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MARIA MANUELA DA SILVA DURÃO

1471 - UM ANO "AFRICANO" NO DESEMBARGO


DE D. AFONSO V

CATÁLOGOS PROSOPOGRÁFICOS
(Oficiais Redactores e Oficiais Escrivães)

UNIVERSO)ADE DO PORTO
FACULDADE DE LETRAS
2002
MARIA MANUELA DA SILVA DURÃO

1471 - UM ANO "AFRICANO" NO DESEMBARGO


DE D. AFONSO V

CATÁLOGOS PROSOPOGRÁFICOS
(Oficiais Redactores e Oficiais Escrivães)

UNIVERSIDADE DO PORTO
FACULDADE DE LETRAS
2002
Catálogos Prosopográficos

INTRODUÇÃO

« Vu que les individus sont la matière première du labeur prosopographique, tout


historien des groupes sociaux se trouve amené à élaborer des notices
biographiques. »
Hélène Millet1

« Les serviteurs de l'État nous sont apparus aussi bien dans leur milieu familial que
dans leur milieu professionnel. Car leur fonction n'est pas l'affaire d'hommes seuls.
La plupart du temps ils agissent dans le cadre d'une institution, en groupe, en corps.»
Françoise Autrand

Pouco original se apresenta este trabalho, quer na forma, quer no conteúdo.


Trata-se de um ponto de chegada de uma série de monografias que versam sobre um
tema comum: a burocracia régia e os seus oficiais no longo reinado de D. Afonso V.
0 apertado limite cronológico sobre o qual incide impõe conclusões avulsas e
cautelosas. Entendemos, pois, que somente numa perspectiva global este trabalho
ganha consistência, inteligibilidade e, porque não dizê-lo, alguma importância.
No presente apêndice, procuramos conhecer a composição do "Desembargo
Régio"3 para o ano de 1471. O alvo são duas micro-populações bem definidas: os
oficiais redactores e os escrivães. A fonte-base do nosso trabalho foram,
fundamentalmente, os Livros 16, 17, 21 e 22 da Chancelaria régia4. Os escatocolos
das cartas régias compulsadas garantiram a identificação da população que
pretendemos conhecer. Coligimos dados com vista à sua ulterior exploração

1
Hélène Millet, «Notice biographique et enquête prosopographique», in Mélanges de V École
Française de Rome, Moyen Age Temps Modernes, MEFRM, tome 100, 1988-1, p. 87.
2
Françoise Autrand, "Conclusion", in Les Serviteurs de V État au Moyen Âge, XXTXe Congrès de la
S.H.M.E.S., Pau, Société des Historiens Médiévistes de 1' Enseignement Supérieur Public, Publications
de la Sorbonne, Mai, 1998, p. 300.
3
Entendemos por Desembargo Régio "o conjunto de funcionários e serviços que, junto do monarca,
assegura por um lado a publicitação das respectivas leis, por outro o despacho dos assuntos correntes
da Administração, ou seja, a resposta aos feitos e petições que à Corte foram presentes (...) ", definição
proposta por Armando Luís de Carvalho Homem, Desembargo (O) Régio (1320-1433), Porto,
INIC/CHUP, 1990, p. 25.
4
Para o ano em apreço compulsamos um total de 847 diplomas nos Livros 16, 17, 21, 22, 33, 35 e 38
da Chancelaria de D. Afonso V.

2
Catálogos Prosopográficos

quantitativa, visando estabelecer correlações entre eles e, pela aplicação do método


prosopográfíco, traçar "biografias colectivas"5 desses indivíduos. Para a elaboração
dos presentes catálogos foram adoptadas duas grelhas organizadas por itens idênticas
às já utilizadas em estudos anteriores6. Como afirma Hélène Millet, « Ces questions
constituent le formulaire d'enquête qui doit être rempli en autant d'exemplaires qu'il
y a d'individus : les réponses à donner sont à rechercher dans les fiches personnelles
(...)»''. O passo seguinte foi o preenchimento das diversas alíneas consignadas nas
duas matrizes com os dados recolhidos.
A Matriz I refere-se ao núcleo dos oficiais redactores que, juntamente com o
monarca, garantem as funções quotidianas da actividade governativa nos diferentes
departamentos da administração central. A Matriz II reporta-se ao núcleo da
oficialidade escrevente, ou seja, os que asseguram a produção material dos diplomas.
O nosso objectivo é proporcionar uma visão global da vida e do meio em que
se movimentam os indivíduos que compõem a nossa micro-população. Nesse sentido,
as grelhas estão estruturadas de modo a permitir a entrada de informações diversas
que podemos agrupar em três grandes esferas: Condição social (origem social, laços
de parentesco, formação de clientelas), Nível económico (património, doações,
rendimentos) e Carreira burocrática (ofícios desempenhados, reconstituição de
carreiras, promoções, obtenção de graus académicos).
Tal como já esclarecemos, o ponto de partida do nosso estudo foram os
registos da Chancelaria régia para o ano de 1471. Porém, não pudemos (nem
quisemos) cingir-nos a eles uma vez que se apresentam omissos e lacunares,
impedindo, por exemplo, a identificação rigorosa no caso de homonímia. Para tentar
colmatar a insuficiência de informações expressas nos diplomas seguimos duas vias:
por um lado, alargamos a amplitude cronológica da nossa pesquisa para um período
de aproximadamente 30 anos antes e depois do ano em apreço, uma vez que "o limite
da recolha prosopográfica é a totalidade do real conhecido capaz de nos permitir

5
Jean-Philippe Genet, «Prosopographie et Genèse de 1' État Moderne», in Prosopographie et Genèse
de l'État Moderne, éd. Françoise Autrand, ENSJF, Paris, 1986, p. 10.
6
O questionário que adoptamos tem por base dois formulários: aquele que chamamos de "original"
utilizado por Judite Antonieta Gonçalves de Freitas, "Teemos por bem e mandamos ": A burocracia
régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), dissertação de doutoramento,
policop. vols, n, pp. 13-14 e III, p. 3, Porto, 1999 e outro que, apresentando as mesmas características,
foi alvo de algumas alterações posteriores, utilizado por Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia
Régia Tardo-Afonsina. A Administração Central e os seus oficiais em 1476, dissert, de mestrado,
policop., vol. II, pp. 5-6 e 113, Porto, 2001, e Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no
Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, policop., vol. II, pp. 9-10 e 121, Porto, 2001.
7
Hélène Millet, «Notice biographique et enquête prosopographique», in ob. cit., p. 88.

3
Catálogos Prosopográficos

fazer a reconstituição da vida destes homens" ; por outro, recorremos a fontes


impressas que confirmaram, complementaram ou forneceram informações preciosas
sobre os nossos biografados. Nestas incluímos as Crónicas de Rui de Pina , Duarte
Nunes de Leão10 e Gomes Eanes de Zurara11; colecções de documentos como o
Chartularium Universitatis Portucalensis, os Monumenta Henricina, os Documentos
das Chancelarias Reais anteriores a 1531 relativas a Marrocos, os Portugaliae
Monumenta Africana, Nobiliários como o Livro de Linhagens do século XVI ou os
Brasões da Sala de Sintra. Fundamentais revelaram-se ainda todos os outros trabalhos
subordinados ao estudo destas elites do poder, nomeadamente Ana Paula Pereira
Godinho de Almeida; Armando Paulo Carvalho Borlido; Isabel Carla Moreira de
Brito; Luís Miguel Duarte; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira; Judite Antonieta
Gonçalves de Freitas; Rita Costa Gomes; Helena Maria Matos Monteiro; Humberto
Baquero Moreno; Eugenia Pereira da Mota. Para a concretização destes trabalhos
muito concorreu o exemplo e orientação dados por Armando Luís de Carvalho

Homem .
No que à oficialidade escrevente diz respeito, a exiguidade de informações
tornou difícil a sua identificação no grupo, impossibilitando igualmente a seriação dos

8
Judite Antonieta Gonçalves de Freitas, "Teemospor bem e mandamos"..., vol. II, p. 5.
9
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V" in Crónicas de Rui de Pina, Tesouros da Literatura e da
História, Porto, Lello & Irmão, 1977, pp. 556-866; "Crónica de D. João II", in ob. cit., pp. 895-988.
10
Duarte Nunes de Leão, "Crónica, e vida Del Rey D. Affonso o V de Portugal deste nome, e dos reys
o duodecimo", in Crónicas dos reis de Portugal, Tesouros da Literatura e da História, Porto, 1975.
11
Gomes Eanes de Zurara, Crónica do Conde D. Duarte de Meneses, ed. Larry King, Lisboa,
Universidade Nova, 1978; Crónica do Conde D. Pedro de Meneses, ed. Maria Teresa Brocardo,
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian/JNICT, 1997; Crónica do Descobrimento e Conquista da
Guiné, ed. De Reis Brasil, reimpr,, Mem Martins, Europa-América, 1989.
12
Ana Paula Godinho Almeida, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em 1462, dissert, de mestrado,
policop., Porto, 1996; Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em
1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996; Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia
Tardo-Afonsina. A Administração Central e os seus oficiais em 1476, dissert, de mestrado, policop.,
vols. I e II, Porto, 2001; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Medievo (1459-
1481), dissert, de doutoramento, vol.I, Fundação Calouste Gulbenkian e vol. II, policop., Porto, 1993;
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de
mestrado, policop., vols. I e II, Porto, 2001; Judite Antonieta Gonçalves de Freitas, A Burocracia do
"Eloquente" (1433-1438). Os textos, as normas, as gentes, dissert, de mestrado, ed. Patrimonia
Histórica, vols. I e II, Cascais, 2001; Judite Antonieta Gonçalves de Freitas, "Teemos por bem e
mandamos": A burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460),
dissertação de doutoramento, policop. vols. I, II e III, Porto, 1999; Rita Costa Gomes, A Corte dos Reis
de Portugal no final da Idade Média, Lisboa, Difel, 1995; Isabel Bárbara de Castro Henriques, Os
Caminhos do Desembargo: 1472, um ano na Burocracia do "Africano", dissert, de mestrado, policop.,
vols. I e H, Porto, 2001; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais (1464-
1465), dissert, de mestrado, policop., vols. I e II, Porto, 1997; Humberto Baquero Moreno, A Batalha
de Alfarrobeira. Antecedentes e significado histórico, Lourenço Marques, 1973; Eugenia Pereira da
Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito" (1480-1483). Caminhos da burocracia régia, dissert, de
mestrado, vols. I e II, Porto, 1989; Armando Luís de Carvalho Homem, Desembargo (O) Régio (1320-
1433), Porto, INIC/CHUP, 1990.

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Catálogos Prosopográfícos

dados e a sua correlação. No extremo, dispomos para alguns biografados apenas dos
dados expressos nos diplomas que compulsamos, resumindo-se, não poucas vezes,
apenas a um. Consideramos 'inconclusivo por escassez de dados' estes exemplares.
No que à intensidade da intervenção diz ainda respeito, entendemos por 'ocasional' o
registo de dois a quatro diplomas; quando encontramos cinco ou mais referências a
um oficial, qualificamos o serviço 'corrente'.
Procurando facilitar a lisibilidade destes Catálogos, impõe-se esclarecer
algumas opções assumidas. Assim, actualizamos os seguintes nomes: Pero-Pedro;
Fernam-Fernão; Vaz-Vasques; Joham-João; Anes-Eanes. É comum encontrar ligações
entre os indivíduos que compõem o universo em estudo; com o intuito de cruzar
informações e enriquecer as biografias remetemos para os respectivos Catálogos
escrevendo o nome desses biografados em maiúsculas.
As cotas arquivísticas, as fontes impressas e os estudos consultados foram
remetidos para notas de pé-de-página, assim como todas as informações que de
alguma forma complementem os dados sistematizados na matriz.
Estudar um grupo específico com um denominador comum, neste caso, uma
elite do poder, traçando as biografias possíveis dos indivíduos que o compõem, foi o
objectivo do presente trabalho.

5
Catálogos Prosopográficos

MATRIZ I - SUBSCRITORES

1. Elementos cronológicos
1.1. Vida
1.2. Limites da carreira

2. Inserção geográfica
2.1. Origem
2.2. Domicílios
2.3. Local de sepultura
2.4. Viagens

3. Inserção social
3.1. Família
3.1.1. Geração precedente
3.1.2. Colaterais
3.1.3. Casamento
3.1.4. Descendência

3.2. Laços pessoais


3.2.1. De dependência
3.2.2. Clientelas formadas
3.2.3. Ligação vassálica
3.2.4. Pessoas de quem foi representante (ou por quem foi representado) em
cerimónias públicas ou executor testamentário

3.3. Estatuto social


3.3.1. Da geração precedente
3.3.2. Do indivíduo
3.3.3. Dos colaterais
3.3.4. Das famílias aliadas
3.3.5. Da geração seguinte

4. Nível económico
4.1. Bens patrimoniais
4.2. Dote
4.3. Aquisições
4.4. Bens móveis
4.5. Rendimentos
4.6. Doações
4.7. Privilégios
4.8. Remunerações

5. Nível cultural
5.1. Papel na produção cultural
5.2. Assinaturas e menções autografas

6
Catálogos Prosopográfícos

6. Carreira universitária
6.1. Universidade frequentada
6.2. Disciplinas estudadas
6.3. Grau universitário

7. Carreira militar

8. Carreira diplomática

9. Carreira burocrática
9.1. Local
9.2. Central
9.3. Subscrição documental
9.3.1. Tipologia dos documentos subscritos
9.3.2. Parcerias com outros redactores
9.3.3. Escrivães colaboradores
9.3.4. Locais de redacção
9.4. Outros cargos e missões desempenhados
9.5. Tarefas burocráticas

10. Conselho régio


10.1. Datas de pertença
10.2. Pareceres enquanto conselheiro

11. Carreira eclesiástica

12. Vida pública

13. Vida privada

14. Observações

15. Fontes manuscritas

16. Fontes impressas

17. Bibliografia

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Catálogos Prosopográficos

CATÁLOGOS PROSOPOGRÁFICOS DOS SUBSCRITORES

1 - Afonso Madeira (Mestre)


2 - Álvaro Pires (Da Mão Inchada)
3 - Álvaro Pires Vieira
4 - Brás Afonso
5 - Fernão (da) Silveira
6 - Gil (Mestre)
7 - Gonçalo Vasques (de) Castelo Branco
8 - João (Rodrigues) Galvão
9 - João Lopes (de) Almeida
10 - João Soares (de) Castelo Branco
11 - João Teixeira
12 - Lopo (de) Almeida
13 - Lopo Vasques (de) Castelo Branco
14-Pedro da Costa
15-Pedro da Silva
16 - Rui Gomes (de) Alvarenga

8
Catálogos Prosopográficos

1. AFONSO MADEIRA (MESTRE)

1.
1.1. Em 1475. Setembro. 13, o cargo de Físico-mor passou a ser ocupado
pelo Doutor Mestre Rodrigo de Lucena, pelo que o nosso biografado
deve ter morrido antes desta data13.
1.2. 1459. Janeiro. 1314 - 1475. Junho. 2815.

2
2.1.
2 É originário, provavelmente, de Tavira16.
2.2. Morador em Lisboa.
2.4. Fez uma peregrinação ao mosteiro de Santa Maria de Guadalupe .

3.
3.1.
3.1.1. É de origem hebraica18.
3.1.2. Irmão de João Madeira19.
20
Irmão de Luís Madeira, escudeiro, morador em Tavira .
3.2.
3.2.1. Em 1459. Janeiro. 13 o seu irmão João Madeira recebe mercê a pedido
do nosso biografado .
Em 1471. Novembro. 01 é mencionado como seu criado o físico
Mestre João22.
Em 1471. Abril. 10, João de Sousa o Velho, tabelião na vila de Loulé,
recebe licença e lugar para ter subalterno, a pedido do nosso
biografado .
3.3.
3.3.2. Em 1451. Novembro. 22, torna-se Judeu converso24.
Desde, pelo menos, 1462. Janeiro. 03, é cavaleiro da casa real .

13
Iria Gonçalves, "Físicos e Cirurgiões quatrocentistas. As cartas de exame", in Imagens do mundo
medieval, Lisboa, 1988, p. 32.
14
Chartularium Universitatis Portugalensis (1288-1537), ed. de Artur Moreira de SÁ, Lisboa, vol. VI,
p. 102.
15
Iria Gonçalves, "Físicos e Cirurgiões quatrocentistas. As cartas de exame", ob. cit., p. 30.
16
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais
em meados de Quatrocentos (1439-1460), dissert, de doutoramento em História da Idade Média,
poticop., vol. II, Porto, 1999, p. 18.
17
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II p. 18.
18
Ch. U. P., vol. V, p. 251.
19
Ch. U.P., vol VI, p. 102.
20
Virgínia Rau, Sesmarias Medievais Portuguesas, Lisboa, Presença, 1982, p. 223.
21
Ch. U.P., vol. VI, p. 102.
22
IAN/TT (Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo), Chancelaria de D. Afonso V, L. 22, fl.
lOlv; Ch. U.P., vol. VII, p. 54.
23
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 65; Ch. U.P., vol. VII, p. 15.
24
Ch. C/.P,vol.V,p.251.
25
Ch. U.P., vol. VI, p. 153.

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Catálogos Prosopográficos

4.
4.6. Em 1461. Novembro. 26, recebe carta de confirmação de sesmaria de
uns terrenos em Tavira, que se situam no arrabalde para além da ponte,
j. • 26

para construir umas casas .


Em 1464. Junho. 29, recebe, vitaliciamente, quatro fornos de póia do
Rei em Tavira, com todas suas rendas e direitos anuais, em nome do
seu casamento e por serviços prestados .
4.8. Em 1463. Outubro. 08, recebe uma tença de 20.000 reais brancos,
mencionando-se que foi boticário28.

6.
6.1. Em 1451. Novembro. 22, uma carta atesta que estudou e se doutorou
no Estudo Geral de Salamanca29.
6.3. Em 1451 é já Doutor Mestre em Medicina pelo Estudo Geral de
Salamanca .

9.
9.2. De 1459. Janeiro. 13 a 1475. Junho. 28, é Físico-mor e Examinador
dos Físicos .
Em 1464. Outubro. 10, numa carta subscrita pelo Mestre Rodrigo de
Lucena, físico do Rei, na ausência do mestre Afonso Madeira, é
mencionado Físico-mor, Examinador dos Físicos do reino .
Em 1471. Fevereiro. 04 é mencionado como "doutor Mestre"33, e em
1471. Novembro. 30 como "doutor Mestre", nosso Físico-mor34.
Em 1475. Setembro. 13 é substituído, por carta régia, no ofício de
"TC

Físico-mor do reino pelo Doutor Mestre Rodrigo de Lucena .


9.3.
9.3.1. Subscreve duas cartas inseríveis no seguinte tipo diplomatístico:
Exame / Físico - 2
9.3.3. Não refere.
9.3.4. Lisboa - 1
Santarém - 1
9.5. Em 1463. Julho passa um diploma a provar que Fernando Esteves era
36
inválido para o cumprimento do ofício de besteiro da Câmara
26
Virgínia Rau, Sesmarias Medievais..., pp. 223-224.
27
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 19.
28
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real de 1384 a 1481 (Subsídios documentais),
Lisboa, 1965, p. 106.
29
Ch. U.P., vol. V,p.251.
30
Ch. U.P., vol. V, p. 251 ; Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus Oficiais (1464-
1465),vo\.U,v.U.
31
Iria Gonçalves, "Físicos e Cirurgiões quatrocentistas. As cartas de exame", ob. cit., p. 30.
32
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um ano no Desembargo do «Africano», dissertação de
mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 13.
33
IAN/TT. Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 14v.
34
IAN/TT. Ch. D. Afonso V, L. 21, fl. 84.
35
Iria Gonçalves, "Físicos e Cirurgiões quatrocentistas. As cartas de exame", ob. cit., p. 30.
36
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em 1463, dissert, de
mestrado, policop., Porto, 1996, p. 183.

10
Catálogos Prosopográficos

12. Em 1451. Novembro. 22, obtém carta de perdão por ter dormido com
cristãs depois da sua conversão ao Cristianismo e de uma peregrinação
a Santa Maria de Guadalupe37.

13. Em 1461. Outubro. 05, Luís Madeira aceitou, em nome de Afonso


Madeira, "a sesmaria de uns terrenos em Tavira e obrigou-se pelos
I O

seus bens a aproveitá-los " .

14. Em 1470. Agosto aparece referido num apontamento como "Mandado


que dem carretas ao doutor mestre Afonso"; pagou 20 reais brancos .

15. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fl. 14v.
Livro 21, fl. 84.

17. Cf: O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p.


77; Ana Paula Pereira Godinho de Almeida, A Chancelaria Régia e os
seus oficiais em 1462, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, p.
179; Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus
oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, p.
183; Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real de 1384 a
1481 (Subsídios documentais), Lisboa, 1965, p. 106; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia
régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol.
II, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 18-20; Iria
Gonçalves, "Físicos e Cirurgiões quatrocentistas. As cartas de exame",
in Imagens do mundo medieval, Lisboa, 1988, pp. 30-32; Virgínia Rau,
Sesmarias Medievais Portuguesas, Lisboa, Presença, 1982, pp. 223-
224.

37
Ch. L/J>., vol. V,p. 251.
38
Virgínia Rau, Sesmarias Medievais..., pp. 223-224.
39
O livro dos recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, ed. Damião Peres, Lisboa, Academia
Portuguesa de História, 1974, p. 77.

11
Catálogos Prosopográficos

ÁLVARO PIRES (DA MÃO INCHADA)40

1.
1.2. 1450-1490. Maio. 2641.

3.
3.1.
3.1.1. É filho de Pedro Esteves da Mão Inchada42.
3.1.4. Tem um filho chamado Joane43.
3.2.
3.2.1. Em 1463. Janeiro. 27, a seu pedido, o Rei concede algumas isenções
fiscais a um morador de Lisboa chamado João Gonçalves .
3.3.
3.3.2. Vassalo régio.
Em 1473. Setembro. 11 é Cavaleiro da Casa do Rei .
3.3.4. Tinha por sogro Gonçalo Pachim46.

4.
4.5. Em 1473. Janeiro. 08, o monarca aumenta-lhe a tença que recebia
anualmente, de 2.500 para 4.000 reais a partir de Janeiro desse ano .
Em 1471. Março. 25, o seu filho Joane passou a usufruir "...em cada
hum anno de mantimento pêra estudo enquanto nossa mercê for 5.000
„ 48
reais...
4.7. Em 1468. Novembro. 04, recebe um alvará para poder trazer em besta
muar de sela e freio mais um homem do que o número habitualmente
permitido aos outros membros da Relação .
4.8. Em 1451. Julho. 22, aufere 3.000 reais brancos para "procurar contra
os danificados que hão-de ser satisfeitos pela nossa sisa do quarto que
os ingleses pagam nesta cidade de Lisboa " .
6.
40
Judite A. Gonçalves de Freitas,Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 31.
41
Judite A. Gonçalves de Freitas,Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 31.
42
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 25, fl. 40v-41; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e
mandamos..., vol. II, p. 31.
43
Ch. U.P., vol. VII, p. 15; Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito" (1480-
1483). Caminhos da Burocracia Régia, vol. II, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1989, p. 23;
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia..., p. 118; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 31.
44
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia..., p. 118; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 32.
45
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um ano no Desembargo..., vol. II, p. 15.
46
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia..., p. 118; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 32.
47
Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Medievo (1459-1481), dissert, de
doutoramento, policop., vol. II, Porto, 1993, p. 68.
48
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 40v.
49
Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade..., vol. II, p. 68.
50
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 23.

12
Catálogos Prosopográficos

6.3. Em 1450. Outubro. 13, é mencionado como Bacharel em leis


.52
Em 1453. Março. 13, é mencionado Licenciado em leis .
.53
Em 1462. Novembro. 25, surge com o título Doutor em leis

9- . 54
9.2. É, desde 1450. Outubro. 13, Procurador dos feitos e da justiça ,
subscrevendo uma carta "nom seendo hi os do sseu dessembargo a que
esto perteencia " .
Em 1451. Julho. 22 surge como Procurador dos Feitos da Corte com a
missão de "procurar contra os danificados que hão-de ser satisfeitos
pela nossa sisa do quarto que os ingleses pagam nesta cidade de
Lisboa" .
Em 1462 aparece como Chanceler-mor interino , nomeadamente em
Novembro. 25 58 ; Novembro. 2859 e Dezembro. 0260.
Em 1463. Março. 03 é nomeado Corregedor da Corte, sucedendo no
cargo a ÁLVARO PIRES VIEIRA. Permanece no cargo até Outubro
de 148061.
Em 1480. Outubro. 17 é nomeado Chanceler da Casa do Cível, por
morte do Dr. ÁLVARO PIRES VIEIRA. Passa a ocupar o cargo de
Corregedor da Corte o Dr. João de Elvas, nomeado em 23 de Outubro
deste ano .
Em 1481. Abril. 12 é eleito Juiz superior da aposentadoria de Lisboa,
pelos 24 da câmara e pelos 24 encarregados da governação da referida
aposentadoria .
Em 1481. Fevereiro. 06 é mencionado Regedor Interino da Casa do
Cível64.
Em 1490. Maio. 26 Álvaro Pires aposenta-se, sendo substituído no
cargo de Chanceler da Casa do Cível pelo Dr. Nuno Gonçalves.65

51
Ch. U.P., vol. V, p. 202.
52
João Manuel Silva Marques, Descobrimentos Portugueses - documentos para a sua Historia, ed.
fac-similada, Lisboa, 1988, vol. I, p. 538.
53
Monumento Henricina, vol. XIV, p. 240.
54
Ch. U.P., vol. V, p. 202.
55
Ch. U.P., vol. V, p. 202.
56
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 23.
57
Ch. U.P., vol. VI, pp. 247-248; Monumento Henricina, vol. XIV, p. 240.
58
Monumenta Henricina, vol. XIV, p. 240.
59
Anselmo Braamcamp Freire, "A Chancelaria de D. Afonso V", in Archiva Histórico Portuguez,
Lisboa, 1905, vol. IH, p. 72.
60
Ch. U.P., vol. VI, pp. 247-248.
61
Luis Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade..., vol. II, p. 68.
62
Luis Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade..., vol. II, p. 68-69; Eugenia Pereira da Mota, Do
"Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 23; Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria
Régia...,?. 119-120. . .
63
Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade..., vol. II, p. 40; Eugenia Pereira da Mota, Do
"Africano " ao "Príncipe Perfeito "..., vol. II, p. 24.
64
Ch. U.P., vol. II, p. 527; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade..., vol. II, p. 31; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. EL, p. 33.
65
Ch. U.P., vol. Ill, p. 393; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade..., vol. II, p. 31.

13
Catálogos Prosopográficos

9.3.
9.3.1. Participa, enquanto subscritor, na redacção de apenas dois diplomas no
ano de 1471, inseríveis no seguinte domínio:
Provimento de ofício - 2
9.3.3. Álvaro Dias - 1 6 6
Brás Afonso - 1
9.3.4. Lisboa - 1
Santarém - 1

10. 68
10.1. Pertence ao Conselho régio desde, pelo menos, Outubro de 1480.

12. No ano de 1450 (a 23 de Maio e a 13) de Agosto, na qualidade de


procurador dos feitos régios, é representante do monarca num litígio
entre este e o almirante do reino, Lançarote Pessanha, a propósito dos
limites da jurisdição e da tença concedida por D. Dinis ao almirante
Manuel Pessanha 9 .

15. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V :


Livro 16, fl. 89.
Livro 21, fl. 6.

17. Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
118-120; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1993, pp. 31, 40, 68-69; Judite A. Gonçalves de
Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia régia e os seus
oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. II, dissert, de
doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 31-34; Eugenia Pereira da
Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito" (1480-1483). Caminhos
da Burocracia Régia, vol. II, dissert, de mestrado, policop., Porto,
1989, pp. 23-24.

66
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 21, fl. 6.
67
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 89.
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano " ao "Príncipe Perfeito "..., vol. II, p. 24.
Monumenta Henricina, vol. X, pp. 231-234 e pp. 274-276.

14
Catálogos Prosopográficos

3. ÁLVARO PIRES VIEIRA

1.
1.1. Em 1480. Outubro. 18, já era falecido70.
1.2. 1450-1480 71 .

2.
2.4. Inglaterra; Aragão .

3.
3.1.
3.1.4. Tem um filho, Diogo Álvares Vieira, que, em 1490, obtém de D. João
II a confirmação da carta régia de 1469. Maio. 17, pela qual herdava os
casais de Monte Agraço .
3.2.
3.2.1. Em 1476. Setembro. 11, Nuno Martins, criado do nosso biografado, foi
nomeado tabelião do Cível de Lisboa e seu termo .
3.2.2. Amigo pessoal do Doutor PEDRO da SILVA75.
Data de 1471. Julho. 29 uma carta de segurança atribuída a um Diogo
da Fonseca, moço da câmara do príncipe D. João (futuro D. João II),
acusado de ter morto, fazia então dois anos, Fernão Lourenço, um dos
t n/r

homens de Álvaro Pires Vieira .


3.3.
77 • 78
3.3.2. Cavaleiro . Vassalo régio .

4.
4.5. Em 1463. Julho.05 foi-lhe atribuída, por carta régia, uma tença anual
de 10.000 reais brancos, que receberia a partir de Janeiro do ano
79
seguinte .
4.6. Em 1450. Janeiro. 25 é "premiado" com os bens que foram confiscados
a Diogo Taveira e Pedro Taveira, partidários do Infante D. Pedro na
80
Batalha de Alfarrobeira .

70
Ch. U.P., vol. VII, p. 527.
71
Ch. U.P., vol. V, pp. 134-135.
72
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real de 1384 a 1481 (Subsídios documentais),
Lisboa, 1965, pp. 79 e 82.
73
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico,
Lourenço Marques, 1973, p. 994.
74
Ch. U.P., vol. VII, p. 379.
75
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 34.
76
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 136v.
77
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II p. 35.
78
Ch. U.P., vol. VI, p. 9.
79
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 993; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemos por bem e mandamos..., vol. II p. 35.
80
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 993.

15
Catálogos Prosopográfícos

Em 1467. Setembro. 17 obteve, por parte de Nuno de Seixas (cónego


da Sé de Lisboa), a doação de uns casais situados em Monte Agraço.
Tais bens foram confiscados a Tristão Borges, que havia participado na
hoste do Infante D. Pedro. A confirmação desta doação ao nosso
biografado e seus herdeiros surge em carta régia de 1469. Maio. 17 .
Em 1471. Maio. 09, já na qualidade de membro do conselho régio, o
monarca fez-lhe mercê do padroado da Igreja de S. Paio, ao qual
deveria ser anexado o mosteiro de S. João de Vieira .

6
- 83
6.3. Doutor em leis desde, pelo menos, 1463 .

7. Participou na Batalha de Alfarrobeira, na hoste régia.

8. Recebe 100 dobras pela deslocação que fez a Barcelona, ao Rei de


Aragão .

9.
9.2. Desde 1450. Janeiro. 23 é Corregedor da corte*5, tendo sido
substituído no cargo em 1463. Março. 03, pelo Dr. ÁLVARO PIRES
(DA MÃO INCHADA)86. g?
Em 1463. Abril. 18 é Desembargador das petições .
Em 1466. Setembro. 26 exerce o ofício de Corregedor da corte com
carácter de interinidade, numa carta que subscreve em conjunto com o
Dr. JOÃO TEDŒIRA88.
Em 1466. Dezembro. 12 renuncia ao cargo de Desembargador do paço
e das petições e agravos89. Sucede-lhe o Dr. JOÃO TEIXEIRA.
Em 1471. Junho. 23 aparece-nos como Chanceler da Casa do Cível, a
propósito de um pedido feito por parte da comuna dos mouros e judeus
para que não relevassem certas pessoas de pagar e contribuir para os
encargos e serviços da dita comuna .
Em 1471. Julho. 08 aparece-nos novamente como Chanceler da Casa
do Cível a propósito de problemas com a aposentadoria de Lisboa .
Em 1480. Outubro. 18 é já morto. É substituído no ofício de Chanceler
da Casa do Cível pelo Dr. ÁLVARO PIRES (DA MÃO INCHADA)92.

81
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 993.
82
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 993.
83
Ch. U.P., vol. VI, p. 272.
84
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II p. 35.
85
Ch. U.P., vol. V, pp. 134-135.
86
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 69.
87
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II pp. 36.
88
Ch. U.P., vol. VI, p. 387.
89
Ch. U.P., vol. VI, p. 396.
90
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fis. 138v, 139, 139v.
91
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fis. 118v-l 19.
92
Ch. U.P., vol. VII, p. 527

16
Catálogos Prosopográfícos

9.3.
9.3.1. No ano a que se reporta o presente estudo, subscreve uma única carta,
que inserimos no seguinte domínio:
Privilégio (em geral) - 1
9.3.3. João de Vila Real - 1
9.3.4. Lisboa - 1

10. 93
10.1. Pertence ao Conselho régio desde, pelo menos, 1466 .

12. Em 1476. Março. 06 esteve presente no juramento do príncipe herdeiro


D. Afonso, nas cortes de Lisboa .

14. Em 1471. Julho. 29, Diogo da Fonseca, moço da câmara do príncipe,


recebe carta de segurança por ter morto, fazia 2 anos, Fernão Lourenço,
homem do nosso biografado .

15. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 118v, 119,138v, 139,139v.

17. Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
121-123; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1993, pp. 40, 52 e 69; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemospor bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em
meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. II, dissert, de
doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 34-37; Humberto Baquero
Moreno, A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado
Histórico, Lourenço Marques, 1973, pp. 993-994.

93
Pedro de Azevedo, Documentos das Chancelarias Reais anteriores a 1531 relativos a Marrocos, t.
II, Lisboa, Academia das Ciências, p. 633; Ch. U.P., vol. VI, p. 387.
94
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 994.
95
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 16, fl. 136v.

17
Catálogos Prosopográfícos

4. BRAS AFONSO

1.1. Em 1483. Abril. 15, já era falecido96.


1.2. 1442 - 1483 (?)97.

2.
2.4. Neustadt98.

3.
3.1.
3.1.4. Tem um sobrinho, João Fernandes, nomeado escrivão perante^o
Corregedor de Lisboa em 1481. Fevereiro. 20, por carta de denúncia .
3.2.1. Em 1463. Junho. 18, Gonçalo Esteves do Porto, criado de BRÁS
AFONSO é provido no cargo de tabelião do cível e crime da vila do
, i ' j. íoo
Sardoal e seu termo .
Em 1482. Setembro. 02 um seu criado é nomeado requeredor do paço
da madeira em Lisboa .
3.3. 102
3.3.2. Desde, pelos menos, 1452, é vassalo régio'
3.3.5. Em 1481. Fevereiro. 20 o já supracitado sobrinho (João Fernandes), é
nomeado escrivão perante o Corregedor de Lisboa.

4
4.
4.8. Em 1483. Abril. 15, BRÁS AFONSO (ou um seu homónimo), recebe
uma tença anual, para mantimento, de 30.000 reais brancos. Tal
montante foi estipulado em virtude do seu provimento no ofício de juiz
dos feitos da Guiné e da Mina e do Desembargo e Petições1 .

6.
6.3. Em 1439. Dezembro e em 1440. Novembro é escolar em Direito
Canónico .
Em 1442, Janeiro. 12 é provido no ofício de escrivão e bedel da
Universidade de Lisboa™5. Na mesma data é citado como sendo
"lleente de cânones" .

96
Portugaliae Monumento Africana, dir. de Luís de Albuquerque, vol. I, Lisboa, Comissão Nacional
para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses/INIC, 1993, pp. 304-305.
97
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II p. 38.
98
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos...., vol. II, p. 38.
99
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 34.
100
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia...,?. 125.
101
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 34.
102
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II pp. 38.
103
Portugaliae Monumento Africana, vol. I, pp. 304-305.
104
Monumento Henricina, vol. VII, pp. 187-190.
105
Ch. U.P., vol. IV, pp. 328-329.
106
Ch. U.P., vol. IV, p. 329.

18
Catálogos Prosopográfícos

107
É, desde 1443, Bacharel em Direito Canónico .
Em 1447. Dezembro. 29 é substituído no cargo de escrivão e bedel do
Estudo Geral de Lisboa por Vasco Fernandes, escudeiro do Infante D.
Pedro e bacharel em Direito Canónico .

9.
9.1. Em 1439-1440 é Vigário geral da Arquidiocese de Lisboa .
Em 1442. Janeiro. 12 é confirmada a sua eleição por escrivão e bedel
da Universidade de Lisboa110. É substituído no cargo em 1446.
Dezembro. 29 por Vasco Fernandes, por passar a assumir o ofício de
Ouvidor da Corte111. Foi nomeado titular deste ofício em 1447.
Dezembro. 19 (?)112.
9.2. Enquanto Ouvidor da Corte, redacta cartas desde 1450 até 1459 .
Em 1453. Fevereiro. 24 subscreve cartas como "/ogo teente do
Corregedor da Corte " .115
Em 1462,1463, 1464 e 1466 é referido como Ouvidor da Corte1
Em 1464. Maio. 29, com o Dr. Nuno Gonçalves, e em 1466. Abril. 06
subscreve cartas de perdão como Corregedor da Corte interino. O
mesmo se verifica em 1480. Setembro. 05 e 1481. Janeiro. 12 (em
parceria com o Dr. JOÃO TEDŒIRA) em que surge a assinar cartas de
perdão ostentando a mesma designação .
Em 1466. Outubro. 01 passa a fazer parte do Desembargo ,
assumindo o ofício de Terceiro dos Agravos, cargo deixado vago por
João Rodrigues Mealheiro que "se orafynou" in. Admite-se que tenha
sido Ouvidor da Casa da Suplicação até esta data, sendo então
substituído por Pêro Migueis .
De 1469 a 1481 surge como Desembargador .
De 1480 - 1481 surge como Corregedor da Corte interino .

107
Monumenta tfenricina, vol. DC, p. 132.
108
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 299. Diz a nota 276 o seguinte:
"(Vasco Fernandes) sucedeu no cargo (de escrivão e bedel do Estudo de Lisboa) a Brás Afonso,
nomeado ouvidor da corte".
109
Monumenta Henricina, vol. VII, p. 13, n.L; Ch. U.P., vol. IV, p. 281.
110
Ch. U.P., vol. IV, pp. 328-329.
111
Ch. U.P., vol. V, p. 35.
112
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II p. 39 n. 199.
1,3
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 39.
114
Anselmo Braamcamp Freire, "A Chancelaria de D. Afonso V", in Archivo Histórico Portuguez,
vol. Ill, p. 145; Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 125
115
Anselmo Braamcamp Freire, "A Chancelaria de D. Afonso V", in ob. cit., vol. m , p. 71; Ch. U.P.,
vol. VI, p. 381; Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 125.
116
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 53, 81.
117
Eugenia Pereira da Mota {Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 36) mostra não se
tratar, Brás Afonso, de um principiante, pois a carta do seu provimento no Desembargo começa da
seguinte forma: "Confiiyando nos os serviços que continuadamente nos fez lealmente em nossa corte".
118
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 18 e 52.
119
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 18.
120
Em todas as cartas por nós fichadas redactadas pelo nosso biografado no ano de 1471, surge-nos
sempre como sendo "do desembargo". De salientar que todas estas cartas foram co-redigidas com o
bacharel Pedro da Costa.
121
Luís Miguel Duarte coloca a hipótese de a pessoa que exerce o ofício de Corregedor da Corte
interino em 1480-81 (que havia sido também nomeado, em 1476. Agosto. 25, Ouvidor do Algarve) não

19
Catálogos Prosopográficos

Em 1482. Outubro. 02 é nomeado Desembargador da Casa da


122
Suplicação .
Em 1483. Abril. 15 é nomeado Juiz dos feitos da Guiné e
123
Desembargador das petições .
9.3.
9.3.1. No ano a que se reporta o nosso estudo, participa na co-subscrição de
14 diplomas, sempre como Desembargador :
Segurança - 5
Perdão - 4
Legitimação - 2
Confirmação de perfilhamento - 1
Esmoler - 1
Segurança a mercadores - 1
9.3.2. Todas os diplomas são subscritos em regime de parceria com o
bacharel PEDRO da COSTA.
9.3.3. São os seguintes os escrivães que com ele(s) colaboram:
Fernão Gonçalves - 6
Pedro Alvares - 6
Diogo Afonso - 2
9.3.4. Lisboa-14.

14. Em 1444. Janeiro. 29, um homónimo, escrivão da puridade de D.


Fernando da Guerra, Arcebispo de Braga, é mencionado numa carta em
que um seu apaniguado é isento de encargos e serviços .
Em 1446. Fevereiro. 08, a pedido do supra citado Brás Afonso, é isento
Gonçalo Gil de encargos e serviços concelhios .
Em 1455. Janeiro. 14, João Brás, Diogo Brás e Brás Afonso, o Moço,
todos filhos de Brás Afonso, escudeiro, vassalo régio, escrivão da
puridade de D. Fernando da Guerra, estudantes em Salamanca,
recebem carta de encomenda e mercê .
Em 1455. Fevereiro. 06, um criado de Brás Afonso, escrivão da
puridade do Arcebispo de Braga, de nome Gonçalo Álvares, é
nomeado no ofício de inquiridor .
Em 1474, um Cavaleiro fidalgo chamado Brás Afonso recebe 900 reais
• 128
de moradia .
Estaremos perante um caso de homonímia? Quase todos os que já
efectuaram uma investigação sobre o nosso biografado consideram a
il29
hipótese altamente provável .
ser a mesma que surge a subscrever em 1466, e estarmos, portanto, perante um caso de homonímia.
{Justiça e Criminalidade..., vol. II, pp. 69, 81)
122
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 35.
123
Portugaliae Monumento Africana, vol. I, pp. 304-305.
124
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., ml II p. 41.
125
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 41.
126
Ck U.P., vol. V, p. 386.
127
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 41.
128
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 207.
129
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 69; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemospor bem e mandamos..., vol. II p. 41.

20
Catálogos Prosopográfkos

15 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 107, l l l v , 112, 112v, 114v, 115v, 116, 123, 123v, 126,
138v, 141.
Livro 22, fis. lv, 4, 6, 6v.

17 Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
125-126- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1993, pp. 18, 21, 52, 69, 81, 100, 119; Anselmo
Braamcamp Freire, "A Chancelaria de D. Afonso V", in Archiva
Histórico Portuguez, vol. Ill, Lisboa, 1905, p. 145; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Peemos por bem e mandamos: A burocracia
régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol.
ÏÏ dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 38-41; Eugenia
Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito" (1480-1483).
Caminhos da Burocracia Régia, Vol. II, pp. 34-36.

21
Catálogos Prosopográficos

5. FERNÃO (da) SILVEIRA

1.1. Em 1493. Maio. 14, sabe-se que era já falecido1 .


1.2. 1454. Junho. 15131 - 1490132.

2.
2.1. O avô paterno, Martim Gil Pestana "foy natural d' Évora e dos
moradores antigos dela " .
2.4. Itália
Castela
Sevilha134.

3.
3.1.
3.1.1. Era filho segundogénito de Nuno Martins da Silveira (filho de
Martim Gil Pestana e de Maria Gonçalves da Silveira), e de Dona
Leonor Gonçalves de Abreu, filha de Gonçalo Eanes de Abreu, senhor
de Castelo de Vide.
3.1.2. É irmão de Diogo da Silveira, primogénito. Senhor de Segadães e
Ricardães, sucedeu ao pai nos ofícios de Escrivão da Puridade e
Vedor-mor das Obras e Resíduos de D. Afonso V;
Irmão de Gonçalo da Silveira, alcaide do castelo do Crato;
Irmão de Vasco da Silveira, também presente na defesa do castelo do
Crato aquando da guerra entre o Infante D. Pedro e D. Leonor. Este,
em companhia do seu irmão Gonçalo da Silveira, acompanharam a
Rainha D. Leonor de Aragão no exílio. Morreram jovens;
Irmão de D. Isabel da Silveira, primeira mulher de D. João de Melo;
Irmão de D. Isabel de Abreu, segunda mulher de Vasco Martins de
Melo;
Irmão de D. Violante de Abreu, mulher de Gomes de Miranda;
Irmão de D. Mecia da Silveira, consorciada em primeiras núpcias com
Vasco Martins da Cunha e, mais tarde, com D. Fradique de Castro, o
Tagarote;
Irmão de D. Leonor da Silveira;

130
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra., L. II, Coimbra, Imprensa Nacional Casa
da Moeda, 1996, p. 153.
131
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 958.
132
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in Crónicas de Rui de Pina, ed. de M. Lopes de Almeida,
Porto, Lello & Irmão, 1977, cap. XLIV, p. 968.
133
Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Faria, Lisboa, 1956, p. 300.
134
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 84.
135
Nuno Martins da Silveira "foy huum homem muito homrrado em tempo dei rey Dom Joaõ o
primeyro e dei rey Dom Duarte cujo escriuaõ da Puridade foy e foy coudel moor e veador das Obras do
Reyno", in Livro de Linhagens do Século XVI, p. 300.
22
Catálogos Prosopográficos

1 "\fi
Irmão de Guiomar de Abreu .
3.1.3. Casado com D. Isabel, filha de D. Fernando Henriques, senhor de
Alcáçovas, e de D. Branca137.
3.1.4. Do seu casamento resultaram vários filhos, a saber:
Francisco da Silveira, primogénito;
Jorge da Silveira;
Diogo da Silveira;
D. Violante, mulher do capitão Dom Fernão Martins de Mascarenhas;
D. Mecia Henriques, primeira mulher de D. Pedro de Sousa, fidalgo da
Casa Real, conde de Prado, filho de Rui de Sousa13 ;
D Maria mulher primeira de Francisco de Mendanha, filho do alcaide
' • 139
de Castro Marinho .
3.2.
3 2 1 Em 1483. Março. 27, um seu escudeiro, de nome Pedro Brás, obteve o
ofício de coudel de Pombal numa carta subscrita por Francisco da
Silveira .
3 2 2 Em 1466. Setembro. 17, Azmede, mouro forro, habitante em Évora
recebe "privilégios em geral" a pedido de do nosso biografado; recebe
confirmação de tais privilégios em 1482. Julho. 10.
Em 1491. Fevereiro. 27, Azmede, carpinteiro é nomeado passeiro dos
nassos reais de Évora, recebendo, anualmente, um moio de trigo e
141
2000 reais brancos .
3.2.3. Fidalgo da Casa do Infante D. Fernando142.
3.3.
3 3.1. O seu pai, Nuno Martins da Silveira "foy huum homem muito
homrrado em tempo dei rey Dom Joaõ o primeyro e dei rey Dom
Duarte cujo escriuaõ da Puridade foy efoy coudel moor e veador das
Obras do Reyno" 143. Acompanhou o Infante D. Duarte na expedição a
Ceuta, efectuada em 1415, onde serviu. Foi aí armado cavaleiro pelo
referido Infante e, mais tarde, Rico-homem. Foi membro do Conselho
régio de D. Duarte, governador e regedor de sua casa. Leal a D.
Duarte, serviu-o em Alfarrobeira144. Já no reinado do "Africano", foi
contemplado com várias doações, nomeadamente bens móveis e de
raiz e uma tença anual em numerário de 17.143 reais brancos. Foi
136
Livro de Linhagens do século XVI, pp. 300, 304 e 309; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L.
I D 147- Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in Crónicas de Rui de Pina, ed. de M. Lopes de
Almeida,' Porto, Lello & Irmão, 1977, cap. LXXIV, pp. 675-676; Duarte Nunes de Leão, "Crónica, e
vida Del Rey D. Affonso o V de Portugal deste nome, e dos reys o duodecimo', m Cromcas dos reis de
Portugal, Tesouros da Literatura e da História, introdução e revisão de M. Lopes de Almeida, Lello &
Irmão ed., Porto, 1975, caps. X e XI, pp. 815-817; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira..., pp. 962-966.
137
Livro de Linhagens do século XVI, pp. 243 e 304.
138
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, pp. 390-391.
139
Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 304; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. I, p. 215.
140
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano " ao "Príncipe Perfeito "..., vol. H, p. 64.
141
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria..., vol. II, p. 41.
142
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 957.
143
Livro de Linhagens do século XVI, p. 300.
144
Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", Estudos Históricos, t. Ill, pp. 118-120.

23
Catálogos Prosopográfícos

novamente empossado no cargo de coudel-mor do Reino. Faleceu nos


princípios de 1454 .
3.3.2. Foi fidalgo da casa do Infante D. Fernando .
Usou armas esquarteladas de Silveira e Henriques .
3.3.3. Diogo da Silveira, irmão mais velho: Senhor de Segadães e Ricardães.
Foi Escrivão da Puridade e Vedor-mor das Obras e Resíduos do Reino,
tendo exercido interinamente o ofício de Coudel-mor em 1463.
Gonçalo da Silveira, alcaide do castelo do Crato;
Vasco da Silveira, também alcaide do supra citado castelo.
3.3.4. É cunhado de João de Melo, Copeiro-mor de D. Afonso V e Alcaide-
mor de Serpa;
Cunhado de Vasco Martins de Melo, Alcaide-mor de Évora e de
Castelo de Vide;
Cunhado de Gomes de Miranda, senhor do Morgado da Patameira;
Cunhado de Vasco Martins da Cunha, Alcaide-mor do castelo de
Lamego e Conselheiro régio e, posteriormente, cunhado de D.
Fradique de Castro, cavaleiro-fidalgo da casa do Infante D. Henrique e
membro do Conselho do Infante D. Pedro em 1449.
Sogro de Fernão Martins de Mascarenhas, capitão dos ginetes de D.
T ~ TT148
João 11 .
3.3.5. Francisco da Silveira, filho primogénito, herdou a casa de seu pai e foi
Coudel-mor do Reino. Casou com uma filha de D. João de Noronha, de
alcunha "Dentes";
Jorge da Silveira, que em primeiras núpcias casou com D. Margarida
Furtado, filha de Duarte de Mendonça, comendador de Terrão, e que,
por morte desta, contraiu segundo matrimónio com D. Filipa de Lima,
filha de D. Álvaro de Lima, Monteiro-mor;
Diogo da Silveira, casado em segundas núpcias com D. Maria de
Távora, filha de Pedro Lourenço de Távora, senhor de Mogadouro e de
Mirandela .

4
150
4.1. É senhor das Cerzedas e de Sovereira Formosa .
4.6. Em 1478. Maio. 06 o monarca faz-lhe a doação da torre e do muro
situado ao longo de umas casas, na freguesia de Santiago, na cidade de
^ 151
Évora .
Em 1479. Março. 03 recebe as rendas régias de Montemor-o-Velho em
troca do rendimento da saboaria de Évora que recebera da Rainha .

145
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., pp. 962-966.
146
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 137.
147
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 86.
148
Livro de Linhagens dos século XVI, pp. 164, 167, 300 e 304; Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso
V", in ob. cit., cap. CXC, p. 558.
149
Livro de Linhagens do séculoXVI, pp. 248, 304-306.
150
Livro de Linhagens do século XVI, p. 304.
151
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 958.
152
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 65.

24
Catálogos Prosopográfícos

47 Em 1459. Fevereiro. 26, o nosso biografado, seus caseiros e lavradores


são isentos do pagamento de serviços e encargos concelhios .
Em 1488. Outubro. 06 é-lhe concedido o título de "Dom" para os seus
filhos154. .. , ,
Em 1489 Fevereiro. 04, uma carta régia autoriza o nosso biografado a
transferir para a sua filha D. Mécia Henriques os bens que havia
recebido em 1479. Março. 03 155 .
48 Em 1457- Março. 01, um alvará régio fazia-lhe mercê de 500 reais
brancos dos vassalos que viessem a ser feitos, 1 dobra de ouro por
acontiado aposentado com idade inferiora 70 anos e 1 dobra por cada
um dos que fossem escusados de alardo .
Em 1483. Maio 11 recebe a tença anual de 100.000 reais brancos,
correspondente às rendas e direitos de Lagos .
Em 1484, D. João II concede-lhe o ordenado mensal de 2.350 reais
brancos, o que equivalia à anuidade de 28.200 reais brancos .

5' 1 Foi poeta palaciano, trovador. A sua produção literária desenvolveu-se


ao longo dos reinados de D. Afonso V e D. João II. Tal como ele, os
seus três filhos foram igualmente poetas do Cancioneiro Geral. Aqui
se podem encontrar muitas trovas suas e muitas outras a ele dirigidas.
Dedicava-se à poesia pelo menos desde 1458; assinava os seus poemas
com o título "Coudel-mor".
"Fernão da Silveira é talvez o mais importante dos intervenientes nas
discussões travadas ao longo desse processo poético (...) " . E desta
forma encarado o seu envolvimento na polémica "Cuidar e sospirar
que se animou a corte de D. João II nos anos de 1483 e 1484.^
As suas poesias versavam desde temas de circunstância a sátira
pessoal e generalizada .

7 Apesar de faltarem elementos relativos à sua presença na Batalha de


Alfarrobeira, Humberto Baquero Moreno admite como muito provável
a sua participação no conflito ao lado do monarca . , . 163
Entre 1463 -1464 esteve em campanha militar no Norte de Africa .

153
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Il, p. 87.
154
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"... , vol II, p. 65.
155
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vo . II p. 65
156
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano " ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II pp^65-66.
157
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito'..., vol. II, p. 65.
158
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 958
159
Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa, ed. G. Lanciani e G. Tavan,, Lisboa,

- m i n S ^ e 9 3 n e S í 0 á r e a a copla "Senhora graciosa, discreta, Relente", G g d . d. R*ende,


Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Maia, vol. I, 1990, p.

'"Neste âmbito encontramos a cantiga "Poios praças de Lixboa", Garcia de Resende, Cancioneiro
Geral..., vol. I, p. 163.
162
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira...pp. 957-958.
163
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria..., vol. II, p. 43.

25
Catálogos Prosopográficos

8. Em 1451 integrou a comitiva que acompanhou a Infanta D. Leonor a


Itália para desposar o Imperador Frederico III da Alemanha. Desta
comitiva fazia parte também LOPO de ALMEIDA164.
Em 1483. Julho foi indicado para acompanhar o Dr. João de Elvas
numa embaixada ao Papa, que, no entanto, nunca viria a realizar-se .
Em 1490. Abril. 18 foi a Sevilha em representação de D. Afonso, à
celebração das bodas dos príncipes, tendo recebido procuração para
esse efeito .
Em 1490. Março foi enviado a Castela com o Dr. JOÃO TELXEIRA e
Rui de Sande para negociar o casamento do príncipe D. Afonso com a
sua filha primogénita, D. Isabel167. A pedido da Rainha, levavam os
embaixadores a Jegura do Princepe inteira, bem tirada por natural,
que natural e verdadeiramente era das muyfermosas do mundo " .

9.
9.2. Em 1454- Junho. 15 é nomeado Coudel-mor do Reino sucedendo,
deste modo, a seu pai (Nuno Martins da Silveira) no ofício .Data de
1454. Junho. 10 a primeira carta que subscreve na qualidade de
Coudel-mor .
Exerceu, interinamente, o ofício de Escrivão da Puridade, no período
que vai de 1457 a 1460, por impedimento de seu irmão, Diogo da
Silveira, titular do cargo171. m
Em 1463, é Coudel-mor e Anadel-mor dos besteiros a cavalo .
Em 1471. Julho. 22 o nosso biografado recebeu o cargo de Anadel-mor
dos besteiros de cavalo do sobrinho do monarca .
Em 1485. Julho. 14 detinha o cargo de Cnanceler-mor .
Em 1486. Janeiro. 06 é mencionado como Regedor da Casa da
Suplicação, reunida, à época, em Lisboa .
Em 1490. Março era ainda titular dos ofícios de Coudel-mor e Regedor
da Casa da Suplicação™. Sucede-lhe no cargo D. Fernando Coutinho,
bispo de Lamego.

164
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CXXXII, p. 762; Duarte Nunes de Leão,
"Crónica, e vida Del Rey D. Affonso o V de Portugal deste nome, e dos reys o duodecimo , m
Crónicas dos reis de Portugal, cap. XXIII, pp. 856-857. Cf. Catálogo Prosopografico n 12, pp. 65-77.
165
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in Crónicas de Rui de Pina, cap. XV, p. 925.
166
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 120.
167
Rui de Pina, "Crónica de D. João ff', in Crónicas de Rui de Pina, cap. XLIV, pp. 966-968,
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 120.
168
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., cap. XLIV, p. 966.
169
Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", Estudos Históricos, t. Ill, pp. 124-127.
170
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 88.
171
Ch. U.P., vol. VI, pp. 142-143; Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", m ob. at. t. Ill, p. 126;
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo..., p. 30.
172
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 88.
173
IAN/TT, Ch D. Af. V, L. 16, fl. 128.
174
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 153.
175
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 153.
176
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., cap. XLIV, p. 966.

26
Catálogos Prosopográficos

93
931 No ano a que se reporta o nosso estudo, subscreveu, isoladamente, 22
diplomas sempre na qualidade de Coudel-mor, enquadráveis nos
seguintes tipos:
Provimento de ofício - 13
Aposentação - 9
9.3.3. Verifica-se uma íntima parceria com um dos Escrivães, como se pode
verificar pelos valores que se seguem:
Vasco Afonso- 19
Álvaro de Lisboa - 3
9.3.4. Lisboa-12
Setúbal - 6
Almada - 3
Santarém - 1

10 1. Em 1464. Dezembro. 23 já era membro do Conselho . m


Em 1489. Abril. 29 é ainda designado como sendo do Conselho .
10 2 Em 1487 esteve presente no Conselho "sobre a maneira a ter comas
mulheres dos traidores lançados em Castela pelo caso das mortes dos
duques de Viseu e de Bragança " .

12. Em 1455. Junho. 25 esteve presente em Lisboa na cerimónia de


juramento do príncipe herdeiro D. João1 .
É um dos juízes no torneio de Évora, juntamente com D. Rodrigo de
Ulhoa, embaixador de Castela, e Rui de Sousa, Almotacé-mor .

13 Em 1473 Abril. 23 é concedido perdão a Martim Tallesso por


difamação de Fernão da Silveira. Este tinha perdoado o ofensor por
carta de 1473. Janeiro. 28, passada em Évora pelo tabelião Rui
Carvalho .

15 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 6, 53, 53v, 58, 65v, 66, 88v, 89v, 109v, 119v, 122, 136,
137,141v.
Livro 17, fis. 8, 33,108.
Livro 22, fis. 6v, 30v, 42, 66,113v.
Livro 38, fl. 67v.

16 Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in Crónicas de Rui de Pina,


ed. de M. Lopes de Almeida, Porto, 1977, cap. LXXIV, pp. 675-676,

177
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria..., vol. II, p. 44.
178
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, p. 68.
179
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria..., vol. II, p. 44
180
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 958.
181
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 150.
182
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo..., p. 31.

27
Catálogos Prosopográfícos

cap CXXXII, p. 762; Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in


Crónicas de Rui de Pina, ed. de M. Lopes de Almeida, Porto, 1977,
cap. XV, p. 925, cap. XLIV, pp. 966-968; Livro de Linhagens do
Século XVI, ed. de António Machado de Faria, Lisboa, 1956, PP. 164,
167 243, 248, 300, 304, 306, 309; Duarte Nunes de Leão, "Crónica, e
vida D e l R e y D . Affonso o V de Portugal deste nome, e dos reys o
duodecimo", in Crónicas dos reis de Portugal, caps. X e XL pp. 815-
817 e cap. XXIII, pp. 856-857; Garcia de Resende, Cancioneiro Geral
de Garcia de Resende, vol. I, pp. 163 e 195.

17 Cf • Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
136-141- Dicionário de Literatura Medieval Galega e Portuguesa, org.
e coord.' de Giulia Lanciani e Giuseppe Tavani, Caminho, Lisboa,
1993 p 270- Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra,
L I 'pP- 147 e 215, L. II, p. 153, L. Ill, pp. 120 e 150; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Peemos por bem e mandamos: A burocracia
rézia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol.
II dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 84-89; Helena
Maria Matos Monteiro, A Chancelaria régia e os seus oficiais (1464-
1465) dissert, de mestrado, policopiada, Porto, 1997, pp. 40-44;
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes
e Significado Histórico, Lourenço Marques, 1973, pp. 957-958, 962-
966; Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito
(1480-1483). Caminhos da Burocracia Régia, Vol. II, pp. 63-69; Conde
de Tovar, "O Escrivão da Puridade", Estudos Históricos, Academia
Portuguesa de História, Lisboa, 1961, t. Ill, pp. 124-127.

28
Catálogos Prosopográficos

6. GIL (MESTRE)

1.2. Entre 1469. Março. 17183 e 1474. Março. 20184.

3.
3.2.
3 2 1 Em 1471. Julho. 24, Mestre Antão, seu criado, morador em Punhete,
recebe licença para poder exercer a arte de "cellorgija por todos os
,,185
reinos
33
33.2. D esde, pelo menos, 1469. Março. 17 é Cirurgião do Infante D .
Fernando . .
Em 1473 Julho. 28 é Cirurgião do Duque de Viseu e Beja, sobrinho do
Rei187.

9. ■ • *
9 2 D esde 1469 que é Cirurgião do Duque de Viseu e Beja, situação que se
188
m a r i tém em 1473 . Surge ainda como Cirurgião da Senhora Infanta
189
D. Beatriz .
Desde pelo menos, 1471. Julho. 24 exerce interinamente o cargo de
„. '.5 190
Cirurgiao-mor .
Em 1473. Novembro. 03 mantém o estatuto de Cirurgião-mor interino,
continuando a examinar candidatos por todo o Reino em substituição
do Doutor Mestre Fernando .
93 No ano em apreço redacta uma única carta na qualidade de Cirurgião
192
do Duque D. João .
9.3.1. O diploma encontrado enquadra-se no seguinte tipo diplomático:
Cartas de Exame / Cirurgião - 1
9.3.3. Vasco Godinho - 1
9.3.4. Santarém-1
9.5. Em 1473 examina um candidato em nome de Mestre Fernando,
Cirurgião-mor, que na altura não se encontrava no reino . ^
14. Existe já catálogo elaborado sobre um Mestre Gil, Cirurgião-mor .
Contudo, consideramos altamente provável estarmos perante um caso

183 Ch. U.P., vol. VI, p. 482. Substitui mestre Fernando, Cirurgião-mor do reino, que se encontrava
fora.
184 Ma Gonçalves, "Físicos e Cirurgiões Quatrocentistas. As Cartas de Exame", in Imagens do Mundo

Medieval, p. 31.
185
Ch. C/.P., vol. VII, p. 31.
186
Ch. U.P., vol.
Ch. UP., vol. VI,
VI, p.
p. 4»^.
482
187 Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vo . II, p. 36.
188 Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 36.
189 Ch. UP., vol. VII, p. 187.
190 Ch. U.P.,\o\.Vll,v.3l.
Ch. £/.P., vol. VII, p. 187.
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 34v.
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 36.

29
Catálogos Prosopográficos

de homonímia, em virtude do estatuto que ostenta não ser o mesn


com que nos deparamos no presente biografado.

15. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fl. 34v.

17. Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473-Um Ano do Desembargo


«Africano», dissert, de mestrado, policop., Porto, 2001, vol. II, pp. :
37; Iria Gonçalves, "Físicos e Cirurgiões Quatrocentistas. As Cartas
Exame", in Imagens do Mundo Medieval, p. 31.

194
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. H, pp.
Catálogos Prosopográficos

7. GON ÇALO VASQUES (de) CASTELO BRAN CO

LI. Anselmo Braamcamp Freire considera que terá morrido em finais do


ano de 1493 ou antes de 16 de Maio do ano seguinte .
Outra posição tem Eugenia Pereira da Mota, que aponta o ano da sua
morte para 1496, momento a partir do qual vão sendo confirmadas ao
filho primogénito do nosso biografado as doações e privilégios que
tinham sido feitas ao pai .
1.2. 1446-1485 197 .

3.

3U É filho de Marfim [Lopo] Vaz de Castelo Branco, Monteiro-mor de D.


João I e Alcaide-mor de Moura, e de Catarina Vaz Pessanha, sobrinha
do almirante Carlos. .
3 1 2 É irmão de Nuno Vaz de Castelo Branco, Monteiro-mor do monarca
Afonso V Fronteiro-mor, Alcaide-mor de Moura e Almirante do remo.
Foi casado com Beatriz de Ataíde, filha de João de Ataíde, senhor de
199
Penacova ; , _,
É irmão de Isabel Vaz de Castelo Branco, mulher de Gonçalo Gomes
de Azevedo, Alcaide-mor de Alenquer .
3 13 Foi casado em primeiras núpcias com Beatriz Valente, donzela da
Rainha D. Isabel, filha de Martim Afonso Valente, senhor do morgado
da Póvoa, e de D. Maria de Castro201. M1 . ,, .
Casou posteriormente com D . Guiomar de Castro, filha de Álvaro de
Sousa (Mordomo-mor), que já havia sido consorciada com D. Pedro de
Melo, senhor de Castanheira e Povos .
3.1.4. Teve os seguintes filhos:
D. Martinho de Castelo Branco;
D. Pedro Vasques de Castelo Branco;
D. João de Castelo Branco;
D Filipa de Abreu, casada em primeiras núpcias com D . Fedro ae
Ataíde filho de Álvaro de Ataíde, senhor de Castanheira, e que, por
morte daquele, casou com D. Jorge d' Eça, Alcaide-mor de Muje ;

195
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 173.
196
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ... voL II, p. 75.
197
Tndite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. 11, p. lut>-
« L^ode S i ï £ Z 2 século XVI, p. 278; Rita Costa Gomes, A Corte dos Reis de Portugal no final
da Idade Média, Difel, 1995, p. 146.
199
Livro de Linhagens do século XVI, pp. 219, 278-279.
200
Livro de Linhagens do século XVI, pp. 209 e 278. , ■ ■■ „„i
» Z o deZhagens do séculoXVI, p. 281; Helena M. Matos Monteiro, A C hancelana regra..., vol.
II, p.52.
202
Livro de Linhagens do século XVI, p. 39.
203
Livro de Linhagens do século XVI, p. 281.

31
Catálogos Prosopográficos

D. Isabel Pereira, mulher de D. Goterre Coutinho, fidalgo régio,


comendador de Sesimbra. Casa posteriormente com Jorge de Melo,
mestre sala dei Rei D. Manuel204;
D. (?), primeira mulher de Simão Gomes da Câmara de Lobos, terceiro
capitão da Ilha da Madeira;
E outras filhas que foram freiras .
Não houve descendência do segundo casamento.
3 2.
3.2.1. Em 1453. Fevereiro. 23, um seu criado, Vicente Eanes, é provido no
oficio de escrivão do almoxarifado de Moura .
Em 1462. Fevereiro. 12, a pedido da sua mulher, Beatriz Valente,
Afonso Eanes, vassalo régio morador no termo de^Lisboa, recebe
aposentação apesar de não chegado à idade de 70 anos .
33
3 3 1 Seu pai "...em tempo dei rey Dom Joaõ o primeiro foy muito homrrado
fidalgo ho qual foy monteyro moor deste rey e alcayde moor de
\ , ,,208
Moura
3 3 2 Fidalgo da casa real já em 1464209, "foi homem a que este Rey Dom
Afonso (...) per suas virtudes, teve grande afeição, avendo-o em seus
conselhos por especial" .
Em 1485 manda-lhe el Rei que se chame de "Dom" e, por conseguinte,
sua mulher e todos seus descendentes .
333 O seu irmão, Nuno Vasques de Castelo Branco foi Monteiro-mor do
monarca Afonso V, Fronteiro-mor, Alcaide-mor de Moura e almirante
212
do reino .
3.3.4. Pelo primeiro casamento, tornou-se genro de Martim Afonso Valente,
senhor do morgado da Póvoa . ,
Pelo segundo casamento tornou-se genro de Álvaro de Sousa,
Mordomo-mor de Afonso V214, filho primogénito de Diogo Lopes de
Sousa, Mordomo-mor de D. Duarte .
É cunhado de Gonçalo Gomes de Azevedo, Alcaide-mor de
AI 216
Alenquer . ,
É cunhado de Diogo Lopes de Sousa, Mordomo-mor de D. Atonso
V217.do século XVI, p. 281.
204 Livro de Linhagens
205 Livro de Linhagens do século XVI, p.281.
206
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. 11, p. 1U/.
207
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 107.
20S
Livro de Linhagens do século XVI, p. 278. #
209
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano " ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, pp. 75-77.
210
Gomes Eanes de Zurara, Crónica do Conde D. Pedro de Meneses, ed. Mana Teresa Brocardo,
Lisboa F u n ï ç i Calouste Gulbenkian/JNICT, 1997, cap. VI, p. 200; Judite A. Gonçalves de Fre.tas,
Teemos por bem e mandamos..., vol. H, p. 108.
211
Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 281; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 173.
212
Livro de Linhagens do século XVI, p. 278.
213
Livro de Linhagens do século XVI, p. 281.
214
Livro de Linhagens do século XVI, p. 281.
215
Judke A. Gonçalves de Freitas, A Burocracia do "Eloquente" (1433-1438). Os textos, as normas,
as gentes, Patrimonia Histórica, Cascais, 1996, p. 178.
216
Livro de Linhagens do séculoXVI, pp. 209 e 278.
32
Catálogos Prosopográficos

É cunhado de Lopo de Sousa, comendador da alcáçova de Santarém e


de Francisco de Sousa, assim como de Nicolau de Sousa, capitão do
cabo de Gué, e Tristão de Sousa, ambos filhos bastardos de Álvaro de
Sousa218
3 3 5 D Martinho de Castelo Branco foi conde de Vila Nova de Portimão,
Vedor da Fazenda de D . João II (desde 1481. Fevereiro. 23) e de D .
Manuel e ainda Camareiro-mor de D . João III. Foi casado com D .
Mecia de Noronha, filha de João Gonçalves da Câmara de Lobos, 2
capitão da Ilha da Madeira219.
D. Pedro de Castelo Branco, Almotacé-mor, casado com D . Isabel de
Mendonça, filha de Nuno Furtado220. AraBa
Em 1481 Fevereiro. 23, Pedro Vaz de Castelo Branco, fidalgo da Casa
do Príncipe, é provido no cargo de Almotacé-mor, anteriormente
desempenhado pelo seu pai. Em virtude de ser menor de idade, o cargo
será temporariamente exercido pelo seu irmão, Martim Vaz de Castelo
Branco, até que complete a idade de dezoito anos .
D Isabel Pereira foi casada com D. Goterre Coutinho, fidalgo da Casa
real. As arras prometidas pelo noivo eram de3.000 coroas; o contrato
matrimonial é confirmado em 1482. Abril. 18 .

41 Em 1456 Abril. 05 é-lhe doada uma tença de 2.500 coroas de ouro,


num total anual de 25 mil reais brancos, pelo seu casamento com D .
Beatriz Valente, donzela da rainha223.
4 5 D etinha o apanágio da portagem dos barcos que descarregassem
mercadorias na alfândega de Portimão, o que lhe proporcionava um
rendimento que oscilava entre os 20 e os 30 mil reais brancos. Tal
prerrogativa veio a ocasionar os protestos dos moradores da cidade de
Silves nas Cortes de 1481, alegando que essa vila monopolizava o
comércio de navegação, porque era aí que, pela prerrogativa outorgada
ao donatário, os navios descarregavam os panos, ferro e outras
224
mercadorias .
4.6. Em 1458. Janeiro. 30 recebe os bens de Fernão d' Évora, em Elvas, por
este passar bens ilegalmente para Castela .
Em 1459. Fevereiro. 20 é-lhe feita a doação dojspbrado em terras de
Paiva com seus casais, foros, honras e liberdades .

- Ï £ Ï Î S 5 1 * £ 2 S £ S A » 39 e 42; Eugenia Pere*a da M o * Do ^ , W ao


"Príncipe Perfeito"...,vol. II, p. 76
219
Livro de Linhagens do século XVI, p. 281.
220
Livro de Linhagens do século XVI, V- 283. „.,.,» ™l li n 75
221
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano " ao "Príncipe Perfeito .... vo . I , p. 75.
222 F l . „ x n : a P e r e i r a d a Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. 11, p. /&■
223
i S e r t T o u e ^ M o r e n o , "A conspiração contra D . João II: o julgamento do D uque de
B n £ £ £ t ã l Z , marginais e contestâtes na sociedade portuguesa medieval. Estudos de

- f S ^ S ™ Z l ^ ; m s t 6 r i a da Sociedade em Portugal no Século XV, Lisboa, s.d., pp.

225
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 109.
226
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. 11, p. IW.

33
Catálogos Prosopográficos

Em 1460 Fevereiro. 04 é-lhe feita doação de juro e herdade dos casais


de Álvaro e Bolfear, no almoxarifado de Aveiro, com suas rendas e
227
íllfPITfiS •
direitos
Em 1463. Abril. 14 recebe uma tença anual no valor de 4.388 reais
brancos e 4 reais pretos a partir do início desse ano
Em 1470 Julho obtém mercê de duas branqueias e de 6.000 reais .
Em 1472 Maio. 14 são-lhe outorgadas as rendas e direitos da vila de
Portimão, à excepção dos panos, sisas, dízimas e direitos dos navios
que entrassem no porto. No mesmo dia, uma carta regia faz-lhe
concessão dos direitos e foros que o monarca possuía em Santarém,
assim como das rendas do reguengo de Chantas. Estas doações
entrariam em vigor a partir de 1472. Janeiro. 01. A partir deste ano,
passaria igualmente ^usufruir da dízima velha do pescado que se
cobrava em Portimão .
Em 1473 recebe uma tença "graciosa" de 25 mil reais; a sua filha, D.
Isabel Pereira, recebe 10 mil reais231.
Em 1476 Abril. 10 recebe Vila Nova de Portimão com suas rendas,
direitos, jurisdição cível e crime, com ressalva da correição e
1 das 2 3 2
Em 1476* Julho. 29 é-lhe doada pelo príncipe D. João a renda do
serviço real da judiaria de Coimbra. Tal doaçto é confirmada e
acrescentada por D. Afonso V em 1476. Agosto. 13 .
47 Em 1457 Maio. 30, nas vésperas da expedição a Alcácer Ceguer,
' ' recebe carta de privilégio a favor dos seus caseiros, mordomos,
lavradores e apaniguados, isentando-os de serviços e encargos
Ih'os 2 3 4
EmC61472 Abril. 15, os seus caseiros, mordomos, lavradores e
apaniguados obtêm privilégios em geral com isenção do pagamento de
peitas fmtas e talhas235. Nesta data é-lhe ainda coutada uma terra
maninha "do salgueiro", temo J e Castelo Branco, que lhe tinha sido
doada pelo Infante D. Fernando23 . u- ç A~
Em 1475 Abril. 24 o monarca decide privilegiar o nosso biografado
concedendo-lhe autorização para transmitir ao seu filho, Martim Vaz
de Castelo Branco, os direitos das heranças em Santarém os reguengos
de Chantas e os direitos de Vila Nova de Portimão. Em 1475. Agosto.
29 o príncipe D. João confirma estes privilégios. Nova confirmação
surge em 1496. Dezembro. 31 pela mão de D. Manuel .

^ ^ ^ ^ ^ ^ contra D João I L £ in ob. cit., PP- 228-229; Judite A.


Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 109.
™ Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria regia..., p. 147.
228
229 O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Camará p. 68.
230 Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. loto DL.», m ob. at., p. 229.
231 Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real p. 107.
232 Humberto Baquero Moreno, "A conspiração conto D. oao H... , m o& -, P- 230.
233 Humberto Baquero Moreno, "A conspiração conto D. João I m oh c ., P - ^
234 Humberto Baquero Moreno, "A conspiração conto D. João II , mob.cit pp. 228.
235 Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito vo . H, p. 77.
236 S é n i a Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Principe Perfeito vol. I jgl
237 Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, pp. 77 78.

34
Catálogos Prosopográficos

Em 1475 Maio. 09 obtém prerrogativa de nomear os titulares dos


ofícios de escrivão da portagem, dízima, redízima e direitos reais de
Vila Nova de Portimão2 . .
Em 1476 Abril 10 o monarca concede-lhe o privilegio de, por sua
morte, o seu filho herdar o ofício deVedor da Fazenda que, por sua
vez o transmitirá ao seu primogénito2 .
Em 1476 Julho. 20 é-lhe concedida a prerrogativa de transmitir ao seu
filho mais velho a sucessão na posse da Vila Nova de Portimão, com
todas suas rendas, direitos e jurisdições. Tal decisão é posteriormente
confirmada: em 1485. Dezembro. 22, eeml496. Dezembro. 31 .
Em 1478 Outubro. 26 é-lhe concedido o direito para que Portimão
usufrua dos privilégios dos coutos de homiziados. Contra tal decisão
levantam-se as vozes dos moradores de Silves que se queixam da
péssima vizinhança, do aumento dos roubos, feridas, mortes e a
afluência de mulheres de vida desonesta241. Porém, o monarca ratifica
o alvará anterior em 1482. Outubro. 06 .
Em 1481 Fevereiro. 22, quando é nomeado Regedor da Casa do Cível,
é-lhe concedida autorização para tomar posse pessoalmente ou através
de procurador .
4.8. Em 1462, enquanto membro do Conselho, aufere uma moradia de
4 286 reais brancos, que lhe é confirmada em 1474,1477e 14/y .
Uma carta de 1463. Abril. 14 estipula que receba tença anual de 4.388
reais brancos e 4 reais pretos, enquanto membro do Conselho e
Almotacé-mor desde o dia 01 de Janeiro desse ano .
Em 1465 em virtude de ter sido nomeado Vedor da Fazenda, passa a
receber uma tença anual no valor de 25.000 reais brancos. A partn de
1477 Janeiro. 01, o monarca transfere esta tença para a sua mulher .
Uma carta de 1482. Setembro. 08, estipula que, e n ^ t 0 * ^ f _ ™
Justiça na Casa do Cível, receberá, anualmente, o ordenado d^.OOO
reais brancos, com efeitos retroactivos a 01. Janeiro desse ano .
Desde 1486 Janeiro. 01 passa a receber uma tença anual no valor de
182 864 reais brancos de assentamento, o mesmo desfrutado pelos
condes .
249
Partidário de D. Afonso V em Alfarrobeira .

- Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. oão II ». m ob. at., p. 231, Eugenia
Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ...,vol ILp 78
^EugéniaPereiradaMota,^"^/^' « ^ " Z ' ^ T ^ ^'ob cit p 230" Eugenia
240
Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II , m ob. cit., p. 230, t u g
Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, p. 75$.
- A de Sousa Silva Coita Lobo, História da Sociedade em Portal ^ l o X V ^
242
Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II , m ob. cit., p. 229, huge
Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito vol II, p. 78.
243
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade vol. 11, p. 32
244
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., pp. 2 0 0 ; 2 U 1 -
245
Armando Paulo CarvamoBorlido,^ C W ^
246
Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II... , m ob at PP- 228 229.
247
Eugenia Pereira da Mota, D 0 " ^ / ^ 232. A M d m o
248
Huniberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II... , m ob. cit., p. m, Ans
Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 173. , n n „ ,
249
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. 11, p. u 1.

35
Catálogos Prosopográficos

Em 1457 participa no cerco a Alcácer.


Em 1463-64 acompanha o Infante D. Fernando na expedição ao norte
de África
Em 1474. Março, combateu nas guerras castelhanas ao lado de D.
Afonso V e do príncipe D. João .

9
9.2. Entre 1446 e 1462252 substituiu, por diversas vezes, o seu irmão, Nuno
Vaz de Castelo Branco, no cargo de Monteiro-mor.
Em 1457 foi, possivelmente, nomeado Almotacé-mor por óbito de
Pedro Lourenço de Almeida253. Desde a década de 60 que surge a
subscrever cartas nessa qualidade .
Em 1458 foi Vedor da Fazenda interino.
Em 1459 foi Escrivão da Puridade interino.
Em 1464. Novembro. 06 aparece como Vedor da Fazenda interino e
como Almotacé-mor . t r
Em 1464, em virtude do falecimento de Diogo da Silveira, e nomeado
Escrivão da Puridade, Vedor-mor das Obras e dos Resíduos. Contudo,
esta nomeação reveste-se de carácter temporário, permanecendo no
exercício do cargo apenas até que Nuno Martins^da Silveira (filho de
Diogo da Silveira) complete a idade de vinte anos .
Em 1465 foi substituído por D. JOÃO RODRIGUES GALVÃO no
cargo de Escrivão da Puridade257. Neste mesmo ano, por morte de D.
Fernando de Castro (anterior titular) é empossado no cargo de Vedor
258
da Fazenda . .
Em 1471 aparece a subscrever na qualidade de Vedor da Fazenda e
259
Almotacé-mor . 260
Em 1473 é Vedor da Fazenda e Almotacé-mor .
Em 1480. Dezembro. 02 é citado em duas cartas de quitação onde se
menciona que fez boa entrega de 50 mil reais a Pêro Estaco .
Em 1481 Fevereiro. 22 foi nomeado Regedor da Casa do Cível,
substituindo, desta forma, D. Afonso Vasconcelos, I o conde de Penela,
que morreu em 1480. Novembro. 01. Vê o seu ofício confirmado por
carta de D. João II emitida em 1482. Outubro. 06 .

250
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria regia..., vol. II, p.57.
251
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in Crónicas de Rui de Pina, cap. CXC pp. 556-558.
252
Anselmo Braamcamp Freire, A Chancelaria de D. Afonso V, in obcit vo III, p. 69.
253
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por berne mandamos..., vol. 11, p. 111.
254
Peb menos no ano de 1463, surge a subscrever cartas (Armando Paulo Carvalho Borl.do, A
Chancelaria régia e os seus oficiais em 1463, p. 150).
255
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11 p. i l l .
256
Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", in ob. cit, t. Ill, pp. 127-128.
257
Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", in ob. cit, t. Ill, pp. 127-128.
258
Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II... , m ob. cit., p. us.
259
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fis. 66, 66v, 67.
260
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um ano no Desembargo, . v o l . D, p. 42
261
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 265; Judite A. Gonçalves de
Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 111.
262
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. 172-173.
36
Catálogos Prosopográficos

Quando foi nomeado para a Casa do Cível, o cargo de Vedor da


Fazenda passou a ser desempenhado pelo seu filho primogénito,
Martim Vaz de Castelo Branco263.
Desde 1485 Dezembro. 01, chamando-se D. Gonçalo de Castelo
Branco, já era Governador da Casa do Cível Foi D. Gonçalo o último
regedor e o primeiro governador desta casa .

93! No ano a que se reporta o nosso estudo, subscreveu 17 diplomas,


sempre na qualidade de Vedor da Fazenda; numa carta surge,
cumulativamente, como Vedor da Fazenda e Almotacé-mor .
Os documentos encontrados enquadram-se nos seguintes tipos:
Provimento de ofício - 10 (tratando-se 1 deles de uma Confirmação)
Aforamento - 3 (tratando-se 1 deles de uma Confirmação de)
Doação de bens e direitos - 3 (tratando-se 2 delas de doações "se asy
he")
Diversos - 1
9.3.3. Colaboram com o nosso biografado os seguintes escrivães:
João André - 9
Fernão de Espanha - 2
Gonçalo Rodrigues - 2
João Carreiro - 2
Rui Varela - 1
Ilegível - 1
9.3.4. As cartas são redactadas a partir de três locais distintos:
Santarém - 8
Lisboa - 7
Sintra - 2
95 Em 1482 Outubro. 05, nas Cortes de Évora - Viana foi constituída
uma "junta de definidores" cuja função era acompanhar os trabalhos do
"parlamento" em nome do Rei, para "debelar dúvidas e indicar
soluções"- esse grupo de trabalho era composto por seis elementos:
JOÃO GALVÃO, D. Pedro de Noronha, GONÇALO VASQUES de
CASTELO BRANCO, D. JOÃO LOPES de ALMEIDA, Dr. JOÃO
TEIXEIRA e FERNÃO de ALMEIDA266.

10. 267
10. 1. Do Conselho régio desde, pelo menos, 1462
268
12. Em 1479 emprestou 50.000 reais brancos ao Rei

263
Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João U...", in ob. cit., p. 231.
264
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 173.

Z ^ Í ^ ^ Ê ^ W - O*»** Po* — H U P , » , vol.


I,p. 153; vol. II, p. 156.
26f
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real. p. 200. miversidade
268
Maria José Pimenta Ferro Tavares, Os Judeus em Portugal no século XV, Lisboa, Universidade
Nova, 1982, vol. I,p. 181.

37
Catálogos Prosopográficos

Esteve presente na cerimónia de abertura das Cortes de Évora em


1480. Novembro. 12269.
Em 1479 emprestou 50.000 reais brancos ao Rei.
Em 1483 foi convocado a participar no julgamento do duque de
Bragança, na qualidade de Regedor da Casa do Cível .

13 Em 1464 Agosto. 24, na sequência do indulto outorgado aos


homiziados que serviram em Ceuta, recebe çerdão por ter morto um
fidalgo da casa real, de nome Duarte Cerveira .
Em 1468 Novembro, enquanto cavaleiro da casa do Iniante u.
Fernando, obtém perdão por, juntamente com outros cavaleiros e
escudeiros, terem imposto a conversão a um judeu, residente em
272

E n f i l a Junho é-lhe levantado degredo contra o pagamento de 100


reais brancos .

15 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 2,1 lv, 17v, 42, 46v, 59, 66, 66v, 67, 107v, 112v, 115v.
Livro 17, fis. 19, 19v, 20, 27v, 81v, 94, 94v.
Livro 22, fl. 3.

16 Rui de Pina, "Crónica de Afonso V", in Crónicas de Rui de Pina, ed.


de M. Lopes de Almeida, Porto, 1977, cap. CXC, p. 556-558; Livro de
Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Fana Lisboa,
1956 pp 39, 42, 209, 219, 278, 279, 281, 283; Gomes Eanes de
Zurara, Crónica do Conde D. Pedro de Meneses, ed. Mana Teresa
Brocardo, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian/JNICT, cap. VI, p.
200.

17 Cf • Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia..., dissert.


' de'mestrado, policop., pp. 145-151; Jorge de Faro Receitas e
Despesas da Fazenda Real de 1384 a 1481 (Subsídios documentais),
Lisboa, 1965, pp. 107, 200, 201, 265; Anselmo Braamcamp Freire,
Brasões da Sala de Sintra, L. II, pp. 172-173; Judite A^Gonçalves de
Freitas, Peemos por bem e mandamos..., vol. II, dissert, ûe
doutoramento, policop., pp. 106-113; A. de Sousa Silva Costa Lobo,
História da Sociedade em Portugal no Século XV, Lisboa, sd. pp.
142-143- Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João
II- o julgamento do Duque de Bragança", in Exilados, marginais e
de l on
contestatários na sociedade portuguesa medieval. Estudos Jf ^
Lisboa, Presença, 1989, pp. 228-232; Eugenia Peremi da Mota, Do
"Africano" ao "Príncipe Perfeito"... vol. II, pp. 75-80; Conde de
Tovar, "O Escrivão da Puridade", Estudos Históricos, Academia
Portuguesa de História, Lisboa, 1961, t. Ill, pp. 127-128.

269 Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "PríncipePerfeUo vol D,P- 80.


270 Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II... , m ob. et p. 231.
271
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol II^p. 113.
272
Maria José Pimenta Ferro Tavares, Os Judeus em Portugal no século XV, vol. I, p. 442.
273
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 57.

38
Catálogos Prosopográficos

8. JOÃO (RODRIGUES) GALVÃO

1.1. Nasceu em 1433274 e morreu em 1485, entre Julho. 27 e Agosto. 1Y


1.2. Entre 1464 e 1477276.

2.
2.1 Natural de Evoraz .
2.3. Está sepultado no Convento de Xabregas278.
2.4. Itália: Siena, Roma e Plasença .

3.
3.1.
3.1.1. Filho primogénito de Rui Galvão, natural de Évora e de D. Branca
Gonçalves, filha de um prior de Sintra; neto de João Fernandes, clérigo
de missa e mais tarde criado na Câmara de D. Duarte .
3.1.2. Teve os seguintes irmãos :
Duarte Galvão, que foi secretário de D. Afonso V em 1464;
Jorge Galvão;
Pedro Rodrigues Galvão;
D. Isabel Galvão, casada com Rui Mendes de Vasconcelos, em 1474;
Maria Rodrigues Galvão;
Filipa Rodrigues Galvão;
Pedro Rodrigues Vandarra ou Bandarra 81;
É sobrinho de João Gonçalves, de Arganil, que tinha emprestado a
quantia de 190.000 reais brancos ao monarca, em 1479 .
3.1.3. Vive assumidamente em concubinato com D. Guiomar .
3.2.
3.2.1. Em 1461. Julho. 17, Pedro Eanes, familiar do nosso biografado que
tinha estudado Direito Canónico durante cinco anos, recebe, por Bula
de Pio II, determinados direitos na sequência de benefícios que lhe
haviam sido anteriormente reservados .

274
José Marques, A Arquidiocese de Braga no século XV, Lisboa, INCM, 1988, p. 138.
275
Avelino de Jesus da Costa, " Galvão, João" in Dicionário de História de Portugal, vol. II, p. 323;
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 298.
276
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 78.
277
Avelino de Jesus da Costa, " Galvão, João" in D.H.P., vol. II, p. 323.
278
Avelino de Jesus da Costa, " Galvão, João" in D.H.P., vol. II, p. 323
279
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CLXXVIII, p. 833.
280
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira... pp. 814 e 817.
281
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CLXXXI, p.837; Duarte Nunes de Leão,
"Crónica, e vida Delrey Dom Affonso o V...", in Crónicas dos reis de Portugal..., cap. LIIII, p. 202.
282
Maria José Pimenta Ferro Tavares, Os Judeus em Portugal no século XV, vol. I, p. 181.
283
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 79.
284
Ch. U.P., vol. VI, pp. 207-208.

39
Catálogos Prosopográficos

Em 1464. Agosto. 13 é provido no ofício de Tabelião do Cível e Crime


na cidade de Coimbra e seu termo João Gonçalves, criado do "bispo de
Coimbra", por renúncia de Francisco Gonçalves .
Em 1464. Agosto. 15 é provido Escrivão do Mordomado de Coimbra
um seu criado, João Gonçalves, por renúncia de Francisco
Gonçalves286.
Em 1473. Agosto. 07, a pedido de Branca Gonçalves, mãe do nosso
biografado, Afonso Gonçalves, alfaiate, morador em Oliveira de
Frades, recebe privilégio em geral .
Em 1473. Novembro. 27, João Rabelo, escudeiro do Bispo de Coimbra
é nomeado Ouvidor, Inquiridor e Contador dos feitos e custas na
Comarca e Correição da Beira .
Em 1474 o cavaleiro fidalgo João Gonçalves recebe 850 reais de
moradia; mantém-se o mesmo valor em 1477 .
Em 1477. Março. 31, uma Bula de Sisto IV concede a Vasco Martins,
Doutor em Decretos e Bacharel formado em Teologia, tesoureiro de
Viseu, vigário geral do Bispo de Coimbra, a possibilidade de auferir os
Droventos e benefícios sem a obrigação de possuir residência pessoal
enquanto lesse num Estudo Geral .
Em 1490. Outubro. 02, Diogo Gonçalves cavaleiro, criado do
arcebispo de Braga D. João Galvão, morador em Coimbra, recebe carta
de perdão por ter colaborado na fuga de um Garcia Gomes, escudeiro
do dito arcebispo, acusado da morte de um João de Freitas. O supra
citado suplicante argumenta que fora o próprio Bispo de Coimbra o
• 291
mandante do crime .
3.2.2. Em 1451. Julho. 07, Vasco de Resende, repetidor de Lógica no Estudo
Geral de Lisboa, recebe licença para trazer "espada de ambas as mãos",
a seu pedido .
Em 1462. Agosto. 30, o meirinho de D. João Galvão, Rui de Oliveira,
foi preso na cadeia de Coimbra e tirado dela por homens do bispo .
Em 1464. Agosto. 25, Francisco Eanes é nomeado escrivão do
Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra294.
Em 1470. Julho, [Mandado] de Afonso Rodrigues do Bispo de
Coimbra295.
Em 1471. Outubro. 14, a pedido do nosso biografado, Alvar' Eanes
deixa de ser constrangido a ser besteiro do conto .
3.2.4. Em 1476. Março. 06 foi representado por Rui Vasques, assinalado
como "seo suficiente Procurador", cavaleiro, escrivão da puridade do
285
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 79.
286
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 79.
287
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um ano no Desembargo..., vol. II, p. 58.
288
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um ano no Desembargo..., vol. II, p. 58.
289
Jorge de Faro, "Livro das moradias da Casa do Senhor Rei D. Afonso V", in Receitas e Despesas
da Fazenda Real..., pp. 208-209.
290
Ch. UP., vol. VII, p. 420.
291
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, pp. 298-299.
292
Ch. UP., vol. V, p. 238.
293
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 166.
294
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 79.
295
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 68.
296
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fl. 63v.

40
Catálogos Prosopográficos

Rei D. Pedro de Aragão, na cerimónia de juramento^do Infante D.


Afonso (filho do Príncipe D. João) nas cortes de Lisboa .
Em 1482 D João Galvão, na qualidade de Bispo de Coimbra deveria
"dar" o juramento a D. João II nas Cortes de Évora e fazer juramento
pelos prelados e clerezia do reino e por si .

33
3Vi Rui Galvão, seu pai, foi Escrivão da Câmara de D. João I e de D.
Duarte. Foi Secretário deste monarca, assim como do seu filho, D.
Afonso V. Realizou várias missões diplomáticas a Castela. A
fidelidade ao Rei em Alfarrobeira valeu-lhe várias doações em nome
dos bons serviços prestados e a elevação j o estatuto de cavaleiro. Na
década de 1450 já fazia parte do Conselho .
3.3.2. Em 1451 é referido como João Rodrigues, filho de Rui Galvão, "nosso
criado".
Em 1462-1464 tem o título de "Dom".
Em 1471. Novembro. 25, João Galvão intitula-se Conde de Santa
Comba numa provisão da sua autoria .
Depois de D. Afonso Nogueira ter sido transferido para o Arcebispado
de Lisboa, foi provido no bispado de Coimbra "dom Joaõ Galuaõ (...)
que foi prelado de grandes merecimentos" .
Em 1472. Setembro. 25, D. Afonso V fez-lhe mercê do título de Conde
de Arganil para ele e para todos seus sucessores em nome dos seus
serviços, e em especial pelos que prestara na filhada de Arzila e
Tanger . 304
Tinha Armas303 e três selos pendentes próprios .
3 3 3 O seu irmão Duarte Galvão foi Cronista-mor, Secretário e Conselheiro
de D. João II. No reinado de D. Manuel, terá desempenhado missões
diplomáticas
3.3.4. Cunhado de João Rodrigues de Vasconcelos e Ribeiro;
Cunhado de Rui Mendes de Vasconcelos .

297
Conde de Tovar "O Escrivão da Puridade", in ob. cit., t. Ill, p. 131 citando Rev. de Hist., XI 136
« S o L e ope 0 sTchaves, Lt.ro de Apontamentos (1438-1489), Côd. 443 da Colecção Pombabna da
BNL, ed. Anitásia Mestrinho Salgado e Abílio José Salgado, Lisboa, I N C H 1984, pp. 110-113.
299
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira...pp. 814-817.
300
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 295 r«h«hr» PnMiracBes do
301
Pedro Álvares Nogueira, Livro das Vidas dos Bispos da Se de Coimbra, Counbra, Publicações do
Arauivo e Museu de Arte da Universidade de Coimbra, 1942, p. 168.
- Z e l m H r a a m c a m p Freire, Brasões..., L. III, p. 296; " (...) considerando nos os grandes muitos E
muulZmadlTseruicos a recebidos temos, E ao diante esperamos receber de DoniJoamgaluaobpo
7Coimbra do nosso Conselho, Etc. em especial em afilhada das nossas uilla E cidade darzila E
tangZem as partes dafrica onde nos mui grandemente E com m.ta diligencia E mui bem seruio )
aZemos Zpor hoZa E memoria Sua E da sua Linhagem (...) que daqui em diante pêra todo
Temp,TadZZIgualem da dignidade pontifical, aia E tenha dignidade de condado E que elle dito
bv!( )Etodos seus successores bpõs de Coimbra Seiaõ E se chamem E intitulem Condes da Villa
darzanile eUeemTspecial (...) E Jem de todas as Liberdadespreuilegios franquezaspreheminencias
Í Z Z E tigZal (...) Como por direito ou Custume os tem E délies uz~ao (...)oso«ros Condes dos
nossos reinos (...) ", in Pedro Alvares Nogueira, Livro das Vidas dos Bispos..., pp. 170-1/1.
303
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 296.
304
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 81.
305
Ruy d' Abreu Torres, "Galvão, Duarte", in D.H.P., vol. II, p. 323.
306
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 80.
41
Catálogos Prosopográficos

4.
4.3. Em 1471, o Bispo e prior de Santa Cruz de Coimbra apresenta queixa
contra João Rodrigues alemão, relojoeiro do Mosteiro da Batalha
porque "lhe dera um relógio a correger e que lho quebrara e lhe
minguava uma roda " .
4.5. Em 1485, entre 27 de Julho e 11 de Agosto, morreu "pobre e
obscuramente", apenas com o rendimento de uma igreja que ele
mesmo tinha anexado
4.6. Em 1472. Setembro. 25 é-lhe concedido, para si e para a sua linhagem,
assim como para a sua Igreja, além da dignidade pontifical, a dignidade
de condado. Ele e seus sucessores são intitulados Condes da vila de
Arganil, com todas as prerrogativas, liberdades, privilégios,
franquezas, preeminências, honras e insígnias de que gozam todos os
outros condes do Reino .
4.7. Em 1473. Janeiro. 03, todos os Bispos de Coimbra e condes de Arganil
passam a ter o privilégio de poder nomear o tabelião desse lugar .
4.8. Em 1451. Maio. 31 recebe, anualmente, 5.000 reais brancos de
mantimento do estudo, com efeitos retroactivos ao primeiro dia de
Janeiro desse ano .
Em 1468. Abril. 25 recebe assentamento anual de 150.000 reais
brancos, dos quais 125.000 são do seu assentamento, e o restante valor
(25.000) seria pelo ofício de Escrivão da Puridade, que a ele e seus
escrivães pertencia, "os quais nos praz que aja pelo rendimento e
direitos das sacas de nossos reinos" a partir do primeiro dia de Janeiro
j 312
desse ano.

5.
52 Contraiu amizade e manteve correspondência com Eneas Sílvio
T O

Piccolomini, prelado de Sena, futuro Pio II .

7. Em 1471 esteve presente nas conquistas de Arzila e Tânger com muita


gente à sua custa; diz-se que aí gastou muito dinheiro
Em 1475 está ao lado do monarca nas guerras castelhanas com um
"importante contingente militar que ele próprio levantara" ' . De
Plasença é enviado para Portugal, para estar por fronteiro de Castela e

307
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 81.
308
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 298.
309
Pedro Álvares Nogueira, Livro das Vidas dos Bispos..., p. 171.
310
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um ano no Desembargo..., vol. II, p. 59.
311
Ch. U.P., vol. V, p. 232, onde é mencionado como João Rodrigues da Costa, filho de Rui Galvão;
Cf. Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 817.
312
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 295; Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade",
in Estudos Históricos, t. III, p. 131.
313
Avelino de Jesus da Costa, " Galvão, João" in D.H.P., vol. II, p. 323.
314
Pedro Álvares Nogueira, Livro das Vidas dos Bispos..., p. 170.
315
Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", in ob. cit., t. IH, p. 56.

42
Catálogos Prosopográficos

acudir quando lhe parecesse necessário. Acompanha o príncipe D. João


até Toro e participa na peleja .

8 Em 1483 Maio, D. Pedro de Meneses, conde de Vila Real e D. João


Galvão foram procuradores de D. João II "para lhes ser entregue o
príncipe da mão da Infanta D. Beatriz " .

91 Em 1472 Agosto. 18 recebe ofício de Vedor-mor das Obras e Alcaide-


mor das sacas das Comarcas da Beira e de Riba Côa, por óbito do
anterior titular, Diogo Soares de Albergaria .
No ano de 1475, estando o monarca D. Afonso V em Plasença, fez
(...) tornar Dom Joam Galvam Bispo de Coymbra com sua gente, por
fronteiro da Comarca da Beira " .
9.2. Em 1464 é nomeado Escrivão da Puridade e Vedor das Obras de D.
AfonsoV . - , _. j
Em 1478. Janeiro. 28, o efectivo titular destes ofícios, Nuno Martins da
Silveira [o Moço], que se achava nomeado desde 1464, toma posse.
Em 1483. Julho. 23 é provido no cargo de Vedor-mor das obras sacas
321
e resíduos do reino .
93
9V1 Subscreve 7 diplomas na qualidade de Escrivão da Puridade,
acumulando, em 3 cartas, com o ofício de Vedor das Obras.
Enquadram-se dentro dos seguintes tipos os diplomas encontrados:
Privilégio (em geral) - 2
Aposentação - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Licença para ter subalterno - 1
Privilégio comportando escusa de determinações gerais -1
Segurança a mercadores - 1
9.3.3. Colaboram com o nosso biografado os seguintes escrivães:
Afonso Garcês - 2
Afonso Rodrigues - 1
Antão Gonçalves - 1
Cristóvão de Bairros - 1
Diogo Lopes - 1
Pedro Lourenço - 1
9.3.4. As cartas são redactadas a partir do seguinte local:
Lisboa-7 ... „
95 Em 1473 Março. 20 é publicada a lei do "acrescentamento das libras
no Mosteiro de S. Francisco de Évora, que tinha sido aprovada em

316
Pedro Álvares Nogueira, Livro das Vidas dos Bispos..., pp. 1 7 5 " 1 7 ^-
317
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., pp. 99,100 e 102.
318
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, pp. 295-296
319
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CLXXVIII, p. 833.
320
Pnnde de Tovar "O Escrivão da Puridade", in ob. cit., t. Ill, pp. 127 e 129.
- S s e L o B r a l c a S p Freire, Brasões..., L. Ill, p. 297; Conde de Tovar, "O Escnvâo da Pundade ,
mob. cit., t. III, pp. 127-130.
43
Catálogos Prosopográficos

1473. Março. 13. Enquanto presidente da reunião, D. João Galvão


assumiu o papel de "divulgador da lei" perante os procuradores dos
fidalgos e dos concelhos, convocados para o efeito .
Em 1482. Outubro. 05, nas Cortes de Évora - Viana foi constituída
uma "junta de definidores" cuja função era acompanhar os trabalhos do
"parlamento" em nome do Rei, para "debelar dúvidas e indicar
soluções"; esse grupo de trabalho era composto por seis elementos:
JOÃO GALVÃO, D. Pedro de Noronha, GONÇALO VASQUES de
CASTELO BRANCO, D. JOÃO LOPES de ALMEIDA, Dr. JOÃO
TEIXEIRA e FERNÃO de ALMEIDA323.

10.
10.1. Pelo menos desde 1464. Outubro. 16 é membro do Conselho régio,
com 31 anos de idade .
10.2. Apresenta conselho sobre o testamento de D. Afonso V; a sua visão é
39S
coincidente com a do Marechal .
'VJfs
Apresenta conselho sobre as menagens .

327
11. Clérigo de ordens menores .
398
Em 1448 entra no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra .
Em 1451. Julho. 07 é Cónego de Coimbra e abade das Igrejas de S.
Gião de Azurara e de S. Martinho de Pindo329.
Em 1451. Outubro. 25 foi para Itália por ordem de D. Afonso V. Era
então Capelão da princesa D. Leonor33 .
Em 1459. Abril. 24 tornou-se prior do mosteiro de Santa Cruz de
Coimbra331.
Em 1459. Setembro. 17, aos 26 anos de idade, é eleito bispo
administrador da diocese de Ceuta332, vagando, por este motivo, o
arcediagado de Penela333. Nesta mesma data uma bula papal transfere-
o da Sé de Ceuta para a Sé de Coimbra334.
Em 1461. Maio. 21, Pio XII ordena-o núncio em Portugal, outorgando-
lhe poderes de delegado a letere, para que cobrasse durante três anos a
décima parte das rendas eclesiásticas destinada à guerra contra o
Turco335.
Em 1462, por transferência do anterior prelado, D. Afonso Nogueira,
para o Arcebispado de Lisboa, foi nomeado Bispo de Coimbra, onde
permanece até 1482. Em 1483. Junho. 02, já outro prelado, D. Jorge de
322
Armindo de Sousa, As Cortes Medievais Portuguesas..., vol. I, pp. 398-399.
323
Armindo de Sousa, As Cortes Medievais Portuguesas..., vol. I, p. 153; vol. II, p. 156.
324
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 83.
325
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., pp. 75-76.
326
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., pp. 125-126 e 133-134.
327
José Marques, A Arquidiocese de Braga no século XV, p. 138.
328
Avelino de Jesus da Costa, " Galvão, João" in D.H.P., vol. II, p. 323.
329
Ch. U.P., vol. V, p. 238.
330
Avelino de Jesus da Costa, " Galvão, João" in D.H.P., vol. II, p. 323.
331
Pedro Álvares Nogueira, Livro das Vidas dos Bispos..., p. 168.
332
José Marques, A Arquidiocese de Braga no séculoXV, p. 138.
333
CA. U.P., \ol VI, p. 121.
334
Ch. U.P., vol. VI, p. 133; José Marques, A Arquidiocese de Braga no século XV, p. 138.
335
Helena M. Matos Monteiro, ^4 Chancelaria régia..., vol. II, p. 84.

44
Catálogos Prosopográficos

Almeida, filho de LOPO de ALMEIDA, ocupava a sede


conimbricense .
Em 1462. Março. 16 foi-lhe intimada a apelação para Roma pela
Clerezia de Braga, Porto e Coimbra337.
Em 1462. Agosto. 27 é suspensa a legacia cometida a D. João Galvão
por bula de Pio II em virtude da resistência da Clerezia portuguesa,
coordenada por D. Fernando da Guerra .
Em 1476. Maio. 13 é comendatário do Mosteiro de Santa Cruz de
Coimbra3 .
Em 1483. Maio. 25 já estava eleito arcebispo de Braga. Contudo, numa
bula de 1484. Fevereiro. 06, Sisto IV citou o ex-bispo de Coimbra
perante a Santa Sé, por ter tomado conta do arcebispado de Braga sem
esperar as letras de transladação, e por conspirar com os ministros de
D. João II contra as imunidades eclesiásticas. Declara ainda que já
tinha as letras prontas mas mandou arrancar o selo por considerar o
bispo indigno da mercê que lhe ia ser feita .
Assim a bula de confirmação do arcebispado é substituída pelos
breves' Maxima ajfficimur, em 1483. Maio. 25, e Saepe numero em
1484 Fevereiro. 06 a censurar a sua maneira de agir e a ameaça-lo de
destituição. Mais uma vez a bula pretendida não lhe é concedida por
Inocêncio VIII, em 1484. Agosto. 29341.

12 Em 1462 foi nomeado pelo monarca para prior de Santa Cruz de


Coimbra D. João de Noronha, filho de D. Pedro de Meneses, 3o Conde
de Vila Real. Em virtude deste prelado ser muito novo e possuir apenas
ordens menores vai gerar alguns protestos por parte de outros cónegos.
A apoiar esta causa está João Galvão, legado do Papa Pio II. A questão
acaba por ser levada diante da cúria uma vez que o monarca se opôs
aos protestos; a sentença do Bispo recebe confirmação papal ao ser por
este ordenada a eleição do prior. A D. Afonso V é dito "que se
» ~ » 342
conformasse com a solução
Em 1462 Janeiro. 15, D. Afonso V lança a primeira pedra para a
construção do Mosteiro de Jesus de Aveiro; a benzer a cerimónia
encontramos D. João Galvão .
Em 1482. Fevereiro, à entrada da Quaresma, teve D. João Galvão,
Arcebispo de Braga, uma contenda com D. João, marquês de
Montemor por este se escusar em lhe conceder para aposentadoria
umas casas de um seu criado. Após ser injuriado publicamente, o
Arcebispo apresenta queixa ao Rei e o caso é levado à Corte. Sao
chamados a analisar o caso os membros do Conselho e "Leterados sem
sospeita". O resultado é o degredo do marquês da vila de Montemor,
336
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 297; Pedro Álvares Nogueira, Livro das Vidas
dos Bispos...,p. 168.
337
José Marques, A Arquidiocese de Braga no século XV, p. 140.
338
José Marques, A Arquidiocese de Braga no século XV, pp. 137-144.
339
Ch. U.P., vol. VII, p. 358.
340
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 298.
341
Helena M. Matos Monteiro, AChancelaria régia..., vol. II, p. 84 n. 527.
342
Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, ed. Damião Peres, Porto, 1967-1971, vol. 11,
p. 501. , .„ .,
343
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria regia..., vol. 11, p. 84.

45
Catálogos Prosopográficos

ao qual reagiu escrevendo "hua instruçam muito desonesta, e de


Capitolos muy falsos, e muy defamatorios da vida, honra, e Estado d
EIRey (...)

13 Um conflito opôs D. João Galvão e gente da sua casa a D. Afonso de


Vasconcelos (Conde de Penela e Regedor da Casa do Cível) e ao seu
ouvidor O Bispo de Coimbra conseguira que o Rei considerasse o
adiantado "suspeito" nos pleitos em que ele próprio e os seus
constituíssem uma das partes. Perante tal concessão, o Conde de
Penela defende-se argumentando que a decisão regia levanta, por
vezes, problemas de interpretação, ao que o monarca determina:
1 - em todos os lugares em que a jurisdição ofereça dúvidas, o Conde e
os seus ouvidores devem tomar conhecimento dos pleitos segundo o
respectivo regimento, "nom embargante a sospeyçom quepasey \2- o
Rei especifica, a pedido do Conde, quem pode invocar a suspeição ; 3
- ao argumento do Conde de que a correição era necessária em virtude
da "suspeição" poder ser invocada por muitos e por magistrados
influentes, o Rei responde que em se tratando de assuntos particulares,
quem tiver direito a desqualificar o Conde por "suspeito , pode faze-lo.
Contudo se é matéria de exercício do cargo, ninguém pode reclamar
"suspeições", por mais próximo do Bispo que seja; 4 - à pergunta do
Conde em como deve agir na eventual necessidade de prender alguns
"do dito Bispo", daqueles que o podem recusar para juiz, o Kei
determina que os prenda mas que remeta imediatamente o preso e o
respectivo processo para outras instâncias da justiça .
Em 1483 Outubro. 15 D. João Galvão informou o cabido bracarense
aue por falta de dinheiro, não poderia prover às despesas com as letras
apostólicas de confirmação, tendo, para o efeito, pedido um
empréstimo, abonado por alvará régio. Os cónegos emprestatam-lhe,
na forma de alvará, o montante das rendas do arcebispado de 1482-
1483; tratavam-se de rendas caídas que ainda não lhe pertenciam, pois
ainda não eram dele as letras apostólicas .
Em 1483 Outubro. 23, para obviar à necessidade supramencionada, D.
João Galvão conseguiu um empréstimo no valor de 30.000 reais
brancos da colegiada de Guimarães .

14 Em 1478. Janeiro. 09, no Regimento para Nuno Martins da Silveira


que então assumia os ofícios de Escrivão da Puridade e de Vedor-mor
das Obras (por morte do seu pai), é mencionada a outorga de uma carta
a D João Galvão, enquanto titular da Escrivaninha da Puridade, na
qual se dizia "que nenhuma carta nem alvará, não passassem sem
serem referendadas por o Escrivão da Puridade, nem algum délies
tiuesse Escrivão outro, ou pudesse escrever na camera salvo por si
mesmo e que qualquer que em cada huma destas coisas passar o que
assi por nós era mandado e ordenado, pagasse mil reais de pena, e

344
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., cap VI, pp. 903-904.
345
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II PP-113-1 ^
346
Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal vo . II, p. 500.
347
Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, vol. II, p. 500.

46
Catálogos Prosopográficos

one o Escrivão da Puridade ouvesse a metade do dinheiro que a cada


hum dos seus ditos Escrivães em sua Escriptura montasse (...) . bra
ainda dito que todas as cartas de privilégio deviam passar com o
"assinado" do Escrivão da Puridade e com o passe real, ou passassem
por ementa, excepto as cartas de mercête castelo, terra ou jurisdição
que deviam passar com o "sinal grande» .

15. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16,1120.
Livro 21, fis. 12v, 25, 63v.
Livro 22, fis. 34v, 52v, 63v.

16 Rui de Pina, "Crónica de Afonso V", in Crónicas de Rui de Pina,


16
- ï L u r o s da Literatura e da História, ed. de, M í o p e s de^Almeida,
Porto 1977, cap. CLXXVIII, p. 833 e cap. CLXXXI p. 837, Rui de
Pina, "Crónica de D. João II", in Crónicas de Rui de Pina, cap. VI, p.
903-904;

17 Cf • Avelino Jesus da Costa, "Galvão, João", in D.H.P., vol. Ill p. 99;


Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-
medievo (1459-1481), dissert, de doutoramento, policop Porto 1993
vol II P 113-115; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano
do 'Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, policop., Porto,
2001 voT H pp 57-64; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria
Régia e os seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop.,
Porto 1997, vol. H, pp. 78-86; Pedro Alvares Nogueira Liwo das
Us dos Bispos da Sé de Coimbra, Coimbra, Publicaçõesdo Arquivo
e Museu de Arte da Universidade de Coimbra, 1942, pp. 168,170-171,
175,178.

348
Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", in ob. cit., t. Ill, pp. 167-169.

47
Catálogos Prosopográficos

9. JOÃO LOPES (de) ALMEIDA

M 1512 Outubro. 09 é a data provável da sua morte e a que se encontra


no seu epitatio .
12 Em 1475 Maio. 08 foi nomeado Vedor da Fazenda, sucedendo, deste
modo a seu pai, que renunciou ao cargo para o efeito. Deixou de
exercer o mencionado cargo assim que D. Manuel subiu ao trono. Por
carta de 1495 Novembro. 18, este soberano concedeu-lhe licença para
ter ouvidor seu em Abrantes; nesta missiva já não aparece com o título
de Vedor da Fazenda .

2.
2.1. Abrantes.
2.3. Encontra-se sepultado na igreja de Santa Maria do Castelo de
Abrantes .

3.

3ti É filho primogénito de LOPO de ALMEIDA352, I o Conde de Abrantes


(investido em 1476. Junho. 13)353, e de Beatriz da Silva, donzela da
casa do rei, filha de Pedro Gonçalves Malafaia, rico-homem, Vedor da
Fazenda de D. João I e de D. Duarte, embaixador em Castela e de
Isabel Gomes da Silva, filha legitimada de João Gomes da Silva,
Copeiro-mor, e I o senhor de Vagos354.
Seu pai foi ainda Cavaleiro da casa real desde, pelo menos 1442 Foi
Alcaide-mor de Abrantes, Punhete e Torres Novas; senhor do Sardoal,
Mação e Amêndoa. Tornou-se senhor de Abrantes em 1471.
Novembro. 08 . . .
A sua mãe é a Condessa de Abrantes D. Beatriz da Silva, que; foi aiate
camareira mor da Excelente Senhora D. Joana, segunda mulher de D.
Afonso V .
3 1.2. Teve os irmãos que se seguem:
D Diogo Fernandes de Almeida, cavaleiro da ordem de S. João de
Rodes, tendo chegado a prior do Crato. Por este elemento vem os
Lavradios e os Alornas;
D. Pedro da Silva, Comendador mor da Ordem de Avis;

11 Anselmo Braamcamp Freire, Brasões L. II, p. 355. ^ n a m e n t e nos anos


350
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II p. 354. rorem, aeiemo carg
de 1465 (cf. Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria regia..., vol II PP-87-91) * de l«.
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo..., vol. II, p. 65).
351
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 356.
352
Cf Catálogo Prosopográfico n° 12, pp. 65-77.
353
ilro de Lhagen.s do séculoXVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Fre.re Brasões L. II, p. 351.
- LZO de Linhagens do século XVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Fre.re, Brasões..., L. II, P . 353,
Judite A. Gonçalves de Freitas, A Burocracia do "Eloquente ..., p. 207.
355
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 351.
356
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 353.
48
Catálogos Prosopográficos

D. Jorge de Almeida, bispo de Coimbra e 2o Conde de Arganil;


D. Fernando de Almeida, bispo eleito de Ceuta;
D Francisco de Almeida, primeiro vice-rei da índia;
D Afonso de Almeida, que morreu moço, com a idade de 17 anos;
D! Isabel da Silva, condessa de Penela, mulher do primeiro conde de
Penela D. Afonso de Vasconcelos e Meneses . 3jg
D. Catarina da Silva, professora do Mosteiro de Jesus de Aveiro .
3 1 3 Em 1467 casou com D. Inês de Noronha (o seu contrato de casamento
data de 23 de Março), irmã de D. Isabel, marquesa de Montemor,
ambas filhas do arcebispo de Lisboa, D. Pedro de Noronha .
3 1 4 Teve os seguintes filhos: .
o
' ' Lopo de Almeida, primogénito, 3 Conde de Abrantes por carta regia
de 1513. Janeiro. 07360.
Pedro de Almeida, que morreu solteiro a caminho da Índia,
Bernardino de Almeida; ^
António de Almeida, Contador-mor ;
Cristóvão de Almeida;
Um que foi frade de São Francisco da Observância, e na ordem se
chamou frei Bernardino;
Joana de Noronha, primeira mulher de D. Diogo Lobo, barão de

Leonor de Noronha, mulher de D. Álvaro de Castro, governador da


Casa do Cível; . . í0
Isabel de Noronha, primeira mulher de D. Francisco de Lima, 3
visconde de Ponte de Lima e de Vila Nova de Cerveira;
E outras que são freiras;
E teve como filhos bastardos: Garcia de Almeida e Estevão de
Almeida .
32 • •
3.2.1. Em 1480. Fevereiro. 21 nomeou escrivão das sisas da távola da ribeira
de Santarém um seu escudeiro .
Em 1481. Março. 22 é nomeado outro escudeiro seu como procurador
do número da vila de Santarém .

33.1. O seu pai, LOPO de ALMEIDA, foi Vedor da Fazenda do Rei D.


Afonso V. Foi Cavaleiro da casa real.
Foi Alcaide-mor de Abrantes, Punhete e Torres Novas; senhor do
Sardoal, Mação e Amêndoa. Tornou-se senhor de Abrantes em 1471.
Novembro. 08.

357 Livro de Linhagem do s^hXVl, P- 286; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. 353-
354.
358
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol II, p. 156.
359
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 354. e L. III, p. 338.
360
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 358.
361
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 357.
362
Livro de Linhagens do século XVI, p.286.
363
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito vo\ II p j $ z
364
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, pp. 82-83.

49
Catálogos Prosopográficos

Em 1476. Junho. 13, foi feito primeiro conde de Abrantes365, dando


origem a esta nova casa.
3 32 Em 1465 é mencionado como Fidalgo Casa real .
Em 1469 aparece como Cavaleiro Fidalgo da Casa Real a usufruir de
2.750 reais de moradia . .
Em 1486. Fevereiro. 06 encontramo-lo já Conde de Abrantes, a autenr
102.864 reais de assentamento de conde .
3 3 3 Irmão de D. Diogo Fernandes de Almeida, Cavaleiro da Ordem de S.
João de Rodes, prior do Crato, Monteiro-mor de D. João II, do
Conselho ; , . .
Irmão de D. Pedro da Silva, Comendador mor da Ordem de Avis,
embaixador a Roma; t , , ,,8,
Irmão de D. Jorge de Almeida, bispo de Coimbra desde 1483,
sucedendo a JOÃO GALVÃO, 2° Conde de Arganil. Emi 1466.
Janeiro. 20 recebeu uma bolsa de estudo anual no valor de 7.200 reais
brancos, com efeitos ao dia 1 de Janeiro desse ano3 . Entre 1473-1478
frequentou Direito Civil e Direito Canónico na Universidade de
Pisa371 Eml536éInquisidor-mor 372 . .
Irmão de D. Fernando de Almeida, bispo eleito de Ceuta e nuncio
papal em França; . ,
Irmão de D. Francisco de Almeida, primeiro vice-rei da Índia;
Irmão de D. Isabel da Silva, condessa de Penela^ mulher do I o Conde
de Penela, D. Afonso de Vasconcelos e Meneses .
Irmão de Catarina da Silva, professora do Mosteiro de Jesus de
A • 374
Aveiro .
3 3 4 É sogro de D. Diogo Lobo, barão de Alvito.
É sogro de D. Francisco de Lima, 3 o visconde de Ponte de Lima e de
Vila Nova de Cerveira375.
É genro de D. Pedro de Noronha, Arcebispo de Lisboa.
É cunhado de D. João (casado com D. Isabel de Noronha, irmã da?sua
mulher) que foi Condestável de Portugal e Marquês de Montemor
É cunhado de D. Afonso de Vasconcelos e Meneses, I o Conde de
Penela377
É cunhado de Lopo de Albuquerque, I o Conde de Penamacor, casado
com D. Isabel de Noronha.
365
Livro de Linhagens do século XVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L.II, p. 351.
366
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 88.
367
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 204.
368
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 355 e L. III, p. 337.
369
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. 353 e 361.

" ' n^Ùotltxo Moreno, "Um Aspecto da Política Cultural de D. Afonso V: a concessão de
boIsaHe e s ^ T s e p ^ da Revista de Ciências do Homem da Universidade de Lourenço Marques,
vol. ffl, série A, 1970, p. 25. „
372
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo vol. II, p. 66.
373
Livro de Linhagens do século XVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Fre,re, Brasões..., L.II, pp. 353-
374
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 156.
375
Livro de Linhagens do século XVI, p. 286.
376
Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 7.
377
Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 286.

50
Catálogos Prosopográficos

É cunhado de D . Rodrigo de Noronha, irmão da sua esposa por parte


de pai, bispo de Lamego, protector da Universidade, Regedor da Casa
da Suplicação, Capelão-mor e confessor do Rei .
3 3 5 Em 1513. Janeiro. 07 o filho primogénito, Lopo de Almeida, herdou a
' casa do pai e foi 3 o Conde de Abrantes. Veio a casar com D. Mana de
Vilhena, filha dos l°s Condes de Tarouca. ^
D Bernardino de Almeida é fidalgo da Casa real .
D*. António de Almeida foi Contador-mor, Alcaide-mor de Abrantes e
senhor do Sardoal .

4.
Em 1480 Janeiro. 04 uma carta de D. Afonso V fez-lhe mercê do titulo
4.1
de Conde de Abrantes para quando o seu pai falecer, com todos os
direitos, rendas, datas de oficia que o conde tinha. Obtém confirmação
desta carta em 1484. Abril. 08382.
Em 1494 Março. 01 recebe confirmação da doação da vila de
Abrantes, com todos os seus termos e jurisdição cível e crime com
excepção da correição e alçadas, sendo determinado que nao pode ter
ouvidor. Recebe o título de senhor da vila de Abrantes .
4.2. Em 1467. Março. 23 recebe contrato de casamento .
4 <5 Por carta de 1500. Janeiro. 31 é estabelecido que passaria a receber, a
partir do primeiro dia desse mês, a tença de 40.000 reais que pertencia
à sua mãe, e que, a seu pedido, fora transferida p a n o filho .
Em 1496 recebe as rendas da judiaria de Abrantes .
46 Em 1494 Março. 01 é-lhe confirmada a doação da vila de Abrantes
compreendendo a jurisdição cível e crime com ressalva dat correição e
alçadas, mandando-se que não tenha ouvidor. E-lhe concedido o titulo
de senhor da vila de Abrantes .
Em 1473 Fevereiro. 04 a sua mulher, Inês de Noronha, recebe doação
de bens "se asy he" de um Jordão Vasques, morador em Abrantes que
se finou sem herdeiros .
47 Um diploma de 1464. Junho. 03 isentava o seu pai do pagamento do
juro do" quarto pago à coroa pela várzea de Abrantes; t a l ■ ! £ * # £
foi extensível ao nosso biografado, com confirmação em 1482. Março.
II 389 .

378
Eliana G o n ç a l v e l t t o ^ e ^ a , 1473 - Um Ânodo Desembargo..., vol. II, p. 67.
379
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 358^
380
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. J5&-33 /■
381
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 357.
382
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões... L. II p. 355.
383
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II,p. 84.
384
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II p. 35£
385
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, pp. 321-3Z/.
3
- Maria José Pimenta Ferro Tavares, Os Judeus ern ^ ^ ^ u t u *'
387
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao Príncipe Perfeito ..., vol JŒ, p. 84
388
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 67.
389
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, pp. 318-3IV.

51
Catálogos Prosopográficos

Por carta de 1495. Novembro. 18 o Rei D. Manuel concedeu-lhe


licença para ter ouvidor seu em Abrantes .
Em 1496 Janeiro. 11 é-lhe concedida licença para comprar bens ate ao
valor de 120.000 reais para a capela que a condessa, sua mulher ja
falecida, instituíra pelo seu testamento na igreja de Santa Mana do
391
Castelo de Abrantes
48 Em 1469, na qualidade de Cavaleirofidalgo,recebe a quantia de 2.750
• 392
Em 1474 recebe a moradia de 4.286 reais, enquanto Cavaleiro do
Conselho, quantia que se mantém em 1477, e é aumentada para 4.572

Em?4751 Outubro. 19, recebe umatença anual de 30.000 reais brancos


«até lhe dar outra coisa em renda" .
Em 486. Fevereiro. 06 já gozava do título de T Conde de Abrantes
q L d o lhe é passada carta de 102.864 reais brancos ^assentamento
de conde, a contar do primeiro dia de Janeiro desse ano .

7 Participou nas campanhas africanas (1471) e combateu em Castela


(1475)5%.

92 Em 1465. Fevereiro. 25 "... tem carrego de desempenhar os feitos da


fazenda real por LOPO de ALMEIDA, seu pai " .
Em 1471 Julho. 14 tem o cargo de Vedor da Fazenda por LOPO de
ALMEIDA, seu pai398. O mesmo sucede em 1471. Dezembro. 16
Em 1475. Maio. 08, por renúncia ao cargo por parte do s e u ^ J m
nomeado Vedor da Fazenda400. Obtémœnfirmaçao em 1484. Abril.
08401. Em 1495 deixa de exercer o cargo .

9 31 Para o ano em apreço, subscreve 4 diplomas, isoladamente, enquanto


' ' ' Vedor da Fazenda, hiscxcm-sc os diplomas nos seguintes tipos:
Doação de bens e direitos - 3 (todas de "se asy he")
Provimento de ofício - 1
9.3.3. Colaboram com ele os seguintes escrivães:
Fernão de Espanha - 2
João André - 2
390
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 354.
391
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, p^33».
392
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real p. 204.
393
Jorge deFaro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., PP-200-201.
™ £ £ £ Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, pp. 83-84.
393
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II p. 355.
396
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Princtpe Perfeito vol. II, p. 84.
397
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria regia., vol. II, p. 90.
398
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fis. 122v-123,140v.
399
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 17, fl. lOOv.
400
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 354.
401
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões L. I , P- 3 5 £ j escolhe 0 exercício do
402
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. 11, pp. iw m, u- i«auu r
c a r g T c l Ï Ï S ï ï E 2 ? barao de Alvito e D. Martinho Vasques de Castelo Branco.
52
Catálogos Prosopográficos

9.3.4. Lisboa-4
95 Em 1482 Outubro. 05, nas Cortes de Évora - Viana foi constituída
uma "junta de definidores" cuja função era acompanhar os trabalhos do
"parlamento" em nome do Rei, para "debelar dúvidas e indicar
soluções"- esse grupo de trabalho era composto por seis elementos:
JOÃO GALVÃO, D. Pedro de Noronha, GONÇALO VASQUES de
CASTELO BRANCO, D. JOÃO LOPES de ALMEIDA, Dr. JOÃO
TEDŒIRA e FERNÃO de ALMEIDA403.

10. . j . 404
10.1. Pelo menos desde 1474, com 4.286 reais de moradia .

12 Em 1491 logo após a morte do príncipe D. Afonso, o monarca quis


tirar o seu filho D. Jorge do paço, tendo-o entregue à guarda do nosso
biografado . _ T s
Foi um dos que carregou o ataúde que transportava o corpo de D. João
II aquando da sua trasladação da Sé de Silves para a igreja da
Batalha406.
13. Em 1479, a carta de quitação a Pêro Estaco dá-o como credor de um
empréstimo que fizera no valor de 40.000 reais .
Organizou uma festa no rio, com barcos e mésicos "o que pareceu mm
, „ 408
bem
15 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:
Livro 16, fis. 122v, 123,140v.
Livro 17, fis. 60v, lOOv.

16 Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Faria,


Lisboa 1956 PP. 7, 286; Rui de Pina, "Crónica de D. João II , m
Crónicas de Rui de Pina, Tesouros da Literatura e da História, ed. de
M. Lopes de Almeida, Porto, 1977, cap. LI, p. 988.

17 Cf • Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real.., pp. 200-


201 204 e 263; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no
Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, vol. II, pp. 65-69;
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, L. II, pp.ii 1-
358 361 e L III, p. 318-319, 321-322, 337-338; Helena Mana Matos
Monteiro, A Chancelaria régia..., dissert, de mestrado, pohcop., vol.
II, pp. 87-91; Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe
Perfeito"..., vol. II, dissert, de mestrado, policop., pp. 82-85.

403
Armindo de Sousa, As Cortes Medievais Portuguesas..., vol. I p. 153; vol. II, p. 156.
404
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 200.
405
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., cap. LI, p. 988^
406
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 91.
407
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p 263
408
Garcia de Resende, Crónica de D. João II e Miscelâma, rermpr. da ed. de 1798, Lisboa, INCM, cap.
CXXXI, p. 190.
53
Catálogos Prosopográficos

10. JOÃO SOARES (de) CASTELO BRANCO409

1.
1.2. ...1471.

3.
3.1.
3*1*1. É filho de Nuno Vasques de Castelo Branco e de Isabel de Ataíde, filha
de João de Ataíde, senhor de Penacova.
O seu avô, Martim [Lopo] Vaz de Castelo Branco foi, em tempos de D.
João I, muito honrado fidalgo, tendo sido seu Monteiro-mor e Alcaide-
mor de Moura
É s o b r i Z de GONÇALO VASQUES de CASTELO BRANCO.
3.1.2. É talão de LOPO VASQUES de CASTELO BRANCO, de alcunha o
Torrão
É irmão de D. Pedro de Castelo Branco.
3.1.3. Casou com uma filha de Afonso Vasques de Brito, caçador de D .
Afonso V
3.1.4. Teve uma filha, D . Maria, casada com Fernão Cabral, Alcaide mor de
Belmonte, senhor da terra de Zurara .

3.3.
O seu avô, Martim [Lopo] Vaz de Castelo Branco foi Monteiro-mor de
3.3.1.
D João I e Alcaide-mor de Moura. O seu pai herdou o ofício avoengo:
foi Monteiro-mor de D . Afonso V e igualmente Alcaide-mor de
Moura414. Foi ainda Cavaleiro-fidalgo da casa do Infante D . D uarte e,
mais tarde, da casa do Rei D . Duarte e D. Afonso V415. Participou na
conquista de Ceuta, em 1415, sendo aí armado cavaleiro pelo Infante
D.Duarte416.
i417
3.3.2. E fidalgo da Casa real . 418
Em 1471 exerce interinamente o cargo de Monteiro-mor .
Foi Alcaide-mor de Castelo Branco .
™ D enaramo-nos com algu"mí"""d7ficuldadeS em identificar com absoluto rigor o nosso biografado^ O
Deparamo-nos com aigu.»^ Wvktência de referências à sua pessoa na bibliografia

zï^ï^z£*z
seja, no reinado seguinte.
■** ™ toç6es a ° -* de D-,oao "■ou
410
Livro de Linhagens do século XVI, pp. 278-279.
411
Cf. Catálogo prosopográfico n° 13, pp. 78-81.
412
Livro de Linhagens do século XVI, p. 280.
413
Livro de Linhagens do século XVI, p. 280.
414
Livro de Linhagens do século XVI, p. 278.
415
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vo . I, p. 210.
416
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. lu..
417
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 16, fl. 80.
418
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 16, fl. 80.
419
Livro de Linhagens do século XVI, p. 280.
54
Catálogos Prosopográficos

3 3 3 Em 1464 o seu irmão, LOPO VASQUES de CASTELO BRANCO e


' ' " fidalgo da Casa real420. No período abordado por Judite de Freitas
surge como Escudeiro da Casa Reaf21. Tem por alcunha o
„, » ,,422
Torrão . .„ ,„ , . j . , , 424
Tal como o pai foi Alcaide-mor de Moura423. Foi Cavaleiro-fidalgo .
Em 1478, intitulou-se Conde de Moura4 .

9.
9.2. Em 1471 "tem o cargo^or LOPO VASQUES de CASTELO BRANCO,
nosso Monteiro-mor" .

9.33
Q
9.3.1. No ano em apreço, redacta apenas uma carta na qualidade de
Monteiro-mor, que inserimos no seguinte tipo:
Aposentação - 1
9.3.3. Pedro de Olivença - 1
9.3.4. Santarém-1
14 Sume-nos um João Soares, filho do vedor, a auferir uma moradia no
valor de 172 reais em 1477 e 622 reais em 1479 e 1481, com o estatuto
de moço fidalgo427. No entanto, na família dos Castelo Branco,
encontramos como Vedor da Fazenda D. Martinho de Castelo Branco,
filho de GONÇALO VASQUES de CASTELO BRANCO, Escrivão
da Puridade e Almotacé mor de D. Afonso V. Mas D. Martinho era
Vedor da Fazenda de D. João II e de D. Manuel, pelo que nos parece
altamente improvável que um dos seus filhos, de nome João, seja o
nosso biografado.

15. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fl. 80.

16 Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Faria,


Lisboa, 1956, pp. 278-280.

17 Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A


burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460), vol. II, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. it>y,
210,212.

420
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol II, p. 106.
421
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Il, p. 16*.
422
Livro de Linhagens do século XVI, p. 279.
423
Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 279.
424
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 204.
425
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 220.

" 5ÏÏE ££&£ * — * c- * ^Rei D- A t a s ° ° v "' taReceius 'Dap'sm


da Fazenda Real..., pp. 219 e 220.
55
Catálogos Prosopográficos

11. JOÃO TEIXEIRA

1.1. Entre 1442. Março. 08 428 e 1493. Março. 19429


1.2. Em 1466. Dezembro. 12 foi nomeado do Desembargo e Petições. Em
1493. Março. 19 era já falecido .

2.
Uma carta datada de 1442. Março. 08 é dirigida às autoridades de
2.1.
Santarém e é emitida a partir dessa vila. Ser-lhe-âo posteriormente
doados uns casais e herdades nessa mesma vila .

3.
31
_ . • 432
3.1.2. D outor Luís Teixeira ; ^
Pedro Teixeira, "irmão do doutor' .
3.1.4. Teve três filhos varões:
Luís Teixeira, primogénito;
Álvaro Teixeira; ...
434
Tristão Todos foram estudar para Itália . Em Siena encontramos os
dois primeiros em 1473 e em Florença em 1481; o mais jovem, Tnstao,
juntar-se-lhes-ia posteriormente .

3 22 Em 1482 Abril. 22 uma carta de denúncia abriu a possibilidade de um


seu escudeiro obter o ofício de Tabelião de Santarém .

curadorias. É ainda colocada a hipótese de se tratar de u m a £ « « * » « • N a c i o n a l - C a s a da


429 K+„ iup.rf.ira He Sá Humanistas portugueses em Italia, Lisboa, imprensa i i ^ " " ' "
v ^ T , , ^ „ 48 N&'se s i c o m exactidão quando morreu o Doutor João Teixerra, mas fo, e n «
" l 1 » S e P . 9 de M « o de 1493, «isto D. d * 11, em carta desta dam, se me refenr como ja tendo
falecido.
-EugémíVère'mfoa P Mott,D„ -Africam," 40 'Principe Petite■"■■■• ^ ^ ">'' . ^ D i
«2Artur Moreira de Sá, Hm,mi.m poriugueses em Iláha, pp. 45^6, Eliana Gonçalves utog

mandado para Mlia ( ^ . P - T T ^ t X * ^ i  ^ o n o i T o . Ï Alva™ Tetxeira, de


, * « » & • m<to os < « « U - » . Em^mmbem aluno * A _ r « ^ [?

Virgínia Rau^ ^ ™ m o n lerta 0 fact0 de poderemos estar perante um caso


História, tomo XII, Coimbra p. 195. A autoraM^ p ^ ^ ^ ^ ^ problema

de homonmna entre,o seu fflbo«.o ^ Z ^ ^ a sido doutores em ^ 0s D ireitos,

realidade são dois. (Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses em Italia, p. 61). 56
Catálogos Prosopográficos

Em 1496 Abril 18 é provido nos ofícios de Tabelião das notas e do


banco e Escrivão dos feitos das Sisas e da Almotaçaria da Câmara na
vila de Terena e seu termo, um Nuno do Rego, que tinha sido seu
escudeiro .
' *438
3 2 3 E criado do Rei . ,
Em 1442. Março. 08 surge com o estatuto de Escudeiro da Casa ao
439
Infante D. Henrique . ^
Em 1462 é Cavaleiro fidalgo .
Em 1475. Outubro. 22 é Cavaleiro da Casa rear .
3.3.
3.3.2. É referido como "nosso criado".
Em 1462 é Cavaleiro fidalgo. „2
Em 1471 • Setembro. 25 é designado como Cavaleiro da Casa real .
Em 1475. Outubro. 22 é Cavaleiro da Casa real.
3 3 3 Em 1473 Dezembro. 30 o seu irmão Luís Teixeira aparece como
Cavaleiro da Casa real e Almoxarife da portagem de Lisboa
' Mantém esta designação em 1475. Abril. 06. E vassalo régio e
Cavaleiro da Ordem de Santiago . ,_. . , .
Desde 1492. Novembro. 03 se declara que o Doutor Luís Teixeira tinha
"carguo de chamceler moor por o chamceler moor estar doemte .
Em 1493. Janeiro. 29 continuava ausente por doença, mas ainda estava
446
VIVO . T '
Em carta de 1518. Março. 27 D. Manuel diz que o Doutor Luís
Teixeira, ouvidor da Casa do Cível, em Lisboa, lhe deixara o cargo,
"por sua maa desposyçam e doença " .
3 3 5 O seu filho primogénito, Luís Teixeira Lobo é mencionado «doutor
lujsteyxeira lobo jydalguo danosa casa e do nosso desembarguo .
Foi jurisconsulto em ambos os Direitos.
Herdará também o património paterno, como adiante se vera.

4 6. Em 1450. Junho. 08 o filho Álvaro Teixeira recebe uma bolsa no valor


de 4 500 reais brancos anuais de mantimento para o estudo .
O seu irmão, Luís Teixeira, recebeu uma bolsa para mantimento no
estudo no valor de 5.000 reais450.
436
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 101.
437
Ch. U.P., vol. IX, p. 209.
438
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. Il, p. 58.
439
Fnaénia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. il, p. 101.
«* Jorïe de Faro, "Livro daL moradias da Casa do Senhor Rei D. Afonso o V", m Receitas e Despesas
da Fazenda Real..., p. 203. „ .
441
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, p. 101.
442
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fl. 22v.
443
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vo II, pp. 71 e 75.
444
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ..., vol. II, pp. U2.-IU.
445
Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses em Itália, p. 48.
446
Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses em Itália, pp. 90-91.
447
Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses em Itália, p. 49.
448
Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses em Itália, p. 56.
449
Ch. U.P., vol. V, p. 164.

57
Catálogos Prosopográficos

Em 1480 Julho. 16 são-lhe concedidos todos os bens móveis e de raiz


que haviam ficado por morte de Mestre João, cirurgião do Rei,
morador na Amora, que falecera «ab intestato " e sem herdeiros .
Em 1482 Fernão Delgado e sua mulher, Leonor Ingres, considerando
não terem herdeiros e vendo como o Doutor João Teixeira "...era
pessoa que todo bem merecja e que sempre lhe serja bom amjguoe
aiudador em todo o que elle podesse", perfilharam-no, fazendo-lhe
doação de todos os seus bens que "ao presente avjam e ao diante
ouvessem". Por carta régia de^ 1478. Junho. 12 é ratificado e aprovado
o dito perfilhamento e doação45 .
Em 1483. Abril. 28 recebe completa doação de uns casais e herdades
reguengas no lugar do Chouto, termo de Santarém .
Em 1493 Março. 19, depois da morte de João Teixeira, Chanceler-
mor D João II sentindo-se "em obrigaçam de fazer bem e merçee a
seu filho maior luis teixeira", fez-lhe "doaçam e merçee deste dia em
diante emquamto nosa merge for dos casaaes e herdades que sse
chama o chouto e he em termo da nosa villa de samtarem que ficou do
dicto seu pay asy e pella guisa que ho dicto Seu pay pesoya com todas
suas Remdas foros djreitos que a ella djreitamente pertencem .
48 Em 1462 recebe, enquanto Cavaleiro fidalgo, a soma de 850 reais.
Curiosamente, o montante baixa para 800 reais em 1469, mantendo-se
neste valor em 1474 e 1477455.
Em 1475 Outubro. 23 é-lhe concedida a remuneração (nao
especificada) correspondente ao cargo de Vice-Chanceler, assim como
a moradia que é atribuída aos membros do Conselho "em cheo cujo
valor está estabelecido em 4.286 reais mensais, perfazendo 51.432
reais anuais456. Recebia ao tempo 40.000 reais anuais ^enquanto
membro do Desembargo, "tal como tem Álvaro Pires Vieira" .

51 Em 1489 Março. 01 proferiu a Oração na cerimónia de elevação de D.


Pedro de Meneses ao estatuto de marquês de Vila Real, que vinaa ser
traduzida para latim pelo seu filho, o Doutor Luís Teixeira Lobo .

6. É indicado como insigne professor de Jurisprudência sem, no entanto,


ser identificada a universidade em que leccionou .

450
Ch. U.P., vol. Vn, p. 193.
452
vîgtaiaRau, "talianismo na Cultura Jurídica Portuguesa do séc. XV", in ob cit p. 193.
453
Virgínia Rau, "Italianismo na Cultura Jurídica Portuguesa do sec. XV , in ob et., p. 193.
454
Ch UP vol IX p 108; Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses em Italia, p. W2.
- S g ^ e Faro, "Livro das moradias da Casa do Senhor Rei D. Afonso o V», m Receitas e Despesas
da Fazenda Real..., pp. 203,205, 208 e 210. Eueénia
456
Virgínia Rau "Italianismo na Cultura Jurídica Portuguesa do sec. XV , m ob. cit., p. 191, Eugenia
Pereira da Mota' Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 102.
457
Ch. U.P., vol. VII, p. 322.
458
Artur Moreira àe Sá, Humanistas portugueses em Italia, pp. 5o, 58 e ou. .
- « e r t o Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II. » m Exilados Marina* e
ContesZtários..., p. 194, nota 74 citando Diogo Barbosa Machado, Biblioteca Lusitana, tomo II, 3
ed., Coimbra, 1966, p. 773.
58
Catálogos Prosopográficos

61 Ainda que pouco provável, Virgínia Rau coloca a possibilidade de ter


estado em Siena46t). Tais reservas residem no facto de ser já designado
Doutor em 1466461 e ser nomeado Desembargador em Dezembro desse
462
ano .
6.3. Em 1466. Abril. 19 é designado Doutor463.

7. Em 1471 encontramo-lo com o Rei nas campanhas africanas, passando


alvarás que testemunham a presença de homiziados .

8 Em 1471 fez parte de uma embaixada enviada ao_oapa Sisto IV, na


qual também estava presente LOPO de ALMEIDA .
Deve ter acompanhado o Rei a Castela porque surge mencionado numa
carta de Zamora .
Em 1476 integrou a embaixada enviada a Roma para requerer a
dispensa papal necessária para que D. Afonso V pudesse desposar a
sua sobrinha, D. Joana, herdeira do trono castelhano .
Em 1479 acompanha João Fernandes da Silveira, Barão de Alvito, na
assinatura do Tratado de Alcáçovas468.
Em 1483 participa no "desfazimento" das Terçarias de Moura, visto
reinar a paz entre os dois reinos. Recebe procuração de D. João II para
trazer o Príncipe D. Afonso à Corte que se encontrava em Évora. Em
24 de Maio procedeu ao cumprimento desta tarefa .
Em 1488 decorria o período da Quaresma, chegou ao Rei o pedido do
imperador Maximiliano para que servisse de medianeiro de paz no
conflito que este mantinha com o Rei de França. E logo decidiu enviar
o "Doctor Joham Teixeira, Chanceler Moor". Tal embaixada, porem,
nunca chegaria a partir em virtude da prisão do imperador Maximiliano
em Bruges pelos governadores da cidade .
Em 1490. Março pertenceu-lhe ainda a missão de acompanhar
FERNÃO da SILVEIRA e o secretário Rui de Sande a Castela para
negociar os esponsais do príncipe herdeiro D. Afonso com a filha
primogénita dos reis católicos, D. Isabel .

460
Vireínia Rau "Italianismo na Cultura...", in ob. cit., tomo XII, p. 192, nota 25.
461
146T Abril 19 Relação em Santarém, "estando em ella o Senhor B,spo de Lamego Regedor ho
Doctofjon^Teix'eira do Conselho delRey (...)." in Lr.ro Antigo das posses da Casa da Supkcaçao, p.
462
Virgínia Rau, "Italianismo na Cultura Jurídica Portuguesa do séc. XV", in oh cit., p. 191.
463
Diogo Barbosa Machado, Biblioteca Lusitana, tomo II, Coimbra, 1966, p. 773.
464
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fis. 54, 54v, 71, 88, 101.
465
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 81.
466
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito ., v o l I L p . 102.
467
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in Crónicas de Rut de Pma cap. CXCVII p 856.
468
Virgínia Rau, "Italianismo na Cultura Jurídica Portuguesa do sec XV , ™™-*^™\
469
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in Crónicas de Rm de Pina cap. XI, pp. 913-914,cap. XII,
pp. 915-916 e cap. XIII, pp. 916-917; Álvaro Lopes de Chaves Livro de Apontamentos..., p. 101.
** Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., cap. XXXII, pp. 946-947.
471
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., cap. XLIV, pp. 966-968.

59
Catálogos Prosopográficos

92 Em 1466. Dezembro. 12 é nomeado do Desembargo e das Petições,


substituindo no cargo ÁLVARO PIRES VIEIRA
Em 1475. Agosto. 25 o nosso biografado é substituído, no Desembargo
do Paço, pelo Doutor Diogo da Fonseca473. .
A partir de 1475. Outubro. 06, passa a ocupar vitaliciamente o ofício
de Vice-Chanceler de Portugal "...com todallas honras liberdades
franquezas priuilegios prooes e perrogatiuas com que os vice
chanceles que pollo tempo forom o dicto oficio teuerom e a elle
verteençem " 474. Tal nomeação acarreta a concessão das
prerrogativas que estavam adstritas ao cargo de Chanceler-mor pelas
Ordenações Afonsinas ao mandar "a quallquer pessoa ou pessoas em
cuias mãaos e poder os sseellos asy rredondos como pendemtes, de
nrata como de metall da dieta chancelar]a forem, que loguo tamto que
lhe esta nossa carta ffor mostrada e poblicada os entreguem
rrealmente com efecto ao dicto doutor pêra os guardar e do dicto
„ . „ 475
oficio
oficio usar
usar .. , , „ . ,
Em 1484 Julho. 01 substitui D. Álvaro de Portugal no oficio de
Chanceler-mor, na sequência dos acontecimentos que conduziram a
morte do seu irmão (D. Fernando, duque de Bragança) num
julgamento em que "EIRey mandou vyr a Évora todos hos Letrados da
Casa da Sopricaçam, que entam era em Torres Novas ; desta lista
fazia parte o nome do Doutor João Teixeira .
Em 1484 Julho. 06 foi nomeado para o cargo de Desembargador do
Paço Petições e Agravos o Doutor Rui Boto em virtude do Doutor
Joao'Teixeira (anterior titular do cargo) passar a ocupar o ofício de
477
Chanceler-mor . . T .
Em 1486. Dezembro. 07 mantém-se em funções, e em 1487. Janeiro.
12 ainda participa em sessões da "relaçam' .
9.3.
9.3.1. Subscreve no total 350 cartas sempre em parceria com outros
subscritores.
Em parceria só com PEDRO da SILVA redacta um total de 348 cartas,
que distribuímos pelos seguintes tipos documentais:
Perdão - 286
Legitimação - 22

m
ChUP vol V I p 396 Segundo Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D João II. "
in ob " £ p 19Tesse p r o v J L t o terá acontecido um ano mais tarde (1467. Dezembro. 12) baseando
Z Í ^ c £ 2 n Z m T , Ch. D. Afonso V, L. 37, fl. 82v. Cf. CatálogoProsopográficon 3, pp. 15-
17.
« Ch UPp'Xí VH PP 33107; Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II..." in ob.

^ " v i r l n í i a Rau «Italianismo na Cultura Jurídica Portuguesa do séc. XV", in ob cit., p , 1 9 1 ,


oJeZl Assinas, reprodução fac-similada da edição feitana « * ^ ™ ^ *
Coimbra, no ano de 1792, ed. Fundação Calouste Gulbenkian Lisboa^1998,L. M i t H pp^lS 17.
476
Humberto Baquero Moreno, "A conspiração contra D. João II... m ob. cit., pp. 181 e 15».
477
Ch U.P vol VIII, p. 109.
478
Livro Antigo das Posses da Casa da Suplicação, pp. 568 e 578-579.

60
Catálogos Prosopográficos

Segurança-21
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 5
Estalajadeiro - 4
Confirmação de Perfilhamento - 2
Doação de bens e direitos - 2
Privilégio em geral - 2
Aposentação - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Administração de capela - 1
Provimento de ofício - 1
Em parceria com PEDRO da SILVA e PEDRO da COSTA, redacta
mais 2 cartas do seguinte tipo:
Perdão - 2
9 3 2 PEDRO da SILVA - 348 cartas
PEDRO da SILVA e PEDRO da COSTA - 2 cartas
9.3.3. Quando trabalha em parceria com PEDRO da SILVA, encontramos os
seguintes escrivães:
João Jorge - 97
Pedro Alvares - 67
Fernão Gonçalves - 65
Diogo Afonso - 63
João (de) Vila Real por Pedro Alvares - 14
Fernão (de) Braga por Fernão Gonçalves -12
Álvaro Dias por Pedro Alvares - 9
João (de) Vila Real por Diogo Afonso - 7
João(de)VilaReal_6
João (de) Vila Real por Fernão Gonçalves - 3
Afonso Trigo por Fernão Gonçalves - 1
Brás Afonso - 1
Fernão (de) Braga - 1
Ilegível - 2
Em parceria simultânea com PEDRO da COSTA e PEDRO da SILVA
encontramos a colaboração de um único escrivão:
João Jorge - 2
9.3.4. Quando trabalha com PEDRO da SILVA, a distribuição geográfica das
cartas é a seguinte:
Lisboa - 260
Santarém - 64
Tânger - 22
Arzila - 1
Sem local - 1
Em parceria com PEDRO da COSTA e PEDRO da SILVA encontram-
se as cartas distribuídas geograficamente do seguinte modo:
Lisboa - 2
94 Em 1480 Abril. 18 aparece como um dos concretizadores do contrato
de casamento de D. Álvaro, filho do Duque de Bragança, com D.

61
Catálogos Prosopográfícos

Filipa, filha dos Condes de Olivença479. As testemunhas aí presentes


foram': o Doutor Luís Teixeira, seu irmão; João da Guarda, escudeiro
do nosso biografado e Afonso Valente, seu criado .
9.5. Em 1471 encontra-se em África a passar alvarás aos homiziados .
Em 1473 assiste a vim casamento, em Évora, entre Inês e Pedro Eanes
com o objectivo de confirmar a sua concretização e assim poder
conceder perdão por mancebia à suplicante/noiva .
Em 1482. Outubro. 05, nas Cortes de Évora - Viana foi constituída
uma "junta de definidores" cuja função era acompanhar os trabalhos do
"parlamento" em nome do Rei, para "debelar dúvidas e indicar
soluções"; esse grupo de trabalho era composto por seis elementos:
JOÃO GALVÃO, D. Pedro de Noronha, GONÇALO VASQUES de
CASTELO BRANCO, D. JOÃO LOPES de ALMEIDA, Dr. JOÃO
TELXEIRA e FERNÃO de ALMEIDA483.

10. ,484
10.1. Pertence ao Conselho régio em 1466. Abril. 19

12. D. João II recomenda ao pedagogo Ângelo Policiano os filhos do


Doutor João Teixeira, a quem pedia que consagrasse os maiores
desvelos. De igual forma os recomenda calorosamente a Lourenço o
Magnífico .
Em 1492. Setembro. 27 Álvaro Teixeira é apresentado numa Súplica
como "clérigo de Lisboa, grande erudito nas línguas grega e latina e
estudante na Universidade de Sena"
Em 1498. Dezembro. 13, nas disputas e repetições do escolar do
Colégio de S. Clemente de Bolonha João Soto, os seus filhos, Luís
Teixeira e Álvaro Teixeira, assistiram "classificados como estudantes
peritíssimos em ambos os Direitos" .
Em 1489. Novembro. 14 é mencionado Doutor em ambos os Direitos,
conselheiro de D. João II, numa Súplica contra Afonso Gil, sacerdote,
que lhe movia causa na Cúria Romana .

13. Em 1489. Agosto. 17 Ângelo Policiano, mestre dos seus filhos


escreve-lhe uma carta, em tom informal e amistoso em que o informa
dos progressos por eles realizados, dizendo que "...percebem com
facilidade o que lhes é ensinado, pronunciam com elegância, retêm
com facilidade, imitam com facilidade... " .

479
Ch. U.P., vol. VII, pp. 512-513. Colaboravam com ele na elaboração deste contrato de casamento os
Doutores João de Elvas e Luís Teixeira.
480
Ch. U.P., vol. VII, pp. 512-513.
481
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fis. 54, 54v, 71, 88,101.
482
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 74.
483
Armindo de Sousa, As Cortes Medievais Portuguesas..., vol. I, p. 153; vol. II, p. 156.
484
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 105.
485
Virgínia Rau, "Italianismo na Cultura Jurídica Portuguesa do séc. XV", in ob. cit., p. 195.
486
Ch. U.P., vol.' DC, p. 73.
487
CÃ. U.P., vol. LX, p. 351.
488
Ch. U.P., vol. Vffl, p. 370.
489
Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses em Itália, p. 101.

62
Catálogos Prosopográficos

Em 1473. Janeiro. 06 um João Afonso, morador em Muge, afirma que


ao oedir carta de perdão tinha entregue o perdão das partes ao Dr. João
. ? J 490
Teixeira e que este o perdera .
Em 1473. Dezembro. 30 Luís Teixeira recebe carta de provimento no
ofício de Almoxarife da portagem de Lisboa, cargo que teria sido
deixado pelo pai a João Teixeira mas ao qual este terá renunciado a
favor do irmão .
15 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V :
Livro 16, fis. 4, 10, 12, 12V, 13V, 14, 14V, 19, 20V, 22V, 24V, 25,
26 28, 29, 30, 30V, 31, 32V, 34, 35V, 36V, 37, 38, 41V, 49, 50, 50V,
52' 52V 53V, 54, 54V, 55V, 56, 59, 61V, 62V, 63V, 68, 69V, 70, 71,
73V 74V 75, 77, 78V, 79, 79V, 80, 81, 81V, 82V, 83, 83V, 85, 86,
88 88V 94, 95, 95V, 96, 98, 99V, 100, 100V, 101, 103, 103V, 104,
108, 108V, 109, 110, 110V, 117V, 119V, 122V, 124V, 125V, 132V,
133' 136V, 141,143,143V.
Livro 17, fis. 2, 4v, 6, 8v, 9, 9v, 10, lOv, 12, 13v, 14, 16, 17, 18, 18v,
20v 21, 22, 22v, 23v, 24, 25, 26, 26v, 27, 28v, 29, 31, 32, 33v, 34,
34v' 35 36v, 37v, 38v, 39v, 40, 40v, 41, 42v, 43, 44v, 45, 45v, 46,
46v' 48 49v, 50, 50v, 52, 56, 57, 58, 58v, 59, 59v, 61v, 62, 62v, 64,
65 66, 66v, 67v, 68v, 69, 70v, 71v, 72, 73, 73v, 74, 74v, 76v, 77, 78,
78v 79 80, 80v, 81, 81v, 82, 83, 83v, 84, 84v, 85v, 86v, 88, 89v, 91,
91v', 92, 92v, 93, 93v, 95v, 96, 96v, 97, 98, 99, 99v, 101, lOlv, 102,
105v, 106,107,109.
Livro 21, fis. lv, 2, 3, 4, 5v, 9, 9v, 15v, 24v, 28v, 47v, 48, 48v, 52v,
53 53v 55, 55v, 57v, 58v, 60v, 61, 62, 64, 65v, 66, 66v, 67, 67v, 68,
68v, 75', 76, 80, 81, 86v, 87, 88, 88v, 89, 90v, 91, 91v, 92v, 93, 93v,
94, 95v, 96,97, 97v, 98,98v, 99v, lOOv.
Livro 22, fis. 1, 5, 7v, 8, 8v, 9v, 10, lOv, 11, llv, 12, 12v, 13, 14v, 15,
16 16v, 18, 18v, 19, 19v, 20, 21, 21v, 22v, 23, 23v, 25v, 27, 27v, 28v,
29 31v, 32, 33, 34, 35, 35v, 36, 37, 37v, 39, 39v, 40, 40v, 41, 41v, 42,
42v 43 43v, 44, 44v, 45, 45v, 46, 47, 47v, 48v, 50, 51, 51v, 52, 53,
54 54v, 55, 55v, 56, 56v, 57, 58, 58v, 59, 60v, 61, 62, 63v, 65v, 67,
68' 68v, 69, 69v, 70, 70v, 71, 72, 73v, 74, 74v, 75, 75v, 76, 76v, 77,
78 78v, 80, 80v, 81, 81 v, 82, 82v, 83, 83v, 84, 84v, 85, 85v, 86, 87,
87v 88, 89v, 90, 90v, 91, 91v, 92, 93, 95, 95v, 96v, 97v, 98, 98v, 99v,
ÍOO' lOOv, 101, 102, 102v, 106, HOv, l l l v , 112v, 113, 114v, 115,
116 116v, 117v, 118v, 119, 119v, 120, 120v, 121, 121v, 122, 123v,
124v, 125,125v, 126,126v, 127v, 128,129,129v, 130,131.
Livro 35, fls.77v, 101 (?).
Livro 38, fis. 65v, 68, 71 (?), 73 (?), 75, 75v (?).

16. Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in Crónicas de Rui de Pina,


Tesouros da Literatura e da História, Porto, 1977, caps. CXCVII, p.
856- Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., caps.XI, pp. 913-
914: XII, pp. 915-916; XIII, pp. 916-917; XLIV, pp. 966-968.

490
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p.
491
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p.

63
Catálogos Prosopográficos

Cf.: Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real de 1384 a


1481 (Subsídios documentais), Lisboa, 1965, pp.81, 203, 205, 208,
210; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no
Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, pp. 70-
76; Humberto Baquero Moreno, Exilados, Marginais e Contestatários
na Sociedade Portuguesa Medieval, Estudos de História, ed. Presença,
Lisboa, 1990, pp. 194-195 e 181; Eugenia Pereira da Mota, Do
''Africano" ao "Príncipe Perfeito" (1480-1483). Caminhos da
Burocracia Régia, vol. II, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1989,
pp. 101-106, 112-113; Artur Moreira de Sá, Humanistas portugueses
em Itália, Lisboa, INCM, 1983, pp. 45-101; Virgínia Rau, "Italianismo
na Cultura Jurídica Portuguesa do séc. XV", in Revista Portuguesa de
História, tomo XII, Coimbra, pp. 185-200.
Catálogos Prosopográficos

12. LOPO (de) ALMEIDA

11. Terá nascido por volta de 1416. Quanto à data da sua morte, está ainda
hoje envolta em dúvida; um epitáfio indica que terá morrido com 70
anos, em 1486. Setembro. 16. Porém, a probabilidade desta data estar
errada é elevada, pois o seu filho primogénito, JOÃO LOPES de
ALMEIDA, era já conde de Abrantes em 1486. Fevereiro. 06. Sabe-se
apenas que em 1484. Março. 06 ainda era vivo, pois foi-lhe dada carta
régia para haver os 102.864 reais do seu assentamento um ano depois
do seu falecimento .
1.2. 1439-1475. Maio. 08493.

2.
2.1. Abrantes.
. , . i T^ 494
2.2. Em 1464, era proprietário de casas em bvora .
2.3. Está sepultado na Capela-mor da Igreja de Santa Maria do Castelo de
Abrantes, onde se encontra o seu epitáfio em caracteres góticos .
2.4. Itália (Siena, Nápoles, Roma), Castela e Alemanha.

3.
31
3 11 É filho primogénito de Diogo Fernandes de Almeida (filho bastardo de
Fernão Álvares de Almeida, cavaleiro da Ordem de Avis), Vedor da
Fazenda de D. João I, D. Duarte e D. Afonso V; Alcaide-mor de
Abrantes; rico-homem, do Conselho régio; cavaleiro da casa de D.
Duarte e seu Reposteiro-mor496. Terá casado com sete mulheres, uma
das quais, Beatriz Eanes. Esta é irmã do Arcebispo de Braga, D.
Fernando' da Guerra (Chanceler-mor e Regedor da Casa da
Suplicação), e mãe do nosso biografado; terá falecido antes de 1442.
Maio. 12.
3 1 2. É irmão de Álvaro de Almeida (fruto do casamento de Diogo
Fernandes de Almeida com a sua última mulher, Beatriz de Góis,
bastarda de D. Frei Nuno Gonçalves de Góis), membro do Conselho e
Comendador das Entradas e Padrões. Foi Vedor da Fazenda do Infante

492
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões...,L.Jl,p. 352 e L . m , p . 322.
493
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 354. O autor afirma que o filho varão do noaso
biografado (João Lopes de Almeida) foi nomeado Vedor da Fazenda por carte de 1475. Maio. 08
sucedendo, deste forma, a seu pai, que havia renunciado ao ofício para este fim. Contudo, vemo-lo ja a
subscrever cartas, na qualidade de Vedor da Fazenda em 1471, ano no nosso estudo. Acompanham-no
os dois escrivães que trabalham mais assiduamente com o seu pai. Sobre a sua actividade de subscritor
cf. Catálogo Prosopográfíco n° 9, pp. 48-53.
494
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 95.
495
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 352.
496
Livro de Linhagens do século XVI, p. 285; Anselmo Braamcamp Fre.re, Brasões..., L. Ill, p. 318,
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 698.

65
Catálogos Prosopográficos

D. Fernando, filho dei Rei D. Duarte. Casado com D. Filipa de Brito,


não teve geração497. .
É irmão de D. Branca de Almeida, primeira mulher de Rui Gomes da
Silva, cavaleiro da casa do Infante D. Henrique, primeiro senhor da
Chamusca e Ulme . - . 499
É irmão de D. Isabel de Almeida, mulher de Álvaro de Brito .
É irmão de Fernão de Almeida.
3 1 3. Casou nos princípios do ano de 1442 com Beatriz da Silva, donzela da
c a s a do Rei, filha de Pedro Gonçalves Malafaia, rico-homem, Vedor da
Fazenda de D. João I e D. Duarte, embaixador a Castela, e de D. Isabel
Gomes da Silva, filha legitimada de João Gomes da Silva, Copeiro-
mor, e I o senhor de Vagos .
3.1.4. D. JOÃO LOPES de ALMEIDA, filho primogénito;
D. Diogo Fernandes de Almeida, prior do Crato;
D. Pedro da Silva, Comendador mor da Ordem de Avis;
D. Jorge de Almeida, bispo de Coimbra e 2o Conde de Arganil;
D. Fernando de Almeida, bispo eleito de Ceuta;
D. Francisco de Almeida, primeiro vice-rei da índia;
D. Afonso de Almeida, que morreu moço;
D. Isabel da Silva, condessa de Penela, mulher do primeiro conde de
Penela D. Afonso de Vasconcelos e Meneses .
' 502
D. Catarina da Silva .
32
3.2.1. Em 1451. Março. 05 um seu escudeiro, Gonçalo Rodrigues, é provido
no ofício de mordomo de Almeirim .
Em 1454. Novembro. 11, a seu pedido, um morador de Viseu chamado
João Pires é isento de encargos concelhios .
Em 1455. Dezembro. 11, Pedro de Torres, seu escudeiro, recebe uns
olivais na vila de Abrantes .
Em 1456. Junho. 09 um seu criado, Estêvão Afonso, recebe carta de
,~ 506
perdão . .
Em 1463. Julho. 29 o seu criado Estêvão Afonso, escudeiro, e
nomeado Escrivão das Albergarias e Hospitais de Santarém por carta
de"seasyhe" 507 . ,
Em 1463. Agosto. 16 o seu criado João Rodrigues e nomeado homem
do Almoxarifado de Abrantes5 .
497
Livro de Linhagens do século XVI, p. 290; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. 350-
3
498 I/vro de Linhagens do séculoXVI, p. 285; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 351.
499 Livro de Linhagens do século XVI, p.285.
500 Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Fre.re, Brasões..., L II, p. 353_
501 Livro de Linhagens do século XVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. 353-

502
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 156.
503
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 153.
504
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 153.
505
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 153.
506
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 153.
507
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p.167.
308
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p.167.

66
Catálogos Prosopográficos

Em 1463. Setembro. 23, por sua intercessão, um ourives de Lisboa,


Diogo Álvares, beneficia de diversas isenções de carácter militar. Em
Outubro do mesmo ano, o Rei isenta o dito ourives do pagamento de
peitas, fintas, talhas, pedidos e empréstimos509.
Em 1463. Outubro. 24 o seu criado Pedro Afonso é nomeado
requeredor da sisa das carnes de Lisboa.
Em 1464. Julho. 06 João Gonçalves Estaco, morador em Estremoz,
obtém diversas isenções fiscais.
Em 1464. Dezembro. 06 o seu escudeiro Estêvão Eanes recebe um
olival mediante carta de "se asy he" .
Em 1471. Novembro. 03 um seu escudeiro, Diogo Belo, que ocupava o
ofício da escrivaninha das sisas gerais da vila de Portalegre, é
aumentado em 50 reais no seu vencimento; passou a auferir, então, 200
TPÍ31 S/TY1CS
Em 1476. Agosto. 06 o seu escudeiro Pedro Eanes, chanceler da
Correição de Entre Douro e Minho, recebe carta de privilégio de
fidalgo para essa região .
Em 1481. Março. 22 o seu escudeiro Fradique Lopes e nomeado
Procurador do número na vila de Abrantes e seu termo .
Em 1469 Fevereiro. 29 o Rei concede carta de privilégio,
posteriormente confirmada (1482. Fevereiro. 21) a três lavradores nas
suas terras de Azambuja .
Entre 1482 e 1496, o seu escudeiro Diogo Belo desempenha o cargo de
escrivão dos feitos dos judeus de Portalegre515.
3 2 2 Em 1463. Setembro. 23, por sua intercessão, um ourives de Lisboa,
Diogo Álvares, beneficia de diversas isenções de carácter militar. A 30
de Outubro do mesmo ano, o Rei isenta o dito ourives do pagamento
de peitas, fintas, talhas, pedidos e empréstimos .
Em 1464 Julho. 06, João Gonçalves Estaco, morador em Estremoz,
obtém diversas isenções fiscais, a pedido de Beatriz da Silva, mulher
do nosso biografado .
Em 1469. Janeiro. 21, Álvaro Ascenso, escudeiro, alcaide por Lopo de
Almeida, obtém uma comutação de pena em troca do pagamento da
518
quantia de 6 000 reais . 519
Fernão Coelho, Ouvidor em Abrantes por Lopo de Almeida .
Em 1473. Agosto. 20 um lavrador que trata das suas terras no termo da
Azambuja obtém privilégio para não ter cavalo, arma e besta de polé e
garucha, apesar de para isso ter confia .
509
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p.167.
510
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p.167.
5U
\AWTT,Ch.D.Af.V,L.2l,H. 15.
512
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 125.
513
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol II, p. 286.
514
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões...,L. III, p. 319.
515
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. 134.
516
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 167.
517
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 167.
518
Luís Mieuel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol II, p. 342.
» L u i Mguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, „ 142. O dito Fernão Coe J o e refendo em
duas cartas de perdão: uma de 10 de Novembro de 1472 e outra de 01 de Outubro de 1473.
520
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 79.

67
Catálogos Prosopográficos

3 24 Em 1455 Junho. 25 esteve presente no auto de homenagem e


juramento do Príncipe herdeiro D. João, na sala grande do paço régio
de Lisboa em representação do seu tio, D. Fernando da Guerra,
521
arcebispo de Braga .
33
3Y1 Seu pai Diogo Fernandes de Almeida foi Vedor da Fazenda de D. João
I D Duarte e D. Afonso V; Alcaide-mor de Abrantes; rico-homem, do
Conselho régio; cavaleiro da casa de D. Duarte e seu Reposteiro-mor;
senhor do Sardoal522. A sua mãe, Beatriz Eanes era irmã do Arcebispo
de Braga, D. Fernando da Guerra .
3 3 2 Cavaleiro da casa real desde, pelo menos, 1442.
* ' ' Foi Alcaide-mor de Abrantes, Punhete e Torres Novas; senhor do
Sardoal, Mação e Amêndoa. Tornou-se senhor de Abrantes em 1471.
Novembro. 08. 524 , ,
Em 1476. Junho. 13 foi feito primeiro conde de Abrantes , dando
origem a esta nova casa.
3 3 3 O seu irmão Álvaro de Almeida era membro do Conselho e
Comendador das Entradas e Padrões. Foi Vedor da Fazenda do Infante
D. Fernando, filho dei Rei D. Duarte525.
3.3.4. Sogro de D. Afonso de Vasconcelos e Meneses, primeiro conde de
Penela526.
3 3 5 D JOÃO LOPES de ALMEIDA, filho primogénito, foi segundo conde
de Abrantes. Herdou, portanto, o título, a casa e o ofício do pai. Casou
com D. Inês de Noronha, filha de D. Pedro de Noronha, Arcebispo de
527
Lisboa ; , ^
D. Diogo Fernandes de Almeida, prior do Crato e Monteiro-mor de D.
D .apedro da Silva, Comendador mor da Ordem de Avis e embaixador
de Portugal em Roma;
D Jorge de Almeida, Bispo de Coimbra e segundo Conde de Arganil.
Em 1483 sucede a D. JOÃO GALVÃO, Bispo de Coimbra ;
D. Fernando de Almeida, Bispo eleito de Ceuta; núncio papal em
França;
D. Francisco de Almeida, I o vice-rei da índia;

521
Monumento Henricina, vol. XII, doc. 74, pp. 145-151.
522
ZTo de Linhagens do século XVI, p. 285; Anselmo Braamcamp Fre.re, Brasões..., L. IH, p. 318,
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 698.
523
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 350.
52
< Livro de Linhagens do século XVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Fre.re, Brasões L. , p. 351.
525
Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 290; Anselmo Braamcamp Fre.re, Brasões..., L. II, p. 351.
526
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 354.
™ L Z ^ Z 7 * % Í l ™ ™ t l m foi-lhe atribuída uma bolsa de estudo ^ u a l no valor de
7 200 r e S b r ï c o s Depois de ter realizado os estudos básicos em Lisboa, seguiu para Italia, onde
Lquentou a u S s i d J d e Pisa, na qual se consagrou ao estudo do Direito Civil e Canónico entre os
lÏoTd?Î473-1478 (Humberto Baquero Moreno, "Um Aspecto da Política Cultural de D Afonso V.a
e n c e t a i de b o t o de estudo",I n oh. cit., p. 25); Virgínia Rau, "Itahanismo na Cultura Jurídica
Portuguesa do séc. XV", in ob. cit., pp. 186-187.

68
Catálogos Prosopográficos

D. Isabel da Silva, condessa de Penela, mulher do primeiro conde de


Penela, D. Afonso de Vasconcelos e Meneses5 ; 530
D. Catarina da Silva, professora do Mosteiro de Jesus de Aveiro .

4
41 Em 1451 Junho. 25, aquando do seu casamento com Beatriz da Silva,
obtém promessa do Infante D. Pedro de que herdaria, por falecimento
do seu pai, todas as coisas que este possuía em Abrantes e seu termo,
nomeadamente o castelo, terras 531 e direitos. Recebe confirmação do
prometido em 1481. Fevereiro. 11
Desde 1471. Novembro. 08 é senhor do Sardoal, Mação, Amêndoa e
532
Abrantes . . ., ,
Em 1471. Novembro. 08 recebe vitaliciamente o senhorio da vila de
Abrantes com suas rendas, direitos, jurisdição cível e crime, com
ressalva da correição e alçadas; em 1482. Fevereiro. 16 recebe
533
confirmação .
42 Em 1442 Abril. 12 Lopo de Almeida e Beatriz da Silva recebem uma
tença de casamento no valor de 30.000 reais brancos. Confirmação em
1451. Junho. 20534.
45 Em 1442 Outubro. 18 recebe as rendas do mordomado e os direitos da
alcaidaria da vila de Torres Novas535. Recebe confirmação em 1482.
Fevereiro. 25 .
Em 1442. Novembro. 27 é nomeado Alcaide do castelo de lorres
Novas com suas rendas e direitos. Obtém confirmação em 1482.
Fevereiro. 24 .
Em 1454 Julho. 11, tendo em consideração os grandes serviços
prestados à coroa por este membro do conselho, foi-lhe feita doação da
renda dos moinhos do Almoxarifado de Santarém, do direito das
Chantas e do serviço novo dos judeus de Torres Novas. Recebe
confirmação em 1482. Fevereiro. 25 538 .
Em 1458. Novembro. 15 obteve a doação dos direitos reais do
Almoxarifado de Santarém e o serviço dos judeus no Almoxarifado de
539
Torres Novas . .
Em 1482. Fevereiro. 25 recebe o serviço novo dos judeus da vila de
540
Torres Novas e seu termo .
529
Livro de Linhagem do século XVI, p. 286; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. 353-
354
530
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 156.
- Anselmo S L m p Freire, Brasões..., L. HI, pp. 317-318; Humberto Baquero Moreno, A
Batalha de Alfarrobeira..., p. 701.
532
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 351.
- M s e Z Braamcamp Freire, Brasões..., L. Hl, p. 319; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira..., pp. 703 e 704.
534
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 705.
535
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 699.
- XTelmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. ÏÏI, p. 320; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
& ^ * £ 2 L * Freire, Brasões..., L. III, p. 320; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira..., pp. 699 e 704.
538
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 320.
539
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 702.
69
Catálogos Prosopográficos

46 Em 1446 Setembro. 22 foi-lhe feita doação da lezíria da Corte de


Cavalos, situada no termo de Azambuja, que era da falecida Mana
Eanes, mulher de Gonçalo Pires. Obteve confirmação desta doação em
1449 Fevereiro. 04. O monarca volta a confirmar-lhe a posse da lezíria
em 1450 Novembro. 07, com a possibilidade de transmissão ao seu
filho primogénito, JOÃO LOPES de ALMEIDA541.
Em 1449. Fevereiro. 07 recebe o castelo de Torres Novas com as
respectivas rendas e tributos da alcaidaria .
Em 1449. Agosto. 07 são-lhe doados por carta régia os bens
pertencentes a Lourenço Vieira, que tinha sido almoxarife do Infante
D Pedro no lugar de Buarcos54 .
Em 1449. Agosto. 20 obteve, por carta régia, os bens de Vasco de
Canavezes, João Esteves, Estevão Gonçalves e Gonçalo Homem,
moradores em Torres Novas, os quais incorreram na pena de infâmia
por terem acompanhado o Infante D. Pedro .
Em 1451 Outubro. 16 o monarca aprova uma doação que D. Fernando
da Guerra fizera ao seu sobrinho, Lopo de Almeida, de umas casas e
herdades existentes em Santarém e Montargil .
Em 1454- Setembro. 17 recebe os bens de Azmede Gordo (?), mouro
forro, morador em Évora .
Em 1456. Janeiro. 10 concedeu-lhe o monarca a torre grande da cerca
velha da cidade de Évora, que se encontrava situada no bairro da
mancebia . „ _.
Em 1456. Março. 02 fica com os bens que pertenciam a Salomão Pinto
. j 548
e outros judeus . .
Em 1464 Maio. 22 são-lhe doados a título perpétuo e hereditário, o
muro e as terras da cerca velha da cidade d ^ Évora, com a
possibilidade de serem vendidas, trocadas ou doadas .
Em 1471 Novembro. 08 recebe o senhorio da vila de Abrantes com
suas rendas, direitos, jurisdição cível e crime, ressalvando a correição e
as alçadas. Obtém confirmação em 1482. Fevereiro. 16 ^ Neste
mesmo dia é-lhe feita doação do padroado das igrejas desta vila .
Em 1473 Abril. 22, e por um período de nove anos, o Rei doa-lhe todo
o coral que for recolhido entre o cabo de Espartel até ao rio de
Tadagarte; era colocada como única condição que metade do coral
revertesse em benefício da coroa .

5400 Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 320.


54 1 Humberto Baquero Moreno, A Batalha de ^/farrobeira..., pp. 699-700.
5427 Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. 11, p. 13 /.
543 Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira. „, p. 700.
544 Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 700.
545 " t a o Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 351; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira..., p. 701. ,^7
546
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. 15 /.
547
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 701
,d8
548 Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. 13 /•
5499 Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 702
0
550 Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., pp. 703-704.
1
55 Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 703.
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Humberto Baquero M
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552 TT n»nl> Rntnlhn âp Alfarrobeira 3.
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 70 j .
70
Catálogos Prosopográfícos

Em 1473. Junho. 16 obtém cargo de sesmeiro na vila de Abrantes por


morte de Fernão Lourenço, escudeiro .
Em 1481. Fevereiro. 11 recebe confirmação da doação do castelo de
Abrantes e todas as terras e direitos por falecimento do seu pai .
Em 1482. Fevereiro. 22 são-lhe doados, assim como à sua mulher, D .
Beatriz da Silva, os lagares de azeite e azenhas de pão da vila de Torres
Novas junto com os moinhos do Caldeirão .
Em 1482. Fevereiro. 25 recebe confirmação da doação da lezíria da
Corte de Cavalos, no termo da Azambuja .
Em 1482. Março. 26 é confirmado sesmeiro da vila de Abrantes e seu
termo, tal como j á era no tempo de D. Afonso V .
47 Em 1451 Novembro. 03 obtém a isenção de montado p e b j a d o que
trazia nas comarcas de Entre Tejo e Guadiana e Estremadura .
Em 1464. Junho. 03 é isento de pagar à coroa o juro do quarto pela
várzea de Abrantes; tal prerrogativa é extensível ao seu filho, JOÃO
LOPES559. Em 1482. Março. 11, D. João II confirma esta regalia.
Em 1468 obteve autorização para que pudesse construir, em conjunto
com Martins de Lemos, membro do Conselho régio, engenhos de
moendas nas duas margens do rio D ouro, desde a foz até três léguas
para montante . A
Em 1469. Fevereiro. 29 consegue privilégios para três lavradores nas
suas terras de Azambuja .
Em 1471. Novembro. 07 obtém autorização para que^ passasse a
designar os coudéis das vilas de Abrantes e Torres Novas .
Em 1472 consegue autorização para que o seu almoxarife conheça os
feitos dos reguengos e várzeas e direitos e rendas, tal como o do Rei
tinha conhecido até então .
Em 1475 é autorizado a nomear um escrivão para que procedesse a
recolha dos direitos que possuía em Abrantes e Torres Novas .
48 Em 1462 recebe, como Cavaleiro e membro do Conselho régio, urna
renda de 4 226 reais, valor este aumentado para 4.286 reais em 1469;
em 1476, já quando era conde de Abrantes, passa a receber 6.000
•565
reais .
553
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 81.
554
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, pp. 317-318.
555
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. Ill, pp. 319-320.
556
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 320.
557
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 320.
558
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. 13».

Abî^? TTaueologia do Estado. l°s Jornadas sobre formas de organização e exercício de


plTesna Europa do lui, séculos XUI-XVIU, vol. I, Lisboa, 1988, p. 337; Armando Paulo Carvalho
Borlido, A Chancelaria régia..., p. 171.
561
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 319.
562
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 703.
- H e S a Maria Vasconcelos Vilar, Abrantes Medicai (1300-1500), Abrantes Camará Mumctpal,
1Q88 n »*■ TnHite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. l » .
" H e r n J m a Ï L V a í c S e í o s Vilar, Abrantes Medieval (1300-1500), „ 87; Judite A. Gonçalves de
Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 159.
365
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 200.

71
Catálogos Prosopográficos

Em 1471 recebeu 1.585 dobras por ter participado, com o Dr. JOÃO
TEIXEIRA, numa embaixada ao papa Sisto IV .
Recebe 2 223 dobras pelas visitas a Castela e ao Rei de França,
juntamente com o Dr. Pedro Fernandes, Afonso Graces e Alcácer
A * 567
Arauto . « « « , , . • i_
Em 1476 Julho. 16 recebe a quantia anual de 102.864 reais brancos
pelo desempenho do ofício de Vedor da Fazenda. Recebe confirmação
desta remuneração em 1476. Outubro. 05 e em 1483. Abnl. 23 .
Em 1480. Novembro. 12 tinha um assentamento anual de 102.864 reais
brancos. Tal verba destinar-se-ia, um ano após a sua morte, para obras
piedosas em benefício da sua alma .

51 Fez parte da comitiva que acompanhou D. Leonor, irmã de D. Afonso


V a Itália para se casar com o Imperador Frederico III da Alemanha.
Em cartas ao monarca português foi relatando o decorrer da viagem e
as cerimónias dos esponsais . 571
Mantém correspondência com D. Fernando da Guerra .

7 Em 1440 Dezembro participou nas campanhas contra o prior do Crato:


"E encomendousse o cerco e tomada do Castelo de Beluer a Lopo d'
Almeida, que despois foy per EIRey feito primeiro Conde d'Abrantes
5 n
( )"
Em 1441 Agosto encontramo-lo em Castela quando integrou um
contingente de 2000 homens sob o comando de D. Duarte de Meneses
que invadiu a povoação de Zalamea^ em Badajoz, que se havia
revoltado contra o mestre de Alcântara .
Em 1445. Maio participa na expedição enviada pelo Condestavel D.
Pedro contra os Infantes de Aragão, em auxílio do Condestavel D.
Álvaro de Luna, que "tomou animo para os desterrar de Castella
, , ,,574
Em 1449 combateu em Alfarrobeira ao lado das hostes reais .
Em 1458 integrou as hostes reais que conquistaram Alcácer Ceguer.
Participou, com Martim de Távora, numa embaixada que foi enviada
ao Rei de Fez com uma carta de desafio para uma batalha campal.

566
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 81.
567
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 81.
568
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 319 e L. III, pp 319> e 321.
569
Hntnhprtn Raauero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., pp. 703- /04.
" 4 7 L Pina ï l ï c a de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CXXXII, pp. 762; António Caetano de
SouÏÏ ProZ da História Genealógica da Casa Real Portuguesa, tomo I, Uvro III, Connbra,
Atlântida, 1947, pp. 370-384.
571
José Marques, A Arquidiocese de Braga no século XV, pp. 131-132 134 e 140.
572
Rui de Pina "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. LXX, p. 670.
- Gomes E l ê s de Zurara, Crónica do Conde D. Duarte de Meneses, ed. diplomata de Larry Kmg,
Lisboa, Universidade Nova, 1978, cap. XXVI p. 112.
574
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. LXXXV PP- 6 9 4 " 6 9 ^ ^ ^ X T V o 51
Leão "Crónica, e vida Del Rey D. Affonso o V...", in Crónicas dos rets de Portugal, cap. XIV, p. 51.
575
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 700.

72
Catálogos Prosopográficos

Contudo, este não os recebeu e cercou a vila aos 13 dias de Novembro


desse ano
Em 1464. Fevereiro acompanhou o Rei na expedição à serra de
Benacofïï; aqui morreram alguns importantes fidalgos do reino .
Em 1471 participou nas conquistas da vila de Arzila e cidade de
Tânger578.

8. Em 1451 -1452 acompanhou D. Leonor, irmã do monarca D. Afonso^V,


a Itália, para se casar com o Imperador Frederico III da Alemanha .
Encontramos também como membros da comitiva FERNÃO da
SILVEIRA, João Fernandes da Silveira, JOÃO GALVÃO e Pedro de
Sousa, senhor do Prado58 . .
Durante a sua estadia em Itália, foi mantendo uma correspondência
regular com o monarca português. Na terceira carta ao Rei, diz o
seguinte: "Este domingo passado me derom huã vossa, per que
mandáveis que obre em Alemanha sobre o trato do sal. Prazendo a
Deos, como lá for eu o farei como milhor vir vosso serviço " .
Em 1458. Novembro seguiu numa missão, acompanhado de Martim de
Távora, ao Rei de Fez que, porém, não os recebeu .
Em 1463 é enviado numa embaixada ao Rei da Catalunha, Henrique de
Trastâmara, soberano de Castela .
Em 1471 foi enviado a Roma, acompanhado do Dr. JOÃO TEIXEIRA,
numa embaixada de obediência ao novo papa, Sisto IV .

9
91 Em 1442. Novembro. 27 é nomeado Alcaide do castelo de Torres
Novas, com suas rendas e direitos. Obtém confirmação em 1482.
Fevereiro. 24 .
9.2. Intervém como Cavaleiro da casa real na subscrição de cartas
substituindo o pai na Vedoria da Fazenda de 1439 a 1445 .
É Vedor da Fazenda de D. Afonso V de 1446 a 1475 . Em 1475.
Maio. 08 renuncia ao ofício em favor do seu filho mais velho, JOÃO
LOPES de ALMEIDA588. Em 1473, ainda exercia funções.

576
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CXXXIX, p. 779; Duarte Nunes de Leão,
"Crónica, e vida Del Rey D. Affonso o V...", in Crónicas dos reis de Portugal, cap. XXDÍ, p. 100. _
577
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CLVI, p. 811; DuarteNunes de Leão,
"Crónica, e vida Del Rey D. Affonso o V...", in Crónicas dos reis de Portugal, cap. XXXV, p. 119.
578
A atestar a sua presença, apuramos cinco diplomas subscritos pelo nosso biografado, para o ano de
1471 a partir de Arzila e de Tânger -IAN/TT Ch. D. Afonso V, L. 22, fis. 14, 17v,21.
579
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CXXXII, p. 762.
580
Cf. Catálogo Prosopográfico n° 8, pp. 39-47.
^VirmnmRza, Estudos de História Medieval, Lisboa, Presença, 1986, p. 148.
582
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CXXXIX, p. 779; Duarte Nunes de Leão,
"Crónica, e vida Del Rey D. Afonso o V...", in Crónicas dos reis de Portugal, cap. XXDC, p. 100.
583
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CLI, p. 801.
584
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CLXVIII, p. 826.
585
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 320; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira...,^. 699 e 704.
586
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. 11, p. 161.
587
Segundo Judite A. Gonçalves de Freitas, a mais antiga carta por ele subscrita enquanto Vedor da
Fazenda data de 1446. Março. 01, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 161.

73
Catálogos Prosopográficos

Foi Mordomo-mor, Contador-mor, Chanceler-mor e Escrivão da


Puridade da Excelente Senhora D. Joana, segunda mulher de D.
Afonso V .
q 'i
93*1 A sua actividade burocrática encontra-se documentada em 28
diplomas que subscreve sempre isoladamente, na qualidade de Vedor
da Fazenda. Distribuem-se pelos seguintes tipos os diplomas
encontrados:
Provimento de ofício - 17 (destes, 3 são provimentos de se asy he ^
Doação de bens e direitos - 6 ( destes diplomas, 5 são doações de se

Aforamento - 4 (tratando-se 1 diploma de uma Confirmação de


aforamento)
Licença para ter subalterno - 1
9.3.3. Colaboram no registo dos diplomas os seguintes escrivães:
Fernão de Espanha - 9
João André - 7
Gonçalo Rodrigues - 5
Pedro de Paiva - 4
João Carreiro - 1
João Jorge - 1
Ilegível - 1
9.3.4. Santarém-17
Lisboa - 6
Tânger - 3
Arzila-2
95 Em 1460 é feita uma nomeação local de três homens-bons cujo
objectivo seria fazer o levantamento daquilo "que houvesse de
requerer-se" em Cortes pela cidade do Porto. Lopo de Almeida e
encarregado da redacção definitiva dos capítulos uma vez que
desempenhava o papel de "falar e requerer a el-Rei" .
Em 1464 Junho. 10 é referido em resposta a capítulos de Cortes a
pedido do Concelho de Faro, que para isso "demos carrego" a Lopo de
Almeida para que falasse com os rendeiros e acordasse com eUes e
tudo o que determinassem nos praz que se cumpra inteiramente
Em 1464 é responsável pela arrecadação de duas multas para o
"corregimento das Caldas de Óbidos" .

10.1. Faz parte do Conselho régio desde, pelo menos, 1450. Maio. 01 .

588
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, p. 354.
589
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões...,!.. II, p. 351. ,*,á.vn\ TT n 138 doe 66
590
Armindo de Sousa, As Cortes Medievais Portuguesas..., vol. I, pp. 123-124, vol. II, p. 138, doc. 66
591
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 103.
592
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol II, p 103. A r m a r i do
593
Anselmo Braamcamp Freire, A Chancelaria de D. Afonso V..., m ob. cit., vol. IH, p. 141, Armando
Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria regia..., p. 173.
74
Catálogos Prosopográficos

10.2. Em 1481 esteve presente no Conselho que se realizou em Évora sobre


o testamento de D. Afonso V depois de feito o "saimento" .
Em 1484. Abril esteve presente no Conselho que se realizou em
Santarém sobre lavrar moeda de ouro e de prata de que o Reino era
"mui minguado" .

12. Em 1448 foi escolhido pelo monarca, por ser "(...) avydo por homem
justo e de saõ entender (...) ", para proceder a inquirições no sentido de
apurar quais os criados de D. Leonor que se viram privados dos seus
castelos, vilas, fazendas e outras coisas durante a regência do Infante
D. Pedro596
Em 1455 foi o responsável pela trasladação dos ossos do Infante D.
Pedro da igreja de Alverca para o castelo de Abrantes .
É mencionado como ocupando o 10° lugar na lista dos assentamentos
em Cortes, entre o Conde de Penamacor e o Conde de Olivença .
Em 1475, em Zamora, o Rei confiou-lhe a guarda de D. Joana, a
Beltraneja599.
Em 1476. Junho. 13, o Rei e a Rainha vieram a Miranda do Douro por
altura da Festa do Corpo de Deus onde fizeram "com a cirimonia
divida (...) prymeiro Conde d' Abrantes Lopo d' Almeida que era
Vedor da Fazenda, e lho tinha bem merecido "

13. Em 1460. Dezembro, D. Fernando da Guerra envia uma carta


confidencial a Lopo de Almeida na qual lhe pedia que usasse da sua
influência no sentido de lhe ser outorgada a vila de Ponte de Lima .
Em 1462. Março. 18 Lopo de Almeida e Lourenço Abul dão
informações sobre as intenções subjacentes ao processo de nomeação
de JOÃO GALVÃO como legado pontifício a latere e recolector das
três dízimas das rendas de todos os benefícios eclesiásticos .
Numa carta enviada pelo Príncipe a Rodrigo Afonso, que foi a Castela
como embaixador, diz-lhe que recebeu um recado do Conde de
Abrantes em que dizia que em Évora tinham morrido duas pessoas de
peste603.
Em 1482-1483 funda a primeira instituição de carácter terapêutico em
Abrantes, o Hospital de S. Salvador604.
14. Em 1452, Lopo de Almeida e João Fernandes da Silveira integraram o
séquito que acompanhou a Infanta D. Leonor a Sena para se casar com
o Imperador Frederico III. A cerimónia de apresentação dos esponsais
pelo Bispo de Sena, Eneas Piccolomini, ficou imortalizada num fresco

594
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 77.
595
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 85.
596
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. XCII, p. 706.
597
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CXXXVI, p. 769.
598
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. II, p. 162.
599
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CLXXX, p. 835.
600
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in ob. cit., cap. CXCIII, p. 850.
601
José Marques, A Arquidiocese de Braga no século XV, pp. 131-134.
602
José Marques, A Arquidiocese de Braga no séculoXV, pp. 137-140.
603
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 260.
604
Hermínia Maria Vasconcelos Vilar, Abrantes Medieval (1300-1500), pp. 26, 36, 38, 49-50, 61-63.

75
Catálogos Prosopográfícos

de Pinturicchio que ornamenta a hoje chamada Livraria Piccolomim,


na Catedral de Sena. Supõe-se que duas das figuras aí presentes,
vestidas de escuro, representam estes dois cavaleiros portugueses .

15 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V :


Livro 16, fis. 6, 37, 44v, 48v, 60v, 63v, 69, 77v, 83, 90v, 91, 99, lOlv,
102,105,105v, 126,133v, 134v.
Livro 21, fl. 32v.
Livro 22, fis. 14,17v, 21,24,64v, 94,13 lv.

16 Duarte Nunes de Leão, "Crónica, e vida Del Rey D. Affonso o V de


Portugal deste nome, e dos reys o duodecimo", in Crónicas dos reis de
Portugal Tesouros da Literatura e da História, Porto, 1975, cap. XIV,
p 51, XXLX, p. 100 e XXXV, p. 119; Rui de Pina, "Crónica de D.
Afonso V" in Crónicas de Rui de Pina, Tesouros da Literatura e da
História, Porto, 1977, caps. CXXXII, p. 762; LXX, p. 670; LXXXV, p.
694-695; CXXXIX, p. 779; XCII, p. 706; CXCIII, p. 850; CLVI, p.
811- CLI, p. 801; CLXVIII, p. 826; CXXXVI, p. 769 e CLXXX, p.
835'- Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de
Faria, Lisboa, 1956, PP. 285-286, 290; Gomes Eanes de Zurara,
Crónica do Conde D. Duarte de Meneses, ed. diplomática de Larry
King, Lisboa, Universidade Nova, 1978, cap. XXVI, p. 112.

17 Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
166-175- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1993, pp. 125, 142, 286 e 342; Jorge de Faro, Receitas
e Despesas da Fazenda Real de 1384 a 1481 (Subsídios documentais),
Lisboa, 1965, pp. 81, 200; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 -
Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto,
vol. II, pp. 77-86; Anselmo Braamcamp Freire, "A Chancelaria de D.
Afonso V", in Archivo Histórico Portuguez, vol. Ill, Lisboa, 1905, p.
141- Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, L. II, pp.
350-354 e L. Ill, pp. 317-322; Judite A. Gonçalves de Freitas, Peemos
por bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados
de Quatrocentos (1439-1460), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1999, pp. 152-163; José Marques, A Arquidiocese de
Braga no século XVI, Lisboa, INCM, 1988, pp. 131-132, 134, 138-
140; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus
oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol.
II pp. 95-105; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, Lourenço
Marques, 1973, pp. 698-705; Virgínia Rau, Estudos de História
Medieval, Lisboa, Presença, 1986, pp. 147-148; António Caetano de
Sousa, Provas da História Genealógica da Casa Real Portuguesa,

605
Virgínia Rau Estudos de História Medieval, p. 147 e duas páginas não numeradas, entre as págs.
112-113, onde se encontra reproduzido o fresco de Pinturicchio e o pormenor dos dois cavaleiros
portugueses.

76
Catálogos Prosopográficos

Tomo I Livro III, Coimbra, 1947, pp. 370-384; Armindo de Sousa, As


Cortes Medievais Portuguesas (1385-1490), dissert, de doutoramento,
policopiada, vols. I e II, Porto, INIC/CHUP, 1990 pp. 123-124 e 138,
Hermínia Maria Vasconcelos Vilar, Abrantes Medieval (1300-1500),
Abrantes, C.M.A., 1988, pp. 26,36,38,49-50, 61-63, 86 e 159.

77
Catálogos Prosopográficos

13. LOPO VASQUES (de) CASTELO BRANCO

1.1. Morreu por volta de 1478; terá sido o príncipe D. João quem o terá
mandado matar, por o considerar traidor .
1.2. Entre 1441 e 1478607.

?
, , r l i . 608
2.2. Residia em Montemor-o-Velho .

3.

3 11 É filho primogénito de Nuno Vasques de Castelo Branco e de Isabel de


Ataíde filha de João de Ataíde, senhor de Penacova.
O seu avô Martim [Lopo] Vaz de Castelo Branco foi, em tempos de D.
João I, muito honrado fidalgo, tendo sido seu Monteiro-mor e Alcaide-
mor de Moura . T^^6io
É sobrinho de GONÇALO VASQUES de CASTELO BRANCO .
3.1.2. É irmão de D. Pedro de Castelo Branco;
É irmão de D. João de Castelo Branco .
3.1.3. Casado com D. Isabel da Silva, filha de Diogo de Cevelo612.
3.1.4. Nuno Vasques de Castelo Branco;
Diogo de Melo613.
Afonso Rodrigues de Castelo Branco .
32
32.1. Em 1443. Maio. 25 o seu criado Frei Afonso Rodrigues obtém licença
para andar em besta muar de sela e freio .
Em 1464 Julho. 23 Gonçalo Mendes é provido no ofício de Juiz dos
Órfãos em Coruche por um período de três anos a pedido do nosso
biografado .

3Y1 O seu avô, Martim [Lopo] Vaz de Castelo Branco foi Monteiro-mor de
D João I e Alcaide-mor de Moura. O seu pai herdou o ofício avoengo:
foi Monteiro-mor de D. Afonso V e igualmente Alcaide-mor de

606
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 220. Lopo Vasques de Castelo Branco levantou-
se comTsua T d e Moura pelo Rei de Castela em 1478. Contudo, terá postenormente mudado de
opinião e alçado o pendão de Portugal; esta traição ter-lhe-á custado a vida.
607
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. 10».
608
Monumenta Henricina, vol. XIV, p. 36.
609
Livro de Linhagens do século XVI, pp. 278-279.
610
Cf. Catálogo prosopográfico n° 7, pp. 31-38.
611
Livro de Linhagens do século XVI, p. 279.
612
Livro de Linhagens do século XVI, p. 279.
613
Livro de Linhagens do século XVI, p. 279.
614
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 106.
613
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. 10».
616
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 106.

78
Catálogos Prosopográficos

Moura617 Foi ainda Cavaleiro-fidalgo da casa do Infante D . Duarte e,


mais tarde, da casa do Rei D . Duarte e D. Afonso V618. Participou na
conquista de Ceuta, em 1415, sendo aí armado cavaleiro pelo Infante
D. Duarte619
Em 1467. Abril foi solenemente criado^por D . Afonso V, almirante na
Sé de Évora, sucedendo a Rui de Melo .
3 3 2. Em 1464 é mencionado fidalgo da Casa real621. No período abordado
por Judite de Freitas surge como Escudeiro da Casa Rear .
Tem por alcunha "o Torrão"623. 624 ^ . , . i • C A I rJ>2i
Tal como o pai foi Alcaide-mor de Moura624. Foi Cavaleiro-fidalgo .
Em 1478, intitulou-se Conde de Moura .
3 3 5 O seu filho primogénito sucede-lhe no ofício de Monteiro-mor, na
" ' ' Alcaidaria de Moura e no morgado de Castelo Branco6 . Porem, este
último ser-lhe-á retirado por sentença do seu tio, D. Pedro de Castelo
r» 628
Branco .

4.
4.6. Em 1471 Janeiro. 28 é dado por sesmeiro das sesmarias da vila de
Coruche e seu termo. Obtém autorização para dar de sesmarias os
pinhais e terras em baldio na vila de Coruche àqueles que lhas pedirem
. -+„>629
e quiserem aproveitar . .
Em 1475 Outubro. 25 é-lhe feita mercê de todos os ofícios que
pertenceram a seu |>ai: o Almoxarifado de Portalegre e a Alcaidaria do
Castelo de Moura6 °. .
Em 1476 Agosto. 11 recebe doação do serviço real e novo das
comunas de Coruche, Eira, Benavente, Samora Correia, Salvaterra e
Muge631
47 Em 1475 Setembro. 25, D . Afonso V promete ao nosso biografado
que após a sua morte, daria a um seu filho não só todos os ofícios que
já tinha como todos aqueles que haveria de herdar por morte de seu
pai (Nuno Vasques de Castelo Branco), e que eram o Almirantado e a
Montaria-mor

617 Livro de Linhagens do séculoXVI, p. 278.


618 Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., voL , p. ■
619 Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. 212.
620
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. I, p. 196.
621
Helena M. Matos Monteiro, A C hancelaria régia..., vol II, p. 10b.
622
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. M.
623
Livro de Linhagens do século XVI, p. 279.
624
Livro de Linhagens do século XVI, p. 279.
625
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 204.
626
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. IH, p. 220. ,„„,«»
627
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. W-
628
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 220.
629
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 98.
630
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol 11 p. 210
631
Maria José Pimenta Ferro Tavares, Os Judeus em Portugal no século XV, vol. ftp 738
« 2 Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. I, p. 196. Por morrer a s — o e m 1478 nao chegou
Lopo Vasques de Castelo Branco a suceder a seu pai, que só faleceu em 1481, tendo D . João
nomeado almirante, por carta de 1483. Outubro. 03, Pedro de Albuquerque, do seu Conselho.

79
Catálogos Prosopográficos

.633
48 Recebe uma tença graciosa no valor de 10.280 reais
Em 1469, ostentando o estatuto de Cavaleiro fidalgo recebe^uma
moradia no valor de 2.675 reais634, valor que se mantém em 1474 .
Em 1476, enquanto Cavaleiro do Conselho, aufere uma moradia de
4.286 reais, confirmada em 1477 .

7 Em 1478, intitulando-se Conde de Moura, levantou-se com esta vila


pelo Rei de Castela. Apesar do arrependimento, esta posição valeu-lhe
a acusação de traição e a morte, pois deixou de merecer a confiança do
, • 637
príncipe .
9
9 1. Em 1440. Março. 08 recebe provimento no ofício de Procurador e
Recebedor das sisas do "aver do peso" da cidade de Lisboa .
Em 1454- Novembro. 30 é provido no ofício de Coudel-mor de
639
Montemor-o-Novo .
92 Na década de 40 substitui frequentemente o seu pai, Nuno Vasques^de
Castelo Branco, subscrevendo cartas na qualidade de Monteiro-mor .
Desde 1440. Março. 08 é Escudeiro da Corte ou da Casa real .
Supõe-se que terá sido empossado no cargo de Monteiro-mor em 1459,
ano em que o pai se afasta .
93
9.3.1. No ano em apreço, redacta apenas uma carta na qualidade de
Monteiro-mor, que inserimos no seguinte tipo:
Provimento de ofício - 1
9.3.5. Pedro de Olivença - 1
9.3.6. Santarém-1

13 Em 1471. Fevereiro. 15, na sequência de um desentendimento com


Artur de Brito, Alcaide mor da vila de Beja, no qual fora morto um dos
seus homens, obtém perdão pela dita morte e por se ter amorado .

15. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fl. 30v.

633
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 114.
634
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 204.
635
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 206.
636
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., pp. 200-201.
637
ArJelmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 220; Rui de Pina, «Crómca de D. Afonso V , m
ob. cit., cap. CCIV, pp. 865-866.
638
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. lOV.
639
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 210.
640
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II, pp. 169-1 /U.
641
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 170.
642
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 170.
643
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 24v.

80
Catálogos Prosopográfícos

16. Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Faria,


Lisboa, 1956, pp. 278-279.

17 Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real de 1384 a 1481


(Subsídios documentais), Lisboa, 1965, pp. 114, 200-201, 204 e 206;
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, L. I, p. 196 e
L III, p. 220; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e
mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados de
Quatrocentos (1439-1460), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1999, pp. 168-170,210 e 212.

81
Catálogos Prosopográficos

14. PEDRO da COSTA

1.1. Em 1482. Agosto. 31 já teria falecido644.


12 Em 1465. Maio. 03 já pertencia ao Desembargo645 e em 1482. Agosto.
31 o Doutor Vasco Fernandes de Lucena sucede-lhe como
Desembargador do ofício dos Agravos da Casa do Cível de Lisboa .

3
3.2.
3 2 3 Em 1465 Março. 31 647 e 1466. Outubro. 03 648 é mencionado vassalo
do Rei649.

4
4.7. Em 1470. Agosto obtém licença para andar de mula durante um ano.
Pagou 40 reais brancos .

6.2. Estudou Leis651.


6.3. Em 1465. Março. 31 é já mencionado Bacharel em leis .

653
9.2. Em 1465. Maio. 03 já pertencia ao Desembargo^> .
,V654
Em 1465 Maio. 13 é Ouvidor "em sua Corte"
No ano de 1466: Fevereiro. 17; Junho. 13 e Agosto. 22 subscreve
sentenças da Casa da Suplicação65 . m
Em 1466. Outubro. 03 é mencionado Corregedor interino .
Ao longo do ano de 1471, na documentação por nós compulsada, surge
sempre como sendo do Desembargo.
Em 1473 é sempre referido como sendo do Desembargo e das
n .. ~ 657
Petições
Em 1480. Fevereiro. 14, enquanto elemento do Desembargo, surge a
co-redactar uma carta de confirmação de instituição de morgadio.
644
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 847.
645
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 119.
646
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 847.

«« S ! ! / m lí2sseu vasalo E ouuydor que ora per seu epiçiall mamdado tem carregue da
coreicam da sua Corte ", Ch. U.P., vol. VI, p. 388.
649
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 62.
650
O Livro dos Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 82.
« Em todos os documentos por nós compulsados relativos ao subscritor em causa, surge sempre com o
grau de "Bacharel em Leis".
652
Ch. U.P., vol. VI, p. 326.
653
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria regia..., vol. II, p. 1IV.
654
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 119.
655
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 19.
656
Ch. U.P., vol. VI, p. 388.
657
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 94.

82
Catálogos Prosopográficos

Deveria desempenhar a função de Terceiro dos Agravos, cargo que


detinha em 1479. Junho. 22 e que foi posteriormente ocupado pelo
Doutor Rui Boto quando Pedro da Costa transitou para a Casa do
Cível658
Em 1482 Agosto 31 o Doutor Vasco Fernandes de Lucena é nomeado
Desembargador dos Agravos da Casa do Cível em virtude do ofício se
encontrar vago por óbito de Pedro da Costa .

9.3.1. Subscreve, no total, 97 cartas, sempre em parceria com outros


subscritores.
Em parceria só com PEDRO da SILVA, redacta um total de 81 cartas,
que distribuímos pelos seguintes tipos documentais:
Perdão - 80
Segurança - 1
Em parceria com BRÁS AFONSO, subscreve um total de 14 cartas,
inseríveis nos seguintes tipos diplomáticos:
Segurança - 5
Perdão - 4
Legitimação - 2
Confirmação de perfilhamento - 1
Esmoler - 1
Segurança a mercadores - 1
Em parceria com PEDRO da SILVA e JOÃO TEIXEIRA aparece a
subscrever apenas 2 cartas do seguinte tipo:
Perdão - 2
9.3.2. PEDRO da SILVA - 81 cartas
BRÁS AFONSO - 14 cartas
PEDRO da SILVA e JOÃO TEIXEIRA - 2 cartas
9.3.3. Quando trabalha em parceria com PEDRO da SILVA, encontramos os
seguintes escrivães:
João Jorge - 32
Fernão Gonçalves - 1 4
Diogo Afonso- 13
Pedro Alvares - 10
João (de) Vila Real por Diogo Afonso - 5
Álvaro Dias por Pedro Alvares - 2
João (de) Lisboa por Fernão Gonçalves - 2
João (de) Vila Real - 2
João (de) Vila Real por Pedro Alvares - 1

658 Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito'' vol. H, p. 135.


659 Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 847.

83
Catálogos Prosopográficos

Em parceria com BRÁS AFONSO, aparecem a colaborar os seguintes


escrivães:
Fernão Gonçalves - 6
Pedro Alvares - 6
Diogo Afonso - 2
Simultaneamente com JOÃO TEIXEIRA e PEDRO da SILVA,
trabalham com um único escrivão:
João Jorge - 2
9.3.4. Os diplomas em parceria com PEDRO da SILVA, são redactados a
partir da seguinte localidade:
Lisboa- 81
Com BRÁS AFONSO, redacta todos os diplomas a partir de:
Lisboa- 14
Em parceria com PEDRO da SILVA e JOÃO TEIXEIRA, subscreve a
partir de:
Lisboa - 2
94 Em 1481 o Rei envia o seu desembargador Pedro da Costa "...do nosso
desembargo, que ora por nosso especial! mamdado temdes caregode
nossa justiça com alçada em a comarca e coreicam da Beira .
Existem testemunhos dessa missão em 1481. Abril. 23, quando se
encontra em Viseu, e em 1481. Maio. 04, mencionado numa carta de
perdão. É acompanhado nessa missão por JOÃO JORGE, escrivão do
Desembargo régio "e ora juiz por nos em Viseu" . O objectivo e
resolver uma contenda entre os moradores de Pinhel e seu termo e D.
Fernando Coutinho, membro do Conselho régio, marechal do reino e
senhor da dita vila de Pinhel, e ainda tirar inquirições dos males,
roubos, danos e opressões que ele supostamente tinha feito aos
moradores da vila .

13 Em 1475 Março. 28, uma mulher residente em Évora, que se


encontrava presa, recebe carta de perdão por t » difamado o Doutor
Pedro da Costa, afirmando que ele "levara peita" .

15 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livrol7,fls.3,7,14v,30,30v,47,53,75v,76,95
Livro 21, fis. 3v, 4v, 6v, 7, 11, llv, 12, 13, 13v, 14, 16v, 17v 18, 19,
19v 20, 20v, 22, 22v, 23, 24, 26, 26v, 27, 29v, 30, 30v, 31, 31v 32,
33v 34 34v, 35, 35v, 36, 36v, 37, 37v, 38, 38v, 39v, 40, 40v, 41, 41v,
42 42v 43 44 45, 46, 46v, 47, 49, 50, 51, 51v, 54, 54v, 56, 69, 69v,
70', 70v, 7l', 71v, 72, 72v, 74, 77, 77v, 78, 79, 81v, 83, 83v, 88v, 89,
94v, 100.
<*° Humberto Baquero Moreno, "Um conflito social em Pinhel e seu termo no século XV" in
MafgZalSude e Conflitos Sociais em Portugal nos Séculos XIV e XV, Estudos de Htstona, ed.
Presença, Lisboa, 1985, p. 196.
661
Luís Miauel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. 11, pp. 63 e 1V4.
- H u m b S Baquero Moreno, "Um conflito social em Pinhel e seu termo no século XV", m ob. at.,
663
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 62.

84
Catálogos Prosopográficos

Livro 22, fis. 103,104,106,107,107v, 110,122v, 123.


Livro 38, fis. 71 (?).

17 Cf • Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1993, PP- 19, 62-63 e 194; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira,
1473 - Um'Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado,
Porto vol II, p. 94; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria
Régia e os seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop.,
Porto 1997, vol. II, p. 119; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, Lourenço
Marques 1973 p. 847; Humberto Baquero Moreno, "Um conflito
social em Pinhel e seu termo no século XV", in Marginalidade e
Conflitos Sociais em Portugal nos Séculos XIV e XV, Estudos de
História, ed. Presença, Lisboa, 1985, p. 196; Eugenia Pereira da Mota,
Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito" (1480-1483). Caminhos da
Burocracia Régia, vol. II, p. 135.

85
Catálogos Prosopográficos

15. PEDRO da SILVA

1.1. Em 1476. Abril. 05 já era falecido664.


12 Em 1460. Setembro. 17 já faz parte do Desembargo665. Em 1475.
1
* , *.. , 666
Dezembro. 01 subscreve a última carta

,667
2.1. O seu pai "foy senhor de muitas terras e de Vagos'

3.

l î ' . l . Filho bastardo de João Gomes da Silva, neto de Gonçalo Gomes da


Silva, e de Leonor Gonçalves .
3 12 Irmão de Aires Gomes da Silva, Regedor da justiça da Casa do Cível
' " d e Lisboa, Alcaide-mor de Montemor-o-Velho e senhor de Vagos.
Casou em primeiras núpcias com D. Leonor de Miranda, filha de D.
Martinho Afonso da Charneca, Arcebispo de Braga; terá contraído
segundo matrimónio (1430) com Beatriz Meneses, filha de Martinho
de Meneses, I o senhor de Cantanhede, aia da Rainha D. Isabel, b o
único filho varão legítimo do pai ;
Irmão de D. Teresa da Silva, mulher de Fernão Eanes de Lima, senhor
das terras de Valdevez e de Coura; .
Irmão de Isabel Gomes, mulher de Pedro Gonçalves de Malafaia,
Vedor da Fazenda de D. João I e de D. Duarte ;
Irmão de Diogo da Silva, Cavaleiro da Casa real, Tesoureiro-mor de D.
Afonso V (1456-1466), casado com D. Guiomar Borges, irmã de
Duarte Borges, Camareiro de D. Duarte e Guarda roupa de D. Afonso
y671.
' • 672
Irmão de Lopo da Silva, cléngo .
3 1 3 Casado com Isabel Pais, filha de Gonçalo Pais, Cantor de D. Afonso
V673.
3 1.4. Teve os seguintes filhos:
Aires Gomes da Silva, que morreu sem deixar geração;
Henrique da Silva;
Gomes da Silva, clérigo;
664
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 64.
665
Ch. U.P., vol. VI, p. 175.
666
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. 11, p. 04.
667
Livro de Linhagens do século XVI, p. 124.
™ Livro de Linhagens do século XVI, p. 124; Rita Costa Gomes, A Corte dos Reis..., pp. 86-87.
669
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. II, pp. 49-54.
670
Livro de Linhagens do século XVI, p. 124.

Silva.
673
Livro de Linhagens do século XVI, pp. 133 e 134.

86
Catálogos Prosopográficos

D Toana. casada em primeiras núpcias com D. Diogo d' Eça, filho de


D. F e m ^ d Eça l posteriormente, com Gonçalo Mendes Caçoto,
Adail-mor; 674
D. Maria (?), primeira mulher de Duarte d Azevedo .

32.1. Em 1463. Março. 05 Gonçalo Rodrigues Bacelar, seu amo, é nomeado


tabelião do crime em Lisboa . : ■ , , * „
Em 1463. Outubro. 22 D iogo ^Martins, seu cnado, e nomeado
reaueridor da alfândega de Lisboa . .
Em 1468. Abril. 20 um seu escudeiro é nomeado juiz das sisas de
^ • 677
Gouveia .
3*3*1 O seu pai, João Gomes da Silva foi Alferes-mor de D Joãoj e seu
Copeiro-mor678. Era senhor de Vagos e de muitas outras terras .
, , • 680
3 3 2 Em 1460-1465 era vassalo régio .
3 3 3 Aires Gomes da Silva, Regedor da justiça da Casa do Cível de Lisboa,
IkSde-mor de Montemor-o-Velho e senhor de Vagps. Gasou em
Primekas núpcias com D . Leonor de Miranda, filha de D . Martinho
K o da Charneca, Arcebispo de Braga; terá contraído segundo
m S ó n i o (1430) com Beatriz Meneses, filha de Martinho de
Meneses, I o senhor de Cantanhede, aia da Rainha D. Isabel
Diogo da Silva, Cavaleiro da Casa real, Tesoureiro-mor de D. Afonso
V (1456-1466), casado com D . Guiomar Borges irmã de D uarte
Borges, Camareiro de D. Duarte e Guarda roupa de D. Afonso V .
Lopo da Silva, clérigo.
3.3.4. É cunhado de Fernão Eanes de Lima, senhor das terras de Valdevez e
de Coura683
É c u l a d o d e Pedro Gonçalves de Malafaia, Vedor da Fazenda e
Conselheiro de D. João I e de D. Duarte .
3.3.5. Aires Gomes da Silva morreu sem descendência;
Gomes da Silva foi clérigo.

674
Livro de Linhagens do século XVI, PP- 134 e 239.
675
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria regia..., p. 191.
676
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria regia..., p. 191.
- Armando Paulo C - r v d h o B o r l i d j ^ C ^ a n a ^ . . J 19L ^ ^ ^

L £ £ 2 = 2 E S . Í S S Í 5 ™ ^ a - o— o - » foi
atribuído em 1385, em Coimbra, logo a seguirportes. ^ de
foram aMa
M ï s n ^ w ^ ?£*&——- -
concedidas, como se pode constatar na nota 2 da p. 47.
680
Cfc. a ? . , vol. VI, p. 175.
681
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. 11, pp. 4V-34.
682
Ifvro Je Linhagens do século XVI, pp. 124 e 133.
683
Livro de Linhagens do século XVI, p. 124.
684
Livro de Linhagens do século XVI, p. 124.

87
Catálogos Prosopográficos

4
45 Em 1450. Abril. 16 recebe, tal como o seu irmão Diogo da Silva, uma
bolsa de estudo no montante de 6.000 reais brancos anuais . ^
Em 1476. Julho. 25, a viúva recebe uma tença anual de 15.000 reais .
46 Em 1463. Junho. 16 recebe confirmação de uma doação feita por
Diogo da Maia da administração dos bens de uma capela situada na
igreja de S. João do Lumiar, em Lisboa .
Em 1464 Julho. 26 recebe doação de uma herdade que Pêro Vasques
das Cabras, morador em Elvas, tinha comprado a Mafamede, mouro
forro, por carta se asy he
48 Em 1462 enquanto Cavaleiro fidalgo, recebe uma moradia de 2.000
reais, valor que se mantém em 1469, mas que é aumentado para 2.875
reais em 1474 .

6.1 Desde 1450 frequenta o Estudo Geral de Lisboa.


690
6.3. Em 1460. Setembro. 17 é Doutor em degredos

7 Em 1471 encontramos o nosso biografado em Arzila e Tânger a passar


alvarás de segurança a homiziados para que tivessem oportunidade de
obter os perdões das partes ofendidas e legalizarem a sua situação após
• 691
o regresso ao reino .
Em 1475 acompanhou o Rei na expedição a Castela, onde viria a
falecer (em 1476. Julho. 25 já era morto)69 .

9.2. Em 1460 já faz parte do Desembargo régio até, pelo menos, 1464.
Janeiro. 18.
Em 1462. Setembro. 29 aparece como Terceiro dos Agravos da Casa
693
da Suplicação . „
Em 1464 Junho. 12 o seu lugar passou a ser ocupado por João
Rodrigues Mealheiro694. Ainda durante este ano aparece como
integrando o Desembargo e Petições e como Corregedor da Corte
. . 695
Em 1471 aparece sempre a co-subscrever na qualidade de membro do
696
Desembargo e Petições
697
. Esta situação vem desde 1462 e ainda se
mantém em 1473
685
Œ £/./>., vol. V,p. 153.
686
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. Il, pp. 64-05.
687
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 192
688
Helena M. Matos Monteiro, .4 Chancelaria régia..., vol. II, p.134.
689
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., pp. 202, 205-2UO.

« Atítulodelxemplo :Ch. D. Afonso V, L. 21, fis. 3v, 18,20 95v; L. 17, fis. 4v, 30, 30v.
692
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 64.
693
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 64.
694
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 29.
695
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 73.
696
Ver ponto 9.3 e seguintes do presente Catálogo Prosopográfico.

88
Catálogos Prosopográficos

0 1
9 3 1 No ano em apreço neste trabalho aparece a subscrever um total de 431
diplomas, sempre em regime de parceria com outros subscritores.
Em parceria só com JOÃO TEIXEIRA subscreve um total de 348
diplomas, distribuídos pelos seguintes tipos:
Perdão - 286
Legitimação - 22
Segurança-21
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 5
Estalajadeiro - 4
Confirmação de Perfilhamento - 2
Doação de bens e direitos - 2
Privilégio em geral - 2
Administração de capela - 1
Aposentação - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Provimento de ofício - 1
Em parceria só com PEDRO da COSTA subscreve um total de 81
diplomas, que distribuímos pela seguinte tipologia:
Perdão - 80
Segurança - 1
Simultaneamente com JOÃO TEDŒIRA e PEDRO da COSTA
subscreve apenas 2 diplomas do seguinte tipo:
Perdão - 2
9 3.2. JOÃO TEIXEIRA - 348 cartas
PEDRO da COSTA - 81 cartas
JOÃO TEIXEIRA e PEDRO da COSTA - 2 cartas
9.3.3. Enquanto parceiro de JOÃO TEIXEIRA recebe a colaboração dos
seguintes escrivães:
João Jorge - 97
Pedro Alvares - 67
Fernão Gonçalves - 65
Diogo Afonso - 63
João (de) Vila Real por Pedro Alvares -14
Fernão (de) Braga por Fernão Gonçalves - 12
Álvaro Dias por Pedro Alvares - 9
João (de) Vila Real por Diogo Afonso - 7
João (de) Vila Real-6
João (de) Vila Real por Fernão Gonçalves - 3
Afonso Trigo por Fernão Gonçalves - 1
Brás Afonso - 1
Fernão (de) Braga - 1
Ilegível - 2

- Ana Paula Almeida, A Chancelaria Régia e os seus Oficias em 1462, <taert.de mestrado, Porto
1996? PP- 183-184; Armando Paulo Carvalho Borlido A Chancelaria régia P M » ^ g j j
Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, pp. 98-99, Helena M. Matos
Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 136.

89
Catálogos Prosopográficos

Em parceria com PEDRO da COSTA recebe a colaboração dos


seguintes escrivães:
João Jorge - 32
Fernão Gonçalves - 1 4
Diogo Afonso-13
Pedro Alvares-10
João (de) Vila Real por Diogo Afonso - 5
Álvaro Dias por Pedro Alvares - 2
João (de) Lisboa por Fernão Gonçalves - 2
João (de) Vila Real-2
João (de) Vila Real por Pedro Alvares - 1
Simultaneamente com JOÃO TEIXEIRA e PEDRO da COSTA
trabalham com um único escrivão:
João Jorge - 2
9 3.4. Os diplomas em parceria com JOÃO TEIXEIRA sâo redactados a
partir das seguintes localidades:
Lisboa - 260
Santarém - 64
Tânger - 22
Arzila - 1
Sem local - 1
Em parceria com PEDRO da COSTA despacha a partir de:
Lisboa-81
Q u a „do colabora com os dois subscritores; supramencionados
simultaneamente, os diplomas são redactados a parto de.
Lisboa - 2

15. IAOTT C h a n c e l a de l U t a ^ ^ 24V> 2 5 ,

Í f S » M U 31 32V 34 35V, 36V, 37, 38, 41V, 49, 50 50V,


o «V « V 54 54V 55V 56 59, 61V, 62V, 63V, 68, 69V, 70, 71,
; , 5 K „• 78V 79 79V 80, 81, 81V, 82V, 83, 83V, 85, 86,

J"' ^ 2 1 W " « v . 9,9v, 10, 10». 12, 13». 14, Mv, 16 17.

; v ;K 48'. 49V, 50, 50v, 52 53 56, 57 58 5 v, 59v


tù, 62 ; 62v 64 65 66 66V « v 68v, 69 70v, 7 v 72 73 73v, 74,

2 ? v v £ £ . W . 92, K 93;, 95,95v, 96, 96v, 97,


08 99 99v 101, Olv, 102,105v, 106, 107,109.

47V, S 48Í; 4 9 ^ M 5,v, 52v, 53, 53v, 54, 54v, 55, 55v, 56, 57v,

90
Catálogos Prosopográficos

58v 60v, 61, 62, 64, 65v, 66, 66v, 67, 67v, 68, 68v, 69, 69v 70, 70v,
71 71v 72 72v 74, 75, 76, 77, 77v, 78, 79, 80, 81, 81v, 83, 83v, 86v,
87, K , 89?90v', 91, 91v, 92v, 93, 93v, 94, 94v, 95v, 96, 97, 97v,
98 98v, 99v, 100, lOOv.
Livre,22, fis'. 1, 5, Tv, 8, 8v, 9v, 10, lOv 11 llv,12,12v 3 4v 5,
16 16v 18 18v, 19,19v, 20, 21, 21v, 22v, 23,23v, 25v, 27, 27v, 28v,
29 lv 32 33 34, 35, 35v, 36, 37, 37v, 39, 39v, 40,40v, 41,41v, 42,
42v, 43', 43v, 44, 44v, 45, 45v, 46, 47, 47v 48v 50 51 51v 52, 53
54 54v 55, 55v, 56, 56v, 57, 58, 58v, 59, 60v, 61, 62, 63v, 65v, 67,
68 68v 69 69v 70, 70v, 71, 72, 73v, 74, 74v, 75, 75v, 76, 76v, 77,
78' 78v 80' 80v', 81 81v 82 82v, 83, 83v, 84, 84v, 85, 85v, 86 87,
87; l i 89v, 90 90V, 91, 91v, 92, 93, 95, 95v, 96v, 97v 98 98v 99v,
100 lOOv 101, 102, 102v, 103, 104, 106, 107, 107v, 110, HOv, llv,
U2v 113 114v, 1 5 , 116, 116V, 117v, 118v, 119, 119v, 120, 20v,
1 2 1 ? 1 2 1 V , 122, 122v, 123, 123v, 124v, 125, 125v, 126, 126v, 127v,
128,129,129v, 130,131.
Livro 35, fis. 77v, 101 (?).
Livro 38, fis. 65v, 68, 71 (?), 73 (?), 75, 75v (?).

16 Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Faria,


Lisboa, 1956, pp. 124,133-134 e 239.

17 Cf.- Ana Paula Pereira Godinho de Almeida, A Chancelaria Régia e os


seus oficiais em 1462, dissert, de mestrado, policop., Porto 1996, pp.
183-184- Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Regia e os
seus oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop Porto,
1996 DD 191-193; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no
Portugal Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert de
dou ofamento, policop., Porto, 1993, pp. 29, 64-65 e 73; Ehana
Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo do
Ï I , disLt. de mestrado, Porto vol. II, pp. 96-100; A t e i m o
Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, L II, pp. 47 49-54
Rita Costa Gomes, A Corte dos Reis de Portugal no final da Idade
Média pp 86-87; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria regia
e os seus oficiais (1464-1465), dissert, de mestrado, policop., Porto,
1997, vol. n, pp. 134 e 136.

91
Catálogos Prosopográficos

16. RUI GOMES (de) ALVARENGA

1.1. Em 1475. Agosto. 11 já tinha morrido .


1.2. Entre 1441 e 1475699.

2.1. Supõe-se que era natural de Torres Vedras700.


2.3. Encontra-se sepultado na Igreja da Graça, em Lisboa701.
2.4. Viajou até Bolonha, Castela702 e Roma70 .

3.
3*n Filho do Dr. Gomes Martins de Alvarenga, Desembargador e Juiz dos
FeÍos de D. João I (1396-1430)704, e de Catarina Teixeira ,
camareira-mor da Infanta D. Isabel, duquesa de Borgonha.
3 12 É meio-irmão de João Fernandes da Silveira, filho do primeiro
3A2
- L a X t o de Catarina Teixeira - m o D , Fernando Afonso da
Silveira, Desembargador de D. João I (1419-1432) .
3 1 3 Casado com D. Mécia de Melo, filha defctóvto Soares de Melo, 6o
senhor de Melo, e de D. Teresa de Novais .

3.1.4. Teve os seguintes filhos:


Gomes Soares;
Fernão de Melo;
Afonso Rodrigues;
Pedro Soares;
l ODO Soares de Melo; . . , .
D Beatriz, casada com D. Álvaro Coutinho em primeiras núpcias e,
por morte deste, com D. Pedro de Meneses, Conde de Cantanhede .

- T u d k e ' k Gonçalves de Freitas, Temos por bem e mandamos..., vol. II, p. 252.
700
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 233.
« Mui r e n i a o seu epitáfio. Anselmo Braamcamp Freire * * * * . . , L. IH, P- 233.
702
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira p. 710

= S . ^ » á » S S t Ê $ U > . ™™ pon„, «
pp. 313-314.
705
Livro de Linhagens do século XVI, p. 311.
706
Livro de Linhagens do século XVI, p. 307.
™ Livro de Linhagem do século XVI V.W. H u m b e r t 0 Baquero Moreno, A Batalha de
708
Livro de Linhagens do século XVI, p. 311, Humoeno oaq
Alfarrobeira..., p. 711.

92
Catálogos Prosopográfícos

,Vi Em 1444 Março. 25, Pêro Godinho, seu escudeiro e criado, recebeu,
por carta de "se asy he", umas casas em Lisboa confiscadas a Gonçalo
709
Af
E J T Î W Dezembro. 21, Lourenço de Moura, seu criado, recebe
orovimento no ofício de tabelião de Moura .
Em 1445- Julho. 19, Pêro Godinho, escudeiro, recebe um chão em
T . , 711
Em 1449 Junho. 14, um seu criado, de nome Nicolau Martins é
provido no ofício de Escrivão dos órfãos da f f f ^ % ^
substituindo, desta feita, João Fernandes, criado do InfantetJX Pedro
Em 1451 Abril. 07, Gomes Dias, seu escudeiro e criado, e provido nos
ofícios de Tabelião e Escrivão das sisas do julgado de Pinhel e
Almoxarife de Torres Vedras. Em 1462. Agosto, deslocou-se a
. , . 713
C
Em 1456. Abril. 27, Pedro de Almeida, seu escudeiro, é provido no
ofício de Tabelião de Torres Vedras714. .
Em 1464 Junho. 26, Rui Carvalho, seu escudeiro, e provido a Escrivão
dos feitos das sisas e "coisas" apropriadas pela Rendição dos Cativos
entre Tejo e Odiana perante Rui de Lisboa, Juiz dos ditos feitos, por
renúncia do niendonado cargo por parte de João de Lisboa, criado
réeio em 1464. Junho. 09 . . ,
Em 1464 Julho. 14, Fernão Rodrigues Valadares, seu criado, e provido
no ofício de Escrivão dos feitos que se tratam na comuna dos
716
Em 1464 Setembro. 09, Fernão Valadares, seu escudeiro, é provido no
ofício de Contador dos feitos e custos da vila de Santarém e seu

E m H 7 Í . Outubro. 21 Mem Gonçalves, seu escudeiro, recebe carta de


,~ 718
Fm 1471. Outubro. 22 Rui Dias, seu escudeiro, obtém, igualmente,
719
carta de perdão . . , .,
Em 1472 Novembro. 15 Gomes Henriques, seu escudeiro, e provido a
Coudel de Óbidos. Em 1472. Novembro. 25, recebe doaçtode bens
nessa vila Em 1482. Junho. 20, é provido a Juiz das suas sisas .
Em 1476. Janeiro. 26, Vicente Lourenço, seu escudeiro, recebe perdão
régio por ser "refiam" .

709
Ch U.P., vol IV, p. 411. ,,.,
710
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., voL , p. 253.
711
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., voL , p. 253.
712
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vo L , p. 253.
713
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vo1 , p. 253.
714
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos., vol II, p. 254.
7,5
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vo . II, p. 42.
716
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vo . II, p. 142.
717
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. 11, p. 142.
718
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fl. 58.
719
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fl. 51.
720
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. 111, p. 160.
721
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. 11, p. VI-

93
Catálogos Prosopográficos

3.3.
3.3.1.
da Infanta D. Isabel, duquesa de Borgonha .
25
D e s d e ,441 é vassalo régio' . Cavaleiro da Casa real. Desde 1452 e
3.3.2.
S Í ~ , no item 'dos oficiais', Rui Gomes de Alvarenga é
mencionado como 1° Chanceler-mor .

3.3.3.

Z & Z F * 2 £ $ £ % * < ^ Cnanceler-mor e

de uso de bandeira quadrada™; é vassalo régio.


Primo de D. Fernando da Guerra, Arcebispo de Braga e Chanceler-
3.3.4.
730
mor . , , .,,731
Genro de Estêvão Soares, senhor de Melo .
So^o de D Pedro de Meneses, Conde de Cantanhede .
3.3.5
733
Monsanto ; fí„ , D pe(jj-0 de Castro,
Fernão de Melo casou com D . Isabel, filha <toD. rearo
senhor de Reriz, e de D. Teresa de Vasconcelos
T „ c^arPQ rle Alvarenga foi governador da Índia, casou cum
Ï C Î ^ 2 Nuno da Cunha, Camarciro-mor do Infante
D. Fernando, irmão de D. Afonso V .

4. Em 1463 Janeiro. 24 obtém uma bolsa no valor de 5.400 reais brancos


4.5. S a r a ^ n t i m e n t o no Estudo de seufilhoFernão de Melo .

722
723
724
Livro de Linhagens do século XVI, p. 311-
725
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. W, p. AI.
726
727
S S o Baquero Moreno, ^ fettfe de ^ / Z d à L s \oX. II, p. 255, nota 1623.
728 Judite A - G o n ç a l v e ^
729
730 Anselmo Braamcamp Freire, Brasões L. Ill, p. Al.
731
I / v r o ^ I / n t o g ^ ^ ^ m p p . 57e311
■- Livro * £ * * « » » * «** ° ^ J PP- 06-107 e 311.
732
733
733 Livro de Linhagens do século XVI, P- ^ ão há rigor quanto ao nome da mulher de
734
734 Ao consultar o Livro de Lmhagens, C ^ » X de D Pedro, na pág. 85, e como D. Mana de
?r í^t rpxrsrr iisst p^ *« «*. *. se «. da meSma
8 5 e 312)
peÏoaC^o ^ ^ S S ' "
~ í ^ r f p ^ S ^ T í ^ n S r t o Baquero Moreno, "Um Aspecto da Política Cultural de D.
Afonso V a'concessâo'de bobas de estudo", in oo. cit., p. 21.
94
Catálogos Prosopográficos

Em 1463. Janeiro. 25 é outorgada bolsa de estudo no valor de 5.400


reais brancos anuais a outro filho seu, Afonso Rodrigues .
Em 1468. Janeiro. 22, o seu filho Pedro Soares recebe uma bolsa de
mantimento para estudo no valor de 5.400 reais brancos anuais .
Em 1469. Janeiro. 18, o seu filho Lopo Soares de Melo recebe uma
bolsa de estudo anual no valor 7.000 reais brancos . A Afonso
Rodrigues de Melo são acrescidos mais 7.000 reais de mantimento .
46 Em 1443 Julho. 01, em nome dos bons serviços prestados ao Infante
D Pedro recebe uns bens localizados em Alenquer que tinham
pertencido a D iogo Álvares Gato, que se encontrava exilado em
Castela741.
Em 1456 Março. 10 recebeu, em atenção aos muitos serviços que
prestou, por carta de "se asy he", a Quinta de Santa Marta, situada no
termo da vila de Santarém. A referida propriedade pertencera a João
Teixeira, cavaleiro, morador em Elvas, que a tinha deixado à coroa.
Esta mercê podia ser transmitida pelo detentor ao filho varão
742
primogénito . ,
Em 1457 D ezembro. 02 obteve doação de um pinhal em Fonte Orada,
localizado no termo de Torres Vedras, o^qual fora sonegado à coroa
por alguns vizinhos da referida localidade .
Em 1464 Julho. 18 recebeu os bens móveis e de raiz pertencentes ao
judeu Garcia Cide, morador em Évora, que os perdeu por ter ido para
Castela onde 'desbaratou' 30.000 reais brancos, transgredindo, deste
r ■ 744
modo, a ordenação regia .
Em 1472 Agosto. 24 foi contemplado com uma casa confiscada em
Torres Vedras ao clérigo Fernando Afonso, em virtude deste não
possuir autorização régia para a adquirir .
4.7. Em 1463. Agosto. 11 é-lhe confirmada a coutada de uma quinta no
termo de Santarém .
6. -74-7
6.1. Em 1463 era estudante em Bolonha .
748
6.3. D esde inícios de 1441 é Doutor em Leis .

1.
Em 1449 esteve em Alfarrobeira ao lado das hostes reais com a sua
própria "companha" .
737
Ch. U.P., vol. VI, p. 250.
738
Ch. U.P., vol. VI, p. 430.
739
Ch. £/./>., vol. VI, p. 473.
740
Ch. U.P., vol. VI, p. 474.
7
« S . í t/5, V v 0 oÍ. I VI P pp 8 21-22; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., pp. 710-
711
743
Humberto Baouero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 711.
™ S S o B a q l o Moreno^ Batalha de Alfarrobeira..., p. 711; Judite A. Gonçalves de Fre.tas,
Teemos por bem e mandamos..., vol. II, p. 256.
745
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 711.
746
Ch. U.P., vol. VI, p. 289.
747
Rita Costa Gomes, A Corte dos Reis..., p. 150.
748
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. 11, p. ^ 0 .

95
Catálogos Prosopográficos

Em 1471 participou nas conquistas das praças africanas de Arzila e


Tânger 7 " 50 751
Em 1475 encontrava-se na expedição a Castela, onde terá falecido .

Em 1442 integrou uma embaixada a Castela, acompanhado de Leonel


de Lima, enviada pelo Infante D. Pedro com o propósito de demonstrar
a ilegitimidade das pretensões de D. Leonor ao trono português. Esta
incumbência valeu-lhe o pagamento de 1.150 dobras .
Em data indeterminada, integrou uma embaixada ao secretario do Papa
acompanhado de Luís Gonçalves, Manuel Diogo e Antão Gonçalves.
Recebeu 2.385 dobras753. ,,.,«« A
É colocada a probabilidade de ter alcançado o titulo de conde
palatino" numa dessas embaixadas .

9.
Em 1441 é Desembargador das Petições. Aparece em algumas cartas
9.2
como "logo teente do Arcebispo de Braja chanceler-mor" .
Entre 1442 e 1450 foi Vice-Chanceler .
Em 1452. Julho. 29 e até 1463, ocupou o cargo de Presidente da Casa
757
Enf H ^ s u b s c r e v e cartas enquanto Corregedor da Corte interino.
Desde esta data deixa de subscrever cartas registadas na Chancelaria
em virtude de ter sido provido no cargo de Presidente da Casa da
Suplicação.
Em 1458 ocupa interinamente o cargo de Chanceler-mor.
Em 1463 Agosto. 10 passa a substituir D. Fernando da Guerra no
cargo de' Chanceler-mor^ do reino em virtude deste ter solicitado
exoneração do dito cargo .

931 No desempenho das suas funções enquanto Chanceler-mor no ano a


que se reporta o nosso estudo, encontramo-lo a subscrever 39 diplomas
que distribuímos pelos seguintes tipos diplomáticos:
Licença para ter subalterno - 2
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Provimento de ofício - 35 (sendo 4 Confirmações de provimento e 2
provimentos "se asy he")
Tabelião - 1
9.3.3. Colaboram com ele os seguintes escrivães:
Afonso Borges - 1 carta

749
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira V- 711.
750
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia vol. Il p_ 145.
751
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade vol. Il, p. 2U.
752
Rui de Pina, "Crónica de D. Afonso V", in 6b. cit., cap. LXXX, pp. 685-686.
753
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 79.
754
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. 233.
755
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões..., L. III, p. XI.
756
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol II, p. 145.
757
Indite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Il, p. £>i.
758
Ch. UP, vol VI!pp. 288-289; Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria regia..., p. 207.

96
Catálogos Prosopográficos

Álvaro Dias - 2 cartas


Álvaro Dias por Gomes Borges - 2 cartas
Brás de S á - 1 carta
Brás de Sá por Fernão de Almeida - 10 cartas
Brás de Sá por Gomes Borges - 9 cartas
Diogo Afonso por Gomes Borges - 1 carta
Fernão de Espanha por Fernão de Almeida - 1 carta
Pedro Calça por Fernão de Almeida - 7 cartas
Pedro Calça por Gomes Borges - 5 cartas
9.3.4. A sua actividade burocrática desenvolve-se a partir dos seguintes
locais:
Lisboa-23 cartas
Santarém-16 cartas

10 • 759
10.1. Em 1451 • Janeiro. 05 torna-se membro do Conselho régio .

Em 1455. Junho. 25 esteve presente no auto de juramento do Príncipe


12.
D. João760.

14 Em 1464. Novembro. 09, Fernão Rodrigues de^Valadares, seu


escudeiro e criado, é mencionado como aio dos filhos .

15 TAN/TT Chancelaria de D. Afonso V:


Uvro 16, fis. 7v, 12, 15, 21v, 23v, 41, 43v, 46v, 56, 59v, 62v, 85v,
87v 93,96, 97v, 107v, 121,131,134v, 139v, 140v.
Livro 17, fis. 28, 52v, 54, 59v, 69v, 87.
Livro 21, fis. 7v, 8, 58.
Livro22,fls.3,22,66,97,108v,112.
Livro 38, fl. 69.

16 Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Faria,


Usboá: 1956, pp. 85, 106-107, 157, 307, 311-312; Rui de Pina,
"Crónica de D. Afonso V", in Crónicas de Rui de Pina, Tesouros da
Literatura e da História, Porto, 1977, cap. LXXX, pp. 685-686.

17 Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop Porto, 996 p.
207- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-
Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto 1993, pp. 91 e 272; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1 4 7 3 -
Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto,
vol II DP 108-113; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Salaide
Sintra L. Ill, pp. XI, 160 e 233; Judite A. Gonçalves de Freitas,
759
Judite A. Gonçalves de ¥rÕ^Teemos por bem e mandamos.vol. H, p. 260.
760
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira... p. 710
761
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. Il, p. 14ft.

97
Catálogos Prosopográficos

Teemospor bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em


meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. ïï, dissert, de
ooTramento, policop., Porto, 1999, pp, 252-257 e ^
1433
de Carvalho Homem, Desembargo (O) Regro 0^ >'^m
Centro de História da Universidade do Porto, Porto, 1990, pp. 313-314,
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria régia e os seus ofiaais
(1464-1465), dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. Il, pp.
141 142 e 145-146; Humberto Baquero Moreno, A Batalha de
Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, Lourenço
Marques, 1973, pp. 710-711.

98
Catálogos Prosopográficos

MATRIZ II - ESCRIVÃES

1. Elementos cronológicos
1.1. Limites da carreira
1.2. Nascimento e óbito

2. Condição social
2.1. Origem
2.2. Domicílios
2.3. Casamento
2.4. Descendência
2.5. Laços de parentesco
2.6. Estatuto social e laços de dependência
2.7. Local de sepultura
2.8. Outros dados relevantes

3. Condição económica
3.1. Doações e privilégios obtidos
3.2. Remunerações
3.3. Outros rendimentos

3. Carreira burocrática / profissional


4.1. Intensidade da intervenção
4.1.1. Ocasional
4.1.2. Corrente
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados

4.2. Locais de redacção

4.3. Actividade profissional


4.3.1. Tipologia das cartas
4.3.2. Subscritores
4.3.3. Escrivães que substitui
4.3.4. Escrivães substitutos
4.3.5. Intervenção como subscritor intermédio

4.4. Ofícios desempenhados


4.4.1. Designação do ofício nas cartas que escreve
4.4.2. Ofícios de que é titular
4.4.3. Laços pessoais

5. Observações
6. Fontes manuscritas
7. Fontes impressas e estudos
Catálogos Prosopográficos

CATÁLOGOS PROSOPOGRÁFICOS DOS ESCRIVÃES

1 - Afonso Borges
2 - Afonso Garcês
3 - Afonso Goes
4 - Afonso Martins
5 - Afonso Rodrigues
6 - Afonso Trigo
7 - Álvaro Dias
8 - Álvaro (de) Lisboa
9 - Álvaro Lopes [de Chaves]
10-Antão Dias
11 - Antão Gonçalves
12-Antão Lopes
13 - António (de) Matos
14-Brás Afonso
15-Brás (de) Sá
16 - Cristóvão (de) Bairros
17-Diogo Afonso
18 - Diogo Fernandes
19-Diogo Lopes
20 - Fernão (de) Almeida
21 - Fernão (de) Braga
22 - Fernão (de) Espanha
23 - Fernão Gonçalves
24 - Fernão Lopes
25 - Fernão Lourenço
26 - Gomes Borges
27 - Gonçalo Faleiro
28 - Gonçalo Fernandes
29 - Gonçalo Martins
30 - Gonçalo Rodrigues
31 -João André
Catálogos Prosopográficos

32 - João Carreiro
33 - João Garcês
34 - João Godinho
35 - João Gonçalves
36 - João Jorge
37- João (de) Lisboa
38-João Mateus
39 - João (de) Vila Real
40 - Lopo Fernandes
41 -Martim Lopes
42 - Pedro Alvares
43 - Pedro Bentes
44 - Pedro Calça
45 - Pedro Lopes
46 - Pedro Lourenço
47 - Pedro (de) Olivença
48 - Pedro (de) Paiva
49 - Rui Varela
50 - Vasco Afonso
51 -Vasco Godinho
52 - Vicente Alvares

101
Catálogos Prosopográficos

1. AFONSO BORGES

1.
1.1. Pelo menos entre 1471762 e 1473763.

2.
2.8. Em 1472. Setembro. 05 escreve a carta de provimento de JOÃO
ANDRÉ, criado de Pedro de Alcáçova, escrivão da Fazenda, como
tabelião judicial no Porto e geral em todo o bispado do Porto em
substituição de Eanes Barbosinho, que cometeu "erros e falsidades no
dicto ofício per que o deve perder"7 .

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Santarém - 1
4.3. Escreve 1 documento no ano em estudo.
4.3.1. Provimento de ofício - 1
4.3.2. Rui Gomes de Alvarenga - 1 carta

6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fl. 41.

7. Cf.: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, p. 124.

762
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 41.
763
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 124.
764
Isabel Bárbara de Castro Henriques, Os Caminhos do Desembargo: 1472, um ano na Burocracia
do "Africano", vol. II, p. 142.

102
Catálogos Prosopográficos

2. AFONSO GARCES

LI. Entre 1454. Setembro. 30765 e 1490766.

2.
22 Em 1490, morava em Évora; aqui se realizou o casamento da sua
filha767.
2.4. Teve uma filha casada com Luís da Costa, morador em Alhos Vedros,
em 1490768.
2.6. Em 1480 é Cavaleiro régio769.
2.8. D. João II "em pessoa", na presença do príncipe, do duque e de outros
senhores, casou, em Évora, a filha de Afonso Garcês no dia seguinte ao
da celebração do matrimónio do Infante D. Afonso, em Sevilha .

3.
3.1. Em 1480. Julho. 13, é-lhe coutada, vitaliciamente, uma herdade no
termo de Estremoz.
Em 1480. Julho. 18 recebe os bens de um "abentestado".
Em 1483. Setembro. 22 recebe os bens móveis e de raiz de Gonçalo
771
Mourão, escudeiro, criado do Marquês de Montemor .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa - 6
Santarém - 5
Sintra - 2
Almeirim - 1
Tânger - 1
4.3. Escreve um total de 15 documentos.
4.3.1. Privilégio (em geral) - 5
Defesa e regulamentação de encargos militares - 4
Aposentação - 2
Provimento de ofício - 2
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Segurança a mercadores - 1

765
Monumento Henricina, vol. XII, p. 57.
766
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 13.
767
Garcia de Resende, Crónica de D. João II e Miscelânia, cap. CXV, p. 152.
768 Garcia de Resende, Crónica de D. João II e Miscelânia, cap. CXV, p. 152.

Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 13.


Garcia de Resende, Crónica de D. João II e Miscelânia, cap. CXV, p. 152.
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, pp. 13-14.

103
Catálogos Prosopográfícos

4.3.2. R e i - 1 3 cartas
João (Rodrigues) Galvão - 2 cartas
4.4.
772
4.4.1. Desde 1454 e até 1453 exerceu o ofício de Escrivão .
77*1
4.4.2. Em 1478 era Escrivão que "já escrevia na Câmara" .
Escrivão da Chancelaria da Câmara provido a Secretário com
autorização a estar presente no Conselho .
Em 1480 é Público notário775.
Tl ft
Em 1481 é Escrivão da Fazenda de Lisboa .
5. Em 1458 acompanhou D. Afonso V a Ceuta, escrevendo as cartas nos
meses de Outubro e Novembro.
Participa numa embaixada a Castela, pela qual recebe 1.355 dobras,
acompanhando o Conde de Atouguia e o doutor Diogo da Fonseca .
Em 1463 participa numa embaixada "às vistas" do Rei de Castela e do
Rei de França, pela qual recebe 2.223 dobras, acompanhando LOPO de
ALMEIDA, o doutor Pedro Fernandes e Alcácer Arauto778.
Em 1469. Maio. 09 escreve a carta de nomeação de João Fernandes,
bacharel em leis, como Desembargador da Casa do Cível .
Em 1473. Outubro. 01 escreve a carta de demissão de João Fernandes
da Silveira do cargo de Regedor da Casa da Suplicação .
Em 1476 é mencionado como Escrivão no protocolo final de várias
781
cartas outorgadas em Toro
Em 1460. Julho. 22 é Escrivão da Fazenda de Ceuta e Alcácer .
Em 1485 é Escrivão da Fazenda.
O seu filho, Jorge Garcês, foi secretário de D. Manuel I. Casou com D.
Isabel de Albuquerque, filha de Duarte Galvão e de D. Catarina de
Sousa.

IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 20, 59v, 76, 94v, 106, 138.
Livro 21, fis. 12v, 59, 84v.
Livro 22, fis. 21v, 22, 62v.
Livro 35, fl. 113.
Livro 38, fis. 67v, um fl. ilegível.

772
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 12.
773
Conde de Tovar, "O Escrivão da Puridade", Estudos Históricos, t. III, p. 169.
774
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 14.
775
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 119.
776
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 14.
777
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 81.
778
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 81.
779
Ch. U.P., vol. VI, pp. 486-487.
780
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 127.
781
Livro Antigo das Cartas e Provisões dos Senhores Reis D. Afonso V, D. João II e D. Manuel do
Arquivo Municipal do Porto, ed. A. Magalhães Basto, Câmara Municipal do Porto, 1940, p. 65; Isabel
Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo - Afonsina. A Administração Central e os seus
Oficiais em 1476, dissert, de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 118.
782
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 149, nota 1003.

104
Catálogos Prosopográficos

7. Cf.: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, pp.
126-128; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e
mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados de
Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1999, p. 12; Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao
"Príncipe Perfeito" (1480-1483). Caminhos da Burocracia Régia, vol.
II, pp. 13-14.

105
Catálogos Prosopográficos

3. AFONSO GOES

1.
1.1. ...1471...

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Santarém - 1
4.3. Participa na feitura de 1 documento.
4.3.1. Aposentação - 1
4.3.2. Rei - 1 carta

6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fl. 54.

106
Catálogos Prosopográfícos

4. AFONSO MARTINS

1 -TOT

1.1. Entre 1439 e, pelo menos, 1472. Fevereiro. 07 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém - 9
Lisboa - 1
4.3. Escreve um total de 10 documentos.
4.3.1. Aposentação - 3
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Esmoler - 1
Licença para ter subalterno - 1
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Privilégio (em geral) - 1
Provimento de ofício (Confirmação de) - 1
Segurança a mercadores - 1
4.3.2. R e i - 1 0 cartas

5. Embora não se possa excluir a possibilidade de homonímia, há


conhecimento de um Afonso Martins, que se encontrava ao serviço em
1468.

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 3,11,45,48, 50, 56v, 77v, 117,127v.
Livro 17, fl. 42.

7. Cf.: Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A


burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 16.

Ch. U.P., vol. vu, p. 80.


107
Catálogos Prosopográficos

5. AFONSO RODRIGUES

1.
1.1. 1439-1471 784 .

3-
3.2. Em 1456. Maio. 06, numa carta de quitação, diz-se que recebe de
mantimento para quatro meses, 1.400 reais brancos e mais 1.500 reais
brancos de vestir .
Na mesma carta, é ainda mencionado que recebe de mantimento
786
mensal 400 reais brancos .

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Lisboa-1
4.3. Escreve 1 único documento.
4.3.1. Privilégio (em geral) - 1
4.3.2. João (Rodrigues) Galvão - 1 carta
4.4.
4 4 1 Desde, pelo menos, 1451. Maio. 08 e 1455. Julho. 15 surge como
* * * 787
Escrivão dos Contos de Ceuta .
788
4.4.2. Em 1458. Junho. 10 é mencionado no conteúdo de uma carta .
Em 1460. Junho. 10 é mencionado Escrivão das Tarecenas .
Em 1469. Julho. 02, numa carta de concessão de privilégios a Diogo
Ferreira, é mencionado Escrivão .

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 21, fl. 21.

7. Cf.: Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A


burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 18.

784
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 21, fl. 25.
785
Pedro de Azevedo, Documentos das Chancelarias Reais..., t. II, p. 344.
786
Pedro de Azevedo, Documentos das Chancelarias Reais..., t. II, p. 356.
787
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 18.
788
Monumento Henricina, vol. XIII, p. 142.
789
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 18.
790
Ch. U.P., vol. VI, p. 505.

108
Catálogos Prosopográficos

6. AFONSO TRIGO, O MOÇO

1.1. Entre 1456. Fevereiro. 1 1 m e 1476. Janeiro. 27792.

2
- .793
2.5. É filho de Afonso Trigo, Escrivão perante o Corregedor da Corte
2.8. Em 1473. Janeiro. 20 perdoa, em nome do seu pai, já falecido, a
Salomão Samaia, judeu, um fogo posto há três anos numas vinhas que
possuía no termo de Évora .

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Lisboa-1
4.3 Encontramos a sua presença em apenas 1 documento.
4.3.1. Perdão-1
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 1 carta
4.3.3. Substitui:
Fernão Gonçalves - 1
4.4.
4.4.1. Em 1468. Janeiro. 29, é nomeado Escrivão da Corte perante o
Corregedor, por renúncia ao cargo por parte de seu pai 795.
796
Em 1470. Fevereiro recebe licença para poder fazer avença

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 17, fl. 41.

7. Cf: Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1993, pp. 74-75; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um
Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II,
p. 132; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus
oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol.
II, p. 153.

791
Ch. U.P., vol. VI, p. 9.
792
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 153.
793
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 74-75.
794
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 132.
795
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 74-75.
796
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 13.

109
Catálogos Prosopográficos

7. ÁLVARO DIAS

1.
1.1. Entre 1452. Outubro. 02 / y / e 1487. Fevereiro. 10'

2.
•799
2.6. Escudeiro do Rei .

3.
3.1. Em 1462. Dezembro. 13 é isento do pagamento de pensão do ofício de
Tabelião Geral800.
Em 1469. Dezembro. 20 recebe autorização para se ausentar três meses
por ano da Corte, podendo escolher substituto'
.802
Em 1481. Maio. 19 recebe licença para andar em besta muar
Em 1481. Maio. 31 obtém autorização para ter um escrivão que
escreva por ele todos os documentos que lhe forem atribuídos enquanto
notário geral, contando que ele próprio os subscreva .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-14
Santarém - 2
4.3. Participa na realização de 16 documentos.
4.3.1. Perdão-11
Provimento de ofício - 4
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 9 cartas
Rui Gomes de Alvarenga - 4 cartas
Pedro da Silva e Pedro da Costa - 2 cartas
Álvaro Pires - 1 carta
4.3.3. Substitui:
Pedro Alvares - 11
Gomes Borges - 2
4.4.
4.4.1. Desde, pelo menos, 1452, é Escrivão*04.
4.4.2. Em 1462. Dezembro. 13 é Escrivão perante o Corregedor da Corte e
Tabelião Geral do Reino .

797
Ch. U.P., vol. V, p. 327.
798
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 75.
799
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 75.
800
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 212.
801
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 75.
802
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 75.
803
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 75.
804
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 154.

110
Catálogos Prosopográfícos

Em 1462. Setembro. 16 é promovido a Tabelião Geral por óbito de


Filipe Afonso806.
Em 1473 mantém as funções de Escrivão perante o Corregedor da
Corte*01 e de Tabelião Geral do Reinom.
4.4.3. Em 1464. Fevereiro. 13, Dinis Gonçalves, alfaiate, morador em
Santarém, obtém carta de privilégio em geral a seu pedido .

5. Em 1459. Março. 14, um provável homónimo, escudeiro, criado,


escrivão das sisas e da portagem de Leiria, Almoxarife de Viseu, é
perdoado por ter agredido Rui Pires, gaiteiro, morador em Lafões .
Em 1464. Fevereiro. 18, Álvaro Dias ficou em posse do "assinado do
dicto senhor per que esta carta passou."
Em 1464. Fevereiro. 28 serviu de testemunha, com João Mendes,
porteiro, de um contrato de aforamento de um pardieiro e duas courelas
de mortório que o Rei tinha em escambo com Martim Arrais,
017

Cavaleiro, morador em Silves .


Em 1469. Março. 17 é mencionado numa carta de subscrição de mestre
Gil com Álvaro Dias de "Friellas". Poderá, contudo, tratar-se de um
• 813
caso de homonímia .
Poderemos estar perante outro caso de homonímia quando, em 1472.
Julho. 18, um Álvaro Dias redige um instrumento de perdão na
qualidade de tabelião de Montemor-o-Novo .
Ao longo do ano de 1473, na qualidade de Escrivão perante o
Corregedor da Corte, recebe várias quantias para despesas da
Relação815. A confirmação do recebimento destes valores é feita pelo
próprio juntamente com um assinado de Pêro de Borba, também
Escrivão perante o Corregedor da Corte .
Em 1473. Fevereiro. 18 recebe 200 reais brancos para despesas da
Relação, confirmados por alvará de JOÃO (de) VILA REAL .
Em 1473. Junho. 14, é referido como Notário Geral .
Em 1487, na qualidade de Escrivão perante o Corregedor da Corte,
nõe em receita multa de perdões para a piedade entregues a frei João de
Santarém, esmoler .

805
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 212.
806
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 75.
807
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 137.
808
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 137.
809
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 154.
810
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 26.
811
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 155, ver nota 1036.
812
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 155, ver nota 1037.
813
Ch. UP., vol. VI p. 482.
814
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 138.
815
Nomeadamente em Janeiro. 25; Abril. 07, 22 e 23; Maio. 28 e 29; Junho. 14; Dezembro. 02, 06 e
13. Arrecadou, três vezes: 200 e 300 reais; duas vezes: 500 e 1000 reais; duas vezes: 300, 400 e 800
reais brancos (Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 138).
816
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 138.
817
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 138.
818
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 138.
819
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 155.

111
Catálogos Prosopográfícos

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 93,97v, 139v, 140v.
Livro 17, fis. 24, 39v, 42v, 43, 81v, 82, 83, 86v, 99,99v.
Livro 21, fis. 6,45, 80.
Livro 22, fis. 103,117v.

7. Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
211-213; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1993, pp. 75-76 e 83; Eliana Gonçalves Diogo
Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de
mestrado, Porto, vol. II, pp. 137-139; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemospor bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em
meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de
doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 25-26; Helena Maria Matos
Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em 1464-1465,
dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, pp. 154-156.

112
Catálogos Prosopográficos

8. ÁLVARO (de) LISBOA

1.1. ...1471...

4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Setúbal - 2
Santarém - 1
4.3. Escreve 3 documentos.
4.3.1. Aposentação - 2
Provimento de ofício - 1
4.3.2. Fernão da Silveira - 3 cartas

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 53, 53v, 65v, 66, 89v.

113
Catálogos Prosopográfícos

9. ÁLVARO LOPES [DE CHAVES]

1.1. Entre 1459 e 1508820.


1.2. Em 1508. Novembro. 28 era já falecido821.

2.
2.6. Cavaleiro da Ordem de Santiago822. Comendador da Choupana . E
"homem de cota d' armas e de solar conhecido e pode e deve
,,824
dereitamente trazer as armas e apelido de Chaves''
.825
2.8. Esteve presente nas guerras no norte de África e em Toro
Foi enviado a Castela e a Roma .
Em 1482 é acusado de envolvimento nas negociações secretas para a
concretização do casamento do Rei Febo de Navarra com a senhora D.
Joana827.

3.
3.1. Em 1484. Junho. 28 recebe doação da sesmaria da praia e terra junto ao
Samouco
Em 1484. Junho. 29 obtém autorização para arrendar os bens da
Comenda da Choupana
3.3. Em 1508. Novembro. 28 D. Manuel manda pagar à mulher e herdeiros
de Álvaro Lopes 60.000 reais brancos, oriundos da sisa dos panos do
Algarve "por outros tantos que lhe são devidos do segundo terço do
. „ 830
seu casamento

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa - 8
Santarém - 2
Sintra - 1
Tânger - 1

820
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., pp. 26-28 e Helena M. Matos Monteiro, A
Chancelaria régia..., vol. II, p. 160.
821
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 160; Contudo, o Conde de Tovar
aponta o ano de 1489 para data da sua morte.
822
António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, t. III, p. 33.
823
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 20.
824
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., pp. 26-28.
825
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., pp. 27-28 e 30.
826
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 321.
827
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 312-313 e 319.
828
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 31.
829
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 31.
830
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 32.

114
Catálogos Prosopográficos

4.3. Escreve um total de 12 documentos.


4.3.1. Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 4
Privilégio (em geral) - 3
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Diversos - 1
Doação comportando exercício de jurisdição e/ou poderes senhoriais -1
Doação de bens e direitos (Confirmação de) - 1
Provimento de ofício - 1
4.3.2. R e i - 1 2 cartas
4.3.4. Em 1464 Escrivão com subscrição intermédia de Henrique de
Figueiredo .
Em 1480-1483 intervém na redacção de cartas régias, com a fórmula
"E eu Álvaro Lopes, Secretário do dito senhor afiz escrever e aqui por
0*32

seu mandado subscrevi " .


4.4.
4.4.1. Desde 1462 é Escrivão .
Q'lA

4.4.2. Em 1481. Novembro. 12 é Secretário provido a Notário Geral .


_835
Em 1476. Abril. 04 foi-lhe acrescentado o Escudo das suas Armas
Em 1481. Novembro. 12, Álvaro Lopes e AFONSO GARCÊS, são
"Secretários do dito senhor e públicos notários por autoridade real para
os semelhantes autos e testemunhas (...)" .
Elaborou um códice, Livro de Apontamentos (1438-1489), que reúne
documentação variada referente ao século XV.
Um homónimo entre 1439 e 1463 .

IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 21v, 51v, 130v, 142v.
Livro 17, fl. 67.
Livro 21, fis. 5, 63.
Livro 22, fis. 13v, 34v, 38v, 86v, lOlv.

Cf: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, pp.
142-143; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os
seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997,
vol. II, pp. 160-162; Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao
"Príncipe Perfeito" (1480-1483). Caminhos da Burocracia Régia, vol.
II, pp. 20-22.

831
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 161.
832
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 22.
833
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., p. 33.
834
Álvaro Lopes de Chaves, Livro de Apontamentos..., pp. 30-31.
835
António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, t. III, p. 33.
836
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 21.
837
Cf. Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, pp. 32-33.

115
Catálogos Prosopográfícos

10. ANTÃO DIAS

1. _
1.2. Entre 1451838 e, pelo menos, 1473. Julho. 158

3.
31 Em 1470. Janeiro obtém alvará de mercê de pano de Bristol para a sua
mulher840.

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém - 8
Lisboa - 4
4.3. Colabora num total de 12 documentos.
4.3.1. As cartas que escreve distribuem-se pelos seguintes tipos:
Privilégio (em geral) - 4 (tratando-se 1 de uma Confirmação de)
Aposentação - 3
Defesa e regulamentação de encargos militares - 2
Diversos - 1
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Segurança a mercadores - 1
4.3.2. R e i - 1 2 cartas
4.4.
4.4.1. Escrivão da Câmara

5. Entre 1452 - 1456, um homónimo é designado Escrivão dos Contos de


^ «. 842
Ceuta .

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 5v, 8v, 17, 57v, 72, 81v, 82,109,129v.
Livro 22, fis. 5, 79v, 80.
Livro 33, fl. 39.

7. Cf.: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, p. 145;
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A
burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 40.

838
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 40.
839
Ch. U.P., vol. VII, p. 163.
840
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 10.
841
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 40.
842
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 40.

116
Catálogos Prosopográficos

11. ANTÃO GONÇALVES

LI. Entre 1445843 e 1476844.

2. 845
2.5. Em 1462 era já Cavaleiro da Casa Real
Em 1473. Março. 15 é referido "escudeiro de nossa casa" .
2.8. Integrou uma embaixada ao Papa, a Roma, acompanhando Luís
Gonçalves e o doutor RUI GOMES (de) ALVARENGA, na qualidade
de Secretário, tal como Manuel Diogo; recebeu 2.385 dobras .
Em 1458. Novembro. 11 estaria com o monarca em Ceuta, onde redige
um alvará de provimento de ofício .

3.
3.1. Em 1462. Setembro. 08 recebe, por carta de "se asy he", metade dos
bens móveis e de raiz de Mendo Afonso, Rui Lopes e Bartolomeu do
Porto849.
Em 1464. Maio. 17 é-lhe feita doação perpétua, assim como aos seus
herdeiros, dos bens móveis e de raiz confiscados a Afonso Lopes, o
Negro, morador em Alfaiates, que fora denunciado e acusado de ser
moedeiro falso .
Em 1464. Agosto. 10 recebe coima no valor de 85 coroas e qualquer
outro direito ou pena em que incorresse João Esteves, pescador,
morador em Lisboa, que vendera uma caravela a um estrangeiro sem
autorização régia .
Em 1464. Novembro. 15 são-lhe doados os bens móveis e de raiz de
Pedro dos Olivais, morador em Lisboa, que morreu na Madeira sem
852
testamento .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém- 14
Lisboa - 4
Santiago do Cacém
Almeirim - 1

843
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 41.
844
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo-Afonsina..., vol. II, p. 126.
845
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 218.
846
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 147.
847
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 79.
848
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 147.
849
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 218.
850 Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 167.
851 Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 167.
852
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 167.

117
Catálogos Prosopográficos

Lagos - 1
Setúbal - 1
Sintra - 1
Tânger - 1
4.3. No ano em estudo escreve 25 documentos.
4.3.1. Aposentação - 6
Privilégio (em geral) - 5
Defesa e regulamentação de encargos militares - 3
Provimento de ofício - 3
Licença para ter subalterno - 2
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 2
Regulamentação do direito de pousada - 2
Diversos - 1
Doação comportando exercício de jurisdição e/ou poderes senhoriais -1
4.3.2. R e i - 2 4 cartas
João (Rodrigues) Galvão - 1 carta
4.4.
853
4.4.1. Desde 1445 que é designado Escrivão .
Em 1462854, e até 1475. Outubro. 21 é Escrivão da Câmara Régia .
A A 2. Em 1473. Março. 15 este "escudeiro da nossa casa e escrivão da
Câmara" é novamente provido a feitor e recebedor das "almuduvas" do
Cabo Espichel856.

5. Em 1441, um homónimo é moço dos Contos e criado de Gonçalo


OCT

Gonçalves .
Em 1473. Abril. 22 num perdão requerido por Diogo Alvares, criado
do Conde de Monsanto, o nosso biografado é acusado de, juntamente
* 858
com Álvaro Gil, ter falsificado um testamento .
Em 1473. Novembro. 29 um homónimo, Tabelião das notas morador
oco

em Santarém, perde o ofício por cometer muitos erros .


Em 1473. Abril. 01 um homónimo, escudeiro, recebe carta de quitação
pelo cargo de receber os bens e coisas que foram do bispo de Ceuta .
6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:
Livro 16, fis. lv, 6v, 7,16v, 19,40,49v, 52v, 55,65,78,113v, 118v.
Livro 17, fis. 88v, 104v.
Livro 21, fis. 10,14v, 29,29v, 63v.
Livro 22, fis. 26v, 64, 96.
Livro 38, dois fis. ilegíveis.

853
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 42.
854
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 218.
855
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 166.
856
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 148.
857
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 42.
858
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 148.
859
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 148.
860
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 148.

118
Catálogos Prosopográficos

7. Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
217-218; Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -
Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 126; Eliana
Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo do
«Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, pp. 147-148; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia
régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol.
Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 41-42; Helena
Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em
1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, pp. 166-
167.

119
Catálogos Prosopográfícos

12. ANTÃO LOPES

LI. Pelo menos, entre 1471861 e 1476862.

4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Lisboa - 1
Santarém - 1
4.3. Escreve, no ano em apreço, apenas 2 documentos.
4.3.1. Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Privilégio (em geral) - 1
4.3.2. Rei - 2 cartas

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 36,121 v.

7. Cf.: Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -


Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert, de
mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 127.

861
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fis. 36 e 121v.
862
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo-Afonsina..., vol. II, p. 127.

120
Catálogos Prosopográficos

13. ANTÓNIO (de) MATOS

1.1. Entre, pelo menos, 1462863 e 1471864.

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Arzila - 1
4.3. No ano em apreço escreve apenas 1 documento.
4.3.1. Provimento de ofício - 1
4.3.2. Rei - 1 carta

6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 22, fl. 20v.

7. Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais


em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, p.
168.

863
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 168.
864
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fl. 20v.

121
Catálogos Prosopográficos

14. BRÁS AFONSO

1.1. Entre 1443865 e 1476. Setembro. 13866.

2.
2.5. O seu irmão, Diogo Afonso é escudeiro do Dr. João Fernandes da
Silveira. Em 1476. Setembro. 13 é nomeado Escrivão perante o
Corregedor da Corte e Solicitador dos Feitos da Justiça na Corte, por
renúncia do nosso biografado a esses ofícios em seu favor .

3.
31 Em 1470. Janeiro obtém licença para andar em mula durante um
868
ano .
4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Lisboa-1
Santarém - 1
4.3. Participa num total de 2 documentos.
4.3.1. Perdão-1
Provimento de ofício - 1
4.3.2. Álvaro Pires (Da Mão Inchada) - 1 carta
Pedro da Silva e João Teixeira - 1 carta
4.4.
4.4.1. Em 1456. Dezembro. 16 é provido a Escrivão perante o Corregedor da
Corte por renúncia de Lopo Rodrigues .
4.4.2. Desde, pelo menos, 1468. Maio. 10 é Solicitador de todos os feitos e
coisas de Justiça na Corte e na Casa da Suplicação, ofício a que
renuncia a favor do irmão em 1476. Setembro. 13 .
871
Em 1470 é Juiz de Fora em Silves por mandado régio
Em 1471 é "Juiz per nos em Faro" .
Em 1474 é Corregedor no Algarve.
Em 1475 é Corregedor no Algarve e Juiz em Tavira.
Em 1476 é Solicitador da Justiça e Ouvidor do Algarve .
874
5. Em 1456. Dezembro. 16, Escolar em Leis .
865 Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 44.
866
Data em que renuncia ao cargo de Escrivão perante o Corregedor da Corte a favor do seu irmão,
Diogo Afonso (Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. Il, p. 76).
867
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 76.
868
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 11.
869
Ch. U.P., vol. VI, p. 45.
870
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 21.
871
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 53.
872
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 76 e 189.
" Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 69 e 100.
873

122
Catálogos Prosopográficos

Em 1468 recebe, de mantimento mensal, 350 reais brancos, perfazendo


um total de 4.200 reais brancos anuais. Tal remuneração será paga
enquanto mantiver o ofício de Solicitador dos feitos e coisas da Justiça
na Corte e na Casa da Suplicação, coberto pelas penas arrecadadas de
875
armas e de sangue .
Em 1476, enquanto Solicitador da Justiça e Ouvidor do Algarve recebe
a correição da Corte sempre que o Rei e o príncipe estejam ausentes da
Casa da Suplicação .
6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:
Livro 16, fl. 89.
Livro 21, fl. 9.

7. Cf.: Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1993, pp. 21, 53, 69, 76, 100 e 189; Judite A. Gonçalves de
Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia régia e os seus
oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de
doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 44.

874
Ch. U.P., vol. VI, p. 45.
875
Luis Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 69 e 76.
876
Luis Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 69.

123
Catálogos Prosopográficos

15. BRÁS (de) SÁ

1.1. Entre 1459877 e 1472. Março. 17;

870
2.5. Em 1471. Outubro. 27 um cunhado é aposentado por seu pedido .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-12
Santarém - 9
4.3. Escreve, no ano em estudo, 21 documentos.
4.3.1. Provimento de ofício - 18 (sendo 3 Confirmações de e 1 carta "se asy
he")
Apresentação de clérigos a igrejas de padroado régio - 1
Licença para ter subalterno - 1
Tabelião - 1
4.3.2. Rui Gomes de Alvarenga - 20 cartas
Rei - 1 carta
4.3.3. Substitui os seguintes escrivães:
Fernão de Almeida - 10
Gomes Borges - 9

6 IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 7v, 12, 21v, 43v, 44, 46v, 56, 87v, 107v, 121,131, 134v.
Livro 17, fis. 52v, 59v.
Livro 22, fis. 22, 97,108v, 112.
Livro 38, fl. 69.

7. Cf.: Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1993, p. 93; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria
Régia e os seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop.,
Porto, 1997, vol. II, p. 173.

Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 173.


Ch. U.P., vol. VII, p. 87.
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 17, fl. 108.

124
Catálogos Prosopográficos

16. CRISTÓVÃO (de) BAIRROS

1
1.1. Pelo menos entre 1471 e 1482. Outubro. 28 880 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-13
Sintra-4
4.3. Escreve um total de 17 documentos.
4.3.1. Privilégio (em geral) - 9
Doação comportando exercício de jurisdição e/ou poderes senhoriais -3
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Licença para ter subalterno - 1
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Provimento de ofício - 1
Segurança - 1
4.3.2. R e i - 1 6 cartas
João (Rodrigues) Galvão - 1

6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 124, 134,142.
Livro 17, fis. 15v,69,90.
Livro 22, fis. 30, 36v, 46v, 52v, 127.
Livro 33, fl. 96.

Ch. OP., vol. VIII, p. 51.

125
Catálogos Prosopográficos

17. DIOGO AFONSO

1.
1.1. Entre 1433881 e 1483. Abril. 02882.

2.
2.6. Escudeiro do Rei .
2.8. Em 1471 participou na expedição a Arzila e Tânger onde teve à sua
guarda, juntamente com JOÃO JORGE, o Livro dos Homiziados .

3.
3.1. Em 1470, enquanto Porteiro da Relação, recebe licença para comprar
uns ofícios; pagou 20 reais brancos885.
Em 1475. Agosto. 23, recebe licença para ser substituído por um
escrivão, desde que subscreva pessoalmente todos os documentos, em
virtude da idade já avançada e dos serviços prestados .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-55
Santarém - 23
Tânger - 2
Arzila - 1
4.3. Encontramos a sua colaboração na realização de 81 documentos.
4.3.1. Perdão-53
Legitimação- 13
Segurança - 6
Estalajadeiro - 2
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 2
Administração de capela - 1
Apresentação de clérigos a igrejas de padroado régio - 1
Confirmação de perfilhamento - 1
Doação de bens e direitos - 1 (Confirmação de)
Provimento de ofício - 1
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 63 cartas
Pedro da Silva e Pedro da Costa - 15 cartas
Rei - 2 cartas
Rui Gomes (de) Alvarenga - 1 carta

881
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 47.
882
Ch. U.P., vol. Vni, p. 59.
883
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 23.
884
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 66.
885
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 88.
886
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 23.

126
Catálogos Prosopográficos

4.3.3. Substitui:
Gomes Borges - 1
4.3.4. É substituído por:
João (de) Vila Real-12
4.3.5. Em 1473. Abril. 19 participa como subscritor intermédio dos
Desembargadores PEDRO da SILVA e JOÃO TEIXEIRA numa carta
de segurança, do qual é escrivão .
44
QQQ

4.4.1. Desde 1460. Outubro. 27 é Escrivão do Desembargo , estatuto que


mantém em 1471 .
4.4.2. Em 1456. Março. 13 um homónimo é Escrivão da Cúria Régia .
Em 1456. Maio. 03 é provido ao ofício de Escrivão do Desembargo da
Casa da Suplicação; aqui se diz que era servidor e Escrivão da Câmara
891
por Gomes Borges .
Enquanto Porteiro da Relação encontrámo-lo a receber multas para as
Obras e Despesas da Relação .
Em 1475. Agosto. 23 é Escrivão do Desembargo e das Petições da
Casa da Suplicação893.
5. Em 1464 é responsável pela recepção das multas de perdões para o
coro do Mosteiro de S. Francisco de Coimbra, Mosteiro de Celas e
Obras da Relação894.
Em 1470. Abril um homónimo recebe mercê de 8 "couados de ruam"
895
para um capuz .
Em 1473. Novembro. 22 recebe 1.700 reais brancos para a Arca da
Piedade no lugar de frei Gil, esmoler896.
Em 1474. Janeiro. 05 confirma o pagamento e põe em receita 2 reais
brancos a JOÃO JORGE, para a Arca da Piedade897.
Em 1476. Setembro. 13 Diogo Afonso, escudeiro de João Fernandes da
Silveira, é provido a Escrivão perante o Corregedor da Corte e
Solicitador dos Feitos da Justiça na Corte, por renúncia do seu irmão,
BRÁS AFONSO898. Deve ser um homónimo que se encontra em 1483.
Abril. 10, como Escrivão da Chancelaria de D. João II .
887 Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 153.
888
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 176.
889
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 21, fl. 67.
890
João Manuel Silva Marques, Descobrimentos Portugueses - documentos para a sua Historia, vol.
I, p. 540.
891
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 49.
892
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 86.
893
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 23.
894
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 176.
895
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 37.
896
Ainda em 1473 Dezembro. 02 confirma, com um seu assinado, o pagamento de 1.000 reais e a 20 do
mesmo mês confirma o valor de 4.000 reais brancos, ambos para a Arca da Piedade (Eliana Gonçalves
Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 153).
897
" Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 153.
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 77.
899
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 49.

127
Catálogos Prosopográficos

6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fis. 4, 10, 14v, 15, 25, 28, 29, 30, 30v, 35v, 36v, 37, 46, 56,
61v, 68, 77, 85, 86, 92v, 94, 95v, 96, 98, lOOv, 101, 103v, 104, 112v,
119v, 122v, 125v, 136v.
Livro 17, fis. 4v, 6, 13v, 14, 18, 18v, 36v, 38v, 44v, 45, 45v, 46, 46v,
48,49v, 68v, 69, 70v, 73v, 74, 80, 83v, 98,105v, 106.
Livro 21, fis. 3v, 4v, 13, 16v, 17v, 18, 20, 20v, 24v, 39v, 40, 40v, 41,
57v, 65v, 66, 66v, 69, 77v, 95v, 96,100.
Livro 22, fis. 1, 5, 6v, 12, 16, 16v, 19v, 70, 70v, 82, HOv, 112v, 119,
120v, 121,121v, 122.
Livro 35, fl. 101 (?).

7. Cf.: Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1993, pp. 23, 66, 77, 86; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira,
1473 - Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado,
Porto, vol. II, p. 153; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem
e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados de
Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1999, pp. 47 e 49; Helena Maria Matos Monteiro, A
Chancelaria Régia e os seus oficiais em 1464-1465, dissert, de
mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, p. 176.

128
Catálogos Prosopográficos

18. DIOGO FERNANDES

1.
1.1. 1451 9 0 0 - 1481. Agosto. 10"

4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Lisboa - 1
Santarém - 1
4.3. Escreve apenas 2 documentos.
4.3.1. Licença para ter subalterno - 1
Privilégio (em geral) - 1
4.3.2. R e i - 2 cartas
4.4.
4.4.1. Escrivão.
,,902
5. Em 1470. Junho recebe licença "que lance um asno egoas'
Em 1478. Agosto. 16, um homónimo escreve uma carta régia .

6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:


Livro 16, fl. 97.
Livro 22, fl. 114v.

7. Cf.: Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -


Afonsina. A Administração Centra! e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 134; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia
régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol.
Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 57.

900
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 57.
901
Ch. U.P., vol. VII, p. 554.
902
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 57.
903
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 57.

129
Catálogos Prosopográfícos

19. DIOGO LOPES

1.
1.1. 1435 - 1476. Agosto. 23 904 .

3.
3.1. Em 1453. Agosto. 06 são-lhe doados uns bens e uma casa, em Lisboa,
que haviam pertencido a Gil Eanes .

4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Lisboa - 4
4.3. Participa na realização de 4 documentos.
4.3.1. Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Privilégio (em geral) - 1
Provimento de ofício - 1
Segurança a mercadores - 1
4.3.2. Rei - 3 cartas
João (Rodrigues) Galvão - 1 carta
4.4.
4.4.1. Em 1453 era já Escrivão da Chancelaria906.

5. É possível tratar-se do mesmo Diogo Lopes que serviu D. Duarte pelo


menos desde 1435. Terá tido, pois, uma carreira muito longa .
Existe ainda um Diogo Lopes de Rio, documentado no ano de 1439
• 908
como Escrivão Régio .
Em 1470. Setembro um homónimo obtém licença para trazer armas
909
durante quatro meses .
6. IAN/TT, Chancelaria de D. Afonso V:
Livro 22, fis. 63v, 73, 108, 108v, 115v.

7. Cf.: Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A


burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 61-
62.

904
Ch. U.P., vol. VII, pp. 375-376.
905
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 61.
906
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 62.
907
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 62.
908
Francisco Marques Sousa Viterbo, Dicionário Histórico e Documentados Arquitectos, Engenheiros
e Construtores Portugueses (reprodução em fac-símile do exemplar de 1899), vol. I, Lisboa, INCM,
1988, p. 461.
909
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 83.

130
Catálogos Prosopográficos

20. FERNÃO (de) ALMEIDA

LI. Entre 1471 e 1489. Maio. 02910.

2.
2.3. Casou com uma das duas filhas de GOMES BORGES, ambas
legitimadas em 1450 .
25 É eenro de GOMES BORGES, a quem sucedeu, em 1471, como
Escrivão da Chancelaria .
2.6. Em 1462 aparece um Fernão de Almeida, ostentando o estatuto de
Cavaleiro fidalgo, a receber 1.400 reais de moradia .
Fidalgo da Casa real914 da "criação" de Afonso V 15.

3-
3.1. Em 1471. Novembro. 25, Álvaro Afonso, seu criado, recebe carta de
perdão por um caso que tinha ocorrido há 14 ou 15 anos .
Em 1472. Dezembro. 09 um seu sobrinho recebe doação de bens por
carta de "se asy he"917.
Em 1475. Janeiro. 23 um judeu seu criado recebe licença de porte de
armas, bem como autorização para pernoitar em estalagem de cristãos.
Em 1475. Fevereiro. 06, Fernão Dias, seu escudeiro, recebe carta de
perdão91 .
Em 1475. Abril. 04, obtém, por carta régia, autorização para arrendar o
seu ofício por um período de três anos nas condições especiais de
segurança que o Rei estipulou para os que dele tivessem terras,
reguengos, tenças e assentamentos, e quisessem participar na
s~y 1 919
expedição
Em 1479. aFevereiro.
Castela 10 recebe doação dos escravos que tinham sido
incorrectamente alforriados pelos respectivos senhores .
Em 1481. Março. 03 recebe multa destinada à Arca da Piedade .
Em 1481. Junho. 05 recebe autorização régia, para si e para a sua
922
sogra, para forrarem escravos .

910
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95; Eugenia Pereira da Mota, Do
"Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 52.
911
Gomes Borges, Escrivão da Chancelaria, teve duas filhas ilegítimas, Genebra e Briolanja (Eugenia
Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 51).
912
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95.
913
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 202.
914
Ch. U.P., vol. VII, p. 371; Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 93.
915
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, pp. 51-52.
916
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 17, fis. 36v, 37.
917
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 93.
918
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 94.
919
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 94.
920
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 51.
921
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 94.
922
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 94.

131
Catálogos Prosopográficos

3.3. Enquanto Escrivão da Chancelaria, recebia "para seu vestido", 2.286


• 923
reais brancos anuais

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-18
4.3. No ano a que se reporta o nosso estudo, não escreve nenhuma carta,
sendo substituído num total de 18 documentos.
4.3.1. Provimento de ofício - 16 (sendo 2 Confirmação de)
Licença para ter subalterno - 1
Tabelião - 1
4.3.2. Rui Gomes (de) Alvarenga - 18 cartas
4.3.4. É substituído no seu labor pelos seguintes escrivães:
Brás (de) S á - 1 0
Pedro Calça - 7
Fernão (de) Espanha - 1
4.4.
4.4.1. É Escrivão da Chancelaria desde, possivelmente, inícios de 1471 por
renúncia do cargo a seu favor por parte do sogro . Desde 1473 é
sempre referido como Escrivão da Chancelaria.
Em 1473 exerce interinamente, por uma vez, o cargo de Vedor da
Fazenda925.
4.4.2. Em 1480. Janeiro; 1481. Junho e 1483. Abril, exerceu funções de
Chanceler-mor interino.
Em 1482. Setembro. 27 recebeu provimento vitalício no ofício de
Escrivão da Chancelaria Grande .

5. A sua assinatura encontra-se frequentemente registada nos livros de


Chancelaria em virtude de assinar as cartas nas quais tinha introduzido
alguma modificação ("porque eu concertei")927. Para além desse facto,
colocava a sua rubrica em quase todos os fins de página dos cadernos
de registo, procedendo ao seu encerramento com indicação do número
de folhas e localidade .
Aquando da sua nomeação como Escrivão da Chancelaria "em toda a
sua vida", o monarca demonstra a grande confiança que deposita neste
seu fidalgo quando afirma que ele "sempre usou bem e fielmente do
dito ofício como em todo em que o encarregamos nos servirá com todo
o resguardo e tento" .

923 Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 51.
924
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95.
925
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 119.
926
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 52.
927
Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe Perfeito"..., vol. II, p. 52.
928
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 158.
' " Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano " ao "Príncipe Perfeito "..., vol. II, p. 52.
929

132
Catálogos Prosopográfícos

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 121,131,134v.
Livro 17, fis. 28, 52v, 54, 59v, 69v, 87.
Livro 21, fis. 7v, 8, 58.
Livro 22, fis. 3,22, 66, 97,108v, 112.

7. Cf.: Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1993, pp. 93-95; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um
Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II,
pp. 119 e 158; Eugenia Pereira da Mota, Do "Africano" ao "Príncipe
Perfeito" (1480-1483). Caminhos da Burocracia Régia, vol. II, pp. 51-
52.

133
Catálogos Prosopográficos

21. FERNÃO (de) BRAGA

LI. Entre 1463. Abril. 16 e 1476. Abril. 15930.

2
i 931
2.6. Em 1463 era já Escudeiro do doutor Nuno Gonçalves .

3.
3.1. Em 1470. Fevereiro "Mandado de Fernão de Braga que não pague
jugada porque é vassalo e das pessoas que dela devem ser escusadas"
(pagou 20 reais brancos)932.
Em 1470. Fevereiro e Maio obtém licença para andar em mula durante
933
um ano (pagou 40 reais brancos) .
Em 1473 obtém autorização para nomear uma pessoa (João de
Santarém) para o substituir em tudo o que ele fazia de modo a não
perder a distribuição, porque tem outro carrego em Santarém. O
substituto teria, no entanto, de ter a aprovação do Corregedor da Corte
e dos seus parceiros "do número" .
Em 1476. Abril. 15, em Toro, obtém autorização para ter um escrivão
que redija por ele todas as escrituras que pertencerem ao ofício .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-13
4.3. No ano em estudo, colabora na execução de 13 documentos.
4.3.1. Perdão-13
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 13 cartas
4.3.3. Substitui:
Fernão Gonçalves - 12
434 Em 1473. Janeiro. 26 é substituído por um criado do doutor Nuno
* * " Q'-îiî
Gonçalves, João de Santarém .
4.4.
4.4.1. Em 1463. Abril. 16 é provido a Escrivão perante o Corregedor da
Corte por renúncia de Fernando Eanes, que tinha o ofício por carta
, • 937
regia .

930
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 192.
931
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 77.
932
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 13.
933
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, pp. 13 e 53.
934
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 78.
935
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 78.
936
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 159.
937
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 77.

134
Catálogos Prosopográficos

442 Em 1473. Janeiro. 26 já tinha sido provido a organizador da


aposentadoria real de Santarém .

5 Em 1465 põe em receita multas de perdões para a Arca da Piedade (1)


e para as despesas da Relação (5) .
Em 1465. Março. 20 é o oitavo signatário do Agravo dos Escrivães
perante o Corregedor da Corte .
Nos anos de 1469, 1472 e 1475 põe em receita multas de perdões para
as despesas da Relação .
Em 1473. Março. 12 é mencionado como Escrivão perante o
Corregedor da Corte; comprova a entrega de 300 reais para as
despesas da Relação a ÁLVARO DIAS942.

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 17, fis. 10, lOv, 16,17, 31, 64, 65, 93, 93v, 101, lOlv.
Livro 21, fis. 61, 87,97,97v, 98,98v.
Livro 22, fl. 129.

7. Cf.: Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1993, pp. 77-78; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473-Um
Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II,
pp. 159-160; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os
seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997,
vol. II, pp. 192-193.

938 Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 160.
939 Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 192.
940
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 192.
941
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 84.
942
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 160.

135
Catálogos Prosopográficos

22. FERNÃO (de) ESPANHA

1.1. Pelo menos entre 1471. Janeiro. 13943 e 1484. Abril. 12944.

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-19
Santarém- 14
Arzila - 2
4.3. Participa na elaboração de 35 documentos.
4.3.1. Perdão-13
Provimento de ofício - 11 ( sendo 1 "se asy he")
Doação de bens e direitos - 6 (sendo 2 "se asy he" e 1 Confirmação de)
Aforamento - 4 (sendo 1 Confirmação de)
Licença para ter subalterno - 1
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 12 cartas
Lopo (de) Almeida - 9 cartas
Rei - 9 cartas
Gonçalo Vasques (de) Castelo Branco - 2 cartas
João Lopes (de) Almeida - 2 cartas
Rui Gomes de Alvarenga - 1 carta
4.3.3. Substitui os seguintes escrivães:
Fernão Gonçalves - 1 2
Fernão Almeida - 1

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 6, llv, 22v, 23, 23v, 24, 38v, 44v, 66, 66v, 67, 69, 71v,
85v, 90v, 102,105,105v, 113,122v, 123,126,137v, 140v.
Livro 17, fis. 10, lOv, 16,17, 64,65, 93, 93v, 101, lOlv.
Livro 21, fis. 40, 61, 87, 97, 97v, 98, 98v.
Livro 22, fis. 3,24,17v, 129.

7. Cf.: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, p. 161.

IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fis. 6 e 126.


Ch. U.P., vol. VIII, p. 94.

136
Catálogos Prosopográficos

23. FERNÃO GONÇALVES

1.1. Entre 1453945 e 1489. Junho. 04946.

2
, 947
2.5. Pelo menos desde 1463 é Escudeiro da Casa Real .

3.
3.1. Em 1473. Maio. 05 o monarca atribui-lhe bens confiscados por carta
"se asy he" a Vasco Pereira, Cavaleiro, Ouvidor por Vasco Martins de
Resende na comarca de Entre Douro e Minho .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa - 72
Santarém-14
4.3. Escreve um total de 86 documentos.
4.3.1. Perdão-69
Segurança - 7
Legitimação - 5
Confirmação de perfilhamento - 1
Esmoler - 1
Estalajadeiro - 1
Privilégio (em geral) - 1
Provimento de ofício - 1
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 65 cartas
Pedro da Silva e Pedro da Costa - 14 cartas
Brás Afonso e Pedro da Costa - 6 cartas
Rei - 1 carta
4.3.4. É substituído diversas vezes pelos seguintes escrivães:
Fernão (de) Braga - 12
João (de) Vila R e a l - 3
João (de) Lisboa - 2
Afonso Trigo - 1
4.4. 949
4.4.L Em 1472. Abril. 24 é Escrivão do Desembargo , estatuto que
mantém em 1473 .

945
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 81.
946
Ch. U.P., vol. VIII, p. 347.
947
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 229.
948
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 67 e 135.
949
O». £/./>., vol. VII, p. 93.
950
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 165.

137
Catálogos Prosopográficos

4.4.2. Em 1463. Março. 11, por renúncia de Álvaro Martins, é provido no


cargo de Escrivão do Desembargo da Casa da Suplicação .
Em 1466 recebe multas para a Cadeia da Corte e para as despesas da
Relação952.
Em 1488. Abril. 14 põe em receita uma multa de perdão entregue ao
953
esmoler, frei João de Santarém .
5. Em 1470. Novembro aparece mencionado num apontamento
"Mandado que dem a fiadores carcereiros Fernam Goncalluez" .
Em 1472. Março. 18 um Fernão Gonçalves, escudeiro, morador em
Palmela, é provido, por três anos, a Coudel da vila e seu termo .
Em 1472. Março. 20 um homónimo redige um instrumento de perdão
na qualidade de Tabelião de Lisboa .
Certamente um outro caso de homonímia é o facto de Vasco
Gonçalves, escudeiro e Almoxarife em Alenquer, obter licença para ser
substituído no ofício pelo seu irmão Fernão Gonçalves, igualmente
. Q57
escudeiro e Almoxarife na Azambuja .

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 28,41v, 48, 62v, 63v, 69v, 70, 71, 73v, 78v, 88, 95, 99v,
107, l l l v , 114v, 115v, 116,119v, 123,123v, 143v.
Livro 17, fis. 2, 3, 59, 59v, 80, 80v, 88, 89v, 95.
Livro 21, fis. 2, llv, 12, 13v, 14, 22v, 23, 24, 33v, 34, 37v, 38, 43,
47v, 48,48v, 50, 72v, 75, 81 v, 86v, 88, 88v, 90v, 91,93,93v, 94, 99v.
Livro 22, fis. 4, 14v, 27, 27v, 31v, 32, 35v, 36, 39, 39v, 43v, 44, 45,
45v, 46, 50, 58, 58v, 59, 60v, 65v, 67, 68, 73v, 75v, 80, 80v, 82, 82v,
85, 85v, 86, 87v, 89v, 90, 90v, 95v, 96v, 98,125v, 126,127v.
Livro 35, fl. 77v.
Livro 38, fl. 67.

7. Cf. : Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia..., dissert,


de mestrado, policop., pp. 229-230; Luís Miguel Duarte, Justiça e
Criminalidade no Portugal Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II,
dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1993, pp. 67,135-136; Judite
A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill,
dissert, de doutoramento, policop., pp. 81-82; Eliana Gonçalves Diogo
Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de
mestrado, Porto, vol. II, pp. 164-165; Helena Maria Matos Monteiro,
A Chancelaria Régia..., dissert, de mestrado, policop., vol. II, pp. 194-
195.

951
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 229.
952
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 67.
9S3
Portugaliae Monumento Africana, vol. I, p. 411; Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria
régia..., vol. II, p. 195.
954
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 100.
953
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 165.
956
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 165.
957
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 165.

138
Catálogos Prosopográficos

24. FERNÃO LOPES

1.
1.1. Entre 1454 y:,8 -1476 y

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Lisboa-1
4.3. Escreve apenas 1 documento.
4.3.1. Diversos (autorização de arrendamento) - 1
4.3.2. R e i - 1

5. Entre 1454 e 1464, um homónimo exerce a actividade de Escrivão .


Em 1464. Novembro. 21, um Fernão Lopes, escudeiro do Rei, morador
em Sintra, é provido a Escrivão do Almoxarifado, Obras e Contos de
Sintra*61.

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 22, fl. 5v.

7. Cf.: Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -


Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 142; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia
régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol.
Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 83; Helena
Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em
1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, p. 196.

958
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 83.
959
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo - Afonsina..., vol. II, p. 142.
960
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo-Afonsina..., vol. II, p. 142.
961
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 196.

139
Catálogos Prosopográficos

25. FERNÃO LOURENÇO [RIBEIRO]

1.1. Entre, pelo menos, 1448962 e 1488. Dezembro. 12963.

2.
2.6. "Da criação de D. Afonso V"964.
65
Desde, pelo menos, 1464. Junho. 04 é Cavaleiro da L,asa
Casa K.eui
Rear
966
2.8. Em 1476. Janeiro. 26 redige carta régia em Toro

4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Arzila - 1
Lisboa - 1
Santarém - 1
4.3. Participa na realização de 3 documentos.
4.3.1. Aposentação - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Diversos - 1
4.3.2. R e i - 3 cartas
4.4.
4.4.2. Desde 1464 é Escrivão da Câmara Régia961.
4.4.3. Em 1464. Fevereiro. 11, João Afonso, lavrador, morador em Évora
Monte, "polo" e "a pedido de Fernão Lourenço" é "filhado" vassalo do
Rei e "aposentado", apesar de não ter 70 anos .
Em 1464. Junho. 08, João Fernandes Marrião, coudel, "polo" e a
pedido de Fernão Lourenço é aposentado apesar de ainda não ter 70
969
anos .
Em 1473. Setembro. 20, João Lopes, tanoeiro, morador em Lisboa, é
escusado e relevado da "contia" e de aparecer em alardo, a seu
pedido970.

5. Em 1470. Maio um Fernão Lourenço, escrivão perante o Corregedor


recebe licença para andar em mula durante um ano .
Em 1481, um Fernão Lourenço foi o I o "que com despejo" aceitou e
resolveu empreender o fundamento do castelo e a cidade de S. Jorge da
962
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 85.
963
Portugaliae Monumento Africana, vol. I, p. 424.
964
Portugaliae Monumenta Africana, vol. I, p. 372.
965
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 166.
966
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 197.
967
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 166.
968
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 197.
969
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 197.
970
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 167.
971
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 47.

140
Catálogos Prosopográficos

Mina. Era Escrivão da Fazenda com "cargo do" Tesouro e Feitoria dos
Tratos da Guiné. O Rei, porém, escusou-o pelo cargo que tinha depois
de lhe dar, pelo facto, muitos louvores e grandes agradecimentos .
Em 1486. Setembro. 07 um Fernão Lourenço é provido a Tesoureiro e
Feitor da Casa da Mina e Tratos da Guiné, sendo-lhe estipulado um
mantimento anual de 40.000 reais brancos973.
Existem dois Fernão Lourenço na Chancelaria: um que é Escrivão da
Fazenda, com assento no Livro das Moradias de D. João II em 1484,
na qualidade de Cavaleiro Fidalgo; e outro, igualmente Cavaleiro
Fidalgo, Escrivão da Câmara.

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fl. 84v.
Livro 21, fl. 57.
Livro 22, fl. 109v.

7. Cf: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, pp.
166-167; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e
mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados de
Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1999, pp. 85-86; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria
Régia e os seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop.,
Porto, 1997, vol. II, p. 197.

972
Rui de Pina, "Crónica de D. João II", in ob. cit., cap. II, p. 895.
973
Portugaliae Monumento Africana, vol. I, 372; Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia...,
vol. II, p. 198.
974
António Caetano de Sousa, Provas da História Genealógica da Casa Real Portuguesa, tomo II, I
parte, p. 220.

141
Catálogos Prosopográficos

26. GOMES BORGES

LI. Entre 1432 975 -1478 976 .

2.
2.1. Santarém.
* 977
2.3. Teve uma ligação com Beatriz Dias, mulher solteira .
2.4. Teve os seguintes filhos: 97g
Rui Borges, pai de Maria Borges já em 1478. Outubro. 29 .
Teve duas filhas ilegítimas, Genebra e Briolanja, legitimadas em 1450.
Agosto. 13 .
2.5. É sogro de FERNÃO (de) ALMEIDA, que lhe sucedeu no cargo de
Escrivão da Chancelaria, em 1471 .
2.6. Cavaleiro da Casa Real.
Fidalgo da Casa Real981.

3.
3.1. Em 1434. Janeiro. 23 são-lhe doados todos os bens do lugar de
Cortiços, em Trás-os-Montes, confirmados em 1439. Outubro. 29 pela
rainha D. Leonor982.
Em 1436 D. Duarte doa-lhe os bens e a administração da capela de
Santa Maria de Barreiros; obtém confirmação desta doação em 1442.
Março. 16 .
Em 1451. Janeiro. 01 são-lhe doados os lugares de Cortiços e
Cervadela, em Bragança, com todas as rendas, assim como jurisdição
cível e crime, em nome dos serviços prestados .
Em 1451. Novembro. 08 é-lhe coutada uma herdade, designada
Almacai, junto ao Douro, situada a cerca de uma légua da vila de
985
Moncorvo .
Em 1463. Junho. 14 é-lhe doada a administração da capela instituída
por Martinho Eanes, escudeiro-fidalgo, na igreja de Santa Maria de
Catão986. 987
É padroeiro da igreja de S. Nicolau dos Cortiços, em Bragança .
975
Judite A. Gonçalves de Freitas, A Burocracia do "Eloquente"..., p. 184.
976
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
977
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
978
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 47.
979
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 741.
980
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 94-95; Cf. Catálogo Prosopográfico n°
20, pp. 131-133.
981
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 93.
982
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
983
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
984
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
985
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
986
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 143.
987
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 48.

142
Catálogos Prosopográficos

3.2. Em 1451. Maio. 22 recebe uma tença no valor de 3.000 reais brancos
988
para seu mantimento .
3.3. Em 1471. Junho. 16 o Rei concede-lhe assentamento anual de 40.000
reais como recompensa pelo exercício do ofício de Escrivão da
Chancelaria, do qual abdicou em nome do genro. O dinheiro será
recebido aos quartéis do ano pelo rendimento das sisas da Torre de
Moncorvo (15 dias após decorrido cada quartel)989.
Em 1478. Outubro. 29 é elaborado, na sua casa em Santarém, o
instrumento de instituição e constituição do seu morgado, bem como a
ordem de sucessão no mesmo. Assim, a sua posse será primeiramente
assumida pela sua filha Genebra Borges e, de seguida, pelo neto barão.
No caso deste não existir, passará para a outra filha, Briolanja Borges e
seu neto. Por fim, passará para a posse de Maria Borges, sua neta, filha
de Rui Borges, seu filho. Obtém confirmação em 1480. Fevereiro.
14"°.

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém-15
Lisboa - 2
4.3. No ano em estudo surge mencionado no escatocolo de 17 documentos
sempre substituído por outros escrivães da Chancelaria.
4.3.1. Provimento de ofício - 15 (sendo 2 Confirmação de e 2 "se asy he")
Licença para ter subalterno - 1
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
4.3.2. Rui Gomes de Alvarenga - 17 cartas
4.3.4. É substituído pelos seguintes escrivães:
Brás (de) S á - 9
Pedro Calça - 5
Álvaro Dias - 2
Diogo Afonso - 1
4.4.
4.4.1. É Escrivão da Chancelaria até 1471, altura em que renuncia ao cargo a
favor do seu genro, FERNÃO (de) ALMEIDA991.
4.4.2. D esde 1432 até, pelo menos, 1471 é Escrivão da C hancelaria.
É Chanceler-mor interino no reinado de D. Duarte .
Em 1442. Março. 16 é mencionado Guarda-roupa do Rei D. Duarte .
443 Em 1468. Janeiro. 15 João André, criado de Gomes Borges, é provido
rr ■ 994
em oficio .
988
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
989
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. JJ, p. 95; Jorge de Faro, Receitas e Despesas
da Fazenda Real..., p. 96.
990
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 103.
991
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95.
992
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 104.
993
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 740.

143
Catálogos Prosopográficos

5. Entre 1433-1438 é amiudadamente referido como Escrivão da


Chancelaria, responsável pelos assentos que nela se fazem e pela
recolha das suas receitas, isto é, dos pagamentos que os culpados
devem fazer, devendo ainda passar-lhes o alvará que comprova a
995
efectivação do pagamento .
Em 1462. Maio. 11 e 1466. Janeiro. 28 recebe multas de perdões
destinadas à Chancelaria996.
Ao longo do ano de 1463 encontramo-lo a escrever perdões e a receber
as multas correspondentes997. Neste mesmo ano regista multas de
perdões para a Chancelaria ou para as obras da Relação, passando o
alvará comprovativo do pagamento .
Esteve implicado numa altercação com Duarte Rodrigues de Araújo,
Cavaleiro da Casa Real, Recebedor da Chancelaria, que o acusa de
abuso de poder e de cobrar mais do que o devido pelo registo das
cartas de privilégio numa só regra. Nas Cortes de Santarém de 1451 é
requerido ao monarca que o obrigue a cumprir as taxas e emolumentos
estabelecidos pela Chancelaria999.
Em 1449 esteve presente ao lado de D. Afonso V em Alfarrobeira .
Desde 1468 que há referências a um Gomes Borges, o Moço,
igualmente Escrivão da Chancelaria; possivelmente, é seu filho

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 7v, 12, 15, 21v, 23v, 43v, 46v, 56, 59v, 62v, 85v, 87v,
93, 96, 97v.
Livro 38, fl. 69.

7. Cf.: Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp.
143-144; Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1993, pp. 94-96; Judite A. Gonçalves de Freitas,
Teemospor bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em
meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de
doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 103-104; Helena Maria Matos

994
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95.
995
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95.
996
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95.
997
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 95.
998
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., pp. 143-144.
999
IAN/TT, Cortes, M. 2, n° 14, fis. 1-12; Nas Cortes de Santarém de 1451, nos capítulos gerais, o n°
28 pede que Gomes Borges cumpra a ordenação régia sobre o modo como ele deve proceder no
desempenho do seu ofício e que pague 100 coroas para os muros de Lisboa cada vez que lhe
desobedecer (Resposta: deferição parcial); o n° 29 pede que Gomes Borges não leve pelo registo das
cartas de privilégio, abreviadas por item por serem de formulário idêntico e não mais extensas que duas
regras, tanto dinheiro como leva, ou seja, o mesmo que pelas cartas de narrativa completa; que esses
registos custem tanto quantas as regras que têm, isto é, tanto por regra, como em qualquer carta.
Qlesposta: indeferido); o n° 30 pede que Gomes Borges não leve pelas cartas de prestamos mais do que
está taxado, embora na mesma carta sejam concedidos dois, três e quatro prestamos. (Resposta:
evasiva), Armindo de Sousa, As Cortes Medievais Portuguesas..., vol. II, pp. 345-346.
1000
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira..., p. 741.
1001
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, pp. 95-96.

144
Catálogos Prosopográficos

Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em 1464-1465,


dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, pp. 47-50;
Humberto Baquero Moreno, A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes
e Significado Histórico, Lourenço Marques, 1973, pp. 740-741;
Armindo de Sousa, As Cortes Medievais Portuguesas (1385-1490),
dissert, de doutoramento, policopiada, vols. I e II, Porto, INIC/CHUP,
1990, pp. 345-346.

145
Catálogos Prosopográficos

27. GONÇALO FALEIRO

1.
1.1. Entre, pelo menos, 14521UU/ e 1464. Fevereiro. 201UV".

2.6. Escudeiro-criado de Diogo da Silveira1004.


28 " pelo serviço que nos fez em as partes dafrica onde em pesoa ora
s » 1005
fomos...

3.
3.2. Em 1464. Abril. 01 recebe 550 reais brancos de mantimento mensal,
pagos pelos "dinheiros que pêra as dietas obras som e forem
j i » 1006
ordenados
4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Tânger - 1
4.3. Escreve 1 documento.
4.3.1. Regulamentação do direito de pousada - 1
4.3.2. R e i - 1 carta
4.4
4.4.2. Escrivão da Câmara
Em 1464. Agosto. 23 é provido a Escrivão das Contas das Obras
Régias "perante" ÁLVARO VIEIRA, em nome dos serviços prestados
ir- 1008
em Africa
6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:
Livro 21, fl. 83v.

7. Cf.: Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A


burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 117;
Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais
em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, p.
207.

1002 Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 117.
1003
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 207.
1004
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 207.
1005
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 207.
1006
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 207.
1007
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 117.
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 207.

146
Catálogos Prosopográficos

28. GONÇALO FERNANDES

1
1.1. Pelo menos entre 1468 e 1473 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém - 4
Lisboa - 3
43 Participa na realização de 7 documentos.
4.3.1. Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 4
Aposentação - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Privilégio (em geral) - 1 (Confirmação de)
4.3.2. R e i - 7 cartas

5 Em 1473. Fevereiro. 06 um homónimo fez um mstrumento público de


perdão, na qualidade de Tabelião em Santarém •
Em 1473 Maio. 03 um homónimo, escudeiro e criado do Regedor da
Corte e da Casa da Suplicação é provido a "meirinho tes nossas
cadeas" por carta "se asy he", em lugar de Álvaro Vasques .

6 IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 34, 54v, 55,132,137.
Livro 22, fis. 2, 59v.
Livro 38, fl-14v(?).

7 Cf: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. 11, p. l /u.

1009
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vo . , p. 70.
1010
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 7475 - Um Ano do Desembargo..., vo L , p. 70.
1011
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 170.

147
Catálogos Prosopográficos

29. GONÇALO MARTINS

1
1.1. Pelo menos entre 14711012 e 1476 .

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Lisboa - 1
4.3. Escreveu 1 único documento.
4.3.1. Doação de bens e direitos - 1
4.3.2. R e i - 1 carta

Em 1456 Fevereiro. 12 um homónimo, escolar de Direito Canónico,


5.
prior da Igreja de Santo André de Lisboa, lavrou uma sentença .

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fl. 86v.

7 Cf.- Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -


Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 146.

10,2
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 86v.
1013
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo - Afonsina..., vol. II, p. 146.
1014
Ch. U.P., vol. VI, p. 10.

148
Catálogos Prosopográficos

30. GONÇALO RODRIGUES

1.1. Entre 14581015 e, pelo menos, 1476. Dezembro. 301016.

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém-10
Lisboa - 5
Sintra-4
43 Escreve um total de 19 documentos.
4.3".l. Doação de bens e direitos-11 (sendo 3 "se asy he )
Aforamento-3
Provimento de ofício - 3 (sendo 1 "se asy he )
Perdão - 1
Quitação - 1
4.3.2. R e i - 1 2 cartas
Lopo (de) Almeida - 5 cartas
Gonçalo Vasques (de) Castelo Branco - 2 cartas

4.4.
4.4.1. Escrivão.

5 Em 1469 Fevereiro. 28 escreve uma carta na qual ^atribuída uma


tença anual de 2.857 reais brancos a Mestre Fernando .
Em 1471 Fevereiro. 15 um homónimo, cavaleiro, foi provido a Juiz de
1018
F1
Emai473 Março. 15 um homónimo é referido como porteiro da "nossa
fazenda" que por especial mandado do Rei tem à sua guarda o Livro da
Fazenda do Infante D. Henrique .

6 D
' S Ã 2 , ^ v ; 48v, 58, 63v, 69, 77v, 95, !06v, ,18. 125,
133v, 134v.
Livro 17, fis. 85,94,94v.
Livro 21, fis. 69v, 70, 82.

7 Cf- Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia fajardo -


Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert
de mestrado policop., Porto, vol. II, p. 147; Eliana Gonçalves Diogo
Fem^i^J Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de

1015
Judite A. Gonçalves d e l í r i o Teemospor bem e mandamos..., vol m, p. 123.
1016
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Camará, p. 127.
1017
Ch. U.P., vol. VI, p. 476.

149
Catálogos Prosopográfícos

mestrado, Porto, vol. II, p. 172; Judite A. Gonçalves de Freitas^


Teemospor bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em
meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. HI, dxssert. de
doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 123.

150
Catálogos Prosopográficos

31. JOÃO ANDRE

1.
1.1. Pelo menos entre 1468. Março. 181020 e 1488. Julho. 281021.

2.
2.6. Escudeiro da Casa Real1 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-17
Santarém - 1 2
Arzila - 2
Raposeira - 1
Sintra-1
Tânger-1
4.3. No ano em apreço encontramos a sua colaboração em 34 documentos.
4 3.1. Provimento de ofício - 17
Doação de bens e direitos - 7 (sendo 4 "se asy he")
Aforamento - 2 (sendo 1 Confirmação de)
Doação comportando exercício de jurisdição e/ou poderes senhoriais -2
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 2
Diversos - 1
Licença para ter subalterno - 1
Privilégio (em geral) - 1
Quitação - 1
4.3.2. R e i - 1 6 cartas
Gonçalo Vasques (de) Castelo Branco - 9 cartas
Lopo (de) Almeida - 7 cartas
João Lopes (de) Almeida - 2 cartas

5. Em 1446 Dezembro. 23 um homónimo é Escolar em Direito .


Em 1450. Setembro. 30 um João André,^'nosso vassalo" é nomeado
conservador de Estudo Geral de Coimbra .

6 IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 17v, 30, 32, 37v, 42, 43v, 60v, 65, 83, 91, 99, lOlv, 104,
106v, 107v, 112v, 115v, 135v, 141v.
Livro 17, fis. 19,19v, 20,27v, 60v, lOOv.
Livro 21, fl. 15.
Livro 22, fis. 3,14,17v, 24v, 50v, 105, 127v, 132.

1020
Ch. U.P., vol. VI, p. 443.
1021
1022
Ch. [/.P., vol. VIII, p. 304
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo - Afonsina..., vol. Il, p. 1SU.
1023
C/i. U.P., vol. V, p. 34.
1024
Ch. [/.P., vol. V, p. 200.

151
Catálogos Prosopográficos

Cf.- Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Regia Tardo -


Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 150.
Catálogos Prosopográficos

32. JOÃO CARREIRO

LI. 1458. Janeiro. 081025 - 14761026.

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém - 8
Lisboa - 5
Sintra-1
43 Escreve um total de 14 documentos.
4 3*1 D oação de bens e direitos-7 (sendo 1 "se asy he")
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 2
Provimento de ofício - 2 (sendo 1 "se asy he")
Aforamento - 1
Diversos - 1 (espécie de aforamento) . ■1
Doação comportando exercício de jurisdição e/ou poderes senhoriais
4 3.2. R e i - 1 1 cartas
Gonçalo Vasques (de) Castelo Branco - 2 cartas
Lopo (de) Almeida - 1 carta
4.4.
4.4.1. Escrivão.

5 Em 1443 Fevereiro. 06 um provável homónimo, juntamente com um


Rodrigo Afonso foram enviados ao regente D . Pedro com um pedido
dos lentes e escolares do Estudo Geral de Lisboa .

6 IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 43, 45v, 46v, 58v, 59, 60,102v.
Livro 21, fis. 27v, 85v.
Livro 22, fis. 31, 39, 63, 94, lOlv.

Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -Afonsina.


7.
A Administração C entral e os seus Oficiais em 1476 dissert de
mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 151; Judite A. Gonçalves
de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia regia e os
seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert,
de doutoramento, policop., Porto, 1999, p. 135.

1025
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos vol. HI, p. 135.
« Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo - Afonsina.., vol. II, p. 151.
1027
Ch. U.P., vol. IV, p. 365.
153
Catálogos Prosopográficos

33. JOÃO GARCES

1. 1028
1.1. Entre 1456 e 1495. Dezembro. 11

2.
2.6. Cavaleiro da Casa Real .1030
Em 1481. Novembro. 06 recebe brasão de armas
2.8. Participou nas expedições de Alcácer, Benacofú e Anafe; é armado
cavaleiro pelo Infante D. Fernando .
Participou na tomada de Arzila e Tânger.

"2

31 Em 1473 Agosto. 13 recebe, com mais quatro homens, licença de


porte de armas em Lisboa e por todo o Reino, de noite e de dia .

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Setúbal - 1
4.3. Participou na elaboração de apenas 1 documento.
4.3.1. Aposentação - 1
4.3.2. R e i - 1 carta
44
1033
4 4 1. Escrivão da Câmara . íá
Em 1473. Junho. 09 é mencionado Escrivão da Camará e da nossa
r j „ 1034
fazenda
442 Em 1471 Outubro. 04 é nomeado Escrivão da Fazenda do reino do
Algarve e1035
d' além mar em África "das cousas que aos nossos reinos
rt£ nca"
Em 1472. Outubro. 11 subscreve perdão enquanto Corregedor da
Corte interino . .
Em 1477 Abril 22 é provido notário público especial e perpetuo em
todos os reinos de Portugal, de Castela, do Algarve d'aquém e d'alem

1028
C/2. £/./>., vol. IX, p. 183.
1029
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 22, fl. 30
1030
Anselmo Braamcamp Freire, Brasões...,L. III, p. 283
1031
Abel dos Santos Cruz, A Nobreza Portuguesa em Marrocos no século XV, Porto, dtssert. de
mestrado, policop., 1995, p. 197. „
1032
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. H, p. 182-
1033
Ana Paula Almeida, A Chancelaria Régia..., p. 72.
1034
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 182.
1035
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 22, fl. 30.
1036
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. 11, p. II.

154
Catálogos Prosopográficos

mar. Esta nomeação será confirmada por D. João II em 1482.


Novembro. 09
4 4 3 Em 1473 Junho. 09 André Vasques, sapateiro de Lisboa, recebe carta
' d e privilégio em geral por "ser de Joham Garcees" e ter ido com ele
servir na tomada de Arzila e Tânger .

5 Em 1472. Novembro. 17 escreve, em Alenquer, um alvará régio de


nrovimento de ofício de João Esteves como Tabelião, libertando-o do
1039
uso de farpas

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fl. 47.

7 Cf. • Ana Paula Pereira Godinho de Almeida, A Chancelaria Régia e os


seus oficiais em 1462, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, pp
72 e 215- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop Porto, 1993, p. 72; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 -
Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto,
vol. II, pp. 182-183.

1037
Publicado por Isaías da Rosa Pereira, "O Tabelionado em Portugal" in Notariado Público e
Documentl Príado: de los orígenes ai siglo XIV, Actas dei VII Congresso Internacional de
Diplomática, Valência, 1986, pp. 665-668. . , . . , ,
1038
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vo . II, p. 183.
1039
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 183.

155
Catálogos Prosopográficos

34. JOÃO GODINHO

1.
1.1. Pelo menos, entre 1453 e 14/3 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-16
Sintra-3
Santarém - 1
43 Escreve 20 documentos.
4.3.1. Privilégio (em geral) - 8 (sendo 2 Confirmação de)
Regulamentação do direito de pousada - 4
Aposentação - 2 > .
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Diversos - 1
Provimento de ofício - 1 (Confirmação de)
Segurança a mercadores - 1
4.3.2. R e i - 2 0 cartas
4.4.
4.4.1. Escrivão.

f* TAN/TT Ch. D. Afonso V:


Livro,16, fis. 89v, 90, l l l v , 120,125,128,129,135,135v.
Livro 17, fis. 49, 5 lv, 76.
Livro 21, fis. 28,45v.
Livro 22, fis. 36, 49v, 57v, 62v, 103v, 117.
Livro 33, fl. 22.

Cf, Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Uni Ano no


7.
Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, p. 184
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A
burocracia régia e os seus oficiais em meados de f f 0 ^ 1 ^
1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 19W, p. 14/.

1040
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos vol. m , p 142.
™ i í a n a Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 184.

156
Catálogos Prosopográficos

35. JOÃO GONÇALVES

1042 „ 1^-7^1043
1.1. 1447. Maio. 061U4'e 1476

2.
Judite G. Freitas apresenta um homónimo com o estatuto de
2.6.
Escudeiro

3.1. Em 1451 • Abril. 12 recebe tença anual de 3.600 reais brancos1045.

4.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Santarém - 1
4.3. Escreve unicamente 1 documento.
4.3.1. Provimento de ofício - 1
4.3.2. Rei-1 carta

í l l . Escrivão dosUvros do Infante D. Pedro, afastado e reintegrado após


Alfarrobeira1 ? „ , / ■ * , 1047. mmt&m n
Em 1456. Março. 06 era referido Escrivão dos Contos , mantém o
mesmo estatuto em 1473. Agosto. 31 .
A existência de vários homónimos dificulta a sua clara identificação:
5.
Em 1450. Fevereiro. 07, um homónimo é provido a Escrivão da
Fazenda de Lisboa . v0Avn
Em 1451 Novembro. 05 o Escrivão dos Livros do Infante D. Fedro
recebe carta de perdão de infâmia por ter estado com o Infante em
A If h 'ra 1 0 5 0
Na declamação final da "Crónica dos Feitos da Guiné", escrita em 1453,
João Gonçalves declara-se livreiro do monarca .

A
Z s i r t t f t r r , ^ ^ ^ -i—<"-»
Gonçalves de Freitas, Tfeemos por bem e mandamos..., vol. - ^ P - 1 4 ^
1045
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vo L I, p. 44.
1046
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos vol 111, p. 143.
1047
Pedro de Azevedo, Documentos das Chancelarias Reais..., t. Il, pp. il l-iií.
« EuTa Gonçalves Diogo Ferreira, 7473 - Efe. A » A A « charge,, vol U p . 185.
1049
Judite A. Gonçalves de Freitas, r««Kwpor bem e mandamos..., vo L I , p. 145.
0
1050 Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., voL III p. 145.
1
105 Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. HI, p. 145.

157
Catálogos Prosopográficos

Em 1456 Maio. 01 um homónimo, caminheiro de Ceuta, é referido


numa quitação; recebe 260 reais brancos/mês de mantimento durante
" i no
1052
cinco meses . „
Em 1464 D ezembro. 05, um homónimo, morador em Estremoz,
caminheiro na comarca e correição de Entre Tejo e Odiana, é nomeado
porteiro e caminheiro do Mestrado de Avis .
Em 1472. Junho, num instrumento de perdão, é mencionado um
homónimo como sendo Tabelião em Alcobaça .
Em 1473 Janeiro. 11, um João Gonçalves escreve um mstrumentode
perdão na qualidade de Tabelião Geral de Entre Douro e Mondego .
Em 1473. Abril. 12 um homónimo escreve um instrumento de perdão
na qualidade de Tabelião em Moura1056.
Em 1473 Fevereiro. 20, e Setembro. 20, um homónimo e referido um
João Gonçalves num instrumento de perdão, como sendo Tabelião em
r ' hra
Emimi473 Setembro. 30 um João Gonçalves redige um alvará na
qualidade de Escrivão dos Contos em Évora, por Gonçalo Lourenço,
"escrivão deles . • « * „ * „
Em 1473 Outubro. 22, João Gonçalves, escudeiro e escrivão torna-se
Escrivão das lezírias em Vila Franca por carta "se asy he" .

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fl. 67v.

7 Cf/ Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia ^gia Tardo -


Afonsina. A Administração C entral e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 155; Eliana
Gonçalves D iogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo do
«Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, p. 185; Judite A.
Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A burocracia
régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), vol.
Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp. 144-145.

1052
Pedro de Azevedo, Documentos das Chancelarias Reais..., t. II, p. 344.

™ E l t r í Gonçalo Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo vol. II, p. 185.


■» Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., voL , p. 85
1056
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., v o . I , p. 85.
1057
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vo L I , p. 85.
1058
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vo . , p. 85
1059
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 185.
Catálogos Prosopográficos

36. JOÃO JORGE

1.
LI. Entre 1452. Dezembro. 131060 e 1490. Agosto. 281061.

1062
2. J A -1 J T-
2.8. Em 1471 participou na conquista das praças de Arzila e de 1 anger .

3
3.1. Em 1472. Junho. 18 o Rei dá carta de privilégio geral a um homem que
casou com uma sua criada
3.2. Em 1473 recebe tença no valor de 2.400 reais brancos enquanto
Regedor das Malfeitorias .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-98
Tânger-20
Santarém- 15
4.3. Escreve um total de 133 documentos.
4.3.1. Perdão-117
Segurança - 8 .
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Aposentação - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Doação de bens e direitos - 1 (Confirmação de)
Legitimação - 1
Privilégio (em geral) - 1
Provimento de ofício - 1 ("se asy he")
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 97 cartas
Pedro da Silva e Pedro da Costa - 32 cartas
Pedro da Silva, João Teixeira e Pedro da Costa - 2 cartas
Lopo (de) Almeida - 1 carta
Rei - 1 carta
4.4. „ , „ , 1065
4.4.1. Desde, pelo menos, 1452 e até 1490, é Escrivão do Desembargo ,
estatuto que mantém em 1471
1060
Pedro de Azevedo, Documentos das Chancelarias Reais..., t. II, p. 141.

" " O ^ s o i a f e d o e s c r í v e cartas a partir de Tânger entre os dias 02 (IAN/TT, Ch. D. Afonso K L .
22, S. 23) e S m ê s de Setembro (lÂN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fl. 13); Luís Nùguel Duarte,
Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 67.
1063
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 67.
1064
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 116.
1065
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. m , p. 14/.
1066
IAN/TT, Ch. D. Af. V, L. 22, fl. 19v.

159
Catálogos Prosopográficos

.1067
4 42 Em 1473 é Regedor das Malfeitorias .
Em 1481 é referido como Escrivão da Corte e do Desembargo, Juiz
résio em Viseu, onde se deslocou com PEDRO da COSTA para tirar
. . ~ j 1068
inquirições e devassas
5 Em 1464 põe em receita multas para as obras da Relação. Ficam em
sua posse as inquirições tiradas em caso de confomações de
perfilhamentos e de doações, as quais ele próprio redige .
Em 1471, na conquista de Arzila e Tânger, foi-lhe confiado o Livro
dos Homiziados, juntamente com DIOGO AFONSO .
Em finais do ano de 1473, nomeadamente Novembro. 08; Dezembro.
02 e Dezembro. 22 e 23 recebe, para a Arca da Piedade, determinados
valores, a saber: 500,1.000 e 2.000 reais respectivamente, na qualidade
de Escrivão do Desembargo e em lugar de frei Gil. ,„.,,,
Em 1474 Janeiro. 05 recebeu mais 2 reais para a Arca <k Piedade,
confirmado por DIOGO AFONSO e^ar ele postos em receita .
Em 1488. Março. 04 recebe multa .

fs TAN/TT Ch D. Afonso V:
6
' 5 Ï 13v, 14, 20v, 22v, 38, 39v, 49, 52, 52v, 53v, 54 55v 9,
79v, 82v, 83, 103, 103v, 108, 108v, 109, 110, HOv, 117v, 132v, 133,
141
Livro 17, fis. 8v, 9, 9v, 12v, 20v, 21, 22, 22v, 25, 27, 28v, 29, 30, 30v,
37v, 56, 58, 58v, 61v, 66v, 67v, 73, 75v, 76,79, 91v, 92 92v
Livro 21, fls. lv, 3, 5v, 6v, 7, 11, 15v, 19v, 22, 30, 30v 31, 31v ,32,
34v 35 35v 36, 38v, 41v, 42, 42v, 47,49, 51v, 52v, 53, 53v, 54, 54v,
58v, 60v, 65v, 67, 67v, 68, 69v, 70, 71, 77, 78, 88v, 89, 91v, 94v,

Uvro 22, fis. 7v, 8, 8v, 9v, 10, lOv, 11, llv, 12v. 13,15 18, 18v, 19,
20 21 21v 23, 23v, 56, 56v, 57, 61, 62, 63v, 68v, 69, 69v, 84v, 87,
88' 92 97v 98v, 99v, 100, lOOv, 102v, 104, 106, 107, 107v, 110,
l l l v , 113, 114v, 115, 116, 116v, 118v, 122v, 123, 123v, 126v, 131,
13 lv'
Livro 38, fls. 71 (?), 73 (?), 75,75v (?).

7 Cf- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade..., vol. II, dissert, de


' doutoramento, policop.,1993, pp. 67, 85, 194-195; Eliana Gonçalves
Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano..., dissert, de mestrado, Porto, vol. 11,
pp 187-188; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e
mandamos , vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999,
pp. 147-148; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Regia...,
dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, p. 215.

1067
Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. 116.
1068
Luis Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. Il, pp. 194-195.
1069
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 215.
1070
Luis Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 67
1071
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 188.
1072
Ch. U.P., vol. VIII, p. 284.

160
Catálogos Prosopográficos

37. JOÃO (de) LISBOA1073

LI. 1467-14731074.

z
- 1075
2.2. Em 1464. Novembro. 21, Lisboa
24 Em 1467 Outubro. 03, Filipe, filho de João de Lisboa, Escrivão da
Alfândega de Lisboa, moço da Câmara Régia, recebe uma bolsa de
estudo anual no valor de 3.530 reais brancos (a partir de 1468. Janeiro.
0 1 ) 1076

Em 1473 recebe um mantimento para estudo no valor de 3.530


• 1077
reais
2.6. Em 1464. Julho. 18 é mencionado "nosso escudeiro"1 ^
Em 1464. Novembro. 21 é amo do Infante D. Fernando .

31 Em 1464. Novembro. 21 obtém confirmação de um contrato de


emprazamento a três vidas que efectuou com o concelho de Lisboa em
1464 Junho. 04 de um pedaço de azinhaga (continuadamente deserta)
que atravessa a rua das Arcas gara a rua do Barreiro. Paga à cidade um
quarto de coroa de foro anual
32 Em 1464 Julho. 18, João de Lisboa, ex Escrivão dos Contos de Lisboa
e ex Escrivão das Contas Régias de Évora, recebe tença anual de
12 000 reais brancos, "assentada" pelo segundo ofício "que por nosso
prazimento pôs Gonçalo Lourenço" (a partir de 1464. Janeiro. 01) .

1073
Estamos perante um caso em que a clara e inequívoca identificação do biografado seitorna muito
c o m ; S l P a vez que, já em trabalhos anteriores se verificam várias entradas para mdmduos com o
Z n o r T Heena M Matos Monteiro, A Chancelaria régia... propõe três pessoas distuitas: o João
mSoTm foi por nós automaticamente eliminado em virtude da data apontada para a sua mort ser
1466 o João (de) Lisboa [II] em que as datas limite da carreira são 1464-1473; o João (de) Lisboa£11]
I t n i r i n i p o s s í v e l J a r - s e d o U s o biografado, parece-nos menos prováve,^e a longa d ^ d
carreira (Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, pp. 217-223). Judite A. Gonçalves
ft^Mfa. Temos por bem e mandamos..., abre também duas entradas distintas para personalidades
com o mSmo n o m í cons tatamos tratar-se um dos casos do João (de) Lisboa [TJ d. tecnologia de
HeTena M Matos Monteiro; o outro caso é apresentado como João do L J f c j J ^ £ - £ ^
narca a informação apresentada, apenas sabemos que escreve em 1443 (Judite A Gonçalves de
F r ó L neZspor bem e mandamos..., vol. Ill, pp. 148-151). Tendo em conta esta data arredamos
L n o i a s sZsfções tratar-se do João (de) Lisboa [IH], pois se assim fosse a sua carreira ter-se-ia
^ X p o S o n g o s anos, o que nos parece pouco provável. Assumimos, pois, tratar-se do João (de)
Lisboa [II] por nos parecer o mais provável em termos cronológicos.
1074
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 221.
1075
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 221.
1076
Ch. U.P., vol. VI, p. 422.
1077
Ch. U.P., vol. VII, p. 193; Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., p. V4.
1078
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 221.
1079
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 221.
1080
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 221.
1081
Helena M. Matos Monteiro,^ Chancelaria régia..., vol. II, p. 222.

161
Catálogos Prosopográficos

4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Lisboa - 2
4.3. No ano em estudo está presente em apenas 2 documentos.
4.3.1. Perdão-2
4.3.2. Pedro da Silva e Pedro da Costa - 2 cartas
4.3.3. Nas cartas que escreve substitui o seguinte escrivão:
Fernão Gonçalves - 2
4.4. 1082
4.4.1. Entre 1464. Novembro 21 e 1467. Outubro. 03 1083 é Escrivão da
Alfândega de Lisboa. 1084
Em 1464. Junho. 25 já é Escrivão das Contas Entre Tejo e Odiana .
Até 1464. Julho. 18 é Escrivão das Contas da cidade de Évora.
Renuncia ao cargo ("em nossas mãos") de Escrivão dos Contos de
Lisboa, que detinha por carta régia e que vai ser ocupado por Gonçalo
Lourenço, escudeiro da Casa Real

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 21, fis. 27, 56.

7 Cf.- Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A


burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460) vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1999, pp.
148-151- Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os
seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997,
vol. II, pp. 217-223.

1082
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. Il, p. 221.
1083
Ch. U.P., vol. VI, p. 422.
1084
Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria regia..., vol. 11, p. 111.
1085
'"" Helena M. Matos Monteiro, A Chancelaria régia..., vol. II, p. 221.

162
Catálogos Prosopográficos

38. JOÃO MATEUS

1.1. Pelo menos desde 1471. Fevereiro. II1086; mantém-se em 14731087.

4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Santarém - 3
4.3. Escreve apenas 3 documentos.
4.3.1. Doação de bens e direitos - 3 (sendo 1 "se asy he")
4.3.2. Rei-2 cartas
Lopo (de) Almeida- 1 carta

6 IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 37,47v, 74.

7 Cf.: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. 11, p. 1W.

1086
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 16, fl. 37.
1087
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 190.
Catálogos Prosopográficos

39. JOÃO (de) VILA REAL

U. Entre 1452 1088 el481 1089 .


1.2. Em 1481. Novembro. 22 era já falecido1 .

2
24 Tem pelo menos um filho, Rodrigo Eanes que recebeu provimento a
Escrivão do Número perante os Ouvidores da Casa da Suplicação em
1476. Dezembro. 1 8 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-39
4.3. No ano em estudo colaborou na realização de 39 documentos.
4.3.1. Perdão-37
Legitimação - 1
Privilégio (em geral) - 1
4.3.2. Pedro da Silva e João Teixeira - 30 cartas
Pedro da Silva e Pedro da Costa - 8 cartas
Álvaro Pires Vieira - 1 carta
4.3.3. Na sua actividade burocrática substitui os seguintes escrivães:
Pedro Alvares - 1 5
Diogo Afonso-12
Fernão Gonçalves - 3
4.4. 1092
4.4.1. Desde 1452 é Escrivão da Corte . Mantém-se com este título ainda
em 1473
,1094
4 4 2 Em 1454. Março. 21 é citado como "Doutor" ( v
Entre 1464 e 1478 é Escrivão da Casa da Suplicação^ .
Em 1472 é Escrivão perante o Corregedor da Corte .
Em 1481 é Escrivão perante os Ouvidores da Corte; neste ano e
empossado neste cargo Álvaro Rodrigues, escudeiro do Rei, por óbito
, • *•*. 1 1097
do anterior titular

1088
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 165.
1089
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 25.
1090
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 25.
1091
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 25.
1092
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 85
1093
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 194.
1094
Ck £/./>., vol. V, p. 372.
1095
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. 11, p. 50.
1096
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 79.
1097
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. H, p. 25.
Catálogos Prosopográficos

Recebe multas de perdões para as despesas da Relação e para a Arca da


Piedade1098
Em 1473. Setembro. 11, na qualidade de Escrivão da Corte, traslada
um instrumento de perdão feito por um notário castelhano .

IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 138v, 139,139v.
Livro 17, fis. 7,14v, 23v, 26, 26v, 32, 50, 50v, 52, 53, 57, 66,71v, 72,
74v 76v, 77, 81, 95v, 96, 96v, 97,102,107,109.
Livro 21, fis. 4, 9v, 19,28v, 51, 55, 55v, 62, 79, 83, 83v, 92v
Livro 22, fis. 72, 78, 91, 91v, 95, 119v, 120, 124v, 125, 128, 129v,
130.

7. Cf • Ana Paula Pereira Godinho de Almeida, A Chancelaria Régia e os


seus oficiais em 1462, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996 p.
215- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-
Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto 1993 PP- 25,79 e 85; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473-
Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto,
vol II pp 194-195; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor berne
mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados de
Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop
Porto 1999 pp. 165-167; Helena Maria Matos Monteiro, A
Chancelaria Régia e os seus oficiais em 1464-1465, dissert, de
mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, pp. 228-229.

1098
Luís Miguel Duarte, J^a~e criminalidade..., vol. II, pp. 79 e 85; Eliana Gonçalves Diogo
Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II p. 195^ rr n 195
1099
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 195.

165
Catálogos Prosopográficos

40. LOPO FERNANDES

LI. Entre 1439. Abril. 171100 e 1476. Agosto. 071101.

9
1102
2.6. Cavaleiro da Câmara do Rei .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém - 3
Almeirim - 2
Lisboa - 2
Sintra - 2
4.3. Escreve um total de 9 documentos.
4.3.1. Aposentação - 4
Alforria - 1
Defesa e regulamentação de encargos militares - 1
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Privilégio (em geral) - 1
Provimento de ofício - 1
4.3.2. R e i - 9 cartas
4 4.
1103
4.4.1. Escrivão da Câmara .
4.4.2. Escrivão da Câmara Régia e da sua Chancelaria.
Em 1475. Abril. 26 é Chanceler-mor interino .
4 4 3 Em 1473. Julho. 18 um vassalo, criado de Lopo Fernandes, Pedro
Afonso, é provido a Tabelião de Lisboa por carta "se asy he" .

5 Em 1452. Fevereiro. 26 redige a lei "De como he defeso, que se nom


forre Mouro ou Moura cativo, se nom por preço que traga de sua
terra ou per resgate d'outro Christãao, que lá jaz cativo" .
Em trabalhos já existentes1107 diversos homónimos são apresentados.
No entanto, consideramos altamente improvável que sejam o nosso
biografado, em virtude da dispersão geográfica em que se encontram e
da multiplicidade de cargos desempenhados. Só no ano de 1473,

1100
Pedro de Azevedo, Documentos das Chancelarias Reais..., 1.1, p. 59.
1101
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 246.
1102
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 90.
1103
Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria régia..., p. 247.
1104
Luís Miguel Duarte, Justiça e criminalidade..., vol. II, p. 90.
1105
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 200.
1106
Ordenações Afonsinas, Liv. IV, tít. CXI, p. 405. . m n .... «. GoncaiVeS
1107
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 175, Eliana Gonçalves
Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. H, p. 200.
166
Catálogos Prosopográficos

surgem homónimos a exercer cargos diversos, tais como: porteiro das


sisas em Évora; escrivão do almoxarifado de Santarém; escudeiro em
Elvas; oficiai na Alfândega de Lisboa .
Em 1473. Novembro. 08 recebe mercê do ofício da coudelaria de
Torres Vedras por serviços prestados à mãe de D. Afonso V .
Em 1473 Dezembro. 01, na qualidade de Vedor da vila de Torres
Vedras recebe 1.000 reais brancos de um perdão destinados a essa
vila1110'.

6 IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 15v,39,65v,91v.
Livro 17, fis. 35v, 103.
Livro 21, fis. l,43v.
Livro 22, fl. 61v.

7 Cf- Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e osseus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop Porto, 1996, pp
246-247- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal
Tardo-Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1993, pp. 90 e 96; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira,
1473 - Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado,
Porto vol II pp. 199-200; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos
nor bem e mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados
de Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento,
policop., Porto, 1999, pp. 174-175.

1108
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vo - I , p. 200.
1109
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., voL I , p. 200.
1110
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 200.
Catálogos Prosopográficos

41. MARTIM LOPES

1.1. Entre 1466. Dezembro1 U 1 e l 4 7 6 1

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Lisboa - 1
43 Escreve 1 único documento. , .
43.1. Doação comportando exercício de jurisdição e/ou poderes senhoriais -1
4.3.2. R e i - 1 carta

5 Em 1477 Janeiro. 29 o monarca envia uma súplica a favor de


Martinho Lopes, escrivão da sua câmara, sobre indulto de não receber
as Ordens sagradas, enquanto estudar num Estudo Geral ou estiver ao
seu serviço

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 21, fl. 90.

7 Cf- Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -


Afonsina A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 166; Eliana
Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no Desembargo do
«Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. II, p. 202.

1111
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II p. 202.
1112
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo - Afonsina..., vol. II, p. 166.
1113
Ch. t/./>.,vol.VII,p.402.

168
Catálogos Prosopográficos

42. PEDRO ÁLVARES

1. 1114 „ 1/1QQ1115
1.1. Entre 1446. Dezembro. 29 e 1488

2.
2.6. Em 1473 é Escudeiro1116.
2.8. Em 1471 acompanhou o monarca a Tânger, onde aparece a escrever
cartas em 06 e 07 de Setembro1117.

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-68
Santarém-16
Tânger - 2
Sem local - 1
4.3. Colaborou na realização de 87 documentos.
4.3.1. Perdão-67
Segurança - 6 (sendo 1 "se asy he")
Legitimação - 5
Provimento de ofício - 3 (sendo 1 Confirmação de)
Estalajadeiro - 2
Confirmação de perfilhamento - 1
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Privilégio (em geral) - 1
Segurança a mercadores - 1
4 32 Pedro da Silva e João Teixeira - 67 cartas
Pedro da Silva e Pedro da Costa - 10 cartas
Brás Afonso e Pedro da Costa - 6 cartas
Rei - 4 cartas
4.4.
4.4.1. Escrivão
4.4.2.
Em 1463 Março. 29 é mencionado um Pedro Alvares como Escrivão
do Desembargo, mantendo essas funções até 1488»»; d f envolve uma
intensa actividade de produtor de cartas nos anos de 1476 e 14 //.
Em 1473- Junho. 15 é Escrivão do Desembargo e é provido a Escrivão
dos Feitos dos Agravos na Casa do Cível .
Em 1470. Março é mandado que emprestem a Pedro Alvares dez tonéis
de vinho d'el Rei1120.

1114
CA. [/./>., vol. V,p. 35. vnimn211
1115
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos vol. Ill p. 21.1.
1116
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 216.
1117
IAN/TT, Ch. D. Afonso V, L. 22, fl. 26.
1118
Portugaliae Monumento Africana, vol. I, p. 406 , „ n ?]fi
1119
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 216.
169
Catálogos Prosopográficos

Em 1473 Agosto. 31 um Pedro Alvares é referido como Contador da


Casa Realn^x e desenvolve a sua actividade de 1462 a 1489. Não
podemos provar tratar-se do nosso biografado, mas Judite Gonçalves
de Freitas coloca a possibilidade de se tratar de um dos seus .

6 IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, f l , 12, 12v, 19, 26, 31, 32v, 34, 50, 50v, 54, 54v 63 74v,
75 79 80 81, 81v, 83v, 88v, 100,112,124v, 126,138v, 141,143.
Livro'l7, fis. 33v, 34, 34v, 35, 40, 40v, 44v, 47, 62, 62v, 78, 78v, 84,
84v 85v 91 91v
Livro 21, fis. 26,26V, 29v, 36v, 37,44, 46,46v, 64, 68v, 70v, 71v, 72,

Ovro 22, fis. lv, 6, 22v, 25v, 26, 28v, 29, 30, 33, 34, 35, 37 37v, 40,
40v 41 41v, 42, 42v, 43, 44, 44v, 47, 47v, 48v, 51, 51v, 52, 53, 54,
54v, 55, 55v, 71, 74, 74v, 75, 76, 76v, 77, 78v, 81, 81v, 83, 83v, 84,
93,101,102,124v.

7 Cf.- Armando Paulo Carvalho Borlido, A Chancelaria Régia e os seus


oficiais no ano de 1463, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1996, p.
251- Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-
Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, P°hcop.,
Porto 1993 PP 67-68 e 128; Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473
- Um Ano no Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto,
vol n pp 216-217; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemospor berne
mandámos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados de
Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto, 1999, p. 211.

1120
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 24.
1121
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo vol. II p. 216.
1122
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemospor bem e mandamos..., vol. Ill, p. 2iu.
Catálogos Prosopográficos

43. PEDRO BENTES

LI. Entre, pelo menos, 1464. Julho. 241123 e 14761124.

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Santarém - 1
4.3. Escreve apenas 1 documento.
4.3.1. Provimento de ofício - 1
4.3.2. Rei-1 carta

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fl. 38v.

7. Cf- Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -


Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 172; Helena Mana
Matos Monteiro, A Chancelaria Régia e os seus oficiais em 1464-
1465, dissert, de mestrado, policop., Porto, 1997, vol. II, p. 249.

1123 s-iL Tjp yol V I D 311


1124
Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo - Afonsina..., vol. II, p. 171.
Catálogos Prosopográficos

44. PEDRO CALÇA

1.1. Pelo menos entre 1471 e 1473 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-8
Santarém - 4
4.3. Escreve um total de 12 documentos.
4.3.1. Provimento de ofício - 11
Licença para ter subalterno - 1
4.3.2. Rui Gomes (de) Alvarenga - 12 cartas
4.3.3. Na sua actividade burocrática substitui os seguintes escrivães:
Fernão (de) Almeida - 7
Gomes Borges - 5

6 IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 23v, 59v, 62v, 85v, 96.
Livro 17, fis. 28, 54,69v, 87.
Livro 21, fis. 7v, 8, 58.
Livro 22, fl. 66.

7 Cf: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. 11, p. 22U.

1125
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo..., vol. II, p. 220.
Catálogos Prosopográficos

45. PEDRO LOPES

1.
1.1. ...1471.

2
31 Em 1470. Janeiro obtém alvará para andar em mula durante seis
1126
meses
4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Santarém-14
4.3. No ano em apreço, escreve 14 documentos.
4.3.1. Defesa e regulamentação de encargos militares - 3
Privilégio (em geral) - 3
Aposentação - 2
Provimento de ofício - 2
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - 1
Regulamentação do direito de pousada- 1
Resposta a capítulos de cortes - 1
Segurança a mercadores - 1
4.3.2. R e i - 1 4 cartas

f> TAN/TT Ch. D. Afonso V: n „


L*ro 16, fls.3, 8, llv, 12, 21, 28v, 31, 32v, 35v, 42v, 46, 72v, 75,
75v, 98v.

1126
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Câmara, p. 6.

173
Catálogos Prosopográficos

46. PEDRO LOUREN ÇO

1
1.1. Pelo menos entre 14581127 e 1473 .

3
3.1. Em 1470. Maio recebe mercê de 7.000 reais

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-30
Santarém - 24
Sintra-4
Arzila - 1
4.3. No ano em estudo escreve 59 documentos.
4.3.1. D efesa e regulamentação de encargos militares - 21
Aposentação - 1 4 .
Privilégio comportando escusa de determinações gerais - S
Privilégio (em geral) - 7 (sendo 2 Confirmação de)
Provimento de ofício - 4
Administração de capela - 1
Aforamento - 1 (Confirmação de)
Alforria - 1 , • • ■>
Doação comportando exercício de jurisdição e/ou poderes senhoriais -1
Regulamentação de jurisdições locais - 1
4.3.2. R e i - 5 8 cartas
João (Rodrigues) Galvão - 1
4.4.
4.4.1. Escrivão.
4.4.2. Em 1463. Novembro. 07 é provido a Escrivão da Fazenda por óbito de
Lourenço de Guimarães

5 Entre 1456 e 1463 um homónimo é referido como Escrivão da Fazenda


de Ceuta. Em 1470. Agosto. 11 um homónimo falecido, Escrivão da
Fazenda, é substituído por Pedro de Alcáçova1131.

1127
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos vol. Ill p. 221.
1128
Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo vol. II, p. 221.
1129
O Livro de Recebimentos de 1470 da Chancelaria da Camará, p. 49
1130
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vo . ffl, p. 222
1131
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ul, p. 2ii.
Catálogos Prosopográficos

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 2, 5,16, 22,26v, 27v, 29v, 32,45y, 47v, v, 56 57 62,
64v 70v, 71v, 73, 73v, 80v, 93v, 96v, 104v, 114, 116,116v, 120, 122,
123' 127Í 131v, 132,135,144.
Livro 17, fl. 55.
Livro 21, fis. 8,16,64v, 73v, 76v, 85.
Uvro 22, fis. 2v, 14v, 17, 32v, 34v, 46v, 48, 49, 58, 106v, 111, H5v,
127.
Livro 38, fl. 68v (?).

7 Cf.: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. 11, p. m ,
Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos: A
burocracia régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-
1460), vol. HI, dissert, de doutoramento, policop., Porto, 1 W , pp.
221-222.

175
Catálogos Prosopográficos

47. PEDRO (de) OLIVENÇA

1.1. Pelo menos entre 1455113 e 1471.

4.
4.1.
4.1.1. Ocasional.
4.2. Santarém - 2
4.3. Escreve apenas 2 documentos.
4.3.1. Aposentação - 1
Provimento de ofício - 1
4 3.2. João Soares (de) Castelo Branco - 1 carta
Lopo Vasques (de) Castelo Branco - 1 carta

4.4.
4.4.1. Escrivão.

5 Em 1440 Setembro. 04 um homónimo, escolar no Estudo Geral de


Lisboa, foi testemunha de dois contratos de arrendamento celebrados
no Mosteiro de Cheias . 1134
Em 1464 um homónimo escreve várias cartas de perdão .

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fis. 30v, 80.

7 Cf/ Luís Miguel Duarte, Justiça e Criminalidade no Portugal Tardo-


Medievo (1459-1481), vol. II, dissert, de doutoramento, policop.,
Porto 1993 p. 6; Judite A. Gonçalves de Freitas, Teemos por berne
mandamos: A burocracia régia e os seus oficiais em meados de
Quatrocentos (1439-1460), vol. Ill, dissert, de doutoramento policop.,
Porto 1999 P 222; Helena Maria Matos Monteiro, A Chancelaria
Régia e os seus oficiais em 1464-1465, dissert, de mestrado, pohcop.,
Porto, 1997, vol. II, p. 251.

1,32
Judite A Gonçalves de Freitas, Teemos por bem e mandamos..., vol. Ill, p. 222.

" SEiXEi HoZZ a - * ~ *+-. vol- U, P. 25.; Luis Miguel Du.rte, * * . .


criminalidade..., vol. II, p. 6.
176
Catálogos Prosopográficos

48. PEDRO (de) PAIVA

1 1135
1.1. Entre, pelo menos, 1471 e 1476 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa - 4
Tânger-2
4.3
43 Escreve
Escreve um
um total
xoiai de
uc 6
u documentos.
uuvuin^i^o.
4.3.1. Doação de bens e direitos - 2 (sendo 1 "se asy he )
Provimento de ofício - 2
Licença para ter subalterno - 1
Privilégio (em geral) - 1
4.3.2. Lopo (de) Almeida - 4 cartas
Rei - 2 cartas
4.4.
4.4.1. Escrivão.

Em 1473 Maio. 07 escreve alvará de determinação dos oficiais ^


5.
moradores da Casa Real que não deverão ter pensão por casamento .

IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 21, fl. 32v.
Livro 22, fis. 1,14,21, 53v,64v.

Cf.- Isabel Carla Moreira de Brito, A Burocracia Régia Tardo -


Afonsina. A Administração Central e os seus Oficiais em 1476, dissert,
de mestrado, policopiada, Porto, 2001, vol. II, p. 175.

1135 Isabel Carla Moreira de B r i t o u Burocracia Régia T^do - Afonsina vol. II, p. 175.
1136 Jorge de Faro, Receitas e Despesas da Fazenda Real..., pp. 223-224.

177
Catálogos Prosopográficos

49. RUI VARELA

1.
1.1. ...1471...

4.

4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.


4.2. Santarém - 1
4.3. Escreve apenas 1 documento.
4.3.1. Diversos-1
4.3.2. Gonçalo Vasques (de) Castelo Branco - 1 carta

Em 1473 Janeiro. 16 um homónimo é citado na qualidade de


5.
Cavaleiro, Corregedor na comarca e correição de Entre lejo e
Odiana

IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fl. 42.

1137
Ch. U.P., vol. VII, p. 134.
178
Catálogos Prosopográficos

50. VASCO AFONSO

1. , rtí-1138 1 / n i l 139
1.1. Pelo menos entre 1467. Novembro. 05 e 1473 .

4.
4.1.
4.1.2. Corrente.
4.2. Lisboa-12
Setúbal-4
Almada - 3
4.3. Escreveu um total de 19 documentos.
4.3.1. Provimento de ofício - 12
Aposentação - 7
4.3.2. Fernão (da) Silveira - 19 cartas

6 TAN/TT Ch. D. Afonso V:


Livro 16,11, 6, 58, 88v, 109v, 119v, 122,136,137,141v.
Livro 17, fis. 8, 33,108.
Livro 22, fis. 6v, 30v, 42, 66,113v.
Livro 38, fl. 67v (?).

7.
Cf,. Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Anono
Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. Il, p. 224.

1138
Ch. U.P.,vol.
Ch UP vol.VI,
VI,p.p.427.
427. , . TT _ -,-,,
™ Eliana GonçalveJ Siogo "ferreira,
Ferreira, 74/->
1473 -- uUm
m / Ano
i T Odo
w «Desembargo...,
'««""ó»-' — vol.-»*•
II, p. 224.
179
Catálogos Prosopográficos

51. VASCO GODINHO

1.
1.1. ...1471...

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Santarém - 1
4.3. Escreve 1 único documento.
4.3.1. Carta de Exame - 1
4.3.2. Gil (Mestre) - 1 carta

6. IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 16, fl. 34v.

180
Catálogos Prosopográficos

52. VICENTE ÁLVARES

U. Pelo menos entre 1466. Novembro. IO1140, data em que é nomeado


escrivão e 1487. Maio. 241141.

3.
Em 1473. Agosto. 12 recebe licença para andar em besta muar
3.1. „ 1142
perpetum

4.
4.1.
4.1.3. Inconclusivo por escassez de dados.
4.2. Lisboa - 1
4.3. Escreve apenas 1 documento.
4.3.1. Diversos-1
4.3.2. Rei-1 carta
4 4 11 dt
4.4.1 "...estpriuam dos feitos do dicto Senhor"
1144
4.4.2. Em 1473 é Sacador dos Resíduos em Lisboa .
Em 1474 Novembro. 02 um homónimo, tesoureiro e prebendano de
Lisboa, residente na Cúria apresenta uma súplica no sentido de esto
autorizado para receber os proventos de seus benefícios sem obrigação
de residência pessoal, enquanto residir na Cúria ou frequentar o Estudo
Geral1145

IAN/TT, Ch. D. Afonso V:


Livro 21, fl. 87v.

Cf.: Eliana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano no


Desembargo do «Africano», dissert, de mestrado, Porto, vol. 11, p. m.

1140
1141 et UP" vol V Í Í p3 240; Cf. Ch. UP, vol. VII, pp. 532-533, com subscrição intermédia,
1142 miana Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo.., vol. II, p. 227.
1143 Ch UP vol VII, pp. 146-147 e 532-533.
1144 EÍana Gonçalves Ètogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo.., voL , p. 227-
1145 mZ Gonçalves Diogo Ferreira, 1473 - Um Ano do Desembargo.., vol. II, p. 227.

181
Catálogos Prosopográficos

ÍNDICE
2
INTRODUÇÃO
MATRIZ I-SUBSCRITORES
CATÁLOGOS PROSOPOGRÁFICOS DOS SUBSCRITORES *
9
1. AFONSO MADEIRA (MESTRE)
12
2. ÁLVARO PIRES (DA MÃO INCHADA)
15
3. ÁLVARO PWESVIEHtA
18
4. BRÁS AFONSO
22
5. FERNÃO (da) SILVEIRA
29
6. GIL (MESTRE)
31
7. GONÇALO VASQUES (de) CASTELO BRANCO
39
8. JOÃO (RODRIGUES) GALVÃO
48
9. JOÃO LOPES (de) ALMEDDA
,54
10. JOÃO SOARES (de) CASTELO BRANCO
.56
11. JOÃOTEIXED^A
.65
12. LOPO (de) ALMEDDA
.78
13. LOPO VASQUES (de) CASTELO BRANCO
.82
14. PEDRO da COSTA
.86
15. PEDRO da SILVA
..92
16. RUI GOMES (de) ALVARENGA
..99
MATRIZ II- ESCRIVÃES.
10
CATÁLOGOS PROSOPOGRÁFICOS DOS ESCRIVÃES °
102
1. AFONSO BORGES
103
2. AFONSO GARCÊS
106
3. AFONSO GOES
107
4. AFONSO MARTINS
108
5. AFONSO RODRIGUES
109
6. AFONSO TRIGO, O MOÇO
,110
7. ÁLVARO DIAS
.113
8. ÁLVARO (de) LISBOA
.114
9. ÁLVARO LOPES [DE CHAVES].
.116
10. ANTÃO DIAS
.117
11. ANTÃO GONÇALVES
.120
12. ANTÃO LOPES
.121
13. ANTÓNIO (de) MATOS
..122
14. BRÁS AFONSO
..124
15. BRÁS (de) SÁ
..125
16. CRISTÓVÃO (de) BAERROS...
..126
17. DIOGO AFONSO
Catálogos Prosopográficos

129
18. DIOGO FERNANDES
130
19. DIOGO LOPES
131
20. FERNÃO (de) ALMEIDA
134
21. FERNÃO (de) BRAGA
136
22. FERNÃO (de) ESPANHA
1J
23. FERNÃO GONÇALVES
139
24. FERNÃO LOPES
140
25. FERNÃO LOURENÇO [RIBEIRO]
142
26. GOMES BORGES
146
27. GONÇALO FALEIRO
147
1H
28. GONÇALO FERNANDES
148
29. GONÇALO MARTINS
149
IW
30. GONÇALO RODRIGUES
151
31. JOÃO ANDRÉ
153
32. JOÃOCARREDIO
154
33. JOÃOGARCÊS
156
34. JOÃO GODINHO
157
35. JOÃO GONÇALVES
159
36. JOÃO JORGE
161
37. JOÃO (de) LISBOA
163
38. JOÃO MATEUS
164
1U
39. JOÃO (de) VILA REAL
166
40. LOPO FERNANDES
168
41. MARTIM LOPES
169
42. PEDRO ALVARES
171
43. PEDRO BENTES
... 172
44. PEDRO CALÇA
173
45. PEDRO LOPES
174
46. PEDRO LOURENÇO
176
47. PEDRO (de) OLIVENÇA
177
48. PEDRO (de) PAIVA
178
49. RUI VARELA
179
50. VASCO AFONSO
180
lou
51. VASCO GODINHO
181
181
52. VICENTE ÁLVARES •
182
ÍNDICE.

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