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PRODUÇÃO
GRÁFICA
1a edição,
GRÁTIS Luanda, Angola
1
GUIA DE
PRODUÇÃO
GRÁFICA
4 5
Editorial Agradecimentos
01 01
A Semana de Design Perceber melhor os A Semana de Design Os workshops, reali- É na pré-impressão que Ao Luís Fernandes e
editorial
editorial
Gráfico 2013 ofereceu, processos de concepção Gráfico 2014 consistiu zados na Universidade se definem praticamen- Manuel Benedito por
além de palestras orien- e produção de design numa acção formativa Lusíada, abordaram te todos os parâmetros partilharem o seu
tadas para profissionais será uma mais-valia que teve lugar entre as áreas de pré-im- que vão determinar a conhecimento.
formados na área, um para os estudantes e Julho e Outubro, repar- pressão, layout gráfico, qualidade duma peça
estímulo para o futuro profissionais da área tida em quatro work- ilustração e identidade impressa: a qualidade Aos participantes do
dos inúmeros interveni- de marketing e comu- shops, realizados uma corporativa. das imagens, dos tex- workshop sobre layout:
entes das artes gráficas nicação interessados vez a cada quatro tos, das formas e das Fernando Júlio Dias,
em Angola que, mesmo no desenvolvimento sábados. A ideia subjacente ao cores. E é também nesta Pacheco Francisco
sem terem formação profissional contínuo evento era dar aplicação fase que devemos ante- Tomás, Rita Nunes Cor-
específica, já produzem das suas carreiras. Em Novembro, decorreu prática aos resultados cipar os problemas que reia e Manuel Sardinha.
impressos editoriais, o encontro profissional dos trabalhos efectua- podem ocorrer durante
promocionais e demais Para tornar esta acção que contou com dois dos pelos grupos. a impressão e nos aca- Aos principais patro-
actividades. Estas pales- sustentável, foi criada convidados internacio- bamentos. cinadores do evento
tras abordaram diversas uma mini biblioteca nais. O mesmo teve a Assim nasceu este Semana de Design
práticas correntes como com o apoio dos convi- duração de uma semana guia. Ele inclui o As informações apre- Gráfico: o Goethe-
tipografia, sistemas de dados internacionais e incluiu três work- conteúdo dos work- sentadas neste guia Institut Angola e a
identidade ou ilustração. que receberam fundos shops, uma palestra e shops sobre pré-im- constituem indicações Alliance Française;
para trazer consigo a apresentação final dos pressão e as ideias de úteis. Logo, estão longe e a todos os outros
livros que eles achavam resultados de todos os design apresentadas de serem completas. patrocinadores e
importantes para o estu- workshops. pelos grupos, sendo o Por esta razão, incluí- parceiros (veja ficha
do do Design Gráfico. layout aqui visto uma mos no fim fichas bibli- técnica).
Estes livros estão dispo- das contribuições dos ográficas para comple-
níveis na Mediateca dos participantes. mentar o seu conheci- Sem o apoio da
Correios de Angola, na mento sobre a matéria. Edições de Angola não
Marginal, como elemen- teríamos uma versão
tos de referência e apoio impressa deste guia.
ao desenvolvimento
do design gráfico em www.semana-de-
Luanda. sign-grafico-ao.net
O design gráfico está O seu papel vai desde Em suma, o design Os designers gráficos
02 02
em quase toda a parte. dirigir os viajantes gráfico é a comunica- podem ser usados tanto
Encontramo-lo nas nos- directamente ao check- ção visual. Ele emprega para criar algo relacio-
introdução
introdução
sas casas, nas nossas in no aeroporto até muitas técnicas e for- nado com o funciona-
cidades e espalhado organizar o layout e mas diferentes, mas, mento de um moinho,
ao redor do campo. As estilo de uma revista raramente, é meramente como para criar um
suas imagens, letras, para que ela capte a decorativo: o design novo desenho (logotipo)
cores e formas são cons- atenção do viajante gráfico tem um trabalho para o papel timbrado
cientemente reunidas e faça com que ele a a fazer e os designers de uma empresa.
para realizar todos os compre para a ler gráficos estão ao ser-
tipos de funções. durante o voo. viço dos seus clientes. Usando uma série
de elementos visuais
O design gráfico no O designer gráfico pode como o tipo, a cor,
bilhete de estaciona- ser chamado a criar a forma, a fotografia,
mento pode anunciar uma obra para atrair os a ilustração, a pintura,
outros produtos ou olhares de clientes num as imagens digitais e
serviços. Um pacote de supermercado com assim por diante, os
sumo apresenta infor- grande circulação; ou designers gráficos tra-
mações organizadas de pode ser requisitado balham com os seus
forma a torná-las atra- para transmitir a criação clientes para produzirem
entes e compreensíveis. de um novo negócio. a mensagem desejada
As instruções de segu- O seu cliente pode re- da forma mais eficaz.
rança a bordo do avião querer o seu trabalho
são projectadas de para transmitir conheci-
modo que sejam claras mento cultural num mu-
e acessíveis, mesmo seu ou ajudar turistas
para as pessoas que não estrangeiros a encontrar
falem inglês. O design o caminho para a esta-
gráfico também está ção de autocarros.
estampado nas partes
externas da aeronave.
Este guia de produção Queremos também Esperamos de alguma Tem acontecido muitas Por isso, as agências
02 02
gráfica vem para dar fazer ver a forma como forma ajudar os profis- vezes que uma peça empregam os arte
solução a muitos pro- devemos criar os logo- sionais da área para bem idealizada por um finalistas que devem
introdução
introdução
blemas que enfrenta- tipos e quais os pro- que ao levarem os designer não é bem pro- obrigatoriamente
mos na produção das gramas adequados para ficheiros para a gráfica duzida porque, na maior possuir conhecimentos
peças gráficas que a criação dos mesmos. não tenham surpresas parte dos casos, os cria- de design, direcção de
criamos. desagradáveis no pro- dores não possuem arte e produção gráfica
Outro assunto que duto final. conhecimentos sobre os para garantir a quali-
Quando criamos as tem causado muitos processos de impressão dade do produto final.
peças gráficas, fazemos problemas está relacio- final e também o técni-
algo com impacto visual nado com as cores. Por co da pré-impressão não
de forma a chamar a este motivo, temos aqui acompanhou o processo
atenção para passarmos conselhos que certa- de criação e por isso
a mensagem que pre- mente irão ajudá-lo para pode fazer com que a
tendemos. Infelizmente, que o resultado final do idéia inicial seja alterada
nem sempre podemos seu trabalho possa ser e no final tenham de
produzir as peças con- satisfatório. remediar para evitar um
forme idealizamos ou dano maior.
pretendemos. Temos também alguns
conselhos relacionados
com a criação de peças
gráficas desde o básico
cartão de visitas até às
peças com cortantes
e verniz localizado.
pré-impressão
Consiste na adequação cedimentos de pré-im- feita a revisão de textos, que são:
do ficheiro digital à pressão. imagens e cores para
impressão e na geração garantir um bom resul- — Revisão de texto;
das matrizes gráficas. É o sistema de impres- tado no produto final. — Revisão de cores;
são que determina a — Qualidade da
Em outros termos, a forma como se processa Existe um software — imagem.
pré-impressão refere-se a pré-impressão, mas adequado para cada
aos vários procedimen- é esta que determina problema: Photoshop, Qualquer um desses
tos pelos quais, quer os a qualidade final do baseado em píxeis pontos pode determinar
textos, quer as imagens trabalho. (imagens), Illustrator, o sucesso do produto
têm de passar para baseado em vectores final.
serem reproduzidos É nesta fase que devem (desenhos, logotipos)
via impressão. ser prevenidos todos os e InDesign, para juntar É também muito impor-
problemas que possam imagens, vectores e tante envolvermos no
surgir na impressão de textos num layout processo de criação de
forma a preparar ade- completo. uma peça gráfica um
quadamente os ficheiros profissional especializa-
e garantir que o resul- do, nesse caso, o produ-
tado final não traga tor gráfico.
surpresas nem para o
cliente, nem para as
pessoas envolvidas na
produção.
cores
para impressão, en- de uma variação do
Existem três modelos quanto que monitores RGB, isto é, nem todas
de cor na criação de e televisões utilizam o as cores vistas no mo-
peças e são eles CMYK, padrão RGB composto nitor podem ser conse-
RGB e pantones. por apenas três cores. guidas na impressão
dado que o espectro de
cores CMYK (gráfico)
é significativamente
menor do que o RGB.
Embora já se possa
simular no monitor a
imagem como será
impressa.
cores
exemplo, nos banners usado para a impressão
ciano magenta amarelo
da Internet. Também na Indústria Gráfica.
podemos usá-lo quando
fazemos a impressão
digital de peças de
grande formato como
outdoors e empenas.
amarelo a 15º
do magenta
e do cyan
cyan a 30º magenta a 30º
do preto do cyan
preto a 45º
do amarelo
4 cores
04 04
cores
cores
síntese aditiva de cores síntese subtractiva de cores
Ao unir todas as cores Isso aplica-se apenas Ao trabalhar no modo No CMYK temos o
no RGB, o resultado para exibição no moni- RGB invertemos a lógica papel branco e usamos
final é a cor branca. tor pois não é possível de impressão. as cores para chegar
compor o branco na ao preto. No RGB, o
impressão com tinta processo é o inverso.
(CMYK).
Também conhecidas A escala de pantones Às vezes, uma pantone Ao escolher o preto a Para conseguir um fun- Para se evitar manchas
por spot colors ou é um sistema de cor pode ser impressa em 100 % para ser impresso do preto sem manchas e de dedos em áreas de
pantones, as cores mundial que utiliza có- CMYK. Nesses casos, em offset, somente a acinzentado, use 100% cores escuras ou outras,
directas não são o re- digos para representar existe uma composição densidade desta tinta de Preto (K), adicionan- devemos aplicar no im-
04 sultado da mistura as cores. CMYK equivalente à não é suficiente para do 40% de Ciano (C). presso o verniz offset, 04
CMYK. Elas são tintas pantone, como ilustra dar o aspecto do PRETO verniz UV ou plastifi-
cores
cores
únicas que permitem A escala não gera a imagem. ideal. Assim a mancha ficará cação.
reproduzir a cor de dúvida sobre os tons mais brilhante e com
modo fiel. de azul, pois cada tona- um tom negro forte.
lidade de azul é repre-
sentada por um código
único.
PANTONE PANTONE
1797 C 1797 PC 100% preto 100% preto + 40% cyan
R 216 G 34 B 47 C M Y K
HTML D8222F 2 95 85 2
100 % ciano
Evite usar letras muito Utilize fontes médias O desenho ao lado
finas sobre fundos a ou negritadas nesses simula o problema letras finas em
cheio (escuros) com casos. Ao reduzir uma de usar letras finas ou fundos chapados (8pt)
várias cores. imagem vectorial no seu pequenas em fundos
04 computador, avalie se a chapados compostos, 04
A absorção de tinta do espessura resultante é ou seja, com mais de 100 % preto
cores
cores
papel, a sobreposição suficientemente grande 1 cor CMYK. O proble-
de tintas, a “abertura” para ser visualizada ma ocorre porque no
letras finas em
(dilatação e retracção) no produto final. processo de impressão fundos chapados (8pt)
do papel e outros fac- podem ocorrer variações
tores podem afectar a no registro das 4 cores
espessura das letras. CMYK, que, ainda que
100 % magenta / 100 % amarelo / 30% preto
mínimas, serão perce-
bidas no caso de im-
pressão com detalhes letras finas em
muito pequenos. fundos chapados (8pt)
letras finas em
fundos chapados (12pt)
texto em apenas 1 cor (k) 100 % ciano / 100 % magenta / 100 % amarelo / 100 % preto
letras finas em
texto nas 4 cores (cmyk) fundos chapados (8pt)
letras finas em
fundos chapados (12pt)
Para se evitar etapas Apague todas as pan- Ao salvar as imagens Não use o JPEG pois Pontos por polegada
evidentes nos degradês tones que não estiverem escolha sempre os a compressão JPEG (ppp; em inglês dots per
uma solução é fazer a ser usadas no ficheiro formatos TIFF quando excessiva pode com- inch, dpi) é uma medida
o degradê no Photo- e, se for o caso, con- forem bitmaps ou EPS prometer drastica- de densidade relaciona-
04 shop e aplicar um filtro verta-as para CMYK. quando forem vectori- mente a reprodução da com a composição
add noise de baixa Isso evita dúvidas sobre ais. Ao salvar as ima- da imagem. de imagens, que expres-
05
cores
intensidade. Ao gerar que cores devem ser gens em formato TIFF sa o número de pontos
o degradê noutros impressas. use compressão LZW. individuais que existem
imagens
programas, avalie se em uma polegada linear
o número de etapas é na superfície onde a
superior a 256 níveis. imagem é apresentada.
Também é comum
encontrar referências
a essa densidade pelo
termo “resolução de
imagem” ou simples-
mente “resolução”.
A resolução é indicada
pela composição da
densidade horizontal e
vertical, que pode ser
igual ou diferente.
De maneira geral, “pontos por polegada” Em baixo vemos um 300 dpi 150 dpi
quanto maior o número para imagens gravadas degradê com 10 píxeis
de pontos por polegada, em algum suporte (pa- por polegada, e outro
mais detalhada e melhor pel, transparência, etc.) com 300 píxeis por
definida é a imagem. para uma impressora. polegada. A imagem
Interpretações rigorosas “Píxeis por polegada” que cada configuração
05 fazem distinção entre para imagens apresenta- irá gerar encontra-se à 05
diferentes densidades das em monitores de direita. Uma má reso-
imagens
imagens
de imagem, da seguinte vídeo. “Amostras por lução (10 dpi) prejudica
maneira: polegada” para todas a nitidez da imagem.
as imagens.
72 dpi 30 dpi
10 píxeis p / polegada
2,5 cm
imagens
a partir de pontos mento de recta ligado as funções matemáticas
minúsculos diferencia- a ele. se adequam facilmente
dos pelas suas cores. à escala, o que não
ocorre com gráficos ras-
Uma imagem vectorial é ter que utilizam méto-
normalmente composta dos de interpolação na
por curvas, elipses, tentativa de preservar a
polígonos, texto, entre qualidade. Outra vanta-
outros elementos para- gem do desenho vectori-
métricos, isto é, utilizam al é a possibilidade de
vectores matemáticos isolar objectos e zonas,
para a sua descrição. tratando-as independen-
temente.
imagens
nhos e podem ter sua que ao serem esticadas
forma, cor ou tamanho resultam em curvas
alterados sem agredir diferentes.
a sua resolução, pois
não são formados por Já o bitmap é composto
píxeis. por píxeis.
Bitmap
papel
adoptados nos Estados formato A4, de uso perda de imagem.
Unidos e Canadá comum.
(como o letter). Assim, uma página A4
pode ser ampliada para
A3 retendo as mesmas
proporções do docu-
mento original.
A3 A2
Trabalhar dentro de um
formato DIN fica sempre
mais barato e significa
menos perda de papel.
A0 1189 x 841 mm A5 A4
A1 841 x 594 mm
A2 594 x 420 mm
A3 420 x 297 mm
A7 A6
A4 297 x 210 mm
A5 210 x 148 mm
A6 148 x 105 mm
A7 105 x 74 mm
papel
formato A4, tanto aber-
to como fechado:
Saco
Envelope
297 mm 630 mm
297 mm
210 mm
5 6 1 5 6 1
1 = 211 mm
1 = 100 mm 6 = 211 mm
6 = 100 mm 5 = 208 mm
5 = 97 mm
06 06
papel
papel
2 3 4 2 3 4
2 = 211 mm
2 = 100 mm 3 = 211 mm
3 = 100 mm 4 = 208 mm
4 = 97 mm
2 4 1 5 1
297 mm
2 4 1 5 1 3
210 mm
210 mm
100 mm
10 %
7p
papel do produto final, nhos e das gramagens, Duis autem ader eum iurire dest hender in voluptate derconset eras a 8p
Não deixa de ser a sua as imagens não podem existem uma série de
50 % Duis autem ader eum iurire dest hender in voluptate dercons 9p
segurança! ser preparadas para características dos
Duis autem ader eum iurire dest hender in voluptate d 10 p
impressão. papéis que devemos
conhecer, tais como a Duis autem ader eum iurire dest hender in volupt 11 p
Quando escolhemos resistência, a absorção, 60 %
Duis autem ader eum iurire dest hender in vo 12 p
o papel precisamos o nível do pH, a cor, Duis autem ader eum iurire dest hender in 13 p
perguntar-nos: será a opacidade, o brilho, Duis autem ader eum iurire dest hende 14 p
que ele resulta no pro- o revestimento.
cesso de impressão a 70 %
utilizar? Seja digital O papel pode ser reves- 0,1 p
ou convencional. tido ou não revestido; 0,2 p
brilhante, mate ou 0,3 p
semi-brilhante. 80 %
0,5 p
1p
0,5 mm
90 % 1 mm
2 mm
3 mm
4 mm
100 %
5 mm
Este método tem como Existem diversos mode- Uma série de cilindros A impressão offset O excesso de humidade, O ideal é esperar a
característica principal a los de máquinas offset. conduzem tanto a exige alguns cuidados. por sua vez, também secagem completa
sua forma de impressão, Podemos encontrar tinta como o papel. Por exemplo, o excesso pode atrasar a secagem do material.
que não apresenta máquinas a 1, 2, 4, 5, 6, A impressão é feita de de carregamento de da impressão (especial-
nenhum relevo. 8, 10 e 12 cores, sendo forma indirecta, e o tinta, que pode ocor- mente em climas que Papéis como couché
que algumas possuem cilindro onde a matriz rer na preparação do sejam naturalmente fosco (mate), off-set e
É um processo que um sistema de reversão foi montada é mantido ficheiro ou na operação húmidos). reciclado demoram mais
deriva de um método de folhas automático, húmido por rolos da impressora, causa tempo a secar. Em ser-
de impressão antigo que pode imprimir mate- humidificadores. decalcagem, isto é, a Retirar o material da viço de curto prazo
07 chamado Litografia, riais dos dois lados imagem impressa numa gráfica sem que ele de entrega, opte por 07
onde temos, na área simultaneamente como, A tinta é também folha mancha ou cola o esteja devidamente seco imprimir em couchê
de grafismo, uma parte por exemplo, 4 por 4 ou transferida para este verso da folha seguinte é garantia de decalque brilhante.
impressão
impressão
ávida de gordura (que mesmo 5 por 5 cores, cilindro e como ela é pelo excesso de tinta. e, consequentemente,
retém a tinta) e nas além da possibilidade de base gordurosa, ela de perda da tiragem. Uma outra solução
áreas de contragrafismo de aplicar verniz de concentra-se nas áreas para evitar o decalque
a parte que retém água máquina. lipófilas e é ao mesmo de tinta ainda húmida,
e repele a tinta (à base tempo repelida pela é a utilização de verniz
de gordura). Tanto nas impressoras água que se concentra ou laminação (plastifi-
rotativas, onde o papel nas áreas hidrófilas cação).
entra em bobina, como do cilindro.
nas impressoras planas,
que usam o papel já A tinta é então trans-
cortado, o sistema ferida para um cilindro
funciona de forma de borracha, chamado
rotativa. cauchu, que serve de
intermediário para a
impressão. Ele ajuda
a manter o papel seco
e ao mesmo tempo
melhora a sobre-vida
da matriz (chapa).
Sistema de tintagem
07 07
Cilindro cauchu
impressão
impressão
Cilindro da chapa
Cilindro impressor
impressão
(quadro) de madeira, fotosensível que foi
alumínio ou aço. exposta à luz.
É um processo de im- Aplicações típicas A impressão tampográ- É um sistema de im- Nesse caso, o cilindro Este método de
pressão por transferên- incluem brinquedos, fica pode ser realizada pressão encavográfico, entra directamente em impressão pode ser
cia indirecta de tinta, relógios, aparelhos em peças compostas de que utiliza uma matriz contacto com o suporte utilizado em variados
a partir de uma matriz eletrónicos, electro- termoplásticos, metais, de baixo-relevo. e faz a transferência tipos de suportes:
gravada em baixo-relevo domésticos, vidrarias, vidros, madeiras, couro, de tinta por pressão. celofanes, plásticos
com a imagem a ser brindes e outros. etc. A forma pode ser (polietileno, polipropile-
impressa, por um tam- cilíndrica ou em chapas A rotogravura é um no, nylon, poliéster,
pão (almofada) de Basicamente é um sis- Sendo utilizada na planas (projectadas para método de impressão etc.), alumínio, papel,
silicone. tema de impressão que indústria eléctrica, envolver os cilindros). que se destaca pela cartão e laminados.
07 permite transferir figu- electrónica, brinquedos, A matriz de impressão é agilidade e alta tiragem. 07
Oferece a maior defini- ras, palavras, desenhos, brindes em geral, em- formada por pequenos É um sistema de im-
ção e precisão em tra- fotografias, etc., desde balagens, utensílios alvéolos, que são grava- A agilidade deve-se ao pressão que envolve
impressão
impressão
ços de linhas finas, o um baixo-relevo a uma domésticos, peças téc- dos pela ponta de um facto de a rotogravura altos custos. A sua apli-
que faz com que seja superfície que pode nicas (como escalas diamante. trabalhar com bobinas, cação está voltada para
um processo muito ser bem plana ou bem métricas, termómetros, o que caracteriza a sua altas tiragens de revis-
versátil e utilizado para irregular, como, por instrumentos de medi- O equipamento faz a alta rotatividade, po- tas e embalagens em
imprimir em superfícies exemplo, uma casca ção, etc.), na indústria leitura de um ficheiro dendo fazer de 30.000 geral, principalmente
cilíndricas, curvas ou de noz. automobilística, óptica, digital RIP e transfere a a 100.000 giros por para a indústria ali-
planas, regulares ou calçado, enfeites, imagem para a matriz hora (impressoras mentícia.
irregulares. relógios e outros. de impressão, originan- modernas). A sua alta
do um bom resultado tiragem é derivada do Quando precisamos de
de impressão. sistema de gravação de ter uma impressão em
matrizes de impressão, módulo contínuo, a
As áreas em baixo-rele- que são cilindros de forma de rotogravura
vo são inundadas de baixo-relevo, os quais pode ser concebida de
tinta, cujo excedente é podem gerar mais de modo a que não exista
eliminado por uma racla 10.000.000 (dez mil- qualquer interrupção
ou raclete (que raspa hões) cópias. da gravação.
o cilindro eliminando o
excesso de tinta) colo-
cada imediatamente
antes do cilindro.
impressão
interesse no mercado
gráfico e publicitário
Faca de raspagem em geral. A sua relação
Cilindro de gravura custo-benefício é a
cada dia mais atraente
e dinâmica.
Recipiente de tinta:
tinteiro (o excesso de
tinta é retirado pela
faca de raspagem e a
força do contacto dos
cilindros transfere-a
para o substrato)
— maqueta — maqueta
— litografia — litografia
— provas — provas
— revisão — arte final
— arte final — revisão
— PDF pronto para — PDF pronto para —
— impressão — impressão
— protótipo — protótipo
— filmes — prova pelo cliente
07 — prova pelo cliente — impressão 07
— imposição — acabamentos
— chapas — distribuição
impressão
impressão
— impressão
— secagem
— acabamentos
— distribuição
08 08
acabamentos
acabamentos
Cosidos a linha e colados à lombada Serrotados e colados à lombada
Uma dobra Duas dobras Duas dobras Duas dobras Três dobras
Simples Zig-zag Rocambole Cruzadas Janela
4 páginas 6 páginas 6 páginas 8 páginas 8 páginas
Três dobras Três dobras Duas dobras Quatro dobras Quatro dobras
Rocambole Zig-zag Paralelas Rocambole Zig-zag
8 páginas 8 páginas 8 páginas 10 páginas 8 páginas
1
5
8
Boca
Caderno de 8 páginas
08 08
5
1
Duas dobras cruzadas,
1 rocambole, 12 páginas
acabamentos
acabamentos
12
8
Boca
Caderno de 12 páginas
5 12 9 8
4 13 16 1
Boca
Caderno de 16 páginas
Folha de guarda
Contraguarda
Grelha
Capa
acabamentos
Bloco (ou corpo) do livro
Gaze
Capa feita de
papel ou papelão
Bloco do livro
cortado
Aplicação de cola
acabamentos
Um designer, ao iniciar geral, quanto maior o 06
arte final
60 guia de produção gráfica arte final problema no acabamento 61
Revisão de texto
Normalmente, quando Na revisão de texto Ao criarmos uma peça nos meios de fácil A correcção de provas,
falamos em revisão existe o profissional gráfica devemos pensar leitura como cartões quando feita com sinais
de texto ficamos mais especializado, o copy- em algo que desperte de visita, flyers, t-shirts, convencionais de fácil
focados nos erros writer, que é a pessoa a atenção e que cause bonés, anúncios de im- compreensão, simplifica
ortográficos, mas na responsável pela ela- impacto visual, mas prensa e cartazes, esta- não só o trabalho do
realidade existem fac- boração e correcção do muitas vezes nos es- mos mais à vontade revisor como também o
tores que devemos ter texto, garantindo que a quecemos do principal pois são meios para do dactilógrafo ou do
em conta, tais como mensagem esteja a ser objectivo, que é passar lermos de perto. gráfista.
tipo e corpo de letra. bem passada, tendo em a mensagem pretendida
conta que toda a peça e é mais uma razão para Já com os outdoors A presente norma
gráfica tem por objec- termos atenção ao tipo a coisa torna-se mais especifica os símbolos a
tivo passar alguma e corpo de letra que complicada pois deve- utilizar para a correcção
mensagem. estamos a usar. mos simplificar ao má- de provas. É aplicável
09 ximo o texto de forma aos textos submetidos a 09
Também devemos ter a garantir que a men- correcção, qualquer que
arte final
arte final
em conta o meio de sagem seja passada seja a sua natureza ou
comunicação: porque normalmente apresentação.
levamos de 6 a 8 se-
gundos para lermos
uma mensagem, daí o
cuidado na escolha do
tipo e corpo de letra.
O sinal de correcção
que se marca no texto
deve, geralmente, repe-
tir-se na margem. A
modificação anota-se à
direita da chamada re-
petida, a menos que o
sinal empregado indique
a modificação a fazer.
Se na mesma linha
houver vários erros,
devem ser indicados
pela ordem em que se
09 apresentam no texto, 09
dividindo visualmente
arte final
arte final
a prova ao meio e mar-
cando as emendas no
lado correspondente.
arte final
66 guia de produção gráfica arte final revisão de texto 67
Bleed
Sangra / bleed
Marcas de corte
09 09
arte final
arte final
Formato final
Papel
Aparas
A simples presença de Alguns softwares são Porém, o ideal é a gera- A sua prova não serve A sua impressora tem Hoje, com as Provas
uma imagem no moni- providos do recurso ção de ficheiros x:3 PDF como perfeita referência de ter qualidade em Digitais, utilizando
tor do seu computador Collect for Bureau pois todas as imagens, de cor se não for cali- pontos por polegada, correctamente o sis-
não é uma garantia (ex.: o InDesign tem tipos, etc., já estarão brada devidamente e de para reproduzir da tema de gestão de cores
de que ela realmente o Package, etc.) que incorporados num único acordo com a tecnologia forma mais próxima ICC (International Color
exista. Avalie sempre já automatiza todo ficheiro de alta quali- de impressão final. Cada ao resultado final, e Consortium) pode-se
os links anexados ao o processo. dade. Veja 10 checklist. equipamento e cada deve ter o número de adaptar a impressão a
ficheiro e envie-os tipo de impressão (off- cores recomendadas. qualquer tecnologia
juntamente com o set, flexografia, rotogra- empregada no mercado,
ficheiro original. vura, etc.) tem a sua garantindo assim fideli-
característica de ganho dade absoluta em
de ponto e tipo de tinta. termos de aplicação
de densitometria.
09 09
arte final
arte final
70 guia de produção gráfica arte final prova 71
Arte Final
A arte final é o processo Tudo o que foi visto Por vezes, dependendo Pontos importantes —01 —04
de finalização técnica anteriormente faz parte da peça criada, deve- na revisão dos ficheiros Confirmar se todos Enviar uma ficha de
de uma peça de design do processo de arte mos der atenção ao que serão enviados os elementos usados impressão onde deverão
ou publicidade para o final. Por este motivo, meio a que se destina, para a gráfica. ( links, logotipos, etc.) constar todas as infor-
fim a que se destina (im- o arte finalista é quem verificando se há neces- estão na pasta que mações do trabalho
pressão digital, offset, deve acompanhar todo sidade de bleed. Se for acompanhará o ficheiro. como o nome, as cores
serigrafia, etc.), pois o o processo de criação para anúncio de jornal e as medidas.
seu suporte e execu- de uma peça gráfica não há necessidade, —02
ção podem influenciar para garantir que ela pois as páginas de jor- Confirmar se os tipos —05
tecnicamente o resul- seja produzida con- nal têm margem branca também foram incluídos Confirmar as margens
tado final. forme foi idealizada. à volta. Mas se for para no ficheiro e, por segu- garantido que toda a
revistas, folhetos e rança, mandar também informação está com-
Deve-se fazer a verifi- cartazes é totalmente um ficheiro com os pleta e bem visível.
cação das medidas, a diferente, pois tem de tipos convertidos em
revisão dos textos, veri- ser feito o bleed com curvas (vectores). —06
10 10
ficar se está tudo no um mínimo de 3 mm. Procurar enviar o
sítio certo. —03 ficheiro no tamanho
checklist
checklist
Evitar enviar ficheiros real (100%) para evitar
ou imagens alternativas formatos inesperados e
que não irão fazer parte caso não seja possível,
do trabalho, pois isso especificar a redução
pode causar transtor- que foi feita e o tama-
nos. nho que a peça deve
ter.
checklist
rem o PDF em páginas
duplas. Apresentem
sempre o trabalho
página por página.
10 10
checklist
checklist
76 guia de produção gráfica checklist x:3 pdf 77
x:3 PDF Briefing gráfica
papel não revestido
de papel significam:
— Entrega recto: à frente
briefing gráfica
— Edição: Número de verso: atrás
exemplares
briefing gráfica
80 guia de produção gráfica briefing gráfica 81
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Os livros da “Semana CARDOSO , Rafael. CARDOSO DENIS , Rafael. LUPTON , Ellen. BRINGHURST , Robert. PS2 ARQUITECTURA +
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Luanda. Editora Cosac Naify, Editora Cosac Naify, Gráfico. Editora Hans Lijklema, tura + design.
São Paulo, 2007. São Paulo, 2010. Editora Cosac Naify, Amsterdam, 2012.
Mediateca dos Correios São Paulo, 2009. RIVERS , Charlotte.
de Angola FORT , Adrian. GODFREY , Jason. LUPTON, Ellen. Handmade Type Work-
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da Cruz, Nº 12, em frente Editora Cosac Naify, Clássicos Sobre Design New Rainbow-Hued. 2ª Edição, Editora Cosac Creating Original Charac-
à Marginal, Luanda. São Paulo, 2007. Gráfico. Graphics. Inglês, Naify, São Paulo, 2013. ters and Digital Fonts.
Editora Cosac Naify, Editora Viction:Ary, Inglês, Editora British
Horário KROEGER , Michael. São Paulo, 2009. Hong Kong, 2012. LUPTON , Ellen. Library, Londres, 2011.
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12 8.00 h – 19.00 h Rand. LUPTON , Ellen. Identity Suite, Visual Critical Guide for Design- STAWINSKI , Gregor. 12
Sábado: Editora Cosac Naify, ABC da Bauhaus. Identity. ers, Writers, Editors & Retro Fonts. Inglês,
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8.00 h – 12.00 h São Paulo, 2010. Editora Cosac Naify, In Stationary. Inglês, Students. Editora Laurence King,
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MELO , Chico Homem de. WOLLNER , Alexandre. Jan Middendorf, 2012.
Design Gráfico Brasileiro Design Visual 50 Anos.
– anos 60, O. 2ª edição, Português / inglês,
Editora Cosac Naify, Editora Cosac Naify,
São Paulo, 2008. São Paulo, 2003.
ELAM , Kimberly. EVAMY , Michael, NIKOLAJEVA, Maria / FAZENDA, João. LETRIA , André. AGUALUSA , José E.
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2012. VAN DER LINDEN , Sophie. 2010. Lisboa, 2009.
Para Ler o Livro Ilustrado.
Editora Cosac Naify, BACELAR , Manuela. BROWNE , Anthony.
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Calendário ilustrado, A Surpresa da Handa.
2008. Editorial Caminho,
Lisboa, 2009.
CORBEL , Alain.
Calendário ilustrado, CALI, Davide / BLOCH,
2007. Serge.
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Figueira da Foz, 2010.
CARLE , Eric. COUTO , Mia / WOJCIECH- MAGALHÃES, Ana Maria / MUNARI , Bruno. PAZ, Joana / WOJCIECH- TULLET , Hervé.
A Lagartinha Muito OWSKA , Danuta. ALÇADA, Isabel. Toc, Toc, Who Is It? Open OWSKA , Danuta. Olá, Sou o Blop.
Comilona. O Beijo da Palavrinha, Rãs, Príncipes e Feiti- the Door. Inglês, Editora Portugal para Crianças, Editora Edicare,
Trad. Ana Aires & Isabelle Editorial Caminho, ceiros – 8 Histórias de 8 Corraini, Mantova, 2003. Livro para Colorir. Lisboa, 2013.
Muratti, Lisboa, 2008. Países que Falam Portu- Editora Lupa Design,
Editora Kalandraka, 2007. guês. MUNARI , Bruno. Lisboa, 2012. UNGERER , Tomi.
FRANÇOIS , André. Editorial Caminho, A Tale of Three Birds. Crictor.
CARLE , Eric. Lágrimas de Crocodilo. Lisboa, 2009. Inglês, Editora Corraini, ROCHA , Daphne W. / Trad. Gabriela Rocha
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O Senhor Cavalo-Marinho. Julia Díaz Carcavelos, 2006. Figueira da Foz, 2011. de poesia,
Trad. Gabriela Rocha Aves. RODARI, Gianni / Editora Cordova, Grupo
Alves, Editora Kalandraka, Editora Kalandraka, 2012. MARTINS , Isabel Minhós / ONDJAKI / WOJCIECH- ALEMAGNA, Beatrice. Leya.
2011. MATOSO, Madalena. OWSKA , Danuta. Un et Sept.
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Trad. Isabelle Muratti & O Cão e o Gato. Editora Cordova,
Miguel Mouro, Editora APCC. Grupo Leya.
Editora Kalakandra, 2010.
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zões: eles não são para estão disponíveis nos
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juntos de caracteres Script ou OpenType ou HARRIS , Paul. Da cor à cor inexistente.
limitados e não incluem TrueType Mac, ferramen- Layout. s.m. arranjo de Senac Editoras 2009.
muitos dos caracteres tas importantes ou essen- partes etc. de acordo com
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informação da cor-infor-
ficha técnica
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Publibrinde Thó Simões, Paris / França www.linksbuendig.de www.cyan.de
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Ilustrações
Ludmila Böse
Revisão de textos
Ludmila Böse
13 13
Maria-Helena Figueiredo
ficha técnica
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Imagens
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