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11.

Odú Owarin
Dizem os antigos sacerdotes que esse Odú é conhecido como Ojú Etá - o
terceiro olho - aquele que rege Onã ou Dono do caminho.
Um Babalawô, muito considerado na região de Lagos, antiga capital da Nigéria,
disse que esse Odú dá caminho para Afefe, o vento.
Fala nesse Odú Exú e Oyá.
Ele contou que um vendedor de obí chamado Ikin, passando por uma grande
dificuldade, resolveu consultar o Oráculo e o Odú que respondeu foi Owarin e o
Babalawô mandou que fizesse um Ebó contendo 11 moedas de ouro, 11
moedas de prata, 11 moedas de cobre, 11 búzios brancos, 11 conchas do mar,
11 okutá inã, 11 igbin escuro, 11 fechos de palha da costa trançadas e nas
pontas de cada trança um saoro, 11 obis e 11 igbá. Mandou que arrumasse
tudo dentro de uma peneira coberta com palha da costa e que levasse a onze
caminhos e que em cada caminho que chegasse ele deixaria um apetrecho de
cada item.

No primeiro caminho ele deveria louvar Exú Marabô o dono da multiplicação


também conhecido como Baba Bara Exú.
No segundo caminho ele deveria louvar Exú Lonan, porque ele é o dono dos
caminhos, somente ele permitirá que os caminhos se abram.
No terceiro caminho ele deveria entregar a oferenda ao Exú Tiriri, pois este
Exú é rápido, sensato e procura cumprir com dignidade tudo aquilo que à ele
se pede.
No quarto caminho deveria louvar Bara Lojiki porque ele conhece como
ninguém a transformação.
No quinto caminho deveria louvar Exú Lalu porque é o senhor das coisas
douradas, representante da realeza, supremacia e das coisas caras, ou seja,
ele é o apreciador do belo, pois representa a própria riqueza.
No sexto caminho deveria entregar à Exú Bará, pois é ele quem guarda e
alimenta o corpo mantendo a coordenação motora. É o padroeiro da
sexualidade tendo o sêmem como sua maior representação.
No sétimo caminho deveria entregar a oferenda à Exú Olodê que é aquele
que cobra e também é o comunicador, quem leva todas as oferendas para o
Orun e entrega ao Orixá o que foi ofertado, pois sem ele o homem não
conseguiria se comunicar com os Orixás.
No oitavo caminho deveria louvar Exú Elerú senhor dos carregos, é ele quem
recebe as oferendas é entregue á Ikú, esse Exú é conhecido como Aukurijebo,
senhor do carrego ou, carrego dos Orixás.
No nono caminho deveria entregar a Exú Odara, senhor da alegria,
exuberância, poder, sedução e magia. É ele quem transporta a negatividade,
transformando os ambientes limpos.
No décimo caminho deveria ofertar a Exú Jelu que é o representante do
branco. É ele que mantém a ligação entre o corpo e a atmosfera, ou seja, nos
guarda e nos protege. É o primeiro a partir após o nosso falecimento, sendo
ele, quem devolve o corpo físico ao Ayé e o Emi a sua própria atmosfera.
No décimo primeiro caminho deveria ofertar a Exú Adaque, muito conhecido
como Olobe representante da lâmina afiada, a faca de dois gumes, aquele que
guarda os metais, pai de Ejiokô guardião de todas as armas que levam a morte
pois ele é quem mais nos livra das brigas, envolvimento com a faca ou arma de
fogo.
Somente após a entrega das onze oferendas aos onze Exús, o ebó estaria
concluído.

Perfil:
São pessoas volúveis, de difícil convivência. Tem forte tendência aos vícios em
geral. Com fé e razão, saberão vencer os obstáculos, caso contrário, terão
dificuldades em resolver até problemas pessoais.

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