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DE CONTABILIDADE
FEA-USP; Mestre em Ciências Contábeis pela
PUC-SP; controller e consultor de grandes Iran Siqueira Lima
empresas nacionais e multinacionais, com mais
INTERNACIONAL
de 22 anos de experiência; professor de Contabilidade financeira
contabilidade e controladoria do Mestrado José Nicolás Albuja Salazar
Profissional em Administração da Unimep; Gideon Carvalho de Benedicto
autor, entre outros, dos livros: Controladoria
estratégica e operacional, Controladoria IFRS – US Gaap – BR Gaap
avançada, Administração financeira de empresas Contabilidade financeira – Introdução aos
TEORIA E PRÁTICA
MANUAL
multinacionais e Análise das demonstrações conceitos, métodos e aplicações – tradução
financeiras (todos pela Cengage Learning). As leis n° 11.638/2007 e n° 11.941/2009, que alteraram a Lei n° 6.404/1976 (Lei das da 12ª edição norte-americana
Sociedades por Ações), criaram as condições para que o Brasil participe definitivamente do Clyde P. Stickney
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
MANUAL DE
DE CONTABILIDADE
Gideon Carvalho de Benedicto
gideon.benedicto@gmail.com processo mundial de convergência das normas e práticas contábeis internacionais Roman L. Weil
Doutor em Contabilidade e Controladoria pela (International Accounting Standards – IAS – e International Financial Reporting Standards –
FEA/USP; Mestre em Ciências Contábeis e IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (Iasb). Gestão de custos – Contabilidade e controle
INTERNACIONAL
Atuariais pela PUC/SP; pós-graduado em Tais normas estão sendo introduzidas no Brasil pelo Comitê de Pronunciamentos Don R. Hansen
Economia de Empresas pela PUC-Campinas; Maryanne M. Mowen
professor de finanças e contabilidade do Contábeis (CPC), que emite seus pronunciamentos em consonância com as práticas
C Departamento de Administração e Economia da internacionais. Estas são, posteriormente, aprovadas pelos órgãos reguladores para a sua
M
Universidade Federal de Lavras. efetiva aplicação pelas entidades brasileiras.
Tendo como referência essa situação, o principal objetivo deste manual é apresentar e IFRS – US Gaap – BR Gaap Controladoria estratégica e
operacional – 2ª edição
Y
Joubert da Silva Jerônimo Leite disponibilizar ao público interessado, na teoria e na prática, as práticas contábeis brasileiras e Clóvis Luís Padoveze
CM jeronimo@novaamerica.net
joubert@enppb.com.br internacionais, especialmente as norte-americanas, relacionadas com a elaboração e TEORIA E PRÁTICA
MY
Doutorando em Ciências Contábeis pela AWU, apresentação de demonstrações contábeis e notas explicativas transparentes e de alta Controladoria avançada
CY
Yowa, Estados Unidos; Mestre em Controladoria qualidade. Conceitos econômicos que os autores julgam indispensáveis para o entendimento Clóvis Luís Padoveze
CMY
e Contabilidade Estratégica pela Unifecap; e aplicação das práticas contábeis são apresentados em capítulos que tratam dos fundamentos
ex-coordenador e professor titular do curso de da conversão das demonstrações contábeis em moeda estrangeira e dos conhecimentos Controladoria básica – 2ª edição revista e
K
pós-graduação em Contabilidade Internacional atualizada
da PUC-Campinas; diretor-executivo da Nova necessários para o entendimento da questão cambial, tanto em termos de competitividade
América Auditoria, Consultoria e Contabilidade, como dos fundamentos para a gestão dos eventos cambiais. Clóvis Luís Padoveze
com mais de 16 anos de experiência;
sócio-fundador e diretor acadêmico da Escola de Aplicações: Auditoria – tradução da 7ª edição norte-
Negócios da Paraíba (ENP); consultor global do Livro básico ou complementar para as disciplinas contabilidade societária, contabilidade -americana
Institute for International Research (IIR), Audrey A. Gramling
Informa Group (grupo inglês com atuação em 40 financeira, contabilidade internacional, contabilidade geral, contabilidade introdutória,
países); consultor e instrutor em mais de 270 contabilidade avançada, análise das demonstrações contábeis, teoria da contabilidade e Larry E. Rittenberg
treinamentos empresariais sobre contabilidade contabilidade intermediária, dos cursos de graduação em Ciências Contábeis, Administração Karla M. Johnstone
(BR Gaap, US Gaap e IFRS), controladoria e e Ciências Econômicas, e dos cursos de pós-graduação em Contabilidade, Controladoria e
finanças realizados por todo o Brasil; consultor, Finanças.
instrutor e palestrante de eventos contábeis e
financeiros promovidos por entidades como Fonte indispensável de consulta, atualização e aprimoramento para os profissionais que
atuam direta ou indiretamente em Contabilidade (IFRS, US Gaap e BR Gaap), Controladoria
CLÓVIS LUÍS PADOVEZE
Banco Central do Brasil, Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças, Conselho Regional de
Contabilidade do Estado de São Paulo, Conselho
e Finanças. GIDEON CARVALHO DE BENEDICTO
Federal de Contabilidade, Câmara Americana de
Comércio, Saint-Gobain (França), Petrobras
JOUBERT DA SILVA JERÔNIMO LEITE
(Brasil), Chem-Trend (Estados Unidos), Klabin
(Brasil), Reckitt Benckiser (Reino Unido), RR do
Brasil (Itália), Mineração Serra D’Oeste ISBN 13 – 978-85-221-0816-9
(Canadá), entre outras. ISBN 10 – 85-221-0816-1
9 788522 108169
MANUAL DE
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
IFRS – US Gaap – BR Gaap
Teoria e prática
Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
xv
Dessa maneira, organizamos nosso trabalho com o objetivo de que se torne um manual de con-
sulta para os profissionais e professores da área. Para tanto, além da exposição e apresentação dos
temas, o trabalho apresenta nossa interpretação e entendimento, bem como estudos de casos para
melhor exemplificação e exercícios de fixação para cada capítulo.
O livro está dividido em cinco partes:
I –
Fundamentos e estruturas contábeis em IFRS, US Gaap e BR Gaap
II –
Relatórios contábeis em IFRS, US Gaap e BR Gaap
III –
Práticas contábeis em IFRS e BR Gaap: principais aplicações
IV –
Processo de reporte e conversão de demonstrações contábeis em IFRS, US Gaap e
BR Gaap
V – Gestão contábil e financeira internacional
Esperamos que nosso trabalho seja de utilidade para os profissionais e docentes que atuam na
área, bem como para os discentes e pesquisadores que estudam o assunto. Estamos abertos para crí-
ticas e sugestões que possam melhorar ainda mais o nosso trabalho em próximas edições.
xvii
PAULO R. S. CAETANO
Contador formado pela FEA-USP em 1984
MBA em Gestão Empresarial
Finance Controller para América do Sul da Benchmark Electronics Inc.
Professor do Centro de Economia e Administração da PUC-Campinas
“Passamos a contar com uma obra simplesmente completa, que busca o despertar dos profissio-
nais e estudiosos da área contábil sobre a contabilidade no atual contexto de globalização dos ne-
gócios e sua trilha teórica e prática para uma adequada qualificação das demonstrações contábeis
nacionais e internacionais.”
“O crescimento das empresas, a expansão dos mercados produtivos e a formação do mercado de ca-
pitais, além-fronteiras, fizeram que a contabilidade ganhasse cada vez mais importância. Este livro
aborda esse cenário nos dias de hoje tanto de forma teórica como prática, enriquecendo nossa biblio-
grafia brasileira e permitindo ao leitor uma visão enriquecedora, além de fronteiras da contabilidade
e sua prática diária aplicada. Com toda a evolução das práticas contábeis, sejam internacionais,
sejam brasileiras, em um momento em que se busca a harmonização internacional, este livro registra
xix
amplamente nosso momento no tempo e nos prepara para essa consolidação técnica e ampliação do
nosso conhecimento.
Permite que a consolidação harmônica seja alcançada, com conhecimento dos seus fundamen-
tos e registro do seu histórico. Permite tanto ao profissional experiente desfrutar sua leitura e aplica-
ção como ao profissional iniciante um aprendizado estruturado para sua vida profissional.
Os professores-autores estão de parabéns por essa empreitada corajosa e de sucesso, consolida-
da neste livro que nos enriquece o conhecimento!
Fundamentos e
estruturas contábeis em IFRS,
US Gaap e BR Gaap
Capítulo 1 – O ambiente econômico internacional e a contabilidade 3
Capítulo 2 – Fundamentos e estrutura da contabilidade internacional – IFRS 39
Capítulo 3 – Fundamentos e estrutura da contabilidade nos Estados Unidos – US Gaap 51
Capítulo 4 – Fundamentos e estrutura da contabilidade no Brasil – BR Gaap 63
1Disclosure pode ser entendido como o processo de evidenciação ou divulgação de informações contábeis sobre o desem-
penho econômico-financeiro de uma companhia no ato da comunicação com seus usuários.
-financeiro de uma empresa deve ter o respaldo de normas contábeis de alta qualidade que garantam
a comparabilidade com outras empresas e a compreensibilidade de seus usuários.
As empresas estrangeiras instaladas em países diferentes do seu país de origem, assim como as
empresas nacionais que negociam ações em mercados de capitais estrangeiros, precisam reportar in-
formações sobre a sua situação econômico-financeira para os seus diversos usuários internacionais
(controladores e investidores) no processo de comunicação financeira. Nesse sentido, a contabilida-
de, por meio das demonstrações contábeis e outras formas de evidenciação de informações, torna-se
a principal ferramenta de divulgação do desempenho empresarial, viabilizando de forma eficiente a
comunicação da empresa com seus diversos usuários de suas informações.
No contexto internacional, a contabilidade, por meio das demonstrações contábeis, pode ser
entendida como o processo de reporte de informações realizado pela empresa junto aos seus usuários
internacionais que, por sua vez, se encontram localizados em países diferentes do seu país de ori-
gem. Percebe-se, portanto, que a contabilidade internacional apresenta uma dimensão muito impor-
tante no processo de evidenciação de informações econômico-financeiras: a dimensão dos usuários.
A Figura 1.1 demonstra esse aspecto.
CONTABILIDADE
demonstrações contábeis
ulizam as
elaboram e demonstrações
reportam contábeis como fontes
de informações
Brasil Ásia
localização localização
da empresa dos usuários
As informações contábeis podem ser evidenciadas por uma empresa, principalmente, a partir
das seguintes formas:
• relatório da administração;
• demonstrações contábeis;
• notas explicativas.
RELATÓRIO ANUAL
TIPOS
balanço patrimonial
OBSERVAÇÕES:
1. Os pos de demonstrações contábeis
dependem da legislação do país em que a
demonstração do resultado
empresa opera.
2. No mercado internacional, a Demonstração
das Origens e Aplicações de Recursos não é
demonstração do resultado abrangente muito ulizada.
balanço social
Como evidenciado na figura anterior, o Relatório Anual é composto por cinco partes e deve ser
apresentado pelas companhias abertas que operam em bolsas de valores nacionais ou estrangeiras
negociando ações. Os tipos de demonstrações contábeis a serem elaboradas e divulgadas pelas com-
panhias, entretanto, são definidos pela legislação de cada mercado de capitais. Sendo assim, apre-
sentamos logo a seguir as partes que compõem o Relatório Anual com suas respectivas definições.
1a relatório da nessa parte são evidenciadas informações gerenciais sobre o desempenho econômi-
parte administração co-financeiro da empresa e atividades corporativas
2a demonstrações são relatórios com finalidades específicas que apresentam a situação patrimonial,
parte contábeis econômica e financeira
3a notas são notas de elementos das demonstrações contábeis que visam a apresentar um
parte explicativas maior detalhamento sobre os mesmos
4a parecer dos auditores expressa a opinião do auditor independente sobre o exame das demonstrações
parte independentes contábeis
5a parecer do expressa a opinião do conselho fiscal sobre os atos sociais e administrativos do
parte conselho fiscal conselho de administração
• comparabilidade: permite aos usuários identificar semelhanças e diferenças entre dois conjun-
tos de fenômenos econômicos, o que depende da uniformidade e da consistência.
Normalmente, as demonstrações contábeis são divulgadas para que o mercado possa tomar
conhecimento da situação econômico-financeira de uma empresa. No mercado, de forma geral, são
destacados os acionistas (investidores) e os credores, os quais tomam decisões de investimentos e
concessões de créditos.
Nas informações evidenciadas, as quais poderão ser analisadas por investidores e ajudá-los em
sua escolha de investimento, existem alguns pontos que podem ser destacados, dentre os quais:
Dos dez fatores apontados pelos investidores consultados como os mais importantes na de-
terminação de um novo investimento, como mostra a Figura 1.3, a “Contabilidade transparente”
se coloca como o mais relevante, de acordo com 71% desses investidores. Isso significa que as
empresas que atuam em diversos mercados devem divulgar informações contábeis de alta qualidade
e que proporcionem um maior nível de transparência e confiabilidade. O “Padrão de contabilidade
internacional”, por sua vez, apresenta-se como um dos fatores mais importantes na escolha de um
novo investimento para cerca de 42% dos investidores.
Sendo assim, verifica-se que os investidores são atraídos para os mercados que conhecem e nos
quais confiam. Por essa razão, as empresas que adotam normas contábeis reconhecidas internacio-
nalmente terão significativa vantagem sobre as demais no mercado de capitais, pois o fornecimento
de informações de acordo com normas de elevada qualidade, transparência e comparabilidade reduz
o risco do investimento e o custo do capital.
compreensibilidade
ATRIBUTOS DA
relevância INFORMAÇÃO confiabilidade
CONTÁBIL
primazia da essência
materialidade sobre a forma prudência
representação
adequada integridade
neutralidade
comparabilidade
• tempestividade;
• equilíbrio entre custo e benefício;
• equilíbrio entre as características qualitativas.
100%
0% 0%
Figura 1.5 Posição sobre o processo de harmonização internacional das normas contábeis.
Por unanimidade, verifica-se que 100% das empresas pesquisadas são favoráveis ao processo
de harmonização das normas contábeis no mundo. Diversas foram as justificativas; no entanto, as
mais relevantes foram as seguintes:
Cases
Um caso interessante que deve servir de exemplo para todo mundo foi o da companhia Daimler-Benz, da
Alemanha, no balanço do primeiro semestre de 1993, quando apresentou um lucro de 168 milhões de
marcos alemães, pelos padrões contábeis da Alemanha, e, segundo os padrões norte-americanos, evidenciou
uma perda líquida de 949 milhões de marcos alemães, segundo a Federação Europeia de Contadores – FEE.
Casos de companhias brasileiras com ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, obrigadas
a seguir os padrões contábeis norte-americanos, mostraram grandes diferenças nos resultados apresentados
pelos padrões contábeis brasileiros, como mostra a Tabela 1.1.
Tabela 1.1 Diferenças entre resultados – resultado líquido de 1999, em milhões de reais (R$)
A explicação para a apresentação de resultados diferentes está no fato de os padrões contábeis aplicados
nos Estados Unidos serem diferentes dos padrões do Brasil quando da elaboração das demonstrações contá-
beis. As diferenças são tão grandes que a Pricewaterhouse Coopers, uma das maiores empresas de auditoria
do mundo, recomenda aos seus clientes no Brasil que façam um trabalho de explicação aos investidores.
a) relatórios departamentais e sabem que as informações normais não fornecem dados adequa-
dos para previsão de lucros e fluxo de caixa futuros, além de desejarem que essas informa-
ções sejam trimestrais;
b) informações sobre a porção dos lucros da companhia que é estável e fornecem uma base
para estimativa de lucros sustentáveis;
c) informações divulgadas pela companhia sobre estimativas e previsões utilizadas para deter-
minar ativos e passivos significativos;
d) transparência, clareza e objetividade das informações divulgadas, com o intuito de melhor
entender a relação entre os eventos e atividades da companhia e como esses eventos e ativi-
dades são relatados nas demonstrações contábeis.
Percebemos que as informações contábeis globais são almejadas pelo público em geral, princi-
palmente pelos investidores, para que a contabilidade possa ser vista e entendida como uma lingua-
gem universal no mundo dos negócios empresariais. Essa situação é necessária para que se possa
evitar casos como o da empresa B. Glaxo Wellcome, do Reino Unido.
A B. Glaxo Wellcome é uma companhia do Reino Unido que procedeu a uma reconciliação do
lucro atribuível aos acionistas apurado pelos Princípios Contábeis do Reino Unido aos Princípios
Contábeis dos Estados Unidos, tomando como base alguns ajustes realizados de acordo com as nor-
mas norte-americanas, que diferem das normas britânicas. As informações constantes na Tabela 1.2
mostram a diferença de lucro apurado pela utilização de práticas contábeis diferentes.
Tabela 1.2 Lucro atribuível aos acionistas por normas do Reino Unido e dos Estados Unidos
Lucro líquido atribuível aos acionistas pelos princípios do Reino Unido 1,997
As possíveis diferenças encontradas quando do ajuste do lucro líquido entre as práticas contá-
beis do Reino Unido e dos Estados Unidos, no ano de 1996, foram as seguintes, de acordo com Choi,
Frost e Meek (1999, p. 87-8):
Simulação de caso
Considerando que as normas contábeis brasileiras (Lei 11.638/07) orientam a contabilização de gastos com
desenvolvimento como ativo intangível (quando atender aos preceitos do Pronunciamento Técnico CPC
04 – Ativo Intangível) e partindo do princípio de que as normas norte-americanas contabilizam inicialmen-
te como despesa, os valores correspondentes ao ativo intangível no balanço a seguir correspondem a gastos
com desenvolvimento de novas tecnologias e o lucro operacional líquido antes do Imposto de Renda foi de
R$ 30.000, apresentado na demonstração de resultado em BR Gaap.
Tabela 1.3 Balanço patrimonial em BR Gaap da empresa João Pessoa do Brasil Ltda.
JOÃO PESSOA DO BRASIL LTDA.
BALANÇO PATRIMONIAL EM BR Gaap – Valores em milhares de R$
ativo 31/12/2008 passivo e p. líquido 31/12/2008
circulante 650.000 circulante 280.000
não circulante 180.000 não circulante 150.000
realizável a longo prazo 40.000 financiamentos 150.000
investimentos 50.000 patrimônio líquido 400.000
imobilizado 80.000 capital social 340.000
intangível 10.000 reserva de lucros 60.000
TOTAL 830.000 TOTAL 830.000
OBSERVAÇÃO
O total do ativo intangível corresponde a gastos com desenvolvimento.
Tabela 1.4 Demonstração de resultado em BR Gaap da empresa João Pessoa do Brasil Ltda.
JOÃO PESSOA DO BRASIL LTDA.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EM BR Gaap – Valores em milhares de R$
ITENS DE RESULTADO 31/12/08
receita líquida de vendas 800.000
custo dos produtos vendidos (650.000)
lucro bruto 150.000
despesas operacionais (120.000)
lucro operacional líquido 30.000
imposto de renda (6.000)
lucro líquido do exercício 24.000
Tabela 1.5 Reconciliando o resultado para as normas contábeis dos Estados Unidos (US Gaap) da empresa João Pessoa do
Brasil Ltda.
O lucro operacional líquido antes do Imposto de Renda em BR Gaap foi de R$ 30.000 e o mesmo
resultado, quando reconciliado para US Gaap, considerando apenas o ajuste dos gastos com desenvolvi-
mento como despesa, foi para R$ 20.000, uma diferença de 33,33%.
• financiamentos bancários;
• emissão de títulos de dívidas;
• debêntures;
• project finance;
• leasing.
a) as ações ordinárias ou comuns dão direito de voto ao portador nas decisões da assembleia
geral de acionistas, o órgão administrativo máximo das sociedades anônimas, na proporção
de um voto por ação. Assim, se um acionista ou grupo de acionistas tiver mais que 50% das
ações e exercer o voto em conjunto, eles sempre terão o controle da empresa;
b) as ações preferenciais não têm direto de voto nas decisões da companhia, mas têm 10% a
mais de direito de dividendos que os acionistas ordinários, bem como preferência nos ativos
em caso de liquidação da companhia.
Reinversão de lucros
A parcela de lucros obtidos em cada período que não é distribuída significa automaticamente a rein-
versão de lucros. Essa decisão deve ser tomada em relação à política de dividendos. A reinversão
a) American Depositary Receipts (ADRs), que são notas comerciais ou promissórias (com-
mercial papers), emitidas por empresas estrangeiras nos EUA e vendidas e transacionadas
em bolsas de valores;
b) Bônus internacionais (bônus estrangeiros e eurobônus), que são títulos vendidos fora do
país do tomador e distribuídos frequentemente em vários países. São chamados bônus es-
trangeiros aqueles emitidos por empresa multinacional na moeda do país onde a filial está
localizada e vendidos no mesmo país. São chamados eurobônus quando são emitidos por
empresa multinacional e vendidos em vários países.
Debêntures
Títulos de dívida emitidos pelas empresas tipicamente no território nacional. As empresas as utili-
zam para captar recursos, pagando juros e prêmios que são estipulados em uma escritura registrada,
onde são resguardados todos os direitos e condições. Os investidores podem ser empresas jurídicas,
bancos e mesmo pessoas físicas. Em linhas gerais, não deixa de ser um financiamento ou emprésti-
mo, tomado junto ao público, que não se caracteriza, então, como financiamento bancário.
Há dois tipos básicos de debêntures:
a) debêntures conversíveis em ações;
b) debêntures não conversíveis em ações.
As debêntures conversíveis em ações dão ao adquirente do título o direito, de renunciar ao
recebimento do valor no vencimento, e com o valor das debêntures transformá-las em ações ordi-
nárias ou preferenciais, de acordo com o estipulado na escritura em termos de valor e quantidades
equivalentes. Nesse caso, a empresa se compromete a uma nova emissão de ações para fundamentar
a incorporação das debêntures como capital social.
As debêntures não conversíveis não permitem a transformação em ações e no vencimento a
empresa tem de honrar o pagamento da obrigação.
Project Finance
É uma modalidade de consórcio de financiamento onde diversos interessados se unem para financiar
um determinado projeto de investimento, seja ele único ou parte de uma empresa. É indicado apenas
para grandes montantes, pois o custo de operacionalização e administração é significativo. Uma ca-
racterística fundamental do project finance é que os financiadores podem participar, além dos juros,
também dos lucros ou receitas do projeto financiado.
Tem sido utilizado para investimentos de base, como usinas, rodovias, ferrovias, pontes de
grande percurso, plataformas específicas de petróleo etc. No caso de o project finance contemplar
apenas parte de uma empresa, este projeto deverá ter uma contabilidade separada das demais ativi-
dades, segmentos ou outros projetos dessa empresa.
Leasing
O leasing ou arrendamento mercantil, que significa pagar uma prestação para o aluguel de um bem,
é uma fonte de recursos de terceiros que tem a característica de ligar a fonte de recurso a uma apli-
cação de recurso, ou seja, é o único caso em que, ao financiar, já se sabe o que será investido. É uma
modalidade interessante pela sua flexibilidade e rapidez de sua obtenção, basicamente porque há
uma garantia real da operação, que é o próprio bem arrendado.
Os principais tipos de leasing são:
• leasing operacional, que caracteriza de fato a operação de aluguel, onde, após o uso, o bem
é devolvido à empresa que o arrendou;
• leasing financeiro: quando a operação é feita partindo da premissa de que, ao final do paga-
mento das prestações, o bem ficará de posse do arrendador, pagando um valor residual. Este
é o caso que se caracteriza realmente como uma fonte de recursos de terceiros;
• lease-back, quando o agente financeiro compra um bem de uma empresa e o arrenda em
retorno imediato para a mesma empresa. É uma forma de financiamento utilizando bens da
empresa ainda não onerados em qualquer outro contrato.
DE CONTABILIDADE
FEA-USP; Mestre em Ciências Contábeis pela
PUC-SP; controller e consultor de grandes Iran Siqueira Lima
empresas nacionais e multinacionais, com mais
INTERNACIONAL
de 22 anos de experiência; professor de Contabilidade financeira
contabilidade e controladoria do Mestrado José Nicolás Albuja Salazar
Profissional em Administração da Unimep; Gideon Carvalho de Benedicto
autor, entre outros, dos livros: Controladoria
estratégica e operacional, Controladoria IFRS – US Gaap – BR Gaap
avançada, Administração financeira de empresas Contabilidade financeira – Introdução aos
TEORIA E PRÁTICA
MANUAL
multinacionais e Análise das demonstrações conceitos, métodos e aplicações – tradução
financeiras (todos pela Cengage Learning). As leis n° 11.638/2007 e n° 11.941/2009, que alteraram a Lei n° 6.404/1976 (Lei das da 12ª edição norte-americana
Sociedades por Ações), criaram as condições para que o Brasil participe definitivamente do Clyde P. Stickney
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
MANUAL DE
DE CONTABILIDADE
Gideon Carvalho de Benedicto
gideon.benedicto@gmail.com processo mundial de convergência das normas e práticas contábeis internacionais Roman L. Weil
Doutor em Contabilidade e Controladoria pela (International Accounting Standards – IAS – e International Financial Reporting Standards –
FEA/USP; Mestre em Ciências Contábeis e IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (Iasb). Gestão de custos – Contabilidade e controle
INTERNACIONAL
Atuariais pela PUC/SP; pós-graduado em Tais normas estão sendo introduzidas no Brasil pelo Comitê de Pronunciamentos Don R. Hansen
Economia de Empresas pela PUC-Campinas; Maryanne M. Mowen
professor de finanças e contabilidade do Contábeis (CPC), que emite seus pronunciamentos em consonância com as práticas
C Departamento de Administração e Economia da internacionais. Estas são, posteriormente, aprovadas pelos órgãos reguladores para a sua
M
Universidade Federal de Lavras. efetiva aplicação pelas entidades brasileiras.
Tendo como referência essa situação, o principal objetivo deste manual é apresentar e IFRS – US Gaap – BR Gaap Controladoria estratégica e
operacional – 2ª edição
Y
Joubert da Silva Jerônimo Leite disponibilizar ao público interessado, na teoria e na prática, as práticas contábeis brasileiras e Clóvis Luís Padoveze
CM jeronimo@novaamerica.net
joubert@enppb.com.br internacionais, especialmente as norte-americanas, relacionadas com a elaboração e TEORIA E PRÁTICA
MY
Doutorando em Ciências Contábeis pela AWU, apresentação de demonstrações contábeis e notas explicativas transparentes e de alta Controladoria avançada
CY
Yowa, Estados Unidos; Mestre em Controladoria qualidade. Conceitos econômicos que os autores julgam indispensáveis para o entendimento Clóvis Luís Padoveze
CMY
e Contabilidade Estratégica pela Unifecap; e aplicação das práticas contábeis são apresentados em capítulos que tratam dos fundamentos
ex-coordenador e professor titular do curso de da conversão das demonstrações contábeis em moeda estrangeira e dos conhecimentos Controladoria básica – 2ª edição revista e
K
pós-graduação em Contabilidade Internacional atualizada
da PUC-Campinas; diretor-executivo da Nova necessários para o entendimento da questão cambial, tanto em termos de competitividade
América Auditoria, Consultoria e Contabilidade, como dos fundamentos para a gestão dos eventos cambiais. Clóvis Luís Padoveze
com mais de 16 anos de experiência;
sócio-fundador e diretor acadêmico da Escola de Aplicações: Auditoria – tradução da 7ª edição norte-
Negócios da Paraíba (ENP); consultor global do Livro básico ou complementar para as disciplinas contabilidade societária, contabilidade -americana
Institute for International Research (IIR), Audrey A. Gramling
Informa Group (grupo inglês com atuação em 40 financeira, contabilidade internacional, contabilidade geral, contabilidade introdutória,
países); consultor e instrutor em mais de 270 contabilidade avançada, análise das demonstrações contábeis, teoria da contabilidade e Larry E. Rittenberg
treinamentos empresariais sobre contabilidade contabilidade intermediária, dos cursos de graduação em Ciências Contábeis, Administração Karla M. Johnstone
(BR Gaap, US Gaap e IFRS), controladoria e e Ciências Econômicas, e dos cursos de pós-graduação em Contabilidade, Controladoria e
finanças realizados por todo o Brasil; consultor, Finanças.
instrutor e palestrante de eventos contábeis e
financeiros promovidos por entidades como Fonte indispensável de consulta, atualização e aprimoramento para os profissionais que
atuam direta ou indiretamente em Contabilidade (IFRS, US Gaap e BR Gaap), Controladoria
CLÓVIS LUÍS PADOVEZE
Banco Central do Brasil, Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças, Conselho Regional de
Contabilidade do Estado de São Paulo, Conselho
e Finanças. GIDEON CARVALHO DE BENEDICTO
Federal de Contabilidade, Câmara Americana de
Comércio, Saint-Gobain (França), Petrobras
JOUBERT DA SILVA JERÔNIMO LEITE
(Brasil), Chem-Trend (Estados Unidos), Klabin
(Brasil), Reckitt Benckiser (Reino Unido), RR do
Brasil (Itália), Mineração Serra D’Oeste ISBN 13 – 978-85-221-0816-9
(Canadá), entre outras. ISBN 10 – 85-221-0816-1
9 788522 108169