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Agrias claudia

Família:  Ninfalídeos/Preponinae

Plantas Hospedeiras: Quina glaziovii

Particularidades: Ameaçada de extinção. Conhecida


como o “príncipe dos ninfalídeos” devido a sua beleza. Mais presentes em regiões do estado
do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Ascia monuste

Família:  Pierídeos/Pierinae

Plantas Hospedeiras:  Couve, chagas e de alguns vegetais


silvestres da família caparidácea e cruciferas. Geralmente
Brassica oleracea

Particularidades: Talvez a Borboleta mais comum do


Brasil, denominada “praga-da-couve” devido a suas lagartas, causarem sérios danos ao
cultivo das diversas crucíferas. Tem 6cm de envergadura e pode ser vista na cidade grande.
Ovos de cor amarelada.

Catonephele numilia penthia

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Alchornea cordata

Particularidades: É atraída por secreções


vegetais e sucos de frutas fermentadas. Os machos gostam de pousar nas folhas e abrir as
asas, expondo-as ao sol. Apresenta dimorfismo e dicromatismo sexual. Macho tem 6
manchas alaranjadas. No verão ocorrem em grande número. Postura de ovos em plantas de
locais descampados. Sua lagarta lembra muita as urticantes. Alimentam-se das pontas das
folhas e descansam nas nervuras. Pupa tem cor verde escura.

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Colobura dirce

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Embaúba ou Cecropia sp

Particularidades: Conhecida como “zebra”, devido ao


desenho da face inferior das asas. Se alimentam de
frutos maduros e raramente abandonam áreas sombreadas. Faz postura na face ventral das
folhas e cortam as nervuras da folha comendo-as de baixo para cima formando um abrigo.

Smyrna blomfildia

Família:  Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Urera baccifera (Urticaceae)

Particularidades: Se alimentam do Urtigão sendo


encontrada com frequência no verão. Depositam ovos
separadamente em folhas jovens, se assemelham com as lagartas de saturnideos, mas são
inofensivas. Metamorfose ocorre em cerca de 8 dias.

Danaus plexippus erippus

Família: Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Oficial-de-sala (Asclepias


curassavica).

Particularidades: É uma das Borboletas mais


conhecidas, próxima da famosa “monarca americana”. Voa geralmente baixo, pousando em
pequenas flores para sugar o néctar. Chega a 9,5 cm de envergadura, tem voo baixo e lento
e gosta de lugares abertos. Ovos são colocados nos botões das Asclepsias, as lagartas são
implantáveis, pois, a planta hospedeira é tóxica. São susceptíveis a ataques de vírus
adquiridos pelas moscas Tachinidae.

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Dannaus gillipus

Família: Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Oficial-de-sala (Asclepias


curassavica).

Particularidades: Borboleta de sub-bosque, matas


secundárias e trilhas de pastagens. Ovos postos isoladamente e a borboleta tem cerca de 7
cm de envergadura. Adultos visitam as Lantanas, Asclepias curassavica, Sarcostemma sp
(que são Asclepiadaceae).

Dynastor napoleon

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Diversas


Bromeliáceas.

Particularidades: Considerada um dos mais espetaculares lepidópteros do mundo por suas


cores e tamanho. Voa geralmente nos meses de verão ao crepúsculo e ao amanhecer.
Sudeste Brasileiro (acima de 800 metros).

Eueides isabella dianasa

Família: Ninfalídeos/Heliconinae

Plantas Hospedeiras: Diferentes espécies de maracujá, principalmente Passiflora edulis.

Particularidades: Comum em plantios, tem cores vistosas tanto adulto quanto a lagarta. É
comum serem predadas ainda em estado larval.

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Hamadryas arete

Por: LepidopteroFilo

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Dalechampia spp


(Euphorbiaceae)

Particularidades: espécie heliófila, incomum, presente em zonas sombreadas de matas


ombrófilas, podendo ser avistadas cruzando áreas ensolaradas. É encontrada em matas
primárias e secundárias. Seu voo é normalmente rápido e irregular. Ao sobrevoar a planta
que vai se alimentar começa a voar em círculos de forma mais lenta. Alimenta-se de frutas
maduras caídas no chão das florestas. Apesar de pertencer ao grupo das borboletas-
estaladeiras os indivíduos dessa espécie não produzem o som ao se deslocar. As lagartas têm
o corpo negro com listras verdes e laranjas que se alternam. O corpo é coberto de espinhos
negros e a cabeça apresenta cornos ramificados. Apresentam hábitos diurnos.

Hamadryas amphinome

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Trepadeira Dalechampia


(Delachampia scadens)

Particularidades: Vulgarmente chamada de


“estaladeira”, devido ao ruído que produz durante o voo, pousa com as asas abertas. Tem
7,5cm de envergadura e suas lagartas são gregárias.

Hamadryas februa

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Trepadeira Dalechampia


(Delachampia scadens)

Particularidades: Vulgarmente chamada de


“estaladeira”, devido ao ruído que produz durante o voo, pousa com as asas abertas. Não
sofre com parasitismo e as lagartas são solitárias

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Hamadryas feronia

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Trepadeira Dalechampia


(Delachampia scadens)

Particularidades: Vulgarmente chamada de


“estaladeira”, devido ao ruído que produz durante o
voo, pousa com as asas abertas. A pupa pode ser parasitada por hymenoptera. Lagartas são
solitárias.

Heliconius erato phyllis

Família: Ninfalídeos/Heliconinae

Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de maracujá


(Passiflora sp)

Particularidades: Voam durante todo o dia à


procura de flores azuis ou vermelhas, como a
Lantana. À noite se reúnem em pequenos grupos sobre galhos secos. Tem 7 centímetros de
envergadura. Ovos colocados em brotos de gavinhas de diversos maracujazeiros. Pode
ocorrer canibalismo entre as lagartas.

Heliconius ethilla narcaea

Família: Ninfalídeos/Heliconinae

Plantas Hospedeiras: Diferentes espécies de


maracujá (Passiflora sp)

Particularidades: São encontradas nas matas,


jardins e parques, onde procura flores, principalmente as vermelhas como margaridas e
cambará-de-jardim. Tem 7cm de envergadura e é encontrada em bordas de mata. Postura
de ovos feita em gavinhas de maracujazeiros silvestres de modo mais ou menos isolado.

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Heliconius sara

Família: Ninfalídeos/Heliconinae

Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de maracujá


(Passiflora sp)

Particularidades: Voa durante o dia nos locais sombrios ou


ensolarados à procura do néctar de diversas flores de que se alimenta.

Heraclides thoas brasiliensis

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras:    Polífaga de Piperáceas,


rutáceas nativas e também Citrus ssp.

Particularidades: Conhecida popularmente como


Borboleta Caixão-de-defunto, está presente desde as
matas até regiões abertas e ensolaradas, onde procura o néctar de diversas flores, como o
cambará, o hibisco e outras espécies que exalam perfume. Chega a 13cm de envergadura,
gosta de regiões ensolaradas, especialmente bordas de mata. Ocorre durante todo o ano e
em repouso deixa as asas estendidas. Ovos são postos isoladamente em pés de limão,
laranja e tangerina. Sua lagarta repele o agressor liberando um odor forte pela estrutura
chamada osmetério,

  

Junonia evarete

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Gervão (Stachytarpheta


cayennensis) e Mangue-branco (Laguncularia
racemosa).

Particularidades: A Junonia evarete gosta de


pequenas flores silvestres, de onde tira seu
sustento. Gosta de pousar sobre pedras, e em
trilhas com as asas abertas. O Macho tem a asa
posterior azulada. São parecidas com a espécie
Junonia coenia.

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Marpesia petreus

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Diversas moráceas, como a


jaqueira e a figueira.

Particularidades: Caracterizada pelas asas de


contorno irregular, incomum e longas caudas
escuras.

Mechanitis lysimnia

Por: borboletaskmariposas.blogspot.com.br

Família: Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Tomateiro, tomateiro-bravo


(Solanum sinzibrifolium,) e outras solanáceas.

Particularidades: Tendo o nome comum de “maria-


boba” ou “pequena- bandeira-espanhola”, dado seu voo lento e fraco. O adulto alimenta-se
de Eupatorium, a implacabilidade do adulto pode ser provada através do teste da Nephila,
esta aranha não suporta a Mechanitis lysimnia, que ao perceber estar em uma teia de
aranha permanece estática, os olhos da aranha são incapazes de perceber o padrão
apostemático, a borboleta avisa a aranha através de infoquímicos, chamados alomônios,
secreções em forma de gotículas amarelas que saem do abdômen, a Nephila detém o seu
ataque pois detecta o alomônio através de pelos tubulares quimiossensíveis, a aranha
imediatamente recorta a teia em volta da borboleta e a solta da sua teia.

Heraclides anchisiades capys

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Laranjeiras e outras plantas


cítricas (Citrus spp)

Particularidades: Este papilionídeo é encontrado


desde as matas até aos locais abertos e de
vegetação rasteira, onde, nas horas quentes do dia, procura o néctar de diversas flores de
que se alimenta. Encontrados em áreas desmatadas, urbanas ou em flores como hibisco.
Fêmeas deposita placas de ovos nas plantas hospedeiras, mas somente em folhas maduras e

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não nas jovens como o resto do grupo. As lagartas recém eclodidas migram para o ápice das
folhas e as devoram.

Heraclides androgeus laodocus

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Laranjeiras.

Particularidades: Frequenta as matas, as clareiras, os


jardins e os pomares, onde existem laranjeiras e outras
plantas cítricas, alimento de suas lagartas. Os machos costumam pousar na areia úmida
para sugar a lama.

Parides ascanius

Família: Papilionídeo/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aristolochia spp

Particularidades: Embora grande e vistosa, a Borboleta


é evitada por predadores como os pássaros, pois assimila
um veneno da única planta-alimento de suas lagartas, Aristolochia macroura.

Phocides palemon phanias

Família: Hesperídeo/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Eucalipto (Eucalyptus spp)

Particularidades: Pequena Borboleta de cores


escuras, caracterizada por corpo e cabeça robustos e as asas relativamente reduzidas.

Tegosa claudina

Por: borboletasbr.blogspot

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Família: Ninfalídeo/Melitaeinae

Plantas Hospedeiras:    Polífaga de Wedelia paludosa, Bidens pilosa, Bidens alba (Floridas o
ano inteiro) Vernonia beyrichii Mikania micrantha e trema micranthe (Familia Ulmaceae)

Particularidades: encontrada geralmente no sul e sudeste brasileiro. Já foi separada de


outras espécies cujos nomes hoje são considerados sinônimos. Fêmeas depositam seus ovos,
na face inferior das folhas. São amarelos, de forma subcilíndrica. Se alimentam do
parênquima da folha. Lagarta tem por volta de seis estádios e são gregárias. Pupa de
coloração variável. Os adultos emergem no inverno e há um ligeiro dimorfismo sexual
acentuado, fêmeas maiores. Imagos observados comumente em bandos sob o barro
molhado

Hypanartia bela

Família:  Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Trema micrantha e Celtis


spinosas (Ulmaceae)

Particularidades: Borboleta de porte médio


habita as bordas do mato em florestas altas.
Adultos sem dimorfismo sexual acentuado. Machos muito territoriais defendem seus sítios
com vigor.  Imagos com dieta predominantemente de seiva em fermentação e barro
molhado.

Pterourus cleotas

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aristolochia sp

Particularidades: é encontrado desde a Costa Rica até


a Argentina. Uma forma semelhante é encontrada no
Peru e na Bolívia chamada de Pterourus menatius. Pouco se sabe sobre este animal.

Pterourus scamander

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Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Persea gratissima

Particularidades: Envergadura de 12 cm e são ariscas. Ovos são espalhados sobre a


superfície foliar juvenil. Lagarta verde e preta. Pouco se sabe sobre esta espécie.

Eresia lansdorfi

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Acanthaceae

Particularidades: Mimetiza Heliconius erato phyllis, mas


existe a forma amarela chamada sulphurata. Juntam-se em flores ou no barro formando
panapanás.

Strephonota cyllarissus

Família:  Licenídeos/Theclinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: com uma cauda fina em cada asa


posterior que é característica de alguns membros
desta família. A face superior da asa é azul.

Placidina euryanassa

Família:  Ninfalídeos/Ithominae

Plantas Hospedeiras: Trombeteiras Brugmansia


suaveolens ou B. candida

Particularidades: Voo lento e baixo, vivendo em


borda de mata. Passam a noite agrupadas se
alimentando. Empopam longe da planta hospedeira em locais bem escondidos. Borboleta de
porte médio habita as florestas do Sudeste do Brasil. Adultos sem dimorfismo sexual
acentuado. Imagos com dieta de néctar. Espécie do complexo mimético Mulleriano onde
temos também Heliconius ethilla narcaea e Mechanitis lysiminia lysimnia.

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Heraclides hectorides

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Polífaga de Piper


amalago, piperaceae, Citrus spp e raramente em rutaceae, gêneros: Zanthoxylum, Citrus

Particularidades: Pequena em relação a maioria dos papilionáceos. Apresentam dimorfismo


e dicromatismo sexual. As fêmeas são escuras com listra brancas em cada conjunto de asas
anteriores e manchas avermelhadas em ambos os pares de asas. Os machos são negros com
uma faixa amarela que corta cada conjunto de asas e pintas vermelhas nas asas posteriores.
As lagartas se alimentam isoladamente, a pupa é marrom esverdeada. Algumas pupas
podem entrar em estado de dormência por alguns meses em uma estratégia de
sobrevivência em locais com pouca disponibilidade de alimento.

Pyrisitia nise

Família: Pierideos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Mimosa watsonii, mas também


do gênero Senna, dormideira Mimosa pudica (Fabaceae)

Particularidades: espécie comum, heliófilos, podendo


ser vista nas bordas entre cidades e as áreas de matas (semiurbana) como também nas
florestas secundárias. Muito mais observada nas áreas onde o homem alterou a mata.
População extremamente abundante. A fêmea pode ser vista em diversos locais próximos ao
chão. É muito fácil se ver a desova. Já os machos também vão ao chão procurando por locais
úmidos como possas de águas e praias de riachos, onde bebem água com sais. 

Eurema elathea

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Família: Pierideos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Polífogas da família Fabaceae: Zornia, Stylosanthes e Senna. Especial


preferência por Senna alata

Particularidades: espécie comum, heliófilas, podendo ser vista nas bordas entre cidades e as
áreas de matas (semiurbana) como também nas florestas secundárias. A fêmea pode ser
vista em diversos locais próximos ao chão de preferência nem planta alimento das lagartas,
onde com atenção é muito fácil se ver a desova

Epityches eupompe

Família:  Ninfalídeos/Danaine

Plantas Hospedeiras: Não identificado

Particularidades: Apresenta 3 manchas amareladas


translucidas no primeiro par de asas, sendo elas contornadas por traços pretos e manchas
alaranjadas. O ápice da asa tem manchas brancas. O segundo par de asa apresenta uma
única mancha amarelada translucida com contorno preto e laranja e borda com manchas
branqueadas.

Rekoa palegon

Família:  Licenídeos/Theclinae

Plantas Hospedeiras: Asteraceae

Particularidades: é encontrada a partir do norte da


Argentina até o México e em alguns locais do Texas.
Tem uma envergadura de até 2,8 cm, tem um marrom maçante e a parte inferior da asa é
cinza com laranja amarronzado nas margens externas, com listras irregulares. Há uma
geração por ano sendo em novembro no sul do Texas e de maio a dezembro, no México. Eles
se alimentam do néctar das flores e espécies de Senecio Eupatorium.

Battus polydamas

Família:  Papilionideos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aristolochia em especial a


A. galeata e A fimbriata (no RJ)

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Particularidades: Encontrado em bordas de mata, as lagartas são cinzas, vermelhas ou
marrons, devastando plantas de grande porte até a raiz, as larvas são tuberculadas, com
longos filamentos no tórax. Casais são vistos em locais com plantas que produzem muito
néctar. Os ovos são de cor amarela e as lagartas são gregárias. Exibem o osmetério bífido
liberando odor fétido quando molestadas. Podem sofre parasitismo de hymenoptera. Ela
imita as fêmeas de Pterourus scamander e de Heraclides astyalus.

Mechanitis polymnia casabranca

Família:  Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Tomateiro-bravo Solanum


paniculatum

Particularidades: pertence ao anel mimético


mülleriano co Hypothyris euclea, Mechanitis lysimnia
Placidina euryanassa, Euides Isabella e Heliconius ethilla. É implantável aos predadores. Tem
voo lento, próximo ao solo, muito comum exceto no Rio Grande do Sul. Tem uma
envergadura de 6,5cm e as fêmeas colocam os ovos na face superior da folha. Lagarta
branca de pupa prateada.

Aeria olena olena

Família: Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Solanáceas

Particularidades: possui face dorsal amarela com bordas


pardas e asas anteriores medindo 1,9 cm. Apresenta voo
frágil, muito lento e pouca altura. Pousa com as asas fechadas em lugares sombrios.

Eurema albula

Família:  Píerídeos/Colidinae

Plantas Hospedeiras: Polífaga de Senna occidentalis,


Senna hirsuta e Parkinsonia

Particularidades: apresenta uma face dorsal com


ápice negro e ventre das asas posteriores, branco ou
pardo. As asas anteriores medem 3,5 cm de envergadura. São encontradas em sub-bosques
e plantios. Voam lentamente a pouco mais de um metro do chão. Lagartas bem verdes,

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como a folha que comem. Adultos procuram alimento em flores bem coloridas formando
panapanás.

Capronnieria galesus

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie. Não tem


manchas ocelares nas asas. A face superior da asa é marrom
sólido e a inferior está manchada de pálido nas bordas externas. Ainda na parte interna essa
separação das cores é feita por uma linha transversal e na borda das asas linhas castanhas
fazem ziguezague. Entre eles pode haver pontos na asa posterior.

Anartia jatrophae

Família:  Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras:  Polífaga de Bacopa, Ruellia e


Lippia

Particularidades: Adultos gostam de néctar de Bidens


pilosa. São territorialistas, cuidando de uma área de mais ou menos 15 metros em busca de
fêmeas. Tem cerca de 7 cm de envergadura e geralmente 3 manchas ocelares em par de
asas. Ocorre em quase toda América, desde a Argentina, passando pelo Brasil chegando até
Carolina do norte, do Sul e Nebraska. Evolutivamente próxima da espécie A. amathea. E
comum em áreas bem abertas. É fácil vê-la voando baixo na vegetação rala das dunas
próximas ao mar.

Anartia amathea

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

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Pantas Hospedeiras:  Polífaga de Acanthaceae e Lameaceae

Particularidades: Uma das Borboletas mais comuns do Brasil, ocorrendo principalmente em


locais úmidos e brejos.

Vanessa braziliensis

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Polífagade Antennaria, Senecio,


Artemesia (Asteraceae), Antirrhinum
(Scrophulariacae). Malva (Malvaceae)

Particularidades: O gênero Vanessa contém mais de


20 espécies. Esta, é encontrada no Brasil, Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Paraguai,
Uruguai e Argentina. Tem um padrão de rosa laranja, preto e branco na face superior das
asas e um tom de mármore em azeite e cinza na face inferior. Tem também uma linha de
pós-mediana ocelar de tamanhos variados nas asas posteriores. ocorre em uma grande
variedade de habitats perturbados, incluindo pastos abertos e pastagens, áreas rochosas
árida. Normalmente é encontrada em altitudes entre cerca de 1800-3500 metros. Ambos os
sexos tendem a ser vistos em grupos de até uma dúzia em gramados, clareiras, em rochas ou
solo nu nas proximidades de fontes de néctar.

Vanessa myrinna

Família:  Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Polifaga de Antennaria,


Senecioand Artemesia (Asteraceae), Antirrhinum
(Scrophulariacae), Malva (Malvaceae)

Particularidades: Características muito parecidas com a da Vanessa braziliensis, exceto pelo


fato de que as manchas ocelares serem quase ou totalmente ausentes na asa posterior. É
encontrada em altitudes entre cerca de 1800-3000 metros, as pupas de espécies são
acinzentadas Vanessa, e um pouco brilhante.

Hemiargus hanno

Família: Licenídeos/Polyommatinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

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Particularidades: ocorrem na região neotropical. A maioria é restrita a campos temperados
dos Andes e grandes altitudes embora espécies ocorrem em altitudes muito mais baixas. O
número exato de espécies Hemiargus é incerto devido a opiniões divergentes sobre a
classificação taxonômica de várias raças. Atualmente, se reconhece somente duas espécies
de Hemiargus com diversas subespécies; ceraunus, gyas, filenus, antibubastus, hanno,
astenidas e bogotana. A última pesquisa parece indicar, porém, que há pelo menos seis
espécies denominadas; martha, huntingtoni, ceraunus, hanno, Ramon e outras espécies
atualmente sem nome do Peru. Hemiargus hanno é a espécie mais comum e mais
generalizada. Ele provavelmente ocorre sobre a maioria das regiões tropicais e subtropical
do continente da América do Sul, embora a sua faixa exata é desconhecida devido à
frequente confusão com outras espécies Hemiargus. Esta espécie é encontrada em habitats
perturbados, secos, áreas tropicais e subtropicais, em altitudes entre o nível do mar e cerca
de 1500m. É mais frequentemente visto em pastagens, mas também podem ser encontrados
ao longo das estradas ou clareiras em florestas gravemente perturbadas. Hanno são ativos
apenas no sol quente, momento em que grandes números podem ser encontrados voando
em aberto secos gramados.

Hemiargus ceraunus

Por: Pete Withers

Família:  Licenídeos/Polyommatinae

Plantas Hospedeiras: Polífaga de Cassia brachiata,


Prosopis species e Abrus precatorius

Particularidades: A face superior das asas é azul nos


machos, as fêmeas são marrom escuras, muitas vezes com a base das asas azuis. A face
inferior é cinza em ambas as asas com uma linha pôs-mediana escura. Os ovos são
depositados individualmente em botões de flores ou folhas de plantas. Elas ocorrem em
floresta aberta e em regiões desérticas,

Pyrgus orcus

Família: Hesperíideos/Pyrginae

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Plantas Hospedeiras: Geralmente Malvastrum e Sida (Malvaceae)

Particularidades: os machos na Pyrgus género (e em vários outros géneros Pyrginae) tem a


metade basal do bordo de ataque da asa dianteira dobrada. Dentro da dobra são centenas
de escalas da asa especializadas chamadas androconia, a partir do qual os feromônios são
divulgados para atrair fêmeas para a cópula.

Hylephila phyleus

Família: Hesperídeos/Hesperinae

Plantas Hospedeiras: Polifaga de grama Bermuda


(Cynodon dactylon), capim-colchão (Digitaria), grama
Santo Agostinho (Stenotaphrum secundatum) e outras
gramíneas

Particularidades: Ocorre da Argentina até o Sul do EUA. Adulto se alimenta do néctar de


diversas flores pimenteira-doce, serralha pântano, e cardos. Antenas são muito curtas. Face
inferior da asa posterior é repleta de pequenas manchas pretas. A fêmea é marrom escura
com uma banda muito irregular de laranja. A face inferior da asa posterior é castanho claro
com detalhes pálidos. Os machos pousam em gramados e aguardam fêmeas receptivas.

Aphrissa statira

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras:    Polífaga de Cassia, Dalbergia e


Entada (Leguminosae), Callichamys (Bignoniaceae) e
Calliandra (Mimosaceae)

Particularidades: bem distribuída entre a florida e Bolívia. Existem 8 espécies de Aphrissa


neotropicais. A face superior da asa do macho é amarela escuro e na porção exterior de
ambas as asas sendo de coloração amarelo pálido, muito esverdeado. A fêmea é amarelo
limão, com uma mancha preta, as margens das asas são pretas e um ápice preto. A parte
inferior das asas de ambos os sexos tem uma aparência brilhante. Esta borboleta
geralmente é vista nas margens de rios e outros habitats abertos, em altitudes entre cerca
de 0-1600m. É mais comum entre cerca de 200-800m e é mais abundante durante o início
das estações molhadas.

Strymon bazochii

Família: Licenídeos/Theclinae

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Plantas Hospedeiras: Lippia alba, Lippia graveolens, Bidens alba, varis espécies de Lantana
(somente brotos jovens) e Stachytarpheta jamaicensis

Particularidades: encontrada desde o Paraguai até a América Central, Antilhas e México, e


sul do Texas. Foi introduzida no Havaí em 1902 para controlar a população de Lantanas.
Com resultados bem sucedidos. Tem uma envergadura de 2,5cm. São vistas de maio a
dezembro. Existem duas ou três gerações por ano.

Actinote discrepans

Família: Ninfalídeos/Heliconiinae

Plantas Hospedeiras: Polífagas, entre elas


Asteraceae, Eupatorium intermedium

Particularidades: Podem ser muito abundantes no


sudeste do Brasil em certas epocas do ano. O
gênero actinote permite separar pela sua coloração alar cinco padrões básicos anatomicos,
provavelmente relacionados com o mimetismo. Além disso, séries de exemplares coletados
no campo ou criados em laboratório demonstram claramente que existe uma grande
variabilidade intra-específica na coloração alar destas borboletas tornando sua identificação
difícil.

Actinote pellenea

Família: Ninfalídeos/Heliconiinae

Plantas Hospedeiras: Geralmente em Austroeupatorium


inulaefolium

Particularidades: com ampla distribuição na América


Neotropical, sendo possível encontrá-la desde a Argentina até o México: no sudeste do
Brasil, suas populações são caracterizadas por apresentar polimorfismos nos padrões alares.
Estudos feitos com populações do sudeste e centro-oeste do Brasil bem como medidas
morfometrias da asa anterior e marcadores moleculares de microssatélites analisaram
padrões de variação morfológica e níveis de estruturação genética.

Actinote carycina

Família: Ninfalídeos/Heliconiinae

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Plantas Hospedeiras: Eupatorium buniifolium, E. hirsutism, E. inulae, E. laevigatum Lam. E.
macrocephallls, E. oblongifolium mas especialmente em Eupatorium gaudichaudianum e
Eupatorium inulaefolium (Asteraceae)

Particularidades: Pode apresentar duas gerações ao ano, em novembro/dezembro e


março/abril. Tem sete instares larvais. As posturas são feitas na face abaxial da folha em
grupos de 400 a 450 ovos. São depositados lado a lado, e as lagartas enfrentam condições
extremas durante a chegada das geadas. Em locais onde cai neve a face adaxial da folha é
coberta pelo gelo, as larvas alimentam-se, após o degelo, até o final da tarde, num período
aproximado de cinco a seis horas diárias. Este comportamento também foi observado para
Actinote surim.

Melete lycimnia

Família: Pierídeos/Pierinae

Plantas Hospedeiras: erva-passarinho Phoradendron


affine

Particularidades: Com maior frequência na primavera.


Adultos sobream a planta hospedeira acasalando e fazendo a postura. Cerca de 80% dos
ovos são viáveis sendo geralmente parasitado pelo fungo Metarhizium anisoplia ou
hyminopteras como bracymeria (Chalcidae).

Eurema deva

Família:  Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Senna sp

Particularidades: borboletas brancas amareladas de


distribuição na Ásia, África, Austrália e Oceania, para o
Novo Mundo.  Há mais de 70 espécies do gênero, mas mais de 300 nomes sinônimos.

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Algumas espécies, como o comum Africano  Eurema hecuba que têm mais de 80 sinônimos. O
gênero em si tem mais de 15 juniores sinónimos genéricos. Este é o preço de ser um táxon
generalizado, assim como um problema zoogeógrafas.

Phoebis philea

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de Cassia, em


especial C. siamea (Caesalpinaceae) e Zygia.

Particularidades: Conhecida vulgarmente como


“gema”, encontrada em parques e jardins, voando rapidamente sobre as flores de diversas
plantas cultivadas dos gêneros Impatiens, Hibiscus, Ixora, Duranta e Bougainvillea, entre
outras. Tem uma envergadura de 9cm encontrada em jardins e matas. Voa rapidamente
desde o nível do chão até copa de árvores. Postura é feita em brotos e folhas jovens de
fedegoso ou ingazeiro. Muitas vezes pode ser encontrado em empoçamento de lama
formando agregações de diversas espécies de Phoebis. São migratórias, e amplamente
distribuídas em toda a região neotropical.

Phoebis neocypris

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Cassia da família da ervilha


(Fabaceae) e Senecio brasiliensis

Particularidades: Macho é alaranjado e fêmea


esbranquiçada ou amarelada. Ambos têm extensão
triangular em cada asa posterior. Os ovos são colocados em grupos na base de folhas de
plantas hospedeiras. As lagartas alimentam de folhas novas e são gregárias. Adultos visitam
como Lantana ou Impatiens. O Phoebis gênero compreende oito espécies. A maioria é
migratória, e amplamente distribuídas em toda a região neotropical embora existem
algumas variedades não-migratórias encontrada apenas em Cuba, uma endêmica no Haiti e
no Equador. Todas as espécies de Phoebis tem dimorfismo sexual. Os machos são amarelos
brilhantes acima com a estrutura androconial na asa anterior. Phoebis neocypris é
encontrado desde o México até o Brasil e Peru geralmente em floresta primária e
secundária, florestas deciduais e pastagens. É uma espécie de baixa altitude, raramente
encontrados acima da elevação de 1000 m. Os machos são geralmente vistos em números
menores do que P. sennae ou P. argante, mas muitas vezes pode ser encontrado em
empoçamento de lama formando agregações de diversas espécies de Phoebis. Formam
grupos de dezenas de indivíduos e quando molestados alçam voo em formado de

20
redemoinhos tremulando as asas amarelas. As fêmeas são vistas com menos frequência,
observados geralmente em voo ou em flores vermelhas. Não há ritual de acasalamento, as
fêmeas são interceptadas em pleno voo e levadas para o chão, onde a cópula ocorre
imediatamente.

Phoebis sennae

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Cassia da família da ervilha


(Fabaceae).

Particularidades: Se alimenta do néctar de muitas flores,


como Cordia, flor cardeal, hibisco, lantana e glória manhã
selvagem. A superfície superior da asa do macho é amarelo limão, sem marcações. As
fêmeas são amarelas ou brancas sendo a borda externa com coloração preta irregular. A
superfície inferior da asa posterior de ambos os sexos tem dois pontos-de-rosa com bordas
de prata. Envergadura de até 10cm encontrada em jardins, copas de árvores. Sempre faz a
postura em brotos jovens. Se camuflam em flores amareladas.

Phoebis argante

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Cassia da família da ervilha


(Fabaceae) mas especialmente Inga uruguaiensis.

Particularidades: Muito comum em matas plantios.


Tem voo rápido e gosta de ovopositar em brotos jovens. Ovos cilíndricos e pontudos
depositados no Ingá. Possui uma glândula chamada de nectário floral que alimenta algumas
espécies de formiga que por sua vez defendem as plantas de invasores.

Colias lesbia lesbia

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Alfalfa (lecerne) Lotus, Vicia,


Trifolium, Astragalus.

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Particularidades: Borboletas Colias são encontradas em quase todos os locais do mundo,
tem mais de 300 espécies neste gênero. Colias lesbia lesbia ocorre desde a Colômbia, Chile
até Argentina. Esta espécie se alimenta em pastagens e podem viver em altitudes de entre
2500 a 4000m. Nestes habitats de grande altitude são banhadas pelo sol quente durante a
maior parte do ano. As temperaturas do dia podem ser tão elevadas quanto 25°C, mas pode
cair abaixo de zero ao ponto de durante a noite. Os ovos de espécies Colias são geralmente
em forma de garrafa, com nervuras verticais, na maioria das espécies são verdes amarelos
ou pálidos cremosos ao primeiro colocado e com o tempo se tornam laranja escuro ou
vermelho. 

Dismorphia amphiona astynome

Família:  Pierídeos/Dismorphiinae

Plantas Hospedeiras: Ingá urugaiensis Ingá


sapindoides e Ingá densiflora.

Particularidades: Ocorre no Brasil Caribe, México,


Bolívia e tem cerca de 7,7cm de envergadura. É mímica de Mechanitis lysimnia. Gostam de
ficar empoleiradas em brotos jovens de Ingá onde põem os ovos individualmente.

Parides neophilus

Família:  Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aristolochia spp

Particularidades: Voo rápido e irregular, sempre alto.


Alimenta-se de néctar de flores encontradas na mata
ou sub-bosque. Difícil de ser encontrada, bem como suas lagartas que raramente ficam
juntas. A lagarta é marrom escura com protuberâncias como espinhos de cor amarelada. A
pupa se camufla muito bem com seu verde amarelado. O adulto é de cor escura, com
manchas azuis no primeiro par de asas e avermelhadas no segundo par.

Heraclides astyalus

Família:  Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Citrus spp. E Esenbeckia


febrifuga

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Particularidades: Papilionideos tem mais de 600 espécies dividas em três sub-famílias;
Parnassiinae com cerca de 50 espécies e vivem geralmente em áreas montanhosas do
hemisfério norte; Papilioninae com cerca de 550 espécies distribuídas em todo o mundo e
são chamadas de Swallowtails e Dragontails; e Baroniinae com um único representante da
espécies Baronia que é endêmica para as montanhas do oeste do México. Heraclides dispõe
de 28 espécies, e é um grupo irmão do gênero Papilio. Elas têm manchas de creme e são
muito semelhantes a P. androgeus, mas neste último as manchas são reduzidas. Heraclides
astyalus é muito difundido, com seis subespécies encontrados em diversas áreas entre o
Texas, Argentina, Brasil, até no Paraguai. Vivem em muitos habitats diferentes, incluindo
florestas tropicais, florestas estacionais deciduais, pomares, bordas de mata entre outros  ...

Heraclides torquatus

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Citrus spp.

Particularidades: Os machos de Heraclides torquatus


e H. garleppi são praticamente idênticos em aparência.
Em ambas as espécies, há uma variação geográfica
em relação à forma e tamanho das marcações amareladas apicais e das manchas creme,
rosa e azul-cinzento na área exterior do lado de baixo das asas posteriores. Heraclides
torquatus e garleppi ocorrem em toda a região amazônica superior, mas a torquatus se
estende ao norte até o México e para o sul até o norte da Argentina. Esta espécie ocorre
principalmente em áreas de floresta úmidas baixas, mas é um animal fortemente migratório
e pode ser encontrado numa grande variedade de habitats florestais e aberto em altitudes
de até cerca de 700m. O ovo desta espécie é globular, amarelo esverdeado.

Parides bunichus

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Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Muito ameaçada de extinção. A espécie


habita as matas de encosta de morros costeiros no litoral de
Santa Catarina, embora ocorra em todo sul e sudeste do Brasil. Ocorre também no Paraguai,
Uruguai e Argentina em altitudes de 0 a 50 m de altitude.

Parides burchellanus

Família: Papilionideo/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aristolochia chamissonia e


Aristolochia melastoma.

Particularidades: chamada de borboleta de veludo preto.


A asa dianteira é desmarcada, eventualmente pode apresentar pequenas manchas brancas
marginais. A face inferior da asa traseira tem pequenas manchas vermelhas. A asa posterior
tem a margem exterior denteada e uma grande bolsa androconial com pêlos na margem
anal do macho. Não tem prolongamento da cauda. Os sexos são iguais. É uma espécie rara
evolutivamente significativa que vive em poucas áreas do Brasil central.

Pseudolycaenas marsyas

Família: Licenídeos/Theclinae

Plantas Hospedeiras: Suína ou monhoco Erythrina


spp

Particularidades: Estima-se que no mundo haja


mais de 6.500 espécies nesta família. Cerca de 40%
ocorrem em região neotropical. Lagartas são verdes e camuflam-se em sua planta
hospedeira. A pupa se fixa em folhas velhas, pois apresentam-se de cor palha. Se alimentam
de frutos fermentados ou flores em bordas de mata. A face superior das asas é azul metálica
e a porção inferior é esbranquiçada com detalhes em preto. Tem três filamentos recurvados
no final do segundo par de asas que ela mantém em movimento simulando antenas,
evitando ataques por trás.

Hypothyris euclea

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Família:  Ninfalídeos/Ithomiinae

Plantas Hospedeiras: Acnistus arborescens e Solanum


(Solanaceae)

Particularidades: o grupo Ithomiinae compreende cerca


de 376 espécies. Todos estão confinados à região neotropical. São impalatáveis para as aves
e consequentemente imita e é imitada por outras espécies de borboletas (mimetismo
mülleriano). Há também um grande número de espécies palatáveis (mimetismo batesiano)
que evoluíram padrões semelhantes. As aves têm a capacidade de memorizar padrões de
cores de borboleta e assim aprendem a evitar comer espécies nocivas, mas também são
enganados em ignorar igualmente marcados espécies comestíveis. Ithomiines são
caracterizadas por terem olhos pequenos e longas antenas caídas. Os machos têm longas
plumas androconiais. Estes ficam escondidos quando as borboletas estão em repouso, mas
são exibidos quando as asas são mantidas abertas durante o comportamento reprodutivo.

Methona themisto

Família: Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Manacá (Brunfelsia hopeana)

Particularidades: Chamada “Borboleta do manacá” devido a estar


intimamente associada a essa planta. Fêmeas põem ovos isolados nas brotações mais
jovens.

Dircenna dero rhoeo

Família: Ninfalídeos/Ithomiinae

Plantas Hospedeiras: Solanaceae, geralmente Solanum


paniculatum, ou jurubeba

Particularidades: Adulto se alimenta de néctar de


Lantana camara (Verbenaceae). Além do habitat silvestre é encontrada frequentemente nas
de fronteiras entre as cidades e as florestas. Tem preferência por matas secundárias,
apresentando populações maiores nas bordas das cidades ou nas áreas florestas em
reconstituição.

Thyridia psidii

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Família: Ninfalídeos/Ithomiinae

Plantas Hospedeiras: Cyphomandra (Solanaceae)

Particularidades:  os membros desse grupo têm uma envergadura de cerca de 10 cm e


incluem sete espécies de Methona e uma única espécie de Thyridia. Os dois gêneros podem
ser distinguidos por uma barra escura transversal na asa posterior na qual é mais externa na
Methona. Thyridia também têm as antenas menores e têm um tom de laranja nos recém-
eclodidos. Essa cor desaparece depois de alguns dias e torna-se similar em tom e
translucidez a Methona. São distribuídas no Equador, Peru e Bolívia, Brasil e América
central. A subespécie melantho é distribuída a partir de Guatemala para o Panamá e tem
muito marcas pretas nas asas anteriores mais fortes. 

Callicore sorana

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Cardiospermum sp, cipós da família


Salpindaceae como as do gênero Serjania

Particularidades: Existem muitas variedades de borboletas 80. A fêmea é mais colorida que o
macho. Os ovos são postos nas horas quentes do dia. Adultos preferem frutas decompostas
ou fermentadas (goiabas), seiva de árvores brocadas e até carcaças de animais mortos.
Ocorre em bordas e inteior da mata, faz a postura em gavinhas e brotações. Lagartas tem
espinhos para confundir os predadores as pupas se camuflam com as folhas.

Diaethria clymena

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Trema micrantha (Ulmaceae)

Particularidades:  ocorre no Cerrado, na Mata


Atlântica da Serra do Mar e  interior. A espécie está
cada vez mais rara devido à destruição de seu
habitat. Voa em locais abertos e iluminados, muitas vezes em busca de frutos caídos e sais.
As fêmeas põem ovos isolados na planta, a lagarta instala-se na superfície da folha e se
transforma em crisálida. São conhecidas 12 espécies de Diaethria popularmente chamadas
de Borboleta 88. Na D. clymena as linhas ornamentais que formam o número nas asas são
muito grossas. Muitas vezes frequentam habitações humanas, em locais onde a roupa é
lavada, no chão coberto de cinzas no local de fogueiras onde há urina e são considerados um
sinal de boa sorte por algumas comunidades. A face superior das asas é negra marcadas por
uma faixa diagonal de azul metálico ou verde. Em algumas espécies esta cor é repetida nas
asas posteriores sob a forma de uma banda submarginal. O Gênero Diaethria está confinado
a América Central e do Sul. Diaethria clymena é distribuída desde a Nicarágua até o Brasil e

26
Peru. Esta espécie ocorre em altitudes entre o nível do mar e cerca de 2000m, em florestas
tropicais e florestas úmidas. A lagarta habitualmente repousa sobre a superfície superior de
uma folha, com os segmentos torácicos e levanta a cabeça se prende ao substrato fazendo
com que os espinhos fiquem projetados para cima. Se molestadas dão espasmos,
balançando sua cabeça defensiva de lado a lado para assustar predadores ou parasitoides. A
crisálida é verde escura.

Paulogramma pyracmon

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Não identificado

Particularidades: O Paulogramma é um gênero que


contém uma única espécie, pyracmon, que foi
anteriormente colocado como relacionado com o
gênero Callicore. Borboletas de ambos os gêneros são marcadas nas asas posteriores inferior
com negrito preto semelhante ao número 88 em fundo creme ou amarelo. Tem bandas
metálicas submarginais azuis. A maneira mais fácil de distinguir esta espécie é olhar a banda
submarginal azul. As asas dianteiras de pyracmon são negras, marcadas com um com uma
porção vermelha grande na área basal. Ocorrem em floresta tropical entre cerca de 200-
800m. Os machos são frequentemente encontrados perto de habitações, onde são atraídas à
urina contaminada do solo, infiltrações e suor humano. São solitárias, muitas vezes em
companhia com grupos de Callicore, Diaethria e Panacéia.

Dynamine agacles

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Delachampia scadens, Tragia sp


(Euphorbiaceae)

Particularidades: membros deste grupo são


conhecidos por seus diversos padrões ora simples ou coloridos com ornamentos. Na região
neotropical seus representantes incluem o Eubagina subtriboe mais de os 40 espécies de
Dynamine. A maioria das espécies são metálicas de cor azulada ou esverdeada com um
vértice escuro e uma série de manchas brancas. O lado superior de D. agacles, D. myrrhina,
D. coenu são brancas com bordas escuras e apenas um traço de azul ao redor da área basal.

Dynamine postverta

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

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Plantas Hospedeiras: Delachampia scadens, Tragia sp (Euphorbiaceae)

Particularidades:  é o membro mais comum e difundido do gênero, sendo encontrado em


todas as áreas mais tropicais e subtropicais da América Central e do Sul, sul do México até a
Argentina e Paraguai. Esta espécie é encontrada em uma grande variedade de habitats,
incluindo floresta primária, florestas caducifólias úmidas, pastagens, em altitudes entre o
nível do mar e cerca de 900m. Os ovos da maioria das espécies Dynamine são brancos.

Temenis laothoe

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Serjania sp, Paullinia sp,


Cardiospermum sp, Urvillea e outros arbustos e
trepadeiras da família Sapindaceae

Particularidades: O Temenis é um gênero intimamente ligada à Epiphile e Nica, em que os


adultos são estruturalmente muito semelhantes. Os três gêneros são biologicamente
distinguidos por diferenças na morfologia larval. Existem três espécies Temenis. Apesar de
ter duas subespécies de T. laothpe, a forma mais comum e difundida é laranja brilhante na
cor, com exceção do ápice da asa dianteira que é marrom escuro. Uma pequena
porcentagem de cada ninhada acaba tendo a cor violeta.

Agraulis vanillae

Família: Ninfalídeos/Heliconinae

Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de maracujá


(preferência Passiflora suberosa)

Descrição: Frequenta os jardins e parques, onde visita


diversas flores cultivadas, como a zínia. Prefere os
lugares abertos e ensolarados, é considerada praga de maracujá cultivado. Tem 7cm de
envergadura, põem ovos isoladamente, tem um voo rápido, baixo e irregular.

Dione juno

Família:  Ninfalídeos/Heliconiinae

Plantas Hospedeiras: Passiflora (Passifloraceae)

Particularidades: lagartas tem hábito gregário, formando


densas colônias nas folhas. É uma borboleta alaranjada de 6cm de envergadura, tendo as
margens externas das asas de cor preta. Dione juno está distribuída desde o México até o
Paraguai. Esta espécie, como outros do gênero, tem comportamento migratório e pode ser

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encontra em muitos habitats até a altitude de 2000m é mais comum em florestas
perturbadas entre 200-800m. É normalmente encontrada em áreas ensolaradas por
margens, encostas rochosas ou estradas. 

Dryas iulia

Família:  Ninfalídeos/Heliconiinae

Plantas Hospedeiras: Passiflora lútea, Passiflora


mucronata, Passiflora suberosa e P. misera

Particularidades: Heliófila encontrada em clareiras, bordas de florestas e matas secundárias.


Abundante durante quase todo o ano, exceto em meses frios de inverno, quando suas
populações virtualmente desaparecem. Geralmente, o maior tamanho populacional é
registrado nos meses de abril e maio. Do ponto de vista genético, Dryas iulia apresenta
populações grandes e uniformes.

Dryadula phaetusa

Família: Ninfalídeos/Heliconiinae

Plantas Hospedeiras: Passiflora spp

Particularidades: O Heliconiinae é dividido em três


tribos Acraeini, Argynnini e Heliconiini. Os últimos
são coloquialmente conhecidos como asas longas e estão confinados à região neotropical.
Eles são facilmente reconhecidos por seus padrões distintos, asas alongadas e vôo delicado.
A tribo Heliconiini compreende o grupo das 39 espécies de Heliconius, e gêneros menores
como; Dryas, Podotricha, Philaethria, Laparus, Eueides, Neruda, Agraulis, Dione e Dryadula.
Este último é distinguido por suas asas mais amplas, antenas curtas e o padrão tigre
listrado. Dryadula phaetusa é o único membro de seu gênero. É uma espécie comum e
generalizada, encontrada do México ao Brasil. Esta espécie ocorre em altitudes entre 0-
1000m. Pode ser encontrado em áreas antropizadas, clareiras florestais, pastagens, margens
de rios e estradas através da floresta ou mata decídua. A lagarta é de cor púrpura e coberta
de espinhos curtos eriçados.

Dione moneta

Família: Ninfalídeos/Heliconiinae

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Plantas Hospedeiras: Passiflora spp e Tetrastylis sp.

Particularidades: Tem uma envergadura de 8,3cm. Os ovos são colocados individualmente


ou em grupos sobre a planta hospedeira. As lagartas comem as ranhuras das folhas e às
vezes se alimentam em grupos. Adultos, por vezes, alojam-se em grupos perto do chão na
baixa vegetação. Vivem em bordas e aberturas na floresta e floresta tropical perene. Ocorre
desde o Brasil até a América Central e México. Esta espécie tem comportamento migratório
de modo que pode ser encontrada em quase todos os habitats entre 0-3500m de altitude.

Adelpha syma

Família:  Ninfalídeos/Limnetidini

Plantas Hospedeiras:  morangos silvestres Rubus fructicosus


(Rosaceae), Cephalanthus glabrathus e Cephalanthus
sarandi (Rubiaceae)

Particularidades: comum em florestas perturbadas e formações secundárias. É encontrado


na América do Sul, incluindo Paraguai, Argentina e Brasil. Vivem também em regiões
antrópicas, floresta mesófila de encosta, entre 800 e 1000m, campos baldios, jardins e
florestas de eucaliptos e pinheiros, florestas de altitude, campos e moitas floridas.

Adelpha zea

Família:  Ninfalídeos/Limnetidini

Plantas Hospedeiras: Ilex paraguaiensis (Aquifoliaceae)

Particularidades: Habitat. Voa em florestas e áreas com


moitas floridas adjacentes.

Biblis hyperia

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Tragia volubilis (Euphorbiaceae)

Particularidades:  Biblis gênero contém apenas uma única


espécie, que é uma das espécies mais características e
instantaneamente reconhecíveis na Região Neotropical. Ambos os sexos são idênticos, e não
há qualquer variação na padronização, embora a largura da banda rosa brilhante sobre a
asa posterior varie ligeiramente. A parte inferior das asas é idêntica ao da superfície
superior, exceto por ter sido um pouco mais pálida. Biblis é distribuída por todas as áreas
tropicais e subtropicais da região neotropical, desde o México até o Paraguai. Também é
encontrado nas maiores ilhas do Caribe com ligeiras variações. É comum em locais

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perturbados, clareiras florestais, floresta, pastagem, mosaicos de vegetação e ao longo das
estradas e margens de rios.

Chlosyne lacinia

Família:  Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Helianthus (Asteraceae)

Particularidades:  Melitaeini é uma tribo de distribuição


mundial. Ele inclui as crescentes diversas borboletas da América do Nort, e também muitos
familiares de origem europeia. Existem 33 espécies Chlosyne dos quais 29 ocorrem na
América do Norte e/ou México. Muitas espécies Chlosyne são caracterizadas por terem uma
colcha de retalhos em preto, marcações amarelas, vermelhas e laranja, enquanto que outros
são podem ter uma coloração rede, veias escuras e linhas em uma cor de fundo laranja-
marrom, uma praga comercial de girassóis. Estas plantas contêm toxinas que são ingeridos
pelas lagartas e passam para as borboletas adultas, tornando-as nocivas para as aves. As
pupas são cor de palha, de dimensões compactas e com uma superfície ligeiramente cerosa.
Os machos são geralmente vistos nas Asteraceaes ou absorvendo umidade com minerais em
solo úmido. Fêmeas quando se reproduzem ficam tão fortemente carregado com ovos que
mal conseguem voar.

Battus polystictus

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aristolochia brasiliensis, Aristolochia


fimbriata e Aristolochia triangularis

Particularidades: Ocorre no Uruguai, Paraguai, Argentina.


No Brasil geralmente se concentra em Minas Gerais, São Paulo, Espirito Santo, Rio de
Janeiro. Borboletas de voo rápido. Sua coloração geral é preta refletindo um verde metálico
muito perceptível devido a presença de uma série de manchas submarginais amarelas em
ambas as asas. Os machos e as fêmeas têm a mesma cor diferenciando o primeiro por
possuir um amarelo metálico notável no abdômen. Sempre estão ligados a suas plantas
hospedeiras.

Parides agavus

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aritolochia sp

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Particularidades: Parides agavus coletados no Brasil, Paraguai e Argentina. Ela prefere viver
em áreas de vegetação densa, com pouca luz. Muitas plantas do grupo aristolochia contêm
ácidos aristoloquiáceos que são tóxicos para os mamíferos, mas pode ser tolerado e
armazenado por Parides agavus. Pode agir como uma medida de proteção contra
predadores. Esta espécie é relativamente comum e não está ameaçada de extinção segundo
a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Euryades corethrus

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Aristolochia sessilifolia, Aristolochia


fimbriata e Aristolochia spp.

Particularidades: Ocorre no Uruguai, Paraguai, Argentina. A face superior do primeiro par de


asas é escura com detalhes em amarelo, bem como a face inferior desta asa. A asa posterior
é cheia de detalhes em amarelos com poucos espaços em preto e com muitas manchas
vermelhas ou rosadas.

Eunica eburnea

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Não identificado

Particularidades: O gênero Eunica contém 40 espécies


popularmente conhecidas como asas púrpuras devido à cor roxa ou azul metálico na face
superior das asas dos machos. As fêmeas não têm açores fortes e são tipicamente de uma
marrom maçante com uma faixa diagonal branca em todas as asas anteriores. As asas
posteriores tem a face inferior em cor de mármore e levam a um arranjo distinto de ocelos.
Eunica eburnea é uma borboleta muito comum com uma ampla distribuição no Brasil. Isso
pode ocorrer tanto em vegetação primária e secundária, sendo atraído por frutas em
fermentação, seiva e excrementos de vertebrados.

Protesilaus telesilaus

Família: Papilionídeos/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Não identificado

Particularidades: é uma espécie de voo muito rápido e


muito difícil de capturar com a rede entomológica e

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mesmo depois da captura permanecem se debatendo fato que estraga as asas para a
coleção. Podem ficar horas sugando água e sais minerais e evacuando líquidos através de
um jato pelo abdômen. Os machos são territoriais e um macho expulsa o outro durante o
voo em uma interação cheia de acrobacias aéreas.

Carminda paeon

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Bambus

Particularidades: é uma borboleta comum que voa em locais sombreados (umbrófilos) sendo
muito raramente avistada fora da mata fechada. Presente tanto na mata secundária quanto
nas primárias, prefere o nível mais próximo do solo da floresta onde visita frutos maduros
caídos ao chão para se alimentar. Tem voo lento e ligeiramente errático exibe assim cores
crípticas, que funcionam como camuflagem ocultando o inseto na mata.

Anteos menippe

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Cassia siamea

Particularidades: É uma grande e vistosa Borboleta, de voo


rápido e irregular. Os machos voam em torno das Cassia, localizando fêmeas recém-
eclodidas das crisálidas.

Anteos clorinde

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Senna spectabilis

Particularidades: Envergadura de 9cm. Geralmente


voam alto e rápido sobre o dossel, ou ao longo dos rios.
Os ovos são depositados individualmente nas bordas das folhas de plantas hospedeiras.
Voam mais ativamente o ano todo nos trópicos. Sugam o néctar das flores vermelhas ou
roxas, incluindo Lantana, Bougainvilla e Hibiscus. Vivem em florestas subtropicais, abertas,
áreas ensolaradas.

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Rhabdodryas trite

Família: Pierídeos/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Pentaclethra (Mimosaceae)

Particularidades: O Rhabdodryas gênero compreende uma


única espécie banal que tem quatro subespécies nomeadas;
banksi no Brasil, watsoni da República Dominicana, e canela-rósea do México. Rhabdodryas
é encontrada desde a Colômbia até a Bolívia e Argentina. Como com a maioria Coliadinae é
altamente migratório e pode ser encontrada em uma grande variedade de habitats,
incluindo floresta estacional decidual, pastagens e terrenos agrícolas. Ela pode ser
encontrada em altitudes entre 0-1200m. Esta espécie usa os rios como corredores de
migração, e muitas vezes podem ser vistas voando em sequências de até uma dúzia ao longo
de margens de rios. Os machos vivem geralmente agregados com outras Coliadinae
incluindo várias espécies Phoebis e Aphrissa statira. 

Heliopete omrina

Família: Hesperídeos/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pequeno com cerca de 2cm


esbranquiçada com tons de marrom nas bordas e
ápices das asas formando pequenas manchas brancas. Costumam se encostar uma na outro
durante o voo.

Xenophanes tryxus

Família: Hesperídeos/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Malvaceae

Particularidades: tem uma margem irregular exterior,


asas posteriores são ligeiramente recortadas. A face superior das asas é cinza escuro com
manchas irregulares transparentes. Fazem três ninhadas de fevereiro a dezembro e ocorrem
no sul do Texas, México, Argentina e Brasil.

Leptotes cassius

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Família: Licenídeos/Polyommatinae

Plantas Hospedeiras: Polífaga de Plumbago capensis,


Crotalaria incana, Galactia volubilis, Phaseolus
limensis, Amorpha crenulata.

Particularidades: Os ovos são depositados individualmente em botões florais da planta


hospedeira; lagartas comem flores. Se alimentam de néctar de agulha-pastor, Lippia, e
muitas outras flores. Visitam arbustos espinhosos, florestas subtropicais, bordas de matas,
campos de convivência, áreas residenciais.

Urbanus teleus

Família:  Hesperídeos/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Panicum e Paspalum

Particularidades: As fêmeas colocam ovos nas plantas


hospedeiras. Lagartas jovens fazem abrigos nas folhas. Quando estão com as asas dobradas
é possível ver uma cauda. Corpo e as asas são castanhos. Asa anterior de ambos os sexos
tem uma banda fina transparente mediana; masculino também tem 4 pontos transparentes
na margem costal. Os Pyrginae são cosmopolitam, distribuídos em habitats tropicais e
temperados de todo o mundo. Na América existem 990 espécies. O Eudamini inclui 44
gêneros nas Américas. Existem vários gêneros de Urbanus de cauda longa chamados de
Skippers, h tamém os gêneros Chioides, Polythrix, Typhedanus e Aguna que juntos compõem
de cerca de 95 espécies. Um recurso que ajuda a definir o gênero é o padrão nas asas
posteriores inferior.

Urbanus proteus

Família: Hesperídeos/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Phaseolus sp

Particularidades: São borboletas crepusculares de


4,5cm de envergadura, coloração marrom, com
reflexos azulados na base da asa posterior, tendo

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ainda várias manchas brancas nas asas anteriores e um prolongamento caudal na asa
posterior. A lagarta é de fácil reconhecimento, pois possui uma cabeça proeminente, de
coloração escura. O corpo é de coloração verde-escura, tendo na parte superior do dorso
uma estria de coloração marrom, no sentido longitudinal do corpo. Apresenta ainda duas
estrias amareladas, mais largas que a primeira, localizadas na parte lateral do corpo.

Urbanus dorantes

Família: Hesperídeos/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Phaseolus, Amphicarpa bracteata,


Desmodium, Clitoria e Wisteria

Particularidades: encontrado na Argentina, norte da América


Central, México, Brasil, Texas, Flórida e norte da Califórnia. A envergadura é 5,1cm. Existem
três a quatro gerações ao longo do ano. As lagartas alimentam-se de diversos legumes,
incluindo espécies nativas e cultivadas Phaseolus, Desmodium e azuis ervilhas Clitoria.
Adultos se alimentam de néctar de flores de várias plantas, incluindo agulha pastor, lantana,
trilisa e buganvílias.

Urbanus simplicius

Família: Hesperídeo/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Phaseolus sp e no Brasil a Schrankia é a


preferida.

Particularidades: Existem 34 espécies, desde o Texas até o


Paraguai e Argentina. É um dos membros mais comuns e mais
difundidos do gênero. Como a maioria das espécies Urbanus
esta borboleta é geralmente associada a ambientes alterados, incluindo floresta, clareiras,
estradas e pastagens, em altitudes entre o nível do mar e cerca de 1500m. Os ovos de
Urbanus são tipicamente cor de creme ou esverdeados, em forma de barril e tem cerca de 15
sulcos verticais. Eles são colocados em pequenos aglomerados sobre a parte inferior das
folhas. 

Siproeta stelenes

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

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Plantas Hospedeiras:    Polífaga de plantas da família acantácea (Ruelia sp).

Particularidades: O colorido verde, incomum nos lepidópteros adultos, torna esta borboleta
muito bela. Preferência por áreas abertas. Lagartas pretas com espinhos, e prefere se
alimentar durante a noite.

Siproeta trayja

Família: Ninfalídeo/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Ruelia sp

Particularidades: Põem seus ovos em brotações jovens,


alimenta-se durante a noite sendo difícil encontra-la e sua planta hospedeira. Adulto é
escuro com detalhes em branco.

Philaethria wernickei

Família: Ninfalídeos/Heliconiinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: pode ser distinguida da outra única


simpátrica Philaethria dido, por seu interior ser castanho escuro e branco com padrões de
cores esverdeadas. Esta espécie ocorre ao longo da costa atlântica do Brasil, no Uruguai e
norte da Argentina.

Libytheana carinenta

Família: Ninfalídeos/Libytheinae

Plantas Hospedeiras: Celtis (Ulmaceae)

Particularidades:  Libytheinae já foi considerada uma


família irmã dos Nymphalidae, mas agora é considerada como uma subfamília. Há apenas
13 espécies em todo o mundo. As espécies africanas, paleártica e Oriental são colocadas no
gênero Libythea. As espécies do Novo Mundo estão inclusas no Libytheana. Este último
compreende indivíduos em Cuba, sul dos Estados Unidos para o Brasil. Todos Libythea e

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espécies Libytheana tem palpos muito longos estendendo-se para frente da cabeça, por isso
os nomes populares ingleses de borboletas focinho ou bico. 

Mesosemia odice

Família: Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: De cor marrom escuro ou claro,


podendo ter manchas brancas nas asas posteriores ou azuladas com anchas ocelares no
primeiro par de asas.

Chorinea licursis

Família: Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Prionostemma (Hippocrataceae)


e Maytenus (Celastraceae)

Particularidades: Quando visto em voo, as asas


transparentes desta borboleta refletem diferentes tonalidades de verde cintilante, azul e
rosa. Como vibra rapidamente em torno de arbustos, elas podem ser confundidas com uma
libélula embora faça voos esvoaçantes. São raramente encontradas. Eles voam em pleno sol,
mas periodicamente descansar debaixo de folhas. O gênero Chorinea compreende cerca de 8
espécies, todas seguindo o mesmo padrão alar básico, mas variando na configuração e
extensão das marcas vermelhas em suas asas posteriores.

Epiphile orea

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

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Particularidades: Os machos, pelo azul das asas, são caçados aos milhões para adornar
bandejas (que os turistas adoram). Presas fáceis, voam baixo e devagar.

Cybdelis phaesyla

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades:  Ocorrem na região neotropical e


seus representantes incluem o a tribo Epicaliini onde
estão as borboletas do gênero Eunica, Catonephele, Nessaea, Myscelia e Cybdelis. Têm um
padrão semelhante de manchas brancas nas asas anteriores que são cobertas com um brilho
púrpura. As espécies podem ser facilmente distinguidas, examinando as asas posteriores.

Proteides mercurius

Família: Hesperídeos/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Senna (Cassia), Vigna e Muellera.

Particularidades: Cabeça e tórax são de cor laranja


brilhante. As asas posteriores são alongadas. A face superior das asas é marrom com laranja
dourado nas bases. A porção inferior é castanha com cobertura branca nas bordas
exteriores. O centro da asa posterior tem uma indistinta marca. Os machos pousam e
cortejam as fêmeas. Lagartas descansam em abrigos foliares e saem à noite para comer.

Telemiades laogonus

Família: Hesperídeos/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: gênero que compreende 16 espécies, todos


com a mesma forma de asa, mas de forma muito variável na

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aparência. A maioria dos membros do gênero têm uma cor bastante única cor de terra,
marrom e com faixas escuras ou manchas.

Historis odius

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Folhas de embaúba Cecropia ssp.

Particularidades: Aprecia frutas maduras caídas no chão.


É encontrada praticamente em todos os locais em que a
planta embaúba, alimento de suas lagartas, é comum.

Brassolis astyra

Família: Ninfalídeos/Brassolinae

Plantas Hospedeiras: Palmáceas, geralmente Sygrus


romanzoffianuma.

Particularidades: Borboleta crepuscular e matutina, as


lagartas são consideradas uma das maiores pragas de
diversas palmeiras nativas e cultivadas. Pode fazer posturas de aproximadamente 300 ovos.
Estão se adaptando biológica e gradualmente às palmeiras exóticas introduzidas como
plantas ornamentais tais como: leque-chinês: Livistona chinensis, Butiá: Butia capitata,
Palmeira real: Archontophoenix cunninghamiana, Phoenix canariensis. Atingem até 10 cm
de envergadura, as asas são marrom escuras, com uma faixa alaranjada de contorno
irregular cruzando transversalmente as asas anteriores, o corpo é volumoso e escuro. 

Brassolis sophorae

Família: Ninfalídeos/Brassolinae

Plantas Hospedeiras: Palmáceas e exóticas

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Particularidades: Adaptada ao ambiente urbano, raramente na floresta, é rara no Rio
Grande do Sul, sendo encontrada normalmente no norte do estado. Tem probóscide não-
funcional, coloração geral marrom-escuro, asas anteriores e posteriores na parte dorsal
mostram uma faixa amarelo alaranjada de contorno irregular cruzando transversalmente,
na parte ventral é um pouco mais clara, apresenta a mesma faixa alaranjada nas asas
anteriores e possui uma mancha ocelar perto do ápice, nas asas posteriores duas manchas
nítidas.

Caligo illioneus

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Musa spp

Particularidades: Tem esse nome, pois a faca


externa das asas tem um desenho semelhante ao
rosto de uma coruja, ou serpente com destaque
para os olhos enormes e abertos. É possível que
esta estampa sirva de maneira eficiente para
driblar seus predadores. Já pelo lado de dentro, é
azul com detalhes em preto. De hábitos
crepusculares quando adulta (voa lentamente ao amanhecer e ao anoitecer), ela é um dos
maiores exemplares de borboletas que se tem notícia (chega a medir até 18 centímetros de
envergadura). Vive de 3 a 4 meses. Metamorfose leva cerca de 105 dias. 

Caligo beltrao

Família: Ninfalídeos/Morphinae

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Plantas Hospedeiras: Marantáceas, Musa paradisíaca, cyperaceae, marantaceae,
heliconiaceae e outras monocotiledôneas.

Particularidades: É uma das maiores Borboletas do Brasil, caracterizada pelo desenho de


olhos na face inferior das asas posteriores, dando origem ao nome de “corujão” e faz com
que os pássaros predadores não se aproximem. Pode ser encontrada de março a abril, voa
próximo ao solo no crepúsculo e ao amanhecer sobre o leito dos rios e na borda das matas à
procura de frutos caídos no chão ou líquidos que escorrem dos troncos de certas árvores
atacadas por moscas comuns em ambientes antrópicos. É raro em florestas nativas. Esta
espécie é comum, mas não é abundante, passa o dia pousada no tronco de árvores em locais
sombrios e úmidos, à noite se fixa sob alguma folha, o ciclo completo de ovo a adulto dura
três meses e meio, sendo a média de vida do adulto de três meses, os ovos ovipositados
isolados ou em pequenos grupos, são depositados na face superior e inferior das folhas de
diversas marantáceas.

Blepolenis batea

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: capim amargoso, Panicum


lanatum Sw., Poaceae e o jerivá, Arecastrum
romanzoffianum (Arecaceae)

Particularidades: Há poucos dados a respeito deste


animal. Tais particularidades sobre esta espécie estão relacionadas as suas espécies
próximas, Opsiphanes. É uma borboleta incomum que voa em locais sombreados
(umbrófilos), raramente avistada fora da mata fechada. Presente tanto na mata secundária
(menos frequente) quanto nas primárias (mais frequentes). Prefere o nível mais próximo do
solo onde visita frutos maduros caídos ao chão. Tem voo lento e com suaves guinadas nos
sentidos vertical e horizontal.

Doxocopa kallina

Família:  Ninfalídeos/Apaturinae

Plantas Hospedeiras: Celtis (Ulmaceae)

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Particularidades: O Doxocopa é um gênero que compreende cerca de 15 espécies de
borboletas neotropicais que tem a cor azul ou levemente roxas. Os machos de muitas
espécies Doxocopa tem uma faixa branca larga mediana na asa. D. kallina é azulada e
contem machas brancas no primeiro par de asas. A tonalidade varia consideravelmente,
dependendo do ângulo em que a luz solar reflete nas asas, por vezes apresenta um azul
prateado profundo quando vista de lado.

Doxocopa laurentia

Família: Ninfalídeos/Apaturinae

Plantas Hospedeiras: Ulmaceae

Particularidades: Há controvérsias entre os


taxonomistas referente ás subespécies de D. laurenti.
Alguns machos de D. laurentia tem um traço de
escalonamento de laranja na zona apical das asas anteriores, embora não tão pronunciada
ou ampla como em lavinia. Doxocopa laurentia é um dos membros maiores e mais belos do
grupo, e é encontrada em grande parte da região amazônica e andina. Este é um taxon
encontrado em florestas úmidas, entre cerca de 300-1600 metros acima do nível do mar. 

Eryphanis reevesii

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Folhas de bambus ou gramíneas


bambusiformes, como a Olyra.

Particularidades: Conhecida popularmente como


Borboleta Olho-de-boi, os adultos se alimentam de
frutos maduros, seiva, e líquidos que escorrem de certas plantas. Tem hábitos crepusculares,
é distribuída pelo sudeste brasileiro, geralmente em regiões montanhosas até 1800 metros
de altitude, durante o dia repousa no tronco das árvores, sendo difícil ser localizada devido
ao padrão da face inferior das asas, voa ao crepúsculo e ao amanhecer, é atraída pela luz
artificial (fototaxia). Depositam os ovos isoladamente ou em pequenos grupos e sua pupa
tem cor e formato de folha seca. A lagarta se parece com a da Opsiphanes, é marrom claro e
possui cauda bífida e projeções na cabeça. Habita estratos arbóreos e arbustivos ou
touceiras de bambus. Tanto as lagartas quanto as crisálidas são semelhantes a uma folha
seca de bambu. Os pássaros são seus predadores naturais. Está ameaçada pela poluição e
destruição do habitat.

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Prepona laertes

Família: Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras:  Inga vera, Inga ruiziana e Andira


inermis.

Particularidades: encontrada em grande parte da


América Central e América do Sul. A envergadura é cerca
de 8,8cm. É uma espécie muito variável, com um grande
número de subespécies e formas foram descritas.

Prepona pheridamas

Família: Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras: Ingá sp

Particularidades: Ovo é esférico, liso, de coloração


pérola clara, são postos isolados na face inferior das
folhas da planta hospedeira. Período embrionário,
sete dias. O adulto voa durante os meses de janeiro-
março, julho-setembro e dezembro. Seus caracteres cromáticos ventrais são inconfundíveis
em ambos os sexos e o seu comportamento é o típico do gênero. Voa nas horas mais
ensolaradas do dia nas clareiras e bordas das matas. Seus alimentos preferidos são os
excrementos, preferentemente de animais carnívoros, frutos fermentados, e excreções de
certas plantas, oriundas de lesões em seus troncos.

Prepona pylene

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Família: Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras: Andira (Fabaceae) e  Inga (Mimosaceae )

Particularidades: é encontrado em toda a região amazônica, de Honduras ao Paraguai,


Colômbia, Peru, Equador e Brasil. Esta espécie é encontrada em florestas tropicais de
altitudes entre cerca de 400-1000m. Têm um vôo ágil e muito poderoso, e só operam em
condições quentes de sol. Ambos os sexos geralmente se alimentam de seiva e frutas podres.
Os machos também absorvem a umidade do solo ou areia e às vezes visitam carniça e
esterco no chão da floresta. Os machos muitas vezes se sentam de cabeça-para baixo com as
asas semiabertas em troncos de árvores estreitas em alturas entre cerca de 2-4 metros. As
fêmeas tendem a gastar a maior parte do tempo na copa.

Archaeoprepona demophon

Família:  Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras:  Annona (Annonaceae) e


Malpighia glabra (Malpighiaceae)

Particularidades: A envergadura atinge cerca de


5,8cm. A face superior das asas é preta, com brilhantes faixas transversais azuis pálidas. A
face inferior é castanha com uma clara banda no meio das asas posteriores e vários
pequenos pontos escuros nas margens. Adultos visitam frutas podres ou esterco. Esta
espécie pode ser encontrada no México, América Central, Antilhas e partes do norte da
América do Sul.

  

Opsiphanes invirae

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

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Plantas Hospedeiras: Palmáceas, gerivá (Syagrus romanzoffianum)

Particularidades: Os adultos são ávidos por frutas em fermentação, secreção de tronco das
árvores e fezes de animais, podendo detectá-los a mais de um quilômetro de distância. asa
anterior é atravessada por uma faixa alaranjada e apresenta perto do ápice duas pequenas
manchas brancas, a asa posterior também possui uma faixa alaranjada acompanhando a
borda externa.

Opsiphanes quiteria

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Palmáceas

Particularidades: gênero compreende de 11 espécies


distribuídas diversas do México ao Paraguai e Argentina. As borboletas são caracterizadas
por terem um forte tórax e abdômen, olhos grandes e antenas resistente. Em todas as
espécies a face superior das asas são de cor marrom escuro com uma faixa diagonal laranja
ou amarelada nas asas dianteiras. A face inferior é de tonalidade marrom terra.

Dasyophthalma creusa

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Bactris, Geonoma schottlana,


Astrocaryum aculeatum ou Astrocaryum vulgare.

Particularidades:  são membros notáveis da fauna da


Mata Atlântico. São normalmente ativos ao amanhecer e
entardecer, voando ocasionalmente durante o dia. As espécies deste gênero têm manchas
azuis nas asas. Uma análise filogenética feita por Penz em 2007 analisou duas espécies de
Dasyophthalma e apoiou o monofiletismo do gênero. Esse estudo sugeriu que a
Dasyophthalma pode estar estreitamente relacionadas com Opoptera Aurivillius. As bordas
distais segmentos das pernas traseiras, tarsômeros de cor clara formando anéis com
contraste de cor sugerem este relacionamento. Entre todos amostrados, este personagem
estava presente apenas em Dasyophthalma e Opoptera.

Morpho achilles

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Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Leguminosas papilionáceas.

Particularidades: Vulgarmente chamada de “capitão-do-mato”, é atraída por frutos


maduros, como a manga e a jaca.

Morpho aega

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Folhas de taquaras,


bambus, ingás (Inga uruguensis),
leguminosas, tambuatá (Cupania vernalis),
sapindáceas Gramineae (Arundo mitis,
Bambusa, Bambusa trinii, Chusquea,
Chusquea meyeriana, Merostachys
claussenii

Particularidades: Os machos dessa espécie apresentam na face superior das asas uma
coloração azul metálica. São popularmente chamadas de seda-azul ou telão-de-seda-azul.
possui duas manchas brancas pequenas, na margem anterior na frente da célula discal, a
face inferior das asas é marrom com cinco manchas ocelares, duas nas asas anteriores e três
nas posteriores. As fêmeas podem ser além de azuis, amarelas ou amarelo-azuladas.
Alcança 10 centímetros e normalmente são encontradas em locais onde existe concentração
de bambus. O azul da asa das fêmeas é menos brilhante e elas também podem ser da cor
amarela ou amarelo-azulado. Os machos voam mais ao amanhecer; as fêmeas pela tarde.

Morpho anaxibia

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Grumixama, arco-de-pipa e


caneleira.

Particularidades: É uma das mais conhecidas


Borboletas Brasileiras, chamada vulgarmente de “azul-seda”.

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Morpho menelaus

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Arco-de-pipa e aldrago.

Particularidades: Conhecida no Rio de Janeiro como


“praia-grande”. Costuma se alimentar do suco de
frutos maduros caídos no chão.

Morpho deidamia

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Macharium, Pterocarpus,


Lonchocarpus, Swartzia e Dalbergia (Fabaceae)

Particularidades: Há pelo menos 29 espécies


descritas de morpho. O lado superior azul
brilhante aparece a piscar como um faro quando se altera com a superfície inferior escuro.
Isso torna difícil para um pássaro para acompanhar o voo. Se atacada, o padrão de voo lento
muda em uma manobra evasiva. A Morpho fecha suas asas mostrando o lado escuro
marrom esse esconde. O azul intenso de borboletas Morpho é impossível de transmitir em
uma fotografia pela refração. Morpho deidamia é uma espécie difundida, encontradas com
pouco frequência em toda a região neotropical da Nicarágua à Bolívia. Esta espécie está
adaptada a viver em uma grande variedade de habitats florestais, ocorrendo por exemplo,
nas florestas caducifólias secas da Nicarágua, embora mais frequentemente encontradas em
floresta primária. Ela é encontrada em altitudes entre 0-1400m. Os machos voam de ponta a
ponta os cursos de córregos de rios. Nas tardes ensolaradas e quentes às vezes eles podem
ser encontrados absorvendo umidade e minerais da areia úmida, ou a partir da urina no
solo. 

Morpho epistrophus

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Ingá, Acacia longifólia


(Fabaceae)

Particularidades: é uma espécie bem comum e que


intercala seu vôo entre as áreas abertas e bem

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iluminadas (heliófila) e as fechadas. Podem ser avistadas em trilhas e nas bordas da floresta.
Seu voo é lento e majestoso como a grande maioria das borboletas deste gênero. Habita as
áreas de fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana), e também as silvestres,
onde se faz notar tanto nas matas secundárias quanto nas primárias. Suas lagartas são
muito chamativas e exibem colorido com tons de vermelho, branco e negro. O corpo é
recoberto por pilosidades nas cores vermelha e branca. Há uma espécie próxima Morpho
atena que apenas se difere pela lagarta.  Não há os ocelos sobre a linha branca que está no
dorso da lagarta. São noturnas e gregárias podendo ser facilmente avistadas, pois ao se
concentrarem sobre uma única folha formam uma massa colorida no meio da folhagem.

Morpho helenor

Família:  Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Macharium, Swartzia,


Lonchocarpus, Pterocarpus, Dalbergia
(Fabaceae)

Particularidades: é parente próximo de


Morpho aquiles são reconhecidos pelas
bandas largas verticais de azul brilhante em suas asas e pelos distintos anéis em branco,
preto, amarelo e vermelho concêntricos que formam ocelos em suas asas posteriores
marrom-oliva inferior. O tamanho destes ocelos, e a largura das bandas azuis no lado
superior pode variar consideravelmente. Em helenor a banda submarginal esbranquiçada na
asa posterior inferior se alarga em direção ao ápice e é o mais largo. As asas de borboletas
azuis Morpho são relativamente grandes para o tamanho do corpo, resultando em um voo
lento e saltitante. O efeito é que o lado superior azul brilhante parece a piscar como um farol
quando se alterna em voo com a superfície inferior escuro. Isso torna difícil para um pássaro
para acompanhar o voo. Morpho helenor é uma espécie difundida e comum encontrada em
toda a região neotropical, do México à Bolívia. Nas tardes ensolaradas e quentes às vezes
eles podem ser encontrados absorvendo umidade e minerais da areia úmida, ou a partir da
urina no solo. 

Morpho portis

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Bambusa e Chusquea


meyeriana

Particularidades: muito coletada para coleções


particulares, por isso estão ameaçadas de

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extinção.Portis pode ser considerado um pequeno grupo que abrange as espécies com os
sexos semelhantes, em contraste com as formas do grupo com adonis que é altamente
diferenciado. É encontrada no Brasil, Uruguai, Venezuela, Colômbia, Peru e Paraguai. Várias
subespécies e muitas formas têm sido descritas.

Morpho rhetenor

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Inga


(Mimosaceae)

Particularidades: impossível transmitir em uma fotografia. É relacionada com a espécie


Cypris. M. rhetenor é bem difundida e bastante comum encontrados da Colômbia e
Venezuela ao Peru, Brasil e Bolívia. Há seis subespécies descritas, são encontradas em
floresta de várzea e no sopé da Cordilheira dos Andes oriental, em altitudes entre 0-1000m.
Tal como acontece com a maioria das espécies de Morpho, os machos passam as manhãs em
patrulhamento e ao longo de cursos de córregos e rios. Nas tardes quentes e ensolaradas
podem ser encontradas absorvendo minerais da areia úmida, sugando seiva ou frutas
podres. Ao alimentar ou descansar as asas são mantidas fechadas, mas de forma irregular
em resposta à perturbação por formigas e vespas. Esta é uma espécie que é altamente
valorizada por colecionadores. 

Opoptera syme

Família: Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: compreende de seis espécies


conhecidas e uma recém descoberta no Peru. Esta
espécie é encontrada em floresta primária e
secundária em altitudes de até pelo menos 1800 metros.

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Myscelia orsis

Família: Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Dalechampia spp e


eventualmente Tragia sp (ambas plantas da família Euphorbiaceae)

Particularidades: é uma espécie que se alimenta de frutas maduras caídas no chão da


floresta. É um preferencialmente silvestre. Ocorre tanto nas florestas primárias quanto nas
secundárias, mais comum nas últimas. Comumente é avistada voando em topos de
pequenos morros, em locais onde existam clareiras, pois são heliófilos. Também é possível
vê-las em áreas sombreadas da floresta onde busca seu alimento ao longo de trilhas
úmidas.  O voo rápido é feito em altura de mediana a baixa em relação ao solo. As lagartas
têm um corpo com a cor predominantemente verde e máculas amareladas dorsais e laterais.

Napeocles jucunda

Família: Ninfalídeos/Nymphalinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: O Napeocles gênero


contém apenas uma única espécie, a jucunda. Não há disputa entre taxonomistas como a
que tribo ele deve ser colocado em. Geralmente é colocada ao lado de Anartia, Junonia,
Hypolimnas e Siproeta na tribo Kallimini. A revisão mais recente dos Nymphalidae feita por
Wahlberg em 2008 tem Napeocles classificadas na tribo Victoriniini tribo e lista Kallima,
Doleschallia, Catacroptera e Mallika em Kallimini. Napeocles jucunda como espécies
encontradas no Peru, Bolívia e Brasil. Esta espécie habita florestas no sopé dos Andes
orientais, em altitudes entre cerca de 400-800m. Esta borboleta grande passa a maior parte
de seu alto tempo na copa, mas às vezes desce para o menor extrato das árvores. Para ver
esta espécie é geralmente necessário encontrar um ponto de vista alto.

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Zaretis itys

Família: Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Existem 88 espécies na tribo


Anaeini, todos os quais estão confinados à região
neotropical. Todos imitam folhas mortas com o
padrão de cor da face inferior das asas. Os gêneros Coenophlebia e Zaretis estão entre as
mais convincentes imitadoras de folhas mortas no mundo dos insetos. Algumas espécies
como Coenophlebia archidona, e as formas da estação seca de Zaretis itys ainda tem
manchas translúcidas semelhante a folhas atacadas por larvas de besouros. Zaretis
compreende um gênero com seis espécies diversamente distribuídas do México à Bolívia.
Este grupo é bastante variável na região neotropical.

Pierella nereis

Família:  Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Heliconia e Calathea

Particularidades: encontradas do México até a


América do Sul. A espécie possui asas posteriores
maiores, única entre as borboletas. Olhando rapidamente pode parecer esverdeada devido á
difração.

Pierella lena

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Heliconia e Calathea.

Particularidades: se limita exclusivamente para a


região neotropical. Todos os membros desta tribo são

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crepusculares, que passam a vida se escondendo no fundo da vegetação rasteira. Há cinco
gêneros – Pierella, Pseudohaetera, Haetera, Dulcedo e Cithaerias. O Pierella gênero inclui 11
espécies, todos confinados à região neotropical. Todos os membros do gênero têm AA face
superior das asas de cor marrom, marcados nas asas dianteiras com finas linhas e marrons
nas asas posteriores com escuro pós-médio ocelos ou manchas.

Pierella lamia

Família: Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Heliconia e Calathea.

Particularidades: ocorre em floresta de altitudes entre


200-1400m. As borboletas são normalmente
encontradas em grupos de dois ou três ao longo estreitas
trilhas escuras da floresta ou entre moitas de bambu.
Eles voam principalmente na escuridão da madrugada, mas também pode ser encontrada
quando se faz passeio por trilhas.

Pseudoscada erruca

Família: Ninfalídeos/Ithomiinae

Plantas Hospedeiras: Cestrum

Particularidades: Borboleta cristalina com


envergadura de 2,5cm, a face dorsal submarginais
tem manchas brancas de aspecto azulado que só são vistos em determinada posição em
relação à luz. Voo fraco em baixa altitude de locais sombreados.

Hypoleria lavinia

Família: Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Heliotropium, Tournefourtia,


Myosotis (Boraginaceae), Eupatorium, Neomiranda e
Senecio (Asteraceae)

Particularidades: o gênero contém oito espécies de


Hypoleria. São pequenas em tamanho, e pode ser reconhecida por sua vedação de cor
laranja e as bordas recortadas nas asas anteriores. Tem também antenas escuras. Hypoleria
Lavínia tem cerca de 22 subespécies nomeadas diversamente distribuídas desde a

53
Guatemala ao sul do Peru e do Brasil para o leste, até o Espírito Santo. É encontrada em
floresta primária com altitudes entre 100-1000m O ovo é branco, depositados
individualmente na face inferior das folhas. A lagarta completamente crescida é verde
translúcida e tem uma textura enrugada. 

Ithomia agnosia zikani

Família: Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Asteraceae

Particularidades: costumam habitar locais de mata


bastante sombreados e se alimentam de néctar de
plantas de sub-bosque

Heterosais edessa

Família:  Ninfalídeos/Ithominae

Plantas Hospedeiras: Cestrum laevigatum [a dama-da-


noite] da família Solanaceae.

Particularidades: espécie comum que gosta de voar em


locais sombreados (umbrófila), mas pode ser vista em zona semi-sombreada. Geralmente é
vista em matas secundárias embora ocorra também em primárias. Visita flores ou
inflorescências nas bordas de trilhas e estradas. Seu voo é bem lento. O adulto se alimenta
de diversas espécies de eupatório, mesmo quando as flores já estão quase secas. As lagartas
têm o corpo verde com listra lateral amarela. Os adultos são solitários, de hábitos diurnos e
são sensíveis à mudança da umidade ambiental. Morrem se expostas a ambientes mais
secos. O gênero Heterosais inclui apenas duas espécies, H. edessa e H. giulia. Ambos são
borboletas de vidro.

Dynamine tithia

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras:  Euphorbiaceae como Tragia e


Dalechampia

Particularidades:  ocorre na Colômbia, Equador, Peru


e Brasil, em florestas primárias e perturbadas, em altitudes entre cerca de 200-1000m. Os
ovos da maioria das espécies deste grupo são brancos. As lagartas tem minúsculos espinhos

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na parte posterior do corpo. As pupas são esverdeadas, alongadas com uma cabeça
ligeiramente bífida formando uma quilha dorsal. Ficam suspensas pelo cremaster nos caules
ou folhas. 

Cremna thasus

Família:  Riodiniídeo/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: é a mais comum das espécies de seu


gênero e mais amplamente distribuída. É encontrada desde o sul-leste do México à Bolívia e
Paraguai. Esta espécie é encontrada em floresta não perturbada, em altitudes entre cerca de
100-800m. Os machos pousam de asas abertas debaixo de folhas e lançando-se rapidamente
para interceptar uma fêmea de sua espécie.

Memphis appias

Família:  Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: O gênero
Neotropical  que inclui 112 subespécies em 61 espécies, sendo o mais numeroso em espécies
e em número de indivíduos coletados e depositados em coleções, além de ser também o de
maior amplitude geográfica.

Haematera pyrame

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Urvillea ulmacea  (Sapindaceae)

Particularidades: A face superior das asas do macho é


negra, com a área basal das asas anteriores e posteriores
em cor-de-rosa. As asas dianteiras da fêmea são semelhantes às do sexo masculino, mas são
inteiramente castanho-escuros. Há variações geográficas, por exemplo, em ambos os sexos
da Colômbia e Venezuela a cor rosa é substituída por um tom mais alaranjado. Haematera
pyrame é distribuída desde a Nicarágua até a Argentina, e tem seis subespécies. São

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encontradas em habitats perturbados e dentro de floresta estacional decidual, floresta
tropical e equatorial geralmente em altitudes entre 200-1200m. Os machos são muitas vezes
vistos em empoçamentos de lama em beira de rios, praias, estradas de terra e trilhas de
floresta.

Eurema arbela

Família:  Pierídeo/Coliadinae

Plantas Hospedeiras: Fabaceae

Particularidades: Estas borboletas são bem pequenas e


caracterizadas por terem a face superior das asas
amareladas ou brancas, com marcações apicais escuras. As asas dianteiras têm é fortemente
curvado e um ápice meio quadrado. As várias espécies podem ser diferenciados pelo padrão
de manchas escuras nas asas posteriores e pelas bordas pretas nas asas dianteiras. Eurema
Arbela é encontrada do México à Bolívia. Os machos são geralmente encontrados
isoladamente ou, ocasionalmente, em dois ou de três, absorvendo minerais dissolvidos do
solo úmido na borda valas ou bancos de areia a beira de estradas ou áreas florestais.

Consul fabius

Por; Macrofotografia

Família:  Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras: Piperaceae (Piper


tuberculatum, Piper auritum, Piper umbellatum)

Particularidades: Existem quatro espécies do gênero Consul, a C. fabius é a mais comum e


conhecida. Seu primeiro par de asas é angular, o segundo par de asas tem uma cauda sendo
a espécie dotada de um padrão laranja e preto brilhante que o torna instantaneamente
reconhecível. Esta espécie tem padrões que simulam as folhas mortas. No caso da Consul
fabius essa camuflagem é reforçada pelo padrão de mármore e forma da asa irregular. 

Rekoa meton

Família:  Licenídeos/Theclinae

Plantas Hospedeiras: Asteraceae

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Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta espécie. Provavelmente se alimenta de
néctar das flores e espécies de Senecio e Eupatorium.

Heliconius wallacei

Família:  Ninfalídeos/Heliconinae

Plantas Hospedeiras: Passiflora

Particularidades: Heliconius wallacei pode ser


facilmente confundido com H. sara. Nesta última, há
uma série de manchas vermelhas perto da base da asa posterior na face inferior, enquanto
que na H. wallacei estes são substituídos por uma faixa vermelha que corre ao longo da
base, e outra que funcionam ao longo da base do dorso. Heliconius wallacei é encontrado a
partir de Venezuela e Trinidad para o sul do Brasil e Peru. Essa borboleta é uma espécie de
floresta de várzea, encontrados em altitudes abaixo de cerca de 800m.

Mimoniades versicolor

Família:  Hesperídeos/Pyrrhopyginae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Equador, Peru, Bolívia. Asa anterior


cerca de 25 mm. Faz celestes linhas submarginais
dorsais. Dorsal da asa anterior listra azul na área basal, tarja vermelha sobre as manchas
laranja medial e dois no ápice da asa anterior. Quatro faixas cor de laranja na face dorsal do
tórax, da cabeça para o abdômen, o abdômen com linhas azuis repostas. Posa com asas
estendidas, superfícies enriquecidas libaneses.

Rhetus arcius

Família:  Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Terminalia amazonica


(Combretaceae) e Mabea occidentalis (Euphorbiaceae)

Particularidades: Borboletas do gênero Rhetus são


conhecidas por ter um belo brilho azul em toda a superfície superior das asas. Rhetus está

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intimamente ligada à Ancyluris e tem até uma forma de asa similar. No entanto, Ancyluris
existe tem irridescência azul na parte inferior das asas que não há no lado superior. Existem
três espécies de Rhetus, dos quais a Periander é a mais comum e mais difundida.

Rhetus periander

Família:  Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Rhetus Periander é geralmente


encontrada isoladamente ou em pequenos grupos na
beira de rios, trilhas através da floresta tropical primária ou perturbada. Ocorre em altitudes
entre 0-1800m e ocorre ao longo de todo ano. Os machos podem ser vistos empoleirando-se
sob as folhas a uma altura de cerca de 3-8m de altura do solo. Após o acasalamento, muitas
vezes eles descem ao nível do solo para absorver a lama molhada. Os machos são atraídos
principalmente por sais minerais, mas também podem visitar carniça. Ambos os sexos são
atraídos por flores de Eupatorium, e também néctar de Inga, Croton e Cordia.

Nessaea obrinus

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades:  Nessaea é um gênero


pequeno formado por borboletas bastante coloridas. Os adultos masculinos e femininos têm
um azul turquesa, uma banda diagonal brilhante na porção dorsal da asa anterior e uma
coloração verde-maçã na superfície ventral das asas. Os machos são negros por cima e tem
um tom laranja nas asas posteriores dorsais. As fêmeas são acastanhadas acima com uma
banda azul. Esse padrão reflete um registro filogenético em diversas espécies e subespécies. 

Ithomia drymo

Família:  Ninfalídeos/Danainae

Plantas Hospedeiras: Solanaceae

Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta


espécie. Muito semelhante as borboletas de vidro das
subfamílias danainae e ithomiinae, exceto pela mancha branca estendida no ápice do

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primeiro par de asas. Pode ter as margens internas destas asas com uma tonalidade
amareladas semelhante Ithomia agnosia.

Episcada carcinia

Família:  Ninfalídeo/Danainae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades:  Período de atividade geralmente em


março e agosto. É mais comum em mata primária.

Episcada hymenaea hymenaea

Família:  Ninfalídeo/Danainae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta espécie. Seu período de atividade ocorre em
fevereiro, março, maio, agosto e outubro. É mais comum em mata primária.

Pteronymia carlia

Família:  Ninfalídeo/Danainae

Plantas Hospedeiras:Não identificada

Particularidades:  Pouco se sabe sobre esta espécie. Ocorre


em agosto e pode ocorre agregações. É bastante rara vive em mata primária.

Mcclungia cymo salonina

Família:  Ninfalídeo/Danainae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Borboleta semelhante as borboletas de


vidro, porém sua translucidez é amarelada e as bordas são avermelhadas, além de possuir
uma mancha branca no primeiro par de asas.

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Pyrrhogyra neaerea

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Possui na face superior das uma


grossa listra branca que se estende por toda a asa inferior e metade da posterior criando
uma mancha branca sozinha na porção marginal da asa. Na face inferior da asa posterior há
uma mancha branca que toma quase toda a área da asa e que é separada do resto da área
marrom por uma linha divisória avermelhada. O mesmo padrão se repete no primeiro par de
asas, porém com duas manchas brancas.

Emesis russula

Família:  Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Borboleta toda amarelada ou de tom


caramelado com pequenas ondulações amarronzadas. As
bordas das asas são repletas de penas pintas, uma em cada
área intravenal. Cerca de 5 pontos na asa anterior e 6 na asa posterior. A porção dorsal do
tórax do animal possui uma lista em “V”.

Caligo arisbe

Família:  Ninfalídeos/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Musa psp

Particularidades: É uma das maiores Borboletas do Brasil,


caracterizada pelo desenho de olhos na face inferior das
asas posteriores, dando origem ao nome de “corujão” e
faz com que os pássaros predadores não se aproximem.
No caso de arisbe o que é mais evidente é um padrão de
coloração mais escuro que forma uma faixa que começa
na asa posterior e chega à asa anterior. A faixa é grossa e
engloba até a mancha ocelar que se assemelha ao olho da
coruja. Na face ventral das asas há um tom de marrom

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escuro nas bordas e no centro um padrão amadeirado com um leve tom azul nas asas
posteriores Tem hábitos crepusculares e voam ao amanhecer sobre o leito dos rios e na
borda das matas à procura de frutos caídos no chão ou líquidos que escorrem dos troncos de
certas árvores atacadas por moscas, comum em ambientes antrópicos.

Enantia lina

Família:  Pierídeo/Dismorphiinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Dismorphiinae sé uma pequena


subfamília de borboletas brancas que incluem cerca
de 50 espécies neotropicais. Características comuns a
todos os gêneros Dismorphiine incluem as antenas cônicas e asas anteriores alongadas. Em
alguns gêneros de Dismorphiine (como o Dismorphia) há dimorfismo sexual muito
pronunciado, com as fêmeas parecendo Pierídeos típicos enquanto os machos são
geralmente estampados em laranja e preto. Em Enantia, o dimorfismo sexual é menos
pronunciado, as fêmeas são mais pálidas e não são tão bem marcadas quanto os machos, de
forma bastante similar. Enantia é composta por nove espécies, das quais 4 (Mazai, lina,
jethys e Albânia) atingem o Norte até o México, enquanto o restante é restrito a várias
partes da América do Sul. A cor de fundo sobre o lado superior varia em função da espécie,
do branco puro ao amarelo ou laranja. As margens do vértice e exterior são pretas, mas as
marcações podem variar em largura e forma de espécie para espécie. A cor da face inferior
de todas as espécies é bastante variável.

Fountainea ryphea

Família:  Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras: Croton e


Euphorbiaceae

Particularidades: Essa borboleta faz parte


da tribo Anaeini que compreende mais de 87 espécies neotropicais dos gêneros
Coenophlebia, Consul, Anaea, Polygrapha, Memphis, Siderone, Fountainea e Zaretis. Essas
borboletas são caracterizadas por terem um voo muito rápido. Eles têm corpos robustos,
asas falcoadas e na superfície superior são geralmente pretas, marcadas com bandas de
laranja, vermelho ou azul brilhante de acordo com a espécie. A parte inferior de todas as
espécies do Anaeini tem uma estampa semelhante à de folhas secas, cascas de árvores ou
pedras. O gênero Fountainea é composto por oito espécies, a maioria dos quais são
amplamente distribuídas em toda a região neotropical.

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Stalachtis phlegia

Família:  Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Há seis espécies conhecidas no


gênero Stalachtis, distribuídas diferentemente do
Panamá para a Venezuela, Brasil, Equador e Peru.
Todas as espécies de Stalachtis são marcadas com laranja, preto e branco, mas os padrões
diferem muito de espécie para espécie. Algumas, como S. caliope e S. magdalenae têm
marcas semelhantes às de ithomiines ‘complexo do tigre’, enquanto outros têm sido
comparadas às traças Tiger (Pericopinae). Ithomiines e traças tigre são ambos conhecidos
por serem implantáveis para aves, e tem-se sugerido que caliope e magdalenae são mímicas
Batesian palatáveis.

Cissia penelope

Família:  Ninfalídeos/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: gramíneas (Poaceae), palmeiras


(Arecaceae) ou membros de Marantaceae

Particularidades: As espécies de Cissia são menores do que a


maioria dos outros membros da Euptychiina. Eles são
geralmente uma cor marrom terra na superfície ventral das asas. Na parte inferior são
marrons pálido com faixas marrons escuros largas e uma faixa exterior cremosa. As asas
posteriores tem 2 grandes ocelos pretos dentro de cada há ornamentos prateados.

Mesosemia marisa

Família:  Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

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Particularidades: Esta espécie possui um padrão de marrom e cinza intercalado nas asas,
quando que o primeiro par de asas possui um ocelo maior que a asa posterior.

Lasaia agesilas

Família:  Riodinídeos/Riodininae

Plantas Hospedeiras: Fabaceae

Particularidades: O gênero Lasaia contém 14 espécies, as


quais são encontradas exclusivamente na região
neotropical. São pequenas, com cerca de 30 milímetros de envergadura. Os machos tem
coloração reflexiva, brilhando em turquesa metálico, cinza ou azul. As fêmeas são raramente
vistas. Elas são geralmente de uma cor marrom terra maçante. Ambos os sexos têm um
padrão semelhante de manchas pretas. Nenhuma fotografia representa exatamente o
intenso azul de L. agesilas que é brilhante como a de qualquer borboleta Morpho. As
manchas pretas podem variar em tamanho, e, em alguns exemplos são muito reduzidos.
Lasaia agesilas ocorre desde o México até o Paraguai. Os machos são geralmente
encontrados juntos absorvendo minerais em locais ricos, como em bancos de areia ou
caminhos florestais iluminados pelo sol. 

Temenis pulchra

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Serjania, Paullinia,


Cardiospermum, Urvillea, Sapindaceae em
geral

Particularidades: O gênero Temenis está intimamente ligado ao gênero Epiphile e Nica, em


que os adultos são estruturalmente muito semelhantes. Os três gêneros são biologicamente
distinguidos por diferenças de morfológicas. Em T. pulchra as asas são vermelhas e pretas
sobrepostos no sexo masculino com um brilho cintilante iridescente azul-violeta que é visto
quando a borboleta está em movimento. Este tipo de cor de fundo é comum entre as
borboletas neotropicais, o que sugere a probabilidade de evolução convergente produzir um
anel de mimetismo Batesian e/ou Mullerian envolvendo Temenis pulchra e várias espécies
dos gêneros Agrias, Callicore e Altinote.

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Perrhybris pamela

Família:  Pierídeo/Pierinae

Plantas Hospedeiras: Capparis (Capparidaceae)

Particularidades: O gênero Perrhybris é


exclusivamente neotropical. Existem três espécies
conhecidas de Perrhybris (lorena, lypera e pamela). Perrhybris pamela tem 18 subespécies
reconhecidas, encontrados variamente no México, Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia,
Venezuela, Suriname, Guiana Francesa, Brasil, Equador, Peru e Bolívia. Esta espécie produz
em floresta de várzea em altitudes entre o nível do mar e cerca de 900m. Os machos são
geralmente encontrados em pequenos grupos de até meia dúzia ao redor de empoçamentos
de lama ou entre agregações de outras borboletas brancas, incluindo os papolionideos
Protesilaus. 

Hamadryas fornax

Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Delachampia spp

Particularidades: Há pelo menos 20 membros no


gênero Hamadryas. A maioria é encontrado na América Central e do Sul, embora oito foram
registradas esporadicamente no sul dos EUA. O som das estaladeiras são produzidos por um
par de hastes espinhosas na ponta do abdómen que bate contra as cerdas dos clasperes
anais. Apenas os machos podem produzir o som, mas ambos os sexos podem detectá-lo –
suas asas têm pequenas células ocas cobertas por membranas que vibram em resposta ao
som e estimulam as terminações nervosas. A finalidade do som não é conhecida. Pode
eventualmente impedir os machos concorrentes de ocupar o mesmo território, ou poderia
atuar como um gatilho para iniciar a primeira resposta de uma fêmea durante o cortejo.

Hamadryas arete

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Família:  Ninfalídeos/Biblidinae

Plantas Hospedeiras: Delachampia spp

Particularidades: São muitas vezes confundidas com Hamadryas velutina uma vez que
ambas são azuis. Espécie incomum está presente mais frequentemente na zona sombreada
das matas (umbrófilas), mas pode ser também avistada cruzando de passagem pelas áreas
ensolaradas (hefiólias). É encontrada em matas com florestas secundárias ou primárias.

Fountainea halice

Família:  Ninfalídeos/Charaxinae

Plantas Hospedeiras: Cróton (Euphorbiaceae)

Particularidades:  Ocorrem geralmente em


fevereiro, março e agosto. Geralmente encontrada em mata primária, bastante rara. O
upperside de Fountainea halice é brilhante vermelho-alaranjado, com manchas escuras no
ápice. Esta espécie é encontrada em todas as áreas de várzea do México à Bolívia. Esta
espécie produz em várzea floresta primária e secundária, e em florestas húmidas de folha
caduca em altitudes entre o nível do mar e cerca de 800m.

Narope cyllarus

Família:  Ninfalídeos/Brassolinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta espécie.


Ocorre geralmente em fevereiro, vive em mata primária e é
atraída por frutas fermentadas em decomposição. É
ameaçada da extinção especialmente no Paraná.

Dasyophthalma rusina

Família:  Ninfalídeos/Brassolinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Ocorre somente no sul e


sudeste do Brasil em florestas de 800 a 1600m de altitude. É semelhante a Dasyophthalma
Creusa, porém mais clara e tem 3 ocelos enquanto D. rusina tem apenas dois e onde deveria

65
estar o terceiro há uma faixa branca que se estende longitudinalmente nas asas. A face
inferior das asas tem detalhes laranjas, azuis ou somente marrons, cada cor representa uma
subespécie diferente de D. rusina.

Opsiphanes cassiae

Família:  Ninfalídeo/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Palmáceas

Particularidades: Pouco se sabe sobre esta


espécie, exceto que ocupa florestas primárias preferencialmente.

Opoptera sulcius

Família:  Ninfalídeo/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Encontrada em floresta primária e


secundária em altitudes de até pelo menos 1800 metros.

Opoptera fruhstorferi

Família:  Ninfalídeo/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe a respeito


desta espécie.

Opoptera aorsa

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Família:  Ninfalídeo/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Chusquea ou Bambu

Particularidades: Ocorre também na Colômbia e Peru. Só são vistas ao amanhecer ou a


partir das 19:00da tarde. Visitam frutos podres ou esterco caídos no chão da floresta.
Geralmente vivem em uma altitude de até 1800m.

Neographium asius

Família:  Papilionídeo/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Borboleta de cor preta com uma


faixa amarelada longitudinal e com detalhes em
vermelho ao redor desta linha longitudinal na asa
posterior. Essa linha engrossa nas asas posterior. Apresenta também cauda alongada.

Neographium agesilaus autosilaus

Família:  Papilionídeo/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Annonaceae

Particularidades: Existem13 espécies no gênero


Neographium que são caracterizadas por terem asas brancas ou amareladas translúcidas,
marcadas com listras pretas ou marrom escuro. As asas anteriores são decididamente de
forma triangular, e as posteriores adornadas com uma cauda longa espada-like. Os corpos
são relativamente curtos, e as pontas antenais fortemente recurvadas. Neographium
agesilaus pode ser facilmente confundida com outros papilionideos, pode ser identificado a
partir das asas posteriores em que a mancha vermelha está no lado basal da raia preta em
Agesilaus, e no lado exterior da raia preta nos gêneros Protographium e Protesilau. 

Protesilaus stenodesmus

Protesilaus stenodesmus

Família:  Papilionídeo/Papilioninae

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Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie. Semelhante a Neographium.

Mimoides protodamas

Família:  Papilionídeo/Papilioninae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Mimoides protodamas é uma


borboleta preta com o ápice da asa anterior
arredondado e borda externa côncava, recortadas na ponta das asas traseiras. Há um
decromatismo sexual como visto na imagem acima.

Glutophrissa drusilla

Família:  Pierídeo/Pierinae

Plantas Hospedeiras: Cleome (Capparidaceae)

Particularidades: espécie comum mais não é tão


comum quanto outros membros da família. Costumam voar em pequenos pampianos e
visitar flores de áreas abertas e ensolaradas (heliófilas). É resistente as mudanças do
ambiente, por isso, podem-se vê-la até nos centros urbanos das maiores cidades. Está
presente também em ambientes semiurbanos e florestas secundárias. É migratória.

Pieriballia viardi mandela

Família:  Pierídeo/Pierinae

Plantas Hospedeiras: Capparis pseudocacao

Particularidades: gênero com uma única espécie que


está distribuído desde o México até a Bolívia, Brasil e
Paraguai. Pode ser encontrada também no Sul Texas. Tem preferência por florestas tropicais
e de transição. Tem uma envergadura de cerca de 57 mm de comprimento.

68
 

Eurema agave

Família:  Pierídeo/Colidinae

Plantas Hospedeiras: Fabaceae

Particularidades: Gênero com 70 espécies e mais de 300


sinônimos. Pouco se sabe sobre Eurema deva.

Pyrisitia leuce

Família:  Pierídeo/Colidinae

Plantas Hospedeiras: Fabaceae

Particularidades: espécie heliófila que vista bordas entre


cidades e as áreas de matas (semiurbana). Muito mais
observada em matas primarias.

Pseudopieris nehemia

Família:  Pierídeo/Dismorphiinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: este gênero dispõe de duas espécies – P.


viridula e P. nehemias, ambas inteiramente neotropicais. São uma remanescente do gênero
Pieris e do gênero Melete neotropical, mas podem ser distinguidos dos Pierinae por ter sua
vedação distinta e antenas pretas caídas. Pierinae têm antenas retas, com nós claros nas
pontas. Pseudopieris nehemias é encontrada do México à Argentina e no Brasil. Há 11
subespécies, cinco das quais ocorrem no Peru. Esta espécie vive em florestas tropicais e de
transição, entre habitats em altitudes de 100-1200m. Os sexos são geralmente vistos
isoladamente, voando ao longo de trilhas na mata, ou em repouso de baixo de folhagem.

69
 

Zonia zonia diabo

Família:  Hesperídeo/Pyrginae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe sobre este animal,


exceto o fato de estar extremamente ameaçado d
extinção. Ocorre na mata Atlântica e vem sofrendo grandes perdas de área original para a
agricultura mecanizada e pecuária extensiva.

Lycorea halia

Família:  Ninfalídeo/Danainae

Plantas Hospedeiras: Carica, Jacaratia (Caricaceae), Ficus


(Moraceae) e Asclepias (Asclepiadaceae)

Particularidades: Borboleta laranja com listras


horizontais pretas, listras na asa posterior que se juntam para formar um loop.   Os machos
são mais ativos durante a parte da manhã para esperar fêmeas receptivas. Ao meio-dia, as
fêmeas põem ovos isoladamente na parte inferior das folhas hospedeiras, geralmente
depositar vários ovos na mesma planta. Voam em abril, julho e outubro no sul do Texas e
durante todo o ano nos trópicos. Existem três espécies de Lycorea; halia, ilione e pasinuntia.
Todos são fortemente marcados pelas asas arredondadas e antenas cor de creme na
ponta.  Em comum com outros Danainae, os corpos de larvas e adultos Lycorea contêm
toxinas que causam vômitos e náuseas em qualquer pássaro que tentar comê-las.

Tithorea harmonia caissara

Família:  Ninfalídeo/Danainae

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Plantas Hospedeiras: Prestonia coalita e P. acutifolia (Apocynaceae)

Particularidades: É conhecida de altitudes médias (600 a 900 m) na região do Planalto


Paulista e na serra da Mantiqueira, bem como em suas transições, nos Estados de São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espirito Santo. A espécie vive em lugares mais frios e altos.

Sais rosalia

Sais rosalia

Família:  Ninfalídeos/Danainae (Ithomiinae)

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta


espécie. Ocorre na Venezuela, Bolívia, Peru, Brasil, Suriname e Guiana.

Hypothyris ninonia

Família:  Ninfalídeo/Danainae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie.

Catoblepia berecynthia unditaenia

Família:  Ninfalídeo/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Palmeiras (Arecaceae)

Particularidades: Existem 8 espécies do gênero


Catoblepia, distribuídas diferentemente de Belize até
a Bolívia. Existem diferenças consideráveis na
padronização destas oito espécies. Algumas, como a C. berecynthia e a C. generosa são
bastante simples, com pequenos ocelos discretos que são aproximadamente iguais em
tamanho. Algumas outras espécies, como amphirhoe e orgetorix (= sticheli) são muito mais
marcadas, e tem apenas dois ocelos, mas estes são muito maiores em tamanho e dão as
borboletas dar aparência semelhantes a Caligo. A face superior das asas de todas as
espécies de Catoblepia é marrom escuro com um brilho azul. Há uma laranja banda

71
subapical diagonal maçante nas asas anteriores. Algumas espécies também têm uma banda
submarginal cor semelhante nas asas posteriores. Catoblepia berecynthia é o membro mais
comum e mais difundida do gênero, sendo encontrado da Nicarágua para Bolívia. Essas
borboletas são ativas principalmente no período da manhã e em menor grau, ao anoitecer.

Eryphanis automedon

Família:  Ninfalídeo/Morphinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: O gênero Eryphanis é composto por


sete espécies conhecidas distribuídas desde o México
até a Bolívia e o Paraguai. Algumas espécies como a E. aesacus e E. bubocula assemelham-se
aos membros das espécies Caligo, mas a maioria são semelhantes aos automedon, tendo
asas angulares com pequenos ocelos. Eryphanis automedon é distribuído na Nicarágua,
Guatemala, Bolívia e no Brasil. Esta espécie é encontrada em florestas tropicais e estacional
decidual úmida, em altitudes entre o nível do mar e cerca de 500m. Durante o dia, elas
repousam entre as folhas mortas ou em troncos de árvores. Eles são normalmente apenas
vistos de madrugada, quando eles visitam frutas apodrecendo no chão da floresta.

Selenophanes cassiope

Família:  Ninfalídeo/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie,


embora apresente um padrão de coloração
característicos do grupo satiríneo.

Narope panniculus

Família:  Ninfalídeo/Brassolinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Face dorsal da asa


anterior castanho escuro. Asa posterior, com androcônia oval, de tamanho médio, creme. Na

72
face ventral de ambas as asas ocorre um reflexo metálico prata. Na asa anterior quatro
faixas mais escuras. Na asa posterior a metade proximal mais clara e a de trás mais escura,
e com efeito metalizado prata mais intenso. Em alguns exemplares, pode estar presente
uma linha de pontos submarginais, formados por escamas brancas, acompanhando o
contorno arredondado da asa.

Hermeuptychia hermes

Família:  Ninfalídeo/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Há cerca de 400 espécies conhecidas


na subtribo Euptychiina, que inclui todas as borboletas
neotropicais “anelzinho”. Até muito recentemente, quase todos foram incluídos no género
Euptychia, mas as revisões feitas por Forster em 1964 e Lamas em 2004 divide ente grupo em
diversos gêneros menores, incluindo Caeruleuptychia, Cissia, Magneuptychia,
Cepheuptychia, Chloreuptychia, Hermeuptychia e Euptychioides. O gênero Hermeuptychia
dispõe de 13 espécies conhecidas distribuídas diferentemente do sul do Texas à Bolívia, com
a maior diversidade de espécies no Peru. Hermeuptychia hermes é a espécie mais comum e
mais difundida do gênero, e também um dos mais difundidos de todos os Satyrines
neotropicais. É encontrado desde Texas à Bolívia, Brasil e espécies Argentina.

Moneuptychia umuarama

Família:  Ninfalídeo/Satyrinae

Plantas Hospedeiras: Não identificada

Particularidades: Pouco se sabe sobre esta


espécie. A face superior deste animal é marrom com pequenos recortes nas margens das
asas, especialmente nas posteriores. Na face inferior das asas posteriores há detalhes em
preto e branco com 4 ocelos nas extremidades das asas, mas somente nas asas posteriores.
As anteriores têm alguns detalhes em preto.

Pareuptychia ocirrhoe interjecta

Família:  Ninfalídeo/Satyrinae

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Plantas Hospedeiras: grama Eleusine

Particularidades: anteriormente conhecido como Cissia Hesione, é uma das mais difundidas


espécies. Pode ser encontrada desde o México até o norte da Argentina. Os habitats da
espécie são diversos, e incluem florestas de várzea, secundária, borda da floresta a uma
altitude de 1500m. Também em áreas abertas, como bordas da floresta ou ao longo de
caminhos florestais iluminadas pelo sol.
1
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Fim.

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