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NUTRIÇÃO

HOMEPAGE NUTRIÇÃO PRINCÍPIOS DE NUTRIÇÃO MOBILIDADE DOS NUTRIENTES

Mobilidade dos Nutrientes Nutrientes

Solução
Absorção de
Lei do Mínimo Nutricional Relação N:K Fases Fenológicas Curva de Absorção
Nutrientes
Completa

Você já pensou sobre como os nutrientes se movimentam na planta e no solo?

Como já visto no conteúdo sobre a Lei do Mínimo, as plantas necessitam de um conjunto de elementos
minerais para o seu bom desenvolvimento, sendo eles o N, P, K, Ca, Mg, S, B, Fe, Zn, Cu, Mo, Ni, Mn e o Cl.
Sabemos que cada um deles possui funcionalidades distintas no metabolismo vegetal, apresentando
também características químicas particulares que irão influenciar no seu grau de interação com o
ambiente. Pensando nisso, a questão dos efeitos da interação sobre a mobilidade e comportamento
desses elementos é um dos primeiros pontos importantes a se discutir, principalmente porque pode
repercutir diretamente sobre o manejo no campo e na eficiência em como nutrir uma cultura. No solo, por
exemplo, a mobilidade está associada à capacidade dos íons dos nutrientes em se locomoverem pelo perfil
do solo (nos diferentes tipos de textura, interagindo com os minerais, a matéria orgânica, etc). Já nas
plantas, a mobilidade está mais vinculada à capacidade dos nutrientes em se redistribuírem das folhas
para as zonas de crescimento (relação fonte – dreno).

E quais as implicações práticas no campo?

O domínio dos processos e formas de movimentação que ocorrem com os nutrientes será determinante
para escolher o fertilizante e o melhor tipo de fonte de nutrientes, decidir sobre o posicionamento do
produto (local e forma ideal de aplicação), definir a melhor estratégia de fornecimento deste nutriente
(solo ou via foliar) e diversos outros detalhes que otimizam nosso manejo e refletem em efeitos
importantes sobre a performance de um sistema produtivo.

Vantagens em entender a mobilidade no solo

A compreensão da mobilidade de cada elemento bem como os cuidados inerentes a este assunto é de
grande valia, visto que com ela podemos evitar possíveis excessos ou perdas de nutrientes por lixiviação,
volatilização (no caso de algumas fontes nitrogenadas) e perdas por adsorção no solo (a exemplo da forte
interação do elemento fósforo). Entendendo os conceitos de mobilidade, diminuímos também os riscos de
salinização do ambiente pelo melhor manejo e aproveitamento dos fertilizantes, o que indiretamente
contribui na potencialização dos investimentos feitos em nutrição.

Quanto maior a mobilidade de um íon no solo, mais fácil ele é lixiviado.

Como observamos na imagem acima, cada elemento possui uma variabilidade quanto à sua mobilidade
no solo, sendo uns mais móveis do que outros e, por consequência destas características, uns são mais
susceptíveis ao processo de perdas por lixiviação. Acompanhando a escala que representa os níveis de
mobilidade dos elementos, dos maiores aos menores níveis, o elemento Cloro é o que possui maior
mobilidade, seguido pelo Nitrogênio (na forma de nitrato). Na mesma sequência, o Enxofre (sulfatos), o
Nitrogênio (na forma de amônio), Cálcio, Magnésio, Potássio e o micronutriente Boro, apresentam
mobilidade intermediária. Já os demais micronutrientes (Mn, Cu, Zn, Fe e Mo), apresentam-se como
elementos com baixa mobilidade, perdendo apenas para o Fósforo e Alumínio que, por consequência, são
os elementos menos susceptíveis à lixiviação.
Por isso, o conhecimento sobre a dinâmica e comportamento de cada elemento no solo é fundamental,
principalmente para conduzirmos nosso manejo nutricional de forma adequada e coerente (tecnicamente
e economicamente), conferindo maior segurança na escolha, gestão das fontes certas e manejo correto no 
campo. A seguir, compreenderemos de forma mais prática sobre como e quais aspectos do manejo a
mobilidade dos nutrientes está relacionada.

Mobilidade no solo e local de aplicação

Já sabemos que o local de aplicação dos nutrientes difere em virtude dos graus de mobilidade de cada um.
De maneira geral, temos a classificação de elementos nutricionais de baixa e de alta mobilidade no solo. Os
elementos de baixa mobilidade, para serem absorvidos efetivamente pela planta, devem ser aplicados de
forma localizada e parcelada. Os de movimentação intermediária, como o Nitrogênio (forma Amoniacal),
Potássio, Cálcio, Magnésio, Enxofre e Boro também devem ser incorporados no solo e posicionados na área
que compreende a zona radicular das plantas. Por último, o Nitrogênio Nítrico, em virtude de sua alta
mobilidade, deve ser incorporado e fornecido de forma fracionada, evitando assim uma possível perda por
lixiviação.

Elementos de baixa mobilidade: a exemplo do Fósforo, Molibdênio, Cobre, Ferro, Manganês e


Zinco
Elementos de mobilidade intermediária: Nitrogênio (forma Amoniacal), Potássio, Cálcio,
Magnésio, Enxofre e Boro
Elementos de alta mobilidade: Nitrogênio (forma Nítrica) e Cloro

No quadro abaixo pode-se avaliar de forma resumida as principais dicas de aplicação dos nutrientes
conforme sua mobilidade:

Por onde se movimentam os nutrientes dentro da planta?

Nas plantas a mobilidade dos nutrientes ocorre pelos vasos condutores (xilema e floema) e tem
características diferentes da mobilidade que ocorre no solo. No xilema, ocorre a condução da seiva bruta,
ou seja, água e minerais absorvidos pelas plantas das raízes até as folhas. Já o floema conduz a seiva
elaborada, que são os compostos orgânicos gerados nas folhas por meio da fotossíntese (açúcares,
aminoácidos, lipídeos, hormônios e proteínas), que são redistribuídos para outras partes da planta.

Essa movimentação de nutrientes e fotossintatos gerados nas plantas nos auxilia a entender como os
sintomas de deficiência ocorrem. Isso porque em caso da deficiência no fornecimento de nutrientes, os
sintomas irão ocorrer em diferentes regiões das plantas, expressando-se tanto nas folhas velhas como nas
novas, a depender justamente da capacidade móvel de cada nutriente durante sua distribuição, fato que
pode nos ajudar na identificação de qual elemento está em insuficiência.

Os reflexos da mobilidade ou translocação deles são bem evidentes e apresentam-se sob o aspecto de
sintomas de deficiência foliar como: tonalidades diferentes de coloração, amarelecimento, cloroses,
necroses, queima de bordas, etc. Sendo assim, elementos considerados móveis na planta, como o caso do
N, P, K e Mg tendem a apresentar seus sintomas de deficiência nas folhas velhas ou porções basais das
plantas, isso porque os nutrientes se movimentam com maior facilidade para regiões de crescimento e
formação de novos tecidos, como por exemplo, para a formação de folhas novas ou órgãos de reprodução
(flores, frutos). Os demais elementos, como o Ca, S, B, Fe, Zn, Cu, Mn e Mo, por serem considerados de
baixíssima mobilidade de redistribuição na planta, acabam por exibir seus sintomas de deficiências nas
folhas mais jovens e em outros órgãos de crescimento.

Confira no quadro abaixo, os elementos essenciais a nutrição das plantas, segundo suas formas de
absorção, mobilidade no solo e na planta, e seus respectivos locais de deficiência.

Adaptado de MARSCHNER (1986) e ASSOESTE (2017)

Entendendo agora e de forma prática os conceitos da mobilidade dos nutrientes para o devido e completo
manejo nutricional, o que tomamos como aprendizado é que de nada adiantará aplicar a Fonte Certa, na
Dose Certa e na Época Certa se não compreendermos que existe um Local Certo a se fornecer os nutrientes,
facilitando assim o processo de absorção radicular (seja por contato, fluxo de massa ou diferença de
concentração) e consequente aproveitamento efetivo pelas plantas. Por isso o entendimento sobre a
dinâmica de mobilidade e interação de cada nutriente se faz tão importante.



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