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E-BOOK

Ruídos hidrossanitários
em edificações: como
evitá-los?
Índice

Apresentação 03

1. As principais causas de ruídos hidrossanitários 04

2. Diretrizes da Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575) 07

3. Aspectos relacionados ao projeto e à execução 10

4. Amanco Silentium e a solução para os ruídos hidrossanitários 13

Conclusão 16

Sobre a Amanco Wavin 17


Apresentação

Quando o assunto é instalação hidrossanitária, alguns pré-requisitos


essenciais são estanqueidade e fluidez. Mas há um fator, muitas vezes
negligenciado, que também compromete o desempenho desses sistemas,
gerando desconforto e insatisfação dos usuários. Estamos falando sobre
os ruídos provocados pelo funcionamento das instalações de distribuição
de água e recolhimento dos esgotos.
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Ruídos fora de controle podem induzir problemas de saúde e afetar a
concentração e o sono. Durante a noite, uma variação sonora de 10
decibéis (dB), por exemplo, causada pelo acionamento de uma descarga
ou de uma torneira desregulada, pode ser o bastante para despertar uma
pessoa.

Este E-book foi criado para levar até você mais informações técnicas sobre
este tema. A ideia é jogar luz sobre práticas simples de projeto e execução
capazes de minimizar esses problemas tão incômodos.

Aproveite e tenha uma excelente leitura!


1.
As principais causas de
ruídos hidrossanitários

A qualidade acústica é um dos fatores com impacto decisivo no


conforto e na salubridade dos usuários das edificações. Por isso
mesmo, é um tema que deve ser tratado com seriedade, desde as
etapas iniciais da concepção do empreendimento. Problemas de
acústica estão entre as principais causas de insatisfação entre os
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ocupantes de edificações. Daí a necessidade da elaboração de
projetos que atendam às normas técnicas e da especificação de
materiais e equipamentos que contribuam para o atendimento de
níveis aceitáveis de ruído.

No caso das instalações prediais hidráulicas sanitárias, diversas


são as fontes causadoras de ruído. “De modo geral, os barulhos
têm origem na circulação de fluidos pelo interior dos canos. Essa
passagem faz a tubulação vibrar, gerando uma movimentação
transmitida aos elementos construtivos onde o sistema hidráulico
está fixado”, explica o físico Marcelo Aquilino, pesquisador do IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).

Instalação tradicional: a propagação da zona de choque


transmite diretamente o ruído para a estrutura.
Em edificações, os ruídos são classificados em função da
forma como são transmitidos: há os que se propagam por
vias aéreas e aqueles que se dissipam por via estrutural.

• Ruídos aéreos — Em instalações hidrossanitárias,


surgem como resultado da vibração provocada pelo
líquido ao passar pelo interior da tubulação e que é
irradiada pelo ar;

• Ruídos estruturais — Geralmente se originam de


impactos do fluido contra as paredes internas, 5

especialmente em tubulações verticais. Estes golpes


são transmitidos pela tubulação para a estrutura da
edificação, que atua como amplificadora.

“Grande parte do ruído hidrossanitário é de origem estrutural.


Isso significa que quanto mais isoladas as tubulações
estiverem das estruturas, menos transmissão sonora
ocorrerá”, comenta Aquilino, lembrando haver tecnologia o
bastante para atacar esse problema. O que falta, na maior
parte das vezes, é cuidado com o projeto e boas práticas
de execução.
Instalação Amanco Silentium PVC: a propagação da
zona de choque é drasticamente reduzida por meio
das abraçadeiras e dos amortecedores acústicos, não
transmitindo o ruído à estrutura.
Entre os fenômenos mais comuns que provocam ruídos em instalações hidrossanitárias,
podemos destacar:

• Vibrações do sistema de recalque de água, que se propagam pela estrutura;

• Escoamento de água por curvas, cotovelos e registros;

• Choque da água com as superfícies dos equipamentos de utilização como cubas,


lavatórios, banheiros e pias;
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• Escoamento de água pela bacia sanitária, pelos ralos/sifões e pela tubulação de esgotos;

• Deslocamento de bolsões de ar pelas tubulações;

• Equipamentos em instalações pressurizadas;

• Golpe de aríete — Ocorre quando a água, ao descer em velocidade elevada pela tubulação,
é bruscamente interrompida pelo fechamento de uma válvula ou por um registro.
2.
Diretrizes da norma de
desempenho (ABNT NBR 15.575)

Todo projeto hidrossanitário deve ser dimensionado conforme as normas


técnicas vigentes e em função das necessidades do cliente. Os princípios
normativos de projeto estão estabelecidos nos seguintes documentos:
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• ABNT NBR 10.844 — Instalações prediais de águas pluviais –
Procedimento;
• ABNT NBR 8160 — Sistemas prediais de esgoto sanitário — Projeto
e execução;
• ABNT NBR 5626 — Sistemas prediais de água fria e água quente —
Projeto, execução, operação e manutenção.

O desempenho acústico dos sistemas hidrossanitários é abordado na parte 6


da ABNT NBR 15.575 Edificações Habitacionais — Desempenho. Esta é uma
das principais referências técnicas para orientar a construção de habitações
no Brasil, estabelecendo critérios mínimos de qualidade, conforto e segurança
a serem atendidos na construção de residências.
Ao estabelecer parâmetros de desempenho acústico, a norma visa minimizar o desconforto gerado ao usuário por ruídos em
prumadas coletivas de água ou esgoto, válvulas de descarga e outros equipamentos acionados em apartamentos vizinhos.
O texto, de caráter instrutivo e não obrigatório, apresenta formas de medir os impactos sonoros do funcionamento dos
equipamentos hidráulicos (bombas, sistemas de descarga, torneiras etc.) sobre o usuário.

Valores máximos do nível de pressão sonora Valores máximos do nível de pressão sonora
contínua equivalente LAeq,nT, medida em máxima LAS máx.,nT, medida em dormitórios
dormitórios

LAeq,nT, dB(A) Nível de desempenho LAS máx.,nT dB(A) Nível de desempenho 8

≤ 30 Superior ≤ 36 Superior

≤ 34 Intermediário ≤ 39 Intermediário

≤ 37 Mínimo ≤ 42 Mínimo

Fonte: ABNT NBR 15.575-6: Requisitos para os sistemas Fonte: NBR 15.575-6: Requisitos para os sistemas
hidrossanitários hidrossanitários
Referências internacionais também podem
apoiar a especificação de materiais para
instalações hidrossanitárias. Entre os
exemplos, estão a Diretiva VDI 4100, da
associação de engenharia alemã (Verein
Deutscher Ingenieure). De acordo com
esta norma, o nível de ruído para um alto
padrão de conforto em sistemas de esgoto
deve ser, no máximo, 20 dB para que não
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haja incômodo nos ambientes adjacentes à
instalação.

Há, também, a norma alemã DIN 4109,


do Instituto Alemão para Normatização
(Deutsches Institut für Normung), que
estabelece 30 dB como limite para uma
condição básica de conforto ruídos.
3.
Aspectos relacionados
ao projeto e à execução

As medidas para conter incômodos provocados por ruídos


hidrossanitários são muito mais eficazes e simples em edifícios em
construção. “Afinal, o desempenho acústico em uma edificação
depende de uma série de fatores construtivos e do próprio projeto
de arquitetura, englobando desde a localização da edificação até a 10

qualidade dos materiais utilizados na obra”, comenta Janaína Baifus,


engenheira de desenvolvimento de produtos sênior na Wavin Brasil.

Marcelo Aquilino, do IPT, concorda e explica que a propagação de


ruído tende a ser mais evidente quando a construção não é boa. “O
projeto de arquitetura pode ajudar a evitar problemas ao distanciar
as áreas que geram ruídos dos cômodos de longa permanência”,
pontua o pesquisador.

“Considerando que temos unidades habitacionais cada vez menores,


com banheiros e cozinhas contíguos às áreas de descanso, atuar
para a redução dos ruídos hidrossanitários torna-se ainda mais
desafiador”, continua ele.
Boas práticas para controle de ruídos

Além de evitar a passagem de tubulações por cômodos mais silenciosos,


um bom projeto hidrossanitário deve prever instalações com menos
emendas, desvios abruptos e estrangulamentos, que geram turbulências
no fluxo de líquidos.

O correto dimensionamento das tubulações é imprescindível. Segundo


a ABNT NBR 5626: Sistemas prediais de água fria e água quente, é
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necessário garantir que a velocidade da água, em qualquer trecho, não
ultrapasse 3 m/s. Acima desse valor, ocorre um ruído desagradável na
tubulação.

Sempre que possível, as tubulações devem ser isoladas. Nesse caso, o


tratamento passa pela utilização de abraçadeiras com material resiliente
para fixar os condutores aos elementos estruturais. Outra estratégia para
isolar a tubulação da estrutura é via “encamisamento” com materiais
isolantes (lãs minerais, por exemplo). Em edifícios existentes que utilizam
shafts, fazer esse tipo de correção é mais simples. Naqueles que não têm
shafts, a intervenção exige a abertura do forro ou da parede para se ter
acesso aos tubos.
Em especial para combater o golpe de aríete,
podem ser usadas válvulas de descarga e registros
com fechamento mais suave, além da limitação da
velocidade nas tubulações. Em prédios é preferível
utilizar caixas de descarga, que além de consumirem
menor quantidade de água, não provocam golpe de
aríete. Outra boa prática é a utilização de juntas de
expansão de borracha, que absorvem vibrações.
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Atenção especial deve ser dada às bombas d’água,


que precisam ser mantidas afastadas do contato direto
com as lajes por meio de amortecedores. Uma bomba
bem projetada, instalada e usada nas condições
corretas não gera ruído excessivo. No entanto, se a
vazão for maior que a prevista, ou a pressão de sucção
for insuficiente, há risco de cavitação e turbulência –
sinônimos de ruído e vibração.
4.
Amanco Silentium e a solução
para os ruídos hidrossanitários

Nos últimos anos, a indústria tem investido em pesquisas para o


desenvolvimento de soluções que combinem alto desempenho e elevada
produtividade na instalação dos canteiros. Especificamente para atacar
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o problema de ruído nas instalações hidrossanitárias, uma inovação
importante foi o Amanco Silentium PVC para instalações prediais de
esgoto sanitário e águas pluviais.

A linha é composta por tubulações de PVC mineralizado com juntas


elásticas bilabiais que permitem fácil conexão, estanqueidade e dupla
vedação. Ela também conta com uma série de acessórios, com destaque
para as abraçadeiras (com interior revestido de borracha especial) e para
o amortecedor acústico para vaso sanitário. Este último, instalado entre
a conexão e o prolongador para o vaso, garante a redução de ruído entre
pavimentos.
Atenuação de ruídos aéreos
e estruturais

Os produtos da linha Amanco Silentium PVC se


caracterizam pela alta densidade da matéria-prima e por
terem espessura de parede superior. “Com isso, atuam
na redução do ruído aéreo, melhorando o isolamento
entre o fluxo de esgoto (emissor do som) e o interior da 14
edificação onde se percebe o ruído (receptor do som)”,
explica Janaína Baifus. A tecnologia também contribui
para diminuição do ruído estrutural por meio de acessórios
como amortecedores acústicos e abraçadeiras.

Indicado para projetos que almejam estar em alinhamento


com a NBR 15.575, Amanco Silentium PVC pode ser
aplicado em edificações residenciais e comerciais;
hospitais; hotéis; bibliotecas e laboratórios. O sistema é
totalmente intercambiável com os sistemas Amanco Série
Normal e Série Reforçada.
Comparativo entre espessuras

Diâmetro Nominal DN Série Normal SN (mm) Série Reforçada SR (mm) Linha Silentium (mm)

40 1,2 1,8 2,3

15
50 1,6 1,8 2,3

75 1,7 2,0 2,6

100 1,8 2,5 3,2

150 2,5 3,6 4,6


Conclusão

Ao longo deste E-book procuramos ressaltar a importância


do cuidado com o desempenho acústico das instalações
hidrossanitárias. Você percebeu que ações para atenuar
os ruídos nesses sistemas não é tarefa difícil nem requer
investimentos pesados. Bastam um bom projeto e uma
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execução de qualidade.

Na área de materiais, apresentamos uma solução já


disponível no mercado, que vem ajudando as construtoras
a reduzir drasticamente a propagação sonora em instalações
de esgoto e águas pluviais: o Amanco Silentium PVC.

Se tiver dúvidas e quiser mais informações sobre essa e


outras soluções para instalações hidrossanitárias, consulte o
catálogo da Amanco clicando aqui.
Sobre a
Amanco Wavin

A Amanco Wavin é uma das marcas comerciais da


Wavin, líder na Europa para sistemas e soluções de
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tubulações plásticas. A empresa é a responsável pela
criação da primeira tubulação de pressão de PVC
do mundo, em 1955, em Zwolle, na Holanda, e está
presente em mais de 40 países. No Brasil, a empresa
conta com sete unidades dedicadas a oferecer ao
mercado as mais avançadas soluções para as áreas
predial, de infraestrutura e de irrigação.

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