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CRIAÇÃO DE SLIDES
ACADÊMICOS:
O PASSO A PASSO
FRANCISCO DE ASSIS
DA COSTA SILVA
FRANCISCO DE ASSIS DA COSTA SILVA
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DESMISTIFICANDO A ELABORAÇÃO
DE SLIDES ACADÊMICOS:
O PASSO A PASSO
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DIREITOS AUTORAIS
Essa obra está licenciada sob uma licença Creative Commons
Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional
(CC BY-NC-SA 4.0)
Livro eletrônico.
Inclui bibliografia.
ISBN e-book: 978-65-00-20959-4.
CDD 004
CDU 004
Disponível em: https://pixabay.com/pt/illustrations/capa-do-livro-vintage-5954318/.
Com especial reconhecimento, externamos os nossos
agradecimentos a duas mulheres incríveis: Prof.ª Dra. e
advogada Sônia Correia Assis da Nóbrega e a universitária
recém-aprovada Maria Regina Costa da Silva. Duas gerações,
dois mundos, duas cabeças e duas histórias de vidas marcantes.
O que têm em comum: a mais pura essência da
representatividade feminina em sua mais nobre forma de ser.
Muito obrigado pela força, pelo incentivo, pela revisão, pelas
sugestões e por terem paciência nessa dura tarefa.
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se
cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.”
Leonardo Da Vinci.
8 INTRODUÇÃO
1 PROGRAMAS PARA CRIAÇÃO DE
11
SLIDES
12 1.1 PowerPoint
16 1.2 Impress
17 1.3 Apresentações Google
19 1.4 Keynote
20 1.5 Prezi
22 1.6 Outros programas
2 O PLANEJAMENTO E O TEMPO DE
23
APRESENTAÇÃO
25 2.1 O tempo de apresentação
27 2.2 Ensaiar é fundamental
30 3 O SLIDE MESTRE
34 3.1 Plano de fundo (Background)
36 3.1.1 Plano de fundo claro
39 3.1.2 Plano de fundo escuro
40 3.1.3 Plano de fundo com texturas
41 3.1.4 Plano de fundo com marca d´água
42 3.2 Estilo de fonte
44 3.3 Numeração automática de slides
50 4 O SLIDE DE APRESENTAÇÃO
52 4.1 Algumas observações relevantes
55 5 O ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO
60 5.1 Algumas observações relevantes
63 6 ESTRUTURANDO A APRESENTAÇÃO
63 6.1 O título do slide
65 6.2 O uso de textos nos slides
65 6.2.1 Slides com muito texto
67 6.2.2 Disposição de texto em tópicos e subtópicos
70 6.2.3 Slides apenas com palavras-chave
71 6.2.4 Quantidade de palavras por linha e linhas por slide
72 6.2.5 Tamanho da fonte
74 6.2.6 Pontuação
75 6.2.7 Espaçamento
77 6.2.8 Alinhamento
79 6.2.9 Destacar palavras ou textos
79 6.3 Ilustrações e tabelas
83 6.3.1 Imagens
88 6.3.2 Gráficos x Tabelas
90 6.4 Animações
96 6.5 Transição de slides
97 6.6 Vídeos e áudios
99 6.7 Citações
102 6.8 Referências
103 6.9 Erros de digitação, ortográficos e gramaticais
103 6.10 Obrigado!
109 7 RECOMENDAÇÕES GERAIS
114 REFERÊNCIAS
117 Slides de referência
Com a tecnologia disseminando-se mais e mais na área educacional, é de se
esperar que o uso de software de apresentação para a criação e apresentação de
trabalhos acadêmicos dos mais diversos tipos seja uma atividade frequente e intensiva.
Esse tipo de programa torna essas ações mais simples, eficientes e agradáveis. É um
processo irreversível e parece que estamos cada dia mais dependentes dessa situação.
Os programas de apresentação oferecem cada vez mais recursos interessantes,
atrativos e sofisticados para trabalhar com slides. E, diante de tantas possibilidades,
vemo-nos gradativamente aguçados e interessados em utilizá-los. Desse modo,
tornaram-se extremamente úteis e relevantes desde o ensino fundamental até o ensino
superior em todos os níveis de formação acadêmica. Isso sem enumerar o uso em
outras áreas como no mundo corporativo. Tudo isso ratifica a importância desse tipo
de software no tocante à criação e elaboração de apresentações de modo geral.
No âmbito universitário, as aulas, os seminários, as palestras, as reuniões
técnicas, os workshops, as defesas de trabalhos de conclusão de curso, de dissertações
de mestrado e de teses de doutorado são atividades que utilizam softwares de
apresentação. Dessa maneira, podemos classificá-las em duas categorias: as que são ou
as que não são partes de um sistema de avaliação. As apresentações preparadas pelo
professor para as atividades em sala de aula, assim como as voltadas para palestras e
workshops, por exemplo, não são passíveis de um procedimento avaliativo. Portanto,
geralmente os autores têm uma maior flexibilidade para estruturar a apresentação e,
muitas vezes, não são consideradas de boa qualidade, já que, por algumas razões, não
foi possível criar uma apresentação convincente, seja por falta de tempo, de um bom
domínio da ferramenta que se utilizou ou mesmo por falta de conhecimento de como
elaborar uma apresentação aprazível.
8
Em contrapartida, existem as apresentações consideradas mais formais, tais
como as desenvolvidas para as defesas de trabalhos de conclusão de curso,
dissertações de mestrado e teses de doutorado. Em comum, todas têm a característica
de serem integrantes de um processo avaliativo. Para mais, existe todo um
procedimento envolvido e requer uma maior preocupação na estruturação da
exposição. Ainda que os dois tipos de apresentações especificados tenham muito em
comum estruturalmente, a essência, as preocupações e os objetivos são bem diferentes.
Um dos grandes entraves em todo esse processo de criação de slides é porque
diferentemente da parte escrita dos trabalhos acadêmicos que são normatizados
através da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), não existe nenhuma
norma que rege a elaboração das apresentações.
Independentemente de não existir nenhuma normativa definida para as
apresentações, há consenso geral e predomina também o bom senso sobre
determinadas situações. Mas a verdade é que, embora tão frequente e essencial no
entorno acadêmico, percebe-se uma grande dificuldade dos discentes tanto no
manuseio dos programas como na elaboração e criação dos slides. Ademais, parece
existir uma certa resistência sobre esse contexto, o que é de se estranhar, considerando
essa necessidade ao longo da vida acadêmica, bem como até mesmo da profissional.
Em princípio, a preparação de slides parece uma tarefa difícil ou complicada,
sobretudo para quem não tem conhecimento e domínio sobre os softwares de
apresentação. É uma tarefa desafiadora e como qualquer outra atividade, exige-se
compromisso e dedicação.
A preparação dessa obra faz parte das observações sentidas na prática docente
ao longo de muitos anos de atividades nas disciplinas de Informática e Pesquisa
Aplicada. O contato com os discentes trouxe à tona uma realidade evidente de
dificuldade em todo esse contexto de trabalhar com slides. Soma-se a essa constatação
a resistência de aprender e trabalhar com os programas de apresentação, embora a
tecnologia esteja tão correntemente inserida em seus universos. A partir daí, então,
surgiu a necessidade e a ideia de elaborar um material que ajudasse e abordasse essas
questões, bem como servisse de orientação.
O principal objetivo desse livro é, por conseguinte, apresentar, compartilhar e
divulgar uma série de dicas, orientações, estratégias e observações consideradas
extremamente úteis e que vão ajudar no trabalho de elaboração, criação e apresentação
de slides. É uma espécie de guia que serve de base e orientação em todo esse processo.
A ideia é auxiliar e direcionar o discente para que toda essa atividade se torne uma
tarefa interessante, eficaz, agradável e também menos complexa e estressante. E o
resultado final pode fazer uma significativa diferença por toda a extensão do ciclo
9
acadêmico. Essa produção está pensada inicialmente para os alunos de graduação,
mas, seguramente, também servirá de alguma forma para os outros níveis, seja do
ensino não universitário ou até mesmo para os de pós-graduação.
Esperamos imensamente com esse trabalho, colaborar para que se possam
produzir slides cada vez melhores e eficientes. Além do mais, que o processo de
preparação, criação e apresentação de slides se torne uma experiência menos
traumática e mais aprazível, assertiva e objetiva na trajetória universitária. Sem mais
delongas, esperamos que desfrute desse livro e tenha muito êxito nas próximas
aventuras pelo peculiar mundo das apresentações.
10
Uma pergunta recorrente sobre o tema das apresentações é: Qual o melhor
programa para preparar uma apresentação? Não entraremos no mérito dessa questão,
pois isso é extremamente complexo. Há muitas controvérsias e questionamentos
quando se compararam determinados softwares. Dessa maneira, mereceria um
capítulo à parte para se discutir. A ideia aqui não é determinar o melhor, mas divulgar
alguns dos mais populares e utilizados aplicativos voltados para a área de
apresentação disponíveis no mercado de software e outros ainda um pouco
desconhecidos.
Destarte, estaremos fugindo de clichês dominantes sobre esse tema, que
prevalecem e induzem a pensar que somente existe o clássico e longevo programa da
Microsoft, o PowerPoint, como software de apresentação. Quando pensamos em
preparar uma apresentação, naturalmente nos vem à cabeça o nome PowerPoint,
mesmo para aqueles que não conhecem ou sabem manuseá-lo. Esse domínio ou quase
senso comum pela opção PowerPoint é consequência direta de que a grande e absoluta
maioria de usuários teve acesso ao entorno computacional através dos produtos da
empresa Microsoft, líder mundial na produção de software.
Não adentraremos em detalhes sobre vantagens e desvantagens, prós e contras
ou ensinaremos a usar qualquer programa. O propósito é propagandear alguns outros
conhecidos softwares e apontar algumas de suas características. Assim sendo, os
usuários de computadores saberão que há outras alternativas, alguns também de
excelente qualidade para prepararem uma exposição. Podem ser aplicativos mais
simples ou complexos; tradicionais que requerem instalação no computador ou apenas
disponíveis on-line, ou seja, sem necessidade de baixar e instalar no computador;
gratuitos ou que exigem algum tipo de pagamento para poder usá-los. Encontramos
disponíveis no mercado de software uma variedade de programas que atendem aos
11
mais diversos tipos de usuários e necessidades e com uma vasta gama de material
sobre esses softwares disponível na Internet.
Uma observação procedente que fazemos é que no momento da necessidade de
iniciar uma preparação, o programa mais indicado é aquele que o usuário possui mais
familiaridade com a ferramenta. Não adianta de última hora sair migrando ou se
encucando com comentários de que o melhor seria aquele ou outro programa. O ideal
é usar o que dispõe, o que ofereça algumas funcionalidades e que atenda, de alguma
forma, às suas necessidades para elaborar a apresentação. Mas se a questão é que
carece preparar uma super ultra exposição, então a coisa ganha outra dimensão e
prepare o bolso.
Mas se futuramente decidir se aventurar e conhecer mais sobre esse mercado,
seja bem-vindo a um seleto e interessante mundo na área de softwares de
apresentação. E a Internet está à sua inteira disposição para ser navegada e explorada
sobre o tema. Um detalhe considerável é que antes de decidir migrar totalmente para
um determinado software, lembre-se de que isso demandará tempo para aprender a
trabalhar com o programa e paciência para se situar na nova aplicação. Encontramos
muito material disponível na Internet para consulta. No início, é normal se questionar
se valerá a pena. Com o tempo, descobrirá que tudo foi somente uma questão de
adaptação, até porque as novas versões de programas são sempre pensadas para
tornar as ferramentas mais fáceis e interativas.
1.1 PowerPoint
12
Figura 1 – Tela principal do Microsoft PowerPoint 2016.
1
Usamos a expressão «cópia não autorizada de software» em concordância com a sugestão de Stallman (2004),
que recomenda usar expressões neutras como "cópia proibida" ou "cópia não autorizada" de software ao invés
de pirataria, se acha que a cópia ilegal não é o mesmo que sequestrar e assassinar.
13
Portanto, se tem esse programa instalado em seu computador e não pagou pela
licença de uso, está usando uma cópia não autorizada de software e, sendo assim, está
infringindo a lei. Moral da história: é um fora da Lei.
Ademais dessa forma tradicional, o programa é vendido como parte integrante
do Microsoft 3652, antigo Office 365, que é uma versão on-line por assinatura do
conjunto de aplicativos do Microsoft Office. Em outras palavras, também tem de pagar
para utilizar essa modalidade. Nesse caso, está disponível para ser usado tanto em
computadores pessoais quanto em dispositivos móveis, smartphones ou tablets, com
sistemas Windows, macOS, iOS e Android. Um comparativo entre essas duas versões
do Microsoft Office, a tradicional e a on-line, pode ser encontrado no próprio site da
empresa Microsoft3.
Mas se não deseja ou não está em condições de pagar pelo uso de uma licença
de software tampouco por um serviço de assinatura, a Microsoft oferece uma versão
gratuita do Office, o Office Online, que pode ser acessada nos computadores pessoais
por um navegador da Web. A única exigência é que para se ter acesso, o usuário tem
de possuir ou criar uma conta do serviço de e-mail da Microsoft, por exemplo,
@outlook ou @hotmail. Para usuários de dispositivos móveis, há a versão gratuita
denominada Office Mobile, a qual está disponível para ambientes iOS e Android.
Evidentemente, essas versões on-line, embora muito similares às outras, não
propiciam ao usuário todos os recursos existentes nas versões pagas, que são
completas. Ainda assim, são recursos suficientes para a preparação de determinadas
apresentações. Mas deixando claro, para não criar falsas expectativas, dependendo da
necessidade, menos elaboradas e sofisticadas.
2
Mais informações em: https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-365/what-is-microsoft-365.
3
Mais informações em: https://support.microsoft.com/pt-br/office/qual-%c3%a9-a-diferen%c3%a7a-entre-o-
microsoft-365-e-o-office-2019-ed447ebf-6060-46f9-9e90-a239bd27eb96?ui=pt-br&rs=pt-br&ad=br.
14
Figura 2 – Tela principal do Microsoft PowerPoint on-line.
Frente ao exposto, quiçá a pergunta que não queira calar: vale a pena pagar pelo
pacote Office da Microsoft? Vai depender, incontestavelmente, de uma série de
considerações, mas será o seu bolso que lhe melhor responderá essa questão. Por outro
lado, se é daqueles que usam uma cópia não autorizada de software, a questão passa
a ser: continuará usando esse tipo de cópia de software e sendo um fora da Lei?
Evidentemente que esperamos que não!
Uma curiosidade intrigante é que existe outro produto on-line da Microsoft
destinado à categoria de programas de apresentação de slides, o Microsoft Sway4.
Ainda desconhecido do grande público, também integra a família de produtos do
Office. É bastante similar ao PowerPoint.
4
Mais informações em: https://sway.office.com/.
15
1.2 Impress
Um software, para ser considerado livre, deve ser distribuído de tal modo que
o usuário tenha a liberdade de instalá-lo, utilizá-lo, copiá-lo, estudá-lo, modificá-lo,
adaptá-lo, aperfeiçoá-lo e redistribuí-lo com ou sem modificações, cobrando ou
gratuitamente. Também é requisito obrigatório que o código fonte do programa esteja
disponível (STALLMAN, 2004). Os programas livres, normalmente, são distribuídos
gratuitamente e, por conseguinte, ao contrário dos proprietários, não exigem o
pagamento de uma licença de uso de software.
A importância desses programas reside, sobretudo, em romper o monopólio
que tinha o software não livre, especialmente o proprietário, em determinadas áreas
5
Mais informações em: https://pt-br.libreoffice.org/.
16
consideradas estratégicas para a disseminação das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC).
O Impress apresenta uma interface amigável, simples e conhecida do grande
público, especialmente para os usuários que já trabalharam com o PowerPoint em
versões anteriores. É considerado uma das melhores alternativas frente ao PowerPoint.
Pense nisso antes de usar cópias não autorizadas de software. Um detalhe importante
sobre o pacote LibreOffice é que existem versões desse conjunto de aplicações para
plataformas Linux, Windows e macOS.
6
Mais informações em: https://www.google.com/intl/pt-BR/slides/about.
17
Para uso individual, o programa é completamente gratuito e a única exigência
para se ter acesso à ferramenta é que se tenha uma conta eletrônica do Google. Além
dessa opção, o programa também compõe o conjunto de produtos que formam o
Google Workspace, anteriormente conhecido como G Suite, que é um pacote de
serviços da empresa Google à disposição do mundo empresarial. Nesse caso,
necessita-se adquirir um plano de assinatura mensal para ter acesso a todos os
serviços. Naturalmente, como ocorrem com outros softwares, existem diferenças,
embora não sejam tão significativas, entre as duas versões do programa. Encontram-
se funcionalidades adicionais à versão paga, sobretudo relacionadas à integração de
serviços entre as aplicações que compõe o Google Workspace.
O programa pode ser acessado em computadores pessoais com sistemas
Windows, macOS ou Chrome OS e acesso à Internet através dos mais conhecidos e
usados navegadores web: Google Chrome, Mozilla Firefox, Microsoft Edge, Safari,
entre outros. Também pode ser utilizado em dispositivos móveis com sistemas
Android e iOS. Em tal caso, basta fazer o download gratuitamente do aplicativo.
A interface do programa, do mesmo modo que as funcionalidades, são muito
semelhantes às do PowerPoint, conforme se pode ver na imagem Figura 3,
anteriormente exposta. E é justamente nesse ponto que a familiaridade com o
programa da Microsoft contribui para a aceitação e consolidação desse software. O
programa vem cada vez mais ganhando espaço no mundo das apresentações,
considerando a praticidade de toda ferramenta on-line, que pode ser operada desde
qualquer lugar. Além disso, é considerado interessante e articulado, sobretudo no
aspecto de trabalho colaborativo. De outro ponto de vista, o PowerPoint, nas versões
pagas, é considerado mais completo e oferece mais recursos que facilitam a criação de
apresentações mais elaboradas e sofisticadas.
As semelhanças entre os dois programas, Apresentações Google e PowerPoint,
na versão on-line, são evidentes e isso só reforça a contenda para abocanhar um
importante, crescente e essencial nicho do mercado tecnológico, que atinge desde o
usuário convencional até o empresarial. Como pudemos observar, essa disputa
Microsoft PowerPoint X Google Apresentações é recheada de detalhes e promete cada
vez mais uma competição frenética e acirrada entre dois gigantes da tecnologia
mundial. E quem sai ganhando com isso somos nós, usuários, que acabamos tendo
serviços de qualidade gratuitamente. No entanto, esta qualidade gratuita seja muito
relativa, considerando uma série de aspectos que existem por trás de toda essa
benevolência. Como isso, não é objeto de discussão, pelo menos nesse momento,
paramos por aqui e que faça uso da melhor forma possível de todos esses serviços.
18
1.4 Keynote
7
Mais informações em: https://www.icloud.com/keynote.
8
Mais informações em: https://support.apple.com/pt-br/HT201484.
19
um bom programa, possui uma interface elaborada e intuitiva e oferece recursos
importantes na hora de criar slides.
Esse programa ainda é desconhecido do grande público de usuários de
computadores pessoais porque durante anos esteve apenas, exclusivamente,
disponível para computadores com sistema macOS e para dispositivos móveis com
sistema iOS, ambos sistemas operacionais desenvolvidos pela Apple. À vista disso,
acabou sendo usado unicamente por um grupo seleto de usuários de produtos da
Apple.
1.5 Prezi
9
Mais informações em: www.prezi.com.
20
O acesso ao software se dá através de um cadastro que o usuário pode efetivar
no próprio site do programa. Existe tanto a versão gratuita como a paga.
Notoriamente, esta oferece outros recursos além dos que já existem na versão gratuita.
Em ambas as versões, o acesso é feito diretamente no site, usando computadores
pessoais com sistemas Windows e macOS através de qualquer um dos navegadores
web mais populares, pois o programa é compatível com a maioria deles. Há também
versão para dispositivos móveis com sistemas Android e iOS.
É uma interessante opção frente aos outros softwares de apresentação
anteriormente expostos, considerando que apresenta uma interface gráfica, estrutura
e metodologia de trabalho diferentes desses programas, que são em geral muito
parecidos. Uma das características marcantes do Prezi é a possibilidade de preparar
apresentações não lineares.
21
1.6 Outros programas
22
Uma boa apresentação começa necessariamente com um bom planejamento da
configuração dos slides. Nessa etapa, é sumamente pertinente estruturar e esboçar os
tópicos que serão abordados. Para isso, obviamente, o trabalho acadêmico - o Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC), a dissertação de mestrado, a tese de doutorado ou
mesmo o conteúdo de um artigo ou seminário - servirá de base para a preparação do
material a ser apresentado. Essa etapa é de vital importância para uma apresentação
de sucesso. Essa preocupação é ainda maior quando relacionada a uma avaliação para
um processo seletivo, por exemplo, para o cargo de professor.
Nessa fase, começam-se a definir, selecionar, priorizar, organizar e roteirizar as
informações imprescindíveis e interessantes para a apresentação. Desse modo, evita
desorientar-se na distribuição das informações nos slides. Ao enfatizar e se concentrar
em determinados assuntos, corre-se o risco de não sobrar mais espaço para outros;
alguns, inclusive, mais atrativos para o contexto da apresentação. Obviamente, uma
considerável parte do conteúdo do trabalho acadêmico não comporá os slides, pois o
objetivo de uma apresentação não é reproduzir todos os tópicos do trabalho
acadêmico, mas sim sintetizá-los e destacar os aspectos mais significativos para
compreender e reforçar o interesse pela temática. Por isso, é comum, por exemplo,
perceber em determinadas apresentações que o autor procura deter-se mais nos
resultados e na conclusão.
A disposição e a relação e conexão entre as informações, fortalecendo uma linha
de raciocínio, são fundamentais para que se tenha uma apresentação clara e objetiva
sobre o que se deseja realmente transmitir. O cuidado aqui é não sair copiando e
colando partes do conteúdo do trabalho acadêmico e embaralhar-se totalmente num
amontoado de informações não essenciais, que acabam poluindo e dificultando na
23
hora da apresentação. Portanto, evite o excesso e, sobretudo, a embromação.
Geralmente não funciona. O segredo, então, é ser prático e sem rodeios.
Ao contrário do que se faz e pensa, destinar um tempo para a estruturação,
organização e preparação de slides acaba sendo uma fase importante e crucial para o
sucesso de uma apresentação. Costumo comentar com os alunos que o estresse que se
passa por deixar para preparar a apresentação de última hora não compensa o tempo
desperdiçado ao de não se dedicar à elaboração dos slides.
Apresentamos a seguir um diagrama com um passo a passo para ajudar na
organização de uma apresentação. Embora apresente alguns pontos que achamos não
necessários e em linhas gerais não recomendamos, como a elaboração de slides com as
referências, é uma ótima orientação no planejamento da exposição.
24
Para exemplificar essa preocupação com a organização dos slides,
reproduzimos parte de uma matéria publicada na revista Superinteressante
relacionada a esse tema.
25
O item tempo é, de fato, um importante elemento de preocupação e atenção.
Sem embargo, infelizmente, não existe uma regra a ser seguida que funcione para
todas as situações. Não existe um número ideal de slides a ser elaborados para uma
determinada quantidade de tempo. Tudo depende do que se pretende expor e como
foram organizados os slides. Assim sendo, a observação que fazemos é que é relevante
que se tente cumprir o tempo estabelecido e previamente informado para a
apresentação. Não se deve extrapolá-lo, mas tampouco negligenciar e utilizá-lo
indevidamente. A ideia é aproveitá-lo suficientemente bem para consolidar a
apresentação.
Para a relação tempo/slide, encontramos na Internet uma tendência que
recomenda a famosa regrinha de que, para cada slide, destina-se, em média, um
minuto de apresentação. Há quem sugira uma relação entre 1 a 2 minutos por slide e
até mesmo uma média de 3 minutos/slide. De fato, “uma preocupação frequente é
definir quantos slides colocar na sua apresentação. Esse número depende da fluência
e do modo que o apresentador os utiliza. Uma média inicial é prever um slide por
minuto, desde que os slides ilustrem conceitos e não contenham longos textos.”
(ROMANI; TRAINA, 2009, p. 31). Mas, como comentado no parágrafo anterior, isso
não é preceito. Ao longo de oito anos atuando na disciplina Pesquisa Aplicada,
pudemos observar que, para a defesa de projeto de monografia em que os alunos
dispõem de 20 minutos para apresentá-lo, tivemos alunos que apresentaram de 10 a
35 slides. Não entraremos aqui no mérito das apresentações, mas de qualquer forma,
em ambos os casos, as apresentações foram convincentes.
À vista disso, o tempo de apresentação é informado para que se possa organizar
e evitar justamente que se perca na quantidade de slides a ser preparado. Assim sendo,
evitam-se apresentações que em determinado momento sentimos uma sensação de
maratona, que tem de acabar o mais rápido possível, ou de marcha fúnebre, pois
precisa-se aproveitar ao máximo esses últimos momentos. Tudo isso torna a
apresentação cansativa, monótona e desinteressante. Esse tempo está determinado nas
regras de funcionamento dos mais diversos cursos e instituições de ensino superior. O
tempo médio, por exemplo, destinado a uma exposição de TCC é de aproximadamente
20 minutos. Já para o mestrado, é em torno de 30 a 40 minutos e para o doutorado, ao
redor de 40 a 50 minutos. O que acontece se ultrapassar o tempo? Isso dependerá da
banca e da situação. Dessa maneira, recomendamos que isso não ocorra. Evite
apresentações longas, que, naturalmente, podem se tornar entediantes.
Efetivamente,
26
É necessário adequar a apresentação para aproveitar bem os recursos
e programar-se para cumprir o tempo corretamente. Descumprir o
limite de tempo pode comprometer a apresentação, que pode ter que
ser interrompida ou finalizada atropeladamente. É obrigação do
apresentador se organizar para cumprir o tempo determinado, seja ele
de 5, 10, 60 minutos ou mais, uma vez que a audiência também se
planeja para assisti-la no tempo planejado. (ROMANI; TRAINA, 2009,
p. 27).
27
vezes também a se perder no que falar. (ROMANI; TRAINA, 2009, p.
31).
28
Mas, certamente, o esforço despendido vale a pena! (ROMANI;
TRAINA, 2009, p. 27).
29
Um recurso extremamente importante, interessante e essencial na elaboração
dos slides é o uso do slide mestre. Desconhecido de um grande número de usuários,
esse slide serve de base para toda a apresentação. Possui a característica de
uniformizar, padronizar e personalizar os slides de forma que o usuário não tenha de
se preocupar com determinados detalhes ao longo do trabalho como por exemplo,
alguns recursos de formatação - estilo de fonte, cor e tamanho da fonte, espaçamentos
e alinhamentos – e também plano de fundo, numeração automática dos slides, entre
outros. É uma espécie de slide principal.
Na verdade, trata-se de “um slide com um conjunto específico de características
que atuam como um modelo e é usado como o ponto inicial para criar outros slides.
Estas características incluem plano de fundo de slides, objetos no plano de fundo, a
formatação de qualquer texto usado, e quaisquer gráficos de plano de fundo.”
(SCHOFIELD et al., 2016, p. 22).
É fundamental que o primeiro passo na criação dos slides seja configurar o slide
mestre. A partir daí, o processo de elaboração é muito mais simples e ágil, pois toda a
formatação aplicada ao slide mestre servirá automaticamente como padrão para os
slides que serão criados por toda a extensão da apresentação. Isso é primordial para a
uniformidade dos slides e consequentemente da apresentação. A padronização de
uma exposição é tão necessária que a presença desse recurso de slide mestre vem
reforçar esse contexto. Mas vale destacar que existem situações em que a alteração
deve ocorrer especificamente em um determinado slide e não no conjunto. Assim
sendo, não é necessário alterar a configuração do slide mestre.
Ao não acionar o slide mestre, o processo de formatação é manual e pode
retardar a finalização do trabalho. Certamente, o tempo que gastará em todo esse
30
processo manual poderia ser melhor aproveitado se dedicasse a entender, aprender e
usar o slide mestre.
Pode-se configurar um slide mestre para a capa, também chamado de slide de
apresentação, e outro para os demais slides que compõem a apresentação. Esses
modelos podem ser exportados para outras apresentações. O usuário pode, por
exemplo, criar seu próprio padrão e personalizar as suas apresentações. Desse modo,
cada vez que iniciar a criação de uma apresentação poderá utilizar o modelo
personalizado.
A função do slide mestre no Impress do LibreOffice está localizada na Barra de
menu Exibir. A seguir, exibimos a localização para ativar esse recurso bem como a
janela de configuração do slide mestre, mostradas nas Figuras 8 e 9, respectivamente.
31
Figura 9 – Tela de configuração do slide mestre do Impress.
32
Figura 10 – Guia Exibir/grupo Modos de exibição mestres/opção Slide mestre do
PowerPoint.
33
Três dos elementos principais que devem ser configurados essencialmente no
slide mestre são: o plano de fundo, o estilo de fonte a ser utilizado no decorrer da
apresentação e a numeração automática dos slides.
34
informações nos slides. É importante selecionar corretamente a cor da fonte que será
usada para apresentar o conteúdo dos slides. Essa cor precisa contrastar com a do
plano de fundo usado. Dessa maneira, facilitará a visibilidade do conteúdo do slide
tanto para o autor como para a plateia. Aqui também há a preocupação com a
uniformidade das cores ao longo de todos os outros slides.
Um detalhe relevante na hora de decidir sobre o plano de fundo está
relacionado à iluminação e ao tamanho do ambiente em que será apresentado o
trabalho. Por isso, é importante o contraste das cores dos elementos que compõem o
slide com a cor do plano de fundo. Entender e aplicar corretamente o jogo das cores
nesse contexto amiúde é um desafio. Assim sendo, na dúvida, opte pela tradicional e
costumeira combinação, inclusive sugerida por Lane (2010), consultor de
apresentações, especializado em teoria de comunicação visualmente interativa: cor da
fonte da letra bege clara ou branca deve-se usar plano de fundo escuro. Para a fonte
preta ou muito escura, use plano de fundo claro. Desse modo, o resultado final é que
os slides terão uma aparência mais profissional.
Não obstante, existem combinações desastrosas que precisam
irremediavelmente ser evitadas. Nesse sentido, ainda de acordo com a opinião de Lane
(2010, on-line),
35
3.1.1 Plano de fundo claro
O plano de fundo branco é, sem nenhuma dúvida, um dos mais utilizados nas
apresentações. Isso reforça que as cores claras, especialmente a branca, são realmente
interessantes na hora de priorizar o plano de fundo a ser usado na apresentação.
Existem diversas combinações possíveis que podem ser usadas, mas a opção
plano de fundo branco com a fonte de letra preta é, seguramente, uma das melhores e
mais usadas. É o curinga perfeito quando se está em dúvida pela seleção de cores. Essa
conjunção, por exemplo, é ideal para ambientes não muito espaçosos, pois facilita a
visualização da projeção, sobretudo de quem está mais distante do apresentador.
Apresentamos a seguir alguns modelos apropriados com plano de fundo
branco com a fonte de letra preta. É importante aclarar que os slides que utilizaremos
nos exemplos são baseados, na sua grande maioria, nos modelos apresentados pelos
alunos. Quando necessário, serão dados os devidos créditos.
Slide 1 Slide 2
36
Slide 3
Alguns designs não são indicados porque o elemento gráfico ocupa uma
significativa área do slide, diminuindo o espaço destinado à informação. Vejamos os
exemplos a seguir.
Slide 4 Slide 5
37
Outros por terem realmente um layout desinteressante. Vejamos alguns.
Slide 6 Slide 7
Slide 8
38
3.1.2 Plano de fundo escuro
Uma opção adicional é associar texto com a cor da fonte clara ou branca com
plano de fundo escuro. Aqui, destaca-se o tão questionável, odiado e antipatizado
fundo totalmente preto com o texto na cor branca. Essa relação de amor e ódio com
essa combinação é crítica. Entretanto, é uma associação perfeita, funcional, sofisticada
e considerada um pouco mais formal. Nessa situação, não necessita de nenhum
elemento gráfico para ser adicionado, já que a própria cor do plano de fundo já é
destacável.
Slide 9 Slide 10
Mas tenha cautela ao preferir usar esse design. O plano de fundo deve ter uma
tonalidade escura e não qualquer outra variação. Vejamos alguns modelos
desinteressantes.
39
Slide 11 Slide 12
ti idades práticas
presentação do hard are do
microcomputador.
O azul aconselhável é o azul-escuro e não essa variação. Com esse azul, não se
chegará ao céu. Consciente dessa situação e de que os slides não estão bons, já está se
antecipando em fazer uma própria mensagem de condolências com plano de fundo
cinza fúnebre.
Evite também modelos com elementos gráficos dispersos nos slides,
independentemente do plano de fundo. Assim sendo, esses elementos tampouco são
indicados porque o elemento gráfico limita ou ocupa uma significativa área do slide,
diminuindo o espaço destinado à informação. Não se deve invadir a área gráfica de
um modelo de slide.
Slide 13 Slide 14
40
desconhecemos a qualidade/definição do projetor onde faremos nossa apresentação,
a tela de projeção, etc;” R I, 2020, p. 112 .
Mesmo entendendo a problemática, podemos dizer que temos encontrado um
plano de fundo com textura nas apresentações e a experiência tem sido algo bastante
positiva. Esse modelo, apresentamos a seguir.
Slide 15
utra ponderação alorosa é que jamais use marca d’água nos slides. Isso pode
dificultar a visualização e leitura do conteúdo dos slides, o que seria desastroso.
Ademais, torna-se cansativo para a plateia. Essa situação é distinta, por exemplo, do
que ocorre no mundo corporativo, onde usar o logotipo da empresa como marca
d’água é uma prática comum e questão de personali ação. O importante não é a beleza
do slide, já que é apenas um complemento para facilitar a exposição. Seja objetivo! A
simplicidade nesse caso é extremamente recomendável. Aqui vale a máxima da
famosa frase atribuída a Leonardo da Vinci: «A simplicidade é a máxima sofisticação».
Ademais, caso use uma imagem que não seja do arquivo pessoal, deve-se
obrigatoriamente fazer a devida citação para evitar problemas de direitos autorais.
Esse tema será abordado posteriormente no capítulo 6 em maiores detalhes.
41
Para demonstrar a pro lemática do uso de marca d’água nos slides, decidimos
exibir dois exemplos a seguir, Slides 1610 e 1711, que reforçam a argumentação da
temática em discussão. Os modelos mostrados não foram utilizados pelos alunos. As
imagens originais não continham informações sobre as respectivas fontes e, por isso,
não as usamos. Desse modo, decidimos buscar imagens parecidas e com o mesmo
conteúdo para exemplificar os modelos apresentados pelos discentes. As imagens
expostas foram modificadas das originais extraídas do site Pixabay12, que é um banco
de imagens gratuito e livre. Apesar de no site mencionar: «Atribuição não requerida»,
aproveitamos para comentar a necessidade de sempre atribuir os respectivos créditos.
Entendemos que, por uma questão de respeito e de direitos autorais, é preciso
continuamente citar os autores das imagens.
Slide 16 Slide 17
Uma boa apresentação começa também pela escolha de uma fonte agradável
para representar e visualizar as informações que serão expostas. Assim como existe o
cuidado em relação a que fonte se deve usar para facilitar a leitura do trabalho escrito,
a mesma preocupação se aplica na hora de definir que fonte utilizar para a elaboração
dos slides. A fonte selecionada tem de garantir uma boa visibilidade das informações
projetadas e, consequentemente, facilitar a leitura por parte da plateia. É fundamental
que a fonte a ser usada em todos os slides deva ser configurada diretamente no slide
mestre.
10
Fonte: Adaptada da imagem original de Miroslaw Kolaczynski (2018). Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/gato-felino-animal-de-estima%C3%A7%C3%A3o-3504008/. Acesso em: 31
mar. 2021.
11
Fonte: Adaptada da imagem original de Jean-Pierre Duretz (2012). Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/cavalos-natureza-gr%C3%A1tis-animal-2031089/. Acesso em: 31 mar. 2021.
12
Mais informações em: https://pixabay.com/pt/.
42
Similarmente, servindo-se do mesmo critério usado para a parte escrita do
trabalho, a fonte selecionada será a única utilizada em toda a extensão dos slides. A
ideia é mesmo padronizar a fonte para todos os slides que compõem a apresentação.
Há quem defenda colocar tipografias distintas para o título e o conteúdo dos slides. É
adequado “utili ar uma única fonte na apresentação, tal e duas para diferenciar
títulos de outros textos.” R I, 2020, p. 112). Mas não aconselhamos. Não se
devem mesclar fontes diferentes numa mesma apresentação, assim como acontece
num trabalho escrito. Isso reforça a ideia de organização e integração entre as partes
dos slides.
Com relação à tipografia das fontes, existe o modelo de fonte com serifa,
tam ém conhecida como serifada, que é “aquela com pequenos traços e
prolongamentos nas hastes, que facilita a legibilidade, como ocorre em fontes como a
Times New Roman, comumente utili ada em tra alhos acadêmicos.” SI N ;
OLIVEIRA; BRAGA, 2020, p. 282). Algumas das mais conhecidas fontes com serifa são:
Times New Roman, Garamond, Liberation Serif, Georgia, Century e Courier New.
São usadas, especialmente, para textos impressos como: teses, dissertações,
artigos científicos, trabalhos acadêmicos, livros, revistas e jornais. Em contrapartida,
não são atraentes para serem exibidas em projeções de tela.
De outra forma, existem as fontes sem serifa, também designadas de Sans-Serif
em francês, ou seja, sem os pequenos traços nas hastes. Algumas das mais conhecidas
fontes sem serifa são: Arial, Calibri, Liberation Sans, Tahoma, Verdana e Helvetica. São
recomendadas e bem aceitas para projeções em telas porque facilitam a visualização
das informações. São muito populares e usadas na Internet.
Se praticamente existe um consenso de que para a parte escrita de um trabalho
acadêmico a fonte mais recomendável é a Times New Roman, o mesmo acontece para
a fonte a ser usada na elaboração de slides. Nesse caso, a indicada é a Arial. Mas nada
impede que se faça a opção por outra fonte, desde que seja sem serifa.
Vejamos a seguir um exemplo utilizando estilos de fontes com e sem serifa. Os
slides apresentados têm a mesma estrutura, o mesmo tamanho de fonte e o mesmo
conteúdo. Diferem somente no estilo de fonte. O Slide 18 utiliza a fonte Arial, sem
serifa, e o 1913, a fonte Times New Roman, com serifa.
13
Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
43
Slide 18 Slide 19
Vale evidenciar que existem muitas outras fontes disponíveis nas ferramentas
que, dependendo da situação, podem ser usadas nas apresentações. Algumas,
inclusive, consideradas muito sofisticadas. Mas muito cuidado ao usar esse tipo de
fonte numa apresentação. Alguns problemas relacionados a esses tipos considerados
sofisticados é que, diferentemente, dos tipos mais tradicionais de tipografia, podem
não estar disponíveis no computador que será usado na apresentação e lhe causar
problemas de configuração da fonte. O resultado pode não ser o esperado. Além do
mais, esse tipo de fonte costuma ter aspectos extravagantes ou excesso de detalhes que
podem dificultar a visualização das informações projetadas.
Não se preocupe com a aparência, sofisticação ou elegância que transmite a
fonte, mas sim com a clareza e funcionalidade. Nesse caso, pode optar seguramente
pelos estilos tradicionais e comuns. Na dúvida, opte sempre pela simplicidade. E o
estilo Arial atende a todos esses requisitos.
Uma informação que precisa aparecer nos slides, obrigatoriamente, diz respeito
à numeração. Todos os slides devem ser numerados, exceto o slide de apresentação,
muitas vezes também chamado de capa da apresentação. Esse slide é contado para
efeito de totalização do número de slides, mas não é numerado. A ideia de usar a
numeração de slides é a mesma do sumário da parte escrita do trabalho. É uma forma
de facilitar o acesso à informação mais rapidamente.
44
A numeração é importante para administrar o tempo e determinar a percepção
do ritmo da apresentação: dependendo da quantidade de slides que falta para encerrar
a exposição, precisa-se acelerar ou moderar para se ajustar ao tempo, para guiar as
perguntas do pessoal da banca ou da plateia, referindo-se diretamente ao número do
slide que deseja maiores esclarecimentos ou explicações, para os espectadores
atrasados, já que evidencia o quanto da apresentação já se perdeu e, em algumas
ocasiões, servem de alerta para que os próximos a apresentarem comecem a se
preparar psicologicamente. Para os mais espontâneos, somente mais uma
apresentação. Para os dramáticos de carteirinha, o início de uma tortura e a preparação
para o embate.
A numeração dos slides tem de ser feita de forma automática. Esse processo
necessita ser configurado diretamente no slide mestre para que o padrão seja aplicado
em todos os slides diretamente. O formato mais utilizado de numeração é o de «X/Y»,
quer dizer, X é o slide atual e mostrado na tela e Y, o total de slides da apresentação.
Outro formato usado é «slide X de Y». Outros preferem apenas o formato X, que é a
exibição apenas do número do slide sem mostrar o total de slides. Considerando os
recursos existentes nas ferramentas, esse modelo deve ser descartado. Inserir a
numeração automática nos slides é uma atividade fácil e disponível em todos os
softwares de apresentação. Mas, para funcionar adequadamente, precisa estar ajustada
no slide mestre. Vejamos os exemplos.
Slide 20 Slide 21
45
Slide 22
Para se usar o formato X/Y de forma automática, existem alguns detalhes que
devemos aclarar. O Impress do LibreOffice faz isso automaticamente através do slide
mestre, inserindo dois campos: «Número do slide/Total de slides». Apenas separe os
dois campos com uma barra (/).
46
Figura 12 – Localização dos campos Número do slide/Total de slides no Impress do
LibreOffice.
No PowerPoint, esse processo também deve ser feito no slide mestre, mas o
programa não oferece a possibilidade de inserir o número total de slides
automaticamente como no Impress. Assim, essa informação precisa ser colocada
manualmente.
47
Figura 13 – Configuração da numeração no slide mestre no PowerPoint da Microsoft.
48
tem de ser feito manualmente. Pior ainda quando se esquece de atualizar um dos slides
e aparece na apresentação algo do tipo: 27/26, o que é um erro inadmissível.
A fonte a ser usada na numeração é a mesma utilizada para toda a apresentação
e configurada também no slide mestre. O tamanho recomendado para a exibição da
numeração é de 18 a 20 e deve, preferencialmente, estar em negrito. A numeração dos
slides normalmente aparece na margem direita inferior do slide, mas, dependendo do
modelo de design selecionado, pode também ser exibido em outras partes dos slides.
Vejamos alguns exemplos.
Slide 23
20
Slide 24 Slide 25
49
Para começar...
O primeiro slide, obrigatoriamente, deve ser o slide de apresentação, também
reportado em algumas situações como capa. Esse slide é como se fosse o seu cartão de
apresentação. Por conseguinte, já tem que transmitir um pouco do que será a sua
exposição. Um slide bem organizado, estruturado, objetivo e aprazível despertará a
curiosidade e o interesse da plateia. Além do mais, se na nossa cultura popular «a
primeira impressão é a que fica», no provérbio norte-americano, «você nunca tem uma
segunda chance de causar uma primeira impressão14» (DOYLE; MIEDER; SHAPIRO,
2012).
14
You never get a second chance to make a first impression.
50
Naturalmente, ao iniciar a criação dos slides, o programa já disponibiliza como
primeiro layout de slide o de apresentação para começar a inserir as informações.
Usando o slide mestre, pode-se transformar esse slide de apresentação no padrão para
todas as outras apresentações.
O formato do slide de apresentação é livre e vale a criatividade do autor para
organizar, estruturar e apresentar as informações da melhor forma possível, de forma
que fique agradável e interessante na hora da apresentação. Apresentamos a seguir
alguns modelos básicos, simples, interessantes e criativos que ilustram o formato do
slide de apresentação
Slide 26 Slide 27
15
Slide extraído da apresentação de Gloria Londoño Monroy.
16
Slide extraído da apresentação de Mariella Adrián García.
51
Slide 28 Slide 29
17
Mais informações em: https://www.academia.org.br/nossa-lingua/reducoes.
52
é Prof.ª ou prof.ª. Já para a palavra Doutora: D.ra, Dr.a e Dra. Portanto, para citar uma
professora doutora, recomendamos usar a redução Prof.ª Dra. Contudo, a mais
amplamente utilizada no meio acadêmico é: Profa. Dra., embora essa opção não
conste no VOLP.
• Na escrita da data, os nomes dos meses devem ser escritos em minúscula. Por
exemplo, o correto é maio e não Maio. Já na língua inglesa, esses precisam ser sempre
escritos iniciando em maiúsculas: May e não may.
• Em alguns modelos disponibilizados ao alunado como roteiro, os professores
colocam a palavra Aluno(a). Na elaboração final do trabalho, o discente repete a
estrutura e acaba, muitas vezes, sendo motivo de chacota: «Professor, ele deixou
assim porque tem dúvidas sobre a sua identidade de gênero». Não entrando na
discussão de designação de gênero, é oportuno explicitar apenas a opção: Aluno,
Aluna ou mesmo usar uma palavra mais neutral como discente. Alguns chegam a
usar graduando.
Apresentamos a seguir um modelo de slide, Slide 3018, contendo um resumo
das orientações repassadas anteriormente.
Slide 30
18
Slide extraído do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira.
53
Slide 31
24
32
28
18
54
O segundo slide é o do roteiro da apresentação. A partir desse slide, a
apresentação ganha um formalismo porque a estrutura e a formatação utilizadas nesse
slide servirão de base para todos os demais, visando à uniformidade da exposição. Em
vista disso, esse slide definirá o padrão a ser seguido com relação à formatação tanto
do título como do conteúdo dos slides, às estruturas, ao estilo de fonte, à cor e ao
tamanho da fonte, aos espaçamentos, aos alinhamentos, ao background, à numeração
dos slides, entre outros. À vista disso, é indispensável utilizar o slide mestre para
produzir essa padronização.
O roteiro da apresentação deve vir necessariamente em apenas um slide, já que,
conforme as estruturas dos trabalhos acadêmicos, seja TCC, dissertação de mestrado,
tese de doutorado ou mesmo atividade de alguma disciplina, no geral, o esqueleto é
algo como: Introdução, Revisão de literatura, Material e métodos, Análise de
resultados e Conclusão. Logo, “o ideal é que você use este início da apresentação para
convencer a plateia sobre o interesse de seu estudo, de maneira breve e contundente.”
(REATEGUI, 2020, p. 105).
Os Slides 32 e 3319,a seguir, apresentam modelos básicos e clássicos de um
roteiro de apresentação.
19
Slide adaptado do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
55
Slide 32 Slide 33
Slide 34 Slide 35
Slide 36
20
Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
56
Com relação ao Slide 33, observa-se que existe um subtópico no tópico de
revisão de literatura. Nesse caso, os slides referentes à revisão não terão como título
REVISÃO DE LITERATURA, mas os nomes dos subtópicos abordados na revisão,
conforme se pode observar a seguir nos Slides de 37 a 3921. Essa orientação é
interessante porque na apresentação do slide do roteiro os temas tratados na revisão
estarão expostos no próprio slide. Por outro lado, aproveitar-se-á melhor o espaço dos
slides relacionados à revisão, já que os títulos dos slides serão os assuntos principais
do tema. Além disso, ganha-se em objetividade na elaboração e apresentação dos
slides.
Slide 37 Slide 38
Slide 39
21
Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
22
Slide extraído da apresentação de Gloria Londoño Monroy.
57
Slide 40
Embora não muito utilizado em nosso meio acadêmico, na hipótese de que essa
seja a opção do orientador, pode-se até discutir e argumentar em contra, mas deve-se
acatar e aquiescer. Afinal de contas, é esse personagem enigmático, equilibrado,
coerente e determinado quem tem a palavra final. Assunto vencido, consumado e
encerrado. Fica para a próxima.
Um recurso cada vez mais usado e que ajuda a potenciar a sua apresentação é
o uso da repetição do slide de roteiro antes de cada tópico do roteiro como forma de
situar os desatentos ou mesmo os retardatários durante a sua apresentação. À vista
disso, reproduz-se o slide de roteiro antes da exibição de cada tópico, destacando-se o
tópico a ser exibido e esmaecendo os demais. Um exemplo dessa situação é
apresentado nos Slides de 41 a 43.
Slide 41 Slide 42
58
Slide 43
Outra opção para esse contexto é criar uma barra de menu contendo palavras
chaves do roteiro, que se torna padrão em todos os slides e destacar em cada situação
a caixa de menu correspondente ao assunto em destaque. Observe esse cenário nos
Slides 44 e 4523.
Slide 44 Slide 45
23
Slides extraídos da apresentação de Gloria Londoño Monroy.
59
Slide 46 Slide 47
Slide 48
60
• Apresente todos os tópicos do roteiro de apresentação automaticamente de uma vez
ao invés de separados. Não é o caso de deixar transparecer que um elemento surpresa
possa aparecer.
• O título do slide de roteiro deve ser apenas ROTEIRO ou ROTEIRO DE
APRESENTAÇÃO. Evite ÍNDICE e jamais use SUMÁRIO. Pior ainda, quando se
coloca a numeração correspondente ao slide, como se fosse realmente um sumário.
Isso é aplicado exclusivamente à parte escrita do trabalho. Exemplos disso, são
apresentados nos Slides 49 e 50.
Slide 49 Slide 50
• Um erro crucial que vale ser mencionado é usar apenas letras maiúsculas para todo
o conteúdo do roteiro de apresentação. Veja o Slide 51.
Slide 51
61
como alguns pensam ou pretendem, além, obviamente, de dificultar a leitura, que
chega a ser irritante em alguns momentos. A mesma teoria se aplica aos slides.
Mas se esse é o seu caso, angustiado com toda a pressão do trabalho, ainda não
é chegado o momento de externar ou expor o seu sentimento. Não precisa gritar, pois
a apresentação está apenas começando. Lembre-se de que ainda irá fazer uso da
garganta e da voz no decorrer da apresentação.
62
O conteúdo de um slide pode ser texto, imagem, gráfico, tabela, diagrama, entre
outros, ou a combinação de um ou mais desses elementos, conforme discutiremos a
seguir.
Apontando um pouco mais de detalhes,
63
determinado estilo e tamanho de fonte; cor da fonte dependendo do plano de fundo;
e o conteúdo ser extremamente fiel ao que estava no slide de roteiro.
Um pormenor relevante é que a estrutura dos títulos necessita ser uniforme, ou
seja, o formato atribuído ao primeiro slide de título e conteúdo, no caso o do roteiro,
servirá de base e tem de ser estendido para todos os demais slides da apresentação.
Por exemplo, ao decidir usar o título ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO todo em letras
maiúsculas, em negrito, alinhado à esquerda, com a fonte Arial, tamanho 36, cor da
fonte preta, determinada altura e posição na parte superior do slide, todos os títulos
dos outros slides aparecerão nesse formato. Por conseguinte, necessita reter esse
padrão de estrutura, formatação e aparência ao longo de toda a apresentação. Isso
reforça a ideia de organização e facilita uma melhor leitura da apresentação por parte
da plateia. À vista disso, é indispensável comentar, mais uma vez, a necessidade de
utilizar o slide mestre para produzir essa uniformidade. Vejamos os slides a seguir
com um padrão de formatação de título de slide.
Slide 52 Slide 53
64
apresentação, não sabe em que ponto ou qual a essência do slide que está sendo
exibido, caso não haja um título no slide. Vejamos exemplos.
Slide 54 Slide 55
Um erro muito comum relacionado aos títulos dos slides é que, durante a
exposição, há uma tendência de que o apresentador leia o título do slide sempre que
há uma transição de um assunto para outro. Isso não deve acontecer. Com o título no
slide, fica explícito quando se começa um novo assunto.
Uma das situações mais comum envolve o uso de slides apenas com texto. Mas
muito texto! E isso não tem que ocorrer ou pelo menos deve ser evitado. São muitos os
autores (OLIVEIRA, 2020; REATEGUI, 2020; ROMANI; TRAINA, 2009) que
preconizam que o excesso de texto nos slides estorva a apresentação. Isso porque
“Além de comprometer o visual da apresentação, tornando-o sem graça e cansativo,
65
você, orador, será obrigado a disputar a atenção da plateia, pois ao usar uma
quantidade grande de informações, seu público certamente tentará lê-las e
automaticamente não prestará atenção em sua fala.” (OLIVEIRA, 2020, p. 9).
Há quem defenda que o excesso de informações nos slides pode, por exemplo,
permitir que o espectador possa ter mais facilidade de entender o assunto, bem como
tempo para fazer as devidas anotações. Isso pode realmente acontecer numa palestra,
num curso ou numa aula, mas não numa apresentação de trabalho acadêmico. Existe
um tempo a ser cumprido e isso pode prejudicar o andamento dos slides bem como a
própria apresentação.
No entanto, existem situações em que isso pode ocorrer. Slides com textos
longos “só são bem-vindos se forem parte ativa da apresentação oral, como por
exemplo, em uma apresentação sobre literatura, onde é imprescindível a leitura de
trechos de obras, juntamente com a plateia, com a finalidade de provocar reflexões e
explicações sobre o tema.” (OLIVEIRA, 2020, p. 9).
Destarte, jamais sobrecarregue os seus slides com texto. Isso pode, literalmente,
sacrificar e deteriorar a sua apresentação. Lembre-se de que não é necessário colocar
nos slides tudo o que está contido no trabalho escrito, tampouco na íntegra o que
precisa falar ou explicar sobre o assunto. A própria estrutura de um slide já determina
que isso não tem que suceder. Além do mais, muitos dos detalhes estão contidos na
parte escrita do trabalho. Veja alguns exemplos.
Slide 56 Slide 57
Esses tipos de slides são exatamente o que não pode jamais acontecer. O excesso
de texto ou frases muito longas em um slide remete a uma poluição, de fato, literal,
sobrecarrega a apresentação e deve ser evitado. Isso muitas vezes ocorre pela
facilidade de copiar/colar os trechos do trabalho acadêmico no slide numa tentativa
66
de se evitar esquecer alguma coisa que é considerado importante na hora da
apresentação. Mas isso culmina transformando a apresentação em um ato entediante,
cansativo, desmotivante, enfadonho, angustiante, monótono e desinteressante e,
consequentemente, pouco atrativo. Ao contrário, transmite a impressão de algo
complexo e desorganizado.
O impacto desse cenário é que passa a impressão ou desconfiança de que a
grande quantidade de informação no slide é provocada pelo despreparo e
desconhecimento sobre o assunto, insegurança ou falta de tempo para se preparar.
Desse modo, preferiu arriscar-se com esse formato. Também pode caracterizar que não
teve tempo para se dedicar na elaboração dos slides, não sabe usar apropriadamente
os recursos existentes no programa, não teve a preocupação de pelo menos tentar
elaborar algo um pouco mais interessante, não estava interessado pela apresentação
ou que, de fato, é relapso. Em síntese, seus slides não merecem a atenção!
Ainda sobre o excesso de texto nos slides, o que temos observado ao longo de
todos esses anos é que o apresentador acaba sendo intimidado pela overdose de
palavras constantes nos slides. Desse modo, na incerteza de que se poderá lembrar de
todo o conteúdo ali exposto, acaba sendo naturalmente direcionado à tentação de ler
o contido nos slides. E é tudo o que, absolutamente, não pode acontecer. Jamais!
Ao optar pela decisão de ler, a impressão que passará é a de que é inseguro, não
se preparou adequadamente, não tem domínio do assunto ou não ensaiou o suficiente.
Tanto é assim que na reportagem da Revista Superinteressante sobre a ciência do slide
perfeito, uma das dez dicas dos maiores especialistas em PowerPoint sobre o assunto
foi a de que “Não repita para o público, em hipótese nenhuma, as frases que estão
escritas nos slides. Isso fará com que você seja ignorado.” (GARATTONI, 2009, p. 71).
Por outro lado, tampouco ignore os slides. Não faça de conta que não estão ali
ou que está cansado deles, já que teve tanto trabalho. E, por isso, fica todo o tempo de
costas. Esse não é o momento de externar essa crise de relacionamento. Os slides têm
a missão de guiar, orientar e facilitar a condução da apresentação. Por conseguinte,
devem ser apreciados e observados durante toda a apresentação.
Ao preferir usar textos nos slides, seja por qual razão, reduza ao máximo a
quantidade, use frases pequenas e objetivas e organize as informações nos slides. O
ideal é utilizar o mínimo de texto possível. Uma das principais razões para decidir pelo
67
uso de textos é a circunstância de não se ter conhecimentos necessários para manusear
adequadamente os recursos disponíveis nos programas para preparar a apresentação.
Outras razões são:
A dica é sempre usar texto corrido o mínimo possível. O texto deve ser
direto e curto - não precisa formar frases completas. A Figura a seguir
apresenta o mesmo conteúdo de duas formas: texto corrido e estrutura
de tópicos. No slide a esquerda, a audiência pode tentar ler o texto e
não conseguir prestar atenção ao que está sendo dito, desanimando e
perdendo o interesse. Já o slide a direita força a audiência a
acompanhar o que você estará falando.
68
No cenário de optar realmente pela composição de apenas texto nos seus slides,
a forma ideal de distribuir as informações é organizá-las em estruturas de tópicos e
subtópicos para melhor representá-las. Tanto os tópicos quanto os subtópicos devem
conter frases com os elementos principais que servirão de base para a argumentação
do discurso e curtas, preferencialmente, com não mais que duas linhas, o que significa
que não se deva extrapolar esse número, mas forçosamente tentar não exceder.
Dessa maneira, as informações nos slides ficarão mais organizadas, seguirão
uma ordem coerente e lógica, que servirá de guia durante a apresentação, e conterão a
essência do que é mais interessante abordar sobre os assuntos. Seja conciso e
pragmático. O propósito é destacar as ideias principais e não os argumentos e
explicações, que serão complementados durante a exposição. Vejamos os Slides 5824 e
59.
Slide 58 Slide 59
24
Slide modificado do trabalho acadêmico de Guilherme Santos Souza.
69
Os marcadores usados para reforçar a distinção de tópico e subtópico serão
padrão em todos os slides. Na verdade, “deve-se manter consistência na formatação
de elementos similares (títulos, subtítulos, marcadores, ...) ao longo de toda a
apresentação.” (REATEGUI, 2020, p. 112). É pertinente, preferencialmente, não usar
marcadores numéricos para não confundir com números ou com uma lista numerada.
Tampouco usar marcadores que tenham um símbolo já associado a algum significado.
Por exemplo, , que está associado à exclusão. Veja o exemplo do Slide 60.
Slide 60
Estrutura de tópico:
➢ Marcador;
Tamanho: 28.
Estrutura de subtópico:
✓ Marcador;
Tamanho: 26;
Recuado.
Para não ter problemas com os formatos adotados, pode-se usar o slide mestre
para estandardizar os marcadores e os tamanhos das fontes dos tópicos e subtópicos,
assim como o recuo dos subtópicos.
Evite usar nos slides expressões como, por exemplo, na opinião de, segundo
fulano, de acordo com beltrano, desde o ponto de vista de sicrano e outras que
caracterizam uma citação, seja direta ou indireta. Priorize a citação indireta. Muito
provavelmente sentirá a necessidade de usar uma citação direta, como é o caso de citar
determinados parágrafos de uma lei, necessários para aclarar a explanação. Não é
proibida a citação direta, conforme discutimos anteriormente, apenas se tenta evitar o
excesso de texto nos tópicos.
Já foi aventado que não é recomendável o uso excessivo de textos nos slides.
Também que o uso de texto precisa ser usado com prudência. Outro formato que tem
de ser terminantemente preterido é o uso apenas de palavras-chave. Isso cria um certo
aspecto de adivinha: o que vou falar? Ou nos moldes das telenovelas brasileiras: cenas
70
do próximo capítulo. Enfim, nem muito nem tão pouco. Veja os exemplos dos Slides
61 e 62.
Slide 61 Slide 62
Diante do exposto, surge a pergunta: existe limite de linhas por slide? São várias
propostas que encontramos na Internet para responder a essa questão. Há opção de
limitar a apenas cinco linhas por slide; outras ficam entre seis e dez linhas por slide.
Em situações extremas, recomenda-se usar 12 linhas.
Quando o assunto é especificamente a quantidade de palavras por linhas,
consultando, mais uma vez a Internet, encontramos sugestões das famosas regrinhas,
que variam do 6 x 6: 6 linhas x 6 palavras, ou seja, um limite de seis linhas dispostas
nos slides e em cada linha não mais que seis palavras. Também há quem sugere a regra
do 7 x 7: sete linhas por sete palavras, 5 x 7: cinco linhas por sete palavras, 6 x 7: seis
linhas por sete palavras, 7 x 8: sete linhas por oito palavras e, em casos mais extremos,
7 x 10: sete linhas por dez palavras.
71
Claramente são sugestões para orientar no sentido de melhor organizar
esteticamente a apresentação. Mas existem uma série de detalhes por trás de todas
essas recomendações, seja pela fonte tipográfica usada, tamanho dessa fonte,
espaçamento e tamanho do slide, entre outros. Portanto, indubitavelmente, o bom
senso e a melhor distribuição determinarão a quantidade de linhas e palavras nos
slides.
Independentemente da quantidade de linhas e palavras no slide, tente
aproveitar o máximo possível a área destinada ao conteúdo, mas atente ao padrão que
está seguindo. Nada de diminuir tamanho de fonte, ajustar, apertar, mudar estrutura,
suprimir palavras ou abreviar palavras, enfim, para caber tudo no mesmo slide. Se não
couber as informações num slide e ficar faltando, por exemplo, apenas uma linha de
conteúdo, o correto é criar um novo slide, repetir o título e inserir o conteúdo da linha
nesse slide. Muito melhor que abarrotar tudo num único slide. Não se paga ainda pela
quantidade de slides numa apresentação realizada nas instituições públicas de ensino
superior. Talvez em breve! Veja o exemplo dessa situação nos Slides 63 e 6425.
Slide 63 Slide 64
25
Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
72
Consultando a Internet sobre o assunto, não existe um entendimento sobre os
tamanhos a serem usados. Isso é difícil de ser determinado porque envolve algumas
questões. Por exemplo, o estilo de fonte a ser usado, a escolha do tamanho do slide, o
tamanho do ambiente onde acontecerá a exposição, entre outras. Quanto maior o
espaço físico onde ocorrerá a apresentação, maior também será o tamanho da fonte a
ser usada nos slides para que todos os presentes no local possam visualizá-los
adequadamente de qualquer local.
Ainda sobre esse tema, encontramos na Internet sugestões de tamanho da fonte
para os títulos dos slides que variam desde 28 até 50. Já para o texto, o tamanho
recomendado oscila entre 20 a 36. De acordo com a nossa experiência ao longo dos
anos, sugerimos os tamanhos de 30 a 32 para os títulos e de 26 a 28 para o conteúdo
dos slides com apenas textos. Esses tamanhos não comprometem a visualização dos
slides, mesmo em lugares de tamanho mediano, que são, geralmente, os destinados às
apresentações no âmbito acadêmico.
Slide 65
32
28
18
Ainda que não exista um consenso sobre que tamanhos de fontes usar no slide,
é concordância absoluta de que tamanho da fonte muito pequeno, evidentemente, não
é recomendável, ou melhor, não deve ser usado para os slides que contêm apenas
textos. Isso, jamais!
73
6.2.6 Pontuação
Slide 66 Slide 67
O que deve ser evitado é não usar nenhuma pontuação no slide. Isso
confunde, por exemplo, se, de fato, os tópicos ou subtópicos relacionados ao assunto
encerraram num determinado slide ou continuam no seguinte.
No caso do Slide 66 apresentado previamente, o ponto (.) final no terceiro tópico
após a palavra Fibrinogênio significa que não existem mais tópicos referentes ao
assunto Introdução e, por conseguinte, não existe mais nenhum slide sobre o tema. No
Slide 67, o ponto (.) final após a palavra fundamentais no único subtópico do tópico
Geral revela que não existe mais nenhum subtópico sobre esse tema. No outro tópico,
Específicos, o último subtópico do slide encerra-se com ponto e vírgula (;) e não com o
ponto (.) final. Em tal caso, significa, evidentemente, que ainda existe, no mínimo,
outro slide contendo mais informações sobre os objetivos específicos.
26
Slide adaptado da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
27
Slide extraído do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
74
6.2.7 Espaçamento
Existem dois tipos de espaçamento que pode ser configurado num slide. O
espaçamento acima/embaixo ou antes/depois, dependendo do software usado, do
parágrafo e o entre linhas. Dependendo do programa, algumas vezes, o espaçamento
entre parágrafos pode vir configurado com um valor diferente de zero. Vejamos os
casos do Impress e do PowerPoint.
75
Figura 15 – Configuração de espaçamento entre parágrafos e linhas no PowerPoint da
Microsoft.
28
Slide extraído do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira.
29
Slide modificado do trabalho acadêmico de Guilherme Santos Souza.
76
Slide 68 Slide 69
6.2.8 Alinhamento
30
Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
77
Slide 70 Slide 71
Slide 72
31
Slide modificado da apresentação do Dr. Ahmed Ghalab Mohamed sobre sensoriamento remoto. Disponível
em:
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj2
nLqU7u3vAhVWH7kGHU21DmQQFjAEegQIDRAD&url=http%3A%2F%2Fwww.aun.edu.eg%2Fmegwrm
%2Fsub%2Fworkshop2%2Fremote1.ppt&usg=AOvVaw2u2XV_enTQzvP2YT84WoQJ. Acesso em: 31 mar.
2021.
78
6.2.9 Destacar palavras ou textos
Além de texto, é muito usual aparecer nos slides algum tipo de ilustração. De
acordo com a ABNT NBR 14724 (2011), que especifica os princípios gerais para a
elaboração de trabalhos acadêmicos, uma ilustração pode ser um desenho, um
esquema, um fluxograma, uma fotografia, um gráfico, um mapa, um organograma,
uma planta, um quadro, um retrato, uma figura, uma imagem, entre outros.
Dependendo do tipo de curso e área de conhecimento, o uso de algum tipo de
ilustração nos slides é mais usual que outros. Mas, inegavelmente, as imagens, os
gráficos e os quadros são alguns dos mais utilizados em geral. Outro elemento muito
usado para representar as informações são as tabelas.
Outros tipos de ilustrações são as formas nas suas mais variadas opções: simples
e de símbolos, fluxograma, textos explicativos, lista, processo, pirâmide, ciclo,
hierarquia, entre outras. É relevante aclarar que alguns desses tipos de formas podem
não estar disponíveis no software utilizado para a elaboração da apresentação.
79
Sempre que possível use elementos gráficos para representar o conteúdo dos
slides. O uso desses recursos é muito indicado, porque transmite à apresentação um
maior dinamismo, organização e elegância. De mais a mais, propicia que a
apresentação se torne mais atraente, envolvente, agradável e elucidativa de se
visualizar e acompanhar. Isso porque comumente são mais aprazíveis de contemplar
do que uma grande quantidade, por exemplo, de textos ou números expostos. Oferece
um maior dinamismo à exposição. Também reforça a ideia de preocupação, de
dedicação e de compromisso em elaborar os slides, além de melhor uso dos recursos
de que o software dispõe. Na realidade, “ir construindo os gráficos, figuras, diagramas
e tabelas aos poucos demanda mais tempo para preparar a apresentação, mas os
resultados finais são muito melhores!” (ROMANI; TRAINA, 2009, p. 30).
À vista disso, para ser mais assertivo, ao invés de somente utilizar textos numa
apresentação, é extremamente aconselhável explorar o uso de texto associado aos mais
diversos tipos de ilustrações de forma a facilitar e melhor representar as informações
nos slides. A seguir mostramos alguns exemplos de apresentações que usam esses
modelos.
Os Slides 7332 e 7433 utilizam como formas: retângulos com cantos arredondados
com diferentes tipos de setas. Inclusive, com aplicação do recurso de rotação nas setas.
Slide 73 Slide 74
32
Slide extraído do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira.
33
Slide extraído do trabalho acadêmico de Samuel Fernandes Garcia.
34
Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
80
Slide 75 Slide 76
Slide 77 Slide 78
35
Slides extraídos da apresentação de Gloria Londoño Monroy.
36
Slides extraídos da apresentação de Mariella Adrián García.
81
Slide 79 Slide 80
Uma preocupação especial com relação ao uso de elementos gráficos com textos
é com o tamanho da fonte a ser utilizada. Tente servir-se de tamanhos próximos aos
sugeridos para os slides com apenas textos. Existe uma maior flexibilidade quanto a
esse tamanho, uma vez que está atrelado ao elemento gráfico selecionado. Embora a
rigidez do tamanho não seja tanto como nos casos de slides com somente textos,
também deve-se evitar utilizar fontes pequenas. Mas existem algumas situações que
exigem realmente um tamanho pequeno para melhor se ajustar à forma, conforme se
pode ver no Slide 8137.
Slide 81
37
Slide extraído da apresentação de Mariella Adrián García.
82
sensibilidade de não forçar o uso de binóculo para assistir a sua apresentação, como
acontece muitas vezes em grandes eventos esportivos ou musicais.
6.3.1 Imagens
Um dos erros mais comuns é usar imagem em um slide sem nenhum propósito.
A imagem é útil e fundamental quando se usa para identificar e extrair informações
durante a exposição. Mas se apenas compõe o slide e não tem nenhuma utilidade que
não seja meramente embelezá-lo, deve ser retirada. Aqui cabe bem outra conhecida
expressão popular: não adianta querer «encher linguiça». A imagem só deve estar
presente se estiver relacionada e contextualizada com o que se está apresentando. Sua
presença é substancial e significativa para aclarar um assunto abordado. Efetivamente,
83
“todo elemento inserido em um slide deve ter uma razão de estar ali. Evite inserir
elementos apenas com a função decorativa, tente sempre alinhá-los com o conteúdo.”
(OLIVEIRA, 2020, p. 11).
Com relação à imagem a seguir, Slide 82, a foto38 apresentada é apenas
ilustrativa, já que a imagem original foi empregada indevidamente. Conforme a
indicação no slide, a imagem foi obtida de uma página de Internet. Mas a original está
disponível em um banco de imagens que exige o pagamento de uma taxa de R$ 45,00
para utilizá-la. A aluna comentou que não solicitou a permissão de uso e tampouco
pagou algo para adquiri-la. Desse modo, acreditamos que não tinha permissão de uso.
Slide 82
Além de a foto não ter sido explorada durante a explanação do assunto, o que
reforça a ideia de uso sem propósito, cabe uma advertência sobre a citação
correspondente. Esse assunto será discutido posteriormente, mas é considerável
destacar que a fonte de uma imagem não pode ser um link de uma página de Internet.
Muito cuidado ao decidir usar determinada imagem na apresentação. Se não é
do arquivo pessoal, só deve utilizá-la se estiver seguro da fonte original, inclusive se
tem permissão para reproduzi-la. Isso evita alguns problemas e constrangimento. Essa
preocupação ainda é maior caso tenha obtido a imagem da Internet.
38
Fonte: Imagem de Ewa Pniewska (2012). Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/labrador-c%C3%A3o-
animal-c%C3%A3ozinho-vista-380800/. Acesso em: 8 abr. 2021.
84
A segunda razão é que existem muitas imagens com qualidades
(resolução) ruins na internet e isso pode comprometer o visual da sua
apresentação, conferindo-lhe um ar de amadorismo sem tamanho.
(OLIVEIRA, 2020, p. 10).
O uso de imagens da Internet requer muita atenção. O fato de uma imagem ser
acessível na rede não significa que possa ser utilizada para qualquer fim. Por exemplo,
pode estar disponível apenas para uso não comercial. É indispensável saber como a
imagem é licenciada. Essa questão é tão séria que recentemente o Google Busca, um
serviço da empresa Google, passou a informar mais claramente sobre o licenciamento
das imagens.
Agora, mais compreensível, ao selecionar o sistema de buscas de imagens do
Google imagens, na opção de Direitos de uso do menu Ferramentas, vide figura 16,
dispomos de três opções: visualizar todas as imagens, independentemente do tipo de
licenciamento; imagens com licenças Creative Commons, que são licenças mais
permissivas; e licenças comerciais e outras, que geralmente são licenças mais
restritivas.
85
Figura 16 – Interface do Google imagens/Ferramentas/
Direito de uso.
39
Mais informações em: https://creativecommons.org/.
40
Mais informações em: https://br.creativecommons.net/.
41
Mais informações em: https://pixabay.com/pt/.
42
Mais informações em: https://www.pexels.com/pt-br/.
43
Mais informações em: https://fotospublicas.com/.
44
Mais informações em: https://stocksnap.io/.
86
devidamente creditadas. Mas, em todo caso, é sempre recomendável, ético e prudente
atribuir os créditos da imagem.
Como exposto, o tema de direitos autorais de imagem não é simples, requer
cuidados e conhecimento sobre o licenciamento das imagens. Portanto, sempre que
possível, tente usar suas próprias imagens.
Também deve-se ponderar se a imagem realmente está de acordo, por exemplo,
com os padrões esperados. Por exemplo, certa vez um aluno de Medicina Veterinária
apresentou um slide sobre procedimento de anestesia espinhal com uma imagem do
procedimento sendo executado sem as luvas. Obviamente, isso é inconcebível e
considerado um grave erro procedimental e que jamais pode ocorrer. A banca foi
incisiva e o constrangimento foi perceptível.
Outra preocupação com relação ao uso de imagem a ser utilizada na
apresentação está relacionada com a sua qualidade. Devem-se usar, preferencialmente,
imagens de alta resolução, que são mais nítidas e de melhor qualidade e de tamanho
apropriado para se ajustar perfeitamente ao espaço do slide. Desse modo, oferecem
uma melhor visualização e não comprometem a exposição. A nitidez e a qualidade da
imagem são componentes imprescindíveis na hora de decidir em usar uma imagem na
apresentação.
O mais comum é que se utilize uma imagem por slide. Em geral, aparece
centralizada. Caso venha com uma legenda associada, é preferível que seja alinhada à
esquerda e a legenda à direita. Em algumas ocasiões, dependendo do tamanho, podem
aparecer duas imagens no mesmo slide, seja em sentido vertical ou lado a lado. Nesse
caso, é primordial que haja uma conexão entre as imagens, a ponto de justificar a
circunstância. Mais que isso, analise se têm um tamanho adequado para serem usadas,
se não produzem um excesso de informação ou se o slide não fica visualmente
carregado. Observe atentamente a distribuição, a harmonia e a disposição das
imagens, que precisam ser uniforme e padrão.
Evite usar imagens pequenas ou reduzidas. Procure respeitar o tamanho
original da imagem, pois, às vezes, expandi-la acaba afetando a qualidade e,
consequentemente, a nitidez. Mas vale ressaltar que existem programas que podem
ajudar nesse processo. Tome precaução também com imagens provenientes de
material escaneado. O resultado pode não ser o esperado.
Quanto ao tamanho da fonte para descrever a identificação e a fonte da imagem,
o tamanho recomendado é 18 ou 20. Caso a identificação da imagem ocupe mais de
uma linha, a segunda linha deve ser alinhada abaixo da primeira letra da primeira
palavra do título. Outro detalhe é com relação ao símbolo separador da palavra
87
designativa da ilustração da identificação. Os símbolos costumeiramente usados são:
o hífen (-), o travessão (–) ou dois pontos (:). O detalhe é que tem de estandardizar o
símbolo a ser utilizado. Um resumo dessas orientações pode ser visto a seguir no Slide
8345.
Slide 83
18
18
Outros dois elementos bastante comuns nos slides são os gráficos e as tabelas,
muito usados para expor dados quantitativos. Sempre que possível, opte por gráfico
pela facilidade de se visualizar e de interpretar as informações representadas,
comparando com o conjunto de dados numéricos expostos numa tabela. As tabelas são
mais habitualmente usadas na parte escrita dos trabalhos.
Ao optar por tabela, tenha o cuidado de verificar se a quantidade de colunas e
linhas usadas podem ser bem visualizadas no slide. Usualmente, selecionam-se as
partes mais relevantes para melhor reproduzir as informações. Dessa maneira, reduz-
se a quantidade de linhas e de colunas necessária. Outra forma de destacar os dados
mais interessantes constantes na tabela é utilizar escala de cores para destacá-los, seja
uma coluna, uma linha ou mesmo alguns dados aleatórios constantes na tabela. Outro
recurso pode ser o uso de animação.
45
Slide extraído do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira.
88
É preciso cuidado especial com o uso de cores que já possuem uma
semântica conhecida, como o vermelho (erro, problema, fim) e o verde
(ok, correto, avançar). Use-os de acordo com seu significado, para não
confundir a audiência. O uso de cores complementares é bastante
recomendado, pois elas criam contraste de forma harmônica.
Exemplos de cores complementares são: azul e laranja, vermelho e
verde, amarelo e violeta. Seja consistente com o uso das cores na
apresentação como um todo. [...].
As cores podem ser usadas para destacar palavras ou partes do texto,
e são muito úteis para destacar informações em tabelas ou diagramas.
(ROMANI; TRAINA, 2009, p. 30).
89
Figura 18 – Exemplo de quadro.
Slide 84 Slide 85
6.4 Animações
46
Slides extraídos da apresentação de Mariella Adrián García.
90
Os softwares para desenvolver apresentações possuem inúmeros
recursos para animar slides. Usados com parcimônia, eles podem
deixar sua apresentação um sucesso. No entanto, exageros podem
transformar a apresentação num desastre. [...]
Use animação para chamar a atenção dos espectadores, mas sem
provocar cansaço: animação em demasia torna a apresentação pesada
e cansativa. Animações nas transições entre slides devem ser usadas
com parcimônia, para valorizar o que merece destaque. Se você prevê
que poderá precisar voltar para um slide anterior, nunca anime o que
estiver entre aquele slide e o atual. (ROMANI; TRAINA, 2009, p. 30).
47
Slides extraídos da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
91
Slide 86 Slide 87
Slide 88 Slide 89
48
Slides extraídos da apresentação de Mariella Adrián García.
92
Nos Slides 90 e 9149, exemplo de formatos que usam deslocamento de estruturas
durante a apresentação até o resultado final mostrado no Slide 91.
Slide 90 Slide 91
Slide 92 Slide 93
49
Slides extraídos da apresentação de Mariella Adrián García.
50
Slides extraídos do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira.
93
Slide 94 Slide 95
Uma ponderação necessária na hora de usar a animação recai sobre que tipo de
animação é a mais indicada para a sua apresentação. Quanto a isso, a mesma
orientação: o excesso também não é recomendado. Procure selecionar animações
discretas, sem firulas e funcionais. Efeitos bumerangue, laço, flash, girar, elástico,
loops, entre outros, são tipos que precisam ser descartados. Dessa forma, a orientação
é: “Não inclua animações que possam entediar a plateia. Lembre-se de que muitas
vezes, o menos é mais. Então, não anime tudo!” (ROMANI; TRAINA, 2009, p. 31).
Para complicar ainda mais a conjuntura, existem ainda por cima os que decidem
incorporar o uso sonoro ou o GIF51 animado associado aos efeitos de animação. Para
exemplificar esse contexto, mostramos a seguir alguns GIF que foram usados numa
determinada apresentação. Cada slide trazia um GIF animado na parte inferior da
margem da direita do slide. Alguns GIF representados são quase que imperceptíveis.
51
Acrônimo da expressão inglesa Graphics Interchange Format. Em português, Formato de Intercâmbio de
Gráficos.
94
Figura 19 – GIF usados nos slides.
52
É a sigla para a expressão inglesa Portable Document Format. Em português, Formato Portátil de Documento.
95
6.5 Transição de slides
96
passagem de slides. A não ser que considere os seus slides nada envolventes ou que
não se preparou adequadamente para a exposição. Dessa forma, deduz que usar esses
recursos seria uma boa forma de distrair a banca e os espectadores para obscurecer
essa realidade. Lembre-se: o apresentador é a grande atração do palco e os slides são
os coadjuvantes que ajudarão a compor o cenário de uma apresentação. A seguir
exibimos dois slides que utilizam o efeito de transição de girar em sentido horário com
quatro raios durante a apresentação. O impacto mais parecia uma transversalidade
rumo ao túnel do tempo.
Outros elementos que podem ser usados numa apresentação são o vídeo e o
áudio. Mas somente os utilizem se realmente forem essenciais para os propósitos da
apresentação.
Para ser utilizado, o vídeo deve, preferencialmente, estar armazenado no
próprio computador da apresentação. Alguns programas também oferecem a
possibilidade de usar vídeo disponível na Internet. Em tal caso, evidentemente, a rede
deve estar acessível e disponível no local da apresentação. É prudente pensar em um
97
plano de contingência para o caso de perda de conexão com a Internet no momento da
apresentação. Nesses casos, alguns optam por baixar o vídeo a ser usado. Mas tenha
cuidado, porque nem sempre isso é possível e permitido. Sendo assim, seja prudente
ao descarregar o vídeo no computador e usá-lo na apresentação. Certifique-se se a ação
de baixar o vídeo é legal ou não. Além do mais, os vídeos também são protegidos por
direitos autorais.
Outra preocupação é comprovar se o formato do vídeo a ser usado é suportado
pelo programa, posto que existe uma grande variedade de formatos de arquivos de
vídeo disponíveis no mercado. É necessário selecionar um tipo de formato compatível
com o software em uso. Caso contrário, não será possível reproduzir o vídeo. Não
obstante, existem utilitários disponíveis na Internet que convertem arquivos de um
determinado formato para outro. Geralmente, os softwares de apresentação suportam
os formatos de arquivos de vídeos mais comuns e populares.
As versões mais recentes de alguns programas já incorporam os vídeos
diretamente na apresentação, de forma que não mais haverá problemas em transportar
a apresentação para qualquer outro computador ou dispositivo de armazenamento,
pois o arquivo de vídeo estará vinculado à apresentação como, por exemplo, uma
imagem. O único problema nesse caso é testificar que o vídeo não deixará o arquivo
de apresentação demasiado grande, o que poderá tornar a apresentação mais lenta ou
mesmo travar durante a exposição. Isso também pode dificultar de alguma forma o
envio da apresentação pela rede.
No caso de extrapolar o limite de tamanho permitido para anexos pelo servidor
de e-mail, pode-se optar por um serviço de correio eletrônico que disponibilize um
serviço de armazenamento em nuvem para administrar essa situação e incluir um link
de download para compartilhar o arquivo. Ademais, há um número crescente de
ferramentas simples de compartilhamento de arquivos que tornam essa tarefa ainda
mais fácil. É o caso, por exemplo, do WeTransfer53, que é um interessante serviço on-
line e completamente gratuito, que oferece hospedagem temporária de arquivos.
Algumas ponderações sobre o uso desse recurso são: deve ter uma identificação,
citar a fonte, ser de curta duração e de boa qualidade de áudio e imagem. Um cuidado
especial necessita ser tomado com relação ao tempo do vídeo. O bom senso aqui
prevalece. O excesso também é desaconselhável.
Além do vídeo, outro recurso de mídia que pode ser usado nos slides é o áudio.
As mesmas observações, cuidados e orientações elencadas e citadas anteriormente
53
Mais informações em: https://wetransfer.com/.
98
para os vídeos são completamente pertinentes e aplicáveis para os arquivos de áudios
que se desejam inserir numa apresentação.
6.7 Citações
Slide 96 Slide 97
54
Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
99
citação correta dos autores, e 9955, em que a citação dos autores LOPES; BIONDO;
SANTOS, 2007 está errada, pois houve uma separação dos autores da obra, o que não
é conveniente. O Slide 98 contém o mesmo conteúdo do Slide 96, reproduzido
anteriormente, mas com um formato diferente de citação, mas ambas estão corretas.
Slide 98 Slide 99
Slide 100
55
Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
56
Slide adaptado do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
100
na última linha de um slide e outra na primeira do slide subsequente. Em ambos os
casos, a citação precisa ser feita.
No trabalho escrito, conforme a ABNT NBR 14724 (2011), toda ilustração deve
ter uma identificação na parte superior. Na parte inferior, deve ser citada a fonte
consultada, ainda que seja do próprio autor. O mesmo se aplica aos slides. Mas o que
observamos na prática é que nos slides tanto a identificação da ilustração quanto a
citação de autoria própria não são muito comuns. Não obstante, quando a fonte não é
citada, incontestavelmente, subtende-se que é do próprio autor. Mas isso requer
cuidado, pois, no caso de esquecimento da devida citação, isso pode provocar
constrangimentos no futuro. Por isso, uma boa tática é sempre documentar o trabalho
escrito assim como os slides com essas informações. Veja o exemplo do Slide 101.
Slide 101
57
Slide extraído do trabalho acadêmico de Samuel Fernandes Garcia.
101
página, se houver, dentro dos parênteses. Veja o exemplo do Slide 103. Nos demais
casos em que não houver modificação da imagem original, use letras maiúsculas para
a fonte. Se houver mais de um autor na obra, são separados por ponto e vírgula (;). O
ano e a página aparecem fora dos parênteses, de acordo com o Slide 10458.
Slide 104
6.8 Referências
58
Slide extraído do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira.
102
como recomendar algumas obras, sites, vídeos, entre outros, caso alguém deseje se
aprofundar sobre o assunto.
6.10 Obrigado!
103
apresentação desse modo, perdurará uma sensação de que ficou faltando algo. No
Slide 107, apresentamos a tela de encerramento do Impress do LibreOffice. No Slide
108, a do PowerPoint do Microsoft Office.
104
Slide 109
Em várias oportunidades nos deparamos com alunas que traziam no slide final:
Obrigado! No início, alertava que o correto gramaticalmente seria a mulher dizer:
Obrigada! Até que um dia, uma me interpelou: Só por isso, Professor. Mas se eu quiser
dizer obrigado, qual o problema? Apesar do mesmo esclarecimento, decidi buscar
alguma informação sobre esse assunto na Internet. E, de fato, existiam novidades. E já
são vários os artigos que expressam a possibilidade de as mulheres também usarem
obrigado para agradecer.
Ante o exposto, caso alguma aluna deseje colocar obrigado no último slide, já
sabe que, numa perspectiva mais moderna da nossa língua, isso é perfeitamente
possível. Em todo caso, deve estar preparada e ter em mente essa flexibilidade no caso
105
de ser advertida sobre um possível erro. Com classe, conhecimento e argumento,
justificará o uso e, muito possivelmente, impressionará a todos.
Assim como o primeiro slide, o de apresentação também tem o formato livre.
Sendo assim, podem-se colocar informações para contato, imagens, frases, etc. Mas
muito cuidado com o uso desses complementos. O fornecimento do contato é mais
comum para palestrantes que, gentilmente, fornecem um meio para que alguém da
plateia possa contatá-lo, acaso deseje obter mais informações e orientações sobre o
assunto. Na academia, é mais usual quando da participação em eventos como
congressos, simpósios, entre outros. Mas nada impede que possa ser utilizado noutro
tipo de apresentação. Veja o Slide 110.
Slide 110
Sobre o uso das imagens, é considerável que seja algo relacionada ao assunto
abordado. Não a utilize como marca d´água e seja cuidadoso com os direitos autorais,
caso não seja do arquivo pessoal. Certa vez um aluno apresentou um projeto cujo tema
envolvia um trabalho com cães e concluiu com um slide de obrigado com imagens de
gatos. Evite esse tipo de embate.
Um exemplo de agradecimento com imagem é mostrado no Slide 11159. Vale
comentar que decidimos buscar uma imagem no site Pixabay para exemplificar os
modelos apresentados pelos nossos discentes, uma vez que, nesses casos, a maioria
utiliza imagens sem citar a respectiva fonte. Apesar de no site mencionar: «Atribuição
não requerida», aproveitamos para comentar, mais uma vez, a necessidade de sempre
atribuir os respectivos créditos.
59
Fonte: Imagem de Jean-Pierre Duretz (2017). Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/cavalos-natureza-
gr%C3%A1tis-animal-2031089/. Acesso em: 31 mar. 2021.
106
Slide 111
60
Slide extraído da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
107
Slide 114 Slide 115
108
A ideia desse capítulo é elencar alguns cuidados e preocupações que são
necessários antes e durante a apresentação. Serão reforçadas orientações consideradas
importantes para melhor assegurar uma apresentação mais tranquila, convincente e
sem surpresas desagradáveis, mas sem estender muito e fugir dos famosos clichês
sobre o assunto.
As dicas orientativas mais comuns, certamente, já foram comentadas e expostas
de certo modo em algumas ocasiões. Algo como:
• Falar de maneira clara, objetiva e devagar, mas sem robotizar;
• Mover-se, mas não tentar fugir do ambiente da apresentação;
• Não permanecer de costas para os espectadores durante a apresentação, como se
estivesse tentando invocar a ajuda divina;
• Evitar manter-se com as mãos na cintura, assemelhando-se a um personagem de
faroeste norte-americano;
• Esquivar-se das mãos no bolso;
• Ficar olhando repetidamente o relógio;
• Desligar o celular;
• Chegar atrasado ou muito próximo do horário da apresentação, querendo justificar
que isso é o normal do jeitinho, inconsequente e irresponsável, de ser do brasileiro;
• Entre tantas outras.
Outras observações que valem ser citadas são:
109
✓ Não se posicionar na frente do projetor
Uma das formas que se utiliza para destacar alguma região ou algum ponto de
uma ilustração durante a projeção dos slides é usar um dedo, geralmente o indicador.
Para completar a ação, põe-se o dedo diretamente na tela de projeção, deixando as
íntimas impressões digitais.
Outros tentam colocar o dedo na frente da projeção de forma que a sombra faça
o efeito necessário para indicar exatamente o que se quer destacar na apresentação.
Nesses casos, é habitual encontrar o dedo vagando pelo espaço, tentando se ajustar ao
foco do projetor.
Pior ainda, os casos em que, mesmo afastado um pouco da projeção, tenta com
o dedo mostrar algo que deseja destacar na apresentação. E, para os desavisados ou
esquecidos, usar o dedo indicador para apontar algo é considerado um gesto de falta
de educação e, obviamente, muito rude.
O mouse também pode ser usado como recurso para destacar alguma coisa
durante a apresentação, acionando o botão direito sobre o slide que está sendo exibido.
110
Se estiver apresentando no Impress, poderá ativar a opção de ponteiro do mouse como
caneta. No PowerPoint, surgem três possibilidades: apontador laser, caneta e marca-
texto. É só escolher a mais apropriada para o momento e o recurso será efetivado.
A melhor opção nessa situação é usar o recurso do laser do apontador. Mas só
o use para enfatizar algum ponto de um slide numa ilustração ou tabela que mereçam
destaque durante a exposição. Não aponte para palavras. Isso é considerado
desnecessário.
Mas cuidado com a condução do uso do laser do apontador. Quando se está
nervoso, o reflexo da tremedeira é retratado no ponto luminoso na projeção. Procure
relaxar.
111
✓ Falha no funcionamento do equipamento
uma das variantes da famosa Lei de Murphy, enunciada nos anos 1960
pelo engenheiro da Nasa Edward Murphy. Ela agrega um significado
matemático aos eventos catastróficos, ao associar um caráter
determinístico à maioria desses eventos. Assim, se existe uma
probabilidade finita de algum evento catastrófico acontecer, em algum
momento, ele certamente vai acontecer. A incerteza estaria presente
somente no elemento temporal, ou seja, quanto tempo levaria para
ocorrer. Eventos com essa classificação contrastam totalmente de
outros que realmente poderiam ser chamados de acidentes, aqueles em
que estão primordialmente associados a elementos aleatórios,
randômicos, imponderáveis e, portanto, imprevisíveis. (JUSTO
FILHO; PIQUEIRA, 2013, p. 181).
Diante disso, a estratégia de fazer cópias impressas dos slides também se aplica
perfeitamente nessas situações.
112
que se imagina o cenário desolador de quem descobre que a cópia não foi produzida
adequadamente.
113
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10520:
Informação e documentação — Citações em documento — Apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2002.
BRASIL. Lei nº 10.695, de 1º de julho de 2003. Altera e acresce parágrafo ao art. 184
e dá nova redação ao art. 186 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 –
Código Penal, alterado pelas Leis nos 6.895, de 17 de dezembro de 1980, e 8.635, de 16
de março de 1993, revoga o art. 185 do Decreto-Lei no 2.848, de 1940, e acrescenta
dispositivos ao Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo
Penal. Brasília, DF: Presidência da República, 2003. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm. Acesso em: 29 mar.
2021.
114
D’ÁGUA, S. L.; SILVA, A. G. Reflexões acerca da formação docente e das tecnologias.
In: PERINELLI NETO, H. (org.). Ver, fazer e viver cinema: experiências envolvendo
curso de extensão universitária [on-line]. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016. p. 153-
167. ISBN 978-85-7983-758-6. Disponível em:
http://books.scielo.org/id/k53tv/pdf/perinelli-9788579837586-10.pdf. Acesso em:
19 mar. 2021.
IBGE. Normas de apresentação tabular. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv23907.pdf. Acesso em: 29 mar.
2021.
115
100-125. Disponível em: https://metodologia.ceie-br.org/wp-
content/uploads/2018/11/cap1_11.pdf. Acesso em: 21 mar. 2021.
SCHOFIELD, P.; WEBER, J. H.; RUSSMAN, H.; O’BRIEN, K.; FAILE JR., R. Capítulo
6 - Introdução ao Impress. 2016. Disponível em:
https://documentation.libreoffice.org/assets/Uploads/Documentation/pt-
br/GS50/PDF/GS5006-Introducao-ao-Impress-ptbr.pdf. Acesso em: 21 mar. 2021.
116
SLIDES DE REFERÊNCIA
Andréa Thais Lopes Ferreira: Doenças da medula espinhal em cães e gatos: estudo
retrospectivo dos casos atendidos no Hospital Veterinário Prof. Ivon Macêdo Tabosa
da UFCG, apresentado como requisito para aprovação no componente curricular
Pesquisa Aplicada do curso de Medicina Veterinária.
Sônia Correia Assis da Nóbrega: A importância das decisões contra legem para a
garantia dos direitos fundamentais: o caso do canabidiol, apresentado como parte dos
requisitos para a obtenção do grau de bacharela em Direito.
117
FRANCISCO DE ASSIS DA COSTA SILVA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS
UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA