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DOI: 10.5747/ce.2019.v11.n3.e291
ISSN on-line 2178-8332
ABSTRACT – This work presents the use of soil retention techniques in landfills
reinforced with geosynthetics in bridges and viaducts, with the objective of
carrying out the feasibility analysis and application of the method, carrying out
the survey of works carried out in Brazil and verifying the mechanical
properties acting. It is concluded that the use of geosynthetics of high strength,
high modulus and low creep, combined with energy compaction results in
structures that are not deformable, that meet the requirements of aesthetic
appearance and functionality, as well as safety to collapse in these works, as
an alternative of great constructive flexibility and fast execution, making it
relatively low cost compared to traditional construction methods.
Keywords: Reinforced embankments, Geosynthetics, Containment Works.
Colloquium Exactarum, v. 11, n3, Jul-Set. 2019, p. 121 –131. DOI: 10.5747/ce.2019.v11.n3.e291
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pactação, como o método de Ehrlich e Mit- al., (2013) considera-se camadas de 40 cen-
chel, 1994 (BRUGGER; SILVA, 2009). tímetros de espaçamento entre os geossinté-
ticos de reforço. A seguir, a Figura 5 apresen-
3.3.2. Material de preenchimento ta o modelo de Face envelopada.
O material de preenchimento é cons-
tituído por solos selecionados para a execu- Figura 5. Face envelopada, revestimento vegetal
ção (MAPARAGEM, 2017). com utilização de espécies em trepadeira.
O material de aterro também pode
ser utilizado de jazida próxima, desde que o
solo atenda as condições mínimas especifica-
das em projetos.
O solo internacional reforçado é for-
temente baseado na utilização de arenosos,
enquanto no Brasil, tem mostrado que a utili-
zação de solos mais finos que é perfeitamen-
te aceitável e até com vantagens, principal-
mente quando são utilizados solos residuais
saprolíticos. Esses solos apresentam ótimo Fonte: AVESANI NETO, et al., (2013).
comportamento mecânico quando bem
compactados e são bastante rígidos, sendo Face em blocos segmentais (Figuras 6
que boa parte deste bom comportamento é e 7) são utilizados na implantação de muros
devido à coesão aparente decorrente de suc- portantes em encontro de pontes e viadutos,
ção provocada pela compactação da massa mostra-se viável sob diversos aspectos: pos-
de solo não saturada (BRUGGER; SILVA, suem ótimo acabamento estético, facilidade
2009). construtiva, boa adequação geométrica da
estrutura. São preenchidos por brita e até
3.3.3. Face mesmo pinos metálicos. De acordo com Ave-
Para Ruiz et al. (2018) a face do parâ- sani Neto et al., (2013) há uma redução no
metro frontal de um MSE com geossintéticos consumo de inclusões e um aumento tanto
podem ser executados com total indepen- da produtividade como da estética do muro
dência estrutural do maciço de contenção, em relação ao faceamento envelopado.
em ampla variedade de faceamento, tais co-
mo: revestimento vegetal (hidrossemeadu- Figura 6. Face de bloco segmentados, construção
de um acesso transversal à rodovia Federal BR
ra), concreto projetado, painéis pré-
101, no Rio Grande do Sul.
fabricados, blocos segmentais ou muros au-
toportantes de alvenaria ou de pedra.
Para manter o sistema estável, com
uma boa forma são construídos blocos em
elementos pré-fabricados, que geralmente,
consistem em painéis de concreto pré-
moldado ou blocos de alvenaria modular pré- Fonte: Ruiz et al., (2018).
moldado ou ainda metálicos (MAPARAGEM,
2017).
A execução de face envelopada con-
siste em utilizar sacarias preenchidas com
solo local, envelopados com geossintéticos,
formando uma ancoragem do reforço da fa-
ce, que pode ser revestida com vegetação ou
concreto projetado, segundo Avesani Neto et
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final. O faceamento com painéis pré- clusão do aterro ou reforço do solo estimado
moldados, apesar de ter um custo mais ele- para a conclusão da obra.
vado da face, se mostra economicamente
favorável, visto que as dimensões dos painéis 3.4. Propriedades Mecânicas
permitem uma maior produtividade (três 3.4.1. Resistência à tração
vezes maior que o envelopado), reduzindo o A técnica de reforço de solo consiste
custo de execução. A face em bloco é a que em melhorar o solo conferindo-lhe a capaci-
se mostrou mais onerosa em relação às ou- dade de resistência a tração (MAPARAGEM,
tras soluções com geossintéticos, pois, dife- 2017).
rente do envelopado, é um sistema definitivo A introdução de reforços traz ao ma-
de faceamento com custo de material do ciço a ser estabilizado um comportamento
bloco. Contudo, diferente também do painel, mecanicamente mais favorável, pois, quando
a dimensão do bloco é inferior (cerca de qua- as inclusões resistentes a tração é convenien-
tro vezes), motivo que faz com que sua pro- temente inserida promovem uma redistribui-
dutividade não seja tão boa quanto o painel. ção de esforços nas zonas mais susceptíveis a
movimentação, tornando o sistema resisten-
3.3.4. Execução te e estável; assim, as estruturas de solo re-
Para iniciar a execução da contenção forçado são mais resistentes e menos defor-
em solo reforçado, é necessário a preparação máveis (MAPARAGEM, 2017).
do local com a retirada de quaisquer materi- Quando o solo recebe um carrega-
ais que possam ser danosos aos reforços e mento vertical, ocorrem deformações verti-
fornecer a locação topográfica do alinhamen- cais de compressão e deformações laterais
to frontal da contenção (muro ou talude em de extensão (tração). Contudo, se o solo esti-
solo reforçado) (ANANIAS et al., 2013). ver reforçado, os movimentos laterais são
Em seguida, os geossintéticos deter- limitados pela reduzida deformabilidade do
minados em projeto deverão ser cortados de reforço. Esta restrição de deformações é ob-
acordo com o comprimento estimado em tida graças ao desenvolvimento de esforços
projeto e esticado no terreno regularizado, de tração no elemento de reforço. Neste ca-
podendo ser utilizados piquetes de madeira so, o solo tende a mover-se em relação ao
ou vergalhões, para fixar os geossintéticos no reforço gerando tensões cisalhantes na inter-
local para evitar a movimentação durante o face (WHEELER, 1996, apud MAPARAGEM,
lançamento do aterro. O sentido de maior 2017).
resistência devera ficar perpendicular a face, A Figura 11 a seguir ilustra o princípio
pois são onde apresentam maiores esforços básico do comportamento do método de solo
de tração (ANANIAS et al., 2013). reforçado, onde evidencia o comparativo do
Deve-se lançar o material preenchi- comportamento do solo sem e com o reforço
mento (aterro de solo), em camadas compac- em geossintético, devido a forças atuantes de
tadas, de acordo com as espessuras estima- tração e deformação.
das em projeto, evitando que o equipamento
de compactação movimente o reforço. Ge- Figura 11. Comportamento típico do solo: (a) sem
ralmente, a compactação próxima a face da reforço; e (b) com reforço.
contenção na faixa de 1,00 metro, é executa-
da com equipamentos considerados leves, de
forma manual e evitando deformações do
pareamento frontal. A área restante pode ser
compactada com equipamentos mecânicos
considerados pesados, desde que atendam as
especificações do projeto a ser executado. Fonte: Sieira, 2003 apud Maparagem (2017)
Toda a etapa é repetida até que atinja a con-
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