At 3:1-10 ARA

1 Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona.

2 Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta
do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
3 Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem
uma esmola.
4 Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós.
5 Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa.
6 Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho,
isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!
7 E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e
tornozelos se firmaram;
8 de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo,
saltando e louvando a Deus.
9 Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus,
10 e reconheceram ser ele o mesmo que esmolava, assentado à Porta Formosa
do templo; e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe
acontecera.
INTRODUÇÃO:
Entre o dinheiro que ganho com meu esforço e a vida que recebo como presente,
escolho dar a vida. A falta do dinheiro serviu para abrir espaço para que a iniciativa da
vida aconteça. Isto fica claro na vida da comunidade-igreja desde o primeiro capítulo.
O Templo — reconstruído por um político corrupto — é o cenário da primeira
manifestação pública. Pedro proclama que o Deus da Graça “levanta” das dores da
morte, por isso não há poder humano que possa se opor. Esta ação recriadora toma
possível que nossa carne descarne (e se manifeste) em esperança.
A igreja abalou o mundo porque estava cheia do Espírito Santo. E. M. Bounds,
piedoso metodista do século XIX, afirma que a igreja hoje está procurando melhores
métodos, enquanto Deus está procurando melhores homens. Deus não unge métodos;
Deus unge homens cheios do Espírito.
TEMA: VERDADES QUE APRENDEMOS NA PORTA DO TEMPLO
1° NOSSA MAIOR RIQUEZA NA VIDA É A ESPIRITUAL. (V.1-6)
O homem coxo pediu riqueza material e recebeu da riqueza espiritual transbordante
no coração de Pedro e João.Eles tinham uma vida comprometida com a oração (3.1).
Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. A oração era prioridade
na vida dos apóstolos.
Uma igreja que ora abre as portas para a intervenção milagrosa de Deus. Orar é dar
razão a Deus em tudo o que Ele diz na sua Palavra. Na Oração vivemos a
antecipação da Alegria do Reino de Deus.
Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor! (Sl 122.1)
Perguntaram certa feita a Charles Spurgeon qual era o segredo do sucesso de seu
ministério. Ele respondeu: “Eu trabalho de joelhos. Meu lugar santo de oração vale
mais do que toda a minha biblioteca”. John Knox, no século XVI, mudou a realidade
religiosa da Escócia. Ele era um homem que agonizava em oração. Seu clamor
contínuo era: “Dá-me a Escócia para Cristo, senão eu morro”.
Aplicação: A maior riqueza da nossa vida é a Espiritual. A Herança que devemos
deixar para nossos filhos é a Herança Espiritual. É a Riqueza maior mais
extraordinária.
O dinheiro acaba. O dinheiro vai embora, mas a Riqueza Espiritual não. O sistema
monetário muda, o dinheiro muda de nome de forma. Mas a Riqueza Espiritual ela se
espalha e não muda, por que a Palavra do Senhor permanece para sempre. Com a
mesma ou maior intensidade que nos aplicamos para conseguir riquezas materiais,
devemos aplicar nossa vida para construir riquezas espirituais.
Nossa Maturidade Cristã está inexoravelmente e inseparavelmente atrelada ao nosso
exemplo como Cristãos.
Será que estamos preparados para olhar para nós? ...
Eram 3 horas da tarde, prestes a começar uma reunião de oração no templo. Pedro e
João estavam passando, quando o paralítico lhes pediu uma esmola. Juntamente com
João, Pedro fitou o paralítico e lhe disse: Olha para nós (3.4).
Ficamos chocados com esse relato. Dizemos: “Isso fere a nossa teologia. Nós
costumamos dizer: “Não olhe para nós; olhe para Jesus. Não olhe para os crentes,
olhe para Jesus”.
Jesus já havia alertado acerca da conduta dos fariseus:
Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas
suas obras; porque dizem e não fazem (Mt 23.3).
A Palavra de Deus diz que somos cartas de Cristo:
(2Co 3.2). Vocês são a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida
por todos.
O apóstolo Paulo diz: Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo (1Co
11.1).
Pedro e João disseram ao paralítico: Olhe para nós (3.4).
Aplicação: Podemos dizer ao mundo: Olhe para nós? Os pais podem dizer aos filhos:
Olhem para nós? Os patrões podem dizer a seus empregados: Olhem para nós?

2° O PODER DE DEUS LEVANTA OS QUE SE ENCONTRAM PROSTRADOS

Os seus pés e tornozelos se firmaram (v.7). O propósito é nos mostrar o estado que
todos nós somos espiritualmente por natureza: sem força, sem firmeza, paralíticos
desde o nascimento, incapazes de trabalhar ou andar a serviço de Deus.
Aplicação: Devemos sair em nome e no poder de Jesus Cristo chamando os
pecadores desamparados a se levantarem e andarem no caminho da Santidade, pela
fé em nosso Salvador.
(V.8-9) O poder do nome de Jesus levantou quem se encontrava prostrado. Assim
também acontece conosco quando buscamos a Deus.
(V.8) de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo,
saltando e louvando a Deus.
O Saltar deste homem, que antes estava prostrado pois era coxo, cumpre Isaías 35.6:
Is 35:6 NAA2017 os coxos saltarão como as corças, e a língua dos mudos
cantará. Pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo.
APLICAÇÃO: O que poderia ter sido um encontro mecânico foi transformado em um
encontro pessoal. Muitas pessoas que sofrem já assimilaram o sofrimento como algo
normal, ou seja, passaram a viver no automático. A palavra de Deus nos tira do
automático e e nos sensibiliza para quê voltemos a autonomia ao manual da nossa
realidade. O que Pedro deu ao homem coxo foi a integridade que vem pela fé no nome
ou na autoridade de Jesus Cristo.

3° A AÇÃO DE DEUS GERA ADMIRACAO E ESPANTO.

(V.10) A transformação operada no deficiente chamou a atenção da cidade. Quantos
não tinham passado por este homem quando aleijado? E agora, que ele saltava de
alegria e falava de Jesus, que perguntas não surgiram na mente das pessoas?
A ação de Deus desfaz todo preconceito: Os impuros e as pessoas com deficiência
eram excluídas do culto no templo. eram considerados impróprios para a vida
espiritual e para o desenvolvimento da fé, sendo sua condição muitas vezes atribuída
ao pecado pessoal ou familiar. Ao estender a mão em nome de Jesus Cristo e deixar
o homem entrar com eles para oração, os discípulos deram prosseguimento ao
Ministério de Jesus de acolher os fracos e os marginalizados.