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de Conforto
Janeiro... Ah, doce janeiro...
Se você já fez como eu, vai entender bem esse exemplo: Você já
tentou acordar mais cedo do que costuma e não conseguiu? Pois
é, triste, não é? Agora, posso te contar o porquê não funcionou
para nós? Provavelmente porque não havia um propósito claro
para essa ação! Ninguém se submete a situações de sacrifício
sem um objetivo claro, estimulante e principalmente, pessoal.
Bilbo não saiu do condado porque estavam todos saindo e
chamaram ele pro rolê. Bilbo saiu porque sabia exatamente o
que os anões deveriam fazer: Derrotar Smaug. E por mais que
amasse o conforto do condado, seu sangue Tuk ansiava por uma
aventura.
1 – Faça uma lista com o que quer para seu ano. Minha
sugestão é separar em algumas áreas, como Trabalho,
Relacionamentos, Propósito/Espiritual e Pessoal.
Agora sim, posso abrir o jogo sobre o que Edmundo nos ensina:
sobre o Perdão! Edmundo foi aceito, não havia mais restrições
entre ele e Nárnia, nem mesmo entre seus irmãos. É claro que
alguns Narnianos ainda ficavam com um pé atrás em relação a
ele, afinal, cada pessoa tem o seu próprio tempo para
desenvolver a confiança. Mas a questão aqui é que dentro dele
algo ainda não tinha sido resolvido. Apesar do perdão de Aslam
e de seus irmãos, o cetro de gelo que a Feiticeira Branca havia
colocado em Edmundo, aquele que o acusava de traição a cada
momento, ainda não havida sido quebrado. E no que isso se
aplica as nossas vidas reais, fora do guarda-roupa, longe da
feiticeira e do leão?
Como eu disse, ela sempre foi uma bomba relógio. Isso porque
Wanda literalmente apagava de sua memória todos os momentos
difíceis e dolorosos da sua vida. E assim que seu amado Visão
faleceu, no meio de sua intensa dor e luto, ela mais uma vez
apaga suas memorias dolorosas e cria uma realidade alternativa,
onde ela pudesse ser feliz como acreditava que merecia ser.
Ninguém gosta de sofrer, é dilacerador. Porém, Wanda sempre
se colocou em uma posição aonde a dor de qualquer outro
individuo poderia ser justificada, se ela estivesse bem.
Wanda foi tão longe em fugir de sua dor, que logo após os
acontecimentos de WandaVision e da cidade ser liberta de seu
feitiço, ela retorna em Multiverso da loucura correndo atras de
América, uma adolescente que viaja pelos multiversos. Ela tinha
a expectativa de encontrar seus filhos de outra dimensão e
sequestrá-los de sua mãe real – que também é ela, mas de outra
dimensão entendeu? –, para que ela deixasse de se sentir
sozinha. Consegue perceber que ela chegou a ponto de tentar
sequestrar duas crianças, só para que ela não sofresse?
Fugir da dor parece algo maravilhoso para nós, uma vez que “o
que os olhos não veem, o coração não sente”. A grande questão,
é que a dor não deixa de existir. E não deixa de crescer. Quanto
maior ela fica, maior se torna nosso esforço de mantê-la longe
dos nossos olhos. E ficamos tão cegos com essa busca
incessante de nunca sofrer, que passamos a machucar todos ao
nosso redor e perdemos totalmente nossa empatia com eles.
Afinal, nossa dor é tão grande, que passamos a acreditar que ela
pode ser usada como justificativa para machucar os outros. E
como Wanda, deixamos de nos controlar, para sermos
controlados pela necessidade irracional de criar nossa própria
realidade. Aquela onde nunca sofreremos.
Fato é que o mundo todo era pequeno demais para ele. Isso
segundo sua visão. O que o levou a se tornar o implacável Darth
Vader, quase capaz de matar o amor de sua vida por não
acreditar em suas palavras. Anakin se relacionou com Padmé e
quebrou as regras porque escolheu seguir seu coração, suas
vontades, isso tudo ao invés de chegar o que realmente sentia e
que... de fato, essa relação era muito mais egóica do que por
ambos os dois.
Por mais puro, forte e durador que seja o sentimento, ele não é
suficiente. O dia a dia de um relacionamento precisa de diálogo,
amizade e principalmente, disposição das duas partes. Não se
constrói uma edificação sozinho! Não é possível erguer 10
andares sem ajuda. Muito menos com os poderes dos ursinhos
carinhosos (pegaram a referência?). Não dá para criar algo
concreto com bases abstratas e romantizadas, é isso que que
realmente quero dizer.
1 – Howard se casou.
Não estou falando que deva se casar com alguém para ser livre,
mas o casamento aqui representou uma separação na relação
simbiótica de Howard e sua mãe. Com o casamento, Howard
atraiu para si inúmeras outras atribuições e responsabilidades.
Principalmente responsabilidades.
Sei que muitas famílias são tão complicadas quanto essa, que há
muitas disfunções em relacionamentos e tudo o mais. Porém, o
filhinho não pode ficar debaixo da mamãezinha a vida toda, nem
debaixo do papaizinho a vida toda! Não dá para o irmãozinho
olhar somente para seus lações parentais e os culpar de seu
estado atual, quando quem escolheu chegar até onde está hoje
foi... o tal irmãozinho!
Entenda, eu imagino como foi difícil para você que teve figuras
parentais destruidoras, ausentes, completamente tóxicas em sua
vida. Sério, eu imagino que esse sentimento de não ser amada ou
amado pelos seus por aqueles que deveriam cuidar de você deve
doer muito. Mas chega um momento das nossas vidas, que nossa
briga deixa de ser com aquele que nos machucou, e passa a ser
contra a marca que ele deixou dentro de nós. As vezes, você
passou a vida inteira ouvindo de sua mãe que você não é capaz
de viver sozinho. Mas chega um momento, que a voz que repete
constantemente que você não é capaz, deixa de ser a da sua mãe
e passa a ser a sua própria voz. Sua vida merece mais que
somente o que aconteceu no seu passado. E você merece mais
do que ser apenas um fruto da sua família.
Esse mês, resolvi não te dar uma tarefa. Nesse mês, só quero que
você reflita: Você tem sido Sasuke ou Itachi?
Outubro: Olhos esbugalhados
Chegamos em outubro! E para comemorar o dia 31, trouxe um
conto inédito, assustador e escrito pela psi que vos fala.
Presentinho da Psicogeek para vocês!
Prólogo
O barulho
Estava escuro. Mas não era apenas falta de luz. A escuridão era
espessa, densa, quase tangível. Quando enfim meus olhos se
acostumaram com a escuridão, percebi que não estava em casa.
Não estava em meu quarto, deitada em minha cama como era
em minha última lembrança. Eu estava em uma sala totalmente
vazia. Essa era a minha sensação, mas na verdade, não
conseguia ver nada. Apenas a imensidão da escuridão do local.
Mas de alguma forma, eu sabia que aquele lugar vazio era muito
mais do que aparentava ser.
O local era preenchido com um silêncio desolador. Não havia
ruídos. Não havia nada. Apenas um silêncio tamanho, que se eu
me concentrasse, era capaz de ouvir o sangue correndo pelas
minhas veias. O pânico foi tomando conta de mim. Meus
pulmões já não me serviam de nada. O ar não era mais suficiente
para me manter alerta. O silêncio, a escuridão, o nada. Estar
naquele lugar vazio, sem vida, era enlouquecedor.
O Fogo
Epílogo
3 – Homer... Bom...