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j o l
P u
ul a
Pa
Ana m
o e r o
ti tut ei d
a li .c
s n m
o In S ch g
d c e t r i@
de di nu
a n r .
r ied C a
i d e
r op ft a ra h ne
P o o p s c
i s d ice
On ncia d
c e c an
Li a il:
m
E-
1
Sumário
1. Definição ............................................................................................................................... 3
2. Origem ................................................................................................................................... 3
3.
y
Aplicações Clínicas................................................................................................................. 5
b
jo l
3.1 Aplicações clínicas da Bromelaína....................................................................................... 5
P u
3.2 Aplicações clínicas da DPP-IV .............................................................................................. 5
l a
P au
4. Quando utilizar ...................................................................................................................... 6
n a
4.1 Causas da deficiência .......................................................................................................... 6
4.2 Sinais e sintomas de deficiência deAenzimas digestivas ................................................
r m 7
t o e c o
4.3 Como avaliar a deficiência enzimas
t i e id a il.
tu digestivas................................................................... 8
4.3.1. Como interpretar oIn
s n m
h ......................................................
o
exame coprológico funcional
S c g 9
4.4 Situações que indicam d a utilização de enzimas c e t r i@
................................................................ 11
e i u
5. Como prescrever
d ad .................................................................................................................
a nd er.n 12
5.1 O querimudou e na prescrição ..............................................................................................
C id 12
o p r a n e
5.2 rDoses f t p a ch
P ................................................................................................................................. 14
o o s
is magistrala............................................................................................................
d e
6. Prescrição
n i d i c 15
O farmacêuticas
6.1 Formas n c .......................................................................................................
n 15
e a
6.2 Formulações i :c
Lic ......................................................................................................................
l 16
a
6.3 Contraindicações
E -m e efeitos adversos................................................................................. 18
..................................................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 21
Apêndice...................................................................................................................................... 23
Aplicações clínicas da Bromelaína........................................................................................... 23
Bromelaina e atividade antimicrobiana: ............................................................................. 23
Bromelaina e câncer............................................................................................................ 23
Bromelaina no sistema cardiovascular e circulatório: ........................................................ 24
Bromelaina e doenças autoimunes: .................................................................................... 24
Bromelaina e alergias respiratórias:.................................................................................... 24
Bromelina e artrite: ............................................................................................................. 25
2
1. Definição
As enzimas digestivas são quimicamente classificadas como hidrolases, ou seja, promovem
a quebra das ligações químicas das macromoléculas através de reações de hidrólise em sítios
b y
ativos. Cada enzima apresenta determinada especificidade para um substrato, hidrolisando
j o l
u
apenas determinadas ligações, de forma que, para que haja a digestão de nutrientes complexos,
P
várias enzimas podem ser necessárias.
ula
a
Em síntese, as enzimas digestivas permitemPque as macromoléculas encontradas nos
A
alimentos ingeridos sejam “quebrados” em moléculas na menores para serem absorvidos mno lúmen
to e r c o
intestinal.
i t u i d i l .
n
As enzimas podem ser produzidas s t no organismo, ingeridas h nepor meiomdoaconsumo de alguns
o I S c g
d
alimentos crus ou presentes em suplementos e
alimentares
r
(enzimas
t i @digestivas exógenas).
e c
disão produzidas
a d digestivas endógenas
A maioria das enzimas
n r . nu pelo pâncreas, porém, o fígado,
r ied o intestino delgado,
a vesícula biliar,
a C a
o estômagoid
e
ee
o cólon também desempenham papéis
p
o na produção a r n enzimas. Dentre as enzimas digestivas
P r
essenciais
f t e disponibilização
p c hdessas
iso lipase,
endógenas incluem
n d o
protease,
i e s ptialina, pepsina e tripsina. Exemplos de enzimas
amilase,
c
Oexógenasnsão
digestivas ciaalfa galactosidase,
n d celulase, hemicelulose, maltase, entre outras.
e c a
Lic ail:
m
2. Origem E-
As enzimas digestivas suplementares podem se originar de três fontes diferentes: animal,
vegetal e microbiana.
As enzimas de origem animal incluem pancreatina, pepsina, tripsina e quimiotripsina.
Exemplos de enzimas de origem vegetal são a bromelaína (do abacaxi ) e a papaína (do mamão).
Enzimas de origem microbiana podem ser extraídas de fungos (incluindo leveduras) e bactérias
e têm boa resiliência gástrica. As enzimas microbianas podem incluir lipase, proteases,
sacaridases e enzimas fibrolíticas (Tabela 1).
3
Tabela 1 – Funções e unidades de medida de enzimas digestivas
Enzima Função Unidade de Medida segundo
Grupo
FCC
Alfa Hidrolisa rafinose, estaquiose e verbascose GALU (Unidades de
Galactosidase presente em legumes, grãos inteiros e alguns Galactosidase)
vegetais em monossacarídeos glicose,
galactose e frutose. Reduz a produção de
b y
gases ao consumo de carboidratos
j o l
Alfa Amilase
fermentáveis.
P u
Hidrolisa os polissacarídeos em dissacarídeos DU (Unidades Dextrinizantes)
Celulase
ul a
Decompõe a celulose, uma fibra vegetal CU (Unidade de Celulase)
On Xilanase n c i a d
n emo polissacarídeo
Degrada
e c a linear beta-1,4- XU (unidades de xilanase)
4
3. Aplicações Clínicas
Alguns estudos sugeriram que a terapia oral com preparações enzimáticas é benéfica
para pacientes com dispepsia funcional já que podem reduzir os sintomas de flatulência,
distensão abdominal, eructação, plenitude e desconforto pós-prandial. by
j o l
u
Entretanto, suplementos com enzimas digestivas têm sido utilizados para outras
P
ul a
aplicações clínicas como é o caso da enzima DPP-IV para sensibilidade ao glúten não celíaca,
P a
redução dos danos da mucosa intestinal, autismo e sensibilidade à caseína; fitase para prolongar
o efeito da toxina botulínica; bromelinaApor
a
n seu efeito antimicrobiano, antineoplásico,
o e r o m
quimiopreventivo, inibidor da agregação t id modulação
tu de plaquetas sanguíneas, c
il. da inflamação e
t i e a
do sistema imune, além de atividades
I c hn antitrombótica
ns analgésica, antiedematosa, g m e fibrinolítica.
d S
oestudos clínicos que edemonstram ai@
No entanto, os
e c t r segurança e os benefícios
a d
terapêuticos da suplementação do complexo de
n dienzimasrdigestivas
. nu são escassos.
r ied C a
i d e
ro
p
t a ra h ne
3.1PAplicações
o f clínicas
o
dap Bromelaína
s c
s
niapoiar acdigestão e
Além de
O iad de proteínas,
d ic a enzima Bromelina ou Bromelaína, pode ter outras
e
aplicações clínicas n seu efeitoanantimicrobiano, antineoplásico, quimiopreventivo, inibidor da
por
agregação de
c l: c
Liplaquetasaisanguíneas, modulador da inflamação e do sistema imune, além de
m
E- antiedematosa, antitrombótica e fibrinolítica.
atividade analgésica,
Esses achados indicam potencial efeito na proteção contra diarreia causada por
enterotoxinas bacterianas de Escherichia coli e Vibrio cholerae, prevenção de câncer,
cardioproteção, risco de trombose arterial e embolia, doenças inflamatórias crônicas,
autoimunes, doenças alérgico respiratórias e artrite (ver apêndice).
Entretanto, mais pesquisas são necessárias para compreender os mecanismos de ação,
dose de eficácia e segurança, aproveitamento eficiente e eficácia clínica da bromelaína.
5
permitindo que dipeptídeos contendo prolina sejam liberados das cadeias de polipeptídeo. Isso
o torna uma das poucas enzimas que permite a digestão de proteínas ricas em prolina.
Além de favorecer a quebra do glúten e da caseína, a DPP-IV desempenha um papel
substancial no sistema imunológico, particularmente na função das células T, e por isso, tem
b y
j o l
sido investigada como um possível alvo para o tratamento de doenças autoimunes, incluindo
P u
doença inflamatória intestinal. No que diz respeito à dor visceral, vários substratos DPP-IV estão
envolvidos na regulação da nocicepção visceral. a
ul
DPP-IV também modula a funcionalidade deP
a
n a NPY e PYY potencializando a digestão e a
saciedade. Existem algumas evidências queAindicam que a DPP-IV também r m
está envolvida na
to e c o
tu porém maisid estudos sãoil.necessários para
s t i
regulação do comportamento afetivo-emocional,
e a
n clínicas descritas
comprovação de eficácia da DPP-IV I n nestas e outras c h
aplicações g m na literatura.
d o e S i@
e c t r
a d n di r . nu
4. Quando
r ied utilizar Ca i d e
op deft enzimas digestivas
Arutilização a ra exógenas h néeindicada especialmente em situações em que
P o o p s c
i s
a atividadenenzimática d é inadequada
endógena
i ce ou insuficiente.
O i a d
A deficiência na
e ncproduçãoaounna atividade enzimática endógena é baseada na incapacidade
do pâncreas L
c : c e outros órgãos de produzir as enzimas necessárias e/ou mau
e idas células iintestinais
l
-
funcionamento ou ausênciama de mensageiros-chave que regulam os órgãos produtores de enzimas.
E
Essas situações podem ter etiologia genética ou são causadas por doenças
gastrointestinais, envelhecimento, desequilíbrio da microbiota intestinal, entre outras,
culminando na deficiência ou ausência na produção endógena ou biodisponibilidade das
enzimas produzidas. Uma das principais razões para a produção reduzida de enzimas digestivas
é a função pancreática exócrina deficiente.
6
• Doenças inflamatórias intestinais;
• Doenças gastrointestinais;
• Colecistectomia;
• Desequilíbrio da microbiota intestinal;
b y
• Hipocloridria;
j o l
• Deficiência de ácidos biliares; P u
• Exposição repetida a antibióticos; u l a
Pa
•
na
Estresse físico, emocional ou psicológico, que reduz a produção de enzimas digestivas
A m
pancreáticas;
o e r o
ti tut i d li .c
• Tabagismo;
s h ne m a
In
• Envelhecimento, que leva a um declínio na função
o S c pancreáticage digestiva;
d
• Sensibilidadesealimentares; c e t r i@
a d n di r . n u
• Doençadcelíaca. a e
r ie C i d
r op ft a ra h ne
P4.2 Sinaiso e sintomas o pde deficiência
s c de enzimas digestivas
ni s d ic e
O i a d
• Flatulência;nc
c e c an
oui desconforto
• Dor L il: abdominal;
a
• Diarreia; -m
E
• Fezes amolecidas;
• Constipação;
• Distensão abdominal;
• Queda de cabelo;
• Unhas quebradiças;
• Cansaço excessivo;
• Comida não digerida nas fezes;
• Fezes que flutuam (esteatorreia);
• Desconforto pós-prandial;
• Eructação excessiva;
• Azia;
• Pirose;
• Refluxo.
7
4.3 Como avaliar a deficiência enzimas digestivas
Atualmente não há um método laboratorial confiável para avaliar a deficiência
de todas as enzimas digestivas.
by
Os testes disponíveis com validação científica estão disponíveis somente para
l
medir os níveis de algumas enzimas pancreáticas no sangue, u jo mas são usados apenas
a Penzimática digestiva.
para diagnosticar a pancreatite, não para medir a função l
Já a deficiência de lactase pode ser P au por testes laboratoriais como
avaliada
a
nteste
dosagem da lactase na mucosa duodenal, A oral de tolerância à lactosem
r o
e teste de
hidrogênio expirado. t u to i d e
i l . c
s t i neem fragmento a
A dosagem de lactase I n na mucosa c h
duodenal, g m colhido por
d o e S i@
endoscopia, tem sensibilidade
e i c
de 95% e especificidade
u t
de r 100%, porém é um exame
a d n d r.n
invasivo. d a e
p rie medir indiretamente
Pode-se r a Ca capacidade
e id de digestão de lactose. No teste oral,
o a n
Pr ingere
o paciente o f t uma o p
quantidade ch dissacarídeo e a glicemia é dosada antes e
fixasdesse
n is a d i c e
depois O i
da ingestão.cO indivíduo d capaz de digerir a lactose apresenta um incremento de
e n a n
c
L c ail:
20 mg/dL na iglicemia.
Além de dosar
E -m a glicemia, é possível medir o Hidrogênio no ar expirado após a
sobrecarga oral, pois, pela fermentação da lactose pelas bactérias colônicas, há
produção de Hidrogênio, que é absorvido no intestino e parcialmente eliminado pelos
pulmões.
A quantificação de gordura nas fezes é um teste de triagem para a investigação
das síndromes de má absorção de origem pancreática e deficiência da lipase e
esteatorreia.
Uma forma indireta para indicar a deficiência de enzimas digestivas é o exame
coprológico funcional. Eles visa o estudo das funções digestivas abrangendo as provas
de digestibilidade macroscópicas, exames químicos e outras, cujos resultados permitem
diagnosticar os diferentes quadros que são agrupados em síndromes coprológicas:
insuficiência gástrica, pancreática e biliar, hipersecreção biliar, (fermentação
hidrocarbonada e putrefação), síndromes ileal e cecal, colites e outras alterações do
transito intestinal.
8
4.3.1. Como interpretar o exame coprológico funcional
Tabela 2 – Padrão de referência e interpretação do exame físico, químico e microscópico das fezes no
exame cropológico funcional.
s n m
Consistência
o In Sólida
S ch As
g falsas diarreias dos
Li il:
ingeridas ou endógenas (o que
E-
sempre, em pacientes com
insuficiência gástrica, biliar ou
pancreática, colite e câncer,
etc.) e sobretudo em casos de
melenas, câncer de cólon e
abscesso aberto no intestino
grosso.
De odor rançoso, azedo são as
“diarreias de fermentação” com
trânsito rápido a partir do ceco.
As dejeções tornam-se inodoras
durante o tratamento com
antibióticos intestinais
Nas diarreias urêmicas e nas
fístulas retrovesicais, são de
odor amoniacal.
Viscosidade Diminuída Deve-se suspeitar de déficit de
lipases ou de bile ou colestase
hepática.
Associar exames como prova de
função hepática (TGO, TGP,
GGT, bilirrubina direta,
bilirrubina indireta e fosfatase
alcalina)
9
Viscosidade nas fezes pode
indicar distúrbios do trato
gastrintestinal, como infecções
bacterianas, obstruções
intestinais, síndrome do cólon
irritável e doença inflamatória
b y
intestinal.
Muco Ausente
j o l
Seu significado clínico é muito
r op ft a ra h ne colite verdadeiras)
P o o p s c O muco das fezes pode também
s
ni avaliado d e
icPadrão de referência
sinalizar alergia alimentar.
OCritério
c i a d Interpretação
e n a n Exame químico
c 6,0
Lic ail:
pH As fezes em geral são neutras ou
um pouco alcalinas, mas a
m reação depende de vários
E- fatores, dietéticos e endógenos,
porque suas variações, tanto na
saúde como na doença, são
irregulares e de pouco valor
clínico. Apresentam reação
ácida as fezes dos pacientes com
“dispepsia de fermentação”,
mesmo que sejam alcalinas nas
diarreias de putrefação.
Também constuma ser alcalinas
as dejeções de indivíduos com
insuficiência gástrica
descompensada (“diarreias
gastrógenas”)
Substâncias redutoras Ausentes Seu significado pode ser
intolerância alimentar, em
particular quando há
persistência da diarreia,
associada a perda de peso e pH
fecal inferior a 6. Serve para
diagnosticar deficiência de
lactase no local em que o déficit
de absorção da lactose
10
determina o aparecimento de
substâncias redutora nas fezes.
Critério avaliado Padrão de referência Interpretação
Exame microcópico
Gorduras neutras Ausentes Se elevadas, suspeitar de
insuficiência pancreática ou
by
déficit biliar. A presenção de
j o l
excesso de gordura nas fezes –
u
esteatorreia – obedece a um ou
P
u la vários
mecanismos:
dos seguintes
trânsito
Pa acelerado, deficiência
r op ft a ra
Fibras musculares mal digeridas Ausentes
h ne Se muito presentes, cogitar
P o o p s c hipocloridria, déficit de enzimas
i s d ice pancreáticas
On ncia d
Legenda: TGO – transaminase glutâmico-oxalacética; TGP – transaminase glutâmico-pirúvica; GGT –
gamaglutamil transpeptidase.
c e c an
i
Fonte: PUJOL,LA. P. Nutrição
: à estética. 2ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2020.
ilAplicada
a
-m
4.4 SituaçõesEque indicam a utilização de enzimas
• Dispepsia crônica;
• Gastrite;
• Idoso;
• Refluxo Gastresofágico;
• Colecistectomia;
• Síndrome do Intestino Irritável;
• Intolerância a lactose;
• Sensibilidade ao glúten não celíaca;
• SIBO;
• Intolerância ou redução da tolerância aos FODMAPs;
• Hipocloridria;
• Uso de antibióticos e medicamentos Inibidores da Bomba de Prótons;
• Padrão alimentar rico em alimentos refinados, ultraprocessados e baixo consumo de
alimentos crus;
• Consumo inadequado de alimentos que contém inibidores de enzimas (Ex. feijão sem
deixar de molho).
11
A suplementação com enzimas digestivas podem ser particularmente útil ao mudar para
uma dieta vegetariana, vegana ou plant based, auxiliando na digestão de componentes
vegetais mais resistentes, como a celulose, rafinose e ácido fítico favorecendo o
desconforto gástrico e a biodisponibilidade de nutrientes. Eles também são
y
complementares às enzimas produzidas pelo pâncreas, portanto, não são considerados
b
substitutos da ação enzimática digestiva natural.
j o l
P u
u la
5. Como prescrever
Pa
A na
Segundo Inciso IX, Art. 3º da Resolução CFN n. 656 de 15 de junho de 2020 que dispõe sobre
m
to e r e dá outras
c o
a prescrição dietética, pelo nutricionista,
t i t u e id
de suplementos alimentares
a il. providências,
Exemplo:
Antes De acordo com a legislação vigente
Bromelina – 100 mg Bromelina -1200 GDU
12
Assim, devem ser seguidas as unidades enzimáticas descritas nos compêndios oficiais,
assegurando que atividade enzimática foi cuidadosamente medida e padronizada.
No caso da prescrição nutricional, deve-se utilizar os padrões determinados na
monografia Food Chemical Codex (FCC).
by
j o l
Cada enzima recebe sua própria unidade de potência (atividade) utilizando com unidade
P u
de medida padrão FCC. Por exemplo, a unidade de medida da amilase é DU (Unidades
a
ul
Dextrinizantes). Já da bromelaína é GDU (unidades de digestão de gelatina).
Alguns laboratórios expressam a potência P
a
n a das enzimas utilizando unidades de medida
distintas do padrão estabelecido pelo FCC.
o A Essa informação constará
e r no laudo o mtécnico da
t
tu magistrais. id il. c
t i
matéria prima, disponíveis nas farmácias
e a
Diferentes unidades Idensmedida não expressamcha nmesma potência.
g m Isso pode gerar
confusão por parte de d
o e S já quei@
e farmacêuticos e nutricionistas,
i c u tr a interpretação da potência
adde medida. Caberá aoafarmacêutico
depende da unidade
d nd erajustar .n a potência da enzima de acordo
ie
com a U darprescrição nutricional, que C
a id conforme FCC.
deverá ser descrita
e
o p r
ade medidacpara n
Pr A conversão
o f t da unidade
o p s
h o padrão FCC é complexa, pois na maioria das
n is de ensaios
enzimas depende a i e Por isso, certamente, constitui um desafio para
d em laboratórios.
c
O c i d
os farmacêuticos. n
e a n
c
Lic ail:
-m desconhecem o padrão FCC como unidade de medida e
Muitos farmacêuticos
E
questionam as prescrições de enzimas nesse padrão emitidas por nutricionistas. Cabe
ao nutricionista, justificar à farmácia magistral que a utilização da Unidade de medida
está embasada na legislação vigente (Resolução CFN n. 656 de 15 de junho de 2020).
13
Digestão além do consumo de enzimas digestivas
A digestão não se resume apenas às enzimas digestivas, mas requer ações sinérgicas
by
do ácido clorídrico do estômago, sais biliares e um revestimento saudável do trato
j o l
gastrointestinal para permitir que os nutrientes sejam absorvidos.
P u
O primeiro passo para favorecer digestão adequada
u laé abordar a dieta, encorajando a
redução/ eliminação de alimentos e bebidas queP a e contribuem para a inflamação
causam
intestinal e aumentar o consumo de alimentos
A na vegetais. O consumo adequadomde água,
to e r c o
mastigação correta, alimentação em ambiente
u i d
tranquilo e gerenciamento l
do. estresse são
s tit n e
m ai
ch
importantes coadjuvantes.
o In S g
d e tri @
d e i c u
5.2 Doses eda a nd er.n
ri a C e id
o p r n
aformulaçõeschde suplementação enzimática com distintas doses
Pr Até o momento,
f t p
iso no mercado,
diversas
d o e s
n
estão disponíveis ia e i c
atualmente
d são utilizadas na prática clínica para o manejo de
O c
c
n
diversas doençasedigestivas,
c an
principalmente aquelas envolvendo órgãos destinados à produção
de enzimas L
i
digestivas, a il :
incluindo o pâncreas exócrino (que produz enzimas pancreáticas) e a
borda em escovaE do -m
intestino delgado (que produz lactase).
Determinar a dose terapêutica de enzimas compreende um desafio atual para os
nutricionistas considerando que:
• Durante anos, a prescrição das enzimas foi realizada em peso (miligramas). Não é
possível converter a dose em mg para unidade de medida segundo FCC, visto que o peso
não determina a potência enzimática.
• As doses e unidades de medida utilizados nos estudos são heterogêneos favorecendo
fatores de confusão na dose resposta.
• Os estudos frequentemente usam preparações que contêm misturas de várias enzimas
e as dosagens eficazes variam amplamente.
14
Tabela 3 – Sugestão de doses de enzimas digestivas
Enzima Unidade de Medida segundo Dose usual
Grupo
FCC
Alfa Galactosidase GALU (Unidades de 400 a 1.200 GalU
Galactosidase)
Alfa Amilase DU (Unidades Dextrinizantes)
b y 5.000 a 20.000 DU
Celulase CU (Unidade de Celulase)
j o l 750 a 4.800 CU
Glucoamilase ou
Amiloglucosidase P u
AGU (Unidades
Amiloglucosidase)
5 a 20 AGU
Hemicelulase
u la
HCU (unidades de 800 a 8.000 HCU
Carboidrato Pa
hemicelulase)
na
Invertase INVU (Unidade de Atividade de 400 a 1.200 SU
Invertase) ou SU (Unidades
o A Sumner) e r o m
Lactase tut i d
ALU (Unidade de ácido lactase) 1.000
c
il.200aa10.000 ALU
Maltases ti n e
DP (Graus de Poder Diastático)
m a 400 DP
In
Pectinase ch
Endo - PGU (Unidades de g 35 a 100 ENDO PG
e do ic eS tri@
Poligalacturonase)
.nu
Xilanase XU (unidades de xilanase) 750 a 1.200 XU
a d Fitase n d r
FTU (unidades de fitase) 100 a 200 FTU
d a
pr
ie Protease ácida C ide
SAP (Protease ácido estável) 50 a 100 SAP
r o t a ra
Protease alcalina
h ne
PC (Unidade de protease com 5.000 a 10.000 PC
P o f Bromelaína
o p s c base em L tirosina)
Proteína i s d c e GDU (unidades de digestão de 120 a 2400 GDU
E -m Lipase
peptidase IV (DPP/IV) Dipeptil peptidase IV)
FIP (Federation Internationale 750 a 4.800 FIP
Lipídios
Pharmceutique)
6. Prescrição magistral
15
• As enzimas devem ser prescritas em cápsulas vegetais pois favorecem maior resistência
aos efeitos da umidade. Cápsulas de revestimento entérico devem ser utilizadas para
proteger as enzimas sensíveis ao pH estomacal (normalmente as enzimas de origem
animal como pancreatina, pepsina, tripsina e quimiotrispsina).
b y
• l
Conservar em recipiente bem fechados ao abrigo de luz, calor e umidade. Enzimas são
j o
P u
insumos higroscópicos (retém água), e portanto, devem ser manipulados em ambiente
com umidade controlada. u la
Pa
Ana m
6.2 Formulações o e r o
ti tut e i d
a li .c
s n m
Alfa-amilase – 12.000 DU o In
Aporte à digestão, redução de gases e flatulência
S ch g
d
Protease ácida – 100 SAP c e t r i@
d e di nu
Protease alcalina – 5.000 PC
a n r .
r ied
Fitase -190 FTU
C a
i d e
op ft ra ne
Alfa galactosidade – 450 GalU
r
Celulase 750 CU
P p a ch
i s o
Invertase: 400 SU
d o e s
On ncia
Lipase – 4.000 FCCFIP
d ic
Lactase – 900 ALU
c e c an
Li
Maltase – 200 DP
Xilanase – 550 XU
a il:
m
E-
Pectinase – 50 Endo-PGU
Hemicelulase – 800 HCU
Aviar x doses em cápsulas vegetais.
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições.
16
Desconforto articular e muscular
Bromelaína – 1.200 GDU
Papaína 100.000 PU
Protease ácida – 100 SAP
Protease alcalina – 5.000 PC
Alfa-amilase 8.000 DU
b y
Lipase 690 FCCFIP
j o l
Aviar x doses em cápsulas vegetais.
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições. P u
u la
Intolerância ao glúten e caseína Pa
DPP-IV – 1.000 DPPU
Ana m
Alfa-amilase – 15.000 DU
o e r o
Protease ácida – 50 SAP
ti tut e i d
a li .c
Protease alcalina – 5.000 PC
s n m
Glucoamilase – 15 AGU
o In Sch g
Papaína – 50.000PU
d c e t r i@
Bromelina -1.200 GDU
de di nu
a
Actinidina P200 – 240 U n r .
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Aviar x doses em cápsulas vegetais.
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i d e
op ft ra ne
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições.
r a h
P o o p s c
s
Digestão de iproteína e
n – 100cSAP
Protease ácida
O iad d ic
Protease alcalina –n10.000 PC an
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Papaína – 50.000PU
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Bromelina -1200 GDU a
-m vegetais.
Aviar x doses em cápsulas
E
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições.
Intolerância à lactose
Lactase -10.000 ALU
Aviar x dose em cápsulas vegetais
Posologia: Consumir 1 dose no momento da ingestão de produtos lácteos.
17
6.3 Contraindicações e efeitos adversos
18
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On ncia n di
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l : ca
L a i
m
E-
20
REFERÊNCIAS
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22
Apêndice
a
diarreia causada por enterotoxinas bacterianas de Escherichia coli e Vibrio cholerae.
n
A
As evidências sugerem que a bromelaína neutraliza alguns dos efeitos
o e r de certoso mpatógenos
t
tu coli, cuja enterotoxina c
il. em animais. A
idcausa diarreia
t i
intestinais como Vibrio cholera e Escherichia
e
n secretora a
bromelaína parece exibir este efeito
I nsao interagir com as vias dechsinalização g m intestinal, incluindo
d e S
o cíclica, guanosina 3: 5-monofosfatase @ e cascatas de sinalização
icíclica
adenosina 3: 5-monofosfatase
e i c t r
a
dependentes de cálcio. dOutros estudos sugerem numdmecanismo r . nuação diferente. Na infecção por E. coli,
de
O
Estudos iad que adbromelaína
ic exerce atividade ani-helmíntica contra Trichuris muris
n
e Heligmosomoidesepolygyrus. Por
n
aoutro lado, a bromelaína atua como agente antifúngico estimulando a
i c : c
il albicans quando incubada com tripsina in vitro.
fagocitose e aLmorte de Candida
a
m de bromelaína e antibióticos mostrou ser mais eficaz do que os antibióticos
E-
A terapia combinada
isoladamente na pneumonia, bronquite, infecção cutânea por Staphylococcus, tromboflebite, celulite,
pielonefrite e em abscessos perirretais e retais, sinusite e infecções do trato urinário.
REFERÊNCIAS
RATHNAVELU, Vidhya; ALITHEEN, Noorjahan Banu; SOHILA, Subramaniam; KANAGESAN, Samikannu;
RAMESH, Rajendran. Potential role of bromelain in clinical and therapeutic applications. Biomedical
Reports, [S.L.], v. 5, n. 3, p. 283-288, 18 jul. 2016.
PAVAN, Rajendra; JAIN, Sapna; SHRADDHA; KUMAR, Ajay. Properties and Therapeutic Application of
Bromelain: a review. Biotechnology Research International, [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012.
Bromelaina e câncer
Estudos in vitro e in vivo disponíveis, demonstram efeitos da bromelaína como antineoplásica e
antimicrobiana. A bromelaína exibe capacidades quimiopreventivas eficazes que implicam efeitos de
iniciação e promoção de antitumor através da inibição do desenvolvimento do tumor, que é sublinhado
pela indução de p53, mudanças na razão Bax / Bcl-2, indução de caspases, diminui a expressão de Cox-2
e a inibição da via de NF-κB por meio da regulação das vias de sinalização MAPK e Akt / PKB. Estudos
23
futuros nesta área podem levar a resultados promissores para a terapia do câncer à base de bromelaína,
agentes antimicrobianos e suplementos de saúde.
REFERÊNCIA
by
RATHNAVELU, Vidhya; ALITHEEN, Noorjahan Banu; SOHILA, Subramaniam; KANAGESAN, Samikannu;
o l
RAMESH, Rajendran. Potential role of bromelain in clinical and therapeutic applications. Biomedical
j
Reports, [S.L.], v. 5, n. 3, p. 283-288, 18 jul. 2016.
P u
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Bromelaina no sistema cardiovascular e circulatório:
Pa
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A bromelaína tem sido eficaz no tratamento de DCVs, pois é um inibidor da agregação de
m
plaquetas sanguíneas, minimizando assim o risco
to e r
de trombose arterial e embolia.
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Em outro estudo, realizado por Juhasz t i tuet al., a Bromelaína demonstrou
e il.
id exibir acapacidade de induzir
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cardioproteção contra lesão de isquemia-reperfusão chAkt / Foxo nogmiocárdio de ratos.
pela via de
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REFERÊNCIAS a n r .
r iedJAIN, Sapna; SHRADDHA;
PAVAN, Rajendra; C a
KUMAR, Ajay. i d e
Properties and Therapeutic Application of
Bromelain:
r ra International,
opa review.ftBiotechnologypaResearch h ne [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012.
P o o s c
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nie doenças d ic e
Bromelaina
O c i aautoimunes:
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A bromelaína n
n tem sidoarecomendada como uma abordagem terapêutica adjuvante no
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tratamento de
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Ldoenças inflamatórias crônicas, malignas e autoimunes. Experimentos in vitro mostraram
que a bromelaína tem
E -ma capacidade de modular moléculas de adesão de superfície em células T,
macrófagos e células natural killer e também induzir a secreção de IL-1β, IL-6 e fator de necrose tumoral
α (TNFα) pelo sangue periférico células mononucleares (PBMCs). A bromelaína pode bloquear as vias Raf-
1 / extracelular-regulada-quinase- (ERK-) 2, inibindo a transdução do sinal das células T. O tratamento de
células com bromelaína diminui a ativação de células T CD4 (+) e reduz a expressão de CD25.
REFERÊNCIAS
PAVAN, Rajendra; JAIN, Sapna; SHRADDHA; KUMAR, Ajay. Properties and Therapeutic Application of
Bromelain: a review. Biotechnology Research International, [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012.
REFERÊNCIAS
24
PAVAN, Rajendra; JAIN, Sapna; SHRADDHA; KUMAR, Ajay. Properties and Therapeutic Application of
Bromelain: a review. Biotechnology Research International, [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012.
Bromelina e artrite:
A bromelaína demonstra propriedades benéficas, incluindo ações anti-inflamatórias e
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analgésicas além de anti-edematoso, antitrombótico e fibrinolítico. Além disso, estudos apresentaram
j o l
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uma ampla gama de ações da Bromelaína, como a inibição reversível da agregação plaquetária, angina
P
pectoris, bronquite, sinusite, traumas cirúrgicos, tromboflebite,apielonefrite e absorção aprimorada de
a
drogas, particularmente de antibióticos. Experimentos bioquímicos
ul indicam que essas propriedades
a P
A n
farmacológicas dependem apenas parcialmente da atividade proteolítica, sugerindo a presença de fatores
m
não proteicos na bromelaína.
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t i tu e id a il.
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Estudos sugerem que sua ação anti-inflamatória c hn mecanismos:
se dá pelos seguintes g m
d o fibrinolítica sérica, reduzindo
e S os níveis i@de fibrinogênio plasmático e
1) Aumentando a atividade
e c t r
diminuindoa dos níveis de bradicinina (onquedi resultarem. nupermeabilidade vascular reduzida) e
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consequentemente reduzindo edema
a C ae dor; de
e i
o p a r n
P2)3)r Medindo ostníveis de prostaglandina
f p h os níveis de PGE2 e tromboxano A2);
(diminuindo
c
n isoda modulação
Através
a d i c
s
o de certas emoléculas de adesão da superfície da célula imune, que
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desempenhamcum papel na patogênese
n a n da artrite.
L ice il: c
Sua ação analgésica se
m adeve a sua influência direta nos mediadores da dor, como a bradicinina, bem
como seus efeitosE
-
indiretos por meio de suas ações anti-inflamatórias (por exemplo, redução do edema,
detritos e complexos imunes), que reduzem a dor.
REFERÊNCIA
BRIEN, Sarah; LEWITH, George; WALKER, Ann; HICKS, Stephen M.; MIDDLETON, Dick. Bromelain as a
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MAURER; H. R. Bromelain: biochemistry, pharmacology and medical use. Cellular and Molecular Life
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25