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A ideia deste trabalho nasceu do desejo de deixar à geração atual da família Lacerda algumas reminiscências, documentos,
registos e imagens, que corriam o risco de se perder, embora sem a pretensão de lhe dar forma elaborada. O rosto mais visível
deste trabalho são dois ramos desta família, a de António de Lacerda Pereira (ver página 17) e de Maria Utília Forjaz de Lacerda
(ver página 17).
No entanto, ao longo das páginas, apenas se revelam fragmentos de recordações daqueles que nela viveram e em seu torno
gravitaram. Mas interessou-nos, acima de tudo, sublinhar a família, num sentido muito amplo. Em primeiro lugar aos que a
ela pertenceram pelo sangue, mas também aos que a ela se foram ligando por enlaces matrimoniais. A elaboração da obra que
agora se apresenta passou de projecto a realidade mercê de uma convergência de contributos de pessoas amigas que desejo aqui
registar, manifestando-lhes o meu profundo reconhecimento.
Em primeiro lugar, a minha sobrinha, Ana Maria Ávila Oliveira Lopes , pelo incentivo a que desse mais folego a um acervo
documental que já possuía, que na intenção primeira se destinava a circulação restrita no meio familiar. A D. Maria Zelia
Cabral e a Alexandre Freitas pela fotos que me enviaram de casas que foram da família Lacerda. Para todos os meus
agradecimentos.
PEREIRA DE LACERDA
APONTAMENTOS GENEALÓGICOS
SOBRE AS SUAS ORIGENS
Os “de Lacerda” surgem em Portugal nos finais do séc. XIV, radicados inicialmente na vila de Serpa e aliados a
uma das mais prestigiadas linhagens da altura, os Pereira do Santo Condestável. Acontece que este nome “de
Lacerda”, sendo castelhano e ainda por cima um ramo da família real de Castela, era incómodo. Assim, durante
o século XIV, na documentação portuguesa, este apelido mantém-se oculto, sendo temporariamente substituído
pelo apelido toponímico “de Serpa” e pelo nacionalista e prestigiante “Pereira”, da família de D. Nuno Álvares.
Segundo as genealogias tradicionais os “de Lacerda” portugueses descendem por varonia de um Afonso
Fernández de La Cerda que passou a Portugal como apoiante do rei D. Fernando, como refere Fernão Lopes na
sua Crónica de D. Fernando. As mesmas genealogias referem que foi pai de um Martim Gonçalves de Lacerda,
cujo nome próprio correcto é Álvaro Gonçalves “de Serpa”, como vamos ver. Em 1985, Masnata y de Quesada,
Marquês de Santa Ana e Santa Maria, no seu estudo La Casa Real de La Cerda 31 propõe que o Martim
Gonçalves de La Cerda (na verdade Álvaro Gonçalves), tronco dos de Lacerda portugueses, seja um possível
filho natural de D. Juan de La Cerda e de sua amante, a judia Sol Martinez.
2
OS LACERDAS
“Segundo Marcelino, descendem os Lacerdas e La Cerdas, de João Garcia Pereira, irmão do conde da Feira, advindo,
as razões da sua fixação no Faial, do veementíssimo amor que nutria por uma sua prima, Isabel Pereira, filha de
Gaspar Pereira Roxo.
Jovem arrebatado de génio, surpreendeu João Pereira, certo dia, os galanteios de um fidalgo, Coutinho de
nome próprio parente do conde de Marialva, perante Isabel. Ferveu-lhe o sangue e como consequência dum
remoque, surgiu o duelo que prostrou o Coutinho. O rei não perdoou e João Garcia teve que homiziar-se em Tânger
junto de seu primo, D. João de Menezes, conde de Tarouca e governador da praça de guerra.
Recordando o seu sonho de amor desfeito, servia a Pátria como ninguém, correndo riscos e praticando
loucuras, que a história celebrizou com heroicidade.
Ela, Isabel fora dada pelo pai, em casamento, a Gabriel de Bruges, filho de Jácomo de Bruges, Capitão
Donatário da ilha Terceira.
Passam-se anos e João Pereira tem de homiziar-se novamente de Tânger, porque em duelo com outro
fidalgo que subestimara, de novo tem a infelicidade de ferir de morte o antagonista. Aproa à Terceira e aí sabe que a
mulher de seus sonhos e razão das suas desditas na ilha, está viúva e sem filhos.
Busca-a e o que se passou, então, será melhor supô-lo do que dizê-lo.
Casaram-se e abandonaram a ilha, onde querelas da Capitania a espoliavam e vexavam. Aproam ao Faial
e, no sítio das Areias, freguesia dos Cedros, escondem uma venturosa existência, sem títulos e sem nobreza, até 1519,
ano em que aproou à baia da Horta seu tio Lopo de Albergaria, Governador da Índia que, reconhecendo-o e
ouvindo-o lhe prometeu o perdão do rei e o repor na sua posição social perante os Grandes da ilha”.
“A chegada de João Pereira ao Faial inicia-se a linhagem dos Pereiras, Sarmentos e Lacerdas, visto que
Isabel Pereira Roxo descendia pela linha paterna dos Senhores de Bastos e, pela materna. de D. Francisco
Sotomaior, filha da Condessa de Caminha” ( Boletim do Núcleo Cultural da Horta).
3
Sepultura de D. Alfonso de La
Cerda, nº3,
com as armas de Castela, Leão e
França
5
D.GONÇALO PIRES PEREIRA, chamado “o Liberal”, senhor da honra de Pereira, teve “gram casa e estado” e certo dia “estamdo em
Pereira, deu sessenta cavallos e fidallgos que eram chegados a elle”. Foi Freire comendador da Ordem do Hospital (1271),
Comendador de Panóias (em 8.11.1314) 6. Filho de D. Pedro Rodrigues de Pereira, valido do rei D. Sancho I, rico-homem, tenente de
Trancoso e Viseu (entre 1180-1183) e de Maria Pires Gravel, neto paterno de Rui Gonçalves de Pereira 7, 1º senhor da quinta e honra
de Pereira (donde retirou o apelido de família), situada na freguesia de Esmeriz e de sua segunda mulher Sancha Henriques de
Portocarreiro, bisneto paterno de Gonçalo Rodrigues 8 “da Palmeira” 9, senhor do couto de Palmeira e fundador do mosteiro de
Landim (filho do conde D. Rodrigo Forjaz 10 de Trastâmara, que serviu o conde D. Henrique, sendo da importante linhagem dos
Trastâmaras asturianos).
Sobre a sua primeira mulher, um dia chegou-lhe a notícia de que a mulher, que estava no Castelo de Lanhoso, o atraiçoava com um
frade do Bouro. Correu lá, fechou as portas do castelo e “queimou ela e o frade e homens, mulheres e bastas, e cães e gatos e
galinhas e todas coisas vivas, e queimou a câmara (o quarto de dormir) e panos de vestir e camas e não deixou coisa móvel”.
Perguntaram-lhe porque é que queimara toda a gente, e não apenas os adúlteros. É que, explicou ele, aquela maldade durava havia
dezassete dias; os outros habitantes do castelo alguma suspeita deviam ter e, apesar disso, não o preveniram do que se passava
(José Hermano Saraiva, História concisa de Portugal).
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Gonçalo Pereira
9
NOTA 1
NOTA 1
NOTA 1 Segundo as testemunhas ouvidas era descendente da Casa dos senhores da Feira, “o qual se viera para estas Ilhas porque matara hum Fidalgo na
Serceda” (trata-se de Cerzedo, freguesia do concelho de Guimarães), “por hua deferença que teve no Reino deque veio a matar hum parentte do Conde de Marialva
se fora para Africa, elá tivera outra diferença e então se viera para estas Ilhas”.Esta informação referida pela já citada justificação documenta-se, pois a 26.5.1508, a
um João Lopes de Parada, morador na Castanheira, é feita quitação de 500 cruzados que se obrigou a pagar como fiador de João Garcia, morador na ilha do
Faial. Apresentou alvará régio de 16.5.1508 (inserido neste diploma) com outorga do perdão dos dez anos de degredo a que João Garcia fora condenado. “foi
condenado Joham Garçia morador na Ilha do Fayall a hir seguir allem os dez annos em que foy condenado pelo caso da ... de Matos e esto por se espidir o tempo em
que se la começou de presentar e que porquoamto ouveramos prezente que lhe relevasemos a culpa e pena em que anbos em emcorreram tirando o dicto perdam de
çem cruzados a qual cousa a nos apraz e o avemos por bem que tirando ele o dicto perdam ... “
10
Garcia Pereira
NOTA 3 Gonçalo Pereira foi filho primogénito do , segundo vazamento de Fernão Pereira, Senhor da Feira, com D. Maria (
Isabel) Pereira, filha de Gonçalo Pereira, «O das Armas de Riba Ave de Vizela». Çonçalo Pereira foi casado duas vezes; a primeira
com D. Filipa de Albergaria de onde nasceu um único filho, e um segundo casamento com D. Guiomar, filha de Marim Afonso de
Miranda
Fernão Pereira
NOTA 4 Fernão Pereira, n. cerca de 1400, 3º senhor de juro e herdade da terra da Feira (5.4.1453), senhor do
castelo da Feira, “obrigando-se a corregê-lo à sua custa” (19.11.1449), senhor de Cambra e de Refoios. Fidalgo do
Conselho, esteve em Tânger (1437) e em Alfarrobeira. Foi escudeiro da Casa do infante, futuro rei D. Duarte,
quando D. João I lhe confirmou a 29.2.1428 os senhorios de Refoios e Cambra que seu pai lhe doara e lhe
permitiu dar estas terras como penhor das 6.000 coroas de ouro que ia dar de arras para casar com D. Isabel
de Albuquerque. A 5.4.1453 D. Afonso V confirmou a doação a João Álvares Pereira, do seu Conselho, pai de
Fernão Pereira, das terras e lugares de Santa Maria da Feira, Ovar, Cambra e Refojos, com seus julgados e
termos (inserta na carta de D. João I de 19.8.1386). C. 1ª vez em 1428 com Isabel de Albuquerque. C. 2ª vez em
1451 com Maria de Berredo, donzela da Casa da Rainha. A 8.10.1451 D. Afonso V confirmou o contrato de
casamento entre Fernão Pereira, fidalgo da sua Casa, e Dona Maria de Berredo, donzela da Casa da Rainha,
bem como lhes concede 4.000 dobras de ouro pelo dito casamento, pelas quais haverá 40.000 reais de prata, de
tença, por ano. A 13.11.1451 D. Afonso V doou a Dona Maria de Berredo, donzela da Rainha, casada com Fernão
Pereira, uma tença anual de 40.000 reais de prata, ao preço de 4.000 dobras de bom ouro e justo peso, a partir
de Janeiro de 1452, pelo seu casamento, a ser paga pelas rendas régias das suas terras e das de João Álvares
Pereira, situadas no almoxarifado de Aveiro, enquanto lhe não for pago a totalidade da tença. Filho do 1º
casamento:
11
NOTA: 1
Será o Garcia Álvares, que se documenta a 19.2.1455 como escudeiro régio e a quem D. Afonso V perdoa um crime? Casou com
“Donna” INÊS DA SILVA MAGALHÃES, “filha de hum, Irmão do Senhor da Ponte da Barca”.Pela cronologia, pode muito bem ser
filha de Afonso Rodrigues de Magalhães, irmão de João de Magalhães, este 1º senhor de Ponta da Barca, ambos filhos de Diogo
Afonso de Magalhães 28 e de Inês Vasques.Filho: 6 JOÃO GARCIA PEREIRA, n. cerca de 1450, provavelmente no termo de
Guimarães, talvez na freguesia de Cerzedo. Tinha um forte temperamento e foi duplamente homicida, “era hum Homem Fidalgo que
a estas Ilhas veio ter de Africa por morte de huns homens que matara assim no Reino como tãobem em Africa”. Segundo as
testemunhas ouvidas era descendente da Casa dos senhores da Feira, “o qual se viera para estas Ilhas porque matara hum Fidalgo na
Serceda” (trata-se de Cerzedo, freguesia do concelho de Guimarães), “por hua deferença que teve no Reino deque veio a matar hum
parentte do Conde de Marialva se fora para Africa, elá tivera outra diferença e então se viera para estas Ilhas”. Esta informação referida
pela já citada justificação documenta-se, pois a 26.5.1508, a um João Lopes de Parada, morador na Castanheira, é feita quitação de
500 cruzados que se obrigou a pagar como fiador de João Garcia, morador na ilha do Faial. Apresentou alvará régio de 16.5.1508
(inserido neste diploma) com outorga do perdão dos dez anos de degredo a que João Garcia fora condenado 29.
ANTT, Chanc. de D. Manuel I, L. 5, fl. 5: “foi condenado Joham Garçia morador na Ilha do
Fayall a hir seguir allem os dez annos em que foy condenado pelo caso da ... de Matos e esto
por se espidir o tempo em que se la começou de presentar e que porquoamto ouveramos
prezente que lhe relevasemos a culpa e pena em que anbos em emcorreram tirando o dicto
perdam de çem cruzados a qual cousa a nos apraz e o avemos por bem que tirando ele o
dicto perdam ... “
Casou com ISABEL PEREIRA, viúva de Gabriel de Bruges, filha de Gonçalo Pereira “Roxo”, escudeiro-fidalgo da Casa Real (irmão de
Paio Gomes Pereira e de Afonso Pereira de Lacerda e de João Pereira, morador em Guimarães) e de Maria Sarmento, natural de Vigo,
referidos adiante em “Pereira de Lacerda – Apontamentos Genealógicos sobre as suas origens”. C.g. que segue 30 na família dos
Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda, dos Açores.
II
PEREIRA DE LACERDA
APONTAMENTOS GENEALÓGICOS
13
Gonçalo Velho de Medeiros Bárbara Dias Pereira Diogo Vaz [o Moço] Izabel Goulart Pereira
Horta Horta
núpcias com Francisco Pereira e em segundas com Jacinto Nasceu no Faial, Horta, em 1664 e faleceu na Horta a
Casou com
17
Francisco Nunes de Lacerda e Mello Maria Nunes de Lacerda e Mello Teresa Nunes de Lacerda e Mello
Casou com
Francisco Soares de Lacerda Machado Maria do Carmo Machado Soares Nunes Lacerda e João Machado Soares
General do Exército. Casou com Mello
Nasceu em 1872
Otávia de Sousa Machado de Lacerda Casou com
Casou com
Augusto da Silva Pereira
1894 ----------------------------------------------------
Segundo núpcias com
Maria José Whytton da Câmara Nascida em 1812
João Soares de Tomé Soares de Inácio Soares Maria Soares Francisca Soares Francisco Soares de Lacerda
Lacerda Casou com Lacerda da Lacerda de Lacerda de Lacerda Nasceu em 1841 e faleceu em
17.04.1916 e casou com
Josefa Carolina
Casou na Madalena,
freguesia de Bandeira, a
José de Lacerda Nasceu André de Lacerda João de Lacerda Virgínia de Lacerda 05.08.1864 com Maria
em 1883 Augusta Belo Correia de Melo
Nasceu em 1837
António de Lacerda José Augusto Pereira de Teresa Ermelinda de Francisco Augusto de Cândido Pereira de
Pereira Lacerda Lacerda Lacerda Forjaz Lacerda
20
Maria Doroteia da Silveira e Cunha Rosa Josefa da Silveira casou Miguel António da Silveira de Sousa
Nasceu em 24.01.1772. Casou com . com Manuel José da Silveira Nasceu em 26.12.1773 . Casou com Maria da Luz Borges
Moniz do Canto a 25.10.1812. Faleceu na Ribeira Seca a
Joaquim José da Silveira e Sousa
07.04.1856
NOTA: Foi o 9º Sargento Mor da Calheta, cargo que ocupou
Maria da Luz Borges Moniz do Canto desde 1759 até á sua morte. Encontra-se sepultado na Ermida
Nasceu a 25.10.1812 e faleceu na de Nossa Senhora dos Milagre, sua propriedade.
Ribeira Seca a 07.04.1856 Capitão Mor da Calheta, por patente do Capitão General
Francisco António de Araújo de 07.11.1817, com posse a 6/12 do
mesmo ano. A patente foi confirmada pelo Rei D. João VI, no
Rio de Janeiro, a 06.04.1818
Miguel António da Silveira Dona Isabel António Moniz da Manuel João Moniz da Silveira Maria Josefa da
NOTA 1 António de Lacerda Pereira foi um agricultor prático, distinto e um cavalheiro de indiscutível
probidade, desempenhou-se com aplausos nos vários cargos públicos que exerceu. Foi vereador e presidente
da Câmara da Calheta da ilha de Sâo Jorge. Do que foi a vida destes 12 filhos pouco sabemos a não ser alguns
episódios, que por serem burlescos permaneceram no imaginário da população. Pela noite assustavam as
pessoas com as suas brincadeira de adolescente fazendo-se passar por fantasmas, embrulhando-se em lenções
e esvoaçando sobre os muros do cemitério que ficava próximo da sua residência. Os pais, para por cobro a
estas aventuras noturnas, trancavam as portas de casa. Então eles, com os lenções faziam uma corda e
desciam pela varanda. A população batizo-os de as 7 pragas do Egito ou os 7 gafanhotos do Egito. Mais tarde
as suas excursões eram mais amorosas e delas resultaram alguns filhos ilegítimos. Um deles foi António
Machado Luís, meu avô materno. filho ilegítimo do António Pereira de Lacerda e embora não o tenha
legitimado, esteve sempre presente nos acontecimentos importantes do filho, como o batismo e casamente
23
ALGUMAS NOTAS SOBRE O PERCURSO DESTES 12 FILHOS DE ANTÓNIO DE LACERDA PEREIRA E DE DONA
BERNARDA MONIZ DA SILVEIRA
D. Rita Amélia de Lacerda. Nasceu nas Ribeiras do Pico a 27.03.1841. e foi batizada a 04.04.1847. Foram
padrinhos o Capitão Mor José??? Silveira e madrinha, D. Barbara Carlota Forjaz de Lacerda, tia paterna. Faleceu
às 2 horas da tarde de 10.07.1871, numa casa situada na Rua de Baixo, freguesia da Ribeira Seca, S. Jorge, tendo
recebido os sacramentos da santa madre Igreja. Solteira.
José de Lacerda Pereira Forjaz Nasceu a 29.02.1839 em Santa Barbara, das Ribeiras, concelho das Lages,
ilha do Pico. Faleceu aos 69 anos na freguesia da Ribeira Seca, concelho da Calheta, ilha se São Jorge, às 10 horas da
manhã do dia 9 de Maio de 1907 tendo recebido os sacramentos da Santa Madre Igreja. Filho de António Lacerda
Pereira e de Isabel Berneada Moniz da Silveira. A 15.06.1874 casou na igreja da Ribeira Seca com Dona Rita Muneiz
de Lacerda Forjaz. Foram padrinhos António Muniz da Silveira e Sousa, tio materno, e sua mulher, D. Rita
Gregório Muniz da Silveira, da vila da Calheta da referida ilha.
NOTA 2 Foi Juiz Substituto, Juiz da Pás , na freguesia da Ribeira Seca, Tesoureiro da junta de freguesia, boticário,
comerciante., Presidente da Câmara da Calheta de 1878 a 1882
João Pereira Forjaz de Lacerda: Nasceu nas Ribeiras do Pico a 11.10.1842. Foi Batizado aos ? do mesmo mês e
ano, Foram padrinhos, Caetano Francisco Nunes de Lacerda e Dona Ana Forjaz Nunes de Lacerda, esta, tia
paterna. Faleceu às 9 horas da manhã de 27.03.1893, numa casa situada na Rua de Baixo, freguesia da Ribeira
Seca, S. Jorge, tendo recebido os sacramentos da santa madre Igreja. Solteiro, proprietário. Solteiro
Francisco. Nasceu nas Ribeiras do Pico a 03.06.1844 e foi batizado pelo Vigário da Matriz da vila das Lages do
Pico
Tomé Pereira de Lacerda. Nasceu nas Ribeira do Pico a 30.06.1846 e foi batizado os 05.06.1846. Faleceu no Brasil
Cândido Pereira Forjaz de Lacerda. Nasceu nas Ribeiras do Pico a 08.07.1848 e foi batizado a 18.07.1748.
Foram padrinhos o morgado António de Bettencourt e sua mulher D Josefa Carlota Bettencourt. Fixou residência
na Fonte do Mato, Graciosa
24
Joaquim Augusto Pereira de Lacerda. Nasceu em Santa Barbara das Ribeiras do Pico a 17.04.1853 e foi batizado
a 20.05.1853. Foram padrinhos José Francisco da Silveira e D. Maria Joaquina, tios maternos. Casou 1º em Angra
22.07.1922 com D. Maria Evelina Read e 2º casamento com D. Maria Teotónia Borges da Costa. Faleceu na freguesia
da Sé em Angra a 21.11.1926
Miguel Augusto Forjaz de Lacerda. Nasceu na freguesia das Ribeiras do Pico a 18.11.1855. Faleceu numa casa
da Rua de Baixo da freguesia da Ribeira Seca, ilha de São Jorge às 12 horas da manhã de 18.09.1877. Solteiro
Mariana Forjaz de Lacerda. Nasceu. na Ribeira Seca a 08.04.1860 e f. na Ribeira Seca a 18.04.1915. Demente
Maria Thereza de Lacerda. Nasceu a 15.05.1835 em Santa Barbara das Ribeiras do Pico casou em
23.01.1871 com Tomé Gregário de Lacerda nascido na Ribeira Seca a
António Pereira de Lacerda Forjaz. Nasceu em Santa Barbara das Ribeiras do Pico a 24.01.18373
ANTÓNIO * na freguesia de Santa Barbara das Ribeiras do Pico a 24.06.1837
António, filho de António de Lacerda Pereira natural da freguesia de Santa Barbara das Ribeiras e de sua mulher Dona Isabel Bernarda
Muniz, natural da paróquia de Santiago da Ribeira Seca da jurisdição da Calheta, ilha de São Jorge, Diocese de Angra e muradora neste
lugar das Ribeiras do Pico, nasceu aos vinte e quatro dias do mês de Janeiro do ano de mil oitocentos e trita e sete, e foi batizado por mim
Vigário -------- aos vinte e nove dias do mesmo mês a ano: Foram padrinhos António, digo João Pereira de Lacerda, morador no lugar desta
jurisdição e D. Ana------- de Lacerda, muradores neste lugar da freguesia das Ribeiras e tios paternos. Para constar fiz este termo Era ut
supra
Vigário António José da Silva+
José de Lacerda Pereira Forjaz, Nasceu a 29.02.1839 em Santa Barbara, das Ribeiras, concelho das
Lages, ilha do Pico. Faleceu aos 69 anos na freguesia da Ribeira Seca, concelho da Calheta, ilha de
São Jorge às 10 horas da manhã do dia 9 de Maio de 1907
25
João Pereira de Lacerda Forjaz D. Luísa Amaral Viana D. Maria D. Maria Viana de Lacerda
Nasceu nas Velas a Nasceu na Horta em 01.06.1878, Nasceu na Nasceu na Ribeira Grande a
09.12.1869.Bacharel em Medicina filha de José Patrício Viana e de Horta em 22.10.1901. Casou em Lisboa
(Universidade de Coimbra). Foi D. Ana Idalina do Amaral. 01.12.1899 e com Bartolomeu Nunes Dias
delegado de saúde na Horta e faleceu a de Oliveira e faleceu em
proprietário. Em 14.06.1878 casou 12.06.1900 na Queluz em 03.01.1974. Casou
na Horta com mesma cidade em Lisboa com Bartolomeu
Nunes Dias de Oliveira,
nascido em Constância, em
28.12.1892 e f. a 24.08.1932
3
2 1
Neto paterno de Manuel José de Ávila e de Neto materno António José de Sequeira
Maria Cândida de Ávila e de Ana Delfina Sequeira
c.
c
Lucrécia Moniz Ávila da Silva Artur Moniz de Lacerda Ávila Maria Custódia Moniz de Lacerda Ávila de Celeste de Moniz de
Nasceu na freguesia da Ribera seca Noronha
Nasceu na Ribeira Seca, Lacerda Ávila
às 3 horas da tarde de 12.01.1903- Nasceu às 9 horas da manhã do dia
concelho da Calheta, ilha de Nasceu na Ribeira
9.01.1907 e foi batizada a 02.05.1907, filha
Foram padrinhos o tio, José Moniz
São Jorge a 09.01.1902 e foi de Artur Ávila Sui Júris [direito próprio] e Seca em 01.11.1915
de Lacerda, solteiro, estudante e sub
batizada na igreja paroquial de Lucrécia Moniz de Lacerda Ávila.
protectione Beatae Virginis Mariae
pelo Presbítero Gabriel Foram padrinhos o tio, José Moniz de
Rosarii Casou no posto do registo
Lacerda, solteiro, Sui Juris [direito
Pereira Moniz a 09.01.1902.. civil da dita freguesia a 28.04.1924 próprio] e sub protectione Beatae Virginis
Foram padrinhos os avó com Maria Tersa Ávila de 24 anos. Mariae Rosarii. Casou na Ribeira Seca com
maternos. Casou em Natural da Ribeira Seca. Filha de Francisco Ávila Noronha.
31.07.1935 com Gaspar Silva. . João Ferreira da Cunha e de Rosa Não houve filhos
NOTA: A formação intelectual D. Lucrécia Moniz de Lacerda Pereira Forjaz foi confiada ao convento das irmãs
Doroteias de Ponta Delgada. Naturalmente os pais ambicionavam para a filha um bom casamento, o que na época era
sinónimo de avultado património ou formação intelectual superior. Lucrécia Moniz enamora-se do Senhor Artur Ávila
que, embora descendente de família distinta da Vila das Velas, e dotado de grande educação e finura, não possuía bens
patrimoniais, sendo apenas um funcionário público de média categoria. Os pais de D. Lucrécia opunham-se firmemente a
esta união. Pretendiam casá-la com o primo Forjaz, farmacêutico na cidade da Horta, ilha do Faial. Quando se
preparavam os tão desejados esponsais, Artur Ávila rapta D. Lucrécia, que se fez acompanhar por uma criada. De casa
apenas levou seis libras em ouro. Fixaram a residência num convento de freiras, na Vila das Velas, até à celebração
matrimonial. Por vontade expressa do noivo, a convenção antenupcial estatuía total separação de bens
32
Aos vinte e nove dias do mez de Outubro do ano de mil oitocentos e noventa e oito nesta parochial de São Jorge, concelho das
Velas, diocese de Angra, na minha presença compareceram os nubentes Artur Ávila e Dona Lucrécia Moniz de Lacerda os quais
sei serem os próprios e com os papeis de estylo corrente e sem impedimento algum canónico ou civil, para casamento: elle de
idade de 31 anos, solteiro de profissão, escrevente, natural desta freguesia, morador nesta freguesia e baptizado nesta freguesia,
filho legítimo de António Teixeira da Silveira e Ávila, natural desta freguesia e de Dona Ana Augusta da Silveira e Silva, natural
desta freguesia, ella de 21 anos, solteira de profissão doméstica, natural da freguezia de São Thiago da Ribeira Seca e moradora
nesta. Filha legitima de José de Lacerda Pereira Forjaz, natural da freguesia das Ribeiras do Pico e de Dona Rita Muniz de
Lacerda Forjaz, natural da freguezia de São Thiago da Ribeira Seca os quais, nubentes se receberam por marido e mulher e os uni
em matrimónio , procedendo em todos estes actos os ritos da Santa Madre Igreja Catholica Apostólica Romana. Foram
testemunhas presentes que se serem as próprias o Comendador Manuel Vitorino Amarante de profissão advogado e morador
nesta freguezia e Fernando Ávila de profissão escrivão do Juiz de direito e morador nesta freguesia. E para que conste lavrei, em
duplicado este assento, que depois de se lido e conferido perante os cônjuges e testemunhas, comigo assinam
34
Mariano Brasil da Silveira João Evangelista da José Mariano da Silveira Noronha António Mariano da
Noronha Silveira Noronha0
Nasceu em 21.06.1881.. Casou com Silveira Noronha
Nasceu em 10.12.1871 Nasceu em a 20.09.1879
NOTA: Licenciada em Românicas pela Universidade de Lisboa NOTA: Licenciado em Ciências Geológicas pela Universidade de
Lisboa
À direita os pais de Lucrécia de Lacerda Ávila da Silva (Lucrécia Lacerda e Artur Avila)
À esquerda, José de Lacerda Pereira Forjaz, avô materno de Lucrécia de Lacerda Ávila da Silva
À esquerda, Lucrécia com 1 ano de idade (1901). À direita Lucrécia com o irmão Artur
37
Casamento de
Lucrécia de Lacerda
Ávila da Silva com
Gaspar Silva
Sentados a partir da esquerda: Lucrécia de Lacerda Ávila da Silva com a filha Maria Odete ao colo. Dona
Lucrécia Moniz de Lacerda Ávila, mãe de Lucrécia Silva com a neta ao colo, filha de Celeste de Moniz de
Lacerda. Artur Ávila pai de Lucrécia de Lacerda Ávila da Silva
De pé a partir da esquerda: Gaspar silva, Francisco Ávila Noronha, marido de Maria Custódia Moniz de
Lacerda e Celeste de Moniz de Lacerda Ávila, irmãs de Lucrécia Silva
Gaspar Silva
39
Sentados: Maria Tersa Ávila, viúva de Artur Moniz de Lacerda Ávila, irmão de Lucrécia, Celeste de Moniz de
Lacerda Ávila e sua enteada, De pé a contar da esquerda, António de Oliveira Lopes sua mulher, Maria
´ Odete, com sua filha Ana Maria, sua sogra, Lucrécia e Maria Custódia, irmã de Lucrécia
Sentados: a contar da esquerda: - Sara Isabel Lopes Bertã, Pedro Ávila Oliveira Lopes,Teresa Sofia Lopes Bertão, Maria Odete Ávila
da Silva, António de Oliveira Lopes. De pé: - Henrique Bertão e Ana Maria Ávila Oliveira Lopes
40
Passeio à fajã da Caldeira de Santo Cristo. Na fila de trás á esquerda, António Oliveira Lopes e Maria Odete
Ávila da Silva ainda namorados e acompanhados de familiares e amigos
42
Nasceu nas Caldas da Rainha a 02.10..1966. NOTA: Licenciado em Gestão de Empresas pela
Universidade de Católica de Lisboa
Casou com
Isabel Maria Cabral Artur Eduardo Lacerda Luciano--------- Nasceu em Susie Ávila Cabral
Nasceu em 16.06.1957 nas Lages, Cabral 21/12/19?? Nasceu a 27.06.1971
concelho da Praia da Vitória, ilha Nasceu em 06.03.1959, Na Rua de Baixo, freguesia Califórnia, E.U.A
da Terceira, Açores. nas Lages, concelho da Praia da Ribeira Seca, ilha de São
da Vitória. ilha da Terceira, Jorge, Açores
Vive na Califórnia, E.U.A Açores.
Vive em Hilmar, , Califórnia, Vive na , Califórnia, E.U.A
E.U.A -
44
Daniel Anthony Cabral Johnson Vitória Marie Cabral Johnson Júlia Marie Cabral Johnson
Nasceu em 20.10.1990 Nasceu em 02.08.1992 Nasceu em o4.03.1996
Califórnia, E.U.A Califórnia EUA Califórnia, E.U.A
Califórnia, E.U.A
45
Brock Anthony Yori Sebastian Lee Robert Yori Zeth Anthony Cabral
Nasceu a 6,2002 Nasceu em 11, 2003 Nasceu a 5, 2009
Califórnia, EUA Califórnia, EUA Califórnia, EUA
48
NOTA: Manuel Inácio Bettencourt Júnior, escreveu no Almanaque Jorgense o seguinte sobre José Munis de Lacerda:
“Passou a infância e principio da mocidade na sua terra. Em Setembro de 1889, com a idade de 16 anos, deixa a sua
querida ilha e vai para a cidade de Angra do Heroísmo, até aos 20 anos. Ali estudou música e preparou-se para o
exame de admissão e cursou o liceu.
No fim das férias grandes em 1903, foi para Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, matriculou-se como aluno interno
do Colégio Açoreano, onde tirou o 2º ano do Liceu. Depois não quis continuar os estudos e regressou a sua casa.
Em 1908 fez uma viagem de recreio a Lisboa, demorando-se 3 meses”. Depois do regresso, compôs as seguintes peças
musicais Saudades de Lisboa, Boémio, O Viajante Português, Amizade, Era Nova, O Repórter e muitas outras.
Dedicou a sua mãe Lírio Pendido, Lágrimas de Saudade e Flor que morre. É esta uma das suas melhores produções,
não só pela técnica musical, como pelo muito sentimento.
50
Casa da família Lacerda, que foi moradia de José Moniz de Lacerda, nos primeiros anos de casamento
53
Olavo Perdigão de Lacerda e sua mulher, Carolina Maria dos Reis Canto
Teresa de Jesus Canto de Lacerda ao colo da avó Teresa de Jesus Canto de Lacerda
materna, D. Joana Reis do Canto
54
Lucrécia de Lacerda Freitas Tomé de Lacerda Líbia de Lacerda Freitas António de Lacerda Freitas
Freitas
Nasceu na Ribeira Seca a Nasceu na Ribeira Seca a Nasceu na Ribeira Seca
Nasceu na Ribeira Seca
28.10.1895 e faleceu na mesma 19.07.1897 e faleceu na
2.02.1894 e faleceu em a28.09.1899 e faleceu na
freguesia- Solteira mesma freguesia em
Lisboa mesma freguesia a 17.12.1961
12.07.1973. Solteira
NOTA: 2 Dona Maria Theresa fez a sua educação no convento das Doroteias em Ponta Delgada e foi criada com todo o
desvelo tendo até uma criada pessoal. Dos seus filhos apenas um, o Tomé, teve uma vida normal. Das filhas, a Líbia sofria
de problema hormonais e oligofrenia ligeira, Lucrécia era inteligente mas a sua conduta era variável. O Antonico (como era
conhecido) fez a sua vida com muita pobreza económica e mental. Maria Theresa acabou os seus dias numa miséria total e
sem dignidade. A consanguinidade pode ter sido uma das causas dos problemas dos filhos.
55
António
Antónioda
daLacerda
LacerdaFreitas
Freitas
Amélia Silveira
Nasceu na Ribeira Seca a 26.09.1899. Faleceu na Nasceu na Rieira Seca 29.06.1947, filha de João
Nasceu na Ribeira Seca a 26.09.1899. Faleceu na Severino Pereira e de Maria Regalo. Faleceu na
Ribeira Seca a 17.12. 1933. Casou a 28.92.1913 com
Ribeira Seca a 17.12. 1933. Casou a 28.92.1913 com Ribeira Seca a 29.06.1947
Líbia Maria de Lacerda Matilde Maria de José Francisco de Maria da Graça Lacerda
Freitas Nasceu na Lacerda Freitas. Lacerda Freitas. Freitas.
Ribeira Seca a .07.1940. Nasceu na Ribeira Seca Faleceu na Ribeira Nasceu na Ribeira Seca
Casou nas Velas a a 1.03.1942. Faleceu na Seca a 11.12 1945 a 27.101945 e faleceu na
30.07.1961 com Felisberto Ribeira Seca a 11.12.1935 Ribeira Seca a 9.03.1946
Sequeira da Silva.
Nasceu no Norte Grande
a 30.05.1930, filho de José
Pedroso
56
Álvaro Reis de Lacerda Octávio Reis de Lacerda D. Maria Antónia Rodrigues das Dores,
Nasceu na Calheta a Nasceu na Calheta de S. Jorge a filha de Eduardo Augusto das Dores e de D.
18.09.1930 e faleceu em Lisboa 12.02.1932 e faleceu em Lisboa em Irene Rosa Antunes
a 27.01.1991.Gerente comercial. 29.06.1975. Funcionára Ministério
Casou, em Lisboa ( Sagrado do Interior. Casou em S. Pedro de
Criação de Jesus) a 14.06.1957 Sintra a 14.07.1960 com D. Maria
com D. Maia Regina Antónia Rodrigues das Dores,
Nascimento filha de Eduardo Augusto das
Dores e de D. Irene
LISBOA 23/7/1942
58
Casa que foi moradia de Tomé Gregório de Lacerda e de Maria Thereza de Lacerda e de seus herdeiros,
família de Lacerda Freitas
59
Tomé Gregório de Lacerda era organeiro na ilha de São Jorge. Filho de João Caetano de Sousa, natural da
Ribeira Seca, e de Maria Otília Forjaz de Lacerda, natural das Ribeiras da ilha do Pico, nasceu a 8 de
Dezembro de 1831. (2) Tio do compositor açoriano Francisco de Lacerda. Este organeiro construía os
instrumentos, copiando outros órgãos e seguindo instruções colhidas em Angra do Heroísmo pelo Pe.
Silvestre Serrão. Em 1854-55 construiu um órgão para a igreja da Ribeira Seca, em substituição de um
organete importado em 1822. Posteriormente construiu mais três órgãos que foram instalados nas igrejas
de: Calheta de Nesquim, na ilha do Pico, em 1859; Velas, na Ilha de São Jorge, em 1865; Piedade, na ilha do
Pico, em 1874. Com a idade de 45 anos, faleceu na cidade da Horta (ilha do Faial), no dia 2 de Dezembro de
1876.
Órgãos Construídos – 4
- Igreja de São Tiago Maior - Ribeira Seca - São Jorge (1854-55)
- Igreja de São Sebastião - Calheta de Nesquim - Pico (1859)
- Igreja Matriz de São Jorge - Velas - São Jorge (1865)
- Igreja de Nossa Senhora da Piedade - Piedade - Pico (1874)
Intervenções de Restauro – 0
Fontes: - São Jorge Digital - Folheto informativo do CD "Os Mais Belos Órgãos de Portugal – Açores
60
Na obra deste restauro e beneficiação, levada a cabo pelo referido organeiro, foram despendidas 1107 horas de trabalho, ficando o
órgão provido de dois sistemas de produção de ar: o antigo, movido através de uma alavanca accionada com o pé, e o moderno,
através da aplicação de um gerador de ar importado da Alemanha.
O seu orçamento foi de 2 400 000$00, suportados em 50% pela Secretaria Regional da Educação e Cultura.
Em virtude da fragilidade dos materiais originais então usados - o chumbo - o órgão ficou aquém das suas reais capacidades
tímbricas, pelo que enfermava na sua dupla função quer litúrgica quer concertística.
Houve, portanto, e sem descaracterizar o instrumento, que proceder a novo restauro, isto é, submetê-lo a uma cuidadosa e
Tem, remodelação
criteriosa portanto, 130eanos e foi odeterceiro
ampliação dosde
restauro, quatro
modoentão
a lhe construídos por tão hábil
dar maior capacidade filhopara
sonora da Ribeira Seca, tendo
assim exercer custadoana
cabalmente sua
época
função 900$000
religiosa reis.
e cultural.
É feito deconsistiu
Este trabalho madeira nade completa
casquinha,substituição
carolina, jacarandá e câmbala,
do chumbo madeiras
por chapa exóticas
de estanho, que arribavam
acrescido então às ilhas
ainda do aumento ou trazidas
de mais 87 tubos,
do Brasil,
ficando um totalfazendo
de 759lastro, em barcos
ao contrário dos que
672 aqui faziam "aguada".
de anteriormente.
AssimFora colocado
o órgão inicialmente,
ficou altamente como erae valorizado,
enriquecido da praxe,mantendo
num coreto lateral,
todavia sobcaracterísticas
as suas a arcada dooriginais
lado esquerdo,
em relaçãotendo sido
à mecânica
posteriormente
e estética concebidastransferido para o coro alto em 1897.
pelo seu construtor.
ComoDos quatro
prova então feitos
de respeito pelopor Tomé eGregório
passado de Lacerda
pela história, apenas
os tubos agoraexiste o desta Matriz.
substituídos foram colocados num armário de vidro, adrede
Deixarapara
construído de tocar
o coroem
alto1964,
mesmoporaoaltura da órgão,
lado do crise sísmica queosabalou
podendo mesmosprofundamente
ser admiradosesta
pelosilha, nomeadamente o concelho das
visitantes.
É queVelas.
restaurar não significa destruir...
Este Em 1989, deveras
projecto, o novo Pároco envida
audacioso, foi esforços
orçado emno 2sentido de se proceder
600 000$00, tendo aaoCâmara
seu restauro, que das
Municipal realmente se verificou
Velas, num a 13 de Junho
gesto completamente
de neste
inédito 1990,arquipélago,
trabalho esse efetuado pelocomjovem
comparticipado 50%,organeiro Dinarte
ficando o resto Machado,
ao cuidado e que Paroquial.
do Fundo consistiu na reparação de algumas
deficiências
Fica aqui, uma veztécnicas
mais, oligadas à construção inicial,
nosso reconhecimento a fim deVelense.
à Edilidade que o órgão ficasse aptamente tocável e sobretudo em moldes de
construção ibérica.
O Pároco
Além das
Pe. Manuel anomalias
Garcia acima referidas, houve ainda que enriquecer timbricamente este instrumento, pelo que foi necessário
da Silveira
construir um jogo de tubos para a fachada mais outro no interior, assim como toda a palhetaria da mesma que não existia.
Em 1995
Em 1995
61
O seu orçamento foi de 2 400 000$00, suportados em 50% pela Secretaria Regional da Educação e Cultura.
Em virtude da fragilidade dos materiais originais então usados - o chumbo - o órgão ficou aquém das suas reais capacidades
tímbricas, pelo que enfermava na sua dupla função quer litúrgica quer concertística.
Houve, portanto, e sem descaracterizar o instrumento, que proceder a novo restauro, isto é, submetê-lo a uma cuidadosa e
criteriosa remodelação e ampliação de restauro, de modo a lhe dar maior capacidade sonora para assim exercer cabalmente a sua
função religiosa e cultural.
Este trabalho consistiu na completa substituição do chumbo por chapa de estanho, acrescido ainda do aumento de mais 87
tubos, ficando um total de 759 ao contrário dos 672 de anteriormente.
Assim o órgão ficou altamente enriquecido e valorizado, mantendo todavia as suas características originais em relação à mecânica
e estética concebidas pelo seu construtor.
Como prova de respeito pelo passado e pela história, os tubos agora substituídos foram colocados num armário de vidro, adrede
construído para o coro alto mesmo ao lado do órgão, podendo os mesmos ser admirados pelos visitantes.
É que restaurar não significa destruir...
Este projecto, deveras audacioso, foi orçado em 2 600 000$00, tendo a Câmara Municipal das Velas, num gesto completamente
inédito neste arquipélago, comparticipado com 50%, ficando o resto ao cuidado do Fundo Paroquial.
Fica aqui, uma vez mais, o nosso reconhecimento à Edilidade Velense.
O Pároco
Pe. Manuel Garcia da Silveira
Em 1995
62
A Igreja:
A Igreja Matriz de São Jorge é uma igreja católica portuguesa localizada em Velas, na ilha açoriana de São Jorge.
Esta igreja foi levantada no local onde dantes existia a primitiva igreja de São Jorge de que fala o testamento do Infante D.
Henrique, e que datava de 1460.
A licença para a sua construção foi requerida pelo padre Baltazar Dias Teixeira, e concedida por D. Afonso VI, por alvará de 23
de Abril de 1659. Para esse efeito, em Outubro de 1660, a Câmara Municipal de Velas teve de lançar uma finta anual a começar
no ano seguinte.
Todavia, só em 1664 a obra da edificação principiou, sendo arquiteto da mesma o pedreiro Francisco Rodrigues. A construção
decorreu normalmente, sendo a igreja sagrada em Fevereiro de 1675, pelo então bispo de Angra do Heroísmo, D. Lourenço de
Castro.
A actual fachada já não é a mesma de então. No seu interior, composto por três naves, são dignos de nota o retábulo da capela-
mor que, segundo a opinião do Dr. João Teixeira Sousa, parece ter sido o que D. Sebastião ofereceu à vila, e a que se refere a
vereação de 12 de Agosto de 1570.
Destaca-se também o altar lateral com abóbada de caixotões, tendo no centro a figuração do Santíssimo Sacramento lavrada
na cantaria basáltica e dois púlpitos em pedra, com escada. No coro alto, encontra-se um órgão de tubos construído em 1865
por Tomé Gregório de Lacerda, tio do famoso compositor Francisco de Lacerda.
Quando aquele bispo esteve na ilha para a sagração do templo, a artilharia dos Fortes das Velas gastaram em salvas, à entrada
e à saída 110 libras (medidas da altura) de pólvora. A construção da torre decorreu em 1825, segundo Avelar, nela se colocando
três sinos que, em 1831, foram apeados para fazer moeda na Ilha Terceira. O sino grande que foi posto em 1871 pesava 468,700
quilos.
Esta igreja matriz possuía várias confrarias que mais tarde seriam extintas. Em 1902 a única confraria ali existente era do
Santíssimo Sacramento, erecta em 1793, e que tinha a seu cargo as festividades ligadas com a procissão do Corpo de Cristo e as
cerimónias das endoenças.
Esta igreja tem vários vitrais contemporâneos, testemunhando a lenda de São Jorge a matar o dragão.
63
Aos vinte e três dias do mez de Janeiro do ano de mil oitocentos e setenta e um n`esta igreja parochial de
San Tiago da Ribeira Seca do concelho da calheta da Ilha de São Jorge, diocese de Angra na minha
presença compareceram os nubentes, Thomé Gregório de Lacerda, e Dona Maria Theresa de Lacerda os
quais sei serem os próprios, e com todos os papeis de estylo corrente e sem impedimento algum canónico
ou civil, , alem de parentesco de consanguinidade licito, de que foram dispensados como consta do
mandado do respectivo juiz Eclesiástico das dispensas matrimoniais, em data de quatro de Outubro do
ano findo, para casamento, elle de idade de trinta e nove anos, solteiro, negociante, natural desta
freguesia , morador n`esta e batizado na referida freguesia das Ribeira Seca, filho legitimo de João Caetano
de Souza, e de Dona Maria Uthilia de Lacerda e esta natural das Ribeiras da ilha Pico, também solteira de
idade de trinta e cinco anos, de ocupação, doméstica natural da freguesia das Ribeiras, concelho das
Lajens , diocese de Angra, moradora nesta freguesia e baptizada na dita freguesia das Ribeiras da ilha do
Pico, filha legitima de António Lacerda Pereira, natural da freguesia das Ribeiras da ilha do Pico, e de
Dona Isabel Bernarda da Silveira Muniz, natural desta freguesia os quais nubentes se vão receber como
por marido e mulher, e os quais uni em matrimónio, procedendo em todo este acto conforme o rito da
santa madre igreja catholica apostólica romana. Foram testemunhas presentes, que sei serem os
próprios, Viturino Juaquim Machado, morador nesta freguesia, António Caetano da Silveira, proprietário
e morador nesta freguesia. E para constar lavrei em duplicado este acto que depois de ser lido e conferido
prante os cônjuges e testemunhas comigo assinam
Era ut supra
64
CONTINUAÇÃO
Os ditos contraentes Thomé Gregório de Lacerda e Dona Maria Thereza de Lacerda, na minha presença, e na das testemunhas, Viturino Joaquim
Machado, e António Candido da Silveira reconhecerão por ser verdadeira, e legitima filha Maria nascida aos trinta e um dias do mez de Agosto do
ano de mil oito centos e setenta, e baptizada aos vinte e três dias do mêz de Setembro do mesmo ano neta freguesia, e para constar, e por me ser
pedido esta declaração em aditamento ao supra que comigo apregoarão todos depois de lhes ser lido Era ut supra
65
Tomé Gregório António Silveira de João Inácio Teixeira D. Barbara D. Rita dos Anjos e Silveira
Teixeira Sousa Espirito Santo Nasceu em 10 de Setembro de 1773
da Fonte
na freguesia da Ribeira Seca
Casou em primeira núpcias aos 16 anos em 1789, com o Em segundas núpcias com João Caetano
Capitão Manuel Francisco d`Azevedo, natural da de Sousa, Nasceu em 24.06.1798 natural da
freguesia de N.S da Piedade, falecido 2 anos depois sem Prainha do Norte. Ffaleceu na Ribeira Seca
descendência pouco mias de 4 anos depois
Nota: Alferes de ordenança
68
D. Rita dos Anjos e Silveira Casou nas Ribeiras do Pico a4.05.1826 em segundas
Nasceu em .10.09.1773 na núpcias com João Caetano de Sousa, natural da
freguesia da Ribeira Seca e
Prainha do Norte, que faleceu pouco mais de 4 anos
faleceu na mesma a 15.07.1848
depois
Alferes mor João Caetano de Maria Utília Forjaz de Lacerda Rita de Sousa
Sousa Nasceu nas Ribeiras do Pico a Nasceu em
Nasceu na Prainha do Norte 08.09.1798 e faleceu na Ribeira 13.06.1803
em 24.06.1798. Casou nas
Seca a 20 de julho de 1878
Ribeiras do Pico em
24.05.1826. e faleceu na
Nota -1
Ribeira Seca a 21.11.1875
NOTA (Alferes de 0rdenança)
António Pereira de Lacerda João Caetano de Sousa N ? de Tomé Gregário de José Pereira de Francisco Augusto
Nasceu em. 1835 e Lacerda Nasceu em Lacerda Lacerda Pereira de Lacerda e
Lacerda e Sousa
14.08.1829 e casou
Casou com Isabel Angélica Nasceu Nasceu em
Nasceu em 1839
Sousa
com Maria Utília da
Pacheco Pereira em 1832.Casou a Nceu em 9.11.1834.
Silveira de Sousa n. na em
26.04.1857 23.01.1871 com Dona Casou na Ribeira
Ribeira Seca em 1829. 26.10.1827 Maria Thereza de Seca a 28.041902
Filha natural
Lacerda. Ele de 39 com Rosa Josepha da
anos e ela de 35 Anunciação
.
Nota~2 Nota-3
NOTA 1 Dona Maria Utília lhe foi obscurecendo a memória e se foi deste mundo sem saber que seu marido já havia partido. Por vezes admirava-se de
não o ver…Diziam-lhe que fora numa viagem de que brevemente voltaria. Depois foi-se desapegando da vida lentamente, sem dor, sem moléstia
caracterizada, recaindo nos seus últimos dias numa sonolência apática, terminada por uma morte serena
NOTA-2 Conceituado organeiro- O órgão histórico de tubos da Matriz de S. Jorge em Velas, foi construído nesta ilha por um ilustre jorgense, no ano
de 1865, de nome Tomé Gregório Lacerda
69
Nota~3 João Caetano de Sousa e Lacerda em carta remetida ao filho Francisco de Lacerda, datada de 29 de
Dezembro de 1909, refere-se a ele dizendo, : “seguiu neste “Funchal” para Lisboa meu mano José com o resto
da família. Não podendo vir a terra por causa do mau tempo escreveu-me de bordo. Coitado! Vai contra
vontade, literalmente arrastado pela mulher, vaidosa sexagenária que, melhormente, devia entreter-se a
rezar numas contas”. Mais à frente escreve: "voltemos ainda a ao meu mano José, que a esta hora deve estar
em Lisboa. Toda a família reunida consta de nove pessoas. Sendo, como é, tão cara a vida na metrópole, é
preciso bons rendimentos para o costeio da casa. Ora ele não tem rendimento equivalente à despesa e isto
constitui, como deve constituir, para ele uma grande apreensão. Assim aquela cabecinha oca da mulher é que
o mete nestas dificuldades”.
70
Filho de João Caetano de Sousa, da Piedade do Pico, e de Maria Utília Forjaz de Lacerda, natural das Ribeiras do Pico, nasceu
na Ribeira Seca de São Jorge a 14 de Agosto de 1829.
Ainda criança frequentou a casa de familiares, nas Lages do Pico, para estudar Latim. Regressado à Ribeira Seca, em 1847, os
serões eram passados lendo para a avó durante duas ou três horas, que preferia romances históricos.
Poliglota e amante da leitura lia tanto escritores portugueses como ingleses ou franceses. A falta de periodicidade na chegada
de material de leitura fazia com que dividisse o numero de paginas que se permitia ler durante cada uma das longas noites de
inverno.
Aos 32 anos andou na pesca do Bacalhau, efetuou ainda viagens aos Estados Unidos da América e a Lisboa.
Foi Administrador do Concelho da Calheta durante cerca de 30 anos. Colaborou com vários periódicos, nomeadamente os
publicados em São Jorge onde sustentou algumas polémicas. Alguns dos seus textos foram recolhidos por Jorge Augusto
Paulus Bruno e editados em 1984 pela Câmara Municipal da Calheta com o título "João Caetano de Sousa e Lacerda, coletânea
de artigos publicados em jornais (1871 - 1910)".
A leitura das cartas que dirigiu a seu filho mais novo (a última datada de 13 de Abril de 1913) são um autêntico manancial de
informações sobre a vivência jorgense e tornou-se possível graças ao Governo Regional dos Açores com a edição em 1988 pela
Secretaria Regional da Educação e Cultura, Direção Regional dos Assuntos Culturais de "Cartas a Francisco de Lacerda" com
introdução, fixação do texto e notas efetuado por Teresa e J. M. Bettencourt da Câmara.
Faleceu na Fajã da Fragueira em 10 de Abril de 1913. Foi deputado às Cortes pelo Partido Regenerador (1902 ~1904). Como
jornalista, revelou-se um terrível polemista, senhor de uma forte ironia que atemorizava os adversários, deixando uma vasta
colaboração em diversos jornais.
71
Fajã da Fragueira
Ruinas da casa de João Caetano se Sousa onde viveu e acabou os seus dias
72
Dr. José Caetano de Sousa e Lacerda Nasceu a 21.07.1861 na freguesia da Ribeira Seca
Francisco Inácio da Silveira e
ilha de São Jorge. Médico, poeta. Formado pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa Sousa Soares Pereira Forjaz de Lacerda ( Maestro
(1894), exerceu clínica no Hospital de S. José, a partir de 1903, tornando-se notado pelos Francisco de Lacerda)
seus conhecimentos científicos, particularmente em psiquiatria. A tese de fim de curso, Nasceu em 11.05.1869 Seca, Calheta, São Jorge e faleceu em
Os neurasténicos (1896), marcou o rumo dos seus estudos. O capítulo «Mal de Niver», Lisboa em 18.07.1934 Casou a 30.07.1896
em Esboços sob patologia social, foi considerado como incluindo tudo quanto existia de Nota: Compositor e maestro. Conhecido por Francisco de
mais moderno na ciência patológica social. Deputado eleito pelo círculo de Angra do
Lacerda, foi musicólogo, compositor e maestro com notável
Heroísmo em 1901, nas listas do Partido Regenerador, participou na legislatura de 1902-
carreira internacional, tendo sido chefe de orquestra em
1904. No início da legislatura fez um longo discurso, publicado posteriormente. Faleceu
Portugal, Suíça e França
no Estoril 12.7.1911.
Nota: No ano de 1907 encomendou ao Arquitecto Álvaro Augusto Machado o projeto
para a sua residência no Alto do Estoril e o Bairro das Roseiras, também no Alto do
Estoril. Isaura Roquete Costa
Nasceu a 11.05.1892, filha de Rodrigo Costa e
Casamento I de D. Maria do Carmo Ferreira Roquete
D. Maria Doroteia Pereira da Silveira e Sousa* nasceu a 20.04.1829, filha de Estefânia Beatriz Maria Doroteia Pereira
Joaquim José Pereira da Silveira e Sousa *17.02.1861, Velas, Urzelina e de Marta Pereira da Silveira e da Silva e Sousa
Joaquina da Silveira * 12.01.1836, Velas, Manadas. Neta paterna de Joaquim
Sousa
Pereira da Silveira e Sousa 28.01.1836 e materna de Maria Doroteia da Silveira e
Cunha * 24.01.1759
Casamento II
Maria Utília da Silveira e
D. Estefânia Beatriz Pereira da Silveira e Sousa* Velas Urzelina nasceu a João de Sousa Lacerda
Sousa Pereira Forjas de
22.10.1869 e faleceu em Cascais, Estoril 02.01.1909 Lacerda,+ m 24.1.1866. f 1908
Não houve filhos deste casamento
JoãoJoão Caetano
Caetano SoaresSoares da Silveira
da Silveira PereiraPereira Maria Utília Maria
SilveiraUtília
e SousaSilveira
Soares ePereira
SousaForjaz
Soares PereiraMaria Isaura
Maria Isaura
Soares Soares Pereira
da Silveira da Silveira
ForjazForjaz de Lacerda
de Lacerda. * Forjaz de Lacerda
de Lacerda Pereira
Forjaz Forjaz *de Lacerda
de Lacerda
IleNasceu em Ile
de France, de13.09.1903.
Paris France, Paris Nasceu
c.c 13.09.1903. * Ile de France, em16.05.1897,
Paris Ile de France, Pariscom
Casou a 16.05.1897,
Pedro Casou com Ile de France, Paris a 16.05.1897
Nasceu em Ile de France, Paris a
Pedro Mendonça Machado. Faleceu.. Casou em
Maria
CasouJúlia
comCardoso
MariaRessano Garcia Ressano Mendonça Machado. Faleceu. c.c Pedro Mendonça
Júlia Cardoso
segundas núpcias com Pedro Mendonça Machado 16.05.1897
*04.12.1909
Garcia nascida em 04.12.1909 Machado
73
António Pereira de Lacerda casou em primeira núpcias a 26/04/1857 com Isabel Angélica Pacheco e Pereira,
( filha do capitão Manuel Machado Pacheco e de Barbosa Angélica d’ Oliveira )
Marido Mulher
1
+ Não nos foi possível obter o assento de baptismo. O “Boletim do Núcleo Cultural da Horta, em artigo do Prof. João Silveira Pires, na p. 21
confirma esta filiação. Também as, “Notas Históricas” de autoria do padre Manuel de Azevedo da Cunha na página 975, referente à escola
de S TIAGO (RIBEIRA SECA) diz: “João Pereira Forjaz de Lacerda, filho de António Pereira de Lacerda da dita freguesia, e serviu como
professor de 4 de Julho de 1866 até 1883, em que pediu a exoneração”. A orçamento da Junta de freguesia, do ano de 1882 atribuía a este
professor a verba de 3.000 réis para a compra de livros destinados à biblioteca. Foi presidente da Ca~smara da Calheta em 1878.acta de
cerda João Pereira Forjaz de Lacerda
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oitocentos cincoenta e sette, pelo Padre António Silveira, Vigario desta dita Egreja na presensa das testemunhas, Doutor
António Pereira da Cunha desta mesma freguezia e António de Lacerda Pereira natural da ilha do Pico freguezes desta
mesma Parochia e para constar se fez este termo era ut supra. O Vigario Antonio Silveira Machado
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Por curiosidade transcrevemos uma acta da sessão da junta de paróquia da Ribeira Seca de 21 de Novembro de 1865 referente
a uma queixa ao Rei, do professor João Francisco Silveira Gil Pombo de que resultou a nomeação de João Pereira Forjaz de
Lacerda, para professor da escola da Ribeira Seca
“Nota da 13 ª Sessão
Reunidos o Presidente e membros d’esta Junta abaixo assignados deliberarão, que se devia apresentar a Sua Majestade o
seguinte.
Senhor: A Junta de Parochia de San’Tiago, freguesia da Ribeira Seca, Concelho da Villa da Calheta, Ilha de
San’Jorge tendo implorado o Real beneplácito de Vossa Magestade para a creação d’uma Escola de instrução primaria n’aquela
Parochia, Offerecendo a mesma Junta casa e utencílios, a que Vossa Magestade benevolentemente annuio, e pondo-se a Escola
concurso no anno de 1861 foi provido n’ella o Professor João Francisco Silveira Gil Pombo; porem acabando-se o tempo
triennal, o Governo de Vossa Magestade mandou pôr a sobredita Escola a concurso e como o referido Professor João Francisco
Silveira Gil Pombo seja um dos concorrentes, a Junta da mensionada Parochia com grande sentimento de obrigação, pelo
pessimo comportamento religioso, moral, e civil do mesmo Professor, a vir apresentar perante o augusto Throno de Vossa
Magestade contra aquelle Professor, a cujo cuidado tem entregado alguns paes d’esta freguesia os seus filhos para serem
educados de forma que venhão a ter um dia bom procedimento religioso, moral, civil, e politico, sem o que não pode haver
felicidade na vida, nem tranquilidade no Estado; e que será mui difficultoso obter pelo mao exemplo, e conduta do professor,
como a junta vai expôr. Tem propalado publicamente n’esta freguesia doutrinas do protestantismo, que atacão a Religião do
Estado, que Vossa Magestade, e nós seus fieis subditos, temos a felicidade de professar-mos e por isso tambem faz pouco caso
d’ensinar aos seus discipulos doutrina christã, que é uma fonte da educação em que se devem apoiar as outras que a
compoem.. Abandonou a sua a mulher para viver com uma concubina, dando por esta facto grande escandalo na freguesia, e
um mao exemplo aos discipulos. Censurando os pais a opinião publica os mencionados actos do Professor como viciosos, e por
isso repugnantes á sãa moral, tem tido o arrojo de publicamente injuriar, e caluniar varios cidadãos d’esta freguesia, que gosão
na opinião publica de bom conceito, como cidadãos probos, e honrados; perturbando com a sua maledicencia a sociedade,
derramando a discução na freguesia, que é origem d’odios, desordem, e confusão; e entretendo tambem n’aula os discipulos
por algumas horas destinadas ao ensino em maldizer d’alguns cidadãos, e que em ves de moralisar os discipulos, os
desmoralisa. A Junta d’esta Parochia agradecida pelo tão alto beneficio que Vossa Magestade se Dignou a, conciderar a,
creação d’aula de instrução primaria, tem estado pezarosa, por não ter tido um Professor que instruisse os alunos nas
maximas, que formão homens honrados na sociedade, que lhes ensinasse a serem corteses, pacificos, e rectos no cumprimento
dos seus deveres, e justos no seu porte, em summa, que lhes ensinasse as verdadeiras virtudes da nossa santa Religião. E’poia
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Senhor para evitar estes gravíssimos males, que a junta d’esta Parochia se anima a suplicar a Vossa Majestade, que haja por
bem nomear no concurso, que se fas n’este mês um Professor de uma conduta exemplar, afim de ensinar aos alunos uma boa
moral. Deos Guarde a Vossa Majestade como nós todos havemos mister. Sala das secções da Junta de Parochia da Ribeira Seca
vinte e um de Novembro de mil oito centos sessenta e cinco”.
Assinam
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António Pereira de Lacerda casou em segundas núpcias a 10/05/1902 com Isabel Eugénia da Silveira 2, filha de Jorge Silveira d’
Avila e de Maria Faustina da Silveira
Marido Mulher
Assento de casamento
“Aos dez dias do mez de Maio de mil novecentos e dois, nesta igreja
parochial de São Thiago da Ribeira Seca, concelho da Calheta, ilha de
São Jorge, diocese d’Angra, na minha presença compareceram os
nubentes, António Pereira de Lacerda e Isabel Eugenia da Silveira quaes
sei serem os proprios, com todos os papeis de estilo corrente e sem
impedimento algum canonico ou civil para casamento, dispensados dos
banhos respectivos, por alvará do Excelentíssimo senhor vigario
capitular d’esta diocese, elle d’idade de sessenta e seis anos. Proprietário,
viuvo de dona Isabel Angélica Pacheco e Pereira, falecida na parochia de
São Jorge, do concelho das Velas, d’esta diocese, filho legítimo de João
Caetano de Souza e de dona Maria Uthilia Forjaz de Lacerda, e ella
d’idade de cincoenta anos, solteira d’ocupação domestica, filha legítima
de Jorge Silveira d’Avila e de Maria Faustina da Silveira, naturais tanto
os nubentes como o pae do nubente e paes da nubente, d’esta freguezia,
onde foram baptizados, sendo a mae do nubente natural da parochia de
2
De nome completo Isabel Eugénia Silveira d’Ávila Eugénia Ávila
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Sofria, ha anos, de diabetes, faleceu quase de repente. Vieram logo visitá-lo o genro (Vicente) e sua filha do primeira matrimónio, Maria,
instando para que fosse viver com eles, o que recusou. A filha da falecida encontrava-se no continente onde o marido, António Silveira
Lopes se encontrava em serviço. Os seus restos mortais assim como os do marido encontram-se depositados no jazigo da família Gaspar
Silva, no cemitério da Ribeira Seca.
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Santa Barbara, das Ribeiras da ilha do Pico, moradores no logar do Poejal d’esta freguezia, os quaes nubentes se receberam
por marido e mulher e os uni em matrimonio procedendo em todo este acto conforme o rito da Santa Madre Egreja Catholoca
Apostolica Romana. Foram testemunhas presentes que sei serem as proprias, Manuel Paulino d’Avila, casado, proprietário,
Rosa Silveira dos Anjos, casada, de ocupação doméstica, e José Augusto d’Avila, solteiro, thesoureiro d’esta parochia, todos
residentes nesta freguezia . E para constar lavrei em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perante os
conjuges e testemunhas comigo o assignam os conjuges e terceira testemunha, por os mais não saberem escrever. Leva collado
e inutilizado um sello fiscal de valor de cem reis. Ressalvo a entrelinha que diz – natural
Era ut supra.
Ruinas da belíssima vivenda que foi de António Pereira de Lacerda, situada na canada que
desce do chafariz do Poujal, no sentido sul
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4
Não temos elementos que nos permitam concluir ter sido legitimado pelo pai, como o foi sua irmã Sofia.
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1
3
2 3
Criança de pé, ao centro: Maria Lili da Silva. Sentadas a partir da esquerda: Emília Figueiredo; Sofia Otília de Lacerda Lopes, esposa do
coronel Lopes; Laurentina d’ Oliveira Bettencourt.
De pé a partir da esquerda: Francisco Machado da Cunha marido de Emília Figueiredo; Maria do Espírito Santo d’ Ávila; Leonor
Silveira Lopes, irmão do coronel António Silveira Lopes; Isabel Silveira dos Anjos Silva; José Maria Azevedo Cabral e mulher, Maria dos
Santos de Matos Cabral.
Maria Amália Forjaz Pacheco de Lacerda e Ávila, filha de António Pereira de Sofia Otília de Lacerda, filha da segundas
Lacerda. Primeiras núpcias núpcias de António Pereira da Lacerda
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Sentados, a contar da esquerda: (?) Maria Silveira Lopes Belo, irmã do coronel Lopes; Sofia
Otília de Lacerda Lopes e Marido, coronel António Silveira Lopes.
De pé a partir da esquerda: Maria Lili da Silva Bettencourt e irmã, Emília Lili da Silva
Bettencourt e Silveira, primas; Aires da Silveira, sogro de Emília; Luísa Bettencourt, nora
de Aires da Silveira; Angelina Belo, sobrinha do coronel Lopes, filha da irmã Maria. Lopes
Bello-
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Fábio Teles, Maria Carolina Carvalho, Tiago Souto, Tomás Pessoa e Costa
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.
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Francisco Inácio da Silveira e Sousa Soares Pereira Forjaz de Lacerda (Maestro Francisco de Lacerda)
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Passeio de Francisco de Lacerda com a família. A senhora que está a descer é sua
esposa, Isaura
Maestro Francisco de Lacerda com a esposa Isaura, o filho João Caetano e a filha Maria Utília
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José Caetano Soares da Silveira Pereira Forjaz de Maria Utília Silveira de Sousa, mãe do João Caetano de Sousa e Lacerda, pai do
Lacerda, filho do maestro Francisco de Lacerda maestro Francisco de Lacerda maestro Francisco de Lacerda
92
Lacerda Francisco - Certificado do Conservatório Real de Lisboa em nome de Francisco de Lacerda aprovado
com distinção, 18 valores
Carta de mercês de D. Manuel atribuindo a Francisco de Lacerda "o grau de Official da Antiga,
Nobilíssima e Esclarecida Ordem de São Thiago do mérito cientifico, literário e artístico", 1910-III-31
93
Lacerda Francisco - Diploma da República Francesa, Exposição Universal de Paris em nome de Francisco de Lacerda, 1900
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Danse du Voile.- Para piano, por Francisco de Lacerda. Suplemento da – Revue Musical de 01-IV-1903.
Obra premiada num concurso instituído pela mesma revista
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Ecce sacerdos magnos – Partitura manuscrita, dedicada A Sua Exa. Reverendo Senhor Bispo
d`Angra, D Manuel Damasceno, coro a 5 vozes d`homem, orquestra e órgão
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….
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Casa de João Caetano se Sousa, na Fragueira, onde viveu e acabou os seus dias
Continuação
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JOSÉ * 28.02.1839
Filho de António de Lacerda Pereira e de sua mulher Dona Isabel
Bernarda Muniz de Lacerda, aquele natural deste lugar de Santa
Barbara das Ribeiras do Pico e esta natural da Paróquia de Santiago da
Ribeira Seca da jurisdição da Calheta, ilha de São Jorge, e ambos
muradores neste lugar das Ribeiras do Pico, nasceu aos vinte e oito dias
do mês de Fevereiro de mil e oitocentos e trinta e nove, e foi batizado por
mim Vigário abaixo assinado, aos três dias do mês de Março do mesmo
ano. Foram padrinhos por procuração que me foi apresentada esta, pelo
tabelião ? José ? d`Oliveira da vila da Calheta da ilha de São Jorge aos
trinta e um dias do mês de Dezembro de mil oitocentos e trinta e oito,
António Muniz da Silveira, tio materno, e D. Rita Gregório da vila da
Calheta da referida ilha. Era ut supra
Vigário António José da Silva
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NOTA-1
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REGISTO DE BATISMO DOS FILHOS DE JOSÉ DE LACERDA PERIRA FORJAZ E DE DONA RITA MUNIZ
DE LACERDA
GERMANO
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LUCRECIA
Aos quatro dias do mês de Julho do ano de mil oito centos e setenta e sete nesta igreja
paroquial de Santiago da Ribeira Seca do concelho da calheta da ilha de São Jorge,
Diocese de Angra, Batizei solenemente um indevido do sexo feminino, a quem dei o
ALFREDO
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Registo de batismo dos filhos de Artur Ávila e de D. Lucrécia Moniz de Lacerda Ávila
da parochia de São Jorge, do concelho das Velas onde foi baptizado, e de Dona Lucrécia Moniz
de Lacerda Ávila de ocupação doméstica, natural desta freguesia, onde foi baptizada e de que
são parochianos, recebidos na referida paróchia de São Jorge, moradores na Rua de Baixo, neta
paterna de António Teixeira da Silveira Ávila e de Ana Augusta de Sequeira i Silva e materna de
José de Lacerda Pereira Forjaz e de Dona Rita Muniz de Lacerda. Foi padrinho o dito avô
materno- José de Lacerda Pereira Forjaz, casado, proprietário e madrinha a avó materna Dona
Presbítero Gabriel
Pereira Moniz,
a Rita Muniz de Lacerda, casada, proprietária os quais todos sei serem os próprios. E para
Presbítero Gabriel
membro da família
Pereira Moniz, constar lavrei em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perante os padrinhos
membro da família comigo vão assinar. Leva selo fiscal --------------- Era ut supra
REGISTOS DE ÓBITOS
Óbito de António de
Lacerda Pereira
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FONTES
1- GeneALL.net
2 - OS MEUS ANTEPASSADOS,
APONTAMENTOS
ACERCA
DOS MEUS ASCENDENTES
DE
João Caetano de Sousa e Lacerda
3 - Registo paroquiais
4 - Recordações familiares
5 - Boletim do núcleo cultural da Horta
6 – O meu livro dos Pereira Forjaz, de Jorge Forjaz
7 - Revendo a Genealogia Pereira
I - Dos Pereira da Casa da Feira aos Pereira
Sarmento de Lacerda, dos Açores
II - Pereira de Lacerda - Apontamentos
genealógicos sobre as suas origens
Óscar Caeiro Pinto
8 - Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira