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O Uso de Fitoterápicos como Coadjuvantes no Tratamento de Síndromes Dolorosas

Introdução
Desde os tempos imemoriais, o homem busca, na natureza, por recursos que melhorem sua condição
de vida a fim de aumentar suas chances de sobrevivência através da melhoria de sua saúde. Em todas
as épocas e culturas, ele aprendeu a utilizar os recursos naturais para esta finalidade. Segundo
informações da Organização Mundial de Saúde1, 60% da população mundial utiliza medicamentos
tradicionais, baseados em uma história de utilização prolongada, com frequência milenar 2. Entre as
práticas consideradas tradicionais, destaca- se o uso de produtos à base de plantas medicinais.
Apesar de sustentar-se em história milenar, a infraestrutura para a pesquisa em medicina tradicional
está muito menos desenvolvida que a de medicina convencional. Apenas 25 dos 191 países membros
da OMS têm desenvolvido políticas referentes à medicina tradicional e/ ou complementar e
alternativa, sendo que o Brasil não se encontra envolvido neste pequeno grupo 1.
Entretanto, tem havido um apelo insistente e crescente, nos dias atuais, para que se determine a
inocuidade e eficácia desta prática, sendo destacado como importante que se preste apoio à criação de
infraestrutura apropriada no âmbito acadêmico e em outras instituições 2.
O uso da medicina tradicional e das plantas medicinais tem sido amplamente utilizado para a
manutenção da saúde. A grandeza da biodiversidade brasileira não é conhecida com precisão, tal a sua
complexidade, estimando-se a existência de mais de dois milhões de espécies distintas de plantas,
animais e microrganismos. O Brasil é o país com maior diversidade genética vegetal do mundo,
contando com mais de 55.000 espécies catalogadas de um total estimado entre 350.000 e 550.000
espécies3. Até a primeira metade do século XX, o Brasil era essencialmente rural e usava amplamente
a flora medicinal, tanto nativa quanto introduzida. Hoje, a medicina popular do país é reflexo das
uniões étnicas entre os diferentes imigrantes e os inúmeros povos autóctones que difundiram o
conhecimento das ervas locais e de seus usos, transmitidos e aprimorados entre as gerações 4. A
fitoterapia poderia ser mais amplamente aplicada na medicina preventiva ou em conjunto com a
medicina convencional5.
Dentro deste contexto, esta revisão apresenta o uso de plantas ou compostos químicos derivados de
plantas, que possuam comprovada atividade anti-inflamatória e/ou ação na fisiopatologia da dor com
potencial uso terapêutico, mostrando sua viabilidade e reforçando suas vantagens sob o aspecto de
cura.

Fitoterápicos, Inflamação & Dor


Inflamação e síndromes dolorosas ocupam uma posição crítica quando se fala em necessidade
terapêutica. A inflamação é uma reação do organismo frente a uma agressão ou a uma lesão, que
envolve diversas reações bioquímicas, cuja missão é conter e isolar a lesão, destruir microrganismos
invasores, inativar toxinas e promover o reparo e a cura. No entanto, este processo é nocivo e pode
causar lesão progressiva do órgão e perda de sua função 6.
Devido a suas consequências à saúde, a grande maioria dos pacientes faz uso contínuo de
medicamentos como corticoides, analgésicos e anti-inflamatórios, incluindo os anti-inflamatórios não
esteroidais (AINEs) – que atuam na inibição de mediadores inflamatórios
como prostaglandinas e tromboxanos da série 2, por meio da modulação das enzimas ciclooxigenase
1 e 27,8.
Diversos fitoterápicos têm sido utilizados no tratamento de doenças e sintomas associados à
inflamação e dor, sendo identificados: arnica (Arnica montana), prímula (Borago officinalis),
boswellia (Boswellia serrata), calêndula (Calêndula officinalis L.), erva baleeira (Cordia verbenacea
D.C), cúrcuma (Curcuma longa), garra do diabo (Harpagophytum procumbens), erva de São João
(Hypericum perforatum), salgueiro (Salix spp.), unha de gato (Uncaria tomentosa Willd. DC e
Uncaria guianensis Aubl. Gmel.), urtiga (Urtica dioica L.) e gengibre
(Zingiber officinale Roscoe). Estes fitoterápicos têm sido utilizados
em inúmeras formas farmacêuticas de administração, tanto como uso local ou sistêmico. Existem
diferentes formas de absorção que dependem da forma farmacêutica utilizada. Entre os fatores que
afetam a absorção percutânea dos medicamentos estão a natureza do próprio fármaco, a natureza do
veículo e as condições da pele, como o nível de hidratação e tensão 9. Entretanto, para utilização das
plantas medicinais de uso tópico, temos que considerar a absorção da pele, sendo que sua forma de
absorção deve ser mais bem estudada. Sendo assim, mais pesquisas e regulamentações da
farmacologia devem ser realizadas para uso seguro e com eficácia das plantas, assim podendo ser
considerado mais um recurso terapêutico.
É fundamental destacar que atualmente o nutricionista não pode realizar prescrição de fitoterápicos
para uso tópico, podendo indicar somente aqueles de uso oral, desde que não exijam prescrição
médica de acordo com a legislação vigente. A prescrição de fitoterápicos pelo nutricionista é
regularizada pela legislação CFN 402/2007, que regulamenta a prescrição fitoterápica pelo
nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas
farmacêuticas” 10. Para tanto, o profissional deverá ainda considerar a legislação vigente da ANVISA,
que determina se o fitoterápico exige ou não prescrição médica. Atualmente, a legislação vigente é a
instrução normativa número 511, e o Quadro 1 apresenta os fitoterápicos abrangidos por essa
legislação, demonstrando a exigência ou não de prescrição médica 11.

Fitoterápicos sem Prescrição Médica:


Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.)
Alho (Allium sativum L.)
Aloe Vera (uso tópico)
Calêndula (Calendula officinalis L. - uso
tópico)
Centella asiática (Centella asiatica L.)
Alcachofra (Cynara scolymus L.)
Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra L.)
Hamamélis (Hamamelis virginiana L.)
Camomila (Matricaria recutita L. - uso
tópico – tintura – e oral)
Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia)
Melissa (Melissa officinalis L.)
Hortelã pimenta (Mentha piperita L.)
Ginseng (Panax ginseng - utilizar por até
3 meses)
Polígala (Polygala senega L)
Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.)
Maracujá (Passiflora incarnata L.)
Guaraná (Paullinia cupana)
Boldo (Peumus boldus Molina)
Erva-doce (Pimpinella anisum L.)
Cáscara sagrada (Rhamnus purshiana)
Salgueiro branco (Salix alba L.)
Sabugueiro (Sambucus nigra L.)
Sene (Senna alexandrina Mill., Cassia
angustifólia Vahl ou Cassia senna L.)
Confrei (Symphytum officinale L. - até
4-6 semanas/ano – uso tópico)
Gengibre (Zingiber officinale)
Guaco (Mikania glomerata)
Arnica (Arnica montana L. - uso tópico)

Fitoterápicos com Prescrição Médica:


Uva-ursi (Arctostaphylos uva-ursi Spreng.)
Cimicífuga (Cimicifuga racemosa L.)
Ginkgo (Ginkgo biloba)
Hipérico (Hypericum perforatum L.)
Kava-kava (Piper methysticum)
Saw Palmetto (Serenoa repens)
Tanaceto (Tanacetum partherium)
Valeriana (Valeriana officinalis)
Equinácea (Echinacea purpúrea)

Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária 11.

Esta revisão tem o objetivo de relatar, de forma sistematizada, a ação fitoquímica, a fisiopatologia e o
uso terapêutico de espécies vegetais com potencial medicinal relacionado a síndromes dolorosas e
inflamação, através de pesquisa realizada nas bases de dados Medline, Cochrane e Lilacs.

Arnica (Arnica montana)


A arnica é uma planta que, embora seja oriunda de regiões montanhosas da Europa e América do
Norte, hoje em dia está aclimatada a regiões serranas do Brasil como Minas Gerais e região sul do
país, existindo ainda uma variedade conhecida
como Arnica Brasileira ou Arnica do Campo (Chinalaena latifólia) 12. A Arnica montana tem como
constituintes químicos as lactonas sesquiterpênicas, triterpenos, esteroides, arnicina, inulina, glicose,
colina, glicosídeos falvônicos, carotenos, isoquercitrina, astragolina, arnidendiol, xontofiloposídeos,
zeaxantina, cafeína, ceras, resinas e taninos 13.
Os primeiros registros sobre a arnica foram feitos na Alemanha por Santa Hildegarda 14. São relatadas
propriedades analgésicas, antiinflamatórias, antissépticas e cicatrizantes, principalmente quando
correlacinados a trauma e tendinites15. Uma diversidade de espécies de Arnica tem sido estudadas na
medicina tradicional, no tratamento de desordens inflamatórias.
A Arnica montana é conhecida por sua propriedade de inibir a neutrófilo elastase, o fator alfa de
necrose tumoral (TNF-α) e o NF-kappa B16. O uso tópico da arnica tem sido em casos de contusões,
nas luxações, traumatismos, hematomas, inflamações articulares, dores e feridas em geral. Jeffrey e
Belcher17 realizaram um estudo randomizado, duplo-cego para verificar se a administração de Arnica
montana em tabletes homeopáticos auxilia a recuperação de cirurgias das mãos. Foi observada
significante melhora na dor após 2 semanas de tratamento no grupo que recebeu este fitoterápico.
Entretanto, os autores indicam que ainda são necessários maiores estudos e investigações
quanto ao seu papel na recuperação pós-cirúrgica das mãos 17. Ainda, utilizada na forma de gel
(uso tópico) em massagens, a Arnica montana apresenta efeito anti-inflamatório sobre lesões agudas 18.
Knuesel et al.19 relataram que o uso da Arnica montana em gel fresco, no tratamento de osteoartrite
nos joelhos de grau leve a moderado, durante 6 semanas, é bem tolerado e eficaz.

Prímula (Oenothera biennis), Borragem (Borago officinalis L.), e Groselha Negra (Ribes nigrum L.)
A prímula, conhecida também como prímula da tarde, é uma planta nativa norte-americana, sendo o
uso terapêutico herdado da medicina indígena. Esta planta tem sido tema de centenas de estudos
científicos, o que tem tornado um dos fitoterápicos mais largamente prescritos na fitoterapia norte-
americana. O óleo da semente de prímula apresenta uma grande quantidade de ácidos graxos
essenciais, em especial o ácido gama-linolênico (GLA), responsável pela atividade terapêutica. O
GLA está envolvido na biossíntese de prostaglandinas, com redução da inflamação crônica, sendo
capaz de reduzir edemas, além de apresentar atividade antioxidante 21. Além disso, o óleo de prímula
apresenta como propriedade a capacidade de inibir a cicloxigenase, envolvida na síntese de citocinas
pró-inflamatórias, além de combater o estresse oxidativo 22. Este fitoterápico contém uma
substância denominada 3-O-transcafeool, derivado dos ácidos betulínico, morólico e oleanólico. Esses
terpenos lipofílicos pentacíclicos apresentam propriedades de combater os radicais livres, inibir a
cicloxigenase e o neutrófilo elastase23. Horrobin24 realizou revisão sobre as sementes da prímula na
reumatologia e concluiu que o GLA tem uma grande possibilidade de, futuramente, ser o fármaco de
escolha para o tratamento de enfermidades reumáticas. O óleo das sementes de borragem e groselha
negra, ambos da família Glossulariaceae, também são fontes interessantes de GLA. A revisão de
Newall25 avaliou os resultados encontrados em 5 estudos clínicos, duplo-cegos, controlados por
placebo, que avaliaram a eficácia destes óleos ricos em GLA em doenças reumáticas, sendo que 4
deles apresentaram resultados satisfatórios. O emprego desses óleos em várias doenças associadas às
baixas concentrações do GLA foi extensamente investigado e a literatura é farta. Atualmente, estão
sendo aguardados os resultados em seres humanos que comprovem a sua eficácia no tratamento de
várias afecções clínicas, dentre elas as afecções reumáticas25. Além da quantidade interessante de
GLA, foram identificadas 15 estruturas de antocianidinas no extrato da groselha negra, sendo esta a
classe de flavonoides mais importante de pigmentos nas cores rósea, vermelha, roxa, azul e púrpura,
que conferem importante ação antioxidante no organismo 26.

Boswellia (Boswellia serrata)


A Boswellia serrata é uma árvore originária da Índia. O valor terapêutico de sua goma (guggulu)
é bem conhecido tradicionalmente por possuir efeito anti-inflamatório, antiartrítico e analgésico 27,28.
Os efeitos terapêuticos no combate à dor e inflamação através da goma da resina da Boswellia foram
demonstrados em modelos animais in vivo e também estudados em experimentos in vitro.

O ácido boswéllico, isolado da resina da Boswellia serrata e identificado como o princípio ativo deste
fitoterápico, inibe a síntese de leucotrienos via 5-lipoxigenase, sem afetar a 12-lipoxigenase, as
atividades da cicloxigenases e a peroxidação do ácido araquidônico.
Sendo assim, a boswellia é considerada um inibidor específico da síntese de leucotrienos por ação
direta na 5-lipoxigenase ou por bloqueio de sua translocação 8. Sendo assim, considerando-se que
uma série de doenças inflamatórias está associada a este aumento de leucotrienos, ensaios clínicos têm
demonstrado efeitos interessantes da utilização da Boswellia serrata em tratamentos de artrite
reumatoide, colites crônicas, colites ulcerativas, asma brônquica e edemas peritumorais cerebrais 29.
Sander et al.30 verificaram que o extrato resinoso da Boswellia serrata diminui a síntese de
leucotrienos em pacientes com doença de Crohn. Gerhardt et al. 31 verificaram ainda que este efeito
terapêutico na doença de Crohn é semelhante ao tratamento com o medicamento mesalazina.
Apesar do principal efeito parecer estar relacionado com a inibição da 5-lipoxigenase, são levantadas
também outras possíveis atuações desta planta, como sobre as citocinas (interleucinas e TNF-α) e
o sistema complemento, sendo o leucócito elastase e os radicais de oxigênio os alvos de ação da
boswellia32. O TNF-α é um dos mediadores inflamatórios mais conhecidos. A sua relação com a
inflamação se deve a sua grande capacidade de induzir a expressão de moléculas de adesão como a
VCAM-127. Evidências em estudos com animais e humanos mostram um possível papel dos extratos
da goma de boswellia no tratamento de câncer, além do conhecido papel no combate à inflamação.
Dependendo do tipo de célula e da estrutura da boswellia, os compostos reagem de forma diferente,
interferindo tanto nas vias de transdução de sinais, como o cálcio, como com a sinalização
da MAPK em diversas células sanguíneas. Tais questões, muito relacionadas ao processo funcional
celular, tornam-se importantes para as reações inflamatórias e o crescimento tumoral 33.
Roy et al.27 realizaram estudo com o objetivo de fazer um screen genômico dos genes humanos
induzidos pelo TNF-α nas células microvasculares. Como resultado, verificou-se que dos 522 genes
induzidos pelo TNF-α, 113 genes responderam ao tratamento com extrato de boswellia, estando estes
diretamente relacionados à inflamação, adesão celular e proteólise. Após análises, observou-se que a
boswellia foi capaz de prevenir a expressão da matriz das metaloproteinases induzidas pelo TNF-α,
bem como a expressão dos mediadores da apoptose. Além disso, foi demonstrado que a boswellia foi
capaz de prevenir completamente a expressão do gene VCAM-1, potencialmente induzido pelo TNF-
α 27.

Calêndula (Calendula officinalis L.)


A Calêndula officinalis L. é uma planta pertencente à família das Compositae, indicada por sua ação
cicatrizante. A calêndula tem como princípios ativos os carotenoides, flavonoides e saponinas 34.
Foram identificados 19 carotenoides em extratos das pétalas das flores de calêndula de coloração
entre laranja e amarelo, sendo que 10 destes foram encontrados exclusivamente nas flores de cor
laranja35. Bakó e colaboradores36 observaram que a composição de carotenoides nas pétalas e no pólen
é principalmente de flavoxantina e de auroxantina, enquanto que no caule e nas folhas
a luteína e o beta-caroteno são os componentes principais.
Sua apresentação e administração podem ser em forma de tintura, para uso externo na forma de
compressas, além de unguentos e pomadas, gel e chás 37. A calêndula é uma espécie exótica
empregada na cicatrização de feridas com ação anti-inflamatória e antibacteriana, atuando na
cicatrização de queimaduras, feridas e fissura mamária através da regeneração do tecido
cutâneo38. Além disso, a calêndula possui propriedade cicatrizante, antisséptica, sudorífica,
analgésica, colagoga, antiinflamatória, antiviral, antiemética, vasodilatadora e tonificante da pele.
O efeito de estimulação à regeneração fisiológica e à epitelização foi testado através de um
experimento em ratos, cujas feridas induzidas foram cobertas com unguento de Calêndula officinalis e
alantoína. Castro e colaboradores39 verificaram que a combinação com a alantoína estimulou
acentuadamente esse efeito, devido a maior atividade das glicoproteínas, nucleoproteínas e proteínas
colágenos durante o período de regeneração nos tecidos. Em relação ao processo inflamatório, sabe-se
que determinadas vias metabólicas dos tecidos ou das células, especialmente os leucócitos
polimorfonucleares, quando ativados, geram grande quantidade de espécies reativas de oxigênio e
nitrogênio. Braga et al.40 verificaram em seu estudo que o extrato de C. officinalis interfere com os
radicais livres gerados no processo de explosão respiratória, sendo efetivo no combate aos mesmos.
Frankic et al.41, em estudo com animais, avaliaram o efeito protetor
da ingestão de 3ml/d de extrato glicopropileno da Calendula officinalis sobre os danos oxidativos do
DNA e peroxidação lipídica. Após a intervenção, ocorreu queda nas concentrações plasmáticas de
MDA e na excreção urinária de isoprostanos, mostrando efeito protetor contra o estresse
oxidativo. É interessante destacar que o efeito antioxidante da C. officinalis é maior quando utilizado
o extrato das pétalas, em comparação ao extrato das partes mais altas da flor.
Em relação à conservação dos compostos na Calendula officinalis, Bakó et al. 36 verificaram que, após
a preparação do chá ou manipulação de tintura de folhas de calêndula, todos apresentavam
composição de carotenoides equivalentes ao produto original, o que indica que a ingestão deste
fitoterápico, em diferentes formas de apresentação, é segura e garante o consumo de seus compostos
bioativos.

Erva Baleeira (Cordia verbenacea D.C)


A Cordia verbenacea, popularmente chamada de erva baleeira, é um arbusto nativo perene,
encontrado em todo o litoral brasileiro, principalmente em Santa Catarina. Popularmente, a erva
baleeira que tabém é conhecida como Mariapreta, Maria-milagrosa, Catinga de barão ou Pimenteira, é
utilizada no tratamento da úlcera gástrica, artrite reumatoide e diversos processos inflamatórios e
infecciosos. A erva baleeira é utilizada há séculos pelas populações litorâneas como cicatrizante e
anti-inflamatória. Em 1990 e 1991, o farmacologista Sertié e o bioquímico Sylvio Panizza, ambos da
Universidade de São Paulo, publicaram estudo6 sobre a ação anti-inflamatória da erva baleeira, e
identificaram sua ação em casos de artrite, artrose, tendinite, dores miofasciais, LER (lesão por
esforço repetitivo) e outros processos inflamatóriosdolorosos. O alfa-humuleno, principal componente
presente na erva baleeira, atua impedindo a atividade de cicloxigenase 2 (COX-2), responsável pela
produção de prostaglandinas, assim como outros antiinflamatórios e analgésicos já existentes no
mercado como o ácido acetilsalicílico, com o benefício de não promover efeitos colaterais 6. Além
disso, os resultados referentes ao seu uso tópico demonstraram ótima eficácia no tratamento
afecções inflamatórias músculoesqueléticas 42. O óleo essencial de Cordia verbenacea e alguns de seus
componentes ativos demonstram importante efeito anti-inflamatório.
Acredita-se que este efeito seja decorrente da interferência na produção de TNF-α. Sendo assim, o
óleo de Cordia verbenacea ou seus constituintes podem representar uma nova opção terapêutica para o
tratamento de doenças inflamatórias43.

Cúrcuma (Curcuma longa)


A cúrcuma é uma planta tradiconal na medicina ayurvedica (indiana), sendo a curcumina o principal
polifenol encontrado no rizoma da planta Curcuma longa. A curcumina age inibindo a atividade da 5-
lipoxigenase nos neutrófilos peritoneais de ratos, bem como a atividade da 12- lipoxigenase e a
cicloxigenase em plaquetas de humanos. Tem ação relevante na diminuição de radicais livres e na
modulação da peroxidação celular8. Além disso, a curcumina apresenta propriedade anti-inflamatória
e quimiopreventiva, uma vez que é capaz de inibir o NF-kappa B e a consequente sinalização anti-
inflamatória em vários tipos celulares, incluindo os condrócitos. Assim, parece ser efetiva no
tratamento de osteoartrite, que é uma doença inflamatória degenerativa das juntas sinoviais,
caracterizada por perda da cartilagem articular 44. Kuptniratsaikul et al.45 avaliaram
a eficácia e segurança do extrato de cúrcuma na redução da dor e melhora funcional de pacientes
com osteoartrite nos joelhos. Os pesquisadores concluíram que a utilização deste fitoterápico
apresenta efeitos anti-inflamatórios similares à utilização do ibuprofeno e que, além
disso, sua utilização é segura.

Garra do diabo (Harpagophytum


procumbens)
A garra do diabo (Harpagophytum procumbens) pertence à família Pedaliaceae, sendo encontrada no
sudeste oriental da África. Possui o nome popular de “garra do diabo” devido à morfologia dos frutos
apresentarem-se cobertos com farpas espinhosas, agudamente curvadas. Suas propriedades medicinais
são derivadas do tubérculo que contém uma mistura heterogênea de substâncias, sendo o composto
principal o harpagosídeo, que pertence ao grupo químico dos glicosídeos iridoides, cujo conteúdo
presente na planta é de 0,5 - 1,6%46. O seu importante efeito já comprovado em tratamentos de
distúrbios gastrintestinais e reumatismo deve-se à sua propriedade anti-inflamatória e analgésica,
provavelmente devido à modulação de prostaglandinas47-52. A garra do diabo é um fitoterápico
reconhecidamente eficaz no tratamento da artrite reumatoide, osteoartrite e lombalgias. O efeito
terapêutico desta planta pode estar associado com a biotransformação e formação in vivo de
harpagogenina, por meio da hidrólise ácida ou enzimática do harpagosídeo, que atua na modulação da
biossíntese de eicosanoides pró-inflamatórios 53,54. Estudo de revisão realizado por Gagnier et al.55
sobre a avaliação dos efeitos deste fitoterápico no tratamento de dores músculo-esqueléticas
mostrou resultados interessantes. Através da comparação dos efeitos com as doses administradas,
observou-se que poucos efeitos foram encontrados no tratamento de osteoartrite de joelho e de quadril
quando o conteúdo etanólico do extrato da garra do diabo continha menos de 30 mg de
harpagosídeo/dia. Todavia, quando a dose ingerida atinge 60 mg de harpagosídeo/dia, as evidências
de eficácia passam a ser consideradas como moderadas. Foi também classificado como evidência
moderada a utilização de extrato aquoso de harpagosídeo ingerido em doses de 100 mg/dia para
tratamento de dores lombares. O maior grau de evidência da eficácia foi encontrado no tratamento
de dores lombares crônicas não específicas com o extrato na dose equivalente de 50 mg de
harpagosídeo55. Evidências sugerem que a utilização do Harpagophytum procumbens, em uma dose
diária equivalente a pelo menos 50 mg de harpagosídeo, deveria ser parte daestratégia no tratamento
da dor. O tratamento com extrato deste fitoterápico está associado a um risco menor de efeitos
colaterais em relação aos analgésicos sintéticos e acredita-se que o mesmo contribua para o alívio da
dor56. Além disso, os estudos verificaram ainda que não existem diferenças significantes no uso de
inibidores seletivos da COX-2 e anti-inflamatórios não esteroidais em comparação ao extrato de garra
do diabo, o que indica que este fitoterápico pode ser tão efetivo quanto outras drogas anti-
inflamatórias57,58. Entretanto, Brien e colaboradores47 ressaltam que, apesar de existirem estudos
comprovando sua eficácia e eficiência no tratamento de osteoartrite, seus reais efeitos, bem como a
segurança de sua utilização, merecem ainda mais estudos levando- se em consideração, inclusive, o
aperfeiçoamento de metodologias.

Erva de São João (Hypericum perforatum)


O Hypericum perforatum, pertencente à família das Híperícaceae, é uma espécie nativa da Europa,
Ásia e África, aclimatada nos Estados Unidos. O gênero Hypericum conta aproximadamente com 370
espécies anuais, arbustivas e semiarbustivas perenes e semiperenes, encontradas principalmente nas
regiões temperadas. Além da hipericina, a erva de São João contém derivados antraquinônicos
(hypericina, isohypericina, prothypericina); flavonoides (kaempferol, quercetina, Iuteolina);
glicosídeos (hyperosídeos, isoquercetrina, quercitrina, rutina); bioflavonoides (biapigenina e
amentofiavona) e catequinas; contém ainda 8 a 9 % de taninos não identificados, fenóis (ácido
cafeico, clorogênico, p-cumárico, ferúlico, hidroxibenzoico, vanílico-1 éster 3,5 – dinitrobenzoato)
dinitrobenzoato) e derivados floroglucinóis premiados; ainda contém óleos essenciais na proporção de
0,05 a 0,9%, cujos maiores constituintes são metil-2-octano, n-nonano, a-e-bpinenos, α-terpineol,
geraniol, mirceno, limoneno, cariofileno e humuleno. Apresenta, por fim, carotenoides, colina,
nicotinamida, pectina, beta-sitosterol, ácidos isovaleriânico, nicotínico, misístico, paimítico e
esteárico59. O tanino, em uma concentração média aproximada de 10%, é provavelmente
o responsável pela ação adstringente da Erva de São João e pelo efeito precipitador de proteína,
contribuindo para o tradicional uso tópico da planta como um agente cicatrizante de feridas.
A erva de São João apresenta uma diversificada atividade biológica, destacando-se na medicina
popular por ser sedativa, adstringente e neurálgica, tendo sido relatado seu uso tópico em ferimentos 60.
A erva de São João é ligeiramente sedativa e nitidamente colagoga, atuando na secreção
biliar. Os seus efeitos anti-inflamatórios fazem deste um fitoterápico interessante para o tratamento de
inflamações crônicas do estômago, do fígado, da vesícula e dos rins. A erva é usada para ansiedade,
tensão nervosa, perturbações na menopausa, síndrome pré-menstrual, dores ciáticas e fibrosites. Seu
uso tópico é interessante também em queimaduras, contusões, dores ciáticas, neuralgias,
deslocamentos e contusões61.
Salgueiro (Salix spp.)
As espécies de Salix spp. (da família Salicacaeae) incluem Salix alba L., Salix fragilis L., Salix
pentandra L. e Salix purpurea L. O ácido acetilsalicílico, sintetizado a partir do Salix spp., é
considerado o primeiro exemplo de fármaco desenvolvido a partir de uma planta. A casca do
salgueiro contém vários glicosídeos fenólicos, entre eles a salicina, seu metabólito mais importante.
Além disso, podem ser encontrados salicilatos, que são calculados como salicina, flavonoides e
taninos condensados. Blumenthal et al.20 relatam benefícios do uso interno da casca do salgueiro em
enfermidades acompanhadas de febre, doenças reumáticas e dor de cabeça. Nas demais publicações
de estudos clínicos, localizados em base de dados que avaliaram o desempenho do extrato de
salgueiro padronizado para as afecções reumáticas, os resultados foram conflitantes.

Unha de gato (Uncaria tomentosa Willd. DC e Uncaria guianensis Aubl. Gmel.)


Unha de gato é o nome comum de pelo menos vinte plantas que pertencem a 12 famílias e que
apresentam espinhos curvados e agudos. Entre elas, destacam-se duas espécies do gênero Uncaria
(Rubiaceae), a U. tomentosa e a U. guianensis, que são cipós espinhosos nativos da América do Sul
tropical. As plantas são recolhidas na Amazônia e comercializadas para os mercados americanos e
europeus46. Quaisquer benefícios que esse medicamento vegetal possa oferecer são, aparentemente,
devido aos vários alcaloides oxindólicos que a sua casca contém. Entretanto, pesquisas estabeleceram
a existência de dois tipos químicos de U. tomentosa. Uma delas contém principalmente alcaloides
alcaloides oxindólicos tetracíclicos que antagonizam os efeitos dos compostos pentacíclicos 20. Uma
vez que os dois tipos químicos são fenotipicamente idênticos, a maioria das preparações comerciais de
unha de gato é elaborada a partir de misturas indiscriminadas sem utilidade terapêutica. Produtos
eficazes devem conter não mais do que 0,02% de alcaloides oxindólicos tetracíclicos 60.
Devido às suas propriedades, as principais indicações da unha de gato são em casos de determinadas
condições inflamatórias, como a gastrite e úlcera gástrica e também a artrite reumatoide 52,62,63. Foi
demonstrado in vitro e em experimentos em animais que a U. Guianensis reduz a excessiva produção
de citocinas e mediadores inflamatórios em nível genético 64,65. A U. tomentosa, padronizada com
alcaloides oxindólicos pentacíclicos em experimentos in vitro e in vivo com animais, foi apontada
como um moderador para uma fraca atividade contra a COX-1 e COX-2 66. As provas científicas
documentadas a partir de estudos in vitro e experimentos em animais corroboram nos usos da unha de
gato nas afecções reumáticas. Porém, faltam dados clínicos e são necessários ensaios clínicos
controlados, que incluam um número adequado de pacientes investigados e que utilizem as
preparações padronizadas, elaboradas a partir de quimiotipos apropriados 60. Considerando a
popularidade da unha de gato na América do Sul e um crescente interesse nos países
desenvolvidos, tanto no mercado consumidor quanto na comunidade científica, a unha de gato pode
ser uma boa promessa no que se refere a fitomedicamentos com atividade anti-inflamatória para a área
da reumatologia.

Urtiga (Urtica dioica L.)


A Urtica dioica (da família Urticaceae) é uma planta perene conhecida por sua eficácia no tratamento
de osteoartrite53. Blumenthal et al.20 aponta o uso das folhas como tratamento complementar nas
doenças reumáticas, para o tratamento de inflamações das vias urinárias baixas e para prevenir a
litíase renal. O extrato alcoólico de urtiga inibiu a atividade in vitro de leucócitos humanos e reduziu o
número de enzimas liberado pela atividade de granulócitos polimorfonucleares durante
a resposta inflamatória67. Em um estudo piloto aberto e aleatório, realizado em pacientes
com artrite aguda, foi avaliado o efeito do tratamento com 50mg de diclofenaco e 50g de urtiga
cozida, em comparação ao grupo tratado apenas com 200mg de diclofenaco. Os pesquisadores
encontraram uma melhora clínica nos dois grupos, sugerindo que a administração de urtiga pode
aumentar a eficácia do diclofenaco nas enfermidades reumáticas. Porém, esta afirmação necessita
de maior investigação68. Em outro estudo cruzado, aleatório, duplo-cego e placebo-controlado,
realizado em pacientes com dor devido à artrite no dedo polegar, os indivíduos que foram tratados
com uso tópico de folhas de urtiga, mostraram melhora significativa da dor 69. Vale lembrar que
atualmente o nutricionista não pode realizar prescrição de fitoterápicos para uso tópico, podendo
indicar somente aqueles de uso oral, desde que não exijam prescrição médica de acordo
com a legislação vigente10.

Gengibre (Zingiber officinale)


A erva Zingiber officinale (da família Zingiberaceae) é popularmente conhecida como gengibre. O
gengibre tem sido usado pela medicina ayurvedica e sino-japonesa há milhares de anos, sendo útil em
processos inflamatórios e reumatismos, modulando a inflamação, aliviando a dor e o edema. Seu
efeito é correlacionado com a inibição de prostaglandinas próinflamatorias e na biossíntese de
leucotrienos, agindo como um inibidor da biossintese de ecosanoides 70. O gengibre possui centenas
de constituintes conhecidos; o gingerol, o principal deles, é um óleo resina, obtido do rizoma,
encontrado em concentração de 33%. O gingerol mostrou ser um potente inibidor da síntese de
prostaglandinas e leucotrienos em estudo in vitro71. Mais especificamente, o gingerol inibe o
metabolismo do ácido araquidônico e, consequentemente, a formação do tromboxano B2 e da
prostaglandina D2, sendo interessante, portanto, na redução da agregação plaquetária 72.
Sendo assim, o gengibre compartilha de propriedades farmacológicas como as drogas anti-
inflamatórias, sendo capaz de suprimir a síntese de prostaglandinas através da inibição da COX-1 e da
COX-2. Em relação à síntese de leucotrienos, sua ação ocorre devido à inibição da 5-lipoxigenase, e
esta última ação é pela qual se distingue os anti-inflamatórios não esteroidais do gengibre. Além
disso, o gengibre apresenta grande possibilidade de apresentar efeitos terapêuticos melhores a menos
efeitos colaterais que as drogas tradicionalmente utilizadas 73. Um estudo foi realizado na China em
113 pacientes com doenças reumáticas e dor na região lombar, nos quais foram injetados de 5 a
10% de extratos de gengibre nos pontos de dor e nódulos. O resultado foi um alívio total ou parcial da
dor, diminuição do inchaço nas articulações e melhora ou recuperação das funções das articulações 74.
O uso do gengibre foi avaliado ainda por Altman e Marcussen 75, em um estudo duplo-cego,
controlado por placebo em pacientes com osteoartrite de joelho na escala visual e analógica de dor, e
foi verificada melhora significativa no grupo tratado em relação ao grupo placebo. Os dados
farmacológicos documentados apoiam o emprego tradicional desta planta, porém maiores estudos são
necessários para avaliar a sua atuação anti-inflamatória 25,53.

Conclusão
Com as políticas de resgate de práticas tradicionais e o incentivo a técnicas complementares, o uso
de fitoterápicos ocupa lugar de destaque, tanto por ser de baixo custo e fácil acesso à população,
quanto pela sua efetividade. O potencial da flora brasileira neste sentido é enorme e ainda pouco
explorado. As plantas medicinais proporcionam ativas para tratamento
de casos agudos e crônicos de traumas, afecções articulares e inflamação.
Nesta revisão, observou-se que diversos fitoterápicos apresentam ação terapêutica eficaz nas afecções
agudas e crônicas de traumas, afecções articulares, síndromes dolorosas e processos
inflamatórios. Ainda existem muitos questionamentos a serem respondidos, e mais pesquisas in vivo e
in vitro são necessárias para maior detalhamento dos diversos mecanismos de ação. Além disso, são
necessários estudos para se estabelecer uma possível toxicidade e uma definição mais concreta de
dose-resposta para estes fitoterápicos.
O conjunto destes resultados deve permitir um perfil de espécies para uso nas algias e contribuir para
o direcionamento de pesquisas nesta área, culminando com o desenvolvimento de fitoterápicos de
qualidade e validados para uso terapêutico. Importante destacar que o profissional nutricionista deve
respeitar a legislação vigente para realizar a prescrição fitoterápica, além de estar capacitado para tal,
considerando- se que a grande maioria dos fitoterápicos apresenta importantes interações com outros
medicamentos e nutrientes, que não podem ser esquecidas.

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