da Praia, da dita ilha,


e casou na Graciosa com Filippa da Cunha de Mello. - Vid.
Tit. dos Correias, § 1. 0 , n. 0 3.
Tiveram, pelo menos:
4 Estevão Ferreira de Mello, que segue
4 A madre Francisca de Jesus, freira uo convento de Jesus, da
villa da Praia.

4 EsfBYão Ferreira de Mello, - foi agraciado por D. Felippe 1,, em


1586, com o fôro de fid. cav. da Casa Real e o habito de
Christo, com 30$00 de tença, e em 1589, com nova tença,
mas esta de 50$00 reis. Residiu em Angra, onde occupou
cargos importantes, e onde casou com D. Antonia de Lima. -
Vid. Tit. dos Pachecos, § 1. 0 , n. 0 3.
Tiveram:
5 Luiz Ferreira de Mello, que segue.
5 Simão Ferreira de Mello; - s. g.
5 D. Maria de Mendonça Ferreira de Mello, casada com Pedro
de Castro do Canto. - Vid. Tit. dos Cantos, § 1. 0 , n. 0 3.
5 D. Luzia Ferreira de Mello, mulher de D. Hernando Ortiz dei
Rio. - Vid, Tit. dos Ortizes, § un., n.o 1.
5 D. Joanna Ferreira de Mello, casada com D. Diogo de Miranda
y Queiroz, governador do castello de S. Filippe, de Angra,
depois denominado de S. João Baptista; - s. g.
5 D. Fillppa Ferreira de Mello, mulher de D. Filippe Espinola de
Queiroz, mandado degolar em Angra por D. lnigo Hurtado de
Corcuera e Mendonça, governador do dito castello.
Tiveram:
6 D. Christovão Espinola, que foi govern~dor do
mencionado castello, e casado duas vezes, a pri-
meira com D. Magdalena de .... (?) e a segunda
com D. Paula de Sousa de Menezes do Rego
400

Castello Branco. - Vid. Tit. dos Camellos,


§ 4. 0 , n. 0 13.
Do primeiro matrimonio ignoro se teve succes-
são: do segundo, porém, houve:
7 O. Francisca de Mello Espinola, que
falleceu a 8 de maio de 1664, tendo
casado com Luiz do Canto de Castro.
- Vid. Tit. dos Cantos,§ 9. 0 n. 0 5.
5 D. lgnez Ferreira de Mello, que fal. em 1606, tendo casado
com Vital de Bettencourt de Vasconcelos. - Vid. Tit. dos
Bettencourts, § 1.0 , n. 0 3; - c. g.

5 Lulz Ferreira de Mello, - foi partidario, na ilha Terceira, de


D. Antonio, prior do Crato. Falleceu em Lisboa, tendo ahi
casado (á hora da morte, segundo alguns linhagistas) com
D. Guiomar da Gama.
Tiveram o filho que segue.

6 José Ferreira de Mello, - foi sr. do morgado da Fortuna na ilha


Terceira, e da mais casa de seus paes, e casado com
D. Serafina de Goes.
D'este matrimonio nasceu:

7 O. Julianna Ferreira de Mello, - casada com Bartholomeu de Vas-


concellos da Cunha, commendador na ordem de Christo.
Ignoro se tiveram successão.

São suas ARMAS : - O escudo esquar-


telado: no 1. 0 , de oiro, seis arruelas
vermelhas, no 2. 0 , de prata, tres armi-
nhos em f axa; timbre, meio leopardo
de oiro, arminhado, com uma arruela
das armas na espadoa.
Brazões especiaes teem sido conce-
didos a diversos membros d'esta familia
e nomeadamente aos seguintes:

A João de Teive, § 1.0 , n.º 2, foi


concedido por carta regia de 5 de
out. de 1530, reg. na Chanc. d'el-rei
401

D. João m, L. rn, fls. 215, o seguinte


brazão d'armas de seus antecessores
com todas as honras e privilegias de
fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Teives: - Escudo de
campo de prata com nove torteaux
( arruelas) de vermelho, em tres palas;
elmo de prata, aberto, guarnecido de
oiro, paquife de prata e vermelho, e por
timbre um leão pardo de prata, com as
mesmas arruelas.
A Gonçalo Ferreira de Teive, § 2.",
n. 0 3, foi concedido por carta regia de
20 de julho de ·1534, reg. na Chanc.
d'el-rei D. João rn, L. xx, fls. 126 v.,
o seguinte brazão d'armas de seus an-
tecessores, com todas as honras e pri-
vilegias de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Ferreiras e
Teives: - Escudo de campo esquarte-
lado: o 1. 0 de vermelho com quatro
faxas de oiro: o 2. 0 esquartelado, o
1. 0 d'este de oiro com seis torteaux de
vermelho, em duas palas, o 2. 0 de prata
com tres arminhos em f axa; e por diffe-
rença um trifalio de azul: elmo de prata,
aberto, guarnecido de oiro, paquife de
oiro e vermelho, e por timbre uma
emma de prata com uma ferradura de
oiro no bico.
A João Ferreira de Teive, § 2.0 ,
n. 0 3, foi concedido o seguinte brazão
d'armas, por carta regia de 23 de
julho de 1534, reg. na Chanc. d'el-rei
D. João rn, L. xx, fls. 126 v., com
todas as honras e privilegias de fidalgo
por descender da geração e linhagem
dos Ferreiras e Teives: - Escudo de
campo esquartelado: o 1. 0 de vermelho,
com quatro faxas de oiro: o 2. 0 esquar-
telado, sendo o 1. 0 de oiro com seis
arruelas vermelhas, em duas palas, o
2. 0 de prata com tres arminhos, em
402

faxa; e por differença uma flôr de liz


de prata: elmo de prata, aberto, guar-
necido de oiro, paquife de oiro e ver-
melho, e por timbre, uma emma de
prata com uma ferradura de oiro no
bico.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1, cap. 1,


n.os e XCVII
VII, VIII, XXV, XXXVI, XXXVII, XLV, XLVI, LXIII, LXX
da Bibliographia, e bem assim a Historia Genealogica da
Casa Real Portugueza, por D. Antonio Caetano de
Sousa, tomo x1, pag. 740.
TITULO XCVIII

TEIXEIRAS

de Ruy Gil Teixeira, que, segundo Fr. Diogo das


0 1<1scENDEM
Chagas, era «homem muito nobre e principal, natural do
reino». Passou á ilha Terceira na primeira metade do
seculo xv, e ahi constituiu a família de que tracta o seguinte.

§ UNlCO

Ruy Gil Teixeira, - casou na Terceira, em 1534, com Izabel


Homem Valladão. - Vid. Tit. dos Homens, § 4. 0 , n. 0 2.
Tiveram:

2 Gil Fernandes Teixeira, que segue.


2 Maria Rodrigues de Escobar Teixeira, casada com Manoel
Cardoso Homem. - Vid. Tit. dos Homens, §. 2. 0 , n. 0 4.
2 Filippa Escobar Teixeira, mulher de Manoel Paim da Camara.
- Vid. Tii. dos Pains, § 1. 0 , n.º 3.
2 Barbara de Escobar Teixeira, casada com Lourenço de Barcellos
Lima; - s. g.

2 GIi Fernandes Teixeira, - foi fid. da Casa Real e casado com Maria
Cardoso Homem. - Vid. Tit. dos Homens, § 5. 0 , n. 0 4.
Tiveram:

3 D. Apollonia Teixeira, casada com Pedro Annes do Canto. -


Vid. Tit. dos Cantos, § 3.o n. 0 3,
404

3 D. Catharina da Annunciação. freira no mosteiro de Jesus, da


villa da Praia.
3 D. Izabel Teixeira, mulher de Diogo do Canto de Castro. -
Vid. Tit. dos Cantos, § 6.o, n. 0 4.

São suas ARMAS: - Em campo azul


uma cruz de oiro potentea e vazia;
timbre, um unicorneo de prata armado
de oiro, nascente.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


cap. 1, n. 05 VII, xxxvII, e XLV da Bibliographia.
TITULO XCIX

TEIXEIRAS
(OUTROS)

de João Lulz Teixeira, -que nasceu em Braga e passou


D ESCENDEM
no seculo xv á ilha Terceira, fazendo assento na villa da
Praia.

§ UNJCO

1 João Lulz Teixeira. -


exercia em 1540 o cargo de juiz ordinario
na dita villa da Praia. Casou na dita ilha com Margarida
Alvares de Arzilla, de quem teve:
2 Manoel Teixeira de Mello, que segue,
2 Luzia Teixeira, casada com João Cardoso Homem. - Vid. Tit,
dos Homens,§ 2. 0 , n. 0 4.
2 Margarida Teixeira, mulher de Pedro de Barcellos Evangelhos.
Vid. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1. 0 , n. 0 3.
2 Leonor Teixeira, casada com Manoel de Barcellos Evangelho.
Vid. cit. Tit. dos Pinheiros de Barcellos, § 1. 0 , n.o 3.

2 Maaoel Teixeira de Mello, - casou a 25 de novembro de 1572 com


Catharina de Barcellos Evangelho. - Vid. Tit. dos Pinheiros
de Barcellos, § 1.0 , n.º 4.
Tiveram:
3 Manoel de Mello Teixeira, que segue.
406

Manoel Teixeira de Mello, sendo solteiro, houve em Jgnez


Martins um flho natural chamado:

3 João Teixeira de Mello, o qual exerceu o cargo de tabellião


do publico judicial de notas na villa da Praia. Casou com
Maria Gonçalves, de quem teve, entre outros:

4 O. Leonor de Mello, casada com Sebastião Cardoso


de Sousa. - Vid. Til. dos Camellos, § 3.o, n. 0 11.

3 Manoel de Mello Teixeira, - foi da ilha Terceira para o Maranhão,


onde foi provedor-mór da fazenda real. Casou com D. Leonor
de Ornellas de Gusmão (ou Leonor Mourato, segundo Fr. Diogo
das Chagas), de quem teve, entre outros, o filho que segue.

4 João de Mello de Gusmão, - foi capitão-mór no Brazil, de onde


passou á ilha Terceira em 1640. Casou com D. Thereza da
Veiga, de quem teve, entre outros, o filho que segue.

5 Jeronymo de Ornellas de Barcellos Teixeira, - casou com D. Francisca


Borges, de quem teve:

6 o.Maria Luiza de Mello de Barcellos de Gusmão Borges, - casada com


Thomé da Fonseca Carvão. - Vid. Tit. dos Carvões,§ un., n. 0 3.
Tiveram, entre outros:

7 Antonio Caetano de Mello Borges, - casou com s. p. D. Antonia


Josepha Paim da Camara da Fonseca Carvão. - Vid. cit. Tit.
dos Carvões, § un., n. 0 4.
D'este matrimonio resultaram varios filhos e nomeada-
mente.

8 Thomé Borges Teixeira, - sr. e administrador de um morgado na


ilha Terceira, e padroeiro do convento da Graça, dos padres
congregados de Santo Agostinho. Casou em 1763, na Sé de
Angra, com D. Chatharina Genoveva de Noronha, de quem
teve o filho que segue.

9 Antonlo Borges Teixeira de Barcellos, -succedeu no morgado e


padroado de seu pae, e casou duas vezes, a primeira com
D. Felicia Umbelina Moniz Barreto do Couto, e a segunda
com sua cunhada D. Anna Thereza Moniz Barreto do Couto.
- Vid. Tit. dos Monizes, § 2. 0 , n. 0 9.
407

Do primeiro matrimonio teve:


10 João Luiz Borges Teixeira, que segue.
10 D. Catharina Borges Teixeira, casada com Francisco Leite
Botelho de Teive. - Vid. Tit. dos Leites, § 1.0 , n. 0 8.

Do segundo matrimonio nasceram :


10 Joaquim Borges Teixeira, casado com D. Helena Rebello, de
quem teve:
11 D. Elisa Borges Teixeira, mulher de Francisco
Antonio da Silva.
10 Raymundo Clemente Borges Teixeira, casado com D. Maria
Augusta das Neves, de quem teve:
11 Antonio Augusto Borges Teixeira, que fal. solteiro.
11 Raymundo Cesar Borges Teixeira, bacharel for-
mado em direito pela Universidade ele Coimbra
(1852), e casado com D. Rosa Quintanilha do
Rego.-Vid. Tit. dos Menezes (outros)§ I.°, n. 0 5.
11 D. Maria Margarida Borges Teixeira, casada com
Zozimo do Ri:go de Menezes Camello Borges.-
Vid cit. Tit. dos Menezes, § 1. 0 , n. 0 5.
10 D. Augusta Borges Teixeira, mulher de Hilario Alton, consul
inglez; - s. g.
10 D. Julianna Borges Teixeira, que fal. solteira.
10 D. Felicia Augusta Borges Teixeira, casada com Antonio
Homem da Costa Norunha.-Vid. Tit. dos Noronhas, § 2. 0 , n.º 8.
10 D. Francisca Carlota Borges Teixeira, mulher de Egas Moniz
Barreto do Couto. - Vid. Tit dos Monizes, § 2.o, n. 0 10.

1O João Lulz Borges Teixeira, - nasceu em Angra a 17 de fevereiro


de 1790, e succedeu no morgado e padroado de seus ascen-
dentes. Falleceu na dita cidade a 12 de março de 1853, tendo
casado a 21 de novembro de 1821, na freguezia do Sacramento,
de Lisboa, com D. Marqueza Ermelinda de Araujo e Azevedo
Pereira Pinto, filha de Francisco Antonio de Araujo de Azevedo
(irmão do l. 0 conde da Barca), do conselho de Sua Magestade
Fidelíssima, commendador da ordem de S. Bento de Aviz, cav.
da Torre e Espada, 7. 0 governador e capitão general dos
Açôres (assassinado no castello de S. João Baptista de Angra
pela contra-revolução absoluta de 3 de abril de 18~1), e de sua
mulher D. Francisca Antonia de Sá Sotto Mayor.
Tiveram:
11 João Luiz Borges Teixeira, que segue.
11 Francisco Antonio Borges Teixeira, procurador á junta geral do
districto de Angra: n. em Lisboa a 2 de jan. de 1832, e fal. em
408

Angra em julho de 1904, tendo ahi casado em dez de 1863


com D. Maria Augusta Sieuve de Barcellos Merens Lobo. -
Vid. Tit. dos Sieuves, § 3.o, n. 0 7. Tiveram:
12 Luiz de Barcellos Lobo de Araujo: n. em Angra
a 2 de nov. de 1870, e ahi casou a 20 de out. de
1906 com D. Maria da Gloria de Sousa Machado.
11 D. Emilia Clara Borges Teixeira, casada com Luiz Meirelles do
Canto e Castro Merens de Tavora.-Vid. Tit. dos Meirelles,
§ I.o, n. 0 12.

11 João Lulz Borges Teixeira, - foi vereador da camara municipal de


Angra e sr. do morgado e padroado de seus maiores. Nasceu
na freguezia de Santa Catarina, de Lisboa, a 29 de novembro
de 1828, e falleceu a 5 de agosto de 1862, tendo casado em
1852, na Egreja Matriz da Horta, com sua prima D. Maria
Carlota da Costa Noronha.-Vid. Tit. dos Noronhas, § 2. 0 , n. '9.
Tiveram:

12 João Luiz Borges Teixeira de Barcellos, que segue.


12 D. Palmyra Borges Teixeira: n. a 26 de fev. de 1856, e fal.
em 1876, solteira.

12 João Luiz Borges Teixeira,-foi procurador á junta geral do districto


de Angra do Heroísmo, e ultimo administrador do morgado
d'esta familia. Nasceu a 16 de agosto de 1853, e falleceu a
11 de janeiro de 1887, tendo casado a 24 de novembro
de 1880 com D. Maria da Conceição Meirelles Pamplona. -
Vid. Tit. dos Coroneis, § 2. 0 , n. 0 5.
Tiveram um só filho:

13 Antonlo Borges Teixeira de Barcellos, - que herdou toda a casa de


seus paes. Nasceu a 3 de janeiro de 1881, e casou a 28 de
maio de 1903 com D. Adelaide Augusta Borges da Costa. -
Vid. Tit. dos Borges, § 3. 0 , n.º 13; - s. g.

Ácerca desta família vid. as obras mencionadas na Parte r,


Cap. I, n. 05 IV, VIJ, XXXVII, XLIII, LI, LXIV e XCVIII da
Bibliographia.
TITULO C

TEIXEIRAS DE SAMPAIO

Ão oriundos de Lamego, descendentes de Francisco José Teixeira de


S Sampaio, o qual se foi estabelecer na ilha Terceira na segunda
metade do seculo xvm.
Era filho, segundo Albano da Silveira Pinto (tomo I da
Resenha das Familias Titulares e Grandes de Portugal), de Pedro
Teixeira de Sampaio, que tambem se appellidou - de Tavora,
natural da cidade do Porto, e de D. Bernarda Luiza Thereza do
Amaral Guedes, natural da dita cidade de Lamego. Sanches de
Baêna, porém, no tomo II da dita Resenha, julga inexacta esta
filiação.

§ 1.º

Francisco José Teixeira de Sampaio, - foi fid. cav. da Casa Real, cav.
prof. na ordem de Christo (14 de julho de 1798) e vice-consul
da Hespanha na ilha Terceira, onde se entregou tambem ao
commercio. Nasceu na cidade de Lamego, e falleceu a 19 de
janeiro de 1810, em Angra, tendo casado duas vezes, a pri-
meira, na freguezia dos Olivaes (patriarchado de Lisboa), a
21 de abril de 1761, com Maria Luiza, filha de José Carneiro,
e de sua mulher Josepha Antonia, e a segunda, na Sé Cathe-
dral da dita cidade de Angra, a 1 de março de 1773, com
D. Eulalia Floriana Gualberta de Mello Carvão. - Vid. Tit.
dos Carvões, § un., n. 0 6.
410

Do primeiro matrimonio teve:

2 Antonio Teixeira de Sampaio, commendador de Christo e


consul em Corck. Fal. em Inglaterra, tendo casado na Irlanda
com miss Frances Greatriks; - c. g.
2 João Teixeira de Sampaio, que segue.

Do segundo matrimonio nasceram:

2 D. Violante Casimira Teixeira de Sampaio: n. a 7 de out.


de 1773, e casou com João Baptista Miguel Bertholomy, de
quem teve uma só filha:

3 D. Maria Carolina Bertholomy.

2 Henrique Teixeira de Sampaio, que segue no § 2. 0 •


2 D. Marianna Teixeira de Sampaio: n. a 15 de fev. de 1778.
2 D. Domitilia Teixeira de Sampnio: n. a 6 de março de 1779, e
casou com José Joaquim dos l~cis, bacharel formado em medi-
cina e clinico do hospital de S José, o qual fal. em 1817; -s. g.
2 Francisco Teixeira de Sampaio, encarregado dos negocios da
junta da companhia geral do Alto Douro nn reino unido da
Gran Bretanha, Escocia e Irlanda. Fal. em Londres em 1836.
2 D. Anna Teixeira de Sampaio: n. a 5 de maio de 1780.
2 D. Francisca Teixeira de Sampaio: n. a 12 de maio de 1782, e
fal. a 18 de out. de 1868, tendo casado duas vezes, a primeira
com João da Rocha Ribeiro. - Vid. Tit. dos Ribeiros, § un.,
n. 0 2., e a segunda, a 24 de maio de 1860 (com 78 annos de
idade!) com Francisco de Paula Bastos, 1. 0 barão e !.º visconde
de Bastos, gentil-homem da camara e ajudante de campo hono-
rario d'el-rei D. Pedro V e D. Luiz I, general de divisão, etc., o
qual era já viuvo de D. Thereza de Jesus Mourão; - c. g.
2 D. Maria Teixeira de Sampaio: n. em Angra, em 1783 ou 1785,
e fal. a 9 de nov. de 1859, tendo casado com Bento José Labre
de Bettencourt Castil Branco. -- Vid. Tit. dos Bettencourts,
§ 1. 0 , n. 0 10.
2 Luiz Teixeira de Sampaio, de que tracta o § 3.0 •
2 Diniz Teixeira de Sampaio: n. em Angra a 13 de agosto
de 1791, e fal. em Lisboa, solteiro.
2 Alexandre Teixeira de Sampaio, 1. 0 barão de Sampaio e cav. da
ordem de Christo : n. em 1793, na dita cidade, e fal. em Londres,
em 1859, tendo casado com uma senhora ingleza; - s. g.

2 João Teixeira de Sampaio, -


nasceu a bordo de um navio, nas
proximidades da ilha da Madeira, e fal. em Angra a 22 de
outubro de 1803, tendo casado com D. Maria Luiza Borges
Teixeira, de quem teve:

3 Thomé Teixeira de Sampaio: n. em 1800.


3 Francisco José Teixeira de Sampaio, que segue
3 D. Maria Luiza Teixeira de Sampaio: n. em 1804.
411

3 Francisco José Teixeira de Sampaio, - casou a 8 de Agosto de 1835


com D. Maria do Carmo Leite. - Vid. Tit. dos Leites,§ 1. 0 , n. 0 9.
Tiveram:

4 D. Francisca Magdalena Leite e Sampaio: n. a 14 de jan. de


1840 e casou com José Theodosio do Carvalhal. - Vid. Tit. dos
Beltencourts, § l.o, n. 0 12.
4 Frederico Teixeira Leite e Sampaio, que segue.

4 Frederico Teixeira Leite de Sampaio, - coronel, reformado, da arma


de infanteria. Falleceu em Angra, em março de 1906, no
estado de solteiro.

§ 2.º

2 Henrique Teixeira de Sampaifi (§ 1. 0 , n.º 2), - 1.0 barão de Teixeira


(9 d~ maio de 1818), conde da Povoa (3 de julho de 1823),
gran-cruz da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição
de Villa Viçosa, commendador das ordens de Christo e da
Torre e Espada, do conselho de Sua Magestade Fidelíssima e
do d'Estado, par do reino, presidente do Real Erario, ministro
e secretario d'estado dos negocios da fazenda, etc. Nasceu
a 30 de outubro de 1774, em Angra, em cuja Sé Cathedral
foi baptisado, tendo por padrinhos os condes de Oeiras,
Henrique José de Carvalho e Mello e D. Maria Antonia de
Menezes, que se fizeram representar n'este ado por D. Antonio
d'Almada, governador e capitão general dos Açóres, e sua
mulher D. Violante d' Almada. Educado em um collegio de
Londres, principiou ahi a sua vida commercial, em que
adquiriu grande fortuna, a qual foi avaliada, quando falleceu
(aos 27 de março de 1833, em Lisboa. no palacio da rua da
Fabrica das Sedas) em oito mil e quatro centos contos de
reis. Foi casado duas vezes, a primeira, a 16 de fevereiro
de 1804, com miss Marianne Slach, e a segunda, a 1 de
março de 1824, com D. Luiza Maria José Rita Balthazar de
Noronha, 8.ª filha dos 1.05 condes de Peniche.
Do primeiro matrimonio não teve successão: do segundo,
porém, teve:

3 D. João Maria de Noronha Sampaio, conde da Povoa (2 de


agosto de 1834): n, a 9 de jan. de 1826, e fal. a 8 de julho
de 1837;-s. g.
3 D. Maria Luiza de Noronha e Sampaio, que segue.
412

Fóra dos referidos matrimonios teve:

3 Henrique Teixeira (leg. por alv. de 13 de fev. de 1833), môço


fid. da Cesa Real, por alv. de 13 de abril de 1840, bacharel
formado em direito pela Universidade de Coimbra e 1.0 secre-
tario da Legação de Portugal em Londres. Recebeu por
disposição testamentaria de seu pae um legado na importancia
de 14:000 libras. N. em 1820, e casou em 1846 com D. Maria
Palmyra Quintella, filha dos 1.0 • condes de Farrobo. Tiveram:

4 D. Marianna Adelaide: n. a 7 de julho de 1847.


4 Henrique João: n. a 16 de maio de 1848.
4 Joaquim Pedro: n. a 1 de agosto de 1849, e fal.
em 1850.
4 Alvaro: n. a 20 de março de 1850, e fal. em 1851.
4 D. Laura: n. a 23 de agosto de 1852.
4 D. Malvina: n. a 23 de fev. de 1853, e fal.
em 1854.
4 D. Maria Eugenia: n. a 1 de maio de 1955.
4 Francisco Quinte lia Teixeira de Sampaio: n. a 6
de out. de 1857, e casou com D. Mari!l Pitta de
Sampaio. - Vid. § 3.o, n. 0 4.

3 O, Maria Luiza de noronha e Sampaio, - duqueza de Palmella pelo


seu casamento com D. Domingo-, Antonio Maria Pedro de
Sousa Holstein, 2. 0 duque de Palmela. Foi sr.ª e herd.ª de
grande casa de seu pae, por fallecimento de seu irmão
D. João Maria.
Tiveram:

4 D. Maria Luiza, que segue.


4 D. Eugenia de Sousa Holstein, condessa da Ribeira Grande
pelo seu casamento com D. José Maria Gonçalves Zarco da
Camara, 9. 0 conde da Ribeira Grande: n. a 3 de Agostf,)
de 1842; - c. g.
4 D. Luiza Maria de Sousa Holstein: n. a 18 de jan. de 1845.

4 O. Maria Luiza de Sousa Holsteln, - 3.ª duqueza de Palmela: nasceu


a 4 de agosto de 1841, e casou em 1863 com Antonio de
Sampaio de Pina e Brederode, duque de Palmella por este
casamento, official-mór da Casa Real, par do reino, etc.
Tiveram:
5 D. Helena Maria, que segue.
5 D. Pedro Maria Luiz: n. a 24 de fev. de 1866, e fal. criança.

5 D. Helena Maria de Sousa Holstein da Sampaio e Pina de Brederode, -


actual marqueza do Fayal, por dec. de 29 de dezembro
de 1881. Nasceu em 1864, e casou em 1887 com Luiz
413

Coutinho Borges de Medeiros Sousa Dias da Camara, marquez


do Fayal pelo seu casamento, official-mór da Casa Real,
bacharel formado em philosophia pela Universidade de
Coimbra: filho dos 1.05 marquezes da Praia e Monforte; - c. g.

2 Lulz Teixeira de Sampaio (§ 1.0 , n.º 2), - 1. 0 visconde do Cartaxo,


em duas vidas (decretos de 12 de junho de 1860 e 21 de
fevereiro de 1862), fid. cav. da Casa Real, por alv. de 12 de
fevereiro de 1862, e major das milicias de Lisboa. Nasceu
em Angra a 20 de janeiro de 1788, e falleceu em Lisboa
a 8 de abril de 1865, tendo casado a 4 de fevereiro
de 1813 com D. Emilia Ferreira de Campof;. -- Vid. Tit. dos
Campos, § 1. 0 , n. 0 2.
Tiveram:

3 Luiz Teixeira de Sampaio, que segue.


3 Antonio Teixeira de Sampaio, fid. cav. da Casa Real: n. a 6 de
dez. de 1816, e fal. em 1866, tendo casado com D. F ...• (?),
de quem teve:

4 Antonio Teixeira de Sampaio.

3 Francisco Teixeira de Sampaio, fid. cav. da Casa Real: n. a 12


de dez. de 1817.
3 Henrique Teixeira de Sampaio, fid, cav. da Casa Real: n. a 18
de dez. de 1818, e casou com D. CarolinR Franco, de quem
teve:
4 D. F •.... Teixeira de Sampaio.

3 Alexandre Teixeira de Sampaio, fid. cav. da Casa Real: n. a 19


de junho de 1821, e casou com s. p. D. Carlota de Campos de
Sá Vianna. - Vid. Tit. dos Campos, § 1.0 , n. 0 3. Tiveram:

4 D. Marianna Teixeira de Sampaio.

3 D. Emilla Teixeira de Sampaio, que segue no § 4. 0


3 Eduardo Teixeira de Sampaio, fid. cav. da Casa Real, gran-
cruz da ordem de Izabel a Catholica, de Hespanha, commen-
dador das ordens de S. Gregorio Magno, de Roma, de Santo
Olavo, da Noruega, e da Coroa, de Itália, official da ordem da
Rosa, do Brazil, cav. de I.ª classe das ordens da Aguia Verme-
lha, da Prussia, dos Guelfos, de Hanover, e da Estrella Polar,
da Suecia, bacharel formado em direito pela Universidade de
Coimbra, 1,0 secretario da legação de Portugal em Londres,
director geral da direcção politica do ministerio dos negocios
estrangeiros e advogado nos auditorios da comarca de Lisboa.
414

N. a 13 set. de 1883, e fal. em 1906, tendo casado a 28 de out.


de 1874 com sua sobrinha D. Christina Helena Pitta de Sam-
paio, 2.ª viscondessa de Cartaxo. - Vid. adiante n.o 4.
3 D. Christina Helena Teixeira de Sampaio, viscondessa da
Charruada pelo seu casamento em 17 de abril de 1854 com
Francisco Jayme de Quintella, 7. 0 filho dos 1. 06 condes de Far-
robo. N. a 23 de jan. de 1835 e fal. a 3 de set. de 1871. Tive-
ram:
4 D. Maria Emilia: n. a 18 de julho de 1855, e fal,
a 12 de julho de 1857.
4 D. Marianna Carlota : n. a 20 de julho de 1856.
4 Francisco Jayme : n. a 23 de junho de 1857, e ca-
sou com D. Maria Autonia de Sousa de Menezes;
-c. g.
4 Luiz Henrique: n. a 15 de julho de 1858, e casou
com D. Maria Adelaide da Rocha Vianna ; - s. g.
4 D. Maria Joaquina: n. a 28 de agosto de 1859.
4 D. Maria Christina : n. a 20 de agosto de 1860.
4 Joaquim Pedro: n. a 19 de agosto de 1861, e
casou com D. Anna Mousinho d'Albuquerque
d'Orey, - c. g,
4 Fernando Maria : n, a 30 de maio de 1865, e ca-
sou com D. Maria Teixeira de Sampaio.
4 José Augusto: n. a 6 de junho de 1867, e casou
com D. Aida de Barros Gomes.
4 D. Maria Luiza : n. a 30 de set. de 1868.
4 D. Maria Christina: n. a 12 de nov. de 1869.
4 D. Maria Amelia: n. a 4 de março de 1871, e ca-
sou com Antonio José de Mello (S. Lourenço) ; -
c. g.
3 Augusto Teixeira de Sampaio, fid. cav. da Casa Real: n. a 5 de
julho de 1836, e casou com D. Izabel Maria Nunes, de quem
teve:
4 Alfredo Teixeira de Sampaio, casado na parochial
Egreja de Santa Izabel, de Lisboa, em fev. de
1907, com D. Elisa de Noronha (Paraty).
4 Manoel Teixeira de Sampaio, casado na parochial
Egreja da Graça, de Lisboa, a 9 de fev. de 1907,
com D. Maria Adelaide Guerreiro de Sousa, filha
do conselheiro Fernando de Sousa e de sua mulher
D. Bertha Izilda Guerreiro; - c. g.
3 Frederico Teixeira de Sampaio, fid. cav. da Casa Real: n. em
1837, e fal em Lisboa, em março de 1907, tendo casado com
D, F ... , . (?), de quem teve:
4 Frederico Teixeira de Sampaio, casado com
D. Margarida Summy.
4 João Teixeira de Sampaio, casado com D. Ceies-
tina da Fonseca.
4 Joaquim Teixeira de Sampaio, casado com
D. Olinda Sampaio.
3 D. Luiza Teixeira de Sampaio: n. a 16 de junho de 1842, e
casou a 2 de março de 1861 com s. p. Osborne Jacques de
Sampaio;- s. g.
415

3 Lulz Teixeira de Sampaio, - fid. cav. da Casa Real, do conselho de


Sua Magestade Fidelissima, commendador da ordem de Nossa
Senhora da Conceição de Villa Viçosa, deputado da nação nas
legislaturas de 1853 e 1861 a 1864, governador civil dos dis-
trictos da Horta, Portalegre, Aveiro, Faro e Leiria. Cedeu em
favor de sua filha primogenita o direito que tinha á verificação
da 2.ª vida no titulo de visconde do Cartaxo. Nasceu a 30 de
janeiro de 1815, e falleceu em Lisboa a 11 de maio de 1883,
tendo casado a 22 de janeiro de 1838 com D. Adelaide das
Mercês de Bettencourt Pitta. - Vid. Tit. dos Piftas (outros),
§ 1. 0 , n. 0 2.
Tiveram:
4 O. Christina Helena Pitta de Sampaio, que segue.
4 O. Maria Pitta de Sampaio: n. em Lisboa a I de março de 1851,
e casou com Francisco Quintella Teixeira de Sampaio, - Vid.
§ 2. 0 , n. 0 4.

4 O. Chrlstina Helena Pltta de Sampaio, - 2.ª viscondessa do Cartaxo,


em verificação de 2.ª vida, por dec. de 2 de maio de 1865:
n. a 2 de maio de 1840, em Angra do Heroismo, e casou com
seu thio Eduardo Teixeira de Sampaio.-Vid. § 3. 0 , n.º 3.
Tiveram:
5 Luiz Teixeira de Sampaio, que segue.
5 O. Julia Teixeira de Sampaio: n. a 19 de jan. de 1877.

5 Lulz Teixeira de Sampaio, - commendador da ordem de Carlos rn,


de Hespanha, e l .º secretario de legação, addido ao ministerio
dos negocios estrangeiros. Nasceu a 29 de agosto de 1875;
-solteiro.
§ 4.º

3 O. Emllia Teixeira de Sampaio (§ 3. 0 , n.º 3), - nasceu a 29 de julho


de 1822, e casou com Alfredo do Couto Garrido, cav. da Torre
e Espada, e 1. 0 verificador da alfandega de Lisboa.
Tiveram:
4 O. Henriqueta de Sampaio Garrido: n. a 6 de agosto de 1841,
e casou com Joaquim Pedro da Luz, do conselho de Sua Ma-
gestade Fidelissima, commendador das ordens da Conceição e
de Christo, par do reino, etc. Tiveram :

5 José Lourenço Garrido: n. a 12 de dez. de ! 869,


e fal. em 1870.
5 O. Maria Luiza Garrido: n, a 4 de dez. de 1872,
416

e casou com Luiz Gama, deputado da nação e rico


proprietario em Obidos e nas Caldas da Rainha ;
-e. g.
4 Eduardo de Sampaio Garrido, que segue.
4 D. Eugenia de Sampaio Garrido, casada com José Pinheiro
Gomes da Silva, de quem teve duas filhas gemeas:

5 D. Emilia Pinheiro da Silva, casada com Frederico


Pinto Basto.
5 D. Sophia Pinheiro da Silva, casada com Fran-
cisco Gorjão.

4 Alfredo de Sampaio Garrido, official archivista da direcção geral


do commercio e industria no ministerio das obras publicas.
Fal. cm Lisboa, em 1904.
4 Augusto de Sampaio Garrido (gemeo com o anterior), commen-
dador da Legião d'Honra, cav. de Izabel a Catholica, de
Hespanha, e de Francisco José, de Austria, chefe de repartição
na direcção geral dos negocios consulares no ministerio dos
negocios estrangeiros. Casou com D. Carlota da Fonseca, de
quem teve:

5 D. Maria Eugenia de Sampaio Garrido.


5 Carlos de Sampaio Garrido, condecorado com a
medalha distinctiva da Cruz Vermelha, de
Hespanha, addido da legação e chanceller con-
sular na 1.• repartição da direcção geral dos nego-
cios consulares e commerciaes no ministerio dos
estrangeiros.

4 Eduardo de Sampaio Garrido,-escriptor primoroso, muito enthusiasta


e conhecedor do Theatro. Entre as suas numerosas pro-
ducçôes litterarias citarei : - A Bengala, O Prego, De noite
todos os gatos são pardos, A Grau-Duqueza de Gerolstein,
A Pera de Satanaz, A Pomba dos ovos de ouro, O Joven
Telemaco, A Mascotte, Os Sinos de Corneville, A Filha do
Inferno, A Timidez de Cornelio Guerra, Trinta Botões, As
Georgianas, A Lagartixa, Zázá, Nelly Rosier, Major do 36,
O outro eu, Vénus e As Tangerinas magicas, As viagens de
Gulliver, Peccados velhos, Por um triz, O meu muzeu, As eco-
nomias do principe Cornelio Gil, Um alho, O grande Elias, etc.
Nasceu em Lisboa a 20 de outubro de 1842.

A Francisco José Teixeira de Sam-


paio,§ 1. 0 , n. 0 1, foi concedido por carta
regia de 2 de set. de 1789, reg. no Cart.
da Nobr., L. 1v, fls. 121 v., o seguinte
417

brazão d'armas : - Um escudo esquar-


telado : no 1. 0 quartel as armas dos
Teixeiras; no 2. 0 as dos Sampaios;
no 3. 0 as dos Amaraes; e no 4. 0 as
dos Guedes.
Este brazão foi renovado em seus
filhos:

Henrique Teixeira de Sampaio(§ 1.0 ,


0
n. 2), por carta regia de 6 de março
de 1819, reg. no Cart. da Nobr., L. VIII,
fls. 30 v.; e
Francisco Teixeira de Sampaio(§ 1.0 ,
n. 0 2), por carta regia de 7 de abril de
1819, reg. no dito Cart., L. vIII, fls. 35.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte I, ca p. I, n. 05 VII, VIII, LXXXV e XCIII da
Bibliographia.
TITULO Cl

TOLEDOS

S ÃO oriundos de Castella, da casa de Alva de Tormes. Na ilha


Terceira ha va1ios ramos d'esta família e nomeadamente os
que teem por tronco Pedro Fernannes de Toledo, Almo Pires Machado
da Toledo e O. Simão da Toledo Piza.

Pedro Fernandes da Toledo, -- casou com Marqueza Gonçalves


Machado. - Vid. Tit. dos Machados, § 3. 0 , n. 0 2.
Tiveram, entre outros:

2 Gonçalo de Toledo Machado, casado com Maria Fernandes, a


Rica;-c. g.
2 Diogo de Toledo Machado, casado com Catharina Gaspar
Vieira; - c. g.
2 Maria Gonçalves de Toledo Machado, que segue.

2 Maria Gonçalves de Toledo Machado, - casou com Manoel Pires Leite,


de quem teve o filho que segue.

3 Manuel de Toledo Machado, - casou tres vezes, a primeira com


Catharina Cardoso Homem. -- Vid. Tit. dos Homens,§ 2. 0 , n. 0 4
--- a segunda com Margarida Valladão, e em terceiras nupcias
com Izabel Vieira. - Vid. Tit. dos Vieiras, § l.º, n,º 4.
420

Do primeiro matrimonio não teve successão; do segundo,


porém, houve:

4 Mathias de Toledo Machado, que segue,

Do terceiro matrimonio nasceram:

4 André.
4 Francisco.
4 Manoel.
4 Pedro Jacome.
4 Catharina.
4 Maria.
4 Joanna.
4 Anna.
4 Iria.

4 Mathias de Toledo Machada, -- foi escnvao da camara de Angra.


Falleceu em 1587, tendo casado com Maria Jacques, de quem
teve o filho que segue.

5 Antonio de Toledo Machado, - nasceu em 1578, em Angra, onde


desempenhou tambem o cargo de escrivão da camara. Casou
em Lisboa com Luzia Tavares de Sousa, de quem teve,
pelo menos:

6 Ignacio de Toledo de Sousa, que segue.


6 Beatriz de Sousa, casada com Matheus de Tavora, - Vid. Tit.
dos Tavoras, § J.o, n. 0 5.
6 Maria Tavares de Toledo, mulher de Miguel do Canto da
Camara. - Vid. Tit. dos Cantos, § 10.0, n,0 3.

6 lgnacio de Toledo de Sousa, - capitão. Casou duas vezes, a


primeira com Ignez Córte Real, e a segunda com Guiomar
de Sousa ; - s. g.

1 Almo Pires Machado de Toledo, - casou com Catharina de Carva-


lho, de quem teve o filho que segue.

2 Francisco de Toledo Machado, - casou com Catharina do Couto de


Faria, de quem teve:
421

3 Francisco Pires de Toledo /


3 Antonlo de Toledo do Couto ( s. g.
3 Diogo de Toledo do Couto J
3
3

3
3
3
3
D. Margarida do Nascimento
D. Mecla dos Prazeres
D. Anna Baptlsta
D. Catharlna das Chagas
l
Alvaro Pires do Couto de Toledo, que segue.
D. Joanna Toledo do Couto, casada com Manoel da Silva
Moniz, - Vid. Tit. dos Monizes, § 2. 0 , n.o 5.

freiras.
3 D, Francisca de Jesus
3 Thomé do Couto, clerlgo.

3 Alwaro Pires do Couto de Toledo, -


foi sargento-mór da villa da
Praia, na ilha Terceira, e sr. da casa e vinculos de seus paes
e avós. Casou com D. Catharina de Sousa. - Vid. Tit. dos
Camellos, § 3. 0 , n. 0 12.
Tiveram:
4 Francisco de Toledo do Couto e Menezes, sargento-mór da
villa da Praia ; - s. g.
4 D. Leonor Teixeira de Mello.
4 D. Maria Clarn do Couto, casada com Sebastião de Sousa
Pacheco e Mello. - Vid. cit, Tit. dos Camellos, § 3. 0 , n. 0 14.
4 Nicolau de Sousa de Menezes, clerigo.
4 D. Antonia de Sousa Pires do Couto, que segue.

4 D. Antonla de Sousa Pires do Couto, -


foi sr.ª de toda a casa de seus
paes, e casada com Egas Moniz da Silva. -- Vid. Tit. dos
Monizes, § 2.0 , n. 0 7.

§ 3.º

1 D. Simão de Toledo Piza, - foi governador do castello de S. Filippe,


depois denominado de S. João Baptista, de Angra, e casado
com D. Garcia da Fonseca R.odóvalho, de quem teve o filho
que segue.

2 O. Simão de Toledo Piza, - nasceu em Angra. Militou nas


armadas e presídios de Castella. e depois passou á America
(S. Paulo), onde é o tronco d'esta familia.
422

São suas ARMAS: - Um escudo xa-


drezado de peças de prata e azul, tres
em faxa e cinco em pala; timbre, um
anjo com a tunica xadrezada dos
mesmos esmaltes.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na


Parte r, cap. 1, n. 05 Yn, vm, XLVI e LXIV da
Bibliographia.
TITULO CII

UTRAS

de origem flamenga. Vieram de Flandres para a ilha do


S ÃO
Fayal, no seculo xv, em varias ramos e nomeadamente nos
que teem por tronco: Jobs wan Huerter, ou Josse de Hurtere, ou
ainda Joz d'Utra como na dita ilha ficou sendo conhecido; Antonio
d'Utra; Cbristina d'Utra, sobrinha do primeiro mencionado; e Jozina ou
Josglna d'Utra.
De quasi todos estes ramos existem representantes na ilha
Terceira, onde recentemente outro se foi estabelecer na pessoa de
José Prudenclo Telles d' Utra Machado.
§ 1.º

1 Joz d'Utra,-foi senhor de Moerkerken, em Flandres, 1.º capitão


donatario e governador das ilhas do Fayal e Pico, e môço fid.
da Casa Real, com 700 reis de moradia, por alv. de 15 de
outubro de 1484. Falleceu pelos annos de 1495, tendo casado
com Beatriz de Macedo, fallecida em 1531.
Tiveram:

2 Joz d'Utra, que segue.


2 Francisco d'Utra, que fal. criança.
2 Nuno de Macedo, casado na ilha de S. Miguel com Anna Gon-
çalves Botelho; - c. g.
2 Joanna de Macedo, casada duas vezes, a primeira, em 1486,
com Martim Beheim, notavel cosmographo, astronomo,
424

mathematico e nauta, e auctor de importantes noticias que


muito interessam á historia açoriana, o qual era natural de
Nuremberg, e a segunda com D. Henrique de Noronha, da ilha
da Madeira, de quem ignoro se teve sucessão. Do primeiro
matrimonio, porém, houve:
3 Martim Beheim, nascido em 1489 na ilha do Fayal.
2 Rosa de Macedo, casada com Domingos Martins Homem. -
Vid. Tit. dos Homens,§ l.o, n. 0 3.
2 lzabel de Macedo, mulher de Francisco da Silveira. - Vid. Til.
dos Silveiras, § 2. 0 , n.o 2.
2 Catharina de Macedo, fallecida em vida de sua mãe.

2 Joz d'Utra, - 2. 0 capitão dona ta rio das ilhas do Fayal e Pico,


por carta regia de 31 de maio de 1509, confirmada por outra
de 22 de outubro de 1528, esc. fid. da Casa Real com
1$000 reis de moradia, e sr. da casa solar de seu pae, junto
da qual edificou uma cnpella sob a invocação de S. Thiago.
Palleceu em 1549, tendo casado com D. Izabel Córte Real.
- Vid. Tit. dos Côrtes Reaes, § 1. 0 , n. 0 3.
Tiveram:

3 Manoel d'Utra Côrte Real, que segue.


3 D. Francisca d'Utra Côrte Real, fundadora da capella do Anjo
Custodio na Egreja de S. Francisco, da Horta, e casada com
Heitor Rodrigues; - s. g.

J Manoel d'Utra Côrte Real, - 3.º capitão donatario das ilhas do


Fayal e Pico, por carta regia de 15 de julho de 1550. Casou
com Maria Vicente, e não Catharina, como alguns escriptores
lhe chamam.
Tiveram:

4 Gaspar d'Utra Côrte Renl, casado em Lisboa com D. j:liza ou


Helena Nunes Homem, de quem teve:
5 D. Luiza d'Utra Côrte Real, fal. s. g.

4 Jeronymo d'Utra Côrte ~eal, que segue.


4 Salvador _d'Utra Côrte Real I falleceram solteiros.
4 D. Antoma d'Utra Côrte Real í
4 D. Catharina de S. Salvador, fundadora do convento da Gloria,
na Horta.
4 D. Barbara Côrte Real, fundadora da capella de Nossa Senhora
do Rosario, na dita Bgrt!ja de S. Francisco.

4 Jeronymo d'Utra Côrte Real, - 6.º capitão donatario das ilhas do


Fayal e Pico, por confirmação regia de 15 de junho de 1!582
(o 4.º e 5. 0 capitães foram D. Alvaro de Castro e D. Francisco
425

de Mascarenhas, estranhos a esta familia), môço fid. da Casa


Real, com 700 reis de moradia, por alv. de 1588 (L. vr da
matr., fls. 66). Casou em Lisboa com D. Margarida de Aze-
vedo, de quem teve a filha que segue.

5 O. Luzia d'Utra Côrta Real, - casada com Pedro Coelho da Silva;


matrimonio este de que nasceu:

6 Lulz d'utra Côrta Real, - que falleceu na lndia, sem geração.

§ 2.º

Anfonlo d'Ufra, -foi casado com Barbara Dias, de quem teve


geração, que desconheço.

§ 3.º

Chrlsflna d'utra, - fez testamento em 6 de março de 1532, de


mão commum com seu marido Antonio Cornelis, com o qual
instituiu a capella do Bom Jesus, na Egreja da Conceição, da
itha do Fayal.
Tiveram a filha que segue.

2 lzabel d'Utra, - casada duas vezes, a primeira com João da


Velloza, e a segunda com Thomaz de Porraz, almoxarife da
alfandega do Fayal em 1532.
Do primeiro matrimonio ignoro se teve sucessão; do
segundo, porém, houve a filha que segue.

3 Maria de Porraz, - casada com Joz da Terra da Silveira. - Vid.


Tit. dos Silveiras, § 5. 0 , n. 0 3.

§ 4."

Jozlna (ou Josglna d'Utra), -- casou com Nuno Fernandes, de quem


teve o filho que segue.

2 Antonio d'Ufra Nunes, --- nasceu na Horta, e ahi falleceu, tendo


casado com Francisca Gaspar Machado, de quem teve:
426

3 Gaspar Gonçalves d'Utra, que segue.


3 Estacio d'Utra Machado, agraciado por D. Aotonio, prior do
Crato, com o habito de Christo e 100$000 reis de tença em
cada anno. Casou com Paula da Silveira, da ilha Graciosa;
-c. g.
3 Violant<! d'Utra, casada com Gaspar Gonçalves Bulcão, de
quem teve:

4 Izabel d'Utra, mulher de Domingos Machado


Ribeira Secca. - Vid. Tit. dos Machados, § 1. 0 ,
n.o 4.

3 Saspar Sonçalves d'Utra, - fid. da Casa Real, cav. da ordem de


Christo, com 100$000 reis de tença em cada anno, por mercê
de D. Antonio, prior do Crato, e sargento-mór do Fayal.
Falleceu a 25 de agosto de 1613, tendo casado na ilha Terceira
com Catharina Garcia Pereira Madruga, e tendo ahi feito tes-
tamento que foi approvado em 6 de setembro de 1603 pelo
tabellião Lourenço de Moraes, de Angra.
Tiveram:

4 Francisca Gaspar d'Utra que segue.


4 Beatriz Pereira d'Utra, casada com Francisco da Rua, capitão
governador, e provedor do presidio de Angra ; - s. g.
4 A madre Catharina do Espirita Santo, abbadessa do convento
de S. João, do Fayal.

4 Francisca Gaspar d'Utra, - foi dotada por seus paes, por escriptura
de 22 de novembro de 1580, lavrada nas notas do tabellião
Pedro Alvares, de Angra, para casar, como de facto casou, com
Lopo Gil Fagundes de Sousa. - Vid. Tit. dos Fagundes,
§ 1. 0 , n. 0 5.

1 José Prud11cio Telles d'Utra Machado (tronco recente dos


Utras na
ilha Terceira), - foi bacharel formado em direito pela Univer-
sidade de Coimbra, e advogado nos auditorias da comarca de
Angra do Heroísmo. Casou com D. Violante Telles, da ilha
do Fayal, de quem teve:

2 Alberto Telles d'Utra Machado, que segue.


2 Augusto Telles d'Utra Machado.

2 Alberto Telles d'Utra Mach!do, - bacharel formado em direito pela


Universidade de Coimbra (29 de maio de 1863), e actual chefe
da 2.ª repartição da direcção geral dos negocios ecclesiasticos no
427

ministerio da justiça, . por dec. de 27 de junho de 1903, e


primoroso escriptor. E o actual possuidor do Espelho Chrys-
talino, descripto sob n. 0 xxxvn da Bibliographia. - Vid. pag.
22 do vol. I. Casou com D. Maria José de Campos Paes, já
fallecida, de quem teve:
3 Fernando Paes Telles d'Utra Machado, que segue.
3 Jorge Paes Telles d'Utra Machado, bacharel formado em
direito pela Universidade de Coimbra (1908): n. em 1883.
3 Alberto Telles d'Utra Machado Junior, empregado na Com-
panhia Commerclal de Angola: n. em 1884.

3 Fernando Paes Teles d'utra Machado, - tenente de caçadôres 2:


assentou praça em 8 de agosto de 1900; alferes em 15 de
novembro de 1904, e tenente em 31 de maio de 1906. Serviu
em Africa, onde foi um dos heroicos companheiros do capitão
Alves Roçadas na expedição ao Cuamato. Nasceu a 16 de
maio de 1882.

São suas ARMAS: - Em campo azul


ires besantes de oiro, em roquete, car-
regado cada um de tres pontos pretos
em contra roquete; timbre, um abutre
de sua côr armado de oiro.
A Jeronymo d'Utra Côrte Real,§ 1.0 ,
n. 0 4, foi passado em 27 de fev. de 1586
brazão d'armas dos Utras, sem diffe-
rença por ser chefe.

Acerca d·esta familia vid. as obras mencionadas na Parte I, cap. I,


n. 08 I, IV, VII, XIV, XXXVI, XXXVII, XLII, XLIII, XLV, XLVI, LXXXIII,
LxxxvI e CI da Bibliographia, e bem assim as Provas da
Historia Oenealogica da Casa Real Portugueza, por
D. Antonio Caetano de Sousa, tomo n, pag. 830,
e tomo vI, pag. 651, e os Dados genealogicos
e biographicos d' algumas famílias Jaya-
lenses (titulo Arriaga), por Antonio
Ferreira de Serpa.
TI TU LC) CIII

VALLADÔES

de João Valladão, que no seculo xv passou á ilha


D ESCFJNHEM,
Terceira, onde recebeu varias terras de sesmaria, e nomea-
damente as que lhe foram doadas no limite das Quatro
Ribeiras por Fernão Vaz e outros, por carta de 30 de janeiro
de 1495, confirmada por el-rei D. Manoel em 14 de abril de 1502.
A sua principal residencia foi na Casa dos Altos Ares, depois
denominada - dos Altares, na freguezia do mesmo nome, a qual
passava por ser das mais ricas da dita ilha.

1 João Valladão, -
casou no reino com Margarida de ..... (?), de
quem tev~ os seguintes filhos:

2 João Valladão, que segue.


2 Diogo Valladão.
2 Anna Valladão, casada com Gonçalo Alvares Pamplona. - Vid.
Tit. dos Pamplonas, § 1. 0 , n.o 1.
2 Magarida Valladão, mulher de Martim Simão, de quem teve:

3 Affonso Simão Valladão, casado com Violante


Borges da Costa. - Vid. Tit. dos Borges, § 1. 0 ,
n. 0 3. Tiveram:

4 Cosme Simão da Costa; - c. g.


430

4 Margarida Valladão Côrte Real,


mulher de Simão Pamplona de
Miranda. - Vid. Tit. dos Pamplo-
nas, § 1. 0 , n. 0 3.

3 Roque Valladão, casado com Maria Faria de


Lemos; - c. g.
3 Manoel Simão; - c. g. illeg.
3 Maria Simôa, casada com Barão Jacome Corr,;a.
- Vid. Tit. dos Correias, § 4. 0 , n. 0 2.
3 Catharina Simôa.
2 Beatriz Valladão, que segue no § 2. 0 •
2 Catharina Valladão, casada com Gomes Pacheco de Lima. -
Vid. Tit. dos Pachecos, § 1. 0 , n.o 2.
2 Izabel Valladão, mulher de João Alvares Homem. Vid. Tit.
dos Homens, § 4. 0 , n. 0 1.
2 Viollante Valladão, casada com Balthnznr Coelho; - c. g.
2 Francisca Valladão, casada na vila de S. Sebastião com Affonso
Antão; - c. g.

2 João Valladão, - casou com F.. . . . (?), de quem teve o filho


que segue.

3 Pedro Valladão, - casou com F ..... (?), de quem nasceo:


4 João de Ornellas, - casado com F •.... (?j.
D'estes proveio:

5 Bernardo de Ornellas, - que casou com Maria de Azevedo;


matrimonio este de que nasceu:

6 Leonor de Ornellas, - casada com João Vaz d'Avila de Bettencourt.


- Vid. Tit. dos Baldayas, § 3. 0 , n.º 6.

§ 2.º

2 Beatriz Vallaoão (§ l. 0 , n.º 2), - casou com Ruy Dias Teles


Pacheco, de quem teve:
3 João Rodrigues Valladão, que segue.
3 Beatriz Rodrigues Valladão.
3 Mor Rodrigues V111ladão, casada com Simão Pacheco de Lima.
- Vid. Tit. dos Pachecos, § 1. 0 , n. 0 2.
3 Maria Rodrigues Valladão, mulher de Pedro Gonçalves de
Antona. - Vid. Tit dos Baldayas, § 1. 0 , n. 0 3.

3 João Rodrigues Valladão, - casou com Catharina Gonçalves de


Antona. - Vid. cit. Tit. dos Baldayas, § 1. 0 , n. 0 3.
431

Tiveram:
4 João Rodrigues Valladão, que segue.
4 Antonio Rodrigues Valladão, casado com Maria de Moraes, de
quem teve:
5 Lulz Valladão, c'!sado com Iria de Tavora. - Vid.
Tit, dos Tavoros, § l.o, n. 0 3.

4 Branca Rodrigues Valfadão, casada com Gomes Pamplona de


Miranda - Vid. Tit. dos Pamplonas, § 1. 0 , n. 0 2.
4 Antonia Rodrigues Valladão, mulher dP, João Cardoso; - s. g.
4 Brazia Rodrigues Valladão, casada com Antonio Cardoso
Homem. - Vid. Tit. dos Homens,§ 2. 0 , n. 0 5. Tiveram:

5 João Rodrigues Valladão, casado duas vezes, a


primeira com Maria Gonçalves Madruga, e a
segunda com Barbara Gato; matrimonio este de
que nasceu:
6 Maria Cardoso Valladão, casada com
Francisco Lopes de Lima.-Vid. Tit.
dos Coroneis, § 1,0 , n.o 4.
5 Nicolau Cardoso.
5 Victoria Cardoso valladão, casada com Belchior
Vieira; - c. g.
4 Maria Rodrigues Valladão, casada com Diogo FerQandes de
Boim. - Vid. Tit. dos Vieiras, § 1. 0 , n. 0 3.

4 João Rodrigues Valladão - casou com Ignez de Boim, de quem


ignoro se ficou successão.

Ácerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte 1,


Cap. I, n.us VII, XXXVII, XLII, XLIJI, XLV, XLVIII e LXXXVI da
Bibliographia, e bem assim uma justificação de
nobreza, que tenho presente, de Manoel Caetano
Pacheco de Lacerda Côrte Real. - Vid. Tit.
dos Pachecos, § 3. 0 , n. 0 10.
TITULO CIV

VASCONCELLOS

D ESCENDEM da nobre geração e linhagem dos Vasconcellos, da


Casa Solar e Torre de Vasconcellos, cm Amares. Passaram
no seculo xv á ilha da Madeira, e d'alli á ilha Terceira, na
pessoa de Martim Mandes de Vasconcellos, o qual era filho de Martim
Mendes de Vasconcellos e de sua mulher D. Helena Gonçalves de
Camara Zarco, e neto, pelo lado paterno, de Martim Mendes da
Vasconcellos, 1.0 do nome, e de sua mulher D. Ignez Martins
Alvarenga.

1 Martim Mendes de Vasconcellos, - estabeleceu a sua residencia na


Terceira pouco depois da descoberta d'esta ilha. Foi fid. da
Casa Real, e casado no reino com D. Iz:1bel ?ereira de Barredo,
de quem teve, entre outros, o filho que segue.

2 &onçalo Mendes de Vasconcellos, - fid. da Casa d'el-rei D. Manoel.


Residiu na ilha Terceira, e foi casado com D. Bartholeza
Rodrigues Columbreiro Carneiro, de quem teve:
3 Luiz Mendes de Vasconcellos, serviu em Azamor, e foi casado
na Graciosa com D. Grimaneza de Vasconcellos; - c. g.
3 Pedro Mendes de Vasconcellos, que segue.
3 Ascenso Mendes de Vasconcellos; - cas., e. g.
a Antonio Mendes de Vasconcellos, que serviu na lndia com
distinc~ão ; - s. g.
434

3 D. Francisca Mendes de Vasconcellos, casada com Simão da


Cunha de Vasconcellos, da ilha Graciosa.
3 D. Iria Mendes de Vasconcellos, casada trez vezes, a primeira
com Sebastião Vaz Homem. - Vid. Tit, dos Homens, § 3. 0
,

n. 0 2 - a segunda com André Lopes Rebello, e em 3.•• nupcias


com Simão Pires.
Do primeiro e terceiro matrimonias ignoro se teve successão;
do segundo, porém, teve :
4 D. Andreza Mendes de Vasconcellos, casada duas
vezes, a primeira com Pedro Alvares da Fonseca
da Camara. - Vid. Tit. dos Camaras, § 1.0 , n. 0 3
- e a segunda com Francisco de Bettencourt. -
Vld. Tit. dos Bettencourts, § 1.0 , n.o 1.
3 Affonso Mendes de Vasconcellos, casado na ilha das Flôres
3 D. Beatriz Mendes de Vasconcellos, que fal. solteira.
3 D. Luiza Mendes de Vasconcellos.

3 Pedro Mendes da Vasconcallos, - fid. da Casa Real. Casou duas


vezes, a primeira com D. Maria Rodrigues de Escobar, e a
segunda com D. Francisca Coelho, de Porto Judeu.
Do primeiro matrimonio teve:
4 Antonio Mendes de Vasconcellos, :iue segue.
4 D. Jeronyma Mendes de Vasconcellos, casada com Henrique
de Bettencourt de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos Bettencourts,
§ l,o, n. 0 2.

Do segundo matrimonio nasceram :


4 Martim Mendes de Vasconcellos, de que me occupo no§ 2. 0
4 João Mendes de Vasconcellos, casado com D. Catharina de Lemo
Machado. - Vid. tit. dos Machados,§ 2. 0 , n. 0 6. Tiveram:
5 Balthazar Mendes de Vasconcellos, fid. cav. da
Casa Real, por alv. de 27 de maio de 1643 (L. VI
da matr., fls. 38 v.), cav. da ordem de Christo,
capitão e ouvidor na villa da Praia, da ilha Terceira.
Fal. em 1664, tendo casado duas vezes, a primeira
com Beatriz de Mendonça Machado, e a segunda
com D. Joanna de Barcellos Evangelho; - c. g.
de ambos ds matrimonios.
5 D. Maria, que fal. criança.

4 Antonlo Mandes de Vasconcellos, - casou com D. Filippa Paim da


Camara. - Vid. Tit. dos Fagundes, § 5. 0 , n. 0 5.
Tiveram:
5 João Vaz Fagundes, que segue.
5 Estevão de Vasconcellos da Camara; - cas., s. g.
5 Luiz Vaz de Vasconcellos, casado com Apollonia de Andrade
Machado, de.quem teve:
435

6 A madre D. Anna de Jesus, religiosa no convento


de Jesus, da Praia.
6 Antonio Mendes de Vasconcellos, clerigo.
6 F. • . • . da Annunciação (frei).
6 Simão (?) de Santa Catharina (frei),
6 D. Filippa da Camara Palm de Vasconcellos,
casada com Jeronymo Fernandes Coelho, - Vid.
Tit. dos Coelhos, § 3.0 , n. 0 5.

5 Manocl de Ornellas de Vasconcellos, casado com D. Catharina


de Ornellas da Camara; - 1. g.
5 D. Izab~I de S. J~ronymo I religiosas no dito convento.
5 D. Mana dos AnJos í

5 João Vaz Fagundes, - casou duas vezes, a primeira com D. Maria


Teixeira Evangelho, e depois com D. Brazia Nunes.
Do segundo matrimonio não teve successão; do primeiro,
porém, teve:

6 A madre D. Filippa de S. João.


6 Manoel de Barcellos Evangelho, que segue.

6 Manoel de Barcellos Ewangelho, - casou duas vezes, a primeira com


D. Maria da Camara da Fonseca, e a segunda com D. Maria
da Silva ; - c. g. do primeiro matrimonio.

4 Martim Mendes de Vasconcellos (§ 1.0 , n.º 4), - fid. da Casa Real e


juiz da alfandega de Angra. Casou tres vezes, a primeira, na
Matriz da villa da Praia, com D. Anna Vaz Fagundes, a
segunda com D. Margarida da Camara, e em 3.ª5 nupcias, na
Sé Cathedral, de Angra, com D. Andreza do Canto de
Vasconcellos.
Do segundo e terceiro matrimonias não teve successão;
do primeiro, porém, teve:

5 João Mendes de Vasconcel!os, que segue.


5 Antonio de S. Jeronymo (frei).
5 Jeronymo Mendes de Vasconcellos, doutor na faculdade de
Canones pela Universidade de Coimbra, deputado da Inquisição
da cidade de Evora, e conego em Santarem, onde falleceu.

5 João Mendes de Vasconcellos, - fid. cav. da Casa Real, com 1$600


reis de moradia, por alv. de 27 de maio de 1643 (L. 1v da
respectiva Cbanc., fls. 38), e em reconhecirnento elos serviços
436

que prestou a el-rei D. João 1v, por occasião da sua acclamação


na ilha Terceira. Casou duas vezes, a primeira, em 1621, na
Matriz da villa da Praia, com D. Maria de Teive Lobo. - Vid.
Tit. dos Teives, § 1. 0 , n. 0 6- e a segunda, em 1640, na Sé
de Angra, com D. Luiza de Vasconcellos. - Vid. Tit. dos
Pachecos, § 2. 0 , n.º 6.
Do primeiro matrimonio teve:
6 João José de Teive de Vasconcellos, que segue.
6 Martim Mendes de Vasconcellos, bacharel formado em leis
pela Universidade de Coimbra e procurador ás côrtes por
Angra ; - s. g.
6 Antonio Mendes de Vasconcellos, de que tracta o § 3.0 •
6 D. Catbarina I freiras no convento de Jesus da Praia
6 D. lgnez í ' ·
6 D. Maria de Teive de Vasconcellos.

Do segundo matrimonio nasceu:


6 Manoel, que fal. criança.

6 João José de leite da Vasconcellos, - capitão. Casou em 1655 com


D. Maria de Castil Branco. - Vid. Tit. dos Castil Brancos,
§ un., n. 0 3.
Tiveram:
7 D. Francisca do Rosario de Teive e Ormonde, que segue.
7 D. Anna Josepha de Vasconcellos e Teive, casada com Luiz
Diogo Leite Botelho. - Vid. Tit. dos Leites, § 1. 0 , n. 0 5.

7 D, Francisca do Rosarlo da Telve e Ormonde, -- casou com Sebastião


de Andrade Sampaio - Vid. Tit. dos Sampaios, § un.,
n. 0 5.

§ 3.º

6 Antonio Mendes de Vasconcellos, (§ 2.º, n.º 6), -fid. cav. da Casa


Real, com 1$600 reis de moradia, por alv. de 9 de maio
de 1645 (L. m da matr., fls. 73). Casou a 9 de outubro
de 1657, na Sé de Angra, com D. Joanna Pereira, de quem
teve:
7 João Mendes de Vasconcellos, que segue.
7 Nicolau Mendes de Vasconcellos, fid, cav. da Casa Real por
alv. de 18 de out. de 1668 (L, XV da matr., fls. 165). Casou
em Lisboa com D. Izabel Josepha de Sotto Mayor, de quem teve;
437

8 Antonio Mendes de Vasconcellos.


8 João Mendes de Vasconcellos.
8 D. Joanna Josepha Sotto Mayor, casada duas
vezes, a primeira com Antonio Homem da Con-
ceição, da ilha do Pico, de quem não teve
successão, e a segunda com Gaspar Camello
Pereira de Mello. - Vid. Tit. dos Camellos.
§ 3. 0 , n.o 14.

7 João Mendes de Yasconcellos, - fid. cav. da Casa Real, por alv.


de 18 de outubro de 1668 (L. xv da matr.), capitão, e sr. da
Quinta de S. José, em S. Bartholomeu dos Regatos. Casou
a 20 de janeiro de 1695, na Sé de Angra, com D. Izabel
Francisca d' Avila Vieira, sendo celebrante o bispo da respectiva
diocese D. Antonio Vieira Leitão.
Tiveram:

8 D. Luiza Antonia de Teive e Vasconcellos, que segue.


8 D. Joanna de Vasconcellos, casada com Mane.e! Machado da
Gama, de quem teve:
9 D. Marianna Luiza de Vasconcellos da Gama.

8 O. Lulza Antonla de Teive e Yasconcelles, - casou com Francisco


Xavier da Gama (dr.), de quem teve:
9 João .José de Teive e Vasconcellos, que segue.
9 Pedro Manoel de Teive e Vasconcellos.
9 D. Antonia lgnacia de Teive e Vasconcellos.
9 D. Anna Brizida de Teive e Vasconcellos.
9 D. Maria de Teive e Vasconcellos.
9 D. Bernarda de Teive e Vasconcellos.

9 João José de Teive e Yasconcellos da Gama, - nasceu na cidade de


Angra, onde residia em 17 49.

São suas ARMAS: - Em campo preto


tres f axas veiradas e contra-veiradas
de prata e vermelho; timbre um leão
preto faxado de tres f axas das armas.
Brazões especiaes teem sido conce-
didos a diversos membros desta família
e nomeadamente aos seguintes:
438

A Gonçalo Mendes de Vasconcellos,


§ 1.0 , n. 0 2, foi passado em 1511 brazão
d'armas dos Vasconcellos.
A João José de Teive e Vasconcellos
da Gama, § 3. 0 , n. 0 9, foi concedido
por carta regia de 15 de set. de 17 49,
reg. no L. xn do Reg. de Brazões, fls.
153, o seguinte brazão: - Um escudo
partido em pala: na 1.ª as armas dos
Teives, que são em campo de prata
nove tortea ux vermelhos em tres palas;
na 2.ª as dos Vasconcellos, que são
em campo preto tres f axas veiradas de
prata e sanguinho; elmo de prata,
aberto, guarnecido de oiro, e paquife
dos metais e côres das armas; timbre,
o dos Teives, que é um leão de prata
armado de purpura com um torteau das
armas na espádoa; e, por differença,
uma brica azul com um/arpão de oiro.

Ácerca d'esta família vid. as obras mencionadas na Parte 1, cap. r,


n. 05 vn, XXV, xxxvn, XLII, XLV, LI, LXITI, LXXIJ, LXXXVI e
xcvm da Bibliographia, e bem assim as Provas da
Historia Oenealogica da Casa Real Portugueza,
por D. Antonio Caetano de Sousa, tomo II,
pag. 360 e 361.
TITULO CV

VELHOS DE AZEVEDO

de Gaspar Velho de Amedo, o qual residiu na ilha


0 1<:scENDEM
Graciosa no seculo xv1.

§ UNICO

1 Gaspar Velho de Amado, - casou com Joanna Fernandes, em


2.ª" nupcias d'esta, que primeiro fôra casada com João Nunes
de quem ficou herdeira universal: herança de que faziam
parte as vastas propriedades que na Graciosa possuía o capitão
donatario Duarte Correia, e que o dito João Nunes havia
adquirido por titulo de compra.
Tiveram o filho que segue.

2 Matheus Velho de Amado, - foi capitão-mór da villa da Praia, na


ilha Graciosa, onde fundou a Ermida de Nossa Senhora dos
Remedios. Casou com Catharina Gonçalves, filha de André
Gonçalves, 1. 0 capitão-mór da dita villa.
Tiveram:

3 Gaspar Velho de Azevedo, que segue.


3 Balthazar Rebello Velho, casado com Catharlna de Bettencourt
d'Avila. - Vid. Tit. dos Avilas, § 1.0 , n. 0 5.
3 Belchior Rebello Velho.
3 Maria Rebello de Azevedo ; - cas., s. g .


410

3 Barbara de Azevedo ; - s, g.
3 Antonia de Azevedo, cas., c. g.
3 Joanna Fernandes de Azevedo, casada com Francisco Espinola.
- Vid. Tit. dos Espinolas, § 2,o, n.o 5.

3 Gaspar Velho de Azevedo, - capitão-mór da dita villa da Praia.


Com este posto combateu valorosamente contra os mouros,
que, tendo chegado com oito fragatas á Graciosa (Jogar da
Victoria), n'ella pretenderam desembarcar, em 19 de maio
de 1623, com o intento de roubar os seus habitantes. Casou
com Agueda de Bettencourt d'Avila. - Vid. Tit. dos Avilas,
§ 1. 0 , n." 4.
Tiveram o filho q-ue segue.

4 João de Bettencourt d'Avila, - casou com Beatriz Viegas de Athayde,


de quem teve o filho que segue.

i> Matheus Velho de Azevedo, -- foi clerigo, morador na villa de Santa


Cruz; da ilha Graciosa, e beneficiado na Egreja de S. Matheus.
Vivia em 1657. ·

A Matheus Velho de Azevedo, n. 0 5,


foi passado em 6 de set. de 1657 o
seguinte brazão: - Um escudo esquar-
telado, com as armas dos Velhos, Aze-
vedos e Rebellos ; por diff erença, um
trifolio verde, picado de oiro.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte r,


cap. r, n. 0 s v11, xrv e XLV da Bibliographia, e bem
assim a Ilha Ciraciosa ( Açôres), por Antonio
Borges do Canto Moniz.
TITULO CVI

VIEIRAS

á ilha Terceira, no seculo xv, na pessoa de Diogo


P ASSAHAM
Almas Vieira, o qual era de nobre estirpe, segundo as fontes
que consultei para a composição do presente titulo.

§ 1.º

Diogo Almes Ylelra,-fundou na Sé Cathedral de Angra a Capella


de Jesus, onde foi sepultado. Foi casado com Beatriz Annes
Camacho, tambem sepultada na dita capelfa.
Tiveram:

2 João Vieira, o Velho, que segue.


2 Alvaro Dias Vieira, de que tracta o § 2. 0 •
2 Gomes Dias Vieira, casado na ilha do Pico; - c. g.
2 Vicente Dias Vieira, casado com Beatriz .Martins Fagundes;
-c. g.
2 Gonçalo Dias Vieira, casado com Beatriz Affonso ; - c. g.
2 Izabel Dias Vieira, de que me occupo no § 3.0.
·2 Catharina Dias Vieira, mulher de Pedro Lourenço Machado. -
Vid. Tit. dos Machados, § 3. 0 , n. 0 3.

2 João Vieira, o Velho, - foi juiz ordinario em Angra, cargo que


exercia em Hi44, e instituidor de um importante vinculo, na
dita cidade, com capella (hoje demolida) sob a invocação de
442

S. João Baptista. Casou duas vezes, a primeira com Catha-


rina Martins Carneiro, e a segunda com Leonor de Boim.
- Vid. Tit. dos Boins, § un., n. 0 2.
Do primeiro matrimonio teve:

3 Sebastião Vieira, que segue.


3 Beatriz Vieira, casada com Manoel Gonçalves Madruga ;
-c. g.

Do segundo matrimonio nasceram :

3 Diogo Fernandes de Boim, sr. e administrador do vinculo ins-


tituido por seu pae, e instituidor tambem de um vinculo, na
dita ilha. Casou com Maria Rodrigues Valladão. - Vid. Tit.
dos Vallaclões, § 2. 0 , n. 0 4; - c. g.
3 Francisca Vieira, casada com André Gonçalves Madruga ;
-s. g.

3 Sebastião Vieira, - falleceu em 1583, tendo casado com Joanna


Jacome, de quem teve:

4 Manoel Vieira, casado com Marqueza de Andrade; - c. g.


4 Braz Vieira, que em 1533 fazia parte do senado angrense.
Casou com Ignez Pacheco de Lima. -· Vid. Tit. dos Pachecos,
§ 3o, n. 0 4.
4 Luiz Vieira, casado com Luzia da Costa de Mendonça
-c. g.
4 Roque Vieira, casado com F.... . . . . .. (?).
4 Pedro Jacome Vieira, casado com Antonia Machado de
Toledo.
4 Barthotomeu Vieira, casado duas vezes, a primeira com Fran-
cisco d'Andrade d'Avila, e a segunda com F ......... Rodrigues;
-c. g.
4 Catharina Martins Vieira, mulher de Mathlas Pamplona de
Miranda. - Vid. Tit. dos Pamplanas, § 3. 0 , 11. 0 2.
4 Izabel Vieira, casada com Manoel de Toledo Machado .... Vid.
Tit. dos loledas, § I.o, n. 0 3.

§ 2.º

,.,
()
Almo Dias Vieira {l. n.º 2), -foi tabellião em Angra, cargo que
0
,

exercia em 1536. Casou com Iria Affonso de Azevedo.-Vid.


Tit. dos Azevedos, § 1.0 , n.º 2.
Tiveram:

3 Diogo Vieira de Azevedo, casa(lo com Çatharlna Lopes Pereira;


-c. g.
443

3 Vicente Dias Vieira, casado com Beatriz Rodrigues Fagundes.


- Vid. Tit. dos Baldoyos, § I.o, n.o 3. Tiveram, entre outros:

4 Domingos Vieira de Azevedo, casado com Maria


de Cacena. - Vid. Tit. dos Cacenas, § 2.o, n.o 2.

3 Catharina Dias Vieira, mulher de Pedro Cotta da Malha.-Vid.


Tit. dos Cofias da Malha, § un., n. 0 1.
3 Branca Dias Vieira, que segue.

3 Branca Dias Vieira, - casou com Domingos Vieira, o Rico, de


quem teve:

4 Christovão Nunes Vieira, que segue.


4 Catharina Nunes Vieira, casada com Gomes Pamplona de
Miranda. - Vid. Tit. dos Pamplonas, § 2.", n.o 3.

4 Chrlstovão Nunes Vieira, - instituiu um vinculo na ilha Terceira, e


casou com Maria Cotta da Malha. - Vid. Tit. dos Pinheiros
de Barcellos, § 1.0 , n. 0 4.
Tiveram:

5 João Baptista Machado, ·que segue.


5 Branca Vieira Machado, casada com Antonio Correia da Fonseca
e Avila. - Vid. Tit. dos Correias, § 3.o, n.o 6.
5 Catharina Nunes Vieira, casada com João do Canto de Vascon-
cellos. - Vid. Tit. dos Cantos, § 7. 0 , n. 0 3.
5 Maria Cotta da Malha, mulher de Manoel do Rego da Silveira.
- Vid. Tit. dos Silveiras, § l.o, n,o 4.
5 Barbara Machado Vieira, casada com Estevão da Silveira
Borges. - Vid. Tit. dos Carvalhaes, § 1. 0 , n. 0 3.

5 João Baptista Machado ( Santo Martyr ), - nasceu em 1582, em


Angra, em cuja Sé Cathedral foi baptisado. Foi padre da
Companhia de Jesus, tendo principiado a sua carreira eccle-
siastica no collegio dos jesuitas de Coimbra, onde deu entrada
em 10 de abril de 1597, e onde se conservou até o anno
de 1601 em que foi missionar para a lndia. Esteve em Oôa e
Macau, e, findos os seus estudos, partiu em 1609 para o Japão,
onde foi degolado, fóra dos muros da cidade de Omura, no
dia 27 de maio de 1617, martyr pela Fé Catholica. Foi beati-
ficado pelo Papa Pio rx, em 7 de julho de 1867, e é o Patrono
do Orphanato que, com o Seu Nome, existe na cidade de
Angra do Heroismo, destinado ao abrigo, ensino e aprendi-
zagem de crianças indigentes, expostas e abandonadas.
E' a maior gloria religiosa da ilha Terceira.
444

§ 3.º

2 lzabel Dias Vieira (§ l.º, n.º 2), casou com Pedro Annes Rebello,
provedor das fortificações na ilha Terceira.
Tiveram:

3 João Pires Vieira ; - cas., c. g.


3 Barnabé Pires Vieira ; - cas., c. g.
3 Beatriz Pires Vieira, mulher de Antonio Vaz Chama; - c. g.
3 Margarida Pires Vieira, casada com Gaspar Gonçalves ; - c. g.
3 Catharina Dias Vieira, que segue.
3 Izabel Dias Vieira, casada com Balthazar de Borba ; - c. g.

3 Catharina Dias Vieira, - instituiu um vinculo no termo da villa da


Praia, da jlha Terceira, e foi casada com João Pires d:1-;
Calhas, assim appellidado por morar perto das Calhas, 11:1
dita ilha.
Tiveram:
4 Thomé Vieira, que fal. solteiro.
4 Sebastião Vieira, que segue.
4 Gaspar Vieira, clerigo.
4 Izabel Dias Vieira, casada com Ruy Dias Evangelho.
4 Maria Dias Vieira, mulher de Sebastião Martins do Canto. -
Vid. Tit, dos Cantos, § 10.o, n,o I.
4 Francisca Dias Vieira ; - s. g.

4 Sebastião Vieira, - instituiu um vinculo em 1574, em Valle


Garcia, e casou duas vezes, a primeira com Beatriz de Lemos,
e a segunda com Francisca Fernandes d'Avila.
Do segundo matrimonio não teve successão; do primeiro,
porém, teve:
5 Maria de Lemos Vieira, que segue.
5 Balthazar de Lemos Vieira ; - cas., s. g.
5 Thereza de Lemos Vieira.

5 Maria de LemDS Vieira, - casou com Paulo Lopes Machado.-Vid.


Tit. dos Machados, § 2. 0 , n. 0 5.
445

São suas ARMAS: - Em campo ver-


melho seis vieiras de oiro em duas
palas; timbre, uma vieira do escudo
entre dois bordões de Sant'Iago, ver-
melhos, Jorrados de oiro, postos em
aspa, e atados com um torçal de prata.

Acerca desta familia vid. as obras mencionadas na Parte r, cap. 1,


n. 0 • IV, VH, XIV, XXXVíl, XLII, XLIII, XLV, XT,Vllf e LXXXVI da
Bibliographia, e bem assim a Breve Noticia da Vida
e Martyrio do Beato João Baptista Machado,
publicada em Angra em 1876.
TITULO CVII

ZAGALLOS

O mais remoto membro d'esta família, de que posso dar noticia,


é Manoel Zagallo, que viveu no seculo xvH e pertencia á nobre
geração e linhagem dos Zagallos, da provinda do Alemtejo.

§ U~ICO

l Manoel Zagallo, -casou com D. F .......... (?), de quem teve o


filho que segue.

2 Antonio Zagallo Freire, - casou com D. Maria Gonçalves Secca.


Foi sua filha:

3 O. Catharina Maria Zagallo Freire, - casada com José Cardoso


Tavares, capitão.
D'este matrimonio nasceu:

4 Antoolo Zagallo Freire do Amaral, - bacharel formado na faculdade


de ......... (?), pela Universidade de Coimbra. Nasceu na
freguezia de Veiros, do antigo bispado d'Elvas (hoje, d'Evora),
e ahi foi baptisado a 30 de dezembro de 1711. Casou com
D. Thereza Maria Clara, da casa de S. Matheus, em S. Thiago,
de Soure.
Tiveram:
5 D. Maria Perpetua Zagallo Freire do Amaral, que segue,
õ D. Ther~;o;a Rita Zag~no,
448

5 O. Maria Perpetua Zagallo Freira do Amaral, - nasceu na dita casa de


S. Matheus, e casou com Joaquim Vicente Nogueira, natural
do casal do Cordeiro, na freguezia de Nossa Senhora do
Reclamador dos Casaes, da villa de Thomar, onde foi baptisado
a 26 de dezembro de 1759.
Residiram na sua casa e quinta da Raiz, em Santa Maria
do Olival, da dita villa de Thomar, e tiveram a filha que segue.

6 O. Anna Justlna Emilia Zagallo Freire do Amaral (no assento do baptismo


é descripta com o nome de O. Anna Dorothêa), - nasceu na dita
casa da Raiz a 19 de abril de 1789, e foi baptisada a 29 do
mesmo mez e anno, na Egreja de S. João Baptista, da villa
de Thomar.
Casou com Manoel Joaquim Nogueira, fid. cav. da Casa
Real, por alv. de 5 de janeiro de 1846 (L. m dos Alvs. e Cartas,
fls. 97 v.; Real Arch. do reg. de mercês, fls. 172 v.; e L. de
reg. de dipls. existente na Camara Municipal de Angra do
Heroísmo, anno de 1818, fls. 267), do conselho de Sua
Magestade Fidelissima, commendador da real ordem militar
de Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa, condecorado
com a cruz de ouro da Guerra Peninsular e com a da batalha
de Albufeira, em que tomou parte, e bacharel formado em
leis pela Universidade de Coimbra, onde fez parte do batalhão
acactemico, com o posto de alferes, por occasião da invasão
do exercito francez em Portugal. Concluída a formatura,
exerceu a profissão de advogado em Thomar, até 1823.
Depois foi para a ilha Terceira, em cujo movimento liberal
muito se distinguiu. Foi um dos conspiradores da revolução
de 22 de junho de 1828, bem como secretario do governo
provisorio que na mesma ilha se formou em nome da rainha
D. Maria n, (Vid. pag. 32 e 46 do vol. 1), e encarregado de ir
a Inglaterra e ao Brazil participar o estabelecimento do governo
constitucional na Terceira; missão de que se desempenhou,
não passando comtudo de Londres, visto alli ter chegado
a embaixada do Rio de Janeiro. Regressando á dita ilha,
encorporou-se no exercito libertador, que acompanhou até o
Porto como official maior da secretaria da justiça. Foi secre-
tario da Junta do Paço e da Junta de Agricultura. procurador
regio da Suprema Junta de Justiça, juiz da Relação dos
Açôres (dec. de 17 de junho de 1834), e vice-presidente d'este
tribunal (dec. de 18 de fevereiro de 1846), juiz da Relação de
Lisboa, e, por ultimo, juiz conselheiro do Supremo Tribunal
de justiça. Nasceu na dita freguezia de Nossa Senhora do
Reclamador dos Casaes, de Thomar, a 5 de novembro de 1787.
449

D. Anna Justina Emilia falleceu a 3 de outubro de 1870,


em Angra do Heroismo, onde foi sepultada, no cemiterio do
Livramento; e o dito seu marido falleceu a 2 de janeiro
de 1862, nas Caldas da Rainha, sendo os seus restos mortaes
trasladados para o jazigo de familia, no dito cemiterio.
Tiveram:

7 Rodrigo Zagallo Nogueira. que segue.


7 D. Maria Emilia Zagallo Nogueira, que fal. a 28 de set.
de 1870, na ilha Terceira, tendo casado com Antonio Sieuve de
Séguier Camello Borges. - Vid. Tit. dos Sieuves, § 1. 0 ,
n. 0 5.
7 D. Guilhermina Candida Zagallo Nogueira, que casou com
Manoel Gomes de Sampaio. - Vid. Tit. dos Sampaios,
(outros), § un., n.º 1.

7 Rodrigo Zagallo Nogueira, - fid. cav. da Casa Real, comendador da


ordem militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa,
cav. da ordem de Christo, por dec. de 12 de agosto de 1847,
medico cirurgico pela Escola de Lisboa (27 de julho de 1839)
e doutorado em medicina pela Universidade de Louvain, socio
correspondente da Sociedade das Sciencias Medicas de Lisboa,
medico do hospital do Santo Espirita e delegado de saude do
districto de Angra do Heroismo, e ahi tambem vereador da
camara municipal, substituto do juiz de direito, presidente da
junta geral e governador civil, substituto. Nasceu em Thomar
a 9 de dezembro de 1819, e foi baptisado a 25 de janeiro
de 1820, na freguezia de S. João Baptista, da referida villa.
Falleceu em Angra do Heroismo a 3 de agosto de 1905, tendo
ahi casado duas vezes, a primeira, a 31 de julho de 1842,
com D. Maria Augusta Sieuve de Séguier Camello Borges. -
Vid. Tit. dos Sieuves, § 1. 0 , n. 0 5 - e a segunda com D. Maria
Luiza Martins.
Do segundo matrimonio não teve successão; do primeiro,
porém, teve:

8 Manoel Sieuve de Menezes Zagallo Nogueira, que segue.


8 Antonio Sieuve Zagallo Nogueira, que fal. criança.
8 João Sieuve Zagallo Nogueira, empregado da repartição de
fazenda de Angra do Heroismo. Casou com D. Maria da
Conceição Pereira Forjaz Sarmento de Lacerda. - Vid. Tit. dos
Pereiras, § 1.0 , n. 0 13; - s. g.
8 D. Maria lzabel Sieuve de Séguier Freire do Amaral Zagallo
Nogueira: n. em Angra do Heroísmo a 6 de fev. de 1849, e
casou na Sé Cathedral da mesma cidade, a 18 de set. de 1869,
com João Nepomuceno de Macedo de Lacerda, grande official,
commendador, official e cav, da ordem de S. Bento de Aviz,
29
450

general de divisão na reserva (da arma de artilheria), e enge-


nheiro chefe de l.ª classe, do corpo de engenharia civil; - o
qual n. a 12 de agosto de 1844, e é filho de João de Sousa do
Prado de Lacerda (irmão do bispo de Angra D. Francisco
Maria de Sousa do Prado de Lacerda) e de sua mulher D. Josepha
Henriqueta de Macedo, natural de Montevideu, e neto, pelo
lado paterno, de Raymundo Verisslmo de Sousa de Lacerda e
Silva, tenente-coronel do regimento de milicias de Thomar, e
de sua mulher D. Maria da Graça da Silva, e pelo lado
materno, de João Nepomuceno de Macedo, l.º barão de
S. Cosme, commendador de S. Bento de Aviz e da Torre e
Espada, brigadeiro do exercito, e inspector geral de cavallaria,
e da baroneza D. Josepha Castanheda de Moura, filha de
D. Romão Ximenes Castanheda e de sua mulher D. Francisca
de Moura.
Do matrimonio de D. Maria Izabel resultaram os seguintes
filhos:
9 João de Sousa do Prado de Lacerda : n. a 8 de
agosto de 1870, na cidade de Angra do Heroismo,
e reside actualmente em Lisboa; - solteiro.
9 D. Guiomar de Lacerda Sieuve Zagallo: n. a 18
de set. de 1871, na dita cidade, e ahl fal. em
tenra idade.
9 Duarte Sieuve de Séguier Nogueira de Sousa do
Prado de Lacerda, actual 2. 0 aspirante da alfandega
de Lisboa: n. a 14 de dez. de 1872, em Angra do
Heroismo; - solteiro.

8 M11oel Sleute de Menezes Zagallo Nogueira, - cav. da ordem de


S. Bento de Aviz, e de S. Tiago, por «distinctos merecimentos
scientificos e pelos importantes e valiosos serviços prestados
em beneficio do hospital militar de Leiria», official da Torre
e espada, condecorado com as medalhas da rainha D. Amelia,
da campanha de Moçambique em 1895, de serviços distinctos
no Ultramar, e com a medalha militar de prata, da classe de
comportamento exemplar. E' bacharel formado em medicina
pela Universidade de Coimbra (1868), e medico militar,
reformado em 1907, em tenente-coronel, por ter attingido o
limite de idade. Exerceu clinica, durante alguns annos em
Angra do Heroismo, e em Caminha exerceu os cargos de
medico municipal e 1.0 substituto do juiz de direito. Nasceu
em Angra do Heroismo a 13 de julho de 1843, e casou com
D. Jeronyma do Patrocinio de Almeida e Sousa, de Miro,
concelho de Penacova; - s. g.
451

São suas ARMAS: - Em campo de


oiro dois crescentes de lua, duas estrellas
e dois tortea ux, tudo de vermelho, postos
em duas palas desencontradas; timbre,
um leopardo de oiro com uma das
estrellas na testa, e um torteau na garra
direita.
A Antonio Zagallo Freire do Amaral,
descripto sob n. 0 2, foi passado em 3 de
julho de 1755 brazão d'armas dos
Zagallos, o qual se acha reg. no Cart.
da Nob., L. part., fls. 90.

Acerca d'esta familia vid. as obras mencionadas na Parte I,


cap. 1, n. 05 Vlf, VIII, XLV, LI, LXIII, LXXXV e XCIII da
Bibliographia.
INDICE

PARTE II (continuação)

Titulos Genealógicos
PAG.

TIT. XXXVIII - Espinolas. 9


> XXXIX - Espinozas. 15
> XL - Estaços . 17
> XLI - Evangelhos 19
> XLII - Fagundes. 23
XLIII - Figueiredos 35
XLIV - Fonsecas. 39
XLV - Fourniers. 43
XLVI - Francas . 47
XLVII - Furtados de Mendonça. 53
XLVIII - Furtados de Mendonça (outros) 57
XLIX - Homens • 63
L- Leaes. 73
> LI- Leites. 79
UI-Lemos. 89
> LIII - Machados 93
> LIV - Macieis • 101
> LV - Mallorys • 103
> LVI - Meirelles. • 109
> LVII-Mellos 119
> LVIII - Menezes . 123
> LIX- Menezes (outros) 141
> LX - Mesquita Pi mente is. 147
LXI - Monizes . 159
> LXII - Monjardinos . 173
> LXIII - Monteiros. , 177
> LXIV - Nettos. . 183
> LXV - Noronhas. 187
> LXVI - Ornellas 199
» LXVII - Ortizes . 205
> LXVIII - Pachecos. 207
> LXIX - Pains . 221
LXX - Palhinhas, . ' 237
454

PAO.

TIT. LXXI - Pamplonas • 241


LXXII- Porreiros. 257
LXXlll - Pereiras • 263
> LXXIV - Pereira Marramaques • 277
> LXXV - Pinheiros de Barcellos. • 281
LXXVI - Pires Tosfes • 293
LXXVII - P'iftas • 297
> LXXVlll - Piffas (outros) 299
LXXIX- Ouinfanilhas. 303
> LXXX - Ramos • 305
> LXXXI - Regos. 309
> LXXXII - Ribeiros • 317
LXXXlll - Rochas 323
> LXXXIV - Rodovalhos • 327
> LXXXV - Sampaios. • 333
> LXXXVI - Sampaios (outros) 337
> LXXXVII - Sás • 341
> LXXXVlll - Séguiers • 347
> LXXXIX - Sieuves • 351
> XC - Silvanos • • 369
> XCI-Silvas. 373
> XCII -Silvas (outros) 375
> XClll -Silveiras • 379
> XCIV - Silveiras de Bettencourt 387
> XCV - Soflo Mayores 391
> XCVI - Tavoras 393
> XCVII - Teives. 397
> XCVlll - Teixeiras. 403
> XCIX - Teixeiras (outros) • 405
> C - Teixeiras de Sampaio • 409
> CI - Toledos • 419
> CII- Utras. 423
> Clll- Vallodões 429
> CIV - Vasconcellos. 433
> CV - Velhas de Azevedo. 439
> CVI - Vieiras • • 441
CVII - Zagallos • 447
"

FIM
:Emprêsa « Diário d.o Pôrto », L.da

Você também pode gostar