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“O frade pregador, se quer ser uma autêntica testemunha do

Evangelho, deve ser antes de tudo um ‘homem orante’. Então,


encontrar-se-á com o Senhor não só durante a preparação de seus
sermões e conferências, mas no mesmo momento de falar. Sua
palavra lhe permitirá então, como reação, um novo encontro com
o seu Senhor, talvez mais profundo do que o anterior. E assim
sucessivamente. Porque não é preciso interpretar num só sentido
e de modo demasiado material o célebre texto de Santo Tomás:
‘contemplar e transmitir o contemplado’. A contemplação não
deve apenas preceder à pregação. O anúncio da mensagem, se
soubermos estar atentos, vivifica e enriquece nossa relação vivida
com Deus.”

Texto por: Fr. Vincent de Couesnongle, O.P., na Conferência


pronunciada na reunião do Conselho Interprovincial dos EUA (a
30 de junho de 1982).

“No Museu ‘dos Agostinhos’ de Toulouse (França), conserva-se


uma escultura do século XV que provém do convento
dominicano dos Jacobinos. A Virgem, sentada, tem de um lado o
Menino e, do outro, o livro dos evangelhos. Maria concebe a
Verdade, gera a Verdade, proclama a Verdade. Como diz Santa
Catarina de Sena: ‘É o Livro onde está escrita nossa salvação’.
Imagem e modelo da Igreja, Maria é por isso mesmo imagem e
modelo da nossa Família [Dominicana], vocacionada à
participação do carisma profético. Logo, é certo pensar que é na
missão profética dela que encontramos a nossa; é em sua ação
materna que geramos o corpo de Cristo; é com sua intercessão
que realizamos os mandatos apostólicos, que frequentemente são
cheios de numerosas dificuldades. É Maria mesma que, através
da nossa cooperação, atua com sua presença operante. E esta é a
razão pela qual já no começo da Ordem a pregação estava
imbuída de um típico sabor mariano”

Texto por: Fr. Damian Byrne, O.P., em sua Carta sobre o Rosário
(a 2 de setembro de 1985).

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