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Joyce Grossmann psicografado por Luiza Kehl

Copyright © 2005 by Luiza Kehl


4ª Edição: Maio de 2014.

É vedada a reprodução total ou parcial dos textos sem prévio


consentimento da autora.

Contato com a autora: luiza@luizakehl.com.br


luizakehl@gmail.com www.luizakehl.wordpress.com

Organização: John Grossmann Projeto Gráfico e Diagramação:


Clemente Design Capa: Lamberty Design - www.lamberty.com.br
Fotos: John Grossmann
Impresso por: Gráfica Pallotti Sta. Maria.
Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Biblioteca Pública do Estado do
RS, Brasil).

G878 Grossmann, Joyce


A morte não existe: O fim é apenas o começo / Joyce Grossmann psicografado por Luiza
Kehl. – Porto Alegre : ed.

do autor, 2011.
15x21 cm. ; 256p.
inclui fotografias
1. Espiritismo. 2. Obra psicografada. I Kehl, Luiza. 11. Título
CDU: 133.9 A morte não existe

“A Morte não é nada: eu somente passei para o outro


lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei
sendo.
Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como
vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou


vivendonomundodoCriador.Nãoutilizemumtomsoleneoutriste,
continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, sorriam,
pensem em mim. Rezem por mim.

Quemeunomesejapronunciadocomosemprefoi,semênfasede nenhum
tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.

A vida significa tudo o que ela sempre significou. O fio não foi
cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que
estou apenas fora de suas vistas?

Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho. Você


que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como
sempre foi.”

Santo Agostinho 9

AGRADECIMENTOS

Pode parecer um pouco comum este gesto, uma vez que todos o
fazem, mas é importante fazer agradecimentos, em es- pecial, ao
meu esposo John Grossmann pelo amor, tolerância, dedicação e
paciência que teve comigo durante os momentos de extrema dor. Ele
é e será sempre meu ponto de apoio. Sei que também para ele foi
muito difícil passar pelas experiências que passamos, mas podemos
dizer que, com amor, superamos todas as dificuldades.

Não posso deixar de mencionar, também, os meus pais Alfredo e


Hedi Kehl, que me deram a oportunidade de existir neste mo- mento;
a pureza de minha irmã Lia Kehl; a minha filha de coração Katia G.
Sastre, por ter me adotado como mãe e ter trazido a este mundo os
meus lindos e adorados netos Camila Sastre e João Miguel Sastre,
que me trouxeram de volta a alegria, a pureza e o amor maternal.

Aos amigos Paulo Velasco e Lucia Beatriz Schneider que sempre


nos deram suporte, oferecendo um ombro amigo; à Margareth Kollet,
que sustentou nosso início da caminhada espiritual; aos amigos
terapeutas Silvia e Victor Hugo C. da Fonseca, que sempre nos
deram uma visão maior das coisas, mostrando que os camin- hos se
juntam lá na frente novamente; ao amigo Rodrigo Romo, que nos
trouxe muitos conhecimentos nos vários cursos dos quais
participamos e das iniciações através de Shtareer e a tantos outros
amigos que sempre estiveram ao nosso lado nos apoiando,
ancorando e incentivando, como a Duca (Marilene Hoff Vicentin), que
tornou tudo isto possivel.

Também não posso deixar de mencionar o amigo Eden Ruga, que


conhecemos no decorrer de nossa trajetória espiritual, por ter sido o
porta-voz de Deus.
Luiza Kehl

Sim, quando da partida de minha filha, fiz um acordo com Deus de


que aceitaria sua partida, desde que tivesse sempre notícias dela.
Naquele momento sabia que era uma forma de consolo para meu
coração, no entanto, isso realmente acabou acontecendo,
inicialmente, através desta pessoa tão especial. Foi através dele que
acompanhei e aprendi a acreditar na possibilidade da comu- nicação
com seres que estão em outra dimensão. Obrigada, Eden, e
desculpe por ter duvidado, em alguns momentos, sobre estas
comunicações, mesmo que eu nunca tenha te falado sobre isto.

E um agradecimento sem igual a minha filha Joyce Grossmann:

Obrigada, amada e adorada filha, por teres trazido desafios à minha


vida, teres mostrado as diferenças e ensinado o amor incondicional.

Sim, meu amor, a tua sementinha germinou no meu coração, no


coração do teu pai, irmãos, avós e demais familiares, amigos e
tantos outros também.

Tenho certeza absoluta de que a tua missão foi totalmente cumprida!

Ao meu mentor e demais mestres espirituais, a minha eterna


gratidão. Que eu seja digna de tanta benevolência e possa retri- buir
todo o amor e conhecimentos recebidos.

Luiza Kehl 12

SUMÁRIO

Agradecimentos 11
Apresentação 15
Introdução 17 Prólogo 19

PRIMEIRA PARTE - OS E-MAILS

Capítulo 1- Os primeiros anos. 23


Capítulo 2 - Os primórdios espirituais 35
Capítulo 3 - O desligamento 45
Capítulo 4 - Primeiras manifestações 55
Capítulo 5 - Os e-mails 73 Capítulo 6 - A rotina “do outro lado” 127

SEGUNDA PARTE - AS MENSAGENS

Capítulo 7 - Minha evolução 155


Capítulo 8 - As canalizações 169 Capítulo 9 - As mensagens 211

ÍNDICE DE FOTOS

Os primeiros anos. 241


Shriners Hospital, nos Estados Unidos 242
A infância
Joyce com familiares 244
Joyce, aos 12 anos 245
Adolescência 246
Joyce Grossmann 247
Luiza Kehl 248
Epílogo
Testemunho do amigo Éden 250
Posfácio à 4ª edição 251 Mas teu coração, nas estrelas...
APRESENTAÇÃO

Com o passar da minha experiência na Terra conheci muitas


pessoas e almas que ajudaram-me a entender o processo neste
mundo, sendo a família da Joyce uma que representa este
aprendizado. A própria Joyce eu não conheci dentro da realidade
física, porém pude conhecer a sua verdadeira essência no além e
efetuar a comunicação dela com a mãe, mediante a sintoniza- ção
realizada pela entidade Shtareer, que representa um grande amigo
da humanidade. Esta obra permitirá que muitas pessoas percebam
os enlaces da vida e as experiências sobre a capacidade de amar e
transcender as limitações criadas pelas ilusões de cada momento.
Aqui estão expressadas importantes vivências de uma alma dentro
da dualidade terrestre. Mesmo com pouco tempo de vivência dentro
da materialidade, as colocações apresentadas por esta amiga
espiritual ajudam a entender e sentirmos que, ao mesmo tempo,
todos somos imortais, e estamos presos à materi- alidade, através
dos medos que cada um alimenta.

Convido todos a aprenderem com a Joyce a facilidade e simplicidade


que é viver, bem como, ser parte de uma família maior,
momentâneamente invisível para nós, mas que reside dentro de
nosso coração. Muitos irão sentir profunda ressonância com o que
está escrito, pois representa, em parte, a sua vida e as suas
experiências contadas por uma menina de pouco menos de quinze
anos, o que fará com seja possível perceber como cada um de nós
complica as coisas, já que usamos um parâmetro egoístico para
avaliar a vida e, com isso, criamos os hologramas que são, para nós,
a realidade que nos faz amar ou odiar, isso porque essa re- alidade é
a expressão refletida do nosso interior, que se expressa, por sua vez,
na realidade terrestre do cotidiano.

Mudando este cotidiano e os referenciais, é possível entender a


maravilha do mecanismo do aprendizado co-criador que temos
dentro das diversas realidades da Terra, na qual nos encontramos a
pedido de nós mesmos.
Estudem e permitam que os ensinamentos de nossa amiga Joyce
atuem dentro de cada um, para que possam compartilharlos com os
outros que buscam e não tem um parâmetro; deem a oportunidade
de crescimento a seus entes queridos e deixem que frutifique o
presente deixado pela nossa amiga.

Rodrigo Romo

INTRODUÇÃO

Nove de dezembro de 1986 , final da primavera, nasceu Joyce


Grossmann, filha de minha uniãocom John Grossmann. Uma linda
menina, loira de olhos azuis (depois tornaram-se verdes), que
transmitia desde então, uma energia maravilhosa de ternura e
encantamento. Ela era aguardada com muita expectativa e foi
recebida com toda a intensidade do amor que um pai e uma mãe
poderiam ofertar. Foi a consolidação de um relacionamento feliz e o
início de uma mudança radical em nossas vidas.

A Joyce nasceu de parto normal, linda, saudável, porém com uma


má formação nos pés, uma doença rara chamada de Síndrome de
Klippel-Trenaunay. O nome é pomposo, mas não significa nada além
dos nomes das pessoas que identificaram a doença. Tratava-se de
uma má formação, que, segundo os médicos, não é genético nem
congênito. No caso de minha filha, ela se apresentava através de
deformidades nos pés (provocado por crescimento irregular), com
dedos disformes, uma perna mais grossa que a outra, com manchas
de cor vinho causadas pelo excesso de vasos sanguíneos à flor da
pele. Haviam casos, que não era o dela, em que a doença alojava-se
no rosto, braços ou mãos.

A alegria misturava-se com a tristeza e a preocupação. Era a criança


mais linda que eu já tinha visto. Por que Deus seria tão injusto com
um anjinho assim? Por que ela teria que passar por esta dificuldade?
Estas e muitas outras perguntas ficaram sem respostas...
Então procuramos “curtir” aqueles momentos, simplesmente dando e
recebendo amor. A energia que a Joyce transmitia su- perava
qualquer preocupação. Esta menina era muito especial e nós não
tínhamos ideia do quanto! Sabíamos que teríamos uma longa
jornada pela frente, não sabiamos qual, mas isso não tirou nosso
entusiasmo.

A procura por soluções, principalmente corretiva, foi longa.


Infelizmente os laboratórios só se dedicam a novas pesquisas
quando abrange um grande número de pessoas, garantindo, assim
um retorno financeiro, o que não é o caso desta síndrome, por se
tratar de uma doença rara. A medicina, neste caso, deixou muito a
desejar...

...E, quando todas as portas se fecharam, abriu-se a maior delas: a


do plano espiritual. Ocorreu, nesse momento, a grande e maior
transformação em nossas vidas, com experiências profun- das e
verdadeiras.

É sobre isto que gostaria de compartilhar com todos que ti- verem
oportunidade de ler estas palavras.
Luiza Kehl

PRÓLOGO

“Mãe!

Eu quero que todos saibam o que aconteceu comigo desde o meu


nascimento até a minha viagem para a casa eterna. Gostaria que
minha história pudesse levar um pouco de fé e esperança a todos.
Gostaria que todos sentissem as dificuldades e as vitórias que
consegui almejar e superar.

Vamos fazendo resumos desta história aos poucos, pois temos muito
a ensinar. Não é justo ficarmos só para nós este aprendizado. Vamos
dividí-lo com os outros. Existem dificuldades, nesta vida, que são
perfeitamente superáveis e nós somos exemplos disso. Não tenha
medo de falar sobre isso. É apenas uma entre tantas outras histórias,
mas que chegará às mãos de quem vai estar precisando.

É bom que todos conheçam a real fé, o amor verdadeiro e a glória de


servir... Nós temos condições e podemos ajudar o próximo a olhar
com outros olhos, a escutar com outros ouvidos e a viver na real
plenitude.

Será um pouco trabalhoso, mas vamos fazendo devagar. Já temos


muitas coisas registradas, é só juntar os pedaços. Esta será a
primeira parte do trabalho. Depois veremos o restante. O principal
foco será sobre mim.

Faremos juntas, não te preocupes. Também não temos pressa.


Vamos começar a colocar em prática. Esteja atenta. Vou te procurar
a qualquer momento.

Beijos muito carinhosos,


Da tua filha Joyce” 14 de setembro de 2003
PRIMEIRA PARTE:

Os e-mails
CAPÍTULO 1 OS PRIMEIROS ANOS

Após algum tempo de tentativas, exames e tratamentos, eu teria


que fazer uma cirurgia para retirada de miomas no útero, que
impediam minha gravidez. O médico foi taxativo: “Não tem outro
jeito!”

Voltei para casa desolada! Desejava muito ter filhos. Era meu maior
sonho.
John, meu esposo, discordou da opinião do médico e disse que
procuraríamos outras opiniões.

Após muito pensar sobre o assunto, decidi que não faria mais nada e
que, se não pudesse ter filhos, adotaria tantos cães quantos
coubessem na nossa casa. Sempre gostei de animais,
principalmente cães. Eles são dóceis, amigos e companheiros.

Mais tarde, um amigo, sem saber desta decisão, ofereceu um filhote


de dachshund (salsichinha), lindo e gorducho. Aceitei o caozinho de
imediato e pensei: “este será o primeiro”... Cuidei daquele filhote, que
ganhou o nome de Pepo, como se fosse uma criança, com muito
amor e carinho. Estava tão feliz, que não per- cebia as mudanças
que aconteciam comigo.

Certa manhã o John me falou:


- Lu, você está grávida!
- Que nada - respondi - não sinto nada de diferente em mim. Ele
retrucou:
- Mas você está diferente. Procure um médico.
Foi então que procurei outro profissional que me pediu alguns
exames e confirmou:
-Você está grávida de três meses! Parabéns!
-Mas como? Perguntei. -Quero dizer... Eu não poderia engravidar
sem que fizesse a tal cirurgia, no entanto...
Tudo é possível! Este foi apenas mais um sinal de tantos outros
recebidos e não percebidos...

A partir daí, tudo mudou. Eu estava feliz e realizada. Curtia cada


momento da gravidez. Sentia-me glorificada. Acho que todas as
mães se sentem assim, mas para mim era muito especial. Nas
circunstâncias em que ocorreu, eu recebi isto como um pre- sente de
Deus.

E o Pepo participava de tudo, parecia o irmãozinho mais velho,


apesar da pouca idade.

Todo o período da gravidez transcorreu muito bem. Modifiquei meus


hábitos alimentares para melhor, comendo muitas frutas, verduras e
sucos naturais. Preparei detalhadamente o enxoval, bordando e
tricotando juntamente com minha mãe, Hedi.

Aguardava ansiosamente o momento do nascimento do bebê.


Finalmente chegou o dia: 9 de dezembro de 1986.

“...Lembra do dia em que nasci? Quando passamos a primeira noite


juntas no hospital? Ficávamos tempo nos olhando... Parecia que tu
pensavas: “e agora, o que faremos?” E eu pensava: “vamos lá, é isto
que escolhemos e assim vamos continuar...”.

Então, como não nos entendíamos, comecei a chorar. Tiveste que


chamar as enfermeiras e eu só estava com fome! Só queria mamar,
lembra?

Foi muito bom! Foi bom sentir o teu calor, o alimento, o abraço, o
carinho... Foi nosso primeiro contato. Sentia-me confortada e segura.
Sabia que minha caminhada não seria fácil, por isso era muito
importante sentir apoio e amor de pessoas tão especiais como
vocês. Felizmente isto nunca me faltou.
Agradeço de coração. Obrigada!...” 17 de setembro de 2003

Realmente a caminhada da Joyce não foi fácil. Procuramos dar todo


o apoio de que ela precisava para superar suas dificuldades.

Durante os cinco primeiros anos de vida foi mais tranquilo. Depois


veio a escola, os amigos, as comparações e foi então que a coisa
toda complicou-se.

“...Tive uma infância muito feliz!

Logo que comecei a sentir os olhares das pessoas, não entendia o


por quê. Só comecei a sentir algo diferente quando fui para a escola.
Percebi que meus amiguinhos me olhavam diferente. Aí tive certeza
de que algo estava errado comigo.

Então comecei a me questionar o porquê das diferenças entre meus


colegas e eu. Meus pais sempre me diziam que eu não tinha
problemas, mas agora eu estava sentindo que tinha. E continuava
não entendendo...” 17 de setembro de 2003

Na tentativa de oferecermos uma vida normal, não encaráva - mos a


doença de nossa filha como problema. Encarávamos como se ela
tivesse limitações, apenas. E, até então, isto não chamava a sua
atenção, tampouco prejudicava seu desempenho, pois an- dava,
corria, pulava e nadava normalmente. Fazia tudo o que as outras
crianças faziam. O seu problema era mais estético.

“...Como os adultos são mais “insensíveis”, deles que percebi as


maiores diferenças, não de comportamento, pois muitos deles
simplesmente nos abordavam na rua e questionavam sobre minha
doença. Bem, na verdade não era uma doença de saúde, era uma
má formação nas pernas e pés. Ou podem chamar de doença
mesmo, pois tinha até nome de Síndrome de alguma coisa...” foi
através físicas mas

17 de setembro de 2003.
Com que direito uma pessoa estranha aborda outra provocando uma
polêmica sobre um assunto que não lhe diz respeito, des- pertando a
atenção de uma criança, que até então não encarava sua dificuldade
como problema? Que sentimento leva uma pessoa a ter esta
atitude?

Para que antecipar a preocupação e a tristeza que até então não


eram sentidas?

Tudo tem o seu tempo. A vida é vivida e administrada por etapas.


Devemos vivê-la a cada dia e não polemizar o que ainda não
aconteceu.

Nossa vida tornou-se uma peregrinação à procura de cura para


nossa filha. Não medíamos esforços na tentativa de encontrar uma
solução. Vários médicos foram consultados no Brasil e as opiniões
eram tão divergentes que não conseguíamos achar um caminho, ou
o melhor caminho. As opiniões deles iam desde não fazer nada, até
amputar um pé.

Foi então que um amigo americano nos falou de um hospital


emSpringfield/Mass., nos Estados Unidos, onde poderíamos
encontrar alguma resposta. O hospital pertence ao grupo Shriners
Hospital, é filantrópico, com atendimento gratuito para crianças até
dezoito anos de idade e especializado em doenças raras, mais
especialmente no ramo ortopédico.

A esperança estava sempre presente em nossos corações. E assim


fomos, a Joyce, o John e eu, rumo ao lugar onde se poderia resolver
a questão, afinal, o primeiro mundo está sempre à frente nas
pesquisas e soluções, não só na área da saúde, como também nas
demais.

Era a primeira vez que a Joyce fazia uma viagem tão longa. Ela
estava tão radiante que parecia estar indo de férias para Disney,
mesmo sabendo da finalidade da viagem. Fomos com a certeza de
que lá alguma coisa poderia ser feita, afinal a medicina estava muito
evoluída...

“Nossa primeira viagem aos Estados Unidos na busca da minha


cura, foi em fevereiro de 1992.

Fomos nós três: Meu pai, minha mãe e eu. Foi uma viagem muito
interessante. Eu tinha cinco anos na época e nunca havia viajado
para tão longe...

... O atendimento foi excelente. Fiz consultas, exames e cirurgia.


Minha doença chamava-se Síndrome de KlippelTrenaunay.

Fiquei internada por uma semana e depois encaminhada para uma


casa de passagem chamada Ronald McDonald House, onde ficamos
hospedadas (minha mãe e eu) durante três meses.

Eu achava tudo maravilhoso! Aprendi a andar sozinha na cadeira de


rodas, pois tinha que ficar com os pés para o alto. A casa era grande.
Na parte superior, ficavam os quartos, onde cada um era
responsável pela limpeza e organização dos mesmos. Na parte
intermediária, ficava a recepção, a sala de visitas, uma salinha com
tv e jogos e duas amplas cozinhas totalmente equipadas, e várias
mezinhas redondas onde fazíamos as refeições. Cada um fazia a
sua própria comida conforme seus hábitos e costumes. Minha mãe
cozinhava para nós duas conforme a gente comia em casa. Ela fez
até feijão! (Claro, enlatado, pois não encontramos grãos frescos).
Havia uma família indiana que usava uns temperos muito fortes, que
às vezes me deixava enjoada.

No pavimento inferior, havia uma lavanderia com várias máquinas de


lavar e secar roupas e também ferro de passar. As crianças de lá
riam aos cantos quando minha mãe passava roupas (eles não
tinham este hábito). Haviam duas salas de TV: uma só para adultos
fumantes e outra com tela grande onde também se assistia filmes.
Mas o espaço maior era reservado aos brinquedos, havia uma
quantidade enorme e tipos para todas as idades. A única regra era a
de guardar os brinquedos quando não quiséssemos mais brincar. Ali
eu passava um bom tempo sentada ou me arrastando pelo chão e
me divertindo. Eu só precisava de ajuda para subir ou descer da
cadeira de rodas. O resto eu fazia sozinha, inclusive a locomoção
pela casa, pois tinha elevador, que eu adorava.

Minha mãe e eu íamos ao super, ao shopping, ao parque. Certa vez,


fomos jantar num restaurante, e na volta, começou a nevar. Minha
mãe estava apavorada, pois nunca tinha dirigido com neve e diziam
que era perigoso. Eu me divertia porque nunca tinha visto nevar.
Quando retornamos à casa, outras crianças juntavam a neve para
fazer um boneco. Tomamos “banho” de neve e eu fiz bolinhas com
ela. Foi maravilhoso. Não parecíamos crianças em tratamento.

A casa Ronald McDonald House é uma extensão do hospital. Eles


nos buscavam para consultas, revisões, exames, curativos, etc...

Afilosofiadohospitaléadequeospacientesserecuperam melhor e mais


rapidamente em casa, na companhia da família. Como o hospital
atende crianças do mundo todo, estas são encaminhadas para a
casa até ganharem alta e poderem voltar para seu país.

A estadia no hospital também é muito boa. Eles tratam a gente como


crianças que somos. As refeições são especiais como: iogurte,
sucrilhos, leite com chocolate, pizza, cachorro quente, frutas, etc...
Tudo o que uma criança gosta, tem. (Sem deixar de servir comidas
nutrientes e saladas). Além disso, tínhamos atividades no meio da
manhã e à tarde, com trabalhos diversos como colagem, desenhos,
culinária, artesanatos, jogos, etc... Quem quisesse ficar no quarto
assistindo tv também poderia. Mas todos eram incentivados a sair. O
tempo passava tão rápido, que logo já era hora do banho e da janta.
Às vezes tinha bingo à noite. Sempre
ficávamosaguardando:oqueterianodiaseguinte?Todoeste trabalho era
realizado por voluntários e os materiais e jogos doados por
empresários. Uma iniciativa digna de louvor.
Uma noite (e única), meus pais saíram para jantar e eu fiquei sozinha
no quarto do hospital. (Meu pai me visitava uma vez por mês). Eu
sabia que eles não demorariam, mas eu não queria ficar sozinha.
Tentei descer da cama para olhar pela janela se já estavam
chegando. Resultado: Caí da cama e quebrei o gesso que envolvia a
perna. Tiveram que engessar
novamente.Ogessojáeraumaproteçãoparaimobilizarmeu pé, pois ele
estava cirurgiado. Tinham retirado um dedo, dois
raioseeliminadoumtecidoesponjoso(ougordura)quetinha em volta dos
pés, dando um volume que não permitia o uso de calçados normais.

Foi um período difícil para minha mãe. Ela tinha a responsabilidade


de me cuidar, banhar, alimentar, controlar os medicamentos, a febre
e fazer curativos, quando saí do hospital (esta foi a pior parte).

Era uma função quando saíamos, de colocar e tirar a cadeira de


rodas do porta-malas, me acomodar no banco do carro, na cadeira,
no carro, na cadeira... Não sei quantas operações destas por dia.
Ainda bem que, naquela época, eu era magrinha.

Sei que não foi fácil para minha mãe arcar com toda esta
responsabilidade sozinha num país estranho, com hábitos diferentes.
Várias vezes eu escutava do quarto seu choro abafado no banheiro.
Lembro de vê-la olhando através da janela do quarto num domingo e
perguntando: “As famílias daquinãosereúnemparaumchurrasco?
Vejoascasastodas fechadas. E nós o que vamos fazer? Vamos dar
uma volta no parque!”

Mas a cidade estava abandonada. O parque estava vazio. A solidão


era grande. Os domingos eram tristes. Então começamos a ir aos
Shoppings Centers, nos domingos, para nos distrair.

Nofinaldetrêsmeses,obtivealta.Ohospitalmepresenteou com um par


de tênis. Fiquei radiante. Nunca havia usado um
parantes.Esteeraomeugrandesonho,queagoraserealizara.
Volteiparacasamuitofeliz.Seiquemeuspaisnãosesentiram assim. Acho
que eles esperavam uma cura definitiva e não um “remendo” como
aconteceu. Na verdade, minha doença não tinha cura na Terra. Por
mais que procurássemos, os médicos não conseguiriam fazer nada,
além de administrar o problema. Hoje, mais do nunca, sei disso. Mas
dentro do conhecimento que tinham, eles fizeram o melhor possível.”
20 de outubro de 2003

A expectativa foi maior do que o resultado. Descobrimos que esta


doença realmente não tem cura e que a cirurgia fora ap- enas
corretiva, paliativa no sentido de permitir o uso de sapatos. No
procedimento médico foram retirados dois raios, dois dedos e um
tecido gorduroso das solas dos pés que davam muito volume aos
mesmos. Durante todo este tempo, ela ficara numa cadeira de rodas,
com as pernas levantadas, pois não podia apoiar os pés no chão.
(Achava o máximo andar na cadeira. Tudo para ela era motivo de
alegria). Até então ela nunca tinha usado sapatos ou tênis. Minha
mãe fazia sapatinhos de tricô e colávamos uma sola. Por isso a
felicidade dela em voltar para casa usando um par de tênis, mesmo
que isto representasse um sacrifício aos seus pés.

Apesar da tristeza que sentíamos por dentro, estávamos felizes por


ela estar tão radiante com aquele par de tênis. Era tudo o que ela
queria, pois agora sentia-se igual aos colegas.

Como divergem os pontos de vista!

Mas as diferenças continuavam e a insensibilidade de muitos adultos


também, inclusive na escolinha maternal em que ela es- tudava, a
ponto de carimbarem o seu pé defeituoso num cartão como presente
para os pais. E noutro gesto de insensibilidade, de darem um par de
chinelos de dedo com o logotipo da escola para cada criança num
final de ano, sem se preocuparem como ela o usaria (lógico que não
conseguiu). Existem tantas outras alternativas de se fazer
lembrancinhas para festejos escolares...

Se pessoas com instrução agem desta forma, o que poderemos


esperar dos ignorantes?
Foram vários os momentos em que tivemos vontade de chamar a
atenção das pessoas pela insensatez de seus atos, mas acabamos
nos acostumando a relevar a ignorância do ser humano.

Mas a Joyce, sobre o próximo, nos diz o seguinte:


“Amar o próximo como a nós mesmos.

É tão fácil falar e tão difícil de praticar! Desta lição todos têm
conhecimento, mas quantos a praticam? Quantas vezes
“despejamos” nossos problemas sobre o próximo? Quantas vezes
jogamos sobre o outro nossa ira, nossa incompetência? Muitas
vezes, de tal forma, que bloqueamos a capacidade mental do nosso
irmão, que ele realmente se sente culpado e incompetente. Não o
deixamos pensar nem se defender. E se o fizer, não o escutamos,
nem aceitamos explicações.

Nós não nos damos conta, mas isso acontece constantemente em


nossas vidas.

Assim como veneramos o bem, também praticamos o mal na mesma


intensidade. Muitas vezes, inconscientemente. São as forças se
digladiando e se revelando através de nós.

Na verdade, o que estamos “despejando” sobre o outro, é o que


estamos sentindo com relação a nós mesmos. Todo o nosso
julgamento é reflexo de nossos sentimentos. Quando agimos assim,
estamos insatisfeitos conosco, estamos travando uma luta interna.
Quando estamos de bem com a vida, em sintonia com o Amor, isto
não acontece, pois sabemos das limitações do próximo. Não
podemos exigir deles, o que ainda não foi despertado ou conhecido
em nós mesmos. Temos que aceitar o próximo tal qual ele é,
dandolhe a liberdade de escolha. Se esta escolha não condiz com o
que pensamos, deixamo-lo com liberdade de seguir seu caminho,
sem humilha-lo, apenas abrindo as portas para que possa encontrar
seu destino. (Quem sabe se o dele não é o caminho correto, afinal
não somos donos da verdade).
Esta atitude se aplica em todos os aspectos: espiritual, profissional,
familiar, etc.

Assim como não podemos agir pelo próximo, também não podemos
culpá-lo. Aliás, quem somos nós para culpar alguém? Tão cheios de
defeitos que somos, temos mais é que cuidar da nossa purificação,
nossa limpeza e ordenação interior. Se explodimos, é porque há algo
em contradição dentro de nós.

Não podemos permitir isso. Temos que vigiar constantemente nossos


pensamentos e atitudes. Temos que detectar o que está desalinhado
e corrigir. É difícil trabalhar isso, porque temos que buscar a solução
dentro de nós. E aí dói! Mexer lá dentro, lá no fundo, abrir gavetas
fechadas há muito tempo, tirar teias de aranha incrustadas nos
cantos há séculos, abrir janelas emperradas, é muito complicado!

Seria mais fácil deixar como está? Não, não é! Cada vez a sujeira se
acumula mais e mais. E o duelo entre o novo e o velho permanece
nos irritando. Para aceitar o novo, temos que eliminar o velho, que já
foi útil em algum momento de nossas vidas, mas hoje não é mais.

A realidade é outra, é diferente, é mais pura e cristalina. Não


precisamos mais de conceitos para formular atitudes, nem de
justificativas. Precisamos somente sentir, abrir as janelas do coração,
sacudir a poeira, limpar as gavetas e as
teias,arejaramente,deixarosolpenetrareiluminaro“Todo”.

Quando realmente estivermos abertos para qualquer


situação,estaremosvivendobem,felizesealegres.Afelicidade é
importante na nossa caminhada e temos obrigação de buscá-la em
qualquer momento ou situação, pois ela nos dá condições de bem
estar, forças e perseverança.

Lembrem-se de que tudo está dentro de nós. Abram-se, faxinem-


seebusquemnosossegodameditaçãoedanatureza, o equilíbrio para
suas vidas. Olhem com os olhos do coração. Coloquem-se no lugar
do outro, antes de criticá-lo. Entendam as dificuldades, as razões e
as carências de seus irmãos. Compreendendo-os estaremos
também nos compreendendo; ajudando-
osestaremosnosajudando;amando-osestaremos nos amando.

Este é o ciclo!” 30 de outubro de 2003

CAPÍTULO 2 OS PRIMÓRDIOS ESPIRITUAIS

Mais uma vezfomos aos Estados Unidos, mas sabíamos que era só
para correção e não para solução.
Tínhamos que procurar outras alternativas. Queríamos uma
explicação do que estava acontecendo e do porquê.
Na verdade quando nós somos alvos de algo inexplicável, ficamos
inteiramente sem ação.

Então, após ouvir falar por várias vezes, resolvemos procurar ajuda
espiritual em Abadiânia, no estado de Goiás. A Casa de Don Inácio
de Loyola atende pessoas do mundo todo, através do médium João
Teixeira de Farias, que incorpora entidades de cura como Dr.
Augusto de Almeida, Dr. Oswaldo Cruz, Dom Inácio de Loyola, Rei
Salomão, entre outros. O lugar é simplíssimo, mas de uma energia
fantástica! Nosso conhecimento sobre a espiritualidade era
praticamente nulo. Só se tinha a esperança de conseguir um milagre.

“Quando fomos a primeira vez àquela Casa, senti mudar


radicalmente algo dentro de mim. Tudo parecia passeio, férias,
aventura. Mas no fundo eu sabia que era algo muito maior. Não
entendia de imediato, mas sentia que algo me tocara profundamente.
Fomos até lá para buscar a cura física, mas encontramos alguma
coisa muito diferente, que não conseguia definir.

A viagem foi emocionante. Minha mãe e eu estávamos indo para um


lugar totalmente desconhecido, com pessoas estranhas, à procura
de alguma coisa. Como seria o lugar? E as pessoas? E o
atendimento? Sabíamos que teria um “Médium” chamado João
Teixeira de Farias que incorpora entidades de cura, dentre eles Don
Inácio de Loyola. Mas como seria este trabalho? Como seria a
consulta? E o tratamento? E a tal da cirurgia que faziam? (Eu não
queria ser cortada). Estava bastante receosa. Tudo era uma
incógnita. Estávamos indo rumo ao desconhecido.

Assim que chegamos (a viagem de ônibus durou 34 horas),


encaminhamos a bagagem aos quartos da pousada, tomamos café e
nos dirigimos à Casa para fazermos uma oração. Visitamos todo o
local. Ao entrarmos no salão principal, senti de imediato um arrepio
cortante. Percebi que minha mãe também estava muito emocionada
e chorava. Senti que aquele lugar era diferente. Tinha uma energia
tão grande que tocava no fundo da alma. Desnorteava qualquer
pensamento.Nãoseconseguiadefiniroquesesentia.Eraum misto de
êxtase, alegria, leveza, amor.

O atendimento no dia seguinte foi rápido, apenas ouvi a entidade


dizer: “Volta à tarde para a cirurgia”. Estava com receio, pois não
sabia como seria. Mas foi simples. Minha mãe me acompanhou,
sentamos nas cadeiras, colocamos a mão
sobreaenfermidadeeoprocessoaconteceu(espiritualmente). Após,
teria que fazer repouso. Não estava cansada, mas tão logo me deitei
na cama, adormeci por longo tempo.

Em 40 dias, lá estava eu de volta para a “revisão”. Desta vez


familiarizada com tudo e todos e me sentindo “em casa”. Meu pai me
acompanhou (isto já foi um milagre). Ele ficou
sensibilizadocomobemestarquesentiuquandoretornamos da primeira
viagem e disse que na próxima ele iria junto. E
foi.Eleestavamaisansiosopelaviagemdoqueeu.Elejamais faria uma
viagem de ônibus tão longa. Tudo o que poderia dar errado para ele
no decorrer da viagem, aconteceu. Mas ele aguentou firme até o
final. Chegando lá, a emoção se repetia. Aí aconteceu o terceiro
despertar da nossa família. Após houveram outros.

NuncamaisdeixamosdeiràCasadeDonInácio,queficana
cidadedeAbadiânia,emGoiás.Éumacasadecuraespiritual. É uma
alavanca para o nosso despertar interior, para o nosso crescimento
mental, emocional e espiritual. É uma escola de aprendizagem na
Terra, pela qual todos deveriam passar. Eu
amoaquelelugar,aquelaCasa!Evejam:aminhadoençafísica não foi
curada lá, mas foi curada pelas mesmas entidades, quando vim para
cá. Meu tratamento na Casa foi espiritual, foi trazer o despertar para
minha família e amigos. Não foi lá que ocorreu minha cura, mas foi
através de lá.

Há certas coisas que não conseguimos explicar através da lógica.


Quando há entrega total as coisas acontecem. Porém, nem sempre
da maneira como conhecemos ou queremos. Quando se diz que
“Deus escreve certo por linhas tortas”, é a mais pura verdade. A
nossa lógica não é a mesma de Deus, pois ele vê o TODO. Assim
como acontece na Casa de Don Inácio onde é tratada a causa, a
origem do problema e não ele em si. Isto é muito profundo. Somente
com o despertar da fé conseguiremos esta compreensão.” 16 de
outubro de 2003

Não preciso dizer o quanto me emocionou o primeiro encontro


naquele lugar. Sentia que ali poderia ocorrer a cura propriamente
dita.

Várias vezes retornamos ao local, várias cirurgias foram feitas (não


só na Joyce como em nós também). Várias pessoas foram levadas
até lá através da Joyce, inclusive meus pais, irmã, amigos. Mas a
verdade é que o tempo passava e eu não enxergava mudança no
físico da minha filha. Tive muitos questionamentos com Deus sobre
isso e nada me era revelado. Algumas coisas eram “mostradas” de
alguma maneira, mas eu queria ver de forma concreta.

Na verdade um grande processo de transformação estava ocorrendo


em nossas vidas e não estávamos percebendo.

“Mesmo em meio a tantas dificuldades, nós podemos encontrar o


caminho correto e verdadeiro do amor: É o caminho da fé e da
esperança. É o caminho sagrado que nos leva à supremacia. É o
caminho da volta!
Nenhum problema, nenhuma dificuldade poderão ser superados se
não tivermos o amor puro dentro de nós.
Este é o segredo de todos os segredos: AMOR.

Parece tão simples, tão banal, que poucos conseguem entender seu
verdadeiro significado. Muitos pensam que amam, mas na verdade
não conhecem a intensidade deste sentimento.

Amar é olhar com carinho a quem está ao nosso lado; é estender a


mão ao desconhecido; é dar um sorriso ao amigo; é ajudar o
necessitado; é cumprimentar nosso vizinho; é doar-se; é gostar sem
pedir nada em troca.

Amar é querer bem, sem esperar retribuição; é servir; é abrir


ocoração...
Que cada um possa abrir seu coração para deixar fluir este
sentimento tão lindo e único.” 14 de outubro de 2003

Outros caminhos fomos buscando no decorrer do tempo, como


também cursos e técnicas novas. Sempre nós três juntos (a Joyce, o
John, e eu) e muitas vezes levando mais alguém na “carona”.

Uma viagem que marcou bastante foi quando fomos para Aurora, no
Uruguai.

Foi através de nossa terapeuta e amiga Silvia Maria de Oliveira da


Fonseca. Terapeuta-transpessoal, psicóloga e grande conhecedora
de metafísica, organizou um grupo muito especial para esta viagem.

Aurora é um ponto energético muito poderoso, onde se pode entrar


em contato com as energias supra-físicas. É um lugar de cura física
e espiritual, apesar de não ter um médium para atender. Não há
incorporação. Cada um entra em contato direto com as energias
através da meditação. Tudo é muito sutil.

“Viajamos para Aurora, no Uruguai, para visitar o local


ondeoPadrePioesteveerealizacontatos.Aviagemfoimuito boa, sempre
gostei de viajar de ônibus e fazer amizades. Logo me integrei com o
grupo. Meus pais também foram junto, em busca da espiritualidade
ou cura. Aurora também é um lugar de curas, mas não tem ninguém
para atender. O contato é feito internamente: é o encontro da gente
com a gente mesma. O monumento onde está a estátua do Padre
Pio fica num campo. Um lugar de muita energia. Dá para sentir bem
isso.

Nossa caminhada em busca do conhecimento foi longa e bonita.


Fomos em vários lugares e conhecemos crenças e pessoas
diferentes. Cada um tem um caminho diferente, buscando algo
maior. Mas a chegada é uma só: Deus.

Minha mãe se preocupava em encontrar uma direção a


seguir.Meupaijápensavaquenãosedeveriamisturarmuito as coisas.
Hoje, eles chegaram à conclusão de que a busca começa pelo lado
de fora, mas termina por dentro. Tudo está dentro de nós. O caminho
correto seria iniciar no nosso interior, mas todos começam pelo
externo. Parece que quando tudo é muito fácil, não tem valor. Deus
tentou facilitar tudo para nós, mas nossos olhos só enxergam para
fora, para os outros.

Na verdade, a ordem do conhecimento ou a maneira de


aprendizagem, não tem muita importância. O importante é conseguir
buscar, trabalhar e interioriza-lo, mesmo que seja caminhando de
trás para frente.

O ser humano é muito atrapalhado mesmo! O brasileiro,


então,nemsefala!Comseujeitinhodeconseguirtudo,chega lá com
facilidade. Já desenvolveu até a técnica da confusão.

A Silvia é uma terapeuta trans-pessoal. É uma pessoa


maravilhosa.Foielaqueorganizouogrupoparaestaviagem. Ela é devota
do Padre Pio.

Eu fazia tratamento com ela, quando estava aí. Nós tínhamos uma
comunicação quase telepática, nos entendíamos só no olhar. Parecia
que ela entendia o meu sentimento mais profundo. Sempre me
apoiou. Sentia-me leve quando saía do seu consultório.

Esta foi outra etapa na busca do conhecimento para nossa família (lá
estavam novamente meus pais e eu), agora aprendendo sobre
metafísica. Eu sempre era a pivô. Tudo girava em torno de buscar a
cura para mim. E lá atrás vinham minha mãe e meu pai. Sempre foi
assim: eu abria caminhos e eles me seguiam. Nunca me deixaram
sozinha. Todos os ensinamentos foram compartilhados a três. Nossa
união foi tão forte e única, que ainda permanece.” 21 de outubro de
2003

***

O amor a Deus era característica da Joyce. Num texto encontrado no


seu caderno de religião da escola, cinco meses antes de partir, ela
dizia:
(*Referia-se a morte de seu avô paterno Albert e do cão Pepo).
“Meu sentido de vida
Minha vida é muito boa, mas as vezes acho que Deus é injusto, pois
todos que amo morrem*.

Mesmo dizendo isso, sei que Deus não é injusto. O que acontece é
que todos viemos para a Terra com uma missão. Após cumprir esta
missão, nós morremos.

Eu acredito muito em Deus e sei que Ele e meu anjo da guarda estão
sempre me acompanhando.
Posso provar isso dizendo que no sábado passado, dia 10 de março
eu fui à cascata do Caracol em Canela e desci toda escadaria, quase
mil degraus.

Todos que passavam por mim falavam que eu tinha um anjo muito
forte, pois nas minhas condições eu não teria
conseguido,mascommeuanjoeDeusmeacompanhandoeu consegui.
Por isso tenho muita fé em Deus.
Deus é minha vida. Tudo depende Dele. Acho que Ele quer que
aconteça. Se não fosse Ele, não estaria aqui, agora e quando Ele
quiser, eu morro, nem antes nem depois.

Resumindo, minha vida é e depende de Deus.” 14/03/01

***
Em outra pergunta sobre um trabalho de escola referente ao Perfil
Pessoal, a respeito de “De que mais gosto” ela responde:

“Gosto muito de andar sozinha. Acompanhada também. Gosto de


amigos e de uma pessoa que para mim é muito especial, mas outros
nem ligam para sua existência: Deus.”

***

Isto já seria uma preparação? Porque uma adolescente de quatorze


anos amava tanto um Deus enquanto outros não acreditam ou
questionam sua existência? E outros ainda que sentem vergonha em
falar sobre Deus, quanto mais declarar seu amor por ele. E ainda
mais nas suas condições, quando o normal seria se revoltar pelas
provações que já passou. Que significava isto? Ela já estaria pronta?
Para quê?

Na última semana de julho de 2001, fomos novamente para


Abadiânia. Ela queria ir sozinha, pois tinha uma grande amizade com
a organizadora dos grupos Margareth Kollet (além de guia, amiga e
incentivadora espiritual) e conhecia praticamente todo o grupo da
viagem. Gostava de ficar entre eles.

Mas eu sentia uma necessidade muito grande de ir também. Então


combinamos que iríamos juntas no mesmo grupo, mas ficaríamos
separadas. Cada uma ficaria com quem quisesse no quarto e iríamos
ficar distantes uma da outra como se não estivéssemos juntas. Para
maior liberdade, eu não ficaria na mesma pousada do grupo. Tudo
combinado e assim fomos.
Sentamos em lugares separados no ônibus, mas, chegando lá, ela
quis ficar comigo no mesmo quarto, por conseguinte em outra
pousada e separadas do grupo.

Minha filha parecia muito cansada. Ficava sempre perto de mim.


Caminhava se arrastando e se apoiando em mim. Não queria ir a
lugar algum se eu não fosse junto. Isto não era normal, pois ela
sempre sentia-se livre e independente naquele lugar. Tentava animá-
la para que fosse sozinha aos lugares. Incentiva-a a ligar para seus
amigos e para os familiares, mas não houve jeito. Não sentia
vontade nem de ir até a casa onde se realizavam os atendimentos.
Ela estava muito estranha.

Nesta viagem, conhecemos Eden José Ruga. Ele é um físico


nuclear, professor de universidade e mora em Pirassununga, São
Paulo.

Foi muito estranho nosso encontro. Ele também é um médium de


incorporação, filho antigo da Casa de Dom Inácio e trabalha na sua
cidade com curas através de duas entidades: Patrícia e Debbie. Para
Abadiânia, ele levava as pessoas de difícil tratamento e que
precisavam da força e das entidades do lugar.

Numa noite, estávamos num grupo conversando e ele incorporou a


Patrícia, que olhou para cada um dos presentes e falou alguma
coisa.Sóparamimelanãofalounada.Fiqueiindignada!Asentidades de lá
nunca me falavam nada e agora esta também não! Mas para a Joyce
ela perguntou: “queres ser uma médium?” Os olhinhos dela brilharam
como cristais e respondeu prontamente: “sim!”.

- “Então te livra dos metais, lê e estuda bastante”, - argumentou a


entidade.

Mal entramos no quarto, ela sentou-se na cama e começou a tirar


todos os brincos, pulseiras e anéis. Então falei: - “não precisa tirar
tudo, só o excesso”.
“Ela disse que era para tirar tudo” – respondeu. E não mais os usou.
Eu não entendia o significado daquilo, mas a Joyce não parecia estar
preocupada com isso.

Seu estado, entretanto, continuava estranho. Mal tinha forças para


caminhar.

Como eu fui cirurgiada (não sabia do que) e não poderia passar


novamente pela entidade, pedi à Margareth que passasse com ela
antes de virmos embora e esta falou: “filha, quando você voltar com
outra roupa eu opero você”.

Ora, mas o que significava isto? Afinal, se estávamos lá naquele


momento pedindo ajuda, por que não fazer o que tivesse que ser
feito então? Chamei a atenção da Joyce por não estar vestindo
roupa branca e que por isso a entidade não queria operá-la.
(Normalmente as pessoas se vestem de branco durante os
trabalhos, para facilitar a irradiação de luz e energia).

Parece que quanto mais se estuda, menos se sabe. Às vezes é até


melhor não entendermos certas coisas.

CAPÍTULO 3 O DESLIGAMENTO

Uma semana depois:

“Aquele seria o dia: 3 de agosto de 2001. Pela manhã passei mal na


escola e minha mãe foi me buscar. Fomos ao hospital São Rafael
onde fiz consulta e exames. Nada foi constatado. Eu me sentia
pesada, caminhava me arrastando, eu estava sendo desconectada
desta existência aos poucos.

O desligamento começou uma semana antes, quando eu estava em


Abadiânia, na Casa de Don Inácio de Loyola. A preparação começou
lá. Tive contato com pessoas maravilhosas. Conheci a Patrícia (uma
entidade que trabalha através do médium Éden Ruga – que é um
amor de pessoa), que me orientou a me livrar dos metais. Eu tinha
muitos anéis, brincos e pulseiras (minhas orelhas eram todas
furadas). Apesar de gostar das minhas ‘coisinhas’, retirei-as todas.
Minha mãe me falou que um pouco eu poderia deixar, que retirasse
somente o excesso de brincos. Mas falei que não, que precisava
retirar tudo e não mais usei. Ninguém entendia direito o significado
deste ato, nem eu mesma. Mais tarde descobri que isto simbolizava
o desligamento ou desapego a bens materiais.

Durante minha estadia naquele lugar, eu estava muito diferente.


Sentia-me cansada e sem forças. Ficava até tarde da noite deitada
na cama, conversando com minha mãe sobre vários episódios de
minha vida. Relembrei tudo o que já tinha acontecido comigo,
conosco. Demos boas risadas juntas, apesar de minha mãe ficar, por
vezes, triste, mudando de assunto. Foi uma semana especial para
nós duas.

Antes de voltarmos, passei novamente pela ‘entidade’ da Casa, Dr.


Augusto de Almeida, a pedido de minha mãe (pois já havia sido
atendida anteriormente) e ele me disse:
- ‘Quando você voltar com outra roupa eu te opero’. Minha mãe
reclamou porque eu não estava usando roupa branca (que
geralmente se usa lá). Mas ‘outra roupa’ significava
outracoisa.Porsortenãoentendemosolinguajarcorretodas
entidades,casocontrário,seriaocaos!Elaestavasereferindo a troca do
corpo físico, que quando partimos, deixamos aqui levando apenas o
espiritual.

Retornamos, as aulas iniciaram e passei aquela semana me sentindo


tão leve e tão bem, pois havia compreendido que agora finalmente
eu estava prestes a curar-me. Tinha certeza
queestemomentoestavapróximo.Euestavamuitofeliz.Meu corpo,
porém, não reagia igual. Continuava pesado.

Diagnosticaram como gripe. Assim fui medicada. Perguntei para


minha mãe: “Não vou ficar aqui no hospital, não é? “Ela respondeu
sem entender: “Lógico que não, vamos para casa”.
Tomei os primeiros medicamentos. À tarde estava bem melhor.
Passei toda à tarde ligando para minhas amigas e para minha avó.
Não sabia o porquê, mas precisava falar com todos.

Algum tempo antes, eu pedira para meus pais não mais levantarem
comigo pela manhã. Eu queria levantar sozinha, fazer meu café e
aguardar a lotação escolar que me levava para a escola. Eu queria
ser independente e quebrar ‘laços’. Eles logo compreenderam, após,
o porquê.

À noite fui dormir e mais tarde acordei passando mal. Foi tudo muito
rápido. Meu pai me socorria e minha mãe chamava a ambulância.
Ambos sabiam disso com antecedência. Lembro que minha mãe
falou desesperada: “Ainda não está na hora”. Mas no fundo ela sabia
que sim.

É doloroso para quem fica e um pouco perturbador para quem vai.


Logo vieram seres de luz para me acompanhar, inclusive meu avô
Albert (avô paterno) e Debbie (que após se tornou minha grande
amiga, assim como Patrícia que conheci em Abadiânia).

A gente fica um pouco atrapalhada, não entendendo logo o que está


acontecendo. Em seguida tudo se esclarece.”

Naquela sexta-feira, 3 de agosto de 2001, recebi uma ligação da


escola dizendo que a Joyce não estava se sentindo bem. Fui até o
colegio Santa Catarina, onde ela estudava e encontrei-a na
enfermaria. Estava um pouco fraca e com sintomas de gripe. Levei-a
ao Hospital São Rafael onde foi examinada a sua pressão, pulsação,
batimentos cardíacos e fez uma radiografia dos seios da face. Como
tudo estava bem o diagnóstico ficou por conta da gripe e foi
medicada para tanto.

A Joyce parecia tão bem durante a tarde, que cheguei a questionar


seu mal estar. Falei que achava que ela queria mesmo faltar a aula.
Passou a tarde toda deitada no sofá (parecia Cleopatra), fazendo
ligações para várias pessoas. Tive até que chamar a sua atenção,
pois a conta telefônica iria disparar! Não era definitivamente a reação
de uma pessoa doente.

A noite ela foi dormir no horário normal e, algum tempo depois,


escutei uma voz lá no fundo da mente: “Mãe!” Fui rápido até o quarto
e encontrei-a no banheiro vomitando. Chamei o John e ela já
desmaiou. Foram três desmaios sucessivos, enquanto eu chamava a
ambulância. Fomos rapidamente ao Hospita Regina, onde ela foi
atendida. Enquanto aguardávamos no lado de fora, vi uma equipe de
seres em volta dela e pensei: muito obrigada mestres por estarem
ajudando minha filha. Vi também a Virgem Maria com seu manto azul
e fiquei aliviada. Sabia que ela estava sendo bem cuidada.

Momentos após, os médicos nos chamaram e perguntaram se a


Joyce tinha algum problema de saúde. Aquelas palavras doeram aos
meus ouvidos e respondi prontamente: minha filha NÃO TEM
nenhum problema. Não queria escutar o resto da conversa porque já
sabia o significado. Não podia ser verdade! Tão rápido! Há alguns
momentos atrás estávamos conversando com ela e agora não ouvia
nem respondia. Não podia ser verdade. E os médicos não fizeram
nada? De que adiantou levá-la ao hospital? E as entidades que via à
sua volta?

“Em 10 dias enviei a primeira mensagem para meus pais através do


Eden, intermediado por Patrícia e em duas semanas eu estava
curada por conforme prometido.

Em 12 de outubro de 2001 Dr. Augusto de Almeida,

enviei ‘diretamente’ esta


mensagemquefoipsicografadoporEden(lánacasadele,em São Paulo –
eu já estava passeando, vejam só!)

‘Diga para o papai que eu estou contente porque ele tirou a máscara,
parou de fingir que nada o atinge. E a mamãe está lutando muito. Eu
estou contente com vocês. Mas a vovó não está bem.
Eu estou muito bem.
Diga para mamãe que agora eu não quero mais seruma sereia,
porque voar é
muito melhor que nadar.
Eu estou morando com o vovô Albert e ele está muito bem e manda
beijos. Eu não quero ninguém no cemitério. Eu não estou lá!
A morte não existe.
Eu estou viva
Eu estou bem
Eu estou feliz
Eu amo vocês.
Eu estou sempre com vocês. Beijos.

Joyce’

Seiqueédifícilparaquemfica,maseuestavaangustiadae
precisavadizerqueeunãotinha‘morrido’,queeucontinuava viva, apesar
de não me verem e apesar de saber que meus pais entendiam, mas
meus avós e tantos outros queridos meus, talvez não. Isto significava
um consolo para eles. Precisamos modificar esta ideia de que tudo
acaba. Isto não é verdade. Tudo continua, de forma um pouco
diferente. Mas nada acaba. São ciclos e períodos de vivência. E em
cada um deles, temos que fazer o melhor.

Amo meus pais, minha família, meus amigos na mesma intensidade


que antes, ou ainda mais hoje, pois consigo relevar os sentimentos
que temos aí nesta dimensão. Hoje não vejo defeitos em ninguém,
somente qualidades.

Aos que me entenderem, a partir deste momento, estarão


cicatrizando definitivamente o sentimento de perda e dor dentro de
si. Compreenderão que não há perda, portanto não há motivos para
dor. Aqueles que tiveram que se “separar” de alguém especial,
entenderão que é apenas separação temporária, que o amor não
acabou.

É questão de tempo e lugares distintos. Somente isso.”


1º de novembro de 2003
A dor da separação é indescritível. Mesmo sabendo que tudo
continua, um elo foi partido e jamais poderá ligar-se novamente da
mesma forma. Haverá um outro entendimento, uma outra
compreensão, uma outra realidade. Uma mudança radical
estabeleceu-se e, para compreendê-la teríamos que lutar muito e
aprender ainda mais. Somente através da Fé conseguimos
ultrapassar esta barreira. Não há outro caminho. Sem Deus no
coração somos insignificantes.

O incrível é que o Pai está sempre conosco, mostrando o caminho,


corrigindo, consolando e apoiando em todos os momentos, mas a
cegueira da revolta e da dúvida ou mesmo da dor, não nos deixa ver
a verdade. Aquelas entidades que visualizei junto a Joyce no
hospital, eram, na verdade, seres que vieram para levá-la à casa
eterna. Até neste momento, ela foi abençoada com a presença da
virgem Maria...

“Vejam o meu caso, antes de partir. Vejam como nós somos


preparados e orientados para tudo. Eu tive o tempo necessário para
ir ao local que mais gostava e de estar com quem eu realmente
amava. O último mês foi maravilhoso. Se não cheguei a conversar
com todos os meus queridos, podem ter certeza que senti cada um
em meu coração. Foi uma despedida sutil.

Todos são orientados a cada segundo de suas vidas. Nossos


mentores ou anjos da guarda estão sempre a postos para nos
mostrar o caminho, orientar em nossas decisões e até nos carregar
no ‘colo’, quando necessário. Tudo está a nossa disposição, basta
aceitarmos e entendermos estes gestos de amor.

Onossoracionalmuitasvezesnãonosdeixa‘ver’.Nósnão temos tempo


para pensar em coisas abstratas. Precisamos resolver as coisas
agora e não podemos contar com ninguém. Além do que, nós nos
achamos mais competentes que qualquer outro. Nós somos os
donos da verdade. Ninguém faria melhor do que nós mesmos.
Somente podemos confiar em nós mesmos. Nós mesmos, nós
mesmos e nós mesmos...
Quanto egoísmo, injustiça e diferenças! Por que tanta amargura e
isolamento?

Se cada indivíduo é um conjunto de qualidades, porque não nos


unirmos às demais qualidades? Seríamos mais fortes e dividiríamos
nossos trabalhos. Nossa carga seria mais leve e teríamos mais
tempo disponível para auxiliar a quem necessitasse.

É antigo o dizer: A união faz a força! Quanto mais unidos, mais força,
mais poder e maior a explosão de conhecimentos e bem
aventurança. Não precisamos ‘carregar o mundo nas costas’.
Precisamos nos juntar para caminharmos sutilmente todos na
mesma direção. Precisamos de tempo para abrir nossas mentes,
para ver as outras qualidades que temos. Precisamos abrir nossos
corações e deixar fluir a energia do amor e da compreensão, para
transbordar as dádivas divinas que temos armazenados dentro de
nós e praticar tudo o que já aprendemos e guardamos para usar
‘mais tarde’.

Pois o momento é este! Façam tudo aquilo que sempre pensaram


em fazer e que foi deixado de lado porque não era o momento,
porque não queriam se expor, porque outros já o estavam fazendo
ou porque não tinham coragem... Não é vergonhoso admitir estas ou
outras razões. Vergonhoso é dar-se conta do fato e não tomar
nenhuma atitude.

Qualquer que seja a proposta que aceitemos executar, saibam,


todos, que ninguém estará sozinho. Do lado de cá, tem uma equipe
enorme e maravilhosa, aguardando o sinal verde para entrar em
ação.

Mesmo que tenhamos condições, não podemos ajudá-los se não


pedirem, se não concordarem. A decisão de querer é de vocês.
Terão todo o apoio que for necessário, mas nada poderemos fazer
sem que vocês estejam cientes disso.
Podemos agir com vocês e não por vocês. Estamos juntos para o
que der e vier, somente aguardando a sua decisão.”
3 de novembro de 2003

Diante de tanto ensinamento, só nos restava continuar com tudo o


que já tínhamos iniciado. Agora com maior intensidade ainda, pois
honraríamos todo o aprendizado obtido através de
nossafilha.Elarealmenteconseguiusacudirnossasestruturaspara nos
mostrar que há algo ainda maior por trás dos ensinamentos
adquiridos. Agora tínhamos certeza de que ela é realmente um Ser
especial. Só precisávamos de um pouco mais de paciência para
digerir e aceitar os fatos.

“Paciência”

“Palavraqueutilizamosmuito.Despejamossobreelatudo o que não dá


certo, tudo o que não conseguimos resolver, tudo o que foge do
nosso controle.

Na verdade o seu sentido é outro. É um dom que temos dentro de


nós.

Ser paciente é acreditar, é esperar sem ansiedade, é ser tolerante


consigo e com os outros, é aceitar os fatos como eles se apresentam
sem impor nossa vontade sobre tudo.

Se mantivermos a calma e aguardarmos com tranquilidade,


estaremos sendo pacientes e o que acontecer será da forma como
deve ser.

Tudo se resolve quando nos entregamos.” 18 de dezembro de 2003

Estas palavras nos reanimaram e deram sustento para acreditar


ainda mais na bondade Divina. Apesar de já termos uma boa base
de conhecimentos, o John e eu trabalhamos arduamente nossos
sentimentos durante um ano, em meio a recaídas, normais ao ser
humano. Mas nunca perdemos a fé. Acreditávamos que algo maior e
eterno realmente existia e buscávamos através da leitura, amigos e
cursos, subsídios para compreender esta nova realidade. Fomos
ensinados desde pequenos a obedecer limites e agora estávamos
diante de uma situação que não tinha limites, de algo
invariavelmente grande, transponível e real. Sentíamos que
estávamos vivendo uma outra realidade, que não a nossa.

Aos poucos fomos entendendo e sempre agradecendo ao Universo


pelos novos ensinamentos.

CAPÍTULO 4 PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES

No início de dezembro de 2002, recebemos a visita do Eden em


nossa casa, juntamente com outro casal amigo. Nesse encontro,
houve manifestação da Joyce, que acabou incorporando no Eden
pela primeira vez. Tivemos a oportunidade de conversar com ela
“diretamente”. Foi a situação mais feliz e estranha que já tínhamos
experimentado.

Ficamos muito felizes, por termos tido a oportunidade de fazer


perguntas e receber respostas diretamente e de estar sentindo sua
presença tão próxima. Foi como tê-la de volta por um momento. Foi
maravilhoso!

Ela falou que recebera autorização para se comunicar conosco; que


está sendo preparada para outros trabalhos; que fugiu do hospital
espiritual para nos visitar, mas que já foi chamada sua atenção por
isso e que, naquele momento, ela tinha autorização e não estava
abusando da autoridade para se comunicar. Falou que, numa
próxima oportunidade, gostaria de se “mostrar” para nós. Enfim, falou
sobre vários assuntos.

É estranho ver o Éden, aquele homem maduro, com mais de 1,80m


de altura, comportar-se como adolescente, deitando-se no sofá,
fazendo cacoetes com a perna, como a Joyce fazia, e falando com
vocabulário diferente, suavizando a voz e engasgando ao pronunciar
certas palavras.
Foi realmente uma experiência diferente. E como seres humanos
que somos, fizemos algumas perguntas para comprovar a
veracidade, que foi confirmada através das respostas que somente
nós sabíamos. Não tínhamos motivos para duvidar, mas a tentação
de comprovar algo que não dominamos é muito grande.

Isto apenas prova quão pequenos nós somos, que recebemos


dádivaseascolocamosemdúvida.Entãonosperguntamosporque
reclamamos quando temos que passar por alguma privação, e a
resposta é óbvia: para aprender a aceitar os fatos sem questionar.

No dia dezoito de dezembro do mesmo ano, recebemos e-mail do


Eden dizendo:

“Vocês vão estranhar o horário em que estou passando este e-mail,


mas fiquei tão feliz que não aguentei esperar até amanhã cedo:
durante um trabalho mediúnico, acabei de receber uma incorporação
da Joyce. Infelizmente eu estava inconsciente e não pude ‘ver a
conversa, mas minha esposa Denise, minha filha Kelly e Zoom, um
amigo, estão aqui ao meu lado para não deixar-me esquecer nada:

* Ela modificou minha voz, falou com sotaque gaúcho e usou o “tu” o
tempo todo (eu não uso!);

* Disse que a “passagem” foi tranquila, sem sofrimento e que


esqueceu de falar isso aí e se preocupa que vocês podem pensar
que ela sofreu na passagem;

*Revelouqueterpodidofalarcomvocêsaí,foiomaiorpresente de Natal
que ela poderia ter recebido;
* Percebeu que vocês notaram que ficou mexendo a perna num
movimento de vai-vem ininterrupto;

* Pediu para avisar o John que fique tranquilo, pois ela não está
desobedecendo ninguém, está fazendo só o que os “níveis
superiores” autorizam;
* Ela disse que após comentarem com a avó sobre a comunicação
aí, a avó melhorou e ela está feliz com isso;
* Ela está com menos dificuldade de falar agora, embora ainda
“enrosque” em algumas palavras;

* Disse que está muito amiga da Patrícia e da Debbie, que a


ajudaram muito durante a transição, inclusive preparando-a e
ajudando-a a se livrar dos vínculos materiais, ao orienta-lá a “tirar os
metais” (os brincos) que eram tão importantes para ela, mas que não
fizeram falta após a retirada, e que isso ajudou muito na transição;

* Afirmou (mais uma vez) que ama muito vocês;

* Ela repetiu que “está viva”, se sente viva e que tem um corpo; que
não existe uma morte; a sua vida após a transição é uma
continuação da vida terrena;

* Ofereceram para que ela passasse o e-mail, mas ela disse que
ainda não tem autorização para essas comunicações diretas por
escrito, e quando tiver ela vai passar o e-mail por si mesma. Ela não
pediu porque disse que já foi tão ajudada por todos que não quer
“forçar a barra” pedindo mais isso;

* Revelou que já está autorizada pelos superiores a trabalhar


comigo, com a Debbie e com a Patrícia (sem forçar a barra), e virá
com mais frequência;

* Ela (que gracinha!) pediu para a Denise e para os demais


presentes se poderia “vir sempre”; obviamente foi autorizada.

Gente, deve ter mais algum detalhe, mas, desculpem, a “turma” aqui
não consegue lembrar de tudo. Se vocês tiverem alguma pergunta
ou recado, mandem que na primeira oportunidade será entregue.

Ficamos muito felizes e esperamos que vocês também tenham


ficado.
Ficamos muito felizes e esperamos que vocês também tenham
ficado.
Abraços,
Eden, Denise, Kelly e Zoom”
***

Cada vez mais, meus familiares e eu, nos sentíamos aliviados e


felizesporrecebermosnotíciasdeminhafilha,apesardeestranhar um
pouco a maneira como as coisas estavam acontecendo. Mas
teriamos que aprender a não questionar e simplesmente agradecer.

Ainda teríamos mais surpresas pela frente!

Passamos o Natal animados com as boas novas e ocupados com os


preparativos para a festa e atendimento aos convidados. Tínhamos
motivos suficientes para encararmos com mais alegria, esta data tão
especial. Sentia a presença da minha filha, sempre conosco. (Foi
diferente do primeiro Natal após sua partida, quando ainda
estávamos muito doídos pelos acontecimentos. Nossos corações
estavam dilacerados, sentíamos muito a sua falta. Um vazio muito
grande ainda ocupava nossos corações).

Estiveram hospedados lá em casa o John Jr e a Kátia (filhos do


primeirocasamentodoJohn),Rudolfmeucunhado,Letíciafilhada Kátia e
Alessandra namorada do John Jr., na época. Além destes, também
meus pais Alfredo e Hedi e minha irmã Lia passaram a noite de Natal
conosco. Foi uma noite agradável. Os convidados ainda
permaneceram em casa por alguns dias.

Estávamos tão envolvidos com as visitas, qu e somente fomos ligar o


computador para ver os e-mails no dia vinte e nove de dezembro. E
para surpresa nossa, encontramos o seguinte:

Dia 26/12/2002 – 00h01


“Oi, pai, oi, mãe!
Ganhei este presente de Natal e estou mandando como presente
para vocês também.
Eu vi que hoje vocês lembraram muito de mim, algumas
vezescomtristeza.Porquê?Eu estava aí comvocês! Euquero vocês
felizes, e eu estarei feliz.

Ah, FELIZ NATAL!


Joyce”.
Dia 26/12/2002 – 00h19
“Esqueci de dizer: estou esperando a resposta. Beijos. Joyce”.
Dia 26/12/2002 – 00h23 “Pai,
Não te preocupes. Eu sei que tu estás pensando que eu estou
“aprontando” para me comunicar com vocês.
Mas desta vez, tu erraste!

Meautorizaram!FoimeupresentedeNatal,comoeudisse no primeiro e-
mail, tá? Então não te preocupes e responde logo, tá? Eu vou poder
me comunicar muitas vezes, tá?

Joyce”. Dia 26/12/2002 – 19h29

“Será que não dá pra pegar um computador qualquer pelo caminho e


abrir os e-mails pra me responder?
Amor

Joyce”.
Dia 27/12/2002 – 22h26
“É isso aí! Amo vocês! Joyce”.

Não preciso descrever o espanto que senti quando vi estes e-mails.


Passou tudo pela minha mente: Será que alguém estaria brincando
conosco? Algum amiguinho da Joyce estaria tentando nos agradar?
Ou seria o Eden tentando nos consolar? Não, não condizia com sua
personalidade. Poderia ser mesmo a Joyce? Mas de que maneira?
Uma coisa era inegável: eram suas palavras e sua maneira de falar.

Só restava responder para saber.

Dia 29/12/2002 – 10:15


Querida!

É uma alegria podermos nos comunicar contigo. Confessamos que


no início é um pouco “assustador” porém agora já estamos
assimilando este privilégio.

Também agora temos um motivo para sermos mais assíduos no abrir


o computador, e ver se há mais mensagens. Quem sabe mais para
frente conseguiremos nos comunicar “ao vivo”.

É a primeira vez que ouvimos falar de comunicação por e-mail. Ainda


estamos meio confusos, mas é lindo!!!

Estamos bem (nos perguntamos o que informar se temos a ideia de


que do seu lado você sabe tudo o que se passa aqui).

Nós gostaríamos muito de saber qual será sua missão, no sentido do


que é que tu vais fazer, onde vais trabalhar e com quem. Nós sempre
pensamos que seria um trabalho de cura. Nem sei se podemos fazer
este tipo de pergunta (poder, podemos, mas responder é que não
sabemos se tu podes).

Apesar de não termos, nenhum de nós, o dom de “ver”, sabemos


que nos momentos mais importantes tu estás presente. Assim, na
festa de ano novo vou fazer um brinde a ti. Se quiseres, e se for
autorizado, e se for para o desenvolvimento positivo do nosso grupo,
mande uma mensagem para todos que será transmitido.

Trabalhe sempre para o bem, com Deus e em Deus, e que Virgem


Maria e as entidades de Luz te protejam sempre. Com todo nosso
Amor e Carinho.

Te amamos muito.
Beijos,
Mãe e Pai
Dia 29/12/2001 – 18h09
“Queridos Papai e Mamãe (não se assustem com o tratamento,
quanto mais longe, mais valor a gente dá)

Para mim também é um pouco ‘assustador’, meio


‘fantasmagórico’(há,há!),masagenteseacostumaloguinho, loguinho.

Mãe, quanto a se comunicar ‘ao vivo’, eu espero te fazer uma


surpresa. Não, não é uma surpresa, eu estou te contando já. Na
próxima vez que o Eden se encontrar com vocês, eu pretendo que tu
me vejas durante a incorporação. Durante a incorporação, a gente
não ‘entra’ no médium, a gente fica próxima dele, conectada por uma
espécie de ‘fio de prata’. Eu quero que tu te prepares, pois na
próxima vez eu quero me mostrar pra ti durante a incorporação. Só
não vale chorar, hein? Quando tu quiseres me contar sobre coisas
daí, quero que tu saibas que eu ‘não sei de tudo, não’. Nós temos
limitações de quando ir e pra que ir, e como eu disse, pai, tu ficas
tranquilo que eu só faço o que me deixam. Nosso acesso sobre as
informações do mundo material são ‘censuradas’, pra gente não ‘se
meter’ muito. Mas o que tu quiseres me contar, podes.

Eu ainda não sei direito no que vou trabalhar, ainda tenho algum
tempo de estudo para decidir, mas estou entusiasmada com o
trabalho da Pat, desculpem, da Dra. Patrícia, e pode ser que vocês
acertem, talvez, se eu tiver capacidade e merecimento, eu tente
trabalhar com curas.

Eu quero um brinde sim, e vou fazer força para estar presente.


Eu não usei meu e-mail velho porque eu fui vítima do meu próprio
feitiço:EUNÃOMELEMBRODASENHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (há, há,)
Eu vou tentar preparar uma mensagem para todos, mas nesse
momento, eu estou muito emocionada, e vou pedir um tempo, ta?
Digam pra Bea me mandar quantos e-mails ela quiser, que eu vou
ficar muito contente, mas, por enquanto, eu só tenho autorização pra
responder os de vocês. Mas quero que ela continue mandando, eu
vou ficar feliz. (Viu, pai, como eu obedeço as ordens?).
EU TAMBÉM AMO VOCÊS DE MONTÃO!
LOVE, LOVE, LOVE!
Um caminhão - não, um caminhão é muito pequeno - um trem de
beijos!
Sua filha que os ama muito, Joyce”.

Naquela tarde, liguei para o Eden para ver o que estava


acontecendo. Tudo isso parecia loucura! Descobri que minha filha o
estava incorporando para enviar as mensagens para nós. Ela
sempre teve muita afinidade com computador. Quando eu tinha
algum problema ou dúvidas, ela sempre me socorria.

O Eden, no entanto, não sabia exatamente o que estava ocorrendo,


pois não tinha nenhuma cópia de e-mail registrado no seu
computador. E como ele é um médium inconsciente, não sabia do
que se tratava. A Denise sua esposa, dissera que ele incorporava e
ia direto ao computador escrever.

Compartilhamos esta alegria com alguns familiares e amigos mais


chegados. A Bea (Lucia Beatriz Schneider), uma grande amiga,
minha irmã de alma com certeza, não se conteve de alegria e enviou
também uma mensagem para a Joyce. Mas como ela mesma disse,
não tinha autorização para responder. Toda esta situação era nova
para nós. Não sabíamos exatamente como conduzí-la.

Dia 29/12/2002 – 18h18

“Mãe, o Eden não tinha os meus e-mails não é porque eu escondi,


não, é porque eu usei uma conta fantasma (literalmente) que eu abri
e esqueci de passar cópia pra ele,
masjácorrigioesquecimento,todosose-mailsqueeupassei,
inclusiveeste,jáestãocomcópianocomputadordele.Tunão precisas,
então, passar pra ele (já estão lá).

Escrevam logo. Beijos, Joyce”.

Dia 29/12/2002 – 18:30


Querida filha,
Estou muito satisfeita, emocionada e honrada de ser tua mãe.

Queria te dizer tantas coisas ... mas sei que consegues captar minha
felicidade. Só em saber que estás tão bem e
emcrescimento,jáésuficientementeconfortadorparamim. Quando
foste embora, eu fiz um acordo comigo mesma: que só aceitaria tua
partida, se eu tivesse notícias tuas. Demorou um pouco, mas
felizmente aconteceu. Agradeço a todos que colaboraram contigo e a
ti, pelo teu esforço. Muito obrigada!!!

Gostaria que falasses alguma coisa para a vovó, o vovô e a tia Lia.
Eles ficaram muito contentes ao saber do que está acontecendo,
mas sinto que eles gostariam de receber também um recadinho...
Sabes como é... Eles pensam: e para mim ela não disse nada? Se
puderes, tudo bem.

O Teco e o Faísca estão muito bem. Cada vez mais sapecas.

O teu pai e eu estamos trabalhando com exportação de calçados.


Ele viaja bastante. O negócio é novo e espero que dê certo. Por
favor, torça pela gente OK?

Tens notícias do Victor e da Jaqui? Gostaria de saber algo, se


possível.

Eu continuo me esforçando e esperando encontrar meu caminho ou


missão. Lembra que nós íamos fazer trabalho voluntário juntas?
Agora estou fazendo por nós duas. Legal, não é? Mas acho que
ainda não é bem isso que vou fazer, mas até lá...

Eu sei que aí em cima vocês têm os melhores computadores do


mundo. É fácil o manuseio? Os teus e-mails são feitos aí, ou através
do Eden? Poderemos conversar sempre ou será somente por um
determinado tempo? De qualquer forma, gostaria de ter sempre
notícias tuas, independente da forma, pois isto é muito importante
para mim.
Mil beijos, da tua mãe. Luiza

O Teco e o Faísca são nossos cães (salsichinhas). Eles foram


adquiridos após a morte do Pepo (um ano antes da partida da
Joyce). Incrível, mas o Pepo e a Joyce viveram praticamente o
mesmo periodo de tempo!

O Victor é nosso afilhado que partiu seis meses antes da Joyce,


juntamente com sua mãe nossa amiga Jaqueline, após um acidente
de carro.

Pensei que estando todos lá do outro lado eles poderiam se


encontrar.

Até então, não tínhamos conhecimento desta modalidade de


comunicação. Era novidade para nós. Então fui atrás de informações
a respeito, pois sempre fui muito “São Tomé”, queria ver para crer.

E descobri que realmente isto existe e não é o primeiro caso. E que


cada vez mais será comum este tipo de comunicação. Tudo depende
de nós.

Seria a recompensa pelo nosso esforço, pela compreensão? Seria a


bondade Divina nos consolando?
Dia 30 de dezembro de 2002 – 04h07
“Mãe,

Eu é que estou feliz, emocionada e honrada de ser tua filha. Não


reclames do tempo, pelo amor de Deus. O tempo foi muito mais curto
do que pra imensa maioria das pessoas que vem pra onde eu estou.
E quem tem que agradecer sou
eu.Tufosteumamãemaravilhosa,efostetuquequisesteme
receberdepoisdetantosproblemasnopassado.Seeusouhoje quem eu
sou, é graças a ti e ao pai, que foram formidáveis, maravilhosos, e,
acima de tudo, me amaram e me ensinaram o amor.
Eu AINDA não tenho autorização para me comunicar com outras
pessoas (vovô, vovó, tia Lia, Bea, etc.) mas consegui autorização pra
mandar dizer pra vovó deixar de ficar triste. Eu sofri muito com a
tristeza dela, com as idas no cemitério, eu não estava lá, eu estou
viva e feliz, eu vi ela sofrendo por alguma coisa que não existe! Acho
que logo consigo autorização pra ‘falar’ mais com eles. Vamos ver.

Cuide bem dos bichinhos. Eles ajudam a gente a sentir a


espiritualidade, sabias?
E não te esqueças, eu pretendo que tu me vejas durante a próxima
incorporação que eu fizer no Eden perto de vocês.

Eu sei que vocês estão trabalhando com calçados, eu sei que o pai
foi até para os States atrás disso, na época do meu aniversário, mas
é só o que eu sei. Não sei se vão indo bem, se melhorou em
comparação a quando eu estava aí, etc.

Desculpe, mas não tenho notícias do Victor e da Jaqui. Ao contrário


do que muitos pensam aí embaixo, aqui nós não sabemos de tudo, o
nosso acesso ao mundo material é restrito e mesmo as notícias do
mundo espiritual são dadas aos poucos, na medida que tu te
preparas para não te chocar ou te extasiar com a notícia.

Tu vais encontrar o teu caminho muito logo, não te desesperes. Abre,


na internet, o site do Shtareer e tu vais começar a ver teu futuro. A
foto que aparece na página de abertura do site, eu conheço, é uma
pessoa maravilhosa.

Me fales um pouco do trabalho que tu estás fazendo... eu não tenho


podido acompanhar. E mesmo que não seja esse teu caminho final,
é uma preparação valiosa, não desanimes.

Os computadores daqui são mesmo o máximo, e muito fáceis de


usar. Tem tudo, a história da Terra, da humanidade, ciência, tudo que
se pode pensar, e também é possível conectar a internet terrestre,
desde que sem interferência
(nãopossoparticipardepesquisas,salasdebate-papo,enem fazer
compras pela internet - há, há).

Quando me autorizaram a abrir uma conta de e-mail ‘fantasma’


(mesmo), eu até pensei que eu poderia mandar e ler mensagens do
meu computador aqui em D-4, mas depois descobri que existe um
bloqueador que impede que qualquer coisa saia daqui em direção à
D-3, inclusive e-mails. Eu perguntei se, já que eu tive autorização
para ter o e-mail fantasma, eu não poderia ter o bloqueador
‘desligado’, e me disseram que isso é tecnicamente possível, mas
poderia causar um certo ‘desconforto’ nas pessoas que não tem
autorização para se comunicar, então me pediram (é isso mesmo
que tu ouviste, me PEDIRAM, acreditas?) para ser compreensiva e
usar um computador da Terra. Então, eu incorporo no Eden e aciono
o computador dele, embora eu use uma conta minha, pessoal e
fantasmagórica (há, há!), totalmente desvinculada da dele. Mas a
Debbie me ensinou um truque legal: o Eden é um médium muito
sensível, então ela me ensinou a incorporar nele quando ele está
dormindo, eu levanto com o corpo dele, ligo o computador, uso,
desligo, volto para cama, desincorporo e ele nem percebe (rá, rá de
novo). Ah, explicando melhor: D-3 é o que vocês chamam de mundo
material e D-4 é o que vocês chamam de mundo espiritual. São
termos técnicos daqui (estou metida, né?)

Mãe, um médium é um meio de comunicação, então eu preciso do


Eden pra me comunicar contigo e, enquanto ele estiver encarnado,
eu posso me comunicar, depois dele
desencarnar,precisodeoutromédium.Tambémtemachance de, como
tu és meio vidente, a gente se comunicar direto, do jeito que me
viste, pode ser que um dia tu me escutes, quem sabe.

MasjápergunteiejámegarantiramqueNÃOÉPORTEMPO
DETERMINADO, que nós podemos nos comunicar pra sempre. O
que pode acontecer no futuro, com meu desenvolvimento,
éeuficarmuitoocupadaepodermecomunicarmenosvezes, mas não
muito menos, tá? Tu sempre terás notícias minhas, eu juro. Só uma
coisa pode atrapalhar, mas eu tenho certeza que isso não vai
acontecer: é se tu te desviares do caminho do bem. Aí eles cortam
mesmo. Mas com isso eu estou tranquila.

Não gostei dos mil beijos... é muito pouco! Eu continuo gulosa...


Um milhão de beijos! (viu como eu sou mais generosa?)
Amor! Joyce”.
Dia 30 de dezembro de 2002 – 04:18
“Querido Pai,

Tenho uma dúvida e quero que tu me respondas porque a mãe é


muito emocional, tu és mais centrado, pensa com a cabeça mais fria.

Tu achas que eu tenho o direito de ficar enchendo o saco do Eden


pra ficar toda hora recebendo e enviando e-mails? Responde com a
cabeça, não com o coração, tá?

Outra coisa: clica no site do Shtareer e tu vais ver, na primeira


página, a foto dele. É uma entidade maravilhosa que eu conheci e
que vocês vão conhecer também. Ele é super legal, e é a entidade
de mais luz que eu já conheci! O Rodrigo Romo, que aparece no site,
é a pessoa que deu o curso que o Eden, a Debbie e a Patrícia
fizeram aí em Novo Hamburgo. Eu também fiz, mas como ‘ouvinte’ -
ou seria como ‘xereta?’.

Me fala um pouco do teu ‘novo’ trabalho.


Pai, te amo muito, um milhão de beijos, e vê se não vai dar uma
bronca quando tu responder este e-mail, tá? Joyce”.

Dia 31 de dezembro de 2002 – 00h24

Amada Joyce,

Ainda não assimilei bem o funcionamento deste nosso esquema e


confesso que é um pouco confuso para mim receber esta tua
consulta, diante do pouco que sei.
O bom senso me diz que tanto o Eden quanto tu, tem afazeres e
atividades a cumprir. Imagino que entre outras coisas deves estudar,
trabalhar em prol do seu desenvolvimento e preparar-se para
assumir tarefas cada vez maiores no progresso. No caso do Eden,
dentre suas obrigações nesta dimensão estão zelar pelo bem-estar
de seus familiares e seu próprio, o que se faz trabalhando pelo
sustento. Penso que há que se conciliar as disponibilidades de cada
um, o que resultará com certeza em um trabalho mais gratificante
para todos. Gostaríamos que os contatos fossem permanentes,
porém sabemos que não é assim. Suponho que estás autorizada a
trabalhar com o médium para realizar algum tipo de trabalho, e não
apenas para fazer contatos conosco. Assim, em se disciplinando o
seu contato com o médium Eden, não haveria abuso.

Penso que a disciplina, neste caso, será muito boa para todos.

Aproveito para dizer que, na euforia de termos sido contatados por ti


e agora com canal permanente para nos comunicarmos,
comentamos com algumas pessoas - os amigos do nosso grupo e
mais a Kátia. Decidimos, porém, que não vamos divulgar o fato e
somente iremos comentar com estas pessoas quando
especificamente consultados, a não ser que você nos instrua de
outra forma.

O site é muito bom, estou com ele nos “favoritos” do escritório, pois
há muito o que ver.
Encomendei as “fotos” dos Mestres Ascencionados, que vamos
colocar aqui onde a Lu e eu temos nossos altares.

A Lu já nos inscreveu no próximo curso do Rodrigo


Romo.
Te amo muito, e tenho saudades, viu? Não houve bronca!
Milhões de beijos, Pai.

CAPÍTULO 5 OS E-MAILS
E assim várias comunicações foram feitas durante algum tempo.
Exigiu de mim mais experiência quanto ao uso do computador (que
nunca foi o meu forte). Consegui “travar”, “congelar”, deletar o que
não queria, perder informações, etc...

Foi um caos. Tive que aprender rapidamente para tentar dominar a


máquina. Este trabalho sempre fora feito pela Joyce. Agora eu teria
que aprender sozinha. E eu precisava da máquina para poder
comunicar-me com a Joyce.

Tive que pesquisar sobre Shtareer: Engenheiro Sideral, um ser em


equivalência a Jesus Cristo, em outros universos. Esse Mestre e ser
multidimensional, habita realidades além da 35ª dimensão de
consciência . Ele tem desenvolvido diversos trabalhos na
humanidade e dentro do Sistema Solar, desde tempos muito
remotos. A sua energia no passado em Atlântida, foi conhecida como
o Deus THOT, senhor da escrita e da sabedoria, além de muitas
outras atuações além dessa linha temporal. Esse Mestre é membro
do conselho cármico e trabalha em diversos planos, ajudando ao
Mestre Sananda e todos os Kumaras, na operação resgate
consciencial e espiritual das humanidades existentes no orbe
terrestre e do Sistema Solar.

Pesquisei também, sobre Rodrigo Romo: Nascido em Santiago


(Chile), engenheiro químico, autor de vários livros canalizados
através de Shtareer, entidade com quem trabalha sistematicamente
seja

escrevendo ou ministrando cursos diversos sobre técnicas de curas


como o Cura Quântica Magnificada, que é o que faremos em breve a
pedido da Joyce.

Tudo parecia irreal. Como poderia de fato estar acontecendo isto?


Fiquei pensando muito sobre este assunto. Sabemos que espíritos
se fazem presente principalmente através da incorporação. Se eles
podem falar e escrever através de um médium, então também
poderiam escrever via internet. Por que não? A internet não é só
privilégio nosso. Agora já estava mais compreensível. Tinha lógica.

Por alguns dias nós ficamos sem contato, tornando estes dias
intermináveis. Tinha receio de que, repentinamente, tudo pudesse
parar e eu não aguentaria ficar sem a comunicação com minha filha.

Dia 6 de janeiro de 2003 – 18h14


“Mãe,

Tu estás muito preocupada com nada. Eu estou bem. Apenas tenho


muito a estudar (e a trabalhar) e por isso às vezes não tenho tempo
de ficar me comunicando com o plano material. Além disso, dependo
do Eden (não estou conseguindo mandar e-mails para o plano
material (D-3) do plano espiritual (D-4), embora às vezes possa ler
esses e-mails) e ele anda um pouco doente, o que dificulta um pouco
as coisas. Mas não me esqueço de ti nem por um momento.

Eu gosto quando as pessoas ficam conversando no puxadinho do


pai, é um lugar que eu acho que, se tu tentares, depois de uma
pequena concentração me chamando, vais me ver, principalmente se
outras pessoas que eu amo estiverem juntas, em paz e felizes, para
fazer uma ‘corrente’. Mesmo quando eu ‘sumo’ por uns dias, não te
preocupes, eu estou bem,

sempre bem. Eu não tenho podido ficar aí, só dou umas passadinhas
às vezes, então queria te pedir que mandasse notícias de casa
sempre.

Te amo, te adoro! Joyce”

Dia 6 de janeiro de 2003 – 18h14

Querida,

Estou muito feliz contigo. Meu coração está em paz. Não estou
preocupada contigo, pois sei que estás bem e trabalhando. Também
acho injusto sobrecarregar o Éden. Então QUANDO puderes, mande
respostas, sem pressa.

Gostei muito do site do Shtareer que me sugeriste visitar. É muito


interessante.

Já fiz nossa inscrição para fazermos aquele curso em Novo


Hamburgo. Será em maio.Quem sabe nos veremos neste dia???
Estou tentando me disciplinar para conseguir melhores resultados
em minhas meditações.

Avó,ovôeatiaLiaforamparapraia.Elesmandamabraços para ti. A Kátia


está chorosa porque eu disse que não mandaria mais teus e-mail
para ela. Só falo por telefone as novidades.

Paciência... mas também penso que precisamos ter um


poucodesigilo.Quandopuderserautorizado,tupodesenviar direto, não
é mesmo?

Estou com saudades, mas estou bem.


Aguardo notícias...
Com amor,
Mãe.

Por várias vezes fomos chamados à atenção por fazermos perguntas


que evidenciavam como “provas” as respostas, apesar de
recebermos provas involuntariamente. Confesso que varias foram
intencionais.

Vejam:
Dia 9 de janeiro de 2003 – 00h05
“Querida Mãe,

O que eu quis dizer é que eu percebi tua preocupação com a demora


com as minhas respostas, só isso. Me chamaram a atenção porque
eu devo me comunicar segundo e seguindo as regras, o que inclui
não dizer coisas que podem servir de prova pra alguém que não
confia no mundo espiritual e na possibilidade de comunicação entre
D-3 e D-4. Por isso me chamaram atenção que eu tenho falado
coisas que, segundo eles, SÃO provas. Por exemplo, na minha
primeira comunicação (aquela psicografada, em 2001) eu citei que
morava com o vovô Albert, (citei um nome que meu médium
nãoconhecia),jáfaleidopuxadinhodopai(quemeumédium não sabe o
que é) e umas outras coisinhas mais. Mas não te preocupes, não me
deram bronca não (o pai era mais bravo), só me falaram que eles
sabem que eu sou novata e é normal esses escorregões, mas eu
devo cuidar pra não fazer mais. Depois tu me diz se entendeste a
resposta da tua pergunta, se eu te ajudei a decifrar. Também me
orientaram pra evitar,
porenquanto,trazernotíciasdeoutraspessoasdaquideD-4, é pra eu
deixar isso pra pessoas mais experientes, como a Debbie e a
Patrícia.

Mande resposta logo.


Um milhão de beijos.
Te amo. Joyce”.

Dia 9 de janeiro de 2003 – 00h28

“Cara Luiza,

Como você deve ter notado, a Joyce encaminhou cópia do seu e-


mail para minha ciência.
Creio que você entendeu o que ela quis dizer, mas como ela quis me
mandar cópia, me senti na obrigação de, dentro de minha pequena
capacidade, tentar esclarecer algumas coisas. Como tenho o
privilégio de receber incorporações há muitos anos, aprendi,
apanhando, que as entidades espirituais evitam dizer coisas que
possam ser usadas como prova de sua existência.

Por exemplo, em 2001, eu tinha um tio gravemente enfermo,


removido para hospitalização em São Paulo, nós pedimos para a
Patrícia ajudá-lo e, algumas vezes, a Denise perguntava como ele
estava, ao que recebia a resposta de que ela não deveria dar essa
informação, que poderia ser obtida com um simples telefonema.

Em 1998, uma prima minha sofreu um gravíssimo acidente rodoviário


e a Debbie disse, cerca de 20 minutos após o acidente, que ela tinha
que se ausentar para ajudar uma pessoa muito querida que estava
precisando muito, mas que ela não poderia dizer o que estava
acontecendo e que eu receberia essa informação no mesmo dia;
cerca de 5 horas mais tarde, eu recebi um telefonema avisando.

Da mesma forma, a Joyce deve estar sendo orientada, no plano


superior, a evitar a utilização de termos e a citação de pessoas que
eu desconheço, como nos seus próprios exemplos, o avô Albert e
‘puxadinho’, termo que eu não
tenhoamínimaideiadoquesignifica.Euaindaacrescentaria outro
exemplo, que é o próprio nome desse e-mail, termo que eu
desconheço, e uma citação da primeira psicografia

da Joyce, que ‘não quero mais ser uma sereia, porque voar é muito
melhor que nadar’, citação na qual ela se referia a algo que eu
desconhecia.

Aliás, após receber a honra de ser o intermediário de tão linda


relação sem nem mesmo ter feito qualquer coisa para merecê-la,
tenho muita vontade de conhecer melhor a Joyce e volto a pedir, se
você concordar, que você me mande uma cópia de uma foto dela
(espero não estar pedindo demais), assim como gostaria de saber
mais das pessoas que são caras a ela (como o avô Albert e a
senhora sua mãe) e mesmo das brincadeiras dela (como a sereia, o
puxadinho e a boneca - o que são essas coisas?).

Espero ter podido ajudar a esclarecer alguma coisa e espero, agora,


ser esclarecido através de sua resposta (mais uma vez, espero não
estar pedindo demais).

E espero, acima de tudo, que, como disse o John, este privilégio


dessa comunicação esteja sendo de valia para um mais rápido
desenvolvimento não só da Joyce, como também de vocês.

Um grande abraço,
Eden J. S. Ruga Desejo muita Paz e Amor a vocês”.

Dia 11 de janeiro de 2003 – 19h33

Querida Filha,
Estou ficando cada vez mais confusa.

Nós só estamos tocando em alguns nomes por acharmos que nossa


conversa seria em torno de fatos e pessoas em comum, mas se eles
caracterizam evidências de dúvidas, então não falaremos mais.

Somente quando quiseres saber sobre algo ou notícias de alguém, te


responderemos, OK?

Tens que concordar que é um pouco complicado este nosso


relacionamento, pois não temos experiência neste campo. Também
somos novatos, quem sabe vamos aprender juntos.

Também entendo que nossos contatos serão por outros motivos que
ainda não captamos. Então vamos ficar no aguardo dos
acontecimentos.

O Papi está viajando, quando retornar, ele te escreve.

(Por favor, responda no endereço do Papi, pois consegui detonar


minha caixa de entrada ou faça a experiência de enviar para os dois
para ver se meu nome aparece em algum lugar).

Te amo demais.
Um amoroso beijo da tua Mãe

As coisas foram evoluindo tanto para nós como para a Joyce.


Aprendemos muito no decorrer deste tempo. Foi um início de
aprendizado bem diferente e queríamos aprender cada vez mais
para termos ainda mais afinidade com nossa filha.

Ela estava evoluindo a cada dia:


Dia 13 de janeiro de 2003 – 03h11
Mãezinha,

Não fiques confusa! Eu não disse que não podes falar em nomes ou
coisas. Tu falas do que tens vontade e eu vou ficar muito feliz em
ouvir sobre coisas de quando eu estava aí. Eu quero que tu fales!
Apenas te peço que compreendas que, às vezes, pode acontecer de
eu não poder responder certas coisas, e não quero que te magoes
se eu disser que não devo responder. Também não falei de
evidências de dúvidas, mas sim de provas dadas por mim quando
falei de coisas que meu médium desconhecia.

Me explicaram que eles compreendem que isso é um erro comum


entre os recém chegados, mas que com meu desenvolvimento devo
cuidar para não falar em assuntos que meu médium desconheça,
pois eu estaria dando uma prova de minha existência e de minha
comunicação, prova esta que eventualmente poderia cair em mãos
erradas.

Portanto, se tu tiveres a compreensão de não te magoares se eu te


disser que não posso responder uma pergunta ou comentar um
assunto, eu ficarei muito feliz se me falares de coisas e pessoas que
eu convivi.

Estou numa dúvida e gostaria que tu e o pai me aconselhassem: me


falaram pra escolher se eu quero continuar mais um tempo na
Colônia Espiritual de Novo Hamburgo, morando com o vovô Albert,
ou se eu quero mudar para a Colônia de Pirassununga, morar com a
Pat e a Debbie e adiantar meus estudos. O vovô acha que eu não
posso perder essa rara oportunidade de avançar tão rapidamente
nos estudos e consequentemente no meu desenvolvimento, e eu
poderia continuar a visitá-lo sempre. Mas eu sou considerada uma
recém chegada, e foi me dado o direito de curtir mais um pouco
antes de trabalhar duro. Me ajuda a decidir. Estou precisando de
“colinho” de mãe! Se eu for pra Colônia de Pirassununga já, vou
adiantar bastante meu desenvolvimento, e vou estar com duas
amigas muito queridas. Se eu ficar mais um pouco, vou poder curtir o
vovô mais um pouco, e não perco a oportunidade de ir pra Colônia
de Pirassununga mais pra frente.

Tu sabes quanto eu adoro esse avô! Tu te lembras do papo que nós


tivemos logo que ele partiu, que eu chorei muito e tu disseste porque
tanta choradeira se eu nem ligava pra ele. Aí te respondi que eu não
mostro meus sentimentos com as pessoas que eu mais amo, mas
que ele era meu avô mais querido. Lembras? É como a Kátia, eu só
brigava com ela
quandoestávamosjuntas,maseusempreadoreiela,tusabes disso.
Qualquer hora (logo) vão me autorizar a me comunicar com ela.
Aliás, me autorizaram a, excepcionalmente, mandar uma mensagem
pra ela hoje, só porque é segunda-feira, que era o dia que nós nos
comunicávamos quando eu estava aí, espero que ela fique feliz!

Mãe, eu tenho podido passar aí em casa só de vez em quando, e eu


não tenho visto o Papi, ele tem viajado muito?
Mãe, te adoro demais. Responde logo! Joyce”

Dia 15 de janeiro de 2003 – 11h06

Meu amor,

Estou muito orgulhosa de ti. Eu nem sabia que tinha uma colônia
sobre Novo Hamburgo. Em cada cidade tem uma? Que tipo de
trabalho se faz em cada? Não sei se é permitido falar sobre isso,
mas se puderes, fico grata em poder aprender mais um pouco.

Quanto à tua ida para Pirassununga, vou responder por mim, pois o
Papi está numa Feira de Calçados em São Paulo. Quando voltar, ele
pode dar o parecer dele. Mas estas decisões me parecem muito
pessoais. Não posso opinar por ti, porque não sei exatamente o que
tu fazes ou o que irás fazer.
Só posso dizer uma coisa: escuta o que o teu coração diz!
Apesar de saber que o nosso compromisso é o conhecimento e o
crescimento, cada um deve saber quando está pronto para isso. Vou
ficar orando para que tomes a decisão correta e, se puderes dizer
depois qual foi, fico feliz.

Gostei de tua mensagem para a Kátia. Ela ainda não viu porque está
em férias. Mas eu não falei nada, para que ela tenha uma grande
surpresa. E vai ter...

(Ela enviou uma mensagem para Kátia com cópia para nós. Esta
mensagem foi enviada numa segunda-feira como sempre o fizera,
sem nosso conhecimento, durante a aula de informática na escola.
Somente agora tivemos conhecimento deste fato. Era um segredo
entre as duas).

Eu estou um pouco no escritório (agora tem pouco serviço) e um


pouco em casa. Hoje pretendo começar a desmontar nossa árvore
de Natal. Preciso de bastante coragem para iniciar, pois se te
lembras ela é bem grande e tem muitos enfeites.

Aguardo uma resposta. Beijos de quem te ama muito. Mãe

Dia 19 de janeiro de 2003 – 12h12

“Querida Joyce,

Voltei de viagem e fiquei muito contente de ver seus e-mails. Aliás,


agora a gente já vem logo ao computador para ver se há notícias. É
bom demais!!!

Egoisticamente, a ideia seria sugerir ficar por Novo Hamburgo, mas


penso que devemos estar sempre nos aprimorando, para ajudar no
progresso da Terra e, com mais conhecimentos, poder ajudar nossos
semelhantes. Assim, se Pirassununga é o próximo passo, e se isto
representa mais conhecimento e progresso, penso que é isto que
você deve fazer. Tenho certeza de que não te esquecerás de nós,
como não nos esquecemos de ti, e que continuarás, na medida do
possível, a se comunicar conosco.

Agora é a minha vez de perguntar: é mais ou menos de


conhecimento geral, nesta dimensão, que a vida continua em outra
dimensão. As colocações mudam, mas hoje muita gente acredita, de
uma maneira ou outra, na vida espiritual.

Assim gostaria de pedir que esclarecesse porquê você menciona


‘provas da algumas informações, sempre divulgando e maiores
conhecimentos. E ainda há o caso dos médiums entre os quais João
Teixeira, de Abadiânia, ou o James Van Praagh*, para mencionar
apenas dois, e em continentes diferentes, que mostram provas
inequívocas da vida ‘do outro lado’.
existência’ como empecilho para

se os que acreditam trabalham trazendo as pessoas para terem

Pelos livros do Emmanuel**, temos uma ideia de como são as


colônias, mas se puderes, peço que nos diga especificamente como
é a de Novo Hamburgo, qual a principal atividade, e ainda qual o
critério que define para

qual colônia vamos ir ao desencarnar. Por exemplo, o meu pai-vô


Albert, que em sua existência terrena passou por tantos países, em
tantos continentes, e cuja única ligação com a Novo Hamburgo da
terra na nossa dimensão, éramos nós, por que veio aqui?

Você também menciona D3 e D4, algo de que temos conhecimento,


mas parece que há mais dimensões... Seriam D5, D6 etc...? Assim,
quando dizes que a minha mãe ‘está bastante evoluída’, isto significa
que ela está em outra dimensão superior, em outra colônia da Terra
na mesma dimensão (D4), ou em outro planeta?

Pergunto ainda se este tipo de questionamento pode ser feito por


nós, no sentido de ampliar nossos conhecimentos, pois se puderes,
então, com certeza, haverá muitas outras perguntas. Quero frisar
que entendemos bem que não haverá respostas para perguntas que
envolveriam decisões que caberiam a nós no exercício do nosso
livre-arbítrio (assim nem faremos este tipo de pergunta!).

Querida, é muito difícil expressar com palavras a alegria que estas


comunicações nos proporcionam, e o amor que temos por ti.

Mãe Maria te guarde. Fique com Deus.


Pai”
***
*James Van Praagh – Visionário, intuitivo, autor norte-americano de várias obras como
“Conversando com os Espíritos”.
**Emmanuel – Entidade de Luz que canalizou varias obras através do autor espírita
brasileiro Francisco Cândido Xavier.

Um longo período sem respostas calou nossas comunicações.


Ficamos preocupados, mas sabíamos que algo importante estava
acontecendo e teríamos que aguardar os acontecimentos.

Logo agora que nos acostumamos a conferir entradas de


mensagens, no mínimo três vezes ao dia.
Então mantivemos algumas comunicações com Eden para saber
sobre possíveis notícias da Joyce.

Dia 22 de janeiro de 2003 – 20:55

Caros John e Luiza,

Recebi, dia 19 (há 3 dias) cópia do e-mail que vocês enviaram para a
Joyce. Como há já 9 dias que não há manifestação da Joyce,
obviamente ela não pôde responder, então resolvi enviar o presente
e-mail para despreocupálos.

A Joyce, pelo que foi dito pela Patrícia, está numa fase de grandes
decisões e de muito estudo, sendo perfeitamente normal e esperado
que, vez por outra, ela não se manifeste por alguns (para quem está
esperando, muitos) dias, mas isso não significa, de forma alguma,
esquecimento ou ausência, mas sim crescimento dela, que, acredito,
é o que nós mais queremos.

Portanto, não se preocupem, e lembrem-se de que nós estamos


tendo uma oportunidade que pouquíssimas pessoas possuem, e por
mais que ela se ausente por intermináveis dias, ainda temos
infinitamente mais que a imensa maioria da população de nosso
planeta.
Desejo a vocês muito Amor e muita Paz.

Um grande abraço, Eden

Dia 13 de fevereiro de 2003 – 19h58

Eden,

Desculpe pela demora em enviar as fotos da Joyce solicitadas, mas


tive que aguardar alguém que me desse algumas instruções, pois em
computação sou um pouco devagar. Tentei gravar novamente e
espero que desta vez funcione. Se não der certo, por favor, me avise,
pois vou fazer até conseguir.

Como estão todos aí? Espero que bem.

Nós estamos bem, trabalhando bastante e aguardando notícias da


Joyce. Eu acho que, pela demora em responder, ela deve ter
decidido ir estudar em Pirassununga. Penso que vai ser de grande
crescimento este seu próximo trabalho.

Estamos torcendo por ela.


Qualquer coisa, por favor, me avise .
Abraços a todos, Luiza

Obs: Não consegui enviar. Meu computador “entupiu”. Vou tentar


enviar cada foto separada. Se não conseguir, vou fazer amanhã lá do
escritório.
Dia 16 de fevereiro de 2003 – 03h58

“Cara Luiza,

Não tenho tido nenhuma manifestação da Joyce há cerca de um


mês, mas, no mesmo período, também não tive nenhuma
manifestação da Debbie e, embora tenha realizado muitos trabalhos
mediúnicos nesse período, em todos eles foi a Patrícia que se
manifestou.

Curiosos, perguntamos à Patrícia por onde anda a Debbie, que era


bastante assídua nos nossos trabalhos, e ela (a Patrícia) respondeu
que a Debbie está ausente por ter ido acompanhar e orientar a Joyce
em algum tipo de estudo.

Desta forma, diria que está tudo bem, tudo ótimo, a Joyce está
seguramente em fase de crescimento acelerado.

Eu sei que a saudade dói, mas espero que esta notícia seja muito
reconfortante, além do que, acredito que a ausência não se
prolongará muito.

Muita paz e muito amor a você a ao John. Eden”.

Dia 20 de fevereiro de 2003 – 13h20

“John e Luiza,
Recebi (com sucesso) as fotos da Joyce e, desculpem, estou
emocionado.

A Denise, minha esposa, que não conheceu a Joyce neste mundo,


ao ver as fotos se emocionou muito, dizendo que tem “sonhado com
esta menina”, sem saber quem era.

Gente, a emoção é muita e vou deixar para entrar em contato e falar


mais depois, agora não estou em condições.
Muito, muitíssimo obrigado pela gigantesca gentileza.
Muita Paz e Amor. Eden.”

Dia 12 de março de 2003 – 18h04

“Queridos amigos John e Luiza,

Tenho certeza de que vocês estão morrendo de saudades da Joyce,


após dois meses sem manifestação. Como eu já disse num e-mail
anterior, a Debbie deixou de se manifestar na mesma época da
Joyce, embora eu esteja bastante ativo no trabalho mediúnico.

Na verdade, isso me tranquilizou, pois o ‘sumiço’ da Debbie junto


com a Joyce é um forte indicativo de que nada está errado, tratar-se-
ia de algum tipo de missão.

Bem, eu tive duas ótimas notícias:

1) A Joyce e a Debbie estão fazendo um curso na Austrália; creio


que seja motivo de muito orgulho para vocês, pois, segundo a
Patrícia me informou, é um curso avançadíssimo, reservado para
espíritos muito evoluídos e geralmente desencarnados há muito
tempo. Pelo jeito, a sua Joyce está ‘dando show’.

2) O curso está acabando e creio que, muito em breve, vocês


estarão novamente recebendo mensagens de sua querida Joyce...

Um grande abraço, muita paz e muito amor. Eden”.

Dia 13 de março de 2003 – 8h47

Eden,
Agradecemos de todo o coração as informações recebidas.

Foi uma alegria muito grande saber de alguma notícia sobre nossa
Joyce. Apesar de sabermos que estes períodos de afastamento irão
existir sempre, o coração fica muito apertado esperando, a qualquer
momento, uma nova comunicação.

Agradecemos sobremaneira a intermediação de vocês, da Patrícia e


dos superiores, por permitirem que tudo isto esteja acontecendo.

Muito Obrigada.
Um grande abraço a todos Luiza e John
***

Foram dias intermináveis. A espera estava sendo dolorosa. E se ela


não retornasse mais para se comunicar? Apesar de saber e acreditar
que ela voltaria, a dúvida fazia-se presente.

Quanta gente teve a mesma oportunidade que nós tivemos?


Quantas pessoas tiveram comunicação ou notícias de seus amados
que partiram? Quantas pessoas desejariam isso, até mesmo sem
acreditar?

Mesmo que ela não se manifestasse mais, estávamos muito


agradecidos por tudo o que já tinha acontecido. Foi muito além do
que se poderia esperar.

Só tínhamos que agradecer a Deus por toda essa generosidade a


nós concedida.
Mas nossas preces foram ouvidas e os contatos continuaram:
Dia 18 de março de 2003 – 05h44
“Querida mãe,

Todas as cidades, como regra, tem uma colônia espiritual


sobreelas.Nãoésobelas,ésobre,ficaemcimamesmo.Podem ter
exceções, mas a regra é essa. Posso sim falar contigo sobre isso. A
maioria das Colônias, que não são nada mais que cidades,
chamadas de Colônias para não confundir com as cidades físicas, de
D3, tem a principal função de receber os que passam para D4 e
moravam nessa cidade ou tem vínculo com alguém que mora nela,
ou morou nela, ou gosta dela, sei lá... A de Novo Hamburgo é assim.
Tem um grande Hospital pra receber todos os que chegam, tem uma
escola básica para aqueles que já se sentem curados mas estão
muito confusos, tem escolas intermediárias com cursos básicos para
quem está evoluindo, tem escolas especializadas, como que
profissionalizantes pra quem já está preparado prá começar a
trabalhar, tem creches paras as crianças, tem lugar para comer, para
se divertir, tem tudo o que tem numa cidade daí. Normalmente, as
Colônias têm um tamanho proporcional à cidade sobre a qual elas
estão, pois são feitas para abrigar, basicamente, os moradores dessa
cidade. Mas existem exceções. Abadiânia, por exemplo, é uma
grande exceção, a cidade é pequenina, mas a Colônia é enorme,
pois além de abrigar os moradores de lá, é um grande Centro de
Curas, com um gigantesco Hospital e uma das maiores, acho até
que é a maior Faculdade de Medicina Espiritual do Planeta. Vem
gente do mundo inteiro pra estudar lá.

O Papi falou que se meu destino é Pirassununga, então que eu vá.


Não é bem assim. É que aqui eu fiz várias amigas, principalmente a
Debbie, que me levou pra Austrália, a Patrícia, que me deu o lugar
dela, e a Katrinca, que tu não conheces ainda. Elas estão me
ajudando muito a estudar, aprender e crescer, e se eu ficar aqui, vou
ter a oportunidade de morar com elas, aprender cada vez mais e
ainda de ficar perto de
meuaparelho(médium,nalinguagemdosespíritos),oquevai
meajudaradesenvolvermaisrápido.NãoéPirassununga,éo
lugarondeelesestão,entendes?Aindanãoédefinitivo,ainda quero que
tu e o Papi concordem, mas por enquanto estou
poraqui,morandocomaDebbieeaPat(Dra.Patrícia,chique, né?). Tu
pediste e eu já disse.

Gostei que tu me contastes coisas de todo dia, desmontar


aárvore,fériasdaKátia,serviço,horadefazeroalmoço,tudo isso. É bom
lembrar como são as coisas aí.

Tu tens 24 horas pra me responder, tá? (brincadeirinha, hein?).


Te amo, te adoro, estava morrendo de saudades.
Tua Joyce”.
Dia 18 de março de 2003 – 06h15
“Queridos Pai e Mãe,

Primeiro de tudo, quero pedir perdão a ti, pai, e a ti, mãe, por ter
sumido de repente, sem avisar. Logo depois de eu responder o
último e-mail que eu mandei pra ti, fui chamada com uma
oportunidade rara: o Shtareer tinha convidado a Patrícia e a Debbie
para um curso tri avançado na Austrália. A Patrícia pediu ao Shtareer
que autorizasse que eu fosse no lugar dela, e que ela iria mais pra
frente. O Shtareer analisou, disse que me observou e, de última
hora, autorizou. Eu não
tivetempodecontarpravocês,nemdepedirtuaautorização. Perdão, eu
tive, pela primeira vez na vida, que decidir alguma coisa importante
sozinha, e achei que não podia perder a oportunidade.

Mas estou de volta....”

“... Agora vou me comunicar sempre, tá? Prometo. E perdão mesmo


por não ter avisado. Era ir sem avisar ou perder a chance.

Lá foi ótimo, aprendi muitas coisas, conheci muita gente tri legal,
cresci muito. O curso foi basicamente numa nave espacial Siriana da
esquadra do Shtareer e quem tomou conta de nós foi o Oficial
Karashi, que normalmente trabalha com Shtareer na sua nave
Capitânia. Aprendemos sobre a História do Universo e da
Humanidade, sobre os seres inteligentes não humanos, sobre os
humanos não confederados, obsessores, chips, entrantes, ET’s, os
Grandes Mestres Ascensionados, os
AnjoseArcanjos(imaginem,conhecioArcanjoMiguel!),Jesus Cristo,
que, não contém para ninguém, é um príncipe Siriano (me disseram
que eu ainda vou conhecer ele) e muitas outras coisas do tipo.
Também tivemos aulas teóricas e práticas sobre navegação estelar e
pilotagem de espaçonaves. Além
dissotudo,aprendemosReikiEstelareoutrastécnicasdecura física e
espiritual, além de desobsseção. FOI TRI LEGAL!!!!!!!. Agora, vou
mandar este e-mail pra vocês e responder os que estão aqui há já
dois meses, de vocês mesmos. Huuummmm, peeerdããão...
Mãe, te amo!

Pai, te adoro!
Dou 24 horas pra receber respostas.
Amor, amor, amor, amor, amor, amor, amor, amor!
Joyce.”
Dia 18 de março de 2003 – 06h16
“Querido Pai,

Eu sim estou respondendo com atraso, mas espero que tu tenhas


me perdoado com a explicação no último e-mail. E agora podes
começar a ir sempre ao computador de novo, que eu voltei para ficar.

Como eu expliquei pra Mamãe, Pirassununga não tem que


seropróximopasso.Apenasfizgrandesamigasquemoramlá e, além de
poder morar com elas, posso aprender muito com elas, e acelerar o
meu progresso. E isto não me afastaria de ti e da mamãe, pois da
Colônia de Pirassununga até a Cidade de Novo Hamburgo, até
nossa casa (posso chamar de nossa ainda?), são poucos segundos
de viagem.

Fico orgulhosa e com vergonha quando tu me pedes para te ensinar


alguma coisa (que não seja computador, é lógico!). Mas, se tu pedes
e me consentes ter a pretensão de te ensinar, vamos lá:

1) Tu falas em provas espirituais dadas por grandes médiuns. Não é


bem assim. Se tu analisares, por exemplo, Abadiânia, em 99,9% dos
casos não há provas. A pessoa vai doente e volta curada, mas não
há provas. Muitos cientistas tentam, há anos, provar e não
conseguem. Há evidências, não provas. E, mesmo as evidências,
são dadas por Mestres Espirituais como os de Abadiânia num grande
e experiente médium, como o Sr. João Teixeira de Faria, e ainda
num grande centro de curas. E sem provas. Quando tu perguntas
muito, buscando uma resposta que te interessa, mas poderia ser
uma prova, o Dr. Augusto de Almeida geralmente diz “perguntes
menos e confies mais”, certo?
2) A colônia de Novo Hamburgo eu descrevi no e-mail pra mamãe,
espero que tu não te importes de ler lá.

3) O Vovô Albert nunca me disse, mas acho que a principal razão


dele ter ficado em Novo Hamburgo éramos nós, principalmente eu,
que, eu acho, ele já sabia que partiria logo. Mas não tenho certeza,
toda vez que eu perguntei, ele me enrolou, tu o conheces, sabes
como é difícil arrancar coisas dele quando ele não quer.

4) A vovó está bastante evoluída, trabalhando pelo mundo afora,

mas ainda em D4 e neste planeta. Para tu teres uma ideia, os


Mestres de Abadiânia estão em D5. Mas Mestres, são só aqueles
que incorporam no médium João, os milhares que trabalham lá
desincorporados, atendendo as pessoas no salão, na cirurgia, na
sala de recuperação, etc., estão ainda em D4.

5) Tupodesperguntaroquequiseres,desdequenãote magoes se algum


dia eu te disser: isto eu não posso responder.

6) Tu podes perguntar também o que envolve decisões com uso de


teu livre arbítrio, pois teu livre arbítrio pode te levar a decidir que tu te
devas aconselhar com alguém, quem quer que seja.

E te lembres que a morte não existe, estou viva, apenas em outra


dimensão e continuo sendo a mesma Joyce que sempre fui, apenas
estou aprendendo mais a cada dia, como também estaria se
estivesse aí em D3.

Papi, te amo muito. Responde logo. Tua Joyce.”

Dia 18 de março de 2003 – 10h38

Querida e adorada filha,

Estou muito emocionada com o teu regresso (Apesar de ter sonhado


esta noite, que meu espírito estava chorando de saudades por ti). Foi
muito estranho, mas “vi” meu espírito chorando. Será que era real?

Bem, mas EU não estou chorando. Estou muito feliz por estarmos
novamente em contato.
Fizeste uma viagem maravilhosa, hein?
Como é feita esta viagem? Acho que aí não tem avião, não é? Como
consegues vir a Novo Hamburgo em segundos?

E o curso na Austrália, é tipo os nossos daqui com anotações em


cadernos? Parecem perguntas infantis, mas tenho curiosidade em
saber.

Os assuntos abordados no curso são valiosíssimos.

É tudo aquilo que buscamos saber aqui também, só que parece tão
distante e, às vezes, irreal. Todos os nomes e aspectos
mencionados, são familiares. Parece que realmente continuamos
juntos, somente em lugares diferentes. Isto é maravilhoso! Muitas
vezes recebemos e-mails com

mensagens de Mestres Ascencionados e do próprio arcanjo Miguel


(claro, todos canalizados), com textos lindos e instrutivos.

Como te sentiste numa nave? Lembras que morrias de medo de


disco voador? Ou da possibilidade de ser resgatada por um deles? É
estranho como as coisas acontecem...

Estou curiosa para conhecer Katrinca. Mas agradeço a ela, à Debbie


e à Patrícia por estarem te ajudando. Agradeça a elas, por favor.

Tu podes falar um pouco do teu trabalho de agora? Como vais


aplicar todo este conhecimento adquirido?

Filha, eu te amo muito. Na verdade, eu gostaria de estar aí contigo


pois sinto muito a tua falta. Espero que nossas conversas possam
amenizar bastante esta saudade.
Quero te fazer mais uma pergunta: Recebi um convite
parairàERKS,naArgentina,nocomeçodeabril(naPáscoa), mas como
estou inscrita para fazer o curso do Rodrigo Romo, em maio, estou
em dúvida se devo participar dos dois eventos ou se o curso do
Rodrigo é suficiente. Se não souberes a resposta, quem sabe
alguém aí poderia ajudar?

Bem, agora vou ligar para a vó dando as boas notícias. Ela também
está com muitas saudades!
Ah...oPapiaindanãoviuose-mails.Sópoderáresponder à noite.
Beijos, beijos, beijos... Mãe.

Dia 19 de março de 2003 – 22h42

Querida Joyce,
Li todos os e-mails e respostas que mandastes!!!
Que bom que pudeste voltar.

Estávamos sentindo sua falta... eu já nem sentava mais em frente ao


computador, pois parecia que faltava algo. É mesmo muito bom
saber o que estiveste fazendo e como são as coisas por aí.

Aparentemente, os negócios estão evoluindo bem e trabalhamos


para que isto aconteça. Já temos três clientes, penso que logo
vamos poder ter uma certa independência. Aí vamos buscar alguma
atividade através da qual poderemos ser úteis a outras pessoas.

Viste os e-mails da Mamãe sobre São Chico e a verdade é que cada


vez que vamos para lá, voltamos nos sentindo muito leve e bem. A
energia do lugar parece ser muito boa. Assim veio a ideia de termos
uma casa por lá e nos mudarmos em definitivo, mantendo o trabalho
em Novo Hamburgo. O que pensas sobre esta possibilidade?

Agradeço as respostas enviadas, e os ensinamentos que pudemos


colher dos e-mails que mandas.
Que bom que vamos nos comunicar com regularidade, mas tua
ausência só fez ser ainda melhor o sabor da volta...
Te amamos muito, muito mesmo,

Beijos,
Papi
Dia 20 de março de 2003 – 05h52
“Querida Mãe,
Que bom que tu respondeste tão rápido.
A viagem foi realmente maravilhosa, e muito proveitosa. Aprendi
muito.

Tu te enganas. Embora nós possamos voar, existem meios de


transporte em D4. Leia o livro ‘Violetas na Janela’ que tu vais ver
alguma coisa sobre isso. Só que no livro ela camufla um pouco a
realidade, pois os moradores de D3 não estão preparados para o
choque de saber que D4 é tão parecido com D3. De verdade,
usamos muito mais conduções do que aparenta no livro dela. Nós
podemos voar, mas para nós, voar
écomoandarparati,tomatempoe,pode-sedizer,quecansa um pouco,
pelo menos, quando se voa alguns milhares de quilômetros. Eu
chego aí em segundos, usando veículos que são plasmados aqui em
D4. Se for ‘a pé’ (voando), demoro alguns minutos e chego meio
esgotada, além do que, como sou muito inexperiente, posso me
perder por aí.

Nós continuamos juntas, e nem em lugares diferentes, só


emdimensõesdiferentes.Muitasvezes,euestouaídoteulado. Tu já me
viste...

No curso, não precisamos fazer nenhuma anotação, usamos todo o


nosso tempo para prestar atenção, perguntar, pensar, concluir e
coisas assim. Tudo que vemos é gravado, por um processo muito
mais sofisticado que os de D3, assim, se precisarmos consultar uma
anotação de aula, é só consultar nosso computador, está tudo lá. E
não são perguntas infantis, eu adoro poder te falar sobre minha vida
em D4.
A nave é uma coisa emocionante. Ela não é de D4, é de uma
dimensão muito superior, eu nem sei qual, e foi trazida para D4 só
para gente estudar. É emocionante. Muito bonita, muito grande,
muito moderna, “tri legal”. E eu continuo com medo de disco voador,
mas só se for de algum draconiano. Tu vais aprender sobre os
draconianos, são um povo inteligente, com alta tecnologia, mas não
são humanos, são répteis inimigos dos humanos. Existem uns
poucos na Terra, mas Shtareer nos protege contra eles.

Tu ainda vais conhecer a Katrinca. Ela é legal.

O meu trabalho, eu ainda tenho que tomar umas decisões, e vou me


aconselhar contigo e com o Papi. Me disseram que
eutenhojeitoparatrabalharcomcura.Nessecurso,haviaum módulo
grande sobre cura, onde aprendi muita coisa, inclusive Reiki e
técnicas de cura estelar. Mas também disseram que, se eu quiser,
posso fazer um curso na Casa do Escritor para psicografar livros. Eu
não sei, mandar mensagens para a humanidade é tão lindo, mas
curas sempre foram meu, sei lá,
meufraco.Alémdisso,emboraeuestejaaprendendobastante, acho que
escrevo muito mal, sei lá. Vou querer conselho, mas ainda tenho
tempo para decidir. Acho que, por enquanto, estou preferindo as
curas. Quem sabe, quando tu fizeres o curso com Shtareer, eu possa
até trabalhar contigo. Sei lá, aprendemos tanto, que são muitas
possibilidades de trabalho além das que eu falei. Posso trabalhar
com recém chegados (pessoas que acabaram de desencarnar), que
também é um trabalho lindo; posso trabalhar num Hospital Espiritual
numa Colônia, só que eu ficaria mais distante da Terra e de vocês;
posso trabalhar com crianças desencarnadas, tem muitas coisas.
Como a Pat me disse, os horizontes estão se abrindo para mim.

Mãe,ocursodoRodrigocomoShtareeréótimoesuficiente para um
grande crescimento espiritual, mas tudo que se faz para crescer
espiritualmente sempre ajuda, então se tiveres vontade de ir à
ERKS, não passes vontade. Te garanto que, se não for necessário
(eu acho que o curso do Rodrigo e do Shtareer é suficiente), acho
que não vai atrapalhar, só pode ajudar. Em todo caso, me fale mais
do curso, que eu vou tentar conversar com a Pat e a Debbie sobre
isso, para ver o que elas acham.

Já recebi o e-mail do Papi e vou responder daqui a pouco.

QUERIDA MAMÃE, PELO AMOR DE DEUS, NUNCA MAIS DIGAS


QUE QUERIAS ESTAR AQUI COMIGO. A MINHA HORA CHEGOU,
A TUA NÃO. SÓ POSSO SER FELIZ SE TU LUTARES COM
TODAS AS TUAS FORÇAS PARA QUE TUA PERMANÊNCIA AÍ
SEJA A MAIS LONGA, A MAIS SAUDÁVEL E A MAIS FELIZ
POSSÍVEL.

Teamo,teamo,teamo.VouescreverproPapiagora,quejá são 5h48 da


manhã e eu preciso levar meu aparelho de volta para a cama, antes
que ele acorde e perceba que eu ‘roubei’ o corpo dele da cama.

Um milhão de beijos.
Tua Joyce”
Dia 20 de março de 2003 – 06h08
“Querido Papi,
Esse ‘Papi’ me custou outro puxão de orelhas, mas agora que o meu
aparelho já sabe, estou autorizada a continuar.
Podes voltar para o computador, que agora eu vou te dar um
trabalhão.

Tu falas nos negócios indo cada vez melhor e falas em mudar para
São Chico e manter o trabalho em Novo Hamburgo. Não vai ficar
meio difícil, Papi? Qual a distância exata de São Chico a Novo
Hamburgo? Quanto

tempo tu levarias de carro num horário de movimento, por exemplo,


2ª feira de manhã, lá pelas 8 horas?

Eu acho que se tu te sentes bem lá e a mãe também, é uma boa


mudar, mas vale a pena discutir e pensar mais um pouco. Será que
está na hora? Será que não é melhor esperar os negócios crescerem
mais?

Me fala um pouco sobre esse teu novo negócio. É melhor que o


outro? Pelo menos eu prefiro tu vendendo sapatos que aquelas
outras coisas violentas (há, há, há).

Quero te propor que tu e a mãe, mais para frente um pouco


(nãojá,queeunãoestoupreparada),marquemumdiaeuma hora da
semana para se reunirem no teu puxadinho e se concentrarem, que
eu pretendo fazer vocês me sentirem, ou até me verem. Pensem
nisso, conversem e digam se querem. Se quiserem, sugiram um dia
da semana e um horário. Mas não é para já, eu tenho que me
preparar.

Papi, são 6h02 da manhã e eu tenho que levar o Eden pra cama,
antes que, como eu disse para mãe, ele acorde e perceba que eu
‘roubei’ seu corpo da cama (de novo!). Brincadeirinha, ele não fica
bravo, mas eu me sinto responsável, porque depois ele fica cansado
o dia inteiro.

Papi, te amo de montão. Beijão. Joyce.”

Dia 20 de março de 2003 – 19h02

Minha querida filha,

Desculpe minha fraqueza. Às vezes, eu deveria pensar um pouco


mais antes de falar ou escrever. É que os sentimentos falam mais
alto. Desculpe. Prometo me comportar e me

preparar para cumprir com o que vim fazer aqui nesta dimensão (viu,
já aprendi).

Estou muito feliz de podermos nos comunicar desta maneira, quando


tantos outros não têm este privilégio. Obrigada por seres tão especial
e permitir que isto aconteça.
Que ótimo saber das tantas oportunidades que tens para trabalhar.
No momento certo, sei que saberás escolher o melhor para ti e teu
crescimento. O Reiki parece ser algo que já está em ti. Lembras
quando fizemos o nível I e durante as práticas eu ficava te cuidando,
pois pensava que fazias tudo muito rápido só para terminar logo?
Agora sei que isto já estava em ti. Também quando eu fiz o nível II,
senti nitidamente a tua presença ao meu lado, como se
estivéssemos fazendo juntas. Foi uma sensação muito boa. Às
vezes, tenho a impressão de que um dia poderemos trabalhar juntas.
Quem sabe, não é? Mas sei que tenho que me esforçar bastante
para merecer isto.

ERKS é um portal muito importante onde encontram-se intraterrenos


e discos voadores. Dizem que é muito especial e onde se faz uma
abertura para este mundo. Assim como AURORA no Uruguai
(lembra quando fomos com o grupo da

Silvia - onde encontra-se o Padre Pio?) Tenho que decidir hoje se


vou ou não. Na hora vejo minha inspiração.
A vó, o vô a tia Lia te mandam abraços. Eles estão com muitas
saudades de ti.
Espero nos vermos em breve.
Um grandioso beijo Da tua Mãe
Dia 21 de março de 2003 – 04h53
“Querida Mamãe,
Não te desculpes.

Mas o que eu quero não é que penses mais antes de falar ou


escrever, o que tu pensas, tu deves falar, essa é uma regra em D4, e
deveria ser também em D3.

Mas o que eu quero é que tu NÃO PENSES, NUNCA, nessas


besteiras.

Quando tu fizeres o curso com Shtareer (ou seja, com o


Rodrigo),tuvaisverqueo‘nosso’Reiki1eoteuReiki2sãosó o Jardim de
Infância.
Eu não pude passar em casa hoje e não sei o que tu
decidistesobreERKS,massetufores,cuidadosteuscontatos com
intraterrenos. Encontrei alguns deles e não gostei. Me dá a data e o
local exato, que eu vou te acompanhar e pedir
paraaDebbieirjuntoparateprotegerdequalquercoisa.Mas como fonte
de conhecimento, é muito bom. Se tu decidistes ir, não voltes atrás,
aprenderás muito. Só, cuidado.

Mãe, tu já mereces, se não, não estarias recebendo esta mensagem,


mas tu precisas lapidar tua mediunidade para te tornares mais
sensível e receptiva. Isto não é caso de merecimento, mas de
estudo, treino e dedicação. Será que eu sou motivo suficiente para tu
te dedicares? O Eden é maravilhoso, me ajuda muito, está me
abrindo o caminho para um trabalho mais sério, está me dando a
oportunidade quetodosemD4rezamparareceber,são4horasdamanhãe
eu estou aqui usando o corpo dele (eu sempre roubo o corpo dele
enquanto ele dorme, mas ele nunca ficou bravo, viu que legal?
Pareceafilharoubandoocarrodopai,né?).Asmeninas (Debbie, Pat e
Katrinca) são maravilhosas, mas eu não desisti de conseguir um
contato maior contigo e com o Papi (sem deixar, enquanto for
permitido, de trabalhar com o Eden).

Não sei por quê, mas não me lembro direito de Aurora. Quando
tiveres um tempo, escrevas um pouco sobre lá para eu me lembrar.
Quando foi essa viagem?

Como tu vês, aqui em D4 as coisas não mudam muito de D3, a gente


até se esquece das coisas...
Hoje vou arriscar levar um puxão de orelhas bem dado:
MANDA UM BEIJÃO PARA A VÓ HEDI, PARA O VÔ ALFREDO E
PRA TIA LIA, E DIZ QUE EU AMO TODOS ELES DE MONTÃO.
Mostra este e-mail para eles não dizerem que é conversa tua, tá?
(Ai, minha orelha!)

E, já que eu vou levar puxões de orelha mesmo, aproveita e, se


puderes, diz pra mana Kátia que EU A AMO DE MONTÃO TAMBÉM
(apesar das nossas brigas, que ela sempre provocava!)
Mãezinha querida, te amo muito. Te cuida bem prá mim. Beijos mil.
Tua Joyce. Dia 21 de março de 2003 – 04h53
“Querido Papi,

Se tu te sentes bem mudando para São Chico, e a mamãe também,


acho que tu tens mais é que viabilizar isso. Só acho que não pode
ser de susto. Tu tens que cuidar para não se arrepender. Tu tens que
pensar muito sobre ter que viajar cada vez que precisares ir ao
trabalho. E a nossa casa? (Eu ainda posso chamar de nossa?) Tu
vais mantê-la montada ou vais mudar mesmo?

Se me permitires o atrevimento, vou te ajudar a atingir um ponto de


poderes para se comunicar comigo, mas te previno que teu stress,
muito trabalho, muitas viagens e preocupações, vão, provavelmente
fazer com que demores mais que a mamãe pra conseguir algo bem
concreto. Mas, tenho certeza de que nós, juntos, chegaremos lá. Te
prepares, ainda vou te dar um susto.

Beijos,
Gasparzinha, a fantasminha camarada”
Dia 21 de março de 2003 – 05:05
“Pai e Mãe,

Eu fiquei quase uma hora tentando enviar os outros e-mails pela


minha conta nova e dava sempre mensagem de erro. Aí eu tentei a
conta velha e, por incrível que pareça, demorou muito mais do que
tem demorado a nova, mas pelo menos foi. Quando me
responderem, mandem para a conta nova, tá? Estou mandando
cópia para o Eden porque assim, quando acordar, ele liga pro
servidor e manda verificar o que está acontecendo. Afinal, é uma
conta paga, ao contrário da outra, e ele (nós) temos certos direitos,
né?

Beijão de novo Joyce.”

Dia 21 de março de 2003 – 15h53


“Caros John e Luiza,

Recebi esta cópia da mensagem da Joyce e já entrei em contato


com o servidor. Parece que, durante a madrugada, houve um pico de
energia elétrica que fez com que queimasse alguns equipamentos de
transmissão de mensagens e o problema só foi corrigido pela
manhã.

Agora está tudo ok, funcionando normalmente, e vocês podem enviar


suas mensagens diretamente para a conta dela, que deve chegar
normalmente.

Estou, como médium, impressionado com o progresso fantástico de


tua filha. A Joyce está, no bom sentido, mudada, mais madura, mais
‘lisa’, mais forte. Acredito que, em breve, ela estará fazendo
trabalhos excelentes.

Tudo isso mantendo a simpatia, o jeito brincalhão e, acima de tudo, a


gigantesca amorosidade quando fala de vocês.

Vocês devem se orgulhar muito da filha que tem.


Muito amor, muita paz e um grande abraço. Eden.”

Dia 21 de março de 2003 – 22h26

Querida Joyce,

Decidi que não vou para ERKS, pois acho que não é o momento.
Além disso, tem que se cuidar com quem se vai, porque lá também
existem forças involutivas. Como eu ainda não sei identificar isso e o
grupo que me convidou é novo, ou seja, ainda não conheço as
pessoas direito, achei melhor deixar para outra oportunidade.
Obrigada por tua ajuda, mesmo assim.

Quanto à Aurora, é um lugar (ou portal) de curas e fica no Uruguai.


Tem um santuário do Padre Pio com as suas chagas. Estivemos lá
há mais ou menos 3 anos com a Silvia e o grupo.
Percebo que vários fatos de tua existência não lembras mais. Isto é
normal? Quer dizer que, quando partimos daqui esquecemos das
coisas, dos amigos, etc.?

Porque consideras “um puxão de orelhas” o fato de mandar beijos


para os avós, tia e irmã? Isto me parece muito estranho. Tu tens
limites do que falar e com quem, inclusive familiares?

Estas perguntas são apenas por curiosidade e não críticas, OK?

Agora mais uma ajuda: Como posso me preparar melhor ou “lapidar”


como dizes, a minha mediunidade? Não sei exatamente como posso
acelerar este processo. Eu acho que sou muito “lerda” para estas
coisas. Se puderes me dar algumas dicas, agradeço.
Neste final de semana vamos novamente para São Chico.

Por favor, não fiques magoada, porque vamos responder os e-mails


com atraso. Se quiseres nos visitar lá, estaremos passeando e
visitando o Bueno e a Liane no Oráculo dos Anjos. Sempre gostavas
de ir junto, te lembras?

Todos ficaram muito felizes com teus abraços e beijos. Quando


puderes novamente dizer algo para a vó, o vô, a tia Lia e a Kátia, por
favor o faças, pois eles se alegram muito.

Mil beijos da tua Mãe

Dia 26 de março de 2003 – 13:10


“Querida Mãezinha,

Tu disseste que irias responder com atraso por causa da viagem e tu


voltaste antes de eu responder. Quero que tu entendas que não
espero e nem quero que mudem nenhum plano, de passeio ou de
trabalho, por minha causa, para poder me responder um e-mail. Eu
também vou, muitas vezes, atrasar para responder teus e-mails por
causa de meu trabalho ou estudo, ou até por causa dos
compromissos do Eden, que viajou esta semana, por exemplo.
Mas vamos às tuas perguntas:

SetudecidistenãoiràERKS,tuaintuiçãoteorientou.Tujá estás lapidando


tua mediunidade aí, ao deixar que tua mente ouça tua intuição, que,
na verdade, já é o que nós chamamos mediunidade intuitiva, aquela
em que o médium ouve seus mentores espirituais sem incorporação,
por uma espécie de comunicação telepática, que, muitas vezes, o
médium nem sabe que está acontecendo, pensa que a ideia é dele.
É o que acontece muito com as equipes espirituais que trabalham
em Hospitais da Terra: muitas vezes eles orientam um médico a
tomar uma decisão, fazer um diagnóstico, receitar um remédio ou
pedir um exame e o médico não percebe, acha que a ideia é dele,
pensa ‘que boa ideia EU tive, não sei como fui pensar nisso’.
Àsvezes,essemédiconemacreditaemespiritualismo,àsvezes é até
ateu, mas é médium e não sabe, e recebe orientações para ajudar os
outros. Os trabalhadores espirituais que fizeram isso não querem os
créditos, querem apenas ajudar e deixam o crédito para o médico.
‘Não saiba a tua mão esquerda o que faz tua direita, ou tu já estarás
pago pelo bem que fizestes’. Mas quando tu tens mediunidade
intuitiva e és espiritualista e começas a aprender a reconhecer o que
é tua ideia e o que te puseram na cabeça, tu estás lapidando e
desenvolvendo tua mediunidade. Daí a conseguir receber uma
incorporação, é um passo. Um passo grande, mas um passo.

Quando partimos da Terra, ou melhor, de D3, não esquecemos de


nossa vida, pelo contrário, muitos nem
percebemquedesencarnarameficamvagandopelasuperfície do
Planeta por anos, até por séculos. Se tu olhares direito no meu e-
mail anterior, verás que o que eu disse é que não me
lembroDIREITOdeAurora,queriaquemeajudassesalembrar de
detalhes. Do que escreveste, eu só não me lembrava que
tínhamosidocomaSílvia,asoutrascoisasquedisseste(éum lugar ou
portal de curas e fica no Uruguai; tem um santuário do Padre Pio
com as suas chagas) eu me lembrava, mas dos detalhes eu não me
lembro. E acho que faz mais de três anos que nós fomos lá. Com o
tempo, vou lembrando de coisas que agora não lembro. Tu também
disseste que eu me esqueci de pessoas. De quem? Minha primeira
preocupação foi com a vovó, que não aceitava e vivia indo naquele
lugar que ela pensava que eu estava...

Uma coisa engraçada, quando a gente sai de D3, e aí tu tens razão,


é que parece um sonho, as coisas ficam meio confusas em relação à
vida material, o tempo fica confuso, parece que o tempo aqui passa
diferente, a gente tem dificuldade de perceber quanto tempo passou,
quando estamos esperando alguma coisa. Como no fim do ano, que
eu mandei meus primeiros e-mails e estava esperando a resposta,
horas parecem anos, quando a gente está ocupada com um
trabalho, um estudo ou uma missão, anos parecem horas. Algumas
pessoas de pouca luz, desencarnam e vagam por séculos sem
perceber que desencarnaram ou que o tempo passou, é engraçado.
Na verdade, muitos de teus sonhos (e de todo mundo) não são
sonhos, são pequenas fugidas que a gente dá para o mundo
espiritual, pequenas aventuras em D4, e tu sabes como a gente se
lembra dos sonhos, às vezes claramente - com detalhes - e às
vezes, de forma confusa. Mas não deixa de ser bom, certo?

Mãezinha, tu me agradeceste pela ajuda. Nunca me agradeça por


nada, eu é que tenho que te agradecer, e ao Papi, por tudo que
fizeram, por terem me acolhido quando eu tive de reencarnar como
tua filha, por todo o carinho que sempre me deste, pela educação e
evolução espiritual que também me deste, por teres sido forte
quando eu tive de partir, o que me ajudou a não sofrer, e agora
porque cada oportunidade que tenho de me comunicar contigo é
uma oportunidade de matar saudades, e principalmente de evoluir.
Nós evoluímos ajudando o próximo e eu já vi muitas entidades (não
gosto de ser chamada assim...continuo me sentindo gente, sou
Joyce!) evoluídas, em trabalhos mediúnicos, ao ouvirem de um
encarnado um muito obrigado, responderem: filho, eu é que tenho
que te dizer muito obrigado porque, cada vez que tu me permites te
ajudar, é mais um degrau que eu subo na minha evolução. Essa lição
eu aprendi. Muito obrigada, mãezinha, por me deixar te ajudar e
subir mais um degrauzinho de minha escada.
Quanto ao puxão de orelhas que tu disseste, sim, eu tenho
limitesdoquefalarecomquem,PRINCIPALMENTEfamiliares, amigos e
pessoas que me conheceram na Terra. E todos aqui tem esses
limites. Tu podes notar que pouquíssimas pessoas, mesmo quando
são espíritas praticantes, se comunicam com familiares ou amigos
que já partiram. Eu ainda sei muito pouco, sou considerada uma
novata por aqui e sei que tenho muito a aprender, então muitas
vezes não consigo
compreendermuitobemosmotivosdasregras,masseiquejá ouvi
pessoas experientes por aqui dizendo que comunicação com
familiares ou amigos pode ser perigoso ou prejudicial para o
encarnado que recebe a comunicação. O Eden, por exemplo, é
médium e nunca se comunicou nem com o pai nem com a mãe dele,
depois que partiram de D3. Por isso eu me considero uma felizarda
de ter pais tão merecedores que
mepermitiramafelicidadedeserautorizadaamecomunicar. São méritos
teu e do Papi, e me trazem felicidade. Mais uma vez, muito obrigada,
pois teus méritos me permitiram não sentir tantas saudades!

Mas, de vez em quando, talvez eles me deixem fazer alguma


comunicação com outras pessoas da família.
Por falar nisso, dia 18 eu mandei um e-mail para Katia perguntando
do serviço novo que ela falou que tinha, dos problemas do Miguel
que ela também falou (até ofereci para procurar ajuda) e da Letícia
(mandei cópia desse e-mail, não sei se para ti ou para o Papi), e não
recebi resposta. Tu sabes de algo?

Quando falei de regras, que às vezes não compreendo, a gente vai


aprendendo, né? Outro dia o Papi perguntou sobre a proibição das
provas da vida e da comunicação espiritual, citou Abadiânia como
prova, e eu expliquei que não há provas, que eles sempre falam
coisas genéricas que não provam nada, se tu perguntas alguma
coisa que queres saber, mesmo sem estar buscando provas, se a
resposta é uma prova, te respondem ‘confies mais e perguntes
menos’, como nós já vimos acontecer em Abadiânia. Hoje eu posso
te explicar algo mais que aprendi e entendi. O livre arbítrio é
considerado um dos principais fatores de evolução humana. Só com
o exercício do livre arbítrio, o homem pode realmente evoluir, e se tu
dás provas, e aqui, quando eu digo provas, eu me refiro a provas
incontestáveis (científicas), da existência de um mundo espiritual, da
comunicação com espíritos - tu tiras, da humanidade toda, um dos
principais alvos do livre arbítrio: o de escolher uma fé, uma filosofia,
uma religião, ou até o ateísmo, pois, se fosse cientificamente
provada a comunicação com espíritos, isso destruiria todas as
religiões que não acreditam nisso, que são muitas, destruiria,
também, o ateísmo. E tu perguntarias: mas isso não seria bom? E eu
responderia: seria ótimo, se acontecesse por mérito da humanidade
e através de seu livre arbítrio, não por imposição de uma prova
científica. O ateísmo e as diversas religiões são como os diversos
graus de nossa escola, desde o maternal, jardim da infância, pré,
ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, especialização,
mestrado, doutorado, pósdoutorado (a Pat me ajudou nesse
pedaço...) (e ficou brava porque eu dei o mérito para ela) (e ficou
mais brava ainda porque eu contei) (e desistiu de ficar brava porque
viu que comigo ninguém pode...) e cada um tem que usar seu livre
arbítrio para progredir rápido ou devagar nesses ‘estudos’,
semprovas,sóatravésdafé.Opós-doutorado,naTerra,seria uma
Filosofia Espiritualista Ecumênica Arreligiosa.

Mãe, isto não é mais um e-mail, é um livro. Se me deixam, fico


falando contigo por anos. Afinal, eu já disse que o tempo aqui é meio
confuso, né?

BEIJÃO. MANDA BEIJÃO PARA O PAPI. Tua Joyce.”

Dia 26 de março de 2003 – 22h36

Amada filha,
Realmente, se continuares a falar deste jeito, vais acabar
escrevendo um livro.
Estou imprimindo todos os nossos e-mails e fiz uma pasta contendo
todos os assuntos. Quem sabe mais tarde, se for autorizado,
faremos um diário ou livro? Por enquanto, são lembranças lindas.

Gostei muito de todas as explicações que deste.

Estou aprendendo bastante e também confirmando vários


conhecimentos já adquiridos anteriormente. E engraçado:
conhecemos, neste final de semana, lá em São Chico, um pessoal
que faz um trabalho muito bonito e diferente. Fomos conhecer o local
onde eles trabalham e tem tudo a ver com o que falaste hoje:
FILOSOFIA ESPIRITUALISTA ECUMÊNICA ARRELIGIOSA. O
Paulo, a Bea, o Papi e eu chegamos à conclusão de que é desta
maneira que devemos direcionar nossos trabalhos. É assim que este
grupo trabalha, sem vínculos, atendendo todas as crenças e
aplicando curas através da doação pura e do amor. Eu penso que
este é o futuro, sem rótulos e nomes. Apenas sentimentos de
solidariedade e amor. Seria isso possível? Às vezes fico em dúvidas
quando vejo a guerra na TV, como agora os Estados Unidos
atacando o Iraque. Quantos inocentes estão sendo mortos por
ganância de poder de outros. É absurdo presenciar isto praticamente
AO VIVO quando tantos outros estão se voltando para o lado
espiritual. Parecem dois mundos muito diferentes, não achas?

Quanto a Kátia, não sei o que houve, mas amanhã


prometoligarparaveroqueestáacontecendo.Comcerteza, ela está
viajando a trabalho. Graças a Deus (e à ela), o seu trabalho está indo
muito bem. Ela já ganhou até promoção de cargo (e acho que de
salário também).

Não sei se vai dar tempo, mas o que achas de nos encontrarmos
amanhã à noite as 21h00 no nosso puxadinho? Se for possível e
estiveres preparada, por favor, avise.

O Papi está muito cansado, te manda um beijo muito grande e avisa


que vai te escrever amanhã.
Um super beijo de quem te amo muito...
Mãe

Dia 28 de março de 2003 – 01:22


“Querida Mãezinha,

Estou preparada. Hoje, 28 de março, sexta-feira, a partir das 20


horas, estarei no puxadinho, provavelmente com uma das meninas
(acho que a Debbie) preparando o ambiente para te receber e ao
Papi, às 21 horas. Não se preocupem em chegar antes deste
horário, eu preciso desse tempo com a Debbie para trabalhar as
energias e tentar fazer desse contato algo mais sensível e mais
proveitoso. Quero pedir uma coisa: Arrumei um grande amigo aqui
deste lado que vai me ajudar. Pra isso, quero pedir que, se
conseguires, tenhas uma imagem de São Francisco (pode ser
impressa, tipo santinho, ou estátua, não importa), coloques essa
imagem ao lado de um copo de água e comeces a concentração
lendo, junto com o Papi, a Oração de São Francisco de Assis. Se
conseguires tudo isso, ao final da concentração, bebas essa água
junto com o Papi, lendo novamente a Oração de São Francisco. Se
não tiveres a imagem, tentes mentalizá-lo, pois a imagem é para
ajudar a tieaoPapiamentalização,enãoparaele.Senãoconseguires a
Oração de São Francisco, não importa, esqueças tudo e faças a
concentração como pretendias, sem São Francisco e, se puderes,
providencies a Oração para o nosso próximo encontro.

Mandes um beijão para o Papi e digas que eu adoro ele. Te adoro


também. Beijão.
Tua Joyce.
P.S.: Se puderes, confirmes o encontro, tá?”

Dia 28 de março de 2003 – 01:29

“Mãe,esquecidepedirseconfirmaresoencontro,logoque terminares a
concentração, me mandes um e-mail contando tudo: o que sentiste,
o que o Papi sentiu, se vistes ou ouvistes alguma coisa, se tivestes
alguma intuição (ouviste algo com a mente, como um pensamento
jogado por alguém dentro de ti), que horas conseguiste perceber
alguma coisa, por quanto tempo, e marques a hora exata do começo
e do final da concentração, para que eu possa pedir para alguém
analisar e nos orientar para a próxima (viu como eu tô metida? Já
estou marcando a próxima!). Beijão.

Tua Joyce.”

Dia 29 de março de 2003 – 11:18

Amada Joyce,
Por uma série de fatores, tenho sido um pouco demorado até para
ler seus e-mails.

Havia decidido que hoje (como de fato estou fazendo) iria ler com
cuidado (uma passada de olhos eu dou) para respondê-los. Ontem à
noite, já muito passado do horário, Mamãe e eu vimos que petendias
nos fazer o Presente da sua presença. Havíamos sugerido as
quintas-feiras, às 21h00 para tal, mas creio que houve um
desencontro entre o que nós aqui pensamos e as nossas
comunicações, pelo que peço desculpas. Devo dizer que ficamos
muito tristes, pois estamos realmente muito ansiosos por começar os
trabalhos, não só pela oportunidade de, eventualmente,
conseguirmos nos comunicar mais de perto, mas também pela
possibilidade de virmos a poder ter condições, com seu auxilio e
apoio, de podermos trabalhar para ajudar outras pessoas de alguma
forma, e até (que pretensão) a humanidade.

Não sei bem que rumo isto tomará, mas ambos aqui
- Mamãe e eu - estamos muito abertos, não no sentido de
curiosidade, mas no mais amplo sentido de prosseguir, como for, que
fluam os fatos.

Assim,gostaríamosdesugerirasquintas-feiras,masapós o que ocorreu,


sem mesmo termos combinado, já estamos, à partir de agora, nos
habituando a ligar o computador e abrir os e-mails assim que o
primeiro de nós chegar. Pela manhã, certamente serei eu, pois venho
aqui para fazer meus mantras, durante os quais faço algumas
mentalizações. E, geralmente no final do dia, Mamãe retorna antes
para casa, quando, então, ela virá diretamente para o computador.

Mais uma vez, peço desculpas pelo involuntário transtorno, que peço
estender à Patricia e a quem mais aqui esteve para auxiliá-la.

Quanto à ideia de São Chico, a coisa vai evoluindo, mas devo dizer
que morar em definitivo, neste momento, é um pouco improvável.
Estamos vendo um sítio, do qual gostamos muito, e, se
conseguirmos viabilizar a compra seria de grande ajuda para
algumas pessoas. Aí teríamos um lugar lindo, com muita natureza
preservada para os finais de semana, onde a nossa “tchurma” -
Paulo/ Bea, Betina/Lis, Arnaldo/Marlene etc. poderia reunir-se. Tem
um riozinho mais lindo, cascatas, mata nativa com araucáriase um
pouco de campo. Enfim, o mundo como penso que deveria ser, sem
destruição nem poluição, onde poderemos re-aprender o convívio
com a natureza. Ainda está no campo da conjectura e obviamente
gostaríamos que tu pudesses dar uma passada por lá e nos dar uma
opinião sobre se gostas ou não do lugar e, se gostas, alguma
sugestão de como melhor usar já que sinto um grande desejo de
fazer algo para o bem comum, mas parece que não estou pronto
porque a ideia exata ainda não me veio. Estou aprendendo a ter
paciência e já não me estresso, o que, no meu caso, é um grande
progresso. Tenho, entretanto, que deixar minha intuição falar mais
alto e prometo que chego lá.

Assim apreciaria muito alguma ajuda sua.

É engraçado tu perguntares por esta casa, pois embora estejamos


vendo algumas alternativas, não imaginamos ainda sair daqui.
Falamos, mas os atos são ao contrário.

Quanto ao susto, Gasparzinha, venha, pois quero ter a pretensão de


dizer que será divertido. Aguardo.
Beijos, Papi
Dia 29 de março de 2003 – 19h30

Querida,
Ficamos muito tristes pelo desencontro.

Eu fiz aquele e-mail na quarta-feira, pensando em nos encontrarmos


na quinta-feira. Mas creio que, por algum motivo que não sei explicar,
o computador só enviou a mensagem no dia seguinte, originando
todo este mal entendido. Fico muito chateada, pois além de ti, ainda
foram envolvidas outras pessoas que ajudariam no trabalho e eu sei
que todos têm muitas coisas para fazer e o tempo é precioso. Por
favor, nos desculpem...

Como descobrimos a resposta depois do horário combinado (na


sexta-feira), pedi que, pelo menos, pudesse sonhar contigo naquela
noite. E aconteceu. Foi um sonho muito estranho que só me lembro
no momento em que tu estavas indo embora (tive a sensação que
estivemos conversando bastante, mas não me lembro sobre o que).
Bem, estavas indo embora dentro de uma cápsula verde onde só
aparecia o teu rosto, juntamente com outra pessoa (que não
visualisei). As duas cápsulas foram em direção a uma nave cinza na
qual tinha vários simbolos gravados, que logo identifiquei como da
“turma de Shtareer”. Os símbolos eram tão conhecidos e evidentes
que nem me preocupei em anotar. Só que agora esqueci e não me
lembro mais. (Eu sei que se deve anotar tudo!!!).

Foi uma sensação muito boa, pois senti que vieste me visitar.
Obrigada!

Se pudermos combinar com antecedência, como o Papi sugeriu,


poderíamos adotar sempre as quintas-feiras para este nosso
trabalho. Ficaremos muito honrados. E, quanto à preparação, temos
tudo o que pediste. Até temos uma fonte pequena na sacada de cima
da sala, com a imagem de São Francisco e seus animaizinhos
(compramos em Abadiânia).Usaremos esta imagem.
Bem, te desejo muito amor e luz nos teus trabalhos. Um beijão bem
grande...
Mãe

Dia 1º de abril de 2003 – 02h55


“Querido Papi,

Não te preocupes em ter pressa de ler minhas mensagens. Eu sei o


quanto tu és ocupado, o quanto tu corres, e tu não deves deixar tua
vida terrena mudar só porque eu ‘apareci’. É por isso que é tão difícil
haver comunicações entre parentes e
pessoasconhecidasdeD3eD4,comoeujádisseantes,porque as
pessoas, dos dois lados, tendem (viste como estou falando difícil?) a
mudar sua vida em função dessa comunicação, priorizando-a em
relação a tudo o mais (falei difícil de novo...). Isso é errado. Seria o
primeiro grande passo para um dia barrarem nossa comunicação.
Leves tua vida como se eu
estivesseapenasviajandoemandandounse-mailsdevezem quando.
Leves tua vida normal, é importante para que isso dure para sempre.
Lembres que eu estou viva, a morte não existe, apenas viajei para
outra dimensão.

Não peças desculpas, o engano foi tão meu quanto teu... e eu não
fiquei triste, tive a oportunidade de ir aí, dei uma arrumada na
energia do puxadinho, a Debbie me ajudou, e está tudo preparado. E
eu te vi e a mamãe mais tarde. Ela até disse que lembra do sonho
que teve comigo e com a Debbie...

As quintas-feiras vai ser meio complicado para mim. Meus


orientadores me encaminharam para frequentar um Centro Espírita
Kardecista às segundas, terças e quintas das 19h às 22h. Eu não
pretendo trabalhar no Kardecismo, o Eden não frequenta Kardecismo
e eu estou trabalhando com ele, mas me disseram que como é a
doutrina espiritualista dominante no mundo, querem que eu a
conheça a fundo. Lá eu não incorporo, mesmo porque meu médium
não trabalhalá(apesardequenadaimpedequeeutenhamaisum
médium), mas fico observando atentamente os trabalhos. Ás vezes
as entidades de lá me pedem para ajudar em algumas coisas, e eu
acho que estou aprendendo muito, embora, para falar a verdade,
acho aquilo um saco, cheio de dogmas,
horáriosrígidosparacomeçarEPARATERMINAR,mesmoque tenha que
interromper um trabalho ou uma mensagem, além
dealgumasinverdades(faleidifícildenovo...).Podeserchato, mas estou
aprendendo. Mesmo que seja aprendendo o que não fazer, estou
aprendendo.

Espero que continues com GRAAAANNNNDDDEEEESSS


pretensões, pois só assim crescemos de verdade.

Bom, tu escolhes com a mãe: tenho livre quartas, sextas, sábados e


domingos a noite toda, segundas, terças e quintas após as 22 horas,
só que eu preciso de uma hora para preparar o ambiente, então
teríamos que nos encontrar às 23 horas. Para mim não é problema,
mas para vocês acho muito tarde, não quero atrapalhar teu descanso
e da mãe. Escolhas.

Regra nº 1: não posso interferir no andamento normal da vida da


minha família para continuar me comunicando. Interferir não é
conversar ou dar opiniões, é atrapalhar.

Falaste da tchurma e me deixaste morrendo de saudades. Mas fala


mais, eu gostei. Digas para a Betina que aquela vez em Canela que
ela sentiu alguém tocando na cabeça dela, era eu mesma! Ela falou
que foi ‘tocada por uma grande entidade...’ há, há, há, há, há...

Papi,euadorariadarpalpitesobreosítio,maseunãoseiondeé. Se eu
soubesse, não Debbie para analisar nesse negócio de energia. De
todo mundo que eu conheci em D4, a que melhor sabe manipular
energia é a Debbie. A Pat é boa em curas, a Debbie em manipulação
de energia. Preciso descobrir onde é e eu levo ela lá, se a energia for
muito boa, não te deixo perder o negócio, se não for, te peço para
esperar.
Tu aprendeu a ter paciência e não te estressares. Isso é uma grande
notícia! Lembras do que o Eden, brincando, te chamou?
Comandante Nazista! Tu fizeste, mesmo de brincadeira, essa
imagem, por causa de teu nervosismo e teu stress, estou
ADORANDO ver meu querido Papi mais calmo. só daria palpite
como levaria a a energia do local, ela é craque

Booooooooooooooo!
Beijos da Tua Joyce.”

Dia 1º de abril de 2003 – 03h04

“Mãezinha,nãofiquetriste.Apenas,leianoe-maildoPapi, vamos ter que


discutir melhor dia e hora. Não houve tempo perdido, eu e a Debbie
trabalhamos a energia aí em casa, ela é craque nisso, veja no e-mail
do Papi. Notei alguma coisa diferente no puxadinho e não sei o que
é. O que é?

Viste como estás lapidando tua mediunidade? Estás confusa nas


lembranças, mas sabes que aconteceu algo! A outra pessoa é a
Debbie. Ela veio para D4 com 19 anos, não muito mais velha do que
eu, e eu me identifico muito com ela. E ela comigo. Somos grandes
amigas. A cor verde é da proteção de Hilarion, a Debbie tem muita
intimidade com Hilarion, eles se gostam muito e se conhecem há
milênios. Literalmente!
Vou ser menos chata hoje e escrever menos, tá? Pensem

sobreodiaeahora,vejameushoráriosdetrabalhonoe-mail do Papi.
Vai desenvolvendo tua mediunidade, que quero ter um contato muito
mais íntimo contigo, e logo.
Beijão.
Tua Joyce.”

Isto tudo era uma benção! Era o consolo para nossas almas. Era a
resposta de nossas orações.
Cada vez estávamos mais familiarizados com nossa filha, como se
ela ainda vivesse conosco. Vivia e vive! Agora tínhamos certeza
absoluta de que ela ali estava fazendo e aprontando como antes,
como se estivesse num outro país – por isso distante fisicamente. E
como estava evoluindo! Crescia a olhos vistos! E nós, crescíamos
também.

A dor da separação já não mais existia, pois estávamos juntos e


compreendíamos a distância, que na verdade não existe. Continua
tudo igual, depende apenas de aceitarmos as mudanças em nossas
vidas. Nós é que fazemos a diferença. Nós temos o dom de crescer
e entender. Se aceitarmos com humildade os desígnios de Deus,
teremos a recompensa! Não lutemos contra o inevitável. Juntemos
forças para aprender e praticar o que ainda não sabemos. E as
surpresas surgirão...

Dia 1 de abril de 2003 – 03h20


“Papi, quero te pedir um conselho.

ADebbietemmuitapráticaemtrabalharrecebendoosrecém
chegadosemD4(osqueestãomorrendo),játrabalhounissopor muitos
anos. Inclusive, ela me contou que foi ela que recebeu a Elis Regina,
imagines!

Bom, com toda a prática dela, ela tem sido chamada


algumasvezesparairaoIraqueemeconvidou,compermissão superior,
para uma hora eu ir junto com ela. Ela garantiu que é totalmente
seguro e que vai ser muito útil para o meu crescimento, mas eu
estou com medo!

Meajude,Papi.Eudevoir?Elagarantiuqueeuvouevoluir muito, mas e o


medo, onde eu enfio? O que eu faço?
Papi, respondas logo, tá?

Beijão de novo. Joyce.”

Dia 2 de abril de 2003 – 8h49


Querida filha,
Vou deixar várias perguntas para o Papi responder.

Não sei o que teria de diferente no puxadinho. O fato é que, desde


que partiste, muitas coisas novas foram colocadas ali. Na medida em
que nós vamos ganhando presentes (ou bagulhos), vamos
colocando lá. Agora, por último, o Papi colocou vários objetos que
vieram de Matão. Ficou muito bonito. A casa de Matão foi vendida,
sabias? Tudo o que tinha lá, foi dividido e nós ficamos com bastante
coisas.

Fico feliz por vocês terem feito uma limpeza por aqui. De vez em
quando, eu também faço, mas acho que vocês têm mais experiência.
Podem continuar me ajudando ou até me ensinando.

Queótimotevertãobem,felizecomamigas,principalmente a Debbie por


ter idade aproximada à tua. Por falar em idade, quantos anos tens
hoje? Seria a mesma idade que terias se estivesses aqui? Os dias,
meses e anos são iguais aos nossos? E a tua fisionomia ainda é
igual? O teu corpo mudou? Mais magra, mais gordinha? São
curiosidades que tenho, mas se não puderes responder, tudo bem,
não vou ficar magoada, tá? E aquele probleminha que tinhas (da má
formação), poderias me falar um pouco sobre isso? O que é, o nome
da doença, a cura... Não sei se te lembras, mas os médicos daqui
não conheciam quase nada sobre este assunto. Era uma doença
misteriosa para a medicina da Terra. Sei que há outras tantas
também misteriosas, mas a gente sempre quer saber um pouco mais
sobre o que diz respeito às pessoas que amamos.

Ah! Ontem foi o aniversário do Papi. Ainda lembras das datas? Não
vai esquecer o meu, hein?
Que Hilarion proteja vocês para sempre. Beijos, Mãe

Dia 6 de abril de 2003 – 17h29

Querida Joyce,
Mais uma vez desculpe a demora, mas penso que desta vez a
demora mostra que o que tem de ser, será!

Suspeito que você foi com a Debbie para trabalhar na recepção dos
recém chegados no Iraque. Penso que, se vais trabalhar com curas,
isto deve ser uma experiência valiosa.

Aproveite bem a oportunidade, pois penso que não é fácil poder


consolar e encaminhar almas que nem sempre estavam preparadas
e prontas, tendo sido “arrancadas” do seu convívio aqui.

Estamos com saudades, e escolhemos as quartasfeiras para


fazermos as nossas meditações junto contigo. Iniciaremos às 21h,
assim imaginamos que estarás te preparando, ou o local, à partir das
20h.

Assim que retornares, mande uma linhazinha para nós. Beijos, Papi.

CAPÍTULO 6 A ROTINA “DO OUTRO LADO”

Dia 9 de abril de 2003 – 03h15


“Querida Mãe,

O tempo aqui é bem diferente daí. A impressão do tempo passando


depende de teu estado de espírito. Se estás angustiada, esperando
por algo, parece que o tempo não passa. Se estás ocupada num
trabalho, meses parecem minutos. Mas, para poder responder tua
pergunta com mais precisão, fui pesquisar e consultar algumas
pessoas. Quando tu vens para D4, tu podes, pelo menos
teoricamente, tomar a forma que queres. A maioria das pessoas
mantém a forma que tinham na última passagem por D3, sendo que
algumas preferem rejuvenescer ou amadurecer um pouco,
dependendo da sua aparência quando partiram daí. Mas é possível
tu assumires uma forma, e até uma identidade, de outra encarnação.
Ou uma forma e uma identidade inventadas. Por exemplo, entre as
pessoas que partem de D3 muito atrasadas, existem aquelas que se
identificam com maus espíritos de seitas afro-brasileiras. Então,
alguém mau que tu conheces, por exemplo, quando sai daí pode se
tornar um ‘Exu’ de quimbanda ou candomblé. Ele só está assumindo
um papel de um personagem com quem ele se identificou. E
assumindo esse papel, ele assume a identidade, as características e
a aparência desse personagem.

Mas, voltando ao tempo, tinha a impressão de que aqui em D4 o


tempo não passava, tu simplesmente não envelhecias. Acreditava
nisso até tu me mandares este e-mail, aí fui perguntar e descobri que
aqui o tempo passa mais ou menos mil vezes mais devagar que aí,
ou seja, mil anos em D3 equivale a um ano em D4. Ficaste
surpresa? Eu também! Acabei de saber disso.

Quantoàaparência,depoisquefiqueisabendoquepoderia assumir a
aparência que quisesse, iquei com uma dúvida: se eu for trabalhar,
como eu espero, com curas ou seja lá o
quefor,atravésdeummédium,minhaimagemficaráexposta aos videntes
presentes (tu não acreditas como é grande o
númerodevidentes!).Maseunãoqueroteroutracara!Então pensei, que
como minha carinha de menina pode não passar muita confiança
para quem me ver, eu poderia amadurecer um pouco, ficar com uns
16 anos, mais ou menos a cara que eu teria se ainda estivesse aí
hoje. Seria eu mesma, um pouquinho mais velha. Aí eu poderia
manter essa nova cara velha até meu retorno, até sei lá quando. O
que tu achas? Responde!

A minha aparência hoje é igualzinha a que eu tinha aí, só sem os


metais, que a minha querida amiga Pat ensinou a me desapegar, o
que me ajudou barbaridade quando eu parti. Tu não tens ideia,
aqueles brincos eramminha grande ligação com o material. Se eu
tivesse partido com eles, acho que teria muitos problemas nos
primeiros tempos, não pelos brincos, mas pelo que eles
representavam, meu apego à matéria. Quando ela me mandou tirar
os brincos, estava me preparando para a transição, que ela percebeu
que estava chegando. E como ajudou...Tu te lembras que o Papi
disse ‘nãoprecisastirartudo,fiquescomumsó’,eeudisse‘não,ela
mandou me livrar de todos os metais’. Ou foste tu que disseste isso?
Não, acho que foi o Papi mesmo. Ele estava junto na nossa última
viagem juntas pra Abadiânia? Acho que não, né? Ou estava? Estou
um pouco confusa.

Não estou mais gordinha não, viu? Mas o meu defeito foi
‘consertado’ na segunda semana depois da minha partida. Tu te
lembras que o Dr. Augusto de Almeida disse: “ Quando voltares, com
outra roupa, eu te operarei!” Ele cumpriu a promessa e me curou
completamente. Nunca mais quis saber disso, esqueci!!!

Mãe, datas aqui são difíceis de lembrar, porque nós não temos
preocupação com o tempo como o pessoal de D3, não é que eu não
lembrei do aniversário do Papi, eu simplesmente não sabia que dia
era. Acho até que mandei um e-mail para ele no dia do aniversário,
não mandei? Mas, no dia, eu nem sabia que dia era. Digas a ele que
eu pedi desculpas por isso, mas provavelmente vou esquecer nos
outros anos também... Quantos anos ele fez?

Mãezinha querida, eu tenho toda certeza do mundo que não fazes


isso conscientemente, mas quando dizes que esperas que eu não
me esqueça de teu aniversário, tu estás, inconscientemente me
fazendo uma cobrança que me prejudica, pois eu fico tentada a te
fazer feliz e dou outra prova que já não são poucas: o nome do Vovô
Albert, na primeira carta psicografada, o puxadinho, a palavra Papi, a
Betina com os comentários dela sobre uma ‘entidade superior’, e
outras coisinhas mais que não lembro agora. Além disso, também
sofro em saber que tu esperas que eu lembre e eu nunca sei que
ano é, quer dizer, que mês é, quer dizer, que dia é! É, as coisas aqui
são meio atrapalhadas, quando se fala de tempo! A Debbie me
contou que uma vez, a mando do médium João, em Abadiânia, o
Eden foi fazer um trabalho de desobsessão e ela (a Debbie)
trabalhou e levou um cara que jurava que estavam em 1847! Ele não
percebeu a passagem de 150 anos!

Eu li o e-mail do Papi e estarei esperando vocês hoje, quarta-feira, 9


de abril (tive que olhar no computador para saber de tudo isso!), às
21 horas, no puxadinho do Pai. Estarei lá com a Debbie a partir da
19h30 / 20:h0 horas, preparando o ambiente. Arrumaste a Oração de
São Francisco?

Não te esqueças de mandar um relatório completo, incluindo as


horas que aconteceram as coisas, descrevendo, com horário, tudo
que sentiste, para ser analisado por quem entende e me ensinar a te
orientar. E o Papi também.

Outro livro...desculpa, mãezinha, mas é tão gostoso te escrever!


Beijão!!!!!!!!!!!!!
Tua Joyce.”

Dia 9 de abril de 2003 - 03h25


“Querido Papi,

Te peguei! Não fui. Suspeitaste errado!! Esperei tua resposta e


entendi que achas que devo ir Vou hoje depois de passar os e-mails
para ti e para Mãe. São 3h17 da manhã, vou sair lá pelas 4h30,
chegar lá pelas 5 horas, que serão 11 horas no Iraque e vai ser dia e
não vai ter tanta gente chegando em D4, mais é aqueles que
desencarnaram à noite e ainda não se permitiram receber ajuda.
Mas eu volto pelas 19 horas, vou encontrar com vocês no puxadinho
das 21 horas até quando vocês quiserem e depois volto pro Iraque,
aí, no meu segundo dia, vou pegar ‘rabo de foguete’.

Acho que tens razão, eu tive uma passagem tão tranquila, com
vocês sendo tão fortes e sendo recebida pelo Vovô e mais as
meninas (Debbie, Patrícia, Katrinca...), que devo aprender muito
vendo pessoas com morte tão violenta. Mas continuo com medo!

Vou terminando que eu tenho que devolver o Eden na cama antes


que amanheça (são 3:24).
Paizão, Beijão! Tua Joyce.”

Dia 10 de abril de 2003 - 03h48


“MÃE, TE AMO!
PAI, TE AMO!
BEIJOS! Joyce.”

Dia 10 de abril de 2003 – 10h11

Meu amor,
A experiência de ontem foi um pouco frustrante, porque não
conseguimos te ver.

Nós sempre esperamos que as coisas sejam mais fáceis. Tenho


certeza de que não estamos preparados ainda, mas vamos nos
esforçar para conseguir. Talvez aí é que esteja o problema. Quem
sabe não é necessária a preparação, pois a gente fica com muita
expectativa e isto, com certeza, atrapalha.

Mas algo diferente certamente aconteceu. O Teco e o

Faísca estavam muito diferentes no início. Pareciam muito


assustados e carentes. Depois de algum tempo em que eles ficaram
no colo, se acalmaram e dormiram profundamente.

OPapisentiutuapresençanoladodireitodele.Sentiutambém
muitasonolência(tiporessaca)eficoucomabocaseca.

Eu senti uma sensação muito boa. Também senti algo, como que
mexendo em mim, no meu lado esquerdo (cabeça) Senti várias
vezes pressão no meu terceiro olho. Não consegui meditar. Senti-me
muito fora dos meus padrões.

Parecia que eu não esperava que algo acontecesse. Será que tive
uma recaída de São Tomé? Ou será que estou bloqueando alguma
coisa? Não sei explicar. Talvez possas me ajudar.

Depois de encerrado (esqueci de olhar a hora), entramos no


escritório para desligar o computador, e escutamos estalos por várias
vezes. Seria algum recado teu? Também no puxadinho parece que
escutei alguns estalos diferentes.
Dequalquerforma,foimuitobomerelaxante.Esperoque, na próxima
quarta-feira, aconteçam algumas coisas novas.
Um beijão bem grande, Mãe.

Dia 15 de abril de 2003 – 08h35


“Mãezinha,

Não te frustres. VER não é tão fácil assim e pode demorar um pouco.
Para mim não foi nem um pouco frustrante. Fui sentida, notada,
percebida, e isso é uma grande vitória. Eu acho que, se tu ou o Papi
não estivessem preparados ainda, a ‘experiência’ não teria sido
autorizada, portanto não pensem assim, vocês estão preparados
SIM. E eu não acredito que a expectativa atrapalha, ela pode só
frustrar um pouco, pois se consegue menos do que se espera, Esse
sentimento de frustração não é bom, esse sim atrapalha. Vamos
agradecer a Deus pelo muito que Ele já nos deu e pelo muito mais
que Ele ainda vai nos dar.

Os animais têm uma sensibilidade ‘mediúnica’ muito maior que os


humanos, percebem a presença de espíritos (é tão estranho falar
assim de mim mesma!) com muito mais facilidade, e eles me
perceberam fortemente, assim como perceberam a Debbie, por isso
a agitação.

Eu estive de todos os lados do Papi, inclusive no colo, ele me


percebeu do lado direito porque foi um momento que ele estava mais
receptivo. A sonolência é uma reação normal da sensibilidade dele à
minha presença, é minha culpa. A boca seca, eu não sei. Mas tu
podes notar que em muitas seções mediúnicas as pessoas começam
a bocejar. Os Kardecistas chamam isso de transe pré-mediúnico, que
acontece quando uma incorporação ou qualquer outro tipo de
comunicação está prestes a acontecer. Viu?
Estamoschegandoperto,nãotefrustres!

Eu mexi em ti em todos os lugares, inclusive no lado esquerdo da


cabeça. Tu sentistes quando estavas mais receptiva. Para mim, foi
uma grande vitória. A pressão no terceiro olho não fui eu, aí, quando
recebi teu e-mail, perguntei para a Debbie e ela disse que isso é um
dos sintomas possíveis no desenvolvimento mediúnico. Mais um
ponto pra nós!

Os estalos, era eu tentando dizer para não desligar o computador


que eu ia passar um e-mail, tu não entendestes o significado, mas já
foi uma grande vitória ter conseguido fazer com que tu percebesses
algo, no caso, a minha presença.

Vou tentar, nos próximos dias uma coisa nova. Já contei que me
mandaram... não, mandaram é muito forte... me orientaram a
frequentar um centro espírita Kardecista para aprender um pouco.
Está sendo útil, tu viste que eu consegui até ‘rotular’ um sentimento
teu conforme a classificação kardecista. Também estou aprendendo
a metodologia de trabalho dos espíritos que frequentam esse tipo de
centro espírita. Mas até agora, não me manifestei (ou seja, não
incorporei nem mandei nenhum tipo de mensagem para ninguém
encarnado) lá no centro. Pretendo, logo, obter autorização para me
comunicar, ou através de psicografia ou através de incorporação
mesmo. Se eu conseguir, não vou prometer, pretendo pedir que
entrem em contato contigo ou com o Papi, por telefone ou por e-mail.
Só peço uma coisa MUITO IMPORTANTE para mim. Não contem
que eu já me comunico com vocês. Primeiro porque o Eden não é
Kardecista e os frequentadores (encarnados) do kardecismo, tu
sabes, são muito preconceituosos, eles acham que qualquer
manifestação mediúnica só pode ocorrer dentro de Centro Espírita,
com data e hora marcados, com corrente formada e todos aqueles
dogmas que Kardec escreveu há quase dois séculos. Segundo
porque eles rotulam muito, se tu falares que eu me comunico contigo
sem ser através de um centro Kardecista, eles vão me rotular de
espírito atrasado, sofredor, errante, que necessita de ajuda e precisa
ser encaminhado para receber ajuda. Eles não tem a mínima ideia
do que existe acima deles (Shtareer & Cia. Ltda.). Por exemplo, se tu
disseres que eu provoquei estalos ou qualquer outro tipo de barulho,
vão me rotular de ‘Espírito Perturbador’!!!
Jamais pediria para mentires, a mentira é um dos ‘pecados’ mais
graves no mundo espiritual, nosso maior compromisso é com a
verdade. Apenas te peço, e ao Papi, que omitam, que evitem entrar
em detalhes, que agradeçam a mensagem, os tratem bem e só. Isso
se eu conseguir fazer o que eu quero, né? Se tiveres algo contra
essa minha tentativa de comunicação ‘via centro’, respondas logo
este e-mail, pois eu vou tentar na primeira chance.

Se estás curiosa do porquê disso, te explico, o Eden é um médium


muito forte, as meninas, que estão sempre com ele me ajudam
muito, mas uma comunicação num lugar estranho, num Centro
Kardecista, cheio de médiuns e de videntes (que podem me ver bem
antes da incorporação, acompanhar minha aproximação), é muito
mais difícil e representaria um grande passo para mim, pra minha
evolução, para minha capacidade de não ficar dependente do Eden
(não interpretem isso mal, o Eden é maravilhoso e eu adoro ele,
mas, primeiro, que ele está muito longe geograficamente de ti e,
segundo, que ele não terá vida eterna em D3, um dia ele me fará
companhia aqui em D4, e eu preciso me preparar para um trabalho
mais longo).

Me informei melhor sobre uma pergunta que me fizeste e descobri


que te respondi errado em outro e-mail: me explicaram que algumas
lembranças são bloqueadas quando viemos pra D4, para nos ajudar
a se desligar de D3. Eu só não sabia disso porque não me lembro
das coisas que esqueci (há, há, há, há, há), mas minha lembrança
de ti e do Papi estão completas porque é amor e porque vocês estão
bastante espiritualizados. Se tu fosses evangélica ou coisa assim,
provavelmente, pelo menos parte das lembranças de ti seriam
bloqueadas em minha mente, porque essas lembranças poderiam
me prejudicar, me manter presa à Terra, impedindo minha evolução,
que, dizem, está muito rápida. Mas o sentimento (amor) raramente é
bloqueado, segundo me explicaram, podemos esquecer lugares,
datas, nomes, acontecimentos e até pessoas mais afastadas, por
quem não tinhamos verdadeiro amor. Mas não te preocupes, quando
tu vieres para D4 não esquecerás a mim, ao Papi, ao vovô e à vovó,
à tia Lia, etc.

Ah, fui ao Iraque com a Debbie e a Patrícia. A Debbie está


trabalhando mais no resgate dos espíritos desencarnados na guerra,
a Patrícia está ajudando mais nos Hospitais de D3, com os
sobreviventes. É horrível, muito, mas muito, pior do que mostram na
TV. O que passa nos noticiários é censurado pelos americanos, que
tentam fazer parecer que está tudo bem. Entrar num hospital de lá
não é muito diferente de entrar num açougue ou num matadouro de
um frigorífico. Cheguei a ver uma pessoa VIVA, sem os dois braços e
sem as duas pernas, jogada num canto do hospital, sem receber
cuidados por falta de médicos e de enfermeiros e sentindo dor por
falta de remédios. Foi traumatizante, mas como a Debbie tinha me
dito, foi muito importante para o meu crescimento, para a minha
evolução. Mas rezem por aquelas pessoas, que estão sofrendo
muito. Também rezem para que espíritos voluntários vão para lá
ajudar a resgatar os desencarnados, que estão vagando por todo
lado, pensando que ainda estão em D3. Não sei o que é mais triste,
o sofrimento dos feridos encarnados ou dos desencarnados que não
perceberam a morte biológica e continuam em guerra, vagando pelos
campos e pelas cidades, sentindo (isso é psicológico) as dores dos
ferimentos feitos em seus corpos antes do desencarne. O resgate
dessas almas é muito difícil e precisamos de voluntários pra esse
trabalho. Rezem pra que esses voluntários apareçam.

Estou confusa nas datas... deixa ver... amanhã... quarta-feira, a partir


das 20 horas, estaremos preparando o ambiente para nos
encontrarmos às 21 horas. Levem o Teco e o Faísca de novo e
observem o comportamento deles. Vou tentar atraí-los para onde eu
estiver. Mas pode acontecer o contrário, eles podem se assustar e
correr de onde eu estou. Se eles aparentarem fugir, vejam de onde
eles estão fugindo, lá eu estou, se eles começarem a curiosamente
procurar algo em algum canto, mesma coisa, lá eu estou.

1.000.000 de BEIJOS. Tua Joyce.”


Dia 15 de abril de 2003 – 20h45

Querida,

Quase morri de tanto rir, imaginando os cachorros correndo de um


lado para outro, fugindo ou indo ao teu encontro. Teremos 50% de
chances de saber exatamente onde poderás estar ou não estar. Será
muito divertido! Fico contente por podermos continuar “treinando”
amanhã, quarta-feira.

Gostaríamos muito para nós através de não comentar nada sobre o


que já está acontecendo. que enviasses uma mensagem

um centro espírita. Prometemos Concordo contigo sobre os dogmas,


pois frequentei um centro espírita, fiz estudos durante um ano e
percebi que ali não era o meu lugar. Demorou um pouco, mas
entendi isso. Mas de qualquer forma, aprendi bastante coisas como
disseste, inclusive do que não praticar... tudo faz parte do
aprendizado. Podemos saber qual é o centro espririta que estás
frequentando? Se não, tudo bem...

Fiquei muito triste com o que falaste sobre a guerra. Conhecendo um


pouco o mal-feitor americano (o Presidente), imaginamos que não
mostrariam tudo na TV sobre as barbáries que praticaram e até
penso que continuam praticando no Iraque. O pior é que agora
continuam provocando outros povos, querendo mais guerra. Até
onde pretendem ir? Isto é um absurdo! Continuaremos rezando pela
paz e pelas almas encarnadas e desencarnadas.

Pela descrição que deste sobre tua aparência, pareces exatamente


como te via nas meditações. (Agora estou preguiçosa e pratico muito
pouco). Inclusive esta imagem eu vi quando participava da corrente
em Abadiânia há mais ou menos seis anos atrás, quando ainda
estavas aqui. Via-te correndo num campo entre ervas floridas, toda
de branco, translúcida, cabelos longos, soltos, feliz, alegre, parecias
uma fada. Penso que é assim que estás hoje, só em outra dimensão.
Igual, fico muito feliz! Hoje já não sou mais ”tanto” egoísta (só um
pouco).

Sexta-feira, iremos novamente para São Chico. Gostamos muito de


lá. Vamos com o Paulo e a Bea. Se der certo visitaremos novamente
a chácara que gostamos muito. Bem, agora preciso subir, para tomar
um banho e comer. (Ah, estas coisas não precisas mais fazer, não é?
Que vida boa...)

Estaremos te esperando amanhã.


Beijos mil... Mãe.

Dia 15 de abril de 2003 – 23h37

“Luiza, não a conheço mas sei que gostará muito de saber que sua
filha Joyce se comunicou através do médium Eden, na noite do dia
15 de abril de 2003 no Grupo Espírita Irmão Gabriel na cidade de
Pirassununga-SP. Ela veio muito alegre, pediu que desse um recado
a seus pais e forneceu todos os dados necessários, como endereço,
telefone e e-mail do pai e da mãe.

Disse ter se desencarnado a 1 ano e 8 meses, sofrendo de uma


doença que soube definir apenas como complicada. É a primeira vez
que se comunica numa casa espírita e está muito feliz por ter
conseguido. Está estudando e quer vir mais vezes aqui. Informou
que é filha única por parte de mãe e tem dois irmãos por parte de
pai: Kátia e John Jr. Pede à mãe que se desenvolva mediunicamente
para que possam se comunicar. Ela falou também que passa sempre
por aí para ver a todos. Nossa médium a descreveu como loira,
cabelos mais lisos que encaracolados e magrinha, elegante. Ela
perguntou a uma médium da equipe se, por ter uma aparência ainda
muito jovem, mesmo assim inspirava credibilidade e perguntou
também se era possível constatar um problema físico em sua perna,
o que não foi percebido pela médium, deixando-a muito feliz.

Meu telefone para contato é (xxxxx) e será um prazer prestar-lhe


mais informações.
Haroldo e Elizete”

Dia 16 de abril de 2003 – 01:54


“Mãezinha,

O Centro Espírita que estou frequentando chama-se ‘Irmão Gabriel’,


é o mentor espiritual de lá. Essa noite consegui me manifestar lá, foi
incrível, os videntes da casa me viram e me descreveram. Eu pedi
para o Sr. Haroldo, um dos médiuns de lá, mandar uma mensagem
pra ti dizendo que estou bem, feliz, curada e muito contente por ter
conseguido, afinal, me comunicar numa casa espírita. Pedi também
que ele te orientasse a desenvolver tua mediunidade pra que, quem
sabe, um dia possamos trabalhar juntas...

...O médium Haroldo me prometeu que faria contato ainda essa


noite, ou por telefone ou por e-mail. Talvez, quando tu receberes esta
mensagem ele já tenha feito contato. Mas não contes nada sobre
nossas comunicações e nem que eu fiz barulho para te chamar a
atenção, se não, vão me rotular de espírito perturbador, que são
aqueles que ficam batendo e mexendo as coisas.

Eu continuo indo para o Iraque com a Debbie e a Pat, estamos de


saída daqui a pouco. São poucos minutos de viagem. Lá está tudo
muito feio. Por favor, rezem para o pessoal de lá, tanto os
encarnados, que estão sofrendo muito sem assistência médica e
sem remédios, como para os desencarnados, que com aquela
religião cheia de crenças ignorantes, não aceitam a desencarnação.

Acho que, com o Teco e o Faísca, as chances serão de mais de 50


%. Será muito divertido!
BEIJÃO!!!!!!!!!!! Tua Joyce.”

Dia 17 de abril de 2003 – 22h36

Querida Joyce,
Tu és muito rápida. Mal lemos sobre a possibilidade de enviares uma
mensagem através do centro espírita e já confirmavas a notícia.
Realmente eles enviaram um e-mail falando sobre ti. Que
fornecestes, inclusive, o endereço de casa (como lembravas do
CEP?), que tinhas desencarnado há 1 ano e 8 meses, que estavas
feliz, etc... Só não entendi por que te comunicaste através do Eden.
Eu entendi que querias praticar um pouco com outros médiuns. Mas
tudo bem, o objetivo foi alcançado. Inclusive uma médium te viu e te
descreveu como estás hoje: (loira, cabelos mais lisos que
encaracolados, magrinha, elegante, parabéns). Respondi o e-mail
confirmando os dados que forneceram (endereço, tempo, nome...) e
agradeci.

Quanto à nossa noite de quarta-feira: Foi mais calma. O Teco e o


Faísca estavam mais calmos e dormiram direto. Pareciam
hipnotizados. Nós sentimos muita paz e parece que estávamos um
pouco ausentes, ou seja, “viajamos”. De vez em quando a gente
voltava. Parecia que estávamos numa corrente em Abadiânia. Por
um breve momento, eu te vi igual como nas minhas meditações. Mas
não consegui me fixar na tua imagem por mais tempo. Que sorriso
lindo!!!

Apesar de triste, fico feliz por estares auxiliando aquele povo que
tanto necessita de ajuda. Continues assim, trabalhando e
aprendendo. Isto só te faz crescer.

Um grande beijo e Feliz domingo de Páscoa. Te vejo na segunda-


feira, ou antes por aí.
Beijão...
Mãe.

Dia 18 de abril de 2003 – 04h36


“Querida mãezinha,

Surgiu aoportunidade e eu agarrei! A Debbie levou o Eden até esse


Centro (Irmão Gabriel), principalmente porque eu estava insegura se
conseguiria incorporar em outro médium. Não sei se te contaram no
e-mail que te mandaram, mas o Eden não frequenta (ou não
frequentava, não sei...) o Centro (ele não é Kardecista) e eu fui a
primeira incorporação dele lá. Depois, logo em seguida, a Debbie
também incorporou. Eu
fiqueibastanteassustada,umasalacheiadegente,amaioria com mais
idade, acho que o Eden era o mais jovem lá, Ele não é da casa, foi
sua primeira incorporação, numa reunião, que “foi arranjado”, para
ele ser convidado como observador. Supostamente ele não deveria
participar ativamente da reunião por não ser médium da casa e por
não estar adaptado às normas Kardecistas, mas, de repente, a coisa
se acalmou, ficaram alguns minutos sem ninguém incorporar, uma
das videntes da casa me viu, a Debbie disse “VAI!”, e eu fui. Sei lá,
foi um pouco amedrontador, eles são muito certinhos, mas
valeu!Sódeeutersidovistajáfoiumavitória!Seeuconsegui me mostrar
para eles, tenho certeza de que logo estou me mostrando para ti!

Não sei se eu dei o número do CEP certo. Eu dei?

Eu não sei se estou psicologicamente preparada para


incorporarnumestranho,massenós(eu,aDebbieeaPatrícia)
conseguirmos convencer o Eden a continuar frequentando o Centro
(não é a praia dele, mas eu estou tentando convencêlo dizendo que
é importante para o meu desenvolvimento), acho que com a
presença e o apoio dele, talvez eu consiga coragem para incorporar
num deles. Se conseguir, com certeza tu ficarás sabendo. Eles vão
te avisar.

Me manda uma cópia do e-mail que eles te mandaram. Quero saber


que impressão causei...

...Quarta-feira, acho que, além de ti e o Papi estarem crescendo


muito na capacidade de concentração, a Debbie talvez tenha
exagerado um pouquinho na fluidificação da energia do ambiente,
por isso essa sonolência em todo mundo, até nos bichinhos. Mas eu
acho, e a Debbie confirma, que isso é um progresso. Estamos cada
vez mais próximas e quero que tu desenvolvas tua mediunidade e tu
estás no caminho
certo.Achoquetuvaisfixarminhaimagemcadavezpormais tempo e mais
nítida também.

Continuo indo ao Iraque todos os dias. Cada alma resgatada é uma


vitória, um motivo para comemorar. Olhaí como o tempo é esquisito
por aqui: se tu não falas, eu nem lembrava que era Páscoa. Feliz
Páscoa para ti e o para o Papi também. Vou pedir para a Debbie me
lembrar de quando for domingo de Páscoa e vou passar por aí para
ver vocês. Só me mandemum e-maildizendoondevocês
vãoestar,seemcasa ou em outro lugar.

Tu disseste ‘te vejo na segunda-feira, ou antes por aí’. Nós


marcamos alguma coisa para segunda? Se marcamos, me lembre,
por favor, porque eu acho que esqueci. Mas estou querendo dizer ‘te
vejo, não, nos veremos’ no Domingo de Páscoa. Tentes e
conseguirás. Estarei atenta a ti e a teus pensamentos.

Dá um beijão no Papi, já que ele não me escreve mais mesmo...


Beijão! Tua Joyce.”

Dia 18 de abril de 2003 – 09h38

Querida,

Estávamos de saída (são 9:30 de sábado) e resolvemos dar uma


espiadinha no computador e encontramos tua resposta.

Como estamos um pouco atrasados, vou responder só uma parte:


Domingo de Páscoa estaremos em São Francisco no Hotel Caçador
Verde ou no galpão do Bueno, ou fazendo algum passeio lá pela
Serra. Vamos visitar novamente aquele sítio. Se conseguirmos nos
encontrar, tudo bem. Se não deixaremos para próxima oportunidade.
Quanto a segunda-feira: não temos nada marcado (só mencionei
este dia porque é quando estaremos de volta).

Orestantedoe-mailvouteresponderquandovoltarmos.OK? Um beijão
de Feliz Páscoa Mãe/Papi
Dia 18 de abril de 2003 – 09h48

Querida Joyce,

Realmente eu escrevo menos, mas não vale dizer que não escrevo.
Acho que só demoro um pouco mais para responder.

Parabéns pelo trabalho que estás fazendo com a Patrícia, no Iraque.

Deve haver outros lugares com problemas semelhantes, e


certamente deve haver muito trabalho por aqui, com os problemas de
trânsito e, em certas áreas, os problemas de crimes. Quando
terminares por lá, pensas em continuar este tipo de trabalho, quem
sabe, por aqui?

Que fantástico que conseguiste te comunicar em um centro!!!

Os comentários que a mãe fez valem por mim - mas acrescento que,
egoisticamente, melhor que apareceres em um centro em
Pirassununga, seria em um por aqui. E melhor ainda, nós
conseguirmos uma evolução que nos permitisse comunicarmo-nos
diretamente.

Paulo e Bea chegaram... Tchau!


Mil beijos. Papi

Dia 22 de abril de 2003 – 10h51

Querida Joyce,
Estivemos em São Chico no fim de semana de Páscoa, conforme a
mami te falou.

Voltamos ao mesmo local, que é fantástico, e, desta vez,


conseguimos levar a Liane para dar uma olhada. O lugar é “mágico”.

Espero que tenhas conseguido vê-lo.


Este local, nos parece, não é o lugar para morar, mas sim um lugar
para desenvolver alguma atividade “espiritual”. Um lugar para
proporcionar paz, convívio com a natureza, um local para meditação
e estudos para que as pessoas possam buscar seu desenvolvimento
e progresso espiritual, onde possam aprender a se desligar do
“material”. Há muitas sugestões - entre elas escola de Sai Baba -
para desenvolver valores humanos e espirituais no ensino. Não
sabemos bem qual o caminho, mas o que tiver que ser, certamente
se apresentará no momento oportuno.Também gostaríamos de saber
se tens condições de opinar sobre o local e sugerir algumas
alternativas. Fazemos a pergunta cientes de que poderás não
responder diretamente, mas realmente nos intriga o local, e seu
conhecimento superior certamente te dará um meio de nos dizer
algo. No mais, tive uma recaída de saudades a qual espero que não
tenha te afetado negativamente. Cada vez que voltamos de lá, nos
sentimos muito bem, re-energizados e leves. Para nós, tem feito
muito bem estes dias que passamos em São Chico. Foram conosco
o Paulo e a Bea, com os filhos Pedro e Pablo. Passamos a maior
parte do tempo com a Liane e o Bueno e os amigos que sempre se
encontram por lá. A mami voltou um pouco resfriada, ou talvez com
início de gripe, e foi deitar-se.

Espero que seus trabalhos e estudos a estejam deixando feliz.


Fique com Deus, e a Mãe Maria te proteja com seu manto.
Milhões de beijos, Papi

Dia 23 de abril de 2003 – 01h38


“Querido Papi,

Até que enfim, graças a Deus! Como eu esperei por isso! Acho que
tu nunca desconfiaste! Mas finalmente tu destes uma escorregada!
Desde que eu escorreguei e te chamei de Papi num e-mail, que eu
levei um puxão de orelhas e me advertiram para não repetir o erro!
É, ainda, aquela história da prova, sabes? E eu não sei se de
propósito ou sem querer, tu nunca escorregastes antes. Nem a
MAMI. Mas hoje isso aconteceu! Agora me respondas sinceramente:
tu nunca escorregastes antes de propósito, para me testar? Sejas
sincero, hein?

Hoje me comuniquei novamente no Centro Irmão Gabriel, através do


Eden. Não pedi, mas espero que eles te comuniquem sobre isso. Na
semana que vem, pretendo, não prometo, tentar me comunicar
através de outro médium. Eu adoro o Eden, mas para mim é muito
importante mostrar que sou capaz de fazer isso porque me
possibilitaria, como eu desejo, tu dissestes que deseja e tenho
certeza que a Mami também deseja, me comunicar em algum lugar
aí e, um dia, me comunicar através de um de vocês dois. Não
pretendo deixar de trabalhar com o Eden, que sempre me acolheu,
me ajudouetemtambémasmeninas,muitominhasamigas,mas isso não
me impede de poder ir aí também.

Na minha ida ao Centro hoje, tive uma grande decepção. Mas não te
preocupes, eu bati um papão com a Debbie, ela me explicou uma
porção de coisas e eu já estou superando. Minha decepção foi que
eu descobri que, como a Mami já
tinhadesconfiadoantes,achoquetutambém,queamemória da gente
pode ser bloqueada sobre coisas importantes e até pessoas que a
gente ama, quando a gente vem para D4. Eu sei que tem alguém
que eu amo, amei aí em D3, sinto o amor dentro de mim, e não sei
quem é. Me ajudes a descobrir? Eu sinto um amor por alguém e não
consigo ‘ver’ essa pessoa ou lembrar seu nome, entendes? Me
ajude...

Ainda não sei te responder sobre o lugar em São Chico, mas


prometo que vou tentar poder dizer alguma coisa. A Debbie
estáaquidomeuladofalandoparatedizerquesigastambém tua intuição,
que é muito boa. Não existe impedimento de eu falar, é que eu ainda
não consegui mesmo. É uma limitação minha, que ainda não
consegui superar.

Eu percebi tuas saudades. Não fiques triste, mas eu tenho que


confessar, eu também tenho saudades. Mas se tu
conseguiresserfelizapesardassaudades,tumefaráscrescer mais
rápido. Ouvi o Eden dizer uma frase que achei bonita: tu nunca
esqueces quem tu amas, mas tu precisas aprender a ser feliz apesar
da partida dessa pessoa, mesmo se achares que serias mais feliz
com essa pessoa.

Nunca te esqueças, EU NÃO MORRI, EU ESTOU VIVA E ESTOU


FELIZ APESAR DAS SAUDADES. Pense em mim como filha que foi
estudar fora, num lugar muito longe e não dá para ficar voltando toda
hora, só dá para passar uns e-mails.

Na Páscoa fui visitar o Vovô, e ele manda um forte abraço.


Comoeleéformal,né?Eletambémdissequenãotemcerteza
sevaicontinuaremNovoHamburgo,jáquenãotemninguém querido
previsto para chegar logo e ele tem umas chances de fazer uns
trabalhos para aprender mais, talvez até junto com alguém da família
da Terra. Mas ainda não decidiu. Ele me ajudou muito, quando eu
cheguei aqui. Disse que ficou emocionado quando ele partiu, eu
estava chorando, a Mami perguntou porque eu estava chorando se
eu nunca tinha ligado para ele e eu fiquei brava, dizendo que era
meu avô preferido.

Eu não aprendo, né? Já escrevi outro livro. Me desculpes, mas,


quando tenho oportunidade de me comunicar com vocês, não tenho
vontade de parar...

Escreve, tá?
BEIJÃO!!!!!!!!!! Tua Joyce.”

Dia 24 de abril de 2003 – 22h26

Querida,

Desculpe não ter escrito antes, mas eu voltei da serra com um


resfriado muito grande. Hoje já me sinto melhor. Aliás, amanheci
muito bem. Parece que a nossa meditação de ontem foi muito
benéfica. Se houve ajuda, agradeço muito mesmo... A meditação foi
muito boa, tranquila, mas ainda não vimos nada. E, devido a minha
gripe, acabei “dormindo” quase todo o tempo. Na próxima quarta-
feira, vou estar bem melhor.

Não sei se devo responder, mas o Papi sempre demora tanto... A


pessoa que estás procurando... podem ser várias. Tinhas muitas
amizades sinceras. Haviam pessoas que realmente amavas, como a
Natália, a Margareth, a Simone, aquele namoradinho da Topic
Escolar (não me lembro o nome dele, mas estavas apaixonadíssima
por ele). Não sei como te ajudar, mas no momento certo vais
descobrir quem é.

O Centro Espírita não manteve mais contato conosco. Enviei para ti


a cópia que recebemos e a resposta. Espero que estejas
progredindo.

Aconteceu um incidente com o Paulo lá em São Chico, durante o


café da manhã de sábado, e suspeitamos logo de ti. Não andaste por
lá neste dia? Aprontaste algo para ele? Estamos curiosos sobre tua
opinião.

Reze para que nossos negócios continuem bem.


Um beijo de quem te ama muito, Mãe

Dia 25 de abril de 2003 – 02h31


“Mami,

Dormir ao meditar é muito bom. Aprendi com o Dr. Augusto de


Almeida, lá de Abadiânia, que é no sono que acontecem os maiores
fenômenos mediúnicos. Ainda bem que estás melhor da gripe.

A ‘escorregada’ foi que ele te chamou de ‘Mami’, abrindo as portas


para que eu faça o mesmo. Eu gostei!

Seja o que for que aconteceu com o Paulo, NÃO FUI EU!
NÃOMEPONHAACULPA!(há,há,há,há,há).Não,nãofuieu. Eu até
passei por lá, mas os horários não batem. Aliás, estou tão confusa
com o tempo, os dias... acho que estive lá no domingo...não foi no
domingo que vocês foram àquele lugar? Foi quando estive lá.

Mami querida, desculpa, tá? Mas eu preciso falar. Agora é


minhaobrigação...Nãorezesparanegóciosouparadinheiro... Rezes
para conseguir fazer o melhor de ti no trabalho e o resultado é
automático. Perdão, mas eu preciso dizer...

Ah, esquece... Ouvi uma conversa do Eden ir para Novo Hamburgo,


acho que, semana que vem, quem sabe a gente pode falar...

Não vou mandar um livro de novo...


Responde logo!
Te amo!!!!!!!!! Joyce.”

Dia 29 de abril de 2003 – 16h07

Querida,

Estou escrevendo do escritório somente para dar uma satisfação


porque nosso computador lá de casa estragou novamente. Como o
Eden deve estar vindo para Novo Hamburgo, creio que ficaremos
alguns dias sem escrever. Quando ele retornar continuaremos as
conversas. Mas se quiseres responder ainda hoje ou amanhã, podes
enviar para o nosso endereço normal, pois amanhã o técnico vai lá
para arrumar o computador.

Beijos,
Mami

Dia 1º de maio de 2003 – 08h08


“Querida Mami,
Quem sabe será uma oportunidade de nos falarmos e, quem sabe, tu
me veres?

Não terei tempo de receber a resposta deste e-mail, mas espero que
tu estejas fazendo o curso do Rodrigo e espero te encontrar. Se tu
não fizeres o curso, por favor, entre em
contatocomoEden,quemsabe,comapresençadelee,talvez, até com a
ajuda de Shtareer, nós possamos ter um contato maior. Estou
esperançosa.

Beijos de tua Joyce.”


SEGUNDA PARTE:

As mensagens
CAPÍTULO 7 MINHA EVOLUÇÃO

Fiz o Curso Estelar de “Cura Quântica Magnificada e Reiki


Magnificado” nível I, com o Rodrigo Romo em Novo Hamburgo, nos
dias 3 e 4 de maio de 2003, juntamente com meu marido. É um
curso completo que abrange várias técnicas de cura (algumas das
quais já tínhamos feito), porém, muito mais completo, com total
abrangência e, ao mesmo tempo, resumido. A cura Quântica
trabalha com nível consciencial de elevadas dimensões, chegando a
atingir a energia crística.

Ocursofoimaravilhoso.OÉdenveiodeSãoPauloparacolaborar com o
Rodrigo. A Joyce estava presente também fazendo o curso, pois ela
havia participado somente como “ouvinte” quando o Éden fez o dele.

Eu conseguia sentir a presença da minha filha, mas não a via.


Segundo o Éden e o Rodrigo, ela estava lá: sentava no colo do pai,
abraçava a mim, fazia carinhos... Confesso que esperava uma
manifestação maior dela, pois o ambiente era propício. Na verdade
eu queria vê-la, mas não podia esquecer que ela também estava ali
como aluna. Talvez não fosse o momento mais adequado.

O curso durou dois dias. No final do segundo dia, foi feita a


“iniciação” de cada participante pelo Mestre Shtareer, através do
Rodrigo Romo. Cada iniciação foi completamente diferente da outra.

Durante a minha iniciação (como na do John também), a Joyce pediu


autorização para se manifestar através do Éden, para falar conosco.
Foi concedido. Parecia um sonho! Foi um momento muito
comovente. Podia sentir sua presença e falar diretamente com ela.
Enquanto conversávamos, Shtareer, através do Rodrigo, aproveitou
o momento para dar informações extras aos demais participantes,
concedendo-nos aqueles minutos maravilhosos, explicando sobre
este processo. Foi uma aula à parte.

***

Leandra (organizadora do curso juntamente com o Dr. Helio Ávila)


perguntou:-“IstonãointerferenoplanodivinodaJoyce, pois ela tem que
sair da colônia onde estava para vir até aqui?”

Shtareer : “Ela tem autorização para isso. As duas têm autorização


para isso. Vamos tentar abrir um pouco o portal porque ela nunca
incorporou.”

Joyce: “Não, mas estamos, as duas, preparadas para isso.”


Shtareer: - “Vou plasmar teu código genético no dela, tá?”(Foi
implantado o código genético da Joyce em mim).
Ela não vai ter nenhum tipo de interferência de obsessor ou impostor.
Transmigração genética, medula óssea, espinhal, DNA...
Om Joyce, om Joyce, om Joyce..
Código de acesso de vocês: (Foi dado um código de acesso)
Dentro de mais ou menos três meses ela já vai começar a sentir e
poder conversar com a própria filha.
Leandra: “Vamos cuidar para não abrir demais.”

Shtareer : “Então, por isso coloquei o código de acesso. Vai ser uma
imagem que ela tem, até quando era criança.”
Vocês vão ficar juntas por muito tempo, não se preocupem.

Leandra: “Esta iniciação poderá interferir no processo


encarnacional?”

Shtareer : “Ela vai poder ficar assim por um bom tempo e vai poder
manter a conversação unilateral. Isto é muito
interessanteporque,àsvezes,nestacomunicaçãounilateral,ela pode
transferir informações sobre a colônia e a mãe vai poder escrever um
livro espírita de como funcionam estas colônias
aquiemNovoHamburgo.Tudotemumporquê.Todososlugares na
colônia e outros lugares que ela vai começar a conhecer, mesmo nas
mudanças que estão ocorrendo neste planeta por causa do resgate
existencial, ela vai poder psicografar e escrever e tentar publicar um
livro sobre um ser que foi daqui e está do outro lado mandando
mensagens. Por isso foi autorizado. Tudo tem um porque.”

John: “É sobre os e-mails?”


Leandra: “Eu estava preocupada com esta situação.”
Joyce: Posso continuar mandando?
Shtareer: Claro. Pode, não tem problema.

Leandra fala para Joyce, brincando: - “Viu? Este é o problema. Tu já


tinhas feito. Como já fez com o Éden”(referia-se à incorporação feita
na nossa casa).

Shtareer : - “No passado, há muito tempo, na época da Atlântida,


quando as pessoas desencarnavam, elas mantinham o contato com
seus familiares. A barreira de frequência impediu este
prosseguimento depois da destruição de Atlântida, que gerou uma
explosão gigantesca e a camada de frequência foi muito densificada,
afastando (daí aquela expressão bíblica nas
escriturasquedizqueseparouocéudaterra)naquelemomento. Então, a
partir daquele momento, as pessoas que faziam a passagem não
tinham mais comunicação com o mundo encarnado, porque as
ligações foram totalmente desacopladas. E nós estamos num
processo de re-acoplamento dimensional. Então a comunicação vai
se tornar natural daqui a alguns anos, principalmente depois do
calendário Maia de 2011 e 2012, o acoplamento vai ser muito mais
forte e, depois de 2030, não haverá mais separação entre os dois
níveis.”

***
A Joyce desincorpora quase derrubando o Éden novamente. Está
faltando um pouco de prática – que vem com o tempo.
Que avalanche de informações! E minha iniciação propriamente dita
ainda nem tinha iniciado. A seguir, vieram as demais informações
sobre mim, hoje e vidas passadas, sobre tarefas, missão, etc. Isto
nos esclarece sobre o porquê das coisas, do que houve de errado
nas outras oportunidades para não repetílas novamente. Então,
descobrimos que nosso propósito real ao habitarmos neste planeta é
outro. Tudo aquilo que aprendemos ao longo de nossas vidas, é
apenas um meio para atingirmos nossos objetivos.

Aquilo foi maravilhoso! Estamos evoluindo para recuperar algo que já


tínhamos: o poder da cura, da comunicação e da evolução. Por outro
lado, isto nos trará uma maior responsabilidade e compromisso. Se
formos merecedores de certos privilégios, certamente não serão para
nosso deleite apenas. Estamos recebendo “ferramentas” para
trabalhar pelo bem e para o bem, principalmente do próximo.

Aquela situação era estonteante e ao mesmo tempo, deliciosa.


Sentia-metãoleve,tãofeliz,tãopróximadaminhafilha!Mesmoque nada
mais acontecesse comigo, eu já estava satisfeita e realizada. Tinha
conversado com minha filha e tinha aprendido muita coisa nova (o
que não significava assimilação total do conteúdo, pois ele é
riquíssimo, amplo e profundo).

Para mim, o curso encerrou-se com Chave de Ouro!


***
Na próxima semana teríamos a segunda parte do curso.

Eu estava ansiosa para saber como passaria aqueles dias. Como


seriam “nossos contatos”? Seriam através de sonhos? Eu a veria?
Conversaríamos frente a frente? Bem, melhor seria não criar
expectativas, pois teríamos muito tempo para desenvolver uma
técnica.

Mas a Joyce estava mais ansiosa do que eu. Eu sentia que ela
queria entrar em contato e eu não sabia como! Então, no dia 8 de
maio de 2003 peguei um caderno (que por sinal era de seu uso
quando ela ainda estava aqui) e uma caneta e sentei-me diante da
mesa. Olhava para aquilo e pensava: e agora? Sentiame ridícula,
pois estava aguardando alguma coisa que não sabia o que era, se
aconteceria, nem como. Então comecei a ter “ideias” como se
estivesse falando por ela e registrei:

“Oi Mãe,

Finalmente vamos poder iniciar nosso trabalho. Fomos autorizadas


pelos superiores. Vamos poder nos comunicar diretamente, sem
intermediários. No começo vai ser um pouco difícil, mas, aos poucos,
vamos conseguir nos unir numa só. Espero que nosso trabalho
possa ser exemplo para outros casos semelhantes, comprovando
que o Amor vence tudo, inclusive o tempo. Que o Amor é forte e
invencível. É uma chama que nunca se apaga. Alguns podem deixar
de ‘ver’ a chama, mas ela sempre estará lá. Basta sentir! É tão fácil!”

(Poralgunssegundostudoseapagou,comosetivessedesligado um fio
da tomada. Não consegui entender o que acontecia. Pensei: e
agora? Já acabou? Respirei fundo e então ela continuou):

“No começo é assim: a conexão vai e vem. Parece linha telefônica,


que de repente fica muda e depois restabelece o contato.

O que quero dizer é que isto é apenas o início. Vamos ter momentos
de muito trabalho pela frente. Estou me
preparandodiaadiaparapodertambémteajudar,facilitando o contato.
Estamos aprendendo juntas. Isto é lindo! Lembra que a gente
sempre queria fazer um trabalho juntas quando eu ainda estava aí?
Então, chegou a hora. Apenas o local é que estava fora do nosso
conhecimento. Mas o fato é que está acontecendo. É muito bom
poder trabalhar com quem se ama. Sou muito agradecida por tudo o
que vocês fizeram por mim...”

(Uma vontade enorme de chorar apoderou-se de mim. Minha


garganta estava tão estufada que parecia que ia explodir. Uma forte
onda de emoção e soluços tomou conta do meu corpo, pois comecei
a relembrar de nossos momentos vividos juntos e a saudade me
sufocava...) Passados alguns minutos, ela continuou:

“Não raciocine. Deixe que eu fale, pois a emoção pode atrapalhar um


pouco.

Tive a melhor família que poderia ter, enquanto estive na Terra.


Todos me deram muito amor e carinho.
Diga à vovó que não me esqueço dela. Ela tem um trabalho
bonitotambémparafazer.Elaestásendomuitolapidada.Ela tem muita
bagagem e condições de entender tudo o que está acontecendo...
(Mais uma pausa... Acho que ela também sentiu...)

Outra hora continuamos... Tchau!


Amo todos vocês...
Joyce” (8 de maio de 2003)

Esta foi a primeira canalização. Um misto de alegria, emoção e


incredulidade apoderaram-se de mim. Então, realmente aconteceu...
E tão rápido, apenas quatro dias após minha iniciação!

Agora, podia chorar a vontade, mas não de dor e sim de alegria.


Estava felicíssima. Foi o maior presente que poderia ter recebido nas
vésperas do Dia das Mães (que seria no dia 11).
Como agradecer a Deus por tanta bondade?

É como se Ele tivesse devolvido minha filha para mim! Ela estaria
sempre comigo e se comunicando! Era uma felicidade sem igual. Era
como se ela jamais tivesse se afastado de mim e naquele momento,
eu estava sendo conscientizada disso. Eu só poderia agradecer e
orar para que fosse sempre merecedora deste privilégio.

O John, quando viu a comunicação, não se conteve e enviou o


seguinte e-mail para a Joyce:
“Querida Joyce,
Parabéns pelo primeiro contato com a Mami. Foi emocionante para
mim, chegar em casa e poder ler sua primeira mensagem!
Adorei.

Torço para que vocês duas possam dar continuidade e cumprir as


missões que vocês têm.

Hoje pela manhã, como tu sabes, estive com a Mami no curso Cura
II do Rodrigo, porém tive que sair antes para viajar aos Estados
Unidos, mas quarta-feira já estarei de volta.

O Éden nos disse que, à tarde, o Shtareer viria especialmente para


fazer sua iniciação! Parabéns de novo! Só sinto por não poder estar
presente.

É isso aí garota! Grande Dona Joyce!


Milhões de Beijos, fique sempre com Deus, e o manto de
Mãe Maria te cubra sempre. Papi”

A segunda parte do curso transcorria numa leveza incrível. Sentia-


me feliz pelo nosso primeiro contato, que parecia um segredinho
nosso. Olhava para meus colegas e pensava: vocês não fazem a
mínima ideia do que está acontecendo comigo! Era como se eu
tivesse ganho na loteria esportiva. Era uma milionária e ninguém
imaginava. Sentia-me em “estado de graça”.

Naquela tarde, foi a última parte do curso e, conforme o combinado,


Shtareer fez a iniciação da Joyce. No final, chamou-a juntamente
com a Patrícia e a Debbie (entidades que trabalham com o Eden) e
levou as três meninas para passear em sua nave (certamente para
ensinar-lhes alguma coisa a mais).

Que maravilhoso este mundo! Sentia-me feliz por saber que alguém
mais estava tomando conta da minha filha; que ela estava em boas
mãos e que continuávamos aprendendo juntas como antes, apesar
de estarmos fisicamente separadas.
Passaram-se uns dias. Não sabia por onde andava minha filha, nem
o que ela estaria fazendo, mas tinha certeza de que estava bem e
buscando sabedoria. Pedia que Deus e que a Virgem Maria a
protegessem sempre; que os mestres lhe dessem todo o suporte,
condições e orientações necessárias para o seu desenvolvimento.

Amamos demais nossa filha. Ela é parte de nós e temos certeza de


que um dia estaremos juntos novamente, unidos, formando uma
grande célula de Amor Divino.

Neste momento, veio uma resposta:

“Ainda estou com Shtareer e as meninas. Estamos aprendendo


coisas lindas e importantes que oportunamente falarei. Por enquanto,
são somente estudos. O lugar é lindo, grandioso, parece outro
mundo, diferente, completo. Os aparelhos que tem aqui, nunca
imaginei existir, nem mesmo nos sonhos mais malucos. Com toda
esta tecnologia e a sabedoria dos Mestres, teremos condições de
poder ajudar a humanidade. Vai depender só da escolha de cada
um. Espero que vocês continuem no caminho do conhecimento, do
amor, da solidariedade. Estas são as palavras mágicas que mudarão
a forma de pensar dos escolhidos. Todos devem permanecer nesta
vibração para poder ‘mudar de casca’. Haverá uma grande
transformação planetária. Todos terão a oportunidade de demonstrar
o que aprenderam. E a seleção será feita. Sejamos todos corretos,
fraternos e deixemos que o Amor fale mais alto. Só ele poderá salvar
a humanidade. É chegado o momento de aprimorar e mostrar tudo o
que aprendemos.

Tenho que trabalhar...


Amo vocês!
Joyce” (12 de maio de 2003)

Aquilo seria real? Claro que sim. Precisaria me trabalhar muito ainda
para deixar de duvidar das coisas. Que mania de duvidar! Eu entrava
em conflito agora porque questionava o que eu mesma recebia e
dizia. Minha cabeça parecia um pote de salada de frutas. Era difícil
distinguir quando era eu ou quando era ela. Precisaria de muito
treinamento.

Muitas vezes eu queria entrar em contato com ela e não conseguia.


Ficava chateada, mas eram momentos em que não estava em
sintonia comigo mesma. Achava que tudo seria automático como
clicar num botão, mas não era bem assim, pelo menos no início.

Como as respostas não vinham com a rapidez que eu desejava,


resolvi mandar um e-mail para a Joyce, na esperança de receber
informações mais rápidas e detalhadas:

Querida,
Estou muito emocionada com tudo o que está acontecendo. É tudo
maravilhoso.

O Éden está voltando para casa hoje e deve chegar em São Paulo
amanhã, quarta-feira. Infelizmente, não houve muito tempo para que
ele pudesse vir aqui em casa. Mas, na próxima vez, vai ter que ter
um tempinho.

Quero agradecer o teu esforço e dizer que nossos contatos até agora
foram maravilhosos. Ainda estou um pouco confusa. Não sei sentir
exatamente quando é a tua ou a minha vez de pensar. Mas, segundo
os entendidos, isto logo vai se ajustando e definindo.

Foi o melhor presente de Dia das Mães que eu poderia receber. Tive
a certeza de te ter de volta. Agora sei que estaremos sempre juntas.
O Papi ficou com um pouco de ciúmes (que é normal, né). Mas o
trabalho dele também vai ser muito importante.

Enquantoqueeunãotivermuitafirmeza,vouescrevendo de vez em
quando, tá bom?
Te amo demais...
Mami
Ah! Vou preparar o escritório para continuar nossos encontros às
quartas-feiras, durante o inverno. Depois podemos continuar nos
encontrando no “puxadinho”, tá?

Beijão...

No dia 14 de maio, estava meditando no “puxadinho” durante a


eclipse da lua e recebi:

“Tu és merecedora. Não tenhas medo. Não receies. Não coloque em


dúvida a tua capacidade. Os Mestres estão aqui para ajudar, assim
como eu, também. Tu tens capacidade e é chegada a hora de
demonstrá-la. Quero te ajudar, mas preciso do teu auxílio, pois o
trabalho é nosso. Nem só teu, nem só meu. Ajude-me a executá-lo.
Vamos lá! Eu estou aqui e quero te ajudar. Entrega-te! Deixa o teu
coração falar mais alto.

Estou muito feliz com tudo o que estou aprendendo. Gostaria de


compartilhar contigo, para levar a todos uma nova verdade. Grandes
mudanças estão acontecendo e nós somos os instrumentos para
executá-las.

Ainda estou com Shtareer.


Temos agora um trabalho para fazer.
É para a humanidade...
Que as bênçãos dos céus iluminem toda a humanidade!

Nossosprimeiroscontatoseramcurtos.Euficavapreocupada querendo
saber notícias dela, mas sentia que nosso contato seria utilizado
para passagem de outras informações.

“A maior transformação é aquela que vem de dentro.


Ela é pura e deve prevalecer.
É na pureza e simplicidade que as coisas acontecem
(Agora não posso continuar).
Joyce” (21 de maio de 2003)
“Eu estou bem.
Eu estou aqui.
Não respondi os e-mails de propósito, para poderes praticar
(forçando tua vontade) para canalizar.
Confie, apenas, em ti.
Escute a voz do teu coração.
Depois que se sabe, é fácil.
Eu também tive medo de incorporar em outros médiuns. Agora já
consigo fazer. Eu treinei.

Nós somos seres de Luz. Viemos da Luz. E podemos nos reconectar


à Luz a qualquer momento, pois ela está dentro de nós.

Nós somos pequenos pontos luminosos, muito poderosos.


***

Agora me lembrava de uma mensagem que recebi no Oráculo dos


Anjos, em São Francisco de Paula/RS, quando em consulta com
minha amiga Liane Bueno no Tarô dos Anjos, uma semana depois da
partida da Joyce:

“Eu sou o anjo que desce quando seu coração está ferido.
Calma... Pegue minha energia! Sinta...
Envolvo-o amorosamente com minhas asas, curando-o com: Fé
e Aceitação.”
Tirei uma carta para a Joyce que dizia:
“Eu sou o anjo que desce para dar-lhe uma missão especial.
Os anjos necessitam de ajuda na Terra. Aceita ser um canal?
Então desde já comprometa-se a viver com: Calma e Equilíbrio”.
Então tirei uma carta para mim que dizia:
“Eu sou o anjo que a espera no caminho da Luz porque já é
tempo de decidir.
Persistirá no caminho habitual ou elegerá o novo? Venha...
Estou no novo, aguardando-o com: Liberdade e Desapego.”

Naquele momento, estas palavras repercutiram apenas como


consolo, afinal meu coração ainda estava sofrendo muito com a
separação e saber que haviam anjos ajudando e protegendo era
muito importante e suficiente para mim. Guardei estas mensagens
para ler futuramente, pois naquele momento não queria pensar sobre
isto. A gente sempre quer uma resposta pronta.

Só agora então, percebo o significado daquelas palavras. Já


estávamos sendo orientadas para desenvolver um trabalho juntas,
mas só percebi hoje, encontrando estas anotações.

Então tudo o que me aconteceu depois, foi apenas confirmação e


solidificação de minha caminhada.

CAPÍTULO 8 AS CANALIZAÇÕES

A evolução da Joyce era grandiosa. E a minha também, pois já


podia visualizá-la.
Sua transformação era visível.

Sem duvidas, ela estava aprendendo rapidamente. Inclusive sua


fisionomia estava mudada: seu corpo tinha menos forma e mais luz,
como se usasse uma túnica branca translúcida. O rosto era mais
meigo e delicado; os cabelos mais claros e levemente
encaracolados, mas ainda longos. Parecia um anjo. Não parecia, ela
é um anjo!

“Tu ficavas assustada quando eu falava em morte. Mas eu sentia o


que ela representava: A Liberdade! Eu só não conseguia explicar.
Mas eu percebia que era uma mudança para melhor. Algo mais leve.
Eu acho que já estava pronta há mais tempo para partir. Além de
sentir esta necessidade de ‘trocar de roupa’, eu também sentia muito
ter que te deixar. Nosso amor, nossa família era algo muito forte, que
me fez ir ficando mais tempo aí.

Hoje descobri que este mesmo amor continua... só de uma forma


diferente. Mas posso dizer que é ainda maior do que antes. É mais
puro, mais desinteressado, mais forte!
Continuo amando vocês todos. Também meus amigos.
Tivemuitos‘irmãos’aíecontinuoamandoatodos.Nãoquero citar nomes.
Isto não

importa. Todos que tem afinidade comigo, podem me sentir e


continuar me amando, assim como eu também sinto este amor por
todos.

Quando se fala em nomes, logo vem o ego de cada um que pensa: -


‘Ah que bom, ela se lembrou de mim e falou meu nome’. Se não falo
de todos, outros ficam com ciúmes. São sentimentos pequenos que
fazem parte da vida de vocês. Um dia vocês vão descobrir que existe
algo muito maior e mais sublime.

Estou estudando e treinando para podermos escrever mais tarde.


Por enquanto, vamos fazendo estes treinamentos. Tu precisas
aprender mais e eu também. Mas tenho certeza de que logo
estaremos engrenadas para trabalhar sério. Por enquanto vamos
levando na moleza”.

Amo todos vocês, Tchau! Beijos. Te amo...


Joyce” (24 de maio de 2003)
***

“Marque um dia e horário certo para nos comunicarmos. Fica mais


fácil para mim. Estou com muitos compromissos.
Estouaprendendomuitodepressa.Nósestamoscadavezmais próximas.
Tudo é só questão de tempo. Continue estudando e te esforçando,
como eu.

Shtareer deu um presente valiosíssimo para nós. Mas também


teremos muita responsabilidade sobre isso. Temos que falar a
mesma linguagem para nos entendermos. Mantenha sempre a
calma. Não force as coisas, pois elas acontecerão naturalmente.
Lembra do lance na cozinha? Conseguistes me ver e me sentir.
Fiquei muito feliz.
A tua sensibilidade vai aumentar.
Joyce” (1º de junho de 2003)

Era verdade. Um dia eu estava cozinhando distraidamente e percebi


sua presença ao meu lado, conversando, sorrindo e me abraçando.
Foi incrível a sensação de felicidade que senti. E quando a “razão”
se manifestou e tentei vê-la fixando meus olhos, a imagem
desapareceu. Esta não era a primeira vez que isto acontecia.
Quando participava dos trabalhos em atendimento do Medium João,
em Canela/RS, aconteceu outra experiência. Estava concentrada no
atendimento às pessoas na farmácia, quando, nitidamente, senti um
toque no ombro direito e pensei: espera um pouco, aposto que quer
dinheiro para comprar pastel. Vi claramente a imagem da Joyce
sorrindo ao meu lado e, como sempre ela fazia, me chamava para
pedir dinheiro para comprar guloseimas. Este pensamento veio muito
natural, porém quando olhei para o local onde ela estava, a imagem
sumiu. Então veio a emoção. Meu coração disparou e chorava de
alegria. Reconheço que fui infantil querendo enxergar ou “confirmar”,
mas é um instinto natural e humano. Vou superar minhas
dificuldades e deixar fluir sem questionar.

Mas não conseguia marcar um horário. Talvez não quisesse o


compromisso ou achasse desnecessário um horário. Eu não sabia
explicar.

“Continuo aguardando a data. Neste meio tempo, vamos indo assim


mesmo. Estou treinando como fazer estes contatos. Talvez possa te
ajudar. O importante é iniciarmos, mesmo que seja sem experiência.
O que vale é a vontade de querer fazer algo. Continuo com minhas
amigas e estamos cada vez mais afinadas. Cada uma de nós tem
passado por experiências diferentes e, juntas, nos complementamos.
Os Mestres sabem como lidar conosco. É impressionante como é
grande a sabedoria deles e a maneira como eles passam as
informações para a gente. A vivência deles parece infinita. E, quanto
mais se aprende, parece que menos a gente sabe, apesar de saber
que eu ainda não sei nada. Mas, assim como nós daqui, vocês aí
também estão recebendo muita ajuda. Muitas informações estão
sendo passadas ao mesmo tempo. Por isso, eu insisto tanto em dizer
que não estou morta. Eu estou aqui, praticamente junto de vocês,
aprendendo como se estivesse ainda morando com minha família.
Continuamos todos ligados e tendo a mesma oportunidade de
aprender o que já deveríamos ter aprendido. Parece que todos nós
estamosalgunsanosatrasados.Parecequeficamospormuito tempo
adormecidos. E, agora despertos, temos que recuperar
rapidamenteotempopassado.Eesteestácadavezmaiscurto. Por isso,
fico tão contente em ver que estamos caminhando juntos, apesar de
estarmos separados fisicamente. São tão poucos que têm esta
oportunidade! E, são menos ainda, os que acordaram para esta
realidade. É uma época nova, linda, mas de muito trabalho. Nosso
objetivo é que o maior número de pessoas sejam despertadas. Que
o amor possa tocar o maior número possível de corações
endurecidos, tristes e amargurados. Sem esta cura, eles não verão a
grande mudança, a grande transformação. E nós todos merecemos
dar este grande salto. Já lutamos e sofremos muitos anos para
aprender. Agora é a hora do merecimento de cada um, para que o
tiver.

Mãe, eu te amo. Amo o Papi, a vó, o vô, a tia Lia, a Kátia, o John, a
Karin. Amo toda minha família e meus amigos. Gostaria de ajudar
cada um de vocês. E eu posso, se cada um se ajudar também, pois
preciso da sintonia para poder agir com cada um. Fale para que cada
um se esforce para conseguir, deixando os pensamentos serenos,
agindo com o coração e vibrando no amor.

Beijos,

Ela tinha razão, precisamos começar a agir. Mesmo sem saber


exatamente o que eu deveria fazer, separei alguns livros instrutivos e
levei para o escritório. Tinha em mente o que sugeriria para cada
colega, mas me contive e deixei que cada um escolhesse um livro.
Para minha surpresa, cada um pegou exatamente o que eu tinha
imaginado oferecer, com exceção de um que eu não sabia para
quem era, mas a pessoa ao vê-lo, pegou-o e disse parecer com
parte de sua
historiavividaháalgumtempo.Esta“devorou”olivroefoiaprimeira a
devolve-lo dizendo o quanto se sentira melhor com as informações
ali contidas. Nele ela encontrou conforto e entendimento para uma
experiência que havia vivido e que deixara marcas profundas por não
compreender ou aceitar.

“Mãe, parabéns pelo teu trabalho. Viste como os frutos começam a


amadurecer? Cada Ser que desperta é uma luz a mais que brilha no
céu. É uma alma a mais que procura pelo seu regresso à casa do
Pai. Muitos vão iniciar esta procura e depois
desistir.Masasementevaificargerminando.Maisdia,menosdia, eles
voltarão à procura do caminho. Devemos incentivar sempre cada um,
a qualquer momento. Sem forçar; sem pregações. Apenas com
toque sutil. Mesmo porque, no fundo, todos estão
esperandooseuprópriodespertar.Sóumlevetoquemuitasvezes
éosuficiente.Aspessoasestãoentristecidasenofundoaguardam
desesperadamente por uma ajuda. Elas não têm coragem de
assumir as mudanças sozinhas, precisam de uma bengala, pelo
menos até ‘o motor pegar’. Depois podem andar por si mesmas, mas
não custa nada ficar ao lado, incentivando, porque vocês dois, tu e o
papi, sabem como é difícil. As provações são muitas e,
àsvezesparecemmaioresdoquepodemossuportar.

Por isso, o auxílio de alguém ao lado é muito importante, para que a


persistência continue.
Parabénsportudooquejáconseguiram.
Amo vocês.
***

Assim nossa caminhada continuava, sempre buscávamos mais


conhecimentos através de leituras e cursos. Certa vez, esteve em
nossa cidade um especialista francês em radiestesia. Seu trabalho
era muito conhecido e fazia a ampliação da aura e a conexão do
nosso canal crístico com o Pai superior. Era um trabalho diferente e
lá estávamos, o John e eu, novamente participando. Convenci meus
pais e minha irmã para também participarem.

“Mãe! Bonito o dia de hoje. Viste quanto foi ajudado a vó, a tia e o
vô? Que lindo o trabalho do francês. Como ele conseguiu ‘limpar’ os
três de tantas cargas que carregavam. No futuro, faremos isto num
piscar de olhos. Será tudo mais fácil, pois não deixaremos mais
acumular tantos pontos negativos.

Aliás, controlando a nossa forma-pensamento, não teremos mais


estas vibrações tão baixas. Estaremos protegidos de nós mesmos.

Mas hoje é muito importante esta limpeza, esta preparação. São


Seres preciosos que necessitam de auxílio e são muitos os
necessitados. A nossa caridade deve ser sempre e toda hora, para
atender o maior número de pessoas possível. Elas precisam de
nossaajuda.

Joyce”(18dejunhode2003)

Mas, após este trabalho, minha conexão com a Joyce ficou


prejudicada. Não conseguia mais contatos com ela. Assim passouse
um mês.

***

Fui para Abadiânia com minha amiga Bea (Lucia Beatriz Schneider),
minha irmã de alma, pessoa maravilhosa que sempre me deu muita
força, incentivo e até puxões de orelha quando eu questionava tudo
o que estava acontecendo.

Fui para lá com a ideia de colocar em prática tudo o que já tinha


aprendido. Não tinha mais nada para pedir às entidades de lá,
somente agradecer e retribuir.

Então, durante os trabalhos utilizei mantras, orações e apliquei os


símbolos que havia aprendido na cura quântica. Foi uma experiência
incrível. Realmente eles funcionam e ajudam muito, principalmente
quando a pessoa é receptiva e quer ajuda. Recebi até um
agradecimento de um ser que foi socorrido e encaminhado para
aprendizagem. Foi uma experiência arrepiante, mas sentiame segura
e amparada, naquele lugar, para praticar tudo o que já havia
aprendido. Durante todos os anos que frequentei aquela casa, nunca
tinha visualizado nada semelhante. Pude ver meu trabalho sendo
realizado “ao vivo” e com resposta imediata. Foi um trabalho bem
diferente de todos os outros e em todos os sentidos.

Foram três dias de muita gratificação. Eu sabia que estava no


caminho certo e a Joyce estava lá para confirmar. (Eu a vi
trabalhando e sorrindo para mim como um anjo).

Mas a conexão com minha filha continuava a desejar. Certo dia,


escrevi como se fosse lhe mandar uma carta:
Querida Joyce,

Não estou mais conseguindo captar as tuas ideias. Parece que se


formou um bloqueio. jude-me a entender o que está acontecendo...

E a resposta veio imediatamente:


“Mãe,

É o teu processo de transformação. Muitas mudanças em ti, mas


para melhor, viu! Se precisares de um tempo, não fique preocupada.
Terás o tempo que for necessário, sem cobranças... A tua evolução é
grande, portanto vais precisar de tempo para assimilar e trabalhar
com esta nova realidade.

Vaiserumtrabalhogostoso,gratificante.
Não te preocupes, tudo vai dar certo.

Háumagrandetransformaçãotambémemtodaafamília(o papi, a vó, o


vô e a tia Lia). Imagina vários pêndulos se movendo em várias
direções. Parece um pouco tumultuado, mas cada um encontrará o
seu caminho, seu equilíbrio, sua paz interior e a partir daí, tudo será
mais fácil. As confusões mentais não existirão mais será tudo limpo e
transparente.

Eu amo muito todos vocês.


Joyce”(17dejulhode2003)

“Mãe, eu continuo muito bem, como pudeste me ver lá em Abadiânia.


Estou surpresa com o teu crescimento e espero que continues
assim. Os trabalhos lá foram ótimos, conseguiste ajudarbastante.

Muitas vezes vou para lá ajudar, mas trabalho também em outros


lugares, em muitas atividades diferentes. O nosso trabalho
nãopáraenãoseprocessanumtiposó.Agentefazdetudo,ajuda
atudoeatodososqueprecisam.Àsvezes,aparecemcoisasque
pareceserimpossíveldeajudar,masconseguimos.

Muitos precisam de ajuda e, assim como nós, vocês também devem


estender as mãos. E não precisa ir muito longe, a súplica está à
nossa volta, basta observar o olhar desesperado de nossos irmãos
mais próximos. Os gestos de súplicas são muitos. Temos que
aprender a identificá-los. Falta coragem para as pessoas pedirem
ajuda, por isso devemos identificar quem a busca. Então, basta
estender a mão, é muito gratificante.

Mãe, continua com o que estás fazendo. Vais aprender


aindamuitomais.Colocaoquejásabesemprática.Façadisso o teu dia a
dia e novas técnicas irão surgindo para aprimorar o trabalho.

Diga ao papi que a missão dele é ‘dura’, mas ele está dando conta.
Ele deve ser firme e persistente. Um pouco mais e ele terá realmente
dado a volta por cima. As coisas estão indo muito bem, apesar de
vocês não pensarem assim. Tenham um pouco mais de paciência,
tudo vai mudar. E para melhor. Tenham fé e acreditem. O Pai não
abandona seus filhos.”

Amo vocês
Joyce” (30 de julho de 2003)
Neste meio tempo, viajamos para São Paulo para visitar a Katia.
Aproveitamos para encontrar com o Rodrigo Romo e marcar um
atendimento para o John e eu. Então, ele refez a conexão com a
Joyce (que havia sido desviada no trabalho que havíamos feito com
o francês) e nosso trabalho voltou a ser leve e rápido como antes.
Após o atendimento, combinamos de jantar juntos no dia seguinte.
Como o Rodrigo estava dando curso, ele convidou para assistirmos,
e logo após, fomos jantar. Nesta janta comunicou que, a partir do
próximo ano iríamos organizar os cursos dele no sul. Fiquei
estarrecida. Como iríamos organizar cursos na área da
espiritualidade se não conhecemos quase ninguém deste meio?
Trabalhávamos com exportação de calçados, nada a ver com cursos.
Onde arrumaria pessoas para convidar? As pessoas do nosso meio
não tinham “abertura” para isto. Sentimo-nos honrados com o
convite, mas também muito preocupados. O Rodrigo falou que não
precisaríamos nos preocupar porque “eles” lá em cima ajudariam...
Maisumaprovaçãoparamim:teriaqueconfiarquetudodariacerto.

Deixei tudo como estava, não pensei mais neste assunto e continuei
a manter os contatos com a Joyce. Ela continuava a ter experiências
no seu aprendizado do lado de lá.

“Mãe!

Hojejánãotenhomaismedoejánãomeassustocomcoisas
estranhas,poisasimagensquevemossãoapenasimagens.Hoje aprendi
a captar a essência destas imagens: nem tudo o que é feio
oédefato,eobelo,nemsempreépuroebonito.Hojeseiperceber a
essência de cada pessoa ou ser. Isto dá mais segurança. Lembra
quandofaleiquetinhamedodealgunsrépteis?Hojeeuentendo e
diferencio cada um. No fundo, todos são bons, porém alguns ainda
não encontraram o caminho do bem, mas um dia eles irão despertar.

Conheci tanta coisa diferente! Isto me fez crescer muito, agora posso
entender tudo muito melhor. Quando puder, vou falar mais sobre isto.

Então,tentoufugirdemim,hein?(brincadeirinha).
Confesso que fiquei um pouco temerosa, porque achei que não ia
mais encontrar o teu canal para nos comunicarmos.
Preciseipedirajuda.Masagoraestamos‘alinhadas’novamente. Shtareer
sabe fazer as coisas acontecerem. Mas foi uma experiência diferente
porque eu tive que me esforçar para buscar a conexão. E para
entender o que estava acontecendo, tive que
aprendermaisumpouco.Aofinaltudosoma,tudoéaprendizado.
Achoqueosassuntosestãoficandoumpoucomaissérios.Penso
quevamosterumtrabalhomaisdirecionado,nãoseidizerainda. Vamos
aguardar os acontecimentos. Tudo vem ao seu tempo. Mas a
verdade é que vamos ter muito trabalho.

Conto com vocês.


Joyce”(2deagostode2003)
***
“Mãe!
Não deixe a vó ficar triste, porque isto me entristece. Amo
muitovocês.Nóstemosquesersempreumafamíliafeliz.

Não importa onde estejamos ou com quem. O que importa


équecadaumtemumamissãoparacumpriretemquefazê-la com amor e
compreensão.

Se hoje estamos distantes, é só questão de tempo e espaço, pois


continuamos ligados na essência, no amor, no pensamento. E este
tempo é provisório. Logo estaremos juntos novamente em outra
jornada, em outro trabalho. E a nossa existência vai continuar assim,
nos encontrando e nos separando novamente, mas sempre ligados
no amor. Isto tudo faz parte da nossa evolução. Precisamos passar
por isso. Nós escolhemos isso. E isto fazpartedanossaexistência.

Amanhã poderemos estar em outro plano, mas nossa caminhada vai


continuar, pois queremos chegar até o nosso Pai. E a caminhada é
longa. Temos muito para depurar até chegar este dia. Neste meio
tempo, temos compromisso conosco primeiro, depois com os outros
irmãos.
O nosso trabalho não cessa quando partimos de um lugar para outro.
Ele continua, porém de forma diferente.
Pensemnisso,trabalhemesejamfelizes.
Euestoufazendoaminhaparte.
Com amor,
Joyce”(3deagostode2003)
***

Eratrêsdeagostode2003;estavafazendodoisanosqueminha filha havia


partido. Apesar de tudo o que havia acontecido, de tudo o que
havíamos aprendido e de todas as dádivas recebidas, ainda
sentíamos um leve aperto no peito.

O John estava viajando. Teria que dizer alguma coisa a meus pais,
pois, com certeza iriam querer ir ao cemitério levar flores, afinal era
uma tradição cultural e, para eles, difícil de quebrar.

Mas eu sabia que não deveríamos ir, ou melhor, não precisávamos,


pois ela não estava lá. Era complicado fazê-los entender isto, então
decidi que os convidaria para irmos, somente para levar flores para
enfeitar o jardim.

A Joyce já tinha captado a tristeza de minha mãe pela aproximação


da data.

Li a mensagem que ela havia enviado naquela manhã (texto acima)


e os convenci de fazermos uma visita rápida e sem lamentações. E
assim foi feito. Ufa! Que alívio!

“Eu estava lá, mas não gosto e vocês sabem disso.

Mas gostei do modo como foi feito. Entendi que vocês foram
somente para deixar o jardim mais bonito. Vocês finalmente estão
entendendo que eu não estou lá. Não gosto de lá.

A vovó já está me compreendendo. Ela pode pensar em mim e falar


comigo a qualquer hora, em qualquer lugar. Ela pode me ver. Se isto
não aconteceu ainda é porque a emoção interfere.

Quando ela controlar e aceitar com naturalidade a verdade, ela me


verá. Vejo que a ferida está quase cicatrizada no seu coração. Agora
é questão de tempo.

O vovô e a tia Lia estão mais equilibrados. Eles podem até não
entender direito, mas aceitam... E isto é muito importante. Quando
aceitamos as coisas como são, como têm que ser, o sofrimento é
menor. Isto é a entrega de que tanto falamos.

Entregaedeixaacontecer–etudoseráencaminhadodeuma
formamaisharmônica.Mesmoquedoa,serásuportável.
Obrigado por me compreenderem, por continuarem me amando e
me respeitando.
Joyce”(22deoutubrode2003)
***

No primeiro ano de “falecimento” mandamos rezar uma missa,


porque assim pedia a tradição religiosa. Foi uma catástrofe. O John
estava viajando e eu me sentia obrigada a fazer algo que não tinha
vontade de fazer: orar por um ente falecido! Deus, que crueldade! Eu
sabia que minha filha não estava morta, porque teria que orar por
sua alma, nesta data, como se tudo tivesse acabado? Meus
conceitos estavam totalmente modificados e não mais condiziam
com o que a sociedade esperava. Mas como explicar isto, inclusive
para meus pais?

Uma dor e uma angústia tão grandes apoderaram-se de mim, que


não tive condições de assistir a missa. Também os meus pais,
desmancharam-se em lágrimas num conflito tão grande que não
tiveram condições igualmente de participar do evento. Eles
questionavam: “E o que os outros dirão? Todos perceberão que não
fomos à missa”.

Ora o que importa os outros, neste momento? Eles sentirão a dor


que trazemos no peito? Eles entenderão o porquê de nossas
decisões? Eles viverão as nossas experiências?

Não, nada disso aconteceria. Afinal, nós iríamos participar da missa


somente para prestar contas para a sociedade? Estes valores
estavam totalmente equivocados.

Entendi que nós não precisamos de um dia específico para lembrar


de um ser tão especial. Orava todos os dias por minha filha. Pedia
auxílio e proteção divina por ela em todos os momentos e não
somente uma vez por ano, muito menos a título de ente falecido. E,
além do mais, não precisávamos expor nossos sofrimentos de dor
aos outros. Não é numa igreja que vamos tratar nossos ferimentos,
mas sim, no íntimo de nosso ser. Nós sabíamos disso.

A partir deste momento, tomei decisões e atitudes condizentes com o


que eu pensava e não mais me deixei levar por tradições que não
expressavam mais a minha realidade.

Continuo frequentando a igreja sim, mas quando eu quero e tenho


vontade, de preferência quando está vazia, facilitando minha
conexão com Deus.

Não se deve fazer nada por obrigação, mas sim se tiver vontade e
concordar com a situação.

Esta regra aplica-se a tudo, devemos sempre ouvir a nossa voz


interior, porque nem tudo o que é certo para um, é correto para o
outro. Assim como nem todos evoluem da mesma forma e
intensidade ou trilhando a mesma estrada.

“Para vocês pode parecer bonito o cemitério com o gramado


verdeasflorescoloridas.Maséartificial.Oquetememcima,não
éoquetemembaixo.Existemmuitosseressemluzperambulando por lá,
que ainda não aceitaram sua nova condição. Ainda
pensamque‘vivem’naTerraenãoquerempartir.
Muitas vezes são os próprios familiares que não querem sua partida
e eles se prendem em seus pensamentos querendo mostrar que
ainda estão aí. Ou ainda, estão aprisionados nos seus bens
materiais.

Quando chega a hora, temos que aceitar a passagem como


sefosseumaviagem.Naverdadenósviajamosparaoutrolugar. Quando
chega o final de uma etapa, temos que partir para a próxima, existem
várias ainda pela frente e não podemos parar. É para o nosso bem,
nosso crescimento. Não importa onde estejamos, nós temos uma
missão e temos que cumpri-la com
amorededicação.Todosdevemterconsciênciadisso.

Tambéméverdadequenemtodosvêmparaadimensãoque eu vim. Isto


faz parte do merecimento. Há vibrações também inferiores. Cada um
é encaminhado para aquela na qual está passando no momento,
mas a vontade de crescer e aprender pode levar qualquer um a
modificar sua situação. A escolha é individual e não se pode
interferir. Pode-se estender a mão e
ajudar,masaescolhadamudançaépessoal.

VejamquenãoémuitodiferenteaídaTerra,ondehápessoas em vários
estágios de entendimentos. Desta vez podemos dizer: O que há em
cima há em baixo. O trabalho de vocês é o nosso trabalho. Nossa
missão é servir. Cada um no seu posto a seu tempo.

Joyce”(23deoutubrode2003)
***
“Oserhumanoéengraçado!
Sua relação com as pessoas queridas que ‘partiram’ para outra
dimensão é puramente material.

Eles guardam fotos, cartinhas, roupas, objetos, brinquedos, todo tipo


de coisa que pertencia àquela pessoa, enquanto esteve
vivendojuntodeles,comoseistosimbolizasseouresumisseavida
daquele que se foi. O entendimento da ‘morte’, praticamente não
existe, eles a colocam como um ponto final de uma existência, como
se a partir dali tudo se acabasse, como se aquele ser simplesmente
evaporasse, só ficando lembranças, torturas, arrependimentos e
perguntas sem respostas.

A morte não existe como um todo. Fica aí o corpo, que é uma


vestimenta temporária, mas a essência continua, o indivíduo passa
para outra dimensão, apenas isso. Parece misterioso ou
incompreensível, somente pelo fato de que, hoje, não podemos ver
este Ser nesta outra dimensão. E aquilo que as pessoas não vêm,
não acreditam.

Mas isto vai mudar. Num futuro próximo, todos terão a oportunidade
de ver e se comunicar com os seus familiares e amigos que já
partiram. Vai depender da evolução de cada um. A oportunidade de
crescimento está sendo dada: nos livros, revistas, entrevistas,
televisão, jornal. Em todos os locais estão sendo semeados assuntos
para despertar a atenção a estes fatos polêmicos. Muitos exemplos
estão sendo apresentados, muitas experiências estão sendo vividas
e transmitidas, como mensagens em sonhos, pensamentos
estranhos, sensações...

Devemos estar atentos a tudo o que acontece em nossa vida e parar


de desconfiar e duvidar dos fatos. Se ficarmos quietos, observando,
escutando e refletindo sem julgar, estaremos nos dando a
oportunidade de entender o que está nos sendo ensinado.

Que a vida continua, não resta a menor dúvida. Estou aqui como
prova disto. Mas para muitos de vocês não deve ser o
suficiente,poisnãomeconhecemnemmeestãovendo.

A única maneira de obterem a prova é através de vocês mesmos.


Abram o coração, libertem as amarras do medo e da dúvida. Não
questionem nada, apenas sintam. Deixem que a pureza da alma se
manifeste. Entreguem-se e reflitam. Conectem-se com o Ser
Supremo e ele dará as respostas. Acreditem no que sentirem e
pressentirem. Isto é de vocês para vocês. Não comentem, guardem
para si. É o começo do despertar, do crescimento, da verdade.
É sua sabedoria milenar ressurgindo de seu interior. Ela sempre
esteve lá, mas agora podem libertá-la. Façam uso dela para crescer
novamente. Lancem mão das armas que já foram suas e pratiquem o
que já sabiam: o amor, a compaixão, a doação. Com estas armas,
vocês conseguirão lutar e conquistar seu espaço eterno. Levarão
consigo cada irmão que está a seu lado e uma nova realidade
surgirá. Um novo mundo sem guerras e desigualdades se formará.
Neste momento, após sua
purificação,vocêsestarãotambémvibrando,juntocomoplaneta, numa
dimensão superior, com valores nobres e verdadeiros.

Alutajácomeçou,muitosestãonomeiodabatalhaenemse deram conta.


Mas aproveitem estas palavras para acordarem e
seajudarem,paraqueoprocessosejamaisrápido,conscientee eficaz.

Inspirem profundamente a energia pura da natureza e expirem com


força, pela boca, colocando para fora tudo o que atrapalha, que
pesa, que dói. Expilam as dúvidas, os sentimentos inferiores, os
ressentimentos. Respirem amor e ponham para
foraorancor,oódio,ainveja,tudooquepesa,poisjánãoémais seu.

Façam este exercício diariamente até sentirem que não têm mais
coisas ruins para expelir.

A partir daí, uma nova vida surgirá. Vocês viverão no amor, na


harmonia, na doação. Tudo será mais leve e, aos poucos, suas vidas
tomarão outro rumo. Tudo começará a se ‘encaixar’, os valores
mudarão, os objetivos simplificarão. E vocês se perguntarão: ‘Puxa,
por que não pensei nisso antes?’. Pois agora vocês terão a prova de
que é possível mudar e crescer. Resta então, continuar, porque esta
foi só uma etapa. Temos que continuar, praticando sempre, ajudando
o próximo, dando as mãos para aqueles que ainda estão ‘tateando
no escuro’, pois têm olhos, mas não enxergam.

Cada um tem o seu tempo e temos que respeitar, sem deixar de


ignorar. Quanto mais auxiliarmos o próximo, mais rapidamente
formaremoseviveremosnumTODOmelhor.
Façam a conta: se despertarmos o amor num irmão, levaremos um
tempo ‘x’, se despertarmos em dois irmãos levaremos a metade do
tempo, se for em quatro, será num quarto de tempo. E, se cada
irmão despertado fizer o mesmo? Vejam a responsabilidade que
temos! Confessem: Não é tão difícil, não é mesmo? Tenho certeza
de que conseguiremos. Todos são bons,
sãofilhosdomesmoPaiequeremosomesmobem.Então,mãos àobra!”

Joyce(22deoutubrode2003)
***

Certa noite, tive um sonho em que aparecia uma menina que havia
fugido de casa e estava andando pelas ruas. Insisti de todas as
maneiras em levá-la para casa, mas ela se negava a voltar.
Estavafeliz,sentia-selivre,andavasaltitandopelasruas,porémeu queria
que ela voltasse para casa, pois na rua era muito perigoso. Quando
acordei, fiquei preocupada pensando que fosse a Joyce e que algo
poderia estar acontecendo com ela. Como poderia saber? Ainda não
tinha habilidade suficiente para distinguir os fatos que envolviam
nosso relacionamento, por isso Precisava me comunicar
urgentemente com ela.

“Mãe!

...Cuida com o que acontece contigo. Observa e analisa


cadapensamentoteu.Tuestásnumprocessodereformulação interna.
Todos os teus corpos, teu passado, presente e futuro estão sendo
trabalhados. É normal acontecer confusões.

Não era eu que estava no teu sonho. Eras tu, no teu passado e teu
presente tentando te ajudar. A tua ‘direção’ está sendo ‘alinhada’.
Não sei se me entendes, mas também não sei te explicar melhor, no
momento.

O meu processo também está sendo trabalhado, muitas vezes fico


confusa, mas o tempo está passando rápido e tudo tem que ser
ajustado para podermos acompanhar a grande transformação.
Não te preocupes, apenas compreenda e aceites. É tudo muito
natural. A gente é que não entende, porque quer saber a lógica da
coisa.

Deixe tudo correr conforme a correnteza de um rio e a coisa vai se


ajeitando. Quando tivermos encontrado todos os nossos pedaços
espalhados, estaremos prontos para sermos ‘Um Inteiro’.
Compreendes? Sei que sim, tudo isto já está dentro de ti.

Eu estou bem, não te preocupes. Tenho trabalhado muito, como


sempre, porém aprendendo muita coisa nova. Também tenho
praticado o que aprendi, pois não adianta saber e não fazer o que se
aprendeu.

Sei que queres saber mais, mas no momento, não posso falar. Tens
que ter paciência e, ssim como tu, eu também estou passando por
reformulações. Temos que ter paciência. Mesmo porque tudo está
sendo preparado, inclusive nós.

Eu gostaria de poder ajudar vocês (tu e o papi), mas não posso. Tu


sabes disso. Cada um tem o seu caminho e cabe a cada um tomar
suas decisões.

Mas estou torcendo por vocês, para que tomem a decisão


corretaparacadaatoseus.Tenhocertezadequevocêssabem o caminho
a seguir e as decisões a tomar. Vocês tiveram todos os
ensinamentos e ainda estão tendo, é só aplica-los corretamente.

Além disso, vocês podem e devem pedir ajuda a seus Mestres, pois
eles estão prontos para ajudar, sempre.
Um grande beijo para vocês, amo-os demais e sinto vocês sempre
dentro de meu coração.
Estou em vocês e com vocês.
Joyce” (1º de setembro de 2003)

Voltando à cena do sonho, é possível que meu interior esteja mais


desprendido e livre do que eu imaginava, mas os vícios do cotidiano
ainda falam alto, alertando sobre os perigos e o medo do
desconhecido.

Precisamos dominar estes sentimentos, transformando-os,


entendendo-os.

As lições de vida não param de se manifestar, devemos estar atentos


sempre, temos que aproveitar cada novo fato que surge em nossas
vidas e tirar o maior proveito possível, mesmo sabendo que é difícil
aceitar e modificar.

“Mãe!

Eu já disse: não tenha medo. Acredita em ti e em teus pensamentos


que podem ser os meus. Sei que parece difícil, mas tens que te
esforçar mais. Depois de passado algum tempo, isto vai parecer a
coisa mais natural do mundo.

Comojádisse,euestoufazendoaminhaparte,estudandoe praticando,
porém, para nossa conexão funcionar, temos que estar juntas no
tempo e no espaço. Eu tenho feito progressos e espero que meus
Mestres estejam satisfeitos comigo.

Estou um pouco afastada das pessoas que conheço. Até as ‘gurias’


estão sentindo minha falta (e eu delas também), mas eu preciso
passar por outros ensinamentos. Estou estudando muito e está
valendo a pena. Minha bagagem está ficando grande. Vamos ter
muito o que fazer...

Aguarde!

Apesar de não ter muito tempo, tenho passado aí e na casa da vó


também. Diga para a vó que eu vou rezar para
queacirurgiadelasejafeitacomsucesso.Voumandardaqui, fluídos
positivos para ela. Tenho feito isso mais vezes para vocês todos. Não
sei se percebem, mas eu faço.
Queridos, eu amo vocês todos. Fico feliz quando estão felizes. Eu
sinto a alegria e a felicidade de vocês.
Fiquem sempre nesta sintonia e estaremos sempre juntos.
Beijos
Joyce” (4 de setembro de 2003)
***

Quando menos esperava, lá vinham minhas dúvidas novamente


sobre o mesmo assunto. Realmente os mestres têm uma paciência
infinita, pois estamos sempre questionando sobre os mesmos temas.
Mas paralelamente, eu estava me esforçando muito. Não fosse toda
a bagagem equivocada que trazemos desde o nascimento, seria
mais fácil.

Num momento de questionamento de responsabilidades e dúvidas


ela respondeu:
“Então deixa fluir...

Aqui onde estou não é diferente, também tenho as minhas


dificuldades. A disciplina ajuda, com certeza, mas a técnica, que
parece simples, na verdade, para nós, não é. É preciso esforço e
aprimoramento.

Para quem queria, mas não imaginava que conseguiria, estamos


indo bem.
Eu tenho recebido ajuda e treinamento. Meus amigos são generosos
e meus Mestres muito pacientes.

Hoje estou morando na Casa do Escritor. Aqui é muito bonito. Os


salões são grandes e muito claros. Parece que não tem teto, mas
tem. Ele é alto e translúcido. Existe uma biblioteca enorme, com
livros sobre todos os assuntos. Posso consultar alguns deles,
aqueles a que se referem ao momento em que estou passando. À
medida que vou aprendendo mais, outros são liberados para leitura,
a qual temos horários, para a aula (nossa classe é de seis alunos),
para troca de experiências e para o trabalho. Sobre este não posso
falar agora.
Tenho visto o vovô Albert. Ele mudou de colônia e está se ocupando
com outras pessoas da idade dele. Ele está bem e feliz. Sei que a
vovó Joyce o visita, mas não tenho encontrado com ela.

Outro dia vi a Jaqueline. Ela está se tratando. Ainda está um pouco


traumatizada com o que ocorreu. O Victor está muito bem, feliz,
convivendo com outras crianças. Acho que
embrevevoltaráparaaTerra.Elenãopodetermuitocontato com o pai,
porque isto o deixa muito triste. (O pai resiste em aceitar sua partida.
Quando aceitar, poderão ter contato).

Mãe, não te preocupes com as coisas que ‘parecem ser’. A tua fé e o


teu conhecimento vão superar e curar todas as tuas dúvidas e
feridas. Pratiques o que aprendeste. Tu és forte e vais superar tudo.
Ajuda também os teus em volta
(tuafamília,teusamigos).Eupossotemandarmuitaenergia, basta aceitá-
la.

Agora cuida de ti, de tua missão (acho que falei demais).


Beijos
Joyce” (15 de outubro de 2003)
***

Eu me sentia angustiada por estar recebendo tantas informações e


não saber o que fazer com elas. Sabia que deveria repassá-las, mas
como? Através de um livro? Não tinha a mínima ideia de como fazê-
lo, afinal tudo isto não estava nos meus projetos de vida.

“Nossa história não terá sequência lógica. Terás que coordenar isto
depois. Falaremos de vários assuntos.

Quero te falar hoje sobre tua fé. Tu sabes que tens uma fé muito
grande, mas não a assumiste ainda por completo. Quando fizeres
isto, tudo será mais fácil. Posso dizer até que será tão natural que
parecerá quase infantil. É complicado tentar explicar o fácil, pois as
pessoas gostam de dificuldades, de segredinhos, de esconde-
esconde. Ninguém precisa fazer cursos ou estudar profundamente o
que é natural no ser humano. A fé, o amor, a compaixão fazem parte
de nosso ser. Não precisamos buscar fora o que está dentro. É só
deixar fluir.

Quando falo destes assuntos, que parecem tão banais, todos


pensam que estes são exceções, mas afirmo em dizer que não. São
sentimentos que Deus nos deu e nossa missão é sentí-los na sua
maior plenitude e despertá-los no próximo que ainda está
adormecido, que ainda não percebeu, não despertou de seu sono
mais profundo. Muitos só despertam quando sofrem, quando perdem
algo ou alguém muito importante nas suas vidas. Então buscam
‘explicações’ para o ocorrido, porém conhecem antes a revolta e o
desespero. Questionam a fé, o amor e até a existência de Deus. É
neste momento, quando se encontram no maior desespero e
abandono, que buscam consolo. Só Deus pode dá-lo nesse
momento,porissosóafépodefazerrenasceroamoremseus corações. É
assim que cada um vai à procura do seu caminho interior para
encontrar aquilo que sempre esteve dentro de si.

Felizes aqueles que seguem logo esta direção, não permitindo que a
amargura, a revolta e a vingança se manifestem. Pois, para muitos, o
reencontro consigo mesmo é mais árduo, difícil e sofrido.

Não desperdicemos mais as oportunidades que estão sendo dadas.


Abram seus corações e recebam os ensinamentos que estão sendo
ministrados pelos superiores a cada momento.

Precisamos transmutar nosso modo de ser. Temos que simplificar


nossas emoções, nossos sentimentos, nossas atitudes. Deixemo-nos
levar pela fé, pelo amor, pela compreensão e tudo será mais leve
para suportar as modificações que estão ocorrendo.

Logo que vim para cá, confesso que fiquei triste por me separar de
vocês, mas logo percebi que ainda sentia o mesmo amor e que
estarmos em lugares diferentes não modificara nossos sentimentos.
Além disso, eu estava livre de meu corpo pesado e problemático.
Eu estava livre, leve e solta no ar, e curada!

Oh! Meu Deus como és perfeito! Agradeço-te por tudo o que passei e
aprendi. Sei que era necessário ter passado o que passei e tu me
devolveste sã e perfeita. Estou de volta ao lar e muito feliz, sempre
senti muita vontade de estar aqui, e me aceitaste de volta em toda a
minha plenitude.

Gostaria que todos retornassem desta forma, só que na realidade


isto não acontece, mas eu e outros tantos conseguimos. E nós,
daqui, queremos ajudar a despertar este amor maior do nosso Pai,
para que vocês aí o busquem com intensidade dentro de si e para
que nos reencontremos todos aqui com muito amor e muito trabalho.

Joyce” (9 de outubro de 2003)


***

Aos poucos comecei a me sentir mais confiante e tranquila. Então


percebi que conseguia ir até o local onde ela se encontrava e, ao
mesmo tempo em que canalizava, comecei a estar junto dela. Visitei
vários lugares, cada qual mais lindo...

“Ontem tivemos uma aula com Chico Xavier. Fiquei tão feliz em
conhecê-lo pessoalmente! Ele é de uma iluminação indescritível, é
pura Luz. Ele elogiou nossa dedicação e disse que esta turma é
especial. É incrível, mas nossa turma é formada por jovens como eu
entre 16 e 20 anos e agora é que me dei conta disso. Nosso trabalho
será muito importante, levaremos sementes que germinarão bons
frutos e todos nós faremos um trabalho diferente do que já foi feito
até aqui. Ainda não sabemos exatamente o que é, mas seremos
orientados.

Vou te mostrar o meu quarto, é simples, mas muito iluminado. Veja a


foto do Pepo, guardo-a com carinho. Aqui têm uma cama, um criado
mudo, uma escrivaninha e uma pequena prateleira com livros. Tudo
é simples, claro (muito iluminado) e limpo. Não necessitamos mais
do que isto. Os móveis são brancos, mas quase sem definição. É
tudo translúcido, não tem cantinhos, não há o que esconder. As
atitudes aqui são transparentes, o sentimento é só Amor. Somos
todos como um livro aberto, em que a pureza e a verdade reinam e
refletem, por isso, tudo aqui é tão simples. Não há julgamentos,
portanto não há ego. Só há soma, não há subtração. Só há
contribuição, doação e aprendizagem. Confesso que ser o que
somos aqui é mais fácil, pois estamos vibrando nesta energia de
amor cristalino e incondicional, enquanto que vocês lá na Terra,
estão vibrando numa energia muito densa. É bem mais difícil o
trabalho de vocês. A eliminação das ‘cascas’ para a purificação
pessoal e do Planeta é dolorosa. É uma luta constante, mas vocês
estão conseguindovencer.Apurificaçãopoderiasermenosdolorosa,
não fosse o ego, que atrapalha tudo. Tentem neutraliza-lo, não
julguem nem aos outros nem a si mesmos. Não estabeleçam regras
que não poderão cumprir. Abram o coração e deixem que o amor fale
por si. Retirem todos os
sentimentosquenãofazemmaispartedesuasvidas:ainveja, o
julgamento, o preconceito, o ódio, a vingança, a calúnia, a
mentira,etc.Sejamhonestosconsigoecomopróximo.Sejam bondosos,
tolerantes, amorosos. Confiem mais. Auxiliem os menos
esclarecidos. Estendam a mão aos necessitados. Formem uma nova
comunidade, com novos conceitos e atitudes e um grandioso passo
será dado para uma nova vida, mais leve, mais sadia, mais evoluída.
Automaticamente,
vocêsestarãovibrandonoamor,sepurificandoeelevando-se de
dimensão.

Pensem nisso, façam isso e estaremos nos encontrando todos em


breve!
Joyce” (17 de outubro de 2003)
***

Durante uma meditação, fui ao encontro da Joyce. O lugar era


maravilhosamente calmo, suave, com uma atmosfera angelical.
Sentamos no banco de um jardim lindo e florido que, aliás, ficou
sendo o meu refúgio. (Ela autorizou que eu fosse até lá sempre que
necessitasse).

A Joyce me abraçou ternamente e disse:

“Para vocês hoje é domingo, um dia especial. Aqui, no entanto, todos


os dias são domingos. Apesar do nosso trabalho, nosso estudo,
sempre encontramos um tempo como este para ‘curtir’, para
conversar, abraçar...Eu amo vocês, não canso de dizer. Sinto cada
um como se fosse parte de mim. Aqui sintonizamos a energia, a
natureza, as pessoas, os animais com muita facilidade.

Veja quem está vindo: o Pepo. Ele está comigo, não mora comigo,
mas está sempre junto quando venho neste lugar. Ele faz parte da
natureza, das flores. É o meu amigo de todas as horas e nos
compreendemosatravés do olhar. Os animais são assim,
especialmente os cães Eles não pedem nada e se doam por
completo. É um sentimento nobre, que muitos humanos
desconhecem. Eles se entregam totalmente ao seu dono. Não
guardam rancor, ressentimentos, nem ódio. Se castigados por seu
dono, por alguma razão, em seguida vêm, submissos, pedindo
perdão, carinho e aconchego.

Hoje vamos ficar por aqui, caminhar... Quero te mostrar a linda vista
que temos para um vale maravilhoso, verdejante. Parece uma tela
pintada por Deus: um gramado muito verde salpicado de flores
silvestres. Apesar de linda, esta região é subdividida por colônias.
Cada uma, específica para cada tipo de trabalho e só podemos
visitar com permissão dos superiores. Em cada uma temos que ter
proteção específica.

Aqui, caminhamos livres por todo este espaço sem problemas, pois
está protegido como se tivesse uma cerca invisível em torno.
Somente energias iguais ou superiores podem entrar aqui ou em
qualquer outra colônia.
Joyce” (19 de outubro de 2003)

Fiquei por ali algum tempo, não sei quanto, aproveitando aquela
sensação maravilhosa, de aconchego e amor que lava a alma e a
mente. De repente, vi a Joyce se afastando lentamente entrando
num prédio grande, alto, branco quase translúcido e o Pepo indo em
direção contrária, para o campo.

Estava na hora de voltar. Não me deu vontade de ficar, engraçado!


Nem me senti abandonada. Percebi que meu lugar ainda é no
planeta Terra. Estava começando a aprender e respeitar os
momentos de cada um, inclusive o meu.

***
“Nossa missão é escalar a montanha.

Lá em baixo nós crescemos, nos criamos, recebemos


informaçõeseconceitos.Àmedidaquesubimos,osconceitos, as
informações e os objetivos de vida vão mudando. Escorregamos,
caímos, nos machucamos, pois a escalada é árdua, mas nosso
objetivo agora é chegar ao topo.

Lá está o Senhor da Sabedoria.

Nesta subida está a nossa escola, nosso aprendizado. Vamos nos


modificando a cada passo e atualizando nossos ‘registros’ de
consciência.

Oqueeraimportanteantes,agorajánãoémais.Acargavai
aliviando.Aoinvésdeficarcadavezmaispesadanossasubida, ela deve
tornar-se leve como uma pluma, contrariando as leis da física. Tudo
depende de nós, de aceitarmos as mudanças, de abrirmos nossos
corações para sentimentos puramente nobres. Cada fardo pesado
deve ser deixado pelo caminho e substituído por amor, tolerância,
abnegação e fé.
Nesta caminhada não podemos levar nossos bens materiais, pois
não daríamos muitos passos com eles já que são muito pesados.
Precisamos deles para sobreviver e devemos levar o suficiente até
chagarmos lá em cima, mas não podemos fazer disso uma
prioridade em nossas vidas.

Enquanto que o amor, a consciência, a certeza de termos feito o que


podíamos pelos outros e principalmente por nós mesmos, não
pesam. Só nos dão alegria e satisfação.

Quanto mais bagagens leves carregarmos, antes chegaremos ao


topo.
E aí sim, tudo será festa! Ao lado do Pai, com a missão cumprida,
beberemos do cálice da vida eterna.
Sem mais sofrimentos.
Joyce” (24 de outubro de 2003)
***

Apesar de muitas palavras serem direcionadas para nós, sabemos


que muitas pessoas poderão se beneficiar, pois elas são
abrangentes e se enquadram no perfil de muitos.

“Eu gosto e vou até aí, por vocês. Apesar de achar bonito o lugar, a
casa e as flores, afinal, foi aí que nasci e me criei, isto não me diz
mais nada. É apenas um lugar. Onde quer que vocês estejam, aí
estarei. Vocês devem viver num lugar que vocês gostem e que se
sintam bem.

É importante gostarmos de tudo o que fazemos. As


mudanças,àsvezes,sãonecessárias.Assimcomoasinternas, que tanto
falamos e que vocês estão fazendo muito bem,
tambémasmudançasexternassãomuitoimportantes.Temos que
encontrar sintonia e equilíbrio entre os dois lados. Se o externo não
comporta mais a evolução interior, é importante encontrar um local
adequado onde possa se expandir mais.
A cidade oprime, polui, escraviza. Lógico que junto à natureza pura e
à mata nativa, poderão encontrar mais liberdade, bem estar e
sintonia.

Mas vejam que isto é apenas um facilitador, pois em qualquer lugar


vocês têm condições de se conectarem com o supremo.

Façam sempre o que seus corações pedirem. Se acharem


importante qualquer mudança, façam-na! Eu estarei sempre junto.

Peçam ao Pai que lhes mostrem o caminho e ele o fará.

Nós somos, nós estamos, nós nos conectamos em qualquer parte,


em qualquer espaço. mudanças, vivam as novas metas, renunciem
ao que não pertence mais a esta nova jornada, joguem fora o que já
passou. A essência de todas as experiências passadas está dentro
do coração. Não precisam de lembranças, pois elas só atrapalham.
Cultivem as sementes plantadas e vivam intensamente o dia de hoje.
Isto não mudará. Aceitem as experiências, pratiquem suas

O ontem já passou; vivam o hoje como se fosse só hoje; o amanhã


se houver, será outro hoje! Intensifiquem esta meta: façam o melhor
de si hoje, não deixem dívidas de ações para
fazernofuturosenãosabemsepoderãocumprí-las.Opouco ou o máximo
deve ser dado e vivido agora. Não guardem sentimentos ou ações
para depois, pois poderá não acontecer e aí se lamentarão. Deixem
seu saldo interior sempre positivo e estarão vivendo no amor
incondicional. O acerto de contas deve ser feito agora. Pensem
nisso.

Desta forma, não temerão a amanhã, as mudanças nem as novas


experiências que poderão surgir em suas vidas. O crescimento será
mais rápido, pois haverá compreensão. Tudo o que nos acontece
tem um porquê e será fácil compreendermos se estamos com a ‘lição
de casa’ em dia.
Compreendendo o que passou, vocês retirarão das costas um peso
enorme e terão direito a um alívio imenso, podendo então, sentir
intensa alegria para viverem felizes.

Felicidade é tudo o que queremos! Sejam felizes! Vocês têm este


direito.

(Hoje fiz algo diferente: Estou em pleno andamento de


aprendizagemnumasaladeaulaemeconectandocontigoao mesmo
tempo. Não sabia que isto era possível. É engraçado!)

Beijos,
Joyce” (25 de outubro de 2003)

Deus te abençoe hoje e sempre, amada filha!

“Temos que nos libertar da possessão. Nosso objetivo na Terra é de


possuir e dominar. Queremos ter cada vez mais bens, dinheiro, etc.
Até mesmo as pessoas, queremos tê-las para nós, à nossa
disposição.

Tudo o que temos e conquistamos é temporário, é emprestado. Nada


disso se leva quando partimos. Se nos foi confiado, foi para termos
condições de sobreviver para aprender. Os bens materiais são nossa
sobrevivência para que nosso espírito e nosso coração possam se
manifestar, através da experiência, do aprendizado e da sabedoria,
com o auxílio dos seres que estão ao nosso alcance.

Temos que mudar o enfoque sobre as coisas. Não estamos aí


somente para constituirmos uma família, trabalhar e aguardar a
velhice. Seria muito pouco!

Nãoteríamosoutroobjetivoalémdeste?Gastaríamosuma vida inteira na


terra somente para sobreviver até a ‘morte’ chegar? Deus nos
‘colocaria’ no mundo apenas para isso?
Não, meus queridos, Ele quer mais! Temos condições de muito mais.
O ser humano tem uma força muito maior, que ainda desconhece.
Ele tem dons que nunca usou; tem conhecimentos armazenados que
nunca desabrocharam. Por que? Porque não nos permitimos a isto;
porque não nos alertamos de nosso potencial. Os poucos que o
descobriram, foi através da dor intensa, do sofrimento, da perda.
Quando precisaram suportar o insuportável. Aí foram buscar a força
interna para ter o entendimento através do conforto.

Infelizmente o homem só se preocupa com descobertas fabulosas


‘externas’. Faz pesquisas, expedições, descobre curas através de
drogas, resolve vários problemas e situações. Mas tudo é buscado
fora dele, através da natureza (mesmo
queimpliquenasuadestruição),naclonagem,naguerra,nas
experiências. É o ego trabalhando ‘em prol’ da humanidade.

Seria realmente para isto que estamos aqui? E aquele que não teve
instruções e um trabalho digno? Este veio só para sofrer?
Eaquelequejáveiodoente?Eaquelequeinjustamente perdeutudo?
Eaqueleinocentequefoisacrificadopordoença, assassinato ou
acidente? E as diferenças sociais? Seria Deus tão justo para alguns
e tão injusto para outros?

Não, Ele não é injusto! Nosso enfoque é que está errado!

O desenvolvimento é necessário, mas, acima de tudo, está nosso


desenvolvimento interior, nossa maneira de agir, de viver, de ser em
relação a nós mesmos e ao próximo. Não podemos julgar os outros
sem olharmos primeiro para dentro de nós mesmos, sem limpar e
ordenar nossa vida interior. Após, com certeza, veremos tudo de
outra forma e compreenderemos o outro como ele é. Os valores, as
atitudes e os conceitos mudarão. Buscaremos outra realidade, outra
forma de amar e crescer. A cura estará dentro de nós. A tecnologia
será usada racionalmente para o bem comum, sem rótulos ou
propriedades. O aprendizado fluirá, pois o
estaremosbuscandodentrodenós.Adoaçãoseráespontânea, a
solidariedade uma constância e a união uma realidade.
Para atingir este estágio, todos têm as mesmas condições. Não
depende de inteligência ou condições sociais. Basta querer buscar
dentro de si o que já está lá. Só isso!

Com a prática desta pureza de pensamento, estaremos


revertendoassituaçõesmaiscomplexasdecura,aprendizado e
evolução.

Joyce” (28 de outubro de 2003)


***
“O divertimento e o lazer fazem parte de suas vidas.

Aproveitem os momentos de alegria e felicidade. Isto renova suas


forças e suas energias, transformando-as em vitalidade.

Não é só de trabalho que o homem vive. Ele precisa também


dedescontração,fériaselazer,poissuacargaémuitapesada.

Trabalhar e praticar o bem, na realidade que vocês convivem, não é


fácil. A densidade é muito grande e apenas
sobrevivernelajáéumavitória.Qualquermelhoraquefizerem a mais, são
pontos muito valiosos para seu crescimento.

E quando insistimos para que aprendam e cresçam mais e mais, é


justamente para darem o ‘salto’ para sair desta densidade de vez.
Sabemos o quanto sofrem por isso, mas todo o esforço vale a pena.
O resultado é magnífico.

Portanto, sugerimos que tenham momentos de lazer e descontração,


pois vocês merecem. É um abastecimento para que seus corpos
resistam e prossigam na caminhada, não caindo no cansaço e
desânimo.

Busquem o que é seu.


Vivam felizes e com alegria
Vocês merecem!” (19 de novembro de 2003)
***
Era 9 de dezembro de 2003. Se ela ainda estivesse aqui, estaria
completando 17 anos. Realmente percebe-se que há diferença de
crescimento entre os vários planos. Lá ela evoluiu muito mais rápido.
Sua evolução, conhecimento e amadurecimento são notáveis.

“Não quero que sintam tristeza neste dia. Para mim foi uma data
muito especial e me trouxe muitas alegrias. Fui muito feliz e devo isto
a vocês. Gostaria que todos lembrassem desta data com muita
alegria, como eu. Foi uma oportunidade muito valiosa que me deram
e gostaria de compartilhar com vocês esta alegria. Aprendemos e
crescemos todos juntos. Envolvemos pessoas à nossa volta também.
Conseguimos tocar nosso interior e todos os envolvidos. Isto não
valeu a pena? Ainda de “brinde”, usufruímos de nossa convivência e
felicidade.

Tudo isto poderia não ter acontecido. Aí não haveria esta data, nem
minha presença durante o tempo em que estive aí.

Então, vamos lembrar as coisas boas que vivemos juntos, a família


maravilhosa que tive e os amigos.
Tudo foi perfeito, como deveria ser. Nem mais nem menos.

Vamos esquecer nosso ego que sempre quer mais. Ele é insaciável,
por isso devemos controlá-lo.

O tempo de cada um é o Pai que determina, mas o amor somos nós


que determinamos. Quando continuamos a amar a pessoa que se
distanciou, podemos dizer que a estamos amando ainda mais. Amar
não é possuir, é sentir. E o sentimento está dentro de nós. Então,
podemos continuar amando, mesmo sem estarmos ao lado ou no
mesmo lugar.

Vocês podem me sentir.


Um beijão, Joyce” (9 de dezembro de 2003)

Na véspera do meu aniversário (14/12) à noite, recebi esta bela


mensagem:
“Há meio século, as energias se movimentavam para o teu
renascimento.

Vieste com uma missão especial e muito bonita. Seria uma vida para
amar e compartilhar com os outros. Eu faria parte desta vida
também. Graças a tua iniciativa, mãe, pude também presenciar de
momentos tão agradáveis ao teu lado. Fomos muito felizes. Fico
muito agradecida por teres me dado esta oportunidade.Amo-
temuitoezeloportiotempotodo.

Passamosporváriasexperiênciasjuntasantes,duranteminha estada e
depois de minha partida. E continuaremos unidas. É um presente
valioso que recebemos. Temos que agradecer a Deus por nos ter
dado oportunidades de honrar compromissos assumidos,
gratificando com esta benção. Se hoje recebemos, é
porquemerecemos.Istonãoébom?Poisentãocontinuefazendo
tuaparteecadavezmaisestaremosunidas.

Apesar de parecer muito tempo vivido, na verdade não é. Cinquenta


anos é uma parcela muito pequena perante o infinito. E veja quanta
coisa conseguiste fazer neste tempo, principalmente de agora em
diante, quando as nuvens já se dissiparam e teu caminho se torna
mais leve.

É uma nova etapa de trabalho e realizações. Aproveite cada


momento. Dedica-te a tua meta e juntas realizaremos grandes feitos.

Amo-te por toda a eternidade.


Beijos da filha que te adora muiiiiiiiiito.
Joyce” (13 de dezembro de 2003)

***
“Quando eu tinha cinco anos de idade eu falava que tinha escolhido
vocês para serem meus pais. Eu olhava de cima por entre as nuvens
e via vocês como parte de minha família. Pedi e concederam-me
esta oportunidade.
Tive muita sorte com minha escolha. Aliás, não foi sorte, pois eu
sabia que poderia contar e confiar em vocês. Nossa afinidade foi
muito grande, maior ainda do que o amor entre
paisefilha.Éumasintoniadeamorincondicional,queperdura até hoje e
assim continuará, pois nós estamos propiciando condições para isto,
vivenciando-as continuamente. E agora não tem mais volta.
Continuaremos a usufruir deste amor por toda a eternidade.
Superamos todas as dificuldades que poderiam vacilar nossos
sentimentos. Não foi fácil, nós sabemos disto, mas conseguimos
compreender, aceitar e resignar. Conseguimos entender que não
adianta lutar contra o inevitável; quanto mais nos debatemos nas
dúvidas, mais nos afundamos na ignorância; quanto mais negamos
nossa existência, mais e mais nos anulamos e regredimos.

Tudo é como tem que ser. Não devemos nos fixar em fórmulas
querendo mudar situações, impondo nossas ideias. Devemos sim,
vivenciar cada momento e aprender com cada
situação.Tudotemumporqueeasrespostasestãodentrode nós.

Quando entendemos isto, tudo fica claro e cristalino como a água.


Os caminhos podem ser muito diferentes dos que escolhemos, mas,
quando a meta é atingida, a chegada é gloriosa. A sensação é de
‘estado de graça’ e, se pudermos sentir isso, estamos no caminho
certo.

OPainãoquernossosofrimento.Elesóquerqueapreendamos a crescer,
a evoluir. Ele só quer nos mostrar o verdadeiro sentido da vida, da
nossa caminhada, da nossa evolução. E nós, como filhos,
precisamos de alguns ‘puxões de orelha’ de vez em quando.
Precisamos ser despertados, questionados e empurrados para ‘ver’
o que não enxergamos.

Se dependesse de nós, só viveríamos o dia a dia até o fim de


nossosdias.Masviverémuitomais.Viverécompartilhar,ajudar, doar,
ensinar e sustentar; é lutar pelo nosso bem, da nossa família, da
nossa comunidade, do nosso planeta, é preservar as
belezasinternaseexternas,édividir,éamareseramado.
Tudo isto eu obtive com vocês, minha família adorada, e gostaria de
compartilhar com todos que lerem estas palavras, que façam o
mesmo com os seus.

Amém, dividam e zelem por si, por nós e pelo planeta.


Joyce” (28 de dezembro de 2003)

Naquele final de dezembro, nos reunimos, como sempre, com alguns


amigos e familiares para a passagem de ano. O John como
cozinheiro oficial fez a janta e, após a oração, li para todos a
mensagem recebida pela manhã:

“O homem não pode viver sozinho, apesar de necessitar estar só por


algumas vezes. É importante estar a sós, mas é mais importante
estar com a família, com os amigos, pessoas queridas.

Ser feliz é peça fundamental em nossas vidas, para termos forças de


aprender e superar os desafios que nos são importantes. Sem amor
e sem amigos, entramos em depressão e não enxergamos as lições
que estão embutidas nas dificuldades e sofrimentos aos quais
passamos.

Fiquemos sempre atentos a tudo o que nos cerca para aprender com
as situações e os exemplos.

Agradeçamos a Deus por nos ter dado a oportunidade de vivenciar e


aprender. Agradeçamos aos nossos amigos, nossa família e a todos
que nos rodeiam e fazem parte da nossa história, pois todos, direta
ou indiretamente, contribuem na nossa jornada.

Este foi um ano muito importante para mim e minha família. Todos
amenizaram suas dores através da compreensão. Uma vez
compreendido, não há porque sofrer, pois sabemos que tudo
continua. A essência do amor não morre e continuamos todos unidos
e fortalecidos.
Quero agradecer a meus pais pelo esforço, dedicação e amor
dedicados a mim; aos meus avós por se deixarem tocar,
compreendendo que tudo pode continuar; pela simplicidade da tia
Lia; pelo amor de meus irmãos; pela dedicação dos meus amigos,
amparando minha família. Enfim, a todos que, de alguma forma,
contribuíram para o crescimento e compreensão dos meus.

Nós todos formamos uma família de Luz e Amor e o Universo é o


nosso Lar.
Sejamos agradecidos pelas pequenas coisas, pois nelas estão as
grandes diferenças.

Que este encontro seja marcado para sempre, dando continuidade


para as grandes transformações, pois elas já se iniciaram há mais
tempo do que vocês imaginam e vocês já fazem parte das
mudanças.

Que Deus ilumine seus caminhos e que possamos trilhar juntos na


continuidade da Vida.
Feliz Ano Novo! Joyce” (31 de dezembro de 2003)
***

Assim as coisas foram acontecendo, evoluindo e eu fui aprendendo a


ter calma para alinhavar as informações recebidas. Muitos assuntos
abordados não estão aqui registrados por serem de ordem pessoal
(há várias mensagens para amigos, irmãos, avós, etc.) e outros
estão separados para um segundo trabalho que ainda não sei como
será.

Passei algum tempo refletindo sobre tudo, pois queria ter certeza de
que estava fazendo a coisa correta.
“Mãe querida, eu te amo muito, muito, muito. Sinto falta de nossas
comunicações, mas respeito tua reserva.
Está fazendo um ano que recebemos este presente eterno.

Sabes que podes contar sempre comigo. Te amo com todas as


forças do meu coração. Quero que saibas que estamos unidas por
toda eternidade. Que este presente que ganhamos é um privilégio de
quem aprendeu e praticou seu conhecimento. É mérito nosso e
podemos usá-lo sempre. É um canal de ida e volta, embora, muitas
vezes, eu queira usar, só posso se também o quiseres, pois não
posso interferir na tua disponibilidade ou vontade.

Sei que quando as coisas se acalmarem também estarás mais


receptiva.
Estes momentos vão acontecer sempre, mas não te preocupes, só
gostaria que entendesses que é normal.

Hoje é teu dia! Um lindo dia em que relembro nossos momentos


felizes. És a melhor mãe do mundo. Continuo te amando ainda mais
do que antes. Continuas sendo minha âncora, meu espelho. Sinto
como filha, uma paz e um amor enorme no meu coração, irradiado
pelo teu. Não chores, pois tuas lágrimas me entristecem.

Te amo por tudo o que és, pelo que foste e pelo que serás.
Te sinto junto a mim o tempo todo. E assim é: estamos unidas
sempre e para sempre.
Um super beijo para ti e para a vó, minha segunda mãe, pois, sem
ela, tu não existirias.
Amo vocês todos, minha linda família.
Beijos,
Joyce” (9 de maio de 2004)

Eu chorava de emoção e agradecimento pela paciência dela.


Quando me sentia descrente lá vinha ela com suas mensagens de
otimismo. Os papéis se invertiam parecendo eu ser a filha levando
uma chamada de atenção.

***

“Quando a Silvia falou, anos atrás, que vocês dois ‘mudaram de


endereço’, era justamente esta mudança que ocorreu nas suas
vidas.
O que acontece é que vocês não conseguiram completar a
‘mudança’. Estão querendo levar coisas do endereço anterior, que
não cabem na casa nova.

Os conceitos são outros. As necessidades são outras. Muita


bagagem que vocês tinham, não precisam mais. As coisas ficaram
mais simples, mais transparentes, mais verdadeiras.

Compreendo que, depois de ‘apanhar’ bastante durante a vida, é


difícil aceitar a generosidade. Mas ela existe e está batendo na sua
casa nova.

Deixem-na entrar. Usufruam e convivam com ela, com as ‘novas’


pessoas que surgem em suas vidas, como se todos fizessem parte
da mesma casa.

Existe uma nova família que está se encontrando para


formarumanovacomunidadedeamor,compreensãoeajuda.

Todos são convidados para viver nesta nova casa. Todos são bem-
vindos. Cada um tem que encontrar o caminho e os meios de chegar
lá. Esta parte é individual.

Afelicidadeeaalegriafazempartedestanovaconcepção.
Devemos sentir, vivenciar e transmití-las a todos. É uma base de
sustentação.

Esta nova família não precisa de motivos para se encontrar. Não


necessitam de convites, de jantares, ou almoços para unir-se, pois
sua união é espiritual. Qualquer hora, qualquer lugar é bom e
suficiente para trocarem ideias e alimentar suas convicções. Não
precisam de rituais, nem de hora marcada, nem rigidez, nem
obrigações. Qualquer momento é o momento de se encontrarem e
se integrarem.

É a nova Era. É a nova dimensão.”


CAPÍTULO 9 AS MENSAGENS

Seguem vários textos psicografados, que tenho certeza,


despertarão um novo campo de visão e ânimo para um novo
despertar consciencial:

“Ano novo, vida nova!


É assim que vocês classificam o inicio de uma nova expectativa, de
um novo período.

Na verdade, o novo período já se iniciou há mais tempo.


Asgrandesmudançasjáestãoemandamento.Avidanova,já está sendo
vivida.

Os que estão despertos já podem sentir isso, pois estão vivenciando


experiências diferentes. Eles percebem as diferenças apesar de não
conseguir definí-las. As emoções e reações estão mais perceptíveis.
Enfim, vários sinais estão sendo percebidos.

Com que alegria presenciamos estas mudanças!

Entreguem-se a esta maré de bem aventurança. Permitam que esta


leva de sensações banhe seus corpos e sintam a leveza que
predomina no seu ser. É merecida esta emoção, após passarem por
tantas dificuldades no seu aprendizado. É a sua recompensa, o seu
mérito.

Muitos tiveram e continuarão tendo a mesma oportunidade, mas


poucos souberam aproveitá-la. Muitas mudanças de conceitos e de
escolhas foram feitos. Muitas privações e dores estavam no
caminho, mas, com fé e determinação, tudo foi
trabalhado,amenizadoecompreendido.

Se vocês conseguiram superar as grandes dificuldades, conseguirão,


sem sombra de dúvidas, sustentar, praticar e repassar tudo o que
aprenderam.
Outros estão aguardando pela mesma oportunidade. Outros também
têm sede de aprender, apesar de terem medo de mudanças. É difícil
mudar opiniões, conceitos, ponto de vista e até mesmo de lugar, pois
isto envolve mexer em coisas guardadas e até enterradas há muito
tempo. Para mudar, temos que faxinar em cada canto, em cada
sentimento, temos que reavaliar e decidir coisas que foram deixadas
de lado. É complexo, entendo, mas terá que ser feito um dia. E
porque não iniciar hoje? Para que deixar para amanhã, que poderá
não existir?

O dia certo é hoje, é agora.

Comecem e sintam o início de uma grande transformação interior.


Muitos já conseguiram e todos têm a mesma oportunidade.
Aproveitem!”

* * * “Alegria, alegria, alegria...

É o que quero que vocês sintam sempre. Abram seus corações e


deixem que as ondas de amor e felicidade tomem conta de seu ser.

Sintam a leveza de suas almas entorpecendo seus corpos e a


música embalando seus sonhos. É Deus cantando em seus ouvidos
e a trombeta dos anjos anunciando sua libertação. Deixem-se
embalar nestas emoções divinas. Ouçam sua voz interior gritando
pela liberdade e deem passagem para esta transição.

Acreditem que vocês podem tudo! Deus deu este poder para cada
um usar pelo bem e para o bem.

Não forcem nada, apenas deixem fluir toda a força e sabedoria


enterrada dentro de seu ser. Elas virão naturalmente e explodirão
fazendo estremecer seus corpos ao encontrar a passagem para o
presente.

Lembro da beleza do vovô Alfredo quando jovem e é esta jovialidade


que ele deve buscar novamente (assim como
todos),porqueelaestádentrodele.Elenãotemquelutarpara isso, só
deve dar ‘passagem’ para que aquela força restabeleça sua
qualidade de vida. É um elo próximo, portanto de fácil acesso.

Temos ainda outros elos mais antigos de experiências vividas em


outras épocas, que também podemos e devemos buscar. Eles são
nossos, pertencem ao nosso conjunto de experiências já vividas.
Elas somam histórias e aprendizados que hoje podemos buscar para
compor uma nova história. É o resultado de tudo o que passamos e
aprendemos, portanto é de direito nosso.

Esta nova composição nos transformará numa nova identidade, mais


sábia, mais segura e mais transparente. Teremos, assim, armas
suficientes para encarar qualquer
grandemudança,econdiçõesdesuperarqualquerdificuldade que se
faça presente. Ainda sobrará energia para auxiliar todo aquele que
não conseguir alcançar sua trajetória. Teremos ‘munição’ sobrando
para doar ao nosso semelhante.

Somos muito, muito especiais. Vocês não têm ideia de quanto! Se


tivessem, já estariam fazendo alguma coisa.

Por isso eu digo: ‘Acordem, olhem na sua volta, percebam os sinais,


observem os fatos e vejam que algo diferente está acontecendo. Isto
é real!’

A preocupação com o futuro deve existir. Não no sentido


deguardarreservasfinanceiras,masnosentidodenãodeixar dívidas
morais.

O nosso tempo é hoje. Temos nas mãos o compromisso conosco, de


fazer tudo o que está ao nosso alcance dentro das 24 horas do dia.
Deixar para amanhã, pode significar compromissos adiados e não
realizados.

Não é pedir demais. O que podemos fazer durante um dia? Mesmo


que seja pouco, se fizermos com amor, será o bastante. Não
devemos nos preocupar com quantidade, mas sim, com qualidade.

Nosso grande defeito é querer ‘abraçar o mundo’. Queremos fazer


tudo de uma só vez; queremos resolver tudo agora e muitas vezes
nos precipitando, porque queremos mostrarserviço.Afinal,paraquem?
Paranósmesmosoupara os outros? Isto não importa, das duas
formas está errado. O que interessa é fazer o melhor de nós em
cada etapa, em cada situação. Tudo é resolvido a seu tempo, não
precisamos precipitar nada.

As oportunidades surgem e devemos estar abertos para elas.


Nossas mentes têm que estar livres de preocupações futuras.

Vivam o hoje na sua maior intensidade e sentirão a alma leve, com a


sensação de dever cumprido.

Amanhã é outro dia. Quando chegar, façam dele o hoje seguinte, da


mesma forma como foi o ontem, talvez até um pouco mais, pois
estarão mais fortalecidos pelo que já alcançaram e ,assim, cada dia
será um hoje ainda melhor.

Dosando seus compromissos desta maneira, estarão vivendo com


mais qualidade e na certeza de que tudo foi
feitocomamoredamelhorformapossível,nãoficandonada pendente, e
se, por ventura, este for a último hoje de suas
vidasnesteplaneta,partirãofelizes,calmos,comacertezada missão
cumprida e sem arrependimentos. Nada foi deixado para amanhã...

Devemos estar preparados para as grandes modificações que


ocorrerão de agora em diante. Muitas coisas boas acontecerão para
aqueles que buscam e vivem na Luz. Há tempos que estamos
vivendo as modificações, mas os preconceitos não deixam que
vocês se expressem como gostariam. Trazemos na nossa história
uma carga de informações e ensinamentos de ‘como’ viver, se
comportar, agir e reagir perante situações. Fomos ensinados, desde
pequenos, de que podemos fazer isto, mas não aquilo. Devemos agir
assim ou assado, porque sempre foi dessa forma.
Ora, mas quem inventou todas estas normas? São conceitos
arcaicos, instituídos numa etapa de desenvolvimento e cultura que
hoje não representa mais a nossa realidade.

Quantas vezes sentimos, por exemplo, afinidade por outra pessoa?


Quantas vezes nos aproximamos desta pessoa para
trocaralgumaspalavrasedeixarquenossaalmaseidentifique comadela?
Quantasvezesnospermitimosisto?Abordaruma pessoa estranha só
porque senti uma ressonância, de jeito nenhum! E se for do sexo
oposto, então? Jamais! Os outros pensarão que estou interessado
por ele ou ela; não fica bem procurar por uma pessoa que mal
conheço.

Os preconceitos (ou seria o comodismo?) são muito grandes, até


porque nós mesmos não conseguimos separar a nossa realidade da
nossa alma.

Quando conseguirmos olhar para nosso semelhante como um ‘todo’,


estas dúvidas e preconceitos desaparecerão, pois estaremos
olhando e sentindo a sua essência e não o sexo ou posição social.
Ele será apenas um irmão de alma.

É isto que vai começar a acontecer de agora em diante. Nos


abriremos mais e aceitaremos as afinidades como algo natural.
Poderemos nos comunicar com nossos amigos com muita
naturalidade. Sentiremos a aflição e a alegria deles, como se fosse
conosco. Não precisaremos mais ‘sonhar’ que alguém está
precisando de nossa ajuda, pois sentiremos isso instantaneamente.

Estamos caminhando para uma evolução extraordinária, nunca antes


concedida aos seres habitantes da Terra. Isto está sendo concedido
graças ao trabalho, à vontade de querer crescer, aprender e evoluir
de cada um. Quando um grupo grande pensa igual, sente e trabalha
para que algo se realize, de fato acontece. O mérito é todo de vocês,
trabalhadores na Luz!
Nós só podemos ajudá-los, se realmente assim o desejarem.
Contudo o anseio de vocês é muito grande, por isso, o merecimento
bate às suas portas.

Agora é só abri-la, deixar entrar e se beneficiar de tudo aquilo que


sempre buscaram. É mais uma etapa cumprida com sucesso para o
retorno à casa do Pai.

Muitos irmãos não compreenderão nem sentirão a diferença deste


momento, mas eles não serão esquecidos. Terão oportunidade de
começarem a sentir algo diferente em suas vidas a qualquer
momento. Não saberão explicar, mas sentirão algumas mudanças
nos seus conscientes que alterarão sensíveis e pessoas inteiras,
parecidas com eles próprios. seus conceitos

começarão a e sentimentos. Ficarão mais enxergar os outros como


como

Dar-se-ão conta de que não são os comandantes do espetáculo; que


existem outros tão bons ou melhores que eles. Muitos, verão seus
castelos se desmancharem como areia e reconstruirão outros em
bases mais sólidas com valores completamente diferentes dos que
conheciam. terão a mesma oportunidade de evolução que outros já
tiveram e vivenciaram na sua totalidade.

A oportunidade é igual para todos. Não há injustiças, nem privilégios.


Todos são iguais perante o Pai. Cabe a nós escolhermos o momento
exato para aceitar as mudanças, pois elas continuarão acontecendo,
sempre.

Várias situações virão e novas pessoas conhecerão.


Aproveitemcadamomento.Despojem-sedecoisasmateriais, assim
como outros já o estão fazendo.

Busquem no seu interior as suas respostas.


Não desconfiem da bondade das pessoas, pois elas serão uma
constante em suas vidas. Aproveitem e troquem esta energia.
Passem-na aos demais em sua volta. Ajudem o próximo e receberão
cada vez mais.

Não se trata de privilégios e sim de merecimento. Quanto maior a


troca, maior o recebimento.

Há certas coisas na vida que não tem preço. Não queiram pagar em
moeda o amor que recebem. Retribuam da mesma forma que
receberam. Para viver uma vida plena, não precisamos de dinheiro.
Precisamos de amor, companheirismo e uma dose muito grande de
alegria.

Sejam felizes e alegres.


Dancem com o movimento do ar. Deixem aflorar tudo o que têm
guardado dentro de si.
Espalhem na atmosfera toda a pureza de seu ser.
Contaminem o mundo com seu amor e alegria de viver.
Que esta explosão irradie o Universo semeando amor e
compreensão a todos os seres.
Que assim seja. E assim será.

Uma nova família está se formando e fortalecendo. Vocês fazem


parte dela. E, como missão, trarão outros para crescer e
engrandecer na Luz Divina.

Sintam-se todos abençoados por sua doação.”


* * * “Aos poucos está sendo mostrado para vocês a diferença e a
semelhança dos dois mundos.

Quando vocês meditam, suas almas são liberadas dos corpos e


vocês experimentam a leveza de flutuar no universo. Viver sem a
densidade que é comum na Terra é um paraíso que também vocês
têm direito. Quando se está neste estado, tudo parece muito natural,
pois é nesta vibração que reconhecemos como nossa de verdade.
Somente nos damos conta de que ‘retornamos’, quando sentimos o
peso de nossos corpos, que parecem afundados no solo.

A nossa caminhada de mudanças nos conduzirá à leveza absoluta,


não só de nossos corpos, mas de nossa mente e espírito. Estes
serão mais fluídos, portanto mais leves. Tudo depende de nossa
compreensão e aceitação.

Quando vim para cá, pensei que este era um privilégio meu. Depois
descobri que eu já poderia ter vivenciado esta experiência enquanto
estava aí com vocês. Na verdade eu vivi isto, mas somente nas
meditações, quando ‘viajava’ profundamente. Se tivesse me
dedicado um pouco mais, poderia ter feito também conscientemente.

Talvez os outros não me compreendessem e me chamassem de


louca, sei lá... Só sei que se tivesse descoberto antes, teria praticado
e ensinado também.

Mas como tudo e todos têm o seu tempo, vamos aguardar que as
coisas aconteçam da forma que tiver que ser.

Jamais deixem de evoluir e busquem mais entendimentos, pois o


resultado é formidável. Lutem sempre, não deixem que o
desânimoeacomodidadeenfraqueçamsuasmentes.Opoder que têm
em suas mãos é muito grande e serão convocados para mostrá-los
com coerência e sabedoria. A vitória de um futuro promissor e digno
está em suas mãos, nas suas atitudes, nos seus comportamentos.
Sejam dignos de vocês mesmos, mostrem sempre o lado bom e
positivo, com retidão, coerência e amor.

A juventude está muito carente. Ela está perdida em seus valores,


precisam de muita ajuda. Devemos orientá-la, para que se re-
conectem com suas metas primordiais, pois dela será exigida
amanhã.

Ela é a base da nova Era, que deverá ser correta, alegre e salutar,
com princípios éticos e morais inabaláveis. Essa nova geração já
veio pronta para as grandes mudanças, mas muitos se deixaram
‘contaminar’ pela podridão existente. Por
isso,otrabalhoespecialeurgenteemajudá-losareencontrar o caminho
puro de onde vieram, para seguir nesta direção.

Façam algo por eles. Façam por vocês. Façam pelo Planeta.”
***

“Gostaria de deixar um incentivo aos jovens que, na busca da ânsia


de viver, se detenham na simplicidade das coisas. Não quero servir
de exemplo para ninguém, mas devido às minhas restrições, deixei
de experimentar certas situações como exibicionismo, mesquinharia,
grupinhos fechados, etc.

Tive poucas amigas de verdade, de coração mesmo. Mas a amizade


que tive era verdadeira e infinita.

Minha infância foi muito feliz. Vivenciei muito e curti demais minha
família. Minhas atividades eram saudáveis e sempre pude fazer o
que gostava, mas dentro de normas salutares. Tive minhas broncas
também, como, qualquer adolescente. Fiz muita bagunça com
amigas em casa e na praia. Acampava com minha amiga Natália na
sala de casa, onde ficávamos até tarde assistindo TV, comendo
pipocas, sorvete, assistindo filmes (muitas vezes de terror, o que não
nos deixava dormir de medo). Às vezes, acampávamos numa
barraca no jardim de casa. Era uma aventura. Muitas vezes o
acampamento terminava à meia noite, quando entrávamos em casa,
mortas de medo dos barulhos estranhos. Era muito
divertido,atépareciaquegostávamosdesentirmedo.Ríamos de nós
mesmas, do nosso medo, da nossa imaginação. Estas experiências
marcam nossas vidas, pois são momentos de liberdade, de contatos
e vivências com amigos e com a natureza, que ficam registrados
para sempre.

É para este ponto que gostaria que observassem mais: a natureza, a


simplicidade, a amizade. Existem tantas opções de divertimento
saudáveis e os jovens buscam sempre o mais complicado, o mais
perigoso. Divertimento noturno é bom sim, periodicamente. Não
como meta de todo o final de semana, pois estarão gastando seus
dias de lazer sempre da mesma forma e deixarão de conhecer novas
opções, pois não terão tempo para isto.

Não pensem que é ‘mico’ sair com os pais, acampar, encontrar


amigos em suas casas, tomar banho de piscina com eles, conversar,
caminhar, ir a um parque, etc. Estas são atividades sadias que
somarão experiências para suas vidas, pois terão que tomar
decisões, resolver pequenas situações, enfim, tomar atitudes. Não
estarão sendo ‘levados pela massa’ a fazer tudo igual a todos. Terão
oportunidade de demonstrar suas habilidades e conhecimentos.
Aprenderão a ser pessoas completas, diferentes, pessoas de
decisões.

Isto somará pontos valiosos em suas vidas, no seu futuro, pois


pensarão duas vezes antes de serem direcionadas a caminhos
tortuosos. Saberão como discernir o bem do mal, o bom do ruim, o
verdadeiro do falso.

Acreditem em vocês, pois vocês são especiais. São jovens que


formarão uma sociedade nova, mais humana, saudável, correta, fiel
a seus princípios, justa e evoluída.

Necessitamos desta geração consciente de suas responsabilidades


para termos o apoio necessário para as grandes mudanças.

Vocês são a chave de ouro para o salto evolutivo que se aproxima.


Aproveitem a vida. ‘Curtam’ com alegria cada momento e busquem
no aprendizado a prática de suas ações.”
***

“Estou agora numa nave em missão de salvação planetária. A Terra


está doente e cheia de erupções que necessitam de nosso auxílio.
Temos que cicatrizar as feridas causadas por seus habitantes que
não têm consciência de seus atos danosos.
A maldade caminha lado a lado com a bondade. Não temos como
interferir nas suas decisões, pois a escolha dos
atosélivreepessoal.Podemosorientá-los,comojáoestamos fazendo há
muito tempo, mas a escolha é de cada um.

Assim como fico feliz em ver tantos irmãos sendo tocados no seu
despertar, abrindo seus corações e suas mentes para mudanças,
também fico triste em ver tantos destruindo a si mesmos, ao próximo
e ao planeta. Estão destruindo a sua casa, o seu habitat, o futuro dos
seus.

Nossas realidades se mesclam e temos o dever de acompanhá-los


emanando energias de amor para que apaziguem seu prazer de
destruição. O poder bloqueia os sentimentos puros que vocês têm
guardados lá no fundo de seu ser. Tentem deixá-los fluir, liberte-os
para que sejam libertados da escravidão da maldade.

Os atos são o espelho de seus sentimentos. Quando estamos


enfermos, temos que procurar auxílio e medicação.
Temosquebuscaranossacura.Temosqueprocurarasolução de nossos
problemas e não transferí-los ao próximo, ou à natureza.

A gravidade da irresponsabilidade é grande. Cada pensamento ou


ato negativo gerado por nós, rebate sobre nós mesmos. Antes,
porém, contaminam uma grande área em nossa volta, despertando
sentimentos de rancor e ódio, desencadeando, por sua vez, atitudes
revoltantes de destruição.

Não é para isso que estamos aqui.

Não dói esta nossa proposta de vida inicial. Se por alguma razão
fomos levados ao desvio de nossa meta, agora temos a
oportunidade de retomá-la.

Este é o momento da conscientização. É o momento de revermos


tudo o que temos feito que não está de acordo com as Leis Divinas.
Sempre há tempo para reparos, por isso, não percamos a
oportunidade. Ela está em nossas mãos, nas nossas mentes, nos
nossos atos. Sejamos dignos dela.

Que a luz do amor incondicional desça sobre cada um, iluminando-


os agora e sempre.
Sejam centelhas do amor divino e verão o brilho intenso deste
planeta se refletir no universo.
Eu sou Joyce, parcela do amor Divino.”

“Os centros de ensinamentos são muitos. Podemos nos fixar num só,
se assim for suficiente para nós, ou podemos percorrer todos os
tipos existentes. É comum nos distanciarmos por algum tempo de um
ou de outro, pois necessitamos interiorizar o aprendizado, que é igual
para todos, mas sentido diferentemente por cada um de nós.

Mesmo tendo a mesma escola, a vivência é pessoal, a experiência é


única. Cada um levará um tempo para digerir as novas ideias, para
compreender e colocar em prática o que é melhor para si.

O tempo de peregrinação neste caminho é relativo, mas o importante


é que cada um faça o seu, pois esta jornada é pessoal. Não existem
receitas ou manuais para comprar, cada qual formará e vivenciará a
sua história. É importante, neste momento, buscarmos apoio de
pessoas, que nem sempre são os amigos ou familiares. Muitas vezes
são pessoas fora de nosso convívio, que vamos conhecendo ao
longo da jornada e que tem maior afinidade conosco por estarem
também no mesmo caminho. Andamos alguns passos com uns,
alguns com outros e chega o momento de estarmos realmente
sozinhos, mas auto-suficientes naquilo que buscamos.

Quando nos isolamos das pessoas, é quando estamos nos


encontrando conosco. Precisamos de algum tempo para trabalhar
nosso íntimo, pois só assim estaremos realmente aprendendo. Tudo
tem que vir de dentro para fora. Só então teremos estrutura para
poder externar nossos sentimentos controlando nossas emoções.
Dessa forma, estaremos equilibrados e centrados para poder ajudar
também ao próximo.
Não podemos ajudar ninguém se não nos ajudarmos primeiro.
Mesmo que pensemos que somos conhecedores de tudo, vale a
pena revisar nosso interior, pois os conceitos vão mudando à medida
que avançamos. O que era importante ontem, já não é mais hoje. O
que era primordial em nossas
vidas,talvezjánãotenhamaissignificado.Naquelemomento,
naqueleestágiodeevoluçãoeraimprescindível,mashojenão é mais. Isto
não significa simplesmente mudança de opinião, mas sim
crescimento, evolução, aprendizado, mudança de atitudes e de
conceitos.

Nossos padrões podem e devem ser modificados, sempre para o


melhor. Por isso devemos estar atentos, observando, ouvindo e
filtrando. O filtro é muito importante, pois muitos conceitos são
jogados no ar. Muitas dúvidas são lançadas e nós temos que separar
o ‘joio do trigo’ sendo que a melhor forma é escutando nosso
coração. Esqueçam todas as opiniões, e aprofundem-se no seu
interior e escutem o que seu coração está dizendo. Aquela resposta,
naquele momento é a melhor e a correta. Após cada estágio, esta
resposta poderá ser modificada. Isto é normal, pois não existe um
‘atalho’ para ir direto à resposta final, sem passar antes por estágios.
À medida que processamos o entendimento, vamos aos poucos
tomandoconsciência.Sepulássemosparaofinal,ficariamsempre as
dúvidas: “Mas será que é isto mesmo? Quem disse? Como provar
que realmente é assim ou assado? Não teria outra opção? Todas
estas dúvidas naturais são trabalhadas e eliminadas no decorrer de
nossa jornada, para que possamos compreender e aceitar sem
deixar dúvidas no nosso coração.

Assim é a caminhada.
Assim é a evolução.”
***
“Os sinais são manifestações do Cosmos para despertar ou orientar.

Eles nos são emitidos a todo o momento, nas pequenas e grandes


decisões em nossas vidas. Devemos estar atentos sempre para que
os percebamos. Eles podem vir através de sonhos, pensamentos,
ideias, avisos, convites, etc.

Tudo tem um porquê, apesar de muitas vezes não entendermos.


Através deles, nossas vidas poderão tomar um rumo muito deferente
do planejado inicialmente. Portanto, está em nossas mãos a escolha
de nossas atitudes. Poderemos aceitá-las ou não, pois não somos
forçados a nada.

Para aceitá-la temos que ter desprendimento material e do ego.


Temos que nos sentir abertos, livres para aceitar o desconhecido,
uma vez que não conhecemos o que poderá estar reservado para
nós. Este é um desafio muito grande, pois estamos acostumados a
planejar nosso futuro de tal modo que as coisas aconteçam como
nós gostaríamos que acontecessem. E quando isto não ocorre,
perdemos completamente o rumo das coisas e questionamos: “Mas
como pode ter acontecido tal coisa? Estava tudo tão bem elaborado.
Isto é uma injustiça! Onde está a justiça Divina e a dos homens?
Porque comigo? Eu não merecia isso.” E assim vai... Procuram-se
explicações e não se obtém as respostas.

Não precisaríamos passar por tudo isso, se fossemos mais


perspicazes, mais observadores, mais abertos. Quanto ensinamento
passou por nós sem que nos déssemos conta? Quantos alertas nos
foram dados, os quais interpretamos erroneamente? Quantos sinais
nos foram emitidos que não vimos e não escutamos? Não paramos
para refletir, pensar, analisar no porquê dos fatos.

Se alguém ou uma situação chegou até nosso


conhecimento,temalgumarazãodeser.Arespostasópoderá ser dada
por cada um que estiver vivenciando o momento, porque ela está
dentro de nós. A mesma situação poderá ter tantas respostas
diferentes quanto o número de pessoas por ela vivenciadas. A
individualidade deve ser preservada.

A manifestação e a execução devem vir de dentro, sem que o


raciocínio interfira, deixando apenas que o sentimento se manifeste.
É quando agimos com o coração que o caminho surge à nossa
frente, podendo ser trilhado com segurança, pois nos levará à nossa
Casa Eterna.”

***

“Omedonãofazmaispartedenossasvidas.Elerepresenta a repreensão,
a imposição dos outros sobre nós. Não podemos
maispermitiristo.Temosqueseroriginais,nósmesmos.Temos
queagircomclareza,comaconvicçãodequeestamoscertos, sempre
fazendo o melhor. A retidão de agir e pensar deverão
serumaconstante.Seagirmoscompurezadecoração,coma sabedoria
que conquistamos durante toda a nossa existência, por que temer?

Sabemos que o perigo e a maldade estão a nossa volta, mas


também estão o amor e as boas intenções. Só atrairemos as
sensações que estivermos passando no momento. Portanto,
entreguem-se às boas intenções, pratiquem o bem, transmitam amor
e sabedoria e viverão na glória do Pai. Peçam ajuda ao seu anjo da
guarda, orem por seus atos e o Pai estará sempre a seu lado
ajudando e guiando seus passos.

Nosso objetivo é viver o melhor a cada dia, cumprindo nossa missão,


para subir mais um degrau na busca do crescimento, retornando
para nossa Casa Eterna.

Estamos hoje, neste planeta, de passagem apenas. Viemos para


aprender, praticar e ensinar. Se deixarmos o medo tomar conta de
nossas vidas, passaremos este período em branco, sem nada fazer
de concreto. Estaremos ‘marcando passo’ no tempo e no espaço e
não teremos coragem de assumir nosso papel.

A oportunidade nos foi dada, por isso estamos aqui. Usufruíla,


depende de nós. Condições e auxílio, temos. Do que mais
necessitamos? Coragem!
Muitas vezes trazemos o medo na nossa bagagem de existência
anterior. Ele está dentro de nós e não nos fatos que ocorrem em
nossa volta. Se não existisse a marginalidade, experimentaríamos o
medo de outras formas (por animais, avião, elevador, mar, etc.)
Motivos temos vários, então temos que ter a coragem de buscar a
nossa cura interna, mergulhando para dentro de nós, procurando nos
cantinhos e achando a origem de tudo. Aí sim, conseguiremos
eliminar de vez o que tanto nos amedronta.

Como fazer isto? Meditando, procurando auxílio de um terapeuta


qualificado, conversando consigo mesmo ou com alguém que tenha
confiança e afinidade, procurando ver a simplicidade das coisas e
das pessoas, doando-se, dedicando seu tempo para alguém
necessitado, enfim, existem muitas formas, e cada um vai encontrar
a sua.

O importante é querer mudar. Uma vez dominado e compreendido


este sentimento, se abrirão as portas para um novo ciclo de
aprendizagem. Novos sentimentos aflorarão. Mais leveza sentirão,
pois serão amparados por seus mestres espirituais.”

***

“Jáfaleisobreasmudanças,masvaleapenacomentarmais. Elas são


necessárias em todos os sentidos, seja na vida pessoal,
familiar,profissional,espiritual,etc.

Se sempre estamos aprendendo e crescendo, consequentemente


estaremos também mudando de atitudes, de conceitos ou de lugar.

Amudançafazpartedenossavidaeelaéoreflexodenosso aprendizado.
Quando mudamos, iniciamos uma nova etapa. A energia se renova,
os fluídos se modificam, nossa expectativa aumenta, portanto
ficamos mais despertos. Novos sinais poderão ser enviados para
nós. Uma nova vida poderá se iniciar apartirdestaconscientização.
Quando esta mudança acontecer em suas vidas, não tenham
medoejoguemforatudooquenãoservemais.Levemsomente aquilo que
é bom e vai somar. Acreditem nesta nova fase. Lutem por ela.
Busquem novas perspectivas. Movimentem a energia
queestáestagnadadentrodevocês.Tudoestáasuadisposição. Se não
está acontecendo, é porque vocês estão bloqueando de
algumaforma,nãopermitindoaentradadenovasoportunidades.

A importância desta mudança é justamente esta. Querendo ou não,


vocês terão que mexer em tudo o que está estagnado.
Àsvezes,sóamudançadeobjetosdelugar,jáéosuficientepara
movimentar energias.

Façam isso e verão como tudo começará a se modificar, tomando


outros rumos. Serão novos caminhos se abrindo em suas vidas.“

***

“As lembranças fazem parte da nossa vida e representam uma soma


de experiências vividas ao longo de nossa existência. Muitas são
boas, muitas são desagradáveis. Mas devemos ter em mente que
todas somaram para formular nossos conceitos.

As lembranças são momentos vividos e devem ser respeitadas.

Se muitas nos trazem dissabores, outras nos trazem alegrias e são


nestas alegres que devemos nos apegar. Lembrar de pessoas,
situações e momentos que nos fazem felizes, só acrescenta.

A vida é feita de somatórios, pois passamos por várias situações e


cada uma delas fica registrado no nosso arquivo mental. Abr-lo é
como folhar um álbum de fotografias em que se pode vivenciar
relembrando cada fato. São registros que formam nossa existência, é
o conjunto do que somos.

Relembrar é viver novamente os momentos felizes que tivemos, por


isso devemos procurar lembrar dos bons. Os momentos ruins foram
experiências que não saíram como gostaríamos, mas com certeza
também nos ensinaram algo.

Por outro lado, não devemos viver das lembranças, pois aquelas
experiências boas ou ruins foram importantes naquele momento,
naquela situação. Hoje, agiríamos diferente porque nosso
conhecimento é diferente daquela época. Isto é normal, uma vez que
nós estamos evoluindo. As experiências daquela época somaram
para nossa transformação de hoje, e como filhos em evolução
constante, devemos buscar sempre novos caminhos, novas atitudes.
Voltar ao passado significa regredir e não é isto que devemos
almejar.

Sejamos nós mesmos em cada momento vivido, em cada situação


apresentada, pois é através dos desafios da vida que buscamos a
lapidação de nosso ser.”

***
“Felizes aqueles que têm fé e amor dentro de si.
Sabemos que grande parte da humanidade procura, mas não
encontra. Na verdade não sabem nem o que procuram.

O despertar da consciência vem de dentro e cada qual tem que


encontrar um momento para si. Um momento em que se possa ficar
em silêncio, procurando respostas em nosso interior. É uma prática
que não requer grandes conhecimentos e que se pode obter
respostas a todas as nossas dúvidas. Não precisamos, para isto,
procurar lugares específicos, templos ou grupos, nós somos nossos
templos e dentro dele podemos nos recolher e passar horas isolados
do mundo externo, sem interferências. Este gesto é cada vez mais
constante entre a humanidade.

Vários estão sendo tocados para o despertar. Não precisamos temer


o desconhecido, uma vez que nós próprios fazemos parte dele.

Precisamos apenas de um pouco de disciplina para determinar o


momento e deixar fluir. Precisamos nos lapidar para entender as
transformações que estão ocorrendo com cada um. Não podemos
mais ficar inertes, apenas aguardando os acontecimentos. Nós
fazemos parte deles e temos que trabalhar para ativá-los. A
mudança depende de nós para maior resultado. De qualquer forma,
ela está acontecendo, independente da nossa vontade, mas, se
ajudarmos, ela será maior, mais intensa e mais rápida. É o nosso
momento de contribuição, está na hora de parar de pedir, e fazer.
Não podemos ficar de braços cruzados, temos que caminhar todos
juntos na mesma direção, levando o máximo de irmãos conosco, de
mãos dadas, rumo à união universal.

Nosso planeta pede ajuda e nós podemos ajudá-lo, para o seu bem
e nosso próprio. Nossa sobrevivência futura depende de nossos atos
de hoje.

Estejamos, pois, conscientes de nossas atitudes. Vamos participar e


trabalhar cada momento, cada vez mais, da conscientização, da paz
e da prosperidade.

Estamos neste planeta para proteger e não só para usufruílo, muito


menos para explorá-lo. Devemos, no mínimo, mantêlo como nos foi
entregue, pois ele é a nossa morada nesta dimensão e temos que
entregá-lo em condições iguais ou melhores aos nossos
sucessores.”

“Não procurem ser menos do que são. Sejam fortes e sabedores de


conhecimentos. Resolvam seus problemas usando suas armas. Não
são indefesos. Vocês são muito fortes. Busquem o que é seu e
trabalhem.

Aprendam com a Fé e a abnegação.

Quando deixamos tudo correr normalmente, sem angústia, tudo se


torna mais fácil. Lembre-se de que tem pessoas com problemas
muito mais graves que os seus e que sofrem menos porque tem
mais fé.
Fé não é só acreditar em Deus.

Fé é aceitar Deus assim como ele é e não como nós rotulamos que
ele seja. Deus é amor, é harmonia, é equilíbrio, é conhecimento. Ele
simplesmente É.

Devem se espelhar na sua sabedoria para compreender mais,


praticando o bem, procurando soluções e entregando-se ao seu
Amor.

Nós somos parte dele, portanto temos condições de ser igual. E é


para isso que temos que trabalhar.
Conversem com Deus.
Peçam ajuda ao seu anjo da guarda.
Eles ajudarão, e como!”
* * * “Páscoa é transição.
Somente aqueles que se permitirem a transformação interna,
entenderão este significado.

Somente após analisarmos o que fomos, o que somos e o que


seremos, é que poderemos compreender a atitude do nosso irmão
Jesus e seguir seus passos...

Somente então, poderemos dizer com toda a grandiosidade da


nossa alma:
Feliz Páscoa!
Feliz Renascimento!”
***

“A Terra é uma escola por onde passamos algum tempo para


aprender e ‘testar’ o que aprendemos. Tudo o que nos acontece
aqui, são experiências pelas quais podemos aprender e crescer.
Todos os fatos que consideramos difíceis ou até muito fáceis, são
experiências chamadas ‘testes’, para questionar nosso conhecimento
e, principalmente, nossa fé. Quanto mais difícil a experiência, mais
nossa fé é testada. E podemos simplesmente ‘repetir o ano’, se não
conseguimos aprender, evoluir e compreender ‘porque’ estamos
passando por isso ou aquilo.

O sofrimento é o maior trampolim para o progresso espiritual. Pena


que muitos não entendem dessa forma e se entregam ao desespero
e revolta, permanecendo assim, no mesmo lugar. Sofrem e não
aprendem.

Isto parece difícil para entender, mas é como uma escola comum,
temos que estudar e provar que aprendemos e crescemos. Desta
forma, estaremos evoluindo e nos conectando com as vibrações
maiores, subindo de nível e nos afastando cada vez mais das
vibrações inferiores. É isto que Deus quer: Que nós mesmos
façamos a escolha, separando o joio do trigo.

A grande diferença de tudo o que aprendemos é que esta seleção


será feita por nós mesmos e não por Deus, conforme nos foi
ensinado.

Portando, está em nossas mãos e mais ainda, ao nosso alcance,


atingir a perfeição, a sublimação.
Deixa teu Deus interior explodir, espalhando pelo Universo, milhares
de partículas de Amor!”
***

“Livros são o maior elo entre o humano e a sabedoria. Facilitar


acesso a quem não tem. Emprestar, girar as informações através
deles.

Discretamente pode-se ir levando informações a quem precisa. É


uma maneira rápida de despertar os corações para algo além,
maior...

Comecem emprestando o que tens em casa, depois o giro vai se


formando e crescendo. Então um número cada vez maior de
pessoas serão beneficiadas.
Neste período de transição, muitos terão que despertar rapidamente.
A leitura adequada ajudará neste despertar. Há maneiras simples e
diretas de ajudar. Uma opinião no momento certo, um abraço
fraterno, um gesto, um exemplo, uma mensagem... devemos estar
atentos à cada sinal e repassar o máximo de informações. Muitos
não entenderão nada, mas outros despertarão.

Como o despertar da consciência está muito acelerado, um pequeno


detalhe poderá mudar a vida de alguém. Portanto, não desperdice
nenhuma oportunidade. Alguém carente está nos aguardando em
algum lugar, em algum momento.

Se cada um conseguisse abrir seu coração, tudo seria tão mais fácil!
As pessoas construíram uma armadura de ferro em volta de si e
pensam que assim estão protegidas. No entanto, estão bloqueadas
de qualquer sentimento. Não dão, nem recebem. Não ajudam, mas
também são esquecidas. De que afinal estão se protegendo? De si
mesmas. Elas não imaginam que quanto mais se dá, mais se recebe;
quanto mais se ajuda, mais se é ajudado; quanto mais se ama, mais
se é amado.

Quando todos realmente conseguirem fazer esta entrega


incondicional, estaremos formando outra civilização. Estaremos
vivendo num novo mundo, perfeito, de amor, de solidariedade, de
respeito ao ser humano.

Isto é possível e é para isto que estamos trabalhando. Para


atingirmosestegraudeperfeição!”
“A vida é uma luta constante.

É uma luta de ideias, de sonhos, de trabalho e de sobrevivência.


Somos como soldados sempre à postos todo momento. Temos que
trabalhar sempre pelo bem, pelo amor,
pelapaz.Temosqueteremmentecoisasboas,saudáveiseelas
serealizarão.
Controlar nossas emoções, faz parte de nosso amadurecimento.
Sentir amor, confiança e prosperidade nos
tornamaiscentradosese,realmentedesejamos,istoacontecerá,
poiscondicionamosnossamenteparaqueseconcretize.

Assim como atraímos através de pensamentos atrair coisas boas


através de pensamentos positivos. dor, revolta, vingança,

perturbados, podemos e ameaças devemos

Nossa mente é uma máquina que executa o que nós pedimos. Se


somente coisas ruins acontecem em nossas vidas, é porque as
atraímos direcionando energia para o medo, pensando em
possibilidades negativas e não percebemos as coisas boas que
também acontecem em nossas vidas. Elas acabam sendo sufocadas
e passam despercebidas porque o medo e a insegurança
prevalecem.

Nós somos o que pensamos.

Então, pensemos somente em coisas agradáveis: na felicidade, no


amor, no prazer da vida, na amizade, na solidariedade. Quando
entrarmos nesta energia e direcionarmos nossos pensamentos para
nosso bem estar e dos outros,
estaremosdebemcomavida,empazconoscoecomDeus.”

***

E assim várias experiências foram acontecendo, várias situações,


provas e sinais foram sendo mostrados e vivenciados.
Hoje não tenho mais dúvidas sobre esta experiência com minha filha
e aceito com muita naturalidade.

Um dia eu estava atrasada para sair de casa, pois tinha marcado um


compromisso no escritório. Na saída, vi que a sala onde faço
meditação estava com a porta totalmente aberta e a luz acesa. Fui
até lá receosa, pois estava sozinha em casa e cheguei a pensar que
poderia ter alguém lá dentro, o que não se confirmou. Mas como
poderia estar aberta se tinha certeza de que havia fechado a porta
na noite anterior e a luz não estava acesa? Examinei os objetos e
tudo pareceu normal. Saí, pois tinha pressa e voltei novamente
pensando ser um aviso de que deveria fazer uma meditação. Como
não tinha muito tempo e também não tinha planejado isto (mas senti
a necessidade de fazer algo) então pensei fazer uma breve oração e
pedir proteção para a casa, o escritório, meu marido que estava
viajando e todas as pessoas conhecidas.

Sem sombra de dúvida era um sinal, só não percebia porquê.


NESTE INSTANTE LEMBREI DE QUE ERA 3 DE AGOSTO DE
2005. Foi como uma ficha caindo e iluminando minha mente. Nossa!
Nem havia lembrado desta data: faziam quatro anos da partida da
Joyce. Imediatamente percebi do que se tratava e comecei a rir de
alegria. Sim, ela estava ali para me dizer alguma coisa. Peguei uma
folha de papel e comecei a escrever:

“Mãe, gostou da surpresa?

É só para provar que eu estou viva e com vocês a todo o momento.


Estou fazendo vários testes com vocês, todos para lapidar a sua
percepção. Sei que todos já estão mais conformados porque o
entendimento está mostrando a realidade. Agora podemos trabalhar
o pressentimento, a percepção, os fatos em si. No momento em que
vocês acreditarem no que vêem e sentem, muitas coisas poderão
acontecer. Não se trata de mistérios,nemmagia.Trata-
sedodesvendardovéuquetanto se fala. Aos poucos vocês poderão
perceber a semelhança entre os dois ‘mundos’, vamos falar assim.
Vocês sentirão nossa presença como se estivéssemos juntos.

Quanto mais naturalidade tivermos para aceitarmos isso, mais se


concretizará.

Não podemos ter dúvidas e sim aceitar e agradecer por conseguir


chegar neste ponto de consciência. É para isto que tanto
trabalhamos neste tempo todo. Após muito estudo, conversas e troca
de opiniões, vem a aceitação (de tudo o que é e como tem que ser) e
automaticamente mudamos de atitudes, abrindo o campo da
percepção. Começamos a ver e entender os sinais, não
questionamos mais sobre eles e então temos condições de vivenciar
situações que antes não compreenderíamos. Estamos todos
evoluindo sempre e juntos, o que é mais importante.

Estejam sempre abertos para novas situações. Não duvidem nem se


surpreendam com o que acontece com vocês. É natural. É
maravilhoso.

É a confirmação de que vocês estão aceitando e vivendo uma nova


realidade.
Que a paz e o amor estejam sempre nos seus corações.
Com amor,
Joyce”

Antes de me dar conta daquela data, ela já se manifestara para me


lembrar de tudo o que já falamos nestes anos.
Com muita alegria e paz no coração, vivencio hoje esta situação.
Sem ressentimentos, sem tristeza, sem lamentos.
Aprendi e cresci muito, mas não foi fácil.
Precisei me despir de todos os dogmas...
Precisei reformular todos os conceitos que me foram ensinados...
Precisei mudar de atitude...
Precisei abrir mão do que me era mais precioso...
Precisei me desligar de todos os sonhos e sentimentos.

Fiquei simplesmente vazia... para renascer e recomeçar. Para


ordenar novos pensamentos partindo da fé e do amor ao Ser
Supremo.

Aprendi a buscar no renascimento, despido de qualquer conceito, o


amor puro e a entrega. É desta forma que viemos ao mundo, mas,
ao longo do tempo, vamos perdendo esta pureza nata de nosso ser.
Aos poucos vamos despertando para o egoísmo, a rivalidade, a
ganância. Enquanto somos crianças, estes sentimentos são
mascarados pelos adultos, muitas vezes incentivando a julgar o que
não compreendemos ainda, por sermos inocentes. A seguir estes
sentimentos vão se arraigando como necessidade e sobrevivência e
então acabam fazendo parte da nossa vida naturalmente.

É difícil achar o equilíbrio, afinal se nascemos puros, por que nos


transformamos no que somos hoje, cheios de vícios e julgamentos?
Recomeçar é muito doloroso. Não significa apenas começar de novo,
mas sim, modificar e anular muitos valores que faziam parte da
nossa existência. Mesmo que eles não sejam mais importantes para
nós neste momento, eles continuam arraigados na nossa
consciência, por terem sido considerados corretos até então.

Podemos ir substituindo cada um deles ao longo do tempo ou


arrancá-los todos de uma só vez. Uma mudança radical é bem mais
dolorosa e muitos não têm estrutura para suportar esta dor. Mas
muitas vezes é desta forma que a mudança acontece. Somente
quando passamos por um sofrimento muito grande é que
despertamos. Somente após perdermos aquilo que era mais sagrado
em nossas vidas, a razão de nossa existência, o motivo
simplesmente de viver, é que somos sacudidos e acordados para um
novo direcionamento.

Quando aprendemos a abrir mão do que não podemos controlar,


aprendemos que não controlamos nada. Quando aceitamos este
fato, conhecemos o desapego. Não à bens materiais, mas às
pessoas, às situações, ao comodismo.

Então, é a hora de vivermos a nossa história pessoal. Ela é única,


intransferível e somente nós mesmos podemos vivê-la, pois faz parte
do nosso aprendizado.

Posso afirmar, com a certeza de quem passou por esta


transformação, de que ela é possível e suportável. E, quando
alcançamos o outro lado da margem, vemos que tudo valeu a pena:
cada sofrimento, cada perda, cada desespero, cada injustiça, cada
vontade de querer mudar, cada firmeza, cada persistência.

Agradeço a Deus por cada experiência vivida, cada dor sentida, cada
desespero suportado, cada dúvida sufocada, cada revolta e protesto
desabafados, pois foi através de tudo isto que eu parei, questionei,
re-avaliei e tomei novas decisões, modificando o rumo da minha
caminhada. Não fossem as experiências amargas e dolorosas
vividas, com certeza hoje eu seria apenas mais uma pessoa vivendo
sua trajetória de vida sem objetivos além daqueles tradicionais que
trazemos de gerações.

Agora olho para trás e vejo o quanto eu e tudo em minha volta


mudou. Não sinto mais ódio, rancor, vontade de vingança por
aqueles que um dia me prejudicaram, vontade de acertar as contas
com aqueles que me foram injustos, enfim todos aqueles
sentimentos mesquinhos que nos fazem regredir. Eles não fazem
mais parte de minha vida. Não sei dizer com certeza se consegui
perdoar do fundo do coração, mas posso dizer que não sinto mais
nada, a não ser piedade por serem tão pequenos. E peço a Deus
firmeza nas minhas intenções para que eu possa perdoar sempre e
ver o outro como um ser em aprendizado, buscando o seu despertar.
Que eu possa ajudar não somente aqueles que me são queridos,
mas aqueles a quem não tenho afinidade também e que um dia eu
possa amá-los por igual, incondicionalmente.

Amar e compreender cada ser humano dentro de suas limitações e


defeitos, no estágio em que se encontram, é o nosso dever. Não
precisamos dar satisfações à sociedade, mas sim ao Pai, pois é
através Dele que aqui estamos e é por Ele que trabalhamos no
auxilio ao próximo.

Sejamos dignos desta tarefa e a executemos com todo nosso


empenho, amor e gratidão.
Joyce, aos 12 anos.
Joyce Grossmann.
Luiza Kehl.
EPÍLOGO

“A todos aqueles que leram estas palavras, o meu respeito mais


profundo! Se consegui levar alguma luz, esperança ou dúvida ao seu
coração, meu objetivo foi alcançado.

É importante o seu questionamento a tudo o que foi colocado aqui.


Que eu possa ter transmitido um pouco de esperança e consolo ao
seu coração.

Queria mostrar, me expondo aqui, que, apesar de não ter tido o que
vocês têm ou já tiveram, mesmo assim puder viver a plenitude na
minha breve passagem aí. Queria mostrar que é possível viver com
restrições, enfrentar problemas indissolúveis, viver com amor e
superar qualquer dificuldade.

O tamanho dos nossos problemas está no nosso ponto de vista.


Assim como uma pulga pode nos tirar o sono nos irritando uma noite
inteira, também uma perda irreparável pode não ser tão grave quanto
imaginamos. Nosso pensamento e modo de pensar é que vai
determinar nossa atitude. Quando há compreensão, entendemos e
quando compreendemos a dor diminui.

Se estamos hoje aí, é por alguma razão. Quando descobrirmos isso,


teremos a chave de nossa libertação. Então teremos condições de
cumprir com nossa missão estabelecida anteriormente e finalizar
nosso trabalho no planeta Terra com chave de ouro. O ouro da
pureza, da purificação e da preciosidade de nossas atitudes.

Que cada um possa passar a chave no seu coração ao despedir-se


desta vida dizendo: “Pai, missão cumprida! Para junto de ti eu volto
com todo o amor e pureza que sempre me ensinaste. Que eu seja
digno de entrar pela porta da frente e sentar-me na tua companhia!”

Se consegui germinar uma semente apenas no coração de alguém


que procurava, numa palavra, um consolo ou compreensão, minha
missão terá valido a pena!

Joyce”

TESTEMUNHO DO AMIGO EDEN


Joyce... Luz... Beleza... Amor!

Tive a honra de te conhecer antes de tua partida para tua missão


maior! Minha vida seria outra caso não tivesse tido esta honra!
Tu és linda, tu és maravilhosa! O nosso pequeno Planeta Azul
perdeu beleza com tua partida!

Mas os Anjos não podiam mais prescindir de ti; tu fazias falta entre
eles; tu eras necessária para as grandes missões que te
aguardavam, imprecsindíveis, angelicais, as quais não poderiam ser
realizadas sem tua presença, tua colaboração, tua ação!

Tu eras muito importante aqui, mas as missões dos Anjos são mais
importantes que as nossas, e eles precisavam de ti! Então nós
tivemos que permitir que tu partisses para tua missão maior, mesmo
sabendo que teríamos que seguir nosso caminho e conseguir
completar nossa missão sem ti, sem tua ajuda!

Agora, só podemos contar contigo nos raros momentos em que os


Anjos te permitem parar por alguns instantes para descansar de tua
importante missão. Nesses instantes, tu, ao invés de descansar,
vens voluntariamente trabalhar conosco, desce até nossa pequenez
e gasta teu tempo de descanso nos ajudando, nos protegendo, nos
ensinando...

Não existem palavras em nosso idioma nem em qualquer outro


desse nosso planeta, para te dizer o que sinto, o que te devo dizer, e
o que mereces ouvir.

Então, na falta de palavras, digo apenas


Muito obrigado, Joyce! Eden Ruga
POSFÁCIO À 4ª EDIÇÃO Queridos leitores,

Divido com vocês a alegria da quarta edição deste livro. Recebi


várias comunicações de pessoas que acabaram sendo parte de
minha/nossa história. Conheci, virtual e pessoalmente, muitos seres
especiais que encontraram ressonância nas palavras transmitidas
por Joyce. Isto nos mostra que estamos todos no mesmo caminho
para a evolução espiritual.

Através do conhecimento ou mesmo de nossas experiências


pessoais é que vamos despertando, compreendendo e evoluindo
para um sentido mais amplo de vida.

Não somos seres isolados, fazemos parte de um grande contexto


que temos que descobrir sozinhos já que o conhecimento tradicional
ou “hereditário” que recebemos não nos faculta esta oportunidade.
Estamos vivendo, hoje, uma era de grandes revelações em todos os
sentidos, e passamos por avaliações e experiências que jamais
imaginaríamos que existissem. O Portal está aberto a todos.

Hoje, podemos falar sobre a espiritualidade com muita maestria e


lucidez. A própria ciência já admite e aceita muitas situações
“inexplicáveis” e muitas são comprovadas cientificamente. Cabe
ressaltar que várias destas descobertas não são novas para a
ciência, pois o interesse oculto não permite a divulgação de vários
fatos conhecidos. O que eles admitem como verdade já está
devidamente comprovado pelas experiências que experimentamos
nesta jornada. Diante de tantas evidências, eles acabam revelando
suas teses também.

Somos seres em evolução e não podemos mais parar. Somos


castiçais de luz iluminando uma nova era, uma nova história, um
novo desejo: a ascensão. Hoje podemos entender o que é ascender
e temos meios para fazê-lo. Depende somente de nós e de mais
ninguém!
Que as palavras da Joyce continuem semeando luz para quem
precisa despertar, consolo para aqueles corações dilacerados pela
dor, ânimo para aqueles que têm uma decisão a tomar, incentivo
para aqueles que sentem que é hora de buscar algo novo, exemplo
para os que se espelham nela, entendimento através de sua
trajetória e experiências. E, também amor e respeito por todos os
seres em evolução, bem como por este planeta que hoje é o nosso
lar.

Espero e desejo que mais almas encontrem o sentido verdadeiro de


ser, estar e evoluir para que possamos voltar inteiros para a
companhia de nosso Pai Maior.

Fiquem na Luz!

Eu estava na Livraria Cultura de Porto Alegre. Procurava uma


história que falasse das estrelas, do céu, da vastidão do Espaço,
suas peculiaridades e questões. Queria comprar um livro assim. Foi
então que um livro cheio de estrelas na lombada me chamou a
atenção. Foi preciso apenas virar para ver a capa e, então, um
sorriso me pegou. De fato, o sorriso dela pega mesmo e vira como
uma sombra na mente. Segue o coração onde quer que ele vá.

Primeiro, pensei que fosse uma daquelas histórias de dramas,


paulistas ou mesmo americanos, realidades tão longe de mim, tão
estrangeiras na sua própria poesia. Qual não foi minha surpresa
quando, examinando o livro, constatei que se tratava de alguém que
viveu em Novo Hamburgo, cidade que vou com alguma frequência.

Quando olhei para Joyce, eu já sabia que não sairia dali sem ela.
Uma
realidadetãopróximademim,umjeitodefalarquelembrarascoisasdaqui,
nossafamiliaridade,ideais,desejos.Leveiolivroparacasa,comeceialere
a muito custo consigo parar.

AspáginasmostramtodaaevoluçãodaJoyce.Maselanuncaperdeaquele
jeito menino, até quando vai ensinar alguma coisa. Não se esquece
que é adolescente e é justamente isso que gosto mais nela.
Memorável é a Aula Magna da página 115 sobre arbítrio e religião.
Eu nunca tinha pensado as
coisasdaquelaforma.Etenhoorgulhodedizerqueumameninameensinou
afazerisso.

A comoção despertada por Joyce, incentivou-me a prestar um ato de


gratidão por todas as boas emoções sentidas. Essa gratidão, muito
humilde e simples como acredito que a própria Joyce gostaria, está
em anexo. Uma homenagem a ela, ao fato de não ter partido,
estando sempre sintonizada com todos nós em um plano elevado de
consiência.

Agradeço-te profundamente por ter aceitado essa missão de


canalizar Joyceedetertransformado toda essa evolução
belaeedificanteemlivro.O
conteúdoquealiestáétocante,paradizeromínimo.Nãoéofatodeserverda
de
ounão.Verdadeagenteaceitasequer.Oquetocaéessaflordemenina,que
tão simples é superior, tão bela e meiga, é uma flor que o universo
ofereceu paracortejarcomaféosespíritosquebuscamchegaràperfeição.

Grandeabraçoati,aJoyceeaJoão-Homem-Grande(leiaoanexoquevc
vaientender)
Com carinho, Alexander
MAS TEU CORAÇÃO, NAS ESTRELAS...
O mundo aqui segue na esteira das lembranças. O tempo passa, é certo, mas onde a
distância? Da tua luz a Imensidão fez o Seu farol. Amarguras, tristezas, sempre há quem
fazê-las Mas teu coração, nas estrelas, surgiu. Desperta agora como um sonho que sumiu,
Apenas para lembrar que não partiu.

Todo mundo no fundo sabe: a distância maior É estar longe do próximo,


E, nas estepes da lonjura da proximidade, Não importa o que penso,
Não importa o que faço.
Para a certeza da dúvida, basta um passo, Estrelas faltam dentro, fora, em térreo ou
terraço.

Menina Joyce, será que eu também te nasço Enquanto me renasces com tuas palavras,
Douradas como a cor dos teus cabelos? Amarguras, tristezas, sempre há quem fazê-las,
Mas teu coração, nas estrelas, em inspirar Me diz:” se aceitas o bem, para ficar Ele joga teu
coração para o ar”.

A tua luz transcende e dissipa a escuridão. A menina fala e, então, “calço” as palavras tais
Como se fossem calçados da empresa de seus pais1. A inteligência atravessada de luz
Tão gigante se conduz, chegando neste mundo qual tropel. Aráutica existência, a sabedoria
é seu véu E lhe faz anel de ouro... no dedo do céu.

Quando houve a contemplação do teu desfalecer, Um casal perdeu-se de seu próprio


coração. O céu rachou e o arco-íris derreteu.
Amarguras, tristezas, algo sempre há de trazê-las Mas teu coração, nas estrelas, mui nobre
e liso Veio derramar um afago tão preciso, E a mera vida fez-se plena... do teu sorriso.

João-Homem-Grande é teu pai2.


Agasalhado ao manto de Mãe Maria3, Lida com o dia-a-dia dos corações que ficaram.

1 Alusão à ocupação dos pais de Joyce, uma empresa exportadora de calçados.2Trocadilho


alusivo ao nome híbrido (inglês e alemão) do pai de Joyce, John Grossmann.3Nas
correspondências que envia a Joyce, transcritas no livro “A Morte não Existe – O Fim é
Apenas o Começo”, de Joyce Grossmann, psicografado por Luiza Kehl, John Grossmann
deseja que Joyce seja resguardada pelo manto de Mãe Maria.

Racional e valente, é muralha contra a dor. Mas por afeto e teu favor, que se acaloram, Ele
sabe que valentes homens também choram Por filhas do amor, que tanto adoram.

Tua mãe também é luz4, o feminino da vida Fruto das raízes, sutilezas e sonhos desta terra.
Procura entender sem ser preciso provar nada5. Amarguras, tristezas, sempre algo vai fazê-
las

Mas teu coração, nas estrelas, com amados e brilhantes caduceus Chega e diz, “mãe, me
conta todos sonhos teus, Que neles vou formar canções de Deus”.

Certa feita, Tua forma desenhou-se no ar,


E enriqueceu a mera vida.
Que viesse o relâmpago, que viesse o trovão,
A melodia da tua presença era um refrão, tão somente ‘inda mais apaixonado. “Eu sou o
que o amor em mim ungiu”
Disse a filha-tesouro, volvendo ao lar donde surgiu Para dizer que amar é algo mais sutil.

E tudo ficou tão claro, extinguindo a escuridão. Era a menina mesma, encarnando a
proximidade. Tão menina e madurando a pulsão do Espaço. Dúvida e saudade, quando não
se há de tê-las? Mas teu coração, nas estrelas, em alegria interna Disse as palavras que
exala e externa Uma doce menina, que é eterna.

Apenas é possível fazer o que se pode. Por isso fazes o que podes,
Por isso tuas palavras, por isso pensas e amas, Na esteira de coisas tantas
Tanto belas como santas, o espírito em tudo é transformador. O alívio é a tarefa, a
lembrança é o clamor Da fé, da esperança, do amor.
A menina do sorriso que agarra É tão simples, tão menina,
A faceirice que é séria, aconselhando alegria Amarguras, tristezas, sempre há quem fazê-
las Mas teu coração, nas estrelas, devagarzinho Enxuga olhos lacrimosos com carinho, Pois
cabem apenas glórias no puxadinho6.

4 Referência à origem latina do nome Luiza, que significa luz, vocábulo “parente” do termo
Lúcifer”, que, em latim, significa, “aquele que carrega a luz”. Por uma infeliz coincidência,
Lúcifer era o nome de um dos “anjos malditos” que, conta a tradição católica, organizou uma
rebelião no céu.

5 Nas primeiras comunicações, Joyce chamou a atenção de seus pais para o fato de que
suas comunicações não deveriam ser um incentivo para se provar nada, mas para
incentivar a crença e, consequentemente, o amor.
6Lugar sagrado para a família de Joyce, dedicado à reflexão e espiritualidade.

Não és superior apenas por cursos e vivências. Em frente ao teu sorriso, um aprendiz logo
vê seu lugar. Uma menina, uma bonequinha vem para ensinar Um professor como eu a
lecionar7. É assim que acontece de forma sensata: A Tua Palavra escrita, tão exata
Vivifica o que o espírito mata8...

... Quando, triste, apenas quer o que acha certo. O que é o ser humano senão a tentativa-
erro de si mesmo No nascedouro da experiência de cada dia? Amarguras, tristezas, sempre
se há de vê-las Mas teu coração, nas estrelas, na voz-madrugada ou vespertina Me diz que
é belo pensar no amor que não termina Crendo, muito crendo na Palavra da menina.

Tua presença será sempre bela, cheia do mistério elevado Do pássaro que sombreia a lua,
das aves manchando o pôr-do-sol. Quão imatura é a descrença no poder do teu sorriso. Na
capa do livro da Tua Palavra, lá ele está, E onde quer que ele vá, despedidas meninas são
cheias de retorno Repletas de um calor que é quase um forno Tão belas como as estrelas
que há no entorno9.

O mundo vai seguindo na esteira das lembranças. O tempo passa, correto, mas onde a
distância? Da tua luz a Imensidão fez Seu farol. Amarguras, tristezas, o mundo muito ‘inda
há de tê-las, Mas teu coração, nas estrelas, surgiu Pra sempre despertar tal como um sonho
que sumiu Apenas para lembrar... que não partiu.

DedicadoaJoyceGrossmann Pela palavra que consola sem limites, Por ser uma companhia
que, tendo ido, Sempre está por perto, EaLuizaKehleJohnGrossmann,
QuecriaramJoycecomaverdadeiramedidadoamor, Que é o amor sem limite.

Respeitosamente, OdiAlexanderRochadaSilva 06dejaneirode2012.

7 Alusão à profissão do autor que, de fato, é licenciado em Letras.8Alusão à famosa frase


do apóstolo Paulo em II Coríntios 3, 6: “a letra mata, mas o espírito vivifica”. No entanto, a
falta de fé por vezes mata muitas oportunidades de crescimento, o qual volta a ser
incentivado por uma palavra de amor. No caso da palavra de Joyce, uma palavra escrita.
9referência à capa do livro “A Morte não Existe – O Fim é Apenas o Começo”, de Joyce
Grossmann, psicografado por Luiza Kehl. Na capa, vê-se o rosto sorridente de Joyce
cercado pelas constelações.

Este livro foi composto com tipografia Rotis. Impresso em Pólem 90g na Gráfica Pallotti -
Santa Maria/RS. 4ª edição - 1º impressão.

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