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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
DESIGN GRÁFICO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
DESIGN GRÁFICO

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO II

2 ÁREAS DO DESIGN GRÁFICO

Quando entramos no curso de design e começamos a estudar as disciplinas,


notamos as opções que temos ao nosso redor. São tantas as disciplinas, das mais
diversas áreas de atuação, que chegamos a nos questionar no meio do curso sobre
que caminhos mais se parecem conosco para seguirmos nosso estilo profissional.
Trabalhar com arte é isso, é se especializar e entender as mais diversas
áreas para nos auxiliar no desenvolvimento de um bom projeto.
Dessa forma, o profissional da área possui vários caminhos a serem
seguidos, mas escolhe um ou dois para trabalhar como profissional na área. Então,
vamos selecionar alguns campos de atuação para um design gráfico já formado e
explicar cada um deles:

Design Editorial: Com a necessidade de comprar um objeto pelo apelo visual, as


editoras estão investindo cada vez mais no trabalho de designer para poder vender
seus livros tanto pela capa, quanto pelo miolo. Antigamente, os livros tinham o
trabalho de um designer apenas na capa, com um papel diferenciado, um detalhe
colorido, uma tipografia diferente, mas o miolo era deixado cada vez mais de lado,
sendo oferecido para o público um trabalho feito pela metade e que não rendia um
bom retorno do público. Agora, preocupados com o que os leitores estão levando
para casa e com o mundo do livro digital crescendo cada vez mais, as editoras estão
investindo pesado em mão de obra, a fim de proporcionar uma leitura diferenciada
para o seu público, fazendo uso de capas com bom acabamento, uma organização
textual diferenciada, um papel melhor, e imagens muito mais trabalhadas. Afinal de
contas, cada publicação possui um formato diferenciado para um público
diferenciado, pois existe livro que apenas irá servir de enfeite para uma mesa na
sala, outro que vai ser usado por uma criança que irá colocá-lo no chão, livros de

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bolso, livros de viagem etc. Cada um com o seu diferencial. Este é o papel do design
editorial, entender o tipo de livro, saber identificar o seu público-alvo e proporcionar
experiências para o leitor por meio de uma leitura confortável e com uma estética
infalível.

Design Promocional: Geralmente o trabalho de um designer promocional está


voltado a desenvolver um produto que esteja vinculado a uma empresa e
geralmente este produto sirva para acomodar outros produtos, envolver outros
produtos, ou seja, ele geralmente precisa exercer uma função diferenciada, fazer a
propaganda de uma determinada empresa e precisa ter a cara da empresa em
questão. Precisa falar dos mesmos princípios que a empresa fala. Dessa forma, o
designer precisa saber exatamente quem é o seu cliente, e para quem ele irá
desenvolver este novo produto, que pode ser desde um cartaz a um brinde de fim de
ano.

Web Design: Trabalha com toda a parte da criação, desenvolvimento de imagens e


edição de imagens, organização textual, mas tudo voltado para o mundo virtual,
tendo os sites como pano de fundo. O designer de web desenvolve toda a parte
estrutural do site, desde fontes a layouts. Pode ser um site de uma empresa ou de
uma banda, o importante é passar a mensagem que o cliente quer passar, e como o
site irá funcionar de forma diferenciada. A leitura deve ser facilitada, cliques e botões
com fácil manuseio e fáceis de encontrar e tarefas interativas para chamar a atenção
das pessoas que visitam o endereço na web.

Identidade Corporativa e Identidade Visual: Trabalhar com criação de identidade


visual para uma empresa é tarefa que a grande maioria dos designers gráficos
fazem. Pensar na empresa, no nome, sua forma de trabalho e sua maneira de
pensar e unir tudo isso a um símbolo e um trabalho de bom gosto é tarefa para
poucos. O designer que desenvolve identidades tem que conhecer muito bem o seu
cliente, e a forma como ele pensa.

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2.1 LOGOMARCAS

FIGURA 18: LOGOTIPO DA COCA COLA

FONTE: Disponível em:


<http://associationfootball.wikia.com/wiki/File:800px-Coca-
Cola_logo.svg.png>. Acesso em: 24 abr. 2013.

A palavra “logomarca” lembra outra conhecida como “logotipo” e daí vêm a


confusão. Como o design é uma profissão nova, e as suas terminologias também,
algumas palavras ficam sem significados, ou as pessoas usam erroneamente. Por
isso, vamos esclarecer uma e outra e falar um pouco sobre o assunto.
Logotipo é a maneira como a fonte do nome fantasia de uma empresa é
desenhada e é adotada por seus produtos ou serviços. Um exemplo são as letras do
logotipo da Coca Cola. Fontes totalmente desenhadas e quando olhamos nem que
seja apenas para uma letra, logo lembramos a marca Coca Cola. Já logomarca é o
conjunto que compreende o logotipo (desenho da fonte) com o símbolo ou desenho
desenvolvido para representar a marca de uma empresa. A Coca Cola foi uma
empresa que durante muitos anos fez do seu logotipo a sua logomarca, mudando
muito pouco a sua logomarca ao longo dos anos.

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FIGURA 19: MUDANÇA DA LOGOMARCA DA COCA COLA AO LONGO DAS DÉCADAS

FONTE: Disponível em: <http://www.canny-creative.com/2013/03/coca-cola-vs-pepsi-logo-design-


case-study/>. Acesso em: 24 abr. 2013.

Mudança de logomarca é algo que muitas empresas de renome fazem para


atualizar a empresa com relação às mudanças sociais e comportamentais de uma
década. Foi o que aconteceu com a Coca Cola, como vemos acima, e com a Pepsi
também, que é uma concorrente direta da Coca. Mas mudar uma logomarca é um
trabalho sério e pode algumas vezes causar muitos problemas para a marca se o
trabalho não for bem feito. Quando uma marca começa a se reposicionar no
mercado, não necessariamente ela precise mudar sua logomarca, pois a logomarca
já está na mente das pessoas, ela já tem sua história de vida na vida das pessoas.

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Um exemplo disso é o Mc Donald’s que acrescentou no seu cardápio frutas
frescas e saladas, mas nem por isso mudou sua logomarca que já é forte no
mercado e conhecida no mundo todo.

2.2 PRODUÇÃO GRÁFICA

FIGURA 20: IMAGEM DA PRIMEIRA PRENSA IDEALIZADA


POR JOHANNES GUTENBERG EM 1440

FONTE: Arquivo pessoal (Alessandra Volpatto).

Produção gráfica está ligada às fases que um determinado projeto gráfico


passa até a sua finalização. Grosso modo, seria o passo a passo do projeto. É
importante que o designer, tenha uma noção de processo de produção, para que ele
na hora da criação possa saber dizer se o seu projeto pode ser realizado ou não.
Também existe o produtor gráfico que pode auxiliar o designer a respeito do projeto,
levantando questões em relação ao tipo de material, qual o melhor processo de
impressão, qual a melhor gráfica para realizar a impressão etc.
Para entrarmos nos assuntos dos processos gráficos, vamos falar um pouco
dos tipos de impressão, para termos uma noção de como são e como se realiza

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cada uma delas. Mas antes de entendermos os processos vamos entender como
era e como funcionava a primeira prensa.
A prensa foi inventada por um alemão chamado Johannes Gutenberg em
1440. Na verdade, Johannes teria inventado uma prensa para amassar uvas e fazer
vinhos e depois teve a ideia de desenvolver blocos de madeiras com caracteres do
alfabeto gravados em madeira ou chumbo.
Em 1850, surgia a evolução da prensa, muito maior e de metal, chamada de
imprensa rotativa que realizava a impressão por meio do atrito entre dois cilindros,
facilitando a produção da impressão em larga escala. Até que, em 1944, surgem as
primeiras máquinas que fazem a impressão sem o uso de caracteres, onde cada
caractere era gravado em um cilindro vazado onde uma luz era usada para refletir a
sombra vazada da letra, sendo refletida assim por um objeto e projetada em um
papel fotossensível, surgindo o sistema de fotocomposição.
Entenderemos agora os sistemas de impressão. Primeiro, iremos explicar
como funciona o sistema tipográfico. Ele é bem semelhante ao sistema de prensa
desenvolvido por Gutenberg, pois são necessárias várias peças com letras,
símbolos e desenhos presos a uma matriz. A tinta banha essa matriz através de dois
rolos e quando a matriz desce ela carimba o papel. A rotogravura lembra muito o
sistema de imprensa rotativa onde existem dois cilindros, em que um recebe a tinta
e o outro o papel, os cilindros giram e a tinta é carimbada no papel. É um sistema
que permite o uso de tintas com mais fluidez, facilitando a impressão em plásticos,
ideal para o desenvolvimento de embalagens.

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FIGURA 21: SISTEMA DE FOTOCOMPOSIÇÃO

FONTE: Disponível em:


<http://www.print1001.com.br/dicionario.html>.
Acesso em: 24 abr. 2013.

A flexografia, também faz uso de cilindros. São utilizados três cilindros. O


cilindro central possui uma matriz em alto relevo feito de plástico e colado com fita
dupla face no mesmo, a partir do momento que ele gira, faz girar outro cilindro
localizado no lado esquerdo do cilindro central, que gira e pega um pouco de tinta
que está no tinteiro, a tinta vai ao encontro da matriz de borracha que vai de
encontro ao papel que está envolto no cilindro que está localizado no lado direito do
cilindro central, realizando a impressão.

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FIGURA 22: SISTEMA DE FLEXOGRAFIA

FONTE: Disponível em:


<http://www.embalagenspaulista.ind.br/?pg=qualidade&int=
flexografia>. Acesso em: 24 abr. 2013.

O processo da serigrafia se faz com tela, revestida por um tecido que é


esticado e preso nas laterais desta tela. Em seguida, é passada uma emulsão
colorida em ambos os lados da tela. Depois de seca, esta tela é levada para uma
sala, mais precisamente colocada em uma mesa de luz junto com um negativo da
imagem.
Nesta mesa, a luz irá queimar a emulsão deixando-a impermeável nas
partes ao redor da tela onde o negativo está presente. Dessa maneira, quando
retiramos o negativo, a área onde ele estava fica em branco porque não foi
queimada pela luz. Formando assim a imagem que usaremos depois para realizar a
impressão. O papel onde será impressa a imagem fica posicionado e preso embaixo
da tela, a tinta é colocada na parte superior da mesma, um rodo é passado de cima
para baixo da tela para que a tinta se espalhe e faça a impressão.
No sistema de offset a imagem a ser impressa é gravada por emulsão,
lembrando o sistema da tela de serigrafia. A chapa que receberá a impressão
recebe tinta ao mesmo tempo recebe água em um processo bem equilibrado onde
apenas a área onde será impressa a imagem recebe tinta. E por fim o sistema de
impressão digital que conhecemos hoje que é feito a partir de dados digitais do
computador, direto para a impressora, sendo realizada de forma rápida e prática, e
feita em vários tamanhos.

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FIGURA 23: SISTEMA DE SERIGRAFIA

FONTE: Disponível em:


<http://www.masterprodutos.com.br/loja/product_i
nfo.php?products_id=141&osCsid=25f5a2dc3ad0
00c67507...>. Acesso em: 24 abr. 2013.

Agora que conhecemos as formas de impressão, iremos conhecer o passo a


passo de uma produção gráfica.

Criação: é o primeiro passo a ser tomado quando se realiza um projeto. A equipe


criativa desenvolve o projeto, o mesmo é apresentado ao cliente, com o
acompanhamento do produtor gráfico que irá passar todas as informações para o
cliente (como o processo será realizado, tipos de impressão mais adequados e
materiais apropriados).

Finalização: depois que o projeto foi aprovado pelo cliente o produtor gráfico faz os
ajuste finais no projeto tentando adequá-lo ao tipo de impressão que ele irá passar,
como, ajuste de cor, detalhes de dobras, dimensões etc. Tudo para que o projeto
quando concluído seja semelhante ao que foi criado e mostrado para o cliente.

Execução/Impressão: é neste passo que começa a digitalização da imagem,


edição das mesmas, imagens de alta resolução para pré-aprovação do cliente.

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Acabamento: quando este processo necessita de um trabalho muito complexo
geralmente ele é realizado por terceiros que trabalharam em cima de dobras
perfeitas, revestimentos, cortes especiais, encadernação, para que tudo fique de
acordo com o que foi apresentado para o cliente no início.

2.3 DESENHO TÉCNICO DIGITAL

É por meio do desenho técnico digital que muitas empresas conseguem


criar, desenvolver e construir peças, apresentações de imagens, desenvolvimento
de sites e apresentações multimídias que facilitem o dia a dia de suas empresas e o
crescimento das mesmas com inovação e tecnologia.
Com o conhecimento de softwares como Auto Cad e Soliworks, é possível
desenvolver imagens digitais a fim de serem utilizadas em sites. Desenhos digitais
como, detalhes de botões para cliques e acessos a outros diretórios do site, detalhes
como organização de blocos de texto, de linhas, e formas que oferecerão um ar
estético ao site.
O desenho técnico digital também auxilia no desenvolvimento de maquetes
arquitetônicas digitais detalhando cores, formas, estruturas e texturas de maneira
clara e eficiente, com medidas, distâncias necessárias para o entendimento do
cliente.
O desenho técnico digital, também auxilia o designer gráfico na hora de
encaminhar um projeto para uma gráfica, pois cada projeto gráfico precisa conter em
sua estrutura física as tonalidades usadas no projeto para que possam ser
impressas com boa qualidade e com os tamanhos necessários e detalhes de cortes
para que a gráfica possa realizar um trabalho perfeito e o projeto final fique de
acordo com o que foi criado inicialmente e pré-aprovado pelo cliente.

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2.4 DESIGN DE SINALIZAÇÃO

O design de sinalização é uma vertente do design ambiental e é utilizado


para assinalar, marcar e sinalizar um lugar, ou um ponto. A finalidade se dá a partir
de uma informação instantânea de forma visual e a reação a essas imagens.
Geralmente essas sinalizações estão localizadas em diversos pontos das
cidades de forma harmoniosa com o ambiente a fim de evitar acidentes, auxiliar no
controle do fluxo de pessoas e diminuição de tempo na procura de um determinado
lugar.
Geralmente quando se pensa em sinalização, nos vem logo à cabeça as
placas de trânsito, mas não só elas nos servem de orientação, mas também os
mapas, as descrições, os endereços, flechas, setas, e todos devem seguir um
padrão como o uso de letras em caixa alta, ser de uso igual para todos, simples e
intuitivo com tamanho e espaço para acesso e uso, estética e cor.
Alguns princípios básicos da Gestalt1 também são utilizados no
desenvolvimento de design de sinalização como composição de formas e figuras em
equilíbrio, o contraste entre o fundo e a figura, a clareza, a harmonia e a organização
visual.
Para entendermos o design de sinalização, não poderíamos deixar de lado a
semiótica que nos auxilia na concepção das formas a serem utilizadas, como o
símbolo que surge quando em um consenso geral aquele signo ou determinado
desenho serve para representar algo como o símbolo do câncer de mama por
exemplo. Diferente do símbolo, o ícone deve ter a forma do que ele representa. Um
exemplo muito claro são os símbolos colocados nas portas de banheiros para
diferenciar o banheiro feminino do masculino.

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A psicologia da Gestalt é um movimento que atua na área da teoria da forma. O design utiliza as leis
da Gestalt o tempo todo, muitas vezes até de forma inconsciente. Ele ajuda as pessoas a assimilarem
informações e entenderem as mensagens que são passadas. A Gestalt foi desenvolvida por Max
Wertheimer.

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FIGURA 24: DESIGN DE SINALIZAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.revistacliche.com.br/2013/05/design-da-informacao-em-


sinalizacao-e-wayfinding/>. Acesso em: 22 abr. 2013.

Com seus padrões, formas tipográficas, cores, símbolos e ícones, o design


de sinalização está presente em nosso dia a dia a fim de facilitar nossa relação com
o ambiente em que vivemos.

2.5 LAYOUT

O estudo do layout é uma das tarefas mais importantes para se formar um


design gráfico. É quase que impossível falar de design e não se falar em layout e
estruturação e organização de espaços. Podemos definir layout como sendo um
conjunto de elementos diferentes que são organizados para transmitir uma
mensagem intencionada.

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Conseguimos interpretar o layout fazendo uma leitura de registro visual,
gráfico e escrito. E para nos aprofundarmos precisamos entender e conhecer os
princípios de um layout que são:

Unidade: é onde os elementos reunidos precisam conversar entre si,


estando em equilíbrio com o elemento principal e fazendo com que todos os outros
objetos conversem entre si. Esta unidade pode ser criada por meio de: repetição,
variância, similaridade, continuidade e proximidade.
Na repetição estaremos treinando o olho humano no reconhecimento de
objetos semelhantes a fim de treinar a visão. Na variância usa-se o método da
repetição dando ênfase a apenas um elemento do layout. A similaridade é o recurso
mais seguro porque mantém a harmonia simétrica dos elementos agrupando
elementos semelhantes. Na continuidade, a ordenação de elementos auxilia na
interpretação da página. Na proximidade, seria a organização dos elementos para
facilitar a leitura.

Ênfase: é o reforço do tema da mensagem, dando mais foco e levando a


sua importância.

Harmonia: é a forma equilibrada da distribuição dos elementos do layout,


tentando a busca por um peso estético.

Movimento e ritmo: é a maneira como a informação é organizada a fim de


influenciar o direcionamento da leitura, controlar a percepção e focar o olho humano
para aquilo que precisamos chamar atenção.

Leitura fotográfica: uso de elementos visuais a fim de criar elementos


estéticos dentro do layout.

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2.6 DESIGN DE EMBALAGENS

A embalagem serve para proteger o produto, zelar por sua conservação,


informar sobre o seu conteúdo além de servir como um veículo de comunicação
eficaz, pois só ela consegue comunicar e reforçar o posicionamento da marca no
mercado.
Ela atrai o olhar do leitor, desperta o olfato, o paladar por meio das cores,
formas e tipografias.
O designer gráfico por meio da embalagem consegue reunir beleza,
praticidade e viabilidade comercial em um só produto. Segundo pesquisas, 85% do
poder de compra de um produto estão voltados a uma embalagem atrativa e bem
feita.
É importante que o designer gráfico no momento da criação ative o lado
visual da embalagem. O visual tem um poder de perceber cores e formas, além de
gravar tudo aquilo no inconsciente do consumidor.
O produto tem que ser comunicativo, inspirar confiança, atração visual. O
uso de imagens ilustrativas também contribui para o fortalecimento e a atração
visual da embalagem.
A forma é de extrema importância para o produto, um exemplo disso é a
forma da garrafa da Coca-Cola, em que a sua silhueta marca e chama a atenção do
consumidor, que consegue identificar rapidamente a marca e o seu conteúdo.
A família tipográfica também representa uma grande importância em todo e
qualquer trabalho gráfico, e com a embalagem não poderia ser diferente. Fazendo
com que esta família consiga fazer um belo conjunto e fique harmonizada com a
imagem e todas as outras famílias tipográficas dispostas ao longo da embalagem.

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2.7 ERGONOMIA

Levando em consideração o que foi lido em design de sinalização, que para


facilitar a leitura, as fontes e símbolos precisam estar representados de forma clara e
harmônica, facilitando o entendimento de toda a ergonomia para design gráfico se
baseia basicamente nisso. Facilitar a leitura de revistas, jornais, páginas da internet,
cartazes para que a informação que quer ser passada possa atingir o leitor de forma
clara e efetiva. E que as caixas de texto e a localização das imagens possam estar
em harmonia e equilíbrio fazendo com que a leitura não fique enfadonha ou difícil de
decifrar.

2.8 FOTOGRAFIA

Sendo um caminho de fácil acesso hoje em dia à fotografia tomou força no


século XX, através da evolução das câmeras fotográficas, softwares e aplicativos
que facilitam a vida de quem gosta ou tem por profissão fazer registros fotográficos.
A fotografia é fruto da ação humana, que através dela cria sujeitos e
realidades por meio da captura de imagens.
Bem como a fotografia, o design gráfico também tomou forma no século XX
incorporando em seu layout o uso de registros fotográficos através da criação de
cartazes e panfletos que buscando inovar em sua forma e estilo aumentando o seu
potencial de persuasão e seu valor midiático.
A publicidade por sua vez que anda alcançando novos horizontes ‘’força’’ o
designer gráfico a inovar em seus projetos, prezando pelo uso de fotografia a fim de
motivar o ainda mais o consumo fazendo que a fotografia assuma um papel
essencial na sociedade contemporânea.
A humanidade se abasteceu de imagens, cada uma portando um significado
novo e diferente aumentando a capacidade cognitiva e imaginativa em cada

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indivíduo, capacidades estas que não eram despertadas facilmente por meio da
xilogravura e pela litografia de antigamente.
Essa relação entre design e fotografia se fortalece no século XX quando
uma enorme quantidade de designers europeus vai trabalhar nos Estados Unidos e
levam consigo as bases da Bauhaus, da escola suíça e do construtivismo russo.
Na escola europeia, havia um jeito de fazer design gráfico, por meio de um
layout mais estruturado, mais diagramado e que orientava e facilitava o processo de
leitura, fazendo da fotografia um aliado para maior compreensão do que se estava
falando.
Um grande exemplo disso é o trabalho de Hebert Matter, que na década de
30 ganha projeção internacional com seus cartazes para o ministério do turismo
suíço. Em 1936, passou a morar nos Estados Unidos e produzir inúmeros trabalhos
com o uso da fotografia e da tipografia.

FIURA 25: TRABALHO DE HEBERT MATTER

FONTE: Disponível em:


<http://hogd.pbworks.com/w/page/18698613/H
erbert%20Matter%20Swiss%20tourism%20pos
ter%201934>. Acesso em: 22 abr. 2013.

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A fotografia está relacionada a um discurso individual e a fotografia
publicitária está ligada à linguagem cinematográfica. São notórios os detalhes que
são levados em consideração na fotografia publicitária, como iluminação, o plano, o
close, o emprego de objetos específicos, até mesmo um destaque para o produto do
qual a propaganda está se referindo.

FIGURA 26: PROPAGANDA DA COCA-COLA

FONTE: Disponível em:


<http://pinterest.com/pin/89298005081277121/>.
Acesso em: 22 abr. 2013.

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A mensagem verbal precisa casar com a imagem, a presença do texto é
essencial para dar mais destaque ao que a imagem já “fala”. E a imagem tem que
ser muito bem estudada para passar uma quantidade imensa de significados para
quem está lendo.
Por exemplo, o cartaz da Coca-Cola, ele passa tranquilidade ao leitor, que
comprando o produto a vida do consumidor só vai melhorar, sem contar que a
imagem focada no nome da marca em contraste com uma garrafa gelada e um copo
com pedras de gelo, remetendo que o produto vai matar a sede do consumidor da
melhor forma, e que ele irá se sentir satisfeito com isso.
Tudo isso são signos que estão nas entrelinhas desse cartaz por meio da
imagem e da frase em destaque, provando que a fotografia e o design são de
extrema importância para a construção da propaganda da cultura visual do século
XX.

2.9 DESIGN DE WEB

Quando se fala de modernidade e atualidade dentro de uma empresa, logo


pensamos em equipamentos tecnológicos e avançados, logo pensamos em internet,
em mídia e como a nossa empresa, ou o nosso negócio pode se destacar nesse
universo tecnológico e logo pensamos no web designer.
O web designer desenvolve toda a parte estética e funcional de um site,
desenvolvendo um layout diferenciado e que passe a informação necessária que a
empresa quer passar, além do layout falar a mesma linguagem que a empresa fala.
O web designer precisa ter uma formação e estudar, tipografia, design,
metodologia de projeto, composição, criação, história da arte, desenho, ilustração,
fotografia, cor, psicologia, marketing, ergonomia, tudo isso para entender o que o cliente
quer, o que deve ser criado e desenvolvido na web, para que a informação chegue até
o consumidor de maneira clara e direta. Assumindo a responsabilidade de atualização
da página ou alguma eventualidade como problemas no site e não funcionamento do
mesmo.

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Um designer de web precisa entender de vários programas de diagramação
para web como XHTML (Extensible Hypertext Markup Language) CSS (Cascade Style
Sheet), pois a sua carreira depende dessas ferramentas para desenvolvimento de algo
novo. Para se construir um bom site é preciso ter noções estéticas, ergonômicas,
mercadológicas, tudo isso agregado a uma fácil acessibilidade.

FIM DO MÓDULO II

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