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OPERACIONAIS
PADRÃO
PARA A ATENÇÃO À SAÚDE
© 2020 – Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e
que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A coleção institucional da Secretaria Municipal da Saúde
do Rio de Janeiro pode ser acessada nos sites: www.rio.rj.gov.br/web/sms e www.subpav.org.
Marcelo Crivella
Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro
Beatriz Busch
Secretária Municipal da Saúde do Rio de Janeiro
Supervisão de Design
Aluísio Bispo – Assessoria de Comunicação Social da SMS-Rio (Ascom)
Capa e Projeto Gráfico
Eduardo Andrade – Assessoria de Comunicação Social da SMS-Rio (Ascom)
Diagramação e Apoio na Revisão (de Português, de Contexto e do Conteúdo Técnico)
Sandra Araujo – Rede SEGS – Suporte Estratégico e Gestão em Saúde
Apresentação ...........................................................................................................17
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CFM – Conselho Federal de Medicina
CGM – Controladoria Geral do Município
CIAD – Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência
CIAP-2 – Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª edição
CIEVS – Coordenação de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde
CIL – Coordenação de Infraestrutura e Logística
CIVP – Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia
CMM – Consumo Médio Mensal
CMS – Centro Municipal de Saúde
CnaR – Consultório na Rua
CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
CNH – Carteira Nacional de Habilitação
CNS – Cartão Nacional de Saúde
COV – Centro de Orientação ao Viajante
CPI – Coordenação do Programa de Imunizações
CRAS – Centros de Referência de Assistência Social
CRE – Coordenadoria Regional de Educação
CREAS – Centro de Referência Especializado em Assistência Social
CRM – Conselho Regional de Medicina
CTBS – Coordenadoria Técnica de Saúde Bucal
CTEO – Coordenadoria Técnica de Excelência Operacional
CVE – Coordenação de Vigilância Epidemiológica
DAPS – Divisões de Ações e Programas de Saúde
DCB – Denominação Comum Brasileira
DIAHV – Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais
DMM – Documento de Movimentação de Material
DNV – Declaração de Nascido Vivo
DO – Diário Oficial
DOU – Diário Oficial da União
DPP – Data Provável do Parto
DTM – Disfunção Temporomandibular
DVS — Divisão de Vigilância em Saúde
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EAPV – Evento Adverso Pós-Vacinação
ECG – Eletrocardiograma
EPI – Equipamento de Proteção Individual
eAP – equipe de Atenção Primária
eSB – equipe de Saúde Bucal
eSF – equipe de Saúde da Família
ESF – Estratégia Saúde da Família
FM – Sistema de Frequência Modulada
FO – Folha de Ocorrência
FOV – "Field Of View"
GM – Gabinete do Ministro
ID – Via Intradérmica
IDS – Índice de Desenvolvimento Social
IHO – Instrução de Higiene Oral
IM – Via Intramuscular
IMC – Índice de Massa Corporal
IML – Instituto Médico Legal
IPM – Índice de Pobreza Multidimensional
IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis
IV – Via Intravenosa
LDA – Lista Dinâmica de Acesso
LRPD – Laboratórios Regionais de Prótese Dentária
M.A.L. – Meios Auxiliares de Locomoção
MRG – Médicos de Referência em Genotipagem
MRJ – Município do Rio de Janeiro
MS – Ministério da Saúde
NAF – Núcleo de Assistência Farmacêutica
NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família
NF – Nota Fiscal
NIR – Núcleo Interno de Regulação
NT – Nota Técnica
PA – Pressão Arterial
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PBF – Programa Bolsa Família
PCD – Pessoa com Deficiência
PCDT – Protocolo de Condutas e Diretrizes Terapêuticas
PEATE – Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico
PEC – Prontuário Eletrônico do Cidadão
PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente
PEP – Profilaxia Pós-Exposição de Risco
PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
PNAB – Política Nacional de Atenção Básica
PNH – Política Nacional de Humanização
PNI – Programa Nacional de Imunizações
POP – Procedimento Operacional Padrão
PPD – Pessoa Portadora de Deficiência
PPS – Produtos para Saúde
PrEP – Profilaxia Pré-Exposição de Risco
PSE – Programa Saúde na Escola
PTS – Projeto Terapêutico Singular
RA – Registro de Atendimento
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
RM – Ressonância Magnética
RN – Recém-Nascido
RT – Responsável Técnico
SAP – Superintendência de Atenção Primária
SC – Via Subcutânea
SES – Secretaria de Estado de Saúde
SICLOM – Sistema Operacional Logístico de Medicamentos
SICON – Sistema de Condicionalidades
SIGMA – Sistema de Informações Gerenciais de Material
SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SI-PNI – Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações
SISCEL – Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos
CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV
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SISGENO – Sistema de Controle de Exames de Genotipagem
SISLOGLAB – Sistema de Controle Logístico de Insumos Laboratoriais
SISREG – Sistema de Regulação
Sistema GAL – Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial
SMA – Secretaria Municipal de Administração
SMS – Secretaria Municipal de Saúde
SMS-Rio – Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
SRTN – Serviço de Referência em Triagem Neonatal
SUBPAV – Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
SVS – Serviço de Vigilância em Saúde
SVS – Superintendência de Vigilância em Saúde
TB – Tuberculose
TCFC – Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico
TOTG – Teste Oral de Tolerância à Glicose
TR – Teste Rápido
TRA – Tratamento Restaurador Atraumático
TRM – Teste Rápido Molecular
TSB – Técnico em Saúde Bucal
UAP – Unidade de Atenção Primária
UDM – Unidade Dispensadora de Medicamentos
VD – Visita Domiciliar
VISA – Vigilância Sanitária
VO – Via Oral
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Apresentação
Prezado(a) leitor(a),
Com a expansão da cobertura da Rede de Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de Janeiro
(MRJ) verificou-se a necessidade de qualificar os processos de trabalho da Rede, a fim de garantir a
excelência dos serviços para a população. Em paralelo, também qualificaremos a nossa rede de Aten-
ção Ambulatorial Especializada (AAE), composta pelas unidades das Policlínicas, Reabilitação e Saúde
Bucal (Centro de Especialidades Odontológicas).
Neste sentido, uma das estratégias é o lançamento do Manual com os Procedimentos Operacionais
Padrão (POP) para a saúde do MRJ. Trata-se de uma ferramenta de grande importância e que tem
como objetivo garantir resultados consistentes, de acordo com os padrões de qualidade, mediante
uma padronização dos serviços ofertados na APS e na AAE, para que sejam executados de forma
segura e eficaz. O POP é um roteiro sistematizado para realizar atividades, com informações técnicas
sequenciais e frequência de execução, auxiliando a rotina dos profissionais.
Os POPs foram elaborados com data de emissão, data de vigência, data de validação, responsável,
tipo de atividade, executante, resultados esperados, materiais necessários, passo a passo da atividade,
cuidados a serem observados e referências bibliográficas utilizadas. Eles deverão ser revistos com o
prazo de um ano a partir da data de emissão.
Este manual está disponível em todas as unidades da APS e da AAE do MRJ para que seja utilizado na
prática cotidiana de trabalho por todos os profissionais, alunos, estagiários e apoiadores. Ele servirá,
também, como instrumento para o treinamento de novos colaboradores.
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Atenção Primária à Saúde
1. Procedimentos Operacionais Padrão na
Atenção Primária à Saúde (APS)
EXECUTANTE
Agente Comunitário de Saúde (ACS).
RESULTADOS ESPERADOS
Ter os usuários que chegam à unidade orientados em relação aos serviços oferecidos;
Manter organizados as filas e os fluxos de pessoas intraunidade;
Manter a comunidade informada acerca do funcionamento da Unidade de Atenção Primária (UAP).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Crachá e uniforme padrão.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba o usuário de forma cordial e indistinta.
Nos casos de emergência evidente, acione um profissional técnico.
Nos demais casos:
Identifique a demanda do usuário;
Direcione o usuário para o Guichê Geral ou o Guichê de Registro ou, ainda, para o próprio setor, a de-
pender da natureza do serviço (vide quadro a seguir).
1) Encaminhamento para o 2) Encaminhamento para o
Guichê Geral (branco) Guichê de Registro (azul)
1.1) Consulta não agendada ou agendamento de consulta 2.1) Consulta agendada
1.2) Renovação de receita 2.2) Procedimento de Enfermagem (retorno)
1.3) Testes rápidos 2.3) Exames com pedidos da própria unidade
1.4) Exames com pedidos da Atenção Ambulatorial 2.4) Confirmação de inclusão no SISREG (unidades
Especializada ou da rede privada sem NIR)
1.5) Procedimento de Enfermagem (primeira vez) 2.5) Atendimento de Saúde Bucal agendado
1.6) Agendamento de Visita Domiciliar (VD) 2.6) Cadastro do usuário
1.7) Atendimento de Saúde Bucal não agendado 2.7) Imunização
CUIDADOS
Atender a todos de forma cordial e indistinta. No caso de usuários com necessidades especiais (Pessoas com
Deficiência – PCD, gestantes, idosos e afins), prover o conforto necessário e avaliar a viabilidade de priorizar
seu atendimento na fila.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
S básica. (2013) (Vol. I); Brasil. (2018). Saúde do trabalhador e da trabalhadora, 136;
Arantes, L. J., Shimizu, H. E., & Merchán-Hamann, E. (2016). Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da
Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 21(5), 1499-
1510. https://doi.org/10.1590/1413-81232015215.19602015.
Aten, S. U. S., Usada, S., Ab, S. U. S., Criar, C., Senha, A. S., Operacional, S., … Prontu, T. (n.d.). Manual de Uso
do Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão Capítulo 1 - Orientações Gerais sobre o Sistema Capítulo
2 – Instalação do Sistema Capítulo 3 – Administração do Sistema.
Arantes, L. J., Shimizu, H. E., & Merchán-Hamann, E. (2016). Organizational processes in the Family Health
Strategy: an analysis conducted by nurses. Acta Paulista de Enfermagem, 29(3), 274-281.
Nora, C. R. D., & Junges, J. R. (2014). Política de humanização na atenção básica: revisão sistemática. Revista
de Saúde Pública, 47(6), 1186-1200. https://doi.org/10.1590/s0034-8910.2013047004581.
Peres, I. T., & Hamacher, S. (2017). Simulação De Políticas de Agendamento de Pacientes no Ambulatório de
Oftalmologia de um Hospital Público.
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Versão Data de Emissão Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:
SUBPAV e Equipe Luciane Bragança e
1 Julho/2020 Leonardo de Oliveira El Warrak
LEGOS/UERJ Equipe LEGOS/UERJ
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
ATIVIDADE
O primeiro contato do usuário com a unidade é importante para o estabelecimento e a manutenção do
vínculo. Dessa forma, orienta-se receber o usuário de forma cordial, cumprimentando-o e se apresentando,
dirigindo-se ao usuário pelo seu nome, incluindo nome social, perguntando como pode ajudar, se frequen-
ta a unidade de saúde usualmente e a qual equipe pertence.
EXECUTANTE
Agente Comunitário de Saúde (ACS).
RESULTADOS ESPERADOS
Ter o usuário recepcionado;
Realizar o cadastro do usuário ou atualizá-lo;
Ter a demanda devidamente identificada;
Confirmar a presença dos usuários nos serviços agendados;
Atender a solicitação de agendamento de consulta;
Identificar a necessidade de Escuta Inicial;
Manter o usuário informado e orientado quanto ao funcionamento da unidade e aos serviços oferecidos.
Observação: Caso a equipe do usuário esteja disponível, a Escuta Inicial não se faz necessária, e o usuário
pode ser encaminhado diretamente para consulta.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Crachá e uniforme padrão;
Computador com acesso ao Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP e impressoras;
Acesso à internet;
Guichês para atendimento.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
IMPORTANTE: Qualquer Agente Comunitário de Saúde (ACS) alocado no Contato Inicial poderá atender
o próximo usuário da fila, independentemente da equipe.
O Posso Ajudar terá encaminhado o usuário para o Guichê Geral ou para o Guichê de Registro, de acordo
com a identificação de necessidade de serviço.
1) Encaminhamento para o 2) Encaminhamento para o
Guichê Geral (branco) Guichê de Registro (azul)
1.1) Consulta não agendada ou agendamento de consulta 2.1) Consulta agendada
1.2) Renovação de receita 2.2) Procedimento de Enfermagem (retorno)
1.3) Testes rápidos 2.3) Exames com pedidos da própria unidade
1.4) Exames com pedidos da Atenção Ambulatorial 2.4) Confirmação de inclusão no SISREG (unidades
Especializada ou da rede privada sem NIR)
1.5) Procedimento de Enfermagem (primeira vez) 2.5) Atendimento de Saúde Bucal agendado
1.6) Agendamento de Visita Domiciliar (VD) 2.6) Cadastro do usuário
1.7) Atendimento de Saúde Bucal não agendado 2.7) Imunização
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Considerar as seguintes configurações, a depender da quantidade de equipes da unidade:
Unidades com Unidades com Unidades com
1 equipe 2 equipes 3 ou mais equipes
Guichê único (sem distinção 1 Guichê Geral e 1 Guichê de Guichê Geral e Guichê de Registro. O dimen-
por tipo de demanda – Geral Registro (que executa função sionamento da quantidade de guichês deve
ou Registro). de Posso Ajudar nos horários ser realizado a partir da demanda da unida-
Usuários com demanda para de baixa demanda). de, podendo variar ao longo do dia.
o Guichê de Registro podem O número total de ACS no salão (Posso Aju-
ser identificados e prioriza- dar e Contato Inicial) não pode ser maior do
dos nos momentos de pico. que o número de equipes.
Verifique se o usuário possui o Cartão Nacional de Saúde (CNS) e, caso possua, cheque se há mais de um
CNS registrado e verifique se algum deles é definitivo (iniciado pelos dígitos 70):
Se o usuário possuir mais de um Cartão Nacional de Saúde (CNS) e um deles for definitivo, unifique os
CNS a partir do definitivo;
Se o usuário possuir um ou mais Cartão Nacional de Saúde (CNS) e nenhum deles for definitivo, gere o
CNS definitivo usando CPF e telefone do usuário e unifique o Cartão Nacional de Saúde (CNS) a partir
do definitivo – se o usuário não tiver CPF ou telefone, use o CNS temporário;
Se o usuário não possuir Cartão Nacional de Saúde (CNS), gere um CNS definitivo usando CPF e telefo-
ne do usuário – se o usuário não tiver CPF ou telefone, use o CNS temporário.
Verifique se o usuário possui mais de um cadastro no e-SUS usando o Cartão Nacional de Saúde (CNS)
(quando for definitivo) ou o nome (quando o CNS for provisório). Se houver duplicidade de cadastro, soli-
cite a um operador do sistema com perfil de coordenador que inative os outros cadastros.
Verifique se o usuário está cadastrado na unidade:
Se o usuário estiver cadastrado, aproveite a oportunidade para atualizar as informações (como telefo-
ne e outros dados);
Se o usuário não estiver cadastrado, cadastre-o usando o Cartão Nacional de Saúde (CNS) e entregue
a caderneta do usuário, quando disponível.
Identifique o tipo de demanda e siga o fluxo correspondente a seguir.
1.1) Usuário com demanda por consulta não agendada ou agendamento de consulta
Pergunte o motivo da ida do usuário até a unidade.
Se o usuário demandar agendamento de consulta:
Realize o agendamento com o profissional solicitado para a próxima data disponível e informe ao
usuário a data de agendamento;
Em casos de evidente prioridade, encaminhe o usuário para a Escuta Inicial ou, em caso de contato
por telefone, peça a ele que compareça à unidade o mais breve possível.
Se o usuário chegar ao guichê com demanda por consulta no mesmo dia, ofereça a possibilidade de
agendamento da consulta:
Caso o usuário aceite agendar a consulta, realize o agendamento com o profissional solicitado para
a próxima data disponível e informe ao usuário a data de agendamento.
Caso o usuário sinalize a necessidade de atendimento no mesmo dia:
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Explique que ele será encaminhado para uma Escuta Inicial, para que um profissional de saúde de
nível superior possa avaliar suas condições e definir os serviços necessários;
Encaminhe o usuário para a Escuta Inicial por meio do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC)
e-SUS/PEP;
Oriente-o a aguardar na espera da Escuta Inicial até ser chamado pelo nome.
Ao fazer o agendamento de consultas, insira no campo “Observações” qualquer informação relevante
para o caso.
Observação: Para usuários que demandam consulta com especialista, informe que é necessária uma con-
sulta prévia por profissional de saúde da unidade, para avaliação.
1.2) Usuário com demanda por renovação de receita de uso continuado ou perda de receita
Explique ao usuário que ele será encaminhado para uma Escuta Inicial, para que um profissional de saúde
de nível superior possa orientá-lo. Informe ao usuário que:
Em algumas situações específicas definidas pelo Protocolo de Enfermagem da Secretaria Municipal
de Saúde e pelos Protocolos do Ministério da Saúde, o Enfermeiro tem respaldo para a prescrição de
medicamentos e a solicitação de exames;
O Enfermeiro da Escuta Inicial poderá agendar uma consulta médica ou de enfermagem e avaliar a
possibilidade de estender a validade de sua receita até a data da consulta agendada;
Caso o Enfermeiro não possa transcrever a receita, o usuário será direcionado a um Médico que possa
fazê-lo.
Encaminhe o usuário para a Escuta Inicial por meio do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP.
Oriente-o a aguardar na espera da Escuta Inicial até ser chamado pelo nome.
1.4) Usuário com necessidade de exames com pedidos da Atenção Ambulatorial Especializada ou da
rede privada; ou
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Explique ao usuário que é necessário que ele passe por uma Escuta Inicial, para que o profissional de
nível superior possa orientá-lo, agendando os serviços necessários;
Encaminhe o usuário para a Escuta Inicial por meio do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/
PEP;
Oriente-o a aguardar na espera da Escuta Inicial até ser chamado pelo nome.
1.7) Atendimento de Saúde Bucal não agendado
Ouça o relato do usuário sobre sua demanda e encaminhe-o para atendimento de Saúde Bucal por meio
do e-SUS.
2.3) Usuário com demanda por exames com pedidos da própria unidade
Observação: Os usuários que chegam para coleta de exames devem passar pelos Guichês de Registro para
a organização da demanda e a possibilidade de atualização de cadastro do mesmo. Proceda da seguinte
forma:
Insira o usuário na lista de atendimento por meio do sistema Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC)
e-SUS/PEP;
Oriente o usuário a aguardar ser chamado pelo nome na espera da sala de coleta.
2.4) Usuário com demanda por informações sobre a situação no SISREG (unidades sem NIR)
Observação: É facultada às unidades a decisão de direcionar esses usuários para uma sala do administrativo
para fornecer ali essa informação, ou fornecer a informação no Guichê de Registro, procedendo da seguinte
forma:
Acesse o site “Transparência do SISREG Ambulatorial do Município do Rio de Janeiro” (http://smsrio.
org/transparencia), consulte e informe a situação do usuário, e oriente-o também sobre como ele pode
acessar o site.
CUIDADOS
Garantir que todos os procedimentos sejam registrados/agendados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
S básica. (2013) (Vol. I).
Arantes, L. J., Shimizu, H. E., & Merchán-Hamann, E. (2016). Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da
Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 21(5), 1499-
1510. https://doi.org/10.1590/1413-81232015215.19602015.
Aten, S. U. S., Usada, S., Ab, S. U. S., Criar, C., Senha, A. S., Operacional, S., … Prontu, T. (n.d.). Manual de
Uso do Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão Capítulo 1 – Orientações Gerais sobre o Sistema
Capítulo 2 – Instalação do Sistema Capítulo 3 – Administração do Sistema.
Arantes, L. J., Shimizu, H. E., & Merchán-Hamann, E. (2016). Organizational processes in the Family Health
Strategy: an analysis conducted by nurses. Acta Paulista de Enfermagem, 29(3), 274-281.
28
Nora, C. R. D., & Junges, J. R. (2014). Política de humanização na atenção básica: revisão sistemática. Revista
de Saúde Pública, 47(6), 1186-1200. https://doi.org/10.1590/s0034-8910.2013047004581.
Peres, I. T., & Hamacher, S. (2017). Simulação de Políticas de Agendamento de Pacientes no Ambulatório de
Oftalmologia de um Hospital Público.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
ATIVIDADE
Avaliação do motivo da procura, identificação da necessidade do usuário, definição da prioridade clínica
(tendo como referência a Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª edição / CIAP-2), da modalida-
de de atendimento, do profissional adequado e do tempo estimado de espera, respeitando a capacidade
de absorção de atendimento do dia, sendo necessária a Escuta Inicial para a tomada de decisão sobre aten-
dimento ou agendamento. Ressalta-se que o critério de prioridade clínica/vulnerabilidade deve ser sempre
respeitado.
EXECUTANTE
Enfermeiro.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a escuta qualificada do motivo da procura;
Identificar a necessidade, a conduta e o profissional adequado para o caso;
Ter os casos prioritários atendidos no tempo adequado;
Orientar de forma segura os agendamentos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador com acesso ao sistema Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP e internet;
Tabela da Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª edição (CIAP-2) (em formato físico ou digital);
Caderno de Atenção Básica nº 28;
Protocolo de Enfermagem na Atenção Primária do Município do Rio de Janeiro.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) presente na Recepção (no Guichê Geral) terá encaminhado o usuário
para uma Escuta Inicial quando for identificada demanda pelos seguintes serviços:
1.1) Consulta
1.2) Renovação de receita
1.3) Testes rápidos
1.4) Exames com pedidos da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) ou da rede privada
1.5) Procedimento de Enfermagem (primeira vez)
1.6) Usuário com solicitação de agendamento de Visita Domiciliar (VD)
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Unidades com Unidades com Unidades com
1 equipe 2 equipes 3 ou mais equipes
Enfermeiro da equipe Enfermeiros das equipes reali- Enfermeiro dedicado exclusivamente à Escuta
realiza escutas iniciais zam escutas iniciais intercaladas Inicial, sem a realização de consultas. O dimen-
intercaladas às consul- às consultas (em consultório). sionamento da quantidade de Escuta Inicial deve
tas (em consultório). A Escuta Inicial pode ser realiza- ser realizado a partir da demanda da unidade,
da por qualquer Enfermeiro, in- podendo variar ao longo do dia.
dependentemente da equipe. A Escuta Inicial pode ser realizada em guichê ex-
As consultas de enfermagem de- clusivo no salão ou em consultório, quando hou-
vem ser agendadas para a equi- ver disponibilidade e conforme a preferência da
pe do usuário. gerência da unidade.
Observação: Caso a escuta esteja sendo realizada em um guichê (para unidades com 3 ou mais equipes), é
possível que o usuário demonstre desconforto em relatar sua demanda. O profissional que realiza a escuta
poderá conduzir o usuário para um ambiente privado (sala específica ou um consultório que esteja vago),
permitindo o diálogo aberto de forma acolhedora, caso tal ambiente esteja disponível.
1.2) Usuário com demanda por renovação de receita de uso continuado ou perda de receita
Verificar a data da última consulta e a data de expiração da receita.
Se a receita estiver dentro da validade, marcar consulta com profissional de nível superior da equipe
de referência do usuário que possa transcrever a receita, antes da data de expiração, por meio do
sistema Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP.
Se a receita já tiver passado da validade:
Se o profissional da escuta inicial puder transcrever a receita:
Marcar consulta com profissional de nível superior da equipe de referência do usuário por meio do
sistema PEC Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP;
Avaliar a possibilidade de estender a data da receita até a data agendada na própria receita que o
usuário apresentar.
Se a receita não puder ser transcrita na Escuta Inicial, encaminhar o usuário como demanda não
agendada para consulta com um Médico, inserindo-o na lista de atendimento por meio do sistema
Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP.
Se o usuário perdeu a receita de medicamentos de uso contínuo:
Definir, por meio do Protocolo de Enfermagem na Atenção Primária do Município do Rio de Janeiro,
a partir das linhas de cuidado, se o usuário deve ser atendido por um Médico ou por um Enfermeiro;
Encaminhar o usuário para o profissional de nível superior adequado, inserindo-o na lista de atendi-
mento do profissional como demanda não agendada por meio do sistema Prontuário Eletrônico do
Cidadão (PEC) e-SUS/PEP.
Orientar a aguardar ser chamado pelo nome na recepção.
1.4) Usuário com demanda por exames com pedidos da Atenção Ambulatorial Especializada ou da
rede privada; ou
CUIDADOS
Facilitar o acesso para os primeiros cuidados.
Aproveitar o espaço da escuta para orientar o usuário sobre o fluxo de atendimento na unidade de saúde.
O profissional de saúde deve esclarecer a possibilidade de diferentes tempos de espera e de manejo de
cada caso, considerando o processo de identificação de risco clínico, vulnerabilidade e pertinência de
ações estratégicas.
Acomodar na sala de observação clínica, quando disponível, o usuário que necessite dos serviços de ob-
servação, administração de medicação ou que esteja aguardando para a remoção de ambulância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento
à demanda espontânea. 1. ed.; 1. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 56 p. (Cadernos de Atenção
Básica; n. 28, V. 1).
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento
à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica. 1. ed.; 1. reimp. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2013. 290 p. (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II).
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Atenção Primária,
Vigilância e Promoção da Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Protocolo de Enfermagem na
Atenção Primária: Fascículo Urgências e Emergências. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde; 2018.
27p.
33
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Atenção Primária,
Vigilância e Promoção da Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Protocolo de Enfermagem na
Atenção Primária: Fascículo A Enfermagem no Cuidado em Saúde Mental no Contexto da Atenção Primária
à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde; 2017. 145p.
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Atenção Primária,
Vigilância e Promoção da Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Protocolo de Enfermagem na
Atenção Primária: Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária
à Saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde; 2017. 214p.
Rio de Janeiro (RJ). Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, Prefeitura. Secretaria Municipal
de Saúde e Defesa Civil. Coordenação de Saúde da Família. Protocolos de Enfermagem na atenção
primária à saúde. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, 2012. 119p.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Médico, Técnico de Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde (ACS) e Agente de Vigilância
em Saúde (AVS).
RESULTADOS ESPERADOS
Organização da reunião de equipe.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Sala;
Cadeiras;
Livro ata.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Leia a ata da reunião precedente (anterior).
Avalie o cumprimento das pactuações e pendências da reunião anterior.
Repasse os informes.
Informe as pautas construídas durante a semana e averigue se há novas pautas sugeridas pelo grupo.
Monitore e protocole a entrega da “Guia de Autorização de Procedimentos Ambulatoriais do SISREG”.
Monitore o desempenho da equipe por meio do painel de indicadores.
Monitore o relatório de visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
Verifique o acompanhamento do Programa Bolsa Família e do Cartão Família Carioca, traçando estraté-
gias para o atendimento aos usuários.
Pactue dia, atividade e profissional responsável pela ação mensal do Programa Saúde na Escola (PSE).
Discuta casos complexos de linhas de cuidado que necessitem de maior atenção e atuação interdisciplinar.
Avalie o acompanhamento e monitore em toda reunião de equipe:
Gestantes com Data Provável do Parto (DPP) próxima;
Gestantes encaminhadas para alto risco;
Nascimentos;
Óbitos;
Internações;
Casos de Tuberculose e Hanseníase.
Discuta casos complexos.
Solicite a busca ativa dos usuários faltosos.
Discuta casos com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e as equipes de Saúde Bucal (eSB).
35
Planeje visitas domiciliares.
Atualize a planilha de vigilância.
Realize educação permanente.
Verifique se existem pendências administrativas solicitadas pela gerência e, se houver, designe um profis-
sional da equipe para executá-las.
CUIDADOS
Atentar para que nas primeiras reuniões do mês seja realizado um planejamento da equipe para o mês
vigente, bem como uma avaliação do mês anterior.
Finalizar a reunião com a leitura das pactuações feitas em equipe, a avaliação da reunião e a assinatura da
ata.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de
Auto Avaliação nº 4: Equipe Saúde da Família: Parte 1 / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – 3 ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
36
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
ATIVIDADE
Acompanhar os usuários com perfil de saúde do Programa Bolsa Família (PBF) e do Cartão Família Carioca
(CFC), conforme preconizado em Portarias e Decretos federais e municipais.
EXECUTANTE
Equipes de saúde da Atenção Primária.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Acompanhamento das condicionalidades de saúde de 90% das famílias beneficiárias do Programa Bolsa
Família (PBF) e do programa Cartão Família Carioca (CFC), e também de acordo com a meta mínima de
acompanhamento mensal abaixo apresentada:
Mês Programa Bolsa Família (PBF) Programa Cartão Família Carioca (CFC)
Janeiro/Julho 20% 20%
Fevereiro/Agosto 30% 30%
Março/Setembro 40% 40%
Abril/Outubro 60% 60%
Maio/Novembro 80% 80%
Junho/Dezembro 90% 100%
Fonte: Ofício S/SUBPAV/SAP nº 016/2015.
2. Acesso ao Cadastro Único (CADÚnico) realizado nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS)
– o ingresso não é contínuo, depende de quantas famílias foram atendidas no município em relação à
estimativa de famílias pobres feita para cada localidade, além de ter que respeitar o limite orçamentário
do governo federal.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Consultório;
Mesa;
Cadeiras;
Maca;
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Balança pediátrica digital;
Balança antropométrica;
Serviço de imunização;
Régua antropométrica;
Computadores ligados à internet;
Canetas;
Acesso à Plataforma SUBPAV (https://subpav.org).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Prestar assistência integral aos usuários beneficiários, garantindo o acesso aos serviços de saúde.
Coletar dados para o cumprimento das condicionalidades do Programa Bolsa Família (PBF) e do Cartão
Família Carioca (CFC), conforme perfis abaixo:
Condicionalidades de Saúde Bolsa Família
Crianças de 0 a 7 anos
Condicionalidade Fonte Frequência
Vacinas em dia* Prontuário Eletrônico/
Semestral
Estado nutricional* Plataforma SUBPAV
* Dados obrigatórios
Mulheres de 10 a 49 anos
Condicionalidade Fonte Frequência
Estado nutricional Plataforma SUBPAV Semestral
Gestantes
Condicionalidade Fonte Frequência
Acompanhamento da Gestação informan-
Plataforma SUBPAV Semestral
do todos os campos obrigatórios*
* Dados obrigatórios
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Adolescentes de 12 a 19 anos
Condicionalidade Fonte Frequência
Vacinas em dia*
Plataforma SUBPAV Semestral
Grupo educação em saúde*
* Dados obrigatórios
Gestantes
Condicionalidade Fonte Frequência
Vacinas em dia*
Acompanhamento pré-natal (consultas e
Plataforma SUBPAV Mensal
exames)*
Puerpério (se puérpera)*
* Dados obrigatórios
Mais esclarecimentos
Julgamento dos recursos: a cada primeira vigência são julgados os casos de bloqueio da vigência do
segundo semestre do ano anterior. O prazo para registro e avaliação de recursos administrativos é 30 de
abril.
Na segunda vigência são julgados os recursos da primeira vigência do ano em curso. O prazo para registro
e avaliação de recursos administrativos é 30 de outubro.
Orientamos sinalizar nos registros o nome da unidade de saúde que julgou o recurso. É necessário que
seja dado o parecer do recurso julgando como “deferido” ou “indeferido”.
Esse processo é realizado no Sistema de Condicionalidades (SICON).
O Programa Bolsa Família prevê o pagamento de até 5 (cinco) benefícios variáveis por família. São eles:
Benefício variável vinculado à criança ou adolescente de 0 a 15 anos – famílias com renda mensal
por pessoa até R$178,00, no valor de R$41,00;
Benefício variável vinculado à gestante – pago a famílias com renda mensal até R$178,00 por pessoa
que tenham gestantes em sua composição, no valor de nove parcelas de R$41,00 (o setor saúde deve
informar);
Benefício variável vinculado à nutriz – pago a famílias com renda mensal de R$178,00 por pessoa que
tenham crianças com idade entre 0 e 6 meses em sua composição (para receber o benefício, os dados
da criança devem ser incluídos até o 6º mês de vida no CADÚnico);
Benefício variável vinculado ao adolescente entre 16 e 17 anos – pago a famílias com renda mensal
por pessoa de até R$178,00, no limite de até 2 (dois) adolescentes por família (é exigida frequência
escolar);
Benefício para superação da extrema pobreza – pago às famílias que continuem com renda mensal
por pessoa inferior a R$89,00, mesmo após receberem os outros tipos de benefício do programa (o
valor do benefício é calculado caso a caso, para garantir que a família ultrapasse o piso de R$89,00 de
renda por pessoa).
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004.
40
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
ATIVIDADE
Desenvolver ações de busca, encaminhamento e acompanhamento de saúde previstas no Programa Terri-
tórios Sociais.
EXECUTANTE
Visita domiciliar: Agente Comunitário de Saúde (ACS);
Acompanhamento: Equipe/profissionais da unidade;
Monitoramento: Gestor da unidade e Apoiador da Coordenadoria Geral de Atenção Primária (CAP).
RESULTADOS ESPERADOS
Diminuir o risco familiar e a vulnerabilidade social para as famílias atendidas pelo programa.
Oferecer atenção diferenciada às famílias selecionadas e inserir as mesmas nos serviços oferecidos pela
Prefeitura.
Dar acesso às famílias selecionadas aos serviços básicos e essenciais de saúde, educação e assistência
social.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Recursos Humanos;
Formulários padronizados de encaminhamentos ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e à
Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de referência;
Computador com acesso à internet.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Realize visita domiciliar para preenchimento e/ou atualização do cadastro da família na Unidade de Aten-
ção Primária (UAP) de referência.
Oriente sobre o funcionamento e a importância da adesão ao Programa Territórios Sociais.
Encaminhe a família ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de referência por meio de for-
mulário de encaminhamento padronizado.
Caso haja criança fora da escola, encaminhe à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de referência
por meio de formulário de encaminhamento padronizado.
Caso a família não chegue ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) após 15 dias da primeira vi-
sita, realize nova visita domiciliar, reiterando a importância do acompanhamento neste serviço, e verifique
se ocorreu alguma dificuldade.
Garanta à família acompanhamento e acesso aos serviços de saúde na unidade de referência.
Realize monitoramento das famílias selecionadas pelo programa.
41
Reavalie o risco social das famílias a cada 6 meses, com as famílias sendo monitoradas por um período de,
pelo menos, 2 anos.
Registre as visitas e acompanhamentos no sistema de informação próprio do Programa Territórios Sociais.
Observações:
O programa começou a ser implementado em 2017, com base numa pesquisa domiciliar em setores sele-
cionados pelo seu baixo Índice de Desenvolvimento Social (IDS), realizando busca ativa com o objetivo de
identificar, por meio do cálculo do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), as famílias cariocas pobres
e extremamente pobres.
Este POP descreve a atuação das equipes de Saúde no plano da ação integrada do Programa Territórios
Sociais, que envolve, também, a Assistência Social, Educação, Habitação, Trabalho e Cultura.
As famílias selecionadas serão reavaliadas quanto ao risco social após 6 meses pelo grupo gestor do pro-
grama, e ainda que tenham saído da situação de risco, serão monitoradas por, pelo menos, 2 anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/conceitos/o-que-e-o-idh.html
42
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Equipe de Saúde Bucal.
RESULTADOS ESPERADOS
Usuários de Saúde Bucal com demanda identificada e tratamento definido;
Agenda da equipe de Saúde Bucal (eSB) programada;
Monitoramento da demanda de Saúde Bucal da unidade.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Consultório;
Cadeira odontológica;
Equipamento de Proteção Individual (EPI);
Kit clínico odontológico;
Material didático diverso;
Macro modelo com escova dental associada e modelo com evolução das doenças cárie e periodontal;
Insumos odontológicos;
Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. Escuta Inicial de Saúde Bucal – principal executante: Cirurgião-Dentista
Verifique pelo Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS AB/PEP o próximo usuário da lista de Escuta
Inicial de Saúde Bucal e realize sua chamada.
Realize avaliação clínica para identificar a demanda do usuário e definir como será a continuidade do
tratamento:
Defina o profissional mais adequado para o atendimento (Técnico em Saúde Bucal – TSB – e/ou Cirur-
gião-Dentista):
TSB: demandas por raspagem, alisamento e polimento supragengivais (por sextante), e/ou por reali-
zação de profilaxia, e/ou necessidade de educação em Saúde Bucal (agendamento ou atendimento);
Cirurgião-Dentista: demandas para atendimento programado ou em casos de urgência, atendi-
mento no mesmo dia/turno. A demanda apenas para solicitação de consulta com especialista deve
ser realizada via SISREG no mesmo ato, com o devido registro no Prontuário Eletrônico do Cidadão
(PEC) e-SUS AB/PEP.
Defina, com base na Lista Dinâmica de Acesso (LDA) (ver item 2.2), a classificação de risco do usuário,
para definir o prazo de atendimento:
Se for identificada urgência odontológica, realize atendimento no mesmo turno/dia, com o devido
registro no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP;
43
Se for identificado que o tratamento deve ser continuado:
Caso haja disponibilidade nos próximos 15 dias, oferte agendamento no primeiro horário disponível;
Registre o agendamento no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e-SUS/PEP;
Informe ao usuário a(s) data(s) de agendamento e libere-o.
Caso não haja disponibilidade de horário em 15 dias, inclua-o na Lista Dinâmica de Acesso (LDA)
(ver item 2.2).
A Escuta Inicial de Saúde Bucal deve ser finalizada por umas das seguintes ações:
Usuário liberado (em caso de situação resolvida na Escuta Inicial);
Atendimento de urgência no mesmo turno/dia;
Agendamento para atendimento com Técnico em Saúde Bucal (TSB);
Agendamento resolutivo, para casos que finalizem em, no máximo, 2 consultas, destinado à resolução
da demanda e alta;
Agendamento programado para a resolução de demandas que necessitem de 3 a 6 consultas, com
intervalo máximo de até 15 dias entre as consultas;
Encaminhamento para a especialidade por meio do SISREG (neste mesmo ato).
Observações:
Nas situações de urgência odontológica, os pacientes que não pertençam ao território de responsabili-
dade da unidade devem receber atendimento, e somente depois serem redirecionados para sua unidade
de referência por meio de consulta ao endereço eletrônico do “Onde ser Atendido” (http://prefeitura.rio/
servicos/onde-ser-atendido/) e preenchimento do Formulário Padrão de Referência e Contrarreferência
da SMS-Rio, para dar continuidade ao cuidado na sua unidade de referência.
O registro do atendimento pelo Técnico em Saúde Bucal (TSB) deverá ser realizado por meio da Ficha CDS
de Atendimento Odontológico Individual e digitado dentro do mês de competência.
Para o Cirurgião-Dentista
7 turnos de 4 horas de atendimento individual, com, no mínimo, 8 atendimentos individuais que com-
preendam as demandas programadas e espontâneas. Dentre os 8 atendimentos individuais preconiza-
dos, necessariamente 6 atendimentos devem ser destinados à demanda programada. Dos 7 turnos de
atendimento individual, pode ser separado 1 turno para agendamento de casos resolutivos (aqueles que
podem receber alta clínica em até 2 consultas). Previsão de realização de, no mínimo, 12 procedimentos
cirúrgicos restauradores por turno, considerando também os procedimentos realizados em usuários pro-
venientes da demanda espontânea.
Para cada atendimento individual deverá ser realizado, pelo menos, 1 procedimento cirúrgico restaurador
e 2 procedimentos preventivos.
Sugere-se que o procedimento de “Orientação sobre Higiene Bucal” seja um dos procedimentos preven-
tivos realizados previamente a cada consulta odontológica.
1 turno de Visita Domiciliar (VD), com 4 visitas agendadas, por semana. As visitas domiciliares deverão ser
feitas, preferencialmente, em casos específicos que os usuários tenham efetiva dificuldade em sua mo-
bilidade, necessitando de cuidados de promoção e prevenção, bem como de procedimentos cirúrgicos
restauradores que possam ser realizados no domicílio – por exemplo: raspagem e Tratamento Restaura-
dor Atraumático (TRA). Caso o turno não seja totalmente ocupado por Visita Domiciliar (VD), o restante do
tempo pode ser utilizado com outras atividades assistenciais ou administrativas.
45
1 turno de reunião de equipe. Caso o turno não seja totalmente ocupado por reunião de equipe, o restan-
te do turno pode ser ocupado com outras atividades assistenciais ou administrativas.
1 turno de atividade de grupo nas escolas, creches da área, outros espaços do território e grupos educati-
vos dentro da própria unidade.
46
Atendimento individual 4 6 24 96
Visita domiciliar 2 4 8 32
Técnico em
Saúde Bucal Atividade de grupo
3 2 6 24
(incluindo PSE)
Reunião de equipe 1 1 1 4
Auxílio ao atendimento
individual do 7 Não se aplica Não se aplica Não se aplica
Cirurgião-Dentista
Auxiliar em Visita Domiciliar 1 4 4 16
Saúde Bucal
Atividade de grupo
1 2 2 8
(incluindo PSE)
Reunião de equipe 1 1 1 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de
Especialidades em Saúde Bucal. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: 2008. 128p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Lei nº
11.889/2008: Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal – TSB e de Auxiliar em
Saúde Bucal – ASB.
LIMA JÚNIOR, Ivo Aurélio. Estudo sobre a integração e coordenação assistencial entre os serviços de
atenção primária e especializados em saúde bucal da área de planejamento 3.1 da cidade do Rio de
Janeiro. Dissertação (Mestrado). Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2016.
171p.
RIO DE JANEIRO (MUNICÍPIO). Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. Superintendência de Atenção
Primária. Guia de referência rápida. Carteira de Serviços – Relação de serviços prestados na Atenção
Primária à Saúde. Rio de janeiro, edição revista, atualizada e suplementada. SMS, 2016.
RIO DE JANEIRO (MUNICÍPIO). Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. Superintendência de Atenção
Primária. Nota Técnica de Organização do Acesso na Saúde Bucal. Rio de janeiro, SMS. JUL 2016.
47
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Fornecer condições técnicas ideais que garantam a qualidade da assistência prestada.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Imunobiológicos;
Câmara de conservação;
Caixas térmicas de poliuretano;
Termômetros de caixa térmica com cabo extensor;
Bobinas de gelo reutilizáveis;
Freezer exclusivo;
Recipientes perfurados, para a organização dos imunobiológicos;
Suporte para a BCG;
Óculos de proteção;
Gaveteiro para guarda de materiais secos;
Seringas e agulhas;
Pinça “dente de rato” ou espátula metálica exclusiva para este fim;
Porta algodão;
Algodão hidrófilo;
Protocolo e kit de choque anafilático;
Dispensador com sabão líquido;
Dispensador com papel-toalha;
Caixa coletora de material perfurocortante com suporte;
Impressos e manuais;
Cartão de Registro Individualizado;
Mapa de controle diário de temperatura da Rede de Frio;
Ficha de controle de imunobiológicos;
Plano de Contingência – Falha na Rede de Frio;
Plano de Gerenciamento de Resíduos;
Formulário para Avaliação de Imunobiológico Sob Suspeita;
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Formulário de Monitoramento de Erro de Imunização;
Modelo de ata de inutilização de vacinas;
Calendários vacinais atualizados afixados na parede (criança, adolescente, adulto/idoso e gestante);
Quadro adesivo de Boas Práticas de Trabalho.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Antes da abertura da sala para atendimento
Verifique se a sala encontra-se limpa e organizada.
Ligue o sistema de ar-condicionado.
Verifique a temperatura da câmara, que deverá estar entre +2ºC e +8ºC.
Registre as temperaturas no mapa diário temperatura, registrando a data, a hora e o nome do responsável.
Comunique qualquer alteração de temperatura ao Enfermeiro responsável.
Caso a temperatura da Rede de Frio oscile durante o período de funcionamento da unidade, a equipe da
Sala de Vacinas aplicará as medidas de controle, para que as temperaturas alcancem os valores preconi-
zados.
Em casos de falha na Rede de Frio, siga o POP EG15 – Plano de Contingência – Falha de Rede de Frio, con-
forme já estabelecido pela unidade junto à Divisão de Vigilância em Saúde (DVS).
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Garanta um recipiente exclusivo e adequado para cada tipo de material a ser descartado. Lembre-se que
a sala de aplicação deve ter uma lixeira para lixo comum (saco preto) e outra para lixo infectante (saco
branco-leitoso).
No início ou final de cada plantão, supra a sala com os materiais necessários.
Verifique a lista dos indivíduos com vacinação aprazada para o dia.
UNIDADE: AP:
EQUIPAMENTO: CAPACIDADE (litros):
ENFERMEIRO RESPONSÁVEL:
MÊS: _____________________________________
1ª PRATELEIRA
IMUNO LABORATÓRIO LOTE VALIDADE QTDADE (doses) ENTRADA DATA:
2ª PRATELEIRA
IMUNO LABORATÓRIO LOTE VALIDADE QTDADE (doses) ENTRADA DATA:
3ª PRATELEIRA
IMUNO LABORATÓRIO LOTE VALIDADE QTDADE (doses) ENTRADA DATA:
4ª PRATELEIRA
IMUNO LABORATÓRIO LOTE VALIDADE QTDADE (doses) ENTRADA DATA:
5ª PRATELEIRA
IMUNO LABORATÓRIO LOTE VALIDADE QTDADE (doses) ENTRADA DATA:
6ª PRATELEIRA
IMUNO LABORATÓRIO LOTE VALIDADE QTDADE (doses) ENTRADA DATA:
CUIDADOS
Realizar semanalmente a convocação e a busca de faltosos.
Gerar mensalmente o relatório “Vacinados por Vacina” via Sistema de Informações do Programa Nacional
de Imunizações (SI-PNI) – web.
Avaliar e calcular o percentual de utilização e perda dos imunobiológicos, coberturas vacinais da área de
abrangência e os dados sobre ocorrências de Eventos Adversos Pós-vacinais (EAPV).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
51
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar os processos de registro na Sala de Vacinas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador com acesso ao Sistema de Registro Nominal (E-SUS AB, prioritariamente, ou SI-PNI);
Cartão de Registro do Vacinado (individualizado) – impresso.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Registro via Sistema de Registro Nominal (E-SUS AB, prioritariamente, ou SI-PNI): Digite todos os
dados no SI-PNI, no campo 'Histórico de Vacinação', as vacinas administradas. Caso o registro no SI-PNI
não seja realizado no momento do atendimento, as informações deverão estar registradas no Cartão de
Registro do Vacinado (individualizado).
Registro na Caderneta Vacinal: Registre as doses administradas em local específico contendo unidade
vacinadora (carimbo com o código da unidade), lote, data (dia, mês e ano) e o nome legível do vacinador.
O aprazamento de doses sequenciais deverá ser feito a lápis, contendo dia, mês e ano.
CUIDADOS
A assinatura do vacinador deve ser legível. Não é permitido o uso de rubricas.
O Enfermeiro responsável pela Sala de Vacinas deve monitorar constantemente a qualidade dos registros
efetuados pela equipe de vacinação.
Se for necessário utilizar o Cartão de Registro do vacinado, registre os dados pessoais e residenciais da
pessoa e algum documento disponível (Certidão de Nascimento, Cartão SUS ou outro). Em caso de relato
verbal, solicite um documento de identificação no próximo retorno. Os dados serão registrados a lápis e,
após a confirmação, registre-os à caneta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Fornecer condições técnicas ideais que garantam as Boas Práticas em Imunização na execução do processo
de trabalho na Sala de Vacinas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Imunobiológicos;
Câmara de conservação;
Caixas térmicas de poliuretano;
Termômetros de caixa térmica com cabo extensor;
Bobinas de gelo reutilizáveis;
Recipientes perfurados para a organização dos imunobiológicos;
Gaveteiro para a guarda de materiais secos;
Seringas e agulhas;
Pinça “dente de rato” ou espátula metálica, exclusivas para este fim;
Porta algodão;
Algodão hidrófilo;
Protocolo e kit de choque anafilático;
Dispensador com sabão líquido;
Dispensador com papel-toalha;
Caixa coletora de material perfurocortante com suporte;
Cartão de registro individualizado;
Mapa de controle diário de temperatura da Rede de Frio;
Calendários vacinais atualizados afixados na parede (criança, adolescente, adulto/idoso e gestante);
Quadro adesivo de Boas Práticas de Trabalho.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Recepção e triagem dos usuários
Receba o usuário de forma atenciosa, acolhedora e respeitosa.
Organize o fluxo de atendimento, estabelecendo a necessidade de atendimento diferenciado, como ges-
tantes, idosos e indivíduos com necessidades especiais.
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Na sala de Administração de Vacinas
Caso o atendimento seja de primeira vez, providencie o cadastro deste usuário no Sistema de Registro
Nominal (E-SUS AB, prioritariamente ou SI-PNI).
Em caso de retorno, o profissional deverá avaliar o histórico de vacinação do usuário.
Solicite o Cartão de Saúde da Criança ou outro comprovante de vacinação do usuário e verifique os regis-
tros e aprazamentos.
Confira com o responsável pela criança (ou com o próprio indivíduo) o nome completo e a data de nasci-
mento que constam no cartão – se for o caso, confirme o nome da mãe.
Realize anamnese individualizada: estado de saúde, febre, Eventos Adversos Pós-Vacinação (EAPV) ante-
riores, uso de medicações, alergias a componentes específicos, internações e transfusões.
Preste orientações referentes às vacinas, sobre a importância da conclusão do esquema e os cuidados
pós-vacinais.
Realize o registro do imunobiológico a ser administrado no Cartão de Saúde da Criança ou outro compro-
vante de vacinação, com a data, a dose, o lote e o nome da unidade de saúde.
CUIDADOS
Todos os profissionais da Sala de Vacinas deverão estar uniformizados adequadamente, usando calça
comprida, sapatos fechados, jaleco abotoado ou colete, e cabelos presos.
Não é permitido o uso de adornos (anéis, pulseiras, brincos, relógios...), de unhas grandes, esmaltes com
alto-relevo, entre outros adereços que possam contribuir com a contaminação técnica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Médico e/ou Enfermeiro com o apoio da equipe de Técnicos de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir a assistência imediata ao usuário em choque anafilático pós-vacinal.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Kit de emergência contendo:
Seringa e agulhas para injeção;
Ampola de Adrenalina – 1:1000;
Hidrocortisona 100mg;
Materiais para acesso venoso: Scalp, Jelco, equipo/soro – Soro Fisiológico (SF) e Soro Glicosado (SG);
Luvas de procedimentos;
Esparadrapo;
Demais materiais necessários, quando possível, como oxigênio sob máscara ou ambu.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
A principal manifestação de emergência em sala de vacinação é o Choque Anafilático, que se manifesta, ge-
ralmente, de minutos até 2 horas após a vacinação. Entre os sintomas e sinais estão a diminuição ou a abolição
do tônus muscular, palidez e/ou cianose, resposta diminuída ou ausente aos estímulos, depressão ou perda
da consciência, hipotensão ou choque, alterações respiratórias e manifestações cutâneas. Na ocorrência des-
ses sinais e sintomas, implemente, de forma imediata, o Protocolo do Atendimento de Choque Anafilático:
1. Checar responsividade;
2. Checar vias aéreas e sinais vitais;
3. Colocar o usuário em local apropriado e em posição de Trendelemburg;
4. Instalar oxigênio sob máscara ou ambu, se possível;
5. Implementar terapêutica medicamentosa prioritária: administrar adrenalina 0,01mg/kg intramuscular
ou subcutânea (adrenalina – ampola de 1ml (1:1000) ):
Crianças – 0,1-0,3ml a cada 10-15 minutos;
Adultos – 0,3-0,5ml a cada 10-15 minutos.
6. Medicamento complementar, quando houver: hidrocortisona 100mg – IV* ou IM* em adultos (6/6 ho-
ras) e 10-100mg IV em crianças;
7. Ligar para o serviço de Emergência e solicitar uma ambulância;
8. Encaminhar para ambiente hospitalar e manter em observação por 24 horas, devido ao risco de recor-
rência do choque anafilático.
* Via Intravenosa / Via Intramuscular.
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Considerando a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem e o Código de Ética da Enfermagem, o aten-
dimento ao choque anafilático pode ser realizado por profissional de enfermagem (nível superior), quan-
do não houver presença médica, havendo sinais e sintomas que caracterizem emergência e promovam
risco de morte ao usuário, sempre respeitando o protocolo para atendimento de choque anafilático, já
definido.
Bases legais
a. Código de Ética de Enfermagem
Responsabilidades e deveres:
Art. 12 – Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decor-
rentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Proibições:
Art. 26 – Negar assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência
ou emergência.
Art. 33 – Prestar serviços que, por sua natureza, competem a outro profissional, exceto em caso de
emergência.
b. Lei do Exercício Profissional:
Cabe privativamente ao Enfermeiro
Art. 11 – Prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina apro-
vada pela instituição de saúde.
CUIDADOS
Toda sala de vacinação deve estar munida de um kit de emergência.
O Protocolo de Atendimento de Choque Anafilático deve estar visível e ser de conhecimento de todos os
profissionais de nível superior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria
de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar o fluxo de notificação e condutas diante de casos suspeitos de Eventos Adversos Pós-Vacinação
(EAPV).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador com acesso ao Sistema de Informações de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV) web –
link: http://sipni.datasus.gov.br/si-pni-web/faces/eapv/gerenciarEapv.jsf;
Ficha virtual ou impressa de Notificação de Eventos Adversos Pós-Vacinação.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Notifique todos os casos de Eventos Adversos Pós-Vacinação (EAPV), sendo:
Casos graves ou inusitados: até 24 horas;
Casos não graves: até 7 dias;
Investigação dos casos: até 48 horas.
Fluxo de Notificação e Investigação
Nível intermediário – Serviço de Vigilância em Saúde (SVS) e Divisão de Vigilância em Saúde (DVS):
Avalie os casos e realize investigação complementar, se necessário, orientando condutas clínicas perti-
nentes e avaliando a necessidade de ampliar a investigação, dando apoio à unidade notificadora.
Para casos graves ou que tenham passado por atendimento médico hospitalar/internação, solicite resu-
mo clínico médico e laudos/pareceres de exames realizados para envio à Coordenação do Programa de
Imunizações (CPI).
Acompanhe os casos notificados no Sistema de Informações de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV)
web.
Consolide os dados notificados em sua área de abrangência, analisando oportunidade de notificação,
percentual de casos graves notificados, percentual de qualificação das fichas preenchidas, e número de
casos encerrados ou pendentes.
CUIDADOS
Se o SI-EAPV web estiver inoperante, realizar o preenchimento da Ficha de Investigação, a fim de que
sejam disponibilizadas à Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) todas as informações técnicas relevantes e
garantindo, assim, a possibilidade para que seja estabelecida a conduta vacinal adequada ao usuário, de
acordo com a ocorrência de cada evento adverso pós-vacinal.
O encerramento dos casos é de responsabilidade da equipe técnica da Coordenação do Programa de
Imunizações/SVS/SUBPAV/SMS-Rio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria
de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar o fluxo de notificação e as condutas diante da ocorrência de Erros de Imunização.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador com acesso ao Sistema de Informações de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV) web –
link: http://sipni.datasus.gov.br/si-pni-web/faces/eapv/gerenciarEapv.jsf;
Formulário virtual ou impresso de Monitoramento de Erro de Imunização.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Nível local (Unidades de Atenção Primária e Unidades Hospitalares):
Notifique todos os casos de erro de imunização em 24 horas.
Investigue os casos, preenchendo a Ficha de Formulário de Monitoramento de Erro de Imunização em
formato virtual ou impresso, conforme modelo a seguir, remetendo ao Serviço de Vigilância em Saúde
(SVS) de sua área via e-mail.
Insira a Notificação de Erro de Imunização no Sistema de Informações de Eventos Adversos Pós-Vacinação
(SI-EAPV) web.
Solicite avaliação médica, sempre que necessário.
Monitore o usuário por 30 dias, por meio de consulta semanal, para avaliação clínica.
Repasse os casos e as atualizações ao Serviço de Vigilância em Saúde (SVS) da área de abrangência.
Oriente vacinados e/ou responsáveis sobre o monitoramento do caso durante o período mínimo de 30
dias.
Aguarde as considerações técnicas e condutas pertinentes ao caso.
Acompanhe os casos até o encerramento do monitoramento.
A Coordenação do Programa de Imunizações (CPI) verificará os casos, diariamente, por meio de relatórios
do Sistema de Informações de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV) web.
Nível intermediário – Serviço de Vigilância em Saúde (SVS) e Divisão de Vigilância em Saúde (DVS):
Avalie os casos e realize investigação complementar, se necessário, orientando condutas clínicas pertinen-
tes e avaliando a necessidade de ampliar a investigação, dando apoio à unidade notificadora.
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Consolide os dados notificados em sua área de abrangência, analisando oportunidade de notificação,
percentual de casos graves notificados, percentual de qualificação das fichas preenchidas, e número de
casos encerrados ou pendentes.
CUIDADOS
Se o SI-EAPV web estiver inoperante, realizar o preenchimento da Ficha de Investigação, a fim de que
sejam disponibilizadas à Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) todas as informações técnicas relevantes e
garantindo, assim, a possibilidade para que seja estabelecida a conduta vacinal adequada ao usuário, de
acordo com a ocorrência de cada evento adverso pós-vacinal.
O encerramento dos casos é de responsabilidade da equipe técnica da Coordenação do Programa de
Imunizações/SVS/SUBPAV/SMS-Rio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria
de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar o descarte de lixo comum, materiais biológicos e não biológicos, além de materiais perfurocor-
tantes da Sala de Vacinas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de Proteção Individual (EPI) – máscara, gorro, óculos, luvas, botas etc.;
Coletor de material perfurocortante;
Lixeira com pedal;
Saco plástico de cor branco-leitosa;
Saco plástico de lixo comum de cor preta.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Mantenha um controle mensal de vacinas, considerando estoque equivalente à sua cota mensal, no má-
ximo.
Organize os imunobiológicos dentro da câmara de conservação conforme prazo de validade (mais curto
na frente).
Gerencie o prazo de validade dos produtos imunobiológicos semanalmente e realize a retirada imediata
do equipamento e de qualquer imunobiológico que esteja com data de validade vencida, produzindo Ata
de Inutilização por validade expirada.
Supervisione a conservação e o armazenamento dos mesmos, conforme as normas de Rede de Frio.
Comunique ao Serviço de Vigilância em Saúde (SVS) da respectiva Coordenadoria Geral de Atenção Primária
(CAP), de forma oportuna, quando os produtos apresentarem desvios de qualidade para uso.
Os produtos imunobiológicos que se tornarem impróprios para o uso, após parecer técnico da Coorde-
nação do Programa de Imunizações (CPI), deverão ser inutilizados em local referenciado pela Divisão de
Vigilância em Saúde (DVS) da Área Programática (AP), com confecção da Ata de Inutilização, conforme
parecer técnico da Coordenação do Programa de Imunizações (CPI). Consideram-se produtos imunobio-
lógicos passíveis de inutilização:
os que estejam com os seus prazos de validade vencidos (seja do frasco ou por degelo);
os que tenham sido expostos a temperaturas inadequadas à sua conservação;
os que, por outros motivos, estejam impróprios para uso por desvio de qualidade;
sobras de vacinas vivas após o cumprimento do tempo de uso depois de abertas.
O processo de inutilização de imunobiológicos deve seguir o Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde (PGRSS) da unidade, conforme RDC nº 306/2004, que deve conter, de forma explicativa,
62
as fases de: Segregação; Acondicionamento; Identificação; Transporte Interno; Armazenamento Temporá-
rio; Tratamento; Armazenamento Externo; Coleta e Transporte Externos; e Disposição Final.
As etapas Segregação, Acondicionamento, Identificação, Transporte Interno e Armazenamento Temporá-
rio deverão ser cumpridas imediatamente.
Os frascos/ampolas dos produtos compostos de bactérias mortas ou partes de bactérias (Penta, DTP, dT,
Hepatite B, Hepatite A, dTpa adulto, Meningo C e Pneumo 10, VIP, Influenza e HPV) não precisam receber
tratamento especial antes do destino final. Mantenha em armazenamento temporário em sacos brancos
ou recipientes rígidos com tampa até a Coleta, o Transporte Externo e a Disposição Final.
Para inutilização das vacinas compostas por micro-organismos vivos (BCG, VOP, VORH, Tríplice Viral, Tetra
Viral, Varicela e Febre Amarela), recomenda-se a autoclavação durante 15 minutos a uma temperatura de
+121ºC a +127ºC. Os frascos não precisam estar abertos durante o processo.
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Observação: Segundo a Nota Técnica ANVISA nº 002/2011, de 12 de abril de 2011, recomenda-se que a au-
toclave a ser utilizada para este procedimento seja exclusiva. Na falta da autoclave, orienta-se esterilizar em
estufa por duas horas a +170ºC.
CUIDADOS
Após a administração da vacina, não se deve reencapar a agulha utilizada, pelo risco de acidente.
Em caso de acidente com material contaminado ou perfurocortantes, verificar o tipo de material e pro-
curar atendimento médico e o serviço de vigilância de referência, descrevendo corretamente o tipo de
acidente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar que todos os imunobiológicos administrados mantenham suas características, a fim de conferir
imunidade e evitar perda/inutilização dos imunobiológicos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Imunobiológicos;
Caixas térmicas de poliuretano;
Caixas térmicas de poliestireno expandido – mínimo 12 litros;
Termômetros de caixa térmica com cabo extensor;
Bobinas reutilizáveis;
Freezer exclusivo;
Recipientes perfurados para organização dos imunobiológicos;
Mapa de controle diário de temperatura da Rede de Frio;
Ficha de prateleira para o controle de imunobiológicos;
Formulário para avaliação de imunobiológico sob suspeita e modelo de ata de inutilização de vacinas.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
O Enfermeiro responsável pela sala de vacinação deverá seguir o Plano de Contingência de Falhas em
Rede de Frio elaborado pela Divisão de Vigilância em Saúde (DVS).
Se a energia puder ser restabelecida ou a falha corrigida, mantenha os imunobiológicos no equipamento
com temperatura adequada, até o limite máximo de +7ºC.
Se energia não for restabelecida ou a falha não for corrigida, transfira os imunobiológicos para outro equi-
pamento com temperatura adequada entre +2ºC e +8ºC, mantendo o monitoramento da temperatura.
Registre as temperaturas no ato da identificação da falha da Rede de Frio.
Prepare a caixa térmica para transporte dos imunobiológicos, segundo recomendação técnica do Progra-
ma Nacional de Imunizações (PNI).
Após o preparo da caixa térmica, lacre e identifique a caixa como “IMUNOS SOB SUSPEITA”.
Após o remanejamento, mantenha os imunobiológicos acondicionados em equipamento sob refrige-
ração de +2ºC a +8ºC e realize a comunicação com parcerias, para o restabelecimento da energia ou o
reparo do equipamento danificado.
No momento de guarda dos imunobiológicos em Rede de Frio adequada, os mesmos deverão ser sepa-
rados dos demais e identificados como “IMUNOS SOB SUSPEITA”.
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Preencha o Formulário para Avaliação de Imunobiológicos Sob Suspeita, conforme modelo a seguir.
6. Email do Notificante:
DADOS DA OCORRÊNCIA
PARECER FINAL
CUSTO
DATA DE QUANTIDADE CONDUTA FINAL ESTIMADO DOS Formulário para Avaliação de Imunobiológicos
Subsecretaria sobAtenção
de Promoção, suspeita 2019 –e CPI/SVS/SUBPAV/S
Primária Vigilância em Saúde
APRESENTAÇÃO LABORATÓRIO Superintendência de Vigilância em Saúde
ENTRADA para
Formulário NO Avaliação
IMUNOBIOLÓGICO (EX:sob
de Imunobiológicos FRASCO 5 DOSES
suspeita 2019 –PRODUTOR
CPI/SVS/SUBPAV/S LOTE VALIDADE EM FRASCOS (UTILIZAÇÃO PLENA | FRASCOS
UTILIZAÇÃO RESTRITA Coordenação do Programa de Imunizações
EQUIPAMENTO OU FRASCO 10 DOSES) FECHADOS | INUTILIZAÇÃO) INUTILIZADOS
(R$)
Da: CPI/SVS/SUBPAV/S
Unidade de Ocorrência:
DVS: RA:
Data da Ocorrência: ( ) Central ( ) SVS ( ) Sala
Parecer Nº: /2019 Avaliador técnico:
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS SOB SUSPEITA
Considerando os parâmetros de termoestabilidade e as diretrizes do PNI/MS, avaliamos esta
ocorrência:
NOTA:
Formulário para Avaliação de Imunobiológicos sob suspeita 2019 – CPI/SVS/SUBPAV/S Formulário para Avaliação de Imunobiológicos sob suspeita 2019 – CPI/SVS/SUBPAV/S
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15. Mapa(S) de temperatura(s) que esteja(M) relacionados com a falha 16. Parecer técnico e administrativo da DVS
Inserir dentro deste quadro a FIGURA do MAPA em formato (JPG ou PNG) de modo que esteja com resolução visível.
Se houver vários mapas, abrir nova página para inserir as imagens.
Encaminhe o formulário preenchido via e-mail ao Serviço de Vigilância em Saúde (SVS)/Central de Vaci-
nas, que repassará à Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) e à Coordenação do Programa de Imunizações
(CPI), para definição da conduta final a ser adotada.
CUIDADOS
Somente realizar a inutilização de imunobiológicos após avaliação e parecer oficial das instâncias supe-
riores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Rede de Frio / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das
Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2013.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Toda a equipe de Atenção Primária à Saúde.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir o acesso e o acompanhamento das pessoas em situação de rua na Atenção Primária à Saúde (APS).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Todos os referentes ao processo de trabalho das equipes de Atenção Primária;
Contatos dos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (CREAS) responsáveis pelo terri-
tório de abrangência da equipe;
Contatos dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de referência para a área.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Incluir as pessoas em situação de rua ao realizar o mapeamento do território, o cadastramento da popu-
lação, o diagnóstico situacional e o planejamento de ações.
Realizar o acolhimento à demanda espontânea das pessoas em situação de rua que chegam à unidade.
Realizar o cadastro sem exigência de nenhum tipo de documentação e gerar o Cartão Nacional de Saúde
(CNS), caso o cidadão não o tenha. O endereço a ser cadastrado é o do local de maior permanência da
pessoa. Se não for possível identificar o local de permanência, utilizar o endereço da Unidade de Atenção
Primária (UAP).
Realizar o acompanhamento longitudinal, o que inclui visitas no território e busca ativa, quando necessário.
Realizar escuta qualificada, buscando a construção de vínculo da pessoa com a unidade e a equipe de
Atenção Primária (eAP).
Atuar de forma a ampliar o acesso desta população vulnerável, não fazendo exigências para a realização
do atendimento, buscando dialogar com a pessoa acerca de suas necessidades e da melhor forma de
realização do cuidado.
Realizar articulação com outras categorias profissionais e serviços de saúde, sobretudo com profissionais
dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASF-AB) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS, CAPSad
e CAPSi), sempre que necessário.
Realizar articulação intersetorial, sobretudo com os Centros de Referência Especializados em Assistência
Social (CREAS), sempre que necessário.
Realizar parcerias comunitárias e com entidades que trabalhem com esta população, buscando ampliar
a rede de cuidados e de apoio.
Realizar ações contínuas voltadas para esta população nos territórios onde há grande concentração de
pessoas em situação de rua, preferencialmente em conjunto com outros serviços da Saúde e da Assistên-
cia Social.
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Realizar encaminhamento para acolhimento institucional (abrigamento), caso haja interesse da pessoa,
por meio de contato com o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) responsável
pelo território.
Confira a seguir onde estão as 7 equipes de Consultório na Rua do Município do Rio de Janeiro.
CUIDADOS
Identificar a possibilidade de priorização do atendimento, tendo em vista a dificuldade muitas vezes iden-
tificada desta população suportar longos períodos de espera na unidade.
Não exigir padrões de higiene pessoal.
Vincular para acompanhamento preferencialmente pela equipe que cobre o território onde a pessoa tem
maior permanência.
Realizar e registrar respostas às perguntas-chave no primeiro contato com a pessoa: “Em que lugares você
fica durante o dia e a noite?” // “Tem alguém com quem possa fazer contato caso não te encontre nestes
locais?” // “Tem contato de algum familiar?” // “Já fez ou faz tratamento de saúde em algum outro local?”
// “Como você gosta de ser chamado, como é conhecido?”.
Não considerar a ausência de CPF como impeditivo para a solicitação e a coleta de exames, a realização
de prescrições, a retirada de medicação e agendamentos no SISREG. Nestes casos, utilizar o número do
Cartão Nacional de Saúde (CNS) e sinalizar que o usuário não possui CPF.
Nos territórios em que há cobertura de equipe de Consultório na Rua, as demais equipes de Atenção
Primária são corresponsáveis pelo cuidado. A forma de compartilhamento deve ser acordada entre as
equipes, considerando as necessidades de cada caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Política Nacional de Atenção Básica, Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. http://bvsms.saude.gov.
br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html
Manual sobre o cuidado à saúde junto à população em situação de rua / Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_cuidado_populalcao_rua.pdf
Diretrizes norteadoras das Equipes de Consultório na Rua do Município do Rio de Janeiro. – 1. ed. Rio de
Janeiro: SMS, 2017. http://subpav.org/download/prot/Diretrizes%20CnaR_2016
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Guia de Referência Rápida – Álcool e outras Drogas. – Rio de Janeiro: SMS, 2016. http://www.rio.rj.gov.br/
dlstatic/10112/6552790/4176314/GuiaAD_reunido.pdf
Ofício Circular S/SUBPAV/SAP nº 06/2019 – Nota Técnica nº 3 referente ao Cadastro das Pessoas em
Situação de Rua na Atenção Primária utilizando o e-SUS AB. https://subpav.org/download/oficios/oficio_
circular_sap_06_2019_Nota_Tecnica_03_Referente_cadastro_das_pessoas_em_situacao_de_rua_na_
APS_utilizando_e-SUS_AB.pdf
Contatos dos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (CREAS) responsáveis pelo
território de abrangência da equipe. https://subpav.org/SAP/protocolos/arquivos/POPULACAO_RUA/
relacao_de_creas.pdf
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Profissional Farmacêutico do NAF regional, Gerente/Diretor da unidade e Farmacêutico da unidade.
RESULTADOS ESPERADOS
Estabelecer procedimentos para a realização de inventário por amostragem, como um instrumento de con-
trole e verificação dos estoques de medicamentos nas farmácias das Unidades da Atenção Primária (UAP) e
Policlínicas, a fim de diminuir as diferenças e possibilitar a definição de diretrizes de ação e maior eficiência
da gestão pública no gerenciamento dos estoques de medicamentos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Calculadora;
Caneta;
Computador;
Planilha de Inventário por Amostragem (informatizada);
Relação de itens a serem inventariados;
Relação de unidades de área a serem visitadas.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Inventário é a contagem física dos itens em estoque para verificar se estão estocados em conformidade
com a quantidade registrada nas fichas de controle ou no sistema informatizado de controle.
Inventário por amostragem é o processo de contagem sobre uma quantidade limitada de itens que repre-
sentem uma amostra relevante dentro do universo de itens mantidos pela unidade.
O inventário por amostragem deverá ser realizado nas Unidades de Atenção Primária (UAP) e Policlínicas,
mensalmente, selecionando 2 unidades de área para visita, a cada semana, e também 5 itens para amos-
tragem, de maneira a comparar as informações constantes no sistema de informação com a contagem
física dessas unidades. Serão considerados resultados satisfatórios os inventários cujas divergências não
ultrapassem 5%, tanto para mais quanto para menos.
Todo o inventário realizado deverá ser registrado em planilha específica (Anexo I).
No momento da conferência deverá ser verificada a quantidade, o lote e a validade do medicamento no
estoque físico, no sistema informatizado ou ficha de prateleira.
O Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Regional realizará visitas, acompanhado do Gerente/Diretor
da unidade, para a realização de inventário por amostragem de 5 itens da grade padronizada para os
medicamentos de uso na Atenção Primária, podendo ser considerados os itens de maior rotatividade e os
itens de maior valor unitário. A definição das unidades a serem visitadas e dos itens a serem verificados
será do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Regional, a cada avaliação.
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O Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Regional deverá consolidar as informações apuradas nas visi-
tas do período em planilha especifica (Anexo I) e enviar, até o dia 8 de cada mês, o inventário por amostra-
gem ao Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Central pelo e-mail central.naf@gmail.com, para que
as informações sejam analisadas, consolidadas e enviadas à SUBPAV para conhecimento das divergências
dos estoques nas Unidades de Atenção Primária (UAP) e Policlínicas.
Toda unidade de saúde deverá arquivar uma cópia referente ao inventário realizado.
ANEXO I
Inventário por Amostragem
Responsável pelo preenchimento:
Área Programática:
1ª SEMANA
Unidade de Saúde 1: Data da visita:
Estoque PE
ou SIGMA
Estoque R$ da
Código SMA Medicamento ou SICLOM Divergência % Custo Unitário
Físico Divergência
ou Ficha de
Prateleira
00000000000 0% R$ 0,00 R$ 0,00
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2ª SEMANA
Unidade de Saúde 1: Data da visita:
Estoque PE
ou SIGMA
Estoque R$ da
Código SMA Medicamento ou SICLOM Divergência % Custo Unitário
Físico Divergência
ou Ficha de
Prateleira
00000000000 0% R$ 0,00 R$ 0,00
3ª SEMANA
Unidade de Saúde 1: Data da visita:
Estoque PE
ou SIGMA
Estoque R$ da
Código SMA Medicamento ou SICLOM Divergência % Custo Unitário
Físico Divergência
ou Ficha de
Prateleira
00000000000 0% R$ 0,00 R$ 0,00
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4ª SEMANA
Unidade de Saúde 1: Data da visita:
Estoque PE
ou SIGMA
Estoque R$ da
Código SMA Medicamento ou SICLOM Divergência % Custo Unitário
Físico Divergência
ou Ficha de
Prateleira
00000000000 0% R$ 0,00 R$ 0,00
Observações:
CUIDADOS
Durante o período do inventário, nenhuma movimentação de estoque deverá ser realizada.
Durante as contagens são avaliadas as validades críticas dos produtos para posterior remanejamento,
caso necessário.
Os medicamentos a serem verificados por amostragem deverão ser modificados a cada avaliação.
Identificar os itens de maiores demandas e os itens de maior custo para o inventário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções
técnicas para sua organização / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – 2. ed. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2006.
EXECUTANTE
Agente Comunitário de Saúde (ACS), Administrativo, Enfermeiro, Dentista e Médico.
RESULTADOS ESPERADOS
Emitir número do Cartão SUS e fornecê-lo ao usuário do serviço.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador com acesso à internet.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Recepcione o usuário de maneira cordial.
Solicite documento de identificação com foto e comprovante de residência do usuário.
Acesse o endereço eletrônico https://cadastro.saude.gov.br/novocartao.
Faça o login colocando o número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o usuário
e a senha.
Realize a busca no Sistema de Cadastramento de Usuários do SUS Web (CADSUS WEB/CADWEB) pelo
nome e data de nascimento do usuário:
Caso o usuário já possua cadastro, atualize as informações cadastradas;
Caso o usuário não tenha cadastro, faça o cadastramento;
Informe ao usuário o número do Cartão SUS.
Atualize as informações no Prontuário Eletrônico.
CUIDADOS
Manter atualizados os dados do usuário nos sistemas de informações.
Lembrar que é obrigatório o preenchimento dos seguintes dados: endereço, telefone para contato e do-
cumentos de identificação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Operação do CADSUS WEB. Versão 5.0.
EXECUTANTE
Administrativo, Enfermeiro, Dentista e Médico.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar o exercício da gratuidade conforme o Decreto nº 44.728, de 12 de julho de 2018, regulamentado
pela Lei nº 5.211, de 1º de julho de 2010, que institui o Bilhete Único Municipal, bem como a Lei nº 3.167, de
27 de dezembro de 2000, que assegura o exercício das gratuidades previstas no art. 401 da Lei Orgânica do
Município do Rio de Janeiro, mediante a instituição do Sistema de Bilhetagem Eletrônica nos serviços de
transporte público de passageiros por ônibus do Município do Rio de Janeiro, e dá outras providências, para
incluir o exercício das gratuidades legalmente instituídas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador;
Documentos pessoais para cadastro (RG, CPF e comprovante de residência);
Laudo médico em formulário padrão ou próprio com os dados necessários com base neste.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. Cadastro Munícipe
Laudo médico em formulário padrão ou próprio: preenchimento completo com assinatura e carimbo
do Médico atual da rede pública municipal, estadual, federal ou por ela credenciada, conforme Decreto
nº 44.728/2018. Laudos emitidos pela rede particular serão analisados pelos médicos responsáveis pela
coordenação do cuidado do usuário da rede pública.
Pessoa com deficiência: documentação necessária: laudo atual, CPF, RG, Cartão Nacional de Saúde (CNS),
comprovante de residência do município do Rio de Janeiro e exames complementares que se apliquem à
condição do usuário. Não é necessário que o usuário esteja em tratamento regular.
Pessoas com doenças crônicas: documentação necessária: laudo atual, CPF, RG, Cartão Nacional de Saúde
(CNS), comprovante de residência do município do Rio de Janeiro e exames complementares que se apli-
quem à condição do usuário. É necessário comprovar a realização de tratamento regular na rede pública
ou credenciada.
Na Unidade de Atenção Primária de Saúde, o Médico responsável deve realizar a análise das solicitações,
deferimento ou indeferimento do pleito. Se aprovado, inserir na plataforma (link: https://saudepresente.
riocard.com/).
Após o cadastro, o usuário deve realizar o agendamento por meio dos seguintes canais:
Central de atendimento RioCard Especial, no telefone (21) 2217-4002;
Site https://www.cartaoriocard.com.br/rcc/gratuidade/agendarfoto.
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2. Cadastro Não Munícipe
Realizar agendamento prévio pelo telefone (21) 2224-1855. Moradores de outros municípios serão agen-
dados para posto do Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência (CIAD) ou para Unidades de
Atenção Primária (UAP) definidas pela SMS-Rio, para organização do fluxo de atendimento.
Depois do agendamento, o usuário deverá comparecer na unidade referenciada e apresentar toda a do-
cumentação pertinente (laudo, CPF, RG, Cartão Nacional de Saúde (CNS), comprovante de residência e
exames complementares que se apliquem à condição do usuário), para análise do pleito.
Observação: O cadastramento de não munícipes segue a mesma regra dos munícipes.
CUIDADOS
A quantidade de passagens para as gratuidades será concedida conforme a frequência do tratamento e a
necessidade de deslocamento da seguinte forma:
I – Ilimitada, para as pessoas com deficiência e respectivos acompanhantes, quando estes forem necessá-
rios, e aos maiores de sessenta e cinco anos;
II – De, no mínimo, 60 (sessenta) passagens mensais, para os portadores de doenças renais crônicas, trans-
plantados, hansenianos e portadores do vírus HIV, que necessitem de tratamento continuado (mínimo de
2 vezes ao mês) e do deslocamento para tratamento de sua patologia, com respectivos acompanhantes,
quando estes forem necessários;
III – Definida pelo laudo médico, emitido em formulário padrão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
ou por modelo próprio, com os mesmos requisitos exigidos no modelo da SMS, pelos profissionais ha-
bilitados na Rede Pública Municipal, Estadual ou Federal, além das clínicas por ela credenciadas, para as
pessoas com as demais doenças crônicas que necessitem de tratamento continuado, com respectivos
acompanhantes, quando estes forem necessários.
A validade do benefício da gratuidade será:
I – Indeterminada, para pessoas com deficiência;
II – No máximo de 24 (vinte e quatro) meses, para pessoas com doenças renais crônicas;
III – No máximo de 12 (doze meses), para pessoas com as demais doenças crônicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Formulário laudo médico padrão: https://bit.ly/2MHNmWZ
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro e Médico.
RESULTADOS ESPERADOS
Retirar pontos após o processo de cicatrização.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Capote de manga longa;
Óculos;
Gorro;
Máscara;
Luvas de procedimentos.
Forro de maca descartável;
Soro fisiológico;
Agulha 40x12;
Compressa de gaze estéril;
Pacote de retirada de pontos contendo pinça Kelly anatômica e dente-de-rato estéril;
Tesoura Iris ou bisturi estéril (lâminas 18 a 36, conforme a necessidade);
Atadura de crepom, caso necessário;
Fita microporosa;
Saco plástico preto para descarte do material não contaminado;
Caixa coletora de material perfurocortante.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário e seus familiares de maneira cordial.
Posicione o usuário confortavelmente conforme a área na qual será realizado o procedimento. Em caso de
uso da maca, proteja-a com o forro de maca.
Explique o procedimento a ser realizado.
Quando o procedimento for realizado em membros inferiores e for identificada grande presença de suji-
dade, realize a higiene dos pés no tanque lava-pés, atentando para não molhar a área suturada.
Confirme dados referentes à identificação do usuário e à solicitação de retirada de pontos.
Higienize as mãos.
78
Reúna o material necessário sobre o carrinho de curativos.
Verifique a validade e a integridade dos materiais descartáveis e de uso contínuo.
Realize a desinfecção da borracha do frasco de soro fisiológico com álcool 70% e perfure-a com a agulha
descartável 40x12.
Abra o pacote de retirada de pontos com técnica asséptica.
Coloque a compressa de gaze em quantidade suficiente no campo estéril, evitando desperdício.
Posicione as pinças, tesoura ou lâmina de bisturi de forma que o cabo das mesmas fique voltado para fora
do campo.
Paramente-se com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para a realização do proce-
dimento.
Com as luvas de procedimentos, remova o curativo anterior, se houver, tendo o cuidado para não agredir
os tecidos recém-formados, podendo utilizar soro fisiológico para essa remoção.
Realize o curativo com toque suave de soro fisiológico.
Avalie o local da incisão e verifique possível alteração de cor e temperatura perilesional, presença de ex-
sudato e/ou deiscência de sutura. Caso seja evidenciada qualquer anormalidade, acione Enfermeiro ou
Médico imediatamente,
Seque a ferida com gaze.
Com a pinça, prenda a extremidade do fio que é levantado ligeiramente, expondo o ponto de penetração
na pele, e corte o fio exatamente nessa região com o auxílio da tesoura Iris ou bisturi, e puxe-o.
Coloque os fios retirados sobre a gaze, posicionados próximos à área de retirada do ponto.
Se, durante a técnica, for notado algum sinal de deiscência, alguns pontos de ancoragem podem ser dei-
xados, além de reforço com ‘ponto falso’, utilizando-se a fita microporosa. Nesse caso, reavalie em 2 ou 3
dias, até completar 14 dias.
Nos casos de sutura intradérmica, com o auxílio da pinça, prenda uma das extremidades do fio que é
levantada ligeiramente, expondo o ponto de penetração na pele, e corte o fio exatamente nessa região
com a tesoura Iris ou bisturi.
Uma vez seccionado, também com auxílio da pinça, puxe pela outra extremidade e o fio sairá. Caso seja
percebida resistência ao puxar o fio, realize ligeira pressão na outra extremidade, ao mesmo tempo em
que estiver puxando o fio. Também é recomendado ir enrolando o fio na pinça, à medida que esse se
exterioriza.
Faça nova limpeza do local com compressas de gaze embebidas em soro fisiológico, secando a superfície
no final.
Descarte adequadamente os materiais.
Retire as luvas de procedimentos.
Higienize as mãos.
Oriente o usuário sobre os cuidados específicos para o domicílio.
Deixe o ambiente em ordem.
Registre o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Deve-se solicitar a limpeza concorrente do ambiente sempre após cada procedimento.
A limpeza terminal deve acontecer sempre após o final do turno ou quando necessário.
79
Todos os procedimentos devem ser realizados com o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Cobrir o local por 24 horas após a retirada dos pontos, se necessário.
Desprezar lâmina de bisturi na caixa coletora de material perfurocortante.
A recomendação de tempo para retirada de pontos é de:
5 dias na face, pela facilidade de cicatrização;
10-12 dias em membros inferiores e regiões de articulações;
7 dias em outras regiões do corpo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Procedimentos / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
POTTER, P.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
80
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Promover meio favorável para a cicatrização de feridas, mediante o uso de técnica asséptica.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Capote de manga longa;
Óculos;
Gorro;
Máscara;
Luvas de procedimentos.
Forro de maca descartável;
Soro fisiológico;
Agulha 40x12;
Compressa de gaze estéril;
Compressa de gaze não estéril, para secar pele íntegra;
Régua descartável;
Pacote de curativos contendo pinça Kelly anatômica e dente-de-rato estéril (caso necessário);
Tesoura de Mayo (caso necessário);
Bisturi estéril (lâminas 18 a 36, conforme a necessidade);
Luva estéril;
Atadura de crepom (o tamanho deverá ser avaliado pelo profissional);
Esparadrapo, fita microporosa ou fita adesiva;
Cobertura prescrita;
Bacia ou cuba “rim” ou bandejas limpas e devidamente desinfetadas (conforme a necessidade), preferen-
cialmente de uso individualizado;
Saco plástico branco para descarte do material contaminado;
Saco plástico preto para descarte do material não contaminado;
Caixa coletora de material perfurocortante.
81
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário e seus familiares de maneira cordial.
Confirme os dados referentes à prescrição e à identificação do usuário.
Posicione o usuário confortavelmente conforme a área na qual será realizado o procedimento. Em caso de
uso da maca, proteja-a com o forro de maca.
Quando o procedimento for realizado em membros inferiores e for identificada grande presença de suji-
dade, realize a higiene dos pés no tanque lava-pés, atentando para não molhar a lesão.
Explique o procedimento a ser realizado.
Confirme os dados referentes à prescrição e à identificação do usuário.
Higienize as mãos.
Reúna o material necessário sobre o carrinho de curativos.
Realize a desinfecção da borracha do frasco de soro fisiológico com álcool 70% e perfure-a com a agulha
descartável 40x12.
Leia o rótulo da dosagem do medicamento/cobertura, verificando a data de validade.
Para usuários que façam uso de medicamentos, antes da realização do procedimento (como analgesia),
ofereça a medicação conforme a prescrição.
Paramente-se com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para a realização do proce-
dimento.
Posicione a bacia/bandeja sob a área na qual será realizado o procedimento.
Com as luvas de procedimentos, remova a cobertura secundária (atadura e gaze) avaliando coloração,
odor e quantidade do exsudato presente.
Remova a cobertura primária e, em caso de queixa álgica, instile jatos de soro fisiológico sobre ela, para
auxiliar na remoção sem trauma.
Troque as luvas de procedimentos.
Realize limpeza com soro fisiológico abundantemente sobre o leito da lesão até a remoção de sujidade
e exsudato. Na presença de tecido de granulação, não é recomendado fricção do leito da ferida, apenas
jato de soro.
Em caso de presença de tecido desvitalizado, o Técnico de Enfermagem deverá solicitar a presença do
Enfermeiro, para avaliação do leito da lesão.
Se o Enfermeiro julgar necessário usar a técnica de desbridamento, ele deverá optar pelos tipos de desbri-
damentos, conforme o aspecto do tecido desvitalizado.
Tipos de Desbridamentos:
1. Mecânico (leve fricção com gaze estéril embebida em soro fisiológico);
2. Enzimático (por meio de pomadas);
3. Autolítico (por meio de coberturas que promovam autólise);
4. Instrumental – com bisturi (por meio das técnicas de Square, Cover e Slice).
Com a luva estéril, aplique a cobertura primária prescrita sobre o leito da ferida, preocupando-se em co-
brir toda a extensão da mesma, vide quadro “Coberturas Primárias para Feridas” ao final deste POP.
Aplique a cobertura secundária (gaze e atadura).
Descarte adequadamente os materiais.
Higienize as mãos.
82
Oriente o usuário sobre os cuidados específicos para o domicílio.
Registre o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Compete ao Enfermeiro avaliar as lesões quanto à dimensão, característica do leito, exsudato e aspecto
da pele perilesional. Ele deve fazer e executar o plano de cuidados, e treinar e supervisionar a equipe de
enfermagem na realização dos curativos.
Durante a avaliação da dimensão do leito da ferida, o Enfermeiro deverá utilizar a régua descartável, lem-
brando que o comprimento sempre se refere à medida no sentido vertical (céfalo-podálico) e a largura
se refere à medida horizontal.
O modelo padronizado de plano terapêutico deverá ser utilizado por todas as Unidades de Atenção Pri-
mária (UAP), tanto para a solicitação das coberturas como para o acompanhamento das lesões de cada
usuário.
O Enfermeiro só deve realizar o desbridamento com instrumental quando habilitado para tal procedi-
mento.
Não utilizar o tanque lava pés para a realização do procedimento de curativos, pois seu uso é exclusivo
para a higienização de pele íntegra e remoção de sujidades.
A limpeza da ferida deve ser realizada exclusivamente com soro fisiológico. No Brasil, não é recomendável
o uso de água potável para tal.
Os antissépticos não podem ser aplicados no interior da ferida, apenas em pele íntegra.
Após cada procedimento, sempre solicite a limpeza concorrente do ambiente.
A limpeza terminal deve acontecer sempre após o final do turno ou quando necessário.
Todos os procedimentos devem ser realizados com o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. Brasília: ANVISA, 2017.
FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado prático de enfermagem. Yedis Editora. 2 ed.
v. 2. São Caetano do Sul, 2008.
• Hemostasia;
Absorção e • Feridas cavitárias, exsudativas, te-
Alginato • Manutenção do meio úmido;
desbridamento cido vinhoso e áreas de exposição
de cálcio • Absorção do exsudato;
autolítico óssea.
• Preenchimento de cavidade.
Combate à
infecção;
Carvão ativado
controle • Bactericida; • Feridas infectadas, com odor féti-
impregnado
microbiano e • Neutraliza odores. do e altamente exsudativas.
com prata
preenchimento
de cavidade
Absorção,
controle
microbiano, • Manutenção do meio úmido; • Feridas com exsudação abundan-
Hidrofibra
combate à • Bactericida; te, com ou sem infecção, feridas ca-
com prata
infecção e • Alta capacidade de absorção. vitárias, feridas sanguinolentas.
preenchimento
de cavidade
84
CONTRAINDICAÇÃO MODO DE USAR PERÍODO DE TROCA
85
AÇÃO PRODUTOS CARACTERÍSTICAS INDICAÇÃO
Absorção,
desbridamento • Tratamento de lesões de pele su-
autolítico; Espuma de • Absorção de exsudato; perficiais que cicatrizam por segun-
controle Poliuretano • Manutenção do meio úmido; da intenção, lesões profundas, em
microbiano com prata • Liberação sustentada de prata. fase de granulação com níveis de
e combate exsudato moderados ou elevados.
à infecção
Medicamento
tópico: Sulfadiazina • Ação bactericida imediata; • Queimadura;
tratamento para de prata • Ação bacteriostática residual. • Feridas colonizadas ou infectadas.
infecção local
Medicamento
• Desbridamento enzimático e não
tópico: • Feridas com tecido desvitalizado
Colagenase seletivo, ou seja, deve ser utilizada
desbridamento (necrose ou esfacelo).
somente em tecido desvitalizado.
enzimático
86
CONTRAINDICAÇÃO MODO DE USAR PERÍODO DE TROCA
87
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicação por via inalatória, em conformidade com prescrição.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja ou cuba “rim”;
Copo nebulizador;
Máscara;
Medicação prescrita;
Soro fisiológico.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário com cordialidade.
Confirme os dados referentes à identificação do usuário.
Higienize as mãos.
Observe a prescrição médica.
Confirme a medicação com a prescrição médica e confira três vezes o rótulo.
Prepare o material.
Coloque a quantidade prescrita de soro fisiológico e de medicamentos no copo de inalação.
Feche o copo de inalação.
Coloque a máscara de inalação de acordo com o tamanho do usuário.
Conecte a extensão ao copo de inalação e a outra extensão ao inalador.
Oriente o usuário a manter respiração nasal durante a inalação do medicamento.
Peça ao usuário para segurar o copo de colocar a máscara entre a boca e nariz.
Ligue o inalador.
Mantenha a inalação durante o tempo indicado, e observe o usuário e possíveis alterações.
Interrompa a inalação se ocorrerem reações ao medicamento.
Ao término, desligue o inalador.
Observe o estado clínico geral do usuário e comunique-o ao Enfermeiro ou Médico.
Ofereça papel-toalha para o usuário secar a umidade do rosto.
88
Leve o material desacoplado, para lavagem e desinfecção.
Higienize as mãos.
Anote o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Orientar quanto à posição correta de manter o inalador.
Caso seja necessário, repetir processo de inalação, conforme prescrição médica.
Se for observada qualquer reação adversa, interromper inalação e comunicar o fato ao Médico.
Atentar para integridade das máscaras e circuitos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processo e prática. 6. ed. Rio de
Janeiro. Guanabara Koogan, 2006.
VIANA, D. L. Manual de Procedimentos em Pediatria. Yendis Editora. São Caetano do Sul. São Paulo, 2006.
89
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicamentos por via oral, obtendo uma resposta farmacológica adequada, de ação sistêmica
lenta ou quando outras vias não são indicadas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja ou cuba “rim”;
Medicação prescrita;
Copo descartável de 50ml, seringa ou medidor;
Copo com água.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário com cordialidade.
Confirme dados referentes à identificação do usuário.
Confira e confirme a prescrição médica, observando a medicação, a via de administração, a dosagem e o
horário.
Higienize as mãos.
Leia o rótulo da dosagem do medicamento, verificando a data de validade.
Coloque o medicamento no copo descartável sem tocá-lo. Para medicamentos líquidos, utilize seringa
descartável ou medidor.
Ofereça a medicação ao usuário.
Ofereça água para ajudar na deglutição.
Higienize as mãos.
Registre o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Confirmar os itens abaixo:
Usuário certo (utilizar dois identificadores para cada usuário);
Medicamento certo (confirmar o medicamento com a prescrição e conferir 3 vezes o rótulo);
Dose certa;
Via certa;
Hora certa;
90
Compatibilidade medicamentosa;
Orientação ao usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009.
FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado prático de enfermagem. Yedis Editora. 2°
ed. v. 2. São Caetano do Sul, 2008.
91
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicamentos por via sublingual, obtendo uma resposta farmacológica adequada, de ação
sistêmica rápida ou quando outras vias não são indicadas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja ou cuba “rim”;
Medicação prescrita;
Copo descartável de 50ml;
Luvas de procedimentos, se necessário.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário com cordialidade;
Confirme os dados referentes à identificação do usuário.
Confira e confirme a prescrição médica, observando a medicação, a via de administração, a dosagem e o
horário.
Higienize as mãos.
Separe o material.
Leia o rótulo da dosagem do medicamento, verificando a data de validade.
Coloque a medicação no copo descartável, sem tocá-lo.
Entregue o copo descartável com o medicamento ao usuário.
Oriente o usuário a colocar a medicação embaixo da língua, sem deglutir ou mastigar.
Solicite que ele mantenha a medicação embaixo da língua até que se dissolva por completo.
Observe o usuário.
Descarte os materiais de forma adequada.
Organize o ambiente de trabalho.
Anote o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Manter técnica asséptica.
92
Auxiliar o usuário caso o mesmo não consiga colocar o medicamento sob a língua. Pedir que abra a boca
e eleve a língua até alcançar o palato, colocar o comprimido entre a língua e o assoalho da boca (realizar
o procedimento de administração utilizando luvas de procedimentos).
Certificar/confirmar os itens abaixo:
Usuário certo (utilizar dois identificadores para cada usuário);
Medicamento certo (confirmar o medicamento com a prescrição e conferir 3 vezes o rótulo);
Dose certa;
Via certa;
Hora certa;
Compatibilidade medicamentosa;
Orientação ao usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, ANDRÉ LUIZ THOMAZ; SOUSA, BARBARA DE OLIVEIRA PRADO. Manual de Procedimentos Básicos
em Enfermagem, 2017.
FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado prático de enfermagem. Yedis Editora. 2°
ed. v. 2. São Caetano do Sul, 2008.
93
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicação por via intradérmica, de acordo com prescrição, para obter uma resposta farmaco-
lógica adequada. Local para aplicação de pequenos volumes (0,5ml ou menos), para processos que envol-
vem reações imunológicas (exemplo: testes de sensibilidade ou alergia e a Prova Tuberculínica – PT) e para
aplicação de vacinas – BCG.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja ou cuba “rim”;
Medicação prescrita;
Agulha para aspiração (25x7);
Agulha 13x4,5;
Seringa 1ml;
Algodão;
Álcool 70%
Luvas de procedimentos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário com cordialidade.
Confirme os dados referentes à identificação do usuário.
Informe quanto ao procedimento a ser realizado.
Higienize as mãos.
Reúna o material.
Prepare a medicação de acordo com prescrição.
Confira e confirme que a prescrição se refere ao usuário e se estão corretas a medicação, a via de admi-
nistração e a dosagem.
Aspire medicação a ser utilizada.
Realize a troca da agulha.
Retire bolhas de ar da seringa.
Proteja a seringa.
Posicione o usuário de forma confortável e adequada ao profissional.
94
Coloque as luvas.
Exponha a região onde será aplicado o medicamento ou o imunobiológico.
Realize assepsia do local com álcool 70% (exceto para imunobiológicos).
Estique a pele com o indicador e o polegar.
Introduza a seringa com o bisel voltado para cima em ângulo de 15°.
Injete a medicação lentamente, observando formação da pápula.
Retire a agulha com um único movimento, rápido e firme.
Descarte os materiais no local adequado.
Organize o ambiente de trabalho.
Anote o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Atentar para a quantidade de líquido a ser aplicado, não podendo exceder 0,5ml.
Se for imunobiológico, não utilizar álcool.
Não friccionar local da pápula, e orientar o usuário a não coçar ou tentar romper a pápula.
Manter técnica asséptica.
Lembramos que os procedimentos vacina BCG e Prova Tuberculínica necessitam de capacitação técnica
apropriada. Só poderão executar os procedimentos os profissionais aprovados e certificados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, ANDRÉ LUIZ THOMAZ; SOUSA, BARBARA DE OLIVEIRA PRADO. Manual de Procedimentos Básicos
em Enfermagem, 2017.
FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado prático de enfermagem. Yedis Editora. 2°
ed. v. 2. São Caetano do Sul, 2008.
95
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicação por via intramuscular, em conformidade com prescrição, obtendo resposta farmaco-
lógica adequada e ação sistêmica moderada.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja ou cuba “rim”;
Medicação prescrita;
Agulha;
Seringa;
Algodão embebido em álcool 70%;
Algodão seco;
Luvas de procedimentos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário com cordialidade.
Confirme os dados referentes à identificação do usuário.
Confira e confirme a prescrição médica, observando a medicação, a via de administração, a dosagem e o
horário.
Higienize as mãos.
Explique o procedimento ao usuário.
Leia o rótulo da dosagem do medicamento, verificando a data de validade.
Prepare o medicamento e os materiais necessários na bandeja.
Esclareça o usuário sobre a medicação que irá receber.
Coloque as luvas de procedimentos.
Escolha o local para a administração do medicamento (glúteo, deltóide ou vasto lateral):
Deltóide: localize e delimite o processo acromial, medindo dois a três dedos abaixo, e aplique na re-
gião central do músculo;
Vasto lateral da coxa: divida a coxa lateralmente em três partes, tomando como referência o trocanter
maior e a articulação do joelho, e aplique no centro do terço médio;
Dorsoglútea: trace uma linha imaginária da espinha ilíaca póstero-superior até o trocanter do fêmur
e faça a aplicação intramuscular acima dessa linha, ou divida a nádega em quadrantes, traçando uma
96
linha horizontal da parte superior do trocanter do fêmur até as vértebras sacrais e uma linha vertical
da crista ilíaca até a parte central do sulco infraglúteo, e aplique no quadrante supralateral;
Ventoglútea: coloque a mão não dominante no quadril contralateral do usuário (mão esquerda
no quadril direito) apoiando a extremidade do dedo indicador sobre a espinha ilíaca ântero-supe-
rior e o dedo médio ao longo da crista ilíaca, espalme a mão sobre a base do grande trocanter do fê-
mur, formando um triângulo invertido ou um “V”, e aplique no triângulo formado entre os dedos.
Posicione o usuário de modo que auxilie no relaxamento do músculo, evitando o extravasamento e mi-
nimizando a dor.
Faça a antissepsia do local com algodão embebido em álcool 70%.
Introduza a agulha na pele num ângulo de 90º.
Proceda a aspiração antes de injetar o medicamento no músculo, para certificar-se de que nenhum vaso
sanguíneo foi atingido.
Injete o líquido, empurrando lentamente o êmbolo.
Retire o conjunto agulha e seringa em movimento único.
Utilize a bola de algodão para tamponar, evitando que o medicamento extravase.
Descarte seringa/agulha em caixa coletora de material perfurocortante.
Retire as luvas.
Higienize as mãos.
Anote o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Deve-se considerar a distância em relação a vasos e nervos importantes, musculatura suficientemente
grande para absorver o medicamento, espessura do tecido adiposo, idade do usuário, irritabilidade da
droga e atividade do usuário.
Atentar para a reconstituição do medicamento com seu próprio diluente.
Manter técnica asséptica.
Trocar a agulha após a aspiração da solução na seringa ou se a solução for aspirada do frasco da ampola.
Injetar lentamente as soluções.
Fazer rodízio do local de aplicação, se necessário.
Atenção aos locais de aplicação IM e volume máximo, segundo a faixa etária – ver quadro a seguir:
Prematuros X X X 0,5ml
Neonatos X X X 0,5ml
Lactentes X X X 1,0ml
Crianças de
X 1,5ml 1,0ml 1,5ml 20mm
3 a 6 anos
Crianças de
0,5ml 1,5 - 2,0ml 1,5 - 2,0ml 1,5ml 20mm
6 a 14 anos
Adolescentes 1,0ml 2,0 - 2,5ml 2,0 - 2,5ml 1,5 - 2,0ml 30mm
Adultos 1,0ml* 4,0ml 4,0ml 4,0ml** 30mm
*Limite até 2,0ml // **Limite até 5,0ml.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009.
FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado prático de enfermagem. Yedis Editora. 2 ed.
v. 2. São Caetano do Sul, 2008.
98
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicação por via subcutânea, de acordo com prescrição para obter uma resposta farmacoló-
gica adequada.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja ou cuba “rim”;
Medicação prescrita;
Agulha;
Seringa;
Algodão embebido em álcool 70%;
Algodão seco;
Luvas de procedimentos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário com cordialidade.
Confirme os dados referentes à identificação do usuário.
Confira e confirme a prescrição médica, observando a medicação, a via de administração, a dosagem e o
horário.
Informe o usuário e sua família sobre o procedimento a ser realizado.
Higienize as mãos.
Leia o rótulo da dosagem do medicamento, verificando a data de validade.
Prepare o medicamento e os materiais necessários na bandeja.
Esclareça o usuário sobre a medicação que irá receber.
Coloque as luvas.
Escolha o local para a administração do medicamento conforme as características do usuário, a figura a
seguir e o rodízio necessário.
99
Faça antissepsia do local com algodão embebido em álcool 70%.
Pressione a pele, segurando-a e mantendo-a suspensa entre os dedos indicador e polegar, formando uma
prega (dependendo do tamanho da agulha, conforme o Quadro 1. Em indivíduos muito magros, além de
fazer a prega com a pele, introduza a agulha em posição paralela à pele.
Introduza a agulha rapidamente na área escolhida, com ângulo indicado, conforme o Quadro 1.
100
Solte a prega, caso tenha sido feita, e puxe o êmbolo (aspire); se não houver retorno de sangue, injete
lentamente a medicação. Caso, acidentalmente, tenha atingido um vaso sanguíneo, troque a agulha e
reinicie o procedimento.
Retire o conjunto agulha e seringa em movimento único.
Utilize a bola de algodão para tamponar, evitando que o medicamento extravase.
Descarte a seringa/agulha em caixa coletora de material perfurocortante.
Retire as luvas.
Higienize as mãos.
Anote o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
Assegurar técnica asséptica.
Na administração de insulina, não puxar o êmbolo antes da aplicação e não realizar massagem após apli-
cação, para evitar a absorção rápida.
Se for necessário fazer angulação inferior a 90º graus, o sentido da agulha deverá ser podálico.
Avaliar os locais de aplicação quanto à presença de hematomas, equimoses, edema, rubor, calor, dor e
lipodistrofia.
Realizar rodízio de local de aplicação na administração de insulina, distanciando-as cerca de 2cm a cada
aplicação.
Evitar aplicar heparina em membros inferiores.
Atentar para tipos de agulha e locais de aplicação apresentados na Tabela 1.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009.
FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado prático de enfermagem. Yedis Editora. 2 ed.
v. 2. São Caetano do Sul, 2008.
101
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicamentos por via endovenosa, obtendo uma resposta farmacológica adequada, de ação
sistêmica rápida ou quando outras vias não são indicadas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja ou cuba “rim”;
Medicação prescrita;
Luvas de procedimentos, gorro e máscara;
Soro Fisiológico;
Garrote;
Cateter intravenoso periférico (ex.: Scalp ou Jelco);
Equipo de soro e extensor, nos casos em que for prescrita hidratação venosa;
Seringa com agulha para aspiração;
Algodão embebido em álcool 70%;
Algodão seco.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e atenda o usuário com cordialidade.
Confirme os dados referentes à identificação do usuário.
Confira e confirme a prescrição médica, observando a medicação, a via de administração, a dosagem e o
horário.
Higienize as mãos.
Leia o rótulo da dosagem do medicamento, verificando a data de validade.
Prepare o medicamento e os materiais necessários na bandeja.
Desinfete as tampas e ampolas com álcool 70%.
Dilua os medicamentos, se necessário, para obter a dose prescrita.
Esclareça o usuário sobre a medicação que irá receber.
Coloque o usuário na posição mais adequada ao procedimento.
Lave as mãos e coloque as luvas de procedimentos.
Posicione garrote.
102
Realize a antissepsia da pele com álcool 70%.
Realize a punção e verifique o refluxo sanguíneo até o preenchimento total do trajeto do cateter tipo
Scalp.
Conecte a seringa que contém a medicação ao cateter venoso instalado.
Solte o garrote.
Infunda lentamente a medicação.
Ao final, posicione a bola de algodão sobre a área e remova o cateter cuidadosamente.
Descarte o material em caixa coletora de material perfurocortante.
Lave as mãos.
Anote o procedimento e observações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
A medicação administrada por esses métodos geralmente produz efeito rápido, de modo que o usuário
deve ser monitorado em relação ao aparecimento de reações adversas, tais como arritmia cardíaca e
anafilaxia.
A observação do local da punção deve ser rigorosa porque o extravasamento (infiltração) de soluções ou
medicamentos para o tecido subjacente poderá trazer complicações para o usuário.
Ao retirar o dispositivo intravenoso, deve-se pressionar o local com bola de algodão seco por 2 minutos.
Em caso de dor, edema ou de flebite, interrompa a infusão imediatamente e retire o dispositivo.
Consulte sobre a compatibilidade entre medicamentos e os diluentes/soluções a serem utilizados.
Atentar para o tipo adequado de dispositivo de acordo com o tempo da terapia a ser infundida e calibre
venoso:
Adulto Scalp: 19G, 21G, 23G;
Adulto Cateter Flexível: 14G, 16G, 18G, 20G, 22G;
Criança Scalp: 25G, 27G;
Criança Cateter Flexível: 22G, 24G.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009.
AME – Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 2009-2010. Rio de Janeiro: EPUB, 2009.
FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado prático de enfermagem. Yedis Editora. 2 ed.
v. 2. São Caetano do Sul, 2008.
Manual de Procedimentos de Enfermagem – Brasília, DF. 2010. Revisão Técnica COREN DF.
103
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Verificar a temperatura para obter valores fidedignos para o embasamento das intervenções de enferma-
gem e condutas médicas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja;
Termômetro;
Relógio com ponteiros de segundos;
Algodão embebido em álcool 70%.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Higienize as mãos.
Reúna o material.
Coloque o usuário em posição confortável.
Realize a desinfecção do termômetro com algodão embebido em álcool 70%, na direção da ponta para o
bulbo, em movimento único, e despreze-o.
Seque a região axilar do usuário, se necessário, com papel-toalha, preferencialmente.
Coloque o bulbo do termômetro na região axilar do usuário, dobrando seu braço sobre o peito.
Mantenha o termômetro por 3 a 5 minutos ou até que seja emitido sinal sonoro do equipamento.
Realize a leitura da temperatura e intervenha conforme a necessidade.
Realize nova desinfecção do termômetro com álcool 70% e guarde-o em local adequado.
Realize as anotações no prontuário do usuário.
CUIDADOS
A técnica de verificação de temperatura axilar é contraindicada em casos de queimaduras de tórax, fratu-
ras de membros superiores, usuários muito magros e lesões axilares.
Em caso de verificação em crianças, atentar para que a mãe ou acompanhante segure o braço da criança,
para a fixação correta do termômetro.
Identificar a almotolia diariamente com data, nome da solução e do profissional que a preparou.
104
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Elsevier. Rio de Janeiro, 2009. Prefeitura de
Alfenas. Procedimento Operacional Padrão, 2013.
105
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro, Médico, Nutricionista e Profissional de Educação Física.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar condutas e estabelecer recomendações, a fim de garantir a aferição correta das medidas corpo-
rais de peso e altura.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Balança mecânica de plataforma ou balança eletrônica (digital) de plataforma;
Balança pediátrica mecânica ou digital (aferição em menores de 2 anos com até 16kg);
Antropômetro (utilizado caso a balança não tenha antropômetro acoplado);
Régua antropométrica (aferição em menores de 2 anos);
Papel-toalha;
Maca com colchonete;
Caneta, papel ou anotação direta no Prontuário Eletrônico e na Caderneta de Saúde da Criança, se for o
caso.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Atenda o usuário com cordialidade.
Informe ao usuário ou acompanhante sobre o procedimento.
Lave as mãos antes e após o atendimento e/ou higienize com álcool gel.
108
Figura 2 – Aferição de peso de adultos em balança mecânica.
110
Figura 4 – Aferição de altura de adultos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil, MS. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos sem serviços de saúde; Distrito
Federal, 2011.
111
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Médico, Nutricionista, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar condutas e estabelecer recomendações, a fim de garantir a mensuração correta da circunferên-
cia abdominal.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Fita métrica;
Gaze;
Álcool 70%;
Caneta.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Atenda o usuário com cordialidade.
Informe o usuário ou acompanhante sobre o procedimento.
Lave as mãos antes e após o atendimento, e/ou higienize com álcool 70%.
Higienize a fita métrica com álcool 70%.
Esta medida permite uma avaliação aproximada da massa de gordura intra-abdominal e da gordura total
do corpo. É utilizada na avaliação da distribuição de gordura em adultos, visto que algumas complicações,
como as doenças metabólicas crônicas, estão associadas à deposição da gordura abdominal.
1º Passo: A pessoa deve estar de pé, ereta, com o abdômen relaxado, os braços estendidos ao longo do
corpo e as pernas paralelas, ligeiramente separadas.
2º Passo: A roupa deve ser afastada, de forma que a região da cintura fique despida. A medida não deve
ser feita sobre a roupa ou cinto.
3º Passo: O profissional deve realizar uma marcação pequena a caneta no ponto médio entre a borda
inferior da última costela e o osso do quadril (crista ilíaca), visualizado na frente da pessoa, do lado direito
ou esquerdo.
112
Figura 1 – Localizar a borda inferior da última costela e marcar.
113
Figura 3 – Marcar o ponto médio entre os dois pontos.
4º Passo: Em seguida, o profissional deve segurar o ponto zero da fita métrica com uma mão e, com a
outra, passar a fita ao redor da cintura sobre a marcação realizada.
114
Fotos: Rede SEGS.
5º Passo: Verificar se a fita está no mesmo nível em todas as partes da cintura. A fita não deve ficar larga
nem apertada.
6º Passo: Pedir à pessoa que inspire e, em seguida, que expire totalmente. Realizar a leitura imediata an-
tes que a pessoa inspire novamente.
7º Passo: Anotar a medida no prontuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, MS. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde; Distrito
Federal, 2011.
115
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro e Médico.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a dosagem correta da glicose no sangue capilar.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bandeja;
Glicosímetro;
Fita teste para glicemia capilar;
Lanceta;
Algodão seco e embebido em álcool 70%;
Luvas de procedimentos;
Caixa coletora de material perfurocortante.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Atenda o usuário com cordialidade.
Informe ao usuário ou acompanhante sobre o procedimento.
Lave as mãos antes e após o atendimento, e/ou higienize com álcool gel.
Selecione o local de punção: lateral da polpa dos dedos (preferencialmente o dedo anelar), realizando
rodízio do local de punção.
Coloque as luvas de procedimentos.
Ligue o aparelho e posicione a fita e o glicosímetro de modo a facilitar a deposição da gota de sangue no
local adequado.
Segure a lanceta sem tampa, massageie a mão na direção do dedo (distal), remova a tampa da lanceta e
realize uma leve pressão na polpa digital, de modo a favorecer o seu enchimento capilar.
Realize antissepsia da área de escolha com algodão embebido com álcool 70% e deixe secar por comple-
to antes de efetuar a punção (de outra forma, o álcool pode se misturar com sangue e alterar o resultado
do teste).
Com a lanceta, faça uma punção na ponta do dedo escolhido, preferencialmente na lateral do dedo, onde
a dor é minimizada. Obtenha uma gota suficiente para preencher o campo reagente.
Coloque a área reagente da tira em contato com o sangue.
Comprima o local puncionado com gaze ou algodão, certificando-se da interrupção do sangramento.
116
Aguarde o tempo de leitura da fita teste de acordo com o fabricante.
Informe o resultado do teste ao usuário e/ou acompanhante.
Guarde o glicosímetro, despreze a lanceta na caixa coletora de material perfurocortante e a tira de glice-
mia no lixo para material infectante.
Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool 70%.
Retire as luvas de procedimentos.
Faça a desinfecção do glicosímetro com álcool 70%.
Higienize as mãos com água e sabão.
Registre o resultado no Prontuário Eletrônico.
CUIDADOS
Não puncionar a polpa digital, devido à sensação dolorosa e possibilidade de alteração do registro digital
após várias repetições.
Outros locais para punção puntiforme: lóbulo inferior da orelha e calcâneo para recém-nascidos.
Se a quantidade de sangue não for suficiente ou o aparelho apresentar “erro de leitura”, repetir o procedi-
mento em outro local de punção.
Sempre evitar locais de punção previamente utilizados, realizando rodízio dos locais a serem punciona-
dos e registrando sempre o último local.
Para usuários em uso de anticoagulantes ou plaquetopênicos, aumentar o tempo de compressão após a
punção, até cessar o sangramento.
Observar a validade das fitas reagentes e sua conservação.
A calibração do aparelho dosador de glicemia padronizado deve sempre seguir as recomendações do
fabricante.
Aproveitar o momento da verificação da glicemia para treinar o indivíduo na automonitorização, se ne-
cessário.
Não reencapar lancetas ou agulhas, para evitar acidentes com material biológico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Grossi, Sonia Aurora Alves e Pascali, Paula Maria. Cuidados de Enfermagem em Diabetes Mellitus.
Departamento de Enfermagem da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo. 2009. p 42-55.
UFRJ, DEN. Procedimento Operacional Padrão – Verificação de glicemia capilar. POP 09/12.
UERJ, HUPE. Procedimento Operacional Padrão – AFERIÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR COM GLICOSÍMETRO.
117
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Médico.
RESULTADOS ESPERADOS
Mensuração de Pressão Arterial.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Esfigmomanômetro aneroide ou de coluna de mercúrio;
Estetoscópio;
Algodão embebido em álcool 70%.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba o usuário e familiares de maneira cordial.
Explique o procedimento ao usuário, pergunte sobre o uso de medicação, horário e queixas.
Limpe o aparelho com álcool 70%.
Certifique-se de que o usuário não esteja com a bexiga cheia, não tenha praticado exercícios físicos, não
tenha ingerido bebidas alcoólicas, café, alimentos, nem tenha fumado até 30 minutos antes da medida.
Utilize manguito de tamanho adequado ao braço do usuário, cerca de três dedos acima da fossa antecu-
bital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial.
Mantenha o braço do usuário na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para
cima e o cotovelo ligeiramente fletido.
Posicione os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneroide.
Palpe o pulso radial e infle o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa da pressão sistólica;
desinfle rapidamente e aguarde um minuto antes de inflar novamente.
Posicione a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitan-
do compressão excessiva.
Determine a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som, seguido de batidas regu-
lares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determine a pressão diastólica no
desaparecimento do som.
Ausculte cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som, para confirmar seu desaparecimento, e depois
realize a deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determine a
pressão diastólica no abafamento dos sons.
Espere de 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
O usuário deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de
acompanhamento.
118
Registre os valores das pressões sistólica e diastólica em prontuário e no mapa de controle do usuário, se
houver, complementando com a posição do usuário, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita
a medida. Não arredonde os valores de pressão arterial.
Higienize as mãos.
CUIDADOS
Orientar o usuário a descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo antes da aferição e a não falar du-
rante a execução do procedimento.
O esfigmomanômetro deve ser periodicamente testado e devidamente calibrado a cada 6 meses.
Em gestantes, recomenda-se que a Pressão Arterial (PA) seja verificada na posição sentada. Em usuários
obesos, deve-se utilizar o manguito de tamanho adequado à circunferência do braço.
Na primeira avaliação fazer a medida da Pressão Arterial (PA) com o usuário sentado e em posição ortos-
tática, especialmente em idosos, diabéticos, alcoolistas e pessoas em uso de medicação anti-hipertensiva.
Atenção para as dimensões recomendadas do manguito para braços de diferentes tamanhos:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processo e prática. 6. ed. Rio de
Janeiro. Guanabara Koogan, 2006.
TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de
enfermagem. 5 ed. Artmed. Porto Alegre. p. 1592, 2007.
119
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Médico.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir o acesso e a qualidade na realização do procedimento.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Prescrição médica ou de enfermagem;
Eletrocardiógrafo;
4 braçadeiras ou 4 eletrodos adesivos para os membros;
6 peras para o tórax, de acordo com o modelo de equipamento disponível na unidade de saúde;
Gel hidrossolúvel (gel condutor);
1 pacote de gaze;
Álcool 70%;
Papel milimetrado;
Tesoura para aparar os pelos, quando necessário;
Equipamento de Proteção Individual (EPI) – luvas, e avental ou jaleco;
Protetor de maca.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Identifique-se.
Chame o usuário pelo nome, assegurando-lhe um cuidado individualizado.
Confira a prescrição médica.
Reúna os materiais.
Higienize as mãos.
Oriente o usuário sobre a realização do procedimento.
Garanta a privacidade do usuário.
Retire acessórios metálicos do usuário.
Oriente o usuário que evite se movimentar, tossir ou conversar durante a realização do exame.
Utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) obrigatórios – luvas, e avental ou jaleco, e coloque o
protetor de maca sobre a mesma.
Posicione o usuário confortavelmente, colocando-o em decúbito dorsal com o tórax desnudo e membros
em posição anatômica e ângulo de 0 grau.
120
Cheque se o usuário não está em contato corporal com alguma parte metálica da maca.
Realize a antissepsia com gaze embebida em álcool 70% nos locais onde serão fixadas as peras e braça-
deiras.
Apare os pelos com a tesoura, se necessário.
Posicione o aparelho de Eletrocardiograma (ECG) próximo à maca do usuário e ligue o fio de força à toma-
da na parede, atentando para a voltagem da mesma.
Posicione as braçadeiras nos membros, usando gel para Eletrocardiograma (ECG), conforme indicado a
seguir:
a. Vermelho – (RA) - braço direito;
b. Amarelo – (LA) - braço esquerdo;
c. Verde – (LL) - perna esquerda;
d. Preto – (RL) - perna direita.
Posicione as peras no tórax desnudo do usuário, conectando os cabos às respectivas peras, da seguinte
forma:
a. Cabo vermelho (V1) – no 4º espaço intercostal direito, linha paraesternal;
b. Cabo amarelo (V2) – no 4º espaço intercostal esquerdo, linha paraesternal;
c. Cabo verde (V3) – no espaço intercostal, entre os eletrodos ou peras V2 e V4;
d. Cabo marrom (V4) – no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular;
e. Cabo preto (V5) – no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha axilar anterior;
f. Cabo roxo (V6) – no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média.
Ligue o eletrocardiógrafo e verifique a identificação da onda elétrica.
Mantenha o usuário calmo e avise que o registro do exame será iniciado.
O profissional executor do exame deverá confirmar que não está encostado na maca ou no usuário du-
rante o registro do exame.
Inicie o registro do exame.
Avalie se o registro realizado pelo equipamento é compatível com o esperado para um traçado eletrocar-
diográfico de qualidade técnica.
Aguarde o sinal sonoro que indica o término da aquisição dos potenciais elétricos.
Retire braçadeira e peras, e realize a limpeza do tórax, e membros superiores e inferiores, principalmente
onde foi utilizado o gel condutor.
Destaque a folha do Eletrocardiograma (ECG) e identifique com:
a. Nome completo do usuário;
b. Idade;
c. Data de nascimento;
d. Data da realização do exame;
e. Hora da realização do exame.
Avalie a qualidade do exame e se houve interferência. Refaça o Eletrocardiograma (ECG) se o exame esti-
ver com muitas interferências.
Entregue o resultado do Eletrocardiograma (ECG) ao usuário e oriente-o a passar pela avaliação do pro-
fissional solicitante. Caso tenha sido realizado ECG de urgência, entregue o resultado ao profissional soli-
citante.
Despreze os materiais (inclusive o pedaço de protetor de maca) utilizados nos lixos apropriados.
Realize a limpeza dos equipamentos após o uso.
121
Higienize as mãos.
Realize o registro do procedimento efetuado.
Mantenha o ambiente de trabalho limpo e organizado.
CUIDADOS
O local de realização do exame na Unidade de Atenção Primária de Saúde é em sala apropriada.
Antes de iniciar o procedimento, certificar-se de que o usuário está em situação de repouso absoluto por,
no mínimo, 15 minutos, e 30 minutos para quem estava fumando.
Atentar para o uso de marca-passo e sinalizar no exame caso o usuário utilize.
Em situações em que as braçadeiras não podem ser utilizadas nos membros devido a amputações, imobi-
lizações e/ou traumas, o dispositivo deve ser colocado na extremidade mais próxima ao membro, usando
um adesivo descartável para fixar.
Alertar o usuário sobre a possibilidade do aparecimento de pequenos hematomas devido à sucção pro-
vocada pelas peras, o que pode ocasionar discreto rompimento de vasos. A única conduta nestes casos é
observar a pele do usuário. As marcas devem regredir em 2 dias.
Realizar limpeza imediata e eficaz das porções metálicas que compõem o eletrocardiógrafo, principal-
mente das peras de sucção, para não acumular sujidades e consequente alteração na capacidade de aqui-
sição dos potenciais elétricos.
A realização desse procedimento de forma diferente da descrita poderá resultar em alteração do diagnós-
tico e do tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner &Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
122
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administração de oxigênio em conformidade com a prescrição, para elevar saturação de oxigênio do usuário.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Fonte de oxigênio;
Fluxômetro;
Umidificador;
Tubo extensor em látex ou silicone, quando a escolha for cateter nasal;
Soro fisiológico ou água destilada;
Cateter nasal ou Máscara Venturi ou Máscara de Reinalação;
Oxímetro de pulso;
Fita microporosa para fixação do cateter nasal.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba o usuário de forma cordial.
Informe ao usuário e/ou acompanhante sobre o procedimento.
Lave as mãos antes e após o procedimento, e/ou higienize com álcool gel.
Reúna o material necessário.
Coloque o usuário em posição adequada e confortável.
Prepare a máscara ou cateter para o usuário.
Preencha o umidificador com soro fisiológico, entre as linhas de nível mínimo e máximo.
Instale o fluxômetro, caso este já não esteja na saída de oxigênio.
Conecte o tubo extensor no cateter e então acople no umidificador; para as máscaras, conecte-as direta-
mente ao umidificador.
Conecte o umidificador na fonte de oxigênio.
Abra o fluxo de oxigênio, para verificar se há saída de oxigênio.
Ajuste o fluxo conforme a prescrição.
Posicione o cateter da ponta do nariz ao lobo da orelha e insira até esse limite na narina de escolha. Para
máscara, posicione sobre o nariz e a boca, passando o cordão elástico por trás das orelhas (como óculos).
123
Conecte o usuário ao oxímetro de pulso, se este estiver disponível, para acompanhar a saturação de oxi-
gênio no sangue.
Feche a válvula do fluxômetro ao término da inalação.
Recolha o material utilizado e encaminhe para o setor de limpeza e esterilização.
CUIDADOS
Se o fluxo prescrito for inferior a 3l/min, a umidificação é dispensável.
A solução do umidificador deve ser trocada a cada 24 horas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, D. P. Oxigenoterapia. Centro de Aprimoramento profissional em Saúde. São Paulo, 1 ed, 2008.
124
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Administrar medicação por via inalatória, em conformidade com prescrição.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Nebulímetro (spray dosimetrado) com a medicação prescrita;
Espaçador com máscara adequada para a faixa etária (< 2 anos ou > 2 anos).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Criança ou adulto com dispneia:
Oriente o usuário/responsável sobre o procedimento.
Posicione o usuário com o tronco ereto, de pé ou sentado; crianças podem ser posicionadas levemente
reclinadas no colo do responsável.
Retire a tampa do nebulímetro (spray dosimetrado).
Agite o nebulímetro (spray dosimetrado) por 6 vezes.
Encaixe o nebulímetro no espaçador, pelo lado oposto ao da máscara, com a porção metálica do nebulí-
metro voltada para cima (formando um “L”).
Adapte a máscara ao rosto do usuário, de forma a cobrir o nariz e boca sem vazamento de ar.
Comprima o botão metálico fortemente com o polegar, de forma a liberar apenas um jato de medicação.
Mantenha a máscara acoplada ao rosto do usuário, sem vazamentos, enquanto este realiza pelo menos
6 inspirações.
Caso seja necessário, repita a dose, agite novamente o nebulímetro e siga as orientações descritas ante-
riormente.
Após o uso, recolha o material.
Encaminhe o material para lavagem com detergente e desinfecção de material semicrítico em solução.
Adulto Eupneico: (neste caso, a máscara é desnecessária e deve ser retirada do espaçador)
Oriente o usuário/responsável sobre o procedimento.
Posicione o usuário com o tronco ereto, de pé ou sentado.
Retire a tampa do nebulímetro (spray dosimetrado).
Agite o nebulimetro (spray dosimetrado) por 6 vezes.
125
Encaixe o nebulímetro no espaçador, pelo lado oposto ao do bocal, com a porção metálica do nebulíme-
tro voltada para cima (formando um “L”).
Oriente o usuário a colocar o bocal do espaçador na boca firmando os lábios, de forma a evitar vazamento
de ar.
Comprima o botão metálico fortemente com o polegar, de forma a liberar apenas um jato de medicação.
Oriente o usuário a realizar uma inspiração profunda pela boca, logo após a liberação do jato, e reter o ar
nos pulmões por, no mínimo, 10 segundos.
Caso seja necessário, repita a dose, agite novamente o nebulímetro e siga as orientações descritas ante-
riormente.
CUIDADOS
Apenas um jato deve ser utilizado de cada vez.
O nebulímetro deve ser agitado a cada novo jato.
O espaçador é um material semicrítico e, quando de uso coletivo, necessita de assepsia, porém dispensa
esterilização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Doenças
Respiratórias Crônicas. Cadernos de Atenção Básica nº 25. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
126
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Dentista, Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar coleta de material e interpretação adequada dos resultados de testes rápidos para detecção de HIV,
Sífilis e Hepatites Virais B e C.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Kit dos testes rápidos a serem utilizados (teste regular e confirmatório, se for teste de HIV);
Instrução de uso dos kits;
Equipamento para marcar o tempo (cronômetro ou relógio);
Algodão;
Álcool 70%;
Caixa coletora de material perfurocortante;
Luvas de procedimentos;
Óculos de proteção ou protetor facial;
Jaleco;
Máscara e touca (Equipamentos de Proteção Individual – EPIs – opcionais, conforme a prática de cada
área).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Acolha o usuário com os pedidos de exame (caso não seja realizado pelo mesmo profissional solicitante).
Realize Aconselhamento Pré-Teste com profissional de nível superior.
Verifique: se os pedidos de exame foram feitos na unidade; e se estão devidamente carimbados e assina-
dos pelo profissional, com o nome correto do usuário e dados do usuário (data de nascimento, CPF e/ou
Declaração de Nascido Vivo – DNV, nome da mãe etc.).
Verifique condições de armazenamento e a data de validade do teste a ser utilizado.
Preencha o controle de atendimento.
Explique ao usuário e à família os procedimentos a serem realizados no exame.
Higienize as mãos.
Coloque as luvas de procedimentos.
Retire o dispositivo de teste e coloque-o numa superfície plana, livre de vibração, limpa e forrada por uma
folha de papel absorvente descartável.
127
Identifique o dispositivo de teste com as informações pertinentes ao usuário (iniciais).
Higienize o dedo selecionado para a punção com álcool 70%.
Puncione com uma lanceta retrátil.
Siga orientações específicas de coleta de amostra e como utilizar os reagentes de cada tipo de teste de
acordo com fabricante.
Realizar a leitura do teste (profissional executor) e encaminhe para laudo por profissional autorizado para
tal.
Interprete os resultados:
1. A amostra é considerada reagente quando surge uma linha colorida na área de Controle (C) e uma linha
colorida na área de Teste (T);
2. Quando o resultado for não reagente, aparecerá somente uma linha colorida na área de Controle (C);
3. Se a linha de Controle (C) não aparecer dentro do tempo determinado pelo fabricante para leitura do
resultado, o teste não será considerado válido. Neste caso, outro dispositivo deverá ser utilizado para a
realização do teste.
Disponibilize o resultado ao usuário utilizando laudo próprio para cada teste rápido (disponível na Plata-
forma SUBPAV – https://subpav.org).
Realize aconselhamento pós-teste (deve ser realizado pelo profissional solicitante).
Guarde materiais de uso comum.
Descarte os materiais de uso único, atentando para o descarte correto de perfurocortantes.
Preencha os documentos e as estatísticas utilizados pela unidade para registro dos testes realizados
e, posteriormente, registre as informações no Sistema de Controle Logístico de Insumos Laboratoriais
(SISLOGLAB).
Organize o setor e reponha os materiais necessários.
Registre o procedimento e seus resultados no Prontuário Eletrônico.
CUIDADOS
Caso o teste apresente resultado inválido, recomenda-se repetir o teste. Persistindo o resultado inválido,
não utilizar mais testes do mesmo lote. Se o problema persistir, não utilize nenhum teste desta embala-
gem. Guarde o kit utilizado, pois o mesmo poderá ser necessário para análise. Abra um chamado imedia-
tamente no Serviço de Assessoria ao Usuário do Laboratório (SAC) e informe a Gerência da Área Técnica
de Hepatites Virais ou IST/AIDS do Município do Rio de Janeiro (21-3971-3035) e a Área de Laboratório
(LAB) do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais (DIAHV).
Em caso de resultado positivo no primeiro teste de HIV, realizar sequencialmente o teste confirmatório,
que deve ser necessariamente de uma marca diferente do primeiro teste.
Caso o resultado final para HIV seja reagente, solicitar coleta de Carga Viral e CD4+.
Se gestante com resultado reagente para HIV, encaminhar via Sistema de Regulação (SISREG) para Consul-
ta em Infectologia – HIV/AIDS Gestante.
Se gestante com resultado reagente para Hepatites Virais, referenciar prontamente, sem exame adicional,
via SISREG, para Grupo Atendimento Hepatites Virais – Consulta em Hepatologia – Gestantes com Hepa-
tites Virais.
Orientar quanto ao período de janela imunológica para alguns testes e solicitar repetição em tempo
oportuno, se necessário.
Diante de um resultado não reagente, havendo suspeita de infecção, repetir o teste em 30 dias.
128
NOTAS
Para informações mais detalhadas consultar:
Protocolo Operacional Padrão – Teste Rápido Hepatite B (HBsAg). Disponível em: https://subpav.org/SAP/
protocolos/arquivos/DOENCAS_TRANSMISSIVEIS/HEPATITES/pop_tr_hepatite_b_2018.pdf
Procedimento Operacional Padrão – Teste Rápido Hepatite C (Anti-HCV). Disponível em: https://subpav.
org/SAP/protocolos/arquivos/DOENCAS_TRANSMISSIVEIS/HEPATITES/pop_tr_hepatite_c_2018.pdf
Procedimento Operacional Padrão – Teste Rápido Sífilis. Disponível em: https://subpav.org/SAP/protoco-
los/arquivos/DOENCAS_TRANSMISSIVEIS/INFEC_SEXUALMENTE/pop_-_teste_rapido_sifilis_-_2018.
pdf
Procedimento Operacional Padrão – Teste Rápido HIV (Anti-HIV). Disponível em: https://subpav.org/SAP/
protocolos/arquivos/DOENCAS_TRANSMISSIVEIS/INFEC_SEXUALMENTE/pop_-_teste_rapido_hiv_-
_2018.pdf
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância da Saúde. Departamento de IST, AIDS e Hepatites
Virais. Manual técnico para o diagnóstico de Hepatites Virais. Brasília, MS; 2018.
129
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a coleta adequada do material conforme especificações do exame a ser realizado, e a correta iden-
tificação do tubo de coleta e do formulário de solicitação. Fazer o encaminhamento ao laboratório de refe-
rência da Área Programática (AP) na data da coleta, contribuindo para o resultado no tempo esperado.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Formulário de solicitação de exame de Genotipagem;
Sala bem iluminada e ventilada;
Pia;
Cadeira com braçadeira regulável ou suporte para braço (recomenda-se que a cadeira tenha apoio lateral
para os braços, pois, se o usuário desmaiar, sua queda será evitada);
Garrote;
Algodão hidrófilo ou gaze;
Álcool 70%;
Agulha descartável;
Seringa descartável;
Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável;
Tubos: com anticoagulante EDTA com gel (tubo de tampa roxa), para genotipagem do vírus da hepatite C;
e com anticoagulante EDTA sem gel (tubo tampa roxa), para genotipagem do vírus HIV;
Etiquetas para identificação de amostras;
Caneta;
Avental e máscara;
Luvas descartáveis;
Estantes para tubos;
Caixa coletora de material perfurocortante;
Lixeira para lixo comum;
Lixeira para material potencialmente infectante.
130
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Não é necessário jejum ou qualquer preparo especial do usuário. Entretanto, deve-se evitar a coleta se
houver relato de ingestão de alimentos gordurosos nas últimas 3 horas. Realize a coleta conforme o POP
F29 – Coleta de Sangue Venoso.
Observação: As amostras devem ser enviadas ao laboratório de referência da área programática em até 6
horas após o início da primeira coleta realizada na unidade. As amostras devem ser enviadas junto com o
formulário adequadamente preenchido. Para mais informações, veja o POP A02 – Acondicionamento das
Amostras Biológicas após a Coleta.
c. Acondicionamento e transporte:
Acondicionar em geladeira (+2ºC a +8ºC) até o envio ao Laboratório de Referência.
As amostras devem ser transportadas em temperatura ambiente e em caixas próprias para transporte.
Enviar o Formulário de Solicitação de Exame devidamente preenchido e assinado junto com a amostra.
Para mais informações, veja o POP A02 – Acondicionamento das Amostras Biológicas Após a Coleta.
CUIDADOS
Armazenamento de agulhas e tubos:
Seguir rigorosamente as instruções determinadas pelo fabricante para a conservação e a armazena-
gem de tubos e agulhas;
Esses materiais devem ser armazenados ao abrigo da luz, em locais secos e arejados;
Os tubos devem ser armazenados entre +4°C e +25°C;
Nunca utilizar tubos ou produtos com prazo de validade vencido ou que apresentem alterações em
sua cor, forma ou características originais.
NOTAS
Critérios para a rejeição da amostra: coleta realizada em tubo com outro anticoagulante que não seja
EDTA, amostra hemolisada, presença de coágulo visível no tubo, formulários preenchidos de forma ina-
dequada – campos obrigatórios não preenchidos e amostras cuja solicitação de exame não preencha os
critérios de realização do exame solicitado.
131
Os Médicos de Referência em Genotipagem (MRG) terão acesso a todos os resultados de exames pelo site
do SISGENO (https://sisgeno.aids.gov.br).
Os Médicos solicitantes terão acesso aos resultados de exames no Sistema de Controle de Exames Labo-
ratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV (SISCEL) pelo site
https://laudo.aids.gov.br
O Centro de Genomas disponibiliza um canal telefônico para contato direto pelo número 0800 779 2323
(das 8h às 17h) e o endereço eletrônico sac.min.hiv@centrodegenomas.com.br
Os resultados da genotipagem para o vírus da hepatite C serão disponibilizados por meio do Gerenciador
de Ambiente Laboratorial (GAL).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil, Ministério da Saúde. Coleta de Sangue – Diagnóstico e monitoramento das DST, AIDS e Hepatites
Virais. Disponível em: https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22075/mod_resource/content/1/
ManualColetadeSangue.pdf
Governo do Rio de Janeiro. Secretaria de Saúde. Laboratório Central Noel Nutels. Orientações para
transporte e coleta de amostras para Carga Viral do HIV, Carga Viral das Hepatites B e C e Contagem de
Linfócitos T CD4/CD8. Rio de Janeiro: 2015.
132
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a coleta do material conforme as especificações e a identificação do tubo de coleta, e preencher o
formulário de solicitação. Armazenar temporariamente a amostra no local de coleta, para posterior trans-
porte ao laboratório de referência da área, em tempo oportuno, a fim de permitir o resultado no período
estipulado pelo Ministério da Saúde. O exame destina-se à indicação e ao monitoramento do tratamento
da hepatite B. Somente nos casos a seguir, a realização do HBV DNA Quantitativo destina-se a confirmação
do diagnóstico:
Usuários com apenas Anti-HBc total reagente (pesquisa de hepatite B oculta);
Usuários com apenas HBsAg reagente;
Indivíduos menores de 18 meses filhos de mães portadoras crônicas do HBV.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Laudo médico para emissão de BPA-I – Identificação do DNA do Vírus da Hepatite B por PCR Quantitativo.
Disponível em http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/formulario-de-solicitacao-de-carga-viral-do-
-virus-da-hepatite-b
Sala bem iluminada e ventilada;
Pia;
Cadeira com braçadeira regulável ou suporte para braço (recomenda-se que a cadeira tenha apoio lateral
para os braços, pois, se o usuário desmaiar, sua queda será evitada);
Garrote;
Algodão hidrófilo ou gaze;
Álcool 70%;
Agulha descartável;
Seringa descartável;
Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável;
Tubos com anticoagulante EDTA com capacidade para 5ml;
Etiquetas para identificação de amostras;
Caneta;
Avental e máscara;
Luvas descartáveis;
Estantes para tubos;
Caixa coletora de material perfurocortante;
133
Lixeira para lixo comum;
Lixeira para material potencialmente infectante.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Não é necessário jejum. Entretanto, deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos de 3 a 4 horas an-
tes da coleta. Realize a coleta conforme o POP F29 – Coleta de Sangue Venoso.
NOTAS
Não congele as amostras;
Não utilize heparina;
Para evitar contaminações, nunca abra os tubos de coleta.
ATENÇÃO: Para o envio, tem que ser observado o tempo de coleta de cada amostra. Portanto, quando
houver várias coletas, o tempo para o transporte deve ser calculado a partir da primeira amostra coletada.
Para mais informações, veja o POP A02 – Acondicionamento das Amostras Biológicas Após a Coleta.
CUIDADOS
Armazenamento de agulhas e tubos:
Seguir rigorosamente as instruções determinadas pelo fabricante para a conservação e a armazena-
gem de tubos e agulhas;
Esses materiais devem ser armazenados ao abrigo da luz, em locais secos e arejados;
Os tubos devem ser armazenados entre +4°C e +25°C;
Nunca utilizar tubos ou produtos com prazo de validade vencido ou que apresentem alterações em
sua cor, forma ou características originais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
COLETA DE SANGUE. Diagnóstico e Monitoramento das DST, AIDS e Hepatites Virais. Disponível em: https://
telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22075/mod_resource/content/1/ManualColetadeSangue.pdf
134
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites
Virais. Coleta de Sangue. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0108tecnicas_sangue.
pdf
Governo do Rio de Janeiro. Secretaria de Saúde. Laboratório Central Noel Nutels. Orientações para
transporte e coleta de amostras para Carga Viral do HIV, Carga Viral das Hepatites B e C e Contagem de
Linfócitos T CD4/CD8. Rio de Janeiro: 2015.
135
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a coleta do material conforme as especificações e a identificação do tubo de coleta, e preencher o
formulário de solicitação. Armazenar temporariamente a amostra no local de coleta, para posterior trans-
porte ao laboratório de referência da área, em tempo oportuno, a fim de permitir o resultado no período
estipulado pelo Ministério da Saúde. O exame destina-se ao diagnóstico, ao monitoramento e ao tratamen-
to da hepatite C.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Laudo médico para emissão de BPA-I – Quantificação do RNA do Vírus da Hepatite C. Disponível em http://
www.aids.gov.br/pt-br/pub/2016/formulario-de-solicitacao-de-carga-viral-do-virus-da-hepatite-c
Sala bem iluminada e ventilada;
Pia;
Cadeira com braçadeira regulável ou suporte para braço (recomenda-se que a cadeira tenha apoio lateral
para os braços, pois, se o usuário desmaiar, sua queda será evitada);
Garrote;
Algodão hidrófilo ou gaze;
Álcool 70%;
Agulha descartável;
Seringa descartável;
Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável;
Tubos secos, sem anticoagulante, com gel separador;
Etiquetas para identificação de amostras;
Caneta;
Avental e máscara;
Luvas descartáveis;
Estantes para tubos;
Caixa coletora de material perfurocortante;
Lixeira para lixo comum;
Lixeira para material potencialmente infectante.
136
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Não é necessário jejum. Entretanto, deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos de 3 a 4 horas an-
tes da coleta. Realize a coleta conforme o POP F29 – Coleta de Sangue Venoso.
Notas:
Não congele as amostras.
Para evitar contaminações, nunca abra os tubos de coleta.
ATENÇÃO: Para o envio, tem que ser observado o tempo de coleta de cada amostra. Portanto, quando
houver várias coletas, o tempo para o transporte deve ser calculado a partir da primeira amostra coletada,
devendo chegar ao laboratório em até 6 horas. Para mais informações, veja o POP A02 – Acondicionamen-
to das Amostras Biológicas Após a Coleta.
CUIDADOS
Armazenamento de agulhas e tubos:
Seguir rigorosamente as instruções determinadas pelo fabricante para a conservação e para a arma-
zenagem de tubos e agulhas;
Esses materiais devem ser armazenados ao abrigo da luz, em locais secos e arejados;
Os tubos devem ser armazenados entre +4°C e +25°C;
Nunca utilizar tubos ou produtos com prazo de validade vencido ou que apresentem alterações em
sua cor, forma ou características originais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites
Virais. COLETA DE SANGUE. Diagnóstico e Monitoramento das DST, AIDS e Hepatites Virais. Disponível em:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22075/mod_resource/content/1/ManualColetadeSangue.
pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites
Virais. Coleta de Sangue. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0108tecnicas_sangue.
pdf
137
Governo do Rio de Janeiro. Secretaria de Saúde. Laboratório Central Noel Nutels. Orientações para
transporte e coleta de amostras para Carga Viral do HIV, Carga Viral das Hepatites B e C e Contagem de
Linfócitos T CD4/CD8. Rio de Janeiro: 2015.
138
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a coleta adequada do material conforme as especificações do exame a ser realizado, fazendo a
adequada identificação do tubo de coleta e do formulário de solicitação, o armazenamento temporário
da amostra no local de coleta e o transporte para o laboratório de referência na data da coleta, de forma a
permitir o resultado no tempo determinado pelo Ministério da Saúde.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Laudo médico para emissão de BPA-I, devidamente assinado e carimbado por profissional cadastrado no
SISCEL*, que deve acompanhar a amostra para realização dos exames:
a. Carga Viral do HIV;
b. Contagem de Linfócitos T CD4+/CD8+.
*Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/
CD8+ e Carga Viral do HIV.
Sala bem iluminada e ventilada;
Pia;
Cadeira com braçadeira regulável ou suporte para braço (recomenda-se que a cadeira tenha apoio lateral
para os braços, pois, se o usuário desmaiar, sua queda será evitada);
Garrote;
Algodão hidrófilo ou gaze;
Álcool 70%;
Agulha descartável;
Seringa descartável;
Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável;
Tubos de ensaio com tampa;
Etiquetas para identificação de amostras;
Caneta;
Avental e máscara;
Luvas descartáveis;
Estantes para tubos;
Caixa coletora de material perfurocortante;
Lixeira para lixo comum;
Lixeira para material potencialmente infectante.
139
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Não é necessário jejum ou qualquer preparo especial do usuário. Entretanto, deve-se evitar a coleta se
houver relato de ingestão de alimentos gordurosos nas últimas 3 horas. Realize a coleta conforme o POP
F29 – Coleta de Sangue Venoso.
IMPORTANTE:
Coleta de CD4+/CD8+: 1 tubo de tampa roxa (K2 ou K3) com anticoagulante EDTA, contendo 5ml de san-
gue total.
Coleta de Carga Viral do HIV: 2 tubos de tampa roxa (K2 ou K3) com o anticoagulante EDTA, contendo 5ml
de sangue total, para a obtenção do plasma para quantificação da carga viral.
ATENÇÃO: Para o envio, deve ser observado o tempo de coleta de cada amostra. Portanto, quando houver
várias coletas, o tempo para o transporte deve ser calculado a partir da primeira amostra coletada, devendo
chegar ao laboratório em até 6 horas. Para mais informações, veja o POP A02 – Acondicionamento das
Amostras Biológicas Após a Coleta.
CUIDADOS
Armazenamento de agulhas e tubos:
Seguir rigorosamente as instruções determinadas pelo fabricante para a conservação e a armazena-
gem de tubos e agulhas;
Esses materiais devem ser armazenados ao abrigo da luz, em locais secos e arejados;
Os tubos devem ser armazenados entre +4°C e +25°C;
Nunca utilizar tubos ou produtos com prazo de validade vencido ou que apresentem alterações em
sua cor, forma ou características originais.
Os profissionais solicitantes (Médicos ou Enfermeiros) devem se cadastrar no Sistema de Controle de Exa-
mes Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV (SISCEL),
por meio do site https://laudo.aids.gov.br, para solicitarem os exames de Carga Viral HIV e Contagem de
Linfócitos T CD4+/CD8+, bem como para terem acesso aos resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais
– COLETA DE SANGUE. Diagnóstico e Monitoramento das DST, AIDS e Hepatites Virais. Disponível em: https://
telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22075/mod_resource/content/1/ManualColetadeSangue.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Coleta de Sangue. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0108tecnicas_sangue.pdf
EXECUTANTE
Todos os profissionais de saúde.
RESULTADOS ESPERADOS
A coleta de escarro tem por objetivo obter secreção das vias aéreas para a realização da pesquisa de BAAR
(Bacilos Álcool-Ácido-Resistentes), TRM (Teste Rápido Molecular) e cultura para BK (Bacilo de Koch).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Pote descartável de plástico transparente com capacidade de 35-50ml, altura mínima de 40mm, de boca
larga e com tampa rosqueável de 50mm de diâmetro;
Caneta com tinta permanente;
Papel-toalha ou guardanapos (para higienização do usuário durante a coleta);
Saco plástico;
Fonte de água potável e copo;
Respirador PFF-2 (máscara);
Local para a coleta – deve ser ventilado, com privacidade e, se possível, com uma cadeira para o usuário;
Pia com água corrente e sabão.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes da preparação do pote.
Registre o nome do usuário e a data da coleta no corpo do pote, com etiqueta adesiva ou caneta perma-
nente, evitando cobrir a marcação de volume.
Reforce a marca de 10ml com a caneta permanente, para facilitar a visualização.
Oriente o usuário a retirar próteses orais, e lavar bem a boca e as mãos no banheiro.
Encaminhe-se juntamente com o usuário ao local previamente definido para a coleta.
Entregue o pote ao usuário, verificando se a tampa do pote fecha bem e se já está devidamente identifi-
cado (com o nome do usuário e a data da coleta no corpo do pote).
Explique que o escarro é a secreção que vem dos pulmões após a tosse, portanto, é imprescindível a co-
laboração do usuário para tossir, estimulando, também, a ingestão de água durante o processo da coleta.
Neste momento, informe ao usuário a importância de se coletar 10ml, reforçando que a espuma não é
levada em consideração para atingir esse volume.
Oriente o usuário a inspirar profundamente, prender a respiração por alguns segundos e, em seguida,
forçar a tosse e escarrar em pote próprio.
Repita esta operação até obter 3 eliminações de escarro, evitando que ele escorra pela parede externa do
pote.
141
Reforce para o usuário a orientação de não encostar lábios, queixo ou bochechas em nenhuma área do
pote ao expectorar dentro do mesmo. Caso o usuário não consiga expectorar 10ml, o profissional de saú-
de deverá estimulá-lo a expectorar, pelo menos, 5ml.
Informe que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando
para que permaneça nessa posição.
Coloque as luvas de procedimentos, receba do usuário o referido pote tampado e encaminhe-o para local
próprio. Em seguida, retire as luvas, descarte-as em local apropriado e lave as mãos.
Oriente o usuário a lavar as mãos após o procedimento e forneça o papel-toalha ou o guardanapo para
a limpeza do rosto e das mãos.
Na impossibilidade de envio imediato da amostra para o laboratório ou unidade de saúde, ela poderá ser
conservada na geladeira por até 7 dias, e sem refrigeração por até 24 horas, desde que afastada do sol.
CUIDADOS
As unidades de saúde deverão identificar os potes de forma legível e comunicar à equipe para fazer a co-
leta num local arejado e, de preferência, com incidência de luz solar, evitando a perda de oportunidades.
Para a coleta do dia seguinte:
Entregue o pote ao usuário, verificando se a tampa do pote fecha adequadamente e se já está devida-
mente identificado (com o nome do usuário, a data da coleta no corpo do pote, o nome do material
e o exame).
Reforce para o usuário a importância de uma boa coleta de escarro. Ele deve retirar próteses da boca,
lavar a boca com água, sem usar pasta de dentes, e lavar as mãos.
Escolha um local ao ar livre para a coleta da amostra de escarro, ou um ambiente ventilado no qual o
usuário possa permanecer sozinho.
O usuário deverá inspirar profundamente, prender a respiração por alguns segundos e, em seguida,
forçar a tosse e escarrar em pote próprio e identificado (depositar o escarro até um volume de 10ml).
Tampe o pote e coloque-o em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça
nessa posição. ATENÇÃO: Cada pote deverá ser acondicionado em um saco plástico individualmente.
Guarde o pote em geladeira até o seu transporte para o laboratório.
Material com volume inferior a 2ml, aspecto fortemente hemorrágico, salivar ou visivelmente conta-
minado não deve ser encaminhado ao laboratório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
J Infect Control 2014; 3(1): 01-30.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2018.
142
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro.
RESULTADOS ESPERADOS
Realização adequada da Prova Tuberculínica (PT), que consiste na aplicação, por via Intradérmica (ID), da tuber-
culina (PPD-RT23), com posterior leitura da enduração provocada pela solução. É indicado para:
Controle de contatos de tuberculose;
Investigação de infecção latente no adulto;
Investigação de infecção latente e de tuberculose (TB) doença em crianças;
Avaliação anual de profissionais de saúde.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Seringas descartáveis tipo tuberculínica (1ml), com graduação em milímetros, ou similares;
Agulha 13 x 3,8mm, ou similares;
Caixa térmica;
Gelo reciclável;
Termômetro para o controle da temperatura;
Caixa coletora de material perfurocortante;
Frascos de PPD-RT23 2UT;
Papel-toalha e recipiente com algodão;
Saco de lixo;
Algodão hidrófilo;
Óculos protetores e luvas de procedimentos;
Fichas de prova tuberculínica, para a anotação do resultado;
Régua milimetrada de plástico flexível específica e transparente com 10cm de comprimento e com escala
de cor negra;
Formulário para o registro das respostas da Prova Tuberculínica (PT);
Livro de registro para o controle na unidade de saúde.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Orientação ao Usuário
Explique ao usuário os objetivos da Prova Tuberculínica (PT), o que é o procedimento e que, no período
de 48 a 96 horas (idealmente 72 horas) após a administração da tuberculina, este deverá retornar ao ser-
viço de saúde para que seja efetuada a leitura.
143
Aplicação
Lave as mãos.
Coloque as luvas e os óculos.
Retire da caixa térmica o frasco de tuberculina, verificando no frasco de tuberculina o prazo de validade
e o aspecto do produto.
Aspire 0,1ml de PPD-RT-23, somente no momento da aplicação. Caso seja aspirada maior quantidade de
líquido, não retornar o excesso ao frasco. Despreze o excesso sobre o pedaço de algodão disposto na
mesa para essa finalidade.
Não é necessário realizar antissepsia com álcool no local de aplicação antes do procedimento. Se houver
sujidade aparente no local de aplicação, lave com água e sabão.
Selecione o local de aplicação na face anterior do antebraço esquerdo.
Posicione com firmeza o antebraço esquerdo do usuário (de modo que o antebraço fique entre os dedos
médio e indicador da mão direita do profissional). Em seguida, a pele do usuário será distendida com o
polegar do profissional.
Realize a aplicação, posicionando a seringa entre os dedos indicador e médio do profissional, mantendo
o polegar sobre o indicador ou a aba da seringa, que deve ficar paralela à pele do usuário, evitando que
o bisel saia da sua posição.
Deslize a seringa paralelamente à pele e introduza o bisel voltado para cima, de forma visível ao profis-
sional.
Pressione o êmbolo com o polegar, injetando 0,1ml de PPD-RT-23 lentamente, e mantenha a pele disten-
dida, certificando-se de que houve formação de pápula.
Despreze imediatamente a seringa e a agulha na caixa coletora de material perfurocortante.
Registre todas as informações necessárias e marque a data e o horário para retorno (para leitura e inter-
pretação) na sua agenda e em um cartão para o usuário.
Leitura
Inspecione visualmente o local de inoculação sobre uma superfície firme e bem iluminada, verificando a
presença de reações cutâneas.
Somente a enduração, que é uma formação tensa, densa e elevada, deve ser medida, mesmo que haja
leve edema ou eritema local; esta nem sempre está presente e/ou visível e somente pode ser determina-
da pela palpação.
Com movimentos leves, deslize a ponta dos seus dedos até encostar na borda externa direita e, em se-
guida, repita o mesmo movimento para a borda externa esquerda da enduração no antebraço, estabele-
cendo os limites.
O diâmetro da enduração é mensurado transversalmente ao antebraço a partir da porção externa (lado
do polegar) para a porção mais interna do antebraço (lado do dedo mínimo).
Meça o diâmetro da enduração usando uma régua de plástico transparente flexível com escala em milí-
metros.
Coloque o zero da régua sobre o limite marginal à esquerda da enduração e leia a medida sobre o limite
à direita da enduração.
É considerado como infectado pelo bacilo da tuberculose o usuário que tiver enduração ≥ 5mm.
Resultados < 5mm considera-se como não reator.
No caso de diagnóstico da ILTB, o profissional no serviço de saúde, deve encaminhar o usuário ao Médico,
para que seja afastado o diagnóstico de TB ativa e avaliada a indicação do tratamento da ILTB (quimiopro-
filaxia).
144
CUIDADOS
Explicar que prurido, leve edema e irritação talvez ocorram e que são reações normais que não requerem
qualquer tratamento.
Dizer ao usuário para evitar coçar o local, manter o local limpo e não aplicar cremes, loções ou curativos
sobre a pápula;
A tuberculina deve ser conservada em temperatura entre +2°C e +8°C na geladeira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Técnicas de aplicação e leitura da prova tuberculínica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
145
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Médico capacitado.
RESULTADOS ESPERADOS
Obter tecido intradérmico de área de lóbulo de orelha, cotovelo e lesão de pele, para baciloscopia de han-
seníase.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Campo estéril;
Lâmina de vidro para microscopia, nova, limpa e desengordurada, com ponta fosca 26 x 76mm;
Isqueiro;
Álcool 70%;
Gaze estéril;
Lápis preto HB nº 2;
Lápis dermográfico (caso disponível);
Cabo de bisturi nº 3 e lâmina de bisturi nº 15 ou bisturi descartável;
Frasco porta-lâmina de plástico rígido, para o transporte da amostra;
Esparadrapo;
Algodão;
Curativo do tipo “bandagem antisséptica”;
Luvas de procedimentos;
Máscara;
Avental com manga comprida;
Óculos de proteção de acrílico;
Pinça Kelly curva ou reta, para fazer isquemia no local da incisão;
Recipiente para o descarte do material utilizado.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Acomode o usuário confortavelmente, de preferência em uma cadeira de escritório com rodinhas.
Explique o procedimento que será realizado. No caso de criança, explique também para a pessoa responsável.
Observe indicações dos sítios de coleta na solicitação de exame (realize a coleta de acordo com o pre-
conizado pelo Ministério da Saúde e siga a indicação do profissional requisitante quanto à lesão mais
infiltrada).
146
Identifique a lâmina com as iniciais do nome do usuário, o número do prontuário e a data da coleta do
exame.
O frasco porta-lâminas também deve estar identificado com o nome completo do usuário e o número do
prontuário.
Disponha o material no campo estéril – pinça, lâmina de bisturi com cabo e gaze estéril embebida em
álcool 70%.
Realize a rinsagem da lâmina de vidro com gaze e álcool 70%, para que seja desengordurada. Aguarde
secar naturalmente.
Manuseie a lâmina pelas bordas, evitando colocar os dedos no sítio onde a amostra será distribuída.
Desenhe na lâmina de vidro, com o lápis dermográfico, 4 círculos com área de, aproximadamente, 5 a 7mm
de diâmetro. O primeiro círculo deverá ser desenhado na extremidade mais próxima da identificação do
usuário (parte fosca), e os círculos seguintes devem distar pelo menos 0,5cm entre cada um, obedecendo
a ordem de depósito do esfregaço: lóbulo direito, lóbulo esquerdo, cotovelo direito e lesão ou cotovelo
esquerdo (quando não houver lesão). Os desenhos devem estar no mesmo lado da parte fosca da lâmina.
Deixe na borda da mesa algumas tiras de esparadrapo com pequenos chumaços de algodão, para os
curativos iniciais dos sítios de coleta.
No momento de cada coleta, faça antissepsia com álcool 70% nos sítios indicados na solicitação de exame.
Com o auxílio da pinça Kelly, faça uma prega no sítio de coleta, pressionando a pele o suficiente para ob-
ter a isquemia, evitando o sangramento. Mantenha a pressão até o final da coleta, tomando cuidado para
não travar a pinça.
Faça um corte na pele de, aproximadamente, 5mm de extensão por 3mm de profundidade. Coloque o
lado não cortante da lâmina do bisturi em ângulo reto em relação ao corte e realize o raspado intradérmi-
co das bordas e do fundo da incisão, retirando quantidade suficiente e visível do material.
Se fluir sangue no momento do procedimento (o que não deverá acontecer se a compressão da pele es-
tiver adequada), enxugue com gaze.
Desfaça a pressão e distribua o material coletado na lâmina, fazendo movimentos circulares do centro
para a borda numa área de, aproximadamente, 5 e 7mm de diâmetro, mantendo uma camada fina e uni-
forme. Os esfregaços devem ser dispostos conforme orientação acima.
Entre um sítio e outro de coleta, limpe a lâmina do bisturi e a pinça utilizada com gaze embebida em ál-
cool 70%, para que não ocorra contaminação entre eles.
Faça curativo compressivo com tiras finas de esparadrapo e algodão, caso necessário.
Após a coleta e a distribuição dos 4 esfregaços, deixe a lâmina secar em local seguro por 10 minutos e logo
após aplicar calor na face oposta à que recebeu os esfregaços, para que ocorra a fixação dos mesmos.
Coloque a lâmina no frasco porta-lâminas e encaminhe ao laboratório local, idealmente em 24 horas.
CUIDADOS
É recomendada a coleta do raspado intradérmico na ocasião do diagnóstico de hanseníase, a despeito
da classificação operacional e forma clínica; porém, não é recomendada a coleta durante o tratamento.
Na ocasião da alta, deve ser realizada a coleta do raspado intradérmico em todos os usuários multibacila-
res; no caso de paucibacilares, a coleta na ocasião da cura é facultativa.
É obrigatória a coleta de raspado de todos os usuários multibacilares na ocasião da alta por cura.
A coleta de raspado dos usuários paucibacilares na ocasião da alta por cura é facultativa.
Não é recomendada a coleta de raspado durante o tratamento, a despeito da classificação operacional e
forma clínica.
147
Confirmar a realização da coleta do raspado intradérmico no usuário de recidiva na unidade de saúde de
acompanhamento.
A coleta do raspado intradérmico pode ser solicitada pelo Médico para auxiliar no diagnóstico diferencial
com doenças dermatoneurológicas.
A solicitação do exame deve ser feita na opção “Formulário para Agravos Gerais” conforme instrutivo dis-
ponível na plataforma SUBPAV no link: http://subpav.org/SAP/protocolos/arquivos/DOENCAS_TRANS-
MISSIVEIS/DOENCAS_DERMATOLOGICAS/pop_gal_hanseniase.pdf
Preencher a Ficha de Cadastro de Exame no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (Sistema GAL).
Higienizar as mãos antes e depois de qualquer procedimento com o usuário.
Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) – avental, luvas e óculos.
A lâmina de bisturi deve ser a de nº 15, por permitir acesso mais preciso ao tecido desejado.
O tamanho do esfregaço é parte importante para o processo de análise laboratorial. Assim, caso não se
sinta seguro para depositar o esfregaço de tamanho correto sem um molde prévio, utilize o lápis dermo-
gráfico para limitar a área de deposição do material. Uma alternativa ao lápis é a caneta hidrocor, mas,
neste caso, utilizada na lâmina de vidro na face oposta à de deposição do esfregaço. Apenas o lápis der-
mográfico pode ter contato com o raspado intradérmico.
Observar o aspecto geral do esfregaço: tamanho, espessura, homogeneidade e ausência de sangue.
Utilizar o campo “Observações” da Ficha de Cadastro do Sistema GAL para descrever o nome do pro-
fissional coletor da amostra e os sítios de coleta, lembrando que o padrão preconizado pelo Ministério
da Saúde é lóbulo direito, lóbulo esquerdo, cotovelo direito e lesão. Caso não seja possível esse padrão,
especificar quais foram os sítios e o motivo para a escolha de outros sítios.
Não é permitido o uso de porta-lâminas de papelão.
Cada frasco porta-lâmina deve conter amostras de apenas um usuário.
A aplicação de calor na lâmina deve ocorrer de forma rápida e delicada: a lâmina deve tocar a chama do
isqueiro, mas nunca achatá-la. Passar a lâmina pela chama por 3 vezes.
Nunca liberar o usuário se estiver sangrando.
Não é necessário realizar trocas de curativo em casa.
ATENÇÃO:
Baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico da hanseníase.
Baciloscopia positiva classifica o caso como “multibacilar”, independentemente do número de lesões pre-
sentes ou troncos nervosos afetados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. 2010.
LASTÓRIA e ABREU. Leprosy: a review of laboratory and therapeutic aspects. Anais Brasileiros de
Dermatologia. 2014 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/abd1806-4841.20142460
148
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Estabelecer rotinas de execução de procedimentos da Triagem Neonatal Biológica (a Triagem Neonatal Bioló-
gica é um conjunto de ações preventivas responsáveis por identificar precocemente indivíduos com doenças
metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, para que possam ser tratadas em tempo oportuno,
evitando as sequelas e até mesmo a morte).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Cartão papel filtro;
Lanceta estéril específica para o teste;
Formulário (comprovante de coleta);
Luvas de procedimentos;
Álcool 70%;
Gaze ou algodão;
Envelope para encaminhamento do teste;
Suporte para secagem das amostras;
Local para o descarte de material perfurocortante.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Na chegada do Recém-Nascido (RN), o Agente Comunitário de Saúde (ACS) deve:
Acolher e verificar a Declaração de Nascido Vivo (DNV) do Recém-Nascido (RN) e a documentação da
mãe e/ou responsável (a falta de documentação materna não impede a realização da coleta);
Realizar o registro em prontuário dos dados do Recém-Nascido (RN) e a atualização dos dados da
família;
Inserir no prontuário o atendimento para a Sala de Coleta e encaminhar o Recém-Nascido (RN) com
seu responsável para realizar o procedimento.
Recepcione a família, orientando-a sobre como é realizado o teste e sua finalidade, a possível necessidade
de novas coletas, como acessar o resultado e o tempo estimado para liberação.
Preencha todos os campos do cartão filtro de forma correta e com letra de forma.
Preserve o campo de preenchimento da amostra (filtro).
Preencha os instrumentos de registros da unidade de saúde, checando todas as informações com a família.
Lave as mãos com água e sabão antes e após o procedimento, ou higienize com álcool 70%.
149
Solicite à mãe que permaneça em pé e segure a criança na posição vertical.
Coloque as luvas de procedimentos.
Segure no pé e tornozelo da criança envolvendo com os dedos indicador e polegar todo o calcanhar, de
forma a imobilizar, mas sem prender a circulação.
Massageie o calcanhar do bebê suavemente.
Identifique a área para punção, devendo ser uma das laterais da região plantar do calcanhar;
Faça a antissepsia no local, com algodão e álcool 70%.
Deixe o excesso de álcool secar.
Puncione o local com movimento firme e contínuo (sentido quase perpendicular à superfície da pele).
Aguarde a formação de grande gota de sangue e despreze a primeira gota, limpando-a com algodão ou
gaze seca.
Encoste levemente o verso do papel de filtro na direção do círculo a partir da segunda gota, fazendo leves
movimentos circulares até o total preenchimento.
Repita o procedimento até preencher todos os círculos.
Verifique imediatamente a qualidade da amostra coletada, observando a impregnação do papel filtro no
verso do cartão (confirme o preenchimento completo da área de coleta).
Ao término da coleta, deite a criança no colo da mãe ou na maca e comprima o local com algodão ou
gaze. Evite o uso esparadrapo e micropore.
Despreze a lanceta no lixo específico para material perfurocortante.
Informe ao responsável que, para obter o resultado, basta ter em mãos o número do filtro do exame for-
necido pela unidade de saúde onde foi feito o teste, a data de nascimento do bebê e acessar o site www.
conexaosauderj.com.br
O responsável também pode obter o resultado na unidade de coleta.
Registre o procedimento no prontuário.
Observações:
Não realizar coleta em salas frias e/ou com ar-condicionado.
Não há necessidade de jejum da criança.
Iniciar a coleta somente após checar se todos os dados foram preenchidos corretamente.
Manter o calcanhar do RN sempre abaixo do nível do coração, pois facilita o fluxo.
150
A punção é exclusivamente nas laterais da região plantar, no calcanhar, para não correr o risco de atingir
o osso (conforme a Imagem 1).
Durante a coleta, deixar o sangue fluir naturalmente, de maneira homogênea, impregnando os dois lados
do papel filtro.
Nunca preencha os espaços vazios com pequenas gotas para completar a área total, pois proporciona
sobreposição do sangue e interfere no resultado do exame.
CUIDADOS
Cabe às Unidades de Atenção Primária (UAP), às maternidades e à casa de parto a orientação às gestantes,
puérperas e seus familiares sobre a importância de realizar o Teste do Pezinho, assim como seu local de
realização. Deve ser enfatizada a necessidade de esse teste ser realizado entre o terceiro e o quinto dia de
vida do bebê. O pré-natal do parceiro deve ser valorizado e realizado seguindo as mesmas orientações
em relação início do acompanhamento do recém-nascido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e
Temática. Triagem Neonatal Biológica. Manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Governo do Estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Saúde. Guia Norteador. Serviço de
Referência para Triagem Neonatal – prestador APAE – Distribuição de material de coleta, fluxo de envio da
amostra, busca ativa e monitoramento da triagem neonatal nos Municípios. Rio de Janeiro, 2018.
152
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Auxiliar/Técnico de Enfermagem, Auxiliar/Técnico de Laboratório.
RESULTADOS ESPERADOS
Obtenção de material biológico (sangue) para análises bioquímica, hormonal e hematológica. Auxílio ao
diagnóstico e à conduta terapêutica.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Adaptador;
Agulha para coleta a vácuo;
Agulhas descartáveis;
Álcool 70%;
Algodão hidrófilo;
Caderno de Registro de Coleta;
Curativo estéril;
Etiquetas de código de barras;
Garrote;
Luvas de procedimentos;
Máscara cirúrgica descartável;
Óculos de proteção;
Protocolo de retirada de resultados de exames;
Seringa descartável sem agulha;
Tubos para coleta de sangue;
Coletor de artigos descartáveis.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. Preparo e Orientações ao Usuário para a Coleta de Sangue Venoso
O usuário deverá ser informado sobre o horário de coleta na unidade.
O profissional prescritor deverá orientar o usuário quanto à necessidade de jejum, dieta, falta de ativi-
dade física e uso de medicamentos.
O usuário deverá ser informado que poderá acessar seus resultados de exame via internet e buscá-los
impressos na Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAP).
153
2. Sala de Coleta de Exames Laboratoriais
Manter o local da coleta sempre organizado e limpo.
Os insumos para a coleta deverão estar organizados e com fácil acesso para a utilização.
Utilizar calça comprida, jaleco e sapato fechado, atendendo às Normas de Biossegurança.
Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante todo o processo de coleta.
Preencher o Caderno de Registro de Coleta e o Bloco de Envio de Amostras. Na falta destes instrumen-
tos de registro fornecidos pelo laboratório, utilizar instrumentos próprios da unidade. Todas as coletas,
bem como seu envio ao laboratório, devem estar documentadas na unidade.
Ter uma cópia, na Sala de Coleta, da Relação de Exames contemplados no Projeto Básico da SMS-Rio.
Ter uma cópia deste Procedimento Operacional Padrão (POP) na Sala de Coleta.
Veia cefálica
Veia basílica
Veia cubital
mediana Veia basílica mediana
Veia basílica
Imagem 2
Veia
basílica Veia cefálica
155
Transmissão de agentes infecciosos: A transmissão de agentes infecciosos durante a coleta
de amostras de sangue ocorre por contato direto com material contaminado. Esse contato
pode ser resultante de:
Transmissão Direta: acidentes com objetos perfurocortantes; respingo de sangue dire-
tamente na pele ou mucosas; inalação de aerossóis;
Transmissão Indireta: contato da pele ferida ou mucosas com superfícies, mãos e/ou
luvas contaminadas.
Áreas que não devem ser puncionadas:
Áreas com terapia ou hidratação intravenosa de qualquer espécie;
Locais com cicatrizes de queimadura;
Membro superior próximo ao local onde foi realizada mastectomia, cateterismo ou qual-
quer outro procedimento cirúrgico;
Áreas com hematomas;
Áreas da pele com ferimentos, abscessos e outras lesões;
Veias que já sofreram trombose, pois são pouco flexíveis, com paredes endurecidas;
Veias com múltiplas punções recentes.
Cuidados com o usuário antes da coleta:
Posicione o braço do usuário, mantendo-o levemente inclinado para baixo;
O braço deve estar apoiado firmemente pelo descanso e o cotovelo não deve estar dobrado.
2.1.4. Coleta de exames
Oriente o usuário e/ou acompanhante quanto ao procedimento.
Posicione adequadamente o usuário para o procedimento, instruindo a estender o braço e
permanecer reto, ao nível do cotovelo.
Higienize as mãos.
Coloque o garrote acima da veia a ser puncionada, para produzir congestão venosa.
Inspecione o local, para visualizar a veia, incluindo o braço, a área anticubital, o antebraço, o
punho e o dorso da mão.
Palpe a veia.
Coloque Equipamentos de Proteção Individual: máscara cirúrgica, óculos de proteção e luvas
de procedimentos.
Conecte a agulha na seringa ou no adaptador, sem retirar a capa protetora.
Não toque na parte interior da agulha.
Movimente o êmbolo da seringa e pressione-o, para retirar o ar. No caso de tubo a vácuo,
acople ao adaptador.
Faça a antissepsia da área a ser puncionada seguindo o mesmo sentido, utilizando gaze ou
algodão com álcool 70%. Aguarde a secagem e repita 3 vezes. Não toque mais no local que
foi realizada a antissepsia.
Retire a capa da agulha e puncione a veia de melhor acesso, com o bisel da agulha voltado
para cima.
Colete o sangue, observando o volume necessário para o exame solicitado.
Preencha o tubo até o volume total informado pelo fabricante.
Retire o garrote antes de remover a agulha do local de punção, para evitar hematoma.
Comprima o local com gaze seca ou algodão seco.
156
Imagens 3 a 12 – Procedimentos de Coleta de Sangue
157
Fotos: Rede SEGS.
Despreze o adaptador com a agulha ou a seringa com a agulha na caixa coletora de material
perfurocortante.
Caso não tenha o coletor próximo, coloque a seringa com a agulha não encapada na bandeja
ou cuba “rim” e despreze-a quando chegar próximo à caixa coletora.
Faça curativo compressivo com gaze e esparadrapo no local da punção, se necessário.
Retire as luvas de procedimentos e despreze-as em lixeira de resíduo biológico.
Higienize as mãos.
Mantenha a organização da unidade.
2.1.5. Conferência das amostras colhidas
Para a rastreabilidade das amostras, no Caderno de Registro de Coleta deverá ser relaciona-
do o nome de todos os usuários atendidos, o número do Registro de Atendimento (RA), o
número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) e os exames solicitados para cada usuário.
Ao final do atendimento da coleta, verifique se as amostras estão devidamente identifica-
das, confira os pedidos com os tubos, e confira novamente se a requisição está totalmente
preenchida.
O profissional da Sala de Coleta é responsável por todo esse processo, cabendo ao Diretor/
Gerente a garantia da conformidade do fluxo.
CUIDADOS
A quantidade e os tipos de tubos a serem utilizados na coleta deverão estar de acordo com as tabelas a
seguir ou de acordo com as orientações do laboratório prestador de serviços.
158
EXAMES
• Proteína S Coagulação (centrifugar, aliquotar e congelar)
• Fator V Leiden (centrifugar, aliquotar e congelar)
• TTPA
• Anticoagulante Lúpico (centrifugar, aliquotar e congelar)
• Fibrinogênio
• D Dímero
TUBO
• TAP
AZUL
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
EXAMES
• Ácido Fólico • Pesquisa de Anticorpos Antimicrossomal
• Ácido Úrico • Pesquisa de Anticorpos Antiterioglobulina
• Albumina • ASO
• Aldolase • Bilirrubinas Totais e Frações
• Alfa 1 Glicoproteína Ácida • C3
• Amilase • C4
TUBO • CA 15.3
• Anti-TPO
VERMELHO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo VERMELHO a cada 15 exames.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
159
EXAMES
• CA 19.9 • Cloro
• CA125 • Colesterol Total / HDL / LDL
• Cálcio • Cortisol
• Cálcio Iônico • CPK / CK-MB
• Capacidade de Fixação do Ferro • Creatinina
• CEA • Eletroforese de Proteínas
TUBO • Estradiol
• Citomegalovírus
VERMELHO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo VERMELHO a cada 15 exames.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
EXAMES
• Fator Reumatóide / W. Rose • Gama GT
• Ferritina • Hepatites
• Ferro • IGA / IGE / IGM
• Fosfatase Ácida • Insulina
• Fosfatase Alcalina • LDH
• Fósforo • LH
TUBO • Lipase
• FSH
VERMELHO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo VERMELHO a cada 15 exames.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
160
EXAMES
• Lítio • PSA Total e Livre
• Magnésio • PTH
• Potássio • SDHEA
• Progesterona • Sódio
• Prolactina • T3 e T3 Livre
• Proteína C Reativa • T4 e T4 Livre
TUBO
• Proteínas Totais e Frações • Testosterona
VERMELHO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo VERMELHO a cada 15 exames.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
EXAMES
• TGO • TSH
• TGP • Ureia
• Toxoplasmose • VDRL
• Transferrina • Vitamina B12
• Triglicerídeos • Vitamina D25OH
TUBO
VERMELHO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo VERMELHO a cada 15 exames.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
161
EXAMES
• IGE Específica para Alérgenos • Anti-RNP • Estrona
• BHCG • Dengue • DHEA
• Androstenediona • Herpes • DHT
• HGH • Anti-LA • 17 OH Progesterona
• Estriol • FAN • COOMBS Indireto (TIA)
TUBO • Somatomedina • Aldosterona
VERMELHO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo VERMELHO a cada 15 exames.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
EXAMES
• Tireoglobulina
• HIV
TUBO
VERMELHO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo VERMELHO.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
162
EXAMES
• Glicose
TUBO
CINZA
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo CINZA.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
EXAMES
• Grupo Sanguíneo e Fator RH • Plaquetas
• Hemoglobina Glicada • Eletroforese de Hemoglobina
• Contagem de Reticulócitos • Hemoglobina
• Hemograma Completo • VHS
• Teste de Afoiçamento • COOMBS Direto (TAD)
• Hematócrito
TUBO
ROXO
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo ROXO.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
163
EXAMES
• Chumbo
Para os exames desta linha, coletar 1 tubo de metais com TRAÇOS DE EDTA.
• Alumínio
TUBO • Zinco
AZUL • Cobre
ESCURO Para os exame desta linha, coletar 1 tubo de metais com TARJA VERMELHA.
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Medicina Laboratorial para coleta de sangue
venoso – 2 ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.
164
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
POP F30 – Coleta de Sangue para Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) /
Curva Glicêmica
EXECUTANTE
Enfermeiro, Auxiliar/Técnico de Enfermagem, Auxiliar/Técnico de Laboratório.
RESULTADOS ESPERADOS
O Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) é utilizado principalmente para pesquisar Diabetes Mellitus, Diabe-
tes Gestacional ou Hipoglicemia Reativa Pós-prandial.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Adaptador;
Agulha para coleta a vácuo;
Agulhas descartáveis;
Álcool 70%;
Algodão hidrófilo;
Caderno de Registro de Coleta;
Curativo estéril;
Etiquetas de código de barras;
Garrote;
Luvas de procedimentos;
Máscara cirúrgica descartável;
Óculos de proteção;
Protocolo de retirada de resultados de exames;
Seringa descartável sem agulha;
Tubos para coleta de sangue (fluoreto – cinza);
Coletor de artigos descartáveis.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. Preparo e Orientações ao Usuário para a Coleta de Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG)/Curva
Glicêmica
O usuário deverá ser informado sobre o horário de coleta na unidade.
O profissional prescritor deverá orientar o usuário quanto à necessidade de jejum de 8 a 12 horas para
a realização do exame.
Três dias antes da coleta, o usuário deverá manter a dieta habitual, sem restrição de carboidratos.
Realizar a coleta de sangue nos tempos determinados pelo Médico; em caso de gestante, seguir o pa-
dronizado (0, 60, 120 minutos).
165
O usuário deverá ser informado que poderá acessar seus resultados de exame via internet, e buscá-los
impressos na Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAP).
166
2.1.3. Escolha do local para realizar a punção venosa
Condições da veia: Em princípio, qualquer veia dos membros superiores pode ser puncio-
nada, desde que apresente boas condições como bom calibre, flexibilidade e integridade.
Veias mais comumente utilizadas:
As veias mais utilizadas são a cubital mediana e a cefálica, ambas localizadas na parte an-
terior do braço, próximo à dobra do cotovelo, conforme a Imagem 1;
A punção na veia cubital mediana costuma ser a melhor opção, pois na punção da veia
cefálica existe maior risco de formação de hematomas;
As veias do dorso da mão também podem ser puncionadas. Nessa região, recomenda-se
a veia do arco venoso dorsal, conforme a Imagem 2, por possuir maior calibre;
A outra veia destacada na Imagem 2 – veia dorsal do metacarpo – também poderá ser
puncionada, porém a coleta será mais dolorosa.
Imagem 1
Veia cefálica
Veia basílica
Veia cubital
mediana Veia basílica mediana
Veia basílica
Imagem 2
Veia
basílica Veia cefálica
167
Transmissão de agentes infecciosos: A transmissão de agentes infecciosos durante a coleta
de amostras de sangue ocorre por contato direto com material contaminado. Esse contato
pode ser resultante de:
Transmissão Direta: acidentes com objetos perfurocortantes; respingo de sangue dire-
tamente na pele ou mucosas; inalação de aerossóis;
Transmissão Indireta: contato da pele ferida ou mucosas com superfícies, mãos e/ou
luvas contaminadas.
168
Imagem 3
Todas as amostras para curva glicêmica devem ser amarradas com elástico por usuário. Co-
loque os tubos em saco plástico transparente, separado das demais coletas, e acondicione
em caixa térmica.
2.1.5. Conferência das amostras colhidas
Para a rastreabilidade das amostras, no Caderno de Registro de Coleta deverá ser relaciona-
do o nome de todos os usuários atendidos, o número do Registro de Atendimento (RA), o
número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) e os exames solicitados para cada usuário.
Ao final do atendimento da coleta, verifique se as amostras estão devidamente identificadas,
confira os pedidos com os tubos e confira novamente se a requisição está totalmente preen-
chida.
O profissional da Sala de Coleta é responsável por todo esse processo, cabendo ao Diretor/
Gerente a garantia da conformidade do fluxo.
CUIDADOS
Em caso de vômitos, a prova deverá ser interrompida e somente poderá ser repetida após 3 dias.
Manter o usuário em repouso durante toda a prova, o mesmo não deverá deambular (caminhar), nem se
alimentar.
Caso o usuário não conclua todas as coletas da curva, o material deve ser descartado, não se pode realizar
curva glicêmica por partes. Para o resultado ser liberado é necessário que todos os pontos sejam colhidos
no mesmo dia.
Observação: Em crianças com peso inferior a 42kg é necessário realizar um cálculo do volume de dextrosol
a ser administrado à criança (7ml x kg). Este cálculo só poderá ser feito na concentração de 75g.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Medicina Laboratorial para coleta de sangue
venoso – 2 ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.
169
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Medicina Laboratorial. Fatores Pré-analíticos
e interferentes em ensaios laboratoriais – 1 ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2018.
170
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Auxiliar/Técnico de Enfermagem, Auxiliar/Técnico de Laboratório.
RESULTADOS ESPERADOS
Análise qualitativa e quantitativa de elementos anormais (físicos e químicos) e do sedimento urinário, para
auxílio diagnóstico e detecção de doença metabólica ou sistêmica relacionada ou não a desordens renais.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Etiquetas de código de barras;
Frasco estéril para coleta de urina;
Luvas de procedimentos;
Mapas impressos padronizados para registros das amostras enviadas;
Caneta;
Protocolo de retirada de resultados de exames;
Relatório de envio de material;
Saco plástico com fita inviolável para transporte.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Preparo e Orientações ao Usuário para Coleta de Urina
O usuário deverá ser informado sobre o horário de coleta na unidade.
O profissional prescritor deverá orientar o usuário sobre o local de retirada do kit urina para EAS e/ou
cultura.
Orientar o usuário a realizar previamente a higiene íntima com água e sabão e coletar, preferencialmente,
a primeira urina da manhã ou após retenção urinária mínima de 2 horas.
171
Utilize Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante todo o processo de recebimento/encaminha-
mento da amostra biológica.
Preencha o Caderno de Registro de Coleta e o Bloco de Envio de Amostras. Na falta destes instrumentos
de registro fornecidos pelo laboratório, utilize instrumentos próprios da unidade. Todas as coletas, bem
como seu envio ao laboratório, devem estar documentadas na unidade.
Receba o frasco com o material coletado.
Confira se o frasco está com a tampa de rosca bem fechada.
Acondicione o frasco com material no saco plástico adequado ao seu transporte, para posterior acondi-
cionamento em uma caixa térmica.
Certifique-se de que o material não tombará durante o transporte (coloque calço ou fita adesiva).
Retire as luvas de procedimentos.
Lave as mãos.
Entregue ao usuário o comprovante de realização do exame contendo os dados para acesso online aos
resultados e a previsão de entrega do impresso na unidade de saúde.
Ao final da coleta, todas as solicitações de exames devem ser devidamente colocadas em um saco plásti-
co com a identificação da unidade e enviadas anexadas à caixa.
Encaminhe todos os exames colhidos para o laboratório de referência.
Lave as mãos.
172
EXAMES
• EAS
• Urina I
• Cultura de urina
• Antibiograma
FRASCO • Microalbuminúria (Amostra isolada)
ESTÉRIL PARA • Proteinúria (Amostra isolada)
COLETA DE
URINA
Observação 1: Cada tubo contém aditivos diferentes que podem interferir no material biológico colhido. Por isso, deve ser obedecida uma ordem de coleta pela
cor da tampa de vedação do tubo.
Observação 2: Todos os tubos devem ser preenchidos até a marca indicada pelo fabricante, independentemente da quantidade de exames solicitados.
CUIDADOS
A quantidade de frascos a ser utilizada na coleta deverá estar de acordo com as recomendações do labo-
ratório prestador de serviços.
Para o exame de urinocultura, o paciente deverá transportar o material coletado até a unidade de saúde
em até 2 horas, conservando-o em banho de gelo.
Observar a integridade do material e, quando alterado, solicitar substituição (nova amostra).
Observar a obrigatoriedade da lavagem das mãos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Medicina Laboratorial para coleta de sangue
venoso – 2 ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.
173
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Auxiliar/Técnico de Enfermagem, Auxiliar/Técnico de Laboratório.
RESULTADOS ESPERADOS
Avaliação da função renal e excreção diária de substâncias na urina. As substâncias mais avaliadas neste exame
são: a albumina, as proteínas totais e o clearence de creatinina e ureia.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Etiquetas de código de barras;
Frasco para coleta de urina de 24 horas;
Luvas de procedimentos;
Mapas impressos padronizados para registros das amostras enviadas;
Caneta;
Protocolo de retirada de resultados de exames;
Relatório de envio de material;
Saco plástico com fita inviolável para transporte.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Preparo e Orientações ao Usuário para a Coleta de Urina de 24 horas
O usuário deverá ser informado sobre o horário de coleta na unidade.
O profissional prescritor deverá orientar o usuário sobre o local de retirada do recipiente para a coleta do
clearence/urina de 24 horas.
Oriente o usuário a, ao levantar pela manhã, desprezar toda a urina contida na bexiga e anotar o horário.
A partir desse momento, toda vez que urinar, durante o resto do dia e também à noite, ele deverá recolher
integralmente a urina de cada micção, colocando-a no mesmo frasco de coleta. Este deve ser bem fecha-
do e guardado em refrigerador, entre as micções.
Armazene toda a urina colhida em recipiente descartável ou garrafas vazias de água mineral. Não use
outra embalagem.
Se a quantidade de urina for maior do que o frasco comportar, use frascos adicionais (quantos forem ne-
cessários), para conter todo o volume de 24 horas.
Na manhã seguinte, o usuário deverá coletar toda a urina contida na bexiga e encerrar a coleta no horário
correspondente ao horário que desprezou a primeira micção da véspera.
Durante as 24 horas de coleta, a ingestão de líquidos deve ser a habitual e o usuário deve manter sua
rotina diária.
174
Todo o volume urinário coletado nas 24 horas deverá ser encaminhado ao laboratório logo após ser reti-
rado do refrigerador.
Ao término da coleta de urina, vá ao laboratório para a entrega da mesma e efetue a coleta de amostra
de sangue, se for o caso, como, por exemplo, na coleta para a realização de clearence de creatinina. Neste
caso, utilize um tubo de soro gel. Não é obrigatório o jejum quando coletar o sangue apenas para este
exame.
CUIDADOS
Deverão constar no pedido médico a altura e o peso do usuário.
175
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Medicina Laboratorial para coleta de sangue
venoso – 2 ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.
176
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Auxiliar/Técnico de Enfermagem, Auxiliar/Técnico de Laboratório.
RESULTADOS ESPERADOS
Detectar a presença nas fezes de gorduras; ovos e cistos; rotavírus; hemoglobina; e substâncias redutoras.
Utilizado no auxílio diagnóstico.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bloco de trâmite;
Coletor para fezes com pá;
Etiquetas de código de barras;
Luvas de procedimentos;
Mapas impressos padronizados para registros das amostras enviadas;
Materiais administrativos cabíveis;
Protocolo de retirada de resultados de exames;
Relatório de envio de material;
Saco plástico com fita inviolável para transporte.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Preparo e Orientações ao Usuário para a Coleta de Fezes
O usuário deverá ser informado sobre o horário de coleta e a entrega de material biológico na unidade.
O profissional prescritor deverá orientar o usuário sobre necessidade de dieta.
O profissional prescritor deverá orientar o usuário sobre o local de retirada do coletor para fezes com pá.
CUIDADOS
Observar a integridade do material e, quando alterado, solicitar substituição (nova amostra).
Observar a obrigatoriedade da lavagem das mãos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Medicina Laboratorial para coleta de sangue
venoso – 2 ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.
178
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir a dispensação correta de insulinas e insumos para pessoas com diabetes nas Unidades de Atenção
Primária (UAP).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material de escritório;
Geladeira;
Insulinas;
Lancetadores;
Lancetas;
Seringas agulhadas;
Glicosímetros;
Tiras de glicemia.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Observe a validade das prescrições. A validade da receita deve ser determinada pelo Médico.
A prescrição de insulina, sem especificação de validade na receita, terá validade para dispensação de até
6 meses.
Deve ser dispensada insulina suficiente para 30 dias de uso, segundo posologia prescrita. Cada frasco
contém 100UI/ml.
Confirme se o usuário possui todos os insumos necessários para a administração da insulina e o controle
da glicemia capilar, como: glicosímetros, tiras de glicemia, lancetadores, lancetas e seringas.
Somente os usuários cadastrados nas Unidades de Atenção Primária (UAP) poderão retirar a insulina e os
insumos.
Para a dispensação de glicosímetro é necessário que o usuário tenha prescrição médica referente à neces-
sidade do aparelho e preencha o termo de responsabilidade. Os demais insumos são fornecidos mensal-
mente, em quantidade suficiente para uso em 30 dias, de acordo com a prescrição. Se o quantitativo de
insumos não estiver descrito, será fornecido o que consta na recomendação da Gerência de Diabetes em
Ofício Circular S/SUBPAV/SAP n° 13/2015, que trata sobre a dispensação de insumos para pessoas com dia-
betes em uso de insulina, residentes no Rio de Janeiro. Disponível no link https://subpav.org/download/
oficios/Oficio_Circular_SAP_n_13_2015.pdf
179
As insulinas devem ser armazenadas em geladeiras, e o local mais adequado é a prateleira próxima à
gaveta de legumes, pois as prateleiras e gavetas próximas ao freezer podem expor a insulina a tempera-
turas inferiores a +2ºC, ocasionando congelamento e perda de efeito. A porta da geladeira também não
é indicada para seu armazenamento, já que as frequentes aberturas de porta causam grande mobilidade
no frasco e variação da temperatura da insulina, podendo danificá-la.
A insulina que está em uso poderá ser mantida em temperatura ambiente (de +15ºC a +30ºC). Nesse caso,
deixar o frasco no lugar mais fresco da casa como, por exemplo, perto do filtro de água.
O frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos, para misturá-la antes de aspirar seu con-
teúdo. O usuário deve ser orientado a não agitar o frasco e a não utilizar a insulina se notar mudança na
cor e presença de grânulos.
Informe sobre a validade da insulina após aberta (28 dias).
Confirme se o usuário entendeu corretamente todas as informações relevantes, principalmente a dose, a
frequência e a forma de administração, ressaltando a importância de realizar o rodízio nos locais de apli-
cação, entre outras informações relevantes. Caso negativo, um profissional da equipe deverá ser acionado
para dar as orientações corretas e necessárias.
CUIDADOS
A dispensação deverá ser ajustada para a forma de apresentação dos insumos.
A informação ao usuário deve ser simples, clara e compreensível, a fim de facilitar a sua adesão à terapêu-
tica instituída.
O Farmacêutico deve acompanhar o usuário e avaliar o uso da insulina dispensada, sempre que necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Caderno de Atenção Básica Nº36 – Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção à Saúde – DIABETES
MELITUS.
Ofício Circular S/SUBPAV/SAP n° 13/2015 – sobre a dispensação de insumos para pessoas com diabetes, em
uso de insulina, residentes no Rio de Janeiro. Disponível em: https://subpav.org/download/oficios/Oficio_
Circular_SAP_n_13_2015.pdf
180
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Farmacêutico e Técnico de Farmácia.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar que os medicamentos sejam entregues ao paciente certo, com esquema correto, na dose pres-
crita, na quantidade adequada e que sejam fornecidas todas as informações adequadas para o seu uso.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Formulários de solicitação de medicamentos;
Computador com acesso à internet;
Acesso ao Sistema Operacional Logístico de Medicamentos (SICLOM);
Medicamentos Antirretrovirais (ARV) em estoque.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba e confira os dados contidos no Formulário de Solicitação de Medicamentos.
Inicie a entrada de dados no Sistema Operacional Logístico de Medicamentos (SICLOM) conforme a ca-
tegoria do usuário SUS, sempre com o cuidado de anotar corretamente o lote e a data de validade dos
medicamentos dispensados.
Ao final da dispensa, observe se houve crítica clínica pelo sistema – Sistema Operacional Logístico de
Medicamentos (SICLOM) sempre alerta em caso de crítica impeditiva de dispensação. Nesses casos, o Far-
macêutico da Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM) deverá entrar em contato com o Médico
Assistente e procurar esclarecer ao mesmo os motivos que levaram à impossibilidade de dispensação dos
medicamentos.
Separe os medicamentos antirretrovirais solicitados.
Confira todos os medicamentos dispensados em conjunto com o usuário, e realize as orientações, verifi-
cando previamente o que já foi informado pelo Médico prescritor e o que o paciente já sabe:
Identificação dos medicamentos;
Posologia correta e adequação de horários à rotina do usuário;
Armazenamento, conservação e transporte dos medicamentos.
CUIDADOS
Todas as prescrições devem seguir o Protocolo de Condutas e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a Te-
rapia Antirretroviral e suas atualizações. É permitido dispensar os Medicamentos Antirretrovirais (ARV)
em cópia Xerox de formulários ou impressos, desde que o nome do Médico e o número do CRM estejam
legíveis e com assinatura original.
A prescrição é feita exclusivamente por profissional Médico.
181
Prestar informações de forma clara, simples e abrangente, em função das necessidades de cada pessoa,
de seu nível socioeconômico e cultural e do tipo de medicamento prescrito. O usuário deve ser sensibili-
zado para uma adequada adesão à terapia.
O módulo SICLOM Operacional permite a dispensa dos medicamentos ARV para os usuários de diversas
categorias (gestantes, parturientes, recém-nascidos de mães HIV+, profilaxia pós-exposição – PEP e profi-
laxia pré-exposição – PrEP), e reconhece cada categoria de usuário SUS a fim de facilitar o gerenciamento
das dispensas.
A baixa no Sistema Operacional Logístico de Medicamentos (SICLOM) deverá ser feita no ato da entrega
dos medicamentos. Caso não seja possível, a entrada dos dados deverá ser feita o mais breve possível.
Nos casos em que não seja possível consultar o SICLOM, a atenção sobre os esquemas e medicamentos
dispensados deve ser redobrada, evitando a entrega dos medicamentos de esquemas que não são utili-
zados pelo usuário (troca de esquema, mudança de posologia e abandono de tratamento, por exemplo).
NOTAS
Formulários de solicitação de medicamentos disponíveis na plataforma SUBPAV (https://subpav.org):
1. Formulário de Solicitação de Medicamentos – Tratamento: https://subpav.org/SAP/protocolos/arquivos/
DOENCAS_TRANSMISSIVEIS/INFEC_SEXUALMENTE/formulario_tarv.pdf
2. Formulário de Solicitação de Medicamentos – Profilaxia: https://subpav.org/SAP/protocolos/arquivos/
DOENCAS_TRANSMISSIVEIS/INFEC_SEXUALMENTE/formulario_de_dispensacao_de_arv_profilaxia.
pdf
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil, Ministério da Saúde. Protocolo de Assistência Farmacêutica em DST/AIDS. Brasília, 2010. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_assistencia_farmaceutica_aids.pdf.
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Saúde. Manual de Boas Práticas para
unidades dispensadoras de medicamentos antirretrovirais do Município do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro,
2018.
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Saúde. Manual de Instruções, Diretrizes
e Procedimentos Operacionais da Assistência Farmacêutica. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: http://
subpav.org/download/assfarm/assfarm_Diretrizes_AF_na_SMSDC_SUBPAV.pdf.
Brasil, Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV
em Adultos. Brasília, 2017. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2013/protocolo-clinico-e-
diretrizes-terapeuticas-para-manejo-da-infeccao-pelo-hiv-em-adultos.
182
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Farmacêutico ou Oficial de Farmácia.
RESULTADOS ESPERADOS
Entrega do medicamento correto, em quantidade suficiente para o tratamento proposto e com a prestação
das devidas orientações sobre a utilização e a conservação, prezando pelo uso racional e seguro de medi-
camentos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Receituário com o medicamento fitoterápico prescrito por profissional habilitado;
Medicamento fitoterápico.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba o usuário de forma cordial.
Analise a prescrição, verificando o nome correto dos medicamentos fitoterápicos, a dosagem, a posolo-
gia, e a interação com medicamentos e alimentos. Em caso de dúvidas ou incompatibilidades, registre a
ocorrência e converse com o Médico.
Separe o medicamento, confrontando-o com a receita no ato da entrega e verificando a data de validade.
Oriente o usuário e/ou a família, avaliando o grau de entendimento das informações prestadas. É impor-
tante pedir que ele repita pontos importantes da orientação, de modo que possa ser assegurado o seu
entendimento sobre o uso correto do fitoterápico. Esclareça os pontos mais importantes e dúvidas exis-
tentes.
Realize inspeção física do medicamento para identificar alterações no produto ou nas embalagens antes
da dispensação.
Entregue ao usuário quantas embalagens forem necessárias para o cumprimento do tratamento propos-
to, salvo em caso de protocolo estabelecido.
Registre nas receitas a data e a quantidade do medicamento fitoterápico dispensado e assinale aquele
que não foi atendido. Date os receituários, assine e carimbe as duas vias, e entregue uma das vias ao
usuário.
Guarde a cópia da receita para compor a estatística de consumo da unidade de saúde.
Registre a saída em sistema informatizado (Prontuário Eletrônico) ou em planilha física, na ausência destes
prontuários.
183
CUIDADOS
Coletar e registrar ocorrências de reações adversas e efeitos colaterais relativos ao uso de medicamentos,
devendo ser informado à Farmácia de Manipulação de Fitoterápicos do Município do Rio de Janeiro pelo
e-mail farmaciaviva.sms.rj@gmail.com com cópia para a Área Técnica de Práticas Integrativas e Comple-
mentares pelo e-mail propicsms@gmail.com
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência farmacêutica na atenção básica – Instruções Técnicas para a sua
organização. 2002.
184
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista.
RESULTADOS ESPERADOS
Obtenção de informações detalhadas sobre a saúde física e psicológica atual, enfermidades pregressas, ante-
cedentes familiares, hábitos e situação socioeconômica, além de conhecer a situação epidemiológica de saúde
bucal na área da Estratégia Saúde da Família (ESF).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipo odontológico, quando realizado no consultório, ou luz natural, em espaços sociais identificados;
Kit clínico odontológico básico (espelho, sonda exploradora, sonda milimetrada e pinça de algodão);
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Máscaras;
Luvas;
Toucas/gorros descartáveis;
Óculos de proteção;
Jaleco.
Caneta;
Prontuário Eletrônico.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. Realize a anamnese:
1.1. Identificação;
1.2. Queixa principal;
1.3. História buco-dental passada e atual;
1.4. História médica passada e atual;
1.5. História médica atual e passada;
1.6. Hábitos.
2. Realize exame físico extra e intrabucal. O exame da boca deve ser feito de maneira ordenada e completa,
examinando-se pausadamente cada estrutura com a certeza de não ter omitido nenhum detalhe.
2.1. Descreva e anote as lesões;
2.2. Formule as hipóteses de diagnóstico;
2.3. Realize exames complementares;
2.4. Estabeleça o diagnóstico final;
2.5. Quando possível, realize o tratamento;
2.6. Encaminhe, quando necessário.
185
Observação: As anotações em prontuário referentes à condição de saúde bucal do usuário deverão ser fei-
tas pela Equipe de Apoio da Saúde Bucal (Auxiliar em Saúde Bucal – ASB ou Técnico em Saúde Bucal – TBS)
ou pelo Cirurgião-Dentista.
CUIDADOS
A anamnese é realizada tanto nos atendimentos de demanda espontânea como nos atendimentos agen-
dados. No caso de um atendimento de urgência, o usuário é atendido somente para alívio sintomático e
é agendado para a continuação do tratamento.
Ficar em alerta para sinais de risco e níveis de prioridade de acordo com a vulnerabilidade apresentada
pelo usuário (cidadão).
Explicar ao usuário (cidadão) o funcionamento do serviço.
Recomenda-se uma consulta odontológica programática por ano por pessoa.
Tudo que for observado durante o exame clínico deve ser transcrito fiel e pormenorizadamente no pron-
tuário clínico adequado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Qualidade e resolutividade na atenção básica: recomendações de
semiologia. Dez, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Programa Saúde da Família: equipes de saúde bucal /
Ministério da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
186
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB).
RESULTADOS ESPERADOS
Realização de procedimentos clínicos previstos no plano terapêutico.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipo odontológico, quando realizado no consultório, ou luz natural, em espaços sociais identificados;
Kit clínico odontológico básico (espelho, sonda exploradora, sonda milimetrada e pinça de algodão);
Instrumentais e insumos odontológicos necessários para o procedimento clínico programado;
Prontuário Eletrônico do cidadão;
Equipamento de Proteção Individual (EPI).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba o usuário cordialmente e com amabilidade, após o mesmo já ter passado pela escovação supervi-
sionada pelo Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) / Técnico em Saúde Bucal (TSB).
Observação: A escovação supervisionada está suspensa durante a Pandemia de COVID-19. Orienta-se
que o usuário já venha com a higiene bucal realizada ou efetue este procedimento no banheiro da unida-
de de saúde, antes da entrada no setor.
Posicione o usuário na cadeira odontológica que, com o auxílio do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), colocará
o avental descartável e os óculos de proteção no usuário.
Ofereça o guardanapo ao usuário.
Ofereça ao usuário a solução de clorexidina 0,12%, para bochecho pré-procedimento.
Higienize as mãos.
Paramente-se com o Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Abra os instrumentais estéreis previamente selecionados de acordo com o procedimento programado
sobre a mesa auxiliar no campo de visão do usuário, observando a conservação da embalagem assim
como a data de validade da esterilização dos mesmos. Se a embalagem estiver danificada, não utilize.
Faça o ajuste da cadeira e do refletor.
Execute o procedimento programado, segundo as normas e os protocolos descritos na literatura.
Ao final dos procedimentos, remova os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) descartáveis, de acor-
do com a ordem de desparamentação. Lave as mãos nos momentos adequados durante as etapas deste
processo, segundo as normas e os protocolos descritos na literatura.
O Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) deve remover o Equipamento de Proteção Individual (EPI) do usuário.
Faça as orientações de conduta pertinentes ao tratamento.
187
Agende o retorno do usuário e, se necessário, o encaminhe para os Centros de Especialidades Odontoló-
gicas (CEO). Em seguida, dispense o usuário.
Após o atendimento, coloque o material utilizado cuidadosamente no local de destino, para que seja lim-
po e esterilizado, conforme preconizado.
Anote todas as informações pertinentes ao atendimento no Prontuário Eletrônico do cidadão.
CUIDADOS
Realizar, quando possível, atendimento a quatro mãos, com uso de sugador e isolamento relativo modi-
ficado.
Após o atendimento a cada usuário, na própria torneira da cuspideira, sugar abundantemente com água,
para limpar a borracha do sugador.
Diariamente deverá ser preparada uma solução com 0,3ml de hipoclorito de sódio a 1% em 500ml de
água, para abastecer o reservatório de água que leva refrigeração às peças de mão. Ao final do dia, este
reservatório deverá ser esvaziado, para que seja realizada a limpeza com escovas apropriadas, impedindo
a formação de biofilme.
Os materiais perfurocortantes devem ser depositados nas caixas coletoras destinadas para tal.
Os tubetes de anestésicos usados e o saco plástico contendo lixo contaminado devem ser depositados
em recipientes para resíduos infectados.
Resíduos de amálgama devem ser acondicionados em frascos plásticos identificados, contendo água su-
ficiente para cobri-los e tampa, e posteriormente deve ser encaminhado para coleta especial de resíduos
contaminados.
As pontas de baixa rotação (micromotor) e alta rotação devem ser limpas, lubrificadas e autoclavadas a
cada usuário.
A alça do refletor, a bancada de trabalho, as alças da mesa auxiliar, a seringa tríplice e as pontas dos apa-
relhos de fotopolimerização devem ser protegidas com barreira plástica ou filme PVC e trocadas a cada
consulta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Qualidade e resolutividade na atenção básica: recomendações de
semiologia. Dez, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Programa Saúde da Família: equipes de saúde bucal /
Ministério da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
188
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista.
RESULTADOS ESPERADOS
Alívio da dor bucal, controle da infecção e do trauma dental. Espera-se que os usuários que não pertençam ao
território de responsabilidade da unidade recebam o primeiro atendimento e, somente depois, sejam direcio-
nados para sua unidade de referência.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipo odontológico, quando realizado no consultório, ou luz natural, em espaços sociais identificados;
Kit clínico odontológico básico (espelho, sonda exploradora, sonda milimetrada e pinça de algodão);
Instrumentais odontológicos necessários para o procedimento clínico;
Prontuário Eletrônico do cidadão;
Equipamento de Proteção Individual (EPI).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Realize consulta odontológica imediata, em caráter de urgência e com a realização dos procedimentos
clínicos indicados para a resolubilidade do caso.
Proporcione o alívio da dor. A maioria dos casos que leva à busca dos serviços odontológicos refere-se à
dor e ao desconforto, sendo o alívio da dor o principal tratamento demandado.
Em caso de Pulpite Aguda Irreversível, realize o procedimento adequado ao caso, a saber:
O procedimento de pulpotomia refere-se ao tratamento da polpa coronal, mantendo a vitalidade e a
funcionalidade da polpa radicular em dentes decíduos e permanentes;
O procedimento de acesso à polpa refere-se à remoção da polpa dentária da câmara pulpar com ex-
tirpação da polpa radicular e medicação.
Em caso de Abscesso Dentário Localizado, o tratamento alia terapia medicamentosa e tratamento ope-
ratório, que consiste basicamente na drenagem do abscesso e posterior eliminação da causa da infecção.
Quando houver necessidade de endodontia, faça o acesso endodôntico e o curativo de demora, com
posterior encaminhamento para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).
Nos casos de lesões de cárie avançadas e/ou doença periodontal, o alívio da dor é alcançado por meio da
remoção do tecido cariado, acesso endodôntico ou exodontia do elemento dentário afetado, após avalia-
ção clínica do Cirurgião-Dentista.
CUIDADOS
As urgências odontológicas classificadas com gravidade que requeiram procedimentos relacionados a
outro nível de complexidade devem ser devidamente encaminhadas por meio da Regulação, não caben-
do orientar o usuário a procurar outra unidade de saúde sem o devido referenciamento.
O acesso ao atendimento deve ser gerenciado pela equipe de Saúde Bucal (eSB) junto com a equipe de
Saúde da Família (eSF).
Na recepção da unidade, ao receber qualquer demanda para a Saúde Bucal, cabe ao Agente Comunitário
de Saúde (ACS) acionar a equipe de Saúde Bucal (eSB) e encaminhar o usuário para esse atendimento.
Ficar em alerta para sinais de risco e níveis de prioridade de acordo com a vulnerabilidade apresentada
pelo usuário (cidadão).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE SECRETARIA ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA.
Protocolo de intervenção odontológica em áreas de difícil acesso. Brasília. 2011.
NETO JJSM, GONDIM JO. Traumatismo dentário: protocolo de atendimento. 1 Ed. Fortaleza: Pouchain
Ramos, 2007. 112p.
190
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Equipe de Saúde Bucal (eSB).
RESULTADOS ESPERADOS
Atuação na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais, visando mudar atitudes em relação ao
processo saúde-doença, de modo que o usuário possa atuar com autonomia, ativamente e consciente de seu
papel e da importância das ações.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Kit de higiene dental distribuído pelas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAP), contendo:
Escova dental;
Pasta dental;
Fio dental.
Flúor gel;
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Luvas de procedimentos,
Gorro;
Máscara;
Óculos de proteção;
Jaleco.
Escovário.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Procedimentos coletivos realizados por Cirurgião-Dentista e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) / Técnico em
Saúde Bucal (TSB) – sob a supervisão do Cirurgião-Dentista.
Orientação e estimulação da população a incorporar hábitos de higiene bucal, contribuindo para a pre-
venção de doenças bucais, mais especificamente cárie dentária e doença periodontal.
Atividades assistenciais programadas, precedidas de orientação sobre a escovação dental supervisionada
no escovário e aplicação tópica de flúor.
CUIDADOS
Diante de uma negativa por parte do usuário, a equipe de Saúde Bucal (eSB) deverá respeitar a posição
do mesmo, procurando conversar sobre o sentido dessa ação para a qualidade do atendimento e desse
hábito para a saúde bucal dele e de sua família.
Nas atividades com usuários menores de idade, é importante ter autorização dos responsáveis em caso
de ausência dos mesmos.
191
Quanto à demanda espontânea, se a unidade dispuser do kit de Saúde Bucal, deverá oferecê-lo com as
devidas orientações ao usuário sobre a técnica da escovação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 11.889, de 24 de Dezembro de 2008. Regulamenta o exercício das Profissões de Técnico em
Saúde Bucal (TSB) e de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde
Bucal – Cadernos de Atenção Básica, n. 17. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: 2008. 92p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de
Especialidades em Saúde Bucal. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: 2008. 128p.
LIMA JÚNIOR, Ivo Aurélio. Estudo sobre a integração e coordenação assistencial entre os serviços de
atenção primária e especializados em saúde bucal da área de planejamento 3.1 da cidade do Rio de
Janeiro.
Dissertação (Mestrado) – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2016. 171p.
RIO DE JANEIRO (Município) – Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, 27 de Janeiro de 2007 –
Publicação das Diretrizes de Atendimento e dos Protocolos das Especialidades.
192
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
POP F41 – Visita Domiciliar (VD) Realizada pela Equipe de Saúde Bucal
EXECUTANTE
Equipe de Saúde Bucal (eSB).
RESULTADOS ESPERADOS
Ampliar o acesso, qualificar os atendimentos, fortalecer o vínculo com a população adscrita identificando os
usuários vulneráveis que necessitam de atendimento prioritário, e identificar e encaminhar os usuários para
atendimento na Unidade de Atenção Primária (UAP).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de Proteção Individual (EPI);
Instrumentais odontológicos;
Kit clínico odontológico básico (espelho, sonda exploradora, sonda milimetrada e pinça de algodão);
Prontuário próprio.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Atendimento aos usuários que necessitem receber cuidados em domicílio (acamados, com dificuldade de
locomoção, obesidade mórbida, em isolamento social etc.).
Identificação das atividades que possam ser desenvolvidas na comunidade, com vistas à promoção da
saúde bucal.
CUIDADOS
Recomenda-se que o Cirurgião-Dentista utilize o seu turno de visita prioritariamente para realizar os aten-
dimentos em domicílio dos usuários identificados previamente pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS)
e/ou pelos demais profissionais da equipe de Saúde Bucal (eSB) – Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e Técnico
em Saúde Bucal (TSB) – ou por outro profissional da equipe multidisciplinar da equipe de Saúde da Famí-
lia (eSF).
Tudo que é observado durante o exame clínico deve ser transcrito fiel e pormenorizadamente no pron-
tuário clínico adequado de Visita Domiciliar (VD).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 11.889 de 24 de Dezembro de 2008. Regulamenta o exercício das Profissões de Técnico de
Saúde Bucal – TSB – e de Auxiliar de Saúde Bucal – ASB.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde
Bucal – Cadernos de Atenção Básica, n. 17. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: 2008. 92p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de
Especialidades em Saúde Bucal. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: 2008. 128p.
193
LIMA JÚNIOR, Ivo Aurélio. Estudo sobre a integração e coordenação assistencial entre os serviços de
atenção primária e especializados em saúde bucal da área de planejamento 3.1 da cidade do Rio de
Janeiro.
Dissertação (Mestrado) – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2016. 171p. RIO
DE JANEIRO (Município) – Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, 27 de Janeiro de 2007 – Publicação
das Diretrizes de Atendimento e dos Protocolos das Especialidades.
194
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Profissional habilitado e cadastrado junto ao gestor local.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar as orientações técnicas e o fluxo de encaminhamento relacionado à emissão do Certificado Inter-
nacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), documento que comprova a vacinação contra a febre amarela e/ou
outras doenças para quem precisa se deslocar para Área com Recomendação de Vacinação (ACRV).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador com acesso ao sistema CIVNET (https://civnet.anvisa.gov.br);
Papel branco A4;
Carimbo com identificação da Unidade Responsável pela emissão do Certificado Internacional de Vacina-
ção ou Profilaxia (CIVP).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Vacinar o usuário ou conferir o comprovante de vacina previamente realizada e solicitar documento de
identidade original com foto.
Emitir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) mediante a presença física do interes-
sado, uma vez que a emissão está condicionada à assinatura do viajante, conforme previsto na RDC nº 21,
de 31/03/2008, inciso III do Art. 1º do Anexo II.
O cartão de vacinação deve estar preenchido corretamente com a data de administração, o fabricante e
o lote da vacina, assinatura legível do profissional que realizou a aplicação e identificação da unidade de
saúde onde ocorreu a aplicação da vacina.
São aceitos como documentos de identidade a Carteira de Identidade (RG), o Passaporte, a Carteira Nacio-
nal de Habilitação (CNH – carteira de motorista) válida, entre outros documentos. A população indígena
que não possui documentação está dispensada da apresentação de documento de identidade.
Para criança ou adolescente menor de 18 anos, a apresentação da Certidão de Nascimento é aceita para
menores de 18 (dezoito) anos. Ressalta-se que crianças a partir de 9 (nove) meses já começam o esquema
de vacinação. Não é necessária a presença da criança ou adolescente menor de 18 (dezoito) anos quando
os pais ou responsáveis deste solicitarem a emissão do seu Certificado Internacional de Vacinação ou Pro-
filaxia (CIVP) nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante.
Para a obtenção de 2ª via do comprovante de vacinação contra a Febre Amarela ou Certificado Interna-
cional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), a indicação é que o usuário entre em contato com o local onde
foi realizada a vacinação para o resgate da 2ª via ou algum Centro de Orientação ao Viajante (COV) mais
próximo de sua residência, se for para CIVP.
195
Imagem 1 – Normas para emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP)
Atendimento Presencial
As unidades emissoras da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) continuam a parceria
com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), realizando a emissão presencial do Certificado
Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), mediante o pré-cadastro que o usuário deve fazer na plata-
forma da ANVISA.
Como obter:
Passo 1: Tomar a vacina em um posto de vacinação e obter o comprovante de vacinação contra a febre
amarela contendo todos os dados.
196
Passo 2: Realizar o pré-cadastro no site https://viajante.anvisa.gov.br, clicando na opção “Cadastrar viajan-
te”. O pré-cadastro não é obrigatório, mas agilizará o atendimento prestado para a emissão do certificado.
Passo 3: Comparecer a uma unidade de saúde credenciada para emissão do Certificado Internacional de
Vacinação ou Profilaxia (CIVP), portando documento de identidade com foto, o comprovante de vacinação
contra a febre amarela totalmente preenchido e uma comprovação da viagem internacional para o país que
possui exigência sanitária.
Passo 4: Ao receber o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) impresso ou manual da
unidade emissora, assinar no local indicado no certificado. Neste caso, a presença física do usuário na uni-
dade emissora do certificado é imprescindível para obter o documento, uma vez que a emissão presencial
é condicionada à assinatura do viajante, conforme previsto na Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº
21/2008 da ANVISA (inciso III do art. 1º do Anexo II).
Requisitos necessários:
Documento pessoal oficial;
Conta de e-mail;
Para cadastro de menores, o nome do responsável;
Comprovante de vacinação contra a febre amarela.
Como obter:
Passo 1: Tomar a vacina em um posto de vacinação e obter o comprovante de vacinação contra a febre
amarela contendo todos os dados.
Passo 2: Cadastrar-se e enviar a solicitação pelo site www.servicos.gov.br, anexando o documento de iden-
tidade e o comprovante de vacinação. O processo será analisado e, se aprovado somente por especialistas
da ANVISA, o usuário receberá uma mensagem por e-mail, de acordo com os dados informados no cadastro.
Passo 3: Ao receber o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) digital por e-mail, o usuário
deverá imprimir o certificado em formato A4 e assinar no local indicado do documento. Com emissão digi-
tal, o cartão dispensa a presença física do cidadão em um posto de atendimento.
Quando emitido por profissional Médico, deverá ser utilizado o modelo de atestado médico padronizado
pela ANVISA, disponível a seguir, observando-se:
I. Preenchimento completo e de forma legível dos dados em inglês;
II. Identificação do profissional Médico e do local onde for efetuado o atendimento;
III. Parecer médico de contraindicação de vacinação ou profilaxia utilizando o Modelo do Formulário de
Isenção de Vacinação ou Profilaxia.
197
Imagem 2 – Modelo do Atestado de Isenção
O serviço de emissão do Certificado Internacional no Município do Rio de Janeiro está sendo realizado nas
Unidades de Atenção Primária da SMS-Rio relacionadas a seguir:
Centro de Orientação ao Viajante (COV) ANVISA Galeão: atendimento de 2ª a 6ª feira das 8h às 18h e
sábados das 8h às 12h.
Local: Av. Vinte de Janeiro s/nº – Terminal 2 (Aeroporto Internacional Tom Jobim – Galeão) – Ilha do Gover-
nador.
Telefones: 3398-2377 / 3398-2108.
Centro de Orientação ao Viajante (COV) Campos dos Goytacazes: atendimento de 2ª a 6ª feira das 8h às
17h (não há atendimento em finais de semana, feriados e pontos facultativos).
Local: Rua Voluntários da Pátria, nº 187, Centro – Campos dos Goytacazes/RJ.
Telefones: (22) 2733-2820 / 2726-1378 / 2722-0805.
E-mail: epidemio.sms@campos.rj.gov.br
CUIDADOS
A vacina contra a Febre Amarela deve ser tomada com antecedência de, no mínimo, 10 (dez) dias antes
da viagem.
A emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) é gratuita.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Manual do Centro de Orientação de Viajante. Brasília, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília, 2014.
ANVISA. RDC nº 21. Dispõe sobre a Orientação e Controle Sanitário de Viajantes em Portos, Aeroportos,
Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados. Brasília, 2008.
199
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde públicos ou privados.
RESULTADOS ESPERADOS
Notificação dos agravos e doenças listados em Portaria Ministerial, para subsidiar políticas públicas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Ficha de notificação específica do Ministério da Saúde (MS) com os respectivos instrutivos;
Materiais disponíveis no link http://prefeitura.rio/web/sms/exibeconteudo?id=871441
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Preenchimento das fichas de notificação, completando o máximo possível de campos com as informa-
ções disponíveis no momento.
Nas doenças e agravos de notificação imediata (24 horas), assim como nos casos graves e internados, co-
municar por e-mail ou telefone no horário comercial:
Serviços de Vigilância em Saúde de referência; ou
Coordenação de Vigilância Epidemiológica (CVE); ou
Coordenação de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
De segunda a sexta após as 18h, e aos sábados, domingos e feriados o contato deverá ser feito pelo tele-
fone (21) 98000-7575 do plantão CIEVS RIO.
CUIDADOS
Informar o caso ao Serviço de Vigilância em Saúde (SVS) da área para continuidade das ações de investi-
gação epidemiológica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Ministério da Saúde, 2017. Brasil.
201
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Médico.
RESULTADOS ESPERADOS
Atestar a morte do usuário possibilitando o funeral e o destino adequado de seu corpo, como parte do proces-
so de cuidado (integralidade e longitudinalidade) no âmbito das boas práticas médicas em Atenção Primária à
Saúde.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Atestado de óbito;
Registro habilitado no CRM/RJ;
Caneta e Carimbo.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Receba os familiares (ou o informante do óbito) com escuta acolhedora e adequada.
Informe o Responsável Técnico (RT) Médico ou a Gerência da unidade sobre o ocorrido.
Obtenha o formulário de Atestado de Óbito junto à Administração da unidade de saúde.
Em caso de falecimento no domicílio, verifique no Prontuário Eletrônico, previamente à visita para a veri-
ficação do óbito, as informações pertinentes ao cuidado e ao estado de saúde do usuário.
Dirija-se ao local acompanhado do Agente Comunitário de Saúde (ACS) – de preferência da própria mi-
croárea.
Certifique-se do falecimento do usuário (observe as condições do corpo e do local do ocorrido).
Certifique-se das condições da morte (colha informações com familiares e presentes).
Preencha devidamente os campos do atestado, entregando-o aos familiares (responsáveis), mantendo a
3ª via para ser entregue na Administração da unidade.
Oriente os familiares sobre as medidas que viabilizam o sepultamento (obtenção da Certidão junto ao
Cartório com o Atestado de Óbito e documentos do falecido) – http://www.defensoria.rj.def.br/uploads/
arquivos/3cb23b18e2f942d88d9c31aff4d7e58e.pdf
Em caso de impedimento para o fornecimento do Atestado, oriente os familiares sobre a necessida-
de de envio do corpo para o Instituto Médico Legal (IML) – é responsabilidade da família acionar o IML
Afrânio Peixoto (Av. Francisco Bicalho, 300 – Centro, Rio de Janeiro/RJ, 20220-310 – Tel.: 2332-4700).
Relatar no Prontuário Eletrônico as condições encontradas na visita domiciliar e relatar o óbito do usuário.
202
CUIDADOS
Existem implicações legais com a emissão de um atestado de óbito. Por isso, algumas regras não devem ser
esquecidas. Os critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM nº 1-290/89) são:
Não assinar Atestados de Óbito em branco;
Verificar se todos os itens da identificação da declaração estão devidamente preenchidos;
Só atestar o óbito após tê-lo verificado pessoalmente (são imprescindíveis a assinatura, o nome completo
do Médico, o CRM e seu telefone);
É dever do médico atestar óbito de usuário ao qual vinha prestando assistência, ainda que o mesmo ocor-
ra fora do ambiente hospitalar (exceto quando se tratar de morte violenta ou suspeita);
No caso de morte violenta ou suspeita é vedado ao Médico assistente atestar o óbito, o que caberá ao
Médico legalmente autorizado. Verificar estes conceitos nos links abaixo:
Orientação prática de preenchimento: https://www.cremerj.org.br/publicacoes/download/187
Declaração de Óbito: Normas e Manuais Técnicos, Ministério da Saúde: https://www.cremerj.org.br/
publicacoes/download/149
Atestado de Óbito, aspectos médicos, estatísticos, éticos e jurídicos – Cremerj: https://www.cremerj.
org.br/publicacoes/download/202
Critérios para a emissão de declaração de óbito no âmbito do Estado do Rio de Janeiro (2018): http://
www.brasilsus.com.br/images/portarias/fevereiro2018/dia02/res1640.pdf
Cada formulário do Atestado de Óbito possui 3 (três) vias carbonadas:
A 1ª via (branca) e a 2ª via (amarela) devem ser entregues aos familiares, para viabilizar o registro em
Cartório e o sepultamento;
A 3ª via (rosa) deve ser levada à unidade, para envio à Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) da Coor-
denadoria Geral de Atenção Primária (CAP).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Para orientação à família da Gratuidade para Sepultamento: http://www.defensoria.rj.def.br/uploads/
arquivos/3cb23b18e2f942d88d9c31aff4d7e58e.pdf
Para “Atestado de Óbito, aspectos médicos, estatísticos, éticos e jurídicos” Cremerj: https://www.cremerj.
org.br/publicacoes/download/202
Define critérios para emissão de declaração de óbito no âmbito do Estado do Rio de Janeiro (2018):
http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/fevereiro2018/dia02/res1640.pdf
203
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST 1, CEREST 2 e CEREST 3.
RESULTADOS ESPERADOS
Assistência Integral em Saúde do Trabalhador – realização do Nexo de Causalidade entre o agravo à saúde do
trabalhador e o trabalho realizado por ele.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Sala climatizada;
Mesa;
3 cadeiras;
Computador;
Impressora;
Papel A4 para impressão;
Agenda para agendamento de usuários;
Canetas esferográficas para registros;
Lápis;
Borracha;
Lixeira para lixo comum;
Caneta marca-texto amarela;
Armário metálico com chave, para a guarda de material;
Arquivo metálico com pastas suspensas;
Envelopes para guarda de prontuários.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Captação e agendamento do usuário por livre demanda ou encaminhado.
Acolhimento e triagem: se elegível, agendar consulta individual, caso não seja elegível, retorna à Rede.
Realização da consulta individual, com orientações e solicitação documental, preenchimento da Comuni-
cação de Acidente de Trabalho (CAT), caso necessário.
Realização do Nexo Causal entre o agravo e o trabalho desenvolvido pelo trabalhador.
Preenchimento da Ficha de Notificação do SINAN, sempre que identificar e realizar o Nexo Causal.
Agendamento de retorno, para a identificação da efetividade ou não do Nexo Causal realizado.
204
Realizar encaminhamentos externos, se necessário.
Registro dos dados referente aos atendimentos, para a produção estatística e a divulgação de dados
quantitativos e qualitativos.
CUIDADOS
Observar atentamente o discurso do usuário, identificar as reais necessidades expostas por ele, pois, na
Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, é necessário estar atento às questões que permeiam o trabalho
executado por esse usuário, observando as possíveis questões sociais, emocionais, de assédio, trabalhis-
tas, entre outras, a fim de promover um atendimento e orientações com refinamento e qualidade técnica
que demanda essa atividade.
As Fichas do SINAN preenchidas mensalmente devem ser encaminhadas às Coordenadorias Gerais de
Atenção Primária (CAP), para que sejam digitadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Anamnese ocupacional: manual de preenchimento da Ficha Resumo de Atendimento
Ambulatorial em Saúde do Trabalhador (Firaast) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 52 p.:
il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Saúde do Trabalhador; 1).
MS. SAS. Área Técnica de Saúde do Trabalhador 2006. Diretrizes para Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador de Complexidade Diferenciada.
MS. SAS. Área Técnica de Saúde do Trabalhador 2006. Protocolo de Atenção à Saúde dos Trabalhadores –
Acidente de Trabalho.
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social, e dá outras
providências. Diário Oficial da União 1991; 25 jul.
Brasília: MPS; 2007. Ministério da Previdência Social. Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário. 2007.
205
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Profissional Farmacêutico do Serviço de Farmácia.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir o cumprimento da Portaria nº 344/98.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material de escritório;
Armário com cadeado e chave;
Livro de registro específico.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Nas dispensações de medicamentos controlados constantes da Portaria nº 344/98, é importante observar
em qual lista está inserido o medicamento, para verificar o tipo de receituário correto. As listas “A1” e “B1”
precisam de notificação de receita cor amarela e azul, respectivamente, e é limitada a 1 substância por
receita. A lista “C1” precisa de receituário de controle especial, em 2 vias, de cor branca, e é limitada a 3
substâncias por receita. Para ambos os receituários, observe se o preenchimento correto foi cumprido:
Escrita legível, quantidade do medicamento em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou
rasura, data da receita, assinatura e carimbo do prescritor;
A receita destes medicamentos é personalizada e intransferível;
As prescrições de Cirurgiões-Dentistas só poderão ser feitas quando for para uso odontológico;
As receitas possuem validade de 30 dias contados a partir de sua emissão, e são válidas em todo o
território nacional;
A prescrição em cada receita poderá conter, no máximo, 5 ampolas e, para as demais formas farma-
cêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente a, no máximo, 30 dias;
A Notificação de Receita ou a primeira via do receituário de controle especial deve ser retida na Far-
mácia, e a segunda via devolvida ao usuário, devidamente carimbada, como comprovante da dispen-
sação;
A Farmácia somente poderá dispensar o medicamento quando todos os campos da receita estiverem
devidamente preenchidos;
No verso do receituário retido e/ou da notificação de receita, registre o atendimento da unidade com
o nome do responsável pela dispensação, a data do atendimento e a quantidade do medicamento
dispensado.
Toda Farmácia que dispensar substância ou medicamento da Portaria nº 344/98, conforme o descrito
nesta Portaria, deverá escriturar e manter no estabelecimento, para efeito de fiscalização e controle, a
escrituração dos mesmos em Livro de Registro Específico de suas respectivas listas de substâncias psicoa-
tivas, próprio para farmácias.
206
Quando houver medicamentos controlados vencidos, seguir o POP A08 – Descarte de Medicamentos
Vencidos e encaminhar, em duas vias, a autorização para incineração para a Vigilância Sanitária (VISA)
municipal. Quando estiver carimbada pela Vigilância Sanitária (VISA) municipal, uma via deverá ser envia-
da juntamente com os medicamentos, no momento da retirada pela empresa especializada pela coleta, e
a outra via, após o registro de baixa nos referentes livros das listas “B1”, “B1ad” e “C1”, será arquivada junto
com as outras documentações referentes a medicamentos controlados da Portaria nº 344/98 e deverá ser
mantida no local por 2 anos. A baixa dos medicamentos vencidos nesses livros só será feita após recebi-
mento da “AUTORIZAÇÃO DE INCINERAÇÃO” e a retirada dos medicamentos por empresa especializada
em coleta de resíduos.
CUIDADOS
Todos os medicamentos controlados pela Portaria nº 344/98 devem ser guardados em armário trancado,
conforme descrito no POP A05 – Armazenamento de Medicamentos e Insumos no Serviço de Far-
mácia.
Como os medicamentos desta Portaria são considerados entorpecentes, qualquer problema de furto, ex-
travio ou qualquer situação que comprometa o controle efetivo desses medicamentos envolverá a Polícia
Federal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Instruções,
Diretrizes e Procedimentos Operacionais da Assistência Farmacêutica. Disponível em:
http://subpav.org/SAP/NAF/arquivos/biblioteca/assfarm_Diretrizes_AF_na_SMSDC_SUBPAV.pdf
207
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Profissional Farmacêutico do Serviço de Farmácia.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir a correta dispensação do medicamento ao usuário.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material de escritório;
Armário e estantes com cestos (bins);
Computador.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Gerais
Serão aceitas e dispensadas as receitas nas quais o medicamento tenha sido prescrito por profissional de
saúde, no exercício regular de suas funções no SUS, de usuários residentes do território, de acordo com o
Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011.
Todas as receitas emitidas pela unidade de saúde deverão ser prescritas e impressas por meio do sistema
de prontuário e-susAB, e deverão conter o nome do medicamento ou substância sob a forma de De-
nominação Comum Brasileira (DCB), com dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade e
posologia.
A informação do Cartão Nacional de Saúde (CNS) do usuário deverá ser obrigatória na prescrição. Os ca-
sos em que o paciente não possuir o referido documento deverão ser avaliados pelo Diretor, Gerente ou
Responsável Técnico Médico da unidade, sem prejuízo ao paciente. A sua autorização deverá estar forma-
lizada pelo aprovo, por meio de carimbo e assinatura no verso da receita.
As receitas externas de pacientes do território podem ser atendidas sem, necessariamente, serem regis-
tradas em prontuário. A farmácia deverá informar à equipe sobre os atendimentos de todas as receitas
externas dos usuários sob sua responsabilidade, preferencialmente no mesmo dia, principalmente aque-
les encaminhados pela própria unidade para consulta ou exames em outras unidades, para que essas
demandas sejam conhecidas pela equipe e registradas em prontuário.
Pacientes fora do seu território que se dirigirem à farmácia de outra unidade básica de saúde direciona-
dos pelo aplicativo “saude.rio” poderão retirar seus medicamentos, desde que munidos de receita que
atendam aos requisitos mínimos para a dispensação. É imprescindível informar ao paciente que a retirada
deverá ser feita, preferencialmente, na sua unidade de referência.
Para pacientes do território com receitas de medicamentos emitidas por consultórios ou instituições pri-
vadas, essas demandas deverão ser avaliadas pelo Médico da equipe e, na ausência desse profissional,
pelo Diretor, Gerente, Responsável Técnico Médico ou Farmacêutico da unidade. A sua autorização de-
208
verá estar formalizada pelo aprovo por meio de carimbo e assinatura no verso da prescrição. A farmácia
deverá quantificar essas excepcionalidades, a fim de avaliar o impacto na unidade ao atendimento dessa
demanda.
Todos os medicamentos dispensados no atendimento da receita deverão ser registrados no DISPENSAMED,
assim como em planilhas específicas, caso seja necessário.
A dispensação de insulina e insumos para pacientes diabéticos deve seguir o POP F34 – Dispensação
de Insulinas e Insumos para Diabetes, referente ao Ofício circular nº 13/2015, disponível na plataforma
SUBPAV (https://subpav.org), e os medicamentos dispensados deverão ser registrados no DISPENSAMED.
A idade mínima para a retirada de medicamentos básicos é de 16 anos, e para medicamentos controlados
é de 18 anos. Para a retirada de anticoncepcionais, a idade considerada será acima de 14 anos.
As receitas perderão sua validade em 30 dias, a partir da data de sua emissão, devendo ser renovadas pelo
prescritor, com exceção de:
Medicamentos de uso contínuo (ex.: hipertensão, diabetes e planejamento familiar) – prazo de 12 meses;
Medicamentos controlados – seguir o POP F46 – Medicamentos Controlados Portaria nº 344/98;
Receitas de antimicrobianos – a validade é de 10 dias, contados a partir de sua emissão;
Preservativos femininos e masculinos, e gel lubrificante – não necessita apresentação de receita;
Nenhum anti-inflamatório, analgésico, antitérmico e antibiótico deve ser considerado como 'uso con-
tínuo', exceto com justificativa técnica explícita na prescrição.
As prescrições médicas elaboradas para um período de tratamento superior a 30 dias deverão apresentar,
de maneira explícita e pelo Médico, a identificação do referido período de tratamento (até o limite de 180
dias) por meio da posologia e quantidade total de unidades farmacêuticas a serem utilizadas e/ou por
meio da descrição do tempo. A dispensação deverá ser de forma gradual, para cada 30 dias de tratamen-
to, obedecendo a posologia especificada pelo prescritor.
Específicas
O farmacêutico deve analisar as prescrições antes do início da separação dos medicamentos, conferindo
se todos os elementos de identificação da instituição, do paciente, do prescritor e a data estão disponíveis.
Analisar os medicamentos prescritos, evitando que possíveis erros de prescrição se tornem erros de dis-
pensação; solucionar todas as dúvidas, porventura existentes, diretamente com o prescritor, especialmen-
te aquelas relacionadas à grafia médica, eliminando interpretação ou dedução do que está escrito.
Analisar os medicamentos prescritos considerando os seguintes aspectos: dose, forma farmacêutica, con-
centração, via de administração, posologia, diluente, indicação, contraindicação, duplicidade terapêutica,
interação “medicamento-medicamento” e “medicamento-alimento”, e possíveis alergias.
O profissional não deverá separar simultaneamente prescrições diferentes.
Manter a organização do ambiente de dispensação, assegurando suficiente espaço e instrumentos de
trabalho que permitam a manutenção dos medicamentos devidamente separados por prescrição e por
paciente, até a sua dispensação, evitando que medicamentos prescritos e dispensados para um paciente
sejam entregues a outros.
Realizar a conferência dos medicamentos separados para dispensação, verificando se as informações dis-
poníveis no rótulo dos medicamentos são iguais às da prescrição.
Identificar os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância e fazer meticulosa revisão da
prescrição, realizar dupla checagem e dispensá-los.
Verificar se existem medicamentos com nomes ou embalagens semelhantes, dedicando especial atenção
à conferência dos mesmos e, se possível, identificá-los com cores diferentes.
209
CUIDADOS
Caso não conste a descrição do período, ou somente esteja especificado “uso contínuo”, os medicamen-
tos deverão ser dispensados para o prazo máximo de 30 dias de tratamento.
Conferir, no mínimo duas vezes, o medicamento a ser fornecido: ao retirar o medicamento da prateleira e
ao entregá-lo ao usuário. Orientar e solicitar que o usuário também confira o(s) medicamento(s) ao rece-
bê-lo(s) e antes de utilizá-lo(s).
Antes de dispensar o medicamento, realizar exame físico da embalagem e do conteúdo, para verificar se
existem alterações visíveis.
Orientar o paciente sobre o uso do medicamento, reforçando a importância da obediência da posologia
e dos horários.
Fornecer as bulas dos medicamentos, contidas nas respectivas embalagens, sempre que solicitado ou
necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Instruções,
Diretrizes e Procedimentos Operacionais da Assistência Farmacêutica. Disponível em: http://subpav.org/
SAP/NAF/arquivos/biblioteca/assfarm_Diretrizes_AF_na_SMSDC_SUBPAV.pdf
Nota Técnica ATS/NAF Central: Dispensação de Medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde da SMS-Rio
– Setembro/2019.
210
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Médico, Enfermeiro, Dentista e Nutricionista.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronização das solicitações de exames laboratoriais, boas práticas na solicitação de exames laboratoriais,
obtenção de banco de dados e diminuição de glosas na produtividade das unidades por incompletude de
dados.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Requisição de Exames Complementares;
Tabela de Bloqueios (Ofício Circular nº 30/2016 – S/SUBPAV/SIAP).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
As requisições de exames deverão ser realizadas obrigatoriamente via Prontuário Eletrônico. O laborató-
rio fica autorizado a não coletar a amostra que não estiver acompanhada da requisição do PEP (Profilaxia
Pós-Exposição de Risco).
Cabe aos prescritores (Médico, Enfermeiro, Dentista ou Nutricionista) o preenchimento de todos os cam-
pos da requisição de exames, via Prontuário Eletrônico (Ofício Circular nº 01/2018 – S/SUBPAV/SIAP).
Apenas serão aceitos pedidos manuais pelas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAP) nas seguintes
situações:
Nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAP) que não dispõem de Prontuário Eletrônico;
Em caso de falta de luz ou problemas técnicos de internet. Neste caso deverão conter obrigatoriamen-
te a assinatura e o carimbo do gerente da unidade, como autorizador.
Observações:
Toda requisição manuscrita deverá ser preenchida com caneta azul ou preta e de forma legível.
Toda requisição deverá ser assinada e conter o registro profissional do prescritor de forma legível.
Toda requisição deverá ser original, não podendo ser aceita cópia Xerox ou carbonada.
Toda requisição sem o preenchimento do CPF ou a Declaração de Nascido Vivo (DNV) deverá conter a
justificativa no verso, acompanhada da assinatura e carimbo do Diretor/Gerente ou, na ausência, do Res-
ponsável Técnico (RT) Médico/Enfermeiro da unidade.
211
CUIDADOS
Na requisição de exames deverá ser anotada a indicação clínica, peso, altura, última menstruação, como
também medicamentos que possam interferir no resultado. Tais dados são fundamentais para realização
e liberação do resultado de alguns exames.
Relação dos campos de preenchimento obrigatório nas requisições de exames complementares (Ofício
Circular nº 01/2018 –S/SUBPAV/SIAP):
CNES da unidade;
Cartão Nacional de Saúde – CNS profissional;
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO profissional;
Data;
Cartão SUS do usuário;
Sexo;
Nome do usuário;
Data de nascimento;
CEP;
Tipo de logradouro;
Nome do logradouro;
Número;
Complemento;
Bairro;
Assinatura do profissional solicitante;
Carimbo do profissional solicitante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ofício Circular nº 30/2016 – S/SUBPAV/SIAP.
212
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Enfermeiro, Auxiliar/Técnico de Enfermagem, Auxiliar/Técnico de Laboratório.
RESULTADOS ESPERADOS
Acondicionamento adequado do material biológico nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAP), em
conformidade com as normas de segurança biológica, e garantia de estabilidade das amostras biológicas
para a obtenção de resultados confiáveis.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Bloco de trâmite;
Mapas impressos padronizados para registros das amostras enviadas;
Materiais administrativos cabíveis;
Relatório de envio de material;
Saco plástico com fita inviolável para transporte.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Toda amostra biológica deve ser encaminhada ao laboratório acompanhada da requisição de exames
complementares devidamente preenchida.
No transporte de amostras biológicas deve-se observar:
A temperatura adequada ao transportar cada tipo de amostra. Quando for necessária refrigeração, as
amostras devem ser acondicionadas juntamente com gelo reciclável. Se necessário usar temperaturas
inferiores, utilizar gelo seco;
As amostras devem ser encaminhadas dentro de sacos plásticos (Imagens 1 a 4);
Imagens 1 a 4 – Amostras acondicionadas em sacos plásticos, para transporte.
213
Fotos: SMS-Rio.
O acondicionamento dos materiais biológicos para envio deve ser separado em grupos específicos e de
acordo com as orientações de temperatura ideal:
Acondicionar as amostras de sangue mantendo a temperatura ambiente preconizada de +15°C a
+30°C;
Acondicionar as amostras de urina e fezes mantendo a temperatura refrigerada preconizada de +2°C
a +8°C;
Acondicionar as amostras de preventivo em temperatura ambiente;
Acondicionar hemocultura, swab e biópsia em temperatura ambiente;
Acondicionar as amostras de líquidos nobres mantendo a temperatura refrigerada preconizada de
+2°C a +8°C;
Outras amostras, acondicionar de acordo com orientações do laboratório prestador do serviço e nor-
ma RDC nº 20/2014 – ANVISA.
214
CUIDADOS
O motorista deve retirar o trâmite e o relatório de envio de amostras da unidade devidamente preenchido
e assinado pelo responsável da coleta.
É obrigatório o preenchimento completo do trâmite com data e horário da chegada à unidade.
O relatório de envio é um documento que garante à unidade um controle de todos os materiais enviados.
A qualidade dos resultados dos exames laboratoriais está intimamente relacionada à fase pré-analítica,
que se inicia desde o preenchimento correto da requisição, a preparação do usuário, a coleta e a identifi-
cação da amostra, o armazenamento temporário da amostra no local de coleta, o transporte ao laborató-
rio até o recebimento e o cadastramento das amostras na sede laboratorial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Medicina Laboratorial. Fatores Pré-analíticos
e interferentes em ensaios laboratoriais – 1 ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2018.
215
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir o ressuprimento adequado do estoque dos medicamentos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material de escritório;
Cronograma de abastecimento;
Planilha padrão de importação.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. Solicitação dos medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica – PEDIDO AB
O pedido deve ser realizado de acordo com o cronograma de abastecimento elaborado pela Gerência
de Logística da SMS-Rio e enviado à sua Área Programática (AP).
No dia anterior à elaboração do pedido, deve ser realizado o inventário do estoque de medicamentos
da Farmácia.
Para confeccionar o pedido, utilizar a planilha padrão na qual deverá ser informado o Consumo Médio
Mensal (CMM) e o estoque atual da unidade. Sem estas informações não será possível fazer a importa-
ção do pedido.
A planilha padrão de pedido deve estar com o cabeçalho completo da unidade e não pode ter suas
linhas alteradas em hipótese alguma, para evitar problemas na importação do pedido.
A planilha de Pedido de Medicamentos da AB deve ser enviada ao Núcleo de Assistência Farmacêutica
(NAF) Regional de sua respectiva Área Programática (AP) no prazo previamente estabelecido no crono-
grama.
Todo medicamento sem movimentação ou com movimentação inferior a 10% do seu estoque nos
últimos 6 meses e que não tenham incidido em imprestabilidade ou dano devem ser disponibilizados
no pedido de Remanejamento.
216
Para a realização do pedido, utilizar a Planilha Padrão de Pedido do REQUER e enviá-la para o e-mail
central.naf@gmail.com, seguindo as instruções de preenchimento fornecidas pelo Núcleo de Assistên-
cia Farmacêutica (NAF) Regional da Área Programática (AP).
CUIDADOS
É muito importante que cada unidade calcule o Consumo Médio Mensal (CMM) de todos os medicamen-
tos e atualize-o periodicamente, a fim de conseguir fazer a solicitação de medicamentos dentro de sua
realidade e evitar o excesso ou a falta de medicamentos.
Caso haja excesso de medicamentos, os mesmos deverão ser disponibilizados para outras unidades e
informados ao Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Regional, para que se evite seu vencimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Instruções,
Diretrizes e Procedimentos Operacionais da Assistência Farmacêutica. Disponível em: http://subpav.org/
SAP/NAF/arquivos/biblioteca/assfarm_Diretrizes_AF_na_SMSDC_SUBPAV.pdf
Resolução Conjunta CGM/SMA Nº 055/2010 – Normas para movimentação, registro e controle dos
Materiais, para fins de contabilização, apropriação de custos e prestação de contas de Gestão.
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência Farmacêutica na Atenção Básica – Instruções Técnicas para a sua
organização. 2002.
217
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar o correto recebimento dos medicamentos e insumos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material escritório;
Nota Fiscal (NF);
Folha de Ocorrência (FO).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Verifique as condições de transporte dos produtos recebidos.
Não se ausente do local de recebimento, independentemente da quantidade de produtos.
Confira cada item recebido, comparando com a Nota Fiscal (NF) e verificando dados como: almoxarifado
de origem, nome dos medicamentos, lotes, validades, quantidades e formas farmacêuticas.
Verifique a integridade das embalagens dos produtos.
Em caso de divergências na entrega, preencha a Folha de Ocorrência (FO) que acompanha a Nota Fiscal
(NF) do medicamento com a devida justificativa: avarias, transporte em condições inadequadas, diver-
gências entre o que foi solicitado e o que foi fornecido, divergências entre a quantidade entregue e a
descrita na Nota Fiscal (NF), prazo de validade inferior a 6 meses, divergência de destinatário. Relate a
ocorrência à Gerência da unidade.
Assine, carimbe e date as duas vias da Nota Fiscal (NF).
Devolva uma via da Nota Fiscal (NF) para o entregador.
Arquive uma via da Nota Fiscal (NF) na Farmácia da unidade.
Estoque os produtos recebidos, conforme o POP A05 – Armazenamento de Medicamentos e Insumos
no Serviço de Farmácia.
Realize a entrada da Nota fiscal (NF) no Sistema de Informações Gerenciais de Material (SIGMA) e/ou em
qualquer outro sistema de controle de estoque em uso.
As Notas Fiscais (NF) devem ser arquivadas na Farmácia da unidade por um período de 5 anos, ficando à
disposição do Tribunal de Contas do Município e de outros órgãos fiscalizadores.
CUIDADOS
Atenção à conferência dos itens fracionados.
218
O preenchimento da Folha de Ocorrência (FO) deve ser feito pelo profissional que realizou a conferência.
Não rasurar a Nota Fiscal (NF), nem a Folha de Ocorrência (FO).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Instruções,
Diretrizes e Procedimentos Operacionais da Assistência Farmacêutica. Disponível em: http://subpav.org/
SAP/NAF/arquivos/biblioteca/assfarm_Diretrizes_AF_na_SMSDC_SUBPAV.pdf
Resolução Conjunta CGM/SMA Nº 055/2010 – Normas para movimentação, registro e controle dos
Materiais, para fins de contabilização, apropriação de custos e prestação de contas de Gestão.
219
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar condições adequadas de conservação dos medicamentos e insumos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Geladeira;
Pallets;
Prateleiras;
Estantes.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Estoque os medicamentos e insumos, de acordo com a Resolução nº 328/99, MS/ANVISA, conforme o
descrito a seguir:
1. Medicamentos de uso geral: armazenar em prateleiras, devidamente identificadas, sob condições ade-
quadas de manutenção de sua integridade e estabilidade;
2. Medicamentos termolábeis: armazenar em refrigerador exclusivo para esta finalidade;
3. Medicamentos controlados pela Portaria nº 344/98: armazenar em sala específica ou em armário com
tranca, exclusivo para medicamentos controlados, sob controle e responsabilidade legal do Farmacêu-
tico, conforme o POP F46 – Medicamentos Controlados Portaria nº 344/98.
Os medicamentos devem ser armazenados em área que não receba luz solar direta, protegida contra a
entrada de aves, insetos e roedores. Utilize prateleiras ou estrados (pallet) de plástico afastados 10cm da
parede e 50cm do teto, não obstruindo as saídas de ar-condicionado, distribuídos de modo a obter maior
aproveitamento da área física de armazenamento e disponibilizar melhor área de circulação.
Respeite o empilhamento máximo informado pelo fabricante de cada produto.
Coloque em ordem alfabética e por forma farmacêutica, de forma ordenada, possibilitando a fácil visuali-
zação do nome do produto, número do lote e prazo de validade. Os rótulos das caixas devem ser preser-
vados, com fácil visualização.
Os medicamentos devem ser arrumados de forma que os itens com prazo de validade mais próximo ao
vencimento sejam os primeiros a serem dispensados.
A área de estocagem deve estar limpa, conforme descrito no POP A11 – Limpeza e Higienização da
Farmácia, e ser mantida em temperatura compatível com os produtos, conforme o POP A07 – Controle
de Temperatura e Umidade.
220
Para fins de abastecimento da área de dispensação, retire os medicamentos e/ou insumos das respectivas
prateleiras, registrando as quantidades de saídas no Sistema de Informações Gerenciais de Material (SIG-
MA) e/ou outro instrumento de controle de estoque em uso.
A temperatura e a umidade devem ser anotadas, conforme o POP A07 – Controle de Temperatura e
Umidade. No caso dos produtos termolábeis, mantenha a rotina de controle de temperatura da geladeira.
Em situações de interdição, problemas de validade ou outros danos, os medicamentos devem estar iden-
tificados com a frase “QUARENTENA”, e segregados na própria área de estoque da Farmácia, em pratelei-
ras e/ou pallets, com acesso menos privilegiado, ou em local próprio estabelecido na unidade, até que as
providências necessárias sejam tomadas.
Não é permitido guardar alimentos, tão pouco fazer refeições na área da Farmácia.
Em toda saída de medicamento realize a baixa dos medicamentos retirados do estoque e destinados à
dispensação, conforme o POP A06 – Controle de Estoque de Medicamentos. As unidades que não
possuem sistema informatizado para a gestão de estoque devem fazer o controle por meio de planilha
Excel ou ficha de prateleira.
CUIDADOS
A retirada dos itens do estoque deverá sempre respeitar o critério de validade, ou seja, sairá primeiro
aquele com a validade mais perto de expirar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Valery. P.P.T. Boas práticas para estocagem de medicamentos. Brasília: Central de Medicamentos, 1989.
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Rotinas e
Procedimentos sobre Gestão de Estoques no Município do Rio de Janeiro. Disponível em: http://prefeitura.
rio/c/document_library/get_file?uuid=ca7a8688-114d-45d7-a124-085a380288a0&groupId=91249
221
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Ter maior controle dos medicamentos e do armazenamento na unidade.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material de escritório;
Sistema informatizado.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
O controle de estoque deve ser realizado pelo Sistema de Informações Gerenciais de Material (SIGMA) e
DISPENSAMED. É imprescindível que a unidade utilize as ferramentas para controle de estoque de medi-
camentos disponibilizadas pela SMS-Rio.
No Sistema de Informações Gerenciais de Material (SIGMA) deverão ser lançados todos os medicamentos,
insumos e materiais recebidos e retirados da Farmácia, em quantidades de caixa fechada, inserindo lote
e validade.
No DISPENSAMED deverão ser registradas todas as dispensações realizadas aos usuários diariamente,
com nome completo, data, medicamento, Cartão Nacional de Saúde (CNS), CPF ou documento identida-
de e endereço.
Mensalmente, deve ser realizado um levantamento na Farmácia, com o objetivo de pontuar os medica-
mentos que irão vencer nos próximos 90 dias e que não serão consumidos, para que sejam disponibiliza-
dos para outras unidades.
Caso os medicamentos não consigam ser consumidos ou remanejados, os que tiverem com a validade
expirada serão retirados da dispensação e segregados para o descarte, conforme o POP A08 – Descarte
de Medicamentos Vencidos.
O Farmacêutico deverá realizar a curva ABC da sua unidade anualmente, e verificar quais são os medica-
mentos mais consumidos e de mais alto valor para trabalhar ações de economicidade.
O Farmacêutico deverá elaborar o Consumo Médio Mensal (CMM) de todos os medicamentos e fazer
revisão periódica, principalmente se houver mudanças expressivas que interfiram no perfil de consumo
da unidade, como mudança de profissional prescritor, alteração do número de equipes de Saúde da Fa-
mília ou quaisquer mudanças que alterem o consumo de medicamentos da unidade. Todas as alterações
devem ser informadas ao Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Regional e à Gerência de Logística da
SMS-Rio.
Semanalmente, a unidade deverá preencher o formulário na plataforma http://subpav.org/estoque com
o estoque dos medicamentos existentes na unidade, a fim de propiciar a verificação do panorama de
abastecimento da unidade para os próximos 7 dias.
222
De forma periódica e aleatória, o Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Regional realizará visitas às
unidades com o intuito de fazer inventário por amostragem e comparar o estoque físico com o que está
registrado no sistema de controle da unidade.
CUIDADOS
A realização incorreta do controle de estoque prejudicará o abastecimento da unidade e poderá ocasio-
nar perdas de medicamentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Instruções,
Diretrizes e Procedimentos Operacionais da Assistência Farmacêutica disponível em: http://subpav.org/
SAP/NAF/arquivos/biblioteca/assfarm_Diretrizes_AF_na_SMSDC_SUBPAV.pdf
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Rotinas e
Procedimentos sobre Gestão de Estoques no Município do Rio de Janeiro. Disponível em: http://prefeitura.
rio/c/document_library/get_file?uuid=ca7a8688-114d-45d7-a124-085a380288a0&groupId=91249
223
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir o controle de temperatura e umidade dos estoques de medicamentos, bem como seu registro, de
acordo com as normas técnicas vigentes.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material escritório;
Geladeira;
Termo-higrômetro ou termômetro.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
A verificação de temperatura e umidade do ambiente e da temperatura da geladeira destinada ao ar-
mazenamento de medicamentos termolábeis devem ser realizadas diariamente, preferencialmente duas
vezes ao dia, e anotados em planilhas padronizadas, conforme modelo da Imagem 1.
A temperatura ambiente não deve ser inferior a +15°C e não deve ultrapassar +30°C, e a umidade não
deve ultrapassar 70%.
Se a temperatura e/ou a umidade apresentarem valores fora da faixa adequada, o Farmacêutico deve
ser acionado imediatamente, para verificar possíveis interferências como, por exemplo, o funcionamento
inadequado do ar-condicionado, portas e/ou janelas abertas ou sem vedação, entre outros.
Caso a solução da interferência não seja possível por meios próprios, comunique à Gerência da unidade,
para que sejam tomadas as providências necessárias.
A temperatura da geladeira não deve ser inferior a +2°C e não deve ultrapassar +8°C. Caso a temperatura
da geladeira apresente valores fora da faixa adequada, o Farmacêutico deve ser acionado imediatamente,
para verificar possíveis interferências como, por exemplo, o funcionamento inadequado geladeira, porta
aberta ou sem vedação, ajuste adequado do termostato, bulbo do termômetro encostado nas paredes ou
próximo ao congelador, entre outros.
Caso a solução da interferência não seja possível por meios próprios, comunique à Gerência da unidade,
para que sejam tomadas as providências necessárias, bem como realocar, provisoriamente, os medica-
mentos termolábeis em outra geladeira exclusiva para o armazenamento de medicamentos, se possível,
ou caixa de isopor/térmica com gelo reciclável, devidamente protegidos.
224
Imagem 1
CUIDADOS
Todos os desvios devem ser devidamente registrados.
Qualquer intercorrência deverá ser informada o mais rápido possível, a fim de evitar perdas de medica-
mentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do
Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília. Ministério da Saúde, 2009. 44
p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
225
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir o gerenciamento adequado de medicamentos vencidos, bem como sua destinação final, de acordo
com as normas técnicas vigentes.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material escritório;
Nota Fiscal (NF);
Documento de Movimentação de Material (DMM);
Manifesto de resíduo.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Todos os medicamentos com validade a expirar e que não serão utilizados antes do seu prazo de validade
devem ser retirados do seu local de armazenamento e dispensação, bem como setores externos à Farmácia.
Os medicamentos vencidos devem ser registrados numa relação com nome, lote, validade, unidades e
peso em kg, para que seja confeccionada ata de inutilização para a baixa de itens vencidos no Sistema de
Informações Gerenciais de Material (SIGMA).
Os medicamentos vencidos devem ser acondicionados em caixas e posteriormente lacradas e identifica-
das com a inscrição “MEDICAMENTOS VENCIDOS E IMPRÓPRIOS PARA CONSUMO” e com a lista de medi-
camentos vencidos contidos na embalagem.
As caixas com os medicamentos vencidos devem ser segregadas até o devido recolhimento.
Os medicamentos vencidos, sob o regime da Portaria nº 344/98, seguem os procedimentos anteriores,
devendo o registro ser realizado em documento de controle de “medicamentos de controle especial ven-
cidos”, e serem acondicionados em área específica para seu armazenamento.
Conforme a Resolução Conjunta CGM/SMA nº 055/2010, as unidades devem estabelecer uma comissão
de baixa e enviar o Termo de Constatação de Materiais em Transição de Baixa, assinado pelo Titular da
Unidade Administrativa, bem como o presidente e os suplentes da Comissão de Baixa designados em
Diário Oficial.
As Unidades de Atenção Primária (UAP) deverão informar ao Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF)
Regional sobre os medicamentos vencidos em sua unidade, para que sejam tomadas as devidas provi-
dências. No caso das Policlínicas, estas deverão entrar em contato com a Coordenação de Infraestrutura e
Logística (CIL) pelo telefone (21) 2676-1907, a fim de providenciar o descarte.
Os medicamentos vencidos que constem na lista da Portaria nº 344/98 devem seguir o POP F46 – Medi-
camentos Controlados Portaria nº 344/98.
226
A baixa dos medicamentos vencidos deve ser registrada no Sistema de Informações Gerenciais de Mate-
rial (SIGMA), que emitirá o Documento de Movimentação de Material (DMM) referente à baixa.
CUIDADOS
Deixar a caixa de medicamentos segregada em local não visível.
Nenhum profissional ou usuário poderá entrar no setor de estoque sem ser devidamente autorizado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RDC ANVISA Nº 222/2018: Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
RES CONJ CGM/SMA Nº 055/2010: Dispõe sobre normas para movimentação, registro e controle dos
materiais existentes em almoxarifado, para fins de contabilização, apropriação de custos e prestação de
contas de gestão.
RES CONAMA Nº 358/2005: Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de
saúde e dá outras providências.
PORT ANVISA Nº 344/98: Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a
controle especial.
227
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais do serviço de Farmácia, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir acesso ao medicamento e o acompanhamento da adesão adequada do tratamento de sífilis, pro-
movendo o uso racional de medicamentos; e garantir a rastreabilidade sobre o tratamento: Prescrição, Dis-
pensação e Administração.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Recursos humanos;
Material de escritório;
Computador com acesso à internet.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Identificação de usuários com diagnóstico positivo de sífilis e prescrição com indicação de tratamento
com Benzilpenicilina 1.200.000UI.
O Farmacêutico ou o Técnico de Farmácia deverá ser informados pela equipe de Saúde da Família (eSF)
quando da identificação do caso, prioritariamente por e-mail ou demais meios de comunicação.
O Farmacêutico ou o Técnico de Farmácia fará a orientação ao usuário, com ênfase na adesão ao trata-
mento, e o registro das informações no Prontuário Eletrônico e em planilha no Google Docs, disponibili-
zada pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) Central.
O Farmacêutico ou o Técnico de Farmácia terá que verificar diariamente a planilha do Google Docs, a fim
de identificar usuários com doses agendadas para o dia.
O Farmacêutico ou o Técnico de Farmácia deverá sinalizar para a equipe de Saúde da Família (eSF), a Di-
reção e a Gerência, prioritariamente por e-mail ou demais meios de comunicação, os nomes dos usuários
com doses agendadas para o dia, impreterivelmente pela manhã.
O usuário compareceu à unidade de saúde na data agendada até às 12h (meio-dia)?
SIM: Ocorre a dispensação do medicamento e a orientação, que deverão se repetir até a última dose
prescrita. Ao término do tratamento encerra-se o acompanhamento do caso de sífilis pelo Farmacêu-
tico/Técnico de Farmácia.
NÃO: Definir com a equipe estratégias de busca ativa do usuário para a realização do tratamento ade-
quado. Exemplos de estratégias que podem ser utilizadas pelo Farmacêutico ou Técnico de Farmácia:
informar ao Enfermeiro da equipe e ao Gerente da unidade sobre a possibilidade do tratamento ina-
dequado; informar ao Agente Comunitário de Saúde (ACS), para que ele faça a busca ativa do usuário
no território; entrar em contato com o usuário por telefone; entre outras.
Caberá aos Farmacêuticos das unidades:
228
Cumprir o estabelecido no fluxo definido para o Acompanhamento do Farmacêutico nos Casos de Sífilis,
descrito em Nota Técnica para Acompanhamento Farmacêutico dos Casos de Sífilis da SMS-Rio – Ofício S/
SUBPAV/SAP nº12/2016;
Avaliar se o CID-10 contido na prescrição está de acordo com o estadiamento da doença;
Orientar as equipes da unidade de saúde quanto ao fluxo, e definir as estratégias a serem adotadas nos
casos de tratamento inadequado. Fazer o cálculo mensal dos indicadores da sua unidade de saúde.
CUIDADOS
A sífilis é de notificação compulsória regular (em até 7 dias).
Todo caso confirmado como sendo sífilis adquirida ou em gestante deve ser notificado à Vigilância Epi-
demiológica.
A notificação é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) mediante o preen-
chimento e o envio da Ficha de Notificação/Investigação de Sífilis Adquirida e da Ficha de Investigação de
Sífilis em Gestante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nota técnica para Acompanhamento Farmacêutico dos casos de Sífilis da SMS-Rio. Ofício S/SUBPAV/SAP nº
12/2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília, 2014.
Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia de Referência Rápida. Atenção
ao Pré-Natal – Rotinas para gestantes de baixo risco. Rio de Janeiro, 2013.
Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia de Referência Rápida. Doenças
Sexualmente Transmissíveis. Rio de Janeiro, 2013.
229
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Profissional Farmacêutico do serviço de Farmácia.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir que a quantidade de medicamentos em estoque esteja registrada de forma correta.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Recursos humanos;
Material de escritório;
Sistema informatizado.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
O inventário da Farmácia deverá ser realizado nas seguintes situações:
a. Mudança de profissional farmacêutico na unidade;
b. Prestação de contas anual;
c. Realização de pedidos e/ou conferência de estoque.
No inventário, todos os medicamentos devem ser contados e registrados com lote e data de validade.
O inventário realizado na troca de profissional farmacêutico e na prestação de contas necessita de assina-
tura e carimbo do gestor da unidade.
O profissional que está se desligando da unidade deverá fazer um inventário, e o profissional que o subs-
tituirá também deverá realizar inventário na unidade de saúde.
Para facilitar o inventário sugerimos os passos a seguir.
1. Identifique a melhor hora para a realização do inventário. Evite a realização da contagem dos seus esto-
ques em horários com grande movimento de entrada ou de saída de medicamentos.
2. Organize o seu espaço antes da contagem. Um setor de estoques organizado faz com que o trabalho
de contagem flua mais rapidamente. Faça a identificação dos espaços, catalogando-os. Com prateleiras
ou espaços de armazenamentos catalogados, a contagem ou a auditoria ficarão muito facilitadas.
3. Faça uma contagem minuciosa. Identifique visualmente item por item. Se forem caixas, procure pegá-
-las uma a uma, pois o peso pode ser diferente e você não observará isso.
4. Detalhe ao máximo os seus itens. Quando alguns medicamentos forem muito semelhantes, é impor-
tante que eles sejam bem diferenciados uns dos outros. Isso evitará problemas como a falta de estoque
quando nos sistemas constar a disponibilidade do mesmo.
5. Fazer a conferência do quantitativo registrado em inventário com o Sistema de Informações Gerenciais
de Material (SIGMA) da SMS-Rio.
230
CUIDADOS
Todos os inventários precisam ser registrados, para posterior consulta, caso seja necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções
técnicas para sua organização / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – 2 ed. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2006.
231
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais de serviços gerais, orientados e supervisionados pelo Farmacêutico.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar a rotina de limpeza e higienização da Farmácia, garantindo a manutenção do ambiente limpo,
organizado e seguro para funcionários e usuários.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Material de limpeza;
Equipamento de Proteção Individual (EPI).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Trocar o lixo diariamente e, qualquer problema não programado, contatar o Farmacêutico.
A limpeza e a higienização geral devem ser realizadas, de preferência, no início do expediente uma vez
por semana, e diariamente deve-se manter toda a área limpa e arrumada. Caso ocorra alguma atividade
que cause desarrumação ou sujeira, a limpeza do local deverá ser feita logo após o término da atividade.
1. Limpeza do ambiente:
Chão: deve ser limpo diariamente, com pano umedecido em solução apropriada, no início da manhã
e no final da tarde.
Recolhimento do lixo: o lixo gerado no setor deve ser recolhido duas vezes ao dia e sempre que ne-
cessário.
Mobiliário de escritório: devem ser limpos diariamente, com pano umedecido em solução apropria-
da, no início da manhã.
Paredes livres, portas e janelas: devem ser limpas mensalmente ou de acordo com a necessidade,
com pano umedecido em solução apropriada.
2. Limpeza de mobiliário:
Estantes e cestos (bins): devem ser limpos com pano umedecido em solução apropriada, com a su-
pervisão do Farmacêutico e o auxílio do Técnico de Farmácia na reorganização dos medicamentos. Isso
deve ser feito mensalmente, num único dia, a ser estabelecido, ou em rodízio semanal, de forma que,
ao término de 1 mês, todas as estantes tenham sido limpas ao menos uma vez.
Pallets: devem ser limpos com pano umedecido em solução apropriada, com a supervisão do Far-
macêutico e o auxílio do Técnico de Farmácia na reorganização dos medicamentos. Isso deve ser feito
mensalmente, no período em que estejam mais vazios, normalmente na semana que antecede o rece-
bimento do pedido de medicamentos da Atenção Primária.
232
Geladeira de medicamentos termolábeis: deve ser limpa mensalmente, com pano umedecido em
álcool 70%, com a supervisão do Farmacêutico e o auxílio do Técnico de Farmácia na reorganização
dos medicamentos. Para tanto, a geladeira deve ser descongelada no dia anterior à limpeza, e os me-
dicamentos devem ser realocados, provisoriamente, se possível, em outra geladeira específica para
medicamentos ou caixa de isopor/térmica com gelos recicláveis, devidamente protegidos. Após a lim-
peza, a geladeira deve ser ligada ainda vazia e assim permanecer até que a temperatura alcance a faixa
adequada e se estabilize.
Ar-condicionado: deve ter seu filtro limpo periodicamente por empresa especializada.
CUIDADOS
Todos os procedimentos de limpeza realizados no mobiliário, geladeira e ar-condicionado devem ser re-
gistrados em planilha de controle.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil: Manual de Instruções,
Diretrizes e Procedimentos Operacionais da Assistência Farmacêutica. Disponível em: http://subpav.org/
SAP/NAF/arquivos/biblioteca/assfarm_Diretrizes_AF_na_SMSDC_SUBPAV.pdf
233
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar que todos os imunobiológicos administrados mantenham suas características, a fim de conferir
imunidade.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Imunobiológicos;
Caixas térmicas de poliuretano;
Termômetros de caixa térmica com cabo extensor;
Bobinas de gelo reutilizáveis;
Freezer exclusivo;
Recipientes perfurados para a organização dos imunobiológicos;
Mapa de controle diário de temperatura da Rede de Frio;
Ficha de prateleira para o controle de imunobiológicos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Recebimento dos Imunobiológicos
Avalie as condições das bobinas de gelo reutilizáveis.
Anote as temperaturas da caixa térmica na Folha de Ocorrência – Distribuição/Recebimento de Imuno-
biológicos (Imagem 1), conforme o Plano de Gerenciamento de Imunobiológicos.
Registre as quantidades, lotes e validades dos imunobiológicos recebidos no Sistema de Informações do
Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI)/Movimento de Imunobiológicos, se implantado ou em ferra-
menta própria.
Comunique à unidade provedora qualquer inconsistência como, por exemplo: temperatura inadequada,
e quantidades de imunobiológicos diferentes entre a Guia de Remessa de Imunobiológicos (Imagem 2) e
o volume físico da caixa térmica.
234
Imagem 1 – Folha de Ocorrência – Distribuição/Recebimento de Imunobiológicos
235
Imagem 2 – Guia de Remessa de Imunobiológicos
CUIDADOS
Lembrar que a câmara que compõe a Rede de Frio deve ter uma tomada de uso exclusivo.
Idealmente, as salas de vacina devem ter um aparelho de ar-condicionado compatível com seu tamanho,
que deve permanecer ligado durante toda jornada de trabalho.
236
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Rede de Frio / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das
Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
237
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar que todos os imunobiológicos administrados mantenham suas características, a fim de conferir
imunidade.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Imunobiológicos;
Caixas térmicas de poliuretano;
Termômetros de caixa térmica com cabo extensor;
Bobinas de gelo reutilizáveis;
Freezer exclusivo;
Recipientes perfurados para a organização dos imunobiológicos;
Mapa de controle diário de temperatura da Rede de Frio;
Ficha de controle de imunobiológicos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Ambientação das Bobinas de Gelo Reutilizáveis
Retire as bobinas reutilizáveis do freezer.
Coloque-as sobre uma mesa, pia ou bancada, até que desapareça a “névoa” que normalmente cobre a
superfície externa da bobina congelada.
Simultaneamente, coloque sob uma das bobinas o sensor de um termômetro de cabo extensor, para a
indicação da temperatura mínima de +1ºC.
Após o desaparecimento da “névoa” e a confirmação da temperatura (aproximadamente +1ºC), por meio
do termômetro de cabo extensor, coloque-as nas caixas.
238
Imagem 1 – Ambientação das Bobinas Reutilizáveis
Retirar as bobinas
reutilizáveis
do freezer
(deverão estar
armazenadas
entre -25ºC e -15ºC).
Secar e colocar
as bobinas na
caixa térmica e,
em seguida,
colocar as vacinas.
Fonte: Manual de Rede de Frio – PNI-MS // Fotos: Ascom SMS-Rio // Arte: Rede SEGS.
CUIDADOS
Para a conservação de imunobiológicos em caixas térmicas não é recomendado o uso de gelo em barra
ou escama.
Sob nenhuma hipótese utilizar caixas danificadas ou com paredes de espessura fina, já que estas não te-
rão a resistência suficiente às atividades e não manterão a temperatura adequada.
239
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Rede de Frio / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das
Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
240
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar que todos os imunobiológicos administrados mantenham suas características, a fim de conferir
imunidade.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Imunobiológicos;
Caixas térmicas de poliuretano, de no mínimo 12 litros;
Termômetros de caixa térmica com cabo extensor;
Bobinas de gelo reutilizáveis;
Freezer exclusivo;
Recipientes perfurados para a organização dos imunobiológicos;
Mapa de controle diário de temperatura da Rede de Frio;
Ficha de controle de imunobiológicos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Organização das Caixas Térmicas de Uso Diário
Ambiente as bobinas de gelo até que estas estejam em temperatura mínima de +1ºC.
Posicione as bobinas reutilizáveis circundando as paredes internas da caixa térmica. Não utilize bobina no
fundo da caixa térmica durante a rotina diária da Sala de Vacinas.
Posicione o termômetro de caixa com cabo extensor adequadamente, no interior da caixa térmica, de
forma que o bulbo do termômetro esteja em suspenso no centro da caixa e sem qualquer contato com
as superfícies e/ou bobinas.
Organize os imunobiológicos no interior da caixa térmica em recipientes de plástico, para melhor segu-
rança, organização e identificação.
Monitore a temperatura durante o processo de trabalho diário.
Realize o monitoramento contínuo da temperatura da caixa térmica: providencie a troca das bobinas de
gelo, de forma que a Rede de Frio se mantenha entre +2ºC e +8ºC.
Mantenha as caixas térmicas fora do alcance da luz solar e distante de fontes de calor.
241
Organização do Freezer
Disponha primeiramente as bobinas, empilhando-as horizontalmente em contato com as paredes laterais
do equipamento.
Após o congelamento destas, desloque-as para a parte central do freezer e coloque mais bobinas para
congelar, conforme descrito anteriormente.
Repita este procedimento até completar a carga recomendada (80% ou conforme orientações do fabri-
cante).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Rede de Frio / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das
Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
242
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar o processo de limpeza da Sala de Vacinas, garantindo uma ambiência adequada, a prevenção de
ocorrência de infecções cruzadas, além de gerar conforto e segurança aos usuários e à equipe de trabalho.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Roupas apropriadas para limpeza e uso de sapatos fechados;
Balde;
Solução desinfetante (preferencialmente hipoclorito de sódio a 1%);
Rodo ou esfregão;
Pano de chão;
Luvas para limpeza;
Pá e escova de mão;
Esponja;
Sabão;
Saco descartável para lixo: saco plástico de cor branco-leitosa e saco plástico de lixo comum de cor preta;
Caixa coletora de material perfurocortante;
Lixeira com pedal.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
A equipe da Sala de Vacinas deverá supervisionar o processo de limpeza concorrente ou terminal realiza-
do pelos auxiliares de serviços gerais.
A equipe deve garantir a preservação da Rede de Frio durante o processo de limpeza, e preferencialmente
a câmara de conservação não deverá ser desligada.
Caso ocorra o desligamento, a equipe deverá observar a manutenção do funcionamento do equipamen-
to por meio do processo de ativação da bateria.
Limpeza Concorrente
A limpeza concorrente da Sala de Vacinas deve ser, em dias de funcionamento, no mínimo, 2 vezes ao dia
durante a jornada de trabalho e sob supervisão de algum componente da equipe.
Umedeça um pano na solução desinfetante, envolva-o em um rodo e realize a limpeza da sala, indo do
fundo para saída, em sentido único. Faça a limpeza quantas vezes forem necessárias, até que o ambiente
fique limpo.
243
Recolha o lixo do chão com a pá, utilizando esfregão ou rodo envolvido em pano úmido.
Recolha o lixo do cesto, fechando o saco corretamente.
Limpeza Terminal
A limpeza terminal é mais completa e contempla todas as superfícies horizontais, verticais, internas e ex-
ternas da sala e dos equipamentos. Esta deve ser realizada a cada 15 dias: limpeza de piso, teto, paredes,
portas, janelas, mobiliário, luminárias, lâmpadas e filtros de condicionadores de ar.
Lave os cestos de lixo com solução desinfetante.
Inicie a limpeza pelo teto, usando pano seco envolvido em um rodo.
Retire e limpe os bojos das luminárias, e lave-as com água e sabão, secando-as em seguida.
Limpe janelas, vitrôs e esquadrias com pano úmido em solução desinfetante e finalize com pano seco.
Lave externamente janelas, vitrôs e esquadrias com escova e solução desinfetante, enxaguando-os em
seguida.
Limpe as paredes com pano umedecido em solução desinfetante e complete a limpeza com pano seco.
Limpe os interruptores de luz com pano úmido.
Lave a pia e a torneira com esponja, água e sabão.
Enxague a pia e passe um pano úmido em solução desinfetante.
Limpe o chão com esfregão ou rodo envolvidos em pano umedecido em solução desinfetante e, em se-
guida, passe pano seco.
CUIDADOS
Não varrer o chão, para evitar a dispersão do pó e a contaminação do ambiente.
O saco de lixo é descartável e nunca deve ser reutilizado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis – Brasília. Ministério da Saúde, 2014.
244
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Qualquer profissional de saúde.
RESULTADOS ESPERADOS
Ter a requisição de Baciloscopia de Raspado Intradérmico para Hanseníase cadastrada no Sistema Gerencia-
dor de Ambiente Laboratorial (GAL).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Solicitação de exame para agravos gerais conforme o Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial
(GAL) – ver instrutivo de GAL na plataforma SUBPAV (https://subpav.org);
Computador com acesso à internet.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
O Médico faz o diagnóstico de hanseníase inserido na linha de cuidado e solicita a Baciloscopia de Raspa-
do Intradérmico.
O meio de solicitação do exame é o Formulário de Requisição do Sistema Gerenciador de Ambiente La-
boratorial (GAL) para agravos gerais.
O profissional solicitante deve digitar login e senha nos respectivos campos para acessar o Sistema Ge-
renciador de Ambiente Laboratorial (GAL) no link https://gal.riodejaneiro.sus.gov.br/ . Em seguida, ele
deverá acessar o módulo “Administração” para cadastrar o exame, clicar na pasta “Biologia Médica”,
depois na pasta “Entrada” e, por fim, em “Requisição” – “Incluir Requisição”;
A requisição deve ser preenchida pelo profissional solicitante e deve ter todos os campos registrados.
Campos obrigatórios:
Seção “Requisição”: Código CNES // Nome do profissional de saúde // Reg. Conselho/Matrícula // Data
da solicitação;
Seção “Paciente”: Idade // Sexo // Cód. IBGE do Município // CEP (Observação: O CEP é um campo
obrigatório para o registro do LACEN. Caso não seja possível ter certeza do CEP da residência do pa-
ciente, pode ser informado o CEP da unidade de saúde);
Seção “Informações Clínicas”: Agravo.
Campos essenciais: Finalidade // CNS do Paciente // Nome completo do paciente // Data de nascimento
// Nome da mãe // Documentos // Dados clínicos gerais // Detalhes do agravo.
No campo “Finalidade” há 4 possibilidades de preenchimento:
Investigação – para casos novos, cuja notificação no SINAN RIO está qualificada como caso novo;
Programa – para as altas por cura;
Protocolo – para as diferenciações de intercorrências pós-alta (reações hansênicas e/ou recidivas);
Campanha – para casos não descritos acima.
245
O campo “Documentos” permite o preenchimento de0000 2 documentos, se possível sempre um
dos documentos ser o CPF;
No segmento “Detalhes do Agravo”, no campo “Caso” há 2 possibilidades de preenchimento:
Diagnóstico – para casos cuja solicitação do exame foi no momento do diagnóstico de caso notifica-
do com modo de entrada “Caso Novo” no SINAN RIO;
Controle – para os demais casos cuja solicitação do exame ocorreu: no momento da alta; com modo
de entrada “Recidiva” ou “Outros Reingressos” no SINAN RIO; em determinadas situações de
“Reação Hansênica”.
O preenchimento da seção “Notificação SINAN” é opcional, mas quanto mais dados forem inseridos na
requisição, mais qualificado estará o formulário.
Na seção “Amostras”: no campo “Nova Amostra”, em “Material Biológico” selecione “Raspado Intra-
dérmico”, e em “Amostra”, o número de amostras realizadas deverá ser inserido com algarismos arábi-
cos.
A amostra só será contabilizada uma vez por dia, ou seja, mesmo que sejam realizadas várias coletas no
dia, todas serão consideradas da mesma amostra. O mesmo material pode ser utilizado para exames de
vários agravos.
Amostra única é aquela que só será colhida uma única vez. Exemplo: material anatomopatológico de um
óbito.
Preencha os campos “Data da Coleta” e “Hora da Coleta” com o dia e a hora em que ocorreu a coleta
do raspado.
Clique em “Incluir”.
Na seção “Pesquisa/Exames”, preencha o campo “Nova Pesquisa”: em “Pesquisa” clique na seta e
selecione “Hanseníase”, e em “Amostra” clique na seta e selecione o tipo de amostra.
Clique em “Incluir”.
Preencha o campo “Observação” com anotações importantes.
246
Seção “Notificação SINAN”:
Preencha “Agravo”, “Número da notificação” e “Data da notificação do caso”:
“Data de Notificação” – não confundir com a data de diagnóstico;
“Nova amostra/Material biológico” – digite “Raspado intradérmico”;
“Localização” – não preencher.
Seção “Amostras”:
“Nova amostra: em “Material Biológico” – selecione “Raspado Intradérmico”; em “Localização”
– não preencher; e em “Amostra” – preencha com algarismos arábicos, conforme o número de dias
de coleta. No caso de coleta de Baciloscopia para Hanseníase Amostra: 1 – um único cadastro con-
templa os 4 sítios padronizados pelo Ministério da Saúde (LD, LE, CD e Lesão). Caso os sítios coletados
sejam diferentes dessa recomendação, devem ser descritos e especificados quais os sítios coletados
no campo “Observação”. Também é importante descrever, se necessário, o motivo de não seguir a
coleta dos sítios padrão.
“Data da Coleta” e “Hora da Coleta” – dia e hora da coleta do raspado;
“Medicamentos” – selecione outros medicamentos em uso;
Clique em “Incluir” – aparecerá a inclusão da amostra no quadro na parte a seguir na tela.
Seção “Pesquisas/Exames”:
“Nova pesquisa”: em “Pesquisa” – digite Hanseníase; em “Amostra” – insira a amostra já cadastrada
e clique em “Incluir”;
No quadro a seguir aparece “Hanseníase coloração de Ziehl Neelsen raspado intradérmico”.
Seção “Observações”: para descrever os sítios de coleta, lembrando que o padrão preconizado pelo
Ministério da Saúde é lóbulo direito // lóbulo esquerdo // cotovelo direito // lesão. Caso o paciente não
apresente lesão, os sítios serão: lóbulo direito // lóbulo esquerdo // cotovelo direito // cotovelo esquerdo.
Justifique também se não for possível esse padrão, especificando quais foram os sítios coletados e o mo-
tivo para a escolha de outros sítios, e identifique o nome do profissional.
247
Cuidados para o cadastro do exame no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL)
Lembre que o exame da Baciloscopia pode ser solicitado também pelo Enfermeiro, seguindo os mesmos
procedimentos acima após confirmação diagnóstica.
A coleta da amostra deve ser feita por profissional habilitado, de acordo com o manual do Ministério da
Saúde, 2010, para evitar que a amostra seja descartada ou que apresente alguma restrição.
A lâmina deve ser identificada com as iniciais do paciente, sua data de nascimento e o número prontuário.
A amostra deve ser adequadamente acondicionada em frasco porta-lâmina rígido e encaminhada ao
laboratório da área em até 24 horas, acompanhada do Formulário de Requisição de Exame do Sistema
Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).
Cada frasco porta-lâmina deve conter amostra de apenas um paciente.
Exames com mais de 30 dias da coleta da amostra no status “Aguardando triagem” serão descartados
pelo próprio sistema.
Caso a coleta não seja realizada imediatamente após a solicitação do exame, para dispor dos dados no
preenchimento do cadastro da requisição do exame no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial
(GAL), o solicitante deve obter o formulário de requisição da página “GAL – Datasus” no link http://gal.
datasus.gov.br/GALL/index.php?area=0401 para ser consultado quando a coleta for realizada.
O exame deverá ser impresso no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) pela unidade co-
letora da amostra, não havendo necessidade de o paciente buscar o resultado na unidade realizadora da
leitura da Baciloscopia. Clique na pasta “Biologia Médica”, depois em “Impressão” e, a seguir, em “Lau-
dos”. É possível filtrar também pelo nome do paciente, clicando no campo “Paciente”.
Para consultar o resultado de um exame, clique na pasta “Biologia Médica”, depois na pasta “Consulta”,
e selecione “Consultar exame”. A consulta mostrará resultados de exame por essa via realizados no pe-
ríodo máximo de 180 dias prévios.
248
CUIDADOS
A Baciloscopia de Raspado Intradérmico é um indicador da SMS-Rio, e seu monitoramento depende do
seguimento rigoroso das orientações deste instrutivo, principalmente no que concerne ao preenchimen-
to do campo “Finalidade” da requisição de exame.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva Departamento de Informática do SUS – DATASUS.
Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL – Versão 2.7.20.2 – Disponibilizada em 13/09/2019. Guia
Rápido de Abertura de Requisição. Brasília. 2019.
1 Julho/2020 Denise Alves José da Silva Patrícia Durovni Leonardo de Oliveira El Warrak
249
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Técnicos apoiadores da Área Técnica das Doenças Dermatológicas Prevalentes e das Linhas de Cuidado de
Dermatologia nas Divisões de Ações e Programas de Saúde (DAPS).
RESULTADOS ESPERADOS
Produção de informações sobre os casos notificados de hanseníase para apoiar o processo de investigação e
dar subsídios à análise das informações de vigilância epidemiológica, subsidiando o planejamento de ações
e as intervenções em cada Área de Planejamento (AP).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Computador com sistema SINAN NET instalado e acesso à internet.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
IMPORTANTE: Não utilize acentuação nem cedilhas na digitação de informações no SINAN NET.
250
3. ATUALIZAÇÃO DE DADOS – Só deve ser realizada no SINAN NET em notificações inseridas antes
da implantação do SINAN RIO
3.1. Clique no item “Consulta Individual” no menu, para abrir a janela de “Consulta de Notificações
Individuais”.
3.2. Atualize os campos de acordo com a seleção escolhida.
3.3. Ao concluir a atualização, clique no botão “Salvar”.
3.4. Ao surgir a mensagem “Gravação da notificação realizada com sucesso”, clique em “Ok”.
3.5. Ao surgir a mensagem “Deseja incluir uma nova notificação?”, clique em “Não”.
3.6. Clique no botão “Sair”.
Observações:
a. Na escolha do período de tempo na Rotina de Duplicidade, o ideal, por ser um agravo crônico, é usar um
período mínimo de 5 anos. Se o período não for indicado, toda a base de dados será analisada.
b. O sistema seleciona notificações possivelmente duplicadas e as lista/agrupa no relatório, utilizando como
critério padrão os seguintes campos idênticos:
Nome / sobrenome (último nome do usuário);
Data de nascimento;
Sexo.
c. Para a seleção de possíveis duplicidades, além dessas variáveis, o sistema utiliza outras opções para a
identificação do usuário. É possível compor filtros utilizando uma ou mais das seguintes variáveis:
Nome do usuário (nome completo do usuário);
Data de nascimento;
Idade;
Sexo;
Nome da mãe.
5. ROTINA DE DUPLICIDADE – Procedimentos diante de duplos registros
De acordo com a duplicidade identificada é possível adotar uma das seguintes ações:
Não listar: o registro selecionado permanece na base de dados, mas não é exibido no relatório de duplici-
dades, e só voltará a surgir caso seja notificado um novo registro com as mesmas variáveis de identificação.
Vincular (alteração somente de unidade): o registro selecionado não será mais exibido na base de da-
dos, permanecendo no banco apenas uma Ficha de Notificação (a mais antiga) e um Acompanhamento
(o mais recente). O sistema agrega as informações de duas notificações em uma única ficha, mantendo as
informações da primeira notificação referente aos campos “Notificação” e “Investigação”, e da segunda
251
ficha a parte referente ao “Acompanhamento”, contemplando, assim, as informações da transferência e
da continuidade do tratamento. O número da notificação será o da primeira ficha e o número da notifica-
ção mais recente será excluído do sistema. A Ficha de Notificação é dividida em três partes: Notificação,
Investigação e Acompanhamento.
Excluir: excluir da base de dados o registro selecionado.
Observações: A partir da implantação do SINAN RIO, as fichas devem ser atualizadas somente no SINAN
RIO. Todas as fichas que são notificadas/atualizadas no SINAN RIO migram automaticamente para o
SINAN NET.
7. VINCULAÇÃO
É um procedimento que deve ser feito com muito critério e quando se tem certeza de que os casos duplicados
estão em situação de transferência de unidade (local de tratamento). Se for feito incorretamente, para que
252
se tenha novamente os dois registros no sistema é necessário excluir o registro resultante da vinculação e
redigitar os dois registros originais.
8. EXCLUSÃO
Ação aplicada às fichas em duplicidades que foram notificadas no SINAN RIO e que precisam ser excluídas.
Este procedimento deverá ser realizado no SINAN NET. A partir do relatório de duplicidade é possível
acessar os dados da Notificação/Investigação/Acompanhamento, permitindo realizar alterações e efetuar
a exclusão da notificação com duplicidade verdadeira.
253
Para atualizar o Boletim de Acompanhamento de Hanseníase (BAH):
9.1. Selecione no menu o item “Relatórios”, opção “Específico”.
9.2. Selecione “Hanseníase”, opção “Boletim de Acompanhamento”.
9.3. Em “Nível de Seleção”, selecione “Município de Atendimento Atual”.
9.4. No campo “Município”, digite “Rio de Janeiro” (a seleção da UF é opcional, nesse caso é “RJ”).
9.5. Clique em “Imprimir” (apenas casos com tipo de saída em branco serão listados) – o relatório pode
ser impresso ou salvo no computador.
9.6. Clique no botão “Fechar” para fechar o relatório aberto.
9.7. Clique no botão “Sair”.
CUIDADOS
Verificar se os dados das fichas confirmam duplicidade verdadeira.
Em caso de exclusão ou transferência, confirmar antes se todos os dados entre as fichas que estão na ro-
tina de duplicidade foram conferidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância
Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação
Unidade Técnica do SINAN. Roteiro para uso do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
– SINAN-NET para hanseníase Manual para tabulação dos indicadores de hanseníase – versão
preliminar. Brasília. 2018.
EXECUTANTE
Médicos Reguladores habilitados pela SMS-Rio (SUBPAV/SAP).
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a regulação de procedimentos na plataforma SISREG por meio da análise das solicitações de pro-
cedimentos pendentes com o objetivo de autorizar, negar ou devolver para os profissionais solicitantes.
Regulação eficaz e equânime de pedidos de procedimentos (consultas especializadas, tratamentos e exa-
mes) incluídos no SISREG visando à continuidade do cuidado dos usuários do SUS, autorizando, negando,
devolvendo ou cancelando os mesmos, sempre visando o estímulo à gestão do conhecimento por meio da
boa prática clínica e da discussão dos casos com os demais profissionais da Rede de Atenção à Saúde.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Login e senha do Regulador da SMS-Rio;
Acesso à internet (SISREG: http://sisregiii.saude.gov.br/);
Lista de procedimentos disponíveis no SISREG;
Critérios para a solicitação de exames e consultas especializadas (protocolos de regulação);
Lista de unidades executantes com endereço e bairro.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Existem 4 possibilidades decisórias para a boa prática da regulação no SISREG:
AUTORIZAR o encaminhamento/o exame, que tem duas possibilidades:
a. Caso haja vagas disponíveis, escolher a unidade EXECUTANTE e a data e o horário disponíveis;
b. Não havendo vaga disponível, colocar a solicitação como PENDENTE para o Regulador, (preferencial-
mente escrever “Sem vagas no momento”).
DEVOLVER o procedimento/a consulta especializada para complementação de dados, quando houver
informações clínicas insuficientes para subsidiar a boa decisão do Regulador. Neste caso, o solicitante re-
cebe uma informação da devolução e poderá complementar a indicação. O usuário permanecerá na lista
de casos pendentes para regulação, porém, até que haja a complementação dos dados, esses pedidos
não serão visualizados pelo Regulador.
NEGAR o procedimento/a consulta especializada por falta de critérios para o encaminhamento ou usuá-
rio encaminhado para a especialidade/o exame incompatível com a clínica relatada. Esta ação deve ser
justificada de forma instrutiva, permitindo ao profissional solicitante reinserir o caso no SISREG de manei-
ra mais adequada, caso julgue necessário.
Deixar como PENDENTE para uma regulação posterior. O encaminhamento é analisado e considerado
correto e dentro dos parâmetros, mas não há vagas para o momento, permitindo uma regulação posterior.
255
CUIDADOS
Auxiliar na construção e na aplicação dos protocolos de regulação.
Realizar solicitações de procedimentos em casos específicos, quando não permitido para operadores so-
licitantes.
Preencher sempre os campos de justificativa das ações realizadas.
Excluir solicitações já autorizadas, quando houver coerência e justificar a exclusão.
Manter a lista sob sua responsabilidade, sempre atualizada e sem pendências.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manual de Regulador Ministério da Saúde: http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/179/manual-
do-reguladorautorizador-sisreg-iii-%5B179-021210-SES-MT%5D.pdf
Telessaúde Carioca – Tel.: 2524-8316 e 99941-3927 (segunda a sexta-feira, das 9h às 17h) / E-mail:
telessaudecarioca@gmail.com
256
ATENÇÃO AMBULATORIAL
ESPECIALIZADA
2. Procedimentos Operacionais Padrão na
Atenção Ambulatorial Especializada (AAE)
EXECUTANTE
Equipe Multiprofissional.
RESULTADOS ESPERADOS
Ter um plano de cuidado elaborado e atualizado nos atendimentos subsequentes; oferecer atendimento
integrado da Equipe Multiprofissional; e apoiar a Atenção Primária à Saúde (APS) no monitoramento do
plano de cuidado.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Carteira de Serviço da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE);
Carteira de Serviço da Atenção Primária;
Guia de Referência e Contrarreferência;
CID-10;
Prontuário.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Escuta qualificada.
Avaliação de risco.
Avaliação de sinais vitais.
Educação em Saúde.
Interconsulta no cuidado do usuário com condições crônicas de alto e muito alto risco.
Preenchimento da Guia de Referência e Contrarreferência.
Plano de Cuidado elaborado e compartilhado com a Atenção Primária à Saúde (APS).
Registro no prontuário.
259
CUIDADOS
Atender o usuário com cordialidade.
Atualizar o Plano de Cuidado nos atendimentos subsequentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Carteira
de Serviços: Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) – Policlínicas, Rio de Janeiro, 1ª edição, 2015.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia de
Referência Rápida. Carteira de Serviços: Relação de serviços prestados na Atenção Primária à Saúde – Rio
de Janeiro: SMSDC, 2016.
260
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Estratégicos Gerenciais (EG)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e Técnico em Saúde Bucal (TSB).
RESULTADOS ESPERADOS
Organizar o processo de trabalho do pessoal da área de esterilização de materiais e instrumentais.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Álcool 70%;
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para tal função;
Jaleco;
Touca;
Luvas de amianto.
Pano de limpeza;
Balde;
Água.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes e após o procedimento e/ou higienize com álcool 70%.
Faça a limpeza das autoclaves com pano umedecido em água.
Passe álcool 70% em toda a superfície dos móveis e bancadas.
Controle o funcionamento das autoclaves, registrando todos os parâmetros de cada ciclo da esterilização
e verificando se o processo está dentro do padrão estabelecido.
Complemente o rótulo do material anotando a data da esterilização, a data de validade do processo de
esterilização, o número do lote e a identificação do profissional que validou.
Monte a carga de acordo com as orientações básicas da autoclave.
Utilize cestos de aço para acondicionar os pacotes.
Observe o tamanho do pacote e adeque-o ao tamanho do cesto.
Coloque os pacotes na posição vertical, dentro dos cestos ou no rack.
Evite que o material seja encostado nas paredes da câmara.
Deixe espaço entre um pacote e outro, para permitir a penetração do vapor.
Posicione os pacotes pesados na parte inferior do rack.
Coloque os materiais (bacias, vidros e cubas) com a abertura voltada para baixo.
Limpe a autoclave, configurando a temperatura e o tempo de esterilização de acordo com as orientações
básicas da autoclave.
261
Coloque diariamente nas autoclaves os pacotes com os testes biológicos no primeiro ciclo.
Entreabra a porta da autoclave ao final do ciclo de esterilização e aguarde 15 minutos para retirar o ma-
terial.
Após o esfriamento dos pacotes, encaminhe-os às salas responsáveis pela distribuição.
Solicite orientação do Enfermeiro sempre que houver dúvidas na execução das atividades.
CUIDADOS
Manter a área limpa e organizada.
Utilizar no máximo 80% da capacidade da autoclave.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura de Alfenas. Procedimento Operacional Padrão, 2013.
262
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista atuante na especialidade de Ortodontia.
RESULTADOS ESPERADOS
Solução dos casos com indicação de tratamento ortodôntico preventivo e interceptativo.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento odontológico completo;
Instrumentais de ortodontia;
Insumos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Confecção de aparelho fixo bilateral para fechamento de diastema em crianças de 8 a 11 anos.
Confecção de aparelho fixo utilizado para fechamento de espaço anormal entre os dentes.
Confecção de aparelho ortodôntico removível para crianças de 7 a 10 anos.
Confecção de mantenedor de espaço para crianças de 2 a 15 anos.
Confecção de mantenedor de espaço fixo dos tipos: barra transpalatina, arco lingual de Nance, botão de
Nance modificado, banda de alça com tubo, coroa-alça, guia de erupção, amec ou sistema tubo-barra.
Confecção de placa oclusal para crianças de 8 a 11 anos.
Confecção de Plano Inclinado, removível ou fixo, individual ou de grupo de dentes, construído em resina
acrílica ou composta, fotopolimerizável, incluindo ajustes e orientações iniciais para crianças de 4 a 11
anos.
Manutenção/conserto de aparelhos ortodônticos/ortopédicos – procedimento realizado conforme a ne-
cessidade, para avaliação, controle, orientação, ajuste, evolução das etapas, ativação, inclusão, remoção
e/ou reposicionamento de acessório em aparelho ortodôntico e ortopédico, fixo ou removível. Deve ser
registrado uma vez ao mês.
CUIDADOS
Os serviços de referência estão organizados para realizar os tratamentos ortodônticos de usuários com
necessidade já diagnosticada, porém, serão avaliados dentro do critério de elegibilidade.
Crianças de 6 a 10 anos serão elegíveis para o tratamento desde que estejam em fase de dentição mista e
com as seguintes necessidades:
Manutenção de espaço por perda precoce de dente decíduo;
263
Manutenção de espaço por perda de dente permanente;
Mordida aberta anterior por hábito;
Mordida cruzada posterior;
Mordida cruzada anterior não estrutural;
Diastema interincisal;
Atresia maxilar;
Recuperação de pequenos espaços perdidos.
Os casos de manutenção de espaço serão considerados prioridades e deverão estar identificados com a
palavra “PRIORIDADE” na solicitação da consulta de avaliação (SISREG). As unidades que possuem exame
de raios-x, nos casos de necessidade de confecção de mantenedores de espaço, devem encaminhar os
usuários com a radiografia periapical inicial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Relação de serviços prestados na Atenção Primária à Saúde.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMSDC, 2016. p. 89-99.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) – Policlínicas.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMS, 2015. p. 106-127.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. Política Municipal
de Saúde Bucal do Rio de Janeiro – Programa Carioca Rindo à Toa: Protocolo Clínico. Rio de Janeiro, 2018.
49p.
264
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista atuante em Prótese Dentária.
RESULTADOS ESPERADOS
Reabilitação protética de usuários edentados parciais ou totais.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Componente clínico: equipamento odontológico completo, materiais para prótese e insumos;
Componente laboratorial: equipamentos e insumos de laboratório.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Moldagem dentogengival para a construção de prótese dentária – procedimentos de planejamento, pre-
paros dentários e moldagem.
Instalação e adaptação de prótese dentária – procedimentos de instalação, adaptação e acompanhamen-
to inicial do aparelho protético.
Reembasamento e conserto de prótese dentária, tanto em laboratório quanto em clínica.
Confecção de próteses removíveis parciais e totais, maxilares e/ou mandibulares.
CUIDADOS
Critérios de referência:
Prótese Total: usuário edêntulo superior, inferior ou ambos, com um mínimo de rebordo alveolar
visível no modelo de estudo;
Prótese Parcial Removível: usuário com ausência dentária na bateria labial superior e/ou inferior, livre
de cárie e doença periodontal; usuário com dentes pilares (dentes adjacentes ao espaço protético) com
uma relação de implantação óssea coroa / raiz de, no mínimo, 1:1 e com parte coronária restaurada.
Em casos de candidíase, o usuário deverá realizar o tratamento na Unidade de Atenção Primária (UAP) e
será encaminhado já fazendo uso do medicamento, o que deverá ser relatado na Guia de Referência e
Contrarreferência.
Em casos de necessidade de cirurgia pré-protética, o profissional deverá encaminhar o usuário para o
serviço de cirurgia oral menor do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da área.
Em casos de presença de lesões suspeitas e/ou lesões benignas que necessitem de tratamento, o usuá-
rio deverá ser referenciado para o serviço de estomatologia do Centro de Especialidades Odontológicas
(CEO) da área.
Unidades que não possuam exame de raios-X devem encaminhar primeiramente o usuário para fazer as
radiografias nas unidades de referência, para a análise da presença de lesões no tecido ósseo de suporte,
bem como para a busca de restos radiculares e elementos inclusos em áreas edêntulas.
265
Os serviços de prótese estão orientados a reencaminhar os usuários indevidamente referenciados para a
unidade de origem, com o preenchimento da Guia de Contrarreferência justificando os motivos.
A sequência de intervenção contemplará: a moldagem anatômica, a moldagem funcional, os registros
estéticos e interoclusais, a prova de dentes e, por fim, a instalação.
Na primeira consulta deverá ser solicitada a assinatura da Autorização de Tratamento e Termo de Com-
promisso.
Ao término de todas as consultas deverá ser solicitada a assinatura do usuário na ficha clínica.
No momento da entrega da peça protética deverá ser solicitada a assinatura do usuário na ficha clínica
confirmando o recebimento da prótese em condições de uso, e será fornecido um guia com Instruções de
Higiene Oral e folheto com orientações de uso e manutenção da prótese.
O acompanhamento imediato será feito pela unidade executante da prótese até que esta esteja adaptada
e sem causar máculas. Posteriormente, o acompanhamento será feito preferencialmente na Unidade de
Atenção Primária (UAP), com retornos semestrais para verificar a presença de lesões, perda de retenção,
desadaptação, desgastes oclusais e indicação de substituição.
Serão realizados reembasamentos apenas em peças protéticas confeccionadas nos Laboratórios Regio-
nais de Prótese Dentária (LRPD) e laboratórios terceirizados prestando serviço para a Rede Municipal de
Saúde do Rio de Janeiro.
Caso o usuário falte à consulta de instalação da prótese dentária, este fato deverá ser relatado pela uni-
dade executante à sua unidade de origem, a fim de que esta faça uma busca ativa deste usuário e, se
possível, garanta a sua presença em um novo agendamento, para a conclusão do tratamento proposto.
Critérios de exclusão: usuários com síndrome motora, psiquiátrica ou nervosa severa que impossibilite a
tomada de impressão e a consequente confecção e uso da prótese; e ausência de estrutura de suporte e
sustentação para a instalação da peça protética.
O dentista da Unidade de Atenção Primária (UAP) é responsável pelo usuário, devendo suprir qualquer
necessidade de atendimento clínico em possíveis intercorrências ocorridas entre o período de solicitação
da consulta e o atendimento inicial na especialidade. Em caso de intercorrências durante o período de
realização do tratamento na especialidade, tanto o profissional da Unidade de Atenção Primária (UAP)
quanto o do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) poderão acolher o usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Relação de serviços prestados na Atenção Primária à Saúde.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMSDC, 2016. p. 89-99.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) – Policlínicas.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMS, 2015. p. 106-127.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. Política Municipal
de Saúde Bucal do Rio de Janeiro – Programa Carioca Rindo à Toa: Protocolo Clínico. Rio de Janeiro, 2018.
49p.
266
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista atuante na especialidade de Endodontia.
RESULTADOS ESPERADOS
Solução das demandas da especialidade de endodontia que fogem ao escopo de ação da Atenção Primária
à Saúde (APS).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento odontológico;
Insumos;
Instrumentais específicos de endodontia.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Curativo de demora com ou sem preparo biomecânico.
Obturação de dentes permanentes birradiculares.
Obturação de dentes com 3 ou mais raízes.
Obturação de dentes permanentes unirradiculares.
Selamento de perfuração radicular.
Retratamento endodôntico em dentes permanentes birradiculares.
Retratamento endodôntico em dentes permanentes com 3 ou mais raízes.
Retratamento endodôntico em dentes permanentes unirradiculares.
Radiografia periapical e interproximal.
Apicetomia com ou sem obturação retrógrada.
CUIDADOS
Antes do encaminhamento, certificar-se de que o usuário esteja motivado para o tratamento endodônti-
co, ciente do tratamento proposto, da necessidade restauradora posterior e já submetido à adequação do
meio bucal. Cabe à Unidade de Atenção Primária (UAP) informar/orientar o usuário, de forma clara, sobre
a natureza e o motivo do encaminhamento para o tratamento especializado.
Os usuários somente serão aceitos pelos serviços especializados sem dor, com remoção total de tecido
cariado, acesso endodôntico e curativo de demora, e com adequação do meio bucal realizada.
O elemento dentário a ser tratado deverá estar em condições de ser restaurado e com a coroa dentária
em condições de permitir a realização de isolamento absoluto.
267
A Unidade de Atenção Primária (UAP) receberá, via usuário, a Guia de Contrarreferência preenchida pelo
profissional da especialidade, independentemente da elegibilidade do caso. A Unidade de Atenção Pri-
mária (UAP) deverá observar e orientar o usuário quanto às observações descritas no preparo do encami-
nhamento, conforme apresentado no SISREG.
Os serviços de referência estão organizados para realizar os tratamentos endodônticos de usuários com
necessidade já identificada, e não para avaliar a pertinência do procedimento.
Os serviços especializados de Endodontia devem reencaminhar para a unidade de origem os usuários
indevidamente referenciados, com a Guia de Contrarreferência preenchida com a devida justificativa.
Nos casos em que houver indicação de tratamento endodôntico com necessidade de aumento de coroa
clínica, deverá ser feito o encaminhamento para a especialidade de Endodontia, com esta observação na
Guia de Referência. Uma vez no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o agendamento para a
realização do aumento de coroa clínica será realizado internamente, de forma a conciliar a realização dos
procedimentos necessários para a conclusão do tratamento.
Retratamentos endodônticos serão realizados apenas em casos previamente tratados pelos endodontis-
tas das unidades de referência onde o tratamento endodôntico foi realizado.
Nos casos de dentes jovens, com rizogênese incompleta, será realizada apicificação.
Tratamentos endodônticos em terceiros molares só serão realizados nos casos em que o elemento dentá-
rio seja pilar para prótese parcial removível ou que tenha migrado e esteja em função com o antagonista.
O Dentista da Unidade de Atenção Primária (UAP) é responsável pelo usuário, devendo suprir qualquer
necessidade de atendimento clínico em possíveis intercorrências ocorridas entre o período de solicitação
da consulta e o atendimento inicial na especialidade. Em caso de intercorrências durante o período de
realização do tratamento na especialidade, tanto o profissional da Unidade de Atenção Primária (UAP)
como o do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) poderão acolher o usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Relação de serviços prestados na Atenção Primária à Saúde.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMSDC, 2016. p. 89-99.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) – Policlínicas.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMS, 2015. p. 106-127.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. Política Municipal
de Saúde Bucal do Rio de Janeiro – Programa Carioca Rindo à Toa: Protocolo Clínico. Rio de Janeiro, 2018.
49p.
268
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista atuante em Estomatologia.
RESULTADOS ESPERADOS
Identificação, remoção de lesões e procedimentos cirúrgicos para a realização de biópsias, com vistas à de-
tecção precoce de lesões malignas e potencialmente malignas em cavidade oral.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento odontológico completo;
Materiais cirúrgicos odontológicos;
Insumos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Biópsia dos tecidos moles da boca.
Remoção de cistos.
Selamento de fístula cutânea odontogênica.
Remoção de tórus e exostoses.
Remoção cirúrgica e plástica óssea de hamartomas ósseos localizados em área chapeável que estejam
impossibilitando a confecção de próteses dentárias.
Excisão e sutura de lesão de boca.
Excisão em cunha do lábio.
Excisão de lesão benigna e maligna do lábio em cunha.
Biópsia de glândula salivar.
Retirada de fragmentos de tecido de glândula salivar para exame histopatológico.
Remoção de corpo estranho da região buco-maxilo-facial.
CUIDADOS
A avaliação estomatológica nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) não deve invalidar os es-
forços dos profissionais para o diagnóstico precoce de doenças bucais nas Unidades de Atenção Primária
à Saúde (UAP).
Os serviços de referência estão organizados para realizar, por meio de exames complementares, citopa-
tologia, biópsias e demais manobras necessárias para o diagnóstico precoce dos usuários, bem como
orientação e acompanhamento dos casos que necessitam de intervenção.
269
Os usuários com lesões suspeitas de pré-malignidade ou malignidade deverão ser orientados sobre os
dias e horários dos estomatologistas dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), para irem direto
à unidade de referência sem agendamento prévio.
O usuário referenciado para diagnóstico especializado de lesões com potencial ou com suspeita de malig-
nidade na boca deve ser acompanhado e continuadamente sensibilizado para seu comparecimento aos
locais de referência, desde a suspeita até o fechamento do diagnóstico, assim como depois do eventual
tratamento, a fim de possibilitar a preservação.
O dentista da Unidade de Atenção Primária (UAP) é responsável pelo usuário, devendo suprir qualquer
necessidade de atendimento clínico em possíveis intercorrências ocorridas entre o período de solicitação
da consulta e o atendimento inicial na especialidade. Em caso de intercorrências durante o período de
realização do tratamento na especialidade, tanto o profissional da Unidade de Atenção Primária (UAP)
como o do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) poderão acolher o usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Relação de serviços prestados na Atenção Primária à Saúde.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMSDC, 2016. p. 89-99.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) – Policlínicas.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMS, 2015. p. 106-127.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. Política Municipal
de Saúde Bucal do Rio de Janeiro – Programa Carioca Rindo à Toa: Protocolo Clínico. Rio de Janeiro, 2018.
49p.
270
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista atuante em Periodontia.
RESULTADOS ESPERADOS
Controle das doenças gengivais com a Terapia Periodontal adequada, que fogem ao escopo de ação da
Atenção Primária à Saúde (APS).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento odontológico completo;
Instrumentos específicos de uso da Periodontia;
Insumos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Raspagem, alisamento e polimento supragengivais.
Ulotomia e uletomia.
Gengivoplastia.
Raspagem coronoradicular.
Radiografia periapical interproximal (bite-wing).
Enxerto gengival.
Tratamento cirúrgico periodontal.
Raspagem alisamento subgengivais.
CUIDADOS
Os usuários deverão ser encaminhados pelas Unidades de Atenção Primária e serão aceitos pelos serviços
especializados, nas seguintes condições: sem dor, com adequação do meio bucal e terapia periodontal
básica realizada (raspagem supragengival de toda a boca de forma satisfatória), reforço da Instrução de
Higiene Oral (IHO) e sondagem interproximal de, pelo menos, uma das faces de todos os dentes presentes
(sondagem acima de 4mm encaminhar para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). A sonda-
gem deverá acontecer após a raspagem ter sido realizada na consulta anterior.
A Atenção Especializada em Periodontia abrange a execução de aumento de coroa clínica em dentes
com condições de serem restaurados na Unidade de Atenção Primária (UAP) de origem, com materiais
existentes na rede.
Os serviços especializados de Periodontia devem reencaminhar para a unidade de origem os usuários
indevidamente referenciados, com a Guia de Contrarreferência preenchida, com a devida justificativa.
271
A Unidade de Atenção Primária (UAP) receberá, via usuário, a Guia de Contrarreferência preenchida pelo
profissional da especialidade, independentemente da elegibilidade do caso.
A Unidade de Atenção Primária (UAP) deverá observar e orientar o usuário quanto às observações descri-
tas no preparo do encaminhamento, conforme apresentado no SISREG.
Os serviços de referência estão organizados para realizar os tratamentos periodontais de usuários com
necessidade diagnosticada por meio da sondagem, não para avaliar a pertinência do procedimento.
O dentista da Unidade de Atenção Primária (UAP) é responsável pelo usuário, devendo suprir qualquer
necessidade de atendimento clínico em possíveis intercorrências ocorridas entre o período de solicitação
da consulta e o atendimento inicial na especialidade. Em caso de intercorrências durante o período de
realização do tratamento na especialidade, tanto o profissional da Unidade de Atenção Primária (UAP)
como o do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) poderão acolher o usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Relação de serviços prestados na Atenção Primária à Saúde.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMSDC, 2016. p. 89-99.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) – Policlínicas.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMS, 2015. p. 106-127.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. Política Municipal
de Saúde Bucal do Rio de Janeiro – Programa Carioca Rindo à Toa: Protocolo Clínico. Rio de Janeiro, 2018.
49p.
272
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista com atuação em Cirurgia Oral Menor.
RESULTADOS ESPERADOS
Solução das demandas clínico-cirúrgicas que fogem ao escopo de ações da Atenção Primária à Saúde (APS).
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento odontológico completo;
Instrumentais Cirúrgicos Odontológicos;
Insumos para cirurgia.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Tratamento de nevralgias faciais.
Frenectomia.
Correção cirúrgica de fístula oronasal.
Drenagem de abscesso da boca.
Excisão de rânula ou fenômeno de retenção salivar.
Excisão e sutura de lesão de boca.
Excisão em cunha do lábio.
Exérese de cisto odontogênico.
Contenção de dentes por splintagem.
Redução cruenta de fratura de alvéolo.
Redução incruenta de fratura de alvéolo.
Reconstrução parcial do lábio traumatizado.
Remoção de cisto.
Remoção de tórus e exostoses.
Retirada de material de síntese óssea/dentária.
Ulotomia/ulectomia.
Aprofundamento de vestíbulo por hemiarcada.
Alveolotomia/alveolectomia por arcada.
Correção de bridas.
Correção de tuberosidade do maxilar.
273
Curetagem periapical.
Enxerto ósseo de área doadora intrabucal.
Excisão de cálculo de glândula salivar.
Exodontia múltipla com alveoloplastia para hemiarco.
Glossorrafia.
Marsupialização de cistos e pseudocistos, odontoseccção/radilectomia/tunelização.
Reconstrução de sulco gengivo-labial.
Redução incruenta de luxação de ATM (Articulação Temporomandibular).
Reimplante e transplante dental por elemento.
Remoção de dente retido (incluso ou impactado).
Remoção de foco residual.
Selamento de fístula cutânea odontogênica.
Tratamento cirúrgico de fístula intra/extraoral.
Tratamento cirúrgico de hemorragia bucodental.
Tratamento cirúrgico para tracionamento dental.
Tratamento de alveolite.
Tratamento emergencial para a redução de fratura alvéolodentária.
CUIDADOS
Os usuários deverão ser encaminhados pelas Unidades de Atenção Primária (UAP) nas seguintes condições:
Com a realização prévia de Instrução de Higiene Oral (IHO) e controle do biofilme dental;
Com o devido reequilíbrio do meio bucal (ausência de cálculo supragengival, restos radiculares e/ou
cavidades de cáries ativas);
Usuárias gestantes e usuários com comprometimento sistêmico (ex.: diabéticos, hipertensos) deverão
estar, preferencialmente, com o quadro clínico estabilizado e sob acompanhamento médico antes do
encaminhamento para a especialidade. Observar as informações do Guia de Referência Rápida – Ava-
liação Pré-Operatória, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Os serviços de referência estão organizados para realizar o tratamento cirúrgico especializado de usuários
com necessidades já identificadas, e não para avaliar a pertinência do procedimento.
Critérios clínicos de elegibilidade para o encaminhamento:
Cirurgias de dentes inclusos, semi-inclusos e impactados (com justificativa da indicação clínica para a
realização do procedimento especializado);
Exodontias de 3 ou mais elementos dentários consecutivos (lado a lado) e com necessidade de alveo-
loplastia;
Exodontias de terceiros molares, justificando a indicação clínica para a realização do procedimento
especializado, observando também a necessidade do usuário estar com o devido reequilíbrio (ade-
quação) do meio bucal;
Cirurgias pré-protéticas indicadas pelo profissional da rede municipal que está executando e acom-
panhando a confecção da prótese. Caso a solicitação para este procedimento seja de profissional ex-
terno à rede municipal, deve ser anexada às Guias de Referência e de Contrarreferência a solicitação
original, com a identificação do protesista responsável pelo usuário;
Biópsias e tratamento cirúrgico de cistos e tumores só deverão ser realizados após avaliação e indica-
ção do estomatologista;
274
Frenectomias que possam ser realizadas sem necessidade de sedação ou anestesia geral, desde que
avaliadas e com indicação de especialista (ortodontista, periodontista e/ou fonoaudiólogo), com enca-
minhamento por escrito desses profissionais e identificação dos mesmos. Nos casos com necessidade
de sedação ou anestesia geral, o usuário deverá ser referenciado para o serviço de odontologia hos-
pitalar especializado.
Antes do encaminhamento, certificar-se de que o usuário esteja motivado para o tratamento cirúrgico
especializado, ciente do tratamento proposto, da necessidade restauradora posterior e já submetido à
adequação do meio bucal. Cabe à Unidade de Atenção Primária (UAP) informar/orientar o usuário, de for-
ma clara, sobre a natureza e o motivo do encaminhamento para o tratamento especializado.
O usuário que não comparecer à consulta especializada agendada deverá ser contatado para reavaliação
e, caso necessário, reinserido no SISREG pela Unidade de Atenção Primária (UAP).
A Unidade de Atenção Primária (UAP) deverá observar e orientar o usuário quanto às observações descri-
tas no preparo do encaminhamento, conforme apresentado no SISREG.
O Dentista da Unidade de Atenção Primária (UAP) é responsável pelo usuário, devendo suprir qualquer
necessidade de atendimento clínico em possíveis intercorrências ocorridas entre o período de solicitação
da consulta e o atendimento inicial na especialidade. Em caso de intercorrências durante o período de
realização do tratamento na especialidade, tanto o profissional da Unidade de Atenção Primária (UAP)
quanto o do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) poderão acolher o usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Relação de serviços prestados na Atenção Primária à Saúde.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMSDC, 2016. p. 89-99.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Guia
de Referência Rápida. Carteira de Serviços: Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) – Policlínicas.
Superintendência de Atenção Primária. – Rio de Janeiro: SMS, 2015. p. 106-127.
Rio de Janeiro (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. Política Municipal
de Saúde Bucal do Rio de Janeiro – Programa Carioca Rindo à Toa: Protocolo Clínico. Rio de Janeiro, 2018.
49p.
275
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Acolhimento – todos os profissionais das unidades de saúde (Policlínicas e Centros Municipais de Saúde –
CMS). Classificação de Risco – somente Enfermeiros.
RESULTADOS ESPERADOS
Implementar no processo de trabalho a escuta qualificada, a classificação de risco, a resolutividade e a ava-
liação integral das necessidades de saúde.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Recursos humanos;
Plano de Acolhimento elaborado e atualizado;
Protocolo de Classificação de Risco;
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Escuta qualificada.
Avaliação de risco.
Avaliação dos sinais vitais.
Encaminhamento para o setor de acesso.
Registro no prontuário (conforme o caso).
CUIDADOS
Atender com cordialidade.
Usar linguagem clara, objetiva e acessível para o entendimento e esclarecimentos prestados ao usuário.
Atenção para sinais de risco e níveis de prioridade.
Explicar ao usuário o funcionamento do serviço.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Política Nacional de Humanização (PNH) – Humaniza SUS/MS (http://www.saude.gov.br/): http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_classificaao_risco_servico_urgencia.pdf
http://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/acolhimento_praticas_saude_2ed_sem_logo.pdf
276
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Equipe Multiprofissional.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronização do percurso do usuário na unidade: consulta/procedimentos/ exames realizados.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Recursos humanos;
Computador.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Atenda o usuário com cordialidade.
Realize a escuta qualificada do usuário.
Comprometa-se com responder de forma ética e resolutiva às demandas do usuário.
Encaminhe o usuário aos serviços da unidade.
1. Apresentação da Guia de Autorização do SISREG no setor de acesso.
a. 1ª vez:
Verifique a necessidade de atendimento prioritário. Em caso positivo, consulte o POP F07 – Aco-
lhimento e Classificação de Risco nas Policlínicas;
Faça o direcionamento para o atendimento (consulta/procedimentos/exames);
Abertura de prontuário.
b. Retorno:
Verifique a necessidade de atendimento prioritário;
Prontuário previamente separado;
Faça o direcionamento para o atendimento (consulta/procedimentos/exames).
2. Paciente aguardando atendimento (Sala de Espera): oportunidade para realizar ações de educação em
saúde.
3. Usuário após atendimento.
Realizar check out (Núcleo Interno de Regulação – NIR/Recepção):
a. Alta ambulatorial: usuário retorna à unidade de Atenção Primária à Saúde (APS) de origem com a
Guia de Contrarreferência preenchida pelo especialista contendo o Plano de Cuidado;
b. Sem alta ambulatorial: usuário direcionado ao Núcleo Interno de Regulação (NIR) da unidade, para
agendar retorno, atualizar dados cadastrais (telefones de contato) e explicar a importância de co-
municar previamente quando não puder comparecer às consultas, disponibilizando, assim, as va-
gas para outros usuários;
277
c. Solicitação de exames: usuário direcionado para a unidade de Atenção Primária à Saúde (APS) de
origem para agendamento de exames/procedimentos no SISREG.
Atenção para o preenchimento/realização do NOTIFICAREG em todos os casos de encaminhamento inde-
vido (www.subpav.org/notificareg).
CUIDADOS
Atenção para os níveis de prioridade.
Esclarecer ao usuário o funcionamento da unidade.
Atenção na realização do check out.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde, Política Nacional de Humanização (PNH) – Humaniza SUS/MS. Disponível em: http://
redehumanizasus.net/politica-nacional-de-humanizacao/
Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro, Portaria GM/MS nº 1.559, de 01 de agosto de 2018, http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt1559_01_08_2008.html
Rio de Janeiro (Município), Secretaria Municipal de Saúde, Subsecretaria Geral, Diário Oficial do Município
de 06 de maio de 2015, Portaria SMS/SUBGE de 06 de maio de 2015.
Rio de Janeiro (Município), Secretaria Municipal de Saúde, Subsecretaria Geral, Diário Oficial do Município
de 14 de agosto de 2014, Resolução SMS/SUBGE de 14 de agosto de 2014.
278
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Consulta inicial com Médico Ortopedista e Traumatologista ou Neurologista ou Fisiatra. Os usuários são
agendados, via SISREG, para a modalidade de Reabilitação Física, e são referenciados pela Atenção Primária
no “Procedimento SISREG – Reabilitação em Amputações”. A Equipe Multiprofissional deve ter uma compo-
sição mínima com Médico Ortopedista e Traumatologista ou Neurologista ou Fisiatra, Enfermeiro, Fisiotera-
peuta, Fonoaudiólogo, Psicólogo e Terapeuta Ocupacional.
RESULTADOS ESPERADOS
Promover a recuperação do indivíduo ao melhor nível possível de adaptação física, mental e social, por meio
de intervenções que ofereçam capacidade de autonomia e independência funcional, reduzindo o impacto
de uma incapacidade ou deficiência, e proporcionando maior integração social.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Cama para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Armário para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Mesa com cadeiras para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Geladeira para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Fogão para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Andadores – adulto e infantil;
Barras paralelas;
Eretor com mesa de treino de postura – adulto e infantil (parapódio);
Escada linear para marcha;
Freezer;
Goniômetro;
Macas de madeira acolchoadas;
Mesas auxiliares;
Mocho;
Muletas canadenses reguláveis;
Tablado para fisioterapia
Tábua para propriocepção;
Escada com 2 degraus;
Rampa para alongamento;
Estetoscópio – adulto e infantil;
Esfigmomanômetro – adulto e infantil;
279
Cadeiras de rodas – adulto e infantil;
Arquivos;
Armários;
Mesas com cadeiras;
Televisor;
Cadeiras para a sala de espera;
Bolas suíças de tamanhos diversos;
Jogo de caneleiras com peso;
Luvas (de procedimento e estéril);
Rolo de posicionamento;
Disco proprioceptivo;
Bolsas de gel;
Exercitadores elásticos com resistências variadas;
Bandagem e ataduras.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Dispensar e adaptar próteses de membros superiores, inferiores, prótese mamária externa, sutiã para
adaptação das próteses, luvas de compressão e bandagens.
O processo de adaptação das próteses de membros inclui consultas para o enfaixamento do coto, a mol-
dagem do coto para a confecção da prótese, o enfaixamento de membros com linfedemas e o treinamen-
to para utilização da prótese.
As estratégias de ações para a concessão ou não de próteses devem ser estabelecidas a partir das neces-
sidades singulares de cada indivíduo, considerando o impacto da deficiência sobre sua funcionalidade,
bem como os fatores clínicos, emocionais, ambientais e sociais envolvidos. É fundamental avaliar o local
de moradia e a rede de apoio.
A avaliação física das condições clínicas, anatomofisiológicas e funcionais deve ser capaz de identificar o
grau de incapacidades, bem como as habilidades remanescentes ou preservadas.
Orientar quanto ao correto enfaixamento que deverá ser realizado no coto do membro amputado e linfe-
demas (nos casos de usuárias mastectomizadas) e os cuidados para com o membro contralateral.
Acompanhar a confecção dos moldes realizados pelas empresas vencedoras da licitação.
Realizar treinamentos suficientes para que o usuário consiga deambular pós-protetização.
Adaptar plenamente a prótese ao usuário antes da sua alta.
Realizar reuniões periódicas de equipe, para acompanhamento e revisão sistemática dos projetos tera-
pêuticos.
Orientar cuidadores, acompanhantes e familiares como agentes colaboradores no processo de inclusão
social e continuidade do cuidado.
Oferecer atendimento individual e em grupo, de acordo com as necessidades de cada usuário e suas difi-
culdades específicas.
Promover a articulação com os outros pontos de atenção da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
(Atenção Primária, Hospitalar e de Urgência e Emergência), visando garantir a integralidade do cuidado.
Buscar articulação dos serviços de proteção social, educação, esporte, cultura, entre outros, com o objetivo
de ampliar o alcance do cuidado, a inclusão e a melhora da qualidade de vida da pessoa com deficiência.
280
CUIDADOS
O usuário deve ser atendido, prioritariamente, no serviço mais próximo de sua residência.
As unidades que oferecem a Reabilitação em Amputações devem dispor de ambiente confortável e com-
patível com o bem-estar dos usuários e da equipe, utilizando componentes que favoreçam, ao mesmo
tempo, privacidade e interação entre as pessoas.
Possuir instalações físicas e equipamentos adequados e em quantidade suficiente para o bom funciona-
mento de todos os serviços.
As unidades que oferecem o serviço de Reabilitação em Amputações deverão utilizar o www.subpav.org/
notificareg para informar as não conformidades dos encaminhamentos.
Cabe às Unidades de Reabilitação o agendamento das consultas de retorno no SISREG na própria unidade,
com equipe multidisciplinar (Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Psiquiatras, entre ou-
tros), quando for necessário à continuidade do cuidado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física,
Intelectual e Visual (CER e serviços habilitados em uma única modalidade). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
281
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Consulta inicial com Estomaterapeuta. Os usuários são agendados, via SISREG, para a modalidade de Rea-
bilitação Física, e são referenciados pela Atenção Primária no “Procedimento SISREG – Avaliação Paciente
Ostomizado”. Se necessário, realizar agendamento interno com Médico Clínico ou Proctologista ou Urolo-
gista ou Gastroenterologista no Serviço de Atenção às Pessoas Ostomizadas. Os serviços que prestam aten-
dimento à pessoa ostomizada deverão garantir em sua equipe a presença de Enfermeiro, Médico Clínico ou
Proctologista ou Urologista ou Gastroenterologista, e Nutricionista.
RESULTADOS ESPERADOS
Promover a recuperação do indivíduo ao melhor nível possível de adaptação física, mental e social, por meio
de intervenções que ofereçam capacidade de autonomia e independência funcional, reduzindo o impacto
de uma incapacidade ou deficiência, proporcionando maior integração social.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Macas acolchoadas;
Mocho;
Escada com 2 degraus;
Estetoscópio – adulto e infantil;
Esfigmomanômetro – adulto e infantil;
Arquivos;
Armários;
Mesas com cadeiras;
Televisor;
Cadeiras para a sala de espera;
Luvas (de procedimento e estéril);
Computadores;
Estantes para disposição dos itens a serem dispensados;
Banheiro.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
O atendimento à pessoa ostomizada inclui: consultas, exame clínico do estoma, orientação técnica do
Enfermeiro e dispensação de equipamentos coletores e adjuvantes.
Orientar as pessoas ostomizadas, prestando assistência especializada de natureza interdisciplinar, obje-
tivando sua reabilitação, com ênfase no autocuidado, na prevenção de complicações nas estomias e na
dispensação de equipamentos coletores e adjuvantes de proteção e segurança.
282
Orientar cuidadores, acompanhantes e familiares como agentes colaboradores no processo de inclusão
social e continuidade do cuidado.
Promover a articulação com os outros pontos de atenção da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
(Atenção Primária, Hospitalar e de Urgência e Emergência), visando garantir a integralidade do cuidado.
Agendamento de retorno via SISREG, realizado pela própria equipe das unidades executantes nos proce-
dimentos SISREG: “Complicações Paciente Ostomizado e Bolsas Coletoras”. As referidas vagas não podem
ser reguladas por unidades da Atenção Primária à Saúde (APS).
CUIDADOS
O usuário deve ser atendido, prioritariamente, no serviço mais próximo de sua residência.
As unidades que possuem o Programa de Atenção à Pessoa Ostomizada devem dispor de ambiente con-
fortável e compatível com o bem-estar dos usuários e da equipe, utilizando componentes que favoreçam,
ao mesmo tempo, privacidade e interação entre as pessoas.
Pacientes ostomizados devem ser encaminhados dos hospitais para as Unidades de Atenção Primária
(UAP), que irão agendar no Sistema de Regulação SISREG as consultas de primeira vez no procedimento
“AVALIAÇÃO PACIENTE OSTOMIZADO” nas unidades executantes (Centro Municipal de Reabilitação Oscar
Clark e Policlínica Manoel Guilherme da Silveira Filho). Estes pacientes devem ter suas solicitações regula-
das imediatamente nas unidades executantes, porque não podem ficar sem os equipamentos coletores e
a assistência da equipe multidisciplinar da reabilitação.
Possuir instalações físicas e equipamentos adequados e em quantidade suficiente para o bom funciona-
mento de todos os serviços.
Após a cirurgia, os hospitais devem encaminhar o paciente com laudo médico para a Unidade de Atenção
Primária (UAP) de referência para agendamento da consulta de primeira vez no procedimento “Avaliação
Paciente Ostomizado” nas unidades com o Programa de Ostomia.
Cabe às Unidades de Reabilitação o agendamento das consultas de retorno na própria unidade – nos pro-
cedimentos deve-se fazer a consulta em “Complicações Paciente Ostomizado e Bolsas Coletoras”, quando
for necessário à continuidade do cuidado.
O serviço de atenção às pessoas ostomizadas presta assistência especializada de natureza interdisciplinar
às pessoas com estoma, objetivando sua reabilitação, com ênfase na orientação para o autocuidado, na
orientação ao cuidador e/ou familiar, assim como para a realização de suas atividades de vida autônoma,
a prevenção de complicações nas estomias e a dispensação de equipamentos coletores e adjuvantes de
proteção e segurança.
As unidades deverão orientar sobre a importância do acompanhamento médico no serviço de origem e
realizar encaminhamento com a Guia de Contrarreferência quando detectadas quaisquer intercorrências,
como hérnias, prolapsos ou quando for necessária avaliação de cirurgia de reversão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física,
Intelectual e Visual (CER e serviços habilitados em uma única modalidade). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
283
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Consulta inicial com Médico Otorrinolaringologista. Os usuários são referenciados pela Atenção Primária
e devem ser agendados, via SISREG, no “Procedimento: Reabilitação Auditiva”. A Equipe Multiprofissional
deve ter uma composição mínima com Médico Otorrinolaringologista, Fonoaudiólogo e Psicólogo.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir o melhor aproveitamento da audição residual da pessoa com deficiência auditiva.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Emissões Otoacústicas (evocadas transientes e por produto de distorção);
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico – PEATE/BERA;
Audiômetro de dois canais;
Imitanciômetro multifrequencial;
Cabine audiométrica;
Sistema de campo livre;
Foco Frontal/Fotóforo;
Otoscópio;
Autoclave;
Cadeira otorrinolaringológica;
Maca;
Escada com 2 degraus;
Ganho de Inserção (equipamento de verificação eletroacústica);
Aspirador de secreção;
Computadores;
Impressora;
Negatoscópio;
Estetoscópio – adulto e infantil;
Esfigmomanômetro – adulto e infantil;
Cadeiras de rodas – adulto e infantil;
Arquivos;
Armários;
Mesas com cadeiras;
284
Televisor;
Cadeiras para a sala de espera;
Programas de computação periféricos para teste de próteses auditivas;
Baterias;
Desumidificador;
Alicate;
Caneta otoscópio;
Seringa e massa para pré-moldagem;
Conjuntos de modelos de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI) adequados aos diferentes
graus e tipos de perda auditiva, para testes de seleção (no mínimo 3 conjuntos);
Espéculo Nasal – adulto e infantil;
Espéculo Auricular – adulto e infantil;
Pinças (dente de rato, sem dente e em baioneta);
Curetas para remoção de cerume;
Seringa metálica de 100ml para remoção de cerume;
Estilete porta-algodão;
Espelho com rodízios;
Conjunto básico de instrumentos musicais;
Jogos de encaixe;
Brinquedos para ludoterapia e terapia fonoaudiológica;
Luvas (de procedimentos e estéril).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Realizar consulta humanizada, centrada nas necessidades das pessoas atendidas, para que o resultado
do cuidado ofertado possa gerar melhor qualidade de vida e maior grau de autonomia possível à pessoa
com deficiência.
Realizar exame clínico e funcional detalhado.
Elaborar proposta terapêutica de acordo com os exames complementares apresentados e avaliação
médica.
O processo de reabilitação auditiva inclui consultas, exames audiológicos, diagnóstico, seleção, adapta-
ção, concessão de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI), concessão de Kit de Frequência
Modulada e terapia fonoaudiológica. Prevê uma abordagem interdisciplinar e o envolvimento direto de
profissionais, usuário, cuidadores e familiares nos processos de cuidado.
Sempre que possível, oferecer oficina de Libras para usuários, familiares, profissionais de saúde e outros.
É fundamental o acompanhamento periódico da perda auditiva para monitoramento e orientação sobre o
uso e o manuseio do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), e a realização de possíveis modifi-
cações nas características eletroacústicas do aparelho auditivo utilizado pelo usuário.
Buscar articulação dos serviços de proteção social, educação, esporte, cultura, entre outros, com objetivo
de ampliar o alcance do cuidado, a inclusão e a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência.
285
CUIDADOS
O usuário deve ser atendido, prioritariamente, no serviço mais próximo de sua residência.
As unidades que oferecem serviços de Reabilitação Auditiva deverão utilizar o www.subpav.org/notifica-
reg para informar as não conformidades dos encaminhamentos.
Cabe às Unidades de Reabilitação o agendamento das consultas de retorno na própria unidade, para pro-
fissionais não médicos (Fonoaudiólogos, Psicólogos, Psiquiatras, entre outros), quando for necessário à con-
tinuidade do cuidado.
Caso fique constatada a necessidade, haverá dispensação e adaptação do Aparelho de Amplificação Sono-
ra Individual (AASI), que poderá ser uni ou bilateral.
No caso de crianças ou adolescentes (até 17 anos de idade), que estejam frequentando escola regularmen-
te, poderá ser indicado o Sistema de Frequência Modulada para auxiliar na aprendizagem. Indicação será
feita pela equipe do Centro Especializado em Reabilitação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física,
Intelectual e Visual (CER e serviços habilitados em uma única modalidade). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
286
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Pode ser executado nos dois Centros Especializados em Reabilitação (CER) municipais, além da ABBR (CER
habilitado pelo Ministério da Saúde e contratualizado com a SMS-Rio). Este Programa não exige agenda-
mento prévio pelo SISREG. O usuário poderá ser inserido nos programas de reabilitação, quando necessário.
Neste caso, o usuário deverá ser encaminhado com a Guia de Referência e Contrarreferência preenchida,
com a orientação para a Unidade de Atenção Primária (UAP) para o agendamento no SISREG, na reabilitação
que for indicada.
RESULTADOS ESPERADOS
Conceder Meio Auxiliar de Locomoção à pessoa com deficiência física ou neurológica, comprovada me-
diante laudo médico com CID-10 emitido por unidade pública de saúde ou por ela conveniada.
Promover a independência e a locomoção de pessoas com deficiência, bem como o acesso à educação e
ao ambiente de trabalho.
Auxiliar na inclusão social.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Andadores fixos – adulto e infantil;
Andadores com rodízios – adulto e infantil;
Bengalas de quatro pontas;
Bengalas articuladas;
Bengala/muleta canadense regulável em altura – adulto e infantil;
Cadeiras de rodas para paraplegia, do tipo padrão – adulto e infantil;
Cadeiras de rodas para tetraplegia, do tipo padrão – adulto e infantil;
Cadeiras de rodas (acima de 90kg);
Cadeiras de rodas monobloco – adulto e infantil;
Cadeiras de rodas para banho – adulto e infantil;
Cadeira de rodas para banho em concha – infantil;
Cadeira de rodas para banho com encosto reclinável;
Cadeira de rodas para banho com aro de propulsão;
Cadeira de rodas motorizada – adulto e infantil;
Almofada de assento para cadeira de rodas, para a prevenção de úlceras de pressão (simples);
Almofada de assento para a prevenção de úlceras de pressão em células de ar.
287
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Cadastrar o usuário por meio do recebimento de original e cópia dos documentos pessoais, do compro-
vante de residência, do Cartão Nacional de Saúde (CNS) e do laudo médico.
Realizar avaliação por equipe especializada.
Indicar o meio auxiliar de locomoção adequado ao quadro clínico de cada usuário.
Realizar a dispensação de meios auxiliares de locomoção.
Orientar cuidadores, acompanhantes e familiares para atuarem como agentes colaboradores no processo
de inclusão social.
Fazer treinamento dos usuários com indicação para cadeiras de rodas motorizadas.
Esclarecer dúvidas sobre a postura correta na utilização dos meios auxiliares de locomoção, bem como
acompanhar a evolução do usuário.
CUIDADOS
O usuário deve ser atendido, prioritariamente, no serviço mais próximo de sua residência.
As unidades com programas de dispensação de meios auxiliares de locomoção devem dispor de ambiente
confortável e compatível com o bem-estar dos usuários e da equipe, utilizando componentes que favore-
çam, ao mesmo tempo, privacidade e interação entre as pessoas.
As Unidades de Atenção Primária (UAP) devem identificar as pessoas com deficiência com necessidade de
Meio Auxiliar de Locomoção (M.A.L.), elaborar laudo médico com o CID-10 da deficiência e a indicação de
que há necessidade do equipamento. A equipe de reabilitação definirá o equipamento ideal para cada
caso. O usuário poderá ser inserido na reabilitação para a modalidade de sua deficiência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física,
Intelectual e Visual (CER e serviços habilitados em uma única modalidade). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
288
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Consulta inicial com Médico Oftalmologista. O processo de reabilitação visual deve ser realizado pela Equi-
pe Multiprofissional composta por Médico Oftalmologista e profissionais da área de Reabilitação. Os usuá-
rios são referenciados pela Atenção Primária e devem ser agendados, via SISREG, no “Procedimento: Rea-
bilitação Visual”. A Equipe Multiprofissional deve ter uma composição mínima com Médico Oftalmologista,
Fisioterapeuta ou Terapeuta Ocupacional e Psicólogo.
RESULTADOS ESPERADOS
Fornecer subsídios para o trabalho de habilitação e reabilitação a partir do conhecimento das características
da resposta visual.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Cadeira oftalmológica e coluna;
Negatoscópio;
Estetoscópio – adulto e infantil;
Esfigmomanômetro – adulto e infantil;
Lâmpada de Fenda;
Tonômetro de aplanação;
Oftalmoscópio direto;
Oftalmoscópio Indireto com lente de 20 dioptrias;
Refrator;
Lensômetro;
Retinoscópio;
Lanterna manual;
Campímetro Manual ou Tela Tangente;
Kit de lentes filtrantes montadas em armações de óculos do tipo clip-on;
Recursos ópticos para perto;
Auxílios montados em óculos de prova:
Lentes positivas: +32D e +40D (asféricas);
Lentes esferoprismáticas: +6DE, +8D, +10D e +12D.
Lupas manuais com diâmetro mínimo de 35mm com ou sem iluminação acoplada;
Lupas de apoio com ou sem iluminação;
Barra de leitura 1,5x ou 2x;
Colchonetes/ tatame;
289
Espelho fixo;
Espelho para corpo inteiro com rodízio;
Mobiliário em geral de cozinha, quarto, sala e banheiro;
Louças e utensílios domésticos;
Luminária com braço articulável com luz incandescente;
Luminária com braço articulável com luz fluorescente;
Mapas táteis;
Bolas com guiso (tamanhos e texturas diferenciadas);
Jogos de encaixe e de montagem;
Brinquedos e jogos diversos;
Caixas retangulares (tamanho de caixa de sapato);
Lixa;
Espelho para adaptação da prótese ocular;
Caixa de prótese ocular com várias próteses para prova;
Ventosas de silicone para retirada de prótese ocular;
Oclusor – adulto e infantil;
Régua milimétrica;
Kits de avaliação funcional;
Prancha de leitura;
Quadro branco;
Carteira escolar (para treinamento com escolares);
Sistema de Vídeo-magnificação do tipo desktop, com monitor e bandeja;
Sistema de Vídeo-ampliação do tipo desktop, com mouse com monitor;
Sistema de Vídeo-ampliação portátil;
Régua de esquiascopia;
Caixa de provas completa;
Tabelas LogMar (perto e longe);
Tabelas com Símbolos (longe e perto);
Tabela de Snellen;
Tabela para perto com texto contínuo;
Teste de resolução para acuidade visual (olhar preferencial);
Teste de visão cromática (pareamento);
Tabelas para teste de contraste;
Tela de Amsler;
Programas de ampliação e de leitura para pessoas com deficiência visual;
Armações de prova para adultos e crianças;
Cama para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Armário para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
290
Mesa com cadeiras para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Geladeira para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Fogão para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Computadores;
Impressora;
Arquivos;
Armários;
Mesas com cadeiras;
Televisor;
Cadeiras para sala de espera.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Oferecer consultas humanizadas, centradas nas necessidades das pessoas atendidas, para que o resultado
do cuidado ofertado possa gerar melhor qualidade de vida e maior grau de autonomia possível à pessoa
com deficiência.
Realizar exame clínico e funcional detalhado.
Elaborar proposta terapêutica a partir do estudo da função visual, podendo ser indicados e prescritos
auxílios ópticos, não ópticos e eletrônicos, que promoverão a melhor resolução visual e a melhora do
desempenho nas atividades diárias.
Realizar diagnóstico e oferecer tratamento em reabilitação à pessoa com deficiência visual e apoio à fa-
mília e à sua rede de apoio.
Fazer o reconhecimento das características visuais funcionais, da funcionalidade do indivíduo, de aspec-
tos ambientais e sociais, e de expectativas e das necessidades do indivíduo.
Fazer a prescrição da correção óptica de sua ametropia e de auxílios ópticos.
Orientar a pessoa com deficiência visual e seus familiares e rede de apoio sobre: o uso de auxílios não
ópticos e eletrônicos para baixa visão; e aspectos legais da deficiência visual.
Orientar profissionais envolvidos na reabilitação visual do indivíduo com baixa visão sobre a importância
da avaliação da condição psicossocial do paciente e sua rede de apoio.
Encaminhar o usuário a serviços especializados complementares, para atendimento das necessidades es-
pecíficas do indivíduo.
O processo de reabilitação visual tem a finalidade de estudar o impacto e as repercussões da deficiência
visual no desenvolvimento global do indivíduo e na sua funcionalidade. A avaliação consiste no uso de
um protocolo que possibilita a observação e a análise das respostas frente a estímulos em atividades do
cotidiano, para dimensionar o grau da perda visual e a elaboração de um Projeto Terapêutico Singular que
será desenvolvido por meio do trabalho interdisciplinar junto à pessoa com deficiência visual e sua família.
O perfil do usuário deve ser considerado: idade, escolaridade, profissão, estilo de vida, atividades que
almeja desempenhar, local de moradia, rede de apoio, situação psicossocial e estado emocional quanto
à deficiência. Um dos objetivos da reabilitação visual é possibilitar o interesse em diferentes atividades,
conservar e promover autonomia, e preservar e/ou aumentar as habilidades.
A adaptação de auxílios ópticos é um procedimento que segue um protocolo fundamentado no conheci-
mento da condição visual, na funcionalidade, nas necessidades e nas expectativas do indivíduo com baixa
visão e que objetiva promover seu bem-estar e sua maior qualidade de vida. Auxílios não ópticos são para
a ampliação da imagem, o posicionamento e a postura, a escrita e o controle da iluminação.
291
Oferecer programa de orientação e mobilidade.
Buscar articulação dos serviços de proteção social, educação, esporte, cultura, entre outros, com objetivo
de ampliar o alcance do cuidado, a inclusão e a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência.
CUIDADOS
As unidades que oferecem serviços de Reabilitação Visual deverão utilizar o www.subpav.org/notificareg
para informar as não conformidades dos encaminhamentos.
Cabe às Unidades de Reabilitação o agendamento das consultas de retorno na própria unidade, para pro-
fissionais não médicos (Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Fisioterapeutas, Psiquiatras,
entre outros) da Equipe Multiprofissional, quando necessário à continuidade do cuidado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física,
Intelectual e Visual (CER e serviços habilitados em uma única modalidade). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
292
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Consulta inicial com Médico Ortopedista e Traumatologista ou Neurologista ou Fisiatra, e com Estomatera-
peuta (quando necessário). A Equipe Multiprofissional deve ter uma composição mínima contendo Médi-
co Ortopedista e Traumatologista ou Neurologista ou Fisiatra, Enfermeiro, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo,
Psicólogo e Terapeuta Ocupacional. Os serviços que prestarem atendimento à pessoa ostomizada também
deverão garantir em sua equipe Médico Clínico ou Proctologista ou Urologista ou Gastroenterologista e
Nutricionista. Os usuários são referenciados pela Atenção Primária e devem ser agendados, via SISREG, para
as várias modalidades de reabilitação física.
Modalidades de Reabilitação Física:
Reabilitação Ortopédica;
Reabilitação Ortopédica – Pediatria;
Reabilitação Reumatológica;
Reabilitação Reumatológica – Pediatria;
Reabilitação Neurológica;
Reabilitação Neurológica – Pediatria;
Reabilitação em Amputações;
Reabilitação em Mastectomias;
Reabilitação Fonoaudiologia Disfunção de ATM (Articulação Temporomandibular)/Queimados Face Pró-
tese Traqueia;
Avaliação Paciente Ostomizado.
RESULTADOS ESPERADOS
Promover a recuperação do indivíduo ao melhor nível possível de adaptação física, mental e social por meio
de intervenções que ofereçam capacidade de autonomia e independência funcional, reduzindo o impacto
de uma incapacidade ou deficiência, proporcionando maior integração social. Espera-se, também, retardar
o avanço das manifestações clínicas e agravos de patologias degenerativas progressivas.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Cama para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Armário para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Mesa com cadeiras para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Geladeira para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Fogão para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Andadores – adulto e infantil;
Muletas canadenses reguláveis;
293
Bengalas;
Cadeiras de rodas – adulto e infantil;
Espaldar;
Barras paralelas;
Escada linear para marcha;
Mesa ortostática;
Macas acolchoadas;
Tablado para fisioterapia;
Escada com 2 degraus;
Espelho com rodízios;
Mesas auxiliares;
Mesa para atividades;
Mocho;
Negatoscópio;
Estetoscópio – adulto e infantil;
Esfigmomanômetro – adulto e infantil;
Goniômetro;
Martelo de reflexo;
Tábua para propriocepção;
Rampa para alongamento;
Bolas de tamanhos diversos;
Rolo de posicionamento;
Exercitadores elásticos com resistências variadas;
Jogo de caneleiras com peso;
Jogo de halteres;
TENS;
FES;
Ultrassom para fisioterapia;
Aparelho de luz infravermelho;
Laser para fisioterapia;
Bicicleta ergométrica vertical;
Máquina de gelo;
Monofilamentos;
Equipamento completo de integração sensorial;
Panela elétrica para confecção de órteses;
Placas de termoplásticos;
Tesoura de termoplástico;
Bandagem;
294
Luva térmica (par);
Luvas (de procedimento e estéril);
Bloco de AVDs (Atividade da Vida Diária);
Prancha de AVDs (Atividade da Vida Diária);
Arquivos;
Armários;
Mesas com cadeiras;
Televisor;
Cadeiras para a sala de espera.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Realizar diagnóstico clínico e avaliação funcional. A avaliação física das condições clínicas, anatomofisio-
lógicas e funcionais deve ser capaz de identificar o grau de incapacidades, bem como as habilidades
remanescentes ou preservadas.
O processo de reabilitação física inclui consultas, exames, diagnóstico, tratamento, concessão e adapta-
ção de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.
Também inclui o Serviço de Atenção às Pessoas Ostomizadas, prestando assistência especializada de na-
tureza interdisciplinar às pessoas com estomas, objetivando sua reabilitação com ênfase na orientação
para o autocuidado, a prevenção de complicações nas estomias e o fornecimento de equipamentos cole-
tores e adjuvantes de proteção e segurança.
Realizar reuniões periódicas de equipe, para o acompanhamento e a revisão sistemática dos Projetos Te-
rapêuticos Singulares (PTS), mostrando com clareza a evolução e as propostas terapêuticas de pequeno,
médio e longo prazo.
Orientar cuidadores, acompanhantes e familiares como agentes colaboradores no processo de inclusão
social e continuidade do cuidado.
Promover a articulação com os outros pontos de atenção da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
(Atenção Primária, Hospitalar e de Urgência e Emergência), visando garantir a integralidade do cuidado.
Buscar articulação dos serviços de proteção social, educação, esporte, cultura, entre outros, com o obje-
tivo de ampliar o alcance do cuidado, a inclusão e a melhora da qualidade de vida da pessoa com defi-
ciência.
CUIDADOS
O usuário deve ser atendido, prioritariamente, no serviço mais próximo de sua residência.
As unidades que oferecem serviços de Reabilitação Física devem dispor de ambiente confortável com aces-
sibilidade e compatível com o bem-estar dos usuários e da equipe, utilizando componentes que favore-
çam, ao mesmo tempo, privacidade e interação entre as pessoas.
Possuir instalações físicas e equipamentos adequados e em quantidade suficiente para o bom funciona-
mento de todos os serviços.
As unidades que oferecem serviços de Reabilitação Física deverão utilizar o www.subpav.org/notificareg
para informar as não conformidades dos encaminhamentos feitos via SISREG.
Cabe às Unidades de Reabilitação o agendamento das consultas de retorno na própria unidade, quando
necessária à continuidade do cuidado.
Unidades que prestam serviços às pessoas ostomizadas devem orientar sobre a importância do acompa-
295
nhamento médico no serviço de origem e realizar encaminhamento necessário quando detectadas quais-
quer intercorrências.
As estratégias de ações para reabilitação devem ser estabelecidas a partir das necessidades singulares de
cada indivíduo, considerando o impacto da deficiência sobre sua funcionalidade, bem como os fatores
clínicos, emocionais, ambientais e sociais envolvidos. É fundamental verificar o local de moradia e a rede
de apoio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física,
Intelectual e Visual (CER e serviços habilitados em uma única modalidade). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
296
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Consulta inicial com Médico Neurologista, Fisiatra ou Psiquiatra. Os usuários são referenciados pela Atenção
Primária e devem ser agendados, via SISREG, no “Procedimento: Reabilitação Intelectual”. A Equipe Mul-
tiprofissional deve ter uma composição mínima com Médico Neurologista ou Psiquiatra, Fonoaudiólogo,
Psicólogo e Terapeuta Ocupacional.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir linhas de cuidado em saúde nas quais sejam desenvolvidas ações voltadas para o desenvolvimento de
habilidades para a execução de atividades de vida autônoma, voltadas à cognição, linguagem e sociabilidade.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Andadores – adulto e infantil;
Muletas canadenses reguláveis;
Bengalas;
Cadeiras de rodas – adulto e infantil;
Tatame;
Almofadas;
Maca;
Espelho com rodízio;
Rolo de posicionamento;
Bolas suíças de tamanhos diversos;
Rolo do tipo “feijão”;
Cama elástica;
Mesa para atividades – adulto e infantil;
Balança – adulto e infantil;
Martelo para exame neurológico;
Lanterna para exame neurológico;
Negatoscópio;
Estetoscópio – adulto e infantil;
Esfigmomanômetro – adulto e infantil;
Testes de avaliação psicológica, cognitivos e de linguagem;
Materiais e jogos pedagógicos;
Brinquedos pedagógicos;
297
Livros – adulto e infantil;
Revistas e jornais;
Tábua de propriocepção;
Cama para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Armário para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Mesa com cadeiras para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Geladeira para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Fogão para a sala de AVP (Atividades da Vida Prática);
Jogo de cozinha;
Escorredor de louça
Liquidificador;
Aparelho de som;
Televisão;
Computadores;
Impressora;
Arquivos;
Armários;
Mesas com cadeiras;
Cadeiras para a sala de espera.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Realizar escuta qualificada da família, dos cuidadores e do usuário, considerando o contexto de vida, a
dinâmica familiar, a cultura e as crenças, fundamental no processo de identificação de um possível proble-
ma ou dificuldade que os mesmos estejam vivenciando.
Fazer detecção precoce de alterações passíveis de modificações que possam repercutir no futuro do in-
divíduo, possibilitando intervenção em tempo oportuno, em que se permita o pleno desenvolvimento e
melhor prognóstico.
Realizar atendimentos multiprofissionais e interdisciplinares que incluam aspectos que ajudem no desen-
volvimento de habilidades sociais, no cuidado psicossocial e familiar, e nas atividades básicas e instrumen-
tais de vida diária e prática.
Oferecer estímulos adequados, de acordo com cada estágio de desenvolvimento.
Acompanhar os usuários e observar possíveis alterações relacionadas à evolução das habilidades moto-
ras, cognitivas e socioafetivas.
Fazer observação e análise dos sinais clínicos, com destaque para os aspectos motores, sensoriais, cogni-
tivos, de fala e expressividade, para a elaboração do diagnóstico e da construção de um Projeto Terapêu-
tico Singular (PTS).
Fazer reavaliação periódica do Projeto Terapêutico Singular (PTS), para ajustes e adequações às novas
necessidades e realidade do usuário.
Registrar tudo em prontuário, de forma detalhada e com a ciência e a concordância da família, que deve
receber documento orientador tomando ciência do planejamento, com informações claras sobre sua im-
portância no processo reabilitador e de inclusão biopsicossocial, sendo assinado pelo usuário ou por seu
responsável legal.
298
Buscar articulação dos serviços de proteção social, educação, esporte, cultura, entre outros, com o obje-
tivo de ampliar o alcance do cuidado, a inclusão e a melhora da qualidade de vida da pessoa com defi-
ciência.
CUIDADOS
Avaliar o histórico de saúde do usuário e checar seu acompanhamento na Atenção Primária.
Verificar se houve alteração na Triagem Neonatal com risco para o desenvolvimento infantil.
Avaliar os marcos de desenvolvimento infantil na Caderneta de Saúde da Criança.
Usuários clinicamente instáveis devem ser reencaminhados para a Unidade de Atenção Primária (UAP)
de referência com a Guia de Contrarreferência devidamente preenchida e com orientação para retornar
assim que estiverem estáveis clinicamente.
O usuário deve ser atendido, prioritariamente, no serviço mais próximo de sua residência.
Diagnóstico diferencial para deficiência auditiva.
As unidades que oferecem serviços de Reabilitação Intelectual e Auditiva deverão utilizar a plataforma
Notificareg (www.subpav.org/notificareg) para informar as não conformidades dos encaminhamentos
feitos via SISREG.
Cabe às Unidades de Reabilitação o agendamento das consultas de retorno do SISREG na própria uni-
dade, para os profissionais não médicos que fazem parte da Equipe Multidisciplinar (Fonoaudiólogos,
Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Psiquiatras, entre outros), quando necessário à con-
tinuidade do cuidado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física,
Intelectual e Visual (CER e serviços habilitados em uma única modalidade). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
http://subpav.org/SAP/protocolos/arquivos/GUIAS_REFERENCIA/guias_de_referencia_rapida_eem_saude_
mental_na_atencao_primaria.pdf
299
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos Finalísticos (F)
EXECUTANTE
Cirurgião-Dentista atuante em Radiologia Oral e Técnico em Radiologia.
RESULTADOS ESPERADOS
Fornecer apoio diagnóstico por meio de exames por imagem, visando à perspicácia diagnóstica e/ou o di-
recionamento do plano de tratamento.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de raios-x Periapical;
Equipamento de raios-x Panorâmico;
Equipamento de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC);
Avental plumbífero;
Protetor de tireoide;
Insumos para radiologia oral.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Realização de Radiografia Periapical e Interproximal.
Realização de Radiografia Oclusal.
Realização de Radiografia Panorâmica.
Realização de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) de dente, segmento ou arcada com-
pleta.
CUIDADOS
CUIDADOS GERAIS
A escolha da modalidade do exame de imagem é de competência do Cirurgião-Dentista requisitante.
Toda solicitação de exame que envolva radiação ionizante deve ser acompanhada de justificativa.
O processo de escolha da modalidade do exame e justificação adequada deve basear-se na história indi-
vidual do paciente, no exame clínico e na necessidade da acurácia diagnóstica dos exames de imagem.
Radiografias intraorais (radiografias periapicais, interproximais e oclusais) podem ser solicitadas pelas Uni-
dades de Atenção Primária (UAP), via SISREG.
Radiografia Panorâmica e Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) podem ser solicitadas
pelas Unidades de Atenção Primária (UAP) e Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), via SISREG.
Se as imagens forem digitais, devem ser encaminhadas, por meio eletrônico, à unidade de saúde solici-
tante. Se forem analógicas, devem ser encaminhadas por meio do paciente.
300
Todas as imagens devem apresentar a identificação do paciente: nome completo, idade e data de reali-
zação.
Todo exame que envolva radiação ionizante deve:
Ser indicado de forma criteriosa, considerando-se o real benefício para a saúde do paciente, visto que a
radiação ionizante está relacionada às incertezas dos efeitos estocásticos, de modo que mesmo a menor
dose pode estar associada ao risco de danos para órgãos e tecidos irradiados, sendo a magnitude do risco
proporcional à dose de radiação;
Ser obrigatoriamente realizado com os recursos disponíveis para a proteção do paciente, incluindo a uti-
lização de avental plumbífero e protetor de tireoide, conforme recomendação da Comissão Internacional
de Proteção Radiológica;
Ter indicação respaldada na prática da odontologia baseada em evidências, em uma abordagem dos cui-
dados de saúde bucal amparada pelas melhores experiências clínicas disponíveis;
Ter a máxima atenção ao princípio ALARA ("As Low As Reasonably Achievable" – exposição tão baixa
quanto razoavelmente possível) ao selecionar-se a modalidade de exame mais adequada para cada caso,
de modo a alcançar as informações necessárias com a menor exposição do paciente aos raios-x.
301
A TCFC pode ser indicada para casos de: lesões avançadas de furcas (especialmente nos molares superio-
res), lesões endopério, retratamento que não respondam favoravelmente à terapia periodontal localizada,
e cirurgia de regeneração tecidual guiada (se não elucidados pela radiografia convencional).
Presença de dentes altamente restaurados por metais é limitadora da precisão diagnóstica da TCFC.
Alta resolução e FOV ("Field Of View") limitado são parâmetros técnicos da TCFC na terapia periodontal.
302
Restrição de atendimento:
Não será permitida a entrada de acompanhantes para a realização do exame, exceto idosos, deficientes
e crianças.
Somente será permitida a entrada do paciente na sala de exame usando máscara descartável ou de teci-
do, em concordância com as orientações do Ministério da Saúde e de acordo com a obrigatoriedade do
seu uso pelo Decreto nº 43.375, publicado em Diário Oficial do Município em 18/04/2020.
Pessoas com sintomas de Síndrome Gripal (sintomas respiratórios e/ou febre acima de 37,8º) não devem
ser agendadas, podendo ser marcadas para 14 dias adiante.
Os exames são agendados, mas, sempre que necessário, será priorizado o atendimento aos pacientes
classificados como prioridades e pacientes de risco para a COVID-19, segundo o Ministério da Saúde, que
inclui portadores de:
Doenças cardíacas; doenças respiratórias;
Doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5);
Transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea;
Imunossupressão por doenças e/ou medicamentos (em vigência de quimioterapia/radioterapia, entre
outros medicamentos);
Portadores de doenças cromossômicas e com estados de fragilidade imunológica (ex.: Síndrome de
Down);
Diabetes (conforme juízo clínico);
Gestantes.
Orientação e precauções aos usuários:
Sempre que necessário, orientar sobre o uso correto da máscara: cobrir boca e nariz e não ser tocada na
superfície externa.
A máscara só deve ser retirada quando solicitado pelo profissional – no ato do exame.
Solicita-se que o paciente faça a higiene das mãos com álcool em gel 70% (o dispenser de álcool deverá
ser de acesso imediato) e não mexa mais na bolsa e no celular, que deverá permanecer desligado e guar-
dado.
Se o paciente estiver acompanhado, deverá deixar os seus pertences com o acompanhante durante o
exame. Se não estiver, entrará com os seus pertences para sala de atendimento e irá apoiá-los apenas no
local indicado pelo profissional.
Caso o paciente relate qualquer sintoma de Síndrome Gripal, o mesmo deverá ser reagendado para de-
pois de 14 dias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, G. T. T.; PERALTA-MAMANI, M.; SILVA, A.; RUBIRA, C. M. F. et al. Influence of cone beam computed
tomography versus panoramic radiography on the surgical technique of third molar removal: a systematic
review. Int J Oral Maxillofac Surg, 48, n. 10, p. 1340-1347, Oct 2019.
304
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA – ABRO. Recomendações e medidas
preventivas contra a infecção pelo COVID-19 para os associados da ABRO. Disponível em: https://
www.abro.org.br/recomendacoes-e-medidas-preventivas-contra-a-infeccao-pelo-covid-19-para-os-
associados-da-abro/. Acesso em: 25/06/2020.
BOMBECCARI, G. P.; CANDOTTO, V.; GIANNI, A. B.; CARINCI, F. et al. Accuracy of the Cone Beam Computed
Tomography in the Detection of Bone Invasion in Patients with Oral Cancer: A Systematic Review. Eurasian
J Med, 51, n. 3, p. 298-306, Oct 2019.
BRASIL. ANVISA. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Apresenta orientações para serviços
de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos
suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). (atualizada em 08/05/2020).
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-
2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28. Acesso em: 25/06/2020.
DE GRAUWE, A.; AYAZ, I.; SHUJAAT, S.; DIMITROV, S. et al. CBCT in orthodontics: a systematic review on
justification of CBCT in a paediatric population prior to orthodontic treatment. Eur J Orthod, Oct 22 2018.
DULA, K.; BORNSTEIN, M. M.; BUSER, D.; DAGASSAN-BERNDT, D. et al. SADMFR guidelines for the use of
Cone-Beam Computed Tomography/ Digital Volume Tomography. Swiss Dent J, 124, n. 11, p. 1169-1183,
2014.
KIRKHAM-ALI, K.; LA, M.; SHER, J.; SHOLAPURKAR, A. Comparison of cone-beam computed tomography
and panoramic imaging in assessing the relationship between posterior maxillary tooth roots and the
maxillary sinus: A systematic review. J Investig Clin Dent, 10, n. 3, p. e12402, Aug 2019.
305
ATENÇÃO PRIMÁRIA E
ATENÇÃO AMBULATORIAL
ESPECIALIZADA
306
3. Procedimentos Operacionais Padrão
Comuns à Atenção Primária e à Atenção
Ambulatorial Especializada
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Resultados esperados: Manter os instrumentais e materiais livres de sujidades e evitar a proliferação de mi-
cro-organismos, eliminando a matéria orgânica e micro-organismos, controlando a formação de biofilme.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Esponja macia;
Detergente enzimático;
Recipiente com tampa;
Escova com cerdas de nylon macias;
Luvas de borracha;
Botas de borracha;
Óculos;
Avental impermeável;
Gorro;
Máscara;
Pano limpo;
Água;
Lupa.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes e após o procedimento e/ou higienize com álcool 70%.
Coloque a touca, a máscara, os óculos e o avental impermeável.
307
Coloque as luvas e botas de borracha.
Após o uso mantenha os artigos, preferencialmente, em recipientes com água tampados, evitando a de-
sidratação da matéria orgânica.
Prepare a solução de detergente enzimático, conforme orientação do fabricante.
Retire o instrumental da água, deixando escorrer o excesso.
Retire os artigos da água e realize a limpeza manual com o auxílio de esponjas, escovas e solução de de-
tergente enzimático.
Faça a imersão dos artigos em solução de detergente enzimático e mantenha-os durante o tempo preco-
nizado pelo fabricante.
Enxague em água corrente.
Seque os artigos com pano limpo e seco.
Realize a inspeção, com o auxílio da lupa, de todo o material, instrumental e campos lavados, verificando
a qualidade da limpeza, e reprocesse aqueles em que a sujidade visível persistiu.
Separe os artigos que apresentarem alterações, ferrugem ou estejam danificados, encaminhando-os para
manutenção e/ou descarte.
Encaminhe os artigos que estiverem em boas condições de uso para a área de preparo e esterilização.
Lave as luvas antes de retirá-las.
CUIDADOS
A solução de detergente enzimático deverá ser preparada (diluída) no momento do uso e desprezada
logo após a retirada dos artigos.
A automação do processo de limpeza é essencial para garantir a eliminação de toda sujidade e biofilme.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. Kazuko Uchikawa Graziano, Arlete Silva e Eliane Molina
Psaltikidis. Barueri, SP: Manole, 2011.
308
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), Técnico em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar/Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Realizar a limpeza e a esterilização de qualquer artigo utilizado durante o atendimento odontológico (ins-
trumentais) de maneira criteriosa.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Avental impermeável;
Máscaras;
Gorros;
Óculos de proteção;
Luvas de borracha e de látex;
Papel crepado;
Papel grau cirúrgico;
Fita teste para autoclave;
Indicador biológico;
Detergente enzimático;
Caneta termossensível;
Máquina seladora.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Utilize o Equipamento de Proteção Individual (luvas de borracha de cano longo, avental impermeável,
óculos de proteção e máscaras). Recomenda-se o uso de sapatos fechados.
Lave as mãos antes e após o procedimento, e/ou higienize com álcool 70%.
Leve o material contaminado para o expurgo dentro de caixas plásticas fechadas e com identificação de
material contaminado, imerso em detergente enzimático (5ml a cada litro de água) ou utilize conforme as
instruções do fabricante.
Retire o material da solução enzimática e realize a limpeza mecânica com água e sabão neutro por meio
de fricção, utilizando esponjas de dupla face e/ou escovas de cerdas macias, dispensando materiais abra-
sivos como palha de aço, sapólio e outros.
Sempre que possível, desconecte os componentes dos instrumentais odontológicos.
Após a limpeza do artigo, observe atentamente a presença de qualquer sujidade, particularmente nas
cremalheiras, reentrâncias, serrilhas e articulações.
309
Seque o material com papel descartável. Depois de seco, embale o material com papel crepado e lacre
com fita crepe. Pode-se utilizar também o papel grau cirúrgico e lacrar com selador. Utilize também a fita
teste para autoclave.
Embale os artigos individualmente (para cada atendimento), identifique o instrumental, coloque a data
de esterilização e o nome do responsável pela embalagem.
As brocas devem ser embaladas individualmente em papel crepado ou grau cirúrgico, e levadas para a
autoclave.
Identifique as embalagens com a caneta termossensível, informando a data de esterilização e a data limite
para uso.
Esterilize algodão (pelotas e rolinhos) e gazes em quantidade suficiente para cada atendimento.
Durante o carregamento da autoclave, acondicione primeiramente os pacotes de maior tamanho, segui-
dos pelos pacotes menores.
Ocupe somente 80% da capacidade da câmara interna e não encoste os materiais nas laterais, no teto ou
no fundo da câmara.
Observe as especificações da autoclave e o tipo de material a ser esterilizado, a fim de selecionar a tem-
peratura e o tempo adequados.
Realize o transporte de todo o material já esterilizado para armazenamento em recipientes fechados e
com identificação de material estéril.
Armazene o material estéril em armários fechados, com prateleiras exclusivas para esta finalidade.
CUIDADOS
A pia de lavagem de material deve ser específica para esse fim.
Deve-se ter o cuidado de deixar espaços entre os pacotes, para a circulação do vapor de água na autoclave.
O armazenamento deve ser de fácil limpeza e em local seco, arejado, livre de odores e umidade (jamais
embaixo de pia com conexão de água e/ou esgoto). Evitar manipulação desnecessária dos pacotes, para
não comprometer a integridade dos mesmos. O tempo de validade do material esterilizado é de 7 a 15
dias corridos, e está ligado diretamente à integridade dos pacotes.
A área de armazenagem e distribuição de artigos estéreis requer limpeza diária de prateleiras e pisos, e
limpeza semanal de teto e paredes. Desinfetar prateleiras com álcool 70% por meio de fricção por 10 se-
gundos, tendo cuidado para não molhar as embalagens de material estéril.
Após a saída do artigo da área de armazenagem, a manutenção da técnica asséptica fica restrita às condi-
ções de abertura do pacote, bem como à técnica de utilização.
Limpar a autoclave diariamente, de acordo com as orientações do fabricante.
Na impossibilidade de usar o indicador biológico na autoclave semanalmente, deve-se usar pelo menos
uma vez por mês, para comprovar que o processo de esterilização está sendo realmente eficiente. Os re-
sultados dos testes biológicos devem ser arquivados.
A sala de esterilização onde há o processamento de artigos deve permitir a passagem dos artigos conta-
minados transformando-os em estéreis, observando-se seu fluxo direcional.
Não pode haver solução de descontinuidade no pacote de papel crepado.
Na sala de expurgo não deve ter lixeira – o lixo deve ser dispensado nos consultórios.
Observação: Os profissionais de saúde que participam deste processo devem sempre saber esclarecer os
métodos de esterilização utilizados. Se possível, estes procedimentos devem ser registrados por escrito.
310
Ações em caso de não conformidade: Em qualquer sinal de defeito da autoclave, a esterilização deve ser
invalidada e o defeito relatado à coordenação da unidade de saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura de Alfenas. Procedimento Operacional Padrão, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços Odontológicos: Prevenção e
Controle de riscos. Brasília, 2006.
311
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), Técnico em Saúde Bucal (TSB).
RESULTADOS ESPERADOS
Manter a esterilidade, assegurando a existência de barreira física eficiente à penetração de micro-organis-
mos após a esterilização. Garantir a rastreabilidade.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Campos de tecido;
Papel grau cirúrgico com filme de polipropileno e poliestireno;
Papel crepado e/ou SMS;
Fita crepe com indicador químico adequado à embalagem;
Indicador químico interno (teste multiparamétrico ou integrador);
Caneta;
Materiais a serem esterilizados;
Instrumentais;
Compressas de gaze;
Seladora.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes e após o procedimento, e/ou higienize com álcool 70%.
Embale em campos de tecido, papel grau cirúrgico com filme de polipropileno e poliestireno, papel cre-
pado e/ou SMS, os kits de instrumentos e materiais, respeitando a rotina de uso.
Coloque o indicador multiparamétrico ou integrador em todos os pacotes ou, pelo menos, no interior dos
pacotes mais críticos. Remova o ar do interior dos pacotes antes da selagem e sele o papel grau cirúrgico,
deixando uma borda de 2cm em um dos lados da embalagem, de modo a facilitar a abertura asséptica
do pacote.
Embale com campo de algodão, papel crepado ou SMS.
Tesoura e outros materiais articulados devem ser colocados abertos na embalagem, para que o agente
esterilizante atinja as áreas críticas do artigo.
Identifique as embalagens com o nome do artigo (se necessário), a data de esterilização, a data limite para
uso, o número do lote e o nome do funcionário.
Nas embalagens de papel grau cirúrgico, faça a identificação na borda e nos campos; nas embalagens de
papel crepado ou SMS, faça a identificação em fita crepe.
312
CUIDADOS
Data limite de uso do produto esterilizado: prazo estabelecido baseado em um plano de avaliação da
integridade das embalagens, fundamentado na resistência das embalagens, em eventos relacionados ao
seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), na segurança
da selagem e na rotatividade do estoque armazenado. Sugere-se como data de limite para o uso do pro-
duto esterilizado o período de 7 a 15 dias.
Rastreabilidade: capacidade de traçar o histórico do processamento do produto para saúde e da sua utili-
zação, por meio de informações previamente registradas.
Ações em caso de não conformidade: No caso de mau manuseio ou técnica realizada, rever a conduta,
para obter um bom resultado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura de Alfenas. Procedimento Operacional Padrão, 2013.
Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. Kazuko Uchikawa Graziano, Arlete Silva e Eliane Molina
Psaltikidis. Barueri, SP: Manole, 2011.
313
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem, Técnico e/ou Auxiliar em Saúde Bucal.
RESULTADOS ESPERADOS
Assegurar a perfeita esterilização dos artigos por meio da adequada circulação do agente esterilizante (va-
por saturado sob pressão) na câmara.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Materiais e instrumentais embalados e identificados com indicador químico externo (presente na emba-
lagem ou fita crepe indicadora).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes e após o procedimento, e/ou higienize com álcool 70%.
Selecione o ciclo de esterilização de acordo com a carga de material a ser esterilizado, e o tempo de acor-
do com manual do fabricante, podendo utilizar ciclos a +121ºC, +127ºC ou +134ºC.
Carregue a autoclave, não ultrapassando 80% da capacidade da câmara e sem encostar os pacotes nas
paredes e no teto da mesma.
Posicione os pacotes pesados na parte inferior do rack deixando um espaço mínimo de 2cm entre um
pacote e outro.
Artigos côncavos devem ser colocados com a abertura voltada para baixo.
Disponha os pacotes em pé, com o auxílio de um suporte, atentando para que, no caso de papel grau
cirúrgico, a parte de papel dos pacotes esteja voltada para o plástico de outro pacote, e que não toquem
no teto ou nas paredes da câmara interna.
Após o término do ciclo de esterilização, deixe a porta da autoclave entreaberta, para o término da seca-
gem, por um período de 30 a 60 minutos ou de acordo com a recomendação do fabricante. Não remova
o material da câmara antes da secagem, para evitar a condensação do material pelo choque térmico.
CUIDADOS
Caixas metálicas só poderão ser empregadas caso sejam perfuradas.
Caixas metálicas não deverão ser empilhadas, mas dispostas longitudinalmente na câmara interna.
Ações em caso de não conformidade: No caso do equipamento apresentar defeito ou mau funcionamen-
to, comunicar ao responsável do serviço de saúde. Toda a carga deverá ser reprocessada.
314
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alfenas. Prefeitura Municipal de Alfenas. Secretaria Municipal de Saúde. Procedimento Operacional Padrão
da Atenção Básica. Alfenas, MG: Secretaria Municipal de Saúde, 2013.
Kazuko Uchikawa, Graziano; Arlete Silva e Psaltikidis, Eliane Molina. Enfermagem em Centro de Material e
Esterilização. Barueri, SP: Manole, 2011.
Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, SP. Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de
Controle de Infecção. Manual de qualificação de esterilização de autoclaves. Ribeirão Preto, SP: Comissão
de Controle de Infecção SMS-RP, 2009.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 15, de 15 de
março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, e
dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente
/ Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC n° 307, de 14 de
novembro de 2002. Altera a RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde.
Rio de Janeiro. Secretaria Estadual de Saúde. Resolução SES nº 1.219, de 31 de julho de 2015 – Estabelece
normas técnicas para estabelecimentos assistenciais de saúde odontológicos. Rio de Janeiro: SES, 2015.
Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, SP. Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de
Controle de Infecção. Protocolo de Processamento de Artigos e Superfícies nas Unidades de Saúde.
Ribeirão Preto, SP: Comissão de Controle de Infecção SMS-RP, 2007.
315
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem, Técnico e/ou Auxiliar em Saúde Bucal (TSB/ASB).
RESULTADOS ESPERADOS
Promover a eliminação dos micro-organismos viáveis a um nível de segurança.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Formulário para registro dos lotes de esterilização e resultados dos indicadores de qualidade;
Materiais embalados;
Máscara;
Água destilada.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes e após o procedimento, e/ou higienize com álcool 70%.
Feche a porta da autoclave após seu carregamento, conforme orientação específica.
Programe o ciclo de esterilização de acordo com o material a ser esterilizado (densidade – campos, caixas
e superfície – pacotes pequenos com instrumentos) e inicie o processo.
Durante todo o ciclo, se possível, acompanhe os dados do manômetro, do manovacuômetro e do termô-
metro, para verificar a ocorrência de irregularidades no processo.
Depois de terminado o ciclo, aguarde a saída do vapor (manovacuômetro vai a zero cmH2O).
Após o término do ciclo de esterilização, deixe a porta da autoclave entreaberta, para o término da seca-
gem, por um período de 30 a 60 minutos, ou de acordo com a recomendação do fabricante. Não remova
o material da câmara antes da secagem, para evitar a condensação do material pelo choque térmico.
Retire os pacotes da câmara interna da autoclave utilizando a luva térmica de cano longo.
Verifique se todos os indicadores externos mudaram de coloração de modo uniforme e de acordo com o
padrão definido pelo fabricante.
Verifique se as embalagens estão íntegras e sem umidade em seu interior.
Após o esfriamento do material, encaminhe-o para armazenagem ou uso.
Anote em formulário próprio o conteúdo do lote, bem como a pressão, o tempo e a temperatura atingi-
dos durante a esterilização.
CUIDADOS
Não retirar pacotes úmidos da autoclave se os mesmos estão ficando úmidos. Verificar se não está ocor-
rendo falha técnica ao carregar a autoclave (posição dos pacotes, quantidade dos mesmos...), ou água
destilada em excesso na autoclave, entre outros. Se a técnica estiver correta, chamar a manutenção para
a verificação da autoclave e reiniciar processo.
Quando os pacotes críticos forem abertos, retirar o indicador químico, analisar e registrar os resultados. Evi-
316
tar cargas mistas (campos e instrumental). Caso seja necessário, colocar os têxteis acima dos instrumentos.
O transporte de materiais a serem autoclavados em outra unidade de saúde deve ser realizado em caixas
hermeticamente fechadas, íntegras, secas e identificadas com etiqueta escrito “MATERIAL LIMPO”. Os re-
feridos materiais devem estar limpos, empacotados e identificados previamente na unidade de origem. Os
profissionais que acompanham o transporte devem manusear a caixa de forma gentil e posicioná-la no car-
ro de transporte com a tampa para cima, assegurando que ela não se abra durante o movimento do carro.
Ações em caso de não conformidade: Qualquer sinal de defeito do equipamento ou mau funcionamento
no processo de estilização deve ser comunicado à coordenação da unidade, e o material deverá ser reserva-
do e reprocessado após a manutenção do equipamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alfenas. Prefeitura Municipal de Alfenas. Secretaria Municipal de Saúde. Procedimento Operacional Padrão
da Atenção Básica. Alfenas, MG: Secretaria Municipal de Saúde, 2013.
Kazuko Uchikawa, Graziano; Arlete Silva e Psaltikidis, Eliane Molina. Enfermagem em Centro de Material e
Esterilização. Barueri, SP: Manole, 2011. Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP. Secretaria
Municipal da Saúde. Comissão de Controle de Infecção. Manual de qualificação de esterilização de
autoclaves. Ribeirão Preto, SP: Comissão de Controle de Infecção SMS-RP, 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente
/ Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC n° 307, de 14 de
novembro de 2002. Altera a RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde.
Rio de Janeiro. Secretaria Estadual de Saúde. Resolução SES nº 1.219, de 31 de julho de 2015. Estabelece
normas técnicas para estabelecimentos assistenciais de saúde odontológicos. Rio de Janeiro: SES, 2015.
Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP. Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de
Controle de Infecção. Protocolo de Processamento de Artigos e Superfícies nas Unidades de Saúde.
Ribeirão Preto, SP: Comissão de Controle de Infecção SMS-RP, 2007.
EXECUTANTE
Auxiliar e Técnico de Enfermagem, Auxiliar e Técnico em Saúde Bucal (ASB/TSB).
RESULTADOS ESPERADOS
Manter as condições adequadas para garantir a esterilidade dos artigos reprocessados no prazo de validade
definido.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Caixas plásticas com tampa;
Gavetas e armários com portas, para a guarda de artigos esterilizados.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes e após o procedimento, e/ou higienize com álcool 70%.
Confirme se o local para armazenamento está devidamente limpo.
Estoque os artigos esterilizados em local exclusivo e de acesso restrito. Quando não houver local exclusivo
e de acesso restrito, recomenda-se que os artigos esterilizados sejam estocados em recipientes plásticos
com tampa ou em armários com porta, destinados exclusivamente para essa finalidade, sem contato com
material não estéril.
Manuseie os pacotes esterilizados o mínimo possível e com muito cuidado, pois a manutenção da esteri-
lidade é evento dependente. Qualquer material cuja embalagem não esteja íntegra não está seguro para
a utilização e deverá ser reprocessado.
Não encoste os pacotes esterilizados nas paredes dos armários.
Armazene os pacotes esterilizados por data de validade.
Mantenha o armário limpo e organizado.
Revise semanalmente a validade da esterilidade e a data limite para o uso expresso nas embalagens dos
pacotes.
CUIDADOS
O local de armazenamento deve ser limpo e organizado semanalmente, sendo verificados sinais de infil-
tração e presença de insetos, retirando-se os pacotes danificados, com sinais de umidade, prazo de vali-
dade da esterilização vencido etc. Artigos nessas condições devem ser reprocessados.
Sugere-se que o Enfermeiro responsável técnico, após a realização dos procedimentos para validação de
todo o processamento dos artigos, estabeleça o prazo de validade/a data limite para o uso.
Para materiais esterilizados em embalagem do tipo 'grau cirúrgico', recomenda-se o prazo de 30 dias para
as Unidades de Atenção Primária (UAP).
318
Ações em caso de não conformidade: Se detectar pacotes danificados, molhados ou manchados, suspen-
da imediatamente a utilização do mesmo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fortaleza. Secretaria Municipal de Saúde. Procedimentos Operacionais Padrão. Fortaleza: Secretaria
Municipal da Saúde, 2016.
Alfenas. Prefeitura Municipal de Alfenas. Secretaria Municipal de Saúde. Procedimento Operacional Padrão
da Atenção Básica. Alfenas, MG: Secretaria Municipal de Saúde, 2013.
Kazuko Uchikawa, Graziano; Arlete Silva e Psaltikidis, Eliane Molina. Enfermagem em Centro de Material e
Esterilização. Barueri, SP: Manole, 2011.
Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP. Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de
Controle de Infecção. Manual de qualificação de esterilização de autoclaves. Ribeirão Preto, SP: Comissão
de Controle de Infecção SMS-RP, 2009.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 15, de 15 de
março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, e
dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente
/ Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC n° 307, de 14 de
novembro de 2002. Altera a RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde.
Rio de Janeiro. Secretaria Estadual de Saúde. Resolução SES nº 1.219 de 31 de julho de 2015. Estabelece
normas técnicas para estabelecimentos assistenciais de saúde odontológicos. Rio de Janeiro: SES, 2015.
Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP. Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de
Controle de Infecção. Protocolo de Processamento de Artigos e Superfícies nas Unidades de Saúde.
Ribeirão Preto, SP: Comissão de Controle de Infecção SMS-RP, 2007.
319
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem e de Saúde Bucal.
RESULTADOS ESPERADOS
Padronizar condutas e estabelecer recomendações, a fim de garantir a limpeza e a esterilização dos mate-
riais a serem utilizados nos diversos procedimentos da unidade de saúde.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Materiais Críticos: materiais que tiveram contato com secreções e sangue devem passar pelo processo
de esterilização;
Materiais Semicríticos: materiais que tiveram contato com pele e mucosa não íntegra devem passar por
processo de desinfecção;
Materiais Não críticos: materiais que tiveram contato com pele íntegra devem passar pelo processo de
limpeza.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Área de Lavagem e Descontaminação
Receba, confira e anote a quantidade e a espécie do material recebido.
Desinfete e separe os materiais.
Verifique o estado de conservação do material.
Realize a limpeza do material com a solução recomendada.
Encami0nhe o material para a área de preparo.
320
CUIDADOS
Executar o processo de esterilização na autoclave conforme as instruções do fabricante.
Observar os cuidados necessários com o carregamento, cuidando para não superlotar o cesto, a fim de
garantir um adequado processo de esterilização.
Estar atento ao equipamento durante todo o ciclo de esterilização.
Observar o correto manuseio do equipamento no momento da retirada do material estéril.
Utilizar integrador químico em todas as bandejas e em todos os pacotes contendo pinças.
Utilizar o indicador biológico no equipamento diariamente, a fim de validar o processo de esterilização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura de Alfenas. Procedimento Operacional Padrão, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente
/ Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2014.
321
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem e Saúde Bucal.
RESULTADOS ESPERADOS
Manter a autoclave em bom funcionamento e garantir maior vida útil.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Compressas;
Água;
Detergente;
Vassoura própria e escova;
Roupa privativa;
Gorro;
Luvas de procedimentos;
Avental plástico;
Máscara;
Óculos.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Lave as mãos antes e após o procedimento e/ou higienize com álcool 70%.
Utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Limpeza Diária
Abra a porta das autoclaves e retire os racks das mesmas.
Embeba uma compressa em água, coloque a mesma na extremidade de uma escova própria para esse
fim, que fica na sala das autoclaves, e passe por toda a câmara (paredes laterais, superior e inferior), mo-
lhando a compressa na água várias vezes, até que toda a autoclave tenha sido limpa, lembrando que, se a
autoclave estiver quente, a água irá evaporar.
Retire o ralo do dreno e lave-o com água, sabão e escova.
Limpeza Semanal
Retire o trilho da autoclave (local onde corre o rack dentro da autoclave).
Utilize água e detergente neutro para limpeza, que deve ser realizada no período da manhã, antes do
início do procedimento.
322
CUIDADOS
A autoclave deve estar fria e desligada.
Durante a realização dos procedimentos da limpeza da autoclave, o responsável técnico deve estar utili-
zando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
A limpeza da autoclave deve ser de preferência semanal, para melhor utilização e eficácia do equipamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Prefeitura de Alfenas. Procedimento Operacional Padrão, 2013.
Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. Kazuko Uchikawa Graziano, Arlete Silva e Eliane Molina
Psaltikidis. Barueri, SP: Manole, 2011.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Todos os profissionais da unidade de saúde.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir que os resíduos de saúde sejam corretamente segregados e acondicionados, preservando os pre-
ceitos da biossegurança.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Lixeira com tampa e pedal;
Sacos plásticos preto, verde ou azul;
Saco de cor branco-leitosa;
Recipiente rígido para a coleta de perfurocortante;
Recipientes para transporte interno (contêiner);
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Bota antiderrapante;
Gorro;
Máscara;
Avental;
Luvas de cano longo emborrachadas.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Segregação: a separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as característi-
cas físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vaza-
mentos, e, quando couber, sejam resistentes às ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam
adequados física e quimicamente ao conteúdo acondicionado.
Os profissionais de conservação e limpeza devem higienizar suas mãos antes e após o manuseio dos re-
síduos de saúde, e devem usar Equipamento de Proteção Individual – EPI (gorro, óculos, máscara, luvas e
botas) sempre que manusearem resíduos considerados infectantes.
Todo o resíduo, no momento de sua geração, deve ser acondicionado em lixeiras com tampa e pedal,
contendo saco plástico adequadamente identificado, de forma que os mesmos preencham até 2/3 de sua
capacidade ou então a cada 48 (quarenta e oito) horas, independentemente do volume, visando o con-
forto ambiental e a segurança dos usuários e profissionais. O saco deve ser amarrado acima do conteúdo,
para evitar o transbordamento na hora da coleta.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente à ruptura e
vazamento, e impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso de cada
324
saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Os resíduos classificados como “comuns” devem estar dispostos em sacos plásticos de coloração diferente
do branco-leitoso, podendo ser preto, verde ou azul.
Os resíduos classificados como “infectantes” devem ser acondicionados em sacos plásticos na cor branco-
leitosa, especificados na NBR 9190/2000, e sinalizados como “INFECTANTES”.
Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imedia-
tamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e
vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referenciados na norma
NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu
reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando
descartáveis. É permitida a separação do conjunto seringa/ agulha com o auxílio de dispositivos de segu-
rança, sendo vedada a desconexão e o reencape manual de agulhas.
O fechamento de coletores está sob a responsabilidade de quem manipula e descarta os perfurocortan-
tes, não cabendo essa tarefa à equipe de limpeza e desinfecção de superfícies.
Ao fechar o saco, deve-se retirar o excesso de ar, e esse deve ser imediatamente retirado da unidade ge-
radora e levado até o abrigo/sala de resíduo interno, preferencialmente por meio de container fechado.
O abrigo de resíduos não pode ser utilizado para guarda e permanência de utensílios, materiais, equipa-
mentos e limpeza ou qualquer outro objeto, e deve ser restrito aos profissionais de conservação e limpe-
za, com uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
O abrigo de resíduo deve ser higienizado após a coleta externa ou sempre que ocorrer derramamento.
Os recipientes para transporte interno (contêiner) devem ser constituídos de material rígido, lavável, im-
permeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredonda-
dos, devem ser identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos, e devem
ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído.
No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali
estacionados.
CUIDADOS
O profissional de saúde deve realizar o descarte a partir da análise do risco agregado, e não somente a
partir do instrumento.
Não manipule o lixo, somente feche o saco.
É proibido o esvaziamento ou o reaproveitamento dos sacos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA
COLEGIADA – RDC nº 222, de 28 de março de 2018.
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Agência de Vigilância Sanitária.
Manual de Gerenciamento de Resíduos de Saúde. Editora ANVISA, 2006.
Associação Brasileira de Normas técnicas – ABNT – NBR 12809 – Manuseio de resíduos de serviços de
saúde. Rio de Janeiro, 1993.
325
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Profissionais de conservação e limpeza.
RESULTADOS ESPERADOS
Garantir qualidade e efetividade no processo de conservação e limpeza das Unidades de Atenção Primária
à Saúde.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Luvas de borracha: devem ser utilizadas por todo profissional durante a execução de procedimentos de
limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde.
Luvas de cor escura (normalmente verde): utilizadas na limpeza e na desinfecção de superfícies onde
a sujidade é maior, geralmente para áreas mais baixas (exemplos: pisos, banheiro, rodízios de mobiliários,
lixeiras, janelas, tubulações na parte alta).
Luvas de cor clara (normalmente amarela): utilizadas na limpeza e desinfecção de mobiliários geral-
mente para áreas mais altas (exemplos: camas, mesas, cadeiras, paredes, portas e portais, lavatórios/pias).
Pano de chão: utilizado para varrer, lavar e secar pisos.
Pano para limpeza: utilizado para a remoção de sujidade comum – pode ser umedecido em água, solu-
ção desinfetante ou álcool 70%. Devem ser exclusivos do setor e separados para mobília, piso e parede, e
ainda devem estar sempre limpos e alvejados.
Vassoura de vaso sanitário: utilizada na limpeza da parte interna do vaso sanitário.
Fibra sintética: utilizada na limpeza de superfícies com manchas ou resíduos. É descartável.
Esponja sintética: utilizada na limpeza de superfícies que sofrem danos com esponjas de aço.
Baldes: devem ser de plástico rígido e geralmente são estabelecidas duas cores: vermelho para água e
azul para solução detergente.
Pás de lixo: são de metal ou plástico com cabo longo de plásticos ou madeira, e são utilizados para reco-
lher pequenas porções de lixo e pó.
Rodo: utilizado na remoção de água e limpeza de piso com pano.
Escova manual de fios sintéticos: utilizada para lavar superfícies com reentrâncias.
Escadas: devem ser, preferencialmente, antiderrapantes com degraus emborrachados.
CUIDADOS
A cada término da jornada de trabalho, os materiais e equipamentos de limpeza não descartáveis, como
luvas emborrachadas, panos, rodos, vassouras de vaso e escovas, devem ser lavados com água e sabão
e então enxaguados abundantemente. Em seguida, realizar a desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%
por 30 minutos, novamente enxaguar e colocar para secar.
326
A vassoura de vaso, pás e rodos deverão ser acondicionados pendurados, e os baldes emborcados.
A escada e as pás de lixo não necessitam de desinfecção, mas a limpeza com água e sabão se faz rotineira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: Limpeza e
desinfecção de superfícies. Editora ANVISA, 1ª edição. Brasília 2010.
327
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Profissionais de conservação de limpeza.
RESULTADOS ESPERADOS
Proporcionar a limpeza diária de todas as superfícies horizontais de mobiliários e equipamentos, assim como
de piso, parapeitos de janela e instalações sanitárias.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de proteção individual (EPI):
Gorro;
Óculos;
Máscara;
Luvas emborrachadas de cores diferentes;
Avental;
Bota.
Materiais e equipamentos de limpeza conforme o POP A10 – Conservação e Utilização Adequada dos
Materiais e Produtos de Limpeza.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. A limpeza concorrente deve ser iniciada pelo setor de menor risco de vinculação de micro-organismo.
2. Os profissionais de conservação e limpeza devem higienizar as mãos frequentemente.
3. Não utilize adornos (anéis, pulseiras, relógios, colares, piercing, brincos), e mantenha cabelos presos e
arrumados, e unhas limpas, aparadas e sem esmalte.
4. Os profissionais do sexo masculino devem manter os cabelos curtos e a barba feita.
5. O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser apropriado para a atividade a ser exercida.
6. Inicie a atividade de limpeza pela parte mais alta, com as luvas de cor clara, realizando a limpeza interna
dos dispensadores com o pano umedecido.
7. Sem o uso de luvas, realize a reposição do material de asseio (papel-toalha, álcool e sabonete).
8. Com as luvas de cor escura, recolha o lixo e substitua por outro saco plástico.
9. Com as luvas de cor clara, realize a limpeza dos mobiliários e superfícies de maior manipulação (maçane-
ta, parte externa dos dispensadores, interruptores de luz etc.).
10. Dê continuidade pelo parapeito da janela.
11. Inicie a limpeza do piso pela varredura com o rodo em toda a extensão, obedecendo à ordem de den-
tro para fora, dos cantos em direção à porta. Afaste os móveis e equipamentos sempre que possível ou
quando for necessário.
328
12. Remova os resíduos com o auxílio da pá, ainda no próprio ambiente.
13. Realize a varredura úmida com rodo e pano de chão, utilizando a técnica dos dois baldes. Para isso, en-
cha os baldes até a metade: o vermelho com água limpa e o azul com água e detergente líquido.
14. Faça a imersão do pano no balde com água, retire o excesso e enrole no rodo. Realize a varredura úmida
com o rodo e pano de chão quantas vezes for necessário. Inicie pelos rodapés.
15. Faça a imersão do pano no balde com solução detergente, retire o excesso e enrole no rodo. Passe o
pano no piso, sem retirar o pano do chão, iniciando do fundo da sala e se dirigindo para a porta, de for-
ma que todas as áreas do piso sejam limpas.
16. Faça a imersão de outro pano no balde de água limpa, torça e enrole no rodo. Retire o sabão do piso,
iniciando do fundo da sala e se dirigindo para a porta.
17. Seque o piso usando o pano bem torcido.
18. Recoloque o mobiliário no local original.
19. Na presença de matéria orgânica, o profissional de limpeza deve removê-la com o auxílio de papel- toa-
lha. Após esse processo, realize, primeiramente, a limpeza com sabão ou detergente na superfície a ser
desinfetada, com o auxílio do rodo. Enxague e seque. Após a limpeza, aplique o desinfetante na área de
onde foi retirada a matéria orgânica, deixando o tempo necessário para ação do produto. Se necessário,
realize enxágue e secagem.
20. Aplique o desinfetante na área de onde foi retirada a matéria orgânica, deixando o tempo necessário
para ação do produto. Retire o excesso por meio de enxague. Realize a limpeza conforme descrito para
varredura úmida. Enxague e seque.
21. Lave os panos, baldes e demais materiais.
22. Lave as luvas com as mãos ainda calçadas.
23. Retire as luvas e higienize as mãos.
329
Diariamente: varredura úmida, ensaboar, enxaguar e se-
car (sempre iniciando pelos cantos e conduzindo de for-
ma que não atrapalhe o trânsito).
Semanalmente: lavar com máquina utilizando-se sabão
Limpeza e/ou ou detergente. Encerar com cera acrílica e polir, conforme
Piso
Desinfecção necessidade.
Notas: Na presença de matéria orgânica, retirar o excesso
com papel toalha ou com auxílio de rodo e pá; realizar a
limpeza e proceder à técnica de desinfecção. Máscara e
óculos de proteção devem ser utilizados.
Janelas, vidraças, portas e lu- Limpeza e/ou
Realizar a limpeza com água e sabão ou detergente
minárias Desinfecção
Na presença de sujidade, limpar com pano úmido em
Limpeza e/ou
Telefone água limpa e secar. Friccionar com álcool a 70% ou utilizar
Desinfecção
outro desinfetante definido pelo SCIH.
Interior e exterior – Realizar a limpeza com água e sabão
Limpeza e/ou ou detergente. Friccionar com álcool a 70% ou utilizar ou-
Saboneteira
Desinfecção tro desinfetante definido pelo SCIH. Trocar refil sempre
que necessário.
Realizar a limpeza com água e sabão ou detergente.
Limpeza e/ou Enxaguar e secar.
Papeleiras
Desinfecção Friccionar com álcool a 70% ou utilizar outro desinfetante
definido pelo SCIH. Abastecer sempre que necessário.
Realizar a limpeza com água e sabão ou detergente.
Limpeza e/ou Enxaguar e secar.
Bancadas e prateleiras
Desinfecção Friccionar com álcool a 70% ou utilizar outro desinfetante
definido pelo SCIH.
330
Realizar a limpeza das partes interna e externa com água
e sabão ou detergente.
Limpeza e/ou
Armários e escaninhos Enxaguar e secar.
Desinfecção
Friccionar com álcool a 70% ou utilizar outro desinfetante
definido pelo SCIH.
Vaso sanitário: tampar, acionar a descarga. Lavar com
água e sabão ou detergente, com auxílio de escovinha.
Louças sanitárias Limpeza e/ou
Enxaguar e realizar desinfecção.
e descarga Desinfecção
Descarga: lavar com água e sabão ou detergente.
Enxaguar e realizar desinfecção.
Limpeza e/ou Lavar com água e sabão ou detergente.
Lavatórios/pias e torneiras
Desinfecção Enxaguar e secar.
CUIDADOS
Não comer ou fumar quando executar tarefas de limpeza.
Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dispersão de micro-organismos que são veicula-
dos pelas partículas de pó.
Para a limpeza de pisos, devem ser seguidas as técnicas de varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar.
Sempre sinalizar os corredores, deixando um lado livre para o trânsito de pessoal, enquanto se realiza
a limpeza do outro lado. Utilizar placas sinalizadoras e manter os materiais organizados, a fim de evitar
acidentes e poluição visual.
Lavar os panos e trocar a agua e solução dos baldes após a limpeza de cada espaço.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Limpeza e
Desinfecção de Superfícies. Editora ANVISA, 1ª edição. Brasília 2010.
331
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Profissionais de conservação e limpeza.
RESULTADOS ESPERADOS
Proporcionar ambiente adequado aos usuários e profissionais de saúde visando à redução de transmissão
de micro-organismos patogênicos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Gorro;
•Óculos;
Máscara;
Luvas emborrachadas de cores diferentes;
Avental;
Bota.
Materiais e equipamentos de limpeza conforme o POP A10 – Conservação e Utilização Adequada dos
Materiais e Produtos de Limpeza.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. A limpeza terminal é aquela realizada no final da jornada de trabalho, deixando o local pronto para ser
utilizado no início da próxima.
2. Os profissionais de conservação e limpeza devem higienizar as mãos frequentemente.
3. Não utilize adornos (anéis, pulseiras, relógios, colares, piercing, brincos), mantenha cabelos presos e arru-
mados, e unhas limpas, aparadas e sem esmalte.
4. Os profissionais do sexo masculino devem manter os cabelos curtos e a barba feita.
5. O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser apropriado para a atividade a ser exercida,
atentando para a cor das luvas emborrachadas.
332
Dando continuidade pelas Janelas
10. Remova os acessórios da janela (telas protetoras). Escove ou lave as telas.
11. Limpe o peitoril da janela por dentro e por fora, com pano úmido.
12. Limpe a janela primeiramente por fora, com esponja e agente de limpeza.
13. Ao terminar a limpeza externa, inicie a limpeza interna.
14. Comece a limpeza do alto à esquerda do vidro da janela e mova a sua mão para a direita.
15. Quando alcançar o lado direito, volte para a esquerda, ligeiramente abaixo, e continue a limpeza dessa
forma.
16. Utilize pano macio para secagem, realizando os mesmos movimentos recomendados para a lavagem.
Paredes
17. Retire o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo.
18. Utilize escada para limpeza.
19. Mergulhe outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o excesso.
20. Passe o pano com auxílio de um rodo em linhas paralelas, sempre de cima para baixo. Caso haja man-
chas na parede, utilize escova macia com solução de limpeza no local.
21. Encha um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano na água e torcendo-o para retirar
o excesso.
22. Realize o enxágue com pano úmido, repetindo a ação.
23. Repita a operação com um pano limpo quase seco, com movimentos retos de cima para baixo em toda
a área, a fim de secá-lo.
Portas
24. Inicie a operação com o material no local. Com auxilio de um pano umedecido, remova o pó da porta
em movimentos paralelos de cima para abaixo.
25. Aplique a solução de limpeza com outro pano
26. Remova o sabão com pano umedecido.
27. Evite aplicar produtos em dobradiças e fechaduras
Pias
28. Molhe a esponja na solução de limpeza.
29. Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras.
30. Enxague a pia e o lavatório com água da própria torneira.
31. Utilize escovas de cerdas para a remoção da sujeira aderida.
32. Execute movimentos da extremidade para o centro da cuba.
Sanitários
33. Coloque as luvas de cores escuras.
34. Levante a tampa dos vasos e puxe a descarga.
35. Despeje hipoclorito de sódio a 1% dentro e nas bordas do vaso.
36. Esfregue cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura, devendo atingir o mais fundo possível.
Deixe em contato por 10 minutos enquanto realiza a limpeza dos lavatórios.
333
37. Puxe a descarga para enxaguar o interior do vaso.
38. Remova a sujeira aderida usando vassoura com saponáceo, até atingir a limpeza desejada.
39. Lave a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja molhados na solução detergente,
tomando especial cuidado com as dobradiças.
40. Enxague bem o vaso e o assento.
41. Puxe a descarga para o enxágue final do interior do vaso.
42. Aplique na parte externa do vaso a solução desinfetante.
43. Despeje pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.
44. Por último, realize a limpeza do piso e dos ralos (não se esqueça de limpar o porta papel-toalha, o porta
papel higiênico, o espelho e a válvula da descarga).
Mobiliário e Piso
45. A limpeza pelo mobiliário deve ser realizada com solução detergente, para a remoção da sujidade.
46. Realize o enxágue sempre que necessário, e realize fricção com álcool 70%.
47. Realize a limpeza do piso com água e detergente.
48. Reorganize o ambiente.
49. Despreze as soluções dos baldes, no local indicado.
50. Realize a higienização dos baldes.
51. Realize a limpeza do recipiente para resíduos, com solução detergente, em local específico.
CUIDADOS
A limpeza deve ser programada considerando os horários de funcionamento e os fluxos da unidade.
É importante o estabelecimento de um cronograma com a definição da periodicidade da limpeza termi-
nal com data, dia da semana e horários.
Iniciar a limpeza do menos sujo para o mais sujo, de cima para baixo, do mais longe para o mais perto, do
fundo para porta, tudo em um único sentido.
As mãos deverão ser lavadas sempre antes e após o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
É proibido o uso de anéis, relógios e pulseiras no horário de trabalho.
Toda área que permanece úmida ou molhada tem mais condições de albergar e reproduzir germes gram
negativos e fungos. As áreas empoeiradas também podem albergar germes gram positivos, micobacté-
rias e outros. Conclui-se, dessa forma, que se deve evitar o excesso de água na limpeza, secar muito bem
o piso e abolir varredura seca nos estabelecimentos de saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Limpeza e
Desinfecção de Superfícies. Editora ANVISA, 1ª edição. Brasília 2010.
334
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Toda a equipe.
RESULTADOS ESPERADOS
Remoção de micro-organismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleo-
sidade e as células mortas. As mãos são o principal meio de transmissão de infecções, por isso a lavagem
das mãos deve ser realizada antes e após qualquer procedimento empregado na assistência ao usuário. Na
impossibilidade, a utilização de antissépticos também é recomendada.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Pia de lavagem;
Dispensadores de sabonete e antissépticos;
Porta papel-toalha;
Lixeira.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
1. Abra ou acione a torneira para lavar as mãos, evitando se encostar na pia.
2. Aplique sabonete líquido em uma quantidade suficiente para cobrir toda superfície da palma da mão.
3. Ensaboe as mãos, friccionando uma sobre a outra.
4. Esfregue a palma da mão direita sobre o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e vice-versa.
5. Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais.
6. Esfregue o dorso dos dedos contra a palma das mãos, com movimentos de "vai e vem".
7. Esfregue os polegares com o auxílio da palma da mão, realizando movimentos circulares.
8. Friccione as polpas digitais e as unhas contra a palma das mãos, fechada em concha, fazendo movimento
circular.
9. Esfregue os punhos com o auxílio da palma da mão, realizando movimento circular.
10. Enxague as mãos, retirando os resíduos de sabonete, evitando o contato direto das mãos ensaboadas
com a torneira.
11. Seque as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos.
12. No caso de torneira com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha.
335
CUIDADOS
1. Realizar o procedimento sempre que as mãos estiverem visivelmente sujas ou:
a. No início e no fim do turno de trabalho;
b. Antes de preparar medicação;
c. Antes e após o uso de luvas;
d. Antes e depois de contato com usuários;
e. Depois de manusear material contaminado, mesmo que as luvas tenham sido usadas;
f. Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda vesical, tubo orotraqueal e outros dispositivos;
g. Após o contato direto com secreções e matéria orgânica;
h. Após o contato com superfícies e artigos contaminados;
i. Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo usuário;
j. Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente;
k. Após manusear quaisquer resíduos;
l. Ao término de cada tarefa.
2. Na impossibilidade de lavagem das mãos, utilizar antissépticos com ação antimicrobiana imediata e efeito
residual ou persistente. Recomenda-se o uso de soluções alcoólicas entre 60% e 80% (concentrações mais
altas são menos potentes).
3. As preparações alcoólicas não são apropriadas quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou conta-
minadas com material proteico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização
das Mãos. Brasília: Anvisa, 2009. 105p.
336
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Auxiliar ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Destruição ou remoção de micro-organismos a um nível em que deixa de ser nocivo à saúde e é seguro para
manuseio. Esse processo não inclui necessariamente a destruição de esporos bacterianos. Materiais a serem
submetidos a este processo: Produtos para Saúde (PPS) semicríticos que sejam termossensíveis como, por
exemplo, material de inaloterapia e assistência ventilatória que não possa ser autoclavado, e artigos não críticos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Avental impermeável;
Gorro;
Máscara – em situações de Produtos para Saúde (PPS) com risco de contaminação por SARS-COV-2, o
Equipamento de Proteção Individual (EPI) recomendado é a Máscara N95;
Óculos de proteção ou protetor facial/face shield;
Luvas emborrachadas.
Dosador;
Solução de hipoclorito;
Recipiente de cor opaca, com tampa;
Compressa de gaze não estéril ou papel-toalha.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Para a desinfecção por meio líquido deverão ser observados os seguintes passos, após a limpeza e a seca-
gem dos mesmos.
Higienizar as mãos.
Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado e assegurar-se da boa ventilação do local
onde está sendo manuseado o produto.
Imergir completamente o artigo previamente limpo e seco em solução desinfetante recomendada, de
modo a que toda a superfície do Produto para Saúde (PPS) esteja em contato com a solução desinfetante,
ou realizar fricção com pano embebido, na impossibilidade de imersão.
Preencher o interior das tubulações e reentrâncias utilizando seringas, evitando a formação de bolhas de ar.
Observar e respeitar o tempo de exposição ao produto, de acordo com o recomendado para cada tipo
pelo fabricante.
Manter os recipientes tampados durante o processamento dos Produtos para Saúde (PPS) e a validade do
produto.
337
Enxaguar os Produtos para Saúde (PPS), inclusive o interior das tubulações, com água potável, a fim de
eliminar os resíduos do produto utilizado – múltiplos enxagues são recomendados.
Para a secagem dos Produtos para Saúde (PPS) utilizar papel-toalha absorvente ou gaze não estéril. Para a
secagem do interior de Produtos para Saúde (PPS) que possuem lúmen, a recomendação é a utilização de
ar comprimido – não havendo essa opção disponível, deixar secar em ar ambiente sobre superfície limpa.
Acondicionar os Produtos para Saúde (PPS) processados em invólucro adequados.
Após a embalagem, colocar em recipiente limpo e desinfetado, seco e com tampa.
Guardar os artigos em locais apropriados para este fim.
Desprezar as soluções com presença de sujidade, ou alterações na coloração, ou com prazo de validade
vencido.
Se as soluções estiverem dentro do prazo de validade, mantê-las em recipientes tampados com identifi-
cação na parte externa do tipo de solução, concentração e validade.
1. Álcoois
Têm ação bactericida, virucida, fungicida e tuberculocida, não são esporicidas, são de fácil aplicação, e pos-
suem ação imediata. O álcool etílico tem maior atividade germicida, menor custo e toxicidade que o isopropíli-
co. O álcool isopropílico tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com menor poder germicida que o etílico.
Indicação de uso: Desinfecção de nível intermediário ou médio de Produtos para Saúde (PPS) e superfícies,
com tempo de exposição de 10 minutos (3 aplicações), a uma concentração de 77% volume-volume, que
corresponde a 70% em peso.
Produtos para Saúde (PPS) e superfícies que podem ser submetidos à desinfecção com álcool:
Óculos de proteção;
Protetor facial (face shield);
Ampolas e vidros;
Termômetro axilar;
Estetoscópios;
Oftalmoscópios;
Otoscópios;
Laringoscópios;
Superfícies externas de equipamentos metálicos;
Macas, camas, colchões e mesas de exames;
Pratos de balança;
Equipamentos metálicos de cozinha, bebedouros e áreas de alimentação;
Bancadas.
Recomendações de uso:
O uso deste produto é limitado pela presença de matéria orgânica, capacidade corrosiva e descolorante;
Os Produtos para Saúde (PPS) submetidos à concentração de 0,5% e 1% necessitam de enxágue com água
corrente potável;
O hipoclorito é fotossensível e volátil, por isso, as soluções após a diluição devem ser estocadas em reci-
pientes de cor escura ou turva, que devem ser mantidos tampados durante o período de validade;
Não utilizar em metais e mármore, devido à ação corrosiva;
Desprezar a solução após 12 horas de uso ou antes, se estiver visivelmente suja.
CUIDADOS
O profissional responsável pela atividade deverá usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante
o processo de trabalho. Ressaltamos que deverá estar de calças compridas e sapatos fechados e imper-
meáveis.
339
O hipoclorito em concentrações maiores é irritante para a mucosa nasal e ocular. Por isso, há a necessida-
de de uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado e de um ambiente ventilado na área de
utilização do produto.
Para o enxágue dos Produtos para Saúde (PPS), após a desinfecção na Atenção Primária à Saúde (APS),
pode ser utilizada água corrente, desde que os certificados de limpeza de caixas d'água e cisternas e de
qualidade da água da unidade de saúde estejam em dia, de acordo com a legislação vigente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESOLUÇÃO – RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos para saúde e dá outras providências.
Infection prevention and control of epidemic- and pandemic-prone acute respiratory infections in health
care. 1. Guideline I. World Health Organization. 2014.
MIRANDA, Ana Maria Ferreira de; QUINTINO, Ana Paula Neves; CALICCHIO, Ligia Garrido; MARTINS, Luciana;
SILVA, Maria Virginia Godoy da; BANDEIRA, Ornilda Bezerra; SANTOS, Rosa Regina dos. NOTA técnica
coronavírus e CME: emissão inicial 28 de março de 2020. São Paulo: NASCE/CME, 2020. 43p. Disponível em:
http://nascecme.com.br/2014/wp-content/uploads/2020/03/Nota-T%C3%A9cnica-Anexos-28-03-2020-
17h45.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.
COFEN. Recomendações Gerais para Organização dos Serviços de Saúde e Preparo das equipes de
enfermagem. As unidades de saúde devem se adequar às mudanças necessárias para enfrentamento da
pandemia da COVID-19 (Versão 2).
Orientações sobre a prevenção e manejo da COVID-19 e organização dos serviços de Atenção Primária
à Saúde do Município do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Assessoria
Especial de Atenção Primária à Saúde. 27 de Abril de 2020.
340
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Auxiliar ou Técnico de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Destruição ou remoção de micro-organismos a um nível em que deixa de ser nocivo à saúde e é seguro para
manuseio. Esse processo não inclui necessariamente a destruição de esporos bacterianos. Materiais a serem
submetidos a este processo: Produtos para Saúde (PPS) semicríticos que sejam termossensíveis como, por
exemplo, material de inaloterapia e assistência ventilatória* que não possa ser autoclavado.
*Os materiais comumente utilizados na Atenção Primária à Saúde (APS) para assistência ventilatória no con-
texto da pandemia de COVID-19 que poderão ser reprocessados incluem: espaçadores, máscara de 0² com
bolsa reservatória, dispositivo de reanimação tipo ambu, extensão de oxigênio e umidificador.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Avental impermeável;
Gorro;
Máscara – em situações de Produtos para Saúde (PPS) com risco de contaminação por SARS-COV-2, o
Equipamento de Proteção Individual (EPI) recomendado é a Máscara N95;
Óculos de proteção ou protetor facial/face shield;
Luvas emborrachadas).
Dosador;
Solução de hipoclorito;
Recipiente de cor opaca, com tampa;
Compressa de gaze não estéril ou papel-toalha.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Após utilização no paciente, ainda na sala de procedimentos, o Produto para Saúde (PPS) deve ser acon-
dicionado em recipiente rígido com tampa, identificado como “MATERIAL CONTAMINADO” e assim ser
transportado até a sala de recepção e limpeza de material contaminado, da sala de processamento de
material. Recomenda-se a realização de desinfecção da superfície externa do recipiente com álcool 70%
antes do transporte.
Na sala de recepção e limpeza de material contaminado, o profissional responsável pelo processo deve
higienizar as mãos.
Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado e assegurar-se de boa ventilação do local
onde está sendo manuseado o produto.
Ao receber o material contaminado, deve desconectar todas as peças (máscara, copinhos, cachimbo, ex-
tensão, traqueia, câmara, válvulas, ambu, reservatórios do ambu, membrana etc.).
341
Imergir os Produtos para Saúde (PPS) em solução de água e detergente enzimático, e realizar fricção com
escova adequada para o tipo de produto.
Preencher todo o lúmen dos extensores com o detergente enzimático com auxílio de seringa, de modo a
não deixar bolhas de ar.
Enxaguar as peças rigorosamente, interna e externamente.
Deixar escorrer sobre uma superfície limpa protegida com papel-toalha, e completar a secagem manual-
mente, utilizando compressa de gaze não estéril ou papel-toalha.
Preparar a solução de hipoclorito de acordo com a rotina do setor, observando a diluição preconizada, e
os volumes correspondentes de água e hipoclorito.
Imergir todas as peças em solução de hipoclorito a 0,5% por 10 minutos em recipiente opaco e tampar.
Não deixar ultrapassar o tempo máximo de 30 minutos de exposição.
Retirar as peças do recipiente e enxaguá-las individualmente e rigorosamente em água corrente, para
eliminar totalmente o resíduo do hipoclorito.
Para a secagem dos Produtos para Saúde (PPS) utilizar papel-toalha absorvente ou gaze não estéril. Para a
secagem do interior de Produtos para Saúde (PPS) que possuem lúmen, a recomendação é a utilização de
ar comprimido. Não havendo essa opção disponível, deixar secar em ar ambiente sobre superfície limpa.
Inspecionar os Produtos para Saúde (PPS) quanto à integridade e ausência de sujidade, montar as peças
e embalar em saco plástico.
Identificar com nome, data de processamento, prazo de validade, nome, função e registro do profissional
que realizou o reprocessamento.
Guardar as peças montadas em recipiente tampado.
Anotar em impresso apropriado o horário de início e fim do processo e o nome do responsável.
CUIDADOS
O profissional responsável pela atividade deverá usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante
o processo de trabalho. Ressaltamos que deverá estar de calças compridas e sapatos fechados e imper-
meáveis.
Os Produtos para Saúde (PPS) deverão ser submetidos à limpeza e à desinfecção após cada uso.
O hipoclorito em concentrações maiores é irritante para a mucosa nasal e ocular. Por isso, há a necessida-
de de uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado e de um ambiente ventilado na área de
utilização do produto.
Para o enxágue dos Produtos para Saúde (PPS), após a desinfecção na Atenção Primária à Saúde (APS),
pode ser utilizada água corrente, desde que os certificados de limpeza de caixas d'água e cisternas e de
qualidade da água da unidade de saúde estejam em dia, de acordo com a legislação vigente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESOLUÇÃO – RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos para saúde e dá outras providências.
Infection prevention and control of epidemic- and pandemic-prone acute respiratory infections in health
care. 1. Guideline I. World Health Organization. 2014.
342
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde Recomendações de proteção aos traba-lhadores
dos serviços de saúde no atendimento de COVID-19 e outras síndromes gripais COE/SVS/MS. Abr. 2020.
MIRANDA, Ana Maria Ferreira de; QUINTINO, Ana Paula Neves; CALICCHIO, Ligia Garrido; MARTINS, Luciana;
SILVA, Maria Virginia Godoy da; BANDEIRA, Ornilda Bezerra; SANTOS, Rosa Regina dos. NOTA técnica
coronavírus e CME: emissão inicial 28 de março de 2020. São Paulo: NASCE/CME, 2020. 43p. Disponível em:
http://nascecme.com.br/2014/wp-content/uploads/2020/03/Nota-T%C3%A9cnica-Anexos-28-03-2020-
17h45.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.
COFEN. Recomendações Gerais para Organização dos Serviços de Saúde e Preparo das equipes de
enfermagem. As unidades de saúde devem se adequar às mudanças necessárias para enfrentamento da
pandemia da COVID-19 (Versão 2).
Orientações sobre a prevenção e manejo da COVID-19 e organização dos serviços de Atenção Primária
à Saúde do Município do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Assessoria
Especial de Atenção Primária à Saúde. 27 de Abril de 2020.
343
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Processos de Apoio (A)
EXECUTANTE
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem e Saúde Bucal.
RESULTADOS ESPERADOS
Validar o desempenho do equipamento esterilizante por maio de controles físicos, químicos e biológicos,
tendo como finalidade garantir a probabilidade de sobrevivência de micro-organismos menores que 10 -6.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Livro de registro de processos;
Indicadores químicos;
Integradores químicos;
Indicadores biológicos;
Incubadora por fluorescência;
Teste Bowie & Dick.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Indicadores Químicos classe 1 – Fita Adesiva Indicadora
No Produto para Saúde (PPS) embalado, colocar a fita adesiva indicadora com tamanho de, no mínimo,
5cm (3 listras) em todos os pacotes.
Desempenho esperado: coloração uniforme do indicador. A coloração não homogênea da fita pode in-
dicar falhas no processo de esterilização, e, portanto, o material não deverá ser utilizado.
Indicadores Biológicos
Realizar o teste na primeira carga do dia.
344
Selecionar como pacotes-teste aqueles que melhor representam o tipo de carga mais comum na unidade
de saúde.
Utilizar 3 ampolas de indicadores biológicos embaladas em pacotes-teste, com identificação de data e
posição das mesmas na autoclave (frente, meio e fundo).
Após a conclusão de todo o processo de esterilização, retirar o indicador biológico e seguir as recomen-
dações do fabricante.
Realizar a leitura do resultado do indicador biológico após o tempo recomendado pelo fabricante.
Interditar a autoclave em caso de indicador biológico com resultado positivo.
Registrar e arquivar o resultado por, no mínimo, 2 anos, para respaldo legal. Recomenda-se remover a
etiqueta da ampola-teste e anexar no livro de registro de processo.
Nos casos em que o resultado do indicador biológico for positivo, interditar a autoclave. Caso tenha sido
processado material na primeira carga do dia, este material terá que ser reprocessado em outra autoclave,
não podendo ser liberado para uso.
Desempenho esperado: ampola teste sem alteração de cor.
Integrador Químico
Montar um pacote-teste, colocando 1 integrador químico no centro geométrico do pacote, identificando
a sua posição na câmara, lote da carga, data e número da autoclave.
Posicionar o pacote-desafio na autoclave, com carga completa, no primeiro ciclo, diariamente.
Montar um pacote-teste, colocando 1 integrador químico no centro geométrico do pacote, identificando
a sua posição na câmara, lote da carga, data e número da autoclave.
Posicionar o pacote-desafio na autoclave, com carga completa, em todos os ciclos subsequentes.
Posicionar um integrador químico dentro de cada uma das bandejas cujos conteúdos contiverem mate-
riais classificados como críticos.
Ao final do ciclo, retirar o integrador químico do pacote-desafio e realizar a leitura.
Anexar todos os integradores dos pacotes-desafio no livro de registro de controle de carga, seguidos da
relação da carga processada em seus respectivos ciclos.
Desempenho esperado: mudança de coloração na fita até a marca delimitada como aceita (ACCEPT).
Indicadores Físicos
Leitura e registro da temperatura da autoclave em todos os ciclos.
Leitura e registro da pressão em todos os ciclos.
Pode ser usado o impresso emitido pela autoclave com esses parâmetros e colado no livro de ordens e
ocorrências da sala de processamentos de Produtos para Saúde (PPS).
CUIDADOS
O Teste Bowie & Dick avalia o desempenho do sistema de remoção de ar (bomba de vácuo). Por isso,
deve ser realizado somente nas autoclaves que possuem bomba de vácuo, no primeiro ciclo do dia e
após manutenção do equipamento. Os casos nos quais o resultado do Teste Bowie & Dick for positivo re-
presentam falha da bomba de vácuo na remoção do ar da câmara antes de iniciar a esterilização. Nesses
casos, é necessário fazer a interdição da autoclave e comunicar imediatamente o problema ao serviço de
manutenção.
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Nos casos de ações de não conformidade em qualquer um dos testes de controle de qualidade da carga,
deve-se suspender a utilização da autoclave, reprocessar o material que eventualmente possa ter sido
esterilizado naquela carga e comunicar ao Enfermeiro responsável e ao gestor local, para a solicitação de
manutenção da autoclave, conforme rotina local.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Gerência de Vigilância em Saúde. Núcleo Especial
de Vigilância Sanitária. Coordenação Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde. Guia de
referência para limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em Serviços de Saúde. Espírito Santo, 2009.
RESOLUÇÃO – RDC ANVISA Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para
o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.
TIPPLE, Anaclara Ferreira Veiga et al. O monitoramento de processos físicos de esterilização em hospitais
do interior do estado de Goiás. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 3, p. 751-757, 2011.
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000300029
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