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FITOTERAPIA

Prof. Me. Diego M. Moreira


Profa. Dra. Michelle F. Corrêa
Por quê usar a fitoterapia?
Políticas
Efeitos colaterais
Públicas
Envelhecimento da população
e
Legislação
Alto custo de medicamentos alopáticos
na fitoterapia
Divulgação de terapias integrativas

Em geral boa aceitação do paciente por serem naturais

Muitas vezes já fazem parte da rotina do paciente

Preservação do conhecimento e práticas populares


Brasil
• O comércio das drogas e medicamentos era privativo dos boticários.

• No séc. XVI, o Jesuíta José de Anchieta foi o primeiro boticário de Piratininga, atual cidade de
São Paulo.

• 1640 - boticas foram autorizadas como comércio.

• 1765 - São Paulo tinha três boticários.

• Os medicamentos eram, em sua grande maioria, plantas medicinais.

• Em 1812, Dom João VI promoveu ações de fomento das ciências naturais que poderiam
contribuir para o aperfeiçoamento da humanidade.

• Viagens por diferentes partes do Brasil e conhecimento sobre as possibilidades da natureza


brasileira.
Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF
Brasil
• 1838 - primeiro alcaloide extraído no Brasil → Farmacêutico Ezequiel Corrêa dos Santos.

• Alcaloide pereirinha isolado da casca do pau-pereira (Geissospermum vellosii).

• Indicação: febres e malária.

• Atualmente: pau-pereira para tratamento da doença de Alzheimer.

https://www.scielo.br/j/rbfar/a/KxPSQhVxWhmTp5snVQY6HtH/
OMS
• Organização Mundial da Saúde – OMS
o Responsável pela coordenação de ações de saúde
o Promoção de ações para sanar os principais desafios da saúde mundial

o Acesso da população mundial a medicamentos e tratamentos de saúde (principalmente das


nações pouco desenvolvidas ou em desenvolvimento)

• 1978 – Alma-Ata (Cazaquistão) – Conferência de Alma-Ata


o Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde
o Recomendação: “governos incorporem remédios/tratamentos tradicionais de eficiência
comprovada; estabeleçam eficientes sistemas de administração e suprimentos de
medicamentos”.
Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF
OMS
• 1989 - OMS
• 42a Assembleia Mundial de Saúde (AMS)
• Recomendações:
OMS
• 1989 - OMS
• 42a Assembleia Mundial de Saúde (AMS)
• Recomendações:
OMS
• 1989 - OMS
• 42a Assembleia
Mundial de
Saúde (AMS)
• Recomendações:
Houve orientação em relação ao respeito aos conhecimentos da
Medicina Tradicional e também, estímulo ao controle de qualidade

AMS e pesquisa para comprovações científicas de eficácia e segurança.

1) Realizar uma avaliação completa de seus sistemas de medicina tradicional;

2) Realizar sistematicamente um inventário e um estudo (pré-clínico e clínico) de plantas medicinais usadas


por praticantes de medicina tradicional e população;

3) Implementar medidas de regulação e controle de produtos feitos de plantas medicinais e estabelecer e


manter padrões adequados;

4) Determinar as plantas medicinais ou remédios derivados dos quais são seguros e eficazes para o
tratamento e devem ser incluídos na forma ou farmacopia nacional;

5) Estudar possibilidades de aproveitar as práticas médicas tradicional para a expansão da cobertura através
da atenção primária de saúde;

6) Promover a colaboração entre universidades, serviços de saúde, centros de treinamento e organizações


internacionais relevantes no estudo científico das formas tradicionais de tratamento médico e seu uso,
quando indicado na saúde moderna.
Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF
Brasil
• 2006

Política Nacional de Práticas Integrativas e Política Nacional de Plantas Medicinais e


Complementares no SUS Fitoterápicos
PNPIC
• Foi instituída através da portaria no 971, de 03 de maio de
2006.

• Instituiu diversas Práticas Integrativas e Complementares


(PICs)

• Inclui: Medicina Tradicional Chinesa, Homeopatia, fitoterapia,


Medicina Antroposófica, cromoterapia, entre outros.

• Atualizações: 2013 e 2017.

Política Nacional de Práticas Integrativas e


Complementares no SUS
PNPMF
• Foi instituída através da portaria no 5.813, de 22 de junho de
2006.

• Instituiu o Grupo de Trabalho (GT) para elaborar o Programa


Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

• Grupo responsável por implementar todas as diretrizes


preconizadas na Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos.

Política Nacional de Plantas Medicinais e


Fitoterápicos
PNPMF
• Objetivos:

o Garantir o acesso seguro as plantas medicinais e


fitoterápicos;

o Promover o uso racional de plantas medicinais e


fitoterápicos;

o Promover o uso sustentável da biodiversidade;

o Desenvolvimento da cadeia produtiva.

Abrange toda a cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos


Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos
RENISUS
• 2009 – Ministério da Saúde (MS).

• Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).

• Direcionadas a pesquisas científicas.

• Algumas já são utilizadas.

• Objetivo de subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva relacionadas à


regulamentação, cultivo, manejo, produção, comercialização e dispensação
de plantas medicinais e fitoterápicos.

https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/pnpmf/ppnpmf/arquivos/2014/renisus.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/pnpmf/ppnpmf/arquivos/2014/renisus.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/pnpmf/ppnpmf/arquivos/2014/renisus.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/pnpmf/ppnpmf/arquivos/2014/renisus.pdf
Rename
• Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename)
• Lista os medicamentos fitoterápicos que podem ser
adquiridos no SUS
• Exemplos:

Colagogo (estimula a eliminação de liídeos)

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_medicamentos_rename_2020.pdf
Rename Cicatrizante
Anti-inflamatório
Antisséptico

Queimaduras
1º e 2º graus

Obstipação
intestinal

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_medicamentos_rename_2020.pdf
RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE
2014

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE Artigo 2
2014

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
RDC
RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE 2014

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE 2014

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
Registro e notificação
FITOTERÁPICOS
Ambas as modalidades dizem respeito ao ato
de comunicar a Anvisa sobre a comercialização dos
Produtos Tradicionais Fitoterápicos Produtos.
Industrializado A principal diferença entre as categorias é o risco que
cada tipo de produto representa para a saúde do
Registro Notificação consumidor.
A Notificação é utilizada em produtos considerados de
Medicamentos Fitoterápicos risco sanitário mínimo.
Já o Registro é exigido para produtos os quais exigem
Industrializado
indicações específicas e necessitam de comprovação de
Registro segurança e/ou eficácia, de informações sobre cuidados,
modo e restrições de uso.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
FITOTERÁPICOS

Produtos Tradicionais Fitoterápicos


Registro Normal: apresentação de ensaios pré-clínicos e
Industrializado clínicos para comprovação da segurança e eficácia.

Registro Notificação

Medicamentos Fitoterápicos
Registro Normal: comprovação do uso tradicional de no
Industrializado mínimo 30 anos para comprovação de segurança e
eficácia.
Registro

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE 2014

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE 2014

IFAV: insumo farmacêutico ativo vegetal https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf

RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE 2014


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf
https://www.poderesaude.com.br/novosite/images/publicacoes_27.11.2014-I.pdf

RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE 2014

Medicamento fitoterápico
• Bula
ATUALIZAÇÃO • RDC 26

Produto Tradicional Fitoterápico


• Folheto informativo
• RDC 66
O profissional
farmacêutico
Farmacêutico
Atribuições

• Abrangem farmácias, drogarias, saúde pública, indústrias, distribuidoras, educação,


qualificação profissional, pesquisa e desenvolvimento.

• Cabe privativamente ao farmacêutico, inscrito no CRF da sua jurisdição, a direção e/ou


responsabilidade técnica na farmácia magistral, na farmácia comunitária, no serviço
público de Fitoterapia, nas indústrias farmacêuticas, nas distribuidoras e demais locais
onde são desenvolvidas atividades de atenção farmacêutica relacionada a Plantas
Medicinais e Fitoterápicos.

Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF


Farmacêutico
Cabe ao farmacêutico

• Indicar e/ou prescrever plantas medicinais, conforme previsto na Resolução nº 586/13,


para a prevenção de doenças e para o bem-estar com base nas necessidades de saúde
do paciente.

• Participar do processo de implantação dos Serviços de Fitoterapia;

• Promover o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, contribuindo para o


fortalecimento dessa prática;

• Manipular, dispensar e orientar sobre o uso seguro de plantas medicinais e seus


derivados.
Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF
Farmacêutico
• Desenvolver ações de assistência e atenção farmacêutica;

• Manter cadastro atualizado dos usuários, fichas de acompanhamento farmacoterapêutico e


realizar ações de farmacovigilância, estudos de utilização de plantas medicinais e fitoterápicos e
de reações adversas visando à detecção, prevenção e resolução dos problemas relacionados
ao uso desses agentes terapêuticos;

• Atender às Boas Práticas de Manipulação em Farmácia, com o objetivo de garantir a dispensação


do medicamento ao usuário com segurança e qualidade;

• Orientar os demais profissionais de saúde, particularmente os prescritores, sobre a correta


utilização das plantas medicinais e fitoterápicos;

Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF


Farmacêutico
• Orientar e participar do processo de seleção e cultivo das plantas medicinais, da distribuição e do uso
de plantas medicinais, drogas vegetais e seus derivados;

• Acompanhar o processamento da planta medicinal e da droga vegetal, visando garantir sua


transformação em preparados intermediários, fitoterápicos manipulados ou industrializados com
qualidade, segurança e eficácia.

Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF


Farmacêutico
No SUS
• Realizar todas as etapas do modelo Farmácias Vivas, desde o cultivo, passando pela
coleta, processamento, armazenamento e manipulação, até a dispensação de
preparações magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicas;

• Assumir a responsabilidade técnica de farmácias vivas, incluindo a avaliação das


prescrições, quando legalmente habilitado e com registro no seu respectivo Conselho
Regional de Farmácia.

• Contribuir com a implantação de programas municipais de fitoterapia no âmbito do SUS e


estruturar o programa em termos de espécies e produtos adequados à realidade local e
realizando capacitação dos profissionais envolvidos.
Plantas medicinais e fitoterápicos - CRF
michelle.correa@cruzeirodosul.edu.br
diego.marques@cruzeirodosul.edu.br

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