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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607C43.
fls. 253

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607C43.
fls. 254

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607C43.
fls. 255

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607F13.
fls. 256

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607F13.
fls. 257

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607F13.
fls. 258

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607F13.
fls. 259

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607F18.
fls. 260

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607F18.
fls. 261

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 607F21.
fls. 262

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA YAEKO IMAMURA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
DIPO 4 - SEÇÃO 4.2.2
Avenida Doutor Abraao Ribeiro, 313, Avenida D, Sala 484 - 2º Andar -
Piso 2, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone: (11) 2127-9612, São Paulo-
SP - E-mail: dipo4@tjsp.jus.br

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 608015.
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

REMESSA

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Inquérito Policial - Roubo
Autor: Justiça Pública
Averiguado: GILSON DA CONCEIÇAO BELA e outros

Remessa da Central Facilitadora do Ministério Público à


Promotoria de Justiça Criminal, nos termos do Convênio nº
106/2016 – Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e
Ministério Público do Estado de São Paulo.

São Paulo, 17 de agosto de 2017.


Eu, ___, Luciana Yaeko Imamura, Terceiros.

502910 - Central Facilitadora - Ministério Público - Remessa à Promotoria de


Justiça Criminal
fls. 263

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
DIPO 4 - SEÇÃO 4.2.2
Avenida Doutor Abraao Ribeiro, 313, Avenida D, Sala 484 - 2º Andar -
Piso 2, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone: (11) 2127-9612, São Paulo-
SP - E-mail: dipo4@tjsp.jus.br

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 608016.
CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe – Assunto: Inquérito Policial - Roubo
Autor: Justiça Pública
Averiguado: GILSON DA CONCEIÇAO BELA e outros

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 17/08/2017 às 19:25 .
[]

[]
Justiça Pública
Justiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 17/08/2017 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Central Facilitadora - Ministério Público - Remessa à
Promotoria Criminal

São Paulo, (SP), 17 de agosto de 2017


fls. 264

ESTADO DE SÃO PAULO


PODER JUDICIÁRIO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 18/08/2017 às 12:04 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609832.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Foro: Foro Central Criminal Barra Funda

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 18/08/2017 11:46


Prazo: 0 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Central Facilitadora - Ministério Público - Remessa à Promotoria
Criminal

São Paulo, 18 de Agosto de 2017


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 265

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª
VARA CRIMINAL DA CAPITAL

Autos nº 0070680-64.2017.8.26.0050

Consta dos inclusos autos do inquérito policial que, no dia 08


de julho de 2017, por volta das 23 horas, na Rua União da Vitória, nº 226, Jaguaré,
nesta Capital, NICHOLAS REIS MEDEIROS, qualificado às fls. 50/51, com fotografia
à fl. 117, e WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado indiretamente às fls. 184/185,
com fotografia à fl. 76, agindo em concurso de agentes com mais um indivíduo não
identificado, previamente ajustados e com identidade de desígnios entre si,
subtraíram, para si, mediante violência e grave ameaça exercida com emprego de
arma de fogo, a motocicleta Kawasaki/ER 6N, placas FAE-0600/São Paulo-SP,
ano/modelo 2010, cor preta, chassi 96PERCC19AFS01182; o aparelho celular da
marca Motorola, modelo Moto G Plus; a carteira contendo os documentos CNH,
cartão SUS e plano de saúde Bradesco, e cartões bancários Bradesco e Itaú; uma
corrente de metal amarelado; um relógio de pulso da marca Aqualand, além da
quantia de R$ 80,00 (oitenta reais), tudo em detrimento da vítima Caio Vinícius
Bonifácio Bezerra, sendo que a de subtração deu-se mediante grave ameaça de
morte consistente no ato de apontar arma de fogo contra Caio Vinícius Bonifácio
Bezerra (126/127), bem como através de violência contra ele dirigida consistente no
desferimento de disparo de projétil de arma de fogo, tiro efetuado com intenção de
matar, o qual lhe causou o ferimento descrito no laudo de exame de corpo de delito
(de fls. 204/205 e de exame complementar direto a ser oportunamente juntado aos
autos). Tais agressões não levaram a vítima a óbito por circunstância alheia às
vontades dos latrocidas, qual seja, pronto e eficaz socorro médico.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 266

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
Segundo se apurou, no dia, hora e local supracitados, a vítima
Caio havia estacionado a motocicleta Kawasaki/ER 6N, placas FAE-0600/São Paulo-
SP, cor preta, em frente a sua residência, aguardando que sua irmã e testemunha
Helena Cristina Bezerra acionasse o portão automático para que pudesse ingressar
na garagem.

Ocorreu que enquanto aguardava a abertura do portão, o


veículo Honda Fit, cor prata, placas ignoradas, aproximou-se da vítima, momento em
que dois indivíduos, os quais os denunciados Wesley e Nicholas, desembarcaram do
referido veículo, que era conduzido por indivíduo não desconhecido, e anunciaram o
assalto mediante grave ameaça exercida com o emprego de armas de fogo, exigindo
que a vítima entregasse todos os seus bens pessoais, bem como a motocicleta.

A vítima, já rendida, de imediato desceu da motocicleta e


entregou seu aparelho celular Moto G Plus ao denunciado Wesley, enquanto o
denunciado Nicholas subtraía a motocicleta, tomando sua condução. Ato contínuo,
Wesley passou a indagar a vítima de quem era a residência, com a clara intenção de
invadi-la e possivelmente subtrair os bens que lá possuíam, razão pela qual a
vítima, temendo pela segurança de sua família, alegou que seria de sua namorada.
Ao perceber que o portão ainda não havia sido aberto e por temer que os
denunciados e seu comparsa invadissem a residência, tentou evadir-se, o que fez
com que o latrocida Wesley desferisse um disparo de arma de fogo na direção de
Caio, com o intuito de mata-lo, que assim caiu ao solo e permaneceu imóvel em face
do projétil ter atingido sua perna direita. Em seguida, o denunciado Wesley não
satisfeito com os bens já subtraídos, aproximou-se da vítima que estava ferida ao
solo, exigindo que esta entregasse sua carteira contendo os documentos CNH, cartão
SUS e plano de saúde Bradesco, e cartões bancários Bradesco e Itaú, além da
quantia de R$ 80,00 (oitenta reais), uma corrente de metal amarelado, e um relógio
de pulso da marca Aqualand, sob ameaça de morte com a arma de fogo.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 267

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
Temendo por sua vida, a vítima novamente entregou os bens
exigidos pelo denunciado Wesley, momento em que os latrocidas se evadiram do
local, sendo que o denunciado Nicholas conduziu a motocicleta e o denunciado
Wesley evadiu-se no veículo Honda Fiat, juntamente com o indivíduo não
identificado, para local ignorado.

Dessa forma, no momento em que acionou a campainha para


que sua irmã abrisse o portão da garagem, a testemunha e irmã da vítima, Helena,
acompanhava a ação dos denunciados à distância, visto que havia estranhado a
ação dos indivíduos ocupantes do veículo Honda Fit que haviam se aproximado da
vítima. Como ainda não havia identificado de que se tratava de um roubo, a
testemunha aguardou seu irmão aparecer no portão da residência, momento em que
os denunciados a visualizaram e passaram a proferir diversas ameaças à sua
pessoa. Assustada e sem entender o motivo da agressão, a testemunha retornou ao
interior da residência, comunicando os fatos à outra irmã da vítima.

Ato contínuo, no momento em que retornavam para verificar o


que estava acontecendo, ouviram um estampido, e ao acessarem a via pública
visualizaram a vítima sangrando e caída ao solo a 15 metros de sua residência. As
testemunhas então prestaram socorro imediato à vítima, socorrendo-a ao Hospital
Metropolitano.

No dia 10 de julho de 2017, dois dias após os fatos


supramencionados, policiais militares em patrulhamento pela região dos fatos,
visualizaram uma motocicleta de grande porte no interior da residência Avenida José
Maria da Silva, nº 900, em que dada a localização ser um bairro de população pobre,
tornou-se suspeita as origens daquela motocicleta.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 268

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
Assim, os policiais resolveram investigar a procedência
daquela motocicleta Kawasaki/ER 6N, cor preta, acionando o morador da residência,
identificado como Gilson da Conceição Bela. Ao indaga-lo, Gilson afirmou aos
milicianos não saber da procedência da motocicleta, bem como não saber quem a
teria deixado no interior da garagem. Diante da suspeita, os policiais consultaram a
placa FAE-0600/São Paulo-SP, momento em que constataram que era objeto de
latrocínio, conforme boletim de ocorrência de nº 4536/2017.

Diante dos fatos, encaminharam Gilson ao Distrito Policial para


que fosse efetuado o reconhecimento por parte das testemunhas. Ocorreu que em
ação precipitada, a testemunha Helena Cristina Bezerra acabou por reconhecer
erroneamente Gilson como um dos roubadores (cf. fl. 20). Em seu termo de
declarações às fls. 28/29, Gilson afirmou que não é a pessoa autora do roubo
cometido e que a testemunha teria o reconhecido erroneamente; fato este que foi
comprovado e retificado pela própria testemunha Helena à fl. 128.

Em investigações para localizar os autores do roubo, policiais


civis obtiveram informações anônimas de que a pessoa Nicholas Reis Medeiros era
um dos indivíduos. Assim, o conduziram ao Distrito Policial para que fosse realizado o
reconhecimento.

Às fls. 48 e 131 a testemunha Helena reconheceu


pessoalmente com certeza o denunciado Nicholas, sendo este precisamente aquele
que conduziu a motocicleta subtraída. A vítima também o reconheceu com plena
certeza como aquele indivíduo que lhe tomou a motocicleta (cf. fl. 129).

Autuado e interrogado à fl. 49, Nicholas apenas negou os fatos,


alegando não saber do roubo em tela.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 269

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
Em continuidade às investigações, os policiais receberam a
informação de que o denunciado Wesley Santos Rocha também estaria envolvido no
roubo. Assim, em cumprimento ao mandado de busca e apreensão na rua Catalunha,
nº 8, ingressaram na residência do denunciado, não encontrando nada de interesse
policial, conduzindo a pessoa de Eunice Santos de Brito para que prestasse
esclarecimentos quanto ao paradeiro de seu filho Wesley, conhecido pela alcunha
“peixe”.

Em seu termo de declarações à fl. 74, Eunice alegou que


Wesley estaria retornando da Bahia na data dos fatos. Ao ouvir conversas de que
havia uma moto roubada em sua casa, a qual é alugada para a pessoa de Gilson,
soube de que teria sido seu filho Wesley que a teria estacionado, com o qual não
possui contato desde seu retorno do estado da Bahia. Afirmou que um dos amigos de
Wesley seria a pessoa de Albert, não sabendo outros dados qualificativos.

Apresentada a fotografia do denunciado Wesley à vítima, esta


reconheceu com plena certeza como sendo aquela que disparou contra a sua pessoa
(cf. fl. 130).

Em busca pela pessoa de Albert, em que os policiais civis


teriam recebido informações de que este seria autor do roubo, dirigiram-se à sua
residência e deixaram intimação para que comparecesse em Delegacia para prestar
declarações.

A vítima e a testemunha reconheceram fotograficamente a


pessoa de Albert, conforme auto de reconhecimento de fls. 147/148, porém ao
efetuarem o reconhecimento pessoal, não o reconheceram com certeza (cf. fls.
149/150).

Verifica-se que o ora denunciado Nicholas e seu comparsa


durante todo o tempo agiram com total identidade de intenções entre eles, assentindo
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 270

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
com a conduta latrocida de Wesley, incentivando-o a todo tempo e dando-lhe o
suporte moral necessário com suas presenças durante a execução dos disparos
contra a vítima, e em seguida, com a subtração de seus pertences.

A vítima somente não veio a óbito, apesar da intenção dos


denunciados em mata-la, haja vista que foi socorrida a tempo e submetida a uma
cirurgia.

Ante o exposto, denuncio NICHOLAS REIS MEDEIROS,


qualificado às fls. 50/51, com fotografia à fl. 117, e WESLEY SANTOS ROCHA,
qualificado indiretamente às fls. 184/185, com fotografia à fl. 76, como incursos no
artigo 157, §3º, in fine, c.c. o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal.
Requeiro que, recebida e autuada esta, sejam os denunciados citados para
responderem a acusação, prosseguindo-se o feito até a sentença final condenatória,
observando-se o rito previsto nos artigos 394 e seguintes do Código de Processo
Penal, ouvindo-se a vítima e as testemunhas abaixo arroladas.

Rol:

1) Caio Vinícius Bonifácio Bezerra (vítima) – fl. 126;


2) Helena Cristina Bezerra (testemunha) – fl. 18;
3) Nilton Roberto Macario Mendonça Junior (policial militar) – fl. 14;
4) André Luís Zacarin dos Santos (policial militar) – fl. 16;
5) Gabriel Jorge Thome (policial civil) – fl. 43;
6) Maykol Henry Penaloza Magne (policial civil) – fl. 43;
7) Eunice Santos de Brito – fl. 74.
Alfredo Mainardi Neto

Rubia Cangussu Goulart


Estagiária do Ministério Público
São Paulo, 17 de agosto de 2017.

19º Promotor de Justiça Criminal


MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
fls. 271

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 272

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
Autos n° 0070680-64.2017.8.26.0050
Comarca da Capital

Meritíssimo (a) Juiz (a),

1) Ofereço denúncia em separado e em 07 laudas;

2) Requeiro:

a) A F.A. e as certidões de praxe dos denunciados;

b) Seja oficiado à d. Autoridade Policial para que envie o exame complementar


direto conforme explicitado no laudo pericial de fls. 204/205;

3) No que tange ao indiciado Albert Gonçalves da Silva, requeiro outrossim, o


arquivamento do presente feito em razão de não ter sido comprovada sua autoria
com certeza.

Trata-se de inquérito policial instaurado, mediante portaria, para a


averiguação de crime de tentativa de latrocinio, ocorrido no dia 08 de julho de
2017, por volta das 23 horas, na Rua União da Vitória, nº 226, Jaguaré, nesta
Capital, pelos denunciados NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY SANTOS
ROCHA na companhia de um indivíduo desconhecido.

Ocorre que durante as investigações a mãe do denunciado Wesley indicou


aos policiais civis de que a pessoa do indiciado Albert era um dos colegas de seu
filho. Assim, os investigadores lograram êxito em obter maiores dados
qualificativos, e assim deixaram uma intimação em sua residência para que
comparecesse ao Distrito Policial para prestar declarações.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 273

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
Em atendimento à intimação, Albert compareceu à Delegacia e declarou às
fls. 220/221 que não sabe do crime em tela, visto que não participou, e que
conhece os denunciados Wesley e Nicholas apenas de uma festa.

A vítima e a testemunha reconheceram em primeiro momento o indiciado


fotograficamente (cf. fls. 147/148), porém ao realizarem o reconhecimento
pessoal, declararam não ter certeza ser a pessoa do indiciado como sendo o
comparsa dos réus (cf. fls. 149/152).

No curso das investigações, diligências foram promovidas visando apurar a


autoria do comparsa dos denunciados, porém tais diligências restaram
infrutíferas.

Dessa forma, embora estejam presentes indícios de materialidade do delito,


não há nos autos elementos que permitam imputar a autoria delitiva ao indiciado
Albert, tendo em vista que a vítima e a testemunha não possuem certeza quanto
à sua participação, além de as tentativas de localizar o indivíduo desconhecido
restaram frustradas, uma vez que, no bojo deste inquérito, não foi levantada
nenhuma informação que levasse a sua identificação.

Assim, por ausência de justa causa, o arquivamento dos autos é medida


que se impõe.

Pois, como já decidido: "Não se concebe queixa ou denúncia destituída


de lastro probatório. O ônus probandi cabe a quem propõe. É necessário,
portanto, que antes de ingressar em Juízo, o titular da ação penal se muna
de elementos que ensejem a demonstração da pretensão de punir" (TJSP -
HC - Rel. Humberto da Nova - RJTJSP 27/325).
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 274

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
A propósito do tema, ensina Julio Fabbrini Mirabete: “Tem incluído a
doutrina entre as causas de rejeição da denúncia ou da queixa, por falta de
condição exigida pela lei (falta de interesse de agir), a inexistência de indícios no
inquérito ou peças de informação que possam amparar a acusação. É realmente
necessário que a inicial venha acompanhada de um mínimo de prova para
que a ação penal tenha condições de viabilidade, caso contrário não há
justa causa para o processo. Só há legitimação para agir no processo penal
condenatório quando existir o fumus boni juris que ampare a imputação” (in
“Código de Processo Penal Interpretado”, editora Atlas, ano 1994, página 97).

E assim igualmente já decidiu o Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, a


saber: “Sem que fumus boni juris ampare a imputação, dando-lhe os
contornos de razoabilidade, pela existência de justa causa, ou pretensão
viável, a denúncia ou queixa não pode ser recebida ou admitida. Para que
seja possível o exercício do direito da ação penal é indispensável haja, nos
autos do inquérito ou nas peças de informação ou representação,
elementos sérios, idôneos, a mostrar que houve uma infração penal, e
indícios, mais ou menos razoáveis, de que seu autor foi a pessoa apontada
no procedimento informativo ou nos elementos de convicção”. (RT 643/299.
No mesmo sentido, STJ: JSTJ 15/220, RSTJ 36/17).

Ante o exposto, não havendo elementos para a persecução penal e não


vislumbrando outras diligências a serem realizadas, promovo o
ARQUIVAMENTO dos autos em relação ao indiciado Albert Gonçalves da Silva
(fls. 221), sem prejuízo da norma jurídica contida no artigo 18 do Código de
Processo Penal.

4) Requeiro por fim, DE IMEDIATO, seja decretada a prisão preventiva do


denunciado WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado indiretamente às fls.
184/185, com fotografia à fl. 76, pelos motivos abaixo expostos:
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 275

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Há indícios suficientes da prática do crime de latrocínio pelo denunciado,
crime este ocorrido no dia 08 de julho de 2017, por volta das 23 horas, na Rua
União da Vitória, n° 226, nesta Capital, tendo como vítima a pessoa de Caio
Vinícius Bonifácio Bezerra.

Consta em apertada síntese, que no dia, hora e local supracitados, o


denunciado subtraíram a motocicleta Kawasaki e os pertences pessoais da
vítima Caio, e para isso, efetuaram disparo de arma de fogo contra esta,
atingindo-a na perna direita, tendo como lesão o fêmur fraturado, e o delito não
consumado pelo pronto atendimento da vítima no Hospital.

Todos o denunciado foi reconhecido pela vítima e pela testemunha,


conforme autos de reconhecimento de fls. 129/130.

A prisão preventiva de seus comparsas Nicholas foi decretada às fls.


243/246.

As circunstâncias que envolvem o presente caso autorizam a decretação da


custódia cautelar. FRISE-SE QUE O DENUNCIADO WESLEY FOI
RECONHECIDO PELA VÍTIMA À FL. 130 COMO SENDO O INDIVÍDUO QUE
SUBTRAIU SEUS PERTENCES PESSOAIS E DISPAROU O PROJÉTIL EM
SUA PERNA DIREITA, QUE CAUSOU FERIMENTOS GRAVES CONSISTENTE
NA FRATURA DO FÊMUR.

Conforme se verifica supra, a ordem pública, a instrução criminal e a


aplicação da lei penal estará ameaçada com o denunciado à solta.

De outra banda, cumpre ressaltar que o denunciado não podeá mais ser
localizado, haja vista que o denunciado se encontra em local incerto, aliado ao
fato de não haver nos autos qualquer comprovação de que ele possua ocupação
lícita e residência fixa, encontrando-se, assim, presentes os requisitos da
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 276

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custódia cautelar. Sua não localização frustraria a instrução criminal e a
aplicação da lei penal e, ainda faria incidir a regra contida no artigo 366 do
Código de Processo Penal, o que não é conveniente no caso.

Salienta-se que, ainda que assim não fosse, a mera comprovação da


existência de ocupação lícita e residência fixa não ensejam na imediata
concessão da liberdade provisória, desde que se comprove a ameaça à ordem
pública, ou a conveniência da instrução criminal. É o caso dos autos.

Conforme o tema:

PRISÃO PREVENTIVA — GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA —


CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. Residência fixa e profissão
definida não são fatores que impeçam a decretação da prisão preventiva,
se ocorrentes um dos motivos previstos no art. 312 do CPP. No conceito de
ordem pública, não se visa apenas a prevenir a reprodução de atos
criminosos, mas também a acautelar o meio social e a própria credibilidade
da Justiça. Não se deve perder de vista que o Juiz do processo,
conhecedor do meio ambiente, próximo dos fatos e das pessoas neles
envolvidas, dispõe normalmente de elementos mais seguros à formação de
uma convicção em torno da necessidade da medida. (TJ-SC — Ac. unân. da
1.ª Câm. Crim. julg. em 21-12-1999 — HC 99.021237-8-Itajaí — Rel. Des.
Genésio Nolli; in ADCOAS 8186786).

No presente caso, a prisão estará atendendo, principalmente, à garantia da


ordem pública, eis que indivíduos que praticam delito de tamanha gravidade,
trazendo transtornos aos cidadãos de bem, é ameaça viva contra a sociedade
em que vivemos, gerando o medo, o desassossego, a inquietação e pavor.

Solto, certamente voltarão a delinquir e a colocar em risco a ordem


pública.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 277

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Cabe acrescentar, apenas a título de ilustração, que a primariedade e bons
antecedentes não são indicadores de que a ordem pública e a instrução criminal
não se encontram ameaçadas, logo o preenchimento destes fatores não garante
a concessão da liberdade provisória.

Nesse sentido:

PRISÃO PREVENTIVA - GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA –


NECESSIDADE. Existindo a necessidade da garantia da ordem pública, os
bons antecedentes e a primariedade não ilidem a prisão preventiva,
mormente se o crime é praticado de forma premeditada, em comarca
de crescente prática delituosa, onde há, portanto, necessidade de
medidas inibidoras da criminalidade (TJ-ES - Ac. unân. da 2ª Câm. Crim.
julg. em 4-5-94 - HC 100940003005-Linhares - Rel. Des. Adalto Dias Tristão).

PRISÃO - Preventiva - Admissibilidade - Prisão cautelar cabível ante a


necessidade de resguardo da ordem pública - Paciente que pode
constranger as testemunhas - Primariedade e bons antecedentes que não
afastam a possibilidade da constrição - Gravidade e violência do crime que
demonstram a periculosidade do executor - Ordem denegada A prisão
preventiva para a garantia da ordem pública não visa apenas a prevenir a
reprodução dos fatos criminosos, mas acautelar o meio social e a própria
credibilidade da Justiça, em face do crime e de sua repercussão. (Relator:
Segurado Braz - Habeas Corpus n. 166.471-3 - Cotia - 13.06.94)

Aliás, a orientação que prevalece em nossos Tribunais considera a


gravidade do crime de roubo circunstância suficiente para o indeferimento do
pedido de liberdade provisória.

Nesse sentido:
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 278

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LIBERDADE PROVISÓRIA - Roubo qualificado - Réu menor, primário,
com ocupação e residência fixas - Denegação: - Inteligência: art. 302 do
Código de Processo Penal. - A liberdade provisória ao agente indiciado por
crime de roubo qualificado, ainda que primário, menor, com ocupação e
residência fixas, pode ser denegada, uma vez que trata-se de delito grave e
revelador de intranqüilidade social. (Habeas Corpus nº 296.828/9, Julgado em
10/10/1.996, 8ª Câmara, Relator: - S. C. Garcia, RJTACRIM 34/447)

"É possível a denegação de Liberdade Provisória ao réu primário, com


atividade lícita e residência fixa, se o crime em questão é grave como o
roubo qualificado, que vem inquietando a população e merece tratamento
severo da Justiça" (HC n.º 271.390/1 - 16ª Câmara do Tribunal de Alçada
Criminal de São Paulo - Rel. Mesquita de Paula).

Demais disso, a Jurisprudência do Egrégio Tribunal de Alçada Criminal de


São Paulo, reiteradamente, vem decidindo pela manutenção de roubadores no
cárcere.

Vale trazer à colação outro julgado:

"Como reiteradamente se tem decidido, não faz jus à liberdade


provisória o réu que é acusado de prática de assalto. É que tal crime, via de
regra, por ser um crime premeditado por excelência, revelando quase
sempre profissionalismo, torna o agente suspicaz de novas práticas
congêneres, o que, em última análise, põe em cheque a indenidade pública,
cujo resguardo é imperioso" (Ac.un., 11ª Câmara do TACRIM, HC 166.428/1,
Rel. Segurado Braz).

Ainda, cumpre ressaltar que, se estiver preso, haverá, sem sombra de


dúvidas, um acautelamento do meio social e, por conseguinte, uma maior
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
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credibilidade da Justiça. Assim, presente o fummus boni iuris, não convém
aguardar o trânsito em julgado para que o criminoso seja preso.

A periculosidade dos agentes é inerente à conduta por eles praticadas, haja


vista que não mediram esforços para realizar o crime, realizando roubo, e
tentando matar a vítima, visando o mero ganho de cunho patrimonial. Portanto, a
decretação/manutenção do denunciado no cárcere é de rigor para garantia da
ordem pública, pois não possui freios inibitórios, crendo na impunidade e em
benefícios legais.

Frise-se que a presença em audiência dos denunciados NICHOLAS, e


WESLEY é fundamental para o reconhecimento, de modo a embasar as provas
dos autos, buscando, sempre, a verdade real, sendo certo que tal ato pode ser
frustrado com o não comparecimento dos acusados em fase judicial,
comprovando a necessidade da custódia cautelar ante a conveniência da
instrução criminal.

Não é outro o entendimento dos Tribunais Pátrios:

"O princípio constitucional da presunção de inocência, consagrado no


artigo 5º, LVII, da CF, não revogou a prisão processual. Esta, como cediço,
tem natureza cautelar, que não leva em conta a culpabilidade do réu, mas
atende a finalidade do processo, como medida necessária à garantia da
ordem pública, para facilitar a colheita de prova e assegurar a aplicação da
lei penal" (TJSP-HC-relator Pericles Piza-RT 665/282).

Presentes os requisitos legais que autorizam a decretação/manutenção da


prisão preventiva, não há que se falar em inconstitucionalidade. Reconhecemos
que a nossa Carta Magna reza que ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. No entanto, tal regra não
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 280

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afasta a constitucionalidade da prisão preventiva. Esse é o escólio do festejado
mestre Alexandre de Moraes:

“A constituição Federal estabelece que ninguém será considerado culpado


até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, consagrando a
presunção de inocência, um dos princípios basilares do Estado de Direito como
garantia processual penal, visando à tutela da liberdade pessoal.

Dessa forma, há a necessidade de o Estado comprovar a culpabilidade do


indivíduo, que é constitucionalmente presumido inocente, sob pena de voltarmos
ao total arbítrio estatal.

“A consagração do princípio da inocência, porém, não afasta a


constitucionalidade das espécies de prisões provisórias, que continua
sendo, pacificamente, reconhecida pela jurisprudência, por considerar a
legitimidade jurídico-constitucional da prisão cautelar, que, não obstante a
presunção juris tantum da não culpabilidade dos réus, pode validamente
incidir sobre seu status libertatis. Desta forma, permanecem válidas as
prisões temporárias, em flagrante, preventivas, por pronúncia e por
sentenças condenatórias sem trânsitos em julgado1.”

No mesmo sentido:

PRISÃO PREVENTIVA. CONSTITUCIONALIDADE: “A Constituição


Federal, não paira dúvida, tem como regra geral ficar-se em liberdade,
enquanto se aguarda o desenrolar do processo penal. Todo cidadão é
inocente, até que seja irremediavelmente condenado (CF, art. 5º, LVII). É que
o preso, por sofrer restrição em sua liberdade de locomoção, não deixa de
ter o direito de ampla defesa diminuído. Mas, por outro lado, pode estar em
jogo valor que também deve ser protegido para a apuração da verdade real.
1 º
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 5 ed. São Paulo : Atlas, 1999.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALFREDO MAINARDI NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/08/2017 às 12:54 , sob o número WBFU17701215948
fls. 281

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 609F52.
Daí a mesma Constituição permitir a prisão em circunstâncias
excepcionais. Por tal motivo, mesmo o primário e de bons antecedentes
pode ser preso sem nenhum arranhão aos princípios constitucionais” (STJ,
6º T., RHC 3.715-6/MG, rel. Min. Adhemar Maciel, RSTJ 11/690. No mesmo
sentido do texto: STJ, RSTJ 3/604 e RSTJ 8/760; TJSP. HC 79.434-3, 1a Câm.
Crim., Rel. Min. Jarbas Mazzoni, j. 12.6.89, RJTJSP 121/352; TACrimSP, HC
184.636-0, 9a Câm., Rel. Min. Juiz Marrey Neto, j. 23.8.89, RT 649/275).

Assim, a decretação da custódia cautelar é medida que se impõe, razão


pela qual, com fundamento nos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal,
requeiro que, DE IMEDIATO, seja decretada a PRISÃO PREVENTIVA do
denunciado WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado indiretamente às fls.
184/185, com fotografia à fl. 76, expedindo-se o competente mandado de
prisão.

São Paulo, 17 de agosto de 2017.

Alfredo Mainardi Neto


19º Promotor de Justiça Criminal
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOSE ALBINO NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/08/2017 às 14:10 , sob o número WBFU17701253564
fls. 282
1
ALBINO, GODOY & PEREIRA ADVOGADOS
ASSOCIADOS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª
VARA CRIMINAL DO FORO DA BARRA FUNDA DA CAPITAL DE
SÃO PAULO – SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6214CB.
PROCESSO Nº 0070680-64.2017.8.26.0050

NICHOLAS REIS MEDEIROS, já


devidamente qualificado nos autos da Ação Penal supra epigrafada, por seu
advogado que a esta subscreve, vem respeitosamente perante Vossa Excelência,
requerer a juntada do incluso instrumento de procuração em anexo.

Termos em que,
Pede e Aguarda Deferimento
São Paulo, 24 de agosto de 2017.

JOSÉ ALBINO NETO


OAB/SP 275.310

Rua Gago Coutinho, nº 341 - Lapa – São Paulo/SP - CEP 05075-020


Telefone – (11) 3831-5084
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOSE ALBINO NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/08/2017 às 16:45 , sob o número WBFU17701255826
fls. 283
1
ALBINO, GODOY & PEREIRA ADVOGADOS
ASSOCIADOS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª
VARA CRIMINAL DO FORO DA BARRA FUNDA DA CAPITAL DE
SÃO PAULO – SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 623069.
PROCESSO Nº 0070680-64.2017.8.26.0050

NICHOLAS REIS MEDEIROS, já


devidamente qualificado nos autos da Ação Penal supra epigrafada, por seu
advogado que a esta subscreve, vem respeitosamente perante Vossa Excelência,
requerer a juntada do incluso instrumento de procuração em anexo.

Termos em que,
Pede e Aguarda Deferimento
São Paulo, 24 de agosto de 2017.

JOSÉ ALBINO NETO


OAB/SP 275.310

Rua Gago Coutinho, nº 341 - Lapa – São Paulo/SP - CEP 05075-020


Telefone – (11) 3831-5084
fls. 284

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOSE ALBINO NETO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/08/2017 às 16:45 , sob o número WBFU17701255826 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 62306A.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 25/08/2017 às 09:23 , sob o número WBFU17701260021
fls. 285

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível, Família e Previdenciária


Dra. Ivone Cássia Guimarães

EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUIZA DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL


DO FORO BARRA FUNDA – SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 625324.
PROCESSO Nº. 0070680-64.2017.0050

WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado nos autos do


processo em epigrafe, por sua procuradora , vem a presença de Vossa
Excelência, requerer a juntada de procuração.

Apresento a Vossa Excelência protestos de elevada estima e


distinta consideração.

Nestes termos,
Pede Deferimento

São Paulo, 22 de agosto de 2017

IVONE CÁSSIA GUIMARÃES


OAB/SP. 250641

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/7 – Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 1
Fones: (11) 3681.0589 – 2495.5620 cel. 9507.3679
Email: ivonecassia@terra.com.br
fls. 286

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 25/08/2017 às 09:23 , sob o número WBFU17701260021 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 625326.
fls. 287

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 62827A.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Inquérito Policial - Roubo
Autor: Justiça Pública
Indiciado e Averiguado: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 25/08/2017 às 18:37 .
Vistos.

Recebo a denúncia ofertada em face de NICHOLAS REIS MEDEIROS


e WESLEY SANTOS ROCHA, porque presentes os requisitos previstos no artigo 41 do CPP.

Nos termos do artigo 396 do Código de Processo Penal, citem-se os


acusados para oferecerem resposta à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, na qual
poderão arguir preliminares e alegar tudo que interesse às suas defesas, oferecer documentos e
justificações, especificando as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
requerendo sua intimação quando necessário, sob pena de preclusão.

Consigne-se que as provas requeridas devem ser relevantes e pertinentes,


sob pena de indeferimento (art. 400, § 1º, do CPP).

Apresentadas as defesas, venham os autos conclusos.

Defiro o item 2 da cota ministerial de fls. 272. Requisitem F.A. e


certidões de praxe, bem como exame complementar direto, conforme explicitado no laudo pericial
de fls. 204/205.

Quanto ao pedido de prisão preventiva em relação ao réu WESLEY,


verifico que o mesmo comporta deferimento.

Efetivamente, há indícios de autoria e prova da materialidade do crime.


Outrossim, verifico que os dados apresentados no inquérito policial e a gravidade do crime
(latrocínio tentado) recomendam o decreto de prisão preventiva, evitando-se novas investidas
criminosas, bem como seja o acusado localizado para responder pelos crimes que lhe são
fls. 288

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
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Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 62827A.
imputados, estando presentes, assim, os fundamentos para prisão, tanto para resguardar a ordem
pública, como a aplicação da lei penal, sobretudo para impedir embaraços à vítima.

Não se olvida, ainda, que esta infração penal é cada vez mais crescente,
causando temor à população ordeira. Assim, a ordem pública reclama a custódia do autuado.

Ante o exposto, DECRETO a prisão preventiva de WESLEY SANTOS


ROCHA, qualificado a fls. 76, com fundamento nos artigos 311, 312 e 313 do Código de Processo
Penal, expedindo-se o respectivo mandado.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 25/08/2017 às 18:37 .
Ciência ao MP.

Oportunamente, tornem conclusos.

Int. e Dil.

São Paulo, 25 de agosto de 2017.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 289

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6334AC.
CERTIDÃO DE REGISTRO DE MANDADO DE PRISÃO NO BNMP (ACERVO)

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: WESLEY SANTOS ROCHA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 29/08/2017 às 14:05 .
Certifico e dou fé que o(s) mandado(s) de prisão expedido(s) em 29/08/2017
foi(foram) registrado(s) no Sistema SAJ/PG5, pela tela de "Cadastro
Excepcional (SAJ)", para fins de envio ao Banco Nacional de Mandados de
Prisão – BNMP, tendo recebido o nº 0070680-64.2017.8.26.0050.0003.

Nada Mais. São Paulo, 29 de agosto de 2017. Eu, Marinez Simioni Duarte,
Chefe de Seção Judiciário.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 29/08/2017 às 14:27 , sob o número WBFU17701280944
fls. 290

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível, Família e Previdenciária


Dra. Ivone Cássia Guimarães

EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A)


DA 1ª VARA CRIMINAL DO FORO BARRA FUNDA – SÃO PAULO-
SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 633A29.
Processo nº. 0070680-64.2017.0050

WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado nos autos do processo em


epigrafe, por sua procuradora, vem, mui, respeitosamente perante Vossa Excelência,
requerer seja cadastrado a procuração, requerido em 25/08/2017, para dar
andamento no feito.

Apresento a Vossa Excelência, protestos de elevada estima e


distinta consideração

Termos em que,
Pede deferimento.

São Paulo, 29 de agosto de 2017

IVONE CÁSSIA GUIMARÃES


OAB/SP. 250.641

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/7 – Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 1
Fones: (11) 3681.0589 – 2495.5620 cel. 9507.3679
Email: ivonecassia@terra.com.br
fls. 291

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 63DE1B.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 31/08/2017 às 13:28 .
Vistos.

Fls. 282, 283/284, 285/286 e 290: anote-se.


Cumpra-se, no mais, fls. 287/288.
Int.

São Paulo, 31 de agosto de 2017.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/09/2017 às 14:49 , sob o número WBFU17701335420
fls. 292

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível, Família e Previdenciária


Dra. Ivone Cássia Guimarães

EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUIZA DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL


DO FORO BARRA FUNDA – SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 654FA6.
URGENTE

PROCESSO Nº. 0070680-64.2017.0050

WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado nos autos do


processo em epigrafe, por sua procuradora , vem a presença de Vossa
Excelência, requerer seja retirado o SIGILO EXTERNO, do processo, para que
efetue o cadastramento em nome da defensora.

Apresento a Vossa Excelência protestos de elevada estima e


distinta consideração.

Nestes termos,
Pede Deferimento

São Paulo, 6 de setembro de 2017

IVONE CÁSSIA GUIMARÃES


OAB/SP. 250641

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/7 – Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 1
Fones: (11) 3681.0589 – 2495.5620 cel. 9507.3679
Email: ivonecassia@terra.com.br
fls. 293

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br

MANDADO DE PRISÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 63347A.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA e MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 11/09/2017 às 10:38 .
Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17
Mandado BNMP nº: 0070680-64.2017.8.26.0050.0003
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: WESLEY SANTOS ROCHA

O(A) MM. Juiz(a) de Direito da 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda, DE
SÃO PAULO, Dr(a). Maria Fernanda Belli, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição, ou a qualquer Autoridade Policial e seus
agentes, a quem este for apresentado, que PRENDA E RECOLHA a qualquer Unidade de
Estabelecimento Prisional deste Estado, à ordem e disposição deste Juízo, a pessoa de seguinte
qualificação:

Nome: WESLEY SANTOS ROCHA


Alcunha:
Documentos: RG: 48935806
Filiação: pai Antonio Rocha, mãe Eunice Monteiro Santos
Nacionalidade: Brasileiro Naturalidade: São Paulo-SP
Data de Nascto.: 10/06/1995 Sexo: Masculino
Estado Civil: Solteiro Cor: preta
Profissão: ajudante
Endereços: Rua Catalunha, 8, Jaguaré, CEP 05329-030, São Paulo-SP, Fone: 11 -
3768-5906
Data do Delito: 10/07/2017
DATA DE VALIDADE: 25/08/2037

O presente mandado é expedido conforme r. decisão de seguinte teor: "DECRETO a prisão


preventiva de WESLEY SANTOS ROCHA, com fundamento nos artigos 311, 312 e 313 do
Código de Processo Penal".

CUMPRA-SE, sob pena de desobediência e responsabilidade. São Paulo, 29 de agosto de 2017.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

*05020171637234*
fls. 294

Página 1
PODER JUDICIÁRIO
SÃO PAULO

Comarca de São Paulo


Fórum Central Criminal Barra Funda

Folha de Antecedentes

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6645E8.
Emissão:13/09/2017 10:28 RG:71.835.536 Cont. VEC:NÃO CONSTA

Dados da Qualificação
__________________________________________________________________________

Nome: NICHOLAS REIS MEDEIROS


Sexo: Masculino
RG: 71.835.536
Tipo RG: R.G. UNICO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 13/09/2017 às 10:32 .
Data Nascimento: 11/02/1999
Naturalidade: OSASCO -SP
Nome do Pai: JOSE MEDEIROS
Nome da Mãe: MARIA ALICE DOS REIS

Inquérito Nº 279 / 2017


__________________________________________________________________________

Delegacia: 93 D.P. - JAGUARE


Tipo de Inquérito: POLICIAL - PORTARIA (OFICIO)
Data do Fato: 08/07/2017
Data Abertura: 10/07/2017
Incidênc. Penal(is): art.14 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. Iº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 03 CODIGO PENAL
Vítima(s): CAIO VINICIUS BONIFACIO BEZERRA

* * * FIM * * *
F.A. impressa pelo sistema VEC.

Última página
fls. 295

Página 1
PODER JUDICIÁRIO
SÃO PAULO

Comarca de São Paulo


Fórum Central Criminal Barra Funda

Folha de Antecedentes

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6645EE.
Emissão:13/09/2017 10:29 RG:71.834.649 Cont. VEC:NÃO CONSTA

Dados da Qualificação
__________________________________________________________________________

Nome: WESLEY SANTOS ROCHA


Sexo: Masculino
RG: 71.834.649
Tipo RG: R.G. UNICO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 13/09/2017 às 10:32 .
Data Nascimento: 10/06/1995
Naturalidade: S.PAULO -SP
Nome do Pai: ANTONIO ROCHA
Nome da Mãe: EUNICE MONTEIRO SANTOS

Inquérito Nº 279 / 2017


__________________________________________________________________________

Delegacia: 93 D.P. - JAGUARE


Tipo de Inquérito: POLICIAL - PORTARIA (OFICIO)
Data do Fato: 08/07/2017
Data Abertura: 10/07/2017
Incidênc. Penal(is): art.14 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. Iº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 03 CODIGO PENAL
Vítima(s): CAIO VINICIUS BONIFACIO BEZERRA

Informações Complementares do Sistema de Identificação Criminal


__________________________________________________________________________
QUALIFICACAO INDIRETA INQUERITO 279/2017

* * * FIM * * *
F.A. impressa pelo sistema VEC.

Última página
fls. 296

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às 19h00min

Réu Preso

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6647DD.
MANDADO DE CITAÇÃO – PROCESSO DIGITAL

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Artigo da Denúncia: Art. 157 § 3º, Parte 2 do(a) CP
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/172913-9

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 13/09/2017 às 10:54 .
Pessoa(s) a ser(em) citada(s):
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS, Preso no C.D.P. Belem I, Brasileiro, Solteiro, Cabeleireiro, RG
52597092, pai José Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis, Nascido em 11/02/1999, natural de Osasco - SP ,
Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 5417, Vila Lageado, CEP 05339-005, São Paulo - SP

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda da Comarca DE
SÃO PAULO, Estado de São Paulo, Dr(a). Carlos José Zulian, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, proceda à

CITAÇÃO, no(s) endereço(s) indicado(s) ou onde for(em) encontrado(s), da(s) pessoa(s) acima indicada(s),
para responder(em) à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Na resposta, o(s) acusado(s)
poderá(ão) arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas até o limite legal, qualificando-as e
requerendo sua intimação, quando necessário, nos termos dos artigos 396 e 396-A do Código de Processo
Penal, com redação dada pela Lei 11.719/2008. Segue anexa cópia da denúncia, fazendo parte integrante
deste.

ADVERTÊNCIA: 1- O OFICIAL DE JUSTIÇA deverá indagar o acusado se possui defensor


constituído e, na falta, se deseja a imediata atuação da Defensoria Pública. Nesta hipótese, o oficial orientará
o acusado ou familiar a comparecer à Defensoria Pública fornecendo-lhe o endereço do referido órgão. 2-
Este processo tramita eletronicamente. A íntegra do processo (petição inicial, documentos e decisões)
poderá ser visualizada na internet. Para visualização, acesse o site www.tjsp.jus.br, informe o número do
processo e a senha anexa. Petições, procurações, defesas etc, devem ser trazidos ao Juízo por
peticionamento eletrônico.

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 13 de setembro de 2017. Franklin Shiro
Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena detenção,
de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. “Texto
extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.

*05020171729139*
fls. 297

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às 19h00min

MANDADO DE CITAÇÃO – PROCESSO DIGITAL

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6647ED.
Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 -1640/17
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Artigo da Denúncia: Art. 157 § 3º, Parte 2 c/c Art. 14, II ambos do(a) CP
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/172915-5

Pessoa(s) a ser(em) citada(s):

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 13/09/2017 às 10:54 .
Réu: WESLEY SANTOS ROCHA, Brasileiro, Solteiro, RG 48935806, pai Antonio Rocha, mãe Eunice
Monteiro Santos, Nascido em 10/06/1995, natural de São Paulo - SP, Rua Catalunha, 8 fundos, Jaguaré,
CEP 05329-030, São Paulo - SP, Fone 11 - 3768-5906

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda da Comarca DE
SÃO PAULO, Estado de São Paulo, Dr(a). Carlos José Zulian, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, proceda à

CITAÇÃO, no(s) endereço(s) indicado(s) ou onde for(em) encontrado(s), da(s) pessoa(s) acima indicada(s),
para responder(em) à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Na resposta, o(s) acusado(s)
poderá(ão) arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas até o limite legal, qualificando-as e
requerendo sua intimação, quando necessário, nos termos dos artigos 396 e 396-A do Código de Processo
Penal, com redação dada pela Lei 11.719/2008. Segue anexa cópia da denúncia, fazendo parte integrante
deste.

ADVERTÊNCIA: 1- O OFICIAL DE JUSTIÇA deverá indagar o acusado se possui defensor


constituído e, na falta, se deseja a imediata atuação da Defensoria Pública. Nesta hipótese, o oficial orientará
o acusado ou familiar a comparecer à Defensoria Pública fornecendo-lhe o endereço do referido órgão. 2-
Este processo tramita eletronicamente. A íntegra do processo (petição inicial, documentos e decisões)
poderá ser visualizada na internet. Para visualização, acesse o site www.tjsp.jus.br, informe o número do
processo e a senha anexa. Petições, procurações, defesas etc, devem ser trazidos ao Juízo por
peticionamento eletrônico.

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 13 de setembro de 2017. Franklin Shiro
Kuwahara, Coordenador.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME
IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena detenção,
de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. “Texto
extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.

*05020171729155*
Página 1 de 1
fls. 298
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
Foro Central Criminal Barra Funda
1ª Vara Criminal RÉU PRESO
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP
01133-020, Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail:
sp1cr@tjsp.jus.br
RESERVADO

PROCESSO RESERVADO
1ª Vara Criminal 0
NÚMERO / ANO
Processo 0

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 664802.
Digital:0070680-64.2017.8.26.0050 1 0070680-64.2017.8.26.0050 | | | | | | | | | | | | |

OFÍCIO Nº *

SENHOR(A) DIRETOR(A) DO
INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO RICARDO GUMBLETON DAUNT SÃO PAULO CAPITAL
REQUISITO A VOSSA SENHORIA A FOLHA DE ANTECEDENTES DO IDENTIFICADO DE RG nº 52597092 DE SEGUINTE QUALIFICAÇÃO:

NOME 003 NICHOLAS REIS MEDEIROS


NOME
DO PAI
004 JOSÉ MEDEIROS
NOME
DA MÃE
005 MARIA ALICE DOS REIS
RESERVA SEXO COR DA PELE
ALCUNH DO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 13/09/2017 às 10:55 .
006 007
A
Masculino
DATA DE NASCIMENTO NATURALIDADE
0 RESERVADO RESERVADO PROFISSÃO
DIA/MÊS/ANO CIDADE/EST.(SE ESTRANGEIRO, O PAÍS)
0
8 11/02/1999 Cabeleireiro Osasco-SP
ENDEREÇO RESIDENCIAL: LOGRADOURO (RUA, AVENIDA, PRAÇA, ETC.) NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO MUNICÍPIO/ESTADO
Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 5417, Preso no C.D.P. Belem I, Vila Lageado - CEP 05339-005, São Paulo-SP

ENDEREÇO DE TRABALHO: LOGRADOURO (RUA, AVENIDA, PRAÇA, ETC.) NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO MUNICÍPIO/ESTADO
*
0 RESERVADO RESERVADO RESERVADO
09
RESERVADO RESERVADO 0 RESERVADO
10
RESERVADO RESERVADO RESERVADO RESERVADO

RESERVADO

PARA CONSTAR DOS AUTOS DA AÇÃO PENAL MOVIDA CONTRA O MESMO POR ESTAR INDICIADO NO SEGUINTE INQUÉRITO:
AUTOS ORIGINAIS DATA DO DELITO
DELEGACIA RESERVADO
NÚMERO/ANO DIA/MÊS/ANO

93º Distrito Policial - Jaguaré 011 279/2017 10/07/2017


DATA DA
PLANILHA NOME DA VÍTIMA RESERVADO RESERVADO
DIA/MÊS/ANO 0
12
*

RESERVADO RESERVADO RESERVADO

INSTAURADO
POR:
(Flagrante ou
INCURSO NO(S) ARTIGO(S)
portaria)

PP Art. 157 § 3º, Parte 2 do(a) CP


São Paulo,13/09/2017
FRANKLIN SHIRO KUWAHARA
Coordenador
ESTE OFÍCIO DEVE SER RESPONDIDO COM PREFERÊNCIA ABSOLUTA.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/06, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
RESERVADO
NÃO PREENCHER OS CAMPOS
INTITULADOS “RESERVADO”,
0 POIS OS MESMOS ESTÃO
39 URGENTE PARA FINS CRIMINAIS COM PRESCRIÇÃO DESTINADOS AO
PROCESSAMENTO ELETRÔNICO
DE DADOS.
0
40

041

0
043
42
0
045
44
Página 1 de 1
fls. 299
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
Foro Central Criminal Barra Funda
1ª Vara Criminal RÉU PRESO
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP
01133-020, Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail:
sp1cr@tjsp.jus.br
RESERVADO

PROCESSO RESERVADO
1ª Vara Criminal 0
NÚMERO / ANO
Processo 0

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 664807.
Digital:0070680-64.2017.8.26.0050 1 0070680-64.2017.8.26.0050 | | | | | | | | | | | | |

OFÍCIO Nº *

SENHOR(A) DIRETOR(A) DO
INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO RICARDO GUMBLETON DAUNT SÃO PAULO CAPITAL
REQUISITO A VOSSA SENHORIA A FOLHA DE ANTECEDENTES DO IDENTIFICADO DE RG nº 48935806 DE SEGUINTE QUALIFICAÇÃO:

NOME 003 WESLEY SANTOS ROCHA


NOME
DO PAI
004 ANTONIO ROCHA
NOME
DA MÃE
005 EUNICE MONTEIRO SANTOS
RESERVA SEXO COR DA PELE
ALCUNH DO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 13/09/2017 às 10:55 .
006 007
A
Masculino
DATA DE NASCIMENTO NATURALIDADE
0 RESERVADO RESERVADO PROFISSÃO
DIA/MÊS/ANO CIDADE/EST.(SE ESTRANGEIRO, O PAÍS)
0
8 10/06/1995 São Paulo-SP
ENDEREÇO RESIDENCIAL: LOGRADOURO (RUA, AVENIDA, PRAÇA, ETC.) NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO MUNICÍPIO/ESTADO
Rua Catalunha, 8FDS, Jaguaré - CEP 05329-030, Fone: 11 - 3768-5906, São Paulo-SP

ENDEREÇO DE TRABALHO: LOGRADOURO (RUA, AVENIDA, PRAÇA, ETC.) NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO MUNICÍPIO/ESTADO
*
0 RESERVADO RESERVADO RESERVADO
09
RESERVADO RESERVADO 0 RESERVADO
10
RESERVADO RESERVADO RESERVADO RESERVADO

RESERVADO

PARA CONSTAR DOS AUTOS DA AÇÃO PENAL MOVIDA CONTRA O MESMO POR ESTAR INDICIADO NO SEGUINTE INQUÉRITO:
AUTOS ORIGINAIS DATA DO DELITO
DELEGACIA RESERVADO
NÚMERO/ANO DIA/MÊS/ANO

93º Distrito Policial - Jaguaré 011 279/2017 10/07/2017


DATA DA
PLANILHA NOME DA VÍTIMA RESERVADO RESERVADO
DIA/MÊS/ANO 0
12
*

RESERVADO RESERVADO RESERVADO

INSTAURADO
POR:
(Flagrante ou
INCURSO NO(S) ARTIGO(S)
portaria)

PP 157 § 3º, Parte 2 c/c Art. 14, II ambos do(a) CP


São Paulo,13/09/2017
FRANKLIN SHIRO KUWAHARA
Coordenador
ESTE OFÍCIO DEVE SER RESPONDIDO COM PREFERÊNCIA ABSOLUTA.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/06, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
RESERVADO
NÃO PREENCHER OS CAMPOS
INTITULADOS “RESERVADO”,
0 POIS OS MESMOS ESTÃO
39 URGENTE PARA FINS CRIMINAIS COM PRESCRIÇÃO DESTINADOS AO
PROCESSAMENTO ELETRÔNICO
DE DADOS.
0
40

041

0
043
42
0
045
44
fls. 300

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 664854.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 13/09/2017 às 10:59 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que nesta data expedi mandados de citação aos réus,
ofícios ao IIRGD e V.E.C, oficio ao 93º DP, cobrando Laudo. Nada Mais.
São Paulo, 13 de setembro de 2017. Eu, Marinez Simioni Duarte, Chefe de
Seção Judiciário.
fls. 301

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1ª VARA CRIMINAL
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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 66480F.
OFÍCIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA, liberado nos autos em 13/09/2017 às 11:09 .
Réu Preso

São Paulo, 13 de setembro de 2017.

Prezado(a) Senhor(a),

Pelo presente, abaixo qualificado(a)(s):


Réu NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro, Brasileiro, Solteiro, Cabeleireiro, RG 52597092,
pai José Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis, Nascido em 11/02/1999, natural de Osasco - SP,
Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 5417, Preso no C.D.P. Belem I, Vila Lageado, CEP
05339-005, São Paulo – SP, solicito envio do exame complementar direto, conforme explicitado
no laudo que segue anexo.
Atenciosamente.

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Delegado(a) Titular do 93º Distrito Policial


Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 4300, Jaguaré
São Paulo – SP.
fls. 302

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1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6647F2.
OFÍCIO Processo Digital
Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário -Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Artigo da Denúncia: Art. 157 § 3º, Parte 2 do(a) CP

(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)


Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 13/09/2017 às 12:01 .
São Paulo, 13 de setembro de 2017.

Senhor(a) Juiz(a),

Pelo presente, solicito a Vossa Excelência se digne determinar que seja fornecida
e encaminhada a esta Vara certidão em breve relato e situação processual da ação penal movida
contra NICHOLAS REIS MEDEIROS, Brasileiro, Solteiro, Cabeleireiro, RG 52597092, pai José
Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis, Nascido/Nascida 11/02/1999, natural de Osasco - SP,
Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 5417, Preso no C.D.P. Belem I, Vila Lageado, CEP
05339-005, São Paulo - SP e distribuída a esse Juízo, processo nº o que constar, consignando-se
se há condenação transitada em julgado e em que data, bem como, se for o caso, a data da prisão,
a do cumprimento ou extinção da pena.

Para processos físicos, a resposta deverá ser enviada em papel. No caso de


processos digitais, a resposta e eventuais documentos deverão ser encaminhados ao correio
eletrônico institucional do Ofício de Justiça (sp1cr@tjsp.jus.br), em arquivo no formato PDF e
sem restrições de impressão ou salvamento, devendo constar no campo "assunto" o número do
processo.

Atenciosamente.

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Exmo(a). Sr(a).


JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS
SÃO PAULO – SP.
fls. 303

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1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6647F6.
OFÍCIO Processo Digital
Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário -Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Artigo da Denúncia: Art. 157 § 3º, Parte 2 c/c Art. 14, II ambos do(a) CP

(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)


Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 13/09/2017 às 12:01 .
São Paulo, 13 de setembro de 2017.

Senhor(a) Juiz(a),

Pelo presente, solicito a Vossa Excelência se digne determinar que seja fornecida
e encaminhada a esta Vara certidão em breve relato e situação processual da ação penal movida
contra WESLEY SANTOS ROCHA, Brasileiro, Solteiro, RG 48935806, pai Antonio Rocha, mãe
Eunice Monteiro Santos, Nascido/Nascida 10/06/1995, natural de São Paulo - SP, Rua Catalunha,
8FDS, Jaguaré, CEP 05329-030, São Paulo - SP, Fone 11 - 3768-5906 e distribuída a esse Juízo,
processo nº o que constar, consignando-se se há condenação transitada em julgado e em que data,
bem como, se for o caso, a data da prisão, a do cumprimento ou extinção da pena.

Para processos físicos, a resposta deverá ser enviada em papel. No caso de


processos digitais, a resposta e eventuais documentos deverão ser encaminhados ao correio
eletrônico institucional do Ofício de Justiça (sp1cr@tjsp.jus.br), em arquivo no formato PDF e
sem restrições de impressão ou salvamento, devendo constar no campo "assunto" o número do
processo.

Atenciosamente.

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Exmo(a). Sr(a).


JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS
SÃO PAULO – SP.
fls. 304

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 04/10/2017 às 13:14 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6BCD46.
fls. 305

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 04/10/2017 às 13:14 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6BCD46.
fls. 306

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 699DE4.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça Sergio Missao (19543)

CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SERGIO MISSAO, liberado nos autos em 04/10/2017 às 13:14 .
050.2017/172913-9 dirigi-me ao CDP Belém I, onde citei e intimei do seu
inteiro teor o acusado Nicholas Reis Medeiros, conforme os procedimentos
legais, de tudo tomando conhecimento, informando que constituirá
advogado particular. O referido é verdade e dou fé. São Paulo, 26 de
setembro de 2017.

Número de Cotas:01
fls. 307

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6BCF6B.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 04/10/2017 às 13:31 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que nesta data encaminhei ao D.O.E. intimação aos


defensores dos réus a fim de apresentarem as defesas Preliminares. Nada
Mais. São Paulo, 04 de outubro de 2017. Eu, Marinez Simioni Duarte,
Chefe de Seção Judiciário.
fls. 308

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 05/10/2017 10:05


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6C167D.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0083/2017, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP) D.J.E
José Albino Neto (OAB 275310/SP) D.J.E

Teor do ato: "Vistos.Recebo a denúncia ofertada em face de NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY
SANTOS ROCHA, porque presentes os requisitos previstos no artigo 41 do CPP. Nos termos do artigo 396 do

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 05/10/2017 às 10:05 .
Código de Processo Penal, citem-se os acusados para oferecerem resposta à acusação, por escrito, no prazo
de 10 (dez) dias, na qual poderão arguir preliminares e alegar tudo que interesse às suas defesas, oferecer
documentos e justificações, especificando as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
requerendo sua intimação quando necessário, sob pena de preclusão.Consigne-se que as provas requeridas
devem ser relevantes e pertinentes, sob pena de indeferimento (art. 400, § 1º, do CPP).Apresentadas as
defesas, venham os autos conclusos.Defiro o item 2 da cota ministerial de fls. 272. Requisitem F.A. e
certidões de praxe, bem como exame complementar direto, conforme explicitado no laudo pericial de fls.
204/205. Quanto ao pedido de prisão preventiva em relação ao réu WESLEY, verifico que o mesmo comporta
deferimento.Efetivamente, há indícios de autoria e prova da materialidade do crime. Outrossim, verifico que os
dados apresentados no inquérito policial e a gravidade do crime (latrocínio tentado) recomendam o decreto de
prisão preventiva, evitando-se novas investidas criminosas, bem como seja o acusado localizado para
responder pelos crimes que lhe são imputados, estando presentes, assim, os fundamentos para prisão, tanto
para resguardar a ordem pública, como a aplicação da lei penal, sobretudo para impedir embaraços à vítima.
Não se olvida, ainda, que esta infração penal é cada vez mais crescente, causando temor à população ordeira.
Assim, a ordem pública reclama a custódia do autuado. Ante o exposto, DECRETO a prisão preventiva de
WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado a fls. 76, com fundamento nos artigos 311, 312 e 313 do Código de
Processo Penal, expedindo-se o respectivo mandado. Ciência ao MP.Oportunamente, tornem conclusos.Int. e
Dil. Intime-se os defensores a apresentarem as defesas Preliminares dos réus, dentro do prazo legal."

Do que dou fé.


São Paulo, 5 de outubro de 2017.

Douglas Juliano Nakaza


fls. 309

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 05/10/2017 10:05


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6C167E.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0083/2017, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP) D.J.E

Teor do ato: "Fls. 282, 283/284, 285/286 e 290: anote-se.Cumpra-se, no mais, fls. 287/288.Int."

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 05/10/2017 às 10:05 .
Do que dou fé.
São Paulo, 5 de outubro de 2017.

Douglas Juliano Nakaza


fls. 310

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 06/10/2017 09:19


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6C6EEE.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0083/2017, foi disponibilizado na página
1642/1643 do Diário da Justiça Eletrônico em 06/10/2017. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP)
José Albino Neto (OAB 275310/SP)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 06/10/2017 às 09:19 .
Teor do ato: "Vistos.Recebo a denúncia ofertada em face de NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY
SANTOS ROCHA, porque presentes os requisitos previstos no artigo 41 do CPP. Nos termos do artigo 396 do
Código de Processo Penal, citem-se os acusados para oferecerem resposta à acusação, por escrito, no prazo
de 10 (dez) dias, na qual poderão arguir preliminares e alegar tudo que interesse às suas defesas, oferecer
documentos e justificações, especificando as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
requerendo sua intimação quando necessário, sob pena de preclusão.Consigne-se que as provas requeridas
devem ser relevantes e pertinentes, sob pena de indeferimento (art. 400, § 1º, do CPP).Apresentadas as
defesas, venham os autos conclusos.Defiro o item 2 da cota ministerial de fls. 272. Requisitem F.A. e
certidões de praxe, bem como exame complementar direto, conforme explicitado no laudo pericial de fls.
204/205. Quanto ao pedido de prisão preventiva em relação ao réu WESLEY, verifico que o mesmo comporta
deferimento.Efetivamente, há indícios de autoria e prova da materialidade do crime. Outrossim, verifico que os
dados apresentados no inquérito policial e a gravidade do crime (latrocínio tentado) recomendam o decreto de
prisão preventiva, evitando-se novas investidas criminosas, bem como seja o acusado localizado para
responder pelos crimes que lhe são imputados, estando presentes, assim, os fundamentos para prisão, tanto
para resguardar a ordem pública, como a aplicação da lei penal, sobretudo para impedir embaraços à vítima.
Não se olvida, ainda, que esta infração penal é cada vez mais crescente, causando temor à população ordeira.
Assim, a ordem pública reclama a custódia do autuado. Ante o exposto, DECRETO a prisão preventiva de
WESLEY SANTOS ROCHA, qualificado a fls. 76, com fundamento nos artigos 311, 312 e 313 do Código de
Processo Penal, expedindo-se o respectivo mandado. Ciência ao MP.Oportunamente, tornem conclusos.Int. e
Dil. Intime-se os defensores a apresentarem as defesas Preliminares dos réus, dentro do prazo legal."

SÃO PAULO, 6 de outubro de 2017.

Douglas Juliano Nakaza


Escrevente Técnico Judiciário
fls. 311

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 06/10/2017 09:19


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 6C6EEF.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0083/2017, foi disponibilizado na página
1642/1643 do Diário da Justiça Eletrônico em 06/10/2017. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP)

Teor do ato: "Fls. 282, 283/284, 285/286 e 290: anote-se.Cumpra-se, no mais, fls. 287/288.Int."

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 06/10/2017 às 09:19 .
SÃO PAULO, 6 de outubro de 2017.

Douglas Juliano Nakaza


Escrevente Técnico Judiciário
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADERALDO PEREIRA FREIRE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/10/2017 às 18:06 , sob o número WBFU17701602364
fls. 312

ALBINO, GODOY & PEREIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL


DO FÓRUM CENTRAL DA CAPITAL – SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7003B7.
PROCESSO Nº. 0070680-64.2017.8.26.0050.

NICHOLAS REIS MEDEIROS, já


qualificado nos autos do processo crime que lhe move a justiça pública, por seu
advogado e bastante procurador, que esta subscreve, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro nos
artigos 396 e 396 – A, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de
direito a seguir expostas.

I – DOS FATOS

O acusado, na data de 11 de Julho de


2017, foi preso pela suposta prática do ilícito previsto no artigo 157,§ 2°, I, e II, e §
3°, do Código Penal.

Consta na respeitável denúncia


apresentada pelo Douto Promotor de Justiça, teria o acusado participado em
concurso de agentes, subtraído uma motocicleta kawasaki- ano 2010, mediante
grave ameaça exercida com arma de fogo.

Na ação ainda teriam subtraído um


aparelho celular, carteira contendo documentos pessoais, cartões bancários, uma
corrente de metal bem como um relógio.

A vítima Caio Vinicius sofreu disparo de


projétil de arma de fogo, momento em que notou o portão aberto temendo que os
acusados entrasse na residência, tentou se evadir, momento em que foi alvejado por
disparo feito pelo parceiro do acusado, após o disparo a vítima caiu ao chão e teve
seus pertences levado conforme já mencionado acima, segundo a denúncia o
acusado conduziu a motocicleta e seu parceiro evadiu-se no carro Honda Fit junto
com outro suspeito não identificado.

Esta é a síntese do necessário.


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADERALDO PEREIRA FREIRE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/10/2017 às 18:06 , sob o número WBFU17701602364
fls. 313

ALBINO, GODOY & PEREIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS

II – DO DIREITO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7003B7.
Preliminarmente a Denúncia deve ser
rejeitada por faltar justa causa, conforme o artigo 395, inciso III, do Código de
Processo Penal, “a denúncia deverá ser rejeitada quando: faltar justa causa para o
exercício da ação penal”.
Desta forma não há prova suficiente que
o acusado teria concorrido para a prática da infração penal, sendo que a prisão se
deu posteriormente por uma suposta denúncia anônima conforme relatório policial
(folha 241), no mesmo relatório policial a testemunha Helena reconhece a pessoa
de nome Gilson como sendo participante do ato ilícito e posteriormente diz que tinha
se enganado, em folhas (239 e 240), a vítima Caio e sua irmã Helena, reconhece
Albert, como sendo um dos participantes do crime, reconhecimento esse feito pela
fotografia retirada do facebook, já em sede de reconhecimento pessoal em
delegacia afirmaram não ter certeza da autoria de Albert.

Ora Excelência, primeiro se reconhece


Gilson, causando constrangimento irreparável como um dos participantes do crime
em questão, depois se diz que num momento de calma a testemunha Helena se
enganou, posteriormente em novo reconhecimento agora com a vítima Caio e
novamente Helena sua irmã, reconhece Albert através de fotografia tirada do
facebook, e novamente tanto a vítima quanto sua irmã diz não ter certeza, restando
claramente a dúvida de quem de fato praticou tal conduta maldosa, diante de
dúvidas que poderá causar uma grande injustiça a denúncia deve ser rejeitada.

O acusado não foi preso em flagrante


delito, é primário tem residência fixa e ocupação lícita, a prisão preventiva pode ser
decretada quando há prova da existência do crime, indício suficiente de autoria e,
ainda, elementos variáveis como a garantia da ordem pública ou econômica e da
aplicação da lei penal ou conveniência da instrução criminal.

A jurisprudência do STF é no sentido da


impossibilidade da decretação da preventiva com base na gravidade abstrata do
crime e em presunção de fuga, a decisão da prisão preventiva conforme, (folha 257)
e fundada na gravidade abstrata do crime, e uma possibilidade de de fuga, conforme
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não basta a gravidade do crime e a
afirmação abstrata de que o réu oferece perigo à sociedade para justificar a
imposição da prisão cautelar. Seguindo esse entendimento, a 2ª Turma do Supremo
Tribunal Federal concedeu Habeas Corpus HC.126.003, tal decisão é que não basta
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADERALDO PEREIRA FREIRE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/10/2017 às 18:06 , sob o número WBFU17701602364
fls. 314

ALBINO, GODOY & PEREIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS

a gravidade do crime e a afirmação abstrata de que o réu oferece perigo à


sociedade para justificar a imposição da prisão cautelar.

Diante de tal entendimento jurisprudencial

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7003B7.
já mencionado acima a prisão preventiva poderá ser revogada conforme artigo 316,
do Código de Processo Penal.

Vale lembrar que a nossa Carta Magna no


seu artigo 5° LVII, diz que: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória.

III- DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja deferido o


pedido de rejeição da denúncia, por faltar justa causa, em relação ao acusado com
fundamento no artigo 395, III, do Código de Processo Penal, e caso Vossa
Excelência não entenda assim, requer a nulidade do reconhecimento em sede de
delegacia nos termos do artigo 564, IV, do Código de Processo Penal, ou a
revogação da prisão preventiva com fundamento no artigo 316, do Código de
Processo penal, e caso não seja acolhido os pedidos feitos, requer seja intimadas
as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de instrução
e julgamento.

Termos em que,
Pede Espera Deferimento.
São Paulo, 11 de Outubro de 2017.

ADERALDO PEREIRA FREIRE


OAB/SP: 398.360
CEP: 05333-090
CEP: 05329-030

CEP: 05330 – 010


Jaguaré – São Paulo
Jaguaré – São Paulo.
Jaguaré – São Paulo.

Rua Lealdade, nº. 524.


Rua Catalunha, nº. 138.
ROL DE TESTEMUNHAS:

3-VANIA VIEIRA PEIXOTO


1-MANOEL MESSIAS ROCHA

2-OZENIRA RODRIGUES DA SILVA

Rua Alárico Franco Caiuby, nº. 338.


ALBINO, GODOY & PEREIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS
fls. 315

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADERALDO PEREIRA FREIRE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/10/2017 às 18:06 , sob o número WBFU17701602364 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7003B7.
fls. 316

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 23/10/2017 às 10:32 .
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7017F5.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Ato Ordinatório

Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 23 de outubro de 2017.


Eu, ___, Franklin Shiro Kuwahara, Coordenador.
fls. 317

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br

CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7017F9.
Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro []

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 23/10/2017 às 10:32 .
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 23/10/2017 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, (SP), 23 de outubro de 2017


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA PAULA MOREIRA MATTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 23/10/2017 às 18:16 , sob o número WBFU17701609466
fls. 318

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Autos nº 0070680-64.2017.8.26.0050

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 705D64.
MM. Juiz:

Trata-se de resposta escrita apresentada pelo


denunciado que protesta, em síntese, pela rejeição da denúncia. Pleiteia,
ainda, por sua absolvição. Requer, por fim, a revogação da prisão
preventiva.

Ressalte-se, por primeiro, que o requerimento


preliminar ofertado pela D. Defesa deve ser indeferido, porque há justa
causa para a ação penal, existe prova da materialidade delitiva e na fase
investigatória foram colhidos indícios suficientes de autoria em relação ao
acusado. A denúncia descreveu os fatos em tese criminosos e, além disso,
atendeu aos demais requisitos previstos pelo art. 41 do CPP, não havendo o
que se falar acerca de sua inépcia.

No mais, as alegações oferecidas pelo denunciado


se confundem com o mérito, o que deverá ser apreciado no momento
oportuno, após a oitiva de testemunhas e a realização das demais provas
que se fizerem necessárias.

No que diz respeito ao pedido de revogação da


prisão preventiva formulado pelo réu, manifesto-me pelo indeferimento.

A decretação da prisão cautelar do denunciado


deve ser mantida, eis que corretamente determinada, com fundamentação
nos requisitos autorizadores da custódia, presentes no artigo 312 do Código
de Processo Penal. Não houve qualquer alteração no panorama fático desde
a decretação da prisão do réu, cujos fundamentos, pressupostos e
condições de admissibilidade continuam presentes.
Ana Paula Moreira Mattos
Promotora de Justiça Substituta
São Paulo, 23 de outubro de 2017.
manifesto-me contrariamente à revogação da prisão preventiva.

Aguardo, pois, o prosseguimento do feito.


MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Por tais motivos, e ante a insuficiência das demais


medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal,
fls. 319

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA PAULA MOREIRA MATTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 23/10/2017 às 18:16 , sob o número WBFU17701609466 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 705D64.
fls. 320

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA PAULA MOREIRA MATTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 24/10/2017 às 08:03 .
ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7075B1.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Foro: Foro Central Criminal Barra Funda

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 23/10/2017 17:39


Prazo: 10 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 23 de Outubro de 2017


fls. 321

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 71D62D.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 27/10/2017 às 16:22 .
Vistos.

Promovo o arquivamento do inquérito policial em relação a Albert


Gonçalves da Silva, conforme requerido pelo MP a fls. 272, nos termos do artigo 18 do
CPP.

Fls. 312/315 e 318/319: apresentada defesa preliminar pelo acusado


NICHOLAS, não restou configurada nenhuma das hipóteses do artigo 397 do Código de
Processo Penal. Com efeito, os elementos coligidos até o momento não permitem concluir
pela incidência de causas excludentes da ilicitude do fato ou da culpabilidade do agente.
Paralelamente, não se verifica extinta a punibilidade. Por fim, o fato narrado na denúncia,
em tese, constitui crime. Assim, a hipótese não comporta a absolvição sumária (art. 397,
CPP).

No mais, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva


formulado pelo réu. Além do requisito de admissibilidade previsto no artigo 313, inciso I,
do CPP, visualizo contundentes indícios de autoria e prova da materialidade, conforme se
extrai dos depoimentos das testemunhas, das declarações da vítima, dos autos de
reconhecimento e do boletim de ocorrência. Não obstante, relembro que o crime é
extremamente grave, hediondo, que origina intranquilidade social, de forma que a custódia
é imprescindível para resguardar a ordem pública, daí porque absolutamente inadequadas
fls. 322

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 71D62D.
no caso em comento quaisquer outras medidas cautelares (artigos 282, inciso II, 312 e 324,
inciso IV, do CPP).

Ademais, não há quaisquer provas de vínculos com o distrito da culpa,


especialmente ocupação lícita, regular, de modo que facilmente poderá frustrar os
chamamentos judiciais e motivar a aplicação do artigo 366 do CPP, razão pela qual a prisão
também é necessária para resguardar a instrução criminal. Em liberdade, poderá submeter a
vítima a constrangimentos, visando impedir seu reconhecimento.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 27/10/2017 às 16:22 .
No mais, cobre-se a devolução do mandado em relação ao corréu
WESLEY. Oportunamente, tornem conclusos.

Cobre-se, se o caso, item 3 de fls. 272.

Int. e Dil.

São Paulo, 27 de outubro de 2017.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/10/2017 às 18:17 , sob o número WBFU17701654194
fls. 323

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível e Família


Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª
VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL – FORO BARRA FUNDA – SÃO
PAULO – SP:

Processo Crime nº.007068064.2017.8.26.0050.

WESLEY SANTOS ROCHA, já qualificado nos autos do


processo em epígrafe, por sua advogada e procuradora que esta subscreve,
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar
tempestivamente, RESPOSTA ESCRITA A ACUSAÇÃO, na forma do artigo
396-396-A do Código de Processo Penal – CPP, para que surtam os devidos
fins de direito.

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/– Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 1

Fones: (11) 2495.5620 cel. 9. 9507.3679

Email: ivonecassia@gmail.com
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/10/2017 às 18:17 , sob o número WBFU17701654194
fls. 324

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível e Família


Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
PRELIMINARMENTE:

DA REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

1. Conforme se verifica dos autos, policiais militares em


diligencia pelo local dos fatos teriam notado a presença de uma motocicleta
estacionada numa garagem e sob pesquisa de placas constou na mesma
queixa de roubo.
2. Dessa forma interpelaram o proprietário da
residência, na pessoa de Gilson da Conceição Bela, tendo, o mesmo
inicialmente sido reconhecido pela vítima “Helena”, fl. 20 como sendo um dos
autores do crime. Posteriormente fls. 128/129, a vítima retratou-se em solo
policial alegando que por equivoco, e ao calor dos fatos, teria realizado
erroneamente o reconhecimento pessoal do investigado.
3. Dessa forma denúncias anônimas marcaram a
condução do acusado Nicolas, reconhecimento fls. 48/131,
pessoal/fotográfico e do acusado Wesley, 130, fotográfico, atribuindo ao
mesmo à autoria delitiva dos fatos.
4. Note-se I. Julgadora que somente o reconhecimento
fotográfico do acusado fora realizado até o presente momento, sendo
imputada ao mesmo a autoria delitiva. Por outro lado, conforme informação
dos autos, somente a genitora do acusado fora ouvida em solo policial,
Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/– Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 2

Fones: (11) 2495.5620 cel. 9. 9507.3679

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/10/2017 às 18:17 , sob o número WBFU17701654194
fls. 325

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível e Família


Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
oportunidade em que declinou desconhecer os fatos atribuídos a seu filho,
alegando que desde que retornou da Bahia, não teve mais contado com o
mesmo, e que a casa é alugada para a pessoa de Gilson, e que soube na policia
que seu filho, havia estacionado uma motocicleta no local. Informa ainda que
seu filho tem conhecimento com um amigo de nome “Albert”.

5. Nesse sentido, considerando-se a informação dos


autos, tem-se que, até o presente momento somente o auto de
reconhecimento fotográfico fora realizado nos autos de modo a imputar a
autoria delitiva ao acusado, sendo certo que, sua captura até o presente
momento não ocorreu.

6. No STJ, o ministro Rogerio Schietti Cruz afirmou que o


reconhecimento fotográfico, como meio de prova, é apto para fixar a autoria do
crime somente quando corroborado por outras provas, colhidas sob o crivo do
contraditório. Segundo o relator, não se trata de negar validade ao depoimento
da vítima, e sim de negar validade à condenação baseada em “elemento
informativo colhido em total desacordo com as regras probatórias e sem
o contraditório judicial”. GRIFO NOSSO.

7. Dessa forma necessário se faz o aprimoramento


das investigações policiais, verifica-se dessa forma que uma fase da

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/– Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 3

Fones: (11) 2495.5620 cel. 9. 9507.3679

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.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/10/2017 às 18:17 , sob o número WBFU17701654194
fls. 326

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível e Família


Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
investigação restou suprimida, ocorrendo dessa forma à decretação da
prisão preventiva do acusado. Grifo nosso.

8. Dessa forma colacionamos a doutrina de nossos


tribunais, senão vejamos:

“O reconhecimento fotográfico não pode ser considerado


uma prova direta, mas sim indireta, ou seja, um mero indicio, com a cautela
que lhe é natural, diz Frederico Marques, nesse contexto, que. “tudo depende,
em casa caso, das circunstancias que rodearam o reconhecimento e dos dados
que forem fornecidos pela vitima ou testemunhas para fundamentar suas
afirmativas. (Elementos de direito processual penal, v. 2, p. 308). Trecho
extraído da obra, Manual de Processo Penal e Execução Penal, Nucci,
Guilherme de Souza, Editora Gen. Forense, ano 2015.

9. Portanto I. Julgadora observa-se que nessa fase da


persecução penal, a autoridade policial sem outros esforços, representou pela
prisão preventiva do acusado sem o esforço de outros meios de investigação
policial, portanto, soa nesse momento totalmente prematuro o decreto
preventivo em desfavor do acusado.

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/– Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 4

Fones: (11) 2495.5620 cel. 9. 9507.3679

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.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/10/2017 às 18:17 , sob o número WBFU17701654194
fls. 327

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível e Família


Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
10. Por outro lado, verifica-se que os fatos, ocorreram por
volta das 23h00, sendo perfeitamente cabíveis as dúvidas no reconhecimento
pessoal, considerando-se que a vitima Helena, somente teria visto o perfil do
suposto autor do crime, podendo ocorrer o que certamente houve em relação
ao investigado Gilson, ou seja, o reconhecimento fotográfico e pessoal e sua
consequente retratação ao reconhecimento, conforme documento anexo.

11. Verifica-se ainda I. Julgadora que o acusado sequer


possui antecedentes criminais conforme documento de fls. 97/100, e o
mesmo se observa em relação ao corréu Nicolas Reis Medeiros, fls. 119
dos autos.

12. Nesse sentido colacionamos a jurisprudência de


nossos tribunais, senão vejamos:

... “A produção de provas na fase inquisitorial deve


observar com rigor as formalidades legais tendentes a
emprestar-lhe maior segurança, sob pena de completa
desqualificação de sua capacidade probatória. (STJ - HC
56.723, Sexta Turma, Rel. Ministro Paulo Medina, DJ
11/12/2006).

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/– Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 5

Fones: (11) 2495.5620 cel. 9. 9507.3679

Email: ivonecassia@gmail.com
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/10/2017 às 18:17 , sob o número WBFU17701654194
fls. 328

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível e Família


Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO
QUALIFICADO. NULIDADE DA SENTENÇA.
CONDENAÇÃO FUNDAMENTADA EM
RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO. FASE
INQUISITORIAL. AUSÊNCIA DE CONFIRMAÇÃO
JUDICIAL. ORDEM CONCEDIDA.

- O reconhecimento fotográfico somente deve ser


considerado como forma idônea de prova, quando
acompanhada de outros elementos aptos a caracterizar a
autoria do delito.

- A produção de provas na fase inquisitorial, deve observar


com rigor as formalidades legais tendentes a emprestar-lhe
maior segurança, sob pena de completa desqualificação de
sua capacidade probatória.

- Ordem CONCEDIDA para anular o acórdão recorrido e


determinar a imediata soltura do Paciente, salvo se por
outro motivo estiver preso. (STJ - HC 56.723, Sexta Turma,
Rel. Ministro Paulo Medina, DJ 11/12/2006). Grifo nosso.
Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/– Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 6

Fones: (11) 2495.5620 cel. 9. 9507.3679

Email: ivonecassia@gmail.com
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/10/2017 às 18:17 , sob o número WBFU17701654194
fls. 329

Advocacia Criminal, Trabalhista, Cível e Família


Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
Como se vê do entendimento jurisprudencial, imperioso que
o reconhecimento por meio de fotografia não pode ser,
quando realizado de acordo com a lei, meio de prova
autônomo apto a embasar sentença condenatória. Exigia-se,
no mínimo, por meio de impulso acusatório, requerimento
para realização de reconhecimento pessoal do acusado por
parte das vítimas. Entretanto, não há nenhuma providência
neste sentido nos autos.

Sobre o tema, é entendimento pacífico por parte do STJ que


é possível o reconhecimento do acusado por meio
fotográfico, mas desde que, em Juízo, sejam observadas as
formalidades contidas no art. 226 do Código de
Processo Penal (HC 136.147, 5ª Turma, Rel. Ministro
Arnaldo Esteves Lima, DJe 03/11/2009).

13. Dessa forma verifica-se que o decreto preventivo com


escopo somente no reconhecimento fotográfico, alheio a outras provas dos
autos, não deve prosperar e nesse sentido destacamos1) não foram
encontradas armas na residência do acusado;2) a primariedade do

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Dra. Ivone Cássia Guimarães

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 729099.
acusado, bem como do corréu, 3) as condições do reconhecimento pessoal
e por fim 4) das falhas ocorridas durante a investigação policial em
especial as do acusado Gilson da Conceição Bela, não deve prosperar
devendo ser revogado, para que surta os devidos fins de direito e nesse
sentido colacionamos a jurisprudência de nossos tribunais, senão vejamos:

“PRISÃO PREVENTIVA”- Revogação – Decreto não


fundamentado – simples remissão às categorias contidas no
art. 312 do CPP – Réu, ademais, primário e com residência
fixa – Ordem concedida”. (JTJ 136/547).

14. Requer o acusado o deferimento à revogação da prisão


preventiva decretada por esse juízo para que o mesmo possa responder ao
presente processo em liberdade, na forma do artigo 310 a 323 do Código de
Processo Penal – CPP, sem pagamento de fiança, expedindo-se imediatamente o
competente contramandado de prisão, devendo o mesmo assinar o termo de
comparecimento a todos os atos processuais, como forma de justiça.

DOS FATOS.

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15. Narram os autos do inquérito policial, que no dia 08
de julho de 2017, por volta das 23h00, a vitima Caio V. Bonifácio, teria sido
abordado na entrada de sua residência, tendo sido subtraída sua motocicleta
de marca Kawasaki placas FAE 0600, a qual estava em sua posse.

16. Segundo consta dos autos, a vítima pilotava a moto


em comento, oportunidade em que chegando a sua residência, mais
exatamente no momento em que aguardava a abertura do portão eletrônico
teria sido abordada por indivíduos que lhe anunciaram o roubo. Na
oportunidade a irmã da vítima teria descido na garagem e observado
instantaneamente o crime, oportunidade em que posteriormente notou há
alguns metros a vitima caída ao chão baleada numa das pernas. conforme
laudo pericial em anexo.

17. Policiais militares realizando patrulhamento de rotina


na região do 33º Distrito Policial e notaram a motocicleta estacionada numa
garagem e em pesquisa lograram êxito em constatar que a mesma possuía
queixa de roubo.

18. Diante dos fatos conduziram a pessoa de GILSON DA


CONCEIÇÃO BELA, onde inicialmente o mesmo fora reconhecido pelas vítimas
como sendo ele o roubador da vítima Caio Vinicius, fls. 20, no entanto, após

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cientificar-se dos fatos, as vitimas, fls. 128 e seguintes, retificaram e
retrataram o reconhecimento pessoal realizado, isentando de culpa a pessoa
do investigado Gilson.
19. Segundo consta dos autos, informações anônimas
conduziram os investigadores de policia as pessoas de Nicolas e do acusado
Wesley, sendo certo que, quanto ao primeiro, teria ocorrido o
reconhecimento pessoal, com resultado de 100% de reconhecimento como
sendo aquele que teria realizado o roubo contra a vitima Caio Vinicius,
reconhecimento pessoal realizado pela vítima e sua irmã Helena; por outro
lado quando a pessoa do acusado, somente o reconhecimento pessoal fora
realizado de forma positiva, marcando assim a suposta participação do
acusado na trama delitiva.

20. Ainda no tocante a participação do acusado na trama


delitiva, segundo esclarece a vitima, seria supostamente o acusado a pessoa a
qual teria realizado o disparo de arma de fogo contra a pessoa da vitima,
injustificadamente, no momento em que essa empreendera fuga no momento
do crime.
21. Diante desses fatos encontram-se denunciados como
incurso nos crimes 157 parágrafo 3º, c/c inciso 14 inciso II, ambos do CP,.

DO DIREITO:

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DA NEGATIVA DE AUTORIA NO TOCANTE AO CRIME IMPUTADO AO
ACUSADO:

22. Conforme informação prestada pela genitora do


acusado o mesmo estaria há época dos fatos realizando uma viagem ao
Estado da Bahia – BA, sendo certo que, a mesma não teria visto o filho a partir
de seu retorno.

23. Verifica-se dos autos que embora a rés tenha sido


encontrada no local dos fatos, os moradores da residência desconhecem a
chegada desta ao local dos fatos, bem como quem a teria deixado no local.
Sendo certa a informação prestada pelo investigado Gilson Bela, (inquilino no
local), que desconhecia a origem da rés ali encontrada.

24. Por ouro lado, conforme apuração dos autos, a


policia teria chegado ao acusado bem como ao corréu por meio de
denunciação anônima, sendo certo que, razão não assiste a tal assertiva,
considerando-se o fato que os acusados são primários e de bons
antecedentes, não havendo ações reiteradas ao fato em tela, bem como
reincidência ao crime em comento.

25. O reconhecimento realizado por foto conforme ensina


a doutrina Pátria, deve ser considerado como precário, considerando-se

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que outras provas necessárias à investigação policial não foram
provocadas ou praticadas pela polícia, considerando-se que a
representação pela preventiva fundou-se em indícios precários de modo a
definir a autoria delitiva do crime. E dessa forma necessário se fazem
investigações policiais apuradas, de modo a definir a autoria delitiva ou
confirma-la, nos termos da pretensão Ministerial.

26. Dessa forma verifica-se que a denuncia não


corresponde à forma do artigo 41 do Código de Processo Penal – CPP,
devendo ser ofertada a Juízo somente apresentar todos os elementos de
sua definição e nesse sentido, não há como confundir a justa causa para a
ação penal com o interesse de agir, pois a falta de justa causa, significa não
haver alguma das condições para o exercício da ação penal e por outro lado,
não existindo qualquer uma das condições para o exercício da ação penal não
haverá justa causa.

27. Note-se I. Julgadora, que o judiciário não se


encontra a disposição da policial para reparar falhas na investigação
policial. A investigação policial deve ser conduzida de modo a imputar os
indícios necessários de autoria de modo a propiciar a ação penal, o que
não ocorre no presente caso. Grifo nosso.

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28. Por ouro lado, há no presente caso a possibilidade de
desclassificação do delito para a própria receptação na forma do artigo 180
do Código Penal – CP, no entanto, é matéria futura passível de ataque por
parte da defesa, o acusado é primário e de bons antecedentes, vigorando
contra o mesmo o princípio da inocência, ademais, a repercussão do fato
causou estranheza de seus próprios familiares, inclusive sua genitora,
conforme declarações dos autos.

29. Requer dessa forma a absolvição sumária do acusado


com fulcro no artigo 397 do Código de Processo Penal – CPP, o qual possui rol
meramente exemplificativo e não taxativo, sendo perfeitamente cabível a tese
de negativa de autoria por parte do acusado, para que surta os devidos fins de
direito.

DOS PEDIDOS:

30. Diante do exposto, requer:

Requer preliminarmente, a revogação da prisão preventiva


do acusado, sem o arbitramento de fiança, considerando-se que o acusado
preenche os requisitos dos artigos 310 a 323 do Código de Processo Penal – CPP,
para que surta os devidos fins de direito.

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Requer dessa forma a absolvição sumária do acusado com
fulcro no artigo 397 do Código de Processo Penal – CPP, o qual possui rol
meramente exemplificativo e não taxativo, sendo perfeitamente cabível a tese
de negativa de autoria por parte do acusado, para que surta os devidos fins de
direito.

Requer seja recebido o rol de testemunhas abaixo, para que


surta dos devidos fins de direito.

Requer desde já, os benefícios da Justiça Gratuita em favor


do acusado, com fundamente na lei 1060/50, em toda a sua extensão.

Nestes termos em que;

Pede deferimento.

São Paulo, 14 de outubro de 2017

IVONE CÁSSIA GUIMARÃES

OAB/SP 250.641.

Rua Dr. Paulo Ribeiro Coelho, nº 280 – s/5/6/– Jardim Ester Yolanda – São Paulo - SP 14

Fones: (11) 2495.5620 cel. 9. 9507.3679

Email: ivonecassia@gmail.com
fls. 337

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 31/10/2017 às 11:03 .
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 72B1CC.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Ato Ordinatório

Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 31 de outubro de 2017.


Eu, ___, Franklin Shiro Kuwahara, Coordenador.
fls. 338

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br

CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 72B1D6.
Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro []

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 31/10/2017 às 11:03 .
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 31/10/2017 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, (SP), 31 de outubro de 2017


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA PAULA MOREIRA MATTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 03/11/2017 às 18:06 , sob o número WBFU17701675752
fls. 339

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Autos nº 0070680-64.2017.8.26.0050

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 739797.
MM. Juiz:

Trata-se de resposta escrita apresentada pelo


denunciado WESLEY, que protesta, em síntese, por sua absolvição sumária.
Pleiteia, ainda, seja a prisão preventiva revogada, a fim de que possa
responder ao processo em liberdade.

Ressalte-se, por primeiro, que não há que se falar


em absolvição sumária. Isso porque ficaram amplamente demonstrados a
materialidade delitiva e os indícios de autoria, o que dá o lastro necessário
para a persecução penal e, por si só, justifica a instrução processual. A
conduta praticada pelo indiciado é prevista como infração penal pelo
ordenamento jurídico vigente, sendo incabível falar-se em atipicidade.

No mais, as alegações oferecidas pelo acusado se


confundem com o mérito, o que deverá ser apreciado no momento
oportuno, após a oitiva de testemunhas e a realização das demais provas
que se fizerem necessárias.

No que diz respeito ao pedido de revogação da


prisão preventiva, manifesto-me pelo indeferimento.

A decretação da prisão cautelar do réu deve ser


mantida, eis que corretamente determinada, com fundamentação nos
requisitos autorizadores da custódia, presentes no artigo 312 do Código de
Processo Penal. Não houve qualquer alteração no panorama fático desde a
decretação da prisão do denunciado, cujos fundamentos, pressupostos e
condições de admissibilidade continuam presentes.
Ana Paula Moreira Mattos
Promotora de Justiça Substituta
São Paulo, 03 de novembro de 2017.
manifesto-me contrariamente à revogação da prisão preventiva.

Aguardo, pois, o prosseguimento do feito.


MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Por tais motivos, e ante a insuficiência das demais


medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal,
fls. 340

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA PAULA MOREIRA MATTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 03/11/2017 às 18:06 , sob o número WBFU17701675752 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 739797.
fls. 341

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA PAULA MOREIRA MATTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 04/11/2017 às 08:21 .
ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 73A512.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Foro: Foro Central Criminal Barra Funda

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 03/11/2017 18:03


Prazo: 10 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 3 de Novembro de 2017


fls. 342

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 73EDF3.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/11/2017 às 16:43 .
Vistos.

Fls. 323/336 e 339/340: apresentada defesa preliminar pelo acusado


WESLEY, não restou configurada nenhuma das hipóteses do artigo 397 do Código de Processo
Penal. Com efeito, os elementos coligidos até o momento não permitem concluir pela incidência de
causas excludentes da ilicitude do fato ou da culpabilidade do agente. Paralelamente, não se
verifica extinta a punibilidade. Por fim, o fato narrado na denúncia, em tese, constitui crime.
Assim, a hipótese não comporta a absolvição sumária (art. 397, CPP).

Sem prejuízo, designo audiência de instrução, debates e julgamento para o


dia 06/02/2018, às 14h30. Intimem-se e requisitem-se as testemunhas arroladas e os réus presos.

No mais, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva formulado


pelo réu, como já decidido a fls. 321/322. Além do requisito de admissibilidade previsto no artigo
313, inciso I, do CPP, visualizo contundentes indícios de autoria e prova da materialidade,
conforme se extrai dos depoimentos das testemunhas, das declarações da vítima, dos autos de
reconhecimento e do boletim de ocorrência. Não obstante, relembro que o crime é extremamente
grave, hediondo, que origina intranquilidade social, de forma que a custódia é imprescindível para
resguardar a ordem pública, daí porque absolutamente inadequadas no caso em comento quaisquer
outras medidas cautelares (artigos 282, inciso II, 312 e 324, inciso IV, do CPP).

Ademais, não há quaisquer provas de vínculos com o distrito da culpa,


especialmente ocupação lícita, regular, de modo que facilmente poderá frustrar os chamamentos
judiciais e motivar a aplicação do artigo 366 do CPP, razão pela qual a prisão também é necessária
fls. 343

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 73EDF3.
para resguardar a instrução criminal. Em liberdade, poderá submeter a vítima a constrangimentos,
visando impedir seu reconhecimento.

Int. e Dil.

São Paulo, 06 de novembro de 2017.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/11/2017 às 16:43 .
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 344

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Réu Preso

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 74565B.
MANDADO DE INTIMAÇÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP-279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/211640-8
Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 07/11/2017 às 14:32 .
Justiça Gratuita

Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):


Réu: WESLEY SANTOS ROCHA, Brasileiro, Solteiro, RG 48935806, pai Antonio Rocha, mãe
Eunice Monteiro Santos, Nascido em 10/06/1995, natural de São Paulo - SP, Rua Catalunha, 8
fundos, Jaguaré, CEP 05329-030, São Paulo - SP, Fone 11 - 3768-5906.

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda da
Comarca DE SÃO PAULO, Estado de São Paulo, Dr(a). Maria Fernanda Belli, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, proceda à

INTIMAÇÃO, no(s) endereço(s) indicado(s) ou onde for(em) encontrado(s), da(s) pessoa(s)


acima indicada(s), para comparecer à Audiência de Instrução, Interrogatório, Debates e
Julgamento designada para o dia 06/02/2018 às 14:30h, no Foro Central Criminal Barra
Funda, no(a) Sala 011, na Av. Abraão Ribeiro, 313, Barra Funda, São Paulo, SOB PENA DE
REVELIA.

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Franklin
Shiro Kuwahara , Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.

*05020172116408*
fls. 345

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Réu Preso

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7456B3.
MANDADO DE INTIMAÇÃO DA VÍTIMA

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/211647-5

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 07/11/2017 às 14:34 .
Justiça Gratuita
Pessoa a ser intimada:
CAIO VINICIUS BONIFÁCIO BEZERRA, Brasileiro, Solteiro, Encarregado, RG 52446940,
pai José Laudenor Bezerra, mãe Roberta Cristina Aparecida Bertani Bezerra, Rua União da
Vitória, 226, Vila Jaguara, CEP 05117-080, São Paulo - SP, Fone 11 - 3621-5461

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli,

MANDA a qualquer oficial de justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, expedido nos
autos em epígrafe, proceda à
INTIMAÇÃO da Vítima indicada acima, para comparecimento pessoal perante este Juízo,
localizado na Av. Abraão Ribeiro, 313, Barra Funda, São Paulo, no dia 06/02/2018 às 14:30h,
para prestar depoimento.

ADVERTÊNCIA: Fica Vossa Senhoria advertida de que, deixando de comparecer sem motivo
justo, sujeitar-se-á à condução coercitiva (art. 201, §1º, Código de Processo Penal).

CUMPRA-SE, na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Franklin
Shiro Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.

*05020172116475*
fls. 346

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Réu Preso

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 745709.
MANDADO DE INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHA

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/211656-4

Justiça Gratuita

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 07/11/2017 às 14:37 .
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
Testemunha de Acusação: HELENA CRISTINA BEZERRA, Brasileiro, Solteira,
Administradora de Empresas, RG 40986779, pai Jose Laudenor Bezerra, mãe Roberta Cristina
Aparecida Bertani Bezerra, Rua União da Vitoria, 226, Vila Jaguara, CEP 05117-080, São Paulo -
SP, Fone 11- 3621-5461, ou 11-980296729
O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli,
MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,
expedido nos autos da ação em epígrafe, proceda à
INTIMAÇÃO da(s) testemunha(s) acima indicada(s), para comparecimento pessoal perante este
Juízo, localizado na Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda, São Paulo, na audiência
de Instrução, Debates e Julgamento, no dia 06/02/2018 às 14:30h, no(a) Sala 011, para depor
sobre os fatos narrados no processo em epígrafe.
ADVERTÊNCIA: Fica desde já Vossa Senhoria cientificado(a)(s) de que poderá(ão) vir a
ser(em) condenado(s) ao pagamento da multa prevista no art. 458 do CPP e ser(em) processado(s)
por desobediência, se deixar(em) de comparecer sem motivo justificado, implicando, ainda, em
ser(m) conduzido(s) coercitivamente por Oficial de Justiça deste Juízo, ou pela polícia (conforme
arts. 218 e 219 do CPP).

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Franklin
Shiro Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.
Art. 212, do CPC: Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
Artigo 5º, inciso XI, da CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

*05020172116564*
fls. 347

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Réu Preso

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 74575A.
MANDADO DE INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHA

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/211661-0

Justiça Gratuita

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 07/11/2017 às 14:39 .
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
Testemunha de Acusação: EUNICE SANTOS DE BRITO, Brasileiro, Casado, Auxiliar de
Limpeza, RG 17165574, pai Esmeraldo Batista Santos, mãe Nilza Olimpio Santos, Rua
Catalunha, 8, fundos, Jaguaré, CEP 05329-030, São Paulo - SP, Fone 11-3768-5906, ou 11-
961441860
O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli,
MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,
expedido nos autos da ação em epígrafe, proceda à
INTIMAÇÃO da(s) testemunha(s) acima indicada(s), para comparecimento pessoal perante este
Juízo, localizado na Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda, São Paulo, na audiência
de Instrução, Debates e Julgamento, no dia 06/02/2018 às 14:30h, no(a) Sala 011, para depor
sobre os fatos narrados no processo em epígrafe.
ADVERTÊNCIA: Fica desde já Vossa Senhoria cientificado(a)(s) de que poderá(ão) vir a
ser(em) condenado(s) ao pagamento da multa prevista no art. 458 do CPP e ser(em) processado(s)
por desobediência, se deixar(em) de comparecer sem motivo justificado, implicando, ainda, em
ser(m) conduzido(s) coercitivamente por Oficial de Justiça deste Juízo, ou pela polícia (conforme
arts. 218 e 219 do CPP).

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Franklin
Shiro Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.
Art. 212, do CPC: Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
Artigo 5º, inciso XI, da CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

*05020172116610*
fls. 348

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

MANDADO DE INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHA

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7457BD.
Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/211665-3

Justiça Gratuita
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
Testemunha de Defesa: MANOEL MESSIAS ROCHA, Brasileiro, Rua Catalunha, 138,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 07/11/2017 às 14:41 .
Jaguaré, CEP 05329-030, São Paulo - SP
O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli,
MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,
expedido nos autos da ação em epígrafe, proceda à
INTIMAÇÃO da(s) testemunha(s) acima indicada(s), para comparecimento pessoal perante este
Juízo, localizado na Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda, São Paulo, na audiência
de Instrução, Debates e Julgamento, no dia 06/02/2018 às 14:30h, no(a) Sala 011, para depor
sobre os fatos narrados no processo em epígrafe.
ADVERTÊNCIA: Fica desde já Vossa Senhoria cientificado(a)(s) de que poderá(ão) vir a
ser(em) condenado(s) ao pagamento da multa prevista no art. 458 do CPP e ser(em) processado(s)
por desobediência, se deixar(em) de comparecer sem motivo justificado, implicando, ainda, em
ser(m) conduzido(s) coercitivamente por Oficial de Justiça deste Juízo, ou pela polícia (conforme
arts. 218 e 219 do CPP).

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Franklin
Shiro Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.
Art. 212, do CPC: Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
Artigo 5º, inciso XI, da CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

*05020172116653*
fls. 349

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Réu Preso

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 745802.
MANDADO DE INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHA

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/211667-0

Justiça Gratuita

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 07/11/2017 às 14:42 .
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
Testemunha de Defesa: OZENIRA RODRIGUES DA SILVA, Brasileiro , Rua Lealdade, 524,
Jaguaré, CEP 05333-090, São Paulo - SP
O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli,
MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,
expedido nos autos da ação em epígrafe, proceda à
INTIMAÇÃO da(s) testemunha(s) acima indicada(s), para comparecimento pessoal perante este
Juízo, localizado na Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda, São Paulo, na audiência
de Instrução, Debates e Julgamento, no dia 06/02/2018 às 14:30h, no(a) Sala 011, para depor
sobre os fatos narrados no processo em epígrafe.
ADVERTÊNCIA: Fica desde já Vossa Senhoria cientificado(a)(s) de que poderá(ão) vir a
ser(em) condenado(s) ao pagamento da multa prevista no art. 458 do CPP e ser(em) processado(s)
por desobediência, se deixar(em) de comparecer sem motivo justificado, implicando, ainda, em
ser(m) conduzido(s) coercitivamente por Oficial de Justiça deste Juízo, ou pela polícia (conforme
arts. 218 e 219 do CPP).

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Franklin
Shiro Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.
Art. 212, do CPC: Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
Artigo 5º, inciso XI, da CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

*05020172116670*
fls. 350

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Réu Preso

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 745827.
MANDADO DE INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHA

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2017/211671-8

Justiça Gratuita

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 07/11/2017 às 14:43 .
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
Testemunha de Defesa: VANIA VIEIRA PEIXOTO, Brasileiro, Rua Alarico Franco Caiubi,
338, Jaguaré, CEP 05330-010, São Paulo - SP
O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli,
MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,
expedido nos autos da ação em epígrafe, proceda à
INTIMAÇÃO da(s) testemunha(s) acima indicada(s), para comparecimento pessoal perante este
Juízo, localizado na Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda, São Paulo, na audiência
de Instrução, Debates e Julgamento, no dia 06/02/2018 às 14:30h, no(a) Sala 011, para depor
sobre os fatos narrados no processo em epígrafe.
ADVERTÊNCIA: Fica desde já Vossa Senhoria cientificado(a)(s) de que poderá(ão) vir a
ser(em) condenado(s) ao pagamento da multa prevista no art. 458 do CPP e ser(em) processado(s)
por desobediência, se deixar(em) de comparecer sem motivo justificado, implicando, ainda, em
ser(m) conduzido(s) coercitivamente por Oficial de Justiça deste Juízo, ou pela polícia (conforme
arts. 218 e 219 do CPP).

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Franklin
Shiro Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.
Art. 212, do CPC: Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
Artigo 5º, inciso XI, da CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

*05020172116718*
fls. 351

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7454EF.
REQUISIÇÃO DE RÉU PRESO
Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17
Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Artigo da denúncia: Art. 157 § 3º, Parte 2 do(a) CP
(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)
Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 07/11/2017 às 17:23 .
São Paulo, 07 de novembro de 2017.

Prezado(a) Senhor(a),

Pelo presente, solicito a Vossa Senhoria providências para apresentar perante este
Juízo o(a)(s) Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS, Preso no C.D.P. Belem I, Brasileiro,
Solteiro, Cabeleireiro, RG 52597092, pai José Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis,
Nascido/Nascida em 11/02/1999, natural de Osasco - SP, Avenida Corifeu de Azevedo Marques,
5417, Vila Lageado, CEP 05339-005, São Paulo - SP, no dia 06/02/2018 às 14:30h, a fim de
participar de Audiência de Instrução, Debates e Julgamento.
( ) O(A)(s) réu(ré)(s) deverá(ao) permanecer nesta Comarca até o final da Instrução.
( ) O(A)(s) réu(ré)(s) não deverá(ao) permanecer nesta Comarca até o final da Instrução.
Atenciosamente.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Ilmo(a). Sr(a).


Diretor(a) do(a) Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I + Ala de
Progressão
Av. Condessa Elizabete Robiano, 900, Belém - CEP 3021000, São Paulo - SP
fls. 352

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 745554.
OFÍCIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)


Réu Preso

São Paulo, 07 de novembro de 2017.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 07/11/2017 às 17:24 .
Prezado(a) Senhor(a),

Pelo presente, solicito a Vossa Senhoria providências para determinar o


comparecimento do(a)(s) policial(is) abaixo qualificado(a)(s), neste Juízo, situado na Av. Abraão
Ribeiro, 313, Barra Funda, São Paulo, no(a) Sala 011, para a audiência Instrução, Debates e
Julgamento, no dia 06/02/2018 às 14:30h, a fim de depor(em) como testemunha(s):

ANDRÉ LUIS ZACARIN DOS SANTOS, Policial Militar, RG 48402803, pai Jose Luiz dos
Santos, mãe Vera Lucia Zacarin Vieira, Rua Cono Mateo, 17, 4ª CIA- 23º BPM/M, Pq.
Continental, São Paulo – SP.

NILTON ROBERTO MACARIO MENDONÇA JUNIOR, Policial Militar, RG 48543233, pai


Nilton Roberto Macario Mendonça, mãe Simideusa Vicente dos Santos, Rua Cono Matteo, 17, 4ª
CIA- 23º BPM/M, Parque Continental, São Paulo – SP.

Atenciosamente.

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Ilmo(a). Sr(a).


COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR
E-mail: dpapjuizo@policiamilitar.sp.gov.br
fls. 353

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COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 7455E1.
OFÍCIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)


Réu Preso

São Paulo, 07 de novembro de 2017.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 07/11/2017 às 17:24 .
Prezado(a) Senhor(a),

Pelo presente, solicito a Vossa Senhoria providências para determinar o


comparecimento do(a)(s) policial(is) abaixo qualificado(a)(s), neste Juízo, situado na Av. Abraão
Ribeiro, 313, Barra Funda, São Paulo, no(a) Sala 011, para a audiência Instrução, Debates e
Julgamento, no dia 06/02/2018 às 14:30h, a fim de depor(em) como testemunha(s):

MAYKOL HENRY PENALOZA MAGNE, Policial Civil, RG 24845692, pai Hyenrique


Penaloza Estrada, mãe Ilda Magne Guachalla, Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 4300, 93º
D.P., Vila Lageado, CEP 05339-002, São Paulo - SP.

GABRIEL JORGE THOME, Policial Civil, RG 41897324, pai Lacerio Gonçalves Thome, mãe
Luci Mari Jorge Thome, Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 4300, 93º D.P., Vila Lageado,
CEP 05339-002, São Paulo - SP

Atenciosamente.

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Ilmo(a). Sr(a). Delegado(a) Titular do 93º Distrito Policial


Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 4300, Vila Lageado - São Paulo – SP.
fls. 354

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 09/11/2017 11:32


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 75218D.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0091/2017, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP) D.J.E
José Albino Neto (OAB 275310/SP) D.J.E

Teor do ato: "Vistos.Fls. 323/336 e 339/340: apresentada defesa preliminar pelo acusado WESLEY, não
restou configurada nenhuma das hipóteses do artigo 397 do Código de Processo Penal. Com efeito, os

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 09/11/2017 às 11:33 .
elementos coligidos até o momento não permitem concluir pela incidência de causas excludentes da ilicitude
do fato ou da culpabilidade do agente. Paralelamente, não se verifica extinta a punibilidade. Por fim, o fato
narrado na denúncia, em tese, constitui crime. Assim, a hipótese não comporta a absolvição sumária (art. 397,
CPP). Sem prejuízo, designo audiência de instrução, debates e julgamento para o dia 06/02/2018, às 14h30.
Intimem-se e requisitem-se as testemunhas arroladas e os réus presos.No mais, indefiro o pedido de
revogação da prisão preventiva formulado pelo réu, como já decidido a fls. 321/322. Além do requisito de
admissibilidade previsto no artigo 313, inciso I, do CPP, visualizo contundentes indícios de autoria e prova da
materialidade, conforme se extrai dos depoimentos das testemunhas, das declarações da vítima, dos autos de
reconhecimento e do boletim de ocorrência. Não obstante, relembro que o crime é extremamente grave,
hediondo, que origina intranquilidade social, de forma que a custódia é imprescindível para resguardar a
ordem pública, daí porque absolutamente inadequadas no caso em comento quaisquer outras medidas
cautelares (artigos 282, inciso II, 312 e 324, inciso IV, do CPP).Ademais, não há quaisquer provas de vínculos
com o distrito da culpa, especialmente ocupação lícita, regular, de modo que facilmente poderá frustrar os
chamamentos judiciais e motivar a aplicação do artigo 366 do CPP, razão pela qual a prisão também é
necessária para resguardar a instrução criminal. Em liberdade, poderá submeter a vítima a constrangimentos,
visando impedir seu reconhecimento.Int. e Dil."

Do que dou fé.


São Paulo, 9 de novembro de 2017.

Douglas Juliano Nakaza


fls. 355

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 10/11/2017 12:58


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 759D22.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0091/2017, foi disponibilizado na página
1730/1731 do Diário da Justiça Eletrônico em 10/11/2017. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP)
José Albino Neto (OAB 275310/SP)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 10/11/2017 às 12:58 .
Teor do ato: "Vistos.Fls. 323/336 e 339/340: apresentada defesa preliminar pelo acusado WESLEY, não
restou configurada nenhuma das hipóteses do artigo 397 do Código de Processo Penal. Com efeito, os
elementos coligidos até o momento não permitem concluir pela incidência de causas excludentes da ilicitude
do fato ou da culpabilidade do agente. Paralelamente, não se verifica extinta a punibilidade. Por fim, o fato
narrado na denúncia, em tese, constitui crime. Assim, a hipótese não comporta a absolvição sumária (art. 397,
CPP). Sem prejuízo, designo audiência de instrução, debates e julgamento para o dia 06/02/2018, às 14h30.
Intimem-se e requisitem-se as testemunhas arroladas e os réus presos.No mais, indefiro o pedido de
revogação da prisão preventiva formulado pelo réu, como já decidido a fls. 321/322. Além do requisito de
admissibilidade previsto no artigo 313, inciso I, do CPP, visualizo contundentes indícios de autoria e prova da
materialidade, conforme se extrai dos depoimentos das testemunhas, das declarações da vítima, dos autos de
reconhecimento e do boletim de ocorrência. Não obstante, relembro que o crime é extremamente grave,
hediondo, que origina intranquilidade social, de forma que a custódia é imprescindível para resguardar a
ordem pública, daí porque absolutamente inadequadas no caso em comento quaisquer outras medidas
cautelares (artigos 282, inciso II, 312 e 324, inciso IV, do CPP).Ademais, não há quaisquer provas de vínculos
com o distrito da culpa, especialmente ocupação lícita, regular, de modo que facilmente poderá frustrar os
chamamentos judiciais e motivar a aplicação do artigo 366 do CPP, razão pela qual a prisão também é
necessária para resguardar a instrução criminal. Em liberdade, poderá submeter a vítima a constrangimentos,
visando impedir seu reconhecimento.Int. e Dil."

SÃO PAULO, 10 de novembro de 2017.

Douglas Juliano Nakaza


Escrevente Técnico Judiciário
fls. 356

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COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 745A39.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 10/11/2017 às 14:20 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que nesta data expedi oficio requisitando o réu Nicholas;
mandado de intimação ao réu Wesley; oficios requisitando as testemunhas
funcionarias; mandado de intimação a vitima e as testemunhas de acusação
e defesa (réu Nicholas), bem como encaminhei ao D.O.E intimação aos
defensores. Nada Mais. São Paulo, 07 de novembro de 2017. Eu, Marinez
Simioni Duarte, Chefe de Seção Judiciário.
fls. 357

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 79460C.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOSE FRANCISCO RODRIGUES DA CRUZ, liberado nos autos em 18/12/2017 às 12:28 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça José Francisco Rodrigues da Cruz (19508)

CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/211647-5 dirigi-me à rua União da Vitória, 226, em Vila Jaguara,
onde INTIMEI, pessoalmente, Caio Vinicius Bonifácio Bezerra que, ciente,
exarou sua assinatura. O referido é verdade e dou fé. (Of. Cruz, matr.
27.269). São Paulo, 27 de novembro de 2017.

Número de Cotas: MENOS DE 15 KMS RODADOS: HUM ATO


fls. 358

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 806985.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VICENTE BENEDITO FERREIRA BEZERRA, liberado nos autos em 09/01/2018 às 13:22 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato negativo
Oficial de Justiça Vicente Benedito Ferreira Bezerra (18813)

CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO NEGATIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/211671-8, fui na Rua Alarico Franco Caiubi, 338, e deixei de
Intimar VANIA VIEIRA PEIXOTO, pois não a encontrei. Deixei a contrafé
com sua filha Beatriz, fone: 99250-4996.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 29 de dezembro de 2017.

Número de Cotas:01
Distância 12 Km
fls. 359

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8075D9.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VICENTE BENEDITO FERREIRA BEZERRA, liberado nos autos em 09/01/2018 às 13:22 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato negativo
Oficial de Justiça Vicente Benedito Ferreira Bezerra (18813)

CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO NEGATIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/211667-0, fui na Rua Lealdade, 524 – Viela – Favela do Jaguaré.
E deixei de Intimar OZENIRA RODRIGUES DA SILVA, vulgo NIRÁ,
pois não a encontrei. Ali reside o seu filho Mackson Douglas da Silva, fone
95960-5242//96119-8203, vulgo Marco, que ficou com a contrafé. Está
Ozenira Rodrigues da Silva, em local incerto e não sabido.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 30 de dezembro de 2017.

Número de Cotas:01
Distância – de 15 Km
fls. 360

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


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FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 811853.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VICENTE BENEDITO FERREIRA BEZERRA, liberado nos autos em 09/01/2018 às 13:22 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato negativo
Oficial de Justiça Vicente Benedito Ferreira Bezerra (18813)

CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO NEGATIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/172915-5, fui na Rua Catalunha, 08 – Viela - fundos, e deixei de
CITAR WESLEY SANTOS ROCHA, pois não o encontrei. Ali reside a sua
mãe, Eunice Monteiro Santos, fone: 3768 – 5906, e ela declarou que o réu
não reside naquele endereço, e que não revela aonde ele pode ser
encontrado. Está Wesley Monteiro Santos, em local incerto e não sabido.
Está Certidão corrige a anterior.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 09 de janeiro de 2018.

Número de Cotas:01
Distância – de 15 Km
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADERALDO PEREIRA FREIRE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/01/2018 às 16:41 , sob o número WBFU18700108103
fls. 361

PEREIRA FREIRE ADVOCACIA E ASSESSORIA JURIDICA

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA


CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 856CE4.
PROCESSO N° 0070680-64.2017.8.26.0050

NICHOLAS REIS MEDEIROS, já qualificado


nos autos da Ação Penal supra epigrafado, por seus advogados que a esta
subscreve, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência para RENUNCIAR
seus patronatos por razões de foro íntimo.

Outrossim, requer seja o acusado intimado


para que possa constituir novo defensor.

Termos em que,
Pede Deferimento.

ADERALDO PEREIRA FREIRE


OAB/SP 398.360

JOSE ALBINO NETO


OAB/SP 275.310

Rua Gago Coutinho, 341-Lapa-São Paulo/SP


Cep 05075-020 Tel 11-38315084
Email: advpereirafreire@outlook.com
fls. 362

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


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1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 85D88A.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 29/01/2018 às 13:28 .
Vistos.

Embora designada audiência de instrução, debates e julgamento, conforme decisão


de fls. 342/343, o réu Wesley não foi citado (fls. 360), mas apresentou resposta à acusação através
de seu Defensor constituído. Assim, abra-se vista ao MP.
Sem prejuízo, diante da renúncia de fls. 361, intime-se o réu Nicholas a constituir
novo defensor, no prazo de dez dias.
Int.

São Paulo, 29 de janeiro de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 363

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 86E4D9.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VICENTE BENEDITO FERREIRA BEZERRA, liberado nos autos em 02/02/2018 às 13:55 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato negativo
Oficial de Justiça Vicente Benedito Ferreira Bezerra (18813)

CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO NEGATIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/211665-3, fui na Rua Catalunha, 138, e deixei de Intimar
MANOEL MESSIAS ROCHA, pois não o encontrei. A contrafé deixei em
sua residência.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 31 de janeiro de 2018.

Número de Cotas:01
Distância – de 15 Km
SIVEC - Sistema das Varas de Execuções Criminais do Estado de São Paulo. Page 1 of 1
fls. 364

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo


Login: VEC0001099
Comarca: São Paulo - 1ª Vara de Execuções de São Paulo
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0
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 876BE7.
Dados da Pessoa Física

Nome: WESLEY SANTOS ROCHA Número RG: 71.834.649-X


Nome da Mãe: EUNICE MONTEIRO SANTOS Nome do Pai: ANTONIO ROCHA
Sexo: Masculino Outros Rgs:
Processo(CNJ) | Incidentes | Roteiro de Pena | Movimentos | Habeas Corpus | M. Segurança | Juntadas | Beneficios | Inf. Comp. | Albergados
Inquéritos | T. C. | Processos Criminais | Proc. Jecrim | Inf. Carcerárias | Mandados | Contramandados | SAP | Capturas | F.A.

Dados SAP

Matrícula SAP:
1096428-6
Estabelecimento:
CDP BELEM I

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 02/02/2018 às 14:06 .
Situação Atual:
PRESO
Data Entrada:
10/01/2018
Vaga:
Fechado

Movimentação

Seq. Data Ocorrência Procedência Destino Tipo Mov. Motivo

Última 10/01/2018 93 D.P. - JAGUARE CDP BELEM I Inclusão Prisão Preventiva

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fls. 365

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 876CBC.
REQUISIÇÃO DE RÉU PRESO
Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17
Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Artigo da denúncia: Art. 157 § 3º, Parte 2 c/c Art. 14, II ambos do(a) CP
(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)
Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 02/02/2018 às 14:25 .
São Paulo, 02 de fevereiro de 2018.

Prezado(a) Senhor(a),

Pelo presente, solicito a Vossa Senhoria providências para apresentar perante este
Juízo o(a)(s) Réu: WESLEY SANTOS ROCHA, Brasileiro, Solteiro, RG 48935806, pai
Antonio Rocha, mãe Eunice Monteiro Santos, Nascido/Nascida em 10/06/1995, natural de São
Paulo - SP, Rua Catalunha, 8FDS, Jaguaré, CEP 05329-030, São Paulo - SP, Fone 11 -
3768-5906, no dia 06/02/2018 às 14:30h, a fim de participar de Audiência de Instrução, Debates
e Julgamento.
( ) O(A)(s) réu(ré)(s) deverá(ao) permanecer nesta Comarca até o final da Instrução.
( ) O(A)(s) réu(ré)(s) não deverá(ao) permanecer nesta Comarca até o final da Instrução.
Atenciosamente.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Ilmo(a). Sr(a).


Diretor(a) do(a) CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA BELÉM I
SÃO PAULO – SP.
fls. 366

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1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

U R G E N T E - Plantão

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MANDADO DE INTIMAÇÃO – PROCESSO DIGITAL

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2018/018954-0
Justiça Gratuita

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 02/02/2018 às 14:46 .
RÉU PRESO
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
NICHOLAS REIS MEDEIROS, Preso no C.D.P. Belem I, Brasileiro, Solteiro, Cabeleireiro,
RG 52597092, pai José Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis, Nascido/Nascida 11/02/1999,
natural de Osasco - SP, Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 5417, Vila Lageado, CEP
05339-005, São Paulo – SP.

OBS: audiência de instrução, debates e julgamento designada para o dia 06/02/2018, às


14:30 horas.

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda da
Comarca DE SÃO PAULO, Dr(a). Maria Fernanda Belli,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, proceda à

INTIMAÇÃO da(s) pessoa(s) acima indicada(s), para constituir novo advogado, no prazo de 10
dias, ficando ciente de que não o fazendo, será automaticamente designada a Defensoria Pública
para defendê-lo nos autos acima epigrafados.

ADVERTÊNCIA: Este processo tramita eletronicamente. A íntegra do processo (petição


inicial, documentos e decisões) poderá ser visualizada na internet. Para visualização, acesse o site
www.tjsp.jus.br, informe o número do processo e a senha anexa. Petições, procurações, defesas
etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 02 de fevereiro de 2018. Franklin Shiro
Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME


IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena
detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.

*05020180189540*
fls. 367

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CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 02/02/2018 às 14:58 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que nesta data expedi mandado de intimação ao réu


Nicholas, oficio requisitando o réu Wesley (fls. 364). Nada Mais. São Paulo,
02 de fevereiro de 2018. Eu, Marinez Simioni Duarte, Chefe de Seção
Judiciário.
fls. 368

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8779E3.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 02/02/2018 às 15:31 .
Ato Ordinatório

Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 02 de fevereiro de 2018.


Eu, ___, Marinez Simioni Duarte, Chefe de Seção Judiciário.
fls. 369

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CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8779EF.
Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro []

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 02/02/2018 às 15:31 .
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 02/02/2018 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, (SP), 02 de fevereiro de 2018


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DENILSON DE SOUZA FREITAS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 02/02/2018 às 19:36 , sob o número WBFU18700162868
fls. 370

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 879AE5.
MM. Juiz(a),

Ciente de fls.362.
O réu Nicholas foi citado pessoalmente (fls.306), constituiu
Advogado (fls.284) e apresentou resposta à acusação (fls.312/315). A fls.361,
seu Advogado renunciou ao mandato.
O acusado Wesley não foi encontrado para o ato citatório
(fls.360), mas constituiu Advogado (fls.286) e apresentou defesa prévia
(fls.323/326).
Houve manifestação do Ministério Público e apreciação
judicial sobre as respostas dos réus.
Por ora, aguardo audiência já designada, inclusive para
verificar se o réu Nicholas constituirá novo Advogado ou se será assistido pela
Defensoria Pública.

São Paulo, 02 de fevereiro de 2018.

DENILSON DE SOUZA FREITAS


19º Promotor de Justiça Criminal
fls. 371

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DENILSON DE SOUZA FREITAS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 03/02/2018 às 08:01 .
ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 87A244.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Foro: Foro Central Criminal Barra Funda

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 02/02/2018 19:36


Prazo: 10 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 2 de Fevereiro de 2018


fls. 372

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 05/02/2018 às 10:09 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 87BF40.
fls. 373

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 05/02/2018 às 10:09 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 87BF40.
fls. 374

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2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 87D68C.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 05/02/2018 às 13:20 .
Vistos.

Cobre-se a devolução do mandado expedido a fls. 366.


Fls. 372/373: aguarde-se a audiência designada, conferindo-se a requisição do réu.
Cumpra-se.

São Paulo, 05 de fevereiro de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 375

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 87DFC5.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOSE FRANCISCO RODRIGUES DA CRUZ, liberado nos autos em 05/02/2018 às 18:40 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato negativo
Oficial de Justiça José Francisco Rodrigues da Cruz (19508)

CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO NEGATIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/211656-4 dirigi-me à União da Vitória, 226, em Vila Jaguara,
onde DEIXEI DE INTIMAR Helena Cristina Bezerra eis que não a
localizei, deixando, todavia, cópia do r. Mandado aos cuidados do seu pai,
sr. José Laudenor Bezerra que, posteriormente, confirmou estar a intimanda
muito bem ciente. Certifico mais que não obtive êxito ao contatar os
telefones indicados. Suspendo as diligências. O referido é verdade e dou fé.
(Of. Cruz, matr. 27.269). São Paulo, 05 de fevereiro de 2018.

Número de Cotas: MENOS DE 15 KMS RODADOS: HUM ATO


fls. 376

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 882555.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VICENTE BENEDITO FERREIRA BEZERRA, liberado nos autos em 06/02/2018 às 14:31 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça Vicente Benedito Ferreira Bezerra (18813)

CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO POSITIVO E NEGATIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/211661-0, fui na Rua Juatuba, 68, e Intimei EUNICE SANTOS
DE BRITO, de todo o teor do mandado. A qual, de tudo ficou bem cdiente,
aceitou a contrafé que lhe ofereci, e exarou a sua assinatura no mandado.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 06 de fevereiro de 2018.

Número de Cotas:01
Distância – de 15 Km
fls. 377

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8825B8.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VICENTE BENEDITO FERREIRA BEZERRA, liberado nos autos em 06/02/2018 às 14:31 .
Situação do Mandado Cumprido - Ato negativo
Oficial de Justiça Vicente Benedito Ferreira Bezerra (18813)

CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO NEGATIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2017/211640-8, fui na Rua Catalunha, 8 fundos – Viela, e deixei de
Intimar WESLEY SANTOS ROCHA, pois não o encontrei. A contrafé
deixei no local.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 06 de fevereiro de 2018.

Número de Cotas:0
Distância – de 15 Km
fls. 378

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HELOISE MIGNON BRANCO RODRIGUES, liberado nos autos em 06/02/2018 às 18:06 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8864F5.
fls. 379

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 885509.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça Evaristo Machado (20943)

CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EVARISTO MACHADO, liberado nos autos em 06/02/2018 às 18:06 .
CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº
050.2018/018954-0 , recebido à data de 02/02/2018, dirigi-me ao
endereço: C.D.P. Belém "I", à data de 05/02/2018, onde INTIMEI,
Nicholas Reis Medeiros, de todo o teor do presente r.mandado, sendo
que este comprovando ciência e aceitando a contra fé, apôs sua
assinatura no anverso do r.mandado. Posto Isto, devolvo o presente
para as devidas providências legais. Nada Mais.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 06 de fevereiro de 2018.

Distância percorrida 10/15 km


Numero de atos:1
fls. 380

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01133-020

TERMO DE AUDIÊNCIA

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Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 – Controle 2017/001640
Classe – Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário
Documento de Roubo
Origem:
Autor: Justiça Pública
Réu: WESLEY SANTOS ROCHA e NICHOLAS REIS
MEDEIROS
Data da Audiência: 06/02/2018

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/02/2018 às 19:38 .
Aos 06/02/2018, às 14:30h, na sala de audiências da Primeira Vara Criminal da
Capital, sob a presidência da MM(a). Juiz(a) de Direito Drª. Maria Fernanda Belli, comigo
escrevente a seu cargo, afinal assinado, realizou-se a audiência nos autos do processo em
epígrafe. Estava presente o Ministério Público, na pessoa do Dr(a). Denilson de Souza
Freitas; Presente(s) o(s) acusado(s) WESLEY SANTOS ROCHA, neste ato representado
pela Dra. Ivone Cássia Guimarães, OAB/SP 250641 e o acusado NICHOLAS REIS
MEDEIROS, neste ato representado pelo Dr. Rafael Alves Saldanha Gonçalves, OAB/SP
333849. Presente(s) a(s) vítima(s): Caio Vinicius Bonifácio Bezerra. Presente(s) a(s)
testemunha(s) de acusação: Helena Cristina Bezerra, Nilton Roberto Macario Mendonça
Junior, André Luis Zacarin dos Santos e Eunice Santos de Brito. Presente(s) a(s)
testemunha(s) de defesa: Manoel Messias Rocha e Vania Vieira Peixoto. Ausentes as
testemunhas: Gabriel Jorge Thome, Maykol Henry Penaloza Magne e Ozenira Rodrigues
da Silva.

Iniciados os trabalhos, foi o acusado Wesley Santos Rocha regularmente citado dos
termos da ação. Regularizadas as questões processuais pendentes, iniciou-se a audiência
com a inquirição da vítima (Caio) e quatro testemunha(s) arrolada(s) pela acusação
(Helena, Nilton, André e Eunice), desistindo as partes da oitiva da(s) testemunha(s)
restante(s) (Gabriel, Maykol, Ozenira, Manoel e Vania), à vista das provas colhidas nos
autos, o que foi homologado, sendo o(s) acusado(s) interrogado(s). Na fase do artigo 402
do CPP, nada foi requerido, encerrando-se, portanto, a instrução criminal e passando-se
aos debates. Dada a palavra ao Ministério Público: MM. Juíza, os acusados
NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY SANTOS ROCHA foram denunciados como
fls. 381

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incursos no artigo 157, §3º, in fine, c.c. o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal,

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pois, segundo a peça acusatória, no dia 08 de julho de 2017, por volta das 23 horas, na Rua
União da Vitória, nº226, Jaguaré, nesta Capital, agindo em concurso de agentes com mais
um indivíduo não identificado, previamente ajustados e com identidade de desígnios entre
si, subtraíram, para si, mediante violência e grave ameaça exercida com emprego de arma
de fogo, a motocicleta Kawasaki/ER 6N, placas FAE-0600, cor preta, o aparelho celular
Motorola Moto G Plus, a carteira contendo os documentos CNH, cartão SUS e plano de
saúde Bradesco, e cartões bancários Bradesco e Itaú, uma corrente de metal amarelado e

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um relógio de pulso da marca Aqualand, além da quantia de R$80,00, tudo em detrimento
da vítima Caio Vinícius Bonifácio Bezerra, sendo que a de subtração deu-se mediante
grave ameaça de morte consistente no ato de apontar arma de fogo contra Caio Vinícius
Bonifácio Bezerra, bem como satravés de violência contra ele dirigida consistente no
desferimento de disparo de projétil de arma de fogo, tiro efetuado com intenção de matar,
o qual lhe causou o ferimento descrito no laudo de exame de corpo de delito; tais
agressões não levaram a vítima a óbito por circunstância alheia às vontades dos latrocidas,
qual seja, pronto e eficaz socorro médico. A denúncia de fls.265/271 foi recebida a
fls.287. Os réus foram citados e apresentaram resposta à acusação (fls.312/315 e 323/336).
Na fase instrutória, foram ouvidas a vítima e quatro testemunhas e os acusados foram
interrogados. É o breve relatório. A denúncia é procedente. A materialidade do delito está
demonstrada pelos autos de exibição e apreensão de fls.12 e 46/47 e pelos laudos periciais
de fls.213/216. A autoria também é certa. Na Delegacia de Polícia, Gilson (fls.29) e
Nicholas (fls.50) negaram a prática do delito. Nesta data, o réu Nicholas negou a prática
do roubo. Disse que conhece o réu Wesley. Nada sabe sobre o latrocínio. O acusado
Wesley também negou a prática da infração penal. Afirmou que conhece o réu Nicholas
“de vista”. Disse que residia com a genitora e que não possuía veículo. Não utilizava a
garagem da casa de Gilson. A negativa dos réus está isolada nos autos. O conjunto
probatório confirma a autoria do crime. A vítima Caio Vinicius, nesta data, reconheceu
ambos os réus como os autores do delito. Disse que estava com a motocicleta. Quando
estava defronte sua casa, aguardando a abertura do portão, aproximou-se um carro Honda
Fit, de cor prata. Dois indivíduos desembarcaram do veículo; ambos estavam com armas
fls. 382

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de fogo, anunciaram o assalto e pegaram seus pertences, inclusive o celular. Nicholas

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pegou a motocicleta. Para o ofendido, diante da situação, parecia que os criminosos
pretendiam entrar na casa. Então, Caio correu, mas foi atingido com um tiro na perna
direita e caiu. Wesley, o autor do disparo se aproximou e lhe exigiu a entrega de seus bens.
Por duas ou três vezes, os assaltantes diziam que iriam matá-lo. Recuperou apenas a
motocicleta; soube que a moto estava em uma garagem. A vítima permaneceu internada
no hospital em razão das consequências do disparo. Na Delegacia de Polícia, reconheceu
ambos os réus. Havia um terceiro criminoso na condução do Honda Fit, que não foi

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identificado. O local dos fatos era bem iluminado. A testemunha Helena Cristina, nesta
data, reconheceu o réu Nicholas. Afirmou que é irmã da vítima Caio. Na data dos fatos,
Caio aguardava a abertura do portão da casa para guardar a motocicleta. Helena auxiliou
na abertura do portão. Ouviu um estampido. Quando saiu, não viu Caio; viu o réu
Nicholas sobre a motocicleta e um automóvel Honda Fit, de cor prata, com uma pessoa ao
volante. Nicholas ofendeu verbalmente a testemunha, que fechou o portão. Helena
comentou com Viviane, sua irmã, sobre o ocorrido. Então, saíram novamente e viram Caio
no chão, com uma das pernas sangrando; Caio disse que fora atingido na perna direita por
um tiro e que os assaltantes levaram a motocicleta e outros pertences dele, como celular,
carteira, corrente. Recuperou a moto, que estava no Jaguaré. Na ocasião, não viu Wesley.
A iluminação, por ocasião dos fatos, era boa. Esteve próxima do réu Nicholas por ocasião
dos fatos. Reafirmou que tem 100% de certeza no reconhecimento realizado hoje. A
testemunha Nilton, policial militar, declarou que, no desempenho de suas atividades,
avistou a motocicleta de grande porte na garagem de uma residência; a garagem era aberta.
Em consulta, observou que a motocicleta era produto de roubo. Gilson, morador da
residência, disse que não sabia quem teria deixado a motocicleta na garagem de sua casa.
Na Delegacia, soube que a vítima estava hospitalizada em razão de disparo de arma de
fogo. A testemunha Andre Luis, policial militar, declarou que, no desempenho de suas
atividades, avistou a motocicleta Kawasaki na garagem aberta. A motocicleta era produto
de roubo. Gilson, morador da residência, disse que não sabia quem teria deixado a
motocicleta na garagem de sua casa; disse que a moto deve ter sido estacionada na
garagem durante a noite. A testemunha Eunice disse que é genitora do réu Wesley. Wesley
fls. 383

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residia no mesmo imóvel da genitora. Eunice estava viajando por ocasião dos fatos.

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Policiais foram até sua casa e nada encontraram. A testemunha alugava uma casa para
Gilson. Gilson telefonou para Eunice informando sobre a existência de uma motocicleta
na garagem da casa. A testemunha Eunice alugou a casa para Gilson, mas não a garagem.
A garagem continuou sendo utilizada para deixar o carro de Eunice e o carro prata de
Wesley. O réu Wesley deixou o carro várias vezes nessa garagem e utilizava essa garagem
com frequência. Portanto, nota-se que a prova oral colhida e o que mais consta dos autos
confirmam a autoria do latrocínio. No auto de fls.49 e 135, Helena reconheceu Nicholas

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como o criminoso que estava na motocicleta. No auto de fls.133, a vítima Caio reconheceu
o réu Nicholas e, no auto de fls.134, através de fotografia, reconheceu Wesley como o
autor do disparo. Nesta data, a vítima Caio reconheceu ambos os réus e a testemunha
Helena reconheceu o acusado Nicholas. Os réus e outra pessoa não identificada,
previamente ajustados, decidiram praticar o roubo. Armados, abordaram a vítima Caio no
momento em que ele aguardava para entrar em sua residência. Exerceram grave ameaça
com o emprego das armas de fogo, anunciaram o assalto e subtraíram a motocicleta e o
celular da vítima. Logo após, quando o ofendido correu, os réus efetuaram disparo com a
arma de fogo na direção de Caio. O tiro acertou a perna direita da vítima, que veio ao
chão. Sempre ameaçando o ofendido, os réus subtraíram relógio, carteira, documentos,
corrente e dinheiro de Caio. Ato contínuo, evadiram-se do local com a res furtiva. A
vítima foi socorrida e, assim, o óbito não se efetivou. A vítima Caio e a testemunha
Helena reconheceram os réus como dois dos autores do crime. As declarações coesas e
firmes da vítima, corroboradas pelas testemunhas, comprovam que os réus e seu comparsa,
em concurso e mediante grave ameaça exercida com o uso de arma de fogo, subtraíram os
objetos descritos na denúncia e tentaram retirar a vida da vítima. A vítima prestou
informações de forma segura e foi ratificada pelas testemunhas; teceram detalhes do
ocorrido. Nada nos autos infirma a versão das testemunhas e do ofendido. Inexiste
qualquer indício de que tivessem animosidade ou outra motivação para forjarem a
situação. Como está amplamente demonstrado, o depoimento da vítima encontra-se em
total harmonia com o conjunto probatório colhido nos autos. É sabido, inclusive, que, em
crimes como os dos autos, a palavra da vítima é de extrema importância para o deslinde
fls. 384

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dos fatos, especialmente quando corroborada por outros elementos probatórios coligidos

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na instrução criminal. Pacífico o entendimento jurisprudencial que dá especial relevância
às palavras dos ofendidos em delitos dessa natureza, que são praticados, ordinariamente,
de forma clandestina. A título ilustrativo: “Em delitos de furto e roubo é manifesta a
relevância probatória da palavra da vítima, especialmente quando descreve, com firmeza,
a cena criminosa e reconhece, com igual firmeza, o meliante” (TACRIM – SP – AC –
Rel. Costa Manso – JUTACRIM 86/226). Cumpre frisar que a vítima prestou declarações
de forma coerente e segura, sem qualquer contradição; mostrou-se imparcial e totalmente

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desinteressada no deslinde do feito. Reconheceu ambos os réus. Seu depoimento foi
integralmente confirmado pelos relatos prestados pelas testemunhas. A testemunha Helena
também reconheceu o acusado Nicholas. Devem ser acrescentados os relatórios das
investigações realizadas pela Polícia Civil (fls.42 e 90); receberam notícia anônima sobre a
participação de Nicholas no crime. Na casa de Wesley, nada dele foi encontrado, o que
sugeria sua fuga, fato confirmado pela genitora, Eunice. Essa evasão do réu Wesley indica
a sua participação no delito. A versão apresentada pelos acusados nesta audiência não foi
demonstrada; nenhuma testemunha, nenhum documento, nada que pudesse afastar o
conjunto probatório carreado aos autos. A autoria do delito está devidamente demonstrada,
assim como há provas suficientes do concurso de agentes para a subtração dos objetos, do
uso de armas de fogo e do disparo efetuado. A vítima foi atingida pelo disparo da arma de
fogo e somente não veio a óbito em razão do sucesso no atendimento médico. Evidente
que os réus pretendiam retirar a vida do ofendido; enquanto Caio corria em sentido
contrário à posição dos acusados, estes efetuaram disparo tiro para acabar com a vida da
vítima. Segundo relatos do ofendido, por várias vezes durante a ação criminosa, os
assaltantes o ameaçaram de morte. Somente não alcançaram o resultado desejado em razão
do eficaz socorro prestado à vítima. Dessa forma, as provas existentes nos autos se
comprazem com o disposto no artigo 157, § 3º, in fine, do Código Penal. Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENAL E PROCESSO PENAL.
CONFIGURAÇÃO DE LATROCÍNIO TENTADO. POSSIBILIDADE. 1. É pacífica a
compreensão desta Corte no sentido de que o crime de latrocínio tentado se configura
independentemente da natureza das lesões sofridas pela vítima, bastando a comprovação
fls. 385

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de que no decorrer do roubo, o agente atentou contra a vida do ofendido com intenção de

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matá-lo. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” (STJ - AgRg no REsp
1354004/MG, 6ª Turma, Ministra Relatora: MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, J.
11/03/2014). O animus necandi restou demonstrado; os criminosos atiraram contra o
ofendido para retirar a vida deste; com isso, pretendiam viabilizar a fuga e evitar a
aplicação da lei penal. A intenção homicida é clara. Ademais, o resultado era previsível,
mesmo que o disparo tenha sido direcionado ao roubo. Assim, o conjunto probatório
corrobora a autoria e a materialidade do crime de latrocínio tentado. Inconteste, portanto, a

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subsunção das condutas dos réus ao tipo penal indicado na denúncia. Presentes os
elementos do tipo penal, comprovados todos os fatos narrados na denúncia e inexistindo
qualquer circunstância excludente de ilicitude ou de culpabilidade, é de rigor o decreto
condenatório. Na primeira fase, observo que as circunstâncias judiciais não se mostram
favoráveis aos réus. Trata-se de delito grave, com risco à vida da vítima e que amedronta a
sociedade paulistana. Praticaram latrocínio. Evidente a situação de extrema gravidade,
com o uso de arma de fogo e em concurso de agentes. Foram três agentes criminosos, em
concurso, que tomaram os bens da vítima, o que demonstra muito maior ousadia por parte
dos agentes. Além disso, efetuaram disparo com arma de fogo. Assim, resta evidente o
caráter criminoso de ambos os réus e, por isso, as penas do crime devem ser fixadas acima
do mínimo legal. Não se pode olvidar também as consequências físicas e emocionais
sofridas pela vítima em decorrência da malfadada conduta dos criminosos. Na segunda
fase, nada a acrescentar. Na fase seguinte, requeiro que, em razão da tentativa, as penas
sejam reduzidas em grau mínimo. Com efeito, os réus percorreram praticamente todo o
iter criminis: ameaçaram a vítima, subtraíram os bens, efetuaram disparo contra o
ofendido e evadiram-se com os objetos alheios. O latrocínio somente não se consumou em
razão do pronto atendimento recebido pela vítima. O ofendido passou por cirurgias para
recompor o prejuízo físico acarretado pelos réus. Assim, requeiro que a redução das penas
seja mínima pela tentativa do delito. Para a pena privativa de liberdade, requeiro a fixação
do regime inicial fechado, tendo em vista a quantidade da pena, o caráter criminoso dos
réus e as circunstâncias dos delitos. A determinação do regime prisional não é mero
consectário da quantidade de pena reclusiva imposta, devendo ser levados em
fls. 386

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consideração os fatores contemplados nos artigos 33 e 59 do Código Penal. Forçoso o

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entendimento de que o agente de latrocínio, ainda que primário, sujeita-se ao regime
fechado, porque a autoria de crime dessa natureza põe em evidência personalidade
marcadamente defeituosa (exemplificativamente, acórdão unânime na Apelação
n°673.255/1, de São Paulo). Assim, tendo sido praticado delito com ousadia e
periculosidade, tratando-se de crime grave, cometido com grave ameaça e uso de arma de
fogo, que vem causando elevado temor e sensação de insegurança à sociedade, sem falar
no terror submetido às vítimas, não deve ser imposto um regime que não atenderá aos

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requisitos do artigo 59 do Código Penal, de modo que não é cabível aplicar-se uma
punição inócua em um caso deste. Nesse sentido a jurisprudência: “Roubo - Regime
prisional fechado - Entendimento. Em se tratando de roubo, a opção pelo regime fechado
mostra-se mais adequada, posto que se enfrenta delito que causa grande abalo ao corpo
social, apresentando-se, na atualidade, como maior fonte de sua inquietação” (TJ/SP,
Apelação n.44640720108260038, 14ª Câmara de Direito Criminal, Relator: Wilson
Barreira, j. 02/08/2012). Pelos mesmos motivos, inviável a concessão dos benefícios
previstos no artigo 44 e 77 do Código Penal. Pelas mesmas razões já expostas, os acusados
não fazem jus ao direito de apelar em liberdade, sendo imperiosa a manutenção de sua
prisão cautelar, uma vez que estão presentes os pressupostos e os requisitos desta medida
extrema. Ante o exposto, requeiro o acolhimento do pedido inicial, nos termos da
denúncia”. Dada a palavra à Defesa de Nicholas: MM. Juíza, requeiro prazo para
apresentar alegações finais. Dada a palavra à Defesa de Wesley: MM. Juíza, requeiro
prazo para apresentar alegações finais. A seguir foi proferida a seguinte decisão: Defiro
prazo comum de três dias para as defesas apresentarem alegações finais. Após, conclusos
para sentença. Dou a presente por publicada e as partes por intimadas. Cumpra-se. NADA
MAIS. Lido e achado conforme, vai devidamente por mim, ____ esc., Heloise Mignon
Branco Rodrigues, que digitei e subscrevi.

MM(a). Juiz(a):

Ministério Público:
Acusado(s):
Dr(s). Defensor(es):
01133-020
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fls. 387

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 885183.
fls. 388

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AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, SALA 29/30, BARRA FUNDA - CEP
01133-020, FONE: 2127-9001, SÃO PAULO-SP - E-MAIL:
SP1CR@TJSP.JUS.BR

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 884614.
TERMO DE DEPOIMENTO DA VÍTIMA

Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 Controle 2017/001640


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Nome da vítima Caio Vinicius Bonifácio Bezerra
RG 52446940
Endereço Rua União da Vitória, 226
Estado civil Solteiro
Profissão Encarregado
Filiação José Laudenor Bezerra e Roberta Cristina Aparecida Bertani
Bezerra

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/02/2018 às 19:38 .
Antes de ser tomado por termo as declarações da vítima, o
réu preso foi retirado da sala de audiência nos termos do artigo 217 do CPP. A seguir
inquirida pela Meritíssima Juíza de Direito, na forma da lei respondeu:DEPOIMENTO
COLHIDO PELO SISTEMA DE GRAVAÇÃO DIGITAL. Nada Mais. Eu, Heloise
Mignon Branco Rodrigues, Escrevente Técnico Judiciário, 06 de fevereiro de 2018.

MM. Juiz(a):

Promotor(a):

Defensor(a):

Vítima:
fls. 389

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01133-020, FONE: 2127-9001, SÃO PAULO-SP - E-MAIL:
SP1CR@TJSP.JUS.BR

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8848A4.
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO

Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 Controle 2017/001640


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
TESTEMUNHA: Helena Cristina Bezerra
DOCUMENTO 40986779
ENDEREÇO Rua Uniao da Vitoria, 226, Vila Jaguara - CEP 05117-080, Fone: 11-
3621-5461, São Paulo-SP
ESTADO CIVIL Solteira
PROFISSÃO Administradora de Empresas
FILIAÇÃO Jose Laudenor Bezerra e Roberta Cristina Aparecida Bertani Bezerra

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/02/2018 às 19:39 .
Antes de ser tomado por termo as declarações da
vítima, o réu preso foi retirado da sala de audiência nos termos do artigo 217 do CPP. A
seguir, compromissada e inquirida pelo(a) Meritíssimo(a) Juiz(a) de Direito, na forma e
sob as penas da lei respondeu: DEPOIMENTO COLHIDO PELO SISTEMA DE
GRAVAÇÃO DIGITAL. Nada mais. Eu ___ Heloise Mignon Branco RodriguesEsc.
Digitei e imprimi.

MM(a). Juiz(a):

Depoente:

Ministério Público:

Dr(s). Defensor(es):
fls. 390

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01133-020, FONE: 2127-9001, SÃO PAULO-SP - E-MAIL:
SP1CR@TJSP.JUS.BR

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8849B3.
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO

Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 Controle 2017/001640


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
TESTEMUNHA: Nilton Roberto Macario Mendonça Junior
DOCUMENTO 48543233
ENDEREÇO Rua Cono Matteo, 17, 4ª CIA- 23º BPM/M, Parque Continental - CEP
05324-130, Fone: 11-37520273, São Paulo-SP
ESTADO CIVIL Solteiro
PROFISSÃO Policial Militar
FILIAÇÃO Nilton Roberto Macario Mendonça e Simideusa Vicente dos Santos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/02/2018 às 19:39 .
A seguir, compromissada e inquirida pelo(a)
Meritíssimo(a) Juiz(a) de Direito, na forma e sob as penas da lei respondeu:
DEPOIMENTO COLHIDO PELO SISTEMA DE GRAVAÇÃO DIGITAL. Nada mais.
Eu ___ Heloise Mignon Branco RodriguesEsc. Digitei e imprimi.

MM(a). Juiz(a):

Depoente:

Ministério Público:

Dr(s). Defensor(es):

Acusado(s):
fls. 391

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SP1CR@TJSP.JUS.BR

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 884AA2.
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO

Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 Controle 2017/001640


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
TESTEMUNHA: André Luis Zacarin dos Santos
DOCUMENTO 48402803
ENDEREÇO Rua Cono Mateo, 17, 4ª CIA- 23º BPM/M, Pq. Continental - CEP
05324-130, São Paulo-SP
ESTADO CIVIL Divorciado
PROFISSÃO Policial Militar
FILIAÇÃO Jose Luiz dos Santos e Vera Lucia Zacarin Vieira

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A seguir, compromissada e inquirida pelo(a)
Meritíssimo(a) Juiz(a) de Direito, na forma e sob as penas da lei respondeu:
DEPOIMENTO COLHIDO PELO SISTEMA DE GRAVAÇÃO DIGITAL. Nada mais.
Eu ___ Heloise Mignon Branco RodriguesEsc. Digitei e imprimi.

MM(a). Juiz(a):

Depoente:

Ministério Público:

Dr(s). Defensor(es):

Acusado(s):
fls. 392

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1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, SALA 29/30, BARRA FUNDA - CEP
01133-020, FONE: 2127-9001, SÃO PAULO-SP - E-MAIL:
SP1CR@TJSP.JUS.BR

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 884C7D.
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO

Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 Controle 2017/001640


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
TESTEMUNHA: Eunice Santos de Brito
DOCUMENTO 17165574-6
ENDEREÇO Rua Catalunha, 8, Fundos, Jaguare - CEP 05329-030, Fone:
11-3768-5906, São Paulo-SP
ESTADO CIVIL Casado
PROFISSÃO Auxiliar de Limpeza
FILIAÇÃO Esmeraldo Batista Santos e Nilza Olimpio Santos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/02/2018 às 19:39 .
Antes de ser tomado por termo as declarações da
vítima, o réu preso foi retirado da sala de audiência nos termos do artigo 217 do CPP. A
seguir, compromissada e inquirida pelo(a) Meritíssimo(a) Juiz(a) de Direito, na forma e
sob as penas da lei respondeu: DEPOIMENTO COLHIDO PELO SISTEMA DE
GRAVAÇÃO DIGITAL. Nada mais. Eu ___ Heloise Mignon Branco RodriguesEsc.
Digitei e imprimi.

MM(a). Juiz(a):

Depoente:

Ministério Público:

Dr(s). Defensor(es):
fls. 393

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Barra Funda, SÃO PAULO - SP - CEP
01133-020

TERMO DE INTERROGATÓRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 884F26.
Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 Controle 2017/001640
Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Aos 06 de fevereiro de 2018, às 14:30h, na sala de audiências da 1ª Vara


Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda, Comarca DE SÃO PAULO, Estado de São
Paulo, sob a presidência do(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Maria Fernanda Belli.
Cumpridas as formalidades legais e apregoadas as partes. Presentes o(a) Promotor(a) de Justiça,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/02/2018 às 19:40 .
Dr(a). Denilson de Souza Freitas. Iniciados os trabalhos, foi aberta a audiência a fim de ser
interrogado(a) sobre os termos da acusação inicial, O(A) acusado(a) tendo declarado constituir
advogado na pessoa do Dr. Rafael Alves Saldanha Gonçalves, já qualificado nos autos, a
quem foi assegurado o direito de entrevista reservada ao acusado. Antes do interrogatório o
Meritíssimo Juiz de Direito fez ao(à) acusado(a) a observação determinada no artigo 186 do
Código de Processo Penal, respondendo ele(a) às perguntas a respeito da sua qualificação da
seguinte maneira:

NOME: NICHOLAS REIS MEDEIROS


RG nº: 52597092 Naturalidade: Osasco-SP
Estado Civil: Solteiro
Idade: 18 anos Data de Nascimento: 11/02/1999
Filiação: pai José Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis
Residência: Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 1548 / 5417, Preso no C.D.P. Belem I,
Vila Lageado - CEP 05339-005, São Paulo-SP
Profissão: Autonomo

Depois de cientificado(a) da acusação e do contido no artigo 367 do Código de


Processo Penal, passou o(a) réu(é) a ser interrogado(a) de acordo com o art. 187, I a VIII do
Código de Processo Penal, e às perguntas da Meritíssima Juíza de Direito
respondeu:INTERROGATÓRIO COLHIDO PELO SISTEMA DE GRAVAÇÃO DIGITAL.
Nada mais quer acrescentar. Nada foi indagado pelas partes. Eu, Heloise Mignon Branco
Rodrigues, Escrevente Técnico Judiciário, digitei e subscrevi.

MM. Juiz(a):

Promotor(a):

Defensor(a):

Interrogando:
fls. 394

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Barra Funda, SÃO PAULO - SP - CEP
01133-020

TERMO DE INTERROGATÓRIO

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Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 Controle 2017/001640
Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Aos 06 de fevereiro de 2018, às 14:30h, na sala de audiências da 1ª Vara


Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda, Comarca DE SÃO PAULO, Estado de São
Paulo, sob a presidência do(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Maria Fernanda Belli.
Cumpridas as formalidades legais e apregoadas as partes. Presentes o(a) Promotor(a) de Justiça,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 06/02/2018 às 19:40 .
Dr(a). Denilson de Souza Freitas. Iniciados os trabalhos, foi aberta a audiência a fim de ser
interrogado(a) sobre os termos da acusação inicial, O(A) acusado(a) tendo declarado constituir
advogado na pessoa da Dra. Ivone Cássia Guimarães, já qualificada nos autos, a quem foi
assegurado o direito de entrevista reservada ao acusado. Antes do interrogatório o
Meritíssimo Juiz de Direito fez ao(à) acusado(a) a observação determinada no artigo 186 do
Código de Processo Penal, respondendo ele(a) às perguntas a respeito da sua qualificação da
seguinte maneira:

NOME: WESLEY SANTOS ROCHA


RG nº: 48935806 Naturalidade: São Paulo-SP
Estado Civil: Solteiro
Idade: 22 anos Data de Nascimento: 10/06/1995
Filiação: pai Antonio Rocha, mãe Eunice Monteiro Santos
Residência: Rua Catalunha, viela Ilhéus- 8FDS, Jaguaré - CEP 05329-030, Fone: 11 -
3768-5906, São Paulo-SP
Profissão: Lava rápido

Depois de cientificado(a) da acusação e do contido no artigo 367 do Código de


Processo Penal, passou o(a) réu(é) a ser interrogado(a) de acordo com o art. 187, I a VIII do
Código de Processo Penal, e às perguntas da Meritíssima Juíza de Direito
respondeu:INTERROGATÓRIO COLHIDO PELO SISTEMA DE GRAVAÇÃO DIGITAL.
Nada mais quer acrescentar. Nada foi indagado pelas partes. Eu, Heloise Mignon Branco
Rodrigues, Escrevente Técnico Judiciário, digitei e subscrevi.

MM. Juiz(a):

Promotor(a):

Defensor(a):

Interrogando:
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439
fls. 395

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA CRIMINAL DO


FÓRUM CRIMINAL DA BARRA FUNDA NA COMARCA DA CAPITAL-SP.

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PROCESSO N° 0070680-64.2017.8.26.0050

NICHOLAS REIS MEDEIROS já qualificado nos autos do processo em epígrafe,


que lhe move o Ministério Público, por seu advogado e bastante procurador que esta
subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar
MEMORIAIS, com fulcro no artigo 403, parágrafo 3º, do Código de Processo Penal,
pelas razões a seguir aduzidas.

Servem estes memoriais para chamar a atenção ao arcabouço legal e


probatório conclusivo ao direito pleiteado, quais sejam:

1. BREVE SÍNTESE
O mérito da denúncia trata-se de suposta prática do delito de roubo seguido
de tentativa de homicídio enquadrado no Art. 157§3ºin fine c.. Art. 14, II ambos do
Código Penal.
.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439
fls. 396

Segundo consta da Denúncia, o acusado teria Segundo se apurou, no


dia08/07/2017 por volta das 23:00h, a vítima Caio havia estacionado a motocicleta
Kawasaki/ER 6N, placas FAE-0600/São Paulo-SP, cor preta, em frente a sua

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residência, aguardando que sua irmã e testemunha Helena Cristina Bezerra
acionasse o portão automático para que pudesse ingressar na garagem. Ocorre que a
vítima enquanto aguardava a abertura do portão, 02 (dois) indivíduos, abordaram a
vítima exigindo a motocicleta, com o emprego de armas de fogo, sendo desferido um
tiro na perna da vítima.

Após a subtração do bem, os indivíduos fugiram do local, não sendo possível a


prisão em flagrante delito, exigindo que a vítima entregasse todos os seus bens
pessoais, bem como a motocicleta.

No dia 10 de julho de 2017, dois dias após os fatos supramencionados, policiais


militares em patrulhamento pela região dos fatos, visualizaram uma motocicleta de
grande porte no interior da residência Avenida José Maria da Silva, nº 900, em que
dada a localização ser um bairro de população pobre, tornou-se suspeita as origens
daquela motocicleta.

Assim, os policiais resolveram investigar a procedência daquela motocicleta


Kawasaki/ER 6N, cor preta, acionando o morador da residência, identificado como
Gilson da Conceição Bela. Ao indaga-lo, Gilson afirmou aos milicianos não saber da
procedência da motocicleta, bem como não saber quem a teria deixado no interior
da garagem. Diante da suspeita, os policiais consultaram a placa FAE-0600/São
Paulo-SP, momento em que constataram que era objeto de latrocínio, conforme
boletim de ocorrência de nº 4536/2017.

Diante dos fatos, encaminharam Gilson ao Distrito Policial para que fosse
efetuado o reconhecimento por parte das testemunhas. Ocorreu que em ação
precipitada, a testemunha Helena Cristina Bezerra acabou por reconhecer
erroneamente Gilson como um dos roubadores (cf. fl. 20). Em seu termo de
declarações às fls. 28/29, Gilson afirmou que não é a pessoa autora do roubo
cometido e que a testemunha teria o reconhecido erroneamente; fato este que foi
comprovado e retificado pela própria testemunha Helena à fl. 128.

Após o erro grosseiro que consistiu na prisão de um inocente (Gilson), os


policiais civis por meio de investigações, chegaram aos nomes de ALBERT,
NICHOLAS e WESLEY como sendo os roubadores, todavia, mesmo realizando buscas
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439
fls. 397

nos imóveis dos acusados, nenhum objeto da vítima foi localizado, inexistindo
qualquer prova que os coloque na prática do crime, ainda assim a vítima e sua irmã,
reconhecem “com certeza” Nicholas e Wesley como sendo os responsáveis pela

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prática do crime.

2. DO DIREITO
I) DO RECONHECIMENTO PESSOAL COMO ÚNICA PROVA

Ab initio, cumpre acostar aos autos uma publicação do Ministério da


Justiça que trata DOS ERROS JUDICIAIS COMETIDOS POR CONTA DE
RECONHECIMENTOS ERRÔNEOS.

Sabido é que, existem fatores que influenciam na qualidade da prova testemunhal na


etapa processual e seu impacto nas decisões judiciais, sendo quatro categorias:

1) tempo transcorrido entre o crime e a entrevista em juízo;


2) a forma de realização da coleta do testemunho;
3) a complexidade do crime envolvido; e
4) a credibilidade da testemunha ou da vítima.

Desde já ressalta-se que a testemunha Helena (irmã da vítima) informou em


seu depoimento que conhecia o Nicholas, porém de tanto seu irmão mostrar fotos
dos indivíduos, neste ponto do depoimento fica evidenciado que tanto a vítima
como a testemunha passaram a fixar as imagens dos indivíduos indicados pelos
policiais, através de fotos, ou seja houve contaminação do reconhecimento.

Seja por ser integralmente subjetiva, seja por ser facilmente manipulável, a
prova testemunhal tem natureza extremamente frágil, sendo oque melhor
caracterizaria as lembranças a que alude o relato testemunhal a sua particularidade
porosa e permeável, haja vista que delas podem fugir, com certa facilidade, imagens
e informações, bem como podem surgir os mesmos elementos, de uma origem
incerta, para se correlacionar com os fatos (ou objetos) percebidos no momento em
que esteve a testemunha diante da cena deum – suposto – crime. Diga-se de
passagem que estes “prejuízos” perceptivos emnemônicos pouco (ou nada) têm a
ver com a intenção da testemunha em colaborar ou não com o processo, em dizer ou
não a “verdade”: a problemática mais profunda que envolve a utilização da prova
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439
fls. 398

testemunhal tem raízes arraigadas nos fatores que fogem à liberalidade do


depoente.

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Conforme DAMÁSIO, todo o conhecimento factual necessário para o raciocínio
existe na memória sob a forma de representações dispositivas, e chega à mente sob
a forma de imagens (visuais, auditivas, olfativas etc.), que podem ser perceptivas,
evocadas a partir do passado ou evocadas a partir de planos para o futuro1. As
imagens perceptivas se formam, inicialmente, na medida em que os sinais emitidos
por determinados setores do corpo (olho e retina, terminações nervosas etc.) são
transportados por neurônios, através de várias sinapses eletroquímicas, para o
cérebro, e, assim, estes sinais são recebidos pelos córtices sensoriais iniciais2,
gerando representações topograficamente organizadas. Este processo, acrescido da
concretização de determinadas condições ligadas à subjetividade3, forma imagens
oriundas do fenômeno da percepção na consciência do observador. Há que se
ressaltar, porém, que, para que seja obtida uma imagem pura e objetiva de qualquer
situação percebida, não há outro modo que não a apreensão da cena por um artefato
mecânico, visto que a mente humana não consegue ser desvinculada da razão, da
emoção e das experiências já vividas.

Tourinho Filho (2009) ensina que de todas as provas previstas no nosso


diploma processual penal, esta é a mais falha, a mais precária. A ação do tempo, o
disfarce, más condições de observação, erros por semelhança, a vontade de
reconhecer, tudo, absolutamente tudo, torna o reconhecimento uma prova
altamente precária. Identificações erradas são a maior causa isolada de condenações
injustas.

O reconhecimento de pessoa se divide em três momentos. Primeiro a pessoa


que fará o reconhecimento dará as características da pessoa a ser reconhecida, em
seguida passa-se ao reconhecimento propriamente dito e por fim lavra-se o termo
de reconhecimento.

1
DAMÁSIO, Antonio R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. Trad. Dora V. e Georgina S. São
Paulo: Cia. Das Letras, 2006, p. 123-127.
2
Os córtices sensoriais iniciais são pontos de entrada circunscritos no cérebro que fazem parte da maquinaria
perceptiva, e constituem a fonte das imagens mentais. Eles formam uma aliança dinâmica, gerando
representações topograficamente organizadas, que mudam sempre em conformidade com o tipo e com a
quantidade de informações de entrada. (DAMÁSIO, Antonio R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro
humano. Trad. Dora V. e Georgina S. São Paulo: Cia. Das Letras, 2006, p. 117 e 125
3
DAMÁSIO, Antonio R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. Trad. Dora V. e Georgina S. São
Paulo: Cia. Das Letras, 2006, p. 127
.
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fls. 399

Segundo o artigo publicado na revista mural “o reconhecimento pessoal, é


muito mais que um “ato processual” é um complexo ato psicobiológico chamado

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método mnemônico o qual se dá na seguinte ordem: aquisição, retenção e
recordação”.

Informa que vários são os fatores responsáveis pela deterioração da


lembrança, os dois principais são: o intervalo até a retenção, a diminuição da
precisão da lembrança se deve ao esquecimento normal, o qual é mais rápido após a
aquisição e em segundo as informações obtidas após o ocorrido, a testemunha esta
exposta a novas informações sobre o acontecimento presenciado, como comentários
posteriores das outras pessoas e isso cria dificuldade para distinguir a informação
original desta adquirida.

No tocante à contaminação da memória por informações externas, deve-se


afirmar que frequentemente a informação posterior ao evento, recebida pela
testemunha ou pela vítima, lhes é proporcionada durante a tomada da declaração
pelo sujeito (policial) que está incumbido da investigação e, ainda que
inconscientemente, ele conduz o depoimento na direção que melhor condizer com
seu preconceito sobre o deslinde dos fatos. Assim, as perguntas que obedeçam a
determinados interesses parciais, baseadas em premissas falsas e em expectativas
do entrevistador, podem distorcer, seriamente, a lembrança dos fatos, por uma
testemunha.

De fato, não há uma preocupação acentuada dos profissionais encarregados da


investigação preliminar (inquérito policial, por exemplo) e da instrução processual
acerca da psicologia do testemunho e do reconhecimento. De nada adianta uma boa
aquisição e retenção da memória se houver falha justamente no terceiro momento,
isto é na recordação da lembrança.

Para o processo, a possibilidade de uma testemunha ou vítima fornecer um


relato não verdadeiro, a partir da falsificação da recordação, compromete,
integralmente, a confiabilidade do testemunho ou do reconhecimento, gerando um
imenso prejuízo ao acusado.

Mais preocupante é que, na maioria das vezes, diante da ausência de outros


elementos probatórios, o julgador emite um juízo de culpabilidade com base
unicamente na palavra de reconhecedores ou testemunhas cuja memória foi
.
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fls. 400

absolutamente viciada, prova esta que deveria ser considerada, consequentemente,


imprestável para todos os fins, principalmente, para a condenação.
Assim, pela peculiaridade do reconhecimento pessoal, que é um ato complexo –

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ato processual + ato psicobiológico (processo mnemônico) –, é imprescindível que
não só os requisitos legais sejam estritamente obedecidos (artigos 226 e seguintes
do CPP), mas também os requisitos subjetivos, tais como o curto espaço de tempo
entre a ocorrência dos fatos e a inquirição; além da não contaminação da memória
por informações externas e indutivas, dessa forma se garantirá que a memória
externada pelas testemunhas e ou reconhecedores espelhem exatamente a
realidade, homenageando-se precipuamente o dogma da “verdade real” (REZENDE,
R; DOMINGUES, A. Fragilidade do Reconhecimento Pessoal como única prova para
condenação penal. Mural- Direito em Movimento. Rio de Janeiro. Nº 88. P.16. 01/12)
.
Na entrevista concedida à Revista Mural (2012) informa que “A ONG norte-
americana “The Inocence Project” realizou uma pesquisa e nesta constatou que 75%
das condenações de inocentes, muitos deles no corredor da morte, ocorrem devido a
erros de reconhecimento por parte de vítimas e testemunhas ao identificar os
suspeitos.”.

Cabe destacar que o tempo e a lembrança são inversamente proporcionais Em


se tratando de crime com repercussão na mídia, essa mácula é ainda maior, pois que
a apresentação pela imprensa induz ao reconhecimento, mesmo quando inviável.
Não são raros os casos em que o reconhecedor no primeiro momento não podia
sequer descrever o acusado, e após a exposição na mídia o reconhece como sendo o
autor do crime. Esses apresentaram resultados impressionantes e até mesmo
assustadores, pois concluíram que a lembrança pode ser altamente manipulada a
partir de informações errôneas sobre acontecimentos nunca vividos, e também
pode haver modificação dos fatos vivenciados.

Para Fernando Capez (2009), o procedimento de reconhecimento de pessoas


está previsto no artigo 226 Código de Processo Penal, prescreve tal dispositivo legal
o reconhecimento de pessoas efetuado ao vivo e não por fotografias. Assim é forçoso
concluir que o reconhecimento fotográfico constitui mais uma das provas
inominadas, contudo convém ressaltar que o reconhecimento fotográfico
isoladamente não pode ensejar uma sentença condenatória, inexiste qualquer
empecilho em se considerar tal tipo de prova já que o rol de provas é meramente
exemplificativo. Com o fim de evitar o arbítrio, a má fé, a indução ou ate mesmo o
engano, o CPP exigiu certas cautelas, como a descrição previa do acusado, sua
.
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fls. 401

colocação ao lado de pessoas com características semelhantes, lavratura de um auto


relatando todo o procedimento.

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Aury Lopes Junior (2011) leciona que é ato formal que visa a confirmar a
identidade de uma pessoa ou coisa, não havendo espaços para informalidades
judiciais na forma de reconhecimento informais. Como ele ensina, trata-se de uma
prova a qual a sua produção encontra-se definida, a forma é uma garantia. Não
havendo espaço para as informalidades. Destaca que a simplificação arbitraria do
juiz é um desprezo à formalidade e viola o direito do réu. Muitos julgadores
argumentam que esta prática é, na realidade, o livre convencimento do julgador,
porém não passa de uma enorme ilegalidade.

Tal prova é considerada ilícita e como tal deve ser desentranhada do processo,
não podendo servir de base para a sentença. O uso desta prova quebra a igualdade
de tratamento, oportunidade e fulmina a imparcialidade, é uma flagrante nulidade
do ato. O reconhecimento deve seguir as formalidades legais, como ser colocado ao
lado de pessoas com características semelhantes. O Código não informa ao certo o
numero de pessoas que deverão ser colocadas ao lado do réu, mas segundo Aury
Lopes Junior (2011) é recomendado um número não inferior a cinco, ou seja, o
réu mais quarto.

O fato de haver provas inominadas não significa que é possível permitir que se
burle a sistemática legal. Assim como o que ocorre com o reconhecimento imputado
por fotografia, utilizado em muitos casos. O reconhecimento fotográfico somente
pode ser utilizado como ato preparatório do reconhecimento pessoal, ou seja,
apenas um instrumento-meio.
Sabe-se que a prova testemunhal tem sua credibilidade afetada pela mentira e
as faltas memórias, por exemplo, a presença de arma distrai a atenção do sujeito de
outros detalhes reduzindo a capacidade de reconhecimento, cabem também
destacar que as pessoas tendem a ver e ouvir aquilo que elas querem ouvir dai
porque os estereótipos tem grande influencia. Elementar destacar que a
confiabilidade do reconhecimento também deve considerar a pressão judicial ou
policial.

Para Nucci (2008) para que se possa invocar ter havido o reconhecimento de
alguém ou de algo, é fundamental a preservação da forma legal. (...) em outros termos,
o reconhecimento exige a formalidade (art. 226, C. P. P.)
.
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fls. 402

Nelson Nery Júnior (2009) informa que quando produzido na policia torna-se
uma prova longe do crivo do contraditório, embora possa ser confirmada em juízo
não só por outro; reconhecimento, mas também pela inquirição das testemunhas

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que assinaram o auto na fase extrajudicial. Tem como as demais provas um valor
relativo. Quanto ao reconhecimento feito em juízo é prova direta, mas sempre
subjetiva e merecedora de análise cautelosa, podem ser que elas venham a
mentir, se enganar, é preciso contar com o fator deturpação da memoria,
favorecendo o esquecimento. O juiz nunca pode condenar uma pessoa única e tão
somente com base no reconhecimento feito pela vitima, salvo se vier acompanhada
de um depoimento seguro e convincente prestado pelo próprio ofendido.

"Prova- apenas a palavra da vítima e do réu , naturalmente conflitantes,


não embasam sentença condenatória -Apelo provido. Quando nem
perícia técnica , nem prova testemunhal servem para resolver o impasse,
restando apenas as palavras do acusado e da vítima, naturalmente
conflitantes , a absolvição se impõe" (JUTACRIM 59/143)

II - DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E DO IN DÚBIO PRO REO :

Mister, enfim, ter sempre presente, que não se admitem mais presunções
irracionais, iníquas e absurdas, pois, a previsão, isto é, o conhecimento deve
abranger todos os elementos objetivos e normativos da descrição típica. E esse
conhecimento deve ser atual, real, concreto e não meramente presumido, como é no
caso em tela.

Neste sentido é o entendimento jurisprudencial:

APELAÇÃO ROUBO AGRAVADO EMPREGO DE ARMA PROVA


INSUFICIENTE IMPÕE-SE A ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO RECURSO
PROVIDO.(Ap. 0015628-30.2011.8.26.0362. 10ª Câmara de Direito
Criminal. Julgado em: 02/08/2016.).destacamos.

Nosso ilustre doutrinador, Figueiredo Dias, a respeito desse assunto, diz o


seguinte:

"O princípio "in dubio pro reo" aplica-se sem qualquer limitação, e, portanto não
apenas aos elementos fundamentadores e agravantes da incriminação, mas também
às causas de exclusão da ilicitude (v. g. a legítima defesa). A persistência de dúvida
razoável após a produção da prova tem de atuar em sentido favorável ao argüido e,
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439
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por conseguinte, conduzir à conseqüência imposta no caso de se ter logrado a prova


completa da circunstância favorável ao arguido” (Direito Processual Penal, 1974, pp.
21 1-9).

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AD.
A narrativa policial, os elementos do inquérito, não merecem credibilidade
desta juíza, pois sequer os policiais civis informaram de como chegaram nos nomes
dos acusados, ademais, inexiste prova que os coloque na prática do crime.

O ministério Público possui tão somente um reconhecimento pessoal, de uma


pessoa que já errou e colocou um inocente na cadeia, ora , a estrutura probatória
inquisitiva e judicial se mostra frágil devendo de rigor o acusado ser absolvido nos
termos do artigo 386, VII do Código de Processo Penal.

-EM MATÉRIA PENAL, A CULPA NÃO SE PRESUME, ANTES DEVENDO


SER CUMPRIDAMENTE PROVADA. (TACRIM-SP –AC –Rel. Francis Davis –
JUTACRIM 40/310).

E, não é só, vejamos:

-O Direito Penal não opera com conjecturas ou probabilidades. Sem


certeza total e plena da autoria e da culpabilidade, não pode o Juiz
criminal proferir condenação. (Ap. 162.055, TACRim, Rel Goulart
Sobrinho).

No caso vertente, a prova judicial não expressou juízo de certeza quanto ao


acusado, inviabilizando a imposição de um decreto condenatório, não restando
outra alternativa se não ser a aplicação do princípio do “in dúbio pro reo”, nos
termos do artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal.

Conforme pode-se observar da Denúncia, a mesma foi única e


totalmente embasada pelo reconhecimento pessoal, sem qualquer prova robusta
sobre a autoria do fato, uma vez que neste mesmo processo houve um
reconhecimento errôneo, na qual ensejou que um inocente fosse preso.

Ocorre que no atual Estado Democrático de Direito, em especial em


nosso sistema processual penal acusatório, cabe ao Ministério Público comprovar a
real existência do delito, não baseando sua acusação apenas em depoimentos da
vítima.

O Direito Penal brasileiro para que haja a condenação é necessária a


real comprovação da autoria e da materialidade do fato, caso contrário, o fato deve
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439
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ser resolvido em favor do acusado, conforme destaca Celso de Mello no seguinte


precedente:

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AD.
“É sempre importante reiterar – na linha do magistério jurisprudencial
que o Supremo Tribunal Federal consagrou na matéria – que nenhuma
acusação penal se presume provada. Não compete, ao réu, demonstrar
a sua inocência. Cabe ao contrário, ao Ministério Público, comprovar, de
forma inequívoca, para além de qualquer dúvida razoável, a
culpabilidade do acusado. Já não mais prevalecem em nosso sistema de
direito positivo, a regra, que, em dado momento histórico do processo
político brasileiro (Estado novo), criou, para o réu, com a falta de pudor
que caracteriza os regimes autoritários, a obrigação de o acusado
provar a sua própria inocência (Decreto-lei nº. 88, de 20/12/37, art. 20,
nº. 5). Precedentes.” (HC 83.947/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

É o que entabula o princípio do in dubio pro reo, como destaca os precedentes


sobre o tema:

APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO. PLEITO MINISTERIAL DE


CONDENAÇÃO DE UM DOS DOIS RÉUS ABSOLVIDOS NO JUÍZO A QUO.
REJEIÇÃO. PROVA INSUFICIENTE. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. A prova
produzida no caderno processual é insuficiente para a formulação de
um juízo conclusivo quanto à autoria do réu-apelado sobre o fato-
subtração denunciado. A manutenção da absolvição do réu-apelado é
medida que se impõe, com força no princípio humanitário in dubio pro
reo (art. 386, inc. VII, do C.P.P.). APELO IMPROVIDO. M/AC 6.707 - S
27.10.2016 - P 21 (Apelação Crime Nº 70069952851, Sexta Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Aymoré Roque Pottes de
Mello, Julgado em 27/10/2016).

APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO MAJORADO - RECURSO DO MINISTÉRIO


PÚBLICO - PEDIDO DE CONDENAÇÃO DO ACUSADO M.S.A. -
IMPOSSIBILIDADE - INSUFICIÊNCIA DE PROVA DE AUTORIA -
ABSOLVIÇÃO MANTIDA - CONDENAÇÃO PELOS CRIMES DOS ARTIGOS 14
E 16 DA LEI 10.823/03 - NÃO CABIMENTO - CONDUTAS PRATICADAS NO
MESMO CONTEXTO DO ROUBO MAJORADO - PRINCÍPIO DA
CONSUNÇÃO - ABSOLVIÇÃO MANTIDA - RECURSO DA DEFESA DE M.L.S.
- RECONHECIMENTO DA TENTATIVA - IMPOSSIBILIDADE - INVERSÃO DA
POSSE DA RES. 1. Para uma condenação é necessária a certeza e não
apenas ilações quanto à autoria. 2. Não sendo possível extrair-se do
conjunto probatório a certeza de que o réu M.S.A. tenha praticado o
delito de roubo, deve ser aplicado o princípio do in dubio pro reo,
sendo a absolvição a medida que se impõe. 3. Os crimes de porte de
armas de fogo devem ser absorvidos pelo delito do art. 157, § 2º, I, do
CP, quando praticados dentro de um mesmo contexto fático, aplicando-
.
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se o princípio da consunção. 4. "Consuma-se o crime de roubo com a


inversão da posse do bem, mediante emprego de violência ou grave
ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida a perseguição
imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AD.
a posse mansa e pacífica ou desvigiada." (Súmula nº 582 do STJ). 5.
Comprovado que a res apenas foi localizada em poder do acusado no
dia posterior os fatos, não há que se falar em tentativa. (TJ-MG - APR:
10145140027858001 MG, Relator: Nelson Missias de Morais, Data de
Julgamento: 15/12/2016, Câmaras Criminais / 2ª CÂMARA CRIMINAL,
Data de Publicação: 25/01/2017)

EMBARGOS INFRINGENTES. FURTO DE UMA ÉGUA. ANIMAL


ENCONTRADO NA PROPRIEDADE DO ACUSADO. PROVA ORAL
CONSTITUÍDA APENAS DO DEPOIMENTO DA VÍTIMA. DÚVIDA SOBRE A
AUTORIA. ABSOLVIÇÃO. A prova produzida não foi capaz de demonstrar
ter sido o réu o autor do furto do animal encontrado em sua
propriedade. O processo penal não autoriza conclusões condenatórias
baseadas em suposições ou indícios pouco robustos. A prova deve
estar clara, escorreita e sem ensejar qualquer dúvida para resultar
condenação. Caso contrário, imperativa a absolvição. Prevalência do
voto vencido. Embargos acolhidos. Por maioria."(Embargos Infringentes
e de Nulidade Nº 70030654552, Terceiro Grupo de Câmaras Criminais,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Alberto Etcheverry, Julgado em
21/08/2009).

A condenação exige certeza absoluta, fundada em dados objetivos indiscutíveis,


o que não ocorre no caso em tela. Razão pela qual, mesmo com o recebimento da
denúncia, no que data máxima vênia, discordamos, não há que imputar ao acusado a
conduta denunciada , levando em consideração e devido respeito ao princípio
constitucional do in dubio pro reu.

Trata-se da devida materialização do princípio constitucional da presunção de


inocência - art. 5º, inc. LVII da Constituição Federal, pela qual cabe ao Estado
acusador apresentar prova cabal a sustentar sua denúncia, impondo-se ao
magistrado fazer valer brocado outro, a saber: allegare sine probare et non allegare
paria sunt - alegar e não provar é o mesmo que não alegar.

Não sendo o conjunto probatório suficiente para afastar toda e


qualquer dúvida quanto à responsabilidade criminal do acusado, imperativa a
sentença absolutória. A prova da autoria deve ser objetiva e livre de dúvida, pois só
a certeza autoriza a condenação no juízo criminal. Não havendo provas suficientes, a
absolvição do réu deve prevalecer.
.
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Interrogado em juízo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, o acusado


negou de forma categórica a prática do delito. Afirmou que foi abordado por

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policiais quando transitava em via pública e, por figurar como procurado da
justiça, foi conduzido ao Distrito Policial, onde tomou ciência da presente
acusação.

Esclareceu que não teve qualquer participação no delito descrito na denúncia.


A versão de negativa do delito, merece credibilidade, pois não infirmada pelos
demais elementos de prova colhidos nos autos.

Uma vez que os agentes não foram detidos em flagrante delito e a identificação
inicial teria sido realizada apenas através de fotografia, mais precisamente pela
exibição do álbum de fotos existente no Distrito Policial, meio de prova que se revela
precário e ineficaz para esse estabelecer a autoria do delito.

De qualquer forma, o depoimento da vítima deve ser avaliado com extrema


cautela, pois proveniente de pessoa diretamente envolvida na prática do crime e que
normalmente busca um culpado pelo dano sofrido. Some-se a isso o abalo emocional
por ela experimentado ao presenciar a prática delituosa, sendo evidente que sua
percepção dos fatos resta prejudicada, podendo, portanto, haver distorções naturais
em seu relato.

Nesse sentido:

“(...) é de se ponderar, entretanto, que aquele que foi objeto material do


crime, levado pela paixão, pelo ódio, pelo ressentimento e até pela
emoção, procura narrar os atos como lhe pareçam convenientes; às
vezes, a emoção causada pela cena delituosa é tão intensa, que o
ofendido, julgando estar narrando com fidelidade, omite ou acrescenta
circunstâncias, desvirtuando os fatos (...). Desse modo, a sua palavra
deve ser aceita com reservas, devendo o juiz confrontá-las com os
demais elementos de convicção, por se tratar de parte interessada no
desfecho do processo.” (Tourinho Filho).

Forçoso concluir, portanto, pela manifesta fragilidade das provas colhidas no


presente feito, sendo inadmissível a manutenção da condenação. Vale lembrar que a
favor do réu milita a presunção de inocência, que somente pode ser infirmada
mediante prova plena e indubitável de sua responsabilidade. Consequentemente, a
dúvida deve sempre favorecê-lo.
.
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“SOB PENA DE COMETER POSSÍVEL ERRO JUDICIÁRIO, NÃO PODE O


JUIZ CRIMINAL PROFERIR CONDENAÇÃO SEM CERTEZA TOTAL DA

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AUTORIA E DA CULPABILIDADE.” (Ap. 178.425, TACRIM-SP, Rel. Goulart
Sobrinho).

Dessa forma, diante da patente insuficiência probatória, a absolvição é medida


que se impõe.

DOS PEDIDOS SUBSIDIÁRIOS

Por dever de argumentar, considerando o princípio da eventualidade, requer a,


subsidiariamente:

1-apena-base deve ser aplicada no mínimo legal, pois as circunstâncias


judiciais de que trata o artigo 59 do Código Penal são inteiramente favoráveis;

2-a atenuante em relação da menoridade relativa (circunstância que sempre


atenua a pena),deve ser considerada, ainda que para dosar a pena em cotejo com as
qualificadoras;

3-Da lesão Corporal Privilegiada. Requer-se a desclassificação do crime de


latrocínio tentado para lesão corporal privilegiada, pois, todos os requisito do
privilégio previsto no § 4º, do artigo 129, impõe-se a diminuição de pena
eventualmente imposta ao acusado.

Pede e Espera deferimento.

São Paulo, 14 de fevereiro de 2018.

RAFAEL ALVES SALDANHA GONÇALVES


OAB/SP 333.849
59 Nº

1
EM PSICOLOGIA DO
AVANÇOS CIENTÍFICOS

TESTEMUNHO APLICADOS AO
RECONHECIMENTO PESSOAL E
AOS DEPOIMENTOS FORENSES
fls. 408

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fls. 409
Governo Federal Ministério da Justiça
Ministro de Estado da Justiça
Presidência da República José Eduardo Cardozo
Dilma Vana Rousseff
Secretaria de Assuntos Legislativos
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Nº 59 AVANÇOS CIENTÍFICOS
EM PSICOLOGIA DO
TESTEMUNHO APLICADOS AO
Ministro Nelson Barbosa

Fundação pública vinculada à Secretaria de


Assuntos Estratégicos da Presidência da República,
o Ipea fornece suporte técnico e institucional às
ações governamentais – possibilitando a formulação
de inúmeras políticas públicas e programas de
desenvolvimento brasileiro – e disponibiliza,
Secretário de Assuntos Legislativos e Diretor Nacio-
nal de Projeto Pensando o Direito
Gabriel de Carvalho Sampaio

Chefe de Gabinete e Gerente de Projeto


Sabrina Durigon Marques

Coordenação:

RECONHECIMENTO PESSOAL E para a sociedade, pesquisas e estudos realizados


por seus técnicos.
Guilherme Moraes-Rego
Mário Henrique Ditticio
Marina Lacerda e Silva
Thiago Siqueira do Prado

AOS DEPOIMENTOS FORENSES


Presidente
Jessé José Freire de Souza Ivan Candido da Silva de Franco
Maria Eduarda Ribeiro Cintra
Diretor de Desenvolvimento Institucional Natália Langenegger
Alexandre dos Santos Cunha
Equipe Técnica
Diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Vera Ribeiro de Almeida
Instituições e da Democracia Paula Lacerda Resende
Roberto Dutra Torres Junior

Diretor de Estudos e Políticas


Macroeconômicas
Cláudio Hamilton Matos dos Santos

Diretor de Estudos e Políticas Regionais,


Urbanas e Ambientais
Marco Aurélio Costa

Diretor de Estudos e Políticas Setoriais


de Inovação, Regulação e Infraestrutura
Marco Aurélio Costa

Diretor de Estudos e Políticas Sociais


André Bojikian Calixtre

Diretor de Estudos e Relações Econômicas e


Políticas Internacionais
Brand Arenari

Chefe de Gabinete
José Eduardo Elias Romão

Assessor-chefe de Imprensa e
Comunicação
João Cláudio Garcia Rodrigues Lima

Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoria
URL: http://www.ipea.gov.br
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© 2015 Ministério da Justiça, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.

As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Ministério
da Justiça, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou da Secretaria de Assuntos Estratégicos
Ministério da Justiça da Presidência da República.

Secretaria de Assuntos Legislativos MINISTÉRIO DA JUSTIÇA


Secretaria de Assuntos Legislativos
Projeto Pensando o Direito

Diretor Nacional de Projeto Equipe Técnica Normalização e Revisão:


Gabriel de Carvalho Sampaio Vera Ribeiro de Almeida Hamilton Cezario Gomes
Paula Lacerda Resende Milena Garcia Silva
Gerente de Projeto
Sabrina Durigon Marques Equipe Administrativa: Diagramação:
Maria Cristina Leite Juliana Freitas Verlangieri
Coordenação Técnica — Ipea Ewandjôecy Francisco de Araújo
Fabio de Sá e Silva

EQUIPE DE PESQUISA:

AVANÇOS CIENTÍFICOS EM PSICOLOGIA Coordenação Geral


Dra. Lilian Milnitsky Stein (PUCRS)
Pesquisadores
Dr. Gustavo Noronha de Ávila (UEM, CESUMAR)
Colaboradores:
Dr. Ray Bull (Portsmouth University, Inglaterra)
Dr. Roy Malpass (University of Texas, EUA)

DO TESTEMUNHO APLICADOS AO
Equipe de Apoio Voluntários: Dr. Thiago Gomes de Castro (PUCRS)
Andréa Pereira Beheregaray Amanda Cvitko (PUCRS)
Bárbara Pereira Villaça Avoglio Bruno Gomes Tavares dos Santos (PUCRS)
Camila Arguello Dutra (UFRGS) Fernanda Rohrsetzer Cunegatto (PUCRS)

RECONHECIMENTO PESSOAL E AOS Daniela Bach Rizzatti (PUCRS)


Mariana Dillenburg (PUCRS)
Patrícia Da Cás Basso (PUCRS)
Giovane Bergonsi (PUCRS)
Paula Motta (PUCRS)
Thais Rumi Bosni (PUCRS)

DEPOIMENTOS FORENSES
Priscila Jandrey Brasco (PUCRS)
Vinícius Jobim Fischer (PUCRS)

APOIO
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

ELABORAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÕES:


Série Pensando o Direito, nº 59 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Secretaria de Assuntos Legislativos
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Fone: 55 61 2025.3376/3114
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Distribuição gratuita
Impresso no Brasil / Tiragem: 1ª Edição — 500 exemplares

341.4343
A946c Avanços científicos em Psicologia do Testemunho aplicados ao
Reconhecimento Pessoal e aos Depoimentos Forenses /
Ministério da Justiça, Secretaria de Assuntos Legislativos. --
Brasília : Ministério da Justiça, Secretaria de Assuntos
Legislativos (SAL) ; Ipea, 2015.
104p. : il. color. – (Série Pensando o Direito; 59)

Brasília ISBN: 978-85-5506-028-1


ISSN: 2175-5760
2015 1. Testemunho - aspectos jurídicos. 2. Psicologia forense
3. Reconhecimento (processo penal). I. Brasil. Ministério da Justiça.
Secretaria de Assuntos Legislativos. II. Série
CDD

Ficha elaborada pela Biblioteca do Ministério da Justiça


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APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL DO IPEA

Em 2008, após processo interno de planejamento estratégico, o Ipea iniciou a ampliação de suas agendas e relações
institucionais. Em 2009, o Instituto fez um concurso que permitiu recrutar em maior quantidade novos perfis de técnicos,
tais como advogados, sociólogos e cientistas políticos. A partir daí, o órgão intensificou seu diálogo com formuladores
de políticas públicas em justiça, segurança pública e cidadania no Executivo e no Judiciário.
O projeto Pensando o Direito se tornou uma expressão privilegiada dessa vocação recente, porém promissora do
Instituto. Nele, Ipea e Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL-MJ), trabalharam juntos
para selecionar temas de especial interesse público, convocar e selecionar especialistas, e desenvolver atividades de
coleta e análise de dados que ajudassem a refletir sobre caminhos para a mudança em políticas públicas, especialmente
nas suas dimensões jurídico-institucionais.
Além disso, o projeto também contemplou a realização de eventos de discussão, a interlocução com especialistas
do estrangeiro, e o apoio à incipiente, porém vibrante comunidade de pesquisa empírica em direito no Brasil, com a
concessão de apoio técnico e financeiro e a criação de meios de integração entre sua produção e a Rede de Estudos
Empíricos em Direito, a REED.
A aproximação entre Ipea e SAL-MJ permitiu a ampliação do rigor e da aplicabilidade nas pesquisas do projeto, rea-
lizando mais plenamente, assim, os objetivos com os quais ele foi concebido: trazer elementos concretos de avaliação
do arcabouço normativo no Brasil, inclusive a partir da experiência comparada, a fim de que ele possa ser aperfeiçoado,
para dar conta dos desafios para o nosso desenvolvimento, conforme estabelecidos pela Constituição de 1988.
Esta publicação traz um pouco dos resultados dessa rica parceria que, esperamos nós, continue nos próximos ciclos
governamentais, ainda que sob outras formas e estratégias de execução.
Expectamos que os cidadãos leitores encontrem nas próximas páginas bons elementos para conhecer melhor as
relações sociais, políticas e jurídicas no Brasil. E que a discussão democrática e bem informada dessa realidade, inclusive
no âmbito das instituições políticas brasileiras, como o Congresso e o Judiciário, ajude a animar os espíritos empenhados
em transformá-las naquilo que, inevitavelmente, a cidadania brasileira requeira que sejam transformadas. Esperamos,
também, que as novas gerações de gestores e pesquisadores aproveitem e aprofundem as contribuições da pesquisa
empírica em direito no Brasil para o enfrentamento de seus desafios e impasses cotidianos. Pois se quaisquer desses
resultados forem alcançados, o projeto terá cumprido aquilo que se propôs.

Presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada


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SOBRE O PROJETO PENSANDO O DIREITO

A Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça (SAL/MJ), por meio do Projeto Pensando o Direito, traz
a público pesquisas com enfoque empírico e interdisciplinar, sobre temas de grande relevância, contribuindo para a
ampliação e o aperfeiçoamento da participação social no debate sobre políticas públicas.
O objetivo central das pesquisas do Projeto é produzir conteúdos para utilização no processo de tomada de decisão
da Administração Pública na construção de políticas públicas. Com isso, busca-se estimular a aproximação entre governo
e academia, viabilizar a produção de pesquisas de caráter empírico e aplicado, incentivar a participação social e trazer à
tona os grandes temas que preocupam a sociedade.
A cada lançamento de novas pesquisas, a SAL renova sua aposta no sucesso do Projeto, lançado em 2007 com o
objetivo de inovar e qualificar o debate, estimulando a academia a produzir e conhecer mais sobre temas de interesse
da Administração Pública e abrindo espaço para a participação social no processo de discussão e aprimoramento das
políticas públicas. Essa forma de conduzir o debate sobre os projetos de lei, leis e políticas públicas contribui para seu
fortalecimento e democratização, permitindo a produção plural e qualificada de argumentos utilizados nos espaços
públicos de discussão e decisão, como o Congresso Nacional, o governo e a própria opinião pública.
O Projeto Pensando o Direito consolidou, desse modo, um novo modelo de participação social para a Administração
Pública. Por essa razão, em abril de 2011, o Projeto foi premiado pela 15ª edição do Concurso de Inovação na Gestão
Pública Federal da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).
Para ampliar a participação na construção de políticas públicas, os resultados das pesquisas promovidas pelo Projeto
são incorporados sempre que possível na forma de novos projetos de lei, de sugestões para o aperfeiçoamento de
propostas em tramitação, de orientação para o posicionamento da SAL/MJ e dos diversos órgãos da Administração
Pública em discussões sobre alterações da legislação ou da gestão para o aprimoramento das instituições do Estado.
Ademais, a divulgação das pesquisas, por meio da Série Pensando o Direito, permite a promoção de debates com o
campo acadêmico e com a sociedade em geral, demonstrando compromisso com a transparência e a disseminação das
informações produzidas.
Esta publicação consolida os resultados de pesquisa selecionada através da Chamada Pública nº 132/2013. Ressalta-se
a colaboração da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a quem dedicamos nossos agradecimentos. O
presente volume está disponível no sítio eletrônico da SAL/MJ (http://www.pensandoodireito.mj.gov.br), somando-se
assim mais de 55 publicações que contribuem para um conhecimento mais profundo sobre assuntos de grande rele-
vância para a sociedade brasileira e para a Administração Pública.

Gabriel de Carvalho Sampaio


Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça
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Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59 fls. 413

LISTA DE GRÁFICOS, TABELAS E FIGURAS

Tabela 1 – Proporção de respostas por atores jurídicos em relação às práticas de


reconhecimento e coleta de testemunho 41
Tabela 2 – Distribuição da Amostra Proposta: Atores Jurídicos por Região 45

Gráfico 1 – Avaliação do impacto do testemunho 64


Gráfico 2 – Impacto do reconhecimento 65
Gráfico 3 – Porcentagem das formas de reconhecimento 65

Quadro 1 – Síntese de Nossos Resultados: comparação entre os dispositivos legais,


as práticas diagnosticadas em campo e os subsídios científicos 66

Figura 1 – Etapas da Memorização 20


Figura 2 – Fluxograma síntese das práticas para a coleta de testemunho e reconhecimento 47

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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3.2.2 Participantes 45
3.2.3 Instrumentos 45
3.2.4 Procedimentos 45
3.2.5 Procedimentos Éticos 46
3.2.6 Análise de dados 46
SUMÁRIO 3.2.7 Resultados 48
4. Conclusão 66

Referências Bibliográficas 72
Apresentação da Pesquisa 17

1. Subsídios Científicos em Psicologia do Testemunho 18


1.1 Memória: essência do testemunho e reconhecimento 19 Apêndice A: Instrumento auto-aplicável específico para Defensores, Públicos
1.2 Memória e emoção 20 e Privados e Promotores de Justiça 78
1.3 Os efeitos do intervalo de retenção da memória 21
1.4 A memória pode falhar? 22
Apêndice B: Instrumento auto-aplicável específico para Juízes 84
1.5 Confiança e acurácia da memória 23 Apêndice C: Instrumento auto-aplicável específico para Policiais 90
1.6 Técnicas de entrevista investigativa 24
1.7 Reconhecimento de pessoas 27 Apêndice D: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE 96

2. Subsídios jurídicos 31 Apêndice E: Entrevistas semi-dirigidas 100


2.1 Indícios e provas: o problema da repetibilidade 32
2.2 Diferença (?) entre vítima e testemunha 32
2.3 Policial testemunha 33
2.4 Forma de entrevista das testemunhas/vítimas 34
2.5 Reconhecimento de pessoas no código de processo penal 35
2.6 Legislação comparada e a incorporação dos achados da psicologia do testemunho 36
3. Aspectos Metodológicos e Desenvolvimento da Pesquisa 39
3.1 Estudo 1 — Pesquisa exploratória 39
3.1.1 Participantes 40
3.1.2 Instrumentos 40
3.1.3 Procedimentos 40
3.1.4 Resultados 40
3.2 Estudo 2 — Diagnóstico nacional sobre práticas de obtenção de testemunho
e de reconhecimento 44
3.2.1 Objetivos 44
SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59

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fls. 415

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Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59 fls. 416

APRESENTAÇÃO DA PESQUISA 1. SUBSÍDIOS CIENTÍFICOS EM PSICOLOGIA DO


TESTEMUNHO
A memória frequentemente constitui fator determinante para o deslinde de processos judiciais. Na seara criminal,
sua importância torna-se crucial para a coleta de depoimentos, da prova testemunhal e do reconhecimento. Há mais de
três décadas, a Psicologia do Testemunho tem investigado sobre as implicações dos avanços científicos sobre a memó- Diferentes tipos de crimes ocorrem todos os dias em nosso país. Um exemplo bastante frequente, um assalto que
ria humana para o testemunho e o reconhecimento. Porém no Brasil, o diálogo desse campo do saber com o ramo do ocorre em uma loja. Um assaltante aproxima-se da atendente do caixa, apontando um volume dentro do seu casaco,
Direito tem sido bastante tímido. Como possível resultado, ao contrário de vários outros países, nossa legislação ainda dizendo que é uma arma, demandando que ela passe todo o dinheiro do caixa. No canto do mesmo recinto, está uma
não contempla este consolidado conhecimento científico advindo da Psicologia do Testemunho. senhora que consegue ter apenas uma visão de perfil do assaltante e da atendente. Ao sair da loja, o assaltante esbarra
Para a atualização de políticas públicas nacionais, a luz deste conhecimento da Psicologia do Testemunho, faz-se em um homem que está passando na rua, e depois entra em um carro e foge. Eventos como esse infelizmente são
necessário primeiramente conhecer as práticas adotadas pelo nosso sistema judiciário para coleta de depoimentos rotineiros. Em muitos destes eventos, as informações, trazidas por testemunhas presentes durante o ocorrido, podem
com testemunhas/vítimas, bem como os procedimentos utilizados para obtenção de reconhecimentos. Todavia, até ser cruciais, e frequentemente as únicas evidências para a investigação desses crimes. Portanto, conhecer os fatores
o momento, inexistem estudos em nosso país que possibilitem traçar um panorama do estado atual deste campo. Em que podem incrementar a qualidade de um testemunho e do reconhecimento correto do(s) agente(s) do delito é uma
função das dimensões continentais do Brasil, é possível supor a heterogeneidade na condução dos procedimentos. questão central no processo de criminalização.
Porém tais circunstâncias precisam ser identificadas através de técnicas e metodologias de pesquisa próprias para tanto. A A memória é o coração do testemunho e do reconhecimento, já que o testemunho constitui-se, em sua essência,
presente pesquisa foi desenvolvida com esta meta principal: realizar o primeiro diagnóstico nacional sobre estas práticas nas lembranças que a pessoa conseguiu registrar e resgatar sobre os fatos que ocorreram e o reconhecimento de seus
para o reconhecimento e a coleta de depoimentos forenses. personagens. Quanto mais detalhadas e fidedignas forem estas lembranças, melhor será o testemunho e a capacidade
O presente relatório está estruturado em três grandes eixos: (1) subsídios científicos, contemplando o estado da de realizar um reconhecimento correto, e assim, potencialmente mais elucidativos para o desfecho do caso.
arte acerca da Psicologia do Testemunho no que tange o tema em foco; (2) subsídios jurídicos, revisando legislações Embora as pessoas tendam a reclamar de suas memórias (SIMONS; CHABRIS, 2011), a memória humana é extraordi-
comparadas que abordam a temática do testemunho e reconhecimento; (3) dois estudos empíricos relativos às práticas nariamente eficiente e flexível no armazenamento daquelas informações que são necessárias, bem como no descarte
brasileiras, investigando desde a coleta de testemunho e de reconhecimento na etapa pré-investigativa (polícia militar), do que é menos importante (BADDELEY, 2011b). Ainda que bastante precisa, a memória não pode ser considerada
investigativa (polícia civil) e processual. Estes três eixos são discutidos na seção de conclusões, incluindo a abordagem perfeita e isenta de falhas (SCHACTER; LOFTUS, 2013), já que a mesma é resultante da interação entre a experiência do
de possíveis limitações da presente pesquisa. Por fim, as implicações dos nossos resultados são articuladas nas conside- indivíduo e a realidade, e não a realidade em si (THE BRITISH PSYCHOLOGICAL SOCIETY, 2008). As situações em que
rações finais, com vias a subsidiar políticas públicas e uma possível alteração legislativa. pessoas testemunham crimes são gravadas no cérebro como outras lembranças, podendo ser bastante precisas, ainda
que também suscetíveis a erros como qualquer outra lembrança (SCHACTER, 1996). Todavia, no caso de um testemunho
ou reconhecimento, as imprecisões das lembranças podem levar a um desfecho equivocado de uma investigação ou
julgamento, com consequências muito graves para a sociedade, como a condenação de uma pessoa inocente. Um dado
ilustrativo dessas sérias consequências é o levantamento feito pela renomada organização norte-americana “Projeto
Inocência” (Innocence Project, 2015), indicando que o reconhecimento equivocado por parte de testemunhas é a maior
cence Project
causa de condenações injustas nos EUA.
A memória humana não é uma máquina fotográfica com imagens guardadas como em um álbum de fotos, nem tam-
pouco uma filmadora que registra os eventos de forma que possam ser exibidos como um filme. A memória é construída
através da combinação de informações oriundas de diversos tipos de fontes, que podem influenciar (de forma positiva
ou negativa), quando o objetivo do indivíduo é recordar alguma coisa (SCHACTER; LOFTUS, 2013).
Assim, várias questões emergem, que são fundamentais para o campo jurídico, em especial sobre os potenciais fatores
que podem impactar positiva ou negativamente a fidedignidade do testemunho e do reconhecimento:

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Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59 fls. 417

1. Qual o impacto da emoção vivida pela pessoa na sua capacidade de prestar um testemunho e realizar um que presenciou o crime na loja, provavelmente no momento em que se deu conta de que era um assalto, aumentou
reconhecimento? sua excitabilidade, consequentemente alterando seu estado emocional e sua atenção, influenciando a forma como ela
codificou esse evento. Por outro lado, o homem que estava passando na rua poderia só descobrir que era um assalto
2. Qual a influência do transcurso do tempo entre o evento e a oitiva/reconhecimento?
depois que a polícia chegou ao local. Portanto, talvez ele nem tenha dado a devida atenção à pessoa que esbarrou nele
3. Como avaliar se um testemunho/reconhecimento é fidedigno? A memória pode falhar? na rua, além da rapidez com que o evento ocorreu. Esse conjunto de fatores vai influenciar na forma como ele codificou
o evento também.
4. O grau de certeza e convicção nas lembranças são indicativos de qualidade e precisão?
O armazenamento é a etapa de retenção da informação que foi codificada, se essa lembrança é considerada impor-
5. A forma como um testemunho/reconhecimento é conduzido interfere na fidedignidade das informações
tante para a pessoa ela é armazenada na memória de longo prazo, estando disponível para ser recuperada por ela. A
obtidas? memória armazenada está sujeita a perdas (i.é., fruto do esquecimento) e distorções, em função do que ocorre após
Questões como estas têm pautado inúmeras pesquisas dentro de um campo científico internacionalmente conhe- o evento ser codificado e armazenado (BADDELEY et al., 2011). A senhora, no momento em que se deu conta de que
cido como Psicologia do Testemunho. Desde os trabalhos pioneiros do psicólogo alemão Hugo Münsterberg (1908) estava presenciando um assalto, pode ter se ativado muito emocionalmente, já podendo alterar a sua memória. Outro
e os estudos publicados na década de 70, houve um florescimento expressivo na década de 80 e 90 de uma literatura exemplo de alteração de memória nessa fase seria essa senhora dias depois, ao ler o jornal ver uma foto de um homem
científica sobre variáveis que podem impactar o testemunho e o reconhecimento (WELLS et al., 2000). Atualmente, que ela não conhece que foi preso por assalto e ela associa a feição desse homem com a sua memória do assalto que ela
dado o expressivo desenvolvimento do campo da Psicologia do Testemunho já existem duas grandes áreas de pesquisa presenciou, passando a lembrar-se deste homem como sendo o assaltante da loja.
consolidadas: Testemunho (TOGLIA et al., 2007) e Reconhecimento (LINDSAY et al., 2007). A primeira área, Testemunho, Por último a recuperação é o processo de busca da informação armazenada. Esta etapa pode envolver duas moda-
diz respeito à memória para eventos, ou seja, acerca da capacidade de testemunhas para descrever detalhes de um lidades distintas: utilizando-se da recordação (buscar diretamente uma informação da memória ou a partir de pistas);
evento crítico (no exemplo citado anteriormente, a senhora que testemunhou o assalto à loja, lembrar como o assaltante reconhecimento (comparação de uma informação dada com a memória para verificar se essa nova informação corres-
falou à caixa, como levou o dinheiro, as roupas dele ou alguma cicatriz ou tatuagem que possuía). Já a segunda área, ponde a memória ou não). A etapa da recuperação diz respeito a todos os momentos depois do evento (estímulo) em
Reconhecimento, abrange temas relativos à memória de reconhecimento que permite às testemunhas identificar um que as testemunhas do assalto à loja, no exemplo citado, tentam lembrar-se do evento. Portanto, a etapa de recuperação
indivíduo ou objeto em um conjunto de fotografias ou em um alinhamento pessoal (por exemplo, a senhora conseguir corresponde ao momento quando as testemunhas são chamadas para prestar seu depoimento ou realizar um reconhe-
reconhecer o assaltante da loja em um conjunto de fotografias apresentadas pela polícia; o homem da rua identificar o cimento. No caso do testemunho a recuperação da memória pode se da através da recordação (seja livre ou com pistas,
carro da fuga em um estacionamento). O reconhecimento, da relevância dos conhecimentos produzidos nos últimos 30 bem como através do reconhecimento (por exemplo, ao responder perguntas como, o assaltante portava um revólver?).
anos pela Psicologia do Testemunho, tem levado muitos países ao redor do mundo a realizarem alterações legislativas1 , Já o ato de reconhecimento envolve o processo de comparar a memória do assaltante com o(s) indivíduo(s) apresentados
para melhor se adequarem aos notórios avanços científicos produzidos por esta área, e, assim, permitir o aprimoramento seja pessoalmente ou por fotografia. No exemplo, ao ser solicitada a realizar um reconhecimento, a senhora precisaria
da própria justiça. voltar a sua lembrança ao rosto e outras características do assaltante, para verificar se correspondem a de algum dos
No presente tópico, busca-se explorar as respostas que os estudos em Psicologia do Testemunho têm oferecido às suspeitos que lhe está sendo apresentado. Esse processo de recuperação da memória vai se repetir tantas vezes quantas
questões acima destacadas. Sendo a memória a essência do testemunho e do reconhecimento, cabe inicialmente melhor forem solicitadas a essa senhora realizar um reconhecimento e/ou prestar seu testemunho, como na rua pela polícia
entender alguns dos princípios fundamentais sobre o funcionamento normal da memória, os tipos de memória e suas militar, após na delegacia de polícia, e ainda novamente em juízo.
potenciais falhas.
FIGURA 1 - ETAPAS DA MEMORIZAÇÃO

1.1 Memória: essência do testemunho e reconhecimento

Pode-se definir a memória como sendo um conjunto de processos que permitem manipular e compreender o mundo. Fonte: adaptado de BADDELEY, 2011b.

O processo de memorização passa por três etapas conforme ilustrado na Figura 1: codificação, armazenamento e recu-
peração, sempre nesta ordem (BADDELEY, 2011b). A compreensão desse processo reveste-se de importância já que o
testemunho e o reconhecimento nada mais são do que um teste de recuperação da memória. Contudo, o testemunho
e o reconhecimento dizem respeito a processos de memória diferentes e não são recuperados da mesma forma.
A codificação é a transformação do fato vivenciado (estímulo) em uma forma que possa ser retida pelo nosso cérebro 1.2 Memória e emoção
(sistema cognitivo). A codificação depende da forma como a pessoa percebe o evento e essa percepção é influenciada
por vários fatores presentes na hora do evento tais como atenção, a excitação fisiológica da pessoa nesse momento, visão
da pessoa e em que posição ela visualizou o evento (TURTLE, 2003; LINDSAY, 2007; WELL, 2003,). No exemplo da senhora Qual o impacto da emoção vivenciada pela pessoa durante um evento na sua capacidade de prestar um testemunho e
1 O tópico Subsídios Jurídicos do presente relatório abordará em maior profundidade estas questões.
realizar um reconhecimento? Normalmente os crimes guardam uma lembrança carregada de muita emoção por parte de

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quem o vivenciou. Existe uma crença muito difundida, ainda que infundada em princípios científicos, que por se tratar de externamente, produzindo falsas memórias. No caso do assalto à loja, se as testemunhas fossem chamadas para depor
eventos emocionais, quem os vivenciou nunca se esquecerá do evento, mantendo uma lembrança bastante precisa sobre logo após o assalto ter ocorrido, a memória registrada recentemente tenderia a ser mais robusta, portanto, mais provável
o que ocorreu e os envolvidos. A memória para eventos emocionais costuma ser mais vívida e detalhada, aumentando de ser recuperada, além de mais acurada, se compararmos com o depoimento que as mesmas testemunhas farão meses
a tendência das pessoas de terem uma avaliação subjetiva de maior acurácia de sua memória, tornando-as confiantes ou até mais de um ano depois em juízo.
em demasia nas suas lembranças. De fato, as lembranças emocionalmente carregadas costumam ser lembradas com
Entretanto, a passagem do tempo não significa que necessariamente a pessoa irá esquecer aquela informação. Dois
maior vividez, contudo, isso não significa que elas sejam lembradas com maior precisão ou nem que a pessoa tenha que
fatores que vão contra o esquecimento e auxiliam na manutenção da memória, são a intensidade da emoção vivida
lembrar tudo que foi codificado no momento (THE BRITISH PSYCHOLOGICAL SOCIETY, 2008). Em outras palavras, eventos
com aquele evento e, principalmente, quantas vezes a pessoa ficou recuperando o evento (sem interferências), ou seja,
emocionalmente carregados, como o crime da loja testemunhado pela senhora, produzem memórias emocionais que
quantas vezes ela revive (recorda) aquele evento. Esses dois fatores fortalecem o traço de memória do evento que, quanto
tendem a ser bastante vívidas, mas não necessariamente precisas. A senhora pode produzir uma falsa lembrança sobre
mais forte, menos sujeito ele estará ao esquecimento (TOGLIA et al., 2007). A vividez depende da emoção, compreensão
o que ocorreu na loja, ainda que tenha muita confiança de que de fato assim aconteceu, inclusive ficando visivelmente
do que estava acontecendo naquele momento, bem como o nível de atenção, o significado que aquilo tem para a pessoa,
abalada (por exemplo, chora) ao se recordar dessa falsa memória (STEIN, 2010). Earles et al. (2015) compararam dois gru-
dentre outros fatores. Ela aumenta a durabilidade da memória; contudo, isso não quer dizer que seja mais verossímil (THE
pos, um exposto a eventos emocionais e outro exposto a eventos neutros, e encontraram que a memória aumentava para
BRITISH PSYCHOLOGICAL SOCIETY, 2008). As pessoas tendem a lembrar durante mais tempo detalhes centrais do evento
eventos emocionais (mais detalhada), aumentando os reconhecimentos positivos, porém também os falsos. Portanto,
(os principais detalhes para a compreensão do indivíduo sobre o evento) do que os chamados detalhes periféricos. O
eles concluíram que apesar da emoção melhorar a memória, não produziu necessariamente melhoras na sua acurácia.
que são considerados detalhes centrais e periféricos variam conforme o indivíduo, podendo até variar para o mesmo
Há diferentes tipos de emoções e diferentes tipos de crimes, além das diferenças de um indivíduo para outro, que, indivíduo (o que ele considera central e periférico na hora em que está vivendo o evento pode não ser o que ele considera
consequentemente, fazem com que as pessoas respondam de forma diferente a eventos emocionais. Às vezes as pessoas central e periférico algum tempo após o evento). A recordação desses detalhes não depende do tempo decorrido em
podem responder a esses eventos com medo (principalmente quando havia violência envolvida), ou com raiva, ou até si, e sim do que ocorre durante esse tempo no que diz respeito aos ganhos, perdas e distorções (TOGLIA et al., 2007).
com distúrbios emocionais como depressão e ansiedade que continuam presentes bastante tempo após o evento.
Relacionado ao contexto pós-evento, buscar repetidas vezes recuperar uma memória, seja falando ou pensando
Quando as reações emocionais forem muito grandes, elas podem até resultar em um trauma. Define-se um trauma como
sobre o evento, tende a consolidar seu armazenamento (ROEDIGER; KARPICKE, 2006). Todavia, cada vez que essa recu-
a resposta que as pessoas têm sobre um evento extremamente negativo, ameaçador, seguido de alta excitação corporal
peração da memória é repetida, existe também o risco de ser alterada por sugestões internas ou externas (CHAN et al.,
e sensação de perda de controle. Os indivíduos que sofrem um trauma muito grande podem desenvolver o Transtorno
2009). Outros eventos similares ou informações relacionadas, tais como a repercussão deste evento na mídia, também
do Estresse Pós-traumático (TOGLIA et al., 2007). É do senso comum pensar que por ter sido um evento traumático, a
podem ter influência sobre o traço de memória armazenado pela testemunha (TOGLIA et al., 2007).
vítima ou testemunha nunca se esquecerá do culpado do crime ou o que ocorreu. Entretanto, como mostrou o estudo
de Houston et al. (2013), um grupo que foi exposto a eventos emocionais negativos teve mais dificuldade de reconhecer Ainda há outro fator que pode estar relacionado com o intervalo de tempo decorrido entre o evento e o testemunho/
o culpado em um alinhamento de suspeitos em comparação ao grupo que foi exposto a eventos neutros. Por fim, a reconhecimento, qual seja o efeito de reminiscência. A reminiscência é um processo do funcionamento normal da memó-
memória para eventos emocionais costuma incluir elementos sensórios (por exemplo: cor, cheiros), bem como ser mais ria, em que a pessoa não se lembra de algumas informações logo após o evento, mas consegue depois recuperar essas
detalhada. Contudo, ressalta-se novamente, que isso não implica necessariamente que as memórias emocionais sejam informações, inicialmente esquecidas, após um determinado período de tempo. Os atores jurídicos costumam ver isso
mais acuradas que as memórias para eventos neutros (BRAINERD et al., 2008). Também por serem memórias mais vívidas, como um sinal de inconsistência, levando-os a concluir que o testemunho é inacurado. Contudo, estudos psicológicos
sugere que elas sejam retidas por mais tempo na nossa cabeça, conforme será discutido no próximo tópico. mostram a reminiscência como um efeito natural que ocorre pelas repetições de testes de memória (GILBERT; FISCHER,
2006). No exemplo do assalto à loja, a senhora que é chamada para depor logo após o assalto relatou que o assaltante
Cabe ainda a ressalva que, a pressuposição bastante disseminada de que toda testemunha necessariamente viven-
era alto, negro, com a cabeça raspada. Quando ela é chamada para depor em júri, meses depois, ela relata que as mesmas
ciou os fatos em questão com forte emoção, deve ser revista. A testemunha ou vítima usualmente não está esperando
informações e acrescenta que o assaltante tinha barba e uma tatuagem no braço esquerdo. Em suma, o tempo pode
passar por esse tipo de situação. No exemplo da loja, na hora em que o assaltante esbarrou no homem, este nem deveria
sim ter uma influência negativa na memória, pelo esquecimento parcial ou completo das lembranças, bem como pelo
saber que estava frente a frente com alguém que acabara de assaltar uma loja.
aumento de chance de ocorrer distorções. Contudo, isto não significa que o testemunho seja inválido por ser coletado
um determinado período de tempo após o evento, tendo em vista a possibilidade do efeito de reminiscência, e ao fato
de que a memória não necessariamente irá se apagar se ela foi bem codificada e mantida adequadamente. Sobretudo,
como veremos mais adiante, a forma, ou seja, quais procedimentos são adotados para a coleta do testemunho ou o
reconhecimento, representa um fator central para a acurácia e precisão do que é obtido.
1.3 Os efeitos do intervalo de retenção da memória

Qual a influência do transcurso do tempo entre o evento e a oitiva/reconhecimento? Um dos fatores que podem influir
de forma cabal na quantidade e acurácia das informações lembradas na etapa de recuperação, é o intervalo de retenção 1.4 A memória pode falhar?
da memória, em outras palavras, o tempo decorrido desde a ocorrência do evento até a recuperação dessa memória pelo
indivíduo, por exemplo, ao prestar seu depoimento. O principal efeito desse intervalo de retenção é o esquecimento,
pois com o passar do tempo, a memória tende a perder gradualmente nitidez e riqueza de detalhes, podendo chegar ao
A memória não é uma máquina fotográfica ou filmadora que registra os eventos vividos pela pessoa de tal forma
esquecimento total daquela lembrança (THE BRITISH PSYCHOLOGICAL SOCIETY, 2008). Ademais, esta gradual deterio-
que ela possa recuperá-los exatamente como ocorreram (LOFTUS, 1997). A memória está sujeita a falhas e distorções.
ração da memória em função da passagem do tempo, aumenta as chances de ela vir a ser contaminada, seja interna ou

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No parágrafo anterior discutiu-se uma dessas falhas, qual seja o esquecimento, em que não se trata de esforçar-se para os fatos e pessoas envolvidas nestes crimes, não estão isentas de uma avaliação equivocada sobre a exatidão daquilo
acessar uma lembrança, pois na realidade esta lembrança pode não estar mais disponível seja integral ou parcialmente. que testemunharam. Há mais de três décadas, os cientistas têm recomendado que “[...] o Judiciário não deve se valer da
O esquecimento, para muitos, seria a única falha que a memória poderia ter. Mas as falhas inerentes ao funcionamento confiança da testemunha como um índice de precisão” (DEFFEMBACHER, 1980, p. 243).
normal da memória não se restringem somente ao esquecimento, já que a memória pode continuar presente e ser
Entretanto, os profissionais que atuam no âmbito jurídico ainda entendem o grau de certeza da testemunha como
recordada, porém sofrer distorções, não sendo mais verídica (STEIN, 2010).
altamente relacionada à acurácia da memória, quando se avalia a fidedignidade de um testemunho ou reconhecimento.
O exemplo da senhora que viu o rosto de outra pessoa no jornal e passou a lembrar-se dela como sendo o assaltante Um exemplo notório desse equívoco vem da Suprema Corte Americana, que apontou o grau de certeza da testemunha
da loja que ela própria vivenciou, neste caso, a senhora, sem se dar conta, criou uma falsa memória sobre o evento. As como um dos cinco critérios válidos para avaliação da evidência da testemunha ocular (LINDSAY et al., 2007). Infelizmente,
falsas memórias são diferentes da mentira, já que na mentira a pessoa conta intencionalmente algo que ela sabe que não como mostrou o estudo de BREWER e WELLS (2006), a relação da acurácia e o grau de certeza da testemunha parece ser
aconteceu (VRIJ, 2008). Porém, ao se recordar de uma falsa memória, nem o nosso cérebro faz uma distinção de memórias também um conceito compartilhado por policiais, advogados de acusação e defesa e pelos membros do júri.
verdadeira (BERNSTEIN, LOFTUS, 2009). Assim, o indivíduo tem certeza que viveu aquilo, ainda que seja falso, podendo
O grau de confiança de uma testemunha pode ser baseado em fatores internos e externos (LINDSAY et al., 2007).
inclusive sofrer fortes emoções (com comportamentos de choro, ansiedade) ao se recordar de uma falsa memória.
Brewer e Wells (2006) apresentam alguns fatores que buscam dissociar confiança e acurácia: (a) as pessoas tendem a
As falsas memórias podem ser até mais detalhadas que as memórias verdadeiras. As falsas memórias são divididas buscar confirmações de suas hipóteses (viés confirmatório), resultando em super-confiança; (b) julgamentos de incer-
em dois tipos: espontâneas e sugestivas. As falsas memórias espontâneas são criadas por processos internos do próprio teza não podem ser feitos de forma confiável, porque não há como ter um controle das possibilidades ou cenários que
sujeito. Por exemplo, a senhora pode vir a lembrar-se claramente de ter visto um revólver apontado pelo assaltante em levaram a esse julgamento; (c) a dificuldade que os indivíduos tem em mensurar o seu grau de certeza, baseando-se em
direção à atendente da loja, quando na verdade o fato era que ela havia visto somente um volume sob o caso do assal- uma mera impressão subjetiva; e (d) também, o grau de confiança de uma pessoa que faz um reconhecimento pode ser
tante. Em outras palavras, a senhora em nenhum momento viu um revólver; contudo, o assaltante tinha um volume no efetado pelo feedback oferecido por policiais, bem como por outras testemunhas.
casaco e dizia que estava armado. Com o passar do tempo, como o traço da memória do que realmente ela viu durante
Enfim, a relação entre grau de certeza e acurácia do testemunho ou reconhecimento depende muito mais do
o assalto vai se apagando, ela fica mais sujeita a distorções. Então essa lembrança vai sendo preenchida por um revólver,
momento de recuperação das memórias (i.e., do momento do testemunho ou reconhecimento) do que da forma como
que era o que ela esperava ver, e ela passa a lembrar com convicção de ter visto o assaltante segurando o revólver e
as memórias foram registradas enquanto os fatos ocorriam (ROEDIGER; WIXTED; & DESOTO, 2012). Um exemplo disso é
apontando para a mulher do caixa. Já as falsas memórias sugestivas se formam a partir de uma sugestão implantada
o efeito do fator tempo nesta relação entre certeza e acurácia. Odinot, Wolterse e Gieses (2012) encontraram uma forte
pelo ambiente externo, seja, por exemplo, uma informação falsa inadvertidamente incluída em um questionamento
correlação entre confiança e acurácia, que tinham níveis mais altos quando o testemunho era coletado logo depois de
em juízo, ou comentada por outra testemunha (STEIN, 2010). No exemplo, a senhora criou uma falsa memória sugerida
um evento e a testemunha era estimulada a recordar o evento várias vezes até prestar depoimento. A confiança e acurá-
pela imagem do jornal. As sugestões estão muito presentes também no âmbito judicial, com graves implicações, como a
cia diminuíam quando não ocorria esse estímulo e o tempo de intervalo entre o evento e o testemunho eram maiores.
condenação de pessoas inocentes baseadas em falsas memórias (INNOCENCE PROJECT, 2008). Trazendo outro exemplo,
Entretanto, cabe lembrar que a memória tem falhas. As falsas memórias são tão ricas em detalhes quanto às memórias
o homem que esbarrou no assaltante é chamado na delegacia para fazer um reconhecimento de um suspeito. O homem
verdadeiras. Portanto, as pessoas podem recordá-las com muita convicção apesar de não serem acuradas (STEIN, 2010).
não reconhece o suspeito e o policial informa que “Tem certeza que não é ele? Ele foi preso no mesmo modelo de carro
Conclui-se com bases nesses estudos que a relação confiança-acurácia da memória é fraca, pois ao mesmo tempo em
que o senhor descreveu perto da cena do crime”. Mesmo não fazendo o reconhecimento neste primeiro momento, com
que reconhecimentos e testemunhos corretos podem ter muita confiança, o mesmo pode ocorrer para reconhecimentos
o passar do tempo, a testemunha começa a lembrar desse suspeito da delegacia como sendo o assaltante. Em juízo,
e testemunhos errôneos .
meses após, ao ser solicitado a reconhecer este mesmo suspeito da delegacia, o homem lembra vivamente do rosto
dele na hora em que eles se esbarraram na frente da loja. Ele criou uma falsa memória sugestionada pelo procedimento
adotado na delegacia.
As memórias com uma forte carga emocional possuem maior vividez, portanto, as pessoas tendem a lembrá-las com
maior confiança, assim afirma a obra Identifyng the Culprit: Assessing Eyewitnees Identification, realiada pelos Comiteeon
Scientific Approaches to Understanding na Maximizing the Validity and Reliability of Eyewtness Identification in Law 1.6 Técnicas de entrevista investigativa
Enforcement and the Courts, juntamente com o Comitee on Science Technology, and Law, no ano de 2014. Entretanto,
as pessoas pensam que, em virtude dessa sensação de confiança, essas memórias são mais confiáveis. Mas como vamos
ver a seguir, não é necessariamente o que acontece. A centralidade dos conhecimentos advindos de como se dá o funcionamento da memória, em outras palavras, o
coração do testemunho e do reconhecimento, vai ter implicações diretas para a maioria da elucidação de crimes. Todavia,
como vimos, a memória não é um registro preciso e infalível. Portanto, uma coleta de testemunho ou reconhecimento
não se restringe a uma mera reprodução do que é codificado no momento do crime, tal qual uma gravação de um vídeo
que é acionada. A literatura científica no campo da Psicologia do Testemunho é uníssona em afirmar que os procedi-
mentos adotados para a coleta de um testemunho são cruciais tanto para a quantidade, como também para a acurácia
1.5 Confiança e acurácia da memória das informações não obtidas.
No caso do testemunho, como a do exemplo do assalto à loja, quem presenciou os eventos e viu o assaltante foi
aquela senhora. Portanto, reside em sua memória a fonte para estas informações. Para obtenção de seu testemunho, o
O grau de confiança que a pessoas tem sobre a precisão de sua memória nem sempre é um indicador confiável de sua
papel do entrevistador seria o de oferecer as melhores condições para que a senhora pudesse se esforçar em vasculhar
fidedignidade. Mesmo vítimas ou testemunhas de crimes que, parecem confiar plenamente em suas lembranças sobre
em sua memória, e resgatar as informações que foram registradas durante o assalto. Portanto, o papel do entrevistador

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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seria facilitar, através de uma escuta ativa, investigar o que a senhora consegue se recordar sobre aquele fato. A entre- 3. Somente após esgotar todas as possibilidades de um relato livre por parte da testemunha/vítima, é que perguntas
vista investigativa com testemunhas e vítimas tem como objetivo obter da testemunha informações mais detalhadas e serão feiras tendo por base informações trazidas neste relato livre. O procedimento de questionamento com-
acuradas (MILNE; POWELL, 2010). patível com a testemunha refere-se a que o entrevistador(a) deve buscar seguir a linha da narrativa e as infor-
Entrevistar é diferente de perguntar. Na entrevista investigativa, o fundamental é a escuta, já que é a testemunha mações trazidas, e não deve seguir um roteiro pré-estabelecido de perguntas. A necessidade de elucidar algum
quem possui as informações. A função do investigador é escutá-la e estimulá-la a trazer somente os fatos que ela conse- ponto deve ser feito a partir da adaptação das perguntas a cada situação, com base nas informações fornecidas
gue se lembrar, mesmo que estas lembranças possam ser apenas parciais ou não seguirem uma narrativa sequencial (já pela pessoa. Em outras palavras, deixar a testemunha seguir a sua linha de raciocínio e seguir a entrevista através
que, nossa memória ao recordar não está reproduzindo um filme!). Além disso, as perguntas que o entrevistador possa dessa linha, no lugar de o entrevistador guiar a entrevista;
vir a fazer à testemunha devem ser formuladas com base naquelas informações já trazidas por ela no seu relato mais livre
4. Tipos de Perguntas: um um dos pontos críticos da entrevista é o formato no qual a pergunta é formulada. Existe
(DAVIES; BEECH, 2012; STEIN; MEMON, 2006).
abundante literatura científica mostrando que perguntas abertas (por exemplo, você me falou que viu um carro
O impacto do formato da pergunta em uma entrevista investigativa pode ser ilustrado pelo clássico estudo de Loftus branco, fale mais o que lembra disso?) tem maiores chances de produzir informações confiáveis do que perguntas
e Palmer (1974), que mostrou que somente a utilização de uma palavra diferente na pergunta pode alterar o relato da fechadas (p.ex., tinha mais alguém dentro do carro branco? , quando a testemunha nada falou a respeito de ter
testemunha que virá a seguir. Os autores apresentaram, a um grupo de participantes, um vídeo de um acidente de trânsito
visto alguém no carro). Além disso, toda e qualquer intervenção por parte do entrevistador(a) que inclua novas
envolvendo cinco carros. A seguir, era perguntado aos participantes em que velocidade os carros estavam no momento
informações, ainda não trazidas pela testemunha, devem ser evitadas (por exemplo, outra pessoa que estava na
do acidente de cinco formas diferentes, só alterando apenas uma palavra da pergunta. Para um grupo era perguntado
loja disse ter visto uma mulher no carro branco, você conseguiu vê-la?). Este último tipo de pergunta, ademais de
em que velocidade os carros estavam na hora em que colidiram (collided). Já para outro foi indagado em que velocidade
ser no formato de pergunta fechada também é potencialmente sugestiva, j inclui informações novas, ainda não
os carros estavam na hora que se esmagaram (smashed). Apesar de terem visto exatamente o mesmo evento, o primeiro
grupo respondeu que a velocidade era em média 50km/h, já o segundo grupo respondeu em média 65km/h. Somente a trazidas pela testemunha o que pode ser ainda mais deletérias para a fidedignidade do testemunho (FRENDA et.
mudança na forma como a pergunta foi feita, numa palavra da pergunta mais especificamente, causou uma alteração na al., 2011).
resposta. E essa pergunta influenciou a memória que os participantes tinham sobre esse evento. Uma semana depois, foi Além de incluir estes quatro eixos, o grande diferencial da Entrevista Cognitiva, em relação às outras técnicas de
perguntado aos participantes da pesquisa se havia vidro quebrado no local do acidente (está sendo uma falsa informação, entrevista investigativa, é a inclusão das chamadas “Técnicas Cognitivas” (MENON; BULL, 1999), sendo a principal delas
pois no vídeo do acidente não aparecia destroços de vidro), sendo que mais da metade do grupo que foi inquerido com a Recriação do Contexto. Após o estabelecimento do rapport rapport, com a transferência de controle, o entrevistador solicita
“esmagaram” respondeu que sim, que tinham visto vidro quebrado. à pessoa que busque lembrar o momento do crime, tentando recriar mentalmente o ambiente físico (o que via, se escu-
Ao constatar que os policiais, advogados, entre outros, cometem muitos erros que potencialmente contaminam o tava algum som, se sentia algum cheiro/sabor) e pessoal (como se sentia, pensamentos, etc.) na hora em que o assalto
testemunho e que poderiam ser evitados, Fischer e Geiseman (1992) propuseram formas de aprimorar as técnicas para estava ocorrendo (no nosso exemplo da loja). A recriação mental do contexto serve de pista para auxiliar a pessoa a se
conduzir a coleta de depoimentos de vítimas e testemunhas através da Entrevista Cognitiva. A Entrevista Cognitiva é lembrar do que de fato aconteceu (por exemplo, ao lembrar-se de algum cheiro, recorda-se que havia uma outra pessoa
uma das mais respeitadas técnicas de entrevista investigativa, sendo amplamente utilizada no mundo inteiro, principal- perto dela que exalava um forte perfume). O princípio que rege esta técnica é, há muito tempo, conhecido da Psicologia
mente com testemunhas/vítimas adultas, tendo sido adotado como o padrão a ser seguido por lei em vários países como da Memória (TULVING & THOMSON, 1973), sendo altamente positivos os resultados alcançados com sua aplicação em
Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália, entre outros. Existe um número expressivo de estudos (por exemplo, KÖHNKEN et al., entrevistas investigativas (FISHER et al., 2011). Outra técnica bastante utilizada dentro do contexto da Entrevista Cognitiva
1999; MILNE, BULL, 1999; FISHER, ROSS, CAHILL, 2010; FISHER, SCHREIBER, 2007, RIVARD et al., 2014), incluindo no Brasil é Recuperação Focada: o entrevistador ajuda a testemunha a focar em algum elemento (por exemplo, se concentrar na
(STEIN, MEMON, 2006), que testaram os efeitos e comprovaram a eficácia desse tipo de entrevista. imagem mental que ele tem do rosto do criminoso) e a partir daí relata tudo que lembra sobre esse elemento.

A Entrevista Cognitiva, assim como outras técnicas cientificamente desenvolvidas de entrevista investigava, por Outras técnicas cognitivas que também podem ser incluídas, ainda que com várias ressalvas e dependendo do
exemplo, Protocolo de Entrevista Investigava com Crianças NICHD ( LAMB et al., 2011). Estão elas assentadas em quatro caso são: Mudança de Perspectiva e Ordem Reversa. Na Mudança de Perspectiva, a testemunha deve tentar recordar
eixos, incluídos nas diretrizes para as melhores práticas de entrevista no âmbito forense (Great Office for Criminal Justice o evento de diferentes perspectivas, colocando-se no lugar da vítima ou de outras testemunhas, reportando o que elas
Reform, 2007): viram ou deveriam ter visto. Parte-se do pressuposto que, dessa forma, poderão ser ativadas diferentes rotas de recupe-
ração da memória, podendo levar a novas informações. Essa técnica é criticada porque poderia induzir as testemunhas
1. Acolhimento e construção do rapport: As testemunhas são entrevistadas, normalmente, por policiais ou pesso- a fabricarem informações ou confundi-las. Na Ordem Reversa, as testemunhas são solicitadas a relatar o que recordam
as que elas não conhecem. Por isso deve-se dedicar um tempo no início da entrevista para buscar acolher e deixar do fato a partir do final do evento, do meio ou a partir do fato mais marcante. A mudança de ordem na e da recuperação
o/a entrevistado(a) mais a vontade para conversar. Todavia, a manutenção de um bom clima de entrevista só é da memória pode resultar em lembranças de detalhes adicionais.
assegurado se o rapport
rapport, ou seja, esta ligação de sintonia e empatia com outra pessoa, for mantido durante toda
A Entrevista Cognitiva é dividida em fases. A primeira é a fase de introdutória, em que o entrevistador explica à pessoa
a entrevista. A ênfase desde o início é na testemunha/vítima, e não no(a) entrevistador(a). Um exemplo disso a
como funcionará a entrevista, ou seja, as regras da entrevista, para promover recuperação de memória e comunicação
técnica de transferência de controle (FISHER; GEISELMAN, 1992) dentro da Entrevista Cognitiva, onde o entrevis- eficientes ao longo de toda conversa (FISHER; BRENNAN; MCCAULEY, 2008). Nessa fase, estabelece-se o rapport que deve
tador(a) explicita à testemunha/vítima que “quem estava lá” era ela e, portanto, é ela quem vai conduzir de fato a seguir ao longo de toda entrevista ( HOME OFFICE, 2014). O entrevistador também esclarece acerca da importância de
entrevista e que o papel do(a) entrevistador(a) é fundamentalmente ouvir; obter relatos mais detalhados possíveis, estimulando o entrevistado a ter um papel ativo durante todo o transcurso da
2. A técnica central para coleta de informações é buscar um relato livre, sem nenhuma interferência, a não ser estimu- entrevista. Na segunda fase, com o auxílio da técnica cognitiva de recriação mental do contexto, o entrevistado faz, então,
um relato livre (open-ended narration), contando tudo que se lembra sobre o evento, sem interferência do entrevistador
lar que a testemunha fale mais com base no que conseguir recordar. Assim, a instrução dada aos entrevistados é re-
(pausas e silêncios são respeitados, não são feitas perguntas neste momento). Somente após esgotarem-se as possibili-
portar absolutamente tudo que lembram, mesmo o que considerem irrelevante ou o que só lembrem parcialmente;
dades de extensão do relato livre (por exemplo, mais alguma coisa?; algo mais que lembra?), é que o entrevistador fará

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perguntas, a partir de informações que a pessoa trouxe anteriormente no seu relato livre, buscando que fale mais sobre mulher, que o acusou de tê-la assaltado. Após permanecer 16 dias na prisão, a 33ª Vara Criminal do Rio concedeu habeas
alguns pontos específicos. Na quarta fase pode ser uma breve síntese, onde o entrevistador revisa o que foi relatado, corpus a Romão, depois que a vítima do roubo afirmou em novo depoimento que se enganou ao fazer o reconhecimento
com o objetivo primordial de proporcionar ao entrevistado buscar lembrar-se de mais coisas sobre o evento que ainda do ator como o suposto ladrão.
não foram relatados. A última fase é o fechamento. O entrevistador busca retomar tópicos neutros, certificando-se que
A questão que se coloca é como diminuir as chances de que erros de justiça (MCGRATH; TURVEY; 2014) como estes
o(a) entrevistado(a) está em condições emocionais adequadas para encerrar a entrevista. Além disso, dá-se abertura
ocorram? Neste sentido, há um crescente número de pesquisas buscando compreender os fatores que podem afetar
para que a pessoa, se no futuro se lembrar de mais alguma coisa, possa contatar o(a) entrevistador(a) (FISHER; BRENNAN;
a memória de uma testemunha ou vítima sobre a identidade de alguem, bem com, como aprimorar o próprio ato de
MCCAULEY, 2008).
reconhecimento (LINDSAY et al., 2007; SPORER; MALPASS; KOEHNKEN, 2014).
Dois requisitos fundamentais para a condução de uma entrevista investigativa dentro dos moldes científicos, seja
O reconhecimento pode ser pessoal ou fotográfico. No reconhecimento por show-up, somente um suspeito é
qual for a técnica empregada, são: treinamento especializado do(a) entrevistador(a); e o registro de preferência em
apresentado à pessoa para que faça o reconhecimento. Muitas vezes, esse tipo de procedimento é utilizado quando a
vídeo da entrevista. A gravação das entrevistas é um registro literal das informações trazidas pela testemunha, como
polícia tem praticamente certeza que a pessoa é culpada ou quando o suspeito for conhecido da testemunha. O show
também possibilita aferir a forma como foi conduzida a entrevista pelo(a) entrevistador(a) (por exemplo, que tipo de
up também costuma ser utilizado quando o suspeito é preso logo em flagrante. Mesmo nestas condições, o suspeito
pergunta gerou determinada informação). Além disso, somente a partir de gravações é possível realizar o treinamento
deve ser apresentado à testemunha/vítima fora de um contexto sugestivo que seria, por exemplo, aparecer dentro de
e aperfeiçoamento das habilidades dos entrevistadores (POWELL; BARNETT, 2014).
uma viatura, ou estar algemado com policiais ao lado (IDETIFYING THE CULPRIT, 2014). Já os especialistas (LINDSAY et
O desenvolvimento científico de mais de vinte anos no aperfeiçoamento de técnicas de entrevista investigativa, que al., 2007) são unânimes em não recomendar a técnica de show-up, em função do potencial bastante grande de erro de
aumentem a chance de um testemunho fidedigno e detalhado, diminuindo a chance de falsas memórias e perda de reconhecimento (LAWSON; DYSART; 2014).
informação (MILNE; POWELL, 2010) tem levado diversos países a adotarem um programa de treinamento especializado,
A recomendação recai para o emprego de técnicas de reconhecimento por alinhamento (seja por imagens ou pes-
como o modelo PEACE do Reino Unido (CLARK & MILNE, 2001).
soalmente), em que inclui o suspeito e, em média, mais cinco outros integrantes, que são pessoas com características
físicas semelhantes ao suspeito, tais como raça, etnia, cor e corte de cabelo, roupas, altura, etc. (IDENTIFYING THE CULPRIT,
2014). Existem dois tipos de alinhamento, quais sejam: sequencial e simultâneo. O simultâneo é quando a testemunha/
vítima é apresentada a um conjunto de pessoas ou fotos alinhadas ao mesmo tempo. Já no alinhamento sequencial,
a testemunha/vítima verifica cada pessoa ou foto separadamente, uma de cada vez. O procedimento de alinhamento
1.7 Reconhecimento de pessoas mais comumente utilizado é o simultâneo (LINDSAY et al., 2007).
Existe um intenso debate entre os cientistas em termos das vantagens e desvantagens da aplicação do reconheci-
mento sequencial e simultâneo. Alguns (por exemplo, WELLS, 2014) defendem a substituição do alinhamento simultâneo
Quando um crime é cometido, a identificação do suspeito pela vítima ou pela testemunha pode ser um fator deter- pelo sequencial, pois existiriam evidências de que, apesar do reconhecimento sequencial resultar em menor incidência
minante se o criminoso for identificado, preso ou condenado (LINDSAY et al., 2007). Assim como o testemunho, o reco- de reconhecimentos positivos corretos, o método sequencial resultaria em menor número de falsos reconhecimentos. A
nhecimento envolve basicamente processos de memória. Voltando ao exemplo do assalto à loja, no momento em hipótese para esse fato é que as pessoas, no reconhecimento sequencial, seriam mais conservadoras nas suas respostas
que o homem esbarrou no assaltante em fuga, é registrado em sua memória a imagem do assaltante (que pode incluir em comparação ao reconhecimento simultâneo, levando a respostas menos enviesadas (GRONLUND; WIXTED; MICKES,
informações sobre seu rosto, forma de vestir e caminhar, tom da voz, cheiro). Caso esta testemunha seja solicitada a 2014;). Outro ponto que Wells (2014) alega é que durante um alinhamento simultâneo, a testemunha a fazer compara-
fazer um reconhecimento pessoal em um alinhamento, deverá recuperar a memória registrada e armazenada sobre ções entre integrantes do alinhamento para fazer o reconhecimento, ao invés de buscar recuperar a memória o rosto
o assaltante. Com base nesta memória resgatada, deverá compara-la com cada um dos integrantes do alinhamento, do suspeito. Assim, a hipótese seria que em um alinhamento simultâneo, quando o suspeito não está presente, existiria
verificando alguma deles são compatíveis, ou seja, se a memória do assaltante na hora do assalto é a mesma de algum uma tendência de a testemunha escolher erroneamente o sujeito que mais se assemelha com o verdadeiro suspeito. Já
daqueles alinhados (EYSENCK, 2011b). Existem diferentes técnicas para realizar o reconhecimento de pessoas, tais como no alinhamento sequencial, a testemunha precisa tomar uma decisão em cada fotografia ou único indivíduo antes de
alinhamento de pessoas ou fotos, show-up (quando apenas um indivíduo é apresentado), retrato falado ou álbum de poder visualizar outro, fazendo com que necessite usar o julgamento incondicional da memória e não a comparação
fotos. Essas técnicas serão discutidas mais adiante, bem como os aspectos positivos e negativos de cada uma (LINDSAY com todos os presentes.
et al., 2007). Malpass (2015) contrapõe esta posição favorável ao alinhamento sequencial, afirmando que a melhor forma de
A memória não retém registros de pessoas e coisas com uma máquina fotográfica ou filmadora, podendo estes alinhamento seria o simultâneo. O autor apresenta estudos que mostram que existiria uma tendência das pessoas, que
registros sofrer perdas e distorções. O reconhecimento de uma pessoa estranha, que muitas vezes foi vista em condições ainda não escolheram nenhum suspeito no final da apresentação de fotos no reconhecimento sequencial, de flexibilizar
precárias (pouca luz, à distância, por muito pouco tempo), é uma árdua tarefa para nossa memória. De fato, quantas as evidências da sua memória para escolher algum suspeito. Outro ponto fraco do alinhamento sequencial seria que
vezes nos é difícil reconhecer alguém conhecido quando encontramos essa pessoa em um contexto diferente (por as testemunhas tendem a ser muito mais propensas a sugestões do investigador, mesmo quando esse não pretende
exemplo, reconhecer nosso dentista na praia), (Sendo o reconhecimento de pessoas um processo de memória, as iden- passá-las intencionalmente. Por exemplo, se o investigador faz algum ruído (por exemplo, tosse) ou se mexe durante a
tificações feitas por testemunhas podem não ser tão confiáveis (WELLS, LINDSAY & FERGUSON, 1979; CUTLER, PENROD apresentação de alguma das fotos, a testemunha pode interpretar que ele está querendo dizer que aquela foto apre-
& MARTENS, 1987, WELLS & SEELAU, 1995; BRADFIELD, WELLS, & OLSON, 2002). Um exemplo dos efeitos deletérios de sentada nesse momento é do suspeito. Baseado nos resultados de vários estudos recentes (inclusive de laboratório,
um erro de reconhecimento tem sido apontado, como vimos mais acima, pelo Innocence Project nos EUA. Pessoas que
cence Project, FINLEY et al., 2015), que comparam os dois tipo de alinhamento, Malpass e outros diversos pesquisadores (GRONLUND
foram condenadas por crimes, sendo mais tarde inocentadas em vista dos resultados de testes de DNA. Aqui no Brasil, et al., 2009; MCQUISTON-SURRETT et al., 2006) concluíram que o método mais recomendado de reconhecimento é o
muito recentemente (Fevereiro de 2014), o ator Vinícius Romão de Souza foi preso, após ter sido reconhecido por uma alinhamento simultâneo.

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Independentemente se o formato for sequencial ou simultâneo, buscando minimizar os possíveis vieses inerentes Em relação ao alinhamento pessoal ou fotográfico, diferentemente de uma crença infundada cientificamente, mas
ao reconhecimento, existem algumas normas básicas a serem seguidas: uma refere-se à condução do reconhecimento bastante difundida, o alinhamento pessoal não é mais fidedigno que o alinhamento fotográfico. O alinhamento fotográ-
“as cegas”, e a outra a testagem do equilíbrio do alinhamento. A primeira diz respeito a quem conduz o reconhecimento. fico é inclusive mais recomendado, por facilitar a fundamental realização do teste de adequação e equilíbrio do alinha-
Este profissional (por exemplo, policial) além de estar capacitado para conduzir o reconhecimento, também não deve ter mento. Como visto anteriormente, um alinhamento correto e justo é constituído de um suspeito e outros integrantes
conhecimento sobre quem é o suspeito (em outras palavras, faça um reconhecimento “cego”). Seja na apresentação de com características físicas semelhantes. Assim, um banco digital de fotografias, por exemplo, permite uma escolha
fotos ou no reconhecimento pessoal, se o policial que está apresentando as fotos ou as pessoas para a testemunha sabe mais precisa daqueles que comporão o alinhamento juntamente com o suspeito. Ao contrário, o alinhamento pessoal
qual é o suspeito, ele pode vir demonstrar isso verbal ou não-verbalmente, mesmo de forma não intencional, através de torna a escolha criteriosa de seus integrantes sujeita a disponibilidade dos mesmos, o que na maioria das vezes nem
comentários, expressões faciais, etc. influenciando a decisão da testemunha. Portando, um cuidado fundamental a ser sempre acontecerá (MALPASS, 2015). Com base na revisão da literatura realizada para o presente projeto, conclui-se
adotado para eliminar esse tipo de viés é o double-blindness, em que nem o policial, nem a testemunha sabem quem é o que a técnica mais recomendada de reconhecimento é o alinhamento simultâneo fotográfico, desde que observados
suspeito. No caso de o policial já saber quem é o suspeito, pode ser adotado uma apresentação de fotos apresentadas de os critérios de testagem da adequação (fairness) do alinhamento e da aplicação “duplo-cego” por parte de quem conduz
tal forma que só a testemunha consegue vê-las. Dessa forma o policial não sabe o momento em que a testemunha está o reconhecimento.
olhando a foto do suspeito (IDETIFYING THE CULPRIT, 2014). A segunda, testagem de quão equilibrado e não enviesado
(denominado em inglês de fairness testtest) está o alinhamento deverá ser feita antes do próprio ato de reconhecimento. De
fato, para a construção dos alinhamentos a dimensão nominal (número de pessoas por alinhamento) é menos impor-
tante que a dimensão funcional (número de pessoas semelhantes ao suspeito). Para obter-se um reconhecimento o
mais fidedigno é necessário que o alinhamento seja o menos enviesado, ou seja, deve ser o mais equilibrado possível.
Esse equilíbrio pode ser avaliado através da testagem da adequação do alinhamento em uma amostra de pessoas com
características semelhantes a da testemunha (se esta for uma jovem mulher, então testar com outras jovens mulheres).
O procedimento de testagem de fairness é muito mais simples se for utilizado o alinhamento fotográfico, possibilitando
inclusive que este teste do alinhamento possa ser feito via online, guardadas as necessárias reservas e cuidados éticos.
O teste consiste em solicitar a pessoas, que não recebem nenhuma informação sobre o caso, a eleger o suspeito dentre
os integrantes do conjunto de imagens que pensam ser o culpado. Se muitas delas elegerem o mesmo suspeito, esse
alinhamento está enviesado e pode induzir a reais testemunhas a escolherem este indivíduo. Já se o resultado do teste
for mais diversificado, não apontando para somente uma pessoa do alinhamento, pode-se concluir que este alinhamento
está mais equilibrado, e, portanto, mais confiável e justo (WELLS; LEIPPE; OSTROM, 1979).
Outro possível viés das práticas de reconhecimento seria decorrente da reapresentação de um mesmo suspeito,
em diferentes ocasiões, para a mesma testemunha/vítima. Decorrente de um erro normal da memória, a atribuição
equivocada da origem da memória recuperada pode levar as testemunhas a reconhecerem uma pessoa inocente. Assim,
por exemplo, for apresentada uma imagem de um potencial suspeito (mas que de fato não foi o assaltante) à senhora
testemunha do assalto à loja. Caso este mesmo suspeito for apresentado à senhora, entre, outros em um alinhamento,
por já tê-lo visto uma ou mais vezes (em foto ou pessoalmente na delegacia de polícia, em uma audiência), a senhora
poderá fazer uma errônea atribuição da sensação de familiaridade (“sim, eu me lembro de já ter visto este homem
antes”). Assim, a senhora poderá vir lembrar-se falsamente que aquele foi o assaltante que viu na loja, reconhecendo-o
equivocadamente como o culpado do assalto (BREWER; WELLS, 2011).
Já foram citadas algumas das variáveis que podem influenciar o reconhecimento, que de alguma forma estão sob
o controle do sistema de justiça (WELLS, 1978), contudo existem tantas outras, cabendo aqui destacar ainda aquelas
relativas a raça, gênero e estereótipos. Se a raça da testemunha e do suspeito são a mesma, a testemunha tem maior
probabilidade de lembrar e reconhecer com precisão o suspeito do que se forem de raças diferentes (Malpass, 2015). O
mesmo ocorre para a questão do gênero. Existe uma tendência da testemunha lembrar com maior precisão do indivíduo,
e assim fazer um correto reconhecimento, se forem do mesmo sexo (CUTLER; PENROD; 1995; WRIGHT; SLADDEN, 2003).
Outra variável que influencia no reconhecimento são os estereótipos acerca das pessoas que cometem determinados
crimes. A influência dessa última variável pode potencializar os vieses observados na influência da raça e gênero. As
pessoas geralmente possuem um estereótipo de assaltantes de loja: assaltantes são homens, usam disfarce, usam roupas
escuras, exigem dinheiro e tem um carro para fugir (EYSENCK, 2011b). Em relação a esse assunto, desde os primórdios dos
estudos sobre distorção de memória, Bartlett defendia a teoria de que no momento que a testemunha é chamada para
depor, ela faz uma recuperação daquela memória e junto com isso ela ativa a memória do seu esquema do estereótipo
de assaltantes de loja, influenciando a sua memória para o evento que ela vivenciou (1932, citado por EYSENCK, 2011b).

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Uma das premissas desse campo de estudo, vimos, é que o cérebro não funciona como uma filmadora (LOFTUS,
1979). Portanto, não utiliza a lógica de chip de computador, sendo mais próximo a um processador analógico, ou seja:
“relaciona conceitos completos uns com os outros e procura estabelecer as semelhanças, diferenças ou tipos de ligações
entre eles” (RATHEY, 2002). Será construída uma versão do fato muitas vezes sujeita a interferências. Veremos, então, como
essa complexidade é tratada em nosso ordenamento jurídico.

2. SUBSÍDIOS JURÍDICOS 2.1 Indícios e provas: o problema da repetibilidade

A memória de testemunhas e vítimas segue sendo importantíssima fonte de verificação aos julgamentos penais. É preciso entender que tecnicamente existem diferenças entre os indícios e provas. Serão graduados não apenas
Como vimos nos dados de campo, existe excessiva confiança dos atores jurídicos na qualidade da memória. Isto repre- quanto ao nível de certeza em relação ao fato, como também no tocante à fase em que sejam produzidos e sua utiliza-
senta como consequência direta a possibilidade de condenação de inocentes, bem como a de absolvição de culpados. ção no processo penal. O indício não chega a ser um meio de prova, mas o conhecimento de uma circunstância do fato
criminoso, através de um “processo dedutivo cujo objeto é a prova da existência de outro fato” (OLIVEIRA, 2012).
Nosso processo de criminalização depende, fundamentalmente, de testemunhos. Desde o flagrante até a condena-
ção, precisamos da memória para reconstruir o fato e legitimar uma absolvição ou condenação. A prova é “o meio instrumental de que se valem os sujeitos processuais (autor, juiz e réu) de comprovar os fatos da
causa” (RANGEL, 2010). Será considerada, tecnicamente, prova somente aquela submetida às garantias do processo,
Sabemos que a cena do crime deve ser bem preservada, de forma a facilitar a produção da prova técnica, mediante
especialmente a ampla defesa e o contraditório. Por esse motivo, tanto reconhecimento quanto as entrevistas com
metodologias bastante específicas. O mesmo irá ocorrer em relação à memória: observadas as condições recomendadas
testemunhas terão de ser realizadas novamente no processo judicial (artigo 155 do Código de Processo Penal). Existe,
pela literatura científica, ela pode ser de grande utilidade.
portanto, a classificação entre as provas consideradas repetíveis e as irrepetíveis.
Para minorar as possibilidades de erros, são necessárias regras, cujo conteúdo será informado pelo contexto his-
Serão consideradas como passíveis de serem repetidas, fundamentalmente,as que não tiverem vinculação com a
tórico-social de sua produção. Nas palavras de Binder: “as regras de prova são limites à busca da verdade e, como tal,
prova técnica e a antecipada. Irrepetíveis são, assim, classificadas em função da impossibilidade de serem realizadas
desempenham exclusivamente uma função de garantia, ou seja, protegem o cidadão do eventual abuso de poder na
novamente (POLASTRI, 2009).
coleta de informação” (BINDER , 2003).
Essa classificação não leva em consideração as últimas décadas de pesquisa em termos de Psicologia do Testemunho.
A redação original de nosso Código de Processo Penal data de 1941. Boa parte do texto ainda encontra-se vigente e,
Não apenas o tempo é importante fator de deterioração da memória, dificultando a possibilidade de evocação de deter-
apesar de reformas pontuais, é possível dizer que a sistemática de entrevista com testemunhas e vítimas, bem como a de
minadas situações de interesse da justiça, pois, como sabemos, que um testemunho não será rigorosamente igual ao
reconhecimento, pouco foi alterada. Apresentamos, a seguir, uma exposição dos principais aspectos jurídicos a influen-
outro. Desta forma, a prova dependente da memória teria de ser considerada também como irrepetível (ÁVILA, 2013).
ciar nas entrevistas com testemunhas/vítimas e no reconhecimento, afastando-nos do senso comum que, como veremos,
marca muito da produção legislativa brasileira. Trabalharemos, ao longo de nossa análise, para ilustrar a importância da Sabemos das consequências dessa afirmação no que tange à irrepetibilidade da prova testemunhal e do reconhe-
memória ao contexto jurídico-penal, com um caso concreto ocorrido ano passado em nosso país. cimento. Certamente, toda a estrutura investigativa precisaria ser repensada a partir da compatibilização de nossas
categorias dogmáticas com os últimos achados da literatura científica.
O CASO ANDRÉ LUIZ 2 A oitiva da testemunha/vítima em um prazo razoável é essencial para manter a possibilidade de considerarmos seu
valor aproximado a de uma prova. Por este motivo, esforços no sentido de diminuir o tempo entre o evento e a entrevista
André Luiz ficou seis meses e 26 dias preso, entre Dezembro de 2013 e Maio de 2014, por sete estupros que não são necessários.
cometeu, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Aos 27 anos, foi recolhido em Bangu após uma das vítimas
do abuso ter anotado a placa do carro dele e entregue à polícia, afirmando ser o veículo do criminoso. Algumas
das vítimas reconheceram André como o estuprador na Delegacia, que chegou a ficar 37 dias na “solitária”, sem
nenhum tipo de contato exterior. A absolvição, com consequente liberdade, veio apenas após seu advogado
conseguir autorização para feitura de DNA nos resíduos biológicos presentes nas vítimas e cenas dos crimes. O 2.2 Diferença (?) entre vítima e testemunha
exame foi feito somente cinco meses após a prisão e provou sua inocência.No caso acima temos importantes
elementos para pensarmos o funcionamento da memória e o seu papel no processo de criminalização. Os erros
das vítimas, ao apontar André Luiz como culpado, não são raros e a Psicologia do Testemunho tem, desde o final Apesar de ambas as informações trazidas por testemunhas ou vítimas possuírem como característica essencial
do século XIX, se esforçado para identificar as origens dessas lembranças imprecisas. a memória como fonte, de acordo com a doutrina jurídica, existem diferenças entre elas. Enquanto a testemunha é
considerada aquela que, por não possuir envolvimento emocional direto com a situação criminosa, terá maior valor
probatório no momento de decidir. A vítima, ao contrário, por ter sofrido a ação delituosa, é considerada como interes-
2 Informações obtidas a partir de reportagem publicada no Portal G1: BRITO, Guilherme. ‘Aprendi a ter fé’, diz inocentado após 7 meses preso por sada no resultado do processo. Em alguns casos, no entanto, o depoimento da vítima pode ser fundamental como nos
estupros no Rio. Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/10/aprendi-ter-fe-diz-inocentado-apos-7-meses-preso-por-estupros-no-
-rio.html Acesso em 02 de Abr. De 2015. crimes sexuais, por exemplo.

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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Exemplo desta divisão está na fala de Camargo Aranha: “ [...] testemunha é todo o homem, estranho ao feito e equi-
distante às partes [...]” (ARANHA, 2006). A vítima, por outro lado, já que não presta compromisso de “dizer a verdade”, deve
2.4 Forma de entrevista das testemunhas/vítimas
ter suas “declarações apreciadas com a devida reserva, já que a narrativa poderá trazer certa carga de tendenciosidade”
(DEMERICAN et al, p. 340)
Nosso Código de Processo Penal não estabelece roteiro de entrevistas para vítimas e testemunhas. A legislação pro-
Para importante setor da doutrina, são critérios a serem avaliados para aferir a credibilidade do depoimento da vítima:
cessual estabelece, isto sim, algumas proibições probatórias em relação às perguntas realizadas. São elas: “Art. 212. As
seus antecedentes, sua formação moral, a forma como prestou suas declarações (se firmes), a manutenção de um relato
perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir
coeso, a verossimilhança de sua versão em comparação com a do réu e sua posição em relação a este (FERNANDES,
a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida” (grifo nosso).
1995). Por outro lado, de acordo com os preceitos da Psicologia do Testemunho, inexistem diferenças entre a qualidade
da informação fornecida por testemunha e vítima. Ambas estão expostas a um evento de forte valência emocional e, em Apesar de haver duas importantes sinalizações no CPP no sentido de se buscar evitar possíveis distorções e conta-
regra, violento. Existem variáveis cognitivas que irão influenciar de forma determinante nesse processo, e que aparecem minações das respostas obtidas de testemunhas e vítimas através da repetição e da indução, inexiste explicação sobre
com maior ou menor frequência de acordo com as diferenças individuais. Portanto, outra questão de fundamental em quais circunstâncias elas estariam caracterizadas. Desta forma, fica ao arbítrio do intérprete definir quando houve
importância a ser considerada é o caráter universal da lei e sua (im)possibilidade de alcançar minúcias cognitivas de (ou não) a dita repetição ou indução e o consequente afastamento da regra legal.
cada um dos entrevistados. Pela sistemática anterior de nosso CPP, quem primeiramente inquiria a testemunha era o magistrado e, posterior-
Assim, não é essencial discutirmos as diferenças (?) existentes entre uma categoria de prova e outra, mas, sim, a forma mente, a parte que a tivesse arrolado e, no final, a parte contrária. Naquela lógica, as perguntas eram dirigidas ao juiz, que
de abordagem de cada uma delas. O emprego de técnicas de entrevistas investigativas, cientificamente testadas (e.g., as elaborava mentalmente e as “traduzia para a testemunha” (BADARÓ, 2008). A seguir, as respostas eram interpretadas
a Entrevista Cognitiva) para a obtenção de um relato mais preciso e detalhado, pode ser tão eficiente em testemunhas, pelo juiz que as “traduzia” novamente para a linguagem jurídica, ditada ao serventuário responsável pela datilografia.
quanto em vítimas. Conforme Giacomolli, “neste ato teatral, muita da substância das declaraçõesse esboroava” (GIACOMOLLI, 2008, p. 57).
O sistema de oitiva de testemunhas, adotado na legislação brasileira, a partir da reforma processual de 2008, é
semelhante ao cross examination (ou exame direto e cruzado (GOMES FILHO, 2008) norte-americano, já que, em ambos,
a acusação e a defesa realizam os seus questionamentos diretamente às testemunhas. Neste formato, as partes ficam
sujeitas ao contrainterrogatório de seu oponente. Porém, existe importante diferença: o processo penal brasileiro não
2.3 Policial testemunha limitou a atuação do juiz, no sentido de somente presidir o ato, mas também permitiu a ele a faculdade de complementar
a inquirição acerca dos pontos não esclarecidos (DI GESU , 2008).
Gomes Filho (2008) considera que, neste modelo introduzido, há a vantagem do contraditório na coleta do material
Nossos dados empíricos, a serem apresentados nas seções subsequentes do presente relatório, demonstram que probatório, propiciando a efetividade do direito ao confronto, que já havia sido reconhecido na Convenção Americana
boa parte do processo de criminalização depende do testemunho de policiais militares. Muitas vezes, por temor de de Direitos Humanos (art. 8o, 2, letra ‘f’). O sistema é de extrema importância, pois permite a transição de um paradigma,
represálias, a possibilidade de entrevistar vítima/testemunha fica suplantada. Assim, surge espaço para que os policiais no qual o juiz “traduzia” as perguntas das partes (certamente, de forma a “purificá-las”) às testemunhas, para um modelo,
militares tornem-se importantes protagonistas na elucidação do crime. Não apenas na investigação, como também no em que o contraditório fica, evidentemente, amplificado.
processo penal. Porém, os policiais militares, muitas vezes, não estão presentes no momento de realização do crime. No
Conforme Aranha (2006), a maneira de perguntar tem profunda força influenciadora nas respostas. Certos inquirido-
máximo, chegam logo após sua ocorrência. Desta forma, constituem verdadeiras testemunhas indiretas que, porém,
res podem conduzir a testemunha para onde desejam, obtendo a resposta pretendida. A pergunta prepara a resposta
muitas vezes acabam por serem ouvidos como se fossem testemunhas presenciais.
desejada. Este questionamento deve sempre estar livre dos vícios de inteligência (sugerindo, insinuando) ou de vontade
A doutrina jurídica se divide em relação à possibilidade de utilização desses testemunhos. Há autores que pensam (coação), admitindo-se, no entanto, que não há qualquer forma conhecida de perguntar que não traga uma maior ou
ser a condição funcional do policial incompatível com a de testemunha sendo, portanto, parcial, pois de certa forma menor força sugestória, sendo necessário observar aquelas que contenham menor grau insinuatório.
comprometidos com o resultado do processo (LOPES, 2012). A responsabilização seria impossível sem sua atividade
Tal problema pode ser agravado, quando utilizarmos a testemunha referida, aquela na qual “a pessoa a quem se referir
inicial que, por sua vez, deu início ao processo de criminalização.
a testemunha regularmente ouvida” (ARANHA, p. 93). Prevista no art. 209, p. 1o do CPP, deve ser encarada como forma de
Segundo Badaró, por outro lado, deve prevalecer uma posição intermediária: “se os policiais não podem ser consi- prova produzida excepcionalmente, quando diz respeito ao fato de importância relevante para o processo (LOPES, 2012).
derados suspeitos, pelo simples fato de serem policiais, por outro lado, é inegável o seu interesse na demonstração da
De acordo com Giacomolli, as disposições do artigo 209 revelam resquícios autoritários, haja vista que existe autori-
legalidade de sua atuação”. Desta forma, os depoimentos de policiais devem possuir valor relativo, ou seja, apenas devem
zação ao magistrado para inquirir pessoas não arroladas pelas partes, bem como as que tenham sido referidas. Também
ser considerados, caso estejam de acordo com os demais elementos probatórios constantes dos autos do processo.
foi mantida a possibilidade de o magistrado inquirir de ofício e antecipadamente a testemunha, quando esta estiver
Logo, não é possível a sentença condenatória com base exclusiva no depoimento de policiais, mesmo que, coesos
impossibilitada de comparecer à audiência (art. 225, CPP) (GIACOMOLLI, 2008).
(BADARÓ, 2008).
A polêmica doutrinária, porém, muitas vezes não chega a ser discutida em nossos Tribunais. Em função de alguns
fatores (os policiais militares em regra são os primeiros a chegar à cena do crime ou a presenciaram e, ainda, o temor das
testemunhas ou vítimas em prestarem declarações), muitas vezes o testemunho do policial militar acaba por ser o único
meio disponível para comprovar uma acusação.

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2.5 Reconhecimento de pessoas no código de processo penal Deveremos notar que a forma de procedimento para o reconhecimento é aquela identificada na literatura
científica como a de line-up, ou seja, quando ocorre o alinhamento de pessoas, sendo elas colocadas lado a lado para
que a testemunha aponte o possível responsável pelo delito. Entretanto, nossa legislação não obriga (vide grifo
acima) à realização dessa formalidade podendo, inclusive, o suspeito ser colocado sozinho (show-up) para ser reconhe-
O capítulo da legislação processual penal referente ao reconhecimento de pessoas e coisas ainda possui a redação cido pela vítima3.
original de 1941, ou seja, desde a edição do CPP não houve alteração alguma em seu texto. Esta informação é importante
Quanto às regras do reconhecimento policial, caso não siga as formalidades previstas em lei, existe o entendimento
para entender a defasagem de seu conteúdo em relação aos achados científicos mais atuais da Psicologia do Testemunho
de que o ato poderá ser considerado nulo em juízo. O mesmo, porém, não se pode dizer caso o reconhecimento ocorra
acerca do reconhecimento.
em juízo, onde a garantia do contraditório está sendo alcançada.
A natureza de prova do reconhecimento foi apontada, desde muito, por Manzini como problemática. Dizia tratar-se
É possível apontar algumas inconsistências da normativa brasileira em relação ao que existe de mais recente na
somente um procedimento inicial de identificação (MANZINI, 1951).
legislação comparada. A primeira é a recomendação que todo o procedimento seja gravado em vídeo para posterior
No Brasil, o reconhecimento de pessoas está regrado, fundamentalmente, no artigo 226 do Código de Processo Penal, utilização pelo Judiciário. Outro aspecto importante é a necessidade de organização do alinhamento a ser realizado por
que traz as seguintes disposições: pessoa que não sabe quem a pessoal suspeita.
Outra questão importante é a total ausência de referência ao reconhecimento fotográfico, já que inexistem indicações
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela mínimas quanto à utilização de fotografias. Por este motivo “o reconhecimento fotográfico não poderá, jamais, ter o
seguinte forma:
mesmo valor do probatório do reconhecimento de pessoa, tendo em vista as dificuldades notórias de correspondência
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser entre uma (fotografia) e outra (pessoa), devendo ser utilizado este procedimento somente em casos excepcionais,
reconhecida; quando puder servir como elemento de confirmação das demais provas” (OLIVEIRA, 2012).

ll - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que Normalmente, as fotografias são tidas como fontes não perenes de identificação, porém desde que utilizadas crite-
com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apon- riosamente, podem constituir importante ferramenta para chegar até o suspeito/responsável pelo crime. Como vimos,
tá-la; realizadas de acordo com critérios objetivos e que promovam a fairness do procedimento, é possível sua utilização de
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimida-
forma cautelosa.
ção ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade Uma cautela a ser adotada, afirma Lopes Jr., seria a de advertir a testemunha ou vítima de que o suspeito pode ou não
providenciará para que esta não veja aquela;
estar presente. Isso poderia reduzir a sugestão de que o suspeito está presente entre os alinhados (LOPES, 2012). Além
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa disso, alterações legislativas no sentido de obrigar ao cumprimento de cautelas mínimas para a realização do reconheci-
chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. mento pessoal são absolutamente necessárias, apenas assim seria possível reforçar a argumentação no sentido de uma
nulidade processual ou, conforme for o caso, até mesmo a possibilidade de ocorrência de prova ilícita.
Parágrafo único. O disposto no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em
plenário de julgamento. (grifo nosso) Assim sendo, o reconhecimento fotográfico pode ser bastante útil, desde que adotas as práticas preconizadas com
embasamento científico. Quanto ao show-up, mesmo em situações tidas como ideais, a literatura científica é uníssona
em não recomendar sua realização, tendo em vista o alto grau de sugestionabilidade envolvido nesta prática. Isto posto,
É necessário reparar que o reconhecimento fotográfico não está previsto, expressamente, entre as formas
futuras alterações legislativas devem levar em consideração as restrições para a utilização de reconhecimentos com
impostas pelo legislador. Por este motivo, de acordo com Camargo Aranha (2006), tal procedimento não possuiria valor
apenas uma pessoa, seja na presença da vítima/testemunha, seja através de fotografia.
probatório. No entanto, este não é o entendimento majoritário, o rol de provas previstas no CPP não seria taxativo, ou
seja, além das ali dispostas, outras poderiam ser utilizadas, com a condição de não atentarem contra a moral e os bons
costumes, não serem ilícitas e não se referirem à prova do estado civil da pessoa. Seria, portanto, uma “prova inominada
( LOPES JUNIOR,2012, p 509).
Ainda assim, existem sérias dúvidas doutrinárias sobre a confiabilidade do reconhecimento fotográfico, como pode-
mos notar da passagem de Eugênio Pacelli de Oliveira e Douglas Fischer (2011): 2.6 Legislação comparada e a incorporação dos achados da Psicologia
do Testemunho
Pensamos – e assim também a jurisprudência – ser absolutamente frágil uma prova fundada em seme-
lhante reconhecimento. E, mais: desnecessário argumentar nesse sentido. A fotografia está sempre no
passado. Mas, no passado do fotografado e não do da testemunha. Assim, a diferença que pode haver
Quanto à legislação comparada, iniciamos nossas análises a partir dos Estados Unidos da América. Devemos lembrar
entre o que ela (testemunha) presenciou e a fotografia que lhe é apresentada em juízo não pode ser
que o modelo de federação permite, em função da autonomia legislativa dos Estados em termos penais, algo que não
aferida e nem controlada. Condições do tempo (clima), da máquina fotográfica, da pose fotografada, e,
enfim, a diversidade entre o real, o passado da foto e o passado da memória da testemunha, recomen-
dam a imprestabilidade de semelhante meio de prova (p. 484). 3 Crítica bastante contundente é feita, neste sentido, por Aury Lopes Jr.: “É um absurdo quando um juiz questiona a testemunha ou vítima se ‘reconhece o réu
ali presente como sendo o autor do fato’. Essa ‘simplificação’ arbitrária constitui um desprezo à formailidade do ato probatório, atropelando as regras do devido
processo e, principalmente, violando o direito de não fazer prova contra si mesmo. Por mais que os tribunais brasileiros façam vista grossa para esse abuso, argu-
mentando às vezes em nome do ‘livre convencimento do julgador’, a prática é ilegal e absurda” (LOPES JUNIOR, 2012, p. 681).

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ocorre no Brasil, maior flexibilidade. Apesar disto, o regramento das práticas está amparado em uma recomendação do Chiefs, 2010). Na Carolina do Norte, são exigidas no mínimo cinco pessoas para esse procedimento (North Carolina
Departamento Nacional de Justiça, de 1999. Department of Justice, 2008).
As instruções dadas às testemunhas, tanto no reconhecimento, quanto nas entrevistas, seguem as recomendações da No reconhecimento fotográfico, as recomendações vão no sentido das fotos dos indivíduos deverem ser similares
publicação Eyewitness Evidence: A Guide for Law Enforcement (U.S. Department of Justice, 1999). O próprio texto referido, em idade, altura, peso e aparência geral, além do mesmo gênero e raça (Virginia Department of Criminal Justice Services,
apesar de ressaltar a importância das medidas sugeridas, enfatizando a possibilidade de promoção de liberdades e o 2014; New York State Justice Task Force, 2011; Massachussets Major City Chiefs, 2010; North Carolina Department of
melhor funcionamento da justiça penal, deixa claro o caráter não vinculante das medidas. Justice, 2008). Deve ser evitada a utilização de pessoas tão parecidas com o suspeito de modo a ser difícil até mesmo
para quem conhece o suspeito o diferenciar das fotos de outras pessoas mostradas (Virginia Department of Criminal
Especialmente as medidas acerca do reconhecimento, de pessoas ou por fotos, foram incorporadas pelos Estados
Justice Services, 2014).
de Wisconsin (2010), Virgínia (Virginia Department of Criminal Justice Services, 2014), Massachussetts (Massachussets
Major City Chiefs, 2010) e Carolina do Norte (North Carolina Department of Justice, 2008). Foram implementadas através Apesar dos avanços demonstrados nos EUA, recente estudo de Garrett (2013) demonstra que, ao menos na reali-
de guidelines (protocolos), submetidas a constantes atualizações. A do Estado da Virgínia, por exemplo, já está em sua dade do Estado de Virginia, as Delegacias de polícia ainda seguem modelos de políticas ultrapassadas. A maioria das
terceira revisão. Delegacias, em uma ampla gama de assuntos, não tinha feito nenhuma alteração nos seus procedimentos de identifica-
ção desde 1999. Embora até 40% tenham feito algumas alterações, elas ocorreram, apenas recentemente, em 2010 ou
Todos os procedimentos, sejam fotográficos ou de alinhamento de pessoas, devem ser gravados. Antes de iniciados, a
2011. Essa pesquisa revelou que as agências que adotaram um procedimento de reconhecimento seqüencial, sem que o
testemunha ou vítima deve descrever detalhadamente e em suas próprias palavras, todas as circunstâncias atinentes ao
administrador soubesse quem era o suspeito (blind, sequential) concluíram que “as mudanças não eram vistas como difí-
crime por ela lembrada (North Carolina Department of Justice, 2008; Massachussets Major City Chiefs, 2010; Wisconsin,
ceis” e, em entrevistas, as agências perceberam “um maior nível de confiança na qualidade de evidências”, como resultado.
2010; New York State Justice Task Force, 2011; Virginia Department of Criminal Justice Services, 2014).
A característica do relato livre do entrevistado, amparada pelos guias de melhores práticas norte-americanos, tam-
O procedimento de show up, ou seja, a identificação presencial realizada com apenas uma pessoa apresentada à
bém é preservada pelo Código de Processo Penal Norueguês (2006). Na Seção 133 existe a previsão de que, em um
testemunha ou vítima, é considerado bastante questionável pelas diretivas. Isto se dá em função do altíssimo grau de
primeiro momento, a testemunha deve ser encorajada a narrar, de forma coerente, tudo o que souber sobre a situação
sugestionabilidade envolvido em uma situação assim, é recomendada sua utilização somente em situações excepcionais,
sub júdice. Depois, questões específicas podem ser realizadas. A testemunha pode ser requerida a revelar a fonte de
que requeiram a imediata apresentação do suspeito à testemunha. No caso de reconhecimento fotográfico, não deve
suas afirmações. Se houver a necessidade de reconhecimento, a testemunha deve ser encorajada a realizar a descrição
ser realizado apenas com uma fotografia, mas sim preparado um conjunto com várias fotografias. Os indivíduos ou fotos
mais exata possível.
devem ser apresentados à testemunha de forma sequencial, um/uma por vez, ou seja, separadamente (North Carolina
Department of Justice, 2008; Massachussets Major City Chiefs, 2010; Wisconsin, 2010; New York State Justice Task Force, Em suma, disposições normativas sobre o testemunho pressupõem que o aparato sensorial do indivíduo capte
2011; Virginia Department of Criminal Justice Services, 2014). objetivamente os acontecimentos e que a memória logo os fixe, como imagens em um filme ou sons gravados. Antes
de tudo, os canais sensoriais trabalham de forma seletiva, pois o aparato perceptivo possui capacidade limitada, eis
A questão do ambiente em que a testemunha é instada a recuperar informações sobre o evento, também aparece
que, exposto a estímulos simultâneos, acaba por captar aqueles a respeito dos quais está acostumado (em um mesmo
nas diretrizes americanas. Existe referência, na normativa da Virgínia (Virginia Department of Criminal Justice Services,
contexto, os guardas de trânsito e os pedestres observam coisas distintas) e também dependerá do estado emotivo da
2014), sobre a necessidade de o local ser neutro, não repressivo e, ainda, não ser o lugar onde normalmente o suspeito
pessoa (CORDERO , 2000).
seria apresentado.
As normas consagradas em códigos dão uma ideia por demais cartesiana do testemunho, sem fundo psíquico
Para as testemunhas devem ser dadas as seguintes instruções, quando alinhadas pessoas para fins de reconhecimento
(mecanismos perceptivos, estrutura cognoscitiva, atividade neurológica, fluxo linguístico), com os respectivos efeitos
pessoal: 1) quem praticou o crime pode ou não estar entre as pessoas colocadas lado a lado; 2) a testemunha não deve
distratores (relatividade do percebido, curva de esquecimento, pseudorecordações, sugestionabilidade, etc.), além da
sentir-se compelida a identificar alguém; 3) a investigação continuará independentemente de eventual identificação;
questão fundamental acerca da “[...] a maneira pela qual é feita a pergunta” (ARANHA, 2006, P. 157). Ou seja, dada dificul-
4) deve-se solicitar à testemunha que diga, em suas próprias palavras, o quão certa está da identificação realizada, e 5)
dade geral de conclusão de inquéritos policiais e posterior oitiva dos indivíduos que presenciaram o evento, podemos
a testemunha não deve discutir o procedimento de identificação com outras envolvidas no caso, e não deve falar aos
supor que nosso legislador assume a todos como possíveis portadores da síndrome de hiperamnésia4.
meios de comunicação (North Carolina Department of Justice, 2008; Massachussets Major City Chiefs, 2010; Wisconsin,
2010; New York State Justice Task Force, 2011; Virginia Department of Criminal Justice Services, 2014).
Dentre as medidas, é referida a necessidade do administrador da linha de reconhecimento ser “cego”, ou seja: não deve
saber quem é tido como o suspeito dentre as pessoas colocadas perante a testemunha. Deve ser evitada a colocação de
pessoas não-suspeitas sem semelhanças físicas com o investigado (North Carolina Department of Justice, 2008; Virginia
Department of Criminal Justice Services, 2014; New York State Justice Task Force, 2011; Massachussets Major City Chiefs, 2010).
Fotografias quando utilizadas devem o ser de forma individualizada, conforme a tonalidade cromática, ou seja, não se
deve misturar as coloridas com as em preto e branco (North Carolina Department of Justice, 2008; Virginia Department
of Criminal Justice Services, 2014; New York State Justice Task Force, 2011; Massachussets Major City Chiefs, 2010). No
Texas, porém, também pode ser utilizada a forma de alinhamento de fotos, com várias delas sendo colocadas lado a lado. 4 A síndrome da hiperamnésia consiste em uma inflação de memórias possíveis de ser invocadas. Jill Price, uma das únicas pessoas no mundo diagnosticadas,
nos explica que: “Sou portadora do primeiro caso diagnosticado de um distúrbio da memória que os cientistas denominaram síndrome de hipermemória – a
lembrança autobiográfica contínua e automática de cada dia de minha vida desde os meus catorze anos. Minha memória começou a se tornar horrivelmente
Quanto ao número de pessoas para a realização do reconhecimento pessoal e fotográfico, existem pequenas completa em 1974, quando eu tinha oito anos. A partir de 1980, é quase perfeita. Diga uma data daquele ano em diante que eu direi instantaneamente qual dia
variações nas diretrizes dos estados americanos consultados. Com fotos, são recomendadas o número mínimo cinco da semana foi, o que fiz naquele dia e quaisquer acontecimentos importantes que ocorreram – ou até acontecimentos menores -, contanto que tenha ouvido falar
deles naquele dia” (PRICE, Jill. A mulher que não consegue esquecer – relatos da síndrome de hipermemória. Tradução de Ivo Korytowski. São Paulo: Arx, 2010, p.
mais a do suspeito. Para o caso do alinhamento de pessoas, são sugeridas quatro pessoas mais o suspeito (Virginia 9). Ver também IZQUIERDO, Ivan. Questões sobre memória. São Leopoldo: Unisinos, 2004.
Department of Criminal Justice Services, 2014; New York State Justice Task Force, 2011; Massachussets Major City

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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3.1.1 Participantes
Decidiu-se, em um primeiro momento, que a amostra seria constituída por 120 participantes adultos de ambos os
sexos, na faixa etária entre 25 e 60 anos, dividida de forma proporcional em quatro grupos: defensores (públicos e priva-
dos, sendo 15 participantes de cada), juízes, policiais (militares e civis) e promotores de justiça, nas cinco regiões do país.
Todavia, esta proposta inicial foi readequada, em função das dificuldades encontradas na coleta dos dados.
A amostra ficou constituída por 17 defensores públicos em Porto Alegre que concordaram voluntariamente em
participar da pesquisa. Da mesma forma, dados com 35 participantes (incluindo 14 defensores, 20 delegados de polícia

3. ASPECTOS METODOLÓGICOS E DESENVOLVIMENTO civil e um juíz) foram coletados em São Paulo. Perfazendo um de total de 52 participantes. A amostra final do Estudo 1
ficou composta por um total de 52 sujeitos, sendo 26 defensores públicos (50%), 20 delegados (38,4%), 03 advogados

DA PESQUISA privados (5,7%), 02 promotores (3,8%) e 01 juiz (1,9%). Mesmo considerando a heterogeneidade do conjunto de atores
jurídicos, a análise de frequência das situações típicas vividas por eles, possibilita uma primeira aproximação com o
campo, no sentido de auxiliar na clarificação da realidade das práticas quanto ao reconhecimento, como no que diz
respeito à coleta de testemunho/depoimento nas fases de investigação policial e em juízo.
O projeto envolveu dois estudos empíricos com a utilização de uma série de ferramentas metodológicas dentro
de uma abordagem interdisciplinar entre a Psicologia do Testemunho e o Direito, contemplando técnicas empíricas
tanto qualitativas quanto quantitativas de pesquisa. Foram empregadas, especificamente, procedimentos e técnicas de
pesquisa de levantamento (i.e., survey,
vey Fowler, 2014-3) e de entrevista em profundidade. Definimos, em termos operacio- 3.1.2 Instrumentos
nais, as categorias a serem estudadas: oitivas (depoimentos) policiais, testemunhos e reconhecimento. Consideramos
as primeiras, aquelas realizadas em fase de investigação pela polícia, administrativamente, onde não há intervenção do Para cada um dos atores pesquisados, foi criado um instrumento auto-aplicável específico (Anexo A - Instrumento
magistrado, o que pode significar afastamento das garantias constitucionais em nome da celeridade das investigações. para Defensores, Públicos e Privados, e Promotores de Justiça; Anexo B - Instrumento para Juízes: Anexo C – Instrumento
Os testemunhos serão aqueles realizados, necessariamente, em um processo onde as partes (acusação e defesa) estejam para Policiais). Cada questionário foi composto por perguntas de cunho demográfico, como também indagações abertas
colocadas perante um juiz, com a efetivação do contraditório e da ampla defesa. O reconhecimento, por outro lado, pode que propiciaram a revelação das práticas dos entrevistados em relação aos procedimentos típicos e atípicos quanto ao
ser realizado tanto na fase investigativa, quanto judicial. Tem como objetivo a identificação de suspeitos (ou autores do reconhecimento e inquirições às testemunhas/depoentes. Por típica foi entendida a situação corriqueira e mais utilizada.
delito) por meio de fotos ou da própria confrontação com pessoas semelhantes, nos moldes do disposto nos artigos 226 A forma atípica, por outro lado, dizia respeito à situações não usuais ou incomuns na prática do pesquisado.
ao 228 do Código de Processo Penal Brasileiro5.

3.1.3 Procedimentos
Os participantes foram contatados pessoalmente, através dos membros da equipe de pesquisa, sendo então convi-

3.1 Estudo 1 – pesquisa exploratória dados a participarem do estudo. Foi explanado o propósito da pesquisa, informando que a participação era de cunho
individual e de caráter voluntário, e que o tempo despendido, para respondê-la, não ultrapassaria 30 minutos. Estas
informações foram detalhadas no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Anexo D), que foi assinado pelos
indivíduos que concordaram em participar.
O Estudo 1 compreendeu uma investigação exploratória, a fim de nortear a estruturação do roteiro de entrevista
O questionário era então distribuído a cada um dos participantes para que, sem limite de tempo, cada um respon-
para o desenvolvimento do Estudo 2. Nesse sentido foram formuladas questões embasadas em subsídios científicos,
desse de forma individual por escrito.
que propiciaram coletar dados relevantes da prática de distintos atores do contexto do Direito e que puderam identificar
variáveis que, posteriormente, foram incorporadas ao roteiro de entrevista do Estudo 2, cujo escopo é a identificação
das práticas em todas as regiões brasileiras.
3.1.4 Resultados
5 “Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; As respostas trazidas pelos participantes foram analisadas de forma qualitativa, mediante categorização, bem como
II - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem
tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la; quantitativa, aferindo a frequência de suas ocorrências. A análise dos dados foi realizada buscando agrupar as respostas
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da similares entre os diversos atores jurídicos envolvidos. Os resultados da amostra como um todo são apresentados a seguir,
pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas tendo em vista dois eixos de análise: reconhecimento e testemunho.
testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento. Considerando o reconhecimento na fase de investigação policial, as respostas frequentemente apontaram a não
Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicável. observância de várias normativas do artigo 226: apenas um réu para o reconhecimento (11,5%), inadequação do
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer
comunicação entre elas.” (BRASIL. Código de Processo Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm> Acesso em: 29 abril 2014. local (11,5%), indução para que a vítima reconheça (9,6%), dificuldade de localização de pessoas com características

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
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semelhantes à descrição do suspeito (9,6%). Ainda foi apontada uma dificuldade de realização do reconhecimento
devido à negativa por parte das testemunhas em realizar o procedimento por medo, insegurança e/ou temor à represália
para efetuar o reconhecimento (23,1%). Importância do reconhecimento na atividade probatória?

No que diz respeito ao reconhecimento em juízo, as respostas também apontaram para a não observância do artigo Prova inequívoca/irrefutável, “verdade absoluta”. Fundamental,
100%
226. Além dos aspectos mencionados na fase de investigação policial quanto ao número de sujeitos no alinhamento decisivo para a solução do processo
(21,2%), a indução ao reconhecimento (seja por ator do processo ou por uso de algemas e/ou vestimenta prisional por
um dos alinhados) (23,1%), o medo de efetuar o reconhecimento (7,7%), a inadequação do ambiente para fazer o reco- TESTEMUNHO/DEPOIMENTO-DEFENSORES PÚBLICOS
nhecimento (3,8%), também foi pontuado a dificuldade na efetivação do reconhecimento devido ao tempo transcorrido Investigação Policial
(1,9%).
Discurso uniforme/genérico 7,6%
Quando indagados sobre a importância do reconhecimento na atividade probatória, os participantes foram unâ-
nimes ao colocarem que o reconhecimento é fundamental e decisivo para a conclusão do processo. Dentre eles, 77% Testemunha ouvida em sigilo sem motivo concreto. 3,8%
indicaram que o reconhecimento, muitas vezes basta para que haja a condenação.
Constar no inquérito policial que foi feito reconhecimento formal na delegacia e policiais
3,8%
No que tange ao testemunho/depoimento na fase de investigação policial, as respostas apontaram, majoritaria- ou vítima afirmarem em audiência que o procedimento não ocorreu.
mente, a presença de um discurso uniforme e genérico por parte dos policiais a fim de que não existam dúvidas sobre a
sua correta atuação (14%) e a um direcionamento dos depoimentos quanto aos interesses buscados (12%). Considerando Juízo
o testemunho/depoimento em juízo, as situações típicas mais relatadas foram o direcionamento do depoimento quanto
Leitura prévia da ocorrência e na audiência a reprodução da narrativa. 30,7%
aos interesses buscados (30,7%) e a leitura prévia da ocorrência antes do depoimento (28,8%).
Quanto à importância do testemunho/depoimento no convencimento do juiz, as respostas apontaram que o teste- Leitura dos autos por parte do promotor e reprodução da narrativa ou confirmação do
23%
teor por parte dos policiais.
munho/depoimento é um elemento fundamental, a principal prova do processo, principalmente quando apresentam
riqueza de detalhes. Policiais pedem para que seu depoimento da fase policial seja confirmado apenas 19,2%
Foram também analisadas as respostas dos participantes comparando os dois grupos amostrais mais representativos Testemunho genérico, semelhante e artificial por parte dos policiais 15,3%
no presente Estudo (defensores públicos e delegados). A Tabela 1 apresenta a proporção de respostas por atores jurídicos Busca de legitimação da conduta por parte dos policiais 11,5%
em relação às práticas de reconhecimento e coleta de testemunho.
Testemunha do depoimento diverso do prestado na fase policial. Juiz lê o depoimento
11,5%
dado e testemunha ratifica o depoimento prestado.
TABELA 1 - PROPORÇÃO DE RESPOSTAS POR ATORES JURÍDICOS EM RELAÇÃO ÀS PRÁTICAS DE RECONHECIMENTO
E COLETA DE TESTEMUNHO Policiais negam recordarem dos detalhes quando questionados pela defesa 7,6%
Juiz não permite narração livre por parte da testemunha buscando confirmar o depoi-
7,6%
mento dado na fase policial
RECONHECIMENTO – DEFENSORES PÚBLICOS (26 PARTICIPANTES)
Policiais negam uso da força enquanto réu afirma que ouve abuso de autoridade ou
Investigação Policial 3,8%
tortura. No laudo, na maioria das vezes, não constam lesões.
Não observância do artigo 226 - apenas o réu 15,3%
Policiais recordam com exatidão crimes de tráfico de drogas 3,8%
Indução por parte dos policiais ao reconhecimento 7,6% Perguntas iniciadas pelo juiz 3,8%
Reconhecimento realizado em local inadequado 7,6% Desconhecimento sobre os direitos das pessoas, sobre o que é um flagrante por parte
3,8%
Não realização de descrição antes do reconhecimento 3,8% dos policiais

Juízo Importância do testemunho (ou oitivas) na atividade probatória, no que tange ao convencimento do juiz?

Reconhecimento com apenas 1 suspeito 34,6% Elemento fundamental, principal prova do processo 46,1%

Indução por ator do processo ao reconhecimento 26,9% Testemunha de acusação goza de maior credibilidade que testemunhas de defesa 15,3%

Pessoas com características diversas no alinhamento 23%


Pessoas alinhadas com algemas e/ou vestimenta prisional 15,3%
Vítima com dúvidas para fazer o reconhecimento (ou por não ter certeza ou por medo) 11,5%
Reconhecimento da vítima feito na frente das testemunhas 3,8%

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TESTEMUNHO/DEPOIMENTOS - DELEGADOS

Investigação Policial
RECONHECIMENTO – DELEGADOS (20 PARTICIPANTES)
Discurso similar entre os policiais para que não haja dúvidas da correta atuação do
25%
Investigação Policial policial

Presença de e/ou não formalização do reconhecimento por medo/receio/insegurança/ Discurso tende oferecer detalhes apenas do que é prejudicial ao agente criminoso 20%
50%
temor a represália Relato detalhado dos policiais 15%
Testemunha não tem certeza do reconhecimento 30% Testemunhas não agregarem para a conclusão do caso 15%
Dificuldade de localização de pessoas com características semelhantes para o reconhe- Oitivas de testemunhas presenciais do fato são extremamente importantes 10%
25%
cimento.
Direcionamento do depoimento quanto aos interesses buscados 10%
Vítima reconhece o autor com convicção e formaliza 10%
Testemunha se sentir acuada para dar sua versão 5%
Direcionamento do reconhecimento para forçar uma prisão 10%
Depoimento igual a ocorrência 5%
Em sala preparada para o reconhecimento, colocação de pessoas perfiladas, atualmente
solicitamos a colaboração de partes presentes na delegacia, que se assemelhe com o 10%
suspeito ou outros presos no momento. De que forma as oitivas influenciam na conclusão do inquérito policial?
Falta de local apropriado para o procedimento 10% Somada às outras provas colhidas no inquérito 40%
Falta de estrutura para o reconhecimento, sendo realizado necessariamente com a Depoimento com riqueza de detalhes colabora muito para o convencimento 40%
10%
exposição da vítima.
Fonte: resultado de pesquisa.
Vítima reconhece como autor alguém impossível 10%
Reconhecimento de qualquer pessoa apresentada a vítima devido a emoção 10%
Em síntese, este primeiro estudo revelou-se fundamental para nos aproximarmos de nosso objeto de pesquisa.
Descrição equivocada ou sem detalhes por parte da vítima 10% Avaliamos uma série de pontos sensíveis ao nosso diagnóstico nacional, como a necessidade de incluirmos os Policiais
Pessoa conduzida por policiais é reconhecida como autor do crime por vítima que Militares enquanto atores importantes do processo de criminalização.
5%
estava na delegacia para o registro do fato Os resultados apontaram para a alta relevância da prova dependente da memória (testemunho e reconhecimento)
Testemunha reconhece o meliante com certeza 5% para o resultado do processo. Ademais, os dados revelaram a precariedade da formação dos atores acerca das práticas,
para coleta de testemunho e reconhecimento, informadas pelos avanços científicos da Psicologia do Testemunho, além
Reconhecimento de policial como autor do crime 5%
do afastamento das fórmulas previstas na legislação brasileira em vigência.
Reconhecimento no calor dos fatos sempre acha parecido ou certeza absoluta 5%
Reconhecimento fotográfico que depois é corroborado pelo reconhecimento pessoal 5%
Recusa do indivíduo em sair de estabelecimento prisional para ser submetido a reco-
5%
nhecimento
3.2 Estudo 2 – diagnóstico nacional sobre práticas de obtenção de
Influência do reconhecimento na conclusão do inquérito policial? testemunho e de reconhecimento
Decisivo para a conclusão 45%
Depende das outras provas 30%

3.2.1 Objetivos
O Estudo 2 objetivou obter um panorama nacional que retratasse as práticas atualmente adotadas para o reco-
nhecimento pessoal e obtenção de testemunhos/depoimentos, tanto no âmbito das investigações policiais, quanto
no processo penal. Para tanto, a escolha metodológica de cunho qualitativo (BAUER & GASKELL, 2002) priorizou uma
aproximação com o campo, de forma que fosse possível capturar não só as informações acerca das práticas adotadas,
mas também as percepções, anseios e preocupações daqueles atores jurídicos diretamente implicados com a aplicação
dessas práticas de reconhecimento e testemunho. Assim, durante o período de junho a outubro de 2014, foram reali-
zadas entrevistas semi-estruturadas em profundidade com diferentes atores jurídicos, contemplando as cinco regiões
geográficas do Brasil.

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3.2.2 Participantes
quando todas as questões propostas no roteiro de entrevista já tivessem sido abordadas em profundidade. Antes dos
Os participantes da pesquisa compreenderam quatro grupos de atores jurídicos: (1) magistrados; (2) policiais (civis e agradecimentos finais, o(a) participante era convidado a incluir qualquer outra informação acerca dos temas abordados
militares); (3) promotores; e (4) defensores (públicos e privados). No total, foram realizadas 87 entrevistas, contemplando durante a entrevista.
as cinco regiões geográficas brasileiras pesquisadas (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte), conforme Tabela 2.
A faixa etária dos participantes foi entre 25 a 60 anos de idade.
3.2.5 Procedimentos Éticos
TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA PROPOSTA: ATORES JURÍDICOS POR REGIÃO
O estudo seguiu as condições estabelecidas na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Aos entre-
ATORES SUL SUDESTE CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE TOTAL vistados foram esclarecidos os propósitos da pesquisa e todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
REGIÃO
(Anexo D). Todos os participantes foram informados sobre o caráter voluntário de participação neste estudo, que pode-
2 6 1 2 2 13 riam desistir em qualquer momento, sem que isso acarretasse nenhum tipo de consequência para si. Também foram
Policiais Militares 1 0 2 2 0 5 informados sobre a gravação das entrevistas, sendo que elas foram utilizadas somente pela equipe de pesquisa, garan-
Defensores Públicos 2 2 2 2 4 12
tindo-se a confidencialidade. O estudo abrangeu os princípios éticos de autonomia, beneficência, não-maleficência,
Defensores Privados 3 2 2 2 0 9
veracidade e confidencialidade. Foi assegurado aos participantes que tanto os nomes dos entrevistados, como os de
Promotores 3 7 3 4 5 22
pessoas envolvidas nos processos e investigações (por ventura mencionados nas entrevistas) seriam mantidos em estrito
Juízes 4 9 4 4 5 26
sigilo, sendo divulgadas apenas informações que não comprometessem a confidencialidade de ambos.
Total 15 26 14 16 16 87
Fonte: resultado de pesquisa.

Para a seleção da amostra de participantes foi adotada a sistemática da conveniência, através de contatos (por correio
eletrônico, redes sociais, e telefônicos) de membros da equipe de pesquisa com representantes de cada grupo de atores
3.2.6 Análise de dados
jurídicos. Além disso, a composição da amostra também se valeu de indicações dos próprios participantes para outros Para a análise dos dados, as entrevistas foram transcritas literalmente na íntegra. Após quatro avaliadores, membros
em potencial (“sistema bola de neve”). Outrossim, em alguns casos, foi adotado convite direto de membros da equipe da equipe do projeto submeteram as transcrições a uma análise categorial inferencial, dentro da metodologia científica
de pesquisa a possíveis participantes, quando em visita aos seus locais de trabalho. de análise de conteúdo, segundo Bardin (2009). O procedimento de análise de conteúdo das entrevistas, que contou
com a valiosa colaboração do Prof. Dr. Thiago Gomes de Castro (Pós-Graduação em Psicologia, PUCRS), especialista no
tema, compreendeu cinco etapas:
3.2.3 Instrumentos Etapa 1: Método indutivo de criação de categorias: leitura conjunta pelos quatro avaliadores de cinco entrevistas (uma
de cada grupo de atores jurídicos) escolhidas aleatoriamente, a fim de tomar contato com o conteúdo das entrevistas,
Foram utilizadas entrevistas semi-dirigidas, com base em um roteiro (Anexo E). Este roteiro de entrevista foi desen- na tentativa de identificar categorias de respostas.
volvido pela equipe da pesquisa, tendo como base os resultados do Estudo 1. Para a testagem e o aperfeiçoamento do
roteiro de entrevista, foi realizado um estudo piloto com quatro atores jurídicos em Porto Alegre. Etapa 2: Método dedutivo para a criação de categorias de respostas: Categorização de cinco entrevistas em duplas
e posterior verificação de dúvidas quanto às categorias.
Etapa 3: Avaliação do grau de concordância entre juízes para posterior análise individual: Obteve-se o grau de con-
cordância entre juízes a partir da frequência de categorizações iguais para as informações obtidas em cada uma das
3.2.4 Procedimentos entrevistas analisadas. O grau de concordância entre juízes foi de 79,37 %, considerado muito bom.
As entrevistas semiestruturadas foram realizadas individualmente, conduzidas majoritariamente6 de forma presen- Etapa 4: Categorização individual das entrevistas restantes: Após identificar um bom grau de concordância entre os
cial por um membro da equipe treinado para este fim. A coleta de dados se deu em ambiente reservado, no local de juízes, o restante das entrevistas foi categorizada por somente um avaliador. Os dados foram consolidados em uma loja
trabalho dos participantes. Todas as entrevistas foram áudio-gravadas em meio digital. A duração das entrevistas variou de dados para posterior análise.
de 45minutos a 1hora 30min.
Etapa 5: Análise das categorias: Após a finalização da categorização das entrevistas, cada categoria foi anali-
A entrevista usualmente iniciava-se com uma breve apresentação do entrevistador e dos propósitos gerais da pes- sada separadamente. Para cada categoria analisada, objetivou-se um levantamento quantitativo da frequência de
quisa, quando era exibida a carta de apresentação do projeto elaborada pela Secretaria de Assuntos Legislativos do respostas por categoria, como também a extração de excertos de falas mais significativas das práticas mencionadas
Ministério da Justiça. A seguir, todos os procedimentos éticos (ver item a seguir) eram esclarecidos, incluindo a leitura pelos atores jurídicos.
e assinatura pelo(a) participante do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e solicitação de permissão para fazer
a gravação em áudio da entrevista. Em sequência, os dois grandes tópicos (i.e., reconhecimento e testemunho) eram
mencionados pelo(a) entrevistador(a), iniciando-se pelas questões de um desses tópicos, conforme preferência do(a)
participante. A partir das respostas dadas pelo(a) entrevistado(a), eram solicitados esclarecimentos, com ênfase em
exemplos de situações práticas vividas pelo participante quanto ao tópico em foco. A entrevista usualmente encerrava-se
6 Somente uma entrevista foi realizada via Skype.

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3.2.7 Resultados

Leitura/impugnação da denúncia
Apenas Perguntas Qualificadoras
Perguntas Abertas/Fechadas

RECONHECIMENTO 3

CORREDOR DE

ESPELHADO

AUDIÊNCIA/
Os resultados foram inicialmente analisados em função das três etapas identificadas no processo de criminalização:

Perguntas confirmatórias

PASSAGEM

GABINETE
TESTEMUNHO 3

SALA DE

UM ANO OU MAIS
VIDRO
pré-investigativa, investigativa e processual. A primeira etapa, que denominamos de “pré-investigativa”, é onde ocorre
COLETA

o primeiro contato com a testemunha/vítima por parte do responsável pelo policiamento “de rua”, o policial militar,

JUIZ
ou ainda, através de um telefonema direcionado à emergência (em regra o número 190). Já a fase investigativa, sob a
Pressão responsabilidade da polícia civil, na qual distintas formas de abordagens/estratégias são empregadas com vítimas e
PROCESSUAL

testemunhas na realização de entrevistas e no reconhecimento. Por fim, descrevemos as práticas relacionadas à fase de
processual (sob a responsabilidade do juiz). Os resultados serão ilustrados por fragmentos representativos das falas dos
entrevistados. Ao final desta seção de resultados, incluem-se dados quantitativos acerca da avaliação do impacto do

VIDEOCONFERÊNCIA
testemunho e do reconhecimento no desfecho dos casos, além de um levantamento de procedimentos utilizados para

COM ORIFÍCIO
FOTOGRAFIA
MINISTÉRIO

ANTEPARO
DENÚNCIA

RETRATO
FIGURA 2 — FLUXOGRAMA SÍNTESE DAS PRÁTICAS PARA A COLETA DE TESTEMUNHO E RECONHECIMENTO

FALADO
a composição do reconhecimento em delegacias e fóruns.
PÚBLICO

Práticas identificadas nas três etapas


Os resultados relativos às práticas identificadas em cada uma das três etapas do processo de criminalização foram
consolidados em um fluxograma (ver Figura 2), a fim de permitir uma visão geral de como se estruturam as etapas e as
peculiaridades de cada um dos processos de coleta de testemunho e reconhecimento no nosso sistema. O fluxograma
PROVA TÉCNICA/

RECONHECIMENTO 2
TESTEMUNHAL
Perguntas Abertas/Fechadas

CORREDOR DE

FOTOGRAFIA
ESPELHADO
PASSAGEM
Perguntas Confrontativas

apresenta também uma linha de tempo, na qual buscamos sintetizar os dados relativos ao intervalo entre o fato em si e
TESTEMUNHO 2

VIDRO

VOZ
as práticas adotadas em cada uma das três etapas.
COLETA

Acolhimento

Comparando-se as práticas adotadas na cinco regiões do país pesquisadas, chama a atenção que, em que pese a
diversidade de práticas identificadas, os nossos resultados não apontaram uma diferenciação regional em sua utilização.
INVESTIGATIVA

Sendo assim, a apresentação dos resultados abordará cada etapa, independentemente da região do país.
Os resultados específicos no que tange às práticas de coleta de testemunho e ao reconhecimento serão a seguir
apresentados separadamente para cada uma das três fases.

COM ORIFÍCIO
FACEBOOK

ÁLBUM DE

ANTEPARO
RETRATO
FALADO

FOTOS

Fase Pré-investigativa
POLÍCIA
CIVIL

Esta fase não está formalmente prevista no processo de criminalização, porém identificamos nela influência deter-
minante para todas as demais etapas. Isto se justifica pelo fato de o Policial Militar, dada a natureza ostensiva de seu
trabalho, ser o responsável por conduzir o (suposto) autor do delito à delegacia, bem como potenciais testemunhas que
irão ser entrevistadas ou solicitadas a proceder ao reconhecimento. É justamente neste ponto, portanto, onde a primeira
seleção de potenciais elementos probatórios ocorre. Se esta seleção for feita de forma equivocada ou incompleta, poderá
RECONHECIMENTO 1

haver repercussão para todas as fases posteriores, ou seja, nas palavras de um juiz entrevistado, irá “queimar a largada”.
TESTEMUNHO 1

SUSPEITO
MILITAR
POLÍCIA
Perguntas Fechadas
COLETA

O policial militar, especialmente em casos de prisão em flagrante, costuma ser o primeiro profissional a ter contato
com a testemunha/vítima, assim como o eventual suspeito. É o primeiro também a entrevistar informalmente a vítima/
DIA DO FATO

testemunha e a obter informações sobre o fato que possibilitem a captura do culpado. A partir da descrição obtida junto à
PRÉ-INVESTIGATIVA

PESSOALMENTE
190/CELULAR

testemunha/vítima, busca e captura do suspeito, cabe ao policial militar conduzir os envolvidos até a delegacia da polícia
WHATSAPP
VIATURA

civil e prestar depoimento sobre o ocorrido no auto de prisão em flagrante. Desta forma, passando de ator a depoente
TESTEMUNHA

no inquérito, e, possivelmente, testemunha no processo.


PESSOALMENTE

Fonte: resultado de pesquisa.


190

Então, como ocorreu o flagrante, lá no flagrante os policiais apreendem o indivíduo, e já dão um depoi-
mento do flagrante, que é, são os policiais militares e ele é ouvido, posteriormente isso é o que vai
VÍTIMA

acontecer na fase judicial. A não ser no caso do homicídio que, às vezes, tem testemunhas que visuali-
LINHA DO
TEMPO

zaram o fato ou estavam próximas. Ou até as testemunhas abonatórias, testemunhas do réu, pra falar
sobre ele ou pra falar sobre o fato, enfim. [Defensor Público]

TESTEMUNHO RECONHECIMENTO

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A partir da descrição obtida junto à testemunha/vítima, busca e captura do suspeito, cabe ao Policial Militar conduzir Reconhecimento
os envolvidos até a delegacia da polícia Civil e prestar depoimento sobre o ocorrido no auto de prisão em flagrante.
Ao localizarem um suspeito que se enquadre nas características7 fornecidas pelas vítimas e/ou testemunhas, a poli-
Passando, desta forma, de ator a depoente no inquérito e possivelmente testemunha no processo.
cia militar realiza um primeiro reconhecimento, não previsto ou sistematizado formalmente pela legislação. Estamos
falando aqui, em verdade, de uma identificação prévia, mas que por sua repercussão pode ser tratada como verdadeiro
Então, como ocorreu o flagrante, lá no flagrante os policiais apreendem o indivíduo, e já dão um depoi- reconhecimento.
mento do flagrante, que é, são os policiais militares e ele é ouvido, posteriormente isso é o que vai
acontecer na fase judicial. A não ser no caso do homicídio que, às vezes, tem testemunhas que visuali- Na fase pré-investigativa, identificamos cinco formas de reconhecimento. A primeira forma é o reconhecimento na
zaram o fato ou estavam próximas. Ou até as testemunhas abonatórias, testemunhas do réu, pra falar viatura, em que vítimas e/ou testemunhas são colocadas dentro do carro da polícia e saem em busca dos suspeitos pela
sobre ele ou pra falar sobre o fato, enfim. [Defensor Público] região, apontando caso os identifiquem, ou com viatura parada em que o reconhecimento é feito a partir do interior
do carro. A segunda maneira é via celular ou Whatsapp, na qual osuspeito é fotografado pelo policial em seu telefone
particular.O aparelho é levadoaté a vítima e/ou testemunha para que se reconheça o culpado, assim como via Whatsapp
Não apenas o policial militar é o primeiro agente estatal a acessar testemunhas e vítimas, muitas vezes será intimado
no qual a foto do suspeito é repassada para grupos de policiais. A terceira forma é na rua e pessoalmente com o suspeito
no futuro para prestar esclarecimentos no Inquérito Policial ou testemunhar no Processo Penal. Em muitas situações,
frente a frente com a vítima e/ou testemunha. Independentemente da forma adotada, em caso de reconhecimento posi-
poderá ser, no máximo, uma testemunha indireta, pois necessariamente não terá presenciado o fato. Dada a repercus-
tivo por parte da testemunha/vítima, a polícia militar encaminha os envolvidos para registro da ocorrência na Polícia Civil.
são da atividade do Policial Militar, incluímos as análises sobre suas práticas no que tange à coleta de testemunho e
reconhecimento. Ressalta-se que nesta fase pré-investigativa, o reconhecimento invariavelmente adota a chamada sistemática de
show-up, isto é, com apenas um indivíduo a ser reconhecido. Isto significa que não existe composição/alinhamento
de pessoas, mas tão-somente a apresentação de uma foto do suspeito ou sua identificação pessoal. Como vimos em
Testemunho nossa análise da literatura científica, esta é a forma de reconhecimento que mais expõe a vítima/testemunha à possível
O contato com a polícia militar ocorre de duas formas, pessoalmente ou através de central telefônica (número 190) via distorção de sua memória para o verdadeiro suspeito. A adoção da prática de reconhecimento através de show-up pode,
contato telefônico. Normalmente isso ocorre imediatamente após o crime, cabendo a polícia militar obter informações inclusive, ter como potencial consequência a implantação de uma falsa memória na testemunha sobre a identidade do
que levem a busca e captura do suspeito. ator do delito.

Os dados obtidos indicaram que a estratégia utilizada pelos policiais militares para coleta do testemunho junto a
vítimas e/ou testemunhas, tanto pessoalmente quanto por telefone, é a utilização de ‘perguntas fechadas’ sobre carac- Fase Investigativa
terísticas físicas do suspeito, sua vestimenta, e, caso existam acerca de objetos resultado do delito. Perguntas sobre
características que não podem ser alteradas, tais como tatuagem, cicatriz, cor, altura são consideradas as mais relevantes
Testemunho
para os policias militares, já a vestimenta é considerada uma característica pouco confiável, tendo em vista que pode
ser alterada durante a fuga. Na fase investigativa, encontramos uma repercussão determinante das entrevistas com testemunhas e vítimas. Este
dado não variou conforme os atores pesquisados, tampouco em relação às regiões visitadas. O grande peso atribuído
às entrevistas, nesta fase, dá-se por dois fatores fundamentais: 1) o fato de que muitos poucos casos dispõem de indícios
Procura mais características físicas, por exemplo, altura, cor da pele, corte de cabelo, se ele tem alguma
fruto de perícia técnica (por exemplo, exame de amostra de sangue, balística, etc.); 2) o temor das pessoas que presen-
cicatriz pelo rosto, pelo corpo, se ele tem tatuagem, porque a gente sabe que é típico de, são caracterís-
ticas que ele não tem como mudar. [Policial Militar]
ciaram o crime de prestar esclarecimentos na Delegacia.
Na fase investigativa realizada pela Polícia Civil foram apontadas cinco estratégias para coleta de testemunho. São
elas: acolhimento, pergunta aberta, pergunta fechada, perguntas confrontativas e, em apenas um caso, perguntas de
Ademais, a intuição seria uma forma de auxiliar no deslinde do caso:
trás para frente.
O acolhimento diz respeito a todo procedimento que tem como objetivo acalmar a vítima e/ou testemunha para que
Não, eu to falando assim o que cê tá querendo buscar mesmo é no especializado que cê vai achar o
possa prestar seu depoimento de forma mais tranquila.
instinto mesmo o jeito né? [Policial Militar]

[...] vítima e testemunha, veja só, às vezes você em crimes, depende da natureza do crime. Em crimes
Parece que a precariedade de treinamento específico para a coleta de testemunho, com base em evidências científi- mais violentos, você vai ver que a vítima ela tem uma própria dificuldade, cria-se um bloqueio, então
cas, acaba levando os policiais militares, sob os quais pesa a responsabilidade de chegar o mais rápido possível ao autor você tem que conquistar confiança dessa vítima dizendo pra ela que o estado está intervindo naquele
do crime, a utilizarem um padrão de questionamento baseado em perguntas fechadas, que é potencialmente prejudicial fato criminoso pra restabelecer a ordem, essa é a função da policia, ordem pública né, policia civil apu-
à qualidade e a quantidade de informações coletadas junto á testemunha/vítima. Portanto, a busca do suspeito pode rar a infração penal e responsabilizar alguém, e você cria um ambiente de tranquilidade pra vítima e ela
vai tentar se lembrar do que aconteceu. [Policial Civil]
ser prejudicada ou até enviesada pelas informações assim coletadas.

As perguntas abertas consistem em perguntas mais abrangentes, que não possuem resposta específica e abrem
7 Destacando-se que essas características foram coletadas usualmente a partir de perguntas fechadas, não recomendadas pelos protocolos de melhores práticas
de entrevista investigativa (por exemplo, ver recente revisão do protocolo do Reino Unido, HMCPSI, 2014).

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
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espaço para várias possibilidades de respostas. Alinhados com os preceitos da literatura científica, a pergunta aberta é Você tentar descobrir como o cara tá mentindo, e você sabe quando tá mentindo, e você sabe aquele
utilizada pelos policiais civis com o objetivo de não induzir a testemunha, assim como uma forma de precaução contra que mente e aquele que não mente [Policial Civil].

falsas denúncias, como expressado por um dos participantes:


As técnicas aprendidas com a experiência acabam repercutindo, também, em uma convicção (equivocada) do
Tentar sempre não induzir a testemunha, porque as vezes elas vem....principalmente vítima. As vezes desenvolvimento, com a prática de longos anos, de uma habilidade para detecção da mentira no entrevistado, como
eles vêm e querem registrar uma ameaça. “Ai eu fui ameaçada”. Perguntar. “O que aconteceu?” E não vemos da fala de um delegado de polícia:
dizer assim...”Ai te ameaçaram de que?”. Ai elas ficam te enrolando porque não foi uma ameaça. E ai
tu pega e diz assim. “Ai foi uma ameaça de morte?”. “Sim, sim foi uma ameaça de morte”. Elas acabam
tentando achar uma desculpa pra fazer o seu caso, que às vezes não é nem penal se tornar penal. Então Você tem que se virar, conversa com a testemunha e colhendo o que ela fala e daí com o tempo
o que a gente sempre fala pros plantonistas, principalmente terem o cuidado no registro de ocorrên- durante 30 anos, 20 anos ouvindo testemunha você vai aprendendo a detectar por experiência própria,
cia não induzir, não fornecer dados pra que as pessoas às vezes possam utilizar a maquina publica de a mentira, como fazer a testemunha lembra de alguma coisa que ela esqueceu, como fazer o réu acaba
forma errônea. [Policial Civil] confessando o crime, entendeu? [Delegado de Polícia]

Todavia, assim como ocorre na fase anterior (pré-investigativa), nem sempre a intensa rotina de investigações vivida Esta fala, que bem sintetiza uma crença de que seria possível detectar a mentira a partir de comportamentos demons-
em uma Delegacia, e também possivelmente em função do limitado treinamento em técnicas científicas de entrevista trados pela pessoa que mente (por exemplo, esquiva do olhar; gaguejar) está em desacordo com o que pelo menos mais
investigativa, vai permitir a utilização de estratégias adequadas para coleta do testemunho, tais como acolhimento e uso de vinte anos de pesquisas sobre detecção de mentira (DEPAULO et al., 2003; Vrij, 2008) tem apontado, ou seja, que os
perguntas abertas. Assim, também na fase investigativa, os resultados revelaram uma observância apenas parcial dos indicadores comportamentais não são índices confiáveis de mentira.
passos necessários para a efetivação de uma entrevista investigativa que, como vimos, é descrita na literatura científica Quanto à estrutura física para a realização das entrevistas com testemunhos, nenhum dos policiais civis entrevistados
como mais apta a obter informações em melhor quantidade e qualidade. fez referência à necessidade de salas para separar testemunhas de defesa e acusação, enquanto aguardam para prestar
Identificamos que a forma preponderante de oitiva de testemunhas na etapa investigativa se norteia na utilização de depoimento na fase investigativa.
perguntas fechadas. As perguntas fechadas restringem as possibilidades de respostas, como ‘sim’ ou ‘não’ (por exemplo, Para a Polícia Civil, uma das grandes dificuldades encontradas para tomada de depoimento é o temor das vítimas/
relativas às vestimentas, cor de cabelo, presença de tatuagens, estatura, idade aproximada, etnia, bem como sobre as testemunhas em relação a represálias e retaliações, especialmente em crimes ligados ao tráfico de drogas. Este temor
ações etc.). As perguntas fechadas, por já incluírem informações ainda não reveladas pela testemunha (por exemplo, é o que levaria as vítimas/testemunhas muitas vezes a não confirmação em depoimento de informações prestadas
o assaltante portava um revólver?), pode ter o potencial de contaminar a memória com base na qual a testemunha anteriormente em casos de flagrante, bem como ao não comparecimento para depor, ou ainda, a negativa em juízo do
prestará seu depoimento, e eventualmente leva-la a lembrar de coisas que de fato não ocorreram (por exemplo, lembrar que foi dito no inquérito. A efetividade dos Programas de Proteção a Testemunhas também foi largamente questionada,
falsamente que o assaltante portava uma arma, quando de fato, a testemunha não viu arma alguma). pois poderiam influir positivamente no ânimo da testemunha, notadamente no tocante ao medo de trazer informações
Além das perguntas fechadas, os policiais civis também trouxeram as que se valem de perguntas confrontativas. sem a garantia, muitas vezes, de vida.
Estas indagações são aquelas elaboradas a partir de informações prestadas anteriormente pela vítima e/ou testemunha, Além dessas questões, também foram apontadas dificuldades de investigação para novas configurações criminosas,
que no momento da entrevista, são contrastadas com aquelas trazidas em outra ocasião pela mesma pessoa, ou por como é o caso das milícias:
pessoas distintas. Assim como no caso das perguntas fechadas, as perguntas confrontativas, dado o tom usualmente
mais sugestivo (e.g., no dia do assalto, você afirmou ter visto outra pessoa junto ao assaltante e hoje diz não lembrar, tem
certeza que não havia outra pessoa?), possuem um potencial ainda maior de contaminar o testemunho. Sim, essas pessoas, porque, o, a milícia ela é, na grande parte, formada por agentes públicos. Então,
identifica o agente publico envolvido com a milícia não é difícil. O que é difícil é colher provas que
Apenas um dos participantes também mencionou o emprego de perguntas de trás pra frente. Esta prática consiste fundamentem o que é policial e nos permita uma representação por prisão. Um indiciamento, repre-
em uma inversão na ordem do questionamento do fato, onde o policial faz perguntas a partir das últimas informações sentação por prisão. Então trabalho de milícia é, é esse víeis facilitador que por serem agente publico
prestadas até as iniciais, elaboradas após o termino do relato. O objetivo principal dessa prática seria a confirmação da agente sabe quem são essas figuras. Nós conseguimos identificar com nome e matricula, ou nome e
RG, sendo policiais militares. Agora, a, a, a construção do matéria do relatório necessário para legitimar
veracidade do relato:
uma representação por prisão, é que torna a investigação complexa. Então o problema não é identificar
qual o autor. O autor é facilmente identificado. A dificuldade que nós temos é com assim, com testemu-
[...] e depois, vou começar de trás pra frente, de modo que tu obrigues o depoente a pensar, fazer a nhos que informe a autoridade policial no inquérito, que essas pessoas efetivamente praticaram crime,
montagem do quebra cabeça e muitas vezes nessa montagem do quebra cabeça se ele ocultou a ver- entendeu. [Polícia Civil]
dade ele se perde nesse contexto e a autoridade capta, o escrivão de policia capta literalmente quando
a pessoa ta ocultando a verdade através desses mecanismos, dessas técnicas de depoimento, de inter-
rogatório. [Policial Civil]
Reconhecimento
Quanto à avaliação da veracidade do conteúdo das afirmações dos depoentes, foi expresso, por vários entrevistados, Em caso de prisão em flagrante pela Polícia Militar, a pessoa será conduzida até a Polícia Civil para registro da ocor-
que a experiência na condução de oitivas levava ao desenvolvimento de uma espécie de sensibilidade para saber se a rência. Logo, será realizado um segundo reconhecimento, agora com previsão legal. Em não sendo prisão em flagrante,
pessoa estava mentindo ou não, como expressada neste trecho de fala: o suspeito é intimado a comparecer na delegacia para o primeiro reconhecimento.

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Quem procederá à organização do reconhecimento será, em regra, ou um dos policiais que trabalham na delegacia A prática do retrato falado para o reconhecimento, ainda que apareça em várias entrevistas, recebe críticas, tais
(escrivães e inspetores) ou, ainda, um estagiário. Apenas em alguns casos foi mencionado o necessário cuidado para como:
que a vítima e o suposto autor do fato não se encontrarem em momento algum no ambiente da delegacia, antes do
reconhecimento.
O uso de retrato falado é mínimo, a quantidade de retratos falados é mínima e tanto que quando exis-
Na maioria das delegacias de polícia, inexistem salas específicas para o reconhecimento, sendo então improvisados tem favorecem a defesa, porque geralmente eles são feitos e não correspondem com a, com o biotipo
espaços, conforme o trecho abaixo: do réu, então, de regra gosto quando vem o processo com retrato falado porque geralmente ajuda a
defesa. Então o reconhecimento, de regra é isso. [Defensor Público]

Como eu fazia esse ato? Como te falei, nós tínhamos uma porta, uma porta que nós preparamos, fize-
mos um corte na porta colocamos um vidro espelhado e a pessoa olhava por aquele vidro, mas total-
mente precário totalmente precário. [Policial Civil] Fase Processual

Foram descritos pelos policiais civis nove formas de reconhecimento de suspeitos por eles utilizados, são elas: reco- Testemunho
nhecimento fotográfico realizado através de fotografia; retrato falado; vidro espelhado ou técnico, que permite à
Podemos dizer que existe uma convergência, quase unânime entre todos os grupos de atores, independentemente
vítima e/ou testemunha virem o réu sem serem vistas; álbum de fotos, consiste na criação de álbuns de fotografia com
de sua região, sobre a importância fundamental do testemunho para o resultado do processo, sendo considerada a prin-
imagens de pessoas “fichadas” por tipologia do delito (por exemplo, álbum com fotos de assaltantes na saída da loja).
cipal prova. Vários atores tentaram quantificar, através de percentuais aproximados, qual seria a representatividade desta
Uma prática bastante utilizada é o álbum fotográfico, cujo principal critério para a organização das fotografias é o tipo espécie probatória. Muitos deles mencionaram que mais de 90% dos casos eram solucionados através de testemunhas.
de delito cometido, não existindo um limite de número de fotos (podendo chegar a mais de uma centena). O emprego de É considerada, portanto, “a rainha das provas” (Promotor de Justiça).
álbum de fotos é uma prática típica da Polícia Civil para o reconhecimento por parte de testemunhas e vítimas: o álbum
com dezenas ou até mais de uma centena de fotos é entregue para vítima e/ou testemunha folhar até que encontre o
Foram raros os casos onde não existia a necessidade de utilização de testemunhas, ou, ainda, ter sido
suspeito. Via de regra, inexistem preocupações em relação à atualidade das fotos ou uma loja de dados digitalizado. O
esta a prova menos importante para resolver a situação concreta. Via de regra, a prova testemunhal é a
problema do uso desse tipo de prática com álbum de fotos é o risco de levar a falsos reconhecimentos, devido à falta central no conjunto probatório. Sendo assim, alguns atores jurídicos lamentam a indisponibilidade de
de controle em relação às características das pessoas nas fotos, o número muito elevado de fotos e ainda a carência de outras espécies probatórias, ficando restritos às provas testemunhais: “infelizmente é o que eu tenho,
instruções adequadas para a aplicação do procedimento. A literatura científica na área do reconhecimento fotográfico eu não tenho com o que lidar mais.” [Juiz de Direito].
tem avançado muito nos últimos anos, mostrando resultados bastante positivos com a utilização de conjuntos de fotos
como um meio de identificação razoavelmente seguro, desde que observados uma série de preceitos já testados em
Nos casos de crimes sexuais, especificamente, a palavra da vítima é (ainda mais) valorizada, em função das peculiari-
diversas pesquisas. Dentre estes preceitos, destacam-se: os critérios de inclusão de imagens fotográficas e a qualidade
dades envolvidas nestes delitos. Geralmente são praticados em locais de difícil acesso, não sendo realizados na presença
delas, testagem empírica de quão equilibrado e não enviesado está o conjunto de fotos selecionado (teste de fairness),
de ninguém, inexistindo flagrantes. Porém, outros atores também ressaltaram a necessidade de cautela nessa avaliação,
além das instruções específicas que devem ser dadas à testemunha por alguém que não possui informações sobre a
conforme o excerto abaixo:
identidade do suspeito (duplo cego).
Também foi mencionada a realização de reconhecimento no corredor de passagem, quando, após permanecerem
[...] um caso de estupro onde a vítima havia reconhecido na delegacia o estuprador e depois veio em
juntos suspeitos, vítimas e/ou testemunhas nos corredores das delegacias, as vítimas e/ou testemunhas são inquiridas
juízo reconhecer e o advogado fazia o seguinte pleito que gente indeferiu: “não, ela tá confundido. Não
sobre autoria, fazendo referência às pessoas que estavam no corredor aguardando junto com eles anteriormente.
é esse o estuprador, tem outro estuprador preso e ela tá se confundindo com o outro.” E ele nos pedia
Sobre o reconhecimento no corredor, o recorte de fala a seguir pode ilustrar esta prática: pra trazer o outro pra reconhecer e eu: “Não posso pegar outro réu pra fazer isso.” (...)Tudo convergia pra
condenação, até chegar o exame de DNA comprovando que não era ele. Então ai mostrou claramente
a fragilidade da prova testemunhal. ...(se) a gente pudesse ter exames periciais com mais cuidado...(...).
O cara que é preso e é autuado, ele fica sentado ali naquela cadeira e algemado naquela barra de ferro Mas aquele foi um caso que marcou que assim... ao confiar na prova testemunhal, ele ia receber uma
ali. Então, muitas vezes, a pessoa entra aqui pra prestar o depoimento dela, aí ela passa pelo cara que tá pena elevada e ao final ficou preso em razão disso, mas os elementos convergiam para a condenação e
preso ali. Aí ela fala “é o cara que tá preso ali”. O que é, claro, não é nem um pouco adequado. [Policial Civil] quando veio a prova pericial ele foi solto.” [Juiz de Direito]

Além disso, também identificamos o reconhecimento através da voz, em que se solicita a pronúncia de alguma frase As dificuldades em relação ao testemunho, no entanto, também existem no processo penal. O medo da testemunha
dita no momento do delito. O reconhecimento pode ser realizando, ainda, através de redes sociais, quando os suspeitos também foi mencionado por diversas vezes enquanto fator de dificuldade para resolução dos casos, pois esse temor,
são pesquisados nos sites e a tela do computador é virada na direção da vítima e/ou testemunha para o reconhecimento. não raro, impede a realização da prova.
Ainda identificamos a possibilidade de uso de anteparo com orifício, que significa toda estrutura improvisada com Outra questão importante, frequentemente citada, foi relativa ao valor dos depoimentos de policiais em juízo:
orifício ou fenda que possibilitem a vítima e/ou testemunha espiarem o suspeito, usualmente apenas um (show up).
Ainda, constatamos a forma de reconhecimento através da imprensa, quando vítima e/ou testemunha reconhecem
suspeito a partir de notícias veiculadas na televisão ou jornal. É muito forte porque você tá lidando com policial que teoricamente ele tá ali pra fazer um bem à
sociedade e um rapaz que já as próprias condições dele já não são favoráveis, então você quando
coloca na balança em quem ele (juiz) vai acreditar se é num policial civil ou militar ou no réu que tá ali

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sentado acusado de ter feito... de ter traficado, de ter matado ou de ter roubado é complicado porque Os resultados apontaram para uma sobrevalorização da prova testemunhal em relação aos demais meios probatórios,
geralmente esse depoimento dele, esse testemunho dele não vale de muita coisa, ainda mais se tiver como expressa na seguinte fala:
antecedentes ele pode até não ter feito aquela prática, mas se ele já tiver antecedente é como se ele já
entrasse na sala de audiência condenado, como se a gente discutisse só a dosimetria da pena. Se vai
ser condenado a uma pena muito alta ou se vai ser condenado a uma pena muito baixa. É complicado. (...) um caso esporádico, onde a prova se faz pela imagem e não propriamente pela visualização por
[Defensor Privado] parte de um terceiro pessoa física, né. Mas hoje em dia não tem como ser diferente, né. Se a gente tá
tratando de fato, né, fato é algo da vida,.... Hoje não tem como ser diferente. A testemunha ainda é o
centro da prova no processo penal. O que o juiz faz para se convencer, olha.. Isso é uma realidade, uma
Testemunhas de acusação e defesa costumam ficar no mesmo espaço físico aguardando a audiência (por exemplo, certeza que eu tenho do tempo que eu ainda não era formado em Direito. [Promotor]
no corredor, por vezes sentadas no mesmo banco). Nos fóruns onde existe estrutura separada, inexiste qualquer tipo de
fiscalização para garantir que as testemunhas não conversem umas com as outras, conforme excerto abaixo:
Isto acaba impactando definitivamente no julgamento do fato delituoso. As testemunhas são consideradas impres-
cindíveis ao processo, pois há escassez de outros tipos de provas, como a técnica pericial. Elas se fazem, na maioria das
A lei manda que essas testemunhas permaneçam incomunicáveis ou deveria ficar um oficial de justiça vezes, inexistentes em decorrência da falta de estrutura estatal.
ou serventuário da justiça dentro da sala pra impedir que essas pessoas conversem,... isso não acon-
tece. Elas ficam lá na sala largadas por mais ou menos entre meia hora e uma hora, até esperar a audi-
ência, e elas ficam conversando entre si. [Defensor Público] [...] bom, eu não tenho dúvida, não tenho dúvida de que ela impacta definitivamente no julgamento
ser o júri e ser o juiz singular, o júri tu sabe que são os crimes dolosos contra a vida. [Defensor Privado].

O ideal seria que nós trabalhássemos mais com provas periciais, provas técnicas, no entanto a
Quando são utilizadas informações do Inquérito Policial como fonte dos questionamentos em juízo, estes tendem a
gente esbarra na falta de estrutura né, IGP etc. é complicado, mas muitas vezes essas provas técni-
ser confirmatórios, como vemos abaixo:
cas quando feitas, nos dão respostas que a gente permite inclusive contrapor a testemunha, por
exemplo, a produção simulada de um fato, a testemunha diz que viu daquele local, vamos lá, a
reprodução simulada a partir do que ela disse que viu, chega-se lá e ela não tem visão, ela ta men-
Se for visitar, assistir algumas audiências criminais aqui em minha cidade, vai perceber alguns colegas
tindo, se não tivesse aquela prova técnica a palavra ia valer, “ah! Eu vi que foi o fulano”, certo com a
fazendo isso, de fazer a leitura do depoimento da testemunha lá na fase policial e querendo que ela
prova técnica tu derruba isso, né, a questão que hoje ta muito na “moda”vamos dizer assim, da prova
“sim ou não?” “- É sim”. (“Se eu falar não, eu vou me contradizer, e isso entrar em contradição eu estou
genética, pra alem de todo o debate é uma prova que vai te dar um grau de certeza muito grande,
faltando com a verdade e aí isso me gera um falso testemunho, então é sim”). Ou até aquilo abrevia o
desde no sentido de quem foi e de quem não foi, a pessoa que cometeu aquele delito, a prova téc-
seu depoimento, né. [Juiz de Direito ]
nica por diversos fatores que eu enumerei aqui, é um problema e decide vidas né... [Defensor Público]

A importância em determinados casos ela é imprescindível, ou seja, sem aquela prova testemunhal, já
Quanto ao registro das oitivas, alguns Estados, como o Pará, Bahia e em Santa Catarina, as audiências são gravadas que eu não tenho uma prova material, não tenho uma prova documental, tem uma prova pericial, é a
em áudio e vídeo, porém a técnica nem sempre está disponível em todas as comarcas, especialmente no que tange ao testemunha que vai me suprir, não é? [Policial Civil]
interior. No Estado de São Paulo, especificamente na capital, também foi feita alusão à disponibilidade desta tecnologia.
Também foi citado o método da estenotipia como forma de registro das entrevistas com testemunhas e vítimas. O que
Os entrevistados referem que, mesmo com o predomínio da prova testemunhal nos processos e nas decisões judi-
fica claro que os entrevistados não relacionam o registro das oitivas com a preservação tanto das informações literais
ciais, não a isenta de ser considerada a prostituta das provas. Segundos os pesquisados isto se deve em decorrência das
trazidas pela testemunha/vítima, mas em especial, para preservar a forma como estas informações foram obtidas. Há
vicissitudes que podem trazer o depoimento, bem como a forma como a prova testemunhal é coletada.
várias décadas, a Psicologia da Memória aplicada ao campo do testemunho tem apontado que a forma como uma
pergunta é feita vai impactar a qualidade da resposta (LOFTUS, 1975).
... no mundo jurídico a testemunha é considerada a prostituta das provas, portanto nós temos que ter
Em relação aos fatores que influenciam a qualidade da prova testemunhal na etapa processual e seu impacto nas
muita cautela com o que as pessoas veem dizer. [Promotor]
decisões judiciais, quatro categorias foram citadas pelos entrevistados: 1) tempo transcorrido entre o crime e a entre-
vista em juízo; 2) a forma de realização da coleta do testemunho: 3) a complexidade do crime envolvido; e 4) a ... que a prova testemunhal talvez seja a mais falha das provas, justamente pelas vicissitudes que
credibilidade da testemunha ou da vítima. podem trazer o depoimento testemunhal. [Juiz]

Foram constatados diversos fatores que influenciam na qualidade da prova testemunhal no processo penal e, que, [...] há... o defensor público ele tenta sempre questionar em que local da casa foi achado, aqui em
Belém há muitas casas, eu digo comunitária, que a família toda mora nessas casas, certo!? É tipo uma
consequentemente, acabam impactando no resultado das decisões judiciais. Os atores jurídicos entrevistados alegaram
vila repartida apenas em quartos (Er: Uhum), então é muito comum eles questionarem: Mas em qual
na sua maioria, que a prova testemunhal é a principal prova nos crimes de competência da justiça estadual. O depoimento
dos compartimentos? e evidentemente que o policial fala: Não, foi dentro do imóvel, mas há quem
testemunhal é considerado “ainda a rainha das provas”: pertencia o imóvel? Ah, fulano de tal, ah mas não era o cara que tava lá, ai já começam a debater esses
detalhes, então o tempo é primordial pra prova testemunhal, se deixar passar muito tempo a prova fica
completamente comprometida. [Juiz]
Se você tem essa possibilidade, se você tem um crime acometido. Porque a rainha das provas ainda é
a prova testemunhal né. Por mais que hoje em dia se avance na questão de prova pericial, a rainha das
provas hoje é como a gente estuda processo penal nos bancos da faculdade é a testemunha, a pessoa
que viu realmente a cena delituosa. Ninguém melhor do que uma pessoa que viu, testemunha de viso Nesse sentido, pode-se ressaltar o tempo transcorrido entre o fato e o depoimento testemunhal como um fator que
que a gente chama, pra poder chegar e relatar e te dar aquela segurança mínima pra você. [Promotor] prejudica a qualidade desta prova, uma vez que, muitas vítimas desistem de seguir adiante com o processo, nos casos

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de crimes de menor potencial ofensivo, bem como nos casos onde se perde o contato com as testemunhas. Da mesma jeito diferente, aquela coisa inusitada. Ai eles lembram. Com raras exceções eles lembram 3,4,5 meses
forma, destacaram que o tempo afeta a memória do depoente. depois policial não lembra Ah não ser que ele tenha alguma peculiaridade. Isso a gente percebe muito
Ah, ah é muito comum o policial chegar aqui ta se se, não lembra e o promotor: o fato é em tal lugar e
tal lugar. [Juiz]
Varia, varia. É extremamente variável. Nós temos declarações em que as testemunhas vão prestar
declarações dez anos depois do fato e tem processos em que prestam declarações ao juiz um mês, dois
meses depois do fato. O que, de nenhuma maneira também, significa que o que tá prestando decla- Quanto às estratégias de entrevistas, identificamos a presença de sete delas: acolhimento, perguntas abertas, per-
ração dois meses, presta um relato mais de acordo com o que aconteceu, do que aquela que prestou guntas fechadas, somente perguntas qualificadoras, a leitura da denúncia, perguntas confirmatórias e pressão.
há dez anos atrás. Existem uma quantidade enorme de variáveis que vão influenciar na qualidade do
relato do depoimento. Mas, varia muito. Às vezes, tem um processo que tá suspenso. O réu tá fora-
gido, tá desaparecido e reaparece dez anos depois. Então, aquela testemunha que vivenciou aquele Acolhimento
fato que, muitas vezes, se esqueceu, já construiu realidades alternativas, histórias, até pra servir como
mecanismo de sobrevivência, ele vai prestar declarações. E outros que os fatos ainda no calor dos acon-
A estratégia de acolhimento das testemunhas/vítimas foi pouco indicada pelos entrevistados na fase judicial. Poucos
tecimentos. Então, não teria uma média para te passar. [Juiz] profissionais, que referiram ter buscado subsídios na psicologia (através de cursos de aprimoramento), trouxeram
situações nas quais foi necessário algum tipo de abordagem para facilitar a empatia entre entrevistador/entrevistado,
Ainda que não seja o tipo de pergunta mais utilizado, apesar das recomendações advindas da Psicolo-
como percebemos do trecho abaixo:
gia do Testemunho, alguns atores mencionaram a utilização de questionamentos abertos, como pode-
mos perceber: “E: É eu primeiro eu faço o que você se lembra em relação ao fato, você sabe porque tá
aqui?” [Promotor] Na hora do depoimento eu tive muita dificuldade de ouvi-la. Então eu tive que parar, conversar né,
acalmar, dar água. Que às vezes a gente tem que fazer isso né. E aí eu fui acalmando “olha não é um
Mesmo assim, em que pese a utilização de perguntas abertas, isto parece estar muito mais próximo bicho de sete cabeças, eu to aqui para ajudar, pra senhora...infelizmente eu vou ter que fazer pergun-
da idéia de “aprendo na prática” do que demonstrar alinhamento com as melhores práticas descritas tas, a senhora vai ter que relembrar, a gente sabe que foi dolorido”, foi estuprada né. “Então eu sei que
na literatura. Prova disto é o excerto seguinte onde existe afastamento inaceitável da técnica, bastante foi difícil, mas a senhora tem que colaborar com a gente.” [Juiz]
eficaz, de recriação do contexto original para recuperação de informações em melhor quantidade e
qualidade por parte do entrevistador: “por favor seja bem objetivo e tal, isso aquilo, porque se não a
pessoa começa eu sai de casa porque tava faltando pó de café e leite e ai eu fui no bar tal porque lá era
um pouco mais barato e fica aquela historia sem fim então eu, eu é... peço para ser bem assim, procura
Perguntas Abertas
ser objetivo.” [Juiz]
As perguntas abertas, consideradas mais adequadas de acordo com a literatura científica, são pouco utilizadas
e, sobretudo, na abertura da audiência. Inexiste preocupação geral de realizar perguntas abertas, em um primeiro
Uma prática bastante utilizada é a da leitura da denúncia logo na abertura da audiência. De acordo com os atores das momento, para, depois, realizarem-se as fechadas. O que se observa na maioria das audiências é um intercambiar na
entrevistas, esta é uma forma de situar a testemunha no início da formação desta prova. Ocorre, porém, que este tipo forma de perguntar, e com menos frequência a utilização desta estratégia de fazer perguntas abertas. Via regra, se
de abordagem pode direcionar o rumo da audiência, pois aquela peça inaugural do processo contém uma visão parcial convites para um relato mais livre são feitos, usualmente são antecipados por questionamentos mais objetivos (como
(da acusação) sobre os fatos passados. perguntas fechadas e até sugestivas) e que visavam à elucidação de algum ponto específico do caso. Temos exemplo da
O testemunho policial ganha especial relevância no processo, pois muitas vezes se torna a única pessoa a depor, ou estratégia aberta no excerto de fala abaixo:
seja, o único elemento de prova. Isso ocorre, segundo os profissionais, em função de dois fatores, são eles: a precariedade
ou ausência de provas técnicas e o temor das eventuais testemunhas em depor, como vimos. É eu primeiro eu faço o que você se lembra em relação ao fato, você sabe porque tá aqui? (...) então a
gente pergunta é como que foi, você se lembra? [Promotor de Justiça]

Hoje nós tivemos uma audiência, eram dois policiais. Teriam outras pessoas para ouvir, mas infeliz-
mente elas não compareceram. Uma delas, a vítima. E como sempre ocorre, quando se trata de policial
é dentro da normalidade porque a própria profissão já da uma situação de não ter aquele temor de
participar da audiência, de ser visto. A função de ser policial é uma função com os infratores, eles já Perguntas Fechadas
não trazem essa temeridade e inclui muito facilmente o que se quer em termo de colocação dos fatos,
Conforme mencionamos, a estratégia de perguntas abertas e, depois, fechadas raramente é observada. Existe, em
como ocorreram os fatos. [Juiz]
verdade, uma mistura entre estas duas formas de questionar. Temos, portanto, um afastamento das melhores práticas
discutidas na sessão dos subsídios científicos. Exemplo disto podemos visualizar no trecho de fala a seguir:
Os atores jurídicos – juízes, promotores e defensores, divergem sobre a qualidade do testemunho policial, espe-
cialmente sobre a capacidade de recordar os eventos relatados em função do tempo transcorrido entre o flagrante e o
Esse tipo de pergunta mesmo: como foi? Veio, por onde? A rua como era? Tem outras casas? A casa é
testemunho em juízo, que pode variar bastante, também em função da quantidade de eventos semelhantes vivenciados. sobrado? A casa não é sobrado? A vi da janela, mas qual que é a posição da janela com relação ao fato?
O fato era na rua? Era dentro casa? A janela aonde é que fica, fica em cima? fica em baixo? A luz era
clara? Era escura? [Juiz]
Mas eles não falam, então, e o promotor acaba dispensando o, acaba dispensando o usuário. Então é
basicamente o policial e os faz são 2, 3 ou 4 meses no máximo. Os policiais não lembram, então, tipo se
não houver um, algum, por exemplo ah tem um travesti ou ah aquele caso que tinha uma droga desse

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59 fls. 437

Perguntas qualificadoras Pressão


Estas perguntas tem como objetivo apenas identificar a pessoa que está sendo ouvida e, se for ocaso, analisar alguma Participantes da pesquisa expuseram que, muitas vezes ,observam práticas que pressionam as testemunhas no
possível suspeição ou impedimento para testemunhar. Percebemos a prevalência desses questionamentos, sempre no momento da oitiva. O próprio ambiente de Fórum pode ser considerado como intimidador. Ademais, não raros, os
início das audiências e realizados pelo magistrado, como vemos: magistrados inauguram a audiência de instrução advertindo a pessoa de que, se não disser “a” verdade, poderá estar
incursa nas penas do artigo 342 do Código Penal (falso testemunho). Isto pode desencadear reações absolutamente
indesejadas, como a que notamos da fala abaixo:
Tem uma sequência, até para avaliar isso, que a gente tem que perguntar para saber da isenção da
pessoa que vai ser ouvida, então se é em relação à testemunha, que são perguntas por exigência legal,
se tem parentesco, se tem amizade íntima, se foi de alguma forma afetada pelo fato, né... A gente faz
Olhe, eu não me lembro de um caso específico, mas eu já trabalhei com muitos, é, colegas, é, colegas
isso de uma forma assim bem objetiva, porque se for vai ser ouvido, se tiver impedimento ou se for juízes, eu como promotor, que eles além de, como a lei manda fazer e prestar o juramento, o compro-
suspeito – impedimento, quando é familiar, ou é familiar da vítima, ou tem algum interesse, que aí já
misso, eles faziam verdadeiras ameaças às testemunhas: “Vocês tem que falar a verdade, sob pena de
gera suspeição -, ela passa a ser ouvida como informante, ela não é compromissada, e o grau de aferia
ser preso, se vocês não falarem vocês vão sair daqui, é, algemados, direto pra cadeia, eu não vou dar
das informações dela vai ter uma medida - então nessa ordem o que se procura primeiro saber é isso,
a liberdade provisória à vocês”. Enfim, verdadeiras ameaças, não veladas, ameaças mesmo às testemu-
se a testemunha está impedida de ser compromissada em razão da suspeição ou do parentesco. [Juiz]
nhas, né. [Promotor de Justiça]

Leitura da denúncia Treinamento


A prática da leitura da denúncia é bastante comum nas audiências de instrução e julgamento. Ela é utilizada para Quanto ao nível de treinamento para coleta de testemunho, prepondera a ideia dos atores aprenderem fazendo ou,
situar a testemunha acerca do fato sob julgamento. “ [...] a gente lê a denúncia se ele não se lembra assim, acontece muito, ainda, “na prática”, como exemplificado na fala de um defensor público:
muito, muito.” [Juiz]
Não apenas é lida a denúncia, bem como, também, peças do inquérito com a intenção de auxiliar na recuperação de A gente aprende com a vida. (...) Tu vai aprendendo na tua prática assim. A defesa também às vezes,
informações pela testemunha. Todavia, alguns dos entrevistados apontam sérias críticas a essa prática, como vemos: muitas vezes tem medo de fazer pergunta, porque às vezes a gente diz que é um tiro no pé. [Defensor
Público]

[...] eu já vi muita gente prosseguindo da seguinte forma, ler o testemunho prestado, o depoimento
prestado perante autoridade policial da testemunha, certo!? E pergunta pra testemunha: Você confirma Os dados revelaram ainda que os atores jurídicos além de sua própria prática, também aprendem a conduzir as
tudo que foi dito perante autoridade policial? E a testemunha evidentemente fala: Confirmo, há defen- entrevistas a partir da experiência de um colega mais experiente, no qual confiam. Apenas dois atores entrevistados (um
sores questionam esse tipo de coisa né, eu não costumo fazer isso, porque você está é na verdade, você juiz e um delegado de polícia) revelaram algum tipo de formação para o emprego de técnicas de entrevista. No caso do
não está buscando o que ele realmente se recorda, você está buscando o que foi em tese dito perante
magistrado, um programa em Psicologia Jurídica foi cursado por vontade própria, sem qualquer tipo de incentivo de sua
a autoridade policial, e o que é dito perante a autoridade policial muitas vezes é simplesmente copiado
daquele principal policial, dito condutor, dentre os policias que fazem a prisão tem aquele condutor
instituição. Sendo assim, os resultados apontam para uma carência bastante grande em treinamento especializado e em
que é quem conduz toda a parte do flagrante (...), que é lido o depoimento, geralmente eles copiam, é técnicas de entrevista investigativa, baseado em modernas evidências científicas advindas da Psicologia do Testemunho.
o famoso “control c”, “control v”. [Juiz] Chama a atenção que no elã de buscar realizar o melhor de seu trabalho, os atores entrevistados trazem que acabam
tendo que aprender com exercício de sua própria prática. Ainda, muitas vezes, são seguidos por colegas iniciantes,
criando um ciclo que tende a levar a replicação de técnicas de entrevista pouco produtivas (por exemplo, usos de pergun-
tas fechadas), como também potencialmente perigosas para a preservação das informações de testemunhas e vítimas.
Perguntas confirmatórias
Perguntas confirmatórias são aquelas derivadas do parágrafo único do artigo 212 do Código de Processo Penal, ou Reconhecimento
seja, a possibilidade de o magistrado esclarecer alguma dúvida não suficientemente sanada a partir dos questionamentos
das partes. Esta estratégia foi observada com bastante corriqueira, não apenas ela, como também situações em que o Mesmo que existam ressalvas mencionadas sobre a possibilidade de se decidir o caso penal com base em prova única,
Juiz tomava a frente na dinâmica de entrevista, realizando perguntas antes mesmo das partes. o reconhecimento é citado como sendo de importante impacto para se chegar a um veredito:

Procuro apenas interferir no final se não esgotado a parte do depoimento, se alguma coisa ficar, não [...] na maioria das vezes, o que me marcou foi a reação da vítima vendo a pessoa, ... Assim, eu já tive
ficar muito claro ou preciso de um esclarecimento melhor ou de uma é, uma informação melhor, eu já caso de levar, eu mesma levar e a pessoa sair de lá chorando e voltar pra sala chorando, dizendo assim:
faço algumas perguntas. Do restante eu deixo o Ministério Público e a defesa, que é a função deles, a “Nossa, como se o filme voltasse na minha cabeça”. [Juiz]
inquirição de reconhecimento do testemunho, a testemunha inquirida pela, pelo Ministério Público e
pela Defesa, aí sim se precisar de algum esclarecimento que necessite pra busca da verdade, aí eu já
completo. Geralmente eu tenho alguma coisa pra perguntar, mas sempre procurando deixar a teste- Existe, ainda, nas falas de certos atores, a demonstração de que ainda está entre nós a perspectiva do processo penal
munha à vontade. [Juiz] enquanto máquina retrospectiva, conforme excerto a seguir:

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Então é.....as vezes até tem um ou outro promotor que até perde a paciência, já aconteceu, já aconteceu Ai o que é engraçado é o seguinte, pense só comigo, se a vítima não se sentir intimidada ela vai pres-
em audiência perde a paciência com a vítima porque a vítima não reconhece o réu. [Juiz] tar depoimento na frente do denunciado e durando o seu depoimento o juiz vai perguntar “Foi essa
pessoa que cometeu o crime?”, aí se ela tiver dúvidas, por mais que ela tenha dúvidas ela vai falar “foi”.
Porque se é uma pessoa que ta aparecendo pra ela não é? Essa questão eu não tenho resposta, às vezes
Em relação ao reconhecimento, foram apontados sete fatores mais importantes para determinar a qualidade da prova eu fico até agoniado com isso, eu fico pensando como defesa “Poxa, será que se ele?”, ela demonstrou
e seu impacto nas decisões judiciais: 1) intimidação da testemunha/vítima de acordo com o crime envolvido; 2) tipo de dúvida, será que se ela tivesse dito “Vossa Excelência, eu me sinto intimidada pra prestar depoimento,
eu que seja feito o depoimento sem a presença do réu”. Aí então ta, vamos fazer o reconhecimento
pessoa que reconhece (e.g. policial); 3) o tempo transcorrido entre o fato criminoso e o reconhecimento da pessoa; 4) a
depois. Será que se fosse colocado três pessoas na frente dela e ela pudesse ver com calma essas três
exposição midiática do fato; 5) a forma de realização do reconhecimento; 6) a confirmação do procedimento realizado
pessoas, será que ela ia reconhecer o réu? Eu sempre fico com essa dúvida, eu sempre fico matutando
em delegacia; e 7) o grau de certeza. isso, eu não sei, eu acho que o certo é sempre ela ficar na frente do réu e ser devidamente cientificada
pelo juiz que ela não é obrigada a se lembrar, que se ela tiver dúvida pode dizer que ela tem dúvida, se
Sobre as características físicas dos alinhados, os entrevistados relataram a importância da descrição do suspeito pela
ela tiver certeza ela tem que dizer que ela tem certeza. [Defensor Público]
vítima/testemunha uma vez que, busca por pessoas parecidas para se colocar no alinhamento com o suposto autor do
crime depende dessa descrição. No entanto, foi relatada uma grande dificuldade para se encontrarem pessoas com
características similares às descritas, levando a reconhecimentos nos quais os alinhados não são nem parecidos fisica- Uma forma menos comum identificada como prática de reconhecimento foi a do corredor de passagem:
mente ao suspeito, ou até mesmo (funcionários dos fóruns e delegacias, estagiários, policiais uniformizados, agentes
penitenciários) ou com apenas o suspeito compondo o reconhecimento. O excerto abaixo ilustra esta situação:
Ela disse: “Não, doutor, não precisa fazer reconhecimento porque ele tava aqui no corredor. Foi essa
pessoa”, aí ela diz. [Promotor de justiça]
Tem 5 pessoas ali, um é o advogado, outro é um cara que vende salgadinho ali perto, outro é um guri
que ta sempre na rua, outro é o réu e o outro não me lembro quem era parecia ser um estagiário, então
claro que ela sabe, é fácil de eliminar e mesmo que não soubesse, aquele ali eu já vi alguma vez, não é Também menos comum, e considerado pouco confiável pelos atores entrevistados, é o reconhecimento através de
ele, mas enfim, vi o pedido do MP a defensoria concordou, a gente consignou o nome das pessoas que fotos retiradas do processo. Muitas vezes, mesmo com certo ceticismo, cede-se à tentativa de reconstruir o fato a partir
participaram do reconhecimento. [Juiz]
de elementos do Inquérito (sem garantias) e com o condenável método de show up:

São cinco as práticas de reconhecimento adotadas na fase processual, são elas: reconhecimento realizado na sala de Outro método também que vejo bastante em audiências vítimas confirmam isso, é que fez o reconhe-
audiência, com o réu sentado em frente aos advogados, juiz, promotor e a testemunha/vitima que, quando questionado cimento através de fotografia, chego lá na policia, tem um arquivo ai vão mostrando as fotos e a vitima
aponta o culpado; no corredor de passagem, como anteriormente descrito, vitimas/testemunhas e suspeitos permane- “é essa” e ai tá feito o reconhecimento entendeu, muitas vezes e esse mesmo procedimento que é feito
cem juntos nos corredores dos fóruns, ao iniciar a sessão a vitima e/ou testemunha são questionados se o culpado estava no inquérito também é reproduzido aqui na justiça durante a instrução. [Defensor Público]

no corredor aguardando; através de fotos retiradas do processo; retrato falado; em salas com vidro espelhado em
que o suspeito não pode ver a vitima ou anteparo com orifício, que são estruturas improvisadas de madeira, papelão,
Assim como na etapa investigativa, na fase do processo também é utilizado o retrato falado, porém com pouca
fresta de porta ou qualquer coisa que possibilite a vítima ‘espiar’ por uma fenda o suspeito colocado do outro lado.
representatividade:
Para o reconhecimento realizado em sala de audiência, geralmente são escolhidos presos que estejam na própria
carceragem do Fórum e, dentro do possível, estejam de acordo com as características físicas solicitadas pelo magistrado.
O uso de retrato falado é mínimo, (…) quando existem favorecem a defesa, porque geralmente eles
Nem todos os fóruns possuem esta estrutura de carceragem. Assim, os participantes da pesquisa apontaram que, para
são feitos e não correspondem com a, com o biotipo do réu, então(…) geralmente ajuda a defesa.
compor o alinhamento, o juiz muitas vezes tem que se valer de pessoas que estão aguardando outras audiências ou [Defensor Público]
funcionários do próprio fórum (inclusive com vestimentas como terno e gravata ou mesmo portando o crachá funcional).
Após, suspeito (que pode estar algemado e com o uniforme da prisão) e as demais pessoas, são colocadas lado a lado
para que a testemunha/vítima reconheça ou não. Para a justeza do procedimento (fairness) seria necessário que todas Com a carência de estrutura, acrescido do desconhecimento dos riscos com os procedimentos adotados, observou-se
as pessoas alinhadas estivessem, para além da semelhança física, também nas mesmas condições (por exemplo, todas existir algum tipo de improvisação, mesmo em locais que contam com uma sala específica para reconhecimento ou uma
algemadas). sala que esteja sendo ocupada por outra audiência. Quando isto ocorre, haverá improvisações como a utilização de uma
fresta na porta entreaberta, anteparo com orifício (espécie de um “biombo”) através do qual a vítima olhará o réu. Como
Além disso, também é possível que na sala de audiência ocorra uma modalidade show-up, onde o promotor ou juiz
exemplo da utilização desta última:
aponte diretamente ao réu presente e pergunte à testemunha/vítima se aquele é o responsável pelo delito:

nós temos aqui uma forma de fazer o reconhecimento quando a pessoa tem algum temor, nós temos
Olha só, isso depende de juiz pra juiz, eu trabalhei na vara do júri aqui onde é... se fazia somente pre-
uma espécie de um biombo (que) tem um visor ... e ela olha por ali. [Juiz]
sencial, quando o réu tava na sala, a testemunha tava na sala e ai se fazia diretamente. [Juiz]

Os próprios atores, porém, demonstram claro desconforto com esta espécie de prova, como vemos:

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Resultados quantitativos
Síntese dos resultados nas três etapas
A partir da análise dos dados colhidos em entrevistas realizadas com os cinco atores jurídicos acerca da prática de Impacto do testemunho e do reconhecimento
testemunho e reconhecimento no Brasil, foi possível verificar a importância do trabalho do policial militar nessas práticas,
assim como o impacto do seu testemunho nas várias etapas do futuro processo. Os dados apontaram que, possivelmente, Os entrevistados foram questionados sobre o impacto da prova testemunhal, bem como do reconhecimento para o
pela indisponibilidade ou demora na realização das provas técnicas (periciais), acaba sendo direcionada a necessidade desfecho dos casos tanto na fase investigativa, quanto na fase do processo. Para a análise dos resultados (Gráfico 1), as
de comprovação do fato através das informações trazidas por testemunhas/vítimas, seja através do seu depoimento ou respostas foram classificadas como:
através de reconhecimento. • Muito importante: maior valor no conjunto probatório.
Constatamos que apesar da diversidade de práticas adotadas, tanto para a coleta do testemunho quanto reconheci- • Nem muito nem pouco: igual valor as demais no conjunto probatório.
mento, elas se manterão bastante semelhantes às cinco regiões brasileiras pesquisadas. Muitas vezes, recai no “instinto”
do ator jurídico, amadurecido a partir de sua experiência prática, a fonte prioritária de conhecimento para implemen- • Pouco importante: menor valor no conjunto probatório.
tação dos procedimentos para obtenção do testemunho e reconhecimento. A ausência generalizada de treinamento
especializado representa não apenas um distanciamento acentuado em relação ao descrito na literatura científica, como GRÁFICO 1 — AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO TESTEMUNHO

também a dificuldade de até mesmo realizar, por exemplo, perguntas com receio de prejudicar os interesses da parte
ofendida. Existe um drama processual que pode ser atenuado a partir do conhecimento da Psicologia do Testemunho.
Esta preocupação foi raramente expressa, como a que aparece no excerto:

[...] ninguém nunca, nenhuma audiência na minha vida, fez pergunta sobre isso. Não sabem , é como,
eu tenho falado assim, a língua das falsas memórias, ou da contaminação da memoria ela precisa ser
aprendida. E os operadores tem primeiro, acham que isso, é uma linha irrelevante, depois nós temos
o problema, [...] quais os critérios pra reconhecer o falso testemunho? Ou falsa memoria? Isso, quais
os critérios? Eu não tenho esses critérios, eu não tenho como numa audiência, estabelecer o grau de
credibilidade que se possa dar ou não e fica um juiz lotérico, em que eu aposto ou não aposto em uma
pessoa. Dada à contaminação do antecedente. [Juiz]

Em relação à estrutura física dois temas foram mais citados, a necessidade de salas para separar testemunhas de
defesa e acusação, eventualmente réus, enquanto aguardam o momento de depor; e salas adequadas para realização do
reconhecimento. Salas especiais para coleta de depoimento não foram sequer cogitadas como necessárias para coleta
do testemunho, sendo que apenas um dos entrevistados citou o assunto: Fonte: resultado de pesquisa.

porque a gente não tem uma estrutura cê vê que aqui a gente não tem uma estrutura quer dizer eu
boto aqui no meu gabinete né separada ou então eu pego o réu mando deixar lá embaixo aí ouve ele Os dados (Gráfico 1) revelaram que, para a maioria quase absoluta dos participantes, dado a ausência/carência de
não vai me ver aí sim elas conseguem falar. [Promotor] provas técnicas, a prova testemunhal assume um protagonismo para o desfecho dos casos, tanto na fase investigativa,
quanto na fase do processo. O excerto de relato abaixo sintetiza estes dados:

Os dados revelaram que no que tange à “estrutura física” para coleta de depoimento e reconhecimento em delegacias
e fóruns, parece não existir estrutura física adequada para realização do trabalho, tanto na fase investigativa, quanto na Então, hoje tem que se dar um tratamento melhor à prova testemunhal. Mesmo porque, [...] 90% calca-
-se em prova testemunhal. [Promotor de Justiça]
fase processual.
Os resultados apontaram para o reconhecimento como sendo considerado de grande valia aos rumos do caso, mesmo
sendo ressalvados os problemas relativos aos procedimentos adotados. Certamente são necessários treinamentos Torna-se importante observar a relevância da prova testemunhal para as decisões judiciais. Ao analisarmos os dados
para assimilar as melhores práticas, bem como alterações legislativas, para atenuar os problemas decorrentes de um quanto ao impacto da prova testemunhal somente entre os juízes, percebe-se uma importância ainda maior, 94,4% deles
reconhecimento equivocado. indicaram fundamental relevância desta prova para o desfecho dos casos.

A indisponibilidade da prova técnica, eis que nem sempre pode ser realizada, faz com que exista uma tendência em No que tange ao impacto do reconhecimento, os participantes também responderam sobre a sua importância para
valorizar as informações prestadas por testemunhas para a conclusão do inquérito policial. Todavia, um dos entraves o resultado dos processos (Gráfico 2).
para a investigação é o medo das testemunhas de virem prestar seus depoimentos, por temor à retaliação dos acusados.

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GRÁFICO 2 — IMPACTO DO RECONHECIMENTO

4. CONCLUSÃO
A título de conclusão, apresentamos uma tabela com a comparação das disposições normativas, resultados de pes-
quisas e uma discussão comparativa entre esses dados e os subsídios científicos. A seguir, discutiremos questões relativas
à abrangência dos nossos resultados, possíveis limitações de pesquisa e direcionamentos possíveis para a implantação
de políticas públicas necessárias para a implementação de mudanças legislativas.
Fonte: resultado de pesquisa.

Os dados evidenciaram que o reconhecimento também tem um papel importante para o desfecho dos processos QUADRO 1 — SÍNTESE DE NOSSOS RESULTADOS: COMPARAÇÃO ENTRE OS DISPOSITIVOS LEGAIS,
penais. Contudo, para um número maior de participantes o reconhecimento não tem igual valor a prova testemunhal AS PRÁTICAS DIAGNOSTICADAS EM CAMPO E OS SUBSÍDIOS CIENTÍFICOS

devido ao tempo transcorrido entre o fato e o reconhecimento na fase judicial. Quase a metade dos juízes (42,8%) relatou
colocar os reconhecimentos em dúvida, devido ao tempo transcorrido entre o inquérito e a fase processual, o qual pode DISPOSITIVO DO CPP RESULTADO DA PESQUISA DISCUSSÃO
gerar alterações físicas importantes, tais como mudanças no cabelo e no peso.

Art. 204. O depoimento será prestado oral- Não encontramos resultados quanto à A medida prevista no Código de Processo Penal pode ser vista
Composição do reconhecimento mente, não sendo permitido à testemunha ocorrência de situações como essa, ou seja, de duas formas, por um lado, poderia significar a possibilida-
trazê-lo por escrito. nenhum ator jurídico mencionou alguma de de aplacar os efeitos do tempo sobre a memória, facilitan-
A composição do reconhecimento refere-se aos procedimentos utilizados nas etapas pré-investigativa, investigativa situação onde a testemunha tenha trazido do sua recuperação. Por outro lado, inexistem garantias sobre
e processual) em delegacias e fóruns para apresentação e reconhecimento de suspeitos. Os resultados apontam para Parágrafo único. Não será vedada à tes- apontamentos. a qualidade da informação apontada. É possível, portanto,
uma heterogeneidade muito grande em relação aos procedimentos realizados para o reconhecimento de suspeitos temunha, entretanto, breve consulta a que ela já esteja contaminada quando de sua apresentação.
(Gráfico 3). apontamentos.
GRÁFICO 3 - PORCENTAGEM DAS FORMAS DE RECONHECIMENTO

Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, Não houve menção à atitude do juiz em Como o juiz é o destinatário da prova, nos parece bastante
poderá ouvir outras testemunhas, além das arrolar testemunhas para além das trazidas delicada a possibilidade de ele próprio ter a iniciativa de
indicadas pelas partes. pelas partes, tampouco a possibilidade de produzi-la. Existe grande chance das perguntas terem cunho
escutar a pessoa referida. confirmatório, de natureza fechada, o que aumenta sensivel-
§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão mente a possibilidade de se obter a informação que se quer, e
ouvidas as pessoas a que as testemunhas se não a que a vítima/testemunha tem para fornecer.
referirem.

§ 2o Não será computada como testemunha


a pessoa que nada souber que interesse à
decisão da causa.

Fonte: resultado de pesquisa.

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DISPOSITIVO DO CPP RESULTADO DA PESQUISA DISCUSSÃO


DISPOSITIVO DO CPP RESULTADO DA PESQUISA DISCUSSÃO

Art. 215. Na redação do depoimento, o juiz Este ponto não foi, especificamente, objeto Em função de nossas metodologias de pesquisa, de cunho
Art. 210. As testemunhas serão inquiridas Percebemos o afastamento das formas Talvez o maior afastamento das melhores práticas de entre- deverá cingir-se, tanto quanto possível, às de nossa pesquisa, porém chamamos a qualitativo e restritas às entrevistas, não tivemos condições
cada uma de per si, de modo que umas não previstas neste artigo. Por um lado, não vistas com testemunhas seja observado quando as adver- expressões usadas pelas testemunhas, repro- atenção para a necessidade de novas in- de avaliar a acuidade da (in)utilização das expressões utili-
saibam nem ouçam os depoimentos das houve notícia de testemunha ser ouvida tências sobre as penas do crime de falso testemunho são duzindo fielmente as suas frases. vestigações que possam trazer mais dados zadas por testemunhas. Na literatura científica, são relatadas
outras, devendo o juiz adverti-las das penas ao mesmo tempo que a outra, porém informadas em audiência. Deve-se preferir uma estratégica para discutir o problema. dificuldades em consignar, com fidelidade, o conteúdo exato
cominadas ao falso testemunho. existem relatos sobre a forma com que a de aproximação entre entrevistador e entrevistado, jamais de trazido por testemunhas e vítimas. Pesquisas futuras são
advertência das penas do falso testemunho distanciamento. importantes, neste sentido, para comparar as narrativas em
Parágrafo único. Antes do início da audiência é feita. Pode existir, neste sentido, um audiências com aquelas efetivamente registradas em ata.
e durante a sua realização, serão reservados constrangimento à testemunha, que fica A possibilidade de sugestão da testemunha é aumentada
espaços separados para a garantia da inco- impelida a trazer informações mesmo que quando ela é exposta à interações com outras. Desta forma,
municabilidade das testemunhas. sua memória não mais permita fazê-lo. quando colocadas em um mesmo ambiente, à tendência de
diálogos pode fazer com que existam distorções da memória.
Quanto à incomunicabilidade das teste-
munhas, esta não é, em regra, observada.
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença Existe preocupação, notada em nossas O temor, medo ou constrangimento de testemunhas/vítimas
Muitas vezes elas são colocadas no mesmo
do réu poderá causar humilhação, temor, ou entrevistas, com os possíveis efeitos do parece ser uma das grandes questões a serem enfrentadas
corredor, à espera da audiência, sem
sério constrangimento à testemunha ou ao temor da testemunha ou vítima quanto à não só para uma entrevista de qualidade, como também para
qualquer tipo de fiscalização para que não
ofendido, de modo que prejudique a verdade presença do acusado. Em regra, a atitude permitir que exista esse momento na investigação e em juízo.
dialoguem entre si. A cautela máxima
do depoimento, fará a inquirição por video- tomada pelos magistrados, é a de ouvir o Constatamos ser justamente esse temor, principalmente, que
observada, quando existe, é no sentido
conferência e, somente na impossibilidade entrevistado após o remanejo do réu para acaba por colocar, em demasia, o foco da produção da prova
de não estarem presentes junto ao réu ou,
dessa forma, determinará a retirada do réu, outra sala do Fórum. Porém, não houve testemunhal por Policiais Militares. Somada essa circunstân-
ainda, serem misturadas testemunhas de
prosseguindo na inquirição, com a presença menção à videoconferência enquanto mé- cia às dificuldades de nossa prova técnica, disseminadas em
acusação e defesa no mesmo ambiente.
do seu defensor. todo a ser utilizado como primeiro recurso todo o país, o que resta quanto testemunhas são, justamente,
em situações como essa. os militares.
Parágrafo único. A adoção de qualquer das
Art. 212. As perguntas serão formuladas Percebemos a ausência de capacitação dos É necessário ter em mente sobre a importância das categorias medidas previstas no caput deste artigo
pelas partes diretamente à testemunha, atores jurídicos para realizarem o controle da indução e repetição. São fatores fundamentais de análise deverá constar do termo, assim como os
não admitindo o juiz aquelas que puderem quanto às perguntas indutivas ou repe- quanto à exposição da testemunha à falsas memórias, pois motivos que a determinaram.
induzir a resposta, não tiverem relação com titivas. Nossos resultados não trouxeram perguntas com essas cargas estão mais suscetíveis a implan-
a causa ou importarem na repetição de outra menção a essas questões, o que indica a tarem, com sucesso, memórias desse tipo.
já respondida. necessidade de treinamento específico
neste sentido. As perguntas realizadas pelo juiz, não apenas possuem
Parágrafo único. Sobre os pontos não repercussão quanto a sua imparcialidade, como também na
esclarecidos, o juiz poderá complementar a Quanto à participação do juiz nas perguntas tentativa de recuperar as memórias da testemunha. Ainda
inquirição. dirigidas às testemunhas, percebemos que que o magistrado pergunte apenas aquilo não abordado
esta não se restringiu apenas aos “pontos pelas partes, a tendência é a realização de perguntas do tipo
não esclarecidos”. Existe uma tendência à fechadas, que dificultam a possibilidade de recuperar infor-
realização de perguntas pelo juiz, antes das mações em quantidade e qualidade.
partes, o que pode já indicar uma tendência
na formação de seu convencimento.

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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Art. 226. Quando houver necessidade de Quanto ao reconhecimento, percebemos Inexiste previsão legal para o reconhecimento fotográfico,
fazer-se o reconhecimento de pessoa, proce- uma maior consciência dos atores jurídicos porém, ainda assim, ele é realizado. A literatura da Psicologia Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas Tanto nas Delegacias, quantos nos fóruns, a É fundamental para um reconhecimento livre, ou ao menos
der-se-á pela seguinte forma: quanto aos critérios legalmente previstos, do Testemunho descreve a possibilidade desta espécie de a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de regra é não termos separação entre vítimas e afastado de contaminações externas, que não exista qualquer
muito possivelmente pela sistematização reconhecimento trazer elementos seguros para os rumos objeto, cada uma fará a prova em separado, testemunhas. São alocadas em um mesmo tipo de sugestão no momento de evocar determinada memó-
I - a pessoa que tiver de fazer o reconheci- mais detalhada, menos aberta do que a da investigação, porém dentro de critérios determinados e evitando-se qualquer comunicação entre elas. ambiente. Nos fóruns onde existe a sepa- ria. A legislação está correta ao determinar que sejam separa-
mento será convidada a descrever a pessoa realizada com o testemunho. rigorosos. ração, inexistem controles para que não se das, porém, a prática desmente o mandamento legal.
que deva ser reconhecida; comuniquem entre elas.
Um de nossos principais resultados foi A possibilidade de “show-up”, tanto para fotos quanto
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pre- perceber que os problemas quanto à pessoas, é bastante presente, em todas as fases de apuração
Fonte: resultado de pesquisa.
tender, será colocada, se possível, ao lado de identificação precisa do acusado começam do fato criminoso. Este procedimento é citado na literatura
outras que com ela tiverem qualquer seme- antes mesmo a atuação investigativa da científica como o mais sujeito a erros de identificação.
lhança, convidando-se quem tiver de fazer o polícia civil. Inicia, sim, quando o policial
militar necessita buscar rapidamente quem Mesmo que exista polêmica na literatura sobre qual seria Pode-se observar pela análise do Quadro 1, que nem sequer as diretrizes poucas específicas contidas em nosso
reconhecimento a apontá-la;
cometeu o delito ou, ainda, se utiliza da o procedimento mais eficaz (alinhamento de pessoas ou arcabouço normativo vigente são observadas nas Práticas identificadas em nossa pesquisa. Em relação às práticas para
III - se houver razão para recear que a pessoa palavra da própria vítima para encontrar mostrá-las uma seguida da outra), sequer observamos os coleta de testemunho e reconhecimento, sequer os dispositivos da norma que se referem às práticas do reconhecimento
chamada para o reconhecimento, por efeito um suspeito. critérios mínimos sugeridos pela legislação. Este é outro e testemunho são, muitas vezes, seguidos.
de intimidação ou outra influência, não diga aspecto importante, pois nosso Código de Processo Penal
a verdade em face da pessoa que deve ser Em função da própria natureza da atividade deveria exigir o alinhamento de pessoas fisicamente seme- Em um contexto como o nosso, onde são realizadas aproximações do processo penal enquanto jogo (MORAIS DA
reconhecida, a autoridade providenciará para do policial militar, inexiste qualquer supor- lhantes entre si. ROSA, 2015), dependendo muito mais de contingências referentes a seus atores do que a questões técnicas, com mais
que esta não veja aquela; te/estrutura para a realização desses reco- razão devemos olhar para a questão da memória. Conhecer o seu funcionamento pode, inclusive, demonstrar uma
nhecimentos, em regra realizados através Outro aspecto importante é o relativo à estrutura, a ausência potência de convencimento para além das posturas ideológicas dos atores penais.
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á da técnica do “show up”. de salas específicas para realização do reconhecimento é
auto pormenorizado, subscrito pela autori- generalizada em nosso país nas Delegacias de Polícia. Nos Cabe ressaltar a nossa clara percepção de um genuíno desejo dos atores jurídicos em realizar o melhor de seu tra-
dade, pela pessoa chamada para proceder Na fase policial, nem sempre quem irá fóruns existe estrutura mais adequada, porém, ainda assim, balho, ainda que em condições estruturais desfavoráveis. Por exemplo, a indisponibilidade da perícia técnica, excesso
ao reconhecimento e por duas testemunhas reconhecer descreve antes a pessoa a ser foi possível percebermos a utilização de “corredor de passa- de investigações a serem feitas e de processos, além de um notório desconhecimento dos avanços científicos a serem
presenciais. reconhecida. Muitas vezes, são entregues gem”, “biombo” e o próprio reconhecimento fotográfico.
utilizados concretamente em suas práticas, no que tange à coleta de testemunhos e reconhecimento. Todavia, poucos
álbuns de fotos para a vítima/testemunha
apontar o responsável pelo crime ou, ainda, São necessárias alterações legislativas para exigir o cumpri- dos entrevistados parecem ter consciência da gama de fatores que podem impactar a fidedignidade das informações
Parágrafo único. O disposto no no III deste
artigo não terá aplicação na fase da instrução é apresentada apenas uma fotografia para mento de formalidades que possam diminuir a ocorrência de obtidas através do testemunho e do reconhecimento e como a forma ou técnica empregada é decisiva. Essa vontade de
criminal ou em plenário de julgamento. que se confirme (ou não) a identidade do erros de identificação. Mesmo que não tenhamos estatística acertar, cujo conteúdo é incerto, acaba por gerar uma heterogeneidade de práticas.
criminoso (“show-up”). do número de condenações penais, é possível formular hi-
pótese de vinculação entre uma e outra categoria em função Curioso observar, por outro lado, que apesar da grande multiplicidade de formas adotadas nestas práticas, não iden-
Raramente existe estrutura (especialmente da experiência do “Innocence Project”. Tais medidas seriam tificamos diferenças regionais entre as formas de realização de reconhecimento e entrevistas com testemunhas/vítimas.
o chamado “vidro técnico”) para a realiza- fundamentais para realizar identificações com maior grau de Isto pode ser justificado a partir da ideia de que a aprendizagem dos atores se dá através da própria rotina forense, dos
ção de reconhecimentos. Também existem acuidade, prevenindo condenações injustas. exemplos de colegas mais antigos ou de uma intuição do mais correto a fazer.
dificuldades no cumprimento do inciso II,
que recomenda sejam colocadas pessoas Identificamos, portanto, em nosso levantamento de campo Parece que o desconhecimento relativo aos subsídios científicos aplicados a este campo, acaba por levar a uma
com características físicas semelhantes, a dificuldade dos atores jurídicos em observar até mesmo espécie de automatização das práticas adotadas, que acaba dificultando um olhar crítico e que possibilite uma reflexão
lado a lado. Quando houve menção ao as regras mínimas previstas no CPP. São mencionadas uma sobre possibilidades de aprimoramento. Exemplo disto é que nenhum dos policiais militares fez referência ao tema ou
procedimento de pessoas alinhadas, estas série de variáveis externas para explicar esse afastamento: citou qualquer tipo de necessidade para melhores condições de trabalho na coleta de depoimento ou reconhecimento.
eram selecionadas entre os demais presos ausência de estrutura adequada, impossibilidade de atender
Da mesma forma, a possibilidade de existência de melhor estrutura, inclusive em termos de tecnologias e banco de dados
em flagrante presentes na Delegacia. Ge- aos requisitos estabelecidos no artigo 226 e a menção da não
ralmente, são os próprios policiais civis que obrigatoriedade de seguir as regras (o dispositivo legal fala com informações de suspeitos, não foram mencionadas nenhum deles.
escolhem as pessoas a serem alinhadas. em “se possível serão colocadas”). Por outro lado, percebe- Neste sentido, são necessárias também alterações na estrutura curricular dos Cursos de Direito para incorporação de
É sabido quem, entre os colocados para mos que muitas dificuldades podem ser causadas pela falta
disciplina específica a contemplar o conteúdo da Psicologia do Testemunho, para além dos conhecimentos generalistas
reconhecimento, é considerado suspeito. de treinamento/formação dos atores para realizarem tais
atividades. trabalhados hoje na graduação. A área do testemunho interessa não apenas aos estudiosos do processo penal, como
também do civil e trabalhista, sendo as provas dependentes da memória também fundamentais nesses campos.
Dessa forma, não raro, internalizam práticas historicamente Percebemos, um distanciamento daquilo recomendado pela literatura científica e as práticas judiciais (STEIN et
aceitas no seu ambiente de trabalho. Não percebem, por
al., 2015). No afã de fazer o melhor de seu trabalho, em que pese à carência de um treinamento com bases científicas
vezes, que também fazem parte de um processo e, com
conhecimentos específicos, podem minorar os problemas na Psicologia do Testemunho, poucos atores jurídicos parecem ter consciência das graves consequências ao imple-
advindos de uma legislação defasada. mentarem práticas para o reconhecimento e coleta de testemunho pouco recomendáveis pela literatura científica e
potencialmente prejudiciais para o justo desfecho dos casos.
Ademais, infelizmente, percebemos que com certa frequência a resolução do caso penal é entregue, muitas vezes, a esta

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espécie probatória, em especial ao reconhecimento, mesmo que exista por parte de alguns certo ceticismo sobre sua credibili-
dade. Parece ser assim uma forma de se desincumbir da carga de julgamento, já que com alguma frequência a resolução do caso
penal é entregue ao reconhecimento, como desabafou um dos entrevistados“dou graças a Deus quando a vítima reconhece”.
Quanto às limitações da presente pesquisa, destaca-se a que com o propósito de uma aproximação ao campo
optamos por uma metodologia de cunho qualitativo. Assim, o objetivo primordial não foi uma coleta de dados em uma
amostra representativa numericamente. Todavia, dado a dimensão que assumiu nossa coleta de dados e sua abrangên-
cia nacional, com um número de entrevistas bastante superior ao necessário para uma pesquisa qualitativa, pode ser
reforçada a capacidade de nossos resultados serem generalizados. Cabe a ressalva de que os dados se referem às práticas
adotadas em capitais das cinco regiões do Brasil (ou seja, grandes cidades). Assim, a realidade dos municípios menores
e do interior não foi abarcada.
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Outra questão a ser avaliada em estudos posteriores é a necessidade de dados quantitativos quanto ao número de
pessoas condenadas equivocadamente pela utilização da prova dependente da memória. Ao contrário dos Estados
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reconhecimento equivocado de pessoas, em nosso país inexistem dados neste sentido e que poderiam ser objetiva-
p. 1-22, 2014.
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Quanto a uma proposta de reforma da legislação, faz-se imprescindível que sejam incorporados os subsídios cien-
tíficos ao seu conteúdo. Isto seria possível, para o caso das entrevistas, por exemplo, com a especificação do que seriam ÁVILA, Gustavo Noronha de. Falsas memórias e sistema penal: A prova testemunhal em xeque. Rio de Janeiro: Lumen
consideradas perguntas indutivas/sugestivas, já com a respectiva consequência acerca do afastamento da forma legis- Juris, 2013. p. 350.
lativa (nulidade absoluta do procedimento). É fundamental a incorporação, notadamente, das técnicas de entrevista ÁVILA, Gustavo Noronha de. Política não criminal e processo penal: A intersecção a partir das falsas memórias da teste-
investigativas, como a Entrevista Cognitiva, para obtenção de informações de melhor qualidade e em maior quantidade. munha e seu possível impacto carcerário. Revista Síntese Direito Penal e Processual Penal. Porto Alegre, v. 2, n. 1, p.
Todavia, somente a partir do registro (gravação em vídeo ou até mesmo em áudio) é que a implementação dessas técnicas 64-82, Fev./Mar.2014.
de entrevista poderia ser efetivada e monitorada.
BADARÓ, Gustavo. Direito processual penal – Tomo I. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 368 p.
Em relação ao reconhecimento, o fato de regras legislativas adotarem uma metodologia como prescrita pelos avanços
BADDELEY, Alan. A memória autobiográfica. In: BADDELEY, Alan et al. Memória. Porto Alegre: Artmed, 2011a. p. 152-173.
científicos atualizados, contemplando o alinhamento de pessoas e a fundamental questão do teste de adequação e
não enviesamento do alinhamento (teste de fairness). Para tanto, as vantagens do alinhamento por fotografias sobre o BADDELEY, Alan. O que é a memória? In: BADDELEY, Alan et al. Memória. Porto Alegre: Artmed, 2011b. p. 13-25.
pessoal deveria prevalecer. Também deve ser observado o “duplo cego” e a garantia de vítima/testemunha não ser vista
BADDELEY, Alan; EYSENCK, Michael; ANDERSON, Michael. Memória. Porto Alegre: Artmed, 2011. 427 p.
pelo suposto autor do delito, além do registro gravado de todo procedimento de reconhecimento. O registro gravado,
tanto das entrevistas quanto dos reconhecimentos, permitiria ademais aos julgados de segundo grau, conhecer melhor BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.
o rigor (ou não) observados nestas práticas. BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Rio de Janeiro:
Outro ponto central a ser considerado, diz respeito ao treinamento especializado dos profissionais responsáveis, Vozes. 2002. P. 516.
tanto pela condução do reconhecimento, mas, em especial, pela condução das entrevistas investigativas para coleta de BERNSTEIN, Daniel M.; LOFTUS, Elizabeth F. How to tell if a particular memory is true or false. Perspectives on Psychological
depoimentos. A exemplo de diversos países (por exemplo, Reino Unido, Noruega, Nova Zelândia, Austrália), somente a Science, v. 4, n. 4, p. 370-374, 2009.
partir de programas de treinamento na modalidade continuada é que se poderá buscar atender ao objetivo de diminuir
BINDER, Alberto M. O descumprimento das formas processuais: elementos para uma crítica da teoria unitária das
as lacunas e equívocos observados nas diversas práticas atualmente adotadas no país, no tange tanto à coleta de depoi-
nulidades no processo penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003.
mentos quanto ao reconhecimento.
BRADFIELD, Amy L.; WELLS, Gary L.; OLSON, Elizabeth A. The damaging effect of confirming feedback on the relation
A falta de padronização e diversidade das práticas observadas, muitas vezes resultando em indícios não confiáveis e
between eyewitness certainty and identification accuracy. Journal of Applied Psychology, v. 87, n. 1, p. 112–120. Fev.
contraditórios, parecem ter como consequência o agravamento da situação do judiciário, já assoberbado pela carga de
2002.
trabalho excessivo, carências de estrutura física e de pessoal capacitado, além do aumento do número de atos envolvidos
no processo de criminalização. Assim, haveria a necessidade do enfoque mais qualitativo na produção de prova, e menos BRAINERD, Charles J. et al. How does negative emotion cause false memories? Psychological Science, v. 19, n. 9, p.
quantitativo, possivelmente resultando em uma maior efetividade da justiça e menos injustiças. 919-925, 2008.
Por último, podemos entender os conhecimentos de como funciona a memória, em sendo esta o cerne do testemu- BREWER, Neil; WELLS, Gary L. Eyewitness identification. Current Directions in Psychological Science, v. 20, n. 1, p.
nho e do reconhecimento, como importantes formas de subsídios político-criminais. A inflação legislativo-penal que 24-27, Fev. 2011. Disponível em: <http://cdp.sagepub.com/content/20/1/24.full.pdf+html>. Acesso em: 22 maio 2014.
temos em nosso país tem como um de seus efeitos colaterais a exposição de pessoas ao processo de criminalização, onde
BREWER, Neil; WELLS, Gary L. The confidence-accuracy relationship in eyewitness identification: Effects of lineup instruc-
estarão sujeitas às dificuldades inerentes de lembrança da testemunha/vítima. Desta forma, é necessário reduzirmos o
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input para também pensarmos na preservação de liberdades (ÁVILA, 2014).
BRITISH PSYCHOLOGICAL SOCIETY. Guidelines on Memory and The Law: recommendations from the scientific study

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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79
A
APÊNDICE

PÚBLICOS E PRIVADOS E
PROMOTORES DE JUSTIÇA
Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal

ESPECÍFICO PARA DEFENSORES,


INSTRUMENTO AUTO-APLICÁVEL
SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59

80
fls. 447

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Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59 fls. 448

Situação Típica 2 ( ) Juízo ( ) Investigação Policial


_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Situação Atípica ( ) Juízo ( ) Investigação Policial

PESQUISA SOBRE RECONHECIMENTO PESSOAL _____________________________________________________________________________________________


________________________________________________________________________________________________
E TESTEMUNHO ________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Prezado participante, De qual forma o reconhecimento repercute na sua atividade probatória, no que tange ao convencimento do juiz?
O Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos (GPPC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul _____________________________________________________________________________________________
(PUCRS), com o apoio do Ministério da Justiça e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para o projeto “Pensando ________________________________________________________________________________________________
o Direito”, gostaria de convidar-lhe a participar do estudo que tem por objetivo realizar um levantamento da conjuntura ________________________________________________________________________________________________
atual em nosso sistema de justiça criminal, no que tange ao reconhecimento pessoal e ao testemunho/oitivas. Sua par- ________________________________________________________________________________________________
ticipação nesta pesquisa é MUITO importante, pois a sua colaboração nos ajudará a caracterizar as práticas atualmente
adotadas no Brasil para reconhecimento pessoal. O tempo de resposta a esta pesquisa será em torno de 10 minutos.
Desde já, agradecemos a sua preciosa colaboração! QUANTO AO TESTEMUNHO/DEPOIMENTO
Tendo em vista sua experiência com testemunhos/oitivas policiais:
DADOS DO RESPONDENTE destaque duas situações concretas mais comuns na realização do testemunhos e/ou oitivas policiais;
Idade: _____ anos Sexo: ( ) M ()F destaque uma situação atípica ocorrida em sua prática.
Local de atuação: ____________________
Quanto à área de atuação e tempo de experiência: Após, assinale em qual fase a situação ocorreu.
Somente Criminal: _____ anos Somente Cível: _____ anos Em ambas as áreas: _____ anos
Situação Típica 1 ( ) Juízo ( ) Investigação Policial
QUANTO AO RECONHECIMENTO _____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Tendo em vista sua experiência com reconhecimento pessoal:
________________________________________________________________________________________________
destaque duas situações concretas mais comuns na realização do reconhecimento; ________________________________________________________________________________________________
destaque uma situação atípica ocorrida em sua prática.

Situação Típica 1 ( ) Juízo ( ) Investigação Policial


Após, assinale em qual fase esta situação ocorreu. _____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Situação Típica 1 ( ) Juízo ( ) Investigação Policial
________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

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Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal fls. 449

Situação Atípica 1 ( ) Juízo ( ) Investigação Policial


_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

De qual forma o testemunho (ou as oitivas) repercute(m) na sua atividade probatória, no que tange ao convencimento
do juiz?
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

83
B
APÊNDICE

ESPECÍFICO PARA JUÍZES


INSTRUMENTO AUTO-APLICÁVEL
SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59

86
fls. 450

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Situação Típica 2
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Situação Atípica

PESQUISA SOBRE RECONHECIMENTO PESSOAL _____________________________________________________________________________________________


________________________________________________________________________________________________
E TESTEMUNHO ________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Prezado participante, De qual forma o reconhecimento judicial repercute na sua atividade probatória, no que tange ao seu convencimento?
O Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos (GPPC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul E o policial?
(PUCRS), com o apoio do Ministério da Justiça e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para o projeto “Pensando _____________________________________________________________________________________________
o Direito”, gostaria de convidar-lhe a participar do estudo que tem por objetivo realizar um levantamento da conjuntura ________________________________________________________________________________________________
atual em nosso sistema de justiça criminal, no que tange ao reconhecimento pessoal e ao testemunho/oitivas. Sua par- ________________________________________________________________________________________________
ticipação nesta pesquisa é MUITO importante, pois a sua colaboração nos ajudará a caracterizar as práticas atualmente ________________________________________________________________________________________________
adotadas no Brasil para reconhecimento pessoal. O tempo de resposta a esta pesquisa será em torno de 10 minutos.
Desde já, agradecemos a sua preciosa colaboração!
QUANTO AO TESTEMUNHO/DEPOIMENTO

DADOS DO RESPONDENTE
Tendo em vista sua experiência com testemunhos/oitivas policiais:
Idade: _____ anos Sexo: ( ) M ()F
destaque duas situações concretas mais comuns na realização do testemunhos e/ou oitivas policiais;
Local de atuação: ____________________
destaque uma situação atípica ocorrida em sua prática.
Quanto à área de atuação e tempo de experiência:
Somente Criminal: _____ anos Somente Cível: _____ anos Em ambas as áreas: _____ anos
Situação Típica 1
_____________________________________________________________________________________________
QUANTO AO RECONHECIMENTO
________________________________________________________________________________________________
Tendo em vista sua experiência com reconhecimento pessoal: ________________________________________________________________________________________________
destaque duas situações concretas mais comuns na realização do reconhecimento; ________________________________________________________________________________________________

destaque uma situação atípica ocorrida em sua prática.


Situação Típica 2

Situação Típica 1 _____________________________________________________________________________________________


________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

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Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal fls. 452

Situação Atípica 1
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

De qual forma o testemunho repercute na sua atividade probatória, no que tange ao seu convencimento? E as oitivas?
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

89
C
APÊNDICE

ESPECÍFICO PARA POLICIAIS


INSTRUMENTO AUTO-APLICÁVEL
SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59

92
fls. 453

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Situação Típica 2
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Situação Atípica

PESQUISA SOBRE RECONHECIMENTO PESSOAL _____________________________________________________________________________________________


________________________________________________________________________________________________
E TESTEMUNHO ________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Prezado participante, De qual forma o reconhecimento influencia na conclusão do Inquérito Policial?


O Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos (GPPC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul _____________________________________________________________________________________________
(PUCRS), com o apoio do Ministério da Justiça e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para o projeto “Pensando ________________________________________________________________________________________________
o Direito”, gostaria de convidar-lhe a participar do estudo que tem por objetivo realizar um levantamento da conjuntura ________________________________________________________________________________________________
atual em nosso sistema de justiça criminal, no que tange ao reconhecimento pessoal e ao testemunho/oitivas. Sua par- ________________________________________________________________________________________________
ticipação nesta pesquisa é MUITO importante, pois a sua colaboração nos ajudará a caracterizar as práticas atualmente
adotadas no Brasil para reconhecimento pessoal e testemunhos. O tempo de resposta a esta pesquisa será em torno de
10 minutos. Desde já, agradecemos a sua preciosa colaboração! QUANTO AOS DEPOIMENTOS
Tendo em vista sua experiência com testemunhos/oitivas policiais:
DADOS DO RESPONDENTE destaque duas situações concretas mais comuns na realização das oitivas policiais;
Idade: _____ anos Sexo: ( ) M ()F destaque uma situação atípica ocorrida em sua prática.
Local de atuação: ____________________
Situação Típica 1
QUANTO AO RECONHECIMENTO _____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Tendo em vista sua experiência com reconhecimento pessoal:
________________________________________________________________________________________________
destaque duas situações concretas mais comuns na realização do reconhecimento; ________________________________________________________________________________________________
destaque uma situação atípica ocorrida em sua prática.

Situação Típica 2
Situação Típica 1 _____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Situação Atípica 1
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal fls. 455

De qual forma as oitivas influenciam na conclusão do Inquérito Policial?


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________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

95
D
APÊNDICE

TERMO DE CONSENTIMENTO
LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59

98
fls. 456

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALVES SALDANHA GONCALVES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/02/2018 às 21:08 , sob o número WBFU18700233439 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal fls. 457

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Prezado(a) participante,

O Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos (GPPC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), com o apoio do Ministério da Justiça e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) dentro do projeto
“Pensando o Direito”, gostaria de convidar-lhe a participar do estudo Avanços Científicos em Psicologia do Testemunho
Aplicados ao Reconhecimento Pessoal e aos Depoimentos Forenses, que tem por objetivo realizar um levantamento
da conjuntura atual em nosso sistema de justiça criminal, no que tange ao reconhecimento pessoal e ao testemunho/
oitivas. Sua participação nesta pesquisa é MUITO importante, pois a sua colaboração nos ajudará a caracterizar as
práticas atualmente adotadas no Brasil para reconhecimento pessoal e depoimentos forenses. O tempo de resposta a
esta pesquisa será em torno de 25 minutos. A participação nesse estudo é voluntária e se você decidir não participar ou
quiser desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade de fazê-lo. Na publicação dos resultados
desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam
identificá-lo (a). Todo o material desta pesquisa ficará sob responsabilidade da pesquisadora responsável Profa. Dra. Lilian
Milnitsky Stein, do Programa de Pós Graduação em Psicologia da PUCRS.
Quaisquer dúvidas relativas à pesquisa poderão ser esclarecidas pela pesquisadora responsável, Lilian Milnitsky Stein
através do e-mail lilian@pucrs.br ou gustavonoronhadeavila@gmail.com, pelo fone (51)3353-7737, cel. (51)9117-9338
ou pela entidade responsável – Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS, fone 3320 3345.
Desde já, o GPPC agradece a sua preciosa colaboração!
Atenciosamente,

_________________________________
Profa. Dra. Lilian Milnitsky Stein
Pesquisadora Responsável
Porto Alegre, ___/______/2014

Consinto em participar do estudo Avanços Científicos em Psicologia do Testemunho Aplicados ao Reconhecimento


Pessoal e aos Depoimentos Forenses do Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos (GPPC) da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com o apoio do Ministério da Justiça e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA) que tem por objetivo realizar um levantamento da conjuntura atual em nosso sistema de justiça criminal, no
que tange ao reconhecimento pessoal e ao testemunho/oitivas, e declaro ter recebido uma cópia deste Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.

_____________________________ __________________________
Nome e assinatura do participante Local e data

99
E
APÊNDICE

ENTREVISTAS SEMI-DIRIGIDAS
SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59

102
fls. 458

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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Avanços Científicos no Reconhecimento Pessoal SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59 fls. 459

RECONHECIMENTO
Na sua experiência profissional, descreva suas práticas para a realização do reconhecimento?

Descreva, com detalhes, o último reconhecimento que acompanhaste?

Eram quantas pessoas no line-up? Eram parecidas?

ROTEIRO DAS ENTREVISTAS Esta costuma ser a prática? Sim ou não?

RAPPORT
Dê um exemplo do quê não costuma ser a prática.
Explicar/pormenorizar os objetivos da Pesquisa. Identificação das práticas. Falar dos estágios da Pesquisa. Não
inclui Crianças. Ler objetivos do Projeto. Detalhar ao máximo as práticas deles.
Como a influência desta prova tem impactado nos resultados dos julgamentos/investigação
Assinar o Termo de Consentimento.

Se respondeu de forma negativa, incentivar o sentido contrário e vice-versa?


DADOS DEMOGRÁFICOS
Sexo:
Como a influência desta prova tem impactado nos resultados dos julgamentos (se respondeu de forma negativa,
Idade:
incentivar o sentido contrário e vice-versa)?
Tempo de trabalho na área:

Em média, desde a data do fato, quanto tempo leva para o reconhecimento ser realizado (no Inquérito / no Processo)?
TESTEMUNHAS
Na sua experiência profissional, descreva suas práticas para a coleta da prova testemunhal inquérito/processo?

FINALIZAÇÃO
Descreva, com detalhes, o última entrevista com testemunhas que acompanhaste?
Agradecer e combinar o retorno. (pegar o contato da pessoa para convidar ao evento de Brasília)

Esta costuma ser a prática? Sim ou não?

Dê um exemplo do quê não costuma ser a prática.

Como a influência desta prova tem impactado nos resultados dos julgamentos/investigação

Se respondeu de forma negativa, incentivar o sentido contrário e vice-versa?

Em média, desde a data do fato, quanto tempo leva para a testemunha ser ouvida (no Inquérito / no Processo)?

Se possui cópias do processo?

103 104
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CONHEÇA OUTROS TÍTULOS DA SÉRIE


“PENSANDO O DIREITO”
Por meio da Série “Pensando o Direito” são divulgados os resultados das pesquisas promovidas
pelo Projeto. Já foram publicados mais de 55 volumes que tratam das temáticas mais diversas na
área do Direito:

01 Tráfico de Drogas e Constituição


02 Pena Mínima
03 Propriedade Intelectual
04 Tratados Internacionais de Direitos Humanos
05 Direitos Humanos
06 Penas Alternativas
07 Conflitos coletivos sobre a posse e a propriedade de bens imóveis
08 Grupos de Interesse (Lobby)
09 Direito Urbanístico
10 As Resoluções do CONAMA no âmbito do Estado Sócioambiental Brasileiro
11 Igualdade de direitos entre mulheres e homens
12 Balanço do Código de Defesa do Consumidor e o necessário diálogo das fontes
13 Federalismo
14 Separação de Poderes – Vício de Iniciativa
15 Observatório do Judiciário
16 Estado Democrático de Direito e Terceiro Setor
17 Pena Mínima
18 Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica
19 Estatuto dos Povos Indígenas
20 Reforma Política e Direito Eleitoral
21 Agências Reguladoras e Tutela dos Consumidores
22 Análise da nova Lei de Falências
23 Os novos procedimentos penais
24 O Papel da Vítima no Processo Penal
25 Medidas Assecuratórias no Processo Penal
26 ECA: apuração do ato infracional atribuído a adolescentes
27 Conferências Nacionais, Participação Social e Processo Legislativo
28 Junta Comercial
29 Desconsideração da Personalidade Jurídica
30 Controle de Constitucionalidade dos Atos do Poder Executivo
31 Processo Legislativo e Controle de Constitucionalidade
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Acesse o Portal do Projeto Pensando


o Direito para ler as publicações e
participar dos debates.

32 Análise das justificativas para a produção de normas penais


33 Coordenação do Sistema de Controle da Administração Pública Federal
34 Improbidade Administrativa
35 Medidas de Segurança
36 Propriedade intelectual e conhecimentos tradicionais
37 Dano moral no Brasil
38 O desenho de sistemas de resolução alternativa de disputas para conflitos de interesse
público
39 Regime Jurídico dos bens da União
40 Repercussão Geral e o Sistema Brasileiro de Precedentes
41 Modernização do Sistema de Convênio da Administração Pública com a
Sociedade Civil
42 Por um Sistema Nacional de Ouvidorias Públicas
43 Bancos de perfis genéticos para fins de persecução criminal
44 Prisão: para quê e para quem?
45 Internalização das normas do MERCOSUL
46 Regime Jurídico das cooperativas populares e empreendimentos em economia solidária
47 Crime de cartel e a reparação de danos no poder judiciário brasileiro
48 Registros públicos e recuperação de terras públicas
49 Mecanismos jurídicos para a modernização e transparência da gestão pública
50 O papel da pesquisa na política legislativa
51 Dar à Luz na Sombra
52 Violência contra a mulher e as práticas institucionais
53 A tributação das organizações da sociedade civil
54 Excesso de prisão provisória no Brasil
55 Panaceia universal ou remédio constitucional? Habeas Corpus nos Tribunais Superiores
56 Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios e IPTU progressivo no tempo:
regulamentação e aplicação
57 Migrantes, Apátridas e Refugiados: subsídios para o aperfeiçoamentode acesso
a serviços, direitos e políticas públicas no Brasil
58 As relações entre o sistema único de assistência social — SUAS e o Sistema de Justiça
SÉRIE PENSANDO O DIREITO, no 59

www.pensandoodireito.mj.gov.br
fls. 462

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8AA1AE.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/02/2018 às 18:30 , sob o número WBFU18700269778
fls. 463

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8C796A.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª
VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL – FORO BARRA FUNDA – SÃO
PAULO – SP:

Processo Crime nº. 007068064.2017.8.26.0050.

WESLEY SANTOS ROCHA, já qualificado nos autos do


processo em epígrafe, que lho move o Ministério Publico, por sua advogada e
procuradora que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, apresentar:

ALEGAÇÕES FINAIS,

Com fulcro no artigo 406 § 3º do Código de Processo


Penal, pelas razoes a seguir aduzidas, quais sejam:
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/02/2018 às 18:30 , sob o número WBFU18700269778
fls. 464

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8C796A.
DOS FATOS

A denuncia trata-se de suposta pratica do delito no


incurso do artigo 157 § 3º c.c. artigo 14, II, ambos do Código Penal, a mesma.
foi recebida por r. despacho de fls. 265/281, e segundo se apurou e na data de
08/07/2017, por volta das 23:00 hrs, a vitima Caio estava chegando em sua
residência e quando aguardava o portão automático se abrir na tentativa de
estacionar sua motocicleta Kawasaki, foi abordado por dois indivíduos
exigindo sua motocicleta, e seus pertences, com emprego e arma de fogo,
sendo desferido um tiro na perna da vitima, e fugindo em seguida do local.
Ocorre que no dia 10 de julho do mesmo ano, após os fatos
supramencionados, policiais militar em patrulhamento pela região da favela,
situado no bairro Jaguaré, avistaram uma motocicleta de grande porte no
interior da garagem de uma residência, diante da suspeita, resolveram
investigar a procedência daquela motocicleta, acionando o morador da
residência, identificado como Gilson da Conceição, que afirmou ser inquilino,
afirmando aos policiais não saber a procedência da motocicleta, bem como
não tinha conhecimento de quem teria estacionado a moto na garagem, ate
mesmo porque a garagem era aberto e não fazia parte da residência alugada.

Diante da situação, encaminharam Gilson ao Distrito


Policial para que fosse efetuado o reconhecimento por partes da testemunha,
sendo o mesmo reconhecido como um dos roubadores sem sombra de duvida
pela Sra. Helena, irmã da vitima inclusive que abriu o portão para Caio. Nas
declarações prestadas em fls. 28/29, Gilson afirmou que não é a pessoa
autora do roubo, fato este que retificado após mais dez dias, com a
consistência de manter preso um inocente, expedido seu alvará de soltura,
nesse diapasão muito confuso os reconhecimentos, tendo em vista a

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/02/2018 às 18:30 , sob o número WBFU18700269778
fls. 465

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8C796A.
testemunha Helena, não reconhece em nenhuma fase o acusado Wesley, e sim
reconhece o Nicollas e o terceiro como o motorista Albert, insiste a defesa no
conturbado reconhecimento da vitima Caio, referente ao Wesley,
considerando-se a informação dos autos, tem-se que, se iniciou com
reconhecimento fotográfico, realizado nos autos de modo a imputar a
autoria delitiva ao acusado, o reconhecimento na Delegacia, há de convir que
foi surreal, e com certeza Wesley era carta marcada, pois colocaram dois
policiais ate mesmo parecido com o acusado, pairando uma tensão sobre a
vitima, demorando alguns minutos para decidir tal situação de
reconhecimento, ainda assim a vitima Sr. Caio não se lembra se o acusado
usava ou não óculos, há D. Magistrada, reconhecemos que o nervosismo deve
atrapalhar em algumas situações , mais neste caso seria mais um inocente
condenado e mantido em nossas perniciosas penitenciarias, Wesley é
primário, como já alegado tem problemas sérios de visão.

Dessa forma necessário se faz o aprimoramento das provas, verifica-se


que a fase da investigação restou suprimida, ocorrendo dessa forma à
decretação da prisão preventiva do acusado.

Portanto I. Julgadora observa-se que nessa fase da persecução penal, a


autoridade policial sem outros esforços, representou pela prisão preventiva
do acusado sem o esforço de outros meios de investigação policial, portanto,
soa nesse momento totalmente prematuro o decreto condenatório em
desfavor do acusado.

Verifica-se ainda I. Julgadora que o acusado sequer


possui antecedentes criminais conforme documento de fls. 97/100, e o
mesmo se observa em relação aos corréus.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/02/2018 às 18:30 , sob o número WBFU18700269778
fls. 466

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Nesse sentido colacionamos a jurisprudência de nossos
tribunais, senão vejamos:

... “A produção de provas na fase inquisitorial deve


observar com rigor as formalidades legais tendentes a
emprestar-lhe maior segurança, sob pena de completa
desqualificação de sua capacidade probatória. (STJ - HC
56.723, Sexta Turma, Rel. Ministro Paulo Medina, DJ
11/12/2006).

PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO


QUALIFICADO. NULIDADE DA SENTENÇA.
CONDENAÇÃO FUNDAMENTADA EM
RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO. FASE
INQUISITORIAL. AUSÊNCIA DE CONFIRMAÇÃO
JUDICIAL. ORDEM CONCEDIDA.

- A produção de provas na fase inquisitorial, deve observar


com rigor as formalidades legais tendentes a emprestar-lhe maior segurança,
sob pena de completa desqualificação de sua capacidade probatória.

- Ordem CONCEDIDA para anular o acórdão recorrido e


determinar a imediata soltura do Paciente, salvo se por
outro motivo estiver preso. (STJ - HC 56.723, Sexta Turma,
Rel. Ministro Paulo Medina, DJ 11/12/2006). Grifo nosso.

Em que pese o esforço do Douto Representante do parquet,


a ação penal em face de Wesley deve ser julgada TOTALMENTE
IMPROCEDENTE.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/02/2018 às 18:30 , sob o número WBFU18700269778
fls. 467

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Ao analisar todo o acervo probatório, vê-se claramente que a
presente ação criminal trilhara a seara da improcedência e isto se deve ao fato
que não se produziu provas robustas o bastante a exarar um decreto
condenatório.

Analisando todos os fatos presentes no desenrolar de toda


instrução probatória, infere-se que o acusado Wesley deva ser absolvido.

DO MERITO

De se frisar que cabe ao represente do Ministério Publico


como “dominus litis” no desempenho de seu mister, o ônus de prova da
materialidade e autoria do fato delituoso, “ a favor do réu é presumida
inocência”.

As informações trazidas aos autos geram muitas duvidas


quanto a autoria do fato criminoso, mais ainda após os depoimentos da
suposta vitima, no reconhecimento seus algozes; bem como à materialidade,
pela falta de prova essencial. À autoria pelo fato de não haver testemunha que
tenha afirmado com absoluta convicção, ser Wesley um dos roubadores, nem
mesmo a vitima, e como é pacificado no direito penal pátrio, “é preferível a
absolvição de um culpado à condenação de um inocente.

Sem duvidas, o denunciado, “in casu” jamais cometeu o


delito por ele imposto. E sem maior deslutro dos judiciosos argumentos
lançados na manifestação ministerial, fato mesmo é que a prova dos autos
não comporta o acolhimento da pretensão, em conta de que à absolvição do
acusado deve prevalecer, por não haver prova suficiente de ter concorrido
para a inflação penal.

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fls. 468

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Diante dos fatos conduziram a pessoa de GILSON DA
CONCEIÇÃO BELA, onde inicialmente o mesmo fora reconhecido pelas vítimas
como sendo ele o roubador da vítima Caio Vinicius, fls. 20, no entanto, após
cientificar-se dos fatos, as vitimas, fls. 128 e seguintes, retificaram e
retrataram o reconhecimento pessoal realizado, isentando de culpa a pessoa
do investigado Gilson.

Em juízo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa,


o acusado negou a pratica criminosa, e deu detalhes de como foi abordado
pelos policiais.

Ademais, se entender Vossa Excelência sobre a


ocorrência da ação delituoso, há provas nos autos de que o acusado não
concorrido para sua efetivação, portanto, faz-se necessária a absolvição, vez
que, há prova inequívoca de que não praticou nem sequer concorreu para o
crime apontado na denuncia, nos termos do artigo 386 VI do Código de
Processo Penal.

Ora, no processo penal condenatório, oferecida a


denuncia cabe ao acusador a prova do fato e da autoria.

Ante o exposto requer:

A absolvição do acusado Wesley, caso não seja o


entendimento desta D. Magistrada, requer a desclassificação do crime de
latrocínio tentado para lesão corporal privilegiada, pois todos os requisito do
privilégio previsto no § 4º, do artigo 129, impõe-se a diminuição de pena
eventualmente ao Wesley, por seu da mais pura justiça!

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WESLEY SANTOS ROCHA

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*
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23
%
Processo Crime nº. 007068064.2017.8.26.0050.

&

/ /" 0 1#0/
Pede deferimento.

OAB/SP 250.641.
Nestes termos em que;

'(
IVONE CÁSSIA GUIMARÃES
São Paulo, 16 de fevereiro 2018

)'
7
fls. 469

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8C796A.
fls. 470

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo - SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

SENTENÇA

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8D305C.
Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
VISTOS.

NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY SANTOS ROCHA,


qualificados nos autos, foram denunciados como incursos no artigo 157, parágrafo 3º, in
fine, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal, porque no dia 08 de julho de 2017, por volta
das 23h00, na Rua União da Vitória, 226, Jaguaré, nesta cidade e comarca, agindo em
concurso e unidade de propósitos com mais um indivíduo não identificado, subtraíram para
si, mediante violência e grave ameaça, exercida com emprego de arma de fogo, a
motocicleta Kawasaki/ER 6N placas FAE 0600/São Paulo, o aparelho celular marca
Motorola Moto G Plus, uma carteira contendo documentos, cartões bancários Bradesco e
Itaú, uma corrente de metal amarelado, um relógio de pulso da marca Aqualand, além da
quantia de R$ 80,00, tudo pertencente à vítima Caio Vinicius Bonifácio Bezerra que,
inclusive, foi vítima de um disparo de arma de fogo, cujas lesões sofridas somente não
foram causa de sua morte por circunstâncias alheias à vontade dos réus.

A denúncia foi recebida em 25 de agosto de 2017 (fls. 287/288).

Os réus ofertaram resposta à acusação a fls. 312/315 e 323/336, ambas

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 1
fls. 471

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo - SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8D305C.
rejeitadas pela decisão de fls. 342/343.

Durante a instrução do feito, foram ouvidas a vítima e quatro testemunhas


arroladas pelas partes, sendo os réus interrogado (fls. 380/394).

Os debates foram realizados. O Ministério Público postulou a condenação


da ré, nos exatos termos da denúncia, inclusive com aumento da pena base e fixação de
regime fechado para início de cumprimento de pena.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
O réu Nicholas, por sua vez, apresentou alegações finais a fls. 395/407,
pugnou a absolvição do réu, diante da fragilidade do quadro probatório, na forma do artigo
386, VII, do CPP, porque a suposta prova para a condenação é o reconhecimento, o qual
restou maculado porque a testemunha Helena reconheceu pessoa diversa em sede policial.
Destacou que o reconhecimento pode ser afetado por fatores como tempo e o próprio
ânimo psicológico da vítima ou testemunha. Argumentou que a dúvida se impõe em favor
do réu, sobretudo porque negou a prática delitiva e, subsidiariamente, requereu a aplicação
da pena base em patamar mínimo, o reconhecimento da menoridade relativa e a
desclassificação para o crime de lesão corporal privilegiada. Juntou documentos a fls.
408/462, dispensáveis ao deslinde da causa.

O réu Wesley ofereceu alegações finais a fls. 463/469, destacando as


inconsistências do reconhecimento ocorrido em delegacia. Sustentou as divergências nas
declarações prestadas pela vítima Caio, a ensejar a absolvição por insuficiência probatória.
Alternativamente, requereu a desclassificação para o crime de lesão corporal privilegiada.

É o breve relatório.
DECIDO.

A ação penal é procedente.

A materialidade do delito restou consubstanciada no inquérito policial, nos

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 2
fls. 472

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boletins de ocorrência (fls. 05/08, 09/11, 105/111, 115/121, 160/162), nos autos de
exibição, apreensão e entrega (fls. 12/14, 46/47, 75 e 79), nos autos de reconhecimento (fls.
21, 49, 133/135, 152/155), no auto de exibição, apreensão, entrega (fls. 18/19, 126) e nos
laudos periciais (fls. 204/208, 212/228).

A autoria, igualmente, restou incontroversa.

Em seu interrogatório, o réu Nicholas negou a autoria delitiva. Conhece o


corréu Wesley apenas de vista e está sendo perseguido por policiais, em razão de

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
antecedentes, porém, não conhecia os policiais envolvidos nas investigações. Não conhece
Gilson da Conceição, tampouco soube esclarecer quem deixou a motocicleta da vítima na
garagem da casa dele.

O réu Wesley também negou a autoria delitiva. Não estava no local dos
fatos e conhece o corréu Nicholas apenas de vista. Não soube esclarecer o motivo pelo qual
está sendo acusado. Na época do fato, trabalhava em lava-rápido. Não soube explicar
também quem deixou a motocicleta da vítima na garagem da casa de Gilson, porém, sua
mãe, seu padrasto e sua irmã utilizavam a garagem.

Em que pese a versão apresentada pelos acusados, os demais subsídios


cotejados aos autos confirmam integralmente os fatos descritos na denuncia. Vejamos.

A vítima Caio Vinicius Bonifácio Bezerra detalhou como o crime ocorreu e


reconheceu os réus em audiência. Estava chegando à sua residência, com sua motocicleta e,
enquanto aguardava sua irmã abrir o portão, foi abordado pelos réus, que desceram de um
veículo Honda Fit cor prata, armados, e anunciaram o assalto, exigindo a motocicleta. Eles
perguntaram de quem era a casa e o declarante tentou correr para dentro, porém, foi
atingido por um disparo de arma de fogo. A bala atingiu sua perna e quebrou o fêmur. Na
sequência, caiu ao chão e os réus subtraíram mais objetos pessoais. O réu Nicholas fugiu
em sua motocicleta. Ficou internado durante uma semana e fez duas cirurgias. Na
delegacia, fez reconhecimento pessoal e por fotografia. Os réus fizeram ameaças de morte,
mas não lembra se um dos réus usava óculos. Havia um terceiro indivíduo que dirigia o

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 3
fls. 473

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Honda Fit, mas não conseguiu visualizar seu rosto. Recuperou somente a motocicleta.

A testemunha Helena Cristina Bezerra, irmão da vítima Caio, reconheceu o


corréu Nicholas em audiência. Tentou abrir o portão da garagem para seu irmão entrar, mas
o portão travou. Quando o portão abriu, deparou-se com o acusado Nicholas em cima da
motocicleta de seu irmão. Seu irmão estava caído e o acusado Nicholas começou a proferir
palavras de baixo calão. Escutou barulho de tiro, mas pensou que fossem fogos de artifício.
Porém, seu irmão disse que levou um tiro. Seu irmão disse que havia um terceiro indivíduo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
envolvido. Não viu o corréu Wesley na data dos fatos. Seu irmão recuperou somente a
motocicleta. Os réus chegaram num Honda Fit prata. Reconheceu um indivíduo chamado
Gilson na delegacia. Fez reconhecimento do condutor do veículo na delegacia. Lembra-se
apenas da primeira letra da placa do Honda Fit. O relógio, cartões e celular de seu irmão
não foram recuperados. Ficou a poucos metros do réu Nicholas.

O policial militar Nilton Roberto Macario Mendonça Junior participou da


apreensão da motocicleta da vítima, encontrada dentro de uma garagem. O proprietário da
casa, de nome Gilson, autorizou a entrada e não soube dizer sobre a procedência da
motocicleta ou quem a deixou lá. A motocicleta constava como produto de roubo. Ele foi
conduzido ao DP. Não teve contato com os réus, apenas com a vítima. A casa ficava numa
comunidade e não havia portão na garagem.

No mesmo sentido, é o depoimento do policial militar André Luis Zacarin


dos Santos também participou da apreensão da motocicleta da vítima. Confirmou que se
tratava de produto de roubo. O proprietário da casa, de nome Gilson, não soube explicar a
procedência da motocicleta ou por quem foi deixada.

A testemunha Eunice Santos de Brito, mãe do réu Wesley, estava viajando


quando os policiais foram à sua casa procurar por seu filho. Eles perguntaram sobre armas,
mas não encontraram nada. O rapaz chamado Gilson, com quem foi encontrada a
motocicleta da vítima, era seu locatário. Não tem conhecimento da procedência da
motocicleta. Seu filho Wesley nada sabia sobre a motocicleta e ele trabalhava à época dos

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 4
fls. 474

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fatos.

Com base na prova testemunhal, não há dúvida quanto à autoria delitiva. Ao


contrário do que sustentaram, os réus foram reconhecidos em audiência, tanto pela vítima,
como pelas testemunhas. Neste contexto, eventual irregularidade ocorrida na fase policial
não tem o condão de conspurcar a prova obtida em juízo, em sala de reconhecimento
própria para tal finalidade. Note-se que o reconhecimento se deu na presença dos
Defensores e a vítima foi categórica ao apontar os réus como os autores do delito, sem

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
titubear.

Ademais, o depoimento de policiais tem valor jurídico idêntico ao de outras


testemunhas estranhas aos quadros da policia, sendo totalmente descabido e inconsequente
o preconceito acerca dos seus depoimentos. Na verdade, inexiste qualquer impedimento ou
suspeição nos depoimentos judiciais que sejam prestados por policiais. A circunstância de
serem agentes públicos não os torna suspeitos, mostrando-se inadmissível estabelecer-se
em juízo antecipado e genérico, de sorte a reduzir-lhe, “a priori”, o poder de
convencimento.

Com efeito, “o valor do depoimento testemunhal de servidores policiais


especialmente quando prestado em juízo, sob a garantia do contraditório reveste-se de
inquestionável eficácia probatória, não se podendo desqualificá-lo pelo só fato de emanar
de agentes estatais incumbidos, por dever do ofício, de repressão geral. O depoimento
testemunhal do agente policial somente não terá valor, quando se evidenciar que esse
servidor do Estado, por revelar interesse particular na investigação penal, age
facciosamente ou quando se demonstrar tal como ocorre com as demais testemunhas
que as suas declarações não encontram suporte e nem se harmonizam com outros
elementos probatórios idôneos” (STF, HC nº 73.518 SP, Rel. Ministro Celso de Mello).

No caso vertente, não se entrevê motivo para que a vítima e as testemunhas


fossem acusar falsamente o réu. Registre-se que os relatos prestados, em seus aspectos
principais, são harmônicos, o que lhes confere maior densidade probatória. De resto,

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 5
fls. 475

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pequenas divergências não se prestam a abalar a credibilidade das testemunhas, devendo
ser debitadas ao fator tempo.

A reforçar, os réus foram reconhecidos pela vítima e pelas testemunhas


como autores do delito. A esse respeito, confira-se: “APELAÇÃO CRIMINAL
LATROCÍNIO TENTADO - Autoria e materialidade do delito bem demonstradas -
Impossibilidade de desclassificação para os delitos de roubo circunstanciado e lesão
corporal leve - Condenação devida - Pena, no entanto, mitigada na segunda fase do

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
cálculo dosimétrico - Regime prisional inicial fechado mantido - Réu reincidente - Recurso
parcialmente provido.” (TJSP, Apelação n.º 0000836-92.2016.8.26.0266, 10ª Câmara de
Direito Criminal, rel. Nelson Fonseca Junior, data do julgamento 08.02.2018).

“Apelação. Latrocínio tentado. Recursos defensivos postulando a


absolvição por insuficiência de provas. Impossibilidade. Autoria e materialidade
comprovadas. Existência de amplo conjunto probatório, suficiente para sustentar a
condenação dos réus, nos moldes em que proferida. Pretensão de desclassificação para o
crime de roubo majorado ou roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave. Não
acolhimento. Réu Daniel reincidente. Redução das penas na fração mínima de 1/3 (um
terço) pela tentativa mantida. Considerável iter criminis percorrido. Penas e regime
inicial fechado bem fixados. Recursos não providos.” (TJSP, Apelação n.º 0020598-
92.2014.8.26.0451, 9ª Câmara de Direito Criminal, rel. Sergio Coelho, data do julgamento
30.11.2017).

Incabível, de outra banda, a desclassificação pretendida pelos acusados, para


o crime de lesão corporal privilegiada. Ora, os acusados, munidos de arma de fogo,
anunciaram o assalto e, insatisfeitos apenas com a subtração, desferiram um disparo contra
a vítima, relembrando-se que respondem por latrocínio todos os agentes e não somente
aquele que atirou. Quem pratica delito juntamente com uma pessoa armada assume o risco
do resultado (morte) mais grave (Fernando Capez, Curso de Direito Penal, Parte Especial,
vol. 2, Saraiva, 7ª edição, pág. 437, Damásio de Jesus, Código Penal Anotado, Saraiva, 18ª
edição, pág. 605). Nesse sentido, “em se tratando de crime de roubo, praticado com arma

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 6
fls. 476

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de fogo, todos que contribuíram para a execução do tipo fundamental respondem pelo
resultado morte, mesmo não agindo diretamente na execução desta, pois assumiram o
risco pelo evento mais grave” (STJ, HC nº 37.583, rel. Min. Gilson Dipp; na mesma linha,
HC nº 35.895, rel. Min. Felix Fischer, REsp nº 2.395, rel. Min. Assis de Toledo; REsp nº
418.183, rel. Min. Felix Fisher; HC nº 185.167, rel. Min. Og Fernandes). Conferir, ainda,
nesta senda: STF, HC nº 74.861-9, rel. Min. Sidney Sanches, HC nº 77.389-0, rel. Min.
Sepúlveda Pertence.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
Desta feita, autoria e materialidade comprovadas, passo à dosimetria da
pena, atenta ao sistema trifásico estabelecido pelo artigo 68 do Código Penal.

Na primeira fase de aplicação da reprimenda, a despeito da primariedade, as


penas devem ser fixadas acima do mínimo legal. O relato da vítima foi claro quanto à
perversidade em sua conduta, evidenciando-se sua personalidade nociva e transgressora,
descontente apenas com a subtração dos bens. Assim, fixo a pena base no mínimo legal,
porque os réus são primários, ou seja, 22 (vinte e dois) anos de reclusão e 20 (vinte) dias-
multa.

Na segunda fase de aplicação das penas, ausentes circunstâncias agravantes


e atenuantes em relação ao réu Wesley, mantenho a pena no patamar anteriormente fixado.
O réu Nicholas era menor de 21 anos na data do fato e, desta forma, reduzo as penas em
1/6, perfazendo 18 (dezoito) anos e 04 (quatro) meses de reclusão e 16 (dezesseis) dias-
multa.

Por fim, reconheço a tentativa e reduzo as penas em 1/3, considerando o


expressivo “iter criminis” percorrido pelos agentes, que subtraíram os bens da vítima,
perfazendo 12 (doze) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 10 (dez) dias-
multa para o réu Nicholas e 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze)
dias-multa para o réu Wesley, fixado o dia-multa no piso legal.

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE A AÇÃO PENAL e


CONDENO NICHOLAS REIS MEDEIROS, RG 71.835.536/SP, e WESLEY

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 7
fls. 477

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SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados, como incursos no artigo 157, §3º, parte
final, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal, ao cumprimento, respectivamente, de 12
(doze) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 10 (dez) dias-multa, fixado o
dia-multa no piso legal, e 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-
multa. O regime inicial de cumprimento de pena será o fechado, considerando o patamar
alcançado pela sanção corporal, aliado à grave ameaça empregada na prática do delito
hediondo. Note-se que o emprego de arma de fogo expõe a um risco maior a integridade
física das vítimas, traduz um maior grau de culpabilidade da ação, justificando a imposição

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 23/02/2018 às 14:52 .
de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min. Marco Aurélio Bellizze; HC nº 243.865,
rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel. Min. Campos Marques).

Pelas mesmas razões, os réus estão presos e não poderão apelar em


liberdade.

Recomendem-se os réus na prisão onde se encontram.

Após o trânsito em julgado, lance-se o nome dos réus no rol dos culpados.

P.R.I.C.

São Paulo, 23 de fevereiro de 2018.

MARIA FERNANDA BELLI


Juíza de Direito

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

0070680-64.2017.8.26.0050 - lauda 8
fls. 478

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8DAF74.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - C-1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA, liberado nos autos em 26/02/2018 às 10:58 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que a r. Sentença de fls. 470/477 foi nesta data publicada.
Nada Mais. São Paulo, 26 de fevereiro de 2018. Eu, ___, Franklin Shiro
Kuwahara, Coordenador.
fls. 479

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ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA, liberado nos autos em 26/02/2018 às 13:53 .
Ato Ordinatório

Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 26 de fevereiro de 2018.


Eu, ___, Franklin Shiro Kuwahara, Coordenador.
fls. 480

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CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

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Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro []

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 26/02/2018 às 13:53 .
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 26/02/2018 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, (SP), 26 de fevereiro de 2018


fls. 481

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Réu Preso

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MANDADO DE INTIMAÇÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - C-1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP-279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Vítima: Caio Vinicius Bonifácio Bezerra
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2018/036118-1
Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA, liberado nos autos em 26/02/2018 às 13:59 .
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS, Brasileiro, Solteiro, Cabeleireiro, RG 52597092, pai José
Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis, Nascido/Nascida em 11/02/1999, natural de Osasco - SP ,
Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 5417, Preso no C.D.P. Belem I, Vila Lageado, CEP
05339-005, São Paulo - SP

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, proceda à

INTIMAÇÃO, no(s) endereço(s) indicado(s) ou onde for(em) encontrado(s), da(s) pessoa(s)


acima indicada(s), do inteiro teor da r. sentença cuja cópia segue anexa, cientificando-o(a)(s) de
que o prazo para dela apelar é de 5 (cinco) dias. Segue anexo o TERMO DE
RECURSO/RENÚNCIA.

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 26 de fevereiro de 2018. Franklin Shiro
Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A
identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional,
obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a
quem lhe esteja prestando auxilio: Pena detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício
da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. “Texto extraído do Código Penal,
artigos 329 “caput” e 331.

*05020180361181*
fls. 482

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8DCC47.
MANDADO DE INTIMAÇÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - C-1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP-279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Vítima: Caio Vinicius Bonifácio Bezerra
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 050.2018/036121-1
Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA, liberado nos autos em 26/02/2018 às 14:00 .
Pessoa(s) a ser(em) intimada(s):
Réu: WESLEY SANTOS ROCHA, Brasileiro, Solteiro, RG 48935806, pai Antonio Rocha, mãe
Eunice Monteiro Santos, Nascido/Nascida em 10/06/1995, natural de São Paulo - SP , Rua
Catalunha, 8FDS, Jaguaré, CEP 05329-030, São Paulo - SP, Fone 11 - 3768-5906 - PRESO NO
CDP BELÉM-I

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 1ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda,
Dr(a). Maria Fernanda Belli, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, proceda à

INTIMAÇÃO, no(s) endereço(s) indicado(s) ou onde for(em) encontrado(s), da(s) pessoa(s)


acima indicada(s), do inteiro teor da r. sentença cuja cópia segue anexa, cientificando-o(a)(s) de
que o prazo para dela apelar é de 5 (cinco) dias. Segue anexo o TERMO DE
RECURSO/RENÚNCIA.

CUMPRA-SE na forma e sob as penas da lei. São Paulo, 26 de fevereiro de 2018. Franklin Shiro
Kuwahara, Coordenador.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A
identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional,
obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a
quem lhe esteja prestando auxilio: Pena detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício
da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. “Texto extraído do Código Penal,
artigos 329 “caput” e 331.

*05020180361211*
fls. 483

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COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8DCCBC.
OFÍCIO
Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - C-1640/17
Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Vítima: Caio Vinicius Bonifácio Bezerra
(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)
Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 26/02/2018 às 16:02 .
São Paulo, 26 de fevereiro de 2018.

Prezado(a) Senhor(a),

Pelo presente, comunico a Vossa Senhoria que o(a) Réu: NICHOLAS REIS
MEDEIROS, Brasileiro, Solteiro, Cabeleireiro, RG 52597092, pai José Medeiros, mãe Maria
Alice dos Reis, Nascido/Nascida em 11/02/1999, natural de Osasco - SP, Avenida Corifeu de
Azevedo Marques, 5417, Preso no C.D.P. Belem I, Vila Lageado, CEP 05339-005, São Paulo - SP
foi condenado(a) por sentença deste Juízo, datada de 23/02/2018 14:52:47, com o seguinte teor:
"Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE A AÇÃO PENAL e CONDENO NICHOLAS REIS
MEDEIROS, RG 71.835.536/SP, e WESLEY SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados,
como incursos no artigo 157, §3º, parte final, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal, ao
cumprimento, respectivamente, de 12 (doze) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e
10 (dez) dias-multa, fixado o dia-multa no piso legal, e 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de
reclusão e 13 (treze) dias-multa. O regime inicial de cumprimento de pena será o fechado,
considerando o patamar alcançado pela sanção corporal, aliado à grave ameaça empregada na
prática do delito hediondo. Note-se que o emprego de arma de fogo expõe a um risco maior a
integridade física das vítimas, traduz um maior grau de culpabilidade da ação, justificando a
imposição de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min. Marco Aurélio Bellizze; HC nº
243.865, rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel. Min. Campos Marques). Pelas
mesmas razões, os réus estão presos e não poderão apelar em liberdade.Recomendem-se os réus
na prisão onde se encontram. Após o trânsito em julgado, lance-se o nome dos réus no rol dos
culpados. P.R.I.C.".
Atenciosamente.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Ilmo(a). Sr(a).


Diretor(a) do(a) Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I + Ala de
Progressão
Av. Condessa Elizabete Robiano, 900, Belém - CEP 3021000, São Paulo - SP
fls. 484

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Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8DCD5E.
OFÍCIO
Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - C-1640/17
Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Vítima: Caio Vinicius Bonifácio Bezerra
(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)
Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 26/02/2018 às 16:02 .
São Paulo, 26 de fevereiro de 2018.

Prezado(a) Senhor(a),

Pelo presente, comunico a Vossa Senhoria que o(a) Réu: WESLEY SANTOS
ROCHA, Brasileiro, Solteiro, RG 48935806, pai Antonio Rocha, mãe Eunice Monteiro Santos,
Nascido/Nascida em 10/06/1995, natural de São Paulo - SP, Rua Catalunha, 8FDS, Jaguaré, CEP
05329-030, São Paulo - SP, Fone 11 - 3768-5906 foi condenado(a) por sentença deste Juízo,
datada de 23/02/2018 14:52:47, com o seguinte teor: "Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE
A AÇÃO PENAL e CONDENO NICHOLAS REIS MEDEIROS, RG 71.835.536/SP, e WESLEY
SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados, como incursos no artigo 157, §3º, parte final,
c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal, ao cumprimento, respectivamente, de 12 (doze) anos, 02
(dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 10 (dez) dias-multa, fixado o dia-multa no piso legal,
e 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa. O regime inicial de
cumprimento de pena será o fechado, considerando o patamar alcançado pela sanção corporal,
aliado à grave ameaça empregada na prática do delito hediondo. Note-se que o emprego de arma
de fogo expõe a um risco maior a integridade física das vítimas, traduz um maior grau de
culpabilidade da ação, justificando a imposição de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze; HC nº 243.865, rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel.
Min. Campos Marques). Pelas mesmas razões, os réus estão presos e não poderão apelar em
liberdade.Recomendem-se os réus na prisão onde se encontram. Após o trânsito em julgado, lance-
se o nome dos réus no rol dos culpados. P.R.I.C.".
Atenciosamente.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Ilmo(a). Sr(a).


Diretor(a) do(a) Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I + Ala de
Progressão
Av. Condessa Elizabete Robiano, 900, Belém - CEP 3021000, São Paulo - SP
fls. 485

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Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8E6CB4.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 27/02/2018 às 18:23 .
Vistos.

Corrijo, de ofício, a sentença, porque há erro material na dosimetria das penas, em


relação ao corréu Nicholas, especificamente, na segunda fase de aplicação da pena.
Assim, na primeira fase de aplicação da reprimenda, a despeito da primariedade, as
penas devem ser fixadas acima do mínimo legal. O relato da vítima foi claro quanto à perversidade
em sua conduta, evidenciando-se sua personalidade nociva e transgressora, descontente apenas
com a subtração dos bens. Assim, fixo a pena base acima do mínimo legal, ou seja, 22 (vinte e
dois) anos de reclusão e 20 (vinte) dias-multa.
Na segunda fase, verifico que o corréu Nicholas era menor de 21 (vinte e um) anos
na data dos fatos, porém, as penas não podem ser reduzidas aquém do mínimo legal, em atenção à
Súmula 231 do STJ e, portanto, incabível a redução no patamar de 1/6, ao contrário do que
constou, tampouco se mostra razoável a redução diversa desse patamar.
Por fim, reconheço a tentativa e reduzo as penas em 1/3, considerando o expressivo
“iter criminis” percorrido pelos agentes, que subtraíram os bens da vítima, perfazendo 14 (catorze)
anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa, fixado o dia-multa no piso legal. A pena
para o corréu Wesley permanece inalterada.
Declaro, então, a parte dispositiva da sentença, que assim ficará: "Diante do
exposto, JULGO PROCEDENTE A AÇÃO PENAL e CONDENO NICHOLAS REIS MEDEIROS,
RG 71.835.536/SP, e WESLEY SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados, como incursos no
artigo 157, §3º, parte final, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal, ao cumprimento, cada um,
de 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa. O regime inicial de
fls. 486

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2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 8E6CB4.
cumprimento de pena será o fechado, considerando o patamar alcançado pela sanção corporal,
aliado à grave ameaça empregada na prática do delito hediondo. Note-se que o emprego de arma
de fogo expõe a um risco maior a integridade física das vítimas, traduz um maior grau de
culpabilidade da ação, justificando a imposição de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze; HC nº 243.865, rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel.
Min. Campos Marques). Pelas mesmas razões, os réus estão presos e não poderão apelar em
liberdade. Recomendem-se os réus na prisão onde se encontram. Após o trânsito em julgado, lance-
se o nome dos réus no rol dos culpados. P.R.I.C.".

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 27/02/2018 às 18:23 .
Int.

São Paulo, 27 de fevereiro de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 487

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DENILSON DE SOUZA FREITAS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 07/03/2018 às 08:01 .
ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 90A207.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Foro: Foro Central Criminal Barra Funda

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 06/03/2018 19:17


Prazo: 10 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 6 de Março de 2018


fls. 488

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Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 91095E.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça PAULO PASSARETTI JUNIOR (19680)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por PAULO PASSARETTI JUNIOR, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:04 .
CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2018/036121-1 dirigi-me ao endereço: CDP Belém I onde intimei
pessoalmente o réu sr. Wesley Santos Rocha da presente sentença.
Certifico ainda que o réu desejou recorrer da presente conforme termo
de recurso assinado anexo.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 07 de março de 2018.

Número de Cotas: 00 – CDP Belém I


fls. 489

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Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 91096D.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça PAULO PASSARETTI JUNIOR (19680)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por PAULO PASSARETTI JUNIOR, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:04 .
CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


050.2018/036118-1 dirigi-me ao endereço: CDP Belém I onde intimei
pessoalmente o réu sr. Nicholas Reis Medeiros da presente sentença.
Certifico ainda que o réu desejou recorrer da presente conforme termo
de recurso assinado anexo.

O referido é verdade e dou fé.

São Paulo, 07 de março de 2018.

Número de Cotas: 00 – CDP Belém I


fls. 490

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:22 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9493FA.
fls. 491

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:22 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9493FA.
fls. 492

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:22 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9493FA.
fls. 493

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:22 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9493FA.
fls. 494

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:22 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9493FA.
fls. 495

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:22 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9493FA.
fls. 496

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:23 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 94941A.
fls. 497

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:23 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 94941A.
fls. 498

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 948F4E.
OFÍCIO EM ADITAMENTO ao expedido em 26/02/2018

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - 1640/17


Classe - Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Documento de Origem: PP - 279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)


Réu Preso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 19/03/2018 às 15:30 .
São Paulo, 19 de março de 2018.
Prezado(a) Senhor(a),
Pelo presente, recomendo a Vossa Senhoria o(a) Réu: NICHOLAS REIS
MEDEIROS, Brasileiro, Solteiro, Cabeleireiro, RG 52597092, pai José Medeiros, mãe Maria
Alice dos Reis, Nascido/Nascida em 11/02/1999, natural de Osasco - SP, Avenida Corifeu de
Azevedo Marques, 5417, Preso no C.D.P. Belem I, Vila Lageado, CEP 05339-005, São Paulo -
SP; para cumprimento da pena imposta em sentença deste Juízo, datada de 27/02/2018, com o
seguinte teor: "Corijo, de ofício, a sentença, porque há erro material na dosimetria
das penas, em relação ao corréu Nicholas, especificamente, na segunda fase de
aplicação da pena. CONDENO NICHOLAS REIS MEDEIROS, RG 71.835.536/SP,
como incurso no art. 157, §3º, parte final, c.c. Art. 14, I, do C.P, ao cumprimento de
14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa. O regime
inicial cumprimento de pena será o fechado, sem direito de apelar em liberdade".
Atenciosamente.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Ao(À) Ilmo(a). Sr(a).


Diretor(a) do(a) Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I + Ala de
Progressão
Av. Condessa Elizabete Robiano, 900, Belém - CEP 3021000, São Paulo - SP
fls. 499

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Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9918F5.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 03/04/2018 às 16:26 .
Vistos.

Fls. 490/495: ciência às partes.


Aguarde-se, no mais, o prazo da publicação da sentença.
Int.

São Paulo, 03 de abril de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 04/05/2018 às 15:30 , sob o número WBFU18700784362
fls. 500

GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA


ADVOGADO

EXCELENTISSÍMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DE DIREITO DA 1°


VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL -SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A36B65.
JUNTADA DE PROCURAÇÃO AD JUDICIA ET EXTRA.
Processo n. º 0070680-64.8.26.0050

NICHOLAS REIS MEDEIROS,


já devidamente qualificado, por seu advogado que abaixo assina,
vem reverenciosamente à presença de V. Excelência, solicitar
juntada do INCLUSO MANDATO DE INSTRUMENTO, para os devidos
fins.
Requer após a publicação
da sentença a intimação para apresentar o recurso de apelação
criminal.

Nestes termos, P, A
D E F E R I M E N T O

Osasco, 04 de maio de 2018

Assinado digitalmente
_______________________________
GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA
OAB/SP n. º 383.285

gilbertoalves@aasp.org.br TEL. 98294-5650 - São Paulo, SP. 1


fls. 501

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 04/05/2018 às 15:30 , sob o número WBFU18700784362 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A36B68.
fls. 502

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 04/05/2018 às 15:30 , sob o número WBFU18700784362 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A36B6B.
fls. 503

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A3E162.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 07/05/2018 às 13:22 .
Vistos.

Fls. 500/502: anote-se.


Cumpra-se fls. 499.

São Paulo, 07 de maio de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 504

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFC9C1.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:01 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que a r. Sentença de fls. 485/486, foi publicada aos


27/02/2018. Nada Mais. São Paulo, 15 de junho de 2018. Eu,Marinez
Simioni Duarte, Chefe de Seção Judiciário.
fls. 505
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, SALA 29/30, BARRA FUNDA - CEP
01133-020, FONE: 2127-9001, SÃO PAULO-SP - E-MAIL:
SP1CR@TJSP.JUS.BR
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFCA8C.
CERTIDÃO - RESOLUÇÃO DE CONTINGÊNCIA/CADASTRO EXCEPCIONAL/(BNMP 2.0)
MANDADO DE PRISÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe: Ação Penal - Procedimento Ordinário
Assunto: Roubo
Documento de Origem PP
279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:07 .
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
RJI BNMP 2.0 - Nº: 170458837-18

CERTIFICA-SE, que o MANDADO DE PRISÃO abaixo identificado foi emitido em


contingência ou cadastrado excepcionalmente, conforme campo de justificativa a seguir:

Justificativa: expedição de carta de guia

Nº Nacional do Mandado de Prisão: 0070680-64.2017.8.26.0050.01.0001-13

Data da Emissão do Mandado de Prisão: 29/08/2017

Nº da Página do Mandado de Prisão nos Autos do Processo Processo Digital:


Peça não selecionada

DADOS DO(A): Réu

RJI BNMP 2.0 - Nº: 170458837-18


Réu: WESLEY SANTOS ROCHA
Documentos da Parte Passiva: RG: 48935806, RJI: 170458837-18
Filiação da parte passiva: pai Antonio Rocha, mãe Eunice Monteiro Santos
Data de Nascimento da Parte Passiva: 10/06/1995

NADA MAIS. São Paulo, 15 de junho de 2018. Marinez Simioni Duarte, Chefe de Seção
Judiciário, M810994.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

504704- Certidão - Emissão Contingência-Excepcional - Mandados de Prisão - (Exclusivo BNMP 2.0)


fls. 506

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFCA98.
CERTIDÃO DE CUMPRIMENTO DE MANDADO DE PRISÃO (BNMP 2.0)

Processo Digital N°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Ação Penal - Procedimento Ordinário
Assunto: Roubo
Documento de Origem: PP
279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: WESLEY SANTOS ROCHA
Certidão BNMP 2.0 0070680-64.2017.8.26.0050.07.0002-23

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:07 .
Nº Nacional:
RJI BNMP 2.0 - Nº: 170458837-18

CERTIFICA-SE o cumprimento do mandado de prisão no BNMP 2.0 - CNJ, conforme


dados a seguir:

DADOS DO MANDADO DE PRISÃO:

Número do Mandado no SAJ: 050.2017/163723-4


Número do Mandado no BNMP 1.0: 0070680-64.2017.8.26.0050.0003
Número Nacional do Mandado no BNMP 2.0:0070680-64.2017.8.26.0050.01.0001-13
Data de Cumprimento do Mandado: 09/01/2018

DADOS DO(A) Réu:

RJI BNMP 2.0 - Nº: 170458837-18

Réu: WESLEY SANTOS ROCHA


Documentos da Parte Passiva: RG: 48935806, RJI: 170458837-18
Filiação da parte passiva: pai Antonio Rocha, mãe Eunice Monteiro Santos
Data de Nascimento da Parte Passiva: 10/06/1995

Nome do Responsável pela Prisão: diretor


Local de Custódia: Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I + Ala de
Progressão, São Paulo - SP

Situação da Parte/Situação do Cumprimento do Mandado no BNMP 2.0:


A consulta ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, na data 15/06/2018 - 13:07:29,
retornou as seguintes informações sobre a parte WESLEY SANTOS ROCHA.
RJI : 170458837-18.
Última situação : Preso Provisório.
Último local de custódia : Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I +
Ala de Progressão, Sao Paulo/SP, informado no processo 0070680-64.2017.8.26.0050 com
origem em 01 CRIMINAL DE CENTRAL do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

LISTA DE OUTROS MANDADOS DE PRISÃO NO BNMP 2.0:


fls. 507

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFCA98.
Na data 15/06/2018 - 13:07:27, não foram encontrados outros mandados de prisão para a parte no
Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do CNJ.

LISTA DE OUTROS MANDADOS DE INTERNAÇÃO NO BNMP 2.0:


Na data 15/06/2018 - 13:07:29, não foram encontrados outros mandados de internação para a
parte no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do CNJ.

NADA MAIS. São Paulo, 15/06/2018 - 13:07:25, Marinez Simioni Duarte, Chefe de Seção
Judiciário, M810994.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:07 .
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

504664- Certidão de Cumprimento de Mandado de Prisão - (Exclusivo BNMP 2.0)


fls. 508

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFCF83.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:43 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que a r.Sentença de fls. 470/477 e de fls. 485/486,


transitou em julgado para o Ministério Público aos 12/03/2018. Nada Mais.
São Paulo, 15 de junho de 2018. Eu, Marinez Simioni Duarte, Chefe de
Seção Judiciário.
fls. 509
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, SALA 29/30, BARRA FUNDA - CEP
01133-020, FONE: 2127-9001, SÃO PAULO-SP - E-MAIL:
SP1CR@TJSP.JUS.BR
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFD0F5.
CERTIDÃO - RESOLUÇÃO DE CONTINGÊNCIA/CADASTRO EXCEPCIONAL/(BNMP 2.0)
MANDADO DE PRISÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe: Ação Penal - Procedimento Ordinário
Assunto: Roubo
Documento de Origem PP
279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:54 .
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
RJI BNMP 2.0 - Nº: 170538951-85

CERTIFICA-SE, que o MANDADO DE PRISÃO abaixo identificado foi emitido em


contingência ou cadastrado excepcionalmente, conforme campo de justificativa a seguir:

Justificativa: Regularização do acervo

Nº Nacional do Mandado de Prisão: 0070680-64.2017.8.26.0050.01.0004-19

Data da Emissão do Mandado de Prisão: 10/08/2017

Nº da Página do Mandado de Prisão nos Autos do Processo Processo Digital:


Peça não selecionada

DADOS DO(A): Réu

RJI BNMP 2.0 - Nº: 170538951-85


Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Documentos da Parte Passiva: RG: 52597092, RJI: 170538951-85
Filiação da parte passiva: pai José Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis
Data de Nascimento da Parte Passiva: 11/02/1999

NADA MAIS. São Paulo, 15 de junho de 2018. Marinez Simioni Duarte, Chefe de Seção
Judiciário, M810994.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

504704- Certidão - Emissão Contingência-Excepcional - Mandados de Prisão - (Exclusivo BNMP 2.0)


fls. 510

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFD104.
CERTIDÃO DE CUMPRIMENTO DE MANDADO DE PRISÃO (BNMP 2.0)

Processo Digital N°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Ação Penal - Procedimento Ordinário
Assunto: Roubo
Documento de Origem: PP
279/2017 - 93º Distrito Policial - Jaguaré
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS
Certidão BNMP 2.0 0070680-64.2017.8.26.0050.07.0005-01

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:54 .
Nº Nacional:
RJI BNMP 2.0 - Nº: 170538951-85

CERTIFICA-SE o cumprimento do mandado de prisão no BNMP 2.0 - CNJ, conforme


dados a seguir:

DADOS DO MANDADO DE PRISÃO:

Número do Mandado no SAJ: 050.2017/150502-8


Número do Mandado no BNMP 1.0: 0070680-64.2017.8.26.0050.0001
Número Nacional do Mandado no BNMP 2.0:0070680-64.2017.8.26.0050.01.0004-19
Data de Cumprimento do Mandado: 10/08/2017

DADOS DO(A) Réu:

RJI BNMP 2.0 - Nº: 170538951-85

Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS


Documentos da Parte Passiva: RG: 52597092, RJI: 170538951-85
Filiação da parte passiva: pai José Medeiros, mãe Maria Alice dos Reis
Data de Nascimento da Parte Passiva: 11/02/1999

Nome do Responsável pela Prisão: Regularização do acervo


Local de Custódia: Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I + Ala de
Progressão, São Paulo - SP

Situação da Parte/Situação do Cumprimento do Mandado no BNMP 2.0:


A consulta ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, na data 15/06/2018 - 13:54:28,
retornou as seguintes informações sobre a parte NICHOLAS REIS MEDEIROS.
RJI : 170538951-85.
Última situação : Preso Provisório.
Último local de custódia : Centro de Detenção Provisória da Capital - Chácara Belém I +
Ala de Progressão, Sao Paulo/SP, informado no processo 0070680-64.2017.8.26.0050 com
origem em 01 CRIMINAL DE CENTRAL do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

LISTA DE OUTROS MANDADOS DE PRISÃO NO BNMP 2.0:


fls. 511

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFD104.
Na data 15/06/2018 - 13:54:26, não foram encontrados outros mandados de prisão para a parte no
Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do CNJ.

LISTA DE OUTROS MANDADOS DE INTERNAÇÃO NO BNMP 2.0:


Na data 15/06/2018 - 13:54:28, não foram encontrados outros mandados de internação para a
parte no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do CNJ.

NADA MAIS. São Paulo, 15/06/2018 - 13:54:24, Marinez Simioni Duarte, Chefe de Seção
Judiciário, M810994.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 13:54 .
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

504664- Certidão de Cumprimento de Mandado de Prisão - (Exclusivo BNMP 2.0)


fls. 512

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código AFD28F.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 15/06/2018 às 14:08 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que nesta data encaminhei ao D.O.E, intimação aos


defensores, a fim de tomarem ciência da sentença e apresentarem as razões
de apelação em nome dos réus. Nada Mais. São Paulo, 15 de junho de 2018.
Eu, Marinez Simioni Duarte, Chefe de Seção Judiciário.
fls. 513

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 18/06/2018 10:01


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B02A92.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0044/2018, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP) D.J.E
Gilberto Alves de Oliveira (OAB 383285/SP) D.J.E

Teor do ato: "Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE A AÇÃO PENAL e CONDENO NICHOLAS
REIS MEDEIROS, RG 71.835.536/SP, e WESLEY SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados, como

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 10:01 .
incursos no artigo 157, §3º, parte final, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal, ao cumprimento,
respectivamente, de 12 (doze) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 10 (dez) dias-multa,
fixado o dia-multa no piso legal, e 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa. O
regime inicial de cumprimento de pena será o fechado, considerando o patamar alcançado pela sanção
corporal, aliado à grave ameaça empregada na prática do delito hediondo. Note-se que o emprego de arma de
fogo expõe a um risco maior a integridade física das vítimas, traduz um maior grau de culpabilidade da ação,
justificando a imposição de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min. Marco Aurélio Bellizze; HC nº
243.865, rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel. Min. Campos Marques). Pelas mesmas
razões, os réus estão presos e não poderão apelar em liberdade.Recomendem-se os réus na prisão onde se
encontram. Após o trânsito em julgado, lance-se o nome dos réus no rol dos culpados. P.R.I.C., Bem como a
apresentar as Razões de Apelação, nos termos do art. 600 do C.P.P, dentro do prazo legal. "

Do que dou fé.


São Paulo, 18 de junho de 2018.

Douglas Juliano Nakaza


fls. 514

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 18/06/2018 10:01


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B02A94.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0044/2018, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP) D.J.E
Gilberto Alves de Oliveira (OAB 383285/SP) D.J.E

Teor do ato: "Vistos.Corrijo, de ofício, a sentença, porque há erro material na dosimetria das penas, em
relação ao corréu Nicholas, especificamente, na segunda fase de aplicação da pena. Assim, na primeira fase

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 10:01 .
de aplicação da reprimenda, a despeito da primariedade, as penas devem ser fixadas acima do mínimo legal.
O relato da vítima foi claro quanto à perversidade em sua conduta, evidenciando-se sua personalidade nociva
e transgressora, descontente apenas com a subtração dos bens. Assim, fixo a pena base acima do mínimo
legal, ou seja, 22 (vinte e dois) anos de reclusão e 20 (vinte) dias-multa. Na segunda fase, verifico que o
corréu Nicholas era menor de 21 (vinte e um) anos na data dos fatos, porém, as penas não podem ser
reduzidas aquém do mínimo legal, em atenção à Súmula 231 do STJ e, portanto, incabível a redução no
patamar de 1/6, ao contrário do que constou, tampouco se mostra razoável a redução diversa desse patamar.
Por fim, reconheço a tentativa e reduzo as penas em 1/3, considerando o expressivo "iter criminis" percorrido
pelos agentes, que subtraíram os bens da vítima, perfazendo 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão
e 13 (treze) dias-multa, fixado o dia-multa no piso legal. A pena para o corréu Wesley permanece
inalterada.Declaro, então, a parte dispositiva da sentença, que assim ficará: "Diante do exposto, JULGO
PROCEDENTE A AÇÃO PENAL e CONDENO NICHOLAS REIS MEDEIROS, RG 71.835.536/SP, e WESLEY
SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados, como incursos no artigo 157, §3º, parte final, c.c. artigo 14,
inciso II, do Código Penal, ao cumprimento, cada um, de 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13
(treze) dias-multa. O regime inicial de cumprimento de pena será o fechado, considerando o patamar
alcançado pela sanção corporal, aliado à grave ameaça empregada na prática do delito hediondo. Note-se
que o emprego de arma de fogo expõe a um risco maior a integridade física das vítimas, traduz um maior grau
de culpabilidade da ação, justificando a imposição de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze; HC nº 243.865, rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel. Min. Campos
Marques). Pelas mesmas razões, os réus estão presos e não poderão apelar em liberdade. Recomendem-se
os réus na prisão onde se encontram. Após o trânsito em julgado, lance-se o nome dos réus no rol dos
culpados. P.R.I.C.". Bem como a apresentar as Razões de Apelação, nos termos do art. 600 do C.P.P, dentro
do prazo legal. "

Do que dou fé.


São Paulo, 18 de junho de 2018.

Douglas Juliano Nakaza


fls. 519

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 19/06/2018 10:35


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B0B0CB.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0044/2018, foi disponibilizado na página
1979/1980 do Diário da Justiça Eletrônico em 19/06/2018. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP)
Gilberto Alves de Oliveira (OAB 383285/SP)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 19/06/2018 às 10:35 .
Teor do ato: "Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE A AÇÃO PENAL e CONDENO NICHOLAS
REIS MEDEIROS, RG 71.835.536/SP, e WESLEY SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados, como
incursos no artigo 157, §3º, parte final, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal, ao cumprimento,
respectivamente, de 12 (doze) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 10 (dez) dias-multa,
fixado o dia-multa no piso legal, e 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa. O
regime inicial de cumprimento de pena será o fechado, considerando o patamar alcançado pela sanção
corporal, aliado à grave ameaça empregada na prática do delito hediondo. Note-se que o emprego de arma de
fogo expõe a um risco maior a integridade física das vítimas, traduz um maior grau de culpabilidade da ação,
justificando a imposição de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min. Marco Aurélio Bellizze; HC nº
243.865, rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel. Min. Campos Marques). Pelas mesmas
razões, os réus estão presos e não poderão apelar em liberdade.Recomendem-se os réus na prisão onde se
encontram. Após o trânsito em julgado, lance-se o nome dos réus no rol dos culpados. P.R.I.C., Bem como a
apresentar as Razões de Apelação, nos termos do art. 600 do C.P.P, dentro do prazo legal. "

SÃO PAULO, 19 de junho de 2018.

Douglas Juliano Nakaza


Escrevente Técnico Judiciário
fls. 520

Foro Central Criminal Barra Funda Emitido em: 19/06/2018 10:35


Certidão - Processo 0070680-64.2017.8.26.0050 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B0B0CD.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0044/2018, foi disponibilizado na página
1979/1980 do Diário da Justiça Eletrônico em 19/06/2018. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Ivone Cassia Guimarães (OAB 250641/SP)
Gilberto Alves de Oliveira (OAB 383285/SP)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DOUGLAS JULIANO NAKAZA, liberado nos autos em 19/06/2018 às 10:35 .
Teor do ato: "Vistos.Corrijo, de ofício, a sentença, porque há erro material na dosimetria das penas, em
relação ao corréu Nicholas, especificamente, na segunda fase de aplicação da pena. Assim, na primeira fase
de aplicação da reprimenda, a despeito da primariedade, as penas devem ser fixadas acima do mínimo legal.
O relato da vítima foi claro quanto à perversidade em sua conduta, evidenciando-se sua personalidade nociva
e transgressora, descontente apenas com a subtração dos bens. Assim, fixo a pena base acima do mínimo
legal, ou seja, 22 (vinte e dois) anos de reclusão e 20 (vinte) dias-multa. Na segunda fase, verifico que o
corréu Nicholas era menor de 21 (vinte e um) anos na data dos fatos, porém, as penas não podem ser
reduzidas aquém do mínimo legal, em atenção à Súmula 231 do STJ e, portanto, incabível a redução no
patamar de 1/6, ao contrário do que constou, tampouco se mostra razoável a redução diversa desse patamar.
Por fim, reconheço a tentativa e reduzo as penas em 1/3, considerando o expressivo "iter criminis" percorrido
pelos agentes, que subtraíram os bens da vítima, perfazendo 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão
e 13 (treze) dias-multa, fixado o dia-multa no piso legal. A pena para o corréu Wesley permanece
inalterada.Declaro, então, a parte dispositiva da sentença, que assim ficará: "Diante do exposto, JULGO
PROCEDENTE A AÇÃO PENAL e CONDENO NICHOLAS REIS MEDEIROS, RG 71.835.536/SP, e WESLEY
SANTOS ROCHA, RG 71.834.649, qualificados, como incursos no artigo 157, §3º, parte final, c.c. artigo 14,
inciso II, do Código Penal, ao cumprimento, cada um, de 14 (catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 13
(treze) dias-multa. O regime inicial de cumprimento de pena será o fechado, considerando o patamar
alcançado pela sanção corporal, aliado à grave ameaça empregada na prática do delito hediondo. Note-se
que o emprego de arma de fogo expõe a um risco maior a integridade física das vítimas, traduz um maior grau
de culpabilidade da ação, justificando a imposição de regime fechado (STJ, HC nº 206.767, rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze; HC nº 243.865, rel. Min. Regina Helena Costa; REsp nº 1.330.978, rel. Min. Campos
Marques). Pelas mesmas razões, os réus estão presos e não poderão apelar em liberdade. Recomendem-se
os réus na prisão onde se encontram. Após o trânsito em julgado, lance-se o nome dos réus no rol dos
culpados. P.R.I.C.". Bem como a apresentar as Razões de Apelação, nos termos do art. 600 do C.P.P, dentro
do prazo legal. "

SÃO PAULO, 19 de junho de 2018.

Douglas Juliano Nakaza


Escrevente Técnico Judiciário
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 521

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL – FORO BARRA FUNDA – SÃO
PAULO – SP:

Processo nº. 0070680.64.2017.8.26.0050.

WESLEY SANTOS ROCHA, já qualificado nos autos do


Processo crime, em epígrafe, que lho move A JUSTIÇA PUBLICA, por sua
advogada e procuradora que esta subscreve, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão
condenatória, apresentar, suas RAZOES DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo
593, inciso I, do Código de Processo Penal.

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*
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JUSTIÇA!

OAB/SP. 250641

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23
conforme as razões expostas como medida de

IVONE CÁSSIA GUIMARÃES

%
São Paulo, 21 de junho de 2018

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/ /" 0 1#0/
'(
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2
Apelação e ao final seja dado Provimento para ABSOLVER, o Apelante,
Requer seja recebida e processada o presente Recurso de
fls. 522

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
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*
RECORRIDA: JUSTIÇA PUBLICA

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RECORRENTE: WESLEY SANTOS ROCHA

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23
RAZÕES DE APELAÇÃO

COLENDA CAMARA

INSIGNES JULGADORES,

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EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA,

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DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA!

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AUTOS DE ORIGEM: PROCESSO Nº. 0070680.64.2017.8.26.0050.

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VARA DE ORIGEM: 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP.

3
fls. 523

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 524

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
Em que pese o brilhantismo saber jurídico do MM. Juízo “a
quo”, impõe-se a reforma da respeitável sentença proferida contra o apelante,
razoe de fato e de direito a seguir expostas:

DOS FATOS

Wesley, ora apelante viu-se processado pelo crime no


incurso do artigo 157 § 3º c.c. artigo 14, II, ambos do Código Penal, segundo
se apurou e na data de 08/07/2017, por volta das 23:00 hrs, a vitima Caio
estava chegando em sua residência e quando aguardava o portão automático
se abrir na tentativa de estacionar sua motocicleta Kawasaki, foi abordado
por dois indivíduos, exigindo sua motocicleta, e seus pertences, com emprego
e arma de fogo, sendo desferido um tiro na perna da vitima, e fugindo em
seguida do local com a res furtiva.

Ocorre que no dia 10 de julho do mesmo ano, após os fatos


supramencionados, policiais militares em patrulhamento pela região da
favela, situado no bairro Jaguaré, avistaram uma motocicleta de grande porte
no interior da garagem de uma residência, diante da suspeita, onde os
policiais em alegações concluíram que o proprietário daquela residência, não
teria condições financeiras para possuir tal bem, resolveram investigar a
procedência daquela motocicleta, acionando o morador da residência,
identificado como Gilson da Conceição, que afirmou ser inquilino, afirmando
aos policiais não saber a procedência da motocicleta, bem como não tinha
conhecimento de quem teria estacionado a moto na garagem, ate mesmo
porque a garagem não tem portão e não fazia parte da residência alugada.

Diante da situação, encaminharam Gilson ao Distrito


Policial, para que fosse efetuado o reconhecimento por partes da

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.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 525

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
testemunha, sendo o mesmo reconhecido como um dos roubadores sem
sombra de duvida pela Sra. Helena, irmã da vitima inclusive que abriu o
portão para Caio. Nas declarações prestadas em fls. 28/29, Gilson afirmou
que não era a pessoa autora do roubo, fato este que, mesmo com sua
negativa, acabou por ser preso, e após mais dez dias, é que foi expedido o
Alvará de Soltura, nesse diapasão muito confuso os reconhecimentos, tendo
em vista a testemunha Helena, não reconhece em nenhuma fase o acusado
Wesley, e sim reconhece o Nicollas e o terceiro individuo como sendo o
motorista do veiculo que aguardava estacionado enfrente a residência da
vitima, insistiu a defesa no conturbado reconhecimento da vitima Caio,
referente ao Wesley, considerando-se a informação dos autos, tem-se que, se
iniciou com reconhecimento fotográfico, realizado nos autos de modo a
imputar a autoria delitiva ao acusado, o reconhecimento na Delegacia, há de
convir que foi surreal, e com certeza Wesley era carta marcada, pois
colocaram dois policiais ate mesmo parecido com o acusado, pairando uma
tensão sobre a vitima, demorando alguns minutos para decidir tal situação de
reconhecimento, ainda assim a vitima Sr. Caio, não se lembrava se o acusado
usava ou não óculos, ora Ínclito Relator, reconhecemos que o nervosismo
deve atrapalhar em algumas situações, mais neste caso é mais um inocente
condenado e mantido em nossas perniciosas penitenciarias, Wesley é
primário, como já alegado tem problemas sérios de visão, e nega veemente
ter participado deste delito.

Nesse diapasão, o acusado foi citado e apresentou


resposta à acusação em fls. 323/336.

Na instrução criminal foram ouvidas as vitimas,


testemunhas e o réu interrogado, restando demonstrado que o ora
condenado não cometeu o crime a ele imputado na exordial, porem a
tentativa de latrocínio à qual o apelante responde não restou sequer

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.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 526

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
comprovada, pois o apelante não foi reconhecido pelas testemunhas, e como
já alegado acima a vitima Sr. Caio fez um reconhecimento com carta marcada,
na Delegacia de Policia, tanto que se fosse provado que foi o apelante o
provedor do delito, porque mantiveram o Sr. Gilson mais de 10 dias na prisão,
como sendo um dos roubadores.

Em alegações finais o DD. Representante do Ministério


Publico postulou pela procedência da ação nos termos da denuncia, já a
defesa alegou preliminarmente a nulidade do processo por falta de exame de
corpo delito, no mérito requereu a absolvição pelo frágil conjunto probatório.

A r. sentença foi prolatada pela condenação do apelante


em 14 (quatorze) anos, 8(oito) meses e 13 (treze), dias multa, e o
cumprimento de pena inicial em regime fechado.

DO DIREITO:

PRELIMINARMENTE:

A respeitável sentença merece reforma, haja vista que o


processo é passível de nulidade.

Conforme consta o artigo 158, do Código de Processo


Penal: infrações que deixam vestígio, SERÁ INDISPENSAVEL o exame de
corpo de delito, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Sendo assim, deve-se interpretar as palavras: exame de


corpo de delito como um todo, incluindo assim pericias, dentre outros e não
estritamente o exame em si. O caso em tela trata-se de crime de latrocínio, ou
seja, deixa vestígio o quer demonstra a obrigatoriedade desde exame no seu

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 527

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
sentido amplo. Porem mesmo tendo sido realizados, há um vicio insanável do
qual o invalida, devendo ser o apelante absolvido, senão vejamos:

Insiste a defesa que desta feita, os policiais fizeram uma


varredura na residência de Wesley e nada de ilícito foi encontrado, muito
menos essa tal arma, que foi usada para desferir o tiro na perna da vitima.

Ora Nobres Julgadores, não se pode ignorar um erro tão


grave e substituir uma prova que seria concreta por relatos duvidosos de
vitima que estava nervoso e deitado de barriga para baixo, como alegado em
depoimento, no momento dos fatos.

O apelante não pode pagar por um vicio na produção de


provas.

Por tanto tal irregularidade causa nulidade processual,


conforme artigo 564, inciso III, alínea “b”, do Código de Processo Penal.

DA ABSOLVIÇÃO:

O artigo 157, § 3º, segunda parte, do Código Penal,


dispõe:

Artigo 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou


para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-lo, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência:

Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 528

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
§3º Se da violência resulta lesão corporal de natureza grave, a pena é de
reclusão, de cinco a quinze anos, alem da multa, se resulta em morte, a
reclusão é de quinze a trinta anos, sem prejuízo da multa.

Porem tal crime exige o elemento subjetivo e não apenas


seu elemento objetivo, que no caso é o dolo ou culpa, a vontade do agente em
matar ou o risco de matar, o que no caso em tela não ocorreu.

Logo o latrocínio impõe que o agente tenho tido o dolo ou


culpa, ou seja, a certeza de que o agente tenha tido a vontade de matar ou
assumido o risco para garantir a empreita. Porem no caso ora tratado, não se
encontra a mínima comprovação de tal vontade advinda do apelante, uma vez
que nega veemente a participação de tal delito.

Dessa forma necessário se faz o aprimoramento das provas, verifica-se


que a fase da investigação restou suprimida, ocorrendo dessa forma à
decretação da condenação do acusado.

Destarte, I. Julgador observa-se que nessa fase da


persecução penal, a autoridade policial sem outros esforços, representou pela
prisão preventiva do acusado sem o esforço de outros meios de investigação
policial, portanto, soa totalmente prematuro o decreto condenatório em
desfavor do acusado.

Verifica-se ainda I. Julgador que o acusado sequer


possui antecedentes criminais conforme documento de fls. 97/100.

Nesse sentido colacionamos a jurisprudência de nossos


tribunais, senão vejamos:

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* +,,- ./" "# / /" 0 1#0/

% * 23
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 529

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
... “A produção de provas na fase inquisitorial deve
observar com rigor as formalidades legais tendentes a
emprestar-lhe maior segurança, sob pena de completa
desqualificação de sua capacidade probatória. (STJ - HC
56.723, Sexta Turma, Rel. Ministro Paulo Medina, DJ
11/12/2006).

PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO


QUALIFICADO. NULIDADE DA SENTENÇA.
CONDENAÇÃO FUNDAMENTADA EM
RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO. FASE
INQUISITORIAL. AUSÊNCIA DE CONFIRMAÇÃO
JUDICIAL. ORDEM CONCEDIDA.

- A produção de provas na fase inquisitorial, deve observar


com rigor as formalidades legais tendentes a emprestar-lhe maior segurança,
sob pena de completa desqualificação de sua capacidade probatória.

- Ordem CONCEDIDA para anular o acórdão recorrido e


determinar a imediata soltura do Paciente, salvo se por
outro motivo estiver preso. (STJ - HC 56.723, Sexta Turma,
Rel. Ministro Paulo Medina, DJ 11/12/2006). Grifo nosso.

Em que pese o esforço do Douto Representante do parquet,


a ação penal em face de Wesley deve ser julgada TOTALMENTE
IMPROCEDENTE.
Ao analisar todo o acervo probatório, vê-se claramente que a
presente ação criminal trilhara a seara da improcedência e isto se deve ao fato

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 530

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
que não se produziu provas robustas o bastante a exarar um decreto
condenatório.

Analisando todos os fatos presentes no desenrolar de toda


instrução probatória, infere-se que o acusado Wesley deva ser absolvido.

DO MERITO

De se frisar que cabe ao represente do Ministério Publico


como “dominus litis” no desempenho de seu mister, o ônus de prova da
materialidade e autoria do fato delituoso, “ a favor do réu é presumida
inocência”.

As informações trazidas aos autos gerou muitas duvidas


quanto a autoria do fato criminoso, mais ainda após os depoimentos da
suposta vitima, no reconhecimento seus algozes; bem como à materialidade,
pela falta de prova essencial. À autoria pelo fato de não haver testemunha que
tenha afirmado com absoluta convicção, ser Wesley um dos roubadores, nem
mesmo a vitima, e como é pacificado no direito penal pátrio, “é preferível a
absolvição de um culpado à condenação de um inocente.

Sem duvidas, o denunciado, “in casu” jamais cometeu o


delito por ele imposto. E sem maior deslustro dos judiciosos argumentos
lançados na manifestação ministerial, fato mesmo é que a prova dos autos
não comporta o acolhimento da pretensão, em conta de que à absolvição do
acusado deve prevalecer, por não haver prova suficiente de ter concorrido
para a inflação penal.

Diante dos fatos conduziram a pessoa de GILSON DA


CONCEIÇÃO BELA, onde inicialmente o mesmo fora reconhecido pelas vítimas

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 531

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
como sendo ele o roubador da vítima Caio Vinicius, fls. 20, no entanto, após
cientificar-se dos fatos, as vitimas, fls. 128 e seguintes, retificaram e
retrataram o reconhecimento pessoal realizado, isentando de culpa a pessoa
do investigado Gilson.

Em juízo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa,


o acusado negou a pratica criminosa, e deu detalhes de como foi abordado
pelos policiais.

Sendo assim, o crime imputado ao apelante não se


configurou, pois seus elementos não estão completos deixando de configurar
o elemento subjeito dolo, que se faz necessário, devendo ser absolvido
conforme artigo 386, inciso II, do Código de processo Penal.

Alem do mais, as provas produzidas nos autos não tem


condão de basear um decreto condenatório.

Ora Nobres Julgadores a única prova incontestável,


sendo assim não poderá o apelante responder por um crime tão grave
baseado em incertezas, tendo em vista que o ordenamento brasileiro prevê
tal situação e a regulamenta pelo Principio Constitucional do “in dúbio pro
reo”.

Nesse sentido:

“A condenação exige prova irrefutável da autoria. Quando


o suporte da acusação enseja duvidas, melhor é absolver”
(TARJ – TAC-REL. ERASMO COUTO – RT 513/479.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 532

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
Alem do mais, a jurisprudência é taxativa, como pode ser
constatado nos seguintes julgados:

“Se a testemunha há de estar imune de impedimento,


inclusive os relativos entre os quais o interesse pelo
objetivo investigado, n]ao se vê com bons olhos a
transmudação do policial em testemunha, por suspeito que
ele ser, de não por à mostra dados que invalidem a obra
investigatória, essa sim, a função que o Estado lhe cometeu”
(TACRIM – SP. AC. Rel. Melo Freire – RT 482/384).

“A incriminação da vitima merece sempre reservas, e sendo


a única prova de autoria recolhida durante a instrução, a
melhor solução é o pronunciamento do “nonliquet”
(JUTACRIM 82/472 e 52/245”

Vejamos entendimento do processualista Heleno Claudio


Fragoso, in “lições de Direito Penal, sobre a prisão.

“A prisão constitui realidade violenta, expressa de um


sistema de justiça desigual e opressivo, que funciona como
realimentador. Serve apenas para reforçar valores
negativos, proporcionando proteção ilusória.
Quanto mais graves são as penas e as medidas é a
probabilidade de reincidência. O sistema será, portanto,
mais eficiente, se evitar, tanto quanto possível, mandar os
condenados para a prisão nos crimes pouco graves e se, nos
crimes graves, evitar o encarceramento demasiadamente
longo” (Heleno Claudio Fragoso, in “Lições de Direito Penal

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por IVONE CASSIA GUIMARAES e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/06/2018 às 17:26 , sob o número WBFU18701188100
fls. 533

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B41B13.
– A nova parte geral”, Rio de Janeiro, Forense, 13ª Ed. 1991,
pag. 288).

Dessa forma, a absolvição do acusado é a medida que se


impõe para o caso em testilha, nos moldes do que preceitua o artigo 386, VII
do Código de Processo Penal.

DO PEDIDO:

Ante o exposto requer seja conhecido e provido o


presente RECURSO DE APELAÇÃO, para preliminarmente, declarar a nulidade
do processo conforme artigo 564, inciso III, alínea “b”, do Código de Processo
Penal.

No mérito requer a reforma da r. sentença que condenou


o Apelado e o absolver com base no artigo 386, inciso II ou VII, do Código de
Processo Penal.

Nestes termos em que;

Pede deferimento.

São Paulo, 21 de junho 2018

IVONE CÁSSIA GUIMARÃES

OAB/SP 250.641.

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fls. 534

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B45C55.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 29/06/2018 às 13:50 .
Vistos.

1. Recebo o recurso de apelação interposto pelo corréu Wesley. Processe-se.


2. Abra-se vista ao MP e, oportunamente, subam os autos ao E. TJSP, com as
cautelas de praxe.
3. Intime-se o Defensor constituído do corréu Nicholas (fls. 500/502), para
oferecimento de razões de apelação. Oportunamente, cumpra-se item 2.
Int.

São Paulo, 29 de junho de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 07/07/2018 às 16:19 , sob o número WBFU18701253158
fls. 535

GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA


ADVOGADO
OAB/SP 383.285

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B73825.
VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL – BARRA FUNDA
– SÃO PAULO.

AUTOS n. º 0070680-64.2017

NICHOLAS REIS MEDEIROS,


já qualificado nos autos do Processo -crime,
que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA, cujos a utos
tramitam por este E. Juízo, por seu advogado
constituído, que esta subscreve, vem, por esta
e na melhor forma de direito, à augusta presença
de Vossa Excelência, não se conformando, data
vênia, com a respeitável sentença de fls. 470 às
477, a qual julgou procedente a presente ação
penal, condenando o réu NICHOLAS REIS MEDEIROS,
ao cumprimento de 12 anos 02 meses e 20 dias de
reclusão e pagamento de 10 dias-multa, no valor
mínimo legal, por terem infringido o disposto no
art. 157, §3º, in fine, c.c. artigo 14, inciso II,
do Código Penal.
Determinado também o regime
inicial FECHADO, para, requerer dentro do prazo
legal, a juntada do RECURSO DE APELACAO.

GILBERTOALVES@AASP.ORG.BR TEL. 11 – 98294-5650


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 07/07/2018 às 16:19 , sob o número WBFU18701253158
fls. 536

GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA


ADVOGADO
OAB/SP 383.285

Assim sendo, nos termos do artigo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B73825.
593, inciso I do Código de Processo Penal, o
Apelante REQUER seja recebido o seu recurso,
subindo os respectivos autos do processo, após os
tramites legais, para o Egrégio TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Requer seja o presente recurso
devidamente processado e encaminhado à Superior
Instância, nos próprios autos, com as inclusas
Razões que seguem em separado.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Osasco, 07 de julho de 2018.

Assinado digitalmente
GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA
OAB/SP – 383.285

GILBERTOALVES@AASP.ORG.BR TEL. 11 – 98294-5650


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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 07/07/2018 às 16:19 , sob o número WBFU18701253158
fls. 537

GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA


ADVOGADO
OAB/SP 383.285

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B73825.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECORRIDO: JUSTICA PUBLICA;

RECORRENTE: NICHOLAS REIS MEDEIROS


VARA DE ORIGEM: 1 VARA CRIMINAL DA COMARCA DA
CAPITAL – BARRA FUNDA SP.

COLENDA CÂMARA;

INCLÍTOS JULGADORES.

RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

Impõe-se, data vênia, a reforma da


r. sentença de fls. 470 às 447, que condenou o
apelante, com fulcro no art. 157, §3º, in fine,
c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal. a pena
de 12 anos 02 meses e 20 dias de reclusão e

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fls. 538

GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA


ADVOGADO
OAB/SP 383.285

pagamento de 10 dias-multa, em regime inicial

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B73825.
fechado, sem a faculdade de apelar em liberdade.
A tese apresentada pela defesa, em
suas razões finais, não foi acatada pelo Nobre
Magistrado a quo, qual seja, AUSÊNCIA DE PROVAS
quanto a autoria do crime, senão vejamos.

PRELIMINARMENTE (LIMINARMENTE)

DO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE

O réu preenche todos os requisitos


para que possa responder o presente processo em
liberdade, face a sua primariedade, residência
fixa e o exercício de atividade laboral lícita,
não havendo qualquer prejuízo a instrução criminal
que já encerrou, à ordem pública e a aplicação da
lei.
A jurisprudência tem evidenciado de modo
favorável:
LIBERDADE PROVISÓRIA – ROUBO – AUSÊNCIA DOS
PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA – CONCESSÃO –
POSSIBILIDADE – É possível a concessão de
liberdade provisória ao acusado do crime de roubo,
quando ausentes os pressupostos autorizadores da
prisão preventiva, nos termos dos artigos. 310
parágrafo único e 312, ambos do CPP, mormente
porque, em caso de condenação, a pena poderá ser
fixada no mínimo legal, com cumprimento no regime
aberto ou intermediário. (TACRIMSP – HC 492128/8 –
5ª C. – Rel. Juiz Penteado Navarro – J.
18.10.2004).

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fls. 539

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ADVOGADO
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Assim, pugna o apelante pelo
deferimento do pedido para ter o direito de
recorrer em liberdade, pois a negativa constitui
violação também ao PRINCÍPIO DA INOCÊNCIA.
O MM. Juiz negou ao réu o direito de
recorrer em liberdade, de forma genérica afirmando
presentes os requisitos do art. 312 do CPP, porque
o crime é grave.
No entendimento da defesa que a Lei
12.403/2011 por ser mais específica, posto que
disciplina exatamente a prisão preventiva, e por
ser mais nova, além de mais benéfica ao
recorrente, derrogou o dispositivo que proibia a
concessão de liberdade ao apelante do crime lá
mencionados.
Se assim não fosse, terminaria por se
revelar inútil a criação da Lei 12.403/2011, que
teve sua gênese orientada em razão do excessivo
abuso na aplicação do instituto da prisão
preventiva, levando a situação de existirem mais
presos provisórios do que definitivos em nosso
país, superlotando o sistema carcerário, e
inviabilizando qualquer iniciativa no sentido de
políticas realisticamente passíveis de atingir a
finalidade ressocializadora da pena.
É importante destacar ainda, para
uma melhor compreensão do quadro fático de nossas
prisões, possibilitando uma adequada interpretação
da Lei 12.403/2011 permitindo a concretização de
sua finalidade, que é fato ser a maioria dos
presos provisórios existentes em nosso sistema
carcerário, composta por pessoas como o
recorrente, jovens, acusados de crime de roubo.
Não existe mais qualquer razão para
que subsista o segregamento cautelar do

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fls. 540

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recorrente, encerrada a instrução, não cabe mais o

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temor da turbação do processo, demonstradas no
pleito de liberdade provisória condições
favoráveis à concessão da liberdade, sendo no
mínimo desonesto intelectualmente se entender que
a manutenção do apelante na prisão venha a
colaborar com a ordem pública, desferindo golpe no
roubo.
Ademais, requer seja concedido ao
RECORRENTE o direito de recorrer em liberdade, uma
vez que não subsistem os requisitos exigidos para
a manutenção da prisão cautelar.

DOS FATOS

NICHOLAS, ora apelante foi


processado e condenado pelo crime no incurso do
artigo 157 § 3º c.c. artigo 14, II, ambos do
Código Penal, porque na data de 08/07/2017, por
volta das 23:00 horas, a vitima Caio estava
estacionando a sua moto Kawasaki em sua residência
e quando aguardava o portão automático se abrir,
foi abordado por dois indivíduos, exigindo sua
motocicleta, e seus pertences, com emprego e arma
de fogo, sendo desferido um tiro na perna da
vitima, e fugindo em seguida do local com a moto
da vitima.
Interrogado em juízo, sob o crivo do
contraditório e da ampla defesa, o acusado negou
de forma categórica a prática do delito.
Afirmou que foi abordado por policiais
quando transitava em via pública e, por figurar
como procurado da justiça, foi conduzido ao
Distrito Policial, onde tomou ciência da presente

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acusação. Esclareceu que não teve qualquer

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participação no delito descrito na denúncia.

A versão de negativa do delito,


merece credibilidade, pois não infirmada pelos
demais elementos de prova colhidos nos autos.
Uma vez que os agentes não foram
detidos em flagrante delito e a identificação
inicial teria sido realizada apenas através de
fotografia, mais precisamente pela exibição do
álbum de fotos existente no Distrito Policial,
meio de prova que se revela precário e ineficaz
para esse estabelecer a autoria do delito.
Ocorre excelências que 02 dias
depois dos fatos, policiais militares em
patrulhamento pela área da favela, situado no
bairro Jaguaré, avistaram uma motocicleta de
grande porte no interior de uma garagem sem portão
localizado na favela e resolveram perguntar ao
morador dos fundos daquela garagem sobre a
procedência daquela moto.
O senhor Gilson da Conceição,
disse que morava ali, a casa dele ficava atrás e
era alugada e não sabia de quem era a moto pois, a
garagem não fazia parte do seu imóvel que era
alugado e também não sabia informar de quem
poderia ser aquela moto.
Diante da situação, encaminharam
Gilson ao Distrito Policial, para que fosse
efetuado o reconhecimento por partes da
testemunha, sendo o mesmo reconhecido como um dos
roubadores sem sombra de duvida pela Sra. Helena,
irmã da vitima inclusive que abriu o portão para
Caio.

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Desta forma não há prova

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suficiente que o acusado teria concorrido para a
praticada infração penal, sendo que a prisão se
deu posteriormente por uma suposta denúncia
anônima conforme relatório policial (folha 241),
no mesmo relatório policial a testemunha Helena
reconhece a pessoa de nome Gilson como sendo
participante do ato ilícito e posteriormente diz
que tinha se enganado, em folhas(239 e 240), a
vítima Caio e sua irmã Helena, reconhece Albert,
como sendo um dos participantes do crime,
reconhecimento esse feito pela fotografia retirada
do facebook, já em sede de reconhecimento pessoal
em delegacia afirmaram não ter certeza da autoria
de Albert.
Ora Excelências, primeiro se
reconhece Gilson, causando constrangimento
irreparável como um dos participantes do crime em
questão, depois se diz que num momento de calma a
testemunha Helena se enganou, posteriormente em
novo reconhecimento agora com a vítima Caio e
novamente Helena sua irmã, reconhece Albert
através de fotografia tirada do facebook, e
novamente tanto a vítima quanto sua irmã diz não
ter certeza, restando claramente a dúvida de quem
de fato praticou tal conduta maldosa, diante de
dúvidas que poderá causar uma grande injustiça a
denúncia deve ser rejeitada.
O acusado não foi preso em flagrante
delito, é primário tem residência fixa e ocupação
lícita, a prisão preventiva pode ser decretada
quando há prova da existência do crime, indício
suficiente de autoria e, ainda, elementos
variáveis como a garantia da ordem pública ou
econômica e da aplicação da lei penal ou
conveniência da instrução criminal.
Dessa forma interpelaram o
proprietário da residência, na pessoa de Gilson da

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Conceição Bela, tendo, o mesmo inicialmente sido


reconhecido pela vítima “Helena”, fl. 20 como

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sendo um dos autores do crime. Posteriormente fls.
128/129, a vítima retratou-se em solo policial
alegando que por equivoco, e ao calor dos fatos,
teria realizado erroneamente o reconhecimento
pessoal do investigado.
Dessa forma denúncias anônimas
marcaram a condução do acusado Nicolas,
reconhecimento fls. 48/131, pessoal/fotográfico e
do acusado Wesley, 130, fotográfico, atribuindo ao
mesmo à autoria delitiva dos fatos.
Dessa forma verifica-se que o
decreto preventivo com escopo somente no
reconhecimento fotográfico, alheio a outras provas
dos autos, não deve prosperar e nesse sentido
destacamos
a) não foram encontradas armas na residência do
acusado;

b) a primariedade do acusado, bem como do corréu.


c) as condições do reconhecimento pessoal e por
fim
d) das falhas ocorridas durante a investigação
policial em especial as do acusado Gilson da
Conceição Bela, não deve prosperar devendo ser
revogado, para que surta os devidos fins de
direito e nesse sentido colacionamos a
jurisprudência de nossos tribunais, senão vejamos
Segundo consta dos autos, informações
anônimas conduziram os investigadores de policia
as pessoas de Nicolas e do acusado Wesley, sendo
certo que, quanto ao primeiro, teria ocorrido o
reconhecimento pessoal, com resultado de 100% de
reconhecimento como sendo aquele que teria
realizado o roubo contra a vitima Caio Vinicius,

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GILBERTOALVES@AASP.ORG.BR
ADVOGADO
OAB/SP 383.285
GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA

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suposta participação do acusado na trama delitiva.
acusado, somente o reconhecimento pessoal fora
irmã Helena; por outro lado quando a pessoa do
reconhecimento pessoal realizado pela vítima e sua

realizado de forma positiva, marcando assim a


fls. 544

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DO DIREITO:

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Verifica-se dos autos que embora a
rés tenha sido encontrada no local dos fatos, os
moradores da residência desconhecem a chegada
desta ao local dos fatos, bem como quem a teria
deixado no local. Sendo certa a informação
prestada pelo investigado Gilson Bela, (inquilino
no local), que desconhecia a origem da moto ali
encontrada.
Por ouro lado, conforme apuração
dos autos, a policia teria chegado ao acusado
NICHOLAS bem como ao corréu por meio de
denunciação anônima, sendo certo que, razão não
assiste a tal assertiva, considerando-se o fato
que os acusados são primários e de bons
antecedentes, não havendo ações reiteradas ao fato
em tela, bem como reincidência ao crime em
comento.
O reconhecimento realizado por foto
conforme ensina a doutrina Pátria, deve ser
considerado como precário, considerando-se que
outras provas necessárias à investigação policial
não foram provocadas ou praticadas pela polícia,
considerando-se que a representação pela
preventiva fundou-se em indícios precários de modo
a definir a autoria delitiva do crime.
A narrativa policial, os elementos do
inquérito, não merecem credibilidade desta juíza,
pois sequer os policiais civis informaram de como
chegaram nos nomes dos acusados, ademais, inexiste
prova que os coloque na prática do crime. O
ministério Público possui tão somente um
reconhecimento pessoal, de uma pessoa que já errou
e colocou um inocente na cadeia, ora , a estrutura
probatória inquisitiva e judicial se mostra frágil
devendo de rigor o acusado ser absolvido nos

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termos do artigo 386, VII do Código de Processo

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Penal.

-EM MATÉRIA PENAL, A CULPA NÃO SE PRESUME, ANTES


DEVENDO SER CUMPRIDAMENTE PROVADA. (TACRIM-SP –AC
–Rel. Francis Davis –JUTACRIM 40/310).
E, não é só, vejamos:
-O Direito Penal não opera com conjecturas ou
probabilidades. Sem certeza total e plena da
autoria e da culpabilidade, não pode o Juiz
criminal proferir condenação. (Ap. 162.055,
TACRim, Rel Goulart Sobrinho).
No caso vertente, a prova judicial
não expressou juízo de certeza quanto ao acusado,
inviabilizando a imposição de um decreto
condenatório, não restando outra alternativa se
não ser a aplicação do princípio do “in dúbio pro
reo”, nos termos do artigo 386, inciso VII, do
Código de Processo Penal. Conforme pode-se
observar da Denúncia, a mesma foi única e
totalmente embasada pelo reconhecimento pessoal,
sem qualquer prova robusta sobre a autoria do
fato, uma vez que neste mesmo processo houve um
reconhecimento errôneo, na qual ensejou que um
inocente fosse preso. Ocorre que no atual Estado
Democrático de Direito, em especial em nosso
sistema processual penal acusatório, cabe ao
Ministério Público comprovar a real existência do
delito, não baseando sua acusação apenas em
depoimentos da vítima.
A condenação exige certeza
absoluta, fundada em dados objetivos
indiscutíveis, o que não ocorre no caso em tela.
Razão pela qual, mesmo com o
recebimento da denúncia, no que data máxima vênia,

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discordamos, não há que imputar ao acusado a

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conduta denunciada, levando em consideração e
devido respeito ao princípio constitucional do in
dubio pro reu.
Trata-se da devida materialização do
princípio constitucional da presunção de
inocência.
- art. 5º, inc. LVII da Constituição Federal,
pela qual cabe ao Estado acusador apresentar prova
cabal a sustentar sua denúncia, impondo-se ao
magistrado fazer valer brocado outro, a saber:
allegare sine probare et non allegare paria sunt -
alegar e não provar é o mesmo que não alegar.
Não sendo o conjunto probatório
suficiente para afastar toda e qualquer dúvida
quanto à responsabilidade criminal do acusado,
imperativa a sentença absolutória.
A prova da autoria deve ser
objetiva e livre de dúvida, pois só a certeza
autoriza a condenação no juízo criminal. Não
havendo provas suficientes, a absolvição do réu
deve prevalecer.
Interrogado em juízo, sob o crivo
do contraditório e da ampla defesa, o acusado
negou de forma categórica a prática do delito.
Afirmou que foi abordado por
policiais quando transitava em via pública e, por
figurar como procurado da justiça, foi conduzido
ao Distrito Policial, onde tomou ciência da
presente acusação.
Esclareceu que não teve qualquer
participação no delito descrito na denúncia.

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A versão de negativa do delito,

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merece credibilidade, pois não infirmada pelos
demais elementos de prova colhidos nos autos.
Uma vez que os agentes não foram
detidos em flagrante delito e a identificação
inicial teria sido realizada apenas através de
fotografia, mais precisamente pela exibição do
álbum de fotos existente no Distrito Policial,
meio de prova que se revela precário e ineficaz
para esse estabelecer a autoria do delito.
De qualquer forma, o depoimento da
vítima deve ser avaliado com extrema cautela, pois
proveniente de pessoa diretamente envolvida na
prática do crime e que normalmente busca um
culpado pelo dano sofrido.
Some-se a isso o abalo emocional por
ela experimentado ao presenciar a prática
delituosa, sendo evidente que sua percepção dos
fatos resta prejudicada, podendo, portanto, haver
distorções naturais em seu relato.
Nesse sentido:
“(...) é de se ponderar, entretanto, que aquele
que foi objeto material do crime, levado pela
paixão, pelo ódio, pelo ressentimento e até pela
emoção, procura narrar os atos como lhe pareçam
convenientes; às vezes, a emoção causada pela cena
delituosa é tão intensa, que o ofendido, julgando
estar narrando com fidelidade, omite ou acrescenta
circunstâncias, desvirtuando os fatos (...).
Desse modo, a sua palavra deve ser aceita com
reservas, devendo o juiz confrontá-las com os
demais elementos de convicção, por se tratar de
parte interessada no desfecho do processo.”
(Tourinho Filho).

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Forçoso concluir, portanto, pela

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manifesta fragilidade das provas colhidas no
presente feito, sendo inadmissível a manutenção da
condenação.
Vale lembrar que a favor do réu
milita a presunção de inocência, que somente pode
ser infirmada mediante prova plena e indubitável
de sua responsabilidade.
Consequentemente, a dúvida deve sempre favorecê-
lo.
Considerando-se a informação dos
autos, tem-se que, se iniciou com DENUNCIA ANONIMA
de modo a imputar a autoria delitiva ao acusado
NICHOLAS, e o mesmo nega veemente ter participado
deste delito.
Nesse diapasão, o acusado foi citado e
apresentou resposta à acusação em fls. Na
instrução criminal foram ouvidas as vitimas,
testemunhas e o réu interrogado, restando
demonstrado que o ora condenado não cometeu o
crime a ele imputado na exordial, porem a
tentativa de latrocínio à qual o apelante responde
não restou sequer comprovada, pois o apelante não
foi reconhecido pelas testemunhas, tanto que se
fosse provado que foi o apelante o provedor do
delito, porque mantiveram o Sr. Gilson mais de 10
dias na prisão, como sendo um dos roubadores.
Em alegações finais o DD.
Representante do Ministério Publico postulou pela
procedência da ação nos termos da denuncia, e a
defesa a absolvição pelo frágil conjunto
probatório.
A r. sentença foi prolatada pela
condenação do apelante em 12 (doze) anos, 2(dois)
meses e 10 (dez), dias multa, e o cumprimento de
pena inicial em regime fechado.

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EMENTA: Apelação-crime. Roubo majorado. Palavra da

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vítima: embora tenha especial valor em delitos de
espécie, deve estar minimamente sustentada na
prova. Absolvição: como condenação não compactua
com prova débil/atônica, o resultado absolutório
era (e é) o único eticamente admissível.
Negaram provimento ao recurso acusatório
(unânime). (Apelação Crime Nº 70035055706, Quinta
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Amilton Bueno de Carvalho, Julgado em
14/04/2010).
Doutos Desembargadores, não merece
prosperar a pretensão da sentença condenatória do
juízo a quo.
Não há, deste modo, a certeza
necessária para se afastar a presunção de
inocência do apelante.
Logo, a absolvição, pelo Princípio do
"indubio pro reo", é medida que se impõe com
fulcro no art. 386, VII, do Código de Processo
Penal.
Percorrendo ATENTAMENTE os autos é
clara a ausência de provas que afirmem tais
acusações contra o apelante NICHOLAS.
O apelante é religioso, trabalhador
com família, regulamente constituída. Ostenta bons
antecedentes, é primário, exerce ocupação licita é
certo o seu domicílio.
As condições pessoais do apelante por
si só não elidem a necessidade de manutenção do
ergástulo preventivo.
Durante a instrução do criminal,
Douto Magistrado, deixou de observar que a
acusação é de todo improcedente, porque não
caracterizou a culpabilidade do apelante, tendo

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como fulcro declarações impertinentes,

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desvinculadas da realidade dos autos e sem provas
substanciais da autoria do delito.

Em verdade, a prova judicializada,


é completamente estéril e infecunda, no sentido de
roborar a denúncia, haja vista, que o Senhor da
ação penal, não conseguiu arregimentar uma única
voz, isenta e confiável, que depusesse contra o
apelante, no intuito de incriminá-lo, dos delitos
que lhe são tributados.
Registre-se, que somente a prova judicializada, ou
seja àquela parida sob o crivo do contraditório é
factível de crédito para confortar um juízo de
reprovação.
Na medida em que a mesma revela-se
frágil e impotente para secundar a denúncia,
assoma impreterível a absolvição do apelante,
visto que a incriminação de clave ministerial,
remanesceu defendida em prova falsa, sendo
inoperante para sedimentar uma condenação, não
obstante tenha esta vingado, contrariando todas as
expectativas!
Destarte, todos os caminhos conduzem, a
absolvição do apelante, frente ao conjunto
probatório domiciliado à demanda, em si sofrível e
altamente defectível, para operar e autorizar um
juízo condenatório contra o apelante.
Consequentemente, a sentença
estigmatizada, por se encontrar lastreada em
premissas inverossímeis, estéreis e claudicantes,
clama e implora por sua reforma, missão, esta,
reservada aos Preclaros Desembargadores, que
compõem essa Augusta Câmara Secular de Justiça.

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Conforme se observa da decisão

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recorrida, o Julgador limitou-se a analisar as
provas de forma isolada e não todo o conjunto
probatório em que resultam em muitas dúvidas.
Deste modo, observa-se que a versão
apresentada pelo apelante não restou isolada e
divergente das provas e testemunhas de acusação.
Assim, havendo dúvida com relação à
destinação, a classificação deve ser feita pela
espécie mais benéfica ao apelante.
Dessa forma, a absolvição do apelante é
a medida que se impõe para o caso em testilha, nos
moldes do que preceitua o artigo 386, VII do
Código de Processo Penal.
Se digne o desdobramento deste Egrégio
Tribunal para que na evidente dúvida absolva de
imediato o apelante, para que seja cassada a
sentença judiciosamente buscada desconstituir,
face a manifesta e notória deficiência probatória
que jaz reunida à demanda, impotente em si e por
si, para gerar qualquer veredicto condenatório,
absolvendo-se o réu (apelante), forte no artigo
386, inciso VI, do Código de Processo Penal.
DA ABSOLVIÇÃO: O artigo 157, §
3º, segunda parte, do Código Penal, dispõe:
Se da violência resulta lesão corporal de natureza
grave, a pena é de reclusão, de sete a dezoito,
além da multa, se resulta em morte, a reclusão é
de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Porem tal crime exige o elemento
subjetivo e não apenas seu elemento objetivo, que
no caso é o dolo ou culpa, a vontade do agente em
matar ou o risco de matar, o que no caso em tela
não ocorreu.

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Logo o latrocínio impõe que o agente

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tenho tido o dolo ou culpa, ou seja, a certeza de
que o agente tenha tido a vontade de matar ou
assumido o risco para garantir a empreita.
Porem no caso ora tratado, não se
encontra a mínima comprovação de tal vontade
advinda do apelante, uma vez que nega veemente a
participação de tal delito.
Dessa forma necessário se faz o
aprimoramento das provas, verifica-se que a fase
da investigação restou suprimida, ocorrendo dessa
forma à decretação da condenação do acusado.
Destarte, I. Julgador observa-se que
nessa fase da persecução penal, a autoridade
policial sem outros esforços, representou pela
prisão preventiva do acusado sem o esforço de
outros meios de investigação policial, portanto,
soa totalmente prematuro o decreto condenatório em
desfavor do acusado.
Verifica-se ainda I. Julgador que o
acusado sequer possui antecedentes criminais
conforme documento de fls. 97/100.
Nesse sentido colacionamos a
jurisprudência de nossos tribunais, senão vejamos:

“A produção de provas na fase inquisitorial deve


observar com rigor as formalidades legais
tendentes a emprestar-lhe maior segurança, sob
pena de completa desqualificação de sua capacidade
probatória. (STJ - HC 56.723, Sexta Turma, Rel.
Ministro Paulo Medina, DJ11/12/2006). PENAL E
PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO.
NULIDADE DA SENTENÇA. CONDENAÇÃO FUNDAMENTADA EM
RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO. FASE INQUISITORIAL.
AUSÊNCIA DE CONFIRMAÇÃO JUDICIAL. ORDEM CONCEDIDA.

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- A produção de provas na fase inquisitorial, deve

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observar com rigor as formalidades legais
tendentes a emprestar-lhe maior segurança, sob
pena de completa desqualificação de sua capacidade
probatória. - Ordem CONCEDIDA para anular o
acórdão recorrido e determinar a imediata soltura
do Paciente, salvo se por outro motivo estiver
preso. (STJ - HC 56.723, Sexta Turma, Rel.
Ministro Paulo Medina, DJ 11/12/2006). Grifo
nosso. Em que pese o esforço do Douto
Representante do parquet, a ação penal em face de
Wesley deve ser julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE.

Ao analisar todo o acervo


probatório, vê-se claramente que a presente ação
criminal trilhara a seara da improcedência e isto
se deve ao fato que não se produziu provas
robustas o bastante a exarar um decreto
condenatório.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer que seja


conhecido e provido o presente recurso,
reformando-se a sentença condenatória
integralmente, de modo que o apelante seja
absolvido, nos termos do artigo 386, inciso VII,
do Código de Processo Penal, da imputação
constante na denúncia.
Liminarmente conceda a Liberdade Provisória;

É de ressaltar, caso não acolhendo


nenhumas das teses anteriores, também de forma
subsidiaria, requer aos doutos julgadores, redução

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de 2/3 dois terços da pena, pois o juiz só reduziu

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1/3 e o réu tem direito de redução ao patamar
máximo, pois, não foi preso em flagrante, teve um
reconhecimento duvidoso, foi preso 2 dias depois,
o processo esta cheio de falhas, uma hora a vitima
acusa um depois acusa outro, depois disse que
consegue reconhecer apenas 2 porque o terceiro não
tinha como reconhecer, depois acaba reconhecendo 4
pessoas, sendo que o crime foi cometido por três
pessoas, portanto Excelências e muita mentira por
parte da vitima/testemunhas.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Osasco,07 de julho de 2018.

Assinado digitalmente

GILBERTOALVES@AASP.ORG.BR TEL. 11 – 98294-5650


GILBERTOALVES@AASP.ORG.BR
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

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ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Ato Ordinatório

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 10/07/2018 às 14:14 .
Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 10 de julho de 2018.


Eu, ___, Maria Fernanda Belli, Juiza de Direito.
fls. 559

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br

CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B79880.
Processo n°: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro []

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 10/07/2018 às 14:14 .
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 10/07/2018 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, (SP), 10 de julho de 2018


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 12/07/2018 às 17:40 , sob o número WBFU18701286412
fls. 560

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B8EC5C.
Processo-crime no 0070680-64.2017.8.26.0050 (1640/2017).
Apelantes: WESLEY SANTOS ROCHA e NICHOLAS REIS MEDEIROS
Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Imputação: artigo 157, §3º, “in fine”, c.c. o artigo 14, inciso II, ambos do
Código Penal.
1ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL.
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
_______________________________________________________

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


COLENDA CÂMARA
PRECLARO PROCURADOR DE JUSTIÇA

Inconformados com a R. Sentença de fls. 470/477, que


houve por bem julgar procedente a demanda, condenando-os à pena de 14
(catorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão, com regime inicial fechado, e 13
(treze) dias-multa, como incursos no artigo 157, §3º, parte final, c.c. o artigo
14, inciso II, ambos do Código Penal; recorrem os apelantes para reforma-la,
para que seja decretada a nulidade do feito por vício na produção da prova, eis
que não houve perícia na arma supostamente utilizada para desferir o tiro na
vítima, e para que seja concedido o direito de Nicholas recorrer em liberdade,
bem como, no mérito, a absolvição dos réus por não existir prova acerca da
existência do fato e por inexistir prova suficiente para a condenação e,
subsidiariamente, a redução máxima da pena em razão da tentativa, desta
forma buscando melhor sorte perante a Superior Instância.
Regularmente interpostos, os recursos foram recebidos a
fls. 534 e arrazoados a fls. 521/533 e 535/557.
Abriu-se vista para fins do artigo 600 do CPP.
Eis o sucinto relatório do necessário.
A meu ver, não merecem guarida as razões recursais.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 12/07/2018 às 17:40 , sob o número WBFU18701286412
fls. 561

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Processo-crime no 0070680-64.2017.8.26.0050 (1640/2017).

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B8EC5C.
Se não, vejamos.
O Ilustre Magistrado a quo analisou detidamente a
prova, corretamente julgando procedente a demanda.

1. Das preliminares
Preliminarmente, requer a defesa de Wesley a
nulidade do feito por vício na produção da prova, alegando que não houve o
indispensável exame pericial na arma utilizada para efetuar o disparo contra a
vítima, de modo que não teriam sido observadas as disposições do artigo 158
do Código de Processo Penal.
Contudo, não assiste razão ao recorrente, pois o
referido dispositivo volta-se para a comprovação da materialidade do crime e
incide sobre o objeto do delito, ou seja, sobre a coisa ou pessoa atingida, e não,
necessariamente, no instrumento utilizado na prática criminosa.
Nessa seara, oportuno mencionar que houve a
realização de exame pericial na vítima, que atestou as lesões corporais sofridas
em decorrência do disparo de arma de fogo (fls.213/214), comprovando,
assim, a existência do crime de latrocínio tentado.
Dessa forma, não há qualquer vício na produção da
prova, nem tampouco violação ao artigo 158 do Código de Processo Penal.
Acrescente-se que a perícia na arma de fogo utilizada
pelos recorrentes é irrelevante, porquanto não afasta a configuração do crime.
A violência e lesão provocada no ofendido foram devidamente comprovadas.
O emprego da arma, aliás, é comprovado pela própria
natureza da lesão suportada pelo ofendido, já que causada justamente por
disparo de arma de fogo.

2
.
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fls. 562

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Por sua vez, a concessão do direito de Nicholas
recorrer em liberdade mostra-se absolutamente inviável.
Os requisitos da prisão cautelar ainda estão presentes
e justificam a manutenção da custódia. Ressalte-se que o apelante respondeu
ao processo preso, inexistindo fato novo favorável a ele. Ademais,
considerando, agora, a existência de um decreto condenatório por crime
hediondo, cujas circunstâncias especialmente graves que cercaram a ação,
bem como a quantidade de pena imposta, revela a necessidade de garantia da
ordem pública e o perigo ao futuro cumprimento da condenação caso seja
posto em liberdade.
Nesse diapasão, inclusive, é o posicionamento
jurisprudencial:
HABEAS CORPUS. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO E TRÁFICO
DEENTORPECENTES. PEDIDO PARA RECORRER EM LIBERDADE. IMPOSSIBILIDADE.
DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. 1. A privação da liberdade, até mesmo
após a prolação de sentença condenatória, deve estar revestida de elementos que
demonstrem, concretamente, a necessidade da medida, em atenção aos princípios da
cautelaridade e da presunção de inocência. 2. Na espécie, a sentença negou
expressamente o direito de recorrerem liberdade, anotando persistirem os requisitos
da prisão cautelar de forma concreta, qual seja a periculosidade da ré que, em
coautoria, valendo-se da condição de policial civil, simulando situação de flagrante,
sequestrou a vítima, exigindo o pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para
seu resgate. 3. Ademais, a ré permaneceu presa durante todo o curso do processo,
circunstância essa que, aliada a outros elementos, mostra-se apta para justificar a
custódia. 4. Ordem denegada. (STJ, HC 236522 SP 2012/0055206-8, Min. Rel.
Relator Alderita Ramos de Oliveira (desembargadora convocada do TJ/PE), j.
21.02.2013)
Portanto, as preliminares arguidas devem ser
rechaçadas.
2. Do mérito

No mérito, quanto às arguições de ausência de provas


para a condenação pelo crime de roubo, presentes os pressupostos de
3
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 12/07/2018 às 17:40 , sob o número WBFU18701286412
fls. 563

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Processo-crime no 0070680-64.2017.8.26.0050 (1640/2017).

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admissibilidade do recurso e tendo sido bem aplicada a pena e seu regime de
cumprimento, reitero os debates orais de fls. 380/386, conforme artigo 2o do
Ato Normativo no 536/2008-PGJ-CGMP, de 7/5/2008.
Apenas em reforço, de se ressaltar que a vítima Caio e
sua irmã Helena reconheceram os réus como autores do crime, reforçando a
imputação do crime aos acusados.
Nesta esteira, é cediço que “em crimes patrimoniais,
cometidos na clandestinidade, a palavra da vítima reveste-se de grande valor
probante quando não dissociada dos demais elementos de convicção e, desde
que não haja indícios de falsa inculpação. No presente caso, em que a vítima
narrou a agressão sofrida pelos agentes, sem indicação de que os acusou
falsamente, e havendo prova material da conduta, mostrou-se correta a
condenação” (TJSP – AC 990.09155692-0/Jacupiranga – 15ª CC - Rel.: Des.
Amado de Faria – j. 18/11/2010).
Não fosse só, os policiais informaram que localizaram
a motocicleta roubada na garagem da residência de Wesley. Demais disso, os
relatórios das investigações efetivadas pela Polícia Civil (fls.42 e 90) relatam o
recebimento de denúncia anônima apontando Nicholas como um dos autores
do crime e noticiam que Wesley empreendeu fuga e abandonou a residência
onde morava, levando seus objetos pessoais, fato confirmado pela genitora,
Eunice, o que revela a participação dele no crime.
Não obstante, os recorrentes apresentaram em juízo
versão frágil e mendaz, isolada do conjunto probatório.
Portanto, a condenação é irretocável.
3. Da tentativa
Com efeito, os apelados percorreram todo o iter criminis
necessário à consumação do crime. Isso porque abordaram a vítima, anunciaram
4
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 12/07/2018 às 17:40 , sob o número WBFU18701286412
fls. 564

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o assalto e subtraíram parte de seus bens. Logo na sequência, como o ofendido
tentou fugir, atiraram contra ele, com animus necandi, e depois de acertá-lo
ainda subtraíram os demais pertences, evadindo-se na sequência. O ofendido
somente não foi a óbito em razão do socorro médico prestado a tempo.
Nesse contexto, os recorridos somente fariam jus à
redução máxima pela tentativa se permanecessem no primeiro estágio da
execução do crime, isto é, se apenas tivessem abordado a vítima e exigido a
entrega de seus pertences.
Contudo, os apelados foram mais adiante. Empregaram
nova ação e, inclusive, acertaram o ofendido com disparo de arma de fogo, de
modo a proporcionar a subtração dos bens, esgotando, assim, todos os meios de
execução de que dispunham.
Portanto, verifica-se que os acusados transcorreram
todas as etapas necessárias para consumar o crime, de forma que a redução da
pena pela tentativa deve mesmo ocorrer em seu menor patamar, de 1/3.
Assim, não há reparos a serem feitos na bem lançada
sentença recorrida.

Posto isto, aguardo haja por bem este Egrégio Tribunal


de Justiça, por intermédio de sua Colenda Câmara, conhecendo do presente
recurso, negar-lhe provimento, para o fim de manter a R. Sentença guerreada,
por seus íntegros e jurídicos termos, assim agindo com a costumeira justiça!

São Paulo, 12 de julho de 2018.


LUÍS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA.
122o Promotor de Justiça Criminal da Capital.

5
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GUILHERME GOMES DOS REIS SAMPAIO GARCIA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 12/07/2018 às 18:01 .
fls. 565

ESTADO DE SÃO PAULO


PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código B8EE7F.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Foro: Foro Central Criminal Barra Funda

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 12/07/2018 17:36


Prazo: 10 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 12 de Julho de 2018


fls. 566

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020, Fone:
2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código BA4FF0.
DECISÃO

Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 16/07/2018 às 17:06 .
Vistos.

Cumpra-se item 3 da decisão de fls. 534, com urgência.


Int.

São Paulo, 16 de julho de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 567

Página 1
PODER JUDICIÁRIO
SÃO PAULO

Comarca de São Paulo


Fórum Central Criminal Barra Funda

Folha de Antecedentes

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código BEE19D.
Emissão:30/07/2018 9:22 RG:71.835.536 Cont. VEC:NÃO CONSTA

Dados da Qualificação
__________________________________________________________________________

Nome: NICHOLAS REIS MEDEIROS


Sexo: Masculino
RG: 71.835.536
Tipo RG: R.G. UNICO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 30/07/2018 às 09:32 .
Data Nascimento: 11/02/1999
Naturalidade: OSASCO -SP
Nome do Pai: JOSE MEDEIROS
Nome da Mãe: MARIA ALICE DOS REIS

Inquérito Nº 279 / 2017


__________________________________________________________________________

Delegacia: 93 D.P. - JAGUARE


Tipo de Inquérito: POLICIAL - PORTARIA (OFICIO)
Data do Fato: 08/07/2017
Data Abertura: 10/07/2017
Incidênc. Penal(is): art.14 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. Iº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 03 CODIGO PENAL
Vítima(s): CAIO VINICIUS BONIFACIO BEZERRA

Processo Criminal Nº 70680 / 2017


__________________________________________________________________________

Autoridade Judiciária: 1A V CRIM S.PAULO


Auto Originais: 279/2017
Tipo do Processo: PROCESSO COMUM
Incidência(s) Penal(is): art.157 § 03 CODIGO PENAL

* * * FIM * * *
F.A. impressa pelo sistema VEC.

Última página
fls. 568

Página 1
PODER JUDICIÁRIO
SÃO PAULO

Comarca de São Paulo


Fórum Central Criminal Barra Funda

Folha de Antecedentes

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código BEE1A0.
Emissão:30/07/2018 9:18 RG:71.834.649 Cont. VEC:NÃO CONSTA

Dados da Qualificação
__________________________________________________________________________

Nome: WESLEY SANTOS ROCHA


Sexo: Masculino
RG: 71.834.649
Tipo RG: R.G. UNICO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 30/07/2018 às 09:32 .
Data Nascimento: 10/06/1995
Naturalidade: S.PAULO -SP
Nome do Pai: ANTONIO ROCHA
Nome da Mãe: EUNICE MONTEIRO SANTOS

Dados SAP
__________________________________________________________________________

Matrícula SAP: 1096428-6


Unidade Prisional: PEN BERNARDINO DE CAMPOS
Situação Processual: PRESO PROVISORIO
Situação Atual: PRESO
Data Entrada: 11/05/2018

Inquérito Nº 279 / 2017


__________________________________________________________________________

Delegacia: 93 D.P. - JAGUARE


Tipo de Inquérito: POLICIAL - PORTARIA (OFICIO)
Data do Fato: 08/07/2017
Data Abertura: 10/07/2017
Incidênc. Penal(is): art.14 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. Iº CODIGO PENAL
art.157 § 02 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 03 CODIGO PENAL
Vítima(s): CAIO VINICIUS BONIFACIO BEZERRA

Processo Criminal Nº 70680 / 2017


__________________________________________________________________________

Continua na página 2
fls. 569

Página 2
PODER JUDICIÁRIO
SÃO PAULO

Comarca de São Paulo


Fórum Central Criminal Barra Funda

Folha de Antecedentes

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Emissão:30/07/2018 9:18 RG:71.834.649 Cont. VEC:NÃO CONSTA
Autoridade Judiciária: 1A V CRIM S.PAULO
Auto Originais: 279/2017
Tipo do Processo: PROCESSO COMUM
Incidência(s) Penal(is): art.14 inc. IIº CODIGO PENAL
art.157 § 03 CODIGO PENAL

Mandado
__________________________________________________________________________

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 30/07/2018 às 09:32 .
Nº dos Autos: 70680 / 2017
Autoridade Judiciária: 1A V CRIM S.PAULO
Data Expedição: 29/08/2017
Data Expiração: 25/08/2037
Data Cumprimento: 09/01/2018
Classificação: PREVENTIVO
Situação: cumprido - Sec. Adm. Pen.

Informações Complementares do Sistema de Identificação Criminal


__________________________________________________________________________
QUALIFICACAO INDIRETA INQUERITO 279/2017
PROC 70680/17 CONSTA 1640/17
MP EXP 29/08/17 PROC 70680/17 PP 279/17 DELITO 10/07/17

* * * FIM * * *
F.A. impressa pelo sistema VEC.

Última página
SIVEC - Sistema das Varas de Execuções Criminais do Estado de São Paulo. Page 1 of 1
fls. 570

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo


Login: VEC0001099
Comarca: São Paulo - 1ª Vara de Execuções de São Paulo
VEC - Vara das Execuções Criminais

Dados da Pessoa Física

Nome: WESLEY SANTOS ROCHA Número RG: 71.834.649-X


Nome da

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código BEE1A3.
EUNICE MONTEIRO SANTOS Nome do Pai: ANTONIO ROCHA
Mãe:
Sexo: Masculino Outros Rgs:
Processo(CNJ) | Incidentes | Roteiro de Pena | Movimentos | Habeas Corpus | M. Segurança | Juntadas | Beneficios | Inf. Comp. | Albergados
Inquéritos | T. C. | Processos Criminais | Proc. Jecrim | Inf. Carcerárias | Mandados | Contramandados | SAP | Capturas Online | F.A.

Dados SAP

Matrícula SAP:
1096428-6
Estabelecimento:
PEN BERNARDINO DE CAMPOS
Situação Atual:
PRESO
Data Entrada:

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARINEZ SIMIONI DUARTE, liberado nos autos em 30/07/2018 às 09:33 .
11/05/2018
Vaga:
Fechado

Movimentação

Seq. Data Ocorrência Procedência Destino Tipo Mov. Motivo

Última 11/05/2018 PEN BERNARDINO DE Inclusão por Cumprimento de


CAMPOS Remoção Pena

2 11/05/2018 PEN BERNARDINO DE Exclusão por Cumprimento de


CAMPOS Remoção Pena

1 10/01/2018 93 D.P. - JAGUARE CDP BELEM I Inclusão Prisão Preventiva

Mostrando de 1 até 3 de 3 registros

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http://intinfo.tj.sp.gov.br/vec/mov_sap_pf.do?rg=71834649 30/07/2018
fls. 571

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
Av. Abraão Ribeiro, 313, Sala 29/30, Barra Funda - CEP 01133-020,
Fone: 2127-9001, São Paulo-SP - E-mail: sp1cr@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código C3ABDB.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 0070680-64.2017.8.26.0050 - C-1640/17


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANKLIN SHIRO KUWAHARA, liberado nos autos em 13/08/2018 às 18:11 .
CERTIDÃO

Certifico e dou fé que em cumprimento ao r. Despacho de fls. 566,


compulsando os autos deles verifiquei que as razões de apelação encontram-
se acostadas aos autos às fls. 535/557 e os autos já encontram-se
contrarrazoados, assim, promovo conclusos para que V. Exª determine o
necessário. Nada Mais. São Paulo, 13 de agosto de 2018. Eu, ___, Franklin
Shiro Kuwahara, Coordenador.
fls. 572

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
1ª VARA CRIMINAL
AV. ABRAÃO RIBEIRO, 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

DESPACHO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código C3AE0A.
Processo Digital nº: 0070680-64.2017.8.26.0050 - C-1640/17
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Roubo
Autor: Justiça Pública
Réu: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maria Fernanda Belli

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIA FERNANDA BELLI, liberado nos autos em 14/08/2018 às 13:08 .
Vistos.

Fls. 571: Encontrando-se os autos devidamente arrazoado e contrarrazoado, feitos


os devidos assentamentos e comunicações de praxe, remeta-os ao E. Tribunal de Justiça para
processamento.

Cump.

São Paulo, 13 de agosto de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 573

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


SJ 2.1.10 - Serviço de Distribuição de Direito Criminal
Praça Nami Jafet, 235 - Ipiranga - Sala 35 - CEP: 04205-050

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 984BCA2.
TERMO DE DISTRIBUIÇÃO COM VISTA AO MP

*+0070680642017826005000000*
Processo nº: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe Assunto: Apelação - Latrocínio
Apelante: Nicholas Reis Medeiros e outro
Apelado: Ministério Público do Estado de São Paulo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ELISEU KAZUYOSHI ONO, liberado nos autos em 04/09/2018 às 13:34 .
Relator(a): Costabile e Solimene
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal

Apelação Entrado em: 14/08/2018


Processo nº 0070680-64.2017.8.26.0050 .

Tipo da Distribuição: Livre

Impedimento: Magistrados impedidos Não informado

Observação: Motivo do Estudo da Prevenção Não informado

O presente processo foi distribuído nesta data, por processamento eletrônico, conforme
descrito abaixo:

RELATOR: Des. Costabile e Solimene


ÓRGÃO JULGADOR: 9ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

São Paulo, 31/08/2018 13:50:34.

VISTA

Faço estes autos com vista à Douta Procuradoria Geral de Justiça.

São Paulo, 4 de setembro de 2018.

Eu, Eliseu Kazuyoshi Ono, Chefe de Seção.

Luis Alberto Estevam


Supervisor(a) do Serviço
fls. 574

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


[Lotação do Usuário]
[Endereço da lotação do usuário]

TERMO DE VISTA À PGJ

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 98873CF.
*+0070680642017826005000000*
Processo nº: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe: Apelação
Assunto: Latrocínio
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal
Relator: Costabile e Solimene
Partes: são apelantes NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TANIA CRISTIANA HILARIO, liberado nos autos em 05/09/2018 às 13:12 .
SANTOS ROCHA, é apelado MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Foro/Vara de origem: Foro Central Criminal Barra Funda - 1ª Vara Criminal
Nº do processo na origem: 0070680-64.2017.8.26.0050

São Paulo, 5 de setembro de 2018.

Exmo(a) Senhor(a),

Fica aberta vista à Douta Procuradoria Geral de Justiça para parecer, ficando
ciente de que a íntegra dos autos do processo eletrônico encontra-se disponível no
endereço http://esaj.tjsp.Jus.br.

Tania Cristiana Hilario


Escrevente Técnico Judiciário
da SJ 2.1.10 - Serviço de Distribuição de Direito Criminal

Exmo(a). Senhor(a) Dr(a). Procurador(a) de Justiça.


fls. 575

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9CD0CE5.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 02/10/2018 às 11:15 .
Processo nº: [Número do Processo]
Classe Assunto: [Classe do Processo] - [Assunto do Processo]
[Tipo Completo da Parte [Nome da Parte Ativa Principal]
Ativa Principal]:
[Tipo Completo da Parte [Nome da Parte Passiva Principal]
Passiva Principal]:

Junta-se a estes autos a petição protocolada que segue.

São Paulo, [Data do Sistema por Extenso].


fls. 576

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9CD0D14.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 02/10/2018 às 11:16 .
Processo nº: [Número do Processo]
Classe Assunto: [Classe do Processo] - [Assunto do Processo]
[Tipo Completo da Parte [Nome da Parte Ativa Principal]
Ativa Principal]:
[Tipo Completo da Parte [Nome da Parte Passiva Principal]
Passiva Principal]:

Junta-se a estes autos a petição protocolada que segue.

São Paulo, [Data do Sistema por Extenso].


Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDSON JOSE RAFAEL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 27/09/2018 às 16:11 , sob o número WPRO18009509574.
fls. 577

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO


PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

Processo nº. 0070680-64.2017.8.26.0050

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9CD0C5E.
Origem: 1ª Vara Criminal da comarca de São Paulo– SP
Apelantes: NICHOLAS REIS MEDEIROS e outro
Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO

Egrégio Tribunal,

Colenda Câmara,

NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY


SANTOS ROCHA, após ação regular em processo penal válido,
foram condenados, por infringirem o artigo 157, parágrafo terceiro,
parte final, combinado com o artigo 14, inciso II, ambos do Código
Penal: o primeiro (NICHOLAS); ao cumprimento da pena de
12(doze) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, em
regime inicial fechado, mais o pagamento de 10 (dez) dias multa; o
segundo (WESLEY) ao cumprimento da pena de 14 (quatorze) anos
e 08 (oito) meses de reclusão, em regime inicial fechado, mais o
pagamento de 13 (treze) dias-multa, conforme a respeitável
sentença a quo de fls. 470/477.

Inconformados, os sentenciados
interpuseram os competentes recursos, sobrevindo razões de
apelações (Wesley – fls. 521/533; Nicholas – fls. 535/557) onde,

1
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fls. 578

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

alegando insuficiência de provas, requerem suas absolvições em

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9CD0C5E.
Segunda Instância. Subsidiariamente, pleiteiam pela aplicação da
causa redutora de pena da tentativa em patamar superior.

Providenciada a resposta (fls. 560/564),


registramos que as preliminares arguidas pelas Doutas Defesas
devem ser rejeitadas, com a devida licença, por falta de amparo
legal e mesmo esterilidade dos pedidos.

A douta Defesa de Wesley pleiteia a nulidade


por vício na produção da prova, em decorrência da inexistência de
exame pericial na arma utilizada no delito, o que violaria o artigo
158 do Código de Processo Penal. Concordamos com o
posicionamento do ilustre promotor de justiça ao rebater tal
preliminar em suas contrarrazões às fls. 561: “Não assiste razão ao
recorrente, pois o referido dispositivo volta-se para a comprovação
da materialidade do crime e incide sobre o objeto do delito, ou seja,
sobre a coisa ou pessoa atingida, e não, necessariamente, no
instrumento utilizado na prática criminosa. Nessa seara, oportuno
mencionar que houve a realização de exame pericial na vítima, que
atestou as lesões corporais sofridas em decorrência do disparo de
arma de fogo (fls. 213/214), comprovando, assim, a existência do
crime de latrocínio tentado”.

Assim, nenhum cerceamento de defesa


existiu durante a instrução criminal efetivada, tendo sido respeitado
todos os direitos (inclusive artigo 5º, LV, da Constituição Federal)

2
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDSON JOSE RAFAEL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 27/09/2018 às 16:11 , sob o número WPRO18009509574.
fls. 579

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atinentes à espécie. Não bastasse, inexistindo qualquer prejuízo

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convenientemente comprovado para o recorrente, até porque,
exerceu todos os direitos de defesa, a rejeição da preliminar
arguida, dentro do princípio “pas de nullité sans grief”, com a devida
licença, é de rigor.

No mais, com relação à preliminar arguida


pela Douta Defesa de Nicholas, tendo em vista que com o advento
da r. sentença não houve qualquer alteração fática que justificasse
a revogação de sua prisão preventiva, os requisitos da prisão
cautelar permanecem presentes.

Com relação ao mérito dos recursos


(ultrapassadas as preambulares), opinamos pelo improvimento,
mantendo-se integralmente a r. decisão combatida, por seus justos
e reais fundamentos.

Insubsistentes as alegações dos


sentenciados, devendo a respeitável decisão condenatória ser
integralmente mantida, uma vez que, as provas constantes dos
autos deixaram demonstrado de maneira inequívoca à veracidade
dos fatos narrados na denúncia, sendo a manutenção da
condenação de primeira instância, medida de rigor.

Comprovou-se que os apelantes, no dia 08


de julho de 2017, por volta das 23h00, na Rua União da Vitória, nº
226, Jaguaré, na cidade e comarca de São Paulo, agindo em

3
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDSON JOSE RAFAEL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 27/09/2018 às 16:11 , sob o número WPRO18009509574.
fls. 580

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concurso de agentes com mais um indivíduo não identificado,

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previamente ajustados e com identidade de desígnios entre si,
subtraíram, para proveito comum, mediante violência e grave
ameaça exercida com emprego de arma de fogo, a motocicleta
Kawasaki/ER 6N, placas FAE-0600/São Paulo-SP, ano/modelo
2010, cor preta, chassi 96PERCC19AFS01182; o aparelho celular
da marca Motorola, modelo Moto G Plus; a carteira contendo os
documentos CNH, cartão SUS e plano de saúde Bradesco, e
cartões bancários Bradesco e Itaú; uma corrente de metal
amarelado; um relógio de pulso da marca Aqualand, além da
quantia de R$ 80,00 (oitenta reais), tudo em detrimento da vítima
Caio Vinícius Bonifácio Bezerra, sendo que a subtração deu-se
mediante grave ameaça de morte consistente no ato de apontar
arma de fogo contra Caio Vinícius Bonifácio Bezerra, bem como
através de violência contra ele dirigida consistente no desferimento
de disparo de projétil de arma de fogo, tiro efetuado com intenção
de matar, o qual lhe causou o ferimento descrito no laudo de exame
de corpo de delito. Tais agressões não levaram a vítima a óbito por
circunstância alheia às vontades dos latrocidas, qual seja pronto e
eficaz socorro médico.

Além da materialidade comprovada pelos


boletins de ocorrência (fls. 05/08, 09/11, 43/45, 105/111, 115/121 e
160/162), autos de exibição e apreensão (fls. 12/14, 46/47, 75 e 79),
auto de entrega (fls. 14 e 126), autos de reconhecimento de pessoa
(fls. 21, 49, 133/135 e 152/155) e laudos periciais (fls. 204/208 e
212/228), a prova oral colhida por ocasião da fase administrativa e

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fls. 581

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na fase judicial comprovaram o cometimento do delito e sua

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respectiva autoria.

Os apelantes, em juízo, negaram a prática


delitiva, alegando que foram falsamente acusados pelos policiais e
que se conhecem apenas de vista. Ainda, negaram conhecer Gilson
da Conceição e não sabem quem deixou a motocicleta da vítima na
casa dele.

A vítima Caio Vinicius Bonifácio Bezerra, nas


duas fases procedimentais, reconheceu os apelantes como os
autores do latrocínio tentado. Em juízo, relatou que quando chegava
à sua casa pilotando a motocicleta, foi abordado pelos apelantes,
que desceram de um veículo conduzido por um terceiro, apontando
armas de fogo, anunciaram o assalto e exigiram a motocicleta. Após
os recorrentes perguntarem de quem era a casa que estava
entrando, correu e tentou entrar na residência, porém foi atingido
por um disparo de arma de fogo, caindo ao solo, momento em que
os apelantes aproveitaram para subtrair objetos pessoais além da
motocicleta. Permaneceu internado por uma semana e passou por
duas cirurgias.

A testemunha Helena Cristina Bezerra, irmã


da vítima, em juízo, reconheceu Nicholas como sendo um dos
autores do roubo. Relatou que tentou abrir o portão para seu irmão
entrar em casa, porém o mecanismo travou. Escutou o barulho de
um tiro, conseguiu ver a vítima caída ao solo, e ver e escutar

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fls. 582

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Nicholas proferindo ofensas. No mais, disse que não conseguiu

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visualizar Wesley durante a prática delitiva.

As testemunhas Nilton Roberto Macário


Mendonça Júnior e André Luís Zacarin dos Santos, policiais
militares, em juízo, relataram que durante diligências na casa de
uma pessoa de nome Gilson da Conceição, localizaram a
motocicleta da vítima, que constava como produto de roubo.

A declarante Eunice Santos de Brito, genitora


de Wesley, em juízo, relatou que Gilson, com quem foi apreendida a
motocicleta subtraída da vítima, era seu locatário.

Diante do conjunto probatório colhido, não


restam dúvidas quanto ao cometimento dos crimes roubo e de
latrocínio tentado por parte dos apelantes. Importante ressaltar que,
a palavra da vítima em crimes de roubo é fundamental. Isso porque
o roubo é praticado na clandestinidade, sendo a vítima, em última
análise, a testemunha presencial do fato. Nos casos de roubo, é a
palavra da vítima a principal e mais segura fonte de formação do
Magistrado, pois manteve contato com o seu autor e não se propõe
senão submetê-lo à Justiça. Além disso, o reconhecimento feito
pela vítima é dotado de credibilidade tanto porque não haveria
qualquer motivo para incriminar alguém falsamente. (Nesse sentido
cf. Tacrimsp, JUTACRIM 90/362, 95/268, 100/266, RJD 13/128,
16/149, 18/126 etc.).

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fls. 583

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Com relação aos testemunhos dos agentes

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públicos, nada parece indicar eventual mentira ou
comprometimento, até porque, foram prestados sob o compromisso
de dizerem a verdade e não tinham qualquer interesse em
pretender acusar pessoas inocentes.

Ainda, a conduta amoldou-se perfeitamente


à parte final do tipo penal incriminador contido no artigo 157, §3º, na
sua forma tentada, haja vista os agentes, agindo com dolo direto,
subtraíram coisas alheias móveis, e imbuídos, ao menos, de dolo
eventual, efetuaram disparo de arma de fogo que atingiu a vítima. O
dolo não era meramente de lesionar terceiros, até porque, se assim
fosse, os agentes sequer estariam fazendo uso de arma com efeito
letal.

Assim, as provas coligidas, revelaram-se


mais do que suficientes para embasar o decreto condenatório,
tendo havido reconhecimento dos apelantes pela vítima,
corroborados pelo depoimento das testemunhas, restando
caracterizada a violência e grave ameaça necessária para a
configuração do crime de latrocínio tentado, exercida com emprego
de armas de fogo e concurso de vários agentes, estando
demonstrado que os agentes agiram com animus necandi no intuito
de garantir a impunidade do crime, o que foi corroborado pelo laudo
pericial, constante às fls. 213/214.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDSON JOSE RAFAEL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 27/09/2018 às 16:11 , sob o número WPRO18009509574.
fls. 584

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

Acertada também a dosimetria da pena,

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aplicada proporcionalmente as circunstâncias do caso concreto e
observado o princípio da individualização da pena. O magistrado a
quo, cuidou de observar os requisitos do artigo 59 do Código Penal,
aplicando a pena base acima do mínimo legal em razão das
circunstâncias judiciais desfavoráveis para os apelantes,
considerando além da gravidade dos atos praticados, a
perversidade da conduta e a personalidade nociva e transgressora
dos apelantes.

Corretamente, também aplicada à diminuição


da pena em razão da tentativa no patamar de 1/3, por ter percorrido
o iter criminis em parte, próximo da consumação. Nada, pois a
alterar na exaustiva fundamentação da decisão de primeiro grau.

Por fim, o regime inicial adotado está dentro


dos parâmetros da melhor justiça, mesmo porque, o crime de
latrocínio, sempre esteve a merecer tratamento especial para
proteção de toda sociedade. Aqui, o regime mais grave não está
errado nem constitui arbitrariedade, mas sim uma resposta social
mais efetiva em relação à criminalidade violenta. Nesse sentido:

“APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO QUALIFICADO.


PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO REGIME INTERMEDIÁRIO PARA INÍCIO
DE CUMPRIMENTO DE PENA. INADMISSIBILIDADE. Trata-se de crime grave
e violento, que traz insegurança à população ordeira, especialmente se
cometido de forma audaciosa, em concurso de agentes, com emprego de arma

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fls. 585

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO


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de fogo e mediante restrição à liberdade das vítimas. O regime prisional inicial

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fechado é o único adequado para a prevenção e reprovação de crimes desta
natureza, face ao princípio da suficiência. Recurso improvido”. (TJ-SP - APL:
3593855420108260000 SP 0359385-54.2010.8.26.0000, Relator: José Damião
Pinheiro Machado Cogan, Data de Julgamento: 06/10/2011, 5ª Câmara de
Direito Criminal, Data de Publicação: 08/10/2011).

Correto, portanto, o édito condenatório


lavrado contra os recorrentes que, com a devida licença, deve ser
mantido em todos os seus termos, negando-se qualquer provimento
aos apelos interpostos.

Sub censura.

São Paulo, 17 de setembro de 2018.

Edson José Rafael


Procurador de Justiça

André Luiz Silveira Menezes


Analista Jurídico

9
fls. 586

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


SJ 2.2.5 - Serv. de Proces. do Acervo de Dir. Criminal
Praça Nami Jafet, 235 - Ipiranga - Sala 04 - CEP: 04205-050

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9D74CFE.
TERMO DE CONCLUSÃO

Processo nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe: Apelação
Assunto: Latrocínio
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal
Partes: são apelantes NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MATEUS AUGUSTO DE SOUZA, liberado nos autos em 04/10/2018 às 17:16 .
SANTOS ROCHA, é apelado MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Foro/Vara de origem: Foro Central Criminal Barra Funda - 1ª Vara Criminal
Nº do processo na origem: 0070680-64.2017.8.26.0050

CONCLUSÃO

Faço estes autos conclusos a(o) Exmo(a). Senhor(a)


Desembargador(a) Costabile e Solimene.
São Paulo, 4 de outubro de 2018.

__________________________________________________
Eu, Mateus Augusto de Souza, Matr. M367053, Escrevente
Técnico Judiciário, subscrevi.
fls. 587

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

Apel. nº. 0070680-64.2017.8.26.0050


Apelantes: Nicholas Reis Medeiros e Wesley Santos Rocha

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9E1EFD8.
Apelado: Ministério Público do Est. de S. Paulo
Comarca: São Paulo 1ª Vara Criminal
Voto n. 41.052

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/10/2018 às 14:06 .
Relatório do Voto

Apelações Criminais interpostas individualmente por réus


condenados na origem pela prática do crime de Latrocínio
tentado, Nicholas a cumprir a pena de 12 anos, 2 meses e 20
dias de reclusão a partir do regime fechado, além do
pagamento de 10 dias-multa, no valor unitário mínimo; e
Wesley a 14 anos e 8 meses de reclusão também a ser
descontado em regime fechado, bem como multa de 13 diárias,
no piso legal (fls. 470/477).

As razões recursais de Wesley (fls. 521/533) estão


fundadas nos seguintes pontos: (i) preliminar de nulidade nos
termos do art. 564, III, b, do Cód. Penal, por vício na produção
da prova, dada a ausência de exame de corpo de delito,
tratando-se de crime que deixa vestígio e duvidosos os relatos
da vítima; e (ii) ausência de dolo (art. 386, II, CPP); (iii)
absolvição por falta de provas para a condenação (art. 386, VII,
CPP).

Por seu turno, Nicholas, nas razões de seu inconformismo

Apelação nº 0070680-64.2017.8.26.0050 - São Paulo - 1/2


fls. 588

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

(fls. 535/557), pugnou: (i) preliminar de recurso em liberdade;

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9E1EFD8.
(ii) dúvida quanto aos reconhecimentos efetuados pela vítima;
(iii) falta de prova para sustentar o decreto condenatório; e,
subsidiariamente, (iv) redução máxima pela tentativa.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/10/2018 às 14:06 .
Respondidos os recursos (fls. 560/564), pelo
desprovimento dos apelos é o elevado parecer da d.
Procuradoria Geral da Justiça (fls. 577/585).

É o relatório.

Ao Exmo. Des. Revisor.

Voto nº 41.052

São Paulo, 8 de outubro de 2018.

COSTABILE E SOLIMENE
RELATOR

Apelação nº 0070680-64.2017.8.26.0050 - São Paulo - 2/2


Vistos .

À Mesa.
Voto nº 17419
REVISOR(A): AMARO THOMÉ

Revisor
Despacho

AMARO THOMÉ
PODER JUDICIÁRIO

São Paulo, 11 de outubro de 2018.


RELATOR (A): COSTABILE E SOLIMENE
Apelação Processo nº 0070680-64.2017.8.26.0050
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Órgão Julgador: 9ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL


fls. 589

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por AMARO JOSE THOME FILHO, liberado nos autos em 11/10/2018 às 15:29 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código 9E9DC74.
fls. 590
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Emitido: 25/10/2018 17:36
Processamento de Turmas
Relatório Tira de Julgamento

9ª Câmara de Direito Criminal


Nº do processo Número de ordem
0070680-64.2017.8.26.0050 45
Pauta

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A0E18C2.
Publicado em Julgado em Retificado em
Data do Julgamento por
Extenso Não informado
Julgamento presidido pelo Exmo(a) Sr(a) Juiz (a)
Sérgio Coelho

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEX RANGEL FERREIRA DE CARVALHO, liberado nos autos em 25/10/2018 às 17:37 .
Apelação
Comarca
São Paulo

Turma Julgadora
Relator(a): Roberto Caruso Costabile e Solimene Voto: 41052
2º juiz(a): Amaro José Thomé Filho
3º juiz(a): Silmar Fernandes

Juiz de 1ª Instância
Juízes que participaram do processo no 1º grau Não informado

Partes e advogados
Apelante : Nicholas Reis Medeiros
Advogado : Gilberto Alves de Oliveira (OAB: 383285/SP) (Fls: 502)
Apelante : Wesley Santos Rocha
Advogada : Ivone Cassia Guimarães (OAB: 250641/SP) (Fls: 286)
Apelado : Ministério Público do Estado de São Paulo

Súmula
RETIRADO PARA VISTA AO E. DESEMBARGADOR COSTABILE E
SOLIMENE.

Sustentou oralmente o advogado: Procurador Judicial do recorrente/recorrido


Dr. Gilberto Alves de Oliveira pediu preferência e sustentou oralmente suas
alegações.
Usou a palavra o Procurador: Dr. Renato Eugênio de Freitas Peres
Impedido(s): Magistrados impedidos Não informado

Jurisprudência
Acórdão Parecer Sentença

SAJ/SG5
fls. 591

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


SJ 5.5.1 - Serv. de Proces. da 9ª Câmara de Dir. Criminal
Rua da Glória, 459 - 6º Andar - CEP: 01510-001

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A0E1B57.
TERMO DE CONCLUSÃO

Processo nº: 0070680-64.2017.8.26.0050

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEX RANGEL FERREIRA DE CARVALHO, liberado nos autos em 25/10/2018 às 17:38 .
Classe: Apelação
Assunto: Latrocínio
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal
Partes: são apelantes NICHOLAS REIS MEDEIROS e WESLEY
SANTOS ROCHA, é apelado MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Foro/Vara de origem: Foro Central Criminal Barra Funda - 1ª Vara Criminal
Nº do processo na origem: 0070680-64.2017.8.26.0050

CONCLUSÃO

Faço estes autos conclusos a(o) Exmo(a). Senhor(a)


Desembargador(a) Costabile e Solimene.
São Paulo, 25 de outubro de 2018.

__________________________________________________
Eu, Alex Rangel Ferreira De Carvalho, Matr. M130579,
Chefe de Seção Judiciário, subscrevi.
À Mesa.
Relator: Costabile e Solimene

Voto nº 41.052

relator
Despacho

Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal


Apelação Processo nº 0070680-64.2017.8.26.0050

São Paulo, 26 de outubro de 2018.

COSTABILE E SOLIMENE
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
fls. 592

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 26/10/2018 às 13:30 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A1008CD.
fls. 593
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Emitido: 09/11/2018 11:23
Processamento de Turmas
Relatório Tira de Julgamento

9ª Câmara de Direito Criminal


Nº do processo Número de ordem
0070680-64.2017.8.26.0050 2
Pauta

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A316D78.
Publicado em Julgado em Retificado em
8 de novembro de 2018
Julgamento presidido pelo Exmo(a) Sr(a) Juiz (a)
Sérgio Coelho

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEX RANGEL FERREIRA DE CARVALHO, liberado nos autos em 09/11/2018 às 11:24 .
Apelação
Comarca
São Paulo

Turma Julgadora
Relator(a): Roberto Caruso Costabile e Solimene Voto: 41052
2º juiz(a): Amaro José Thomé Filho
3º juiz(a): Silmar Fernandes

Juiz de 1ª Instância
Juízes que participaram do processo no 1º grau Não informado

Partes e advogados
Apelante : Nicholas Reis Medeiros
Advogado : Gilberto Alves de Oliveira (OAB: 383285/SP) (Fls: 502)
Apelante : Wesley Santos Rocha
Advogada : Ivone Cassia Guimarães (OAB: 250641/SP) (Fls: 286)
Apelado : Ministério Público do Estado de São Paulo

Súmula
Negaram provimento ao recurso, com determinação. V.U.

Sustentou oralmente o advogado: Não houve solicitação de preferência ou


sustentação oral.
Usou a palavra o Procurador:
Impedido(s): Magistrados impedidos Não informado

Jurisprudência
Acórdão Parecer Sentença

SAJ/SG5
fls. 594
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
9ª Câmara de Direito Criminal

Nº de ordem do processo na sessão de julgamento Não informado


Registro: 2018.0000887375

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A322A92.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº


0070680-64.2017.8.26.0050, da Comarca de São Paulo, em que são apelantes NICHOLAS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/11/2018 às 13:31 .
REIS MEDEIROS e WESLEY SANTOS ROCHA, é apelado MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em 9ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São


Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso, com determinação.
V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores SÉRGIO


COELHO (Presidente sem voto), AMARO THOMÉ E SILMAR FERNANDES.

São Paulo, 8 de novembro de 2018.

Costabile e Solimene
RELATOR
Assinatura Eletrônica
fls. 595
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
9ª Câmara de Direito Criminal

Apel. nº. 0070680-64.2017.8.26.0050


Apelantes: Nicholas Reis Medeiros e Wesley Santos Rocha

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A322A92.
Apelado: Ministério Público do Est. de S. Paulo
Comarca: São Paulo 1ª Vara Criminal
Voto n. 41.052

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/11/2018 às 13:31 .
EMENTA:

Recurso em Liberdade. Matéria prejudicada. Preliminar afastada.

Nulidade por ausência de laudo pericial. A nulidade prevista no art. 564, III, b do
CP diz respeito aos exames comprobatórios do ao cerne da materialidade. No
caso do latrocínio, foi realizado o exame de lesão corporal na vítima e laudo da
res furtiva. A falta de perícia na arma de fogo, até porque não apreendida, assim
como de outras perícias, não gera nulidade. Preliminar afastada.

Latrocínio tentado. Materialidade e autoria comprovadas pelos laudos periciais e


pela prova oral, sobretudo palavra da vítima e testemunha presencial, cuja
validade é inconteste, secundada pelos também válidos depoimentos policiais.
Dúvida no reconhecimento pessoal de terceiro agente (que sequer foi
denunciado) não contamina o reconhecimento pessoal dos réus pela vítima e
pela testemunha presencial, com absoluta segurança e certeza. Ademais, o
reconhecimento foi ratificado pelo encontro da res furtiva na garagem utilizada
por um dos reconhecidos. Dolo. Confirmado pela prova oral. Réus que
ameaçaram vítima de morte e dispararam em sua direção, ferindo-a e fraturando
seu fêmur. Demonstração da vontade direcionada ao resultado morte.

Pena. Tentativa. Iter criminis quase totalmente percorrido. Manutenção da


redução mínima. Desprovimento do recurso defensivo.

RELATÓRIO

Apelações Criminais interpostas individualmente por réus


condenados na origem pela prática do crime de Latrocínio tentado,
Nicholas a cumprir a pena de 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão
fls. 596
PODER JUDICIÁRIO
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9ª Câmara de Direito Criminal

a partir do regime fechado, além do pagamento de 10 dias-multa, no

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valor unitário mínimo; e Wesley a 14 anos e 8 meses de reclusão
também a ser descontado em regime fechado, bem como multa de 13
diárias, no piso legal (fls. 470/477).

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/11/2018 às 13:31 .
As razões recursais de Wesley (fls. 521/533) estão fundadas
nos seguintes pontos: (i) preliminar de nulidade nos termos do art.
564, III, b, do Cód. Penal, por vício na produção da prova, dada a
ausência de exame de corpo de delito, tratando-se de crime que
deixa vestígio e duvidosos os relatos da vítima; e (ii) ausência de
dolo (art. 386, II, CPP); (iii) absolvição por falta de provas para a
condenação (art. 386, VII, CPP).

Por seu turno, Nicholas, nas razões de seu inconformismo (fls.


535/557), pugnou: (i) preliminar de recurso em liberdade; (ii) dúvida
quanto aos reconhecimentos efetuados pela vítima; (iii) falta de
prova para sustentar o decreto condenatório; e, subsidiariamente, (iv)
redução máxima pela tentativa.

Respondidos os recursos (fls. 560/564), pelo desprovimento


dos apelos é o elevado parecer da d. Procuradoria Geral da Justiça
(fls. 577/585).

Em sustentação oral quando do julgamento do presente feito, o


fls. 597
PODER JUDICIÁRIO
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9ª Câmara de Direito Criminal

Dr. Gilberto Alves de Oliveira defensor do apelante Nicholas, voltou

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a bater-se na afirmação de que houve insegurança no
reconhecimento de seu cliente, anotando que não houve flagrante e
que a motocicleta não foi apreendida com os réus; e que a vítima

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/11/2018 às 13:31 .
disse que eram dois os roubadores, mas foram reconhecidas quatro
pessoas. Inicialmente apontou como roubadores (1) Gilson e (2)
Wesley; à fl. 80 reconheceu apenas o corréu (2) Wesley; a fls.
152/153 a vítima reconheceu (3) Albert Gonçalves Silva como
roubador; e por fim reconheceu (4) Nicholas Medeiros; e em outra
ocasião disse que não havia nenhum Gilson. Por fim, bateu-se
quanto à negativa do animus necandi, pedindo a desclassificação
para a primeira parte do art. 157, § 3º do Cód. Penal.

É o resumo do necessário.

Voto n. 41.052

Nego provimento aos recursos e justifico.

-1-

A preliminar de recorrer em liberdade não se sustenta.

O pleito formulado pelo acusado Nicholas para recorrer em


fls. 598
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9ª Câmara de Direito Criminal

liberdade restou prejudicado, eis que a esta altura, está confirmado o

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resultado de primeiro grau.

Sem prejuízo, não se antevê nenhuma arbitrariedade na

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/11/2018 às 13:31 .
manutenção da custódia preventiva para garantia da ordem pública e
para prevenir a aplicação da norma criminal. De acordo com lição de
Guilherme de Souza Nucci, “(...) Havendo motivo justo, deve o réu
ser recolhido ao cárcere, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória (...) Tudo depende do caso concreto” (cf. o seu Código
de Processo Penal Comentado, 10ª ed., RT, 2011, art. 387, nº 58-A,
pág. 737).

A orientação está consolidada como jurisprudência: STF, 2ª T.,


HC 100.595/SP, relª. Min. Ellen Gracie, DJe 045 de 10/03/11;
STF, 1ª T., HC 103.945/SP, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 107 de
06/06/11 e STF, 1ª T., HC 97.883/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe
152 de 14/08/09 in LexSTF, 368/481.

Sem prejuízo, no caso dos autos, o crime praticado latrocínio


tentado, cometido com violência à pessoa, demanda maior rigor na
avaliação de tal possibilidade. Relevante observar que o réu
permaneceu preso cautelarmente durante toda a instrução processual,
presentes os requisitos autorizadores do art. 312 do Cód. de Processo
Penal.
fls. 599
PODER JUDICIÁRIO
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9ª Câmara de Direito Criminal

De toda sorte, na medida em que o apelante permaneceu preso

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cautelarmente durante a instrução processual, não se mostraria
razoável, a esta altura pelo menos, a concessão da liberdade
provisória, eis que, uma vez condenado, a pena deverá ser

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inicialmente cumprida em regime fechado Respeitosamente, cf.
orientação pretoriana, “(...) não há lógica em permitir que o réu,
preso preventivamente durante toda a instrução criminal, aguarde em
liberdade o trânsito em julgado da causa, se mantidos os motivos da
segregação cautelar (cf. STF - HC 89.824/MS, 1.ª Turma, Rel. Min.
Carlos Britto, DJ de 28/08/08) (...)” (RHC 36.941/MG, 5ª T., rel.
Min. Laurita Vaz, j. de 19/11/13).

-2-

A preliminar aventada pela defesa do recorrente Wesley funda-


se na ausência de exame pericial da arma utilizada no delito,
apontando tratar-se de nulidade nos termos do art. 564, III, b do Cód.
de Processo Penal.

Como bem assinalado pela defesa e pela d. autoridade


preopinante, a nulidade referente ao art. 561, III, b do Cód. de
Processo Penal diz respeito à prova da materialidade do delito, e não
a provas de circunstâncias secundárias.
fls. 600
PODER JUDICIÁRIO
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Neste sentido, apontando que não há a nulidade prevista no art.

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564, III, b do Cód. de Processo Penal quando não se trata de prova
indispensável à prova da materialidade, cite-se decisão proferida
nesta Corte na Ap. 0023395-22.2012.8.26.0577, rel. Des. Salles

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE, liberado nos autos em 09/11/2018 às 13:31 .
Abreu, j. 28.01.2015.

Convém consignar que a motocicleta subtraída foi periciada


(fls. 205/208 e 212), bem como se encontra juntado aos autos o
laudo da lesão corporal sofrida pela vítima Caio (fls. 213/214),
suficientes para comprovar a materialidade do delito. Ausência de
outros exames periciais não acarretam a nulidade do processo.

Ademais, a decretação da nulidade de ato processual requer


prova inequívoca do prejuízo suportado pela parte, em face do
princípio pas de nullité sans grief, previsto no art. 563 do Cód. de
Processo Penal. Neste sentido, as decisões do E. Superior Tribunal
de Justiça, nos acórdãos HC 339971/PR,Rel. Ministro REYNALDO
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,Julgado em
18/08/2016,DJE 26/08/2016; HC 359592/CE,Rel. Ministro JOEL
ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, Julgado em
16/08/2016,DJE 26/08/2016; RHC 044871/PA,Rel. Ministro
RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA,Julgado em
16/08/2016,DJE 24/08/2016; HC 354841/SC,Rel. Ministra MARIA
fls. 601
PODER JUDICIÁRIO
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9ª Câmara de Direito Criminal

THEREZA DE ASSIS MOURA, Julgado em 09/08/2016,DJE

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24/08/2016; RHC 062410/MG,Rel. Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA,Julgado em 09/08/2016,DJE 24/08/2016; RHC
062397/SC,Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, Julgado em

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09/08/2016,DJE 19/08/2016; e informativo de Jurisprudência nº
0580, de 04.05.2016.

-3-

Afastadas as questões preliminares, no mérito tem-se que os


réus foram acusados (denúncia de fls. 265/281) e sentenciados por
latrocínio tentado porque supostamente teriam desembarcado de um
veículo Honda Fit dirigido por terceira pessoa não identificada e
abordado a vítima Caio que esperava montado em sua motocicleta
Kawasaki que sua irmã abrisse o portão automático para ingressar na
garagem. Com emprego de armas de fogo, exigiram que a vítima
entregasse todos seus pertences pessoais e a motocicleta. O
recorrente Nicholas tomou a condução do motociclo, enquanto
Wesley indagava sobre a residência, com clara intenção de invadi-la.
Por temer a invasão da residência, a vítima tentou evadir-se e o
acusado desferiu disparo de arma de fogo em sua direção, presumido
que com intenção de matá-lo. O projétil atingiu a perna da vítima
Caio, que caiu no chão. Wesley tomou a carteira da vítima, corrente,
fls. 602
PODER JUDICIÁRIO
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9ª Câmara de Direito Criminal

relógio e celular, ameaçando a vítima de morte e os latrocidas

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deixaram o local. A irmã da vítima socorreu-a ao Hospital
Metropolitano.

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Dois dias depois, policiais em patrulhamento de rotina
localizaram a motocicleta da vítima (apreensão de fls. 12/13). A
autoria foi descoberta através de investigações dos policiais e
identificação pela vítima e testemunhas.

Como se pôde apurar nos autos, a materialidade delitiva


remanesceu demonstrada pelos laudos do veículo e dos ferimentos
sofridos pela vítima; e devidamente comprovada a autoria delitiva,
não se constatando qualquer incoerência na prova acusatória.

Observo que a MMa. Juíza analisou, com acuidade, todos os


elementos coligidos aos autos, fundamentando a r. sentença com
base no robusto conjunto probatório e, a respeito do conteúdo da
prova oral ali transcrito, nenhuma insurgência se abriu.

Ambos os apelantes pedem a absolvição sob fundamento de


insuficiência probatória, questionando, sobretudo, o reconhecimento
efetuado pela vítima e pela testemunha Helena, especialmente
Helena que, se fosse acreditar nas palavras do defensor, teria
reconhecido quatro pessoas como agentes de delito cometido por
fls. 603
PODER JUDICIÁRIO
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9ª Câmara de Direito Criminal

dois roubadores.

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O primeiro ponto a ser esclarecido é que, embora não tenha
ocorrido o flagrante, a motocicleta da vítima foi apreendida na

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garagem ocupada pela família do apelante Wesley, como está
suficientemente demonstrado nos autos e será objeto de
detalhamento da prova durante a fundamentação do presente
julgado.

O segundo ponto a ser esclarecido nos autos é que ficou


bastante claro que o roubo teve o concurso de pelo menos três
indivíduos: Um deles, que passaremos a chamar de primeiro
latrocida estava na condução do automóvel que transportou os
agentes até o local do delito e dois desceram do veículo e abordaram
a vítima, sendo que um, que passaremos a chamar de segundo
latrocida arrebatou a motocicleta da vítima, fato este
testemunhado pela testemunha Helena, e o outro, o terceiro
latrocida foi o autor dos disparos, que estava fora do campo de
visão da referida testemunha.

O terceiro ponto a ser esclarecido é que, de início, a vítima foi


socorrida ao hospital, posto que baleada, e não foi fazer o
reconhecimento na delegacia, que ficou a cargo da testemunha
Helena que, como já mencionado anteriormente, teve visão apenas
fls. 604
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parcial dos fatos, não tendo condições de identificar o terceiro

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roubador, autor do disparo, que estava fora de seu campo visual.

Assim, em um primeiro momento (fls. 21) Helena reconheceu

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na delegacia a pessoa de Gilson da Conceição Bela (que não é réu
neste processo) como sendo o primeiro latrocida, o motorista do
veículo de transporte que levou os roubadores até a vítima.
Avançadas as investigações, Helena foi chamada novamente para
reconhecimento (fl. 49) e reconheceu com 100% de certeza o
apelante Nicholas como sendo o segundo latrocida.

Em momento posterior, a vítima Caio, parcialmente


restabelecida, compareceu para efetuar reconhecimento e, sem
qualquer dúvida, indicou o réu Nicholas como sendo o segundo
latrocida, que conduziu a motocicleta (fl. 133); e o acusado Wesley
como sendo o terceiro latrocida, autor do disparo (fl. 134). Na
mesma oportunidade, afirmou que, embora o indivíduo Gilson da
Conceição Bela fosse muito parecido com o primeiro latrocida, não
poderia apontá-lo como um dos agentes com a mesma certeza que
teve no reconhecimento dos apelantes (fl. 133).

Nessa mesma data, a testemunha Helena (fl. 135) voltou a


reconhecer com absoluta certeza o increpado Nicholas como sendo o
segundo latrocida, porém colocou em dúvida seu anterior
fls. 605
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reconhecimento de Gilson da Conceição Bela como sendo o

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primeiro latrocida.

Cinco dias depois, a vítima foi novamente chamada na

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delegacia, oportunidade em que reconheceu por fotografia e
pessoalmente (fl. 152 e 155) Albert Gonçalves da Silva (que não é
parte nos autos) com cerca de 60% de certeza, como sendo o
primeiro latrocida.

Na mesma oportunidade também a testemunha Helena fez


reconhecimento por fotografia e pessoalmente (fl. 153 e 154) de
Albert Gonçalves da Silva com 55% de certeza, como sendo o
primeiro latrocida.

Portanto, ao contrário da forma como colocada pela defesa de


Nicholas, não é verdade que houve dúvidas no reconhecimento dos
sentenciados. Ambos sempre foram reconhecidos com extrema
confiança e segurança pela vítima e pela testemunha.

É certo que o réu Nicholas foi reconhecido na fase inquisitorial


com segurança tanto pela vítima Caio (fl. 133), que individualizou
sua conduta, apontando-o como aquele que conduziu sua
motocicleta; como pela testemunha Helena (fls. 49 e 135), como
condutor da motocicleta roubada (segundo latrocida). A vítima
fls. 606
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Caio ainda reconheceu por fotografia com absoluta certeza o réu

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Wesley (fl. 134), afirmando ser o autor do disparo (terceiro
latrocida).

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Incerteza ocorreu apenas em relação ao reconhecimento do
primeiro latrocida, que estava na condução do veículo Honda Fit.
Inicialmente foi reconhecida a pessoa de Gilson pela testemunha
Helena (fls. 21), que depois afirmou não possuir plena certeza do
reconhecimento. Caio e Helena, então, reconheceram Albert como
motorista do veículo utilizado no roubo (fls. 152/155), porém com
60% e 55% de certeza, respectivamente, o que levou o autor da ação
penal, até por prudência, a não indicar na denúncia a identidade da
terceira pessoa que participou da execução do delito.

Consigne-se, contudo, que a incerteza quanto à identificação


do primeiro latrocida não interfere nos certos e seguros
reconhecimentos dos apelantes como segundo e terceiro
latrocidas, autores do crime, pela vítima e pela testemunha,
renovados também com segurança em audiência.

Ademais, a vítima Caio detalhou o crime, explicando que


chegava a sua residência com a motocicleta e aguardava sua irmã
abrir o portão quando foi abordado pelos réus que chegaram ao local
a bordo do veículo Honda Fit prata. Ambos estavam armados e
fls. 607
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anunciaram o assalto, ameaçando-o de morte. Nicholas apoderou-se

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da motocicleta, tomando sua direção. O declarante tentou correr,
porém foi atingido por disparo de arma de fogo, que atingiu sua
perna e quebrou o fêmur. Caiu no chão e os réus subtraíram mais

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objetos pessoais. Ficou internado por uma semana e foi submetido a
duas cirurgias.

Como visto, a vítima confirmou a subtração perpetrada pelos


réus, reconhecendo-os como os responsáveis pela empreitada
criminosa, bem como reconhecendo a motocicleta apreendida como
sendo de sua propriedade.

Temos que, no campo probatório e igualmente para esta E.


Nona Câmara Criminal, as palavras da ofendida são sumamente
valiosas, nada indicando devessem ser descartadas, porque ausente
qualquer motivo que fosse para alguém inventar temeridades a esmo,
contando, ademais, aquelas suas afirmativas com congruência tal
que revelaram sinceridade.

A prevalência destes valores, de modo a fundamentar a


responsabilização criminal em delitos deste jaez, resta consignado
pela jurisprudência desta Corte, como, por ex., o que se acha posto
no recurso de Apel. 0006429-96.2009.8.26.0606, julgado pela e. 16ª
Câm. Criminal, rel. o e. Des. Newton Neves, em 29.11.2011.
fls. 608
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Com efeito, o reconhecimento pessoal assume inegável valor

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probante, somente podendo ser desconsiderado quando presente
alguma circunstância que torne suspeita a identificação, o que não é
o caso dos autos, onde não se vislumbra qualquer motivação no

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sentido de se acusar pessoa supostamente inocente.

Matéria desse teor foi acolhida anteriormente neste Sodalício, e


em condições aproximadas, confira-se in Apel.
0004446-22.2010.8.26.0220 2ª Câm. Criminal rel. Des. Almeida
Sampaio J. 10.10.2011.

Adota, então, papel preponderante e goza da presunção da


veracidade, tomando especial relevância no deslinde da controvérsia,
merecendo total crédito, não sendo crível à condição humana que
alguém incrimine irresponsavelmente pessoa idônea, daí porque os
relatos merecem todo o crédito, porque não teriam os acusadores
qualquer proveito em mentir.

Além do mais, a testemunha Helena, irmã da vítima, também


reconheceu o réu Nicholas em audiência com absoluta certeza,
explicando que chegou a ficar a apenas poucos metros de distância
dele. Explicou que foi abrir o portão eletrônico da garagem para o
seu irmão entrar com a motocicleta, mas o motor travou. Ouviu o
tiro, mas pensou que fossem fogos de artifício. Só depois seu irmão
fls. 609
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disse que levou um tiro. Quando finalmente abriu, deparou-se com o

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sentenciado Nicholas em cima da motocicleta de seu irmão e a
vítima caída no chão. Nicholas proferiu palavras de baixo calão. Seu
irmão afirmou que havia mais um roubador, mas não chegou a

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visualizá-lo na data dos fatos. Somente a motocicleta foi recuperada.

Por sua vez, os policiais militares Nilton e André Luís,


explicou que a motocicleta da vítima foi encontrada dentro da
garagem de propriedade de pessoa de nome Gilson, que não soube
explicar a procedência do veículo, produto de furto, nem quem a
deixou no local. Anotou ainda Nilton que a referida garagem não
possuía portão e se localizava em uma comunidade.

Nem se há olvidar que as declarações prestadas pelos policiais


encarregados da diligência, corroboraram a versão acusatória.

Consigno que as assertivas trazidas pelos agentes públicos não


podem ser desprezadas somente porque eles são funcionários
incumbidos da segurança pública (CF, art. 144), especialmente
quando os termos das inquirições revelam ser pessoas idôneas e
insuspeitas (HC nº. 74.608-0/SP, rel. Min. Celso de Mello).

Nem há qualquer circunstância que autorize suscitar, sequer,


dúvidas quanto ao aproveitamento da prova testemunhal, sendo,
fls. 610
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portanto, os depoimentos policiais válidos como meios de prova.

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Por sua vez, a testemunha Eunice, mãe do réu Wesley,
explicou que Gilson, em cuja residência foi encontrada a motocicleta

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da vítima, era seu inquilino. Desconhecia a procedência da
motocicleta. Estava viajando na data dos fatos e quando os policiais
fizeram busca domiciliar na sua casa e de seu filho, réu Wesley
(casas contíguas), acabara de chegar da Bahia. Seu filho na época
trabalhava e não tinha envolvimento com o referido veículo.
Consignou que, embora tenha locado a casa para Gilson, a garagem
era utilizada pela depoente e pelo réu Wesley. Contudo, sua garagem
era aberta, sem portão, na época dos fatos.

Mais além, nem passou despercebido que o bem subtraído


(motocicleta) foi apreendido na garagem utilizada pelo sentenciado
Wesley, o que, mediante a conjugação no art. 302, IV, do Cód. de
Processo Penal com aquelas insertas nos arts. 240, 239 e 155 do
mesmo diploma legal, gera a presunção de sua responsabilidade e,
invertendo o ônus da prova, impõe-lhe justificativa inequívoca. A
justificativa dúbia e inverossímil transmuda a presunção em certeza
e autoriza, por isso mesmo, o desate condenatório” (cf. TACrimSP,
10ª Câm., Ap. 250.141, rel. Juiz Penteado de Moraes, JTACrimSP,
66/410).
fls. 611
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Logo, as palavras das vítimas, ao lado das declarações

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prestadas pelas testemunhas policiais e civis, são suficientes para
demonstrar a pertinência da responsabilização criminal dos
recorrentes, existindo, portanto, elementos que revelam ser os réus

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os autores da infração penal, em que pesem as negativas trazidas
pelos increpados.

Com a devida vênia, as minudências agitadas pela Defesa não


se mostraram suficientes para desqualificar o mais da prova, vez que
ausentes as denominadas provas ex adverso.

-4-

O dolo, embora negado pela defesa de Wesley, também se


encontra evidenciado. Foi ele o autor do disparo que alvejou a vítima
em fuga. E o lesionado narrou em juízo que durante todo o tempo
foram proferidas ameaças de morte. Portanto, a intenção homicida
foi bem reconhecida na sentença com base no quadro probatório
amealhado.

-5-

Afirmou a defesa de Nicholas em sustentação oral que não há


prova do animus necandi quando do disparo que alcançou a vítima
fls. 612
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que tentava fugir.

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Contudo, como visto na prova oral acima resumida, os réus
ameaçaram a vítima de morte durante o anúncio do assalto. Logo, os

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próprios réus forneceram indicativo do que os animava quando do
disparo diretamente na direção da vítima, que foi alvejada quando
tentava fugir. O indicativo da intenção homicida não foi afastado
pelas demais provas trazidas aos autos, sendo que era ônus da
defesa, que alegou, afastar tal alegação.

Correta, assim, a tipificação como latrocínio tentado, sendo


descabido o pedido de desclassificação para roubo seguido de morte.

Cumpre assinalar que, a despeito da mudança topográfica das


formas qualificadas de roubo, que com o advento da Lei nº 13.654,
de 2018, passaram a ser especificadas em incisos autônomos do art.
157, § 3º do Cód. Penal, deve ser aplicada a lei antiga, vigente à
época dos fatos, pois mais favorável aos réus, posto que o preceito
secundário previsto em lei foi recrudescido com a alteração legal.

-6-

Por seu turno, a dosimetria da pena não merece reparo.


fls. 613
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Inexiste insurgência recursal em relação aos critérios utilizados

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para dosagem da reprimenda na primeira e segunda etapas da
dosimetria, matérias que remanescem, portanto, incontroversas.

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Na terceira fase, pretende a defesa do sentenciado Nicholas
maior redução da pena em razão do conatus.

Sem razão, contudo. O réu efetuou disparo em direção à


vítima, que foi alvejada, fraturando o fêmur. Foi submetida a
cirurgias, correndo risco de vida em razão da anestesia; foi
necessária a utilização de fixadores externos... Enfim, ainda que o
resultado morte não tenha sido obtido, aproximou-se muito da
consumação do resultado buscado pelos réus. Portanto, a fração
mínima aplicada na sentença é compatível com o iter criminis
percorrido e deve ser mantida.

O regime prisional foi bem fixado considerado o montante de


pena e a violência empregada contra o ofendido e fica mantido, até
porque também não foi objeto de irresignação recursal.

ANTE O EXPOSTO, nos termos do voto, nego provimento ao


apelo.

Hipótese de se ver iniciada a execução da pena após decorrido


fls. 614
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eventual prazo para embargos de declaração em (se for o caso)

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embargos infringentes ou, na falta destes, após o termo final do
prazo para os declaratórios, em consonância com jurisprudência.

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Acerca da prisão ultrapassado o conhecimento em segundo
grau, temos a dizer, primeiramente, que, sobre os fatos não há mais
tratar em sede de recurso especial ou mesmo de recurso
extraordinário.

Vide súmula 279 do col. STF: “Para simples reexame de


prova não cabe recurso extraordinário”.

Ou confira-se o verbete 7 do e. STJ: “A PRETENSÃO DE


SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO
ESPECIAL”.

O col. STF, em 2.12.2016, HC 137.520AgR/SC, rel. o Min.


Dias Toffoli, aduziu ser absolutamente possível a execução
provisória logo após a confirmação da condenação em 2º grau: “(...)
A decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que, ao julgar a
apelação criminal, determinou a expedição de mandado de prisão em
desfavor do agravante para o início do cumprimento provisório de
sua pena, não caracteriza reformatio in pejus nem afronta à
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, no julgamento do
fls. 615
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HC nº 126.292/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Teori

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Zavascki, entendeu que “a execução provisória de acórdão penal
condenatório proferido em julgamento de apelação, ainda que sujeito
a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio

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constitucional da presunção de inocência” (DJe de 17/5/16). 2. Esse
entendimento, aliás, manteve-se inalterado na Corte, que, em
5/10/16, indeferiu as medidas cautelares formuladas na ADC nº 43 e
na ADC nº 44, nas quais se pleiteava, sob a premissa da
constitucionalidade do art. 283 do Código de Processo Penal, a
suspensão das execuções provisórias de decisões penais que têm por
fundamento as mesmas razões de decidir do julgado proferido no
HC nº 126.292/SP” (verbis).

Idêntico entendimento consagrado no ARE n. 964.246, rel.


Min. Teori Zavascki, sob a sistemática da repercussão geral:

“(...) cumpre ao Poder Judiciário e, sobretudo, ao Supremo


Tribunal Federal, garantir que o processo - o meio de efetivação do
jus puniendi estatal -, resgate essa sua inafastável função
institucional. A retomada da tradicional jurisprudência, de atribuir
efeito apenas devolutivo aos recursos especial e extraordinário
(como, aliás, está previsto em textos normativos) é, sob esse aspecto,
mecanismo legítimo de harmonizar o princípio da presunção de
fls. 616
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inocência com o da efetividade da função jurisdicional do Estado.

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Não se mostra arbitrária, mas inteiramente justificável, a
possibilidade de o julgador determinar o imediato início do
cumprimento da pena, inclusive com restrição da liberdade do

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condenado, após firmada a responsabilidade criminal pelas
instâncias ordinárias (...)”.

Orientação reiterada agora em voto do Min. Edson Fachin,


HC 137.340 AgR/SC, 2ª Turma, DJe 1.8.2017:

“(...) jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido da


possibilidade de execução provisória de condenação criminal
confirmada em segundo grau, sem que isso comprometa o princípio
constitucional da presunção de inocência afirmado pelo art. 5º, LVII,
da Constituição Federal. Nesse sentido, o decidido no HC 126.292,
Rel. Min. Teori Zavascki, Tribunal Pleno, julgado em 17.02.2016;
na Medida Cautelar nas ADCs 43 e 44; e, sob a ótica da repercussão
geral, a reafirmação de jurisprudência no ARE 964.246, Rel. Min.
Teori Zavascki, julgado em 11.11.2016 (Tema 925)”.

Aliás, a lei assim dita e as composições antecedentes da Corte


Suprema já predicavam o mesmo. Ou seja, a possibilidade de
execução provisória da reprimenda sempre foi a orientação que
prevalecia na jurisprudência da e. Suprema Corte, mesmo já sob a
fls. 617
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égide da Constituição da República de 1988, a exemplo do

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julgamento do HC 68.726/DF, em 28/06/1991, de relatoria do então
Ministro Néri da Silveira, ou do julgamento do HC 68.841/SP, rel. o
Ministro Moreira Alves, quando se decidiu que a presunção de

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inocência não impediria a prisão decorrente de apelação que teria
confirmado a sentença penal condenatória.

O assunto, sabidamente em razão de celebridades


desinteressadas no chamamento da lei, continua casuisticamente
atual, retornando à baila no dia 6.3.2018, por ocasião do julgamento
do HC 434.766/PR, rel. o Min. Felix Fischer, in verbis:

“(...) a execução provisória da pena passa a ser um consectário


lógico do julgamento condenatório proferido pelo segundo grau de
jurisdição. Não há que se falar, portanto, na esteira da firme
jurisprudência dos Tribunais Superiores, em ofensa ao princípio da
presunção de inocência, à coisa julgada, e tampouco em reformatio
in pejus, quando tão logo exaurida a instância ordinária” (...)a
peculiaridade da situação é que ditará a possibilidade de suspensão
dos efeitos do julgado, sem afastar do julgador, dentro de seu
inerente poder geral de cautela, a possibilidade de excepcionalmente
atribuir, no exercício da jurisdição extraordinária, efeito suspensivo
ao REsp ou RE e, com isso, obstar o início da execução provisória
fls. 618
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da pena (...) Frente a tais considerações, portanto, não se vislumbra a

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existência de qualquer ilegalidade na determinação de que o paciente
inicie o cumprimento provisório da pena, após o esgotamento dos
recursos em segundo grau (no caso, os Embargos de Declaração)”.

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O que se denota, como bem afirmado pelos Ministros Felix
Fischer e. Teori Zavascki, é que em diversas oportunidades antes e
depois dos precedentes mencionados, as Turmas do c. STF
afirmaram e reafirmaram que o princípio da presunção de inocência
não inibiria a execução provisória da pena imposta, ainda que
pendente o julgamento de recurso especial ou extraordinário: HC
79.814, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ 13/10/2000;
HC 80.174, Rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ
12/4/2002; RHC 84.846, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma,
DJ 5/11/2004; RHC 85.024, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma,
DJ 10/12/2004; HC 91.675, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira
Turma, DJe de 7/12/2007 (STF - ARE 964.246 RG, Rel. MIN.
TEORI ZAVASCKI, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL, fls. 06).

COSTABILE E SOLIMENE
relator
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fls. 619

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Secretaria Judiciária
SJ 5.5.1 - Serv. de Proces. da 9ª Câmara de Dir. Criminal
Rua da Glória, 459 - 6º Andar - CEP: 01510-001

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A3D324E.
São Paulo, 14 de novembro de 2018.

Ofício
Recurso : Apelação
Processo nº : 0070680-64.2017.8.26.0050
Outros nºs: 0070680-64.2017.8.26.0050
Partes : Apelantes: Nicholas Reis Medeiros e Wesley Santos Rocha
Apelado: Ministério Público do Estado de São Paulo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANGELA APARECIDA FIORILLI, liberado nos autos em 14/11/2018 às 10:41 .
Senhor(a) Juiz(a) de Direito:

Por determinação da Egrégia Presidência da Seção Criminal


do Tribunal de Justiça, comunico a Vossa Excelência que a Colenda 9ª Câmara de Direito
Criminal, na sessão realizada em 08 de novembro de 2018, julgando Apelação acima
mencionado(a), proferiu a seguinte decisão: NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO, COM
DETERMINAÇÃO. V.U.
A íntegra do v. Acórdão será disponibilizada no endereço
eletrônico https://esaj.tjsp.jus.br quando de sua assinatura pelo E. Relator, sendo a sua senha de
acesso tl4cgq.
Apresento a Vossa Excelência protestos de respeito e
consideração.

Angela Aparecida Fiorilli


Supervisora do Serviço de Processamento
do SJ 5.5.1 - Serv. de Proces. da 9ª Câmara de Dir. Criminal

A(o) Exmo.(a) Senhor(a) Doutor(a)


MM. Juiz(a) de Direito da 1ª Vara Criminal
Foro Central Criminal Barra Funda - Comarca de São Paulo- SP
(ref. Proc. nº 0070680-64.2017.8.26.0050)
fls. 621

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Rua da Glória, 459 - 6º Andar - CEP: 01510-001

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A460F7B.
CERTIDÃO

Processo nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Apelação - Latrocínio
Apelante: Nicholas Reis Medeiros e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANGELA APARECIDA FIORILLI, liberado nos autos em 21/11/2018 às 10:04 .
Apelado: Ministério Público do Estado de São Paulo
Relator(a): Costabile e Solimene
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO

CERTIFICO que o v. Acórdão foi disponibilizado no DJE hoje.


Considera-se data da publicação o 1° dia útil subsequente.
São Paulo, 21 de novembro de 2018.

_______________________________________________
Angela Aparecida Fiorilli - Matrícula M130067
Supervisor(a)
fls. 622

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


SJ 5.5.1 - Serv. de Proces. da 9ª Câmara de Dir. Criminal
Rua da Glória, 459 - 6º Andar - CEP: 01510-001

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A472BFB.
TERMO DE CIÊNCIA À PGJ

*+0070680642017826005000000*
Processo nº: 0070680-64.2017.8.26.0050
Classe: Apelação
Assunto: Latrocínio
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal
Relator: Costabile e Solimene

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANGELA APARECIDA FIORILLI, liberado nos autos em 21/11/2018 às 13:23 .
Partes: Nicholas Reis Medeiros e Wesley Santos Rocha
Ministério Público do Estado de São Paulo
Foro/Vara de origem: Foro Central Criminal Barra Funda - 1ª Vara Criminal
Nº do processo na origem: 0070680-64.2017.8.26.0050

São Paulo, 22 de novembro de 2018.

Exmo(a) Senhor(a),

Fica aberta vista à Douta Procuradoria Geral de Justiça para ciência do v. acórdão,
ficando ciente de que a integra dos autos do processo eletrônico encontra-se disponível no
endereço http://esaj.tjsp.jus.br

Angela Aparecida Fiorilli


Supervisor(a)
da SJ 5.5.1 - Serv. de Proces. da 9ª Câmara de Dir. Criminal

Exmo(a). Senhor(a) Dr(a). Procurador(a) de Justiça.


fls. 623

ANGELA APARECIDA FIORILLI

De: ANGELA APARECIDA FIORILLI


Enviado em: quarta-feira, 21 de novembro de 2018 16:38
Para: BARRA FUNDA - 1 OFICIO CRIMINAL
Assunto: 0070680-64.2017.8.26.0050.pdf - Comunica resultado
do julgamento

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A4C5BB8.
Anexos: 0070680-64.2017.8.26.0050.pdf

Controle:
Controle Destinatário Ler

BARRA FUNDA - 1 OFICIO CRIMINAL Lida: 21/11/2018 17:22

FAVOR CONFIRMAR O RECEBIMENTO DESTE E-MAIL


CONFORME PROVIMENTO CSM Nº 1929/2011, ARTIGO 2º, INC. II, LETRA "A")

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RUTE MADALENA DA SILVA FALCAO, liberado nos autos em 22/11/2018 às 16:34 .
Senhor Juiz de Direito,

Encaminho a Vossa Excelência, em anexo, ofício de comunicação de resultado de julgamento dos autos acima mencionado.
Atenciosamente.

ANGELA APARECIDA FIORILLI


Supervisora de Serviço

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo


SJ 5.5 - 5º Grupo de Câmaras de Direito Criminal
Rua da Glória, 459, 6º Andar - Liberdade - São Paulo/SP - CEP: 01510-001
Tel: (11) 3209-8384 / 3209.8202

1
Ciente do V. Acórdão.

Edson José Rafael


PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

Processo nº. 0070680-64.2017.8.26.0050

67º Procurador de Justiça Criminal


São Paulo, 26 de novembro de 2018.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
fls. 624

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDSON JOSE RAFAEL e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 27/11/2018 às 15:45 , sob o número WPRO18011847562.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A5A4866.
fls. 625

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

Secretaria Judiciária

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A879A39.
SJ 5.5.1 - Serv. de Proces. da 9ª Câmara de Dir. Criminal

CERTIDÃO DE TRÂNSITO EM JULGADO

Certifico que o v. acórdão do(a) Apelação, número 0070680-64.2017.8.26.0050,


transitou em julgado em 07/12/2018, para efeito de recurso em 2ª Instância, por
parte do Ministério Público e em 07/12/2018, para efeito de recurso em 2ª

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICHARD MACHADO DA SILVA, liberado nos autos em 13/12/2018 às 18:26 .
Instância, por parte de Wesley Santos Rocha e Nicholas Reis Medeiros.
São Paulo, 13 de dezembro de 2018.

_______________________________________________________________________
Richard Machado da Silva Matrícula: M360768
Escrevente Técnico Judiciário

REMESSA

Remeto os presentes autos a(o) 1ª Vara Criminal de São Paulo.


São Paulo, 13 de dezembro de 2018.
_______________________________________________________________________
Richard Machado da Silva Matrícula: M360768
Escrevente Técnico Judiciário
fls. 626

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SJ 5.5.1 - Serv. de Proces. da 9ª Câmara de Dir. Criminal
Rua da Glória, 459 - 6º Andar - CEP: 01510-001 - .

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0070680-64.2017.8.26.0050 e código A879B82.
CERTIDÃO

Processo nº: 0070680-64.2017.8.26.0050


Classe Assunto: Apelação - Latrocínio

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 13/12/2018 às 18:27 .
Apelante Nicholas Reis Medeiros e outro
Apelado Ministério Público do Estado de São Paulo
Relator(a): Costabile e Solimene
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Criminal
Vara de Origem: 1ª Vara Criminal

CERTIDÃO DE REMESSA

Certifico que o(a) Apelação de nº 0070680-64.2017.8.26.0050 , movido(a)


por Nicholas Reis Medeiros, Wesley Santos Rocha contra Ministério
Público do Estado de São Paulo foi remetido(a) para a vara de origem.
São Paulo, 13 de dezembro de 2018.

_____________________________________________________
Richard Machado da Silva - Matrícula M360768
Escrevente Técnico Judiciário

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