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10/02/17

INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
SUL DE MINAS GERAIS
Câmpus Inconfidentes

FUNDAMENTOS DE GEOTECNOLOGIA
4 – Gestão Ambiental

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
O objeto da Cartografia consiste em reunir e analisar dados das diversas
regiões da terra, e representar graficamente em escala reduzida, os
elementos da configuração que possam ser claramente visíveis. Para
pôr em evidência a configuração da superfície terrestre, o instrumento
principal do cartógrafo é o mapa. Mas, outras representações, tais
como modelos de relevo, globos, fotografias aéreas, imagens de
satélite e cartogramas, são assuntos próprios para serem tratados em
Cartografia.

Definimos um mapa como uma representação convencional da


configuração da superfície da terra. Toda a representação está numa
proporção definida com o objeto representado. Esta proporção é
chamada de escala.

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10/02/17

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA

Em geral, os mapas têm as seguintes finalidades:

⇒ obter informações sobre a distribuição espacial dos fenômenos,


como solos, precipitação, uso da terra, densidade demográfica, etc.;

⇒ discernir relações espaciais entre os vários fenômenos;

⇒ coletar, através de medições, dados necessários às análises


geográficas, propiciando informações para a descrição e análises
estatísticas.

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
Os produtos da Cartografia:

GLOBO - representação cartográfica sobre uma superfície esférica,


em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura
planetária, com finalidade cultural e ilustrativa.

MAPA - representação no plano, geralmente em escala pequena, dos


aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área
tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por
elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados
usos, temáticos, culturais e ilustrativos.

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10/02/17

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
Os produtos da Cartografia:

CARTA - representação no plano, em escala média ou grande, dos


aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície
planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais
(paralelos e meridianos) com a finalidade de possibilitar a avaliação
de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala.

PLANTA - é um caso particular de carta. A representação se restringe a


uma área muito limitada e a escala é grande, consequentemente o
número de detalhes é bem maior.

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
Os produtos da Cartografia:

FOTOGRAFIA AÉREA - são produtos obtidos ao nível suborbital, muito utilizados


para elaboração e ou atualização de documentos cartográficos de média a
grande escala.

MOSAICO - é o conjunto de fotos de uma determinada área, recortadas e


montadas técnica e artisticamente, de forma a dar a impressão que todo o
conjunto é uma única fotografia.

ORTOFOTOCARTA - é uma fotografia resultante da transformação de uma


foto original, que é uma perspectiva central do terreno, em uma projeção
ortogonal sobre um plano, complementada por símbolos, linhas e
quadriculas, com ou sem legenda, podendo conter informações
planimétricas.

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10/02/17

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
Os produtos da Cartografia:

FOTOÍNDICE - montagem por superposição das fotografias, geralmente em


escala reduzida. Normalmente a escala do fotoíndice é reduzida de 3 a 4
vezes em relação a escala de vôo.

IMAGEM DE SATÉLITE - são produtos obtidos ao nível orbital, muito utilizados


para elaboração e ou atualização de documentos cartográficos em escalas
variadas.

CARTA-IMAGEM - são imagens de satélite montadas no formato de folhas de


carta, onde informações de coordenadas e toponímia é acrescentada sobre
a imagem.

ATLAS - Uma coleção de mapas.

MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DA
SUPERFÍCIE TERRESTRE

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10/02/17

MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DA
SUPERFÍCIE TERRESTRE

MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DA
SUPERFÍCIE TERRESTRE

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10/02/17

MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DA
SUPERFÍCIE TERRESTRE

MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DA
SUPERFÍCIE TERRESTRE
Em geral, cada país ou grupo de países adotou um elipsóide como referência
para os trabalhos geodésicos e topográficos. São usados elipsóides que mais se
adaptem às necessidades de representação das regiões ou continentes.

Para definir um elipsóide necessita-se conhecer os seus parâmetros, ou seja, o


seu semieixo maior (a) e o semieixo menor (b) ou o achatamento (f). O
achatamento pode ser calculado por: f = a-b/a.

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10/02/17

DATUM
DATUM - É um conjunto de pontos e seus respectivos valores de coordenadas,
que definem as condições iniciais para o estabelecimento de um sistema
geodésico. Com base nessas condições iniciais, um sistema geodésico é
estabelecido através dos levantamentos geodésicos. Um sistema geodésico é
um conjunto de estações geodésicas (marcos) e suas coordenadas.

Existem dois tipos de Datum horizontais:


•  GLOBAIS - quando o elipsóide for global e não tiver ponto de amarração
sobre a superfície terrestre que não os definidos no sistema.
•  LOCAIS - quando o elipsóide for local, neste caso deve possuir parâmetros
diferenciais.

DATUM
O Brasil já utilizou 3 Datum:
1.  Córrego Alegre, que é o datum local mais antigo, sendo comum encontrar
trabalhos neste sistema, como por exemplo, as cartas na escala 1:50.000
do mapeamento sistemático;
2.  SAD69,
3.  SIRGAS 2000 que é oficial atualmente;

O WGS84 é dito um Datum global e geocêntrico, pois o elipsóide adotado


(GRS80) ajusta-se à Terra como um todo e a origem dos seus eixos
coordenados é no centro de massa da Terra.

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10/02/17

EXERCÍCIO
Complete as lacunas da tabela abaixo:
Semieixo Maior Semieixo Menor Inversa do
Elipsóide
(a) (b) Achatamento (1/f)
Delambre, 1810 6 376 985,000 ? 308,6465
Schmidt, 1828 6 376 804,370 ? 302,02
G.B. Airy 1830 6 377 563,400 6 356 256,910 ?
G.B. Airy 1830 mod. 6 377 340,189 ? 299,3249514
Hayford Internacional 1924 6 378 388,000 6 356 912,000 ?
Helmert 1906 6 378 200,000 ? 298,3
Clarke 1866 6 378 206,400 6 356 583,800 ?
GRS 1980 6 378 137,000 6 356 752,3141 ?
WGS84 6 378 137,000 6 356 752,3142 ?
UGGI-67 ? 6 356 775,000 298,2539163
Esfera ? 6 371 000,000 0

O SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO

O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é constituído por estações implantadas


pelo IBGE em todo o Território Brasileiro, divididas em três redes:

1.  PLANIMÉTRICA: latitude e longitude de alta precisão;


2.  ALTIMÉTRICA: altitudes de alta precisão;
3.  GRAVIMÉTRICA: valores precisos de aceleração da gravidade.

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10/02/17

A ONDULAÇÃO GEOIDAL
Sendo o geóide um modelo matemático de desenvolvimento complexo, pois sua
forma exata depende de características gravimétricas, foi novamente
conveniente adotar-se a figura do elipsóide de revolução. No entanto, deve se
levar em consideração que ambos não são totalmente coincidentes, o que leva
a necessidade de se conhecer a ondulação geoidal N de cada local, onde se
deseje determinar a altitude local a partir de um ou de outro modelo.

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07/03/17

EXERCÍCIO
Complete as lacunas da tabela abaixo:
Altura Altitude Ondulação
Geométrica (h) Ortometrica (H) Geoidal (N)
891,900 886,630 ?
? 866,210 -2,750
892,960 ? -2,760
? 5,498 -23,840
566,776 ? -0,500
907,196 ? 3,670
? 153.259 -0,080
11,850 10,550 ?
? 948,170 -7,050

LOCALIZAÇÃO

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07/03/17

LOCALIZAÇÃO
Os MERIDIANOS são as linhas que passam através dos pólos e ao redor da
Terra, ou seja, são círculos máximos da esfera cujos planos contêm o eixo de
rotação ou eixo dos pólos. Decidiu -se que o ponto de partida para a
numeração dos meridianos seria o meridiano que passa pelo observatório de
Greenwich, na Inglaterra. Portanto, o meridiano de Greenwich é o meridiano
principal. A leste de Greenwich os meridianos são medidos por valores
crescentes até 180º e, a oeste, suas medidas são decrescentes até o limite de
– 180º.

Os PARALELOS são círculos da esfera cujo plano é perpendicular ao eixo dos


pólos. O equador é o paralelo que divide a Terra em dois hemisférios. O 0º
corresponde ao equador, o 90º ao pólo norte e o – 90º ao pólo sul.

SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS

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07/03/17

SISTEMA DE COORDENADAS GEODÉSICAS

SISTEMA DE COORDENADAS GEODÉSICAS


LATITUDE GEOGRÁFICA OU GEODÉSICA (ϕ): é o ângulo entre a normal ao
elipsóide no ponto considerado e sua projeção no plano equatorial. Dito de
outra maneira, latitude geográfica é o ângulo (medido ao longo do
meridiano que passa pelo lugar) formado entre o equador terrestre e o
ponto considerado.

LONGITUDE GEOGRÁFICA OU GEODÉSICA (λ): é o ângulo entre os planos


do meridiano de Greenwich e do meridiano que passa pelo ponto
considerado, sendo positiva a Leste (0 a +180°) e negativa a Oeste (0 a
-180°).

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07/03/17

SISTEMA DE COORDENADAS
TRIDIMENSIONAIS (X, Y e Z)
O sistema de coordenadas tridimensionais é constituído de três eixos
cartesianos ortogonais (X, Y e Z), muito utilizados pelos satélites artificiais
(GPS) para cálculo de posições, utilizando geometria tridimensional.

As principais características do sistema são:


a) Origem dos eixos no centro de massa da Terra (Geocêntrico);
b) Eixo X coincidente com o traço do meridiano de Greenwich no plano
do Equador;
c) Eixo Y ortogonal a X no plano do Equador 90° anti-horário;
d) Eixo Z coincide com o eixo de rotação da Terra.

SISTEMA DE COORDENADAS
TRIDIMENSIONAIS (X, Y e Z)

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07/03/17

TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

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07/03/17

EXERCÍCIO
Considerando-se que com um receptor GPS, utilizando o Datum
WGS84, foram obtidas as seguintes coordenadas:
φ = -22º 19’ 06,82’’
λ = -46º 19’ 40,88’’
h = 883,720 m

Quais seriam as coordenadas desse ponto em SAD69 considerando-se


os parâmetros de transformação entre eles como:
ΔX = +66,67m;
ΔY = -4,37m ;
ΔZ = +38,52m ;

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03/03/17

DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE:


SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO E
TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Fonte: http://ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/pmrg/faq.shtm#1

1. O que é um sistema geodésico de referência? Para que serve na prática?

Sistema de referência composto por uma figura geométrica representativa da superfície terrestre,
posicionada no espaço, permitindo a localização única de cada ponto da superfície em função de
suas coordenadas tridimensionais, e materializado por uma rede de estações geodésicas.
Coordenadas, como latitude, longitude e altitude, necessitam de um sistema geodésico de referência
para sua determinação.

2. Qual o sistema geodésico de referência em uso hoje no Brasil?

Desde 25 de fevereiro de 2015, o SIRGAS2000 (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas) é o


único sistema geodésico de referência oficialmente adotado no Brasil. Entre 25 de fevereiro de 2005 e 25
de fevereiro de 2015, admitia-se o uso, além do SIRGAS2000, dos referenciais SAD 69 (South American
Datum 1969) e Córrego Alegre. O emprego de outros sistemas que não possuam respaldo em lei, pode
provocar inconsistências e imprecisões na combinação de diferentes bases de dados
georreferenciadas.

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03/03/17

3. Quais as diferenças entre os referenciais Córrego Alegre (CA), SAD 69 e o SIRGAS2000?

São sistemas de concepção diferente. Enquanto a definição/orientação do CA/SAD69 é topocêntrica,


ou seja, o ponto de origem e orientação está na superfície terrestre, a definição/orientação do
SIRGAS2000 é geocêntrica. Isto significa que esse sistema adota um referencial que tem a origem dos
seus três eixos cartesianos localizada no centro de massa da Terra. Além disso, as redes de referência
que materializam esses sistemas foram determinadas com técnicas de posicionamento diferentes.
Enquanto que no caso do CA e SAD 69 foram utilizadas basicamente técnicas clássicas (triangulação e
poligonação), no SIRGAS2000 foram empregados os sistemas globais de navegação (posicionamento)
por satélites - GNSS.

4. Para quem a adoção do sistema único é obrigatória?

Para qualquer um que necessite receber ou fornecer informações espaciais em escalas relevantes de e
para o governo e de e para as instituições produtoras de cartografia no Brasil. Resumindo, para todos os
que fazem uso ou produzem informações geográficas.

5. O que ocorre com quem continua trabalhando com os sistemas geodésicos antigos?

Não poderá, por exemplo, requisitar uma revisão de limites numa propriedade, fazer qualquer tipo de
questionamento legal utilizando o sistema antigo, nem fornecer/receber dados das concessionárias de
serviços públicos para recebimento ou prestação de serviços.

6. Por que deve ser realizada a migração para o SIRGAS2000 dos produtos cartográficos e geodésicos
referenciados aos sistemas geodésicos antigos?

Para compatibilização das informações geográficas, facilitando, assim, o intercâmbio dessas


informações por todos, inclusive entre o Brasil e os demais países que utilizam sistemas compatíveis com
o SIRGAS2000.

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03/03/17

7. Na prática, quais são as vantagens da adoção do SIRGAS2000 em relação aos demais sistemas de
referência utilizados anteriormente?

Adotando-se o referencial geocêntrico, é possível fazer uso direto da tecnologia GNSS (Global
Navigation Satellite Systems, ou Sistemas Globais de Navegação por Satélites), importante ferramenta
para a atualização de mapas, nas obras e atividades de infraestrutura no país, controle de frota de
empresas transportadoras, navegação aérea, marítima e terrestre em tempo real. O SIRGAS2000 permite
o alcance de uma maior precisão no mapeamento do território brasileiro e, consequentemente, no seu
ordenamento, bem como na demarcação de suas fronteiras. Além disso, a adoção desse sistema na
América Latina tem contribuído para o fim de uma série de problemas de discrepância entre as
coordenadas obtidas com o uso dos sistemas GNSS (especialmente GPS e GLONASS nos dias de hoje) e
aquelas extraídas dos mapas utilizados anteriormente no continente.

8. Quando eu altero o sistema geodésico de referência o que acontece?

As coordenadas que representam a posição dos objetos sofrem alterações correspondentes. Por
exemplo, se os sistemas envolvidos forem o SAD 69 e o SIRGAS2000, estas alterações são, em média, da
ordem de 65 m.

9. Os mapas mudaram com a adoção do SIRGAS2000?

Alguns sim. A mudança não é perceptível em mapas de escala muito pequena, como os murais, nos
quais 1 cm equivale a 5 km no terreno. Mas em mapas de escalas maiores, como folhas topográficas e
mapeamento cadastral, a diferença nas coordenadas é relevante, conforme exemplificado na
resposta à pergunta 8.

10. Quais ferramentas posso utilizar para realizar a conversão para o SIRGAS2000? A que custo?

Estão disponíveis gratuitamente no sítio web do IBGE arquivos, programas e serviços que auxiliam na
conversão entre referenciais, tais como: coordenadas SIRGAS2000 das estações da rede planimétrica
do Sistema Geodésico Brasileiro, programa de transformação de coordenadas ProGriD, serviço de
Posicionamento por Ponto Preciso (IBGE-PPP), etc.

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03/03/17

11. Existem parâmetros de transformação entre WGS 84 e SIRGAS2000?

Atualmente não existem parâmetros de transformação entre SIRGAS2000 e WGS 84 porque eles são
praticamente iguais, ou seja, DX = 0, DY = 0 e DZ = 0.
Desde o estabelecimento do sistema GPS (Global Positioning System), o seu Sistema Geodésico de
Referência (WGS 84) já passou por quatro refinamentos. Nestas quatro atualizações o objetivo sempre foi
aproximá-lo ao ITRF (International Terrestrial Reference Frame), materialização mais precisa do ITRS
(International Terrestrial Reference System), desenvolvida pelo IERS (International Earth Rotation and
Reference Systems Service). A mais recente atualização recebeu a denominação de WGS 84 (G1674),
adotado no Sistema GPS a partir de 08 de fevereiro de 2012. Os parâmetros de transformação WGS 84/
SAD 69, divulgados através da Resolução do Presidente do IBGE n° 23, de 21/02/89 (R.PR 23/89),
permanecem válidos para transformar coordenadas determinadas por posicionamentos GPS realizados
no período de 01/01/1987 a 01/01/1994 - quando a versão correspondente do WGS 84 se denominava
WGS 84 (Doppler).

Parâmetros WGS 84 (Doppler) para SAD69:


DX = +66,87 m
DY = -4,37 m
DZ = +38,52 m

11. continuação...

Os parâmetros SAD 69/SIRGAS2000 utilizados no ProGriD (opção: SAD 69 Técnica Doppler ou GPS) e
divulgados através da Resolução do Presidente do IBGE n° 1, de 25/02/2005 (R.PR 01/05), são válidos
para transformar coordenadas entre SAD 69/WGS 84 e SAD 69/SIRGAS2000 determinadas por
posicionamentos GNSS realizados após 01/01/1994.

SAD 69 para SIRGAS2000 (WGS 84 (G1150)):


DX = -67,35 m
DY = +3,88 m
DZ = -38,22 m

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03/03/17

12. Os resultados do meu trabalho devem ser em WGS 84. Posso continuar usando os parâmetros SAD 69/
WGS 84 publicados na Resolução da Presidência do IBGE n° 23, de 21/02/89 (R.PR 23/89)?

Antes de tudo, com o término do período de transição para SIRGAS2000 em 25 de fevereiro de 2015, os
resultados de qualquer trabalho devem ser referidos exclusivamente a este sistema. Por outro lado,
tendo em vista o exposto na resposta à pergunta 11, o WGS 84 atualmente pode ser considerado, para
fins práticos, coincidente com o SIRGAS2000. Portanto, basta o usuário referir seus resultados ao
SIRGAS2000 que, automaticamente, estará gerando resultados em WGS 84 (e vice-versa). Conforme a
resposta à pergunta 11, os parâmetros SAD 69/WGS 84 publicados na R.PR 23/89 devem ser utilizados
apenas no caso do trabalho ter sido executado antes de 1º de janeiro de 1994).

13. Por que quando comparo as coordenadas de uma estação geodésica obtidas no banco de dados
do IBGE com as mesmas coordenadas transformadas no programa ProGriD obtenho resultados
diferentes?

As coordenadas disponibilizadas nos relatórios da estação geodésica não foram obtidas através de
parâmetros de transformação, e sim através de ajustamentos de observações. As coordenadas em
SIRGAS2000 vieram de um ajustamento realizado em 2006. Ainda que, no desenvolvimento do ProGriD,
tenham sido empregadas técnicas avançadas de modelagem de distorções em redes geodésicas, as
transformações utilizando-se este programa sempre apresentam pequenos resíduos em relação às
coordenadas ajustadas SIRGAS2000. Estes pequenos resíduos correspondem exatamente às pequenas
diferenças detectadas quando comparamos as coordenadas transformadas pelo programa com
aquelas existentes no relatório da estação geodésica.

14. Por que as coordenadas precisam ser referenciadas a uma época?

Com a grande evolução das técnicas de posicionamento geodésico observada nas últimas décadas,
especialmente após o advento dos sistemas GNSS, pode-se dizer que a precisão de determinação de
coordenadas melhorou em até três ordens de grandeza. Por exemplo, atualmente as coordenadas das
estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (RBMC) são determinadas
com precisão milimétrica. Com este nível de precisão, diversos fenômenos associados a movimentos da
crosta terrestre, antes imperceptíveis, passam a ser claramente detectáveis. No caso do Brasil, o
fenômeno que mais contribui para a alteração das coordenadas planimétricas (latitude e longitude) é o
movimento da placa tectônica da América do Sul, responsável por um deslocamento de todo o
território para noroeste em um pouco mais de 1 cm por ano. Esta variação anual evidenciou a
necessidade de se associar uma época de referência às coordenadas de estações geodésicas
determinadas com precisão milimétrica (ou centimétrica). No caso do sistema geodésico oficial do país,
SIRGAS2000, escolheu-se 2000,4 para a época de referência, uma vez corresponder ao período da
campanha SIRGAS realizada em 2000 (i.e., em maio daquele ano), quando 184 estações GPS foram
observadas em todas as Américas e Caribe com o objetivo de materialização do novo sistema.

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11/03/17

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Uma projeção cartográfica consiste num conjunto de linhas (paralelos
e meridianos), que formam uma rede, sobre a qual são representados
os elementos do mapa.

Todos os mapas e/ou cartas são representações aproximadas da


superfície terrestre, uma vez, que a forma esférica da Terra é
desenhada sobre uma superfície plana.

Os sistemas de projeções cartográficas são classificados quanto ao


tipo de superfície adotada e pelo grau de deformação da superfície.

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas em:

•  Cilíndricas (representam a superfície curva da Terra sobre um


cilindro);

•  Planas ou Azimutais (representam a superfície curva da Terra sobre


um plano);

•  Cônicas (representam a superfície curva da Terra sobre um poliedro


tangente ou secante à esfera terrestre).

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11/03/17

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Classificação das projeções quanto ao tipo de superfície adotada.


Fonte:

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeção Plana ou Azimutal - o mapa é construído imaginando-o situado
num plano tangente ou secante a um ponto na superfície da Terra. Ex.
Projeção Esterográfica Polar.

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11/03/17

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeção Cônica - o mapa é construído imaginando-o desenhado num
cone que envolve a esfera terrestre, que é em seguida desenrolado. As
projeções cônicas podem ser também tangentes ou secantes. Nas
projeções cônicas os meridianos são retas que convergem em um ponto e
todos os paralelos, circunferências concêntricas a esse ponto. Ex. Projeção
Cônica de Lambert.

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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeção Cilíndrica - o mapa é construído imaginando-o desenhado num
cilindro tangente ou secante à superfície da Terra, que é depois
desenrolado. Pode-se verificar que em todas as projeções cilíndricas, os
meridianos bem como os paralelos são representados por retas
perpendiculares. Ex. Projeção Mercator.

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11/03/17

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Quanto ao grau de deformação das superfícies, são classificadas em:

•  Conformes ou Isogonais (não deformam ângulos de pequenas


áreas);

•  Equivalentes ou Isométricas (não deformam áreas);

•  Equidistantes (não apresentam deformações lineares).

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeções Conformes ou Isogonais - possuem a propriedade de não
deformar os ângulos de pequenas áreas. Nestas projeções os paralelos e
os meridianos se cruzam em ângulos retos, e a escala em torno de um
ponto se mantém para qualquer direção. Porém, ao se manter a
precisão dos ângulos, distorce-se a forma dos objetos no mapa.
Ex. Mercator.

Projeções Equivalentes ou Isométricas - não deformam áreas,


conservando uma relação constante, em termos de área, com a
superfície terrestre. Devido a suas deformações não são adequadas à
Cartografia de base, porém são muito utilizadas para a Cartografia
temática. Ex. Azimutal de Lambert.

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11/03/17

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeções Equidistantes - são as projeções que não apresentam
deformações lineares, ou seja, os comprimentos são representados em
escala uniforme. Esta condição só é conseguida em determinada
direção. Estas projeções são menos empregadas que as projeções
conformes e equivalentes, porque raramente é desejável um mapa com
distâncias corretas apenas em uma direção. Ex. Cilíndrica Equidistante.

Projeções Afiláticas - não possui nenhuma das propriedades dos outros


tipos, isto é, equivalência, conformidade e equidistância, ou seja, as
projeções em que as áreas, os ângulos e os comprimentos não são
conservados.

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Normalmente em um país, é utilizado um conjunto padrão de


projeções, previamente definido, para atender às demandas
específicas de utilização e à representação em escala. No Brasil, para o
mapeamento sistemático, utiliza-se o seguinte padrão para projeções:

⇒ Escala 1:25.000 a 1:250.000 - Projeção UTM

⇒ Escala 1:500.000 a 1:1.000.000 - Projeção Conforme de Lambert

⇒ Escala 1:5.000.000 - Projeção Policônica.

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11/03/17

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Alguns exemplos de outras projeções:

https://www.jasondavies.com/maps/transition/

A PROJEÇÃO UTM
A projeção adotada no Mapeamento Sistemático Brasileiro é o Sistema
Universal Transverso de Mercator (UTM), que é também um do mais
utilizados no mundo inteiro para cartografia sistemática recomendada
pela União da Geodésia e Geofísica Internacional (UGGI).

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11/03/17

A PROJEÇÃO UTM
A projeção UTM é um caso particular da Projeção Transversa de
Mercator com as características abaixo:

a) A superfície de projeção é um cilindro cujo eixo é perpendicular ao


eixo polar terrestre. É uma projeção conforme, portanto mantém os
ângulos e a forma das pequenas áreas.

b) O Cilindro de projeção é secante ao elipsóide de revolução,


segundo os meridianos, ao longo dos quais não ocorrem deformações
de projeção (K=1). As áreas entre os meridianos de secância sofrem
reduções de escala (K<1), enquanto as áreas fora dos meridianos de
secância apresentam escalas ampliadas (K>1). Desta forma permite-se
que as distorções de escala sejam distribuídas ao longo do fuso de 6°.

A PROJEÇÃO UTM
c) O elipsóide terrestre é dividido em 60 fusos parciais com 6° de
amplitude cada um. O coeficiente de redução máxima ocorre ao
longo do meridiano central do fuso (MC) e tem o valor constante
K=0,9996.

d) O Equador é uma linha reta horizontal, o Meridiano Central é uma


linha reta vertical, os paralelos são curvas de concavidade voltada
para os pólos e os meridianos são curvas de concavidade voltadas
para o MC.

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11/03/17

A PROJEÇÃO UTM
e) A origem do sistema cartesiano de coordenadas é formada pelo
meridiano central do fuso (eixo Y) cujo valor é E = 500.000,00 m, e pelo
Equador (eixo X) que tem valor N = 0 metros, para coordenadas no
hemisfério norte e N = 10.000.000,00 m, para coordenadas no
hemisfério sul.

f) As constantes de E = 500.000 m e N = 10.000.000 m chamadas,


respectivamente, de Falso Este e Falso Norte visam evitar coordenadas
negativas.

A PROJEÇÃO UTM

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11/03/17

A PROJEÇÃO UTM
Em latitude, os fusos são limitados ao paralelo de 80 N e 80 S, porque as
deformações tornar-se muito acentuadas para latitudes superiores. As
regiões polares devem ser representadas pela projeção Universal Polar
Estereográfica.

Como são 60 fusos para toda a Terra, cada fuso é numerado a partir do
antemeridiano de Greenwich para a direita. No Brasil estão os fusos de
numeração de 18 a 25, com ordem crescente do Acre para o Oceano
Atlântico.

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11/03/17

Fusos (MG) Meridiano Limites


Central
22 -51º -54º a -48º
23 -45º -48º a -42º
24 -39º -42º a -36º

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11/03/17

A PROJEÇÃO UTM
A simbologia adotada para as coordenadas UTM é:
•  N - para as coordenadas norte - sul; e
•  E - para as coordenadas leste - oeste.

Logo, uma localidade qualquer será definida no sistema UTM pelo par de
coordenadas E e N.

Cada fuso UTM possui meridiano central com uma taxa de deformação
em escala o fator K = 0,9996 para pontos sobre o meridiano central o qual
recebe a designação de K0. Para qualquer outro ponto dentro do fuso o
coeficiente de deformação linear é dado pela seguinte formulação:

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11/03/17

Onde:
•  λ0 é o meridiano central do fuso UTM;
•  λ é o meridiano do lugar;
•  φ é a latitude do lugar;
•  K0 é o coeficiente de deformação linear no meridiano central; e
•  K é o coeficiente de deformação linear do lugar.

A PROJEÇÃO UTM
Os sistemas de coordenadas comumente usados para representar
os dados espaciais são:
a)  latitude/longitude e
b)  UTM (Universal Transversa de Mercator).

O conhecimento acerca do fuso é fundamental para o posicionamento


correto das coordenadas do sistema UTM. O seu cálculo pode ser
efetuado facilmente através da seguinte fórmula:

Fuso = inteiro((180 + λ)/6) + 1


O cálculo do Meridiano Central (MC) pode ser obtido pela seguinte
formula:

MC = 6*F - 183

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11/03/17

EXERCÍCIO

•  Calcule o fator de deformação (k) para cada coordenada


abaixo:
a)  φ = -07º 35’ 56,90” = -07,59913888º e λ = -72º 46’ 21,01” = -72,77250278º
b)  φ = -22º 07’ 31,25” = -22,12534722º e λ = -51º 24’ 09,77” = -51,40271388º
c)  φ = -22º 19’ 09,77” = -22,31938055º e λ = -46º 19’ 44,11” = -46,32891944º
d)  φ = -03º 51’ 13,10” = -03,85363888º e λ = -32º 25’ 33,40” = -32,42594444º

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17/03/17

TIPOS DE NORTE

Norte Geográfico: é a direção determinada pelo meridiano


do ponto considerado.

Norte de Quadrícula: é a direção determinada por uma


paralela ao meridiano central no ponto considerado.

Norte Magnético: é a direção determinada pelo meridiano


magnético no ponto considerado. A agulha da bússola
aponta para esta direção quando está sobre o ponto.

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17/03/17

CONVERGÊNCIA MERIDIANA
Os meridianos do fuso ou zona da projeção formam um
ângulo com as linhas verticais da quadricula. Esse ângulo é
nulo para o meridiano central, mas vai aumentando com a
diferença de longitude e também com a latitude.

Este ângulo foi chamado de convergência meridiana, a qual


é variável em relação à situação a cada ponto dentro da
zona e representa, para cada ponto, o ângulo formado entre
as linhas que indicam o norte geográfico e o norte da
quadricula.

EXERCÍCIO
•  Obter os valores das Coordenadas UTM (de uma área) utilizando uma
carta do IBGE.
1.  Vamos identificar os quadrantes que estão entre as coordenadas UTM (E; N );
2.  Identificar as nascentes e determinar as coordenadas UTM de cada uma delas;
3.  Delimitar a APP de cada nascente;
4.  Determinar as coordenadas UTM que definem as APP’s de cada nascente;
5.  Identificar o trajeto do rio Mogi-Guaçu e delimitar a APP dele;
6.  Determinar as coordenadas UTM da APP do rio Mogi-Guaçu.

Obs: utilizar as plantas do IBGE impressas.

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17/03/17

Fonte: https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/codigo-florestal/areas-de-
preservacao-permanente.aspx

TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
UTM PRA GEODÉSICAS
•  Uma ferramenta recomendada para este cálculo está
disponível no site:
http://www.ufrgs.br/engcart/Teste/transf_coord_4.php

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17/03/17

EXERCÍCIO
•  Obter os valores em Coordenadas Geodésicas das Coordenas UTM
obtidas no exercício anterior. Utilize a ferramenta disponível no site:

http://www.ufrgs.br/engcart/Teste/transf_coord_4.php

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