Você está na página 1de 95

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/264785799

Lulas e polvos da costa brasileira

Book · January 2011

CITATIONS READS

6 6,751

2 authors, including:

Teodoro Vaske Júnior


São Paulo State University
93 PUBLICATIONS   1,117 CITATIONS   

SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Projeto Redes e Nós View project

Arrebentação View project

All content following this page was uploaded by Teodoro Vaske Júnior on 10 April 2020.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Sobre o autor
Este livro dá continuidade à Coleção Habitat, Os cefalópodes compreendem um grupo de moluscos (Cephalopoda)
do LABOMAR/UFC. As obras desta Coleção visam conhecidos por lulas, polvos, sépias e argonautas, bastante peculiar e evoluído
TEODORO VASKE JÚNIOR,
oferecer a profissionais de ensino e público em geral, dentro dos invertebrados. Até o presente são conhecidas cerca de 812 espécies
doutor. Graduado em Oce-
literatura especializada sobre espécies e ecossiste- no mundo, das quais 86 têm registro de ocorrência na costa brasileira.

Lulas e Polvos da Costa Brasileira


anografia pela Universidade
mas marinhos, informações sobre a biodiversidade e Federal do Rio Grande (FURG,
relacionadas à Oceanografia, Biologia Pesqueira etc. As capturas desses animais no Brasil ainda são oriundas da pesca 1986); mestre (1992) e doutor
e, assim, contribuir para o melhor conhecimento, o artesanal. As coletas de cefalópodes, os registros e estudos, restringem-se (2001) em Oceanografia Bio-
respeito e a preservação do meio ambiente. apenas àqueles decorrentes de trabalhos desenvolvidos em embarcações lógica, ambos títulos obtidos
de pesquisa, da análise de conteúdo estomacal de predadores, e de na FURG. Pós-doutor pela
pescarias artesanais costeiras. Assim sendo, a literatura especializada Universidade Estadual Pau-
sobre esses moluscos, em português, ainda é escassa. lista Júlio de Mesquita Filho
(UNESP), São Vicente-SP (2009). Desde 1993, traba-
lhou na Universidade Federal Rural d e Pe rnam-
Dentro do contexto dos cefalópodes este livro aborda os temas:
buco (UFRPE), como Professor Visitante, onde
características gerais, origem e diversidade, flutuabilidade e locomoção,
realizou pesquisas com peixes oceânicos, biodi-
circulação, respiração e excreção, alimentação, ciclo de vida, reprodução, versidade e cefalópodes na Região Nordeste do
pesca, pesquisas desenvolvidas, área de estudo e sistemática. Em seguida, Brasil e nas ilhas oceânicas, particularmente no
apresenta uma extensa lista de espécies de lulas, polvos e argonautas, Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP).
registradas para a costa do Brasil, com a família a que pertencem, nomes Atualmente é Professor Permanente do Curso de
Outros livros já produzidos no NAVE científicos, ilustrações da morfologia externa e dos bicos, distribuição Mestrado em Ecologia da Universidade Santa Cecília
Práticas de Zoologia: de protozoários a molus- geográfica e características morfológicas mais marcantes, além de (UNISANTA), Santos-SP.
cos. Fortaleza: Edições UFC, 2001. 142p. (Série referências bibliográficas para aprofundamento nas identificações. E-mail: vaske@ig.com.br
Didática 6, 3a. ed. de 2004).
Este livro utiliza linguagem acessível e é dirigido a pesquisadores, estu- Sobre o colaborador
Microbiologia, Higiene e Qualidade do Pescado: teo- diosos em geral, conservacionistas e estudantes. Apresenta um glossário
ria e prática. São Paulo: Editora Varela, 2004. 380p. de termos técnicos e índice remissivo. Ao final, inclui no Apêndice I fotos FRANCISCO DE ASSIS PEREI-
Peixes Estuarinos Marinhos do Nordeste Brasileiro: em cores de algumas espécies da costa brasileira, bem como, no Apêndi- Lulas e Polvos RA DA COSTA, bacharel, esp.
Graduado em Eng. de Pesca
guia ilustrado. Fortaleza: Edições UFC e Editora Uni- ce II, uma listagem das espécies conhecidas no Planeta.
versitária UFPE, 2004. 260p. da Costa Brasileira pela UFC (1979) e especialis-
ta em Oceanografia Biológica
Vegetação Costeira do Nordeste Semi-Árido: pela University of Victoria (Uvic,
guia ilustrado. Fortaleza: Edições UFC, 2006. 274p. Canadá) (1980/83). Trabalhou
(Coleção Habitat, 1 – UFC/LABOMAR). com Biologia Pesqueira (atuns
e afins) (1985/89), foi Corres-
Conchas de Moluscos no Artesanato Cearense. Forta- pondente Substituto Interna-
leza: NAVE/LABOMAR UFC, 2007. 156p. (Coleção
Teodoro Vaske Júnior cional da ICCAT (1986/88), no IBAMA/CEPSUL-SC.
Habitat, 2 – UFC/LABOMAR). Colaborador
A partir de 1990 realizou pesquisas em larvicultura e
Francisco de Assis Pereira da Costa desenvolvimento larval de crustáceos decápodes, mo-
Arquipélago de São Pedro e São Paulo: histórico nitoramento de acumulações de fitoplâncton e cultivo
e recursos naturais. Fortaleza: NAVE/LABOMAR/ de microalgas. É Analista Ambiental do IBAMA–CE,
UFC, 2010. 242p. (Coleção Habitat, 3 – UFC/ trabalhando em cooperação técnica com o LABOMAR/
LABOMAR). UFC. É Coordenador Editorial do NAVE/LABOMAR.
Tem atuado como tradutor, revisor, colaborador, coautor,
Glossário de Oceanografia Abiótica. Fortaleza:
ilustrador, autor de projetos gráficos e editor eletrônico
UFC/LABOMAR/NAVE, 2010. 138p. (Coleção Habi-
de livros didático-científicos. Colaborou também na ela-
tat, 4 – UFC/LABOMAR). APOIO:
Coleção Habitat 5 boração de vídeos didático-científicos.
E-mail: fran_labomar@ufc.br

LULAS E POLVOS DA COSTA BRASILEIRA - CAPA.indd 1 22/09/2011 15:40:17


Lulas e Polvos
da Costa Brasileira
Lulas e Polvos
da Costa Brasileira

Universidade Federal do Ceará – UFC

Reitor
Jesualdo Pereira Farias

Vice-Reitor
Henry de Holanda Campos Universidade Santa Cecília – UNISANTA Teodoro Vaske Júnior
Instituto de Ciências do Mar – Reitora
Sílvia Ângela Teixeira Penteado Colaborador
LABOMAR
Francisco de Assis Pereira da Costa
Diretor
Luis Parente Maia Prof. do Curso de
Mestrado em Ecologia
Teodoro Vaske Júnior
Núcleo de Audiovisual e Multimeios –
NAVE
Coordenador Editorial
LABOMAR – Coleção Habitat 5
Francisco de Assis Pereira da Costa
(IBAMA-CE/UFC – LABOMAR)

FORTALEZA
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC Agradecimentos

Aos coordenadores e pesquisadores envolvidos no Projeto


ECOTUNA (Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE/
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO MAR – LABOMAR
Av. da Abolição, 3207 – Meireles – CEP: 60165-081 – Fortaleza-CE, Brasil
Nordeste – CEPENE/Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-
Tel.: (0xx85) 3366.7003 / Fax: (0xx85) 3366.7002 / http://www.labomar.ufc.br cursos Naturais Renováveis – IBAMA), Programa Avaliação do Po-
Núcleo de Audiovisual e Multimeios – NAVE tencial Sustentável de Captura dos Recursos Vivos da Zona Econô-
Tel.: (0xx85) 3366.7042 / fran_labomar@ufc.br mica Exclusiva (Programa REVIZEE, Acústica-NE), PROARQUIPÉLAGO
(Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar –
SECIRM) e Programa Observador de Bordo-NE, de onde procedeu
grande parte das amostras analisadas.
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA – UNISANTA
R. Oswaldo Cruz, 277 – Boqueirão – CEP: 11045-907 – Santos-SP, Brasil À colaboração particularmente da Dra. Rosângela Paula Lessa,
http://www.unisanta.br
vaske@ig.com.br do Dr. Fábio Hissa Vieira Hazin, do Dr. Paulo Eurico Vieira Travassos,
da Dra. Tatiana Silva Leite, do M. Sc. Leonardo Teixeira de Sales e do
IMPRESSO NO BRASIL Engenheiro de Pesca José Estanislau Vale Evangelista.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida
de qualquer modo ou por qualquer meio, seja este eletrônico, mecânico, Aos pesquisadores Dr. José Carlos Nascimento Barros, Dra.
de fotocópia, de gravação ou outros sem prévia autorização escrita do autor. Adriana Barzotti Kohlraush, Dr. Albano Shultz Neto, Dra. Patrícia Barros
Pinheiro, M. Sc. Danielle Viana, M. Sc. Alexandre Jost, M. Sc. Rejane
Revisão Both, Engenheiro de Pesca Bruno Rocha, Dra. Kelly Cristina Araújo
Teodoro Vaske Júnior, Francisco de Assis Pereira da Costa
Pansard, Biólogo Matheus Marcos Rotundo e Ictiólogo Alfredo Carva-
Revisão Vernacular lho Filho, pela autorização de uso do material coletado.
Leonora Vale de Albuquerque (MTb – 320/CE.JP.)
Aos colegas Dr. Francisco Marcante Santana, M. Sc. José
Projeto Gráfico, Editoração Eletrônica e Capa Lúcio Bezerra Júnior, M. Sc. Marina Bezerra Figueiredo, M. Sc.
Francisco de Assis Pereira da Costa Taciana Martins Barbosa, M. Sc. Mariana Travassos Tolotti, às acadê-
Ficha Catalográfica micas Camila Lehnhardt Pires e Luísa de Oliveira Saad pela ajuda
no processamento de amostras.
V456l Vaske Júnior, Teodoro
Lulas e polvos da costa brasileira / Teodoro Vaske Júnior ; Francisco de Ao Dr. Manuel Haimovici, Dra. Roberta Aguiar dos Santos e Dra.
Assis Pereira da Costa (colab.). – Fortaleza: UFC / LABOMAR / NAVE, 2011. Érica Alves Gonzales Vidal pelos auxílios no início dos estudos de cefa-
lópodes na Universidade Federal do Rio Grande (FURG-RS).
184p.; il.; 21 cm (Coleção Habitat, v. 5)
Bibliografia: p. 123-132
Ao Dr. Otto Bismarck Fazzano Gadig pelo apoio nos estudos na
ISBN: 978-85-7563-842-2 UNESP-CLP, e à M. Sc. Tatiana Silva Neves e ao Oceanógrafo Fabiano
1. Lulas e polvos – pesquisa e identificação 2. Costa brasileira I. Título Vanuchi Peppes pelo material biológico cedido pelo Projeto Albatroz.
II. Série Coleção Habitat III. Pereira da Costa, Francisco de Assis IV. Uni-
versidade Federal do Ceará. Ao IBAMA-CE pelo apoio institucional.
CDD: 639.5
braço
manto
ventosa

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...................................................................................... 13
olho
PREFÁCIO................................................................................................... 15
funil
INTRODUÇÃO............................................................................................ 17
cabeça
Características gerais................................................................. 17

Origem e diversidade....................................................................... 20

FlutuabilidaDe e locomoção..................................................... 21

Circulação, respiração e excreção.................................... 22

Alimentação.......................................................................................... 23

Sistema nervoso e sentidos........................................................ 23


O polvo Octopus sp. (Octopodidae)

Ciclo de vida.......................................................................................... 25

Reprodução........................................................................................... 26

PESCA.......................................................................................................... 27

PESQUISAS DESENVOLVIDAS............................................................. 28

ÁREA DE ESTUDO.................................................................................... 29

SISTEMÁTICA............................................................................................ 30

DESCRIÇÕES / ILUSTRAÇÕES DE ESPÉCIES


DE CEFALÓPODES QUE OCORREM NA COSTA BRASILEIRA... 33
Lulas....................................................................................................... 35
SPIRULIDAE...................................................................................... 35
Spirula spirula (Linnaeus, 1758)................................................. 35
SEPIOLIDAE...................................................................................... 36
Heteroteuthis dispar (Rüppell, 1844).......................................... 36
Bico superior (esquerda) e inferior (direita) do polvo Octopus vulgaris (OCTOPODIDAE) Nectoteuthis pourtalesi Verrill, 1883.......................................... 37
Rossia bullisi Voss, 1956............................................................ 38 LEPIDOTEUTHIDAE................................................................... 68
Rossia tortugaensis Voss, 1956................................................. 39 Lepidoteuthis grimaldii Joubin, 1895......................................... 68
Semirossia tenera (Verrill, 1880)................................................. 40 PHOLIDOTEUTHIDAE................................................................ 69
LOLIGINIDAE............................................................................ 41 Pholidoteuthis adami Voss, 1956............................................... 69
Loligo plei Blainville, 1823........................................................... 41 LYCOTEUTHIDAE...................................................................... 70
Loligo sanpaulensis Brakoniecki, 1984...................................... 42 Lycoteuthis loligera (Steenstrup, 1875)...................................... 70
Loligo surinamensis Voss, 1974................................................. 43 Selenoteuthis scintillans Voss, 1959 ........................................ 71
Lolliguncula brevis (Blainville, 1823).......................................... 44 MASTIGOTEUTHIDAE................................................................ 72
Pickfordiateuthis pulchella Voss, 1953...................................... 45 Mastigoteuthis magna Joubin, 1913........................................... 72
Sepioteuthis sepioidea (Blainville, 1823) ................................... 46 NEOTEUTHIDAE........................................................................ 73
ANCISTROCHEIRIDAE............................................................... 47 Neoteuthis thielei Naef, 1921...................................................... 73
Ancistrocheirus lesueuri (Orbigny, 1842)............................... 47 OCTOPOTEUTHIDAE................................................................. 74
ARCHITEUTHIDAE..................................................................... 48 Octopoteuthis megaptera (Verrill, 1885).................................... 74
Architeuthis sp. ........................................................................... 48 Taningia danae Joubin, 1931....................................................... 75
BATHYTEUTHIDAE.................................................................... 49 OMMASTREPHIDAE.................................................................. 76
Bathyteuthis abyssicola Hoyle, 1885..................................... 49 Eucleoteuthis luminosa (Sasaki, 1915).................................. 76
BRACHIOTEUTHIDAE................................................................ 50 Hyaloteuthis pelagica (Bosc, 1802)............................................ 77
Brachioteuthis riissei (Steenstrup, 1882)................................ 50 Illex argentinus (Castellanos, 1960)............................................ 78
CHIROTEUTHIDAE.................................................................... 51 Illex coindetii (Verany, 1839)....................................................... 79
Chiroteuthis capensis Voss, 1967......................................... 51 Ommastrephes bartramii (Lesueur, 1821).................................. 80
Chiroteuthis veranyi veranyi (Ferussac, 1835).......................... 52 Ornithoteuthis antillarum Adam, 1975 ...................................... 81
Grimalditeuthis bonplandi (Verany, 1839).................................. 53 Sthenoteuthis pteropus (Steenstrup, 1855)............................... 82
CRANCHIIDAE........................................................................... 54 Todarodes filippovae Adam, 1975 ............................................. 83
Leachia cyclura Lesueur, 1821.................................................... 54 ONYCHOTEUTHIDAE................................................................. 84
Liguriella podophthalma Issel, 1908.......................................... 55 Moroteuthis ingens Smith, 1881 ................................................ 84
Liocranchia reinhardti (Steenstrup, 1856).................................. 56 Moroteuthis robsoni Adam, 1962 .............................................. 85
Megalocranchia maxima Pfeffer, 1884 ....................................... 57 Onychoteuthis banksii (Leach, 1817) ........................................ 86
Taonius pavo (Lesueur, 1821)..................................................... 58 Onykia carriboea Lesueur, 1821 ................................................ 87
CYCLOTEUTHIDAE................................................................... 59 PSYCHROTEUTHIDAE............................................................... 88
Discoteuthis discus Young & Roper, 1969................................. 59 Psychroteuthis glacialis Thiele, 1920 ....................................... 88
ENOPLOTEUTHIDAE................................................................. 60 PYROTEUTHIDAE...................................................................... 89
Abralia redfieldi Voss, 1955........................................................ 60 Pyroteuthis margaritifera (Rüppell, 1844).................................. 89
Abralia veranyi (Rüppell, 1844).............................................. 61 PTERYGIOTEUTHIDAE.............................................................. 90
Abraliopsis atlantica Nesis, 1982........................................... 62 Pterygioteuthis giardi giardi Fischer, 1896................................ 90
Enoploteuthis anapsis Roper, 1964........................................... 63 THYSANOTEUTHIDAE............................................................... 91
Enoploteuthis leptura leptura (Leach, 1817)............................. 64 Thysanoteuthis rhombus Troschel, 1857 .................................. 91
GONATIDAE.............................................................................. 65 VAMPYROTEUTHIDAE............................................................... 92
Gonatus steenstrupi Kristensen, 1981....................................... 65 Vampyroteuthis infernalis Chun, 1903....................................... 92
HISTIOTEUTHIDAE.................................................................... 66
Histioteuthis corona corona (Voss & Voss, 1962)..................... 66
Histioteuthis machrohista Voss, 1969....................................... 67
Polvos.......................................................................................... 93
CIRROTEUTHIDAE.................................................................... 93 CRÉDITOS (fotografias e ilustrações).......................................... 121
Cirroteuthis magna Hoyle, 1883................................................. 93
Cirroteuthis mülleri Eschricht, 1836........................................... 94 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...................................................... 123
OPISTHOTEUTHIDAE................................................................ 95
Opisthoteuthis agassizii Verrill, 1883......................................... 95 GLOSSÁRIO.................................................................................... 133
ALLOPOSIDAE...........................................................................96
Haliphron atlanticus Steenstrup, 1861........................................ 96 APÊNDICE I
AMPHITRETIDAE........................................................................97 Fotos de Bicos e de Algumas Espécies da Costa Brasileira............... 137
Amphitretus pelagicus Hoyle, 1885............................................ 97
ARGONAUTIDAE (argonautas)...................................................98 APÊNDICE II
Argonauta argo Linnaeus, 1758................................................... 98 Lista das 812 Espécies Atuais de Cefalópodes Conhecidas no Planeta.... 153
Argonauta nodosa Lightfoot, 1786............................................... 99
BOLITAENIDAE........................................................................100 ÍNDICE REMISSIVO
Eledonella pygmaea Verrill, 1884...............................................100 (não inclui as espécies do Apêndice II)............................................ 179
Japetella diaphana Hoyle, 1885.................................................101
OCTOPODIDAE........................................................................102
Benthoctopus oregonae Toll, 1981............................................102
Eledone gaucha Haimovici, 1988...............................................103
Eledone massyae Voss, 1964....................................................104
Octopus burryi Voss, 1950.........................................................105
Octopus defilippi (Verany, 1851)................................................106
Octopus hummelincki Adam, 1936 ..........................................107
Octopus insularis Leite et al., 2008 ..........................................108
Octopus joubini Robson, 1929 ..................................................109
Octopus macropus Risso, 1826................................................. 110
Octopus tehuelchus Orbigny, 1834............................................ 111
Octopus vulgaris Cuvier, 1797................................................... 112
Pareledone charcoti (Joubin, 1905)........................................... 113
Pareledone turqueti (Joubin, 1905)............................................ 114
Pteroctopus tetracirrhus (Chiaie, 1830).................................... 115
Scaeurgus unicirrhus (Orbigny, 1840)....................................... 116
Vosseledone charrua Palacio, 1978.......................................... 117
OCYTHOIDAE........................................................................... 118
Ocythoe tuberculata Rafinesque, 1814..................................... 118
TREMOCTOPODIDAE............................................................... 119
Tremoctopus violaceus violaceus Chiaie, 1830....................... 119
VITRELEDONELLINIDAE..........................................................120
Vitreledonella richardi Joubin, 1918..........................................120

O polvo Octopus defilippi (OCTOPODIDAE)


APRESENTAÇÃO

Surpreendi-me ao ser convidado a redigir as primeiras linhas


que apresentam esta obra, já que as minhas parcas colaborações, seja
com o grupo de moluscos cefalópodes, seja com o autor, me remetem
à necessidade de ampliá-las. Seja como for, nestes últimos dias vinha
pensando em como iniciar este texto, pois não pretendia fazê-lo me-
ramente com uma abertura comum, o que seria de todo mais prático.
Bom, vamos à obra!

A carência de textos técnico-científicos em nosso idioma é


sempre um estímulo a redigirmos obras que tenham um alcance mais
amplo do que as prateleiras das bibliotecas e os armários de pesquisa-
dores. Grupo zoológico que povoou o inconsciente dos navegadores
pré-colombianos junto aos temores do desconhecido, os cefalópodes,
devido às suas características morfológicas e comportamentais, ainda
são motivos de muitas curiosidades.

É a segunda obra do autor, não incluindo os seus diversos


artigos e comunicações e, não tenho qualquer dúvida, terá maior circu-
lação que a primeira.

Dizer que esta obra será realmente utilizada para a sua finali-
Concha em espiral, calcária, com múltiplas câmaras, da lula Spirula spirula (SPIRULIDAE), dade seria um pleonasmo vicioso. Rica em informações apresentadas
encontrada comumente nas praias, trazidas pelo vento, em determinadas épocas do ano em uma linguagem de fácil assimilação, esta obra preenche uma lacu-
na. Sintetiza, ao longo de suas quase duzentas páginas, informações
preciosas sobre as mais de oitenta espécies de cefalópodes já reco-
nhecidas nas águas brasileiras, iniciando a partir de uma bem constru-
ída introdução, seguida por capítulos muito bem recheados de ilustra-
ções, que até para mim, um não neonato na área, me impressionaram
positivamente. Não há quaisquer dúvidas que me será uma importante
ferramenta nos próximos cursos que ministrarei, como também a reco-
mendarei aos que me procuram atrás de uma leitura técnica agradável.
E, como um prêmio extra, ainda trás uma listagem com todas as espé-
cies de cefalópodes conhecidas até o momento em todo o mundo.

Acácio Ribeiro Gomes Tomás


Oceanógrafo, Dr. em Ciências, Pesquisador Científico VI
Professor do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Pesca/Agência Paulista
de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)/Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Centro APTA de Pescado Marinho, Santos-SP

A lula Sepioteuthis sepioidea (LOLIGINIDAE) 13


PREFÁCIO

A fauna de cefalópodes no Brasil ainda pode ser considera-


da como pouco conhecida. Nos últimos 30 anos, estudos de levan-
tamento começaram a desvendar as espécies que ocorrem ao longo
da costa do País graças aos esforços de alguns poucos pesquisa-
dores em universidades e instituições voltadas ao mar. O esforço
dessas pesquisas resultou em publicações científicas que vieram,
tanto na forma de listas de espécies regionais, como também em
pesquisas biológicas de determinadas espécies, além da descrição
O polvo Octopus sp. (Octopodidae) de novas espécies. A partir de 1995, um bom avanço foi conseguido
com a implementação do Programa Avaliação do Potencial Susten-
tável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva (Programa
REVIZEE), destinado a um levantamento geral que ajudou muito a co-
leta de exemplares na costa brasileira. Apesar do conhecimento ad-
quirido, ainda persistiram dificuldades referentes a consultas básicas
sobre a biologia geral dos cefalópodes, dispondo-se para isso apenas
de bibliografia em outros idiomas e, muitas vezes, pouco acessível.

Dessa maneira, o presente livro teve o propósito de reunir infor-


mações básicas sobre a vida dos cefalópodes, assim como de compilar
todas as espécies registradas para a costa brasileira até o presente, com
o objetivo de se ter um material de consulta para estudantes, pesquisa-
dores e público em geral. Para isto, procurou-se utilizar uma linguagem
de fácil entendimento, mas sem perder o rigor científico, com informações
essenciais e ilustrações práticas. Espero que este livro possa contribuir
para o conhecimento desse fantástico grupo de animais e que sirva
de incentivo para novos estudos e para novos pesquisadores no País.
Boca, no interior da qual
estão localizadas as mandíbulas ou bicos
Vista ventral de um polvo

Teodoro Vaske Júnior


São Vicente-SP, fevereiro de 2011
Detalhes de braços e ventosas de um polvo

14 15
INTRODUÇÃO

Os cefalópodes compreendem uma classe (Cephalopoda) de


moluscos conhecidos por lulas, polvos, sépias e argonautas. São co-
nhecidas aproximadamente 812 espécies de cefalópodes no mundo,
embora ainda haja identificações duvidosas e em revisão, das quais
86 espécies são registradas para a costa do Brasil. Portanto, cerca de
10% das espécies conhecidas no mundo ocorrem nos mares brasilei-
ros. Todas são marinhas, e apenas uma espécie tolera águas salobras.

Cefalópodes são animais de difícil captura e, no Brasil, onde


as pescarias são mais artesanais, as suas coletas e registros se res-
tringem praticamente a alguns trabalhos desenvolvidos em embar-
cações de pesquisa, em pescarias artesanais costeiras e também
através da análise de conteúdo estomacal de predadores como pei-
xes, aves e mamíferos marinhos. Na costa brasileira não ocorrem
exemplares do grupo das sépias, que compreendem muitas espécies
e são restritas a regiões da Europa, Caribe e Oceano Indo-Pacífico.

Este livro foi elaborado a partir de uma compilação de cefaló-


podes que constam em publicações científicas ao longo da costa bra-
sileira. Todos os desenhos e a maioria das fotos são do autor (Capítulo
Créditos, p.121). Os desenhos foram feitos em sua maioria baseados
em ilustrações e fotos disponíveis na literatura, procurando salientar
os aspectos morfológicos mais marcantes. Um anexo com fotos de
exemplares disponíveis inteiros ou parciais, e também com fotos de
bicos é apresentado ao final do livro. Os exemplares foram obtidos de
fontes diversas, como conteúdo estomacal de predadores, coletas com
redes e garatéias em embarcações científicas ou de pesca comercial,
e também adquiridos por doações ou comprados em mercados locais.

Características gerais

As lulas, polvos e também as sépias são chamados de cefa-


lópodes porque possuem os pés unidos com a cabeça, daí o nome
cefalópode, que vem do grego Κεφαλόποδα (quefalópoda), e signifi-
ca pés na cabeça. Na verdade, nesse caso os pés são mais pare-
A lula Loligo plei (LOLIGINIDAE)

16 17
cidos com braços, pois são estruturas usadas para agarrar presas Bico superior Bico Inferior
através das muitas ventosas e ganchos que possuem nos braços.
asa
Lulas possuem oito braços e dois tentáculos e polvos possuem ângulo da asa
capuz mandíbula
apenas oito braços. São animais de simetria bilateral e, como mo- parte
crista comprimento
luscos, apresentam corpo mole onde a morfologia geral se resu- anterior parte parte total
posterior anterior
me em cabeça, braços, tentáculos, manto e nadadeiras (Figura 1). parte
comprimento posterior
rostro total
Vista dorsal rostro
cabeça manto ângulo da
nadadeira mandíbula capuz parede
parede
lateral crista lateral
massa
tentacular
Figura 2 – Principais características morfológicas dos bicos dos cefalópodes.
braço
tentáculo
ventosa
comprimento do manto albatroz
comprimento total

Vista ventral
braço
cabeça manto membrana
nadadeira
tubarão
massa
tentacular cabeça
cachalote
braço funil comprimento
do manto manto
tentáculo

peixe pequeno
Figura 1 – Principais características morfológicas externas que identificam as lulas
e os polvos. marlim
lula

A boca contém duas mandíbulas muito semelhantes aos bicos de


papagaio, que servem para cortar as presas e são estruturas importantes lula pequena
e diagnósticas na identificação das espécies. Em função da importância atum
dos bicos na identificação das espécies, foi dada ênfase nas suas carac-
terizações morfológicas. Em geral, o bico das lulas possui rostro longo, garoupa tubarão
pontiagudo, com paredes laterais próximas entre si, quadradas ou rom-
boidais. O bico dos polvos possui rostro curto ou ausente, e paredes late-
rais afastadas entre si, alongadas, em forma de paralelogramo (Figura 2). camarão
caranguejo
polvo
Os cefalópodes são presas da maior importância para quase
todos os grandes predadores marinhos, entre os quais peixes, cetáce- Figura 3 – Relações tróficas dos cefalópodes no ecossistema marinho como
os, aves (Figura 3) e pinípedes. predadores e presas.

18 19
O sistema nervoso das lulas e polvos é muito desenvolvido, po- cobria as partes moles do corpo. A partir daí os formatos das conchas
dem aprender tarefas e trocar a cor e textura do corpo instantaneamen- se diferenciaram em muitos tipos com conchas retas, curvas, cônicas,
te. As lulas possuem os maiores olhos no reino animal. Os cefalópodes espiraladas, entre outras. Os ancestrais dos cefalópodes tinham con-
se locomovem através de sistema a jato d’água, ou seja, eles inflam cha externa e viviam próximos ao fundo. Na China foram encontrados
o corpo com água e a expelem por um orifício chamado funil, e assim fragmentos de moluscos do gênero Plectronoceras, que parece ser
atingem grande velocidade. Os machos e as fêmeas, salvo em algu- o mais antigo cefalópode. Possuíam uma concha pequena, em torno
mas espécies, não apresentam dimorfismo sexual, são muito parecidos de 20 cm, cônica, com leve curvatura, com septos na parte interna.
na forma externa, e só podem ser diferenciados quando examinados Nada se sabe das partes moles desse molusco mas, provavelmente,
internamente. Os ovos são pequenos e o desenvolvimento é direto, ou ocupava a câmara mais externa da concha, tinha hábitos bentônicos e
seja, do ovo já surge um indivíduo bem semelhante ao adulto. Lulas usava a concha provida de câmaras para auxiliar na flutuação e nadar um
e polvos vivem pouco tempo. As lulas vivem de um a dois anos e os pouco acima do fundo. Durante o processo evolutivo, o corpo dos cefaló-
polvos no máximo cerca de seis anos. A menor lula, representada pela podes tornou-se alongado e a concha externa desapareceu, dando lugar
pequenina Idiosepius pygmaeus do Oceano Indo-Pacífico, tem apenas a uma pena interna cartilaginosa. Poucas formas atuais destes moluscos
8,0 mm de manto, atingindo 2,0 cm de comprimento total (da ponta da possuem concha externa. Os primeiros cefalópodes viviam nos mares ra-
nadadeira à extremidade distal do tentáculo), e a maior é representada sos e quentes do período Cambriano e eram os organismos dominantes,
pelas gigantes Architeuthis, que podem ter 6,0 m de manto e até 20,0 m competindo com os peixes pelo ambiente.
de comprimento total. São os maiores invertebrados do Planeta. Em
sua maioria, as lulas e polvos são animais predadores que comem pei- O maior salto evolutivo dos cefalópodes se deu com o apare-
xes e crustáceos, e até praticam canibalismo. Algumas raras espécies cimento do funil, um músculo diferenciado, que começou a ser utilizado
se alimentam de restos de matéria orgânica no fundo do mar. para impulsionar o animal para trás, pela expulsão da água, ao mesmo
tempo ajudado pela flutuação das câmaras da concha. Estava assim cria-
do um novo modo de vida nectônico, ou seja, organismos que se movem
Origem e diversidade com movimentos próprios na coluna d’água. As vantagens evolutivas de
um rápido deslocamento num ambiente tridimensional e, consequente-
Os cefalópodes evoluíram a partir de ancestrais há cerca de mente, a possibilidade de ter acesso a uma gama muito maior de presas e
600 milhões de anos. Durante esse período, deu-se também a origem ambientes, tornaram os cefalópodes um dos mais bem-sucedidos grupos
de quase todos os grupos de invertebrados existentes hoje e de muitos de animais do Planeta. Além disso, o desenvolvimento de um sistema ner-
outros animais cujas linhagens desapareceram, inclusive cefalópodes, voso evoluído e a diferenciação do pé em vários braços lhes capacitaram
com mais de 7.500 espécies extintas identificadas. As formas ances- sobremaneira seu domínio no meio marinho. Por causa da competição
trais de diversos grupos de metazoários tiveram seus registros mais com os peixes, muitos cefalópodes com conchas desapareceram, pois os
evidentes a partir do período Cambriano (entre 545 a 495 milhões de peixes se especializaram em nadar com mais eficiência e também a que-
anos atrás), com uma grande abundância e diversidade de vida mari- brar conchas. No entanto, algumas lulas e polvos conseguiram sobreviver
nha, fato relacionado provavelmente a uma série de mudanças biocli- até os dias de hoje, graças às suas habilidades natatórias, seus mecanis-
máticas, que resultaram num aumento significativo da concentração de mos de defesa e suas populações numerosas.
oxigênio nos mares, permitindo desta maneira a evolução de diversas
formas de vida com conchas calcárias, que têm muito maior capacidade
de preservação. Flutuabilidade e locomoção

De um provável ancestral de verme anelídeo surgiram os mo- Com a perda da concha externa os cefalópodes primitivos pas-
luscos primitivos, animais com pé musculoso e uma concha única que saram a nadar na coluna d’água, desenvolvendo mecanismos que per-

20 21
mitissem a flutuabilidade neutra e também na natação ativa. Dentre esses A urina dos cefalópodes é composta principalmente por amô-
mecanismos podemos citar o controle hidrostático, ou seja, a regulação da nia, sendo produzida nos rins e descarregada no manto, que então é
flutuação se dá por meio de câmaras de gás. Eles também podem alterar a expelida na água quando o animal se movimenta.
composição de água e sais no corpo fazendo com que esta fique semelhan-
te à concentração da água do mar e não afundem. A maneira mais comum
Alimentação
de flutuarem é por natação ativa, precisando nadar continuamente para não
afundar, já que seus corpos são mais pesados que a água. Lulas e polvos são animais estritamente carnívoros. Algumas
espécies abissais são detritívoras, e se alimentam de restos mortais de
Para se locomover, os cefalópodes usam vários artifícios. Al- outros animais. A visão é muito desenvolvida e constitui o estímulo que
guns se arrastam no fundo como os polvos, fazendo movimentos rep- desencadeia o ataque nas lulas e polvos. O tato é mais importante nos
tantes, parecidos com os das cobras. As lulas já preferem nadar utili- polvos costeiros já que costumam tocar o fundo à procura de suas pre-
zando a propulsão a jato d’água. Algumas lulas chegam a se deslocar sas. Lulas e polvos utilizam os braços e tentáculos para capturar suas
por uma distância de 2.000 km, nadando continuamente por mais de presas através de numerosas ventosas ou ganchos córneos, localiza-
dois meses, a uma velocidade de 0,5 m/s. Durante um ataque a uma dos ao longo dos braços e na extremidade dos tentáculos. Em polvos
presa ou a fuga de um predador, as lulas podem atingir uma velocida- as ventosas são sésseis, grandes e curtas, e têm uma maior inervação
de de 10 m/s. Algumas lulas grandes também usam suas nadadeiras especializada para perceber estímulos químicos. Em lulas e sépias, as
ventosas são geralmente pedunculadas e apresentam um anel rígido
para se deslocar na água. Todas as lulas e polvos da subordem Cirrina
com pequenos dentes ao redor. Esses anéis também podem se trans-
possuem nadadeiras. Apenas os polvos adultos da subordem Incirrina formar em ganchos, que são utilizados para agarrar as presas com
não possuem nadadeiras mas, mesmo assim, apresentam nadadeiras maior eficiência. Na boca há um par de mandíbulas em forma de bico
na fase de paralarvas. Alguns polvos fazem movimentos semelhantes de papagaio, que permite dilacerar as presas que são capturadas pe-
a de um guarda-chuva se abrindo e fechando, contraindo o corpo todo los braços e tentáculos. Esses bicos são muito poderosos, partem um
e se deslocando lentamente. peixe ao meio facilmente e podem cortar a pele do homem se houver
um descuido. Também na boca encontra-se a rádula, uma língua se-
melhante a uma lixa que leva o alimento para o estômago, que também
Circulação, respiração e excreção é usada para raspagem. A rádula é ausente apenas na espécie Spirula
spirula e nos polvos da subordem Cirrina. Existem glândulas que pro-
A natação por propulsão a jato faz com que os cefalópodes duzem saliva, e alguns polvos produzem um veneno chamado cefalo-
toxina, que paralisa suas presas. Possuem dois estômagos: um largo
gastem muita energia exigindo, portanto, um sistema circulatório e res-
e outro pequeno e muscular que desembocam num intestino curto. Os
piratório altamente eficiente. Eles têm sangue azul e não vermelho, sucos digestivos dissolvem os músculos, ossos e carapaças de suas
como o dos mamíferos, aves e peixes, devido a um pigmento azulado presas. Os cefalópodes não conseguem assimilar as gorduras de seu
chamado hemocianina. Na realidade, o sangue é transparente quando alimento, por isso não são gordos ou magros, e todos apresentam as-
desoxigenado e torna-se azul quando oxigenado. É o único grupo en- pecto corporal semelhante. São dotados de um mecanismo digestivo
tre os moluscos que possui sistema circulatório fechado. Também pos- eficiente apresentando altas taxas de conversão alimentar, entre 30%
suem três corações: um sistêmico principal com duas aurículas e um e 60%, o que faz com que seu crescimento seja muito rápido.
ventrículo, e dois branquiais auxiliares. O sangue oxigenado das brân-
quias chega pelas aurículas e é bombeado pelo ventrículo para o resto
do corpo que, por sua vez, é recebido pelas veias cavas nos corações Sistema nervoso e sentidos
branquiais, que impulsionam o sangue venoso para as brânquias, para
ser novamente oxigenado e enviado para o coração sistêmico. O sistema nervoso de cefalópodes é certamente o mais com-
plexo entre os invertebrados, podendo ser comparado ao de vertebra-

22 23
dos inferiores como os peixes. Há um processo conhecido como cefa- Consiste de um saco arredondado ou triangular, ocupado por um líquido
lização, ou seja, a concentração da maior parte dos gânglios nervosos transparente chamado hemolinfa, onde estão pequenas concreções cal-
na região da cabeça, em torno do esôfago, parecido com um cérebro. cárias que proporcionam a sensação do equilíbrio e do movimento.
Em lulas e sépias encontram-se dois gânglios estrelados característicos,
ligados a dois neurônios gigantes de quase 1 mm de diâmetro cada, A coloração dos cefalópodes é o resultado da ação de células
responsáveis pelos movimentos vigorosos de contração do corpo. Este com controle nervoso, os cromatóforos e os iridócitos. Cromatóforos são
cérebro está alojado dentro de uma caixa cartilaginosa e seu tamanho células preenchidas por pigmentos de diversas cores que resultam, no ge-
varia entre as espécies conforme o lugar onde vive. Os maiores cérebros ral, em padrões marrons ou negros (melanóforos), vermelhos, alaranjados
ocorrem em espécies de lulas oceânicas que nadam grandes distâncias. e amarelos. Os cromatóforos estão dispostos na pele formando camadas
Espécies de menor mobilidade e mais costeiras apresentam um cérebro com cores diferentes. Através do estímulo nervoso, as células musculares
mais reduzido. Menores ainda são os cérebros dos polvos e, por últi- se contraem ou se expandem formando padrões de coloridos que são
mo, estão as pequenas lulas e polvos que vivem no plâncton ao sabor usados como camuflagem, durante a reprodução e na comunicação entre
das correntes. Apesar dos cérebros menores, os polvos possuem uma eles. Cefalópodes podem ainda produzir luz através de dois mecanismos
capacidade de memorização e aprendizado muito superior a de muitos de luminescência dentro de células especiais, os fotóforos. Estes se en-
outros animais. Essas diferenças ocorrem porque o cérebro parece estar contram dispostos em várias regiões do corpo, que incluem principalmen-
relacionado à velocidade de locomoção, que condiciona uma necessidade te os lados ventrais do manto, da cabeça, dos braços e dos olhos.
de processar maior informação visual num espaço mais curto de tempo
e, com isso, esses moluscos guardam mais informações na memória e Outra marcante característica dos cefalópodes são seus sacos
aprendem mais facilmente. de tinta. Eles produzem uma tinta composta por um pigmento negro
que é armazenado num pequeno saco próximo ao funil. Quando estão
Os olhos dos cefalópodes são muito desenvolvidos e bem pare- em situação de perigo, expelem a tinta em direção ao agressor para
cidos com os olhos dos vertebrados. Estão localizados nas depressões que ele fique confuso e com visão dificultada. Além de deixar a água
da caixa cartilaginosa da cabeça, possuem córnea, íris com pupila mó- escura, a tinta ainda tem poder irritante, fazendo com que o agressor
vel, lentes cristalinas móveis e retina. A pupila tem formato arredondado desista do ataque e facilite a fuga do cefalópode.
em lulas, ovalado em polvos e em forma de “W” em sépias. Controlam
a intensidade de luz que penetra na câmara ótica através de estímulo
nervoso. O cristalino dos cefalópodes é arredondado e suspenso por Ciclo de vida
músculos ciliares. A forma do cristalino não pode ser alterada, como
acontece em outros vertebrados, portanto, a acomodação da imagem A evolução dos cefalópodes produziu importantes modificações
(foco) é obtida através do movimento da retina para frente e para trás. A morfológicas e fisiológicas, muitas delas parecidas com as que ocorreram
visibilidade é restrita na água, logo não há maior necessidade de acomo- nos organismos superiores. Dentre essas modificações podemos citar o
dação. A retina de cefalópodes não é invertida como a dos vertebrados. canibalismo, o ciclo de vida curto, o crescimento rápido, o grande inves-
As células fotorreceptoras estão direcionadas para a entrada de luz e a timento na reprodução e a morte após a desova. As fases iniciais do ci-
inervação parte da região oposta. Por isso eles enxergam as imagens clo de vida resultam de um desenvolvimento embrionário longo e direto.
como realmente são, ao contrário dos mamíferos que as enxergam pri- Em lulas, uma massa gelatinosa envolve uma grande quantidade de ovos
meiro de forma invertida e depois o cérebro as “coloca” na posição normal. menores, formando uma massa de ovos que flutua ao sabor das corren-
tes marinhas. Em polvos, é comum a proteção dos ovos pela fêmea. O
O sentido de equilíbrio é proporcionado por um par de estruturas tamanho do ovo varia de 1 mm de diâmetro em lulas, a 40 mm em alguns
posicionadas na base da cabeça chamadas estatocistos. Estas estruturas polvos de águas profundas. Após a eclosão do ovo, surge um estágio
enviam ao cérebro a noção da gravidade, da aceleração angular e linear. denominado de paralarva. No início a paralarva tem formato arredondado

24 25
para auxiliar na flutuação, depois o corpo tende a se alongar e tornar-se zenados no saco de Needham. A genitália feminina é formada por um
mais apropriado para a natação. Os braços tendem inicialmente a cres- ovário único onde se dá a origem dos ovócitos. O cruzamento das lulas
cer mais rapidamente que o corpo, já que sua função vai influenciar na ocorre quando emparelham cabeça com cabeça e a transferência de
habilidade de predar e sobreviver. Lulas muito jovens podem ingerir o espermatóforos ocorre em reservatórios especiais localizados dentro da
equivalente ao seu próprio peso por dia, e polvos ingerem de 20% a 25% cavidade do manto. A posição de cópula também pode variar, como é
de seu peso em alimento. Para alguns polvos foi estimado que 60% do o caso de algumas lulas costeiras onde o macho se posiciona sobre a
alimento ingerido são utilizados para crescer, 36% para a manutenção fêmea. Polvos podem cruzar de duas formas: à distância, onde o macho
do metabolismo e 4% são eliminados. Em lulas estes valores de con- estica o hectocótilo e o introduz o espermatóforo na cavidade do manto
versão alimentar podem ainda ser maiores, uma vez que a demanda de da fêmea; ou montando sobre a fêmea, onde esta fica completamente
energia, tanto para se manter quanto para crescer, é maior. coberta pelos braços do macho. A desova é normalmente seguida da
morte da fêmea. O número de ovos produzidos por cefalópodes tem sido
A longevidade dos cefalópodes varia desde apenas cinco me- estimado desde algumas dezenas até centenas de milhares. Esta varia-
ses nas espécies menores até, provavelmente, cinco anos nas maiores. ção está relacionada ao tamanho de ovos produzidos, o que determina
Para Nautilus spp., atribui-se que possam passar dos 20 anos de idade. O assim suas estratégias reprodutivas. Essa característica é importante
crescimento é rápido e contínuo, alterado por flutuações de temperatura, em termos populacionais, pois significa que uma geração deve ser re-
e termina abruptamente durante a maturação das gônadas das fêmeas. povoada por seus descendentes a cada ano. Evolutivamente, os ciclos
Portanto, os cefalópodes não crescem indefinidamente como acontece de vida de cefalópodes também resultaram da adaptação à vida natante
com os peixes, e o tamanho máximo depende de fatores ambientais. Em e, principalmente, à competição com o grupo dominante. Como já men-
alguns deles existem diferenças de tamanho entre machos e fêmeas. Ma- cionado, os cefalópodes não conseguem guardar gordura, assim, não
chos tendem a crescer mesmo durante a maturação sexual, pois esta é contam com tecidos de reserva energética e não suportam uma recupe-
mais distribuída ao longo do ciclo de vida. Fêmeas crescem principalmen- ração depois da primeira reprodução. A estratégia alternativa parece ter
te enquanto são imaturas. Quando estão sexualmente maduras param sido o ciclo explosivo, ou seja, à predação voraz (até de seus semelhan-
de crescer. A temperatura favorece um aumento no crescimento e a luz tes se necessário) e o crescimento rápido durante a maior parte do ciclo
retarda a maturação, podendo diminuir a velocidade de crescimento. de vida. No momento adequado, desovam e morrem.

Reprodução PESCA

Nos machos, o aparelho reprodutivo se caracteriza pela pre- Cefalópodes habitam todos os ambientes marinhos, desde
sença de um ou dois braços modificados, conhecidos por hectocótilos, os costeiros rasos até os oceânicos abissais. Algumas espécies, em
que transferem “pacotes” com espermatozóides, denominados de es- particular as lulas, sustentam populações muito grandes que servem
permatóforos, para as fêmeas. As fêmeas são, normalmente, maiores de alimento para peixes, aves marinhas, baleias e golfinhos. Alguns
que os machos e, em alguns polvos oceânicos, os machos são muito mamíferos, como o cachalote, se alimentam exclusivamente de lulas.
pequenos e perdem o hectocótilo depois da cópula. O ovário das fêmeas
é único, tem forma de saco e está situado na parte posterior do manto. A pesca de cefalópodes é uma atividade tradicional em várias
Do ovário, os ovos desembocam na cavidade do manto. partes do mundo, principalmente na Ásia. Na década de 1960, a pesca
industrial se desenvolveu muito e cefalópodes passaram a ser com-
A genitália masculina consiste de um testículo, um ducto se- ponentes importantes da pescaria mundial. A pesca está concentrada
minal, órgãos espermatofóricos, saco espermatofórico e pênis. Os em regiões costeiras, mas existem também pescarias de alto-mar, pois
espermatóforos, que serão transferidos para a fêmea, ficam arma- alguns estoques oceânicos permanecem ainda pouco explorados. Es-

26 27
timativas de biomassa de cefalópodes variam entre 100 e 500 milhões ÁREA DE ESTUDO
de toneladas, o que pode estar relacionado com a diminuição de pre-
dação de algumas espécies de baleias e golfinhos. Duas famílias de A área de amostragem de abrangência deste livro correspondeu
lulas, Ommastrephidae e Loliginidae, sustentam mais de 70% à região oceânica entre 9o N e 41o S, e entre 18o W e 55o W, e adjacências
da captura total de cefalópodes. As lulas são pescadas com garatéias de ilhas (Atol das Rocas, Arquipélago de Fernando de Noronha, Ilhas Trin-
e redes, e os polvos com pesca de arrasto, arpões e potes. São muito dade e Martim Vaz e Arquipélago de São Pedro e São Paulo (Figura 4).
apreciados na cozinha, principalmente nos países orientais e europeus.
Oceano Atlântico

PESQUISAS DESENVOLVIDAS

Apesar de sua grande abundância em todos os oceanos, ainda há Oo


muito o que se descobrir sobre os cefalópodes. Regularmente, novas es- ASPSP
pécies são descobertas graças ao progresso das técnicas de captura, prin- AR
cipalmente nas regiões abissais dos oceanos. A famosa lula gigante só era S
FN
conhecida através de exemplares coletados de estômagos de cachalotes,
ou daqueles que apareciam mortos boiando no mar, ou encalhados nas
praias. Em 2006, um pesquisador japonês conseguiu, pela primeira vez, 1Oo
depois de muitas tentativas, filmar uma lula gigante viva nas profundezas BRASIL
perto da Ilha Chichijima, no Mar do Japão. Em 2007 foi também capturada
nas águas profundas e geladas do Mar de Ross, na Antártica, outra espécie
de lula gigante, a qual foi batizada de lula-colossal. Esta não é tão compri-
da como a lula gigante que atinge 20 m, mas é mais robusta e pesada. Isso 2Oo
denota que são animais ainda pouco conhecidos pela ciência, que neces-
sitam de incentivos para serem pesquisados, compreendidos e protegidos. TMV

Muitos estudos de ecologia marinha são feitos baseados em


cadeias alimentares e, neste aspecto, a correta identificação dos or-
ganismos componentes dos elos alimentares é da maior importância. 3Oo
Em estudos de conteúdo estomacal, cefalópodes são comumente en- Oceano Atlântico
contrados e a correta identificação dos exemplares deve ser a mais
específica possível, para se poder fazer inferências ecológicas entre
predadores e presas. Em função da natureza corpórea frágil dos cefaló-
podes, a integridade de seus corpos é rapidamente comprometida pela
4Oo
digestão por parte de seus predadores, no entanto, a natureza quitino- N
sa das mandíbulas ou bicos faz com que estas estruturas não sejam
atacadas pelos sucos digestivos. Por causa disso, elas permanecem
no estômago, algumas vezes às centenas, até serem regurgitadas pe- 5Oo 4Oo 2Oo
W
riodicamente pelos predadores. Assim, os bicos dos cefalópodes são Figura 4 – Delimitação da área ao largo da costa brasileira onde foi registrada a ocorrên-
estruturas de grande utilidade nas identificações das espécies, e desta cia de cefalópodes. AR – Atol das Rocas; FN – Arquipélago de Fernando de Noronha;
maneira, foram incluídos como parte das ilustrações do presente livro. TMV – Ilhas Trindade e Martim Vaz; ASPSP – Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

28 29
Os ambientes marinhos podem ser divididos de acordo com a pro- até 4,6 m de comprimento e apenas 30 cm de diâmetro. Suas principais
fundidade, penetração de luz e feição do relevo como mostra a Figura 5. características se resumem no gênero Nautilus sobrevivente de hoje, ou
seja, com concha externa de aragonita (um tipo de carbonato de cálcio),
zona litorânea zona nerítica zona oceânica septos perfurados, suturas das conchas simples, presença de qua-
ilha tro pares de brânquias, olhos sem proteção, bicos calcários e cerca de
superfície
0m 40 braços protegidos por um capuz muscular. Foram abundantes no
zona fótica Cambriano superior e Ordoviciano (entre 495 e 443 milhões de anos
zona epipelágica banco
zona disfótica
atrás), mas desapareceram no Triássico (entre 208 e 245 milhões de
plataforma
continental 200 m anos atrás), restando apenas os náutilus de hoje, restritos a algumas
zona afótica regiões do Oceano Indo-Pacífico.
zona mesopelágica
A subclasse Ammonoidea foi certamente o grupo mais im-
talude 1.000 m portante de cefalópodes que existiu. Estes dominaram o ambiente
pelágico nos ecossistemas nerítico e oceânico, alcançando grande
zona batipelágica diversidade de espécies, com as mais diferentes formas e ocupando
diversos habitats. Caracterizavam-se por possuir uma concha enro-
planície abissal 4.000 m lada com suturas complexas, um funil ventral, tubérculos e espinhos. Atin-
zona abissopelágica giam grandes tamanhos, com alguns metros de diâmetro, e eram
divididos em outros grupos conforme o tipo de complexidade das
suturas de suas conchas. A exemplo dos Nautiloidea, nada se sabe
sobre as partes moles do corpo dos Ammonoidea, mas supõe-se
que eram semelhantes às de Nautiloidea. Parecem ter sido ótimos
nadadores, alguns com formas bentônicas e planctônicas. Tiveram
origem a partir do ancestral Bactrites (Nautiloidea), no período
11.000 m Devoniano (entre 350 e 400 milhões de anos atrás). Esse gênero é
fossa caracterizado por conchas quase retas, longas e levemente curvas,
que posteriormente se enrolaram. Cefalópodes Ammonoidea desa-
pareceram repentina e misteriosamente no final do Cretáceo (cerca
Figura 5 – Principais divisões dos ambientes marinhos.
de 70 milhões de anos atrás), pondo fim à mais bem-sucedida linha-
gem desses moluscos.
SISTEMÁTICA
A subclasse Coleioidea inclui a linhagem sobrevivente repre-
Os cefalópodes são divididos, de forma geral, em três sub- sentada pelos cefalópodes atuais. Evoluíram de ancestrais semelhan-
classes: Nautiloidea, Ammonoidea e Coleioidea. As duas primeiras tes aos Bactrites, que deram origem a uma forma com manto que reco-
apresentam concha externa de diversas formas e câmaras separa- bre uma concha vestigial interna, e com a presença de um par
das em septos. de brânquias. Belemnites, um ramo dos Coleoidea, faz parte de cefa-
lópodes extintos e eram muito semelhantes às lulas e sépias atuais. O
A subclasse Nautiloidea compreende os mais antigos cefaló- grupo como um todo teve a clara tendência de redução ou eliminação
podes, que permanecem representados apenas pelo gênero Nautilus da concha, e uma crescente ocupação de regiões mais profundas.
nos dias de hoje, originado provavelmente do gênero Plectronoceras.
Muitos eram de pequeno tamanho, mas alguns exemplares per- Os grandes grupos de cefalópodes atuais, representados por
tencentes ao gênero Orthoceras tinham uma concha reta que media Coleoidea, podem ser resumidos através das seguintes características:

30 31
• Ordem Sepiida: forma o grande grupo das sépias, com cor- que apresentam um par de nadadeiras em forma de pás muito sepa-
po robusto, curto e largo, e nadadeiras não unidas posteriormente. In- radas uma da outra. Possuem oito braços com ventosas sésseis. Não
divíduos dessa ordem possuem uma concha calcária laminar interna. apresentam órgãos luminosos e algumas espécies são venenosas.
Os olhos são cobertos por membrana. Apresentam oito braços e
dois tentáculos retráteis, com ventosas simples sem anel quitinoso. - Subordem Cirrina: grupo que caracteriza-se por pol-
Ocorrem na Europa, Caribe e Oceano Indo-Pacífico. vos que possuem braços com cirros, que são pequenos filamentos nas
laterais das ventosas. Os indivíduos deste grupo possuem um par de
• Ordem Sepiolida: os indivíduos possuem corpo pequeno, nadadeiras muito separadas. A concha é interna, de formato quadrado
raramente com mais de 10 cm de comprimento do manto, robusto, ou ausente. São polvos de regiões abissais, lentos, gelatinosos, detrití-
curto, em forma de saco, com concha interna quitinosa e reduzida, voros e muito pouco conhecidos. Constituem os maiores invertebrados
e nadadeiras não unidas posteriormente. Os olhos são cobertos por das regiões abissais, podendo atingir 1,5 m de comprimento total.
membrana. Possuem oito braços e dois tentáculos retráteis com ven-
tosas sem anel quitinoso. - Subordem Incirrina: grupo caracterizado pelos
polvos mais conhecidos. Os indivíduos não apresentam cirros nos
• Ordem Spirulida: único grupo em que os indivíduos apre- braços, a concha interna é vestigial ou ausente. Pode existir o desen-
sentam concha interna calcária septada enrolada. volvimento secundário de uma concha externa como nos argonautas.
Há formas bentônicas ou pelágicas em todas as profundidades. To-
• Ordem Teuthida: forma o grande grupo das lulas que apre- dos desse grupo possuem membranas entre os braços, com exceção
sentam concha interna quitinosa (gladius) em forma de pena. O corpo das espécies Argonauta spp. e Ocythoe tuberculata.
é cilíndrico, cônico ou sacular, com um par de nadadeiras terminais
ou subterminais. Apresentam oito braços e dois tentáculos que podem • Ordem Vampyromorphida: representada unicamente pela
ser contráteis, mas não são retráteis, ou seja, não se acomodam em lula vampiro-do-inferno (Vampyroteuthis infernalis), com concha quiti-
câmaras como nas sépias. As ventosas são sésseis ou pedunculadas, nosa fina e larga. Possui dez braços, mas dois deles são muito modi-
e apresentam um anel quitinoso que pode se transformar em ganchos ficados em filamentos sensoriais, nos outros braços há a presença de
em algumas espécies. cirros. Apresenta duas nadadeiras separadas em forma de pás e dois
grandes fotóforos na parte posterior do manto.
- Subordem Myopsina: neste grupo as lulas têm os
olhos cobertos por membranas. Apresentam um oviduto e glândulas
nidamentais acessórias no aparelho reprodutor. São normalmente ne- DESCRIÇÕES / ILUSTRAÇÕES DE ESPÉCIES DE CEFALÓPODES
ríticas e costeiras. QUE OCORREM NA COSTA BRASILEIRA

- Subordem Oegopsina: neste grupo os olhos das lu- A seguir são apresentadas individualmente, as espécies co-
las não são cobertos por membranas. Os indivíduos apresentam um nhecidas para a costa brasileira, com suas distribuições geográficas,
par de ovidutos e ausência de glândulas nidamentais acessórias no habitats e características gerais. Foram ilustrados apenas indivíduos
aparelho reprodutor. Muitos apresentam ganchos nos braços e/ou ten- nas fases adultas, pois, apesar do desenvolvimento direto, cefalópo-
táculos. São seres oceânicos, com poucas espécies neríticas. des passam por metamorfoses nos seus estágios mais jovens, que
por vezes diferem um pouco das fases adultas, além de desenhos dos
• Ordem Octopodida: forma o grande grupo dos polvos, que bicos, já que são estruturas importantes de identificação. Ao final do
apresentam concha interna cartilaginosa ausente ou reduzida. O corpo livro, no apêndice I (p.137), são apresentadas fotos de algumas espé-
é globoso sem nadadeiras, com exceção de algumas formas abissais, cies que ocorrem no Brasil e seus dois bicos, quando disponíveis.

32 33
O desenho de cada espécie pode estar em vista dorsal ou Lulas
ventral, conforme a conveniência para evidenciar características
que sejam mais marcantes de cada uma. Neste livro não houve a Família Spirulidae
pretensão de se organizar um trabalho que sirva de guia de identi- Spirula spirula (Linnaeus, 1758)
ficação, com chaves de identificação e detalhes diagnósticos, mas
apenas ressaltar as características das espécies com registro para
a
costa brasileira e, em caso de dúvida, bibliografias especializadas
em identificação são apresentadas para consulta.

Os registros são oriundos da pesquisa em bibliografia geral,


de capturas por artes de pesca e também de conteúdo estomacal de
predadores.

Há registro de alguns exemplares sem reconhecimento es-


pecífico, como Architeuthis sp., Cycloteuthis sp. e Graneledone sp.
Também há registro de paralarvas de CYCLOTEUTHIDAE e
JOUBINITEUTHIDAE em amostras de plâncton ao largo do Rio Gran-
de do Sul (HAIMOVICI & PEREZ 1991), de Chtenopteryx sicula no
Arquipélago de São Pedro e São Paulo (HAIMOVICI et al., 2002), bem
como espécies citadas como ocorrentes no Oceano Atlântico equa-
torial, tropical e subtropical, ou seja, que de alguma maneira podem
ocorrer ao largo da costa brasileira, embora ainda sem registro con-
clusivo. Há a confirmação da presença de Taningia danae na costa do
Espírito Santo através de vídeo da Petrobras (p.75).
Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico tropical e Indo-Pacífico.
De acordo com Nesis (1987), é provável que ocorram em Habita os ambientes epi e mesopelágicos, sobre o talude.
águas brasileiras as lulas: Cranchia scabra, Cycloteuthis akimushkini,
C. sirventi, Histioteuthis atlantica, H. bonnelli, H. celetaria, H. reversa, Características: comprimento do manto com até 4,5 cm. Corpo mus-
Mastigoteuthis grimaldii, M. inermis, Octopoteuthis rugosa e cular, manto firme, não fusionado com a cabeça, com aparelho de
O. sicula; além dos polvos: Benthoctopus januarii, Octopus briareus, fechamento do manto simples. Braços curtos com ventosas peque-
Opisthoteuthis spp. e Grimpoteuthis spp. nas, numerosas e de tamanhos iguais. Tentáculos longos e parcial-
mente retráteis. Olhos grandes, sem membrana. Nadadeiras pe-
Da mesma forma, segundo Fillipova et al. (1997), também quenas, arredondadas, não conectadas uma com a outra, com um
é provável que ocorram na costa brasileira as lulas: Histioteuthis fotóforo grande e visível entre elas. Possui uma concha calcárea na
bonnelli, H. dofleini, Mastigoteuthis grimaldii; além dos polvos: Octopus parte posterior do corpo com múltiplas câmaras, espiral em duas
briareus e O. variabilis. voltas e meia, com função hidrostática e que resiste às grandes
pressões nas profundidades (p.12).

Referências: Matthews & Rios, 1969; Rios, 1975; Rios, 1994; Perez
et al., 2004; Vaske & Lessa, 2004; Vaske Jr., 2005; Costa et al., 2007;
Carvalho Fo et al., 2009.

34 35
Família Sepiolidae Família Sepiolidae
Heteroteuthis dispar (Rüppell, 1844) Nectoteuthis pourtalesi Verrill, 1883

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e sub-


tropical, desde as Bermudas até o Rio da Prata, na costa americana.
Também ocorre no lado leste na costa africana, européia e Mar Medi- Distribuição geográfica e habitat: espécie reportada anteriormente
terrâneo. Habita o ambiente mesopelágico, no fundo das áreas de talude. para as Antilhas, mas já foi capturada no talude da região central do
Brasil. Vive em meia-água e próximo ao fundo em ambientes batiais.
Características: comprimento do manto com até 5 cm. Corpo globoso,
com nadadeiras grandes, arredondadas, que representam entre 60% Características: comprimento do manto com até 5 cm. Cabeça sem
e 100% do comprimento do manto. Olhos com membrana. Tentáculos ligação com o aparelho do manto. Braços curtos com ventosas pedun-
longos com massa tentacular com muitas e pequenas ventosas. Pri- culadas. Nadadeiras na parte posterior do manto, onde a base anterior
meiro e quarto braços mais curtos. das nadadeiras não atinge a borda do manto. Olho com membrana.

Referências: Vaske Jr., 2005; Costa et al., 2007. Referências: Costa et al., 2007.

36 37
Família Sepiolidae Família Sepiolidae
Rossia bullisi Voss, 1956 Rossia tortugaensis Voss, 1956

Distribuição geográfica e habitat: espécie reportada anteriormente Distribuição geográfica e habitat: espécie reportada anteriormente
apenas para o Golfo do México, mas já foi capturada no talude da apenas para o Golfo do México, Flórida e Suriname, mas já foi captura-
região central do Brasil. Habita o ambiente mesopelágico no talude da no talude da região central do Brasil. Habita o ambiente batipelágico
inferior, próximo ao fundo. no talude inferior, próximo ao fundo.

Características: comprimento do manto com até 4,5 cm. Corpo globo- Características: comprimento do manto com até 4,5 cm. Corpo globo-
so, curto, com nadadeiras semicirculares não conectadas uma com a so, curto, com nadadeiras semicirculares não conectadas uma com a
outra. Cabeça sem ligação com o aparelho do manto. Olho coberto por outra. Cabeça sem ligação com o aparelho do manto. Olho coberto por
membrana, mas com fenda na parte ventral. Braços com duas fileiras membrana, mas com fenda na parte ventral. Braços com duas fileiras
de ventosas. de ventosas.

Referências: Costa et al., 2007. Referências: Lima, 2003; Perez et al., 2004; Costa et al., 2007.

38 39
Família Sepiolidae Família Loliginidae
Semirossia tenera (Verrill, 1880) Loligo plei Blainville, 1823

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico oeste, desde o


Golfo do México até o norte da Argentina. Habita o ambiente nerítico,
desde próximo às praias até o limite da plataforma continental e o talude.

Características: comprimento do manto com até 35 cm. Corpo alongado,


cilíndrico, com nadadeiras grandes, romboidais, que atingem a metade do
Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico, desde a Nova comprimento do manto. Os machos crescem bem mais que as fêmeas e
Escócia ao norte da Argentina. Habita os ambientes neríticos na plata- possuem estrias avermelhadas na parte ventral do corpo. Braços curtos,
forma continental interna, em águas com fundos arenosos e lamosos. de tamanhos proporcionais e tentáculos também curtos e fortes. Olhos
com membranas e corpo com coloração avermelhada. Espécie de gran-
Características: comprimento do manto com até 5 cm. Corpo globoso, de importância comercial, comumente capturada na pesca artesanal ou
comprimento semelhante à largura, nadadeiras semicirculares. Braços como fauna acompanhante de arrastos de camarão; facilmente encontra-
curtos com duas fileiras de ventosas, as quais, na parte mediana dos da em bancas de pescados em toda costa brasileira (p.16).
braços, são notavelmente maiores que as das extremidades.
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici &
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici & Perez, 1991; Costa & Fernandes, 1993; Rios, 1994; Vaske & Castello,
Perez, 1991; Capitoli & Haimovici, 1993; Costa & Fernandes, 1993; 1998; Lima, 2003; Gasalla et al., 2005; Haimovici et al., 2005; Martins
Rios, 1994; Lima, 2003; Costa et al., 2007. et al., 2005; Vaske Jr., 2005; Costa et al., 2007; Rodrigues, 2008.

40 41
Família Loliginidae Família Loliginidae
Loligo sanpaulensis Brakoniecki, 1984 Loligo surinamensis Voss, 1974

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico sudoeste, do


sudeste do Brasil até o sul da Argentina. Habita o ambiente nerítico,
desde as praias até os 60 m de profundidade.

Características: comprimento do manto com até 16 cm. Corpo alonga-


do, cilíndrico, com nadadeiras grandes, romboidais, que ultrapassam a Distribuição geográfica e habitat: costa Atlântica norte da América
metade do comprimento do manto (55% a 65%). Braços e tentáculos do Sul, desde a foz do Rio Orinoco até o estado do Rio Grande do
moderadamente longos, olhos com membrana, cor avermelhada com Norte. Habita o ambiente nerítico costeiro.
cromatóforos grandes. A exemplo de Loligo plei, é aproveitada comer-
cialmente quando capturada na fauna acompanhante da pesca de ca- Características: comprimento do manto com até 12 cm. Corpo alon-
marão, sendo bem menos comum que L. plei nos mercados locais. gado, cilíndrico, com nadadeiras medianas, romboidais, que podem
atingir a metade do comprimento do manto. Braços curtos, de tama-
Referências: Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici & Perez, 1991; nhos proporcionais e tentáculos longos. Olhos grandes, atingindo até
Capitoli & Haimovici, 1993; Costa & Fernandes, 1993; Rios, 1994; 8% do comprimento do manto. Cor geral clara.
Vaske & Castello, 1998; Lucena et al., 2000; Gasalla et al., 2005; Hai-
movici et al., 2005; Colabuono & Vooren, 2007; Rodrigues, 2008. Referências: Rios, 1994; Lima, 2003; Vaske Jr., 2005.

42 43
Família Loliginidae Família Loliginidae
Lolliguncula brevis (Blainville, 1823) Pickfordiateuthis pulchella Voss, 1953

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico oeste, desde


a Baía de Chesapeake (EUA) até o Rio da Prata. Habita os am-
bientes nerítico, costeiro e estuarino. É a única espécie que tolera Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico oeste, desde a
salinidades baixas de até 8. Flórida ao Caribe e centro da América do Sul. Vive em águas rasas de
fundo arenoso em meio a algas.
Características: comprimento do manto com até 12 cm. Corpo cur-
to e cilíndrico. Nadadeiras arredondadas, grandes, atingem até 60% Características: comprimento do manto com até 2 cm. É uma das
do comprimento do manto. Braços curtos, proporcionais e tentáculos menores espécies de cefalópodes. Corpo cilíndrico, que termina numa
longos. Olhos grandes, com membrana. Cor clara. Tem algum valor extremidade arredondada. Nadadeiras em forma de rim, pequenas e
comercial para os exemplares de maior tamanho. separadas. Braços e tentáculos curtos. Massa tentacular com duas fi-
leiras de ventosas na parte proximal e quatro fileiras de ventosas na
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Lessa parte distal.
& Almeida, 1997; Lima, 2003; Santos & Couto, 2005; Vaske Jr., 2005;
Zaleski, 2005. Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994.

44 45
Família Loliginidae Família Ancistrocheiridae
Sepioteuthis sepioidea (Blainville, 1823) Ancistrocheirus lesueuri (Orbigny, 1842)

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical, desde


a Flórida ao sul do Brasil. Tem hábitos costeiros. Espécie que vive co-
mumente associada a recifes de coral, onde os indivíduos nadam em Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índico
grupos homogêneos, raramente passando dos 20 m de profundidade. tropicais e subtropicais. Habita os ambientes epi, meso e batipelágicos.

Características: comprimento do manto com até 20 cm. Corpo robusto, Características: comprimento do manto com até 40 cm. Corpo robus-
com nadadeiras de bordas arredondadas, que ocupam quase toda a to, com manto longo, largo, e de extremidade cônica. Cabeça com fo-
extensão do manto, conferindo um formato elíptico ao animal. Braços tóforos na parte inferior. A parte ventral do manto apresenta de 20 a
curtos, tentáculos medianos e robustos. Olhos com membrana. Cor ge- 22 fotóforos grandes, visíveis, alinhados de forma transversal. Braços
ral acastanhada. Apesar de ser uma lula com muito tecido musculoso longos, robustos, com duas fileiras de pequenos ganchos ao invés de
e pesada, não há registro de seu aproveitamento comercial na costa ventosas. Cor geral avermelhada ou vinho.
brasileira. Pode ser confundida com sépia pelo formato do corpo, mas as
nadadeiras são unidas na extremidade, nas sépias elas são separadas. Referências: Rios, 1994; Vaske Jr. & Castello, 1998; Vaske Jr. & Rincón
Fo, 1998; Haimovici et al., 2002; Gurjão et al., 2003; Peres & Haimovici,
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Vaske Jr., 2005; 2003; Vaske Jr., 2005; Andrade et al., 2007; Colabuono & Vooren,
Costa et al., 2007. 2007; Andrade, 2008.

46 47
Família Architeuthidae Família Bathyteuthidae
Architeuthis sp. Bathyteuthis abyssicola Hoyle, 1885

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co, com exceção das regiões polares. Habita o ambiente mesopelágico
no talude.

Características: comprimento do manto com até 500 cm. É a maior


espécie de molusco conhecida, podendo atingir 20 m de comprimento Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico, Pacífico e Índi-
total. Corpo cilíndrico e nadadeiras pequenas e rombóides. Braços lon- co, no hemisfério sul. Habita os ambientes meso e batipelágicos.
gos, com duas séries de grandes ventosas. Tentáculos muito longos e
fortes. Há oito espécies descritas mas, normalmente, aparecem Características: comprimento do manto com até 7,5 cm. Corpo pe-
como Architeuthis sp. pelo pouco conhecimento da Família. É presa queno, cabeça grande, com olhos projetados para frente. Manto ro-
preferencial dos cachalotes, com raros registros científicos, normal- busto, levemente cônico, com nadadeiras pequenas, arredondadas e
mente decorrentes de exemplares mortos na superfície ou encalhados separadas uma da outra. Braços muito curtos, de mesmo tamanho,
nas praias. com duas fileiras de ventosas minúsculas, e seis fotóforos nas bases
dos braços. Tentáculos finos e curtos. Cor marrom.
Referências: Arfelli et al., 1991; Rios, 1994; Vaske Jr. & Rincón Fo,
1998; Gurjão et al., 2003; Martins & Perez, 2009; Vaske Jr. et al., 2009. Referências: Costa et al., 2007.

48 49
Família Brachioteuthidae Família Chiroteuthidae
Brachioteuthis riissei (Steenstrup, 1882) Chiroteuthis capensis Voss, 1967

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical. Habita


os ambientes meso e batipelágicos.

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico e Pacífico sul. Características: comprimento do manto com até 40 cm. Corpo gela-
Habita os ambientes meso e batipelágicos. tinoso, frágil, manto ligeiramente cônico. Nadadeiras pequenas, arre-
dondadas. Cabeça comprida e estreita, com fotóforos abaixo dos olhos
Características: comprimento do manto com até 17 cm. Corpo alongado, e fotóforo ausente no saco de tinta. Dois braços ventrais mais compri-
frágil, nadadeiras grandes, losangulares, atingindo a metade do manto. dos e um pouco mais largos que os demais. Tentáculos finos e muito
Braços curtos e fortes com duas fileiras de ventosas. A porção distal do compridos, com massa tentacular longa e estreita provida de muitas e
tentáculo com numerosas e minúsculas ventosas. Cor acastanhada. minúsculas ventosas.

Referências: Rios, 1975; Lima, 2003; Vaske Jr., 2005. Referências: Costa et al., 2007.

50 51
Família Chiroteuthidae Família Chiroteuthidae
Chiroteuthis veranyi veranyi (Ferussac, 1835) Grimalditeuthis bonplandi (Verany, 1839)

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico e Índico, e no


Oceano Pacífico apenas no hemisfério sul. Habita os ambientes meso
e batipelágicos. Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro-
pical e na parte norte do Oceano Pacífico. Habita os ambientes meso
Características: comprimento do manto com até 40 cm. Corpo gela- e batipelágicos.
tinoso, frágil, manto ligeiramente cônico. Nadadeiras pequenas, arre-
dondadas. Cabeça comprida e estreita, com fotóforos abaixo dos olhos Características: comprimento do manto com até 20 cm. Corpo frá-
e no saco de tinta. Dois braços ventrais muito mais compridos e robus- gil, com manto cônico, onde se localizam duas nadadeiras. A primei-
tos que os demais, com presença de fotóforos grandes e espaçados. ra na parte mediana do manto de bordas arredondadas; a segunda
Tentáculos finos e muito compridos. na extremidade do manto de tamanho similar à primeira, mas em
formato de coração. Braços longos com duas fileiras de ventosas,
Referências: Vaske Jr. & Castello, 1998; Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; com um fotóforo na extremidade, todos do mesmo tamanho e forma-
Gurjão et al., 2003; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr., 2005; Vaske to. Tentáculos ausentes.
Jr. & Lessa, 2005; Costa et al., 2007; Andrade, 2008; Vaske Jr. et al.,
2009a, b. Referências: Vaske Jr., 2005.

52 53
Família Cranchiidae Família Cranchiidae
Leachia cyclura Lesueur, 1821 Liguriella podophthalma Issel, 1908

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Índico e parte


Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi- oeste do Oceano Pacífico. Habita o ambiente mesopelágico.
co tropicais e subtropicais. Habita os ambientes meso e batipelágicos.
Características: comprimento do manto com até 25 cm. Corpo gela-
Características: comprimento do manto com até 20 cm. Corpo gela- tinoso e frágil, com grande volume de cloreto de amônio nos tecidos.
tinoso e frágil, com grande volume de cloreto de amônio nos tecidos. Manto fusiforme, nadadeiras pequenas e semicirculares. Braços com
Manto alongado, fusiforme, com duas estrias hialinas longitudinais na duas fileiras de ventosas e tentáculos curtos. Cabeça com globos ocu-
parte ventral anterior. Nadadeiras arredondadas. Cabeça pequena. lares desenvolvidos, com dois fotóforos na parte ventral dos olhos, um
Braços e tentáculos curtos. grande e outro menor.

Referências: Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. et al., 2008. Referências: Haimovici et al., 2002; Costa et al., 2007.

54 55
Família Cranchiidae Família Cranchiidae
Liocranchia reinhardti (Steenstrup, 1856) Megalocranchia maxima Pfeffer, 1884

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co tropicais e subtropicais. Habita os ambientes meso e batipelágicos.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-
Características: comprimento do manto com até 25 cm. Corpo gela- co subtropicais. Habita o ambiente mesopelágico.
tinoso e frágil, com grande volume de cloreto de amônio nos tecidos.
Manto fusiforme, com duas estrias hialinas em formato de “V” na parte Características: comprimento do manto com até 80 cm. Corpo gela-
anterior ventral. Uma carreira de pequenos espinhos cartilaginosos se tinoso e frágil, com grande volume de cloreto de amônio nos tecidos.
estende na parte dorsal do manto. Nadadeiras arredondadas. Olhos Manto cônico, com nadadeiras estreitas, arredondadas e alongadas.
com fotóforos na parte ventral. Braços e tentáculos curtos. Braços curtos com duas fileiras de ventosas e tentáculos curtos. Cabe-
ça com globos oculares desenvolvidos.
Referências: Rios, 1975; Haimovici et al., 2002; Gurjão et al., 2003;
Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. et al., 2005b ; Andrade et al., 2007; Costa Referências: Gurjão et al., 2003; Vaske Jr., 2005; Costa et al., 2007;
et al., 2007; Vaske Jr. et al., 2008. Vaske Jr. et al., 2009a, b.

56 57
Família Cranchiidae Família Cycloteuthidae
Taonius pavo (Lesueur, 1821) Discoteuthis discus Young & Roper, 1969

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co subtropicais. Habita o ambiente mesopelágico. Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-
co tropicais e subtropicais, e Mar Mediterrâneo. Habita os ambientes
Características: comprimento do manto com até 45 cm. Corpo gela- meso e batipelágicos.
tinoso e frágil, com grande volume de cloreto de amônio nos tecidos.
Manto alongado e cônico com extremidade prolongada. Nadadeiras Características: comprimento do manto com até 40 cm. Corpo semi-
estreitas, arredondadas e alongadas. Cabeça pequena, com olhos li- gelatinoso. Manto cônico, com nadadeiras grandes e arredondadas do
geiramente projetados para frente. Braços muitos curtos com poucas mesmo comprimento do manto. Braços com duas fileiras de ventosas
ventosas e ausência de tentáculos. e tentáculos longos. Cabeça e olhos grandes, com fotóforos espalha-
dos por todo o corpo.
Referências: Gurjão et al., 2003; Vaske Jr., 2005; Andrade, 2008;
Vaske Jr. et al., 2009a, b. Referências: Costa et al., 2007; Andrade, 2008.

58 59
Família Enoploteuthidae Família Enoploteuthidae
Abralia redfieldi Voss, 1955 Abralia veranyi (Rüppell, 1844)

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro- Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e
pical. Habita os ambientes epi e mesopelágicos. subtropical e Mar Mediterrâneo. Habita as áreas de talude próxi-
mas ao fundo.
Características: comprimento do manto com até 5 cm. Corpo peque-
no, cônico, com nadadeiras grandes, largas e alongadas, que atingem Características: comprimento do manto com até 5 cm. Corpo peque-
a metade do comprimento do manto e são unidas na extremidade ul- no e cônico. Nadadeiras grandes e largas, que atingem a metade do
trapassando o manto. Fotóforos distribuídos na parte ventral do manto, comprimento do manto. Fotóforos distribuídos na parte ventral do man-
abaixo dos olhos e nos braços ventrais. A pena forma uma saliência to e abaixo dos olhos. Braços medianos, fortes e tentáculos longos
longitudinal destacada no dorso do manto. Braços medianos, fortes e com ganchos na massa tentacular.
tentáculos longos com ganchos na massa tentacular.
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Gurjão et al., 2003;
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Haimovici et al., Gurjão & Furtado Neto, 2004; Vaske Jr., 2005; Costa et al., 2007; An-
2002; Andrade et al., 2007; Costa et al., 2007. drade et al., 2007; Andrade, 2008.

60 61
Família Enoploteuthidae Família Enoploteuthidae
Abraliopsis atlantica Nesis, 1982 Enoploteuthis anapsis Roper, 1964

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e sub- Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical, desde
tropical, sendo mais comum no Golfo do México e Caribe. Habita os as Bermudas até o sudeste do Brasil e sudoeste da África. Habita os
ambientes epi e mesopelágicos. ambientes epi, meso e batipelágicos.

Características: comprimento do manto com até 7 cm. Corpo cônico, Características: comprimento do manto com até 7 cm. Corpo cônico
com nadadeiras muito largas e que ultrapassam a metade do compri- com nadadeiras triangulares na parte posterior do manto. Pequenos
mento do manto. Cabeça grande, braços proporcionais, e tentáculos fotóforos arranjados na parte ventral do manto, cabeça e braços. Bra-
curtos com ganchos na massa tentacular. Fotóforos distribuídos na ca- ços alongados, proporcionais, e tentáculos longos.
beça e na parte ventral do manto.
Referências: Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. et al., 2005b; Costa et al.,
Referências: Costa et al., 2007. 2007; Vaske Jr. et al., 2008; Vaske Jr. et al., 2009a.

62 63
Família Enoploteuthidae Família Gonatidae
Enoploteuthis leptura leptura (Leach, 1817) Gonatus steenstrupi Kristensen, 1981

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico norte, sendo


Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical, desde mais comum em águas temperadas. Habita o ambiente mesopelágico.
as Bermudas até o sudeste do Brasil e sudoeste da África. Habita os
ambientes epi, meso e batipelágicos. Características: comprimento do manto com até 20 cm. Corpo alon-
gado, cônico terminando numa extremidade pontiaguda. Nadadeiras
Características: comprimento do manto com até 15 cm. Corpo cônico, medianas, romboidais, em torno de 45% do comprimento do manto.
que termina numa extremidade alongada e robusta. Nadadeiras trian- Braços medianos, proporcionais, com duas fileiras de ventosas. Tentá-
gulares na parte mediana do manto. Pequenos fotóforos arranjados na culos robustos, com massa tentacular grande apresentando um gan-
parte ventral do manto, cabeça e braços. Braços alongados, proporcio- cho grande, destacado, seguido por quatro ou cinco ganchos menores,
nais, e tentáculos curtos. além de diminutas ventosas.

Referências: Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. et al., 2005b; Costa et al., Referências: Gurjão et al., 2003; Lima, 2003; Vaske Jr., 2005; Vaske
2007; Vaske Jr. et al., 2008; Vaske Jr. et al., 2009a. Jr. et al., 2009a,b.

64 65
Família Histioteuthidae Família Histioteuthidae
Histioteuthis corona corona (Voss & Voss, 1962) Histioteuthis machrohista Voss, 1969

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico e Índico tropical,


e nos ambientes meso e batipelágicos.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos tropicais e subtropicais, e
Características: comprimento do manto com até 16 cm. Corpo gela- nos ambientes meso e batipelágicos.
tinoso, curto e cônico. Nadadeiras pequenas e arredondadas que ul-
trapassam a extremidade do manto. Braços medianos, proporcionais Características: comprimento do manto com até 10 cm. Corpo gela-
e unidos por membrana na parte basal, com exceção do quarto braço. tinoso, curto e cônico. Nadadeiras pequenas e arredondadas que ul-
Ventosas da parte central da massa tentacular maiores que as demais. trapassam a extremidade do manto. Braços medianos, proporcionais
Toda a parte ventral do manto, cabeça e braços coberta por numerosos e unidos por membrana na parte basal, com exceção do quarto braço.
e grandes fotóforos. Cabeça grande, com olhos grandes, sendo o olho Toda a parte ventral do manto, cabeça e braços coberta por numerosos
esquerdo visivelmente maior que o direito. e grandes fotóforos. Cabeça grande, com olhos grandes, sendo o olho
esquerdo visivelmente maior que o direito. Olho direito com 16 fotófo-
Referências: Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; Perez et al., 2004; Vaske ros ao seu redor.
Jr., 2005; Vaske Jr. & Lessa, 2005; Costa et al., 2007; Andrade et al.,
2007; Andrade, 2008; Leite et al., 2009; Vaske Jr. et al., 2009a, b. Referências: Perez et al., 2004; Vaske Jr., 2005.

66 67
Família Lepidoteuthidae Família Pholidoteuthidae
Lepidoteuthis grimaldii Joubin, 1895 Pholidoteuthis adami Voss, 1956

Distribuição geográfica e habitat: costa Atlântica da América do


Norte e Caribe, e norte da América do Sul. Habita os ambientes epi
e mesopelágicos.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico tropical, sul do
Índico e Pacífico oeste. Habita não só ambientes meso e batipelágicos, Características: comprimento do manto com até 80 cm. Corpo co-
mas também próximos ao fundo. berto por escamas cartilaginosas na parte anterior do manto. Manto
grosso, levemente cônico, terminando numa extremidade destacada.
Características: comprimento do manto com até 100 cm. Corpo co- Nadadeiras grandes, sagitadas e arredondadas, que correspondem a
berto por escamas cartilaginosas. Manto cilíndrico-cônico terminando 70% do comprimento do manto. Braços longos e proporcionais, com
numa extremidade destacada. Nadadeiras grandes e arredondadas. duas fileiras de ventosas, e tentáculos longos com massa tentacular
Braços longos e proporcionais, com duas fileiras de ventosas, e tentá- alongada e estreita.
culos rudimentares nos adultos.
Referências: Gurjão et al., 2003; Perez et al., 2004; Vaske Jr., 2005;
Referências: Vaske Jr., 2005. Andrade et al., 2007; Costa et al., 2007; Vaske Jr. et al., 2009a, b.

68 69
Família Lycoteuthidae Família Lycoteuthidae
Lycoteuthis loligera (Steenstrup, 1875) Selenoteuthis scintillans Voss, 1959

Distribuição geográfica e habitat: toda a parte sul dos oceanos tropi-


cais. Mais abundante nos ambientes meso e batipelágicos, e na proxi-
midade do talude e de montes marinhos.

Características: comprimento do manto com até 18 cm. Corpo mus- Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro-
cular, manto cônico, com nadadeiras grandes e romboidais. Braços pical e Caribe. Habita os ambientes epi e mesopelágicos.
com duas fileiras de ventosas; um par de braços bem mais longo que
os demais nos adultos. Tentáculos longos, com quatro fileiras de ven- Características: comprimento do manto com até 4,5 cm. Corpo pe-
tosas na massa tentacular. Presença de fotóforos na parte ventral dos queno, muscular, levemente cônico. Nadadeiras grandes, mais largas
olhos e manto. que compridas. Quatro dos oito braços terminam numa extremidade
arredondada. Cinco fotóforos em fila na parte ventral dos olhos, e um
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Vaske Jr. & Rincón fotóforo grande na extremidade da cauda.
Fo, 1998; Vaske Jr. & Castello, 1998; Peres & Haimovici, 2003; Costa
et al., 2007. Referências: Haimovici et al., 2002; Costa et al., 2007.

70 71
Família Mastigoteuthidae Família Neoteuthidae
Mastigoteuthis magna Joubin, 1913 Neoteuthis thielei Naef, 1921

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico e Índico tropical.


Habita os ambientes meso e batipelágicos.

Características: comprimento do manto com até 30 cm. Corpo carti- Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro-
laginoso-gelatinoso, cilíndrico na parte anterior e cônico na parte pos- pical e Caribe. Habita os ambientes meso e batipelágicos.
terior. Nadadeiras grandes e arredondadas, dando um aspecto quase
circular ou cordiforme, que representam 80% do comprimento do man- Características: comprimento do manto com até 17 cm. Corpo pe-
to. Dois braços ventrais visivelmente maiores que os demais. Tentá- queno, manto cônico e nadadeiras longas e estreitas, com a largura
culos longos com massas tentaculares alongadas, e com pequenas e máxima na parte posterior. Cabeça e olhos grandes. Braços longos,
numerosas ventosas. proporcionais, com duas fileiras de ventosas e tentáculos longos, com
quatro fileiras de ventosas na massa tentacular.
Referências: Gurjão et al., 2003; Vaske Jr., 2005; Andrade et al., 2007;
Costa et al., 2007. Referências: Costa et al., 2007.

72 73
Família Octopoteuthidae Família Octopoteuthidae
Octopoteuthis megaptera (Verrill, 1885) Taningia danae Joubin, 1931

Distribuição geográfica e habitat: todos os oceanos tropicais e sub-


Distribuição geográfica e habitat: todos os oceanos tropicais e sub- tropicais. Habita os ambientes epi, meso e batipelágicos.
tropicais. Habita os ambientes epi, meso e batipelágicos.
Características: comprimento do manto com até 170 cm. Corpo cilín-
Características: comprimento do manto com até 50 cm. Corpo ci- drico, que termina numa extremidade fina. Nadadeiras grandes e rom-
líndrico, que termina numa extremidade fina. Nadadeiras grandes e boidais, representando 90% do comprimento do manto, atingindo sua
romboidais, representando 75% do comprimento do manto, mas sem extremidade. Braços medianos, proporcionais, com os maiores fotófo-
atingir a extremidade. Braços medianos, proporcionais, e ausência de ros do mundo animal, localizados nas extremidades do segundo par de
tentáculos nos adultos. braços, com luz amarelada, evidenciados pela abertura e fechamento
da membrana que os recobre. Tentáculos ausentes nos adultos.
Referências: Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; Vaske Jr. & Castello, 1998;
Gurjão et al., 2003; Peres & Haimovici, 2003; Vaske Jr., 2005; Vaske Referências: Taningia danae, 26/10/2008 Petrobras, Bacia do
Jr. & Lessa, 2005; Costa et al., 2007; Andrade, 2008; Vaske Jr. et al., Espírito Santo, vídeo disponível em http://www.youtube.com/
2009a, b. watch?v=yI6PVJIO88c.

74 75
Família Ommastrephidae Família Ommastrephidae
Eucleoteuthis luminosa (Sasaki, 1915) Hyaloteuthis pelagica (Bosc, 1802)

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Índico e Pacífi-


Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Ín- co tropicais. Habita os ambientes epi e mesopelágicos.
dico subtropicais. Habita os ambientes epi e mesopelágicos podendo,
ocasionalmente, atingir os 1.300 m de profundidade. Características: comprimento do manto com até 9 cm. Corpo cilíndri-
co, muscular, com nadadeiras pequenas, romboidais, com borda pos-
Características: comprimento do manto com até 20 cm. Corpo cônico, terior reta e que atingem, no máximo, 37% do comprimento do man-
muscular, terminado numa cauda afilada. Nadadeiras grandes, romboi- to. Dezenove fotóforos visíveis arranjados, simetricamente, na parte
dais, que podem atingir 50% do comprimento do manto. Braços e ten- ventral do manto, e três pares de fotóforos nos dois braços ventrais.
táculos curtos e robustos. Duas estrias compostas de fotóforos, retas e Braços e tentáculos curtos e musculares.
visíveis, no sentido longitudinal na parte ventral do manto. Dois pares
de fotóforos grandes nos dois braços ventrais. Não forma cardumes Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Haimovici et al.,
como outras espécies de Ommastrephidae. 2002; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr. et al., 2004; Vaske Jr., 2005;
Vaske Jr. et al., 2005b; Vaske Jr. & Lessa, 2005; Andrade, 2008; Vaske
Referências: Rios, 1994; Haimovici & Perez, 1991; Costa et al., 2007. Jr. et al., 2009b.

76 77
Família Ommastrephidae Família Ommastrephidae
Illex argentinus (Castellanos, 1960) Illex coindetii (Verany, 1839)

Distribuição geográfica e habitat: restrita ao Oceano Atlântico sudoes-


te, entre 30o e 50o S. Habita a plataforma continental e talude até 800 m
de profundidade.
Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico norte, desde o
Características: comprimento do manto com até 40 cm. Corpo cilíndri- Caribe, centro da América do Sul e do Mar do Norte até a Namíbia,
co, muscular, levemente mais largo na parte mediana. Nadadeiras cur- na costa africana; e também nos mares Mediterrâneo e Negro. Habi-
tas, romboidais, que representam até 42% do comprimento do manto. ta a plataforma continental externa até o oceano aberto, sendo mais
Braços longos, com exceção dos dois braços dorsais mais curtos. Ten- comum nas áreas de limite da plaforma continental e talude, até 1.000 m
táculos longos, com massa tentacular apresentando ventosas grandes de profundidade.
em fileiras irregulares. Forma grandes cardumes e tem grande valor
comercial, sustentando grandes pescarias no Uruguai e Argentina. Características: comprimento do manto com até 37 cm. Corpo cilíndri-
co, alongado e estreito. Nadadeiras pequenas em formato de coração,
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici & mais largas do que compridas. Braços e tentáculos medianos e robus-
Perez, 1991; Capitoli & Haimovici, 1993; Rios, 1994; Vaske Jr., 1995; tos. Tem alguma importância comercial nas pescarias de lulas no Mar
Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; Vaske Jr. & Castello, 1998; Vidal & Hai- Mediterrâneo e noroeste da África.
movici, 1999; Santos & Haimovici, 2000; Peres & Haimovici, 2003; Co-
labuono & Vooren, 2007; Costa et al., 2007; Schwartz & Perez, 2007; Referências: Leite et al., 2001; Lima, 2003; Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. et al.,
Vaske Jr. et al., 2009a, b. 2005; Andrade et al., 2007; Costa et al., 2007; Vaske Jr. et al., 2008.

78 79
Família Ommastrephidae Família Ommastrephidae
Ommastrephes bartramii (Lesueur, 1821) Ornithoteuthis antillarum Adam, 1975

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Índico e Pacífi-


co tropicais e subtropicais. Habita os ambientes epi e mesopelágicos. Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro-
pical. Habita os ambientes epi e mesopelágicos.
Características: comprimento do manto com até 60 cm. Corpo robus-
to, muscular, cilíndrico. Nadadeiras musculares, sagitadas, grandes, Características: comprimento do manto com até 20 cm. Corpo mus-
atingindo até 45% do comprimento do manto, mais largas do que com- cular, estreito, que termina numa extremidade alongada. Nadadeiras
pridas. Braços e tentáculos curtos e robustos. Espécie de grande im- grandes, romboidais, com as três extremidades pontiagudas. Braços e
portância econômica no Oceano Pacífico asiático. tentáculos medianos e robustos.

Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Vaske Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Vaske Jr. & Cas-
Jr. et al., 1998; Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; Vaske Jr. & Castello, 1998; tello, 1998; Vaske Jr. et al., 1998; Leite et al., 2001; Vaske Jr. et al.,
Haimovici et al., 2002; Gurjão et al., 2003 ; Peres & Haimovici, 2003; 2003; Gurjão & Furtado Neto, 2004; Perez et al., 2004; Vaske Jr. &
Lima, 2003; Perez et al., 2004; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr. et al., Lessa, 2004; Vaske Jr. et al., 2004; Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. & Lessa,
2004; Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. & Lessa, 2005; Vaske Jr. et al., 2005b; 2005; Vaske Jr. et al., 2005a; Vaske Jr. et al., 2006; Costa et al., 2007;
Costa et al., 2007; Andrade et al., 2007; Andrade, 2008; Vaske Jr. et al., Andrade et al., 2007; Andrade, 2008; Vaske Jr. et al., 2008; Leite et al.,
2008; Vaske Jr. et al., 2009a, b. 2009; Vaske Jr. et al., 2009a, b.

80 81
Família Ommastrephidae Família Ommastrephidae
Sthenoteuthis pteropus (Steenstrup, 1855) Todarodes filippovae Adam, 1975

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro-


pical e Mar Mediterrâneo. Habita os ambientes epi e mesopelágicos,
podendo atingir, ocasionalmente, os 1.500 m de profundidade.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos temperados e circumpo-
Características: comprimento do manto com até 40 cm. Corpo cilín- lares do hemisfério sul. Habita os ambientes epi e mesopelágicos.
drico, robusto, com nadadeiras grandes e romboidais. Há um fotóforo
visível, grande e oval, que ocupa a porção anterior dorsal do manto. Características: comprimento do manto com até 50 cm. Corpo mus-
Braços e tentáculos curtos e robustos. Sustenta pescarias apenas cular, estreito e alongado, que termina numa extremidade pontiaguda.
artesanais na Ilha Madeira e Caribe. Nadadeiras sagitadas, com largura e comprimento em torno de 50% do
comprimento do manto. Braços curtos, proporcionais e robustos. Ten-
Referências: Rios, 1975; Rios, 1994; Leite et al., 2001 ; Haimovici et al., táculos curtos, musculares e robustos, com duas fileiras de ventosas
2002; Vaske Jr. et al., 2003; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr. et al., grandes na massa tentacular.
2004; Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. & Lessa, 2005; Vaske Jr. et al., 2005a, b;
Vaske Jr. et al., 2006; Costa et al., 2007; Andrade et al., 2007; Andrade, Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Peres &
2008; Leite et al., 2009. Haimovici, 2003.

82 83
Família Onychoteuthidae Família Onychoteuthidae
Moroteuthis ingens Smith, 1881 Moroteuthis robsoni Adam, 1962

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co temperados e circumpolares do hemisfério sul. Habita os ambientes
Distribuição geográfica e habitat: oceanos temperados e circumpo- epi e mesopelágicos.
lares do hemisfério sul. Habita o ambiente epipelágico, raramente atin-
gindo os 200 m de profundidade. Características: comprimento do manto com até 75 cm. Corpo mus-
cular, alongado, terminando numa extremidade prolongada e lanceola-
Características: comprimento do manto com até 90 cm. Corpo muscu- da. Nadadeiras grandes e compridas, atingindo 60% do comprimento
lar, robusto, coberto por pequenas papilas achatadas e carnosas. Na- do manto. Braços finos, longos e proporcionais. Tentáculos compridos,
dadeiras grandes, musculares, com bordos posteriores retos, atingindo com massa tentacular estreita e longa, providas de duas fileiras de
45% do comprimento do manto. Braços longos, e tentáculos muscu- ganchos destacados.
lares, com duas fileiras de ganchos destacados na massa tentacular.
Referências: Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; Perez et al., 2004; Costa
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Costa et al., 2007. et al., 2007.

84 85
Família Onychoteuthidae Família Onychoteuthidae
Onychoteuthis banksii (Leach, 1817) Onykia carriboea Lesueur, 1821

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e


Índico tropicais, subtropicais e temperados. Habita os ambientes epi
e mesopelágicos.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico
Características: comprimento do manto com até 30 cm. Corpo cilín- e Índico subtropicais e circumpolares. Habita os ambientes epi
drico, muscular e robusto. Cabeça grande, com nove a dez dobras na e mesopelágicos.
parte dorsal abaixo do manto, e uma estria visível ao longo da parte
dorsal do manto, resultado de uma dobra do gladius abaixo da pele. Características: comprimento do manto com até 10 cm. Corpo cilín-
Um fotóforo grande abaixo de cada olho. Nadadeiras grandes, mus- drico, curto e muscular, que termina numa extremidade reta ou leve-
culares, atingindo 60% do comprimento do manto. Braços curtos, mente côncava. Nadadeiras grandes, mais largas que compridas, a
musculares, e tentáculos robustos, com duas fileiras de ganchos des- largura chegando a 75% do comprimento do manto. Braços medianos
tacados na massa tentacular. e proporcionais. Tentáculos curtos, com poucas e diminutas ventosas
na massa tentacular.
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Hai-
movici et al., 2002; Gurjão et al., 2003; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr., Referências: Rios, 1975; Vaske Jr., 2005; Andrade, 2008; Vaske Jr.
2005; Costa et al., 2007; Andrade et al., 2007; Andrade, 2008. et al., 2008.

86 87
Família Psychroteuthidae Família Pyroteuthidae
Psychroteuthis glacialis Thiele, 1920 Pyroteuthis margaritifera (Rüppell, 1844)

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co temperados e circumpolares. Habita o ambiente limite da plataforma
continental e talude. Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico oeste
e Índico tropicais. Habita os ambientes epi e mesopelágicos.
Características: comprimento do manto com até 45 cm. Corpo cilíndri-
co e muscular. Nadadeiras grandes, atingindo 55% do comprimento do Características: comprimento do manto com até 6 cm. Corpo peque-
manto. Braços medianos e proporcionais. Tentáculos longos, dotados no, cônico, com extremidade afilada. Nadadeiras arredondadas, que
de quatro a sete fileiras de pequenas ventosas na massa tentacular, não atingem a extremidade do manto. Cabeça grande, com 12 fotó-
com extremidade levemente curvada. Ventosas centrais da massa ten- foros em fileira abaixo dos olhos. Braços e tentáculos medianos, com
tacular visivelmente maiores. ganchos pequenos na massa tentacular.

Referências: Vaske & Castello, 1998. Referências: Costa et al., 2007.

88 89
Família Pterygioteuthidae Família Thysanoteuthidae
Pterygioteuthis giardi giardi Fischer, 1896 Thysanoteuthis rhombus Troschel, 1857

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co tropicais e subtropicais. Habita o ambiente epipelágico.

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro- Características: comprimento do manto com até 100 cm. Corpo mus-
pical. Habita os ambientes epi e mesopelágicos. cular, robusto e cilíndrico. Nadadeiras grandes, que ocupam todo o
comprimento do manto, dando um formato de losango ao corpo. Bra-
Características: comprimento do manto com até 2,5 cm. Corpo pe- ços curtos, com duas fileiras de ventosas, e tentáculos também curtos,
queno, cônico, que termina numa extremidade afilada. Cabeça e olhos com quatro fileiras de ventosas na massa tentacular.
grandes, com presença de 14 fotóforos ao redor dos olhos. Nadadeiras
arredondadas e separadas. Braços curtos e proporcionais, com gan- Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Haimovici et al.,
chos nos braços e tentáculos. 2002; Gurjão et al., 2003; Vaske Jr. et al., 2004; Vaske Jr., 2005; Vaske
Jr. & Lessa, 2005; Andrade et al., 2007; Andrade, 2008; Vaske Jr. et al.,
Referências: Rios, 1975; Peres & Haimovici, 2003; Vaske Jr., 2005. 2009a, b.

90 91
Família Vampyroteuthidae Polvos
Vampyroteuthis infernalis Chum, 1903
Família Cirroteuthidae
Cirroteuthis magna Hoyle, 1883

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico


e Índico tropicais, e Mar Mediterrâneo. Habita os ambientes bati
e abissopelágicos. Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
Habita o fundo oceânico de ambientes meso e batipelágicos, e hadais,
Características: comprimento do manto com até 13 cm. Corpo ge- até mais de 7.000 m de profundidade. Ocasionalmente faz incursões
latinoso e cônico, fusionado com a cabeça. Olhos grandes. Duas na- na meia água.
dadeiras largas e de bordas arredondadas. Braços curtos, com uma
fileira de ventosas sésseis na parte basal, pedunculadas na parte distal Características: comprimento do manto com até 115 cm. Corpo oval
e ausentes nas extremidades dos braços. Entre cada ventosa um par e curto, gelatinoso, unido à cabeça, com olhos pequenos. Nadadeiras
de cirros, com aspecto de dentes de vampiro, daí o nome da espé- mais largas que compridas, e de bordas arredondadas na parte me-
cie. Um par de longos filamentos sensitivos na base dos dois braços diana do corpo. Uma fileira de ventosas globulares ao longo de cada
dorsais, que podem ficar retraídos. Dois fotóforos compostos na parte braço, unidos por membrana fina que quase atinge a extremidade dos
posterior-dorsal do manto, e outros menores distribuídos pelo corpo. braços. Espécie pouco conhecida, com dados baseados em exempla-
res quase sempre danificados.
Referências: Gurjão et al., 2003; Vaske Jr., 2005; Costa et al., 2007;
Vaske Jr. et al., 2009a, b. Referências: Guerra et al., 1998; Costa et al., 2007.

92 93
Família Cirroteuthidae Família Opisthoteuthidae
Cirroteuthis mülleri Eschricht, 1836 Opisthoteuthis agassizii Verrill, 1883

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.


Habita o fundo oceânico de ambientes meso e batipelágicos, e hadais, Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical, desde o
até mais de 7.000 m de profundidade. Ocasionalmente faz incursões Caribe até a costa da Namíbia, na costa africana, e parte oeste do Mar
na meia água. Mediterrâneo. Habita o fundo oceânico de ambientes mesopelágicos e
batiais, podendo nadar ocasionalmente na meia água.
Características: comprimento do manto com até 100 cm. Corpo oval
e alongado, gelatinoso, unido à cabeça, com olhos pequenos. Nada- Características: comprimento do manto com até 80 cm. Corpo semi-
deiras mais largas que compridas, e de bordas arredondadas na par- gelatinoso, com cabeça larga e olhos grandes. Nadadeiras pequenas,
te mediana do corpo. Uma fileira de ventosas globulares ao longo de largas, separadas e de bordas arredondadas. Braços com uma fileira
cada braço, unidos por membrana fina que quase atinge a extremidade de ventosas, que se intercalam em grupos de pequenas e grandes
dos braços. Espécie pouco conhecida, com dados baseados em exem- ventosas. Braços unidos por membrana ampla e fina, que só não atin-
plares quase sempre danificados. ge as suas extremidades.

Referências: Guerra et al., 1998; Costa et al., 2007. Referências: Costa et al., 2007.

94 95
Família Alloposidae Família Amphitretidae
Haliphron atlanticus Steenstrup, 1861 Amphitretus pelagicus Hoyle, 1885

Distribuição geográfica e habitat: oceanos tropicais e subtropi-


cais. Habita os ambientes epi, meso e batipelágicos, sendo mais
comum nas áreas de talude.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos tropicais e subtropicais.
Características: comprimento do manto com até 40 cm. Corpo ro- Habita os ambientes meso e batipelágicos.
busto, gelatinoso, com olhos e cabeça grandes, sendo esta mais lar-
ga que o corpo. Braços medianos e robustos, com membrana ampla Características: comprimento do manto com até 9 cm. Corpo gela-
que envolve até a metade do comprimento dos braços. Ventosas ar- tinoso, transparente, sem pigmento externo algum. Massa visceral
ranjadas, em fileira única, e alternadas na parte envolvida pela mem- visível, com olhos tubulares e unidos na base, caso único entre os
brana; tornando-se duplas na parte desprotegida dos braços, e depois polvos. Braços medianos, com uma fileira única de ventosas sepa-
em fileira única na sua extremidade. radas umas das outras; presença de membrana que vai até quase a
extremidade dos braços. Funil alongado. Duas aberturas no manto
Referências: Rios, 1975; Vaske Jr. & Castello, 1998; Vaske Jr. & Rin- nas laterais da cabeça.
cón Fo, 1998; Gurjão et al., 2003; Vaske Jr., 2005; Colabuono & Voo-
ren, 2007; Costa et al., 2007; Vaske Jr. et al., 2009b. Referências: Costa et al., 2007.

96 97
Família Argonautidae (argonautas) Família Argonautidae
Argonauta argo Linnaeus, 1758 Argonauta nodosa Lightfoot, 1786

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico e Indo-Pacífico


Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico e Pacífico tropi- tropicais. Habita o ambiente epipelágico.
cais e subtropicais, e Mar Mediterrâneo. Habita o ambiente epipelágico.
Características: comprimento do manto com até 10 cm. Corpo peque-
Características: comprimento do manto com até 10 cm. Corpo peque- no, protegido por concha grande, espiral e ornamentada, produzida
no, protegido por concha grande, espiral e ornamentada, produzida pelas fêmeas. Braços com duas fileiras de ventosas, sendo os dorsais
pelas fêmeas. Braços com duas fileiras de ventosas, sendo os dor- diferenciados com a extremidade bastante expandida. Membrana que
sais diferenciados com a extremidade bastante expandida. Membrana envolve os braços basal e rudimentar. Parte externa da concha acha-
que envolve os braços basal e rudimentar. Parte externa da con- tada formando duas linhas largas (10% a 5% do diâmetro da concha),
cha achatada, formando duas linhas estreitas (6% do diâmetro da com 30 a 40 tubérculos nas conchas grandes. Machos minúsculos
concha), com mais de 50 tubérculos nas conchas grandes. Machos com, no máximo, 2 cm de comprimento do manto e concha ausente.
minúsculos com, no máximo, 2 cm de comprimento do manto, e
concha ausente. Referências: Rios, 1975; Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici &
Perez, 1991; Costa & Fernandes, 1993; Rios, 1994; Vaske Jr., 1995;
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Perez Vaske Jr. & Castello, 1998; Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; Leite et al.,
et al., 2004. 2001; Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. et al., 2009a, b.

98 99
Família Bolitaenidae Família Bolitaenidae
Eledonella pygmaea Verrill, 1884 Japetella diaphana Hoyle, 1885

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co tropicais e subtropicais. Habita os ambientes epi e mesopelágicos.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índico
tropicais e subtropicais. Habita os ambientes epi, meso e batipelágicos. Características: comprimento do manto com até 15 cm. Corpo ge-
latinoso, cabeça larga, olhos grandes, e braços curtos com ventosas
Características: comprimento do manto com até 20 cm. Corpo ge- grandes e em fileiras simples. A membrana cobre de 25% a 33% o
latinoso, pequeno, com braços curtos e ventosas pequenas, afasta- comprimento dos braços.
das umas das outras pela distância equivalente aos seus diâmetros. A
membrana cobre de 33% a 50% o comprimento dos braços. Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Vaske Jr. & Cas-
tello, 1998; Vaske Jr. et al., 2003; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr.
Referências: Rios, 1975; Costa et al., 2007; Andrade et al., 2007; et al., 2004; Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. & Lessa, 2005; Andrade et
Andrade, 2008; Leite et al., 2009. al., 2007; Andrade, 2008; Vaske Jr. et al., 2009a, b; Véras et al., 2009.

100 101
Família Octopodidae Família Octopodidae
Benthoctopus oregonae Toll, 1981 Eledone gaucha Haimovici, 1988

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico sudoeste, na


costa do estado do Rio Grande do Sul. Habita o fundo da plataforma
continental, entre 60 e 160 m de profundidade.

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico oeste, desde o Ca- Características: comprimento do manto com até 6,5 cm. Corpo peque-
ribe ao centro da América do Sul. Habita o fundo oceânico da zona batial. no, com manto pouco muscular, oval e alongado. Cabeça mais estreita
que o manto. Olhos grandes e salientes, cada um com um pequeno
Características: comprimento do manto com até 10 cm. Corpo mus- cirro na parte dorsal. Braços finos e alongados, com uma fileira de ven-
cular, robusto, com manto globoso e cabeça estreita. Braços entre 2,5 tosas; dois braços dorsais mais compridos que os dois braços ventrais.
e 4 vezes o comprimento do manto, proporcionais, com duas fileiras A membrana envolve até a metade do comprimento dos braços.
de ventosas.
Referências: Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici, 1988; Haimovici &
Referências: Perez et al., 2004; Costa et al., 2007. Perez, 1991; Costa & Fernandes, 1993; Rios, 1994; Perez et al., 2004.

102 103
Família Octopodidae Família Octopodidae
Eledone massyae Voss, 1964 Octopus burryi Voss, 1950

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico sudoeste, desde


o sudeste do Brasil ao norte da Argentina, e também nas Ilhas Trinda-
de e Martim Vaz. Habita o fundo da plataforma continental e do talude
superior, entre 30 e 300 m de profundidade. Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical, des-
de o Caribe até a parte oeste da África, incluindo as ilhas Cabo
Características: comprimento do manto com até 12 cm. Corpo robus- Verde e Santa Helena. Habita fundos arenosos e coralíneos da pla-
to, coberto por pequenas papilas cartilaginosas. Manto oval, largo, com taforma continental.
uma quilha não rígida que circunda a lateral do manto. Cabeça larga,
com dois a quatro pequenos cirros acima dos olhos. Braços medianos Características: comprimento do manto com até 11 cm. Corpo robus-
e proporcionais, com uma fileira de ventosas. to, com manto ovalado. Corpo, incluindo o manto, a cabeça e os bra-
ços coberto por pequenas papilas arredondadas. Braços medianos,
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici & assimétricos, com duas fileiras de ventosas grandes.
Perez, 1991; Capitoli & Haimovici, 1993; Costa & Fernandes, 1993;
Rios, 1994; Perez et al., 2004; Costa et al., 2007. Referências: Rios, 1994.

104 105
Família Octopodidae Família Octopodidae
Octopus defilippi (Verany, 1851) Octopus hummelincki Adam, 1936

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical, des-


de a Flórida até o nordeste do Brasil. Habita desde águas muito
Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico e Índico tropi- rasas até 200 m de profundidade, em fundos rochosos, coralíneos,
cais e Mar Mediterrâneo. Habita o fundo da plataforma continental e e poças de maré, sendo mais comum em ilhas.
do talude superior.
Características: comprimento do manto com até 7 cm. Corpo peque-
Características: comprimento do manto com até 5 cm. Manto curto e no, manto globular, robusto e ovalado, coberto com papilas grandes e
ovalado. Braços com duas fileiras de ventosas grandes, assimétricos, espaçadas umas das outras. Dois ocelos grandes, visíveis, de colora-
afilados e muito longos, atingindo 90% do comprimento total. ção azul iridescente, nas membranas na parte lateral dos braços, que
são medianos, robustos, com duas fileiras de ventosas.
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Haimovici et al.,
2002; Vaske Jr., 2005. Referências: Rios, 1994.

106 107
Família Octopodidae Família Octopodidae
Octopus insularis Leite et al., 2008 Octopus joubini Robson, 1929

Distribuição geográfica e habitat: litoral do nordeste do Brasil, entre


os estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco, e também nas ilhas
oceânicas do Arquipélago de Fernando de Noronha, Arquipélago de São Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico oeste tropical,
Pedro e São Paulo e Atol das Rocas. Habita águas rasas até 45 m de desde o Caribe ao sul do Brasil. Habita fundos, de lama ou cascalho,
profundidade, em fundos rochosos, coralíneos e poças de maré. da plataforma continental, até 80 m de profundidade.

Características: comprimento do manto com até 12 cm. Corpo globu- Características: comprimento do manto com até 5 cm, e 15 cm de
lar, robusto e ovalado. Olhos pequenos. Braços musculares, medianos, comprimento total. Corpo globular, macio, olhos pequenos. Braços cur-
de 3 a 5 vezes o comprimento do manto, com duas fileiras de ventosas. tos, atingindo até 75% do comprimento total.

Referências: Leite et al., 2008; Leite et al., 2009. Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994.

108 109
Família Octopodidae Família Octopodidae
Octopus macropus Risso, 1826 Octopus tehuelchus Orbigny, 1834

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico oeste, desde o


sul do Brasil ao sul da Argentina. Habita águas rasas costeiras, até
90 m de profundidade.

Características: comprimento do manto com até 12 cm. Corpo robus-


Distribuição geográfica e habitat: todos os oceanos de águas tropi- to, ovalado, com cabeça estreita e olhos grandes e proeminentes. Bra-
cais e subtropicais. Habita fundos coralíneos de águas rasas. ços longos, atingindo até 76% do comprimento total, com duas fileiras
de ventosas. Dois braços ventrais mais compridos que os demais que,
Características: comprimento do manto com até 18 cm, e 150 cm de por sua vez, apresentam comprimentos similares.
comprimento total. Manto ovalado, coberto por manchas brancas cir-
culares. Braços longos; os dois braços dorsais maiores que os demais. Referências: Rios, 1975; Haimovici & Andriguetto, 1986; Haimovici &
Perez, 1991; Capitoli & Haimovici, 1993; Costa & Fernandes, 1993;
Referências: Rios, 1994. Rios, 1994.

110 111
Família Octopodidae Família Octopodidae
Octopus vulgaris Cuvier, 1797 Pareledone charcoti (Joubin, 1905)

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Ín-


dico tropicais. Habita o fundo oceânico, desde a linha de praia até o
limite da plataforma continental e o talude.

Características: comprimento do manto com até 13 cm. Corpo gran-


de, muscular, atinge até 130 cm de comprimento total. Parte dorsal do Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico sul, desde o es-
manto com pequenas e esparsas papilas cônicas. Braços robustos, tado do Rio de Janeiro à Antártica. Habita os fundos da plataforma
continental, do talude e, possivelmente, das zonas batiais e abissais.
com duas fileiras de ventosas grandes, sendo um braço ventral mais
curto e os dois laterais mais robustos. Polvo mais comum da costa Características: comprimento máximo do manto ainda indefinido,
brasileira, com grande importância comercial. talvez com até 10 cm. Corpo globoso, cabeça larga, com um ou dois
tubérculos visíveis acima dos olhos. Braços musculares e medianos,
Referências: Matthews & Rios, 1969; Rios, 1975; Haimovici & Andri- com uma fileira de ventosas. Manto, cabeça e braços cobertos por
guetto, 1986; Haimovici & Perez, 1991; Mello & Albuquerque, 1992; Costa pequenos tubérculos.
& Fernandes, 1993; Rios, 1994; Jambeiro, 2002; Peres & Haimovici, 2003;
Tomás, 2003; Vaske Jr., 2005; Colabuono & Vooren, 2007; Leite et al., 2008. Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994.

112 113
Família Octopodidae Família Octopodidae
Pareledone turqueti (Joubin, 1905) Pteroctopus tetracirrhus (Chiaie, 1830)

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical, desde o


Caribe ao Uruguai, e também Mar Mediterrâneo. Habita o fundo da pla-
Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico sul, desde o taforma continental, desde 25 m de profundidade até o talude, a 720 m.
estado do Rio de Janeiro até a Patagônia. Habita os fundos da pla-
taforma continental, do talude e da zona batial. Características: comprimento do manto com até 16 cm. Corpo tão
largo quanto comprido, sem distinção na divisão da cabeça e manto.
Características: comprimento máximo do manto ainda indefinido, tal- Dois pares de cirros compridos acima dos olhos. Braços medianos,
vez com até 10 cm. Corpo globoso, cabeça larga. Braços musculares e com duas fileiras de ventosas, providos de membranas que cobrem até
medianos, com uma fileira de ventosas. Manto, cabeça e braços lisos, 40% do comprimento dos braços.
com escassos e pequenos tubérculos.
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Perez
Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994. et al., 2004; Costa et al., 2007.

114 115
Família Octopodidae Família Octopodidae
Scaeurgus unicirrhus (Orbigny, 1840) Vosseledone charrua Palacio, 1978

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Ín- Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico sudoeste, desde
dico tropicais e subtropicais, e Mar Mediterrâneo. Habita os fundos da o sul do Brasil ao norte da Argentina. Habita os fundos da plataforma
plataforma continental externa e do talude superior. continental e do talude, entre 100 e 800 m de profundidade.

Características: comprimento do manto com até 6 cm. Corpo coberto Características: comprimento do manto com até 10 cm. Corpo cur-
por pequenos tubérculos cartilaginosos e achatados. Manto alongado, to, cabeça larga, da mesma largura ou um pouco mais estreita que o
e uma quilha que circunda a lateral do manto. Olhos pequenos, com manto. Olhos destacados, com dois cirros acima de cada um. Braços
um cirro saliente acima de cada olho. Braços robustos e medianos, medianos e proporcionais, com uma fileira de ventosas mais largas na
com membrana que cobre até 40% do comprimento dos braços. sua parte basal e menores na parte distal.

Referências: Rios, 1975; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Perez Referências: Palácio, 1978; Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994;
et al., 2004. Perez et al., 2004; Costa et al., 2007.

116 117
Família Ocythoidae Família Tremoctopodidae
Ocythoe tuberculata Rafinesque, 1814 Tremoctopus violaceus violaceus Chiaie, 1830

Distribuição geográfica e habitat: Oceano Atlântico tropical e subtro-


pical, e Mar Mediterrâneo. Habita o ambiente epipelágico.
Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-
co tropicais e subtropicais. Habita o ambiente epipelágico. Características: comprimento do manto com até 12 cm. Corpo grande
apenas nas fêmeas. Os machos crescem, no máximo, até 1,5 cm de
Características: comprimento do manto com até 30 cm. Corpo gran- comprimento de manto, e 4 cm de comprimento total. Manto grande e
de apenas nas fêmeas. Machos com, no máximo, 3 cm de compri- ovalado. Braços longos, com duas fileiras de ventosas, e uma ampla e
mento do manto. Manto oval, alongado, a parte ventral tem um desenho fina membrana que envolve os dois braços dorsais e os dois laterais.
reticulado originado de dobras e tubérculos da pele. Dois braços dor- Uma fileira de ocelos arranjados na parte externa da membrana dos
sais, e dois braços ventrais mais compridos que os dois laterais, to- dois braços dorsais. Dois poros na cabeça, na base dos braços dor-
dos desprovidos de membrana. Um par de poros cefálicos na base sais, e outros dois menores, ventrais, na base do funil.
dos braços ventrais.
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Vaske Jr. & Cas-
Referências: Haimovici & Perez, 1991; Rios, 1994; Vaske Jr. & Cas- tello, 1998; Vaske Jr. & Rincón Fo, 1998; Vaske Jr. et al., 1998; Hai-
tello, 1998; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr. et al., 2004; Vaske Jr., movici et al., 2002; Vaske Jr. & Lessa, 2004; Vaske Jr. et al., 2004;
2005; Vaske Jr. & Lessa, 2005; Colabuono & Vooren, 2007; Vaske Jr. Vaske Jr., 2005; Vaske Jr. & Lessa, 2005; Andrade et al., 2007; Andra-
et al., 2009a. de, 2008; Vaske Jr. et al., 2009a, b.

118 119
Família Vitreledonellinidae CRÉDITOS (fotografias e ilustrações)
Vitreledonella richardi Joubin, 1918

Fotografias
leo bruno Correia, B. Sc. – (graduado em Eng. de Pesca pela UFC.
Áreas de atuação: Aquicultura e Ecologia de Ambiente Recifal) – p.6
(foto maior – superior), p.152 (foto inferior).

tAMAR – [Banco de imagens do Projeto (TAMAR) Tartaruga Marinha – Programa


Brasileiro de Conservação de Tartarugas Marinhas, executado pelo
Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas
(Centro TAMAR-ICMBio) e Fundação Centro Brasileiro de Proteção
e Pesquisa das Tartarugas Marinhas (Fundação Pró-TAMAR)] – foto
capa, p.14 (foto 1), p.137, p.147 (foto 1).

teodoro vaske júnior, doutor (veja dados curriculares na orelha de


frente) – p.6 (fotos 2 e 3 – inferiores), p.11, p.12 (foto inferior), p.16,
p.122, p.138 a p.146, p.147 (fotos 2 e 3 – inferiores), p.149 a p.151,
p.152 (fotos 1 e 2 – superiores), p.178, p.182.

zélia ramos madeira, B. Sc. – [bacharel em Educação Artística pela Fun-


dação Brasileira de Teatro – Faculdade Dulcina de Moraes. Técnica
em Audiovisual da Univ. de Brasília (UnB)] – p.12 (foto superior), p.14
(fotos 2 e 3 – inferiores).
Ilustrações
teodoro vaske júnior – todas as ilustrações.

Distribuição geográfica e habitat: oceanos Atlântico, Pacífico e Índi-


co tropicais e subtropicais. Habita os ambientes meso e batipelágicos.

Características: comprimento do manto com até 11 cm. Corpo gelati-


noso, quase transparente. Manto oval, alongado, com cabeça e olhos
pequenos. Braços medianos, com uma fileira de ventosas, e membra-
na que cobre até 60% do comprimento dos braços.

Referências: Vaske Jr., 2005.

120 121
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRADE, L. C. A. Diversidade de cefalópodes e o seu papel no nicho trófico de seus


principais predadores nos Arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São
Paulo. 2008. 51f. Dissertação (Mestrado), Centro de Biociências, Universidade do Rio
Grande do Norte, Natal, 2008.

ANDRADE, L. C. A.; LEITE, T. S.; LINS, J. E. Ocorrência de cefalópodes na dieta dos peixes
oceânicos Thunnus albacares e Acanthocybium solandri, capturados no Arquipélago de
São Pedro e São Paulo, Brasil. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE CIÊNCIAS
DO MAR – COLACMAR, 12, 2007. Florianópolis-SC. Resumos... Florianópolis, 2007.

Arfelli, C. A.; Amorim, A. F.; Tomás, A. R. G. First record of a giant squid Architeuthis sp.,
Steenstrup, 1857 (Cephalopoda: Architeuthidae) in Brazilian waters. Boletim do Instituto
de Pesca, v. 18, p.83-88, 1991.

BOYLE, P.; RODHOUSE, P. G. Cephalopods: ecology and fisheries. Oxford, UK: Blackwell
Science, 2005. 464p.

CAPITOLI, R. R.; HAIMOVICI, M. Alimentacion del besugo (Pagrus pagrus) en el


extremo sur del Brasil. Frente Maritimo, v.14, sec.A, p.81-86, 1993.

CARVALHO, FO; MARCOVALDI, G.; SAMPAIO, C. L. S.; PAIVA, M. I. G.; DUAR-


TE, L. A. G. First report of rare pomfrets (Teleostei: Bramidae) from Brazilian
waters, with a key to Western Atlantic species. Zootaxa, v.2290, p.1-26, 2009.

CHUNG-CHENG, L. A new species of Opisthoteuthis, O. dongshaensis sp. nov.,


from the South China Sea (Octopoda: Cirrata: Opisthoteuthidae). Zoological
poros na cabeça, Studies, v.49, n.3, p.405-420, 2010.
na base dos braços dorsais
CLARKE, M. R. The identification of cephalopods “beaks” and the relationship
between beak size and total body weight. Bulletin of the British Museum
(Natural History) Zoology, v.8, n.10, p.419-480, 1962.

CLARKE, M. R. A handbook for the identification of cephalopods beaks. London:


Oxford Univ. Press (Clarendon), 1986. 355p.

COLABUONO, F. I.; VOOREN, C. M. Diet of black-browed Thalassarche melanophrys


and Atlantic yellow-nosed T. chlororhynchos albatrosses and white-chinned
O polvo Tremoctopus violaceus violaceus (tremoctopodidae) Procellaria aequinoctialis and sectacled P. conspicillata petrels off southern
Brazil. Marine Ornithology, v.35, p.9-20, 2007.

122 123
COSTA, P. A. S.; FERNANDES, F. C. Seasonal and spacial changes of cepha- GURJÃO, L. M.; FURTADO-NETO, M. A. A.; SANTOS, R. A.; CASCO, N. P. Notas sobre
lopods caught in the Cabo Frio (Brazil) upwelling ecosystem. Bulletin of a dieta de cachalotes (Cetacea: Physeteroidea), encalhados no Ceará, nordeste do
Marine Science, v.52, n.2, p.751-759. 1993. Brasil. Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, v.36, p.67-76, 2003.

COSTA, P. A. S.; MARTINS, A. S.; OLAVO, G.; HAIMOVICI, M.; BRAGA, A. C. HAIMOVICI, M. Eledone gaucha a new species of eledonid octopus (Cephalopoda,
Pesca exploratória com arrasto de fundo no talude continental da região Octopodidae) From Southern Brazil. The Nautilus, Estados Unidos, v.102,
central da costa brasileira entre Salvador-BA e o Cabo de São Tomé-RJ. In: n.2, p.82-87, 1988.
Costa, P. A. S.; Martins, A. S.; Olavo, G. (Eds.). Pesca e potenciais
de exploração de recursos vivos na região central da Zona Econômica Ex- HAIMOVICI, M. Cephalopods. In: SEELIGER, U.; ODEBRECHT, C.; CAS-
clusiva brasileira. Rio de Janeiro: Museu Nacional, p.145-165. 2005 (Série TELLO, J. P. Subtropical Convergence Environments: the Coast And Sea
Livros, n.13). In The Southwestern Atlantic. Berlim (Alemanha): Springer-Verlag, v.1,
p.46-150, 1997.
COSTA, P. A. S.; OLAVO, G.; MARTINS, A. S. (Eds.) Biodiversidade da fauna
marinha profunda na costa central brasileira. Rio de Janeiro: Museu Na- HAIMOVICI, M.; ANDRIGUETTO, J. M. 1986. Cefalópodes costeiros na pesca de
cional, 2007. 184p. arrasto do litoral sul do Brasil. Arquivos de Biologia e Tecnologia (TECPAR),
Curitiba, v.29, n.3, p.473-495. 1986.
COSTA, P. A. S.; SANTOS, R. A.; MARTINS, A. S. Composição de espécies,
distribuição e abundância de cefalópodes do talude da região central do
HAIMOVICI, M; COSTA, P. A. S.; SANDOS, R. A.; MARTINS, A. S.; OLAVO, G.
Brasil. In: Costa, P. A. S.; Martins, A. S.; Olavo, G. (eds.). Pesca e
Composição de espécies, distribuição e abundância de cefalópodes do talude
potenciais de exploração de recursos vivos na região central da Zona Econô-
da região central do Brasil. In: COSTA, P. A. S.;OLAVO, G.; MARTINS, A. S.
mica Exclusiva brasileira. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2005. p.106-132.
(Eds.) Biodiversidade da fauna marinha profunda na costa central brasileira.
Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2007 (Série Livros, n.24). p.109-132.
FILIPPOVA, J. A.; ALEKSEEV, D. O.; BIZIKOV, V. A.; KHROMOV, D. N. Commer-
cial and mass cephalopods of the world ocean. A manual for identification.
HAIMOVICI, M.; FREIRE, M. A.; FISCHER, L.; CONCEIÇÃO, W. V. Abundân-
Moscow: Vniro publishing, 1997. 271p.
cia relativa e tamanhos de teleósteos e cefalópodes em águas costeiras
da Plataforma Sul. In: Vooren, C. M.; Klippel, S. (Eds.). Ações para a
GASALLA, M. A.; POSTUMA, F.A.; TOMÁS, A. R. G. Captura de lulas (Mollusca:
conservação de tubarões e raias no sul do Brasil. Porto Alegre: Igaré, 2005.
Cephalopoda) pela pesca industrial desembarcada em Santos: comparação
p.121-127.
após 4 décadas. Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, v.9,
n.2, p.5-8, 2005.
HAIMOVICI, M.; PEREZ, J. A. A. Coastal cephalopod fauna of southern Brazil.
Bulletim of Marine Science, v.49, p.211-230, 1991.
GLEADALL, I. G. Some Old and New Genera of Octopus. Interdisciplinary In-
formation Sciences, v.10, n.2, p.99–112, 2004.
HAIMOVICI, M.; PEREZ, J. A. A.; COSTA, P. A. S. A review of the cephalopods
occurring in the waters of Rio de Janeiro State, Brazil with first records of four
GRAÇA LOPES, R; TOMÁS, A. R. G.; TUTUI, S. L. S.; RODRIGUES, S. E.;
species. Revista Brasileira de Biologia, v.49, n.2, p.503-510. 1989.
PUZZI, A. Fauna acompanhante da pesca camaroeira no litoral do estado
de São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, v.28, n.2,
p.173-188, 2002. HAIMOVICI, M.; PEREZ, J. A. A.; SANTOS, R. A. 1994. Class Cephalopoda
Cuvier, l798. In: RIOS, E.C. (Ed.). Seashells of Brazil. 2.ed. Rio Grande:
GUERRA, A.; VILLANUEVA, R.; NESIS, K. N.; BEDOYA, J. Redescription of the FURG, 1994. p.311-320.
deep-sea cirrate octopod, Cirroteuthis magna Hoyle, 1885, and considerations
on the genus Cirroteuthis (Mollusca: Cephalopoda). Bulletin of Marine Science, HAIMOVICI, M.; PIATKOWSKI, U. Paralarvas de cefalópodes da costa nordes-
v.63, n.1, p.51-81. 1998. te do Brasil. In: WORKSHOP REVIZEE NORDESTE, 1, Recife, ago./1996.
Resumos... Recife. 1996.
GURJÃO, L. M.; FURTADO NETO, M. A. A. Análise de conteúdos estomacais
de quatro golfinhos (Cetacea: Delphinidae) encalhados em praias no litoral HAIMOVICI, M.; PIATKOWSKI, U.; SANTOS, R. A. Cephalopod paralarvae around
do Estado do Ceará, Brasil. Rev. Biociên., Taubaté, v.10, n.1-2, p.39-45, tropical seamounts and oceanic islands off the northeastern coast of Brazil.
jan./jun. 2004. Bulletin of Marine Science, v.71, n.1, p.313-330. 2002.

124 125
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; Franco, F. M. M. Dicionário Eletrônico Houaiss da LU, C. C.; ICKERINGILL, R. Cephalopod beak identification and biomass esti-
língua portuguesa, versão 1.0. Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda., 2001. mation techniques: tools for dietary studies of southern Australian finfishes.
1CD-ROM. Museum Victoria Science Reports, v.6, p.1-65, 2002.

IVERSON, L. K.; PINKAS, L. A pictorial guide to beaks of certain eastern Pacific LUCENA, F. M.; VASKE JR., T.; ELLIS, J. R.; O’BRIEN, C. M. Seasonal variation in the
cephalopods. Bull. Calif. Dep Fish and Game, v.152, p.83-105, 1971. diets of bluefish Pomatomus saltatrix (Pomatomidae) and striped weakfish Cynoscion
guatucupa (Sciaenidae) in southern Brazil: implications of food partitioning. Env.
JAMBEIRO, A. F. Biologia Quantitativa da população de Octopus vulgaris Biol. Fishes, v.57, n.4, p.423-434. 2000.
Cuvier, 1797 no ecossistema recifal de Guarapuá, Cairu – Bahia. 109f.
Monografia (Graduação), Instituto de Biologia, Universidade Federal da MADUREIRA, L. S.; HABIAGA, R. P.; GONÇALVES, A.; GREIG, A. B.; DUVOISIN, A.
Bahia, Salvador-BA, 2002. C.; SOARES, C. F.; FUSE, I. Y.; CALDEIRA, F. G.; CARVALHO, L. R.; WEIGERT,
S. C.; SALDO, P. A.; FERREIRA, C. S. Prospecção de recursos pelágicos por
JORGENSEN, E. M.; STRUGNELL, J. M.; ALLCOCK, A. L. Description and phy- método hidroacústico na plataforma, talude e região oceânica da costa central
logenetic relationships of a new genus of octopus, Sasakiopus (Cephalopoda: do Brasil. São Paulo: Instituto Oceanográfico-USP, 2004 (Série documentos
Octopodidae), from the Bering Sea, with a redescription of Sasakiopus sale- REVIZEE: Score Sul).
brosus (Sasaki, 1920). Journal of Molluscan Studies, v.76, p.57-66, 2010.
Martins, A. S.; Olavo, G.; Costa, P. A. S. Recursos demersais capturados
LEITE, T. S. Caracterização da fauna de polvos (Cephalopoda: Octopodidae) de com espinhel de fundo no talude superior da região entre Salvador (BA) e
águas rasas do litoral e ilhas oceânicas do Nordeste Brasileiro. 94f. Disser- o Cabo de São Tomé (RJ). In: Costa, P. A.S.; Martins, A.S.; Olavo, G.
tação (Mestrado), Rio Grande, 2002. (Eds.). Pesca e potencial de exploração de recursos vivos da região central
da Zona Econômica Exclusiva brasileira. Rio de Janeiro: Museu Nacional,
LEITE, T. S.; ANDRADE, L. C. A.; HAIMOVICI, M.; SANTOS R. A.; OLIVEIRA, 2005 (Série Livros, n.13). p.109-128.
J. E. L. Lulas e Polvos. In: VIANA, D. de L. et al. (Orgs.). O Arquipélago
de São Pedro e São Paulo: 10 anos de Estação Científica. Brasília, DF: MARTINS, R S.; PEREZ, J. A. A. Occurrence of loliginid paralarvae around
SECIRM, 2009. p.186-193 Santa Catarina Island, Southern Brazil. Pan-American Journal of Aquatic
Sciences, v.1, n.1, 2006. p.24-27.
LEITE, T. S.; HAIMOVICI, M.; MOLINA, W.; WARNKE, K. Morphological and genetic
description of Octopus insularis new species (Cephalopoda: Octopodidae), a MARTINS, R S.; PEREZ, J. A. A. A new record of giant squid Architeuthis sp.
cryptic species in the Octopus vulgaris c om plex f r o m t h e t r o p i c a l S o u t h - (Cephalopoda: Oegopsida) in Brazilian waters. Zoologia, v.26, n.4, p. 613-626, 2009.
western A‑tlan t ic . Jo u r n a l o f Molluscan Studies, v.74, p.63-74, 2008.
MATTHEWS, H. R.; RIOS, E. C. Terceira contribuição ao inventário dos moluscos
LEITE, T. S.; LEÃO, J. C.; MENDONÇA, K.; ARAÚJO, D. R.; ARAÚJO, D. G. marinhos do nordeste brasileiro. Arq. Ciên. Mar, v.9, n.1, p.27-35. 1969.
Registros da fauna de cefalópodes (Mollusca) do Arquipélago de São Pedro
e São Paulo/Brasil. In: WORKSHOP CIENTÍFICO/AMBIENTAL – PROGRAMA MELLO, R. M. Análise de conteúdos estomacais, intensidade de alimentação,
ARQUIPÉLAGO, Natal, 2001. Resumos… Natal, 2001. idade e crescimento do espadarte, Xiphias gladius (Xiphioidei: Xiphiidae),
no sul do Brasil. 105f. Dissertação (Mestrado), Fundação Universidade
LESSA, R.; ALMEIDA, Z. Analysis of stomach contents of the smalltail shark Federal do Rio Grande, 1992.
Carcharhinus porosus from northern Brazil. Cybium, v.21, n.2, p.123-133, 1997.
MELLO, R. L. S.; ALBUQUERQUE, A. A. C. Observações sobre a maturação sexual
LEVY, J. A.; HAIMOVICI, M.; CONCEIÇÃO, M. Genetic evidences for two species to de Octopus vulgaris (Cuvier, 1797) na Baía de Tamandaré, Pernambuco. Cader-
the genus Eledone (Cephalopoda: Octopodidae) in South Brazil. Comparative nos Ômega, Univ. Fed. Rural de PE, Recife, n.3, p.7-15, 1992 (Sér. Ci. Aquát.).
Biochemstry and Physiology, v.90b, n.2, p.275-277, 1988.
NESIS, K. Cephalopods of the world. Neptune City, NJ: T.H.F. Publications. 351, p.1987.
LIMA, G. S. F. Estudo biológico de cefalópodes da Zona Econômica Norte brasileira ZEE
N/BR – programa REVIZEE Score Norte. In: Simpósio Amazônia, cidades e PALACIO, F. J. A study of the coastal cephalopods from Brazil with reference to Brazilian
geopolítica das águas, Belém, 2003. Resumos... p.101-197, Belém, 2003. zoogeography. 240f. Coral Gables, Florida. Ph.D. Thesis, University of Miami, 1977.

126 127
PALÁCIO, F. J. Vosseledone charrua: a new patagonian cephalopod (Octopodidae) with RIOS, E. C. Seashells of Brazil. 2.ed. Rio Grande: Ed. Furg, 1994. 492p.
notes on related genera. Bulletin of Marine Science, v.28, n.2, p.282-296. 1978.
Rodrigues, A. R.; Gasalla, M, A. Spatial and temporal patterns in size and maturation of
PERES, M. B.; HAIMOVICI, M. Alimentação do cherne-poveiro Polyprion americanus Loligo plei and Loligo sanpaulensis (Cephalopoda : Loliginidae) in Southeastern Brazil-
(Polyprionidae, Teleostei) no sul do Brasil, Atlântica, Rio Grande, v.25, n.2, ian waters, between 23° S and 27° S. Scientia Marina, v.72, n.4, p.631-643, 2008.
p.201-208, 2003.
ROPER, C. F. E.; SWEENEY, M. J.; NAUEN, C. E. FAO species catalogue. Cephalopods
PEREZ, J. A. A.; AGUIAR, D. C.; OLIVEIRA, U. C. Biology and population dynamics of the world, Roma: FAO Fisheries Synopsis – FAO, n.125, v.3, 1984. 277p.
of the long-finned squid Loligo plei (Cephalopoda: Loliginidae) in southern
Brazilian waters. Fisheries Research, v.58, p.267-279, 2002. ROPER, C. F. E.; YOUNG, R. E. Vertical distribution of pelagic cephalopods.
Smithson. Contrib. Zool., v.209, p.1-51. 1975
PEREZ, J. A. A.; HAIMOVICI, M. Sexual maturation and reproductive cycle of Eledone
massyae Voss,1964 (Cephalopoda, Octopodidade) in Southern Brazil, Bulletin SANTOS, M. B.; PIERCE, G. J.; GARCÍA HARTMANN, M.; SMEENK, C.; DDINK,
of Marine Science, v.49, n.1, p.270-289, 1991(a). M. J.; KUIKEN, T.; REID, R. J.; PATERSON, I. A. P.; LORDAN, C.; ROGAN, E.;
MENTE, E. Additional notes on stomach contents of sperm whales Physeter
PEREZ, J. A. A.; HAIMOVICI, M. Cephalopod collection of the Museu de Zoologia macrocephalus stranded in the north-east Atlantic. J. Mar. Biol. Ass. U.K.,
of Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil. Papéis Avulsos do Museu v.82, p.501-507, 2002.
de Zoologia da Universidade de São Paulo, v.37, n.16, p.251-258. 1991(b).
SANTOS, M. B.; PIERCE, G. J.; HERMAN, J.; LÓPEZ, A.; GUERRA, A.; MENTE, E.;
PEREZ, J. A. A.; HAIMOVICI, M. Cefalópodes coletados em quatro cruzeiros de CLARKE, M. R. Feeding ecology of Cuvier´s beaked whale (Ziphius cavirostris):
prospecção pesqueira demersal no talude continental de Sul do Brasil entre a review with new information on the diet of this species. J. Mar. Biol. Ass.
Chuí (34 o 30’ S) e o Cabo de Santa Marta Grande (28 o 40’ S). Atlântica, Rio U.K., v.81, p.687-694, 2001.
Grande, v.15, p.49-72. 1993.
SANTOS, R. A; HAIMOVICI, M. The Argentine short-finned squid Illex argentinus in
PEREZ, J. A. A.; HAIMOVICI, M.; SANTOS, R. A. Observations on the sexual the food webs of southern Brazil. Sarsia, v.85, p.49-60, 2000.
maturation and reproductive cycle of Eledone gaucha Haimovici, 1988 in
Southern Brazil. Bulletin of the American Malacological Society, Estados SANTOS, R. A.; HAIMOVICI, M. Cephalopods in the diet of marine mammals
Unidos da America, v.141, n.1, p.81-84, 1997. stranded or incidentally caught along Southeastern and Southern Brazil
(21-34 o S). Fish. Res., v.52, p.99-112, 2001.
PEREZ, J. A. A.; MARTINS, R. S.; SANTOS, R. A. Cefalópodes capturados pela
pesca comercial de talude no Sudeste e Sul do Brasil. Notas Técnicas da SANTOS, R. A.; HAIMOVICI, M. Cephalopods in the trophic relations off Southern
Facimar, Itajaí, v.8, p.65-74. 2004. Brazil. Bulletin of Marine Science, v.71, n.2, p.753-770, 2002.

PETROBRAS. Bacia do Espírito Santo. 26/10/2008. Vídeo sobre Taningia danae. SCHWARZ, R.; PEREZ, J. A. A. Diferenciação populacional do calamar-argentino
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=yI6PVJIO88c. (Illex argentinus) (Cephalopoda: Teuthidea) no sul do Brasil através da morfologia
e morfometria do estatólito. Braz. J. Aquat. Sci. Technol., v.11, n.1, p.1-12, 2007.
PINHEIRO, A.; PEREIRA, A. A.; TEIXEIRA, S. F. Primeiro registro de Argonauta
nodosa (Cephalopoda – Octopoda) no Arquipélago de São Pedro e São SERRANO, I. L.; AZEVEDO-JÚNIOR, S. M. Dietas das Aves Marinhas no Parque
Paulo, Brasil. In: WORKSHOP CIENTÍFICO/AMBIENTAL – PROGRAMA Nacional dos Abrolhos, Ornithologia, Bahia, v.1, n.1, p.75-92. 2005.
ARQUIPÉLAGO, Natal, 2001. Resumos… Natal, 2001.
SILVA JR., J. M.; SILVA, F. J. L.; SAZIMA, C.; SAZIMA, I. Trophic relationships of
RINCÓN FO, G.; VASKE JR., T; VOOREN, C. M. Stomach contents and aspects of the spinner dolphin at Fernando de Noronha Archipelago, SW Atlantic. Sientia
reproduction of the onefin skate Gurgesiella dorsalifera (Chondrichthyes: Rajidae) Marina, Barcelona, v.71, n.3, p.505-511, 2007.
off southern Brazil. Neotropical Ichthyology, v.6, n.4, p.689-692. 2008.
SIMONE, L. R. Redescription of Lolliguncula brevis (Blainville) (Myopsida, Loliginidae)
RIOS, E. C. Brazilian marine mollusks iconography. Porto Alegre: Emma, 91 from Southeastern Brazil. Iheringia, v.82, p.141-150. 1997 (Series Zoologia).
plates, 1975. 331p.

128 129
SWEENEY, M. J.; ROPER, C. F. E. Classification, type localities, and type equatorial Atlantic. Boletim do Instituto de Pesca, v.34, n.2, p.241-249, 2008.
repositories of recent Cephalopoda. In: Voss, N. A.; Vecchione, M.; Toll, R.
B.; Sweeney, M. J. (Eds.). Systematics and Biogeography of Cephalopods. VASKE JR., T.; LESSA, R. P.; MONTEIRO, A.; BEZERRA JR., J. L.; A. RIBEIRO,
Part II – Smithsonian Contribution to Zoology, v.586, 1998. p.561-599. A. C.; YOKOTA, L.; MOURA, K.; LOPEZ, K.; FIRMINO, J. P. Programa de
prospecção acústica do Nordeste do Brasil (Levantamento da fauna com
Tomás, A.R.G. Dinâmica Populacional e Avaliação de Estoques do Polvo Comum rede de meia água). Relatório Final. 54p. 2005(b).
Octopus cf. vulgaris Cuvier, 1797 (Mollusca: Cephalopoda: Octopodidae) no
Sudeste-Sul do Brasil. 464f. Tese (Doutorado), Instituto de Biociências de VASKE JR., T.; LESSA, R. P.; NÓBREGA, M. F.; AMARAL, F. M. D.; SILVEIRA, S. R.
Rio Claro, Universidade Estadual Júlio de Mesquista Filho, 2003. M. (Eds.) Arquipélago de São Pedro e São Paulo: histórico e recursos naturais.
Olinda-PE: Editora Livro Rápido-Elógica, 2006. 191p.
VAN DEN HOFF, J. Further observations on the cephalopod diet of Wandering
Albatrosses (Diomedea exulans L.) at Macquire Island. Emu., v.101, p.169-172, 2001. VASKE JR., T.; LESSA, R. P.; TRAVASSOS, P. E.; SALES, L. T.; HAZIN, F. H. V. The
longnose lancetfish, Alepisaurus ferox, Lowe (Pisces: Aulopiformes) from North-
VASKE Jr., T. Alimentação de rêmora Remora osteochir (Cuvier, 1829), e peixe-piloto eastern Brazil. Ciência e Cultura, v.50, p.464-467, 1998.
Naucrates ductor (Linnaeus, 1758), no Sul do Brasil. Rev. Bras. Biol., v.55,
n.2, p.315-321.1995. VASKE, JR., T.; RINCÓN FO, G. Conteúdo estomacal dos tubarões azul (Prionace
glauca) e anequim (Isurus oxyrinchus) em águas oceânicas no Sul do Brasil.
VASKE JR., T. Relações tróficas dos grandes peixes pelágicos da região equatorial Rev. Bras. Biol., v.58, n.3, p.443-450, 1998.
sudoeste do Oceano Atlântico. 145f. Tese (Doutorado), Fundação Universidade
Federal do Rio Grande, 2000. VASKE JR., T.; TEIXEIRA, A. F.; GADIG, O. B. F. Aspectos biológicos do peixe-
-olhudo-dentinho, Synagrops bellus (Actinopterygii: Acropomatidae), da plata-
VASKE JR., T. Cefalópodes oceânicos da zona econômica exclusiva do nordeste do forma externa e talude superior do estado de São Paulo, Brasil. Pan-American
Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, v.31, n.2, p.137-146. 2005. Journal of Aquatic Sciences, v.4, n.2, p.179-187, 2009(a).

VASKE JR., T. Guia de Identificação de Cefalópodes Costeiros e Oceânicos VASKE JR., T.; VOOREN, C. M.; LESSA, R. P. Feeding habits of yellowfin tuna
do Atlântico Sudoeste Equatorial Através das Mandíbulas (Bicos). Olinda: (Thunnus albacares), and wahoo (Acanthocybium solandri) in the Saint Peter
Editora Livro Rápido-Elógica, 2006. 61p. and Saint Paul Archipelago, Brazil. Bol. Inst. Pesca, v.29, n.1, p.173-181, 2003.

VASKE JR., T.; CASTELLO, J. P. Conteúdo estomacal da albacora-laje, Thunnus VASKE JR., T.; VOOREN, C. M.; LESSA R. P. Feeding habits of four species
albacares, durante o inverno e primavera no sul do Brasil. Rev. Bras. Biol., of Istiophoridae (Pisces: Perciformes) from Northeastern Brazil. Env. Biol.
v.58, n.4, p.639-647. 1998. Fishes, v.70, p.293-304, 2004.

VASKE JR., T.; HAZIN, F. H. V.; LESSA, R. P. Pesca e hábitos alimentares do VASKE JR., T.; VOOREN, C. M.; LESSA, R. P. Feeding strategy of the night shark
peixe-rei, Elagatis bipinnulata (Quoy & Gaimard, 1825) (Pisces: Carangidae) no (Carcharhinus signatus) and scalloped hammerhead shark (Sphyrna lewini)
Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Arq. Ciênc. Mar, v. 39, p. 61-65. 2005(a). near seamounts off Northeastern Brazil. Brazilian Journal of Oceanography,
v.57, n.2, p.97-104, 2009(b).
Vaske JR., T; Lessa, R. P. Feeding habits of the common dolphinfish (Coryphaena
hippurus), in the Northeastern Brazil’s Exclusive Economic Zone. Arq. Ciênc. VÉRAS, D. P.; VASKE JR., T.; HAZIN, F. H. V.; LESSA, R. P.; TRAVASSOS, P. E.;
Mar, v.37, p.131-138. 2004. TOLOTTI, M. T.; BARBOSA, T. M.; Stomach contents of the pelagic stingray
(Pteroplatytrygon violacea) (Elasmobranchii: Dasyatidae) from the tropical
VASKE JR., T.; LESSA, R. P. Estratégia alimentar do espadarte, Xiphias gladius, no Atlantic. Brazilian Journal of Oceanography, v.57, n.4, p.339-343, 2009.
Nordeste do Brasil. Trop. Oceanog., Recife, v.33, n.2, p.219-217, 2005.
VIDAL, E. A. G.; HAIMOVICI, M. Digestive tract parasites in rhynchoteuthion squid
VASKE JR., T.; LESSA, R. P.; BARBOSA, T. M.; TRAVASSOS, M. T.; RIBEIRO, paralarvae, particularly in Illex argentinus (Cephalopoda: Ommastrephidae).
A. C. B. Stomach contents of the Caribbean pomfret Brama caribbea (Mead, Fish. Bull., v.97, p.402-405, 1999.
1972) from stomach contents of great pelagic predators from Southwestern

130 131
VILLANUEVA, R.; COLLINS, M. A.; SANCHEZ, P.; VOSS, N. A. Systematics, GLOSSÁRIO
distribution and biology of the cirrate octopods of the genus Opisthoteuthis
(Mollusca, Cephalopoda) in the Atlantic Ocean, with description of two new
species. Bulletin of Marine Science, v.71, n.1, p.933-986, 2002.

WIKIPEDIA. A enciclopedia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/>.


Acesso: mar. 2011.
APARELHO DO MANTO – par de relevos cartilaginosos que unem a parte ante-
ZALESKI, T. Posição sistemática e dinâmica populacional da lula Lolliguncula rior do manto com a cabeça, podendo ser de caráter diagnóstico para algumas
brevis (Mollusca: Cephalopoda). 140f. Dissertação (Mestrado), Universidade famílias de cefalópodes.
Federal do Paraná, 2005.
BENTÔNICO – relativo a bentos; ambiente marinho habitado por organismos
ZANELATTO, R. C. Dieta do boto-cinza, Sotalia fluviatilis (Cetacea, Delphinidae), no que vivem livremente sobre o fundo ou próximo a este, e que dele dependem.
complexo estuarino da Baía de Paranaguá e sua relação com a ictiofauna es-
tuarina. 73f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Paraná, 2001. CALCÁRIO – constituído especialmente por carbonato de cálcio (CaCO3) e
por magnésio; que é composto ou contém sais de cálcio.
ZAVALA-CAMIN, L. A. Hábitos alimentares e distribuição dos atuns e afins
cambriano – primeiro período da Era Paleozóica correspondente, na
(Osteichthyes – Teleostei) e suas relações ecológicas com outras espécies
escala de tempo geológico, ao período entre 495 e 545 milhões de anos
pelágicas das regiões Sudeste e Sul do Brasil. 237f. Tese (Doutorado),
antes do presente.
Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Brasil, 1981.
CETÁCEO – ordem dos mamíferos marinhos que engloba as baleias e os golfinhos.

CIRRO – expansão dérmica filamentosa e curta.

CLORETO DE AMÔNIO – composto químico de baixa densidade que é sinteti-


zado por alguns cefalópodes, principalmente das famílias Histioteuthidae
e Chiroteuthidae, para auxiliar na estruturação do corpo e flutuação. Tem
fórmula NH4Cl.

CONCREÇÃO – acúmulo sucessivo de camadas minerais ao redor de um núcleo.

CORAÇÃO SISTÊMICO (de cefalópode) – coração principal, com uma aurícula


e dois ventrículos.

CORDIFORME – em forma de coração.

CÓRNEO – que é composto por quitina, um polissacarídeo que dá estrutura


e rigidez a determinadas estruturas como bicos e ganchos nos cefalópodes.

DISTAL – relativo à posição mais afastada do centro.

ESTRIA – sulco, saliência, ou coloração reta ou levemente curva na superfície


do corpo.

FAUNA ACOMPANHANTE – aquela que é capturada involutariamente na


pesca que é direcionada a outra espécie. Em geral, é descartada.

132 133
FILAMENTO SENSITIVO – prolongamento da pele com terminações nervosas. PLÂNCTON – organismos aquáticos, geralmente minúsculos, com pouca ou
nenhuma capacidade natatória, que vivem ao sabor das correntes e ventos.
FOTÓFORO – órgão luminoso comum em organismos marinhos de grandes
profundidades (zona afótica), que produz luz por reações químicas ou por ação PORO CEFÁLICO – orifício localizado na região da cabeça.
de bactérias que vivem nas células.
QUILHA – saliência cartilaginosa alongada na pele, normalmente associada à
FUNÇÃO HIDROSTÁTICA – que facilita o deslocamento e flutuação na água; melhoria da natação.
que promove o ajuste do peso do animal ao peso da água, permitindo a regu-
lação da flutuabilidade. QUITINOSO – composto por quitina, um polissacarídeo que dá estrutura e rigidez
a determinados tecidos (p. ex.: rádula, mandíbulas ou bicos de cefalópodes).
FUSIFORME – em forma de fuso ou torpedo, mais espesso ou dilatado
no centro e afilado em direção às extremidades. RETRÁTIL – estrutura que se prolonga e se retrai, ficando guardada numa
câmara quando fora de movimento. O mesmo que retrativo.
GARATÉIA – arte de pesca que consiste de uma ou mais coroas de agulhas
dispostas ao redor de um peso camuflado com plástico colorido, lançada na ROMBOIDAL – em formato de losango.
água por uma linha e utilizada para capturar lulas.
SACO DE NEEDHAM – estrutura do aparelho masculino dos cefalópodes,
GLADIUS – esqueleto interno cartilaginoso dos cefalópodes, derivado da concha utilizada para armazenar os espermatóforos antes do ato reprodutivo.
externa dos ancestrais e que auxilia na sustentação do corpo.
SAGITADA (nadadeira) – em forma de flecha ou seta.
IRIDESCENTE – que tem as cores do arco-íris pela incidência da luz.
SÉPIA – molusco cefalópode de formato arredondado, com nadadeiras que não
LUMINESCÊNCIA – emissão de luz por certos animais através de órgãos como se fundem na extremidade do corpo e com membrana nos olhos. Ocorrem nos
os fotóforos. oceanos Pacífico, Índico, Mar Mediterrâneo e Caribe. O mesmo que siba ou choco.

MANTO – membrana resistente que cobre o corpo (a massa visceral) dos moluscos. SIMETRIA BILATERAL – simetria que divide um corpo ao longo de um único
plano em duas metades idênticas.
MEMBRANA – estrutura fina, plana e ampla, que recobre a parte entre os braços
de muitas espécies de cefalópodes, particularmente os polvos. SUTURA (da concha) – linha visível que une dois segmentos de uma concha,
dando um aspecto de desenho.
NECTÔNICO – relativo aos organismos que se locomovem ativamente na meia
água, como peixes, lulas, baleias, entre outros. TALUDE – parte do assoalho marinho com declive muito acentuado, localizado
entre a plataforma e a margem continental.
OVÓCITO – célula germinativa feminina produzida nos ovários e que se tornará
ovo após a fecundação. O mesmo que oócito. TUBÉRCULO – projeção saliente e arredondada da pele.

PAPILA – saliência pequena, em formado de dedo, na superfície da pele. ZONA AFÓTICA – região da camada oceânica onde há ausência total de luz
solar (em geral com mais de 200 m de profundidade).
PARALELOGRAMO – polígono de quatro lados, cujos lados opostos são iguais
e paralelos. Algo parecido com um retângulo com lados inclinados. ZONA DISFÓTICA – região da camada oceânica onde há a transição da pre-
sença para a ausência total de luz solar.
PINÍPEDE – relativo à subordem Pinnipedia, mamíferos marinhos representados
pelas focas, morsas, leões e lobos-marinhos. ZONA FÓTICA – região da camada oceânica iluminada pela luz solar.

134 135
APÊNDICE I
Fotos de Bicos e de Algumas Espécies da Costa Brasileira
fotóforos
170 cm

A lula Taningia danae (OCTOPOTEUTHIDAE),


apresenta os maiores fotóforos conhecidos no mundo animal
A lula Moroteuthis robsoni (ONYCHOTEUTHIDAE)

136 137
LULAS
Sepioteuthis sepioidea
Família SEPIOLidae
Heteroteuthis dispar

Família ANCISTROCHEIRIdae
Família LOLIGINidae
Ancistrocheirus lesueuri
Loligo plei

Loligo surinamensis

Família CHIROTEUTHIdae
Chiroteuthis sp.

Lolliguncula brevis

6 cm

138 139
Família CHIROTEUTHIdae (continuação)
Chiroteuthis capensis Megalocranchia maxima

Chiroteuthis veranyi veranyi

Taonius pavo

Grimalditeuthis bonplandi
Grimalditeuthis bonplandi

Família CYCLOTEUTHIdae
Discoteuthis discus

2,5 cm

Família CRANCHIIdae
Liocranchia reinhardti

140 141
Família ENOPLOTEUTHIdae Família HISTIOTEUTHIdae
Abralia veranyi Histioteuthis corona corona

Enoploteuthis anapsis
Histioteuthis machrohista

Enoploteuthis leptura leptura

Família LEPIDOTEUTHIdae
Lepidoteuthis grimaldii

142 143
Família PHOLIDOTEUTHIdae Família OMMASTREPHIdae
Pholidoteuthis adami Hyaloteuthis pelagica

Família MASTIGOTEUTHIdae
Mastigoteuthis sp.
Illex argentinus

Família OCTOPOTEUTHIdae
Octopoteuthis megaptera
Illex coindetii

144 145
Família OMMASTREPHIdae (continuação) Família Onychoteuthidae
Ommastrephes bartramii Moroteuthis robsoni

Ornithoteuthis antillarum Onykia carriboea

Sthenoteuthis pteropus
Família PYROTEUTHIdae
Pyroteuthis margaritifera

146 147
POLVOS
Família PTERYGIOTEUTHIdae
Pterygioteuthis giardi giardi
Família ALLOPOSIdae
Haliphron atlanticus

Família THYSANOTEUTHIdae
Thysanoteuthis rhombus
Família ARGONAUTIdae
Argonauta nodosa

Família VAMPYROTEUTHIdae
Vampyroteuthis infernalis
Família BOLITAENIdae
Japetella diaphana

148 149
Família OCTOPODIdae
Eledone gaucha Octopus tehuelchus

5 cm
8 cm

Eledone massyae
Octopus vulgaris

Octopus defilippi
Vosseledone charrua

150 151
Família OCYTHOIdae
Ocythoe tuberculata

Família TREMOCTOPODIdae
Tremoctopus violaceus violaceus

APÊNDICE II
Lista das 812 Espécies Atuais de Cefalópodes Conhecidas no Planeta

15 cm

O polvo Octopus sp. (Octopodidae)

152 153
A lista a seguir é uma compilação das 812 espécies de cefalópodes S. chirotrema Berry, 1918
atuais conhecidas no mundo, sendo sete náutilus, 189 sépias, 307 lulas e 309 S. dollfusi Adam, 1941
polvos, algumas ainda com identificações duvidosas estão em fase de des- S. elobyana Adam, 1941
crição ou redescrição. As espécies destacadas em negrito, são as que têm S. gibba Ehrenberg, 1831
registro para águas ao longo costa brasileira, incluindo mar territorial e parte S. hierredda Rang, 1835
das águas internacionais. S. insignis Smith, 1916
S. irvingi Meyer, 1909
Classe CEPHALOPODA Cuvier, 1797
S. latimanus Quoy & Gaimard, 1832
Subclasse Nautiloidea Agassiz, 1847
S. mestus Gray, 1849
Ordem Nautilida Agassiz, 1847
S. novaehollandiae Hoyle, 1909
Família Nautilidae Blainville, 1825
S. officinalis Linnaeus, 1758
Nautilus Linnaeus, 1758
S. papillata Quoy & Gaimard, 1832
N. belauensis Saunders, 1981
S. papuensis Hoyle, 1885
N. macromphalus Sowerby, 1849
S. pharaonis Ehrenberg, 1831
N. pompilius pompilius Linnaeus, 1758
S. plangon Gray, 1849
N. pompilius suluensis Habe & Okutani, 1988
S. plathyconchalis Filippova & Khromov, 1991
N. stenomphalus Sowerby, 1848
S. rozella (Iredale, 1926)
Allonautilus Ward & Saunders, 1997
S. simoniana Thiele, 1920
A. perforatus (Conrad, 1849)
S. tuberculata Lamarck, 1798
A. scrobiculatus (Lightfoot, 1786)
S. vermiculata Quoy & Gaimard, 1832
Subclasse Coleoidea Bather, 1888
Sepia (Acanthosepion) Rochebrune, 1884
Ordem Spirulida Stolley, 1919
S. aculeata Van Hasselt, 1835
Família Spirulidae Owen, 1836
S. brevimana Steenstrup, 1875
Spirula Lamarck, 1799 S. esculenta Hoyle, 1885
S. spirula (Linnaeus, 1758) S. lycidas Gray, 1849
Ordem Sepiida Zittel, 1895 S. prashadi Winckworth, 1936
Família Sepiadariidae Fischer, 1882 S. recurvirostra Steenstrup, 1875
Sepiadarium Steenstrup, 1881 S. savignyi Blainville, 1827
S. auritum Robson, 1914 S. stellifera Homenko & Khromov, 1984
S. austrinum Berry, 1921 S. thurstoni Adam & Rees, 1966
S. gracilis Voss, 1962 S. zanzibarica Pfeffer, 1884
S. kochi Steenstrup, 1881 Sepia (Anomalosepia) Khromov, 1987
S. nipponianum Berry, 1932 S. australis Quoy & Gaimard, 1832
Sepioloidea Orbigny, 1845 S. omani Adam & Rees, 1966
S. lineolata (Quoy & Gaimard, 1832) S. sulcata Hoyle, 1885
S. pacifica (Kirk, 1882) Sepia (Doratosepion) Rochebrune, 1884
Família Sepiidae Leach, 1817 S. adami Roeleveld, 1972
Metasepia Hoyle, 1885 S. andreana Steenstrup, 1875
M. pfefferi Hoyle, 1885 S. appellofi Wülker, 1910
M. tullbergi (Appellöf, 1886) S. arabica Massy, 1916
Sepia (Sepia) Linnaeus, 1758 S. aureomaculata Okutani & Horikawa, 1987
S. angulata Roeleveld, 1972 S. bathyalis Khromov, Nikitina & Nesis, 1991
S. apama Gray, 1849 S. bidhaia Reid, 2000
S. bandensis Adam, 1939 S. braggi Verco, 1907
S. bertheloti Orbigny, 1835 S. burnupi Hoyle, 1904

154 155
S. carinata Sasaki, 1920 S. opipara (Iredale, 1926)
S. confusa Smith, 1916 S. orbignyana Ferussac, 1826
S. cottoni Adam, 1979 S. reesi Adam, 1979
S. elongata Orbigny, 1839 S. rex (Iredale, 1926)
S. erostrata Sasaki, 1929 S. vossi Khromov, 1996
S. foliopeza Okutani & Tagawa, 1987 Sepia (Subgêneros indeterminados)
S. incerta Smith, 1916 S. bartletti (Iredale, 1954)
S. ivanovi Khromov, 1982 S. baxteri (Iredale, 1940)
S. joubini Massy, 1927 S. dannevigi Berry, 1918
S. kiensis Hoyle, 1885 S. elliptica Hoyle, 1885
S. kobiensis Hoyle, 1885 S. mira (Cotton, 1932)
S. koilados Reid, 2000 S. plana Lu & Reid, 1997
S. limata (Iredale, 1926) S. senta Lu & Reid, 1997
S. longipes Sasaki, 1914 S. whitleyana Iredale, 1926
S. lorigera Wülker, 1910 Sepiella Gray, 1849
S. mascarensis Filippova & Khromov, 1991 S. cyanea Robson, 1924
S. mirabilis Khromov, 1988 S. inermis (Van Hasselt, 1835)
S. murrayi Adam & Rees, 1966 S. japonica Sasaki, 1929
S. pardalis Sasaki, 1914 S. mangkangunga Reid & Lu, 1998
S. peterseni Appellöf, 1886 S. ocellata Pfeffer, 1884
S. rhoda (Iredale, 1954) S. ornata (Rang, 1837)
S. saya Khromov, Nikitina & Nesis, 1991 S. weberi Adam, 1939
S. sewelli Adam & Rees, 1966 Ordem Sepiolida Fioroni, 1981
S. sokotriensis Khromov, 1988 Família Idiosepiidae Appellöf, 1898
S. subtenuipes Okutani & Horikawa, 1987 Idiosepius Steenstrup, 1881
S. tala Khromov, Nikitina & Nesis, 1991 I. biserialis Voss, 1962
S. tanybracheia Reid, 2000 I. macrocheir Voss, 1962
S. tenuipes Sasaki, 1929 I. minimus (Orbigny, 1835)
S. tokioensis Ortmann, 1888 I. notoides Berry, 1921
S. trygonina (Rochebrune, 1884) I. paradoxus (Ortmann, 1888)
S. vercoi Adam, 1979 I. picteti (Joubin, 1894)
S. vietnamica Khromov, 1987 I. pygmaeus Steenstrup, 1881
Sepia (Hemisepius) Steenstrup, 1875 I. thailandicus Chotiyaputta, Okutani & Chaitiamvong, 1991
S. dubia Adam & Rees, 1966 Família Sepiolidae Leach, 1817
S. faurei Roeleveld, 1972 Austrorossia Berry, 1918
S. pulchra Roeleveld & Liltved, 1985 A. antillensis (Voss, 1955)
S. robsoni (Massy, 1927) A. australis Berry, 1918
S. typica (Steenstrup, 1875) A. bipapillata (Sasaki, 1920)
Sepia (Rhombosepion) Rochebrune, 1884 A. enigmatica (Robson, 1924)
S. acuminata Smith, 1916 A. mastigophora (Chun, 1915)
S. cultrata Hoyle, 1885 Euprymna Steenstrup, 1887
S. elegans Blainville, 1827 E. albatrossae Voss, 1962
S. hedleyi Berry, 1918 E. berryi Sasaki, 1929
S. hieronis (Robson, 1924) E. hoylei Adam, 1986
S. madokai Adam, 1939 E. hyllebergi Nateewathana, 1997

156 157
E. morsei (Verrill, 1881) S. neglecta Naef, 1916
E. penares (Gray, 1849) S. oweniana (Orbigny, 1839)
E. phenax Voss, 1962 S. petersi (Steenstrup, 1887)
E. scolopes Berry, 1913 Sepiola Leach, 1817
E. stenodactyla (Grant, 1833) S. affinis Naef, 1912
E. tasmanica (Pfeffer, 1884) S. atlantica Orbigny, 1839
Heteroteuthis (Heteroteuthis) Gray, 1849 S. aurantiaca Jatta, 1896
H. dispar (Rüppell, 1844) S. birostrata Sasaki, 1918
H. weberi Joubin, 1902 S. intermedia Naef, 1912
Heteroteuthis (Stephanoteuthis) Berry, 1909 S. knudseni Adam, 1983
H. dagamensis Robson, 1924 S. ligulata Naef, 1912
H. hawaiiensis (Berry, 1909) S. parva Sasaki, 1913
H. serventyi Allan, 1945 S. pfefferi Grimpe, 1921
Inioteuthis Verrill, 1881 S. robusta Naef, 1912
I. capensis Voss, 1962 S. rondeleti Leach in Ferussac & Orbigny, 1834
I. japonica (Orbigny, 1845) S. rossiaeformis Pfeffer, 1884
I. maculosa Goodrich, 1896 S. steenstrupiana Levy, 1912
Iridoteuthis Naef, 1912 S. trirostrata Voss, 1962
I. iris (Berry, 1909) Sepiolina Naef, 1912
I. maoria Dell, 1959 S. nipponensis (Berry, 1911)
Nectoteuthis Verrill, 1883 Stoloteuthis Verrill, 1881
N. pourtalesi Verrill, 1883 S. leucoptera (Verrill, 1878)
Neorossia Boletzky, 1971 Ordem Teuthida Naef, 1916
N. caroli (Joubin, 1902) Família Loliginidae Lesueur, 1821
N. leptodons Reid, 1992 Loligo (Alloteuthis) Wülker, 1920
Rondeletiola Naef, 1921 L. africana Adam, 1950
R.minor (Naef, 1912) L. media (Linnaeus, 1758)
L. subulata Lamarck, 1798
Rossia Owen, 1834
Loligo (Loligo) Lamarck, 1798
R. brachyura Verrill, 1883
L. vulgaris reynaudi Orbigny, 1839
R. bullisi Voss, 1956 L. vulgaris vulgaris Lamarck, 1798
R. glaucopis Loven, 1845
Loligo (Subgêneros indeterminados)
R. macrosoma (Chiaie, 1830)
L. bleekeri Keferstein, 1866
R. megaptera Verrill, 1881
L. gahi Orbigny, 1835
R. moelleri Steenstrup, 1856
L. ocula Cohen, 1976
R. mollicella Sasaki, 1920
L. opalescens Berry, 1911
R. pacifica diegensis Berry, 1912
L. pealeii Lesueur, 1821
R. pacifica pacifica Berry, 1911
R. palpebrosa Owen, 1834 L. plei Blainville, 1823
L. roperi Cohen, 1976
R. tortugaensis Voss, 1956
L. sanpaulensis Brakoniecki, 1984
Semirossia Steenstrup, 1887
S. equalis (Voss, 1950) L. surinamensis Voss, 1974
S. patagonica (Smith, 1881) Loliolus (Loliolus) Steenstrup, 1856
L. affinis Steenstrup, 1856
S. tenera (Verrill, 1880)
L. hardwickei (Gray, 1849)
Sepietta Naef, 1912

158 159
Loliolus (Nipponololigo) Natsukari, 1983 Architeuthis Steenstrup, 1857
L. beka (Sasaki, 1929) A. dux Steenstrup, 1857
L. japonica (Hoyle, 1885) A. hartingii Verrill, 1875
L. sumatrensis (Orbigny, 1835) A. japonica Pfeffer, 1912
L. uyii (Wakiya & Ishikawa, 1921) A. kirkii Robson, 1887
Lolliguncula (Lolliguncula) Steenstrup, 1881 A. martensi (Hilgendorf, 1880)
L. brevis (Blainville, 1823) A. physeteris (Joubin, 1900)
L. mercatoris Adam, 1941 A. sanctipauli (Velain, 1877)
L. panamensis Berry, 1911b A. stockii (Kirk, 1882)
Lolliguncula (Loliolopsis) Berry, 1929 Família Bathyteuthidae Pfeffer, 1900
L. diomedeae (Hoyle, 1904) Bathyteuthis Hoyle, 1885
Sepioteuthis Blainville, 1824 B. abyssicola Hoyle, 1885
S. australis Quoy & Gaimard, 1832 B. bacidifera Roper, 1968
S. lessoniana Ferussac, 1830 B. berryi Roper, 1968
S. loliginiformis (Rüppell & Leuckart, 1828) Família Batoteuthidae Young & Roper, 1968
S. sepioidea (Blainville, 1823) Batoteuthis Young & Roper, 1968
Uroteuthis (Photololigo) Natsukari, 1984 B. skolops Young & Roper, 1968
U. abulati (Adam, 1955) Família Brachioteuthidae Pfeffer, 1908
U. arabica (Ehrenberg, 1831) Brachioteuthis Verrill, 1881a:405
U. bengalensis (Jothinayagam, 1987) B. beani Verrill, 1881
U. chinensis (Gray, 1849) B. behni (Steenstrup, 1882)
U. duvauceli (Orbigny, 1835) B. bowmani Russell, 1909
U. noctiluca (Lu, Roper & Tait, 1985) B. picta Chun, 1910
U. qedulis (Hoyle, 1885) B. riisei (Steenstrup, 1882)
U. reesi (Voss, 1962) Família Chiroteuthidae Gray, 1849
U. robsoni (Alexeyev, 1992) Asperoteuthis Nesis, 1980
U. sibogae (Adam, 1954) A. acanthoderma Lu, 1977
U. singhalensis (Ortmann, 1891) A. mangoldae Young et al., 2007
U. vossi (Nesis, 1982) Chiroteuthis (Chiroteuthis) Orbigny, 1841
Uroteuthis (Uroteuthis) Rehder, 1945 C. calyx Young, 1972
U. bartschi Rehder, 1945 C. capensis Voss, 1967
Pickfordiateuthis Voss, 1953 C. joubini Voss, 1967
P. pulchella Voss, 1953 C. spoeli Salcedo-Vargas, 1996
P. vossi Brakoniecki, 1996 C. veranyi lacertosa Verrill, 1881
Outros Loliginidae ainda indeterminados: C. veranyi veranyi (Ferussac, 1835)
L. argus Brakoniecki & Roper, 1985 Chiroteuthis (Chirothauma) Chun, 1910
L. forbesii Steenstrup, 1856 C. atlanticus (MacDonald & Clench, 1934)
L. pickfordi Adam, 1954 C. imperator Chun, 1908
L. vietnamensis Nguyen, 1994 C. picteti picteti Joubin, 1894
Subordem Oegopsina Orbigny, 1845 C. picteti somaliensis Salcedo-Vargas, 1996
Família Ancistrocheiridae Pfeffer, 1912 Chiroteuthis (Subgênero indeterminado)
Ancistrocheirus Gray, 1849 C. mega (Joubin, 1932)
A. lesueuri (Orbigny, 1842) Grimalditeuthis Joubin, 1898
Família Architeuthidae Pfeffer, 1900 G. bonplandi (Verany, 1839)

160 161
Planctoteuthis Pfeffer, 1912 L. valdiviae Chun, 1910
P. danae (Joubin, 1931) Megalocranchia Pfeffer, 1884
P. levimana (Lönnberg, 1896) M. abyssicola (Goodrich, 1896)
P. oligobessa Young, 1972 M. maxima Pfeffer, 1884
Família Chtenopterygidae Grimpe, 1922 M. oceanica (Voss, 1960)
Chtenopteryx Appellöf, 1890 Mesonychoteuthis Robson, 1925
C. chuni Pfeffer, 1912 M. hamiltoni Robson, 1925
C. sepioloides Rancurel, 1970 Sandalops Chun, 1906
C. sicula (Verany, 1851) S. melancholicus Chun, 1906
Família Cranchiidae Prosch, 1847 Taonius Steenstrup, 1861
Bathothauma Chun, 1906
T. pavo (Lesueur, 1821)
B. lyromma Chun, 1906
Teuthowenia Chun, 1910
Belonella Lane, 1957
T. maculata (Leach, 1817)
B. belone (Chun, 1906)
T. megalops (Prosch, 1847)
B. borealis Nesis, 1972
T. pellucida (Chun, 1910)
Cranchia Leach, 1817
Família Cycloteuthidae Naef, 1923
C. scabra Leach, 1817
Cycloteuthis Joubin, 1919
Drechselia Joubin, 1931
C. akimushkini Filippova, 1968
D. danae Joubin, 1931
C. sirventi Joubin, 1919
Egea Joubin, 1933
E. inermis Joubin, 1933
Discoteuthis Young & Roper, 1969
Galiteuthis Joubin, 1898 D. discus Young & Roper, 1969
G. armata Joubin, 1898 D. laciniosa Young & Roper, 1969
G. glacialis (Chun, 1906) Família Enoploteuthidae Pfeffer, 1900
G. pacifica (Robson, 1948) Abralia (Abralia) Gray, 1849
G. phyllura Berry, 1911 A. armata (Quoy & Gaimard, 1832)
G. suhmi (Hoyle, 1885) A. multihamata Sasaki, 1929
Helicocranchia Massy, 1907 A. renschi Grimpe, 1931
H. joubini (Voss, 1962) A. spaercki Grimpe, 1931
H. papillata (Voss, 1960) A. steindachneri Weindl, 1912
H. pfefferi Massy, 1907 Abralia (Asteroteuthis) Pfeffer, 1908
Leachia (Leachia) Lesueur, 1821 A. veranyi (Rüppell, 1844)
L. cyclura Lesueur, 1821 Abralia (Astrabralia) Nesis, 1987
L. ellipsoptera Adams & Reeve, 1848 A. astrolineata Berry, 1914
Leachia (Pyrgopsis) Rochebrune, 1884 A. astrosticta Berry, 1909
L. atlantica (Degner, 1925) Abralia (Enigmoteuthis) Adam, 1973
L. pacifica (Issel, 1908) A. dubia (Adam, 1960)
L. rynchophorus Rochebrune, 1884 A. fasciolata Tsuchiya,1991
A. marisarabica Okutani, 1983
Liguriella Issel, 1908
Abralia (Heterabralia) Tsuchiya & Okutani, 1988
P. pardus (Berry, 1916)
A. andamanica Goodrich, 1896
P. podophthalma Issel, 1908 A. heminuchalis Burgess, 1992
Liocranchia Pfeffer, 1884 A. robsoni Grimpe, 1931
L. gardineri Robson, 1921 A. siedleckyi Lipinski, 1983
L. reinhardti (Steenstrup, 1856) A. trigonura Berry, 1913

162 163
Abralia (Pygmabralia) Nesis, 1987 Gonatus (Gonatus) Gray, 1849
A. grimpei Voss, 1959 G. antarcticus Lönnberg, 1898
A. omiae Hidaka & Kubodera 2000 G. berryi Naef, 1923
A. redfieldi Voss, 1955 G. californiensis Young, 1972
A. similis Okutani & Tsuchiya, 1987 G. fabricii (Lichtenstein, 1818)
Abraliopsis (Abraliopsis) Joubin, 1896 G. madokai Kubodera & Okutani, 1977
A. hoylei (Pfeffer, 1884) G. kamtschaticus (Middendorf, 1849)
A. pacificus Tsuchiya & Okutani, 1990 G. onyx Young, 1972
A. pfefferi Joubin, 1896 G. oregonensis Jefferts, 1985
A. tui Riddell, 1985 G. pyros Young, 1972
Abraliopsis (Boreabraliopsis) Tsuchiya & Okutani, 1988 G. steenstrupi Kristensen, 1981
A. felis McGowan & Okutani, 1968 G. ursabrunae Jefferts, 1985
Abraliopsis (Micrabralia) Pfeffer, 1900 Gonatopsis (Boreoteuthis) Nesis, 1971
A. gilchristi (Robson, 1924) G. borealis Sasaki, 1923
A. lineata (Goodrich, 1896) Gonatopsis (Gonatopsis) Sasaki, 1920
A. morisi (Verany, 1839) G. japonicus Okiyama, 1969
Abraliopsis (Pfefferiteuthis) Tsuchiya & Okutani, 1988 G. makko Okutani & Nemoto, 1964
A. affinis (Pfeffer, 1912) G. octopedatus Sasaki, 1920
A. atlantica Nesis, 1982 G. okutanii Nesis, 1972
A. chuni Nesis, 1982 Família Histioteuthidae Verrill, 1881
A. falco Young, 1972 Histioteuthis Orbigny, 1841
Enoploteuthis (Enoploteuthis) Orbigny, 1844 H. arcturi (Robson, 1948)
E. leptura leptura (Leach, 1817) H. atlantica (Hoyle, 1885)
E. leptura magnoceani Nesis, 1982 H. bonnellii (Ferussac, 1834)
E. obliqua Burgess, 1982 H. celetaria celetaria (Voss, 1960)
E. octolineata Burgess, 1982 H. celetaria pacifica (Voss, 1962)
E. reticulata Rancurel, 1970 H. corona berryi Voss, 1969
Enoploteuthis (Paraenoploteuthis) Tsuchiya & Okutani, 1988 H. corona cerasina Nesis, 1971
E. anapsis Roper, 1964 H. corona corona (Voss & Voss, 1962)
E. chunii Ishikawa, 1914 H. corona inermis Taki, 1964
E. galaxias Berry, 1918 H. eltaninae Voss, 1969
E. higginsi Burgess, 1982 H. heteropsis (Berry, 1913)
E. jonesi Burgess, 1982 H. hoylei (Goodrich, 1896)
E. semilineata Alexeyev, 1994 H. machrohista Voss, 1969
Watasenia Ishikawa, 1914 H. meleagroteuthis (Chun, 1910)
W. scintillans (Berry, 1911) H. miranda (Berry, 1918)
Família Gonatidae Hoyle, 1886 H. oceani (Robson, 1948)
Berryteuthis Naef, 1921 H. reversa (Verrill, 1880)
B. anonychus Pearcy & Voss, 1963 Família Joubiniteuthidae Naef, 1922
B. magister magister (Berry, 1913) Joubiniteuthis Berry, 1920
B. magister nipponensis Okutani & Kubodera, 1987 J. portieri (Joubin, 1916)
B. magister shevtsovi Katugin, 2000 Família Lepidoteuthidae Pfeffer, 1912
Gonatus (Eogonatus) Nesis, 1972 Lepidoteuthis Joubin, 1895
G. tinro Nesis, 1972 L. grimaldii Joubin, 1895

164 165
Família Pholidoteuthidae Adam, 1950 N. thielei Naef, 1921
Pholidoteuthis Adam, 1950 Nototeuthis Nesis & Nikitina, 1986
P. adami Voss, 1956 N. dimegacotyle Nesis & Nikitina, 1986
P. boschmai Adam, 1950 Família Octopoteuthidae Berry, 1912
Família Lycoteuthidae Pfeffer, 1908 Octopoteuthis Rüppell, 1844
Lampadioteuthis Berry, 1916 O. danae Joubin, 1931
L. megaleia Berry, 1916 O. deletron Young, 1972
Lycoteuthis Pfeffer, 1900 O. indica Naef, 1923
L. lorigera (Steenstrup, 1875) O. megaptera (Verrill, 1885)
L. springeri (Voss, 1956) O. nielseni Robson, 1948
Nematolampas Berry, 1913 O. rugosa Clarke, 1980
N. regalis Berry, 1913 O. sicula Rüppell, 1844
Selenoteuthis Voss, 1959 Taningia Joubin, 1931
S. scintillans Voss, 1959 T. danae Joubin, 1931
Família Magnapinnidae Vecchione & Young, 1998 T. persica (Naef, 1923)
Idioteuthis Sasaki, 1916 Família Ommastrephidae Steenstrup, 1857
I. cordiformis Chun, 1908a Dosidicus Steenstrup, 1857
I. danae (Joubin, 1933) D. gigas (Orbigny, 1835)
I. famelica (Berry, 1909) Eucleoteuthis Berry, 1916
I. hjorti (Chun, 1913). E. luminosa (Sasaki, 1915)
I. latipinna (Sasaki, 1916) Hyaloteuthis Gray, 1849
I. okutanii Salcedo-Vargas, 1997 H. pelagica (Bosc, 1802)
I. tyroi Salcedo-Vargas, 1997
Illex Steenstrup, 1880
Magnapinna Vecchione & Young, 1998
I. argentinus (Castellanos, 1960)
M. pacifica Vecchione & Young, 1998
Família Mastigoteuthidae Verrill, 1881 I. coindetii (Verany, 1839)
I. illecebrosus (Lesueur, 1821)
Mastigoteuthis Verrill, 1881b
I. oxygonius Roper, Lu & Mangold, 1969
M. agassizii Verrill, 1881
Martialia Rochebrune & Mabile, 1889
M. atlantica Joubin, 1933
M. hyadesi Rochebrune & Mabile, 1889
M. dentata Hoyle, 1904
Nototodarus Pfeffer, 1912
M. flammea Chun, 1908
N. gouldi (McCoy, 1888)
M. glaukopsis Chun, 1908
N. hawaiiensis (Berry, 1912)
M. grimaldii (Joubin, 1895)
N. sloanii (Gray, 1849)
M. inermis Rancurel, 1972
M. iselini MacDonald & Clench, 1934 Ommastrephes Orbigny, 1834
M. magna Joubin, 1913 O. bartramii (Lesueur, 1821)
M. psychrophila Nesis, 1977 Ornithoteuthis Okada, 1927
M. pyrodes Young, 1972 O. antillarum Adam, 1957
M. schmidti Degner, 1925 O. volatilis (Sasaki, 1915)
M. talismani (Fischer & Joubin, 1907) Sthenoteuthis Verrill, 1880
Família Neoteuthidae Naef, 1921 S. oualaniensis (Lesson, 1830)
Alluroteuthis Odhner, 1923 S. pteropus (Steenstrup, 1855)
A. antarctica Odhner, 1923 Todarodes Steenstrup, 1880
Neoteuthis Naef, 1921 T. angolensis Adam, 1962

166 167
T. filippovae Adam, 1975 P. microlampas Berry, 1913
T. pacificus pacificus (Steenstrup, 1880) Pyroteuthis Hoyle, 1904
T. pacificus pusillus Dunning, 1988 P. addolux Young, 1972
T. sagittatus (Lamarck, 1798) P. margaritifera (Rüppell, 1844)
Todaropsis Girard, 1890 P. serrata Riddell, 1985
T. eblanae (Ball, 1841) Família Thysanoteuthidae Keferstein, 1866
Família Onychoteuthidae Gray, 1849 Thysanoteuthis Troschel, 1857
Ancistroteuthis Gray, 1849 T. danae (Joubin, 1933)
A. lichtensteini Ferussac, 1835 T. nuchalis Pfeffer, 1912
Kondakovia Filippova, 1972 T. rhombus Troschel, 1857
K. longimana Filippova, 1972 Família Walvisteuthidae Nesis & Nikitina, 1986
Moroteuthis Verrill, 1881 Walvisteuthis Nesis & Nikitina, 1986
M. ingens Smith, 1881 W. virilis Nesis & Nikitina, 1986
M. knipovitchi Filippova, 1972 Parateuthis Thiele, 1920
M. lönnbergii Ishikawa & Wakiya, 1914 P. tunicata Thiele, 1920
M. robsoni Adam, 1962 Ordem Octopoda Leach, 1818
M. robusta (Verrill, 1876) Subordem Cirrina Grimpe, 1916
Notonykia Nesis, Roeleveld & Nikitina, 1998 Família Cirroteuthidae Keferstein, 1866
N. africanae Nesis, Roeleveld & Nikitina, 1998 Cirroteuthis Eschricht, 1836
Onychoteuthis Lichtenstein, 1818 C. hoylei Robson, 1932
O. banksii (Leach, 1817) C. magna Hoyle, 1885
O. borealijaponica Okada, 1927 C. massyae Grimpe, 1920
O. compacta (Berry, 1913) C. mülleri Eschricht, 1836
O. meridiopacifica Rancurel & Okutani, 1990 Cirrothauma Chun, 1911
Onykia Lesueur, 1821 C. murrayi Chun, 1911
O. appellöfi (Pfeffer, 1900) Froekenia Hoyle, 1904
O. carriboea Lesueur, 1821 F. clara Hoyle, 1904
O. indica Okutani, 1981 Família Opisthoteuthidae Verrill, 1896
O. intermedia (Pfeffer, 1912) Cirroctopus Naef, 1923
O. platyptera (Orbigny, 1834) C. antarctica (Kubodera & Okutani, 1986)
O. rancureli Okutani, 1981 C. glacialis (Robson, 1930b)
O. verrilli (Pfeffer, 1900) C. hochbergi O’Shea, 1999
Família Promachoteuthidae Naef, 1912 C. mawsoni (Berry, 1917)
Promachoteuthis Hoyle, 1885 Opisthoteuthis Verrill, 1883
P. megaptera Hoyle, 1885 O. agassizii Verrill, 1883
P. sulcus Young, 2007 O. californiana Berry, 1949
Família Psychroteuthidae Thiele, 1920 O. chathamensis O’Shea, 1999
Psychroteuthis Thiele, 1920 O. depressa Ijima & Ikeda, 1895
P. glacialis Thiele, 1920 O. dongshaensis Chung-Cheng, 2010
Família Pyroteuthidae Pfeffer, 1912 O. extensa Thiele in Chun, 1915
Pterygioteuthis Fischer, 1896 O. grimaldii (Joubin, 1903)
P. giardi giardi Fischer, 1896 O. japonica Taki, 1962
P. giardi hoylei (Pfeffer, 1912) O. medusoides Thiele in Chun, 1915
P. gemmata Chun, 1908 O. mero O’Shea, 1999

168 169
O. persephone Berry, 1918 A. nouryi Lorois, 1852
O. philipii Oommen, 1976 A. pacifica Dall, 1871
O. pluto Berry, 1918 Família Bolitaenidae Chun, 1911
O. robsoni O’Shea, 1999 Bolitaena Steenstrup, 1859
O. vossi Sanchez & Guerra, 1989 B. massyae massyae (Robson, 1924)
Família Grimpoteuthididae O’Shea, 1999 B. massyae purpurea (Robson, 1930)
Enigmatiteuthis O’Shea, 1999 B. microcotyla Steenstrup in Hoyle, 1886
E. innominata O’Shea, 1999 Eledonella Verrill, 1884
E. pacifica (Hoyle, 1885b) E. pygmaea Verrill, 1884
Grimpoteuthis Robson, 1932 E. sheardi Allan, 1945
G. abyssicola O’Shea, 1999 Dorsopsis Thore, 1949
G. albatrossi (Sasaki, 1920) D. taningi Thore, 1949
G. bathynectes Voss & Pearcy, 1990 Japetella Hoyle, 1885
G. bruuni Voss, 1982 J. diaphana Hoyle, 1885
G. hippocrepium (Hoyle, 1904) J. heathi (Berry, 1911)
G. meangensis (Hoyle, 1885) Família Idioctopodidae Taki, 1962
G. megaptera (Verrill, 1885) Idioctopus Taki, 1962
G. plena (Verrill, 1885) I. gracilipes Taki, 1962
G. tuftsi Voss & Pearcy, 1990 Família Octopodidae Orbigny, 1840
G. umbellata (Fischer, 1883) Ameloctopus Norman, 1992
G. wulkeri (Grimpe, 1920) A. litoralis Norman, 1992
Família Luteuthididae O’Shea, 1999 Aphrodoctopus Roper & Mangold, 1992
Luteuthis O’Shea, 1999 A. schultzei (Hoyle, 1910)
L. dentatus O’Shea, 1999 Bentheledone Robson, 1932
L. shuishi O’Shea & Lu, 2001 B. albida (Berry, 1917)
Família Stauroteuthidae Grimpe, 1916 B. rotunda (Hoyle, 1885)
Stauroteuthis Verrill, 1879 Bathypolypus Grimpe, 1921
S. gilchristi (Robson, 1924) B. arcticus arcticus (Prosch, 1847)
S. syrtensis Verrill, 1879 B. arcticus proschi Muus, 1962
Subordem Incirrina Grimpe, 1916 B. faeroensis (Russell, 1909)
Família Alloposidae Verrill, 1881 B. rubrostictus Kaneko & Kubodera 2008
Haliphron Steenstrup, 1861 B. salebrosus (Sasaki, 1920)
H. atlanticus Steenstrup, 1861 B. sponsalis (Fischer & Fischer, 1892)
Família Amphitretidae Hoyle, 1886 B. valdiviae (Thiele in Chun, 1915)
Amphitretus Hoyle, 1885 Benthoctopus Grimpe, 1921
A. pelagicus Hoyle, 1885 B. abruptus (Sasaki, 1920)
A. thielei Robson, 1930 B. angaroa O’Shea, 1999
Família Argonautidae Tryon, 1879 B. berryi Robson, 1924
Argonauta Linnaeus, 1758 B. canthylus Voss & Pearcy, 1990
A. argo Linnaeus, 1758 B. clyderoperi O’Shea, 1999
A. bottgeri Maltzan, 1881 B. ergasticus (Fischer & Fischer, 1892)
A. cornuta Conrad, 1854 B. eureka (Robson, 1929)
A. hians Lightfoot, 1786 B. fuscus Taki, 1964
A. nodosa Lightfoot, 1786 B. hokkaidensis (Berry, 1921)

170 171
B. januarii (Hoyle, 1885) E. magnificus (Villanueva, Sanchez & Compagno, 1992)
B. karubar Norman et al., 1997 E. megalocyathus (Gould, 1852)
B. leioderma (Berry, 1911) E. membranaceus Rochebrune & Mabille, 1889
B. levis (Hoyle, 1885) E. zealandicus (Benham, 1944)
B. lothei (Chun, 1913) Euaxoctopus Voss, 1971
B. macrophallus Voss & Pearcy, 199 E. panamensis Voss, 1971
B. magellanicus Robson, 1930 E. pillsburyae Voss, 1975
B. oregonae Toll, 1981 E. scalenus (Hoyle, 1904)
B. oregonensis Voss & Pearcy, 1990 Graneledone Joubin, 1918
B. piscatorum (Verrill, 1879) G. antarctica Voss, 1976
B. profundorum Robson, 1932 G. boreopacifica Nesis, 1982
B. pseudonymus (Grimpe, 1922) G. challengeri (Berry, 1916)
B. robustus Voss & Pearcy, 1990 G. gonzalezi (Guerra et al., 2000)
B. sibiricus Loyning, 1930 G. macrotyla Voss, 1976
B. tegginmathae O’Shea, 1999 G. taniwha kubodera O’Shea, 1999
B. thielei Robson, 1932 G. taniwha taniwha O’Shea, 1999
B. yaquinae Voss & Pearcy, 1990 G. verrucosa media (Joubin, 1918)
Cistopus Gray, 1849 G. verrucosa verrucosa (Verrill, 1881)
C. indicus (Rapp, 1835) G. yamana Kommritz, 2000
C. unicirrhus (Chiaie, 1839) Grimpella Robson, 1928
Eledone Leach, 1817 G. thaumastocheir Robson, 1928
E. caparti Adam, 1950 Hapalochlaena Robson, 1929
E. cirrhosa (Lamarck, 1798) H. fasciata (Hoyle, 1886)
H. lunulata (Quoy & Gaimard, 1832)
E. gaucha Haimovici, 1988
H. maculosa (Hoyle, 1883)
E. massyae Voss, 1964 H. nierstraszi (Adam, 1938)
E. microsicya (Rochebrune, 1884) Muusoctopus januarii (Hoyle, 1885)
E. moschata (Lamarck, 1798) Octopus (Abdopus) Norman & Flinn, 2001
E. nigra (Hoyle, 1910) O. abaculus Norman & Sweeney, 1997
E. palari Lu & Stranks, 1992 O. aculeatus Orbigny, 1834
E. thysanophora Voss, 1962 O. capricornicus Norman & Flinn, 2001
Megaleledone Taki, 1961 O. horridus Orbigny,1826
M. senoi Taki, 1961 O. tonganus Hoyle, 1885.
Pareledone Robson, 1932 Octopus (Octopus) Cuvier, 1797
P. adelieana (Berry, 1917) O. adamsi Benham, 1944
P. antarctica (Thiele, 1920) O. aegina Gray, 1849
P. charcoti (Joubin, 1905) O. alatus (Sasaki, 1920)
P. framensis Lu & Stranks, 1994 O. alecto Berry, 1953
P. harrissoni (Berry, 1917) O. alpheus Norman, 1993
P. polymorpha (Robson, 1930) O. araneoides (Taki, 1964)
P. pryzdensis Lu & Stranks, 1994 O. arborescens (Hoyle, 1904)
P. turqueti (Joubin, 1905) O. areolatus de Haan, 1839-1841
Enteroctopus Rochebrune & Mabille, 1889 O. aspilosomatis Norman, 1993
E. dofleini (Wulker, 1910) O. australis Hoyle, 1885
E. juttingi Robson, 1929 O. balboai Voss, 1971

172 173
O. berrima Stranks & Norman, 1993 O. luteus (Sasaki, 1929)
O. bimaculatus Verrill, 1883 O. macropus Risso, 1826
O. bimaculoides Pickford & McConnaughey,1949 O. maorum Hutton, 1880
O. bocki Adam, 1941 O. marginatus Taki, 1964
O. briareus Robson, 1929 O. maya Voss & Solis, 1966
O. brocki Ortmann, 1888 O. membranaceus Quoy & Gaimard, 1832
O. bunurong Stranks, 1990 O. mercatoris Adam, 1937
O. burryi Voss, 1950 O. mernoo O’Shea, 1999
O. californicus (Berry, 1911) O. microphthalmus Goodrich, 1896
O. campbelli (Smith, 1902) O. micropyrsus Berry, 1953
O. carolinensis Verrill, 1884 O. mimus Gould, 1852
O. chierchiae Jatta, 1889 O. minor minor (Sasaki, 1920)
O. conispadiceus (Sasaki, 1917) O. minor pardalis (Sasaki, 1929)
O. cyanea Gray, 1849 O. minor typicus (Sasaki, 1929)
O. defilippi (Verany, 1851) O. mototi Norman, 1993
O. dierythraeus Norman, 1993 O. mutilans Taki, 1942
O. digueti Perrier & Rochebrune, 1894 O. nanhaiensis Dong, 1976
O. diminutus Kaneko & Kubodera 2008 O. nanus Adam, 1973
O. exannulatus Norman, 1993 O. neglectus Nateewathana & Norman, 1999
O. fangsiao etchuanus (Sasaki, 1929) O. niveus Lesson, 1830
O. fangsiao typicus Orbigny, 1839 O. nocturnus Norman & Sweeney, 1997
O. favonius Gray, 1849 O. occidentalis Steenstrup, 1886
O. filamentosus Blainville, 1826 O. ochotensis (Sasaki, 1920)
O. filosus Howell, 1867 O. oculifer Hoyle, 1904
O. fitchi Berry, 1953 O. oliveri (Berry, 1914)
O. fujitai (Sasaki, 1929) O. ornatus Gould, 1852
O. gardineri (Hoyle, 1905) O. oshimai (Sasaki, 1929)
O. gibbsi O’Shea, 1999 O. ovulum (Sasaki, 1917)
O. globosus Appellöf, 1886 O. pallidus Hoyle, 1885
O. graptus Norman, 1993 O. parvus (Sasaki, 1917)
O. guangdongensis Dong, 1976 O. penicillifer Berry, 1954
O. hardwickei Gray, 1849 O. pentherinus Rochebrune & Mabille, 1889
O. hattai (Sasaki, 1929) O. polyzenia Gray, 1849
O. hongkongensis Hoyle, 1885 O. prashadi Adam, 1939
O. hubbsorum Berry, 1953 O. pricei (Berry, 1913)
O. hummelincki Adam, 1936 O. pumilus Norman & Sweeney, 1997
O. insularis Leite et al., 2008 O. pyrum Norman et al., 1997
O. joubini Robson, 1929 O. rapanui Voss, 1979
O. kagoshimensis Ortmann, 1888 O. rex Nateewathana & Norman, 1999
O. kaharoa O’Shea, 1999 O. robsoni Adam, 1941
O. kaurna Stranks, 1990 O. roosevelti Stuart, 1941
O. lechenaultii Orbigny, 1826 O. rubescens Berry, 1953
O. lobensis Castellanos & Menni, 1969 O. salutii Verany, 1839
O. longispadiceus (Sasaki, 1917) O. sanctaehelenae Robson, 1929
O. sasakii Taki, 1942

174 175
O. selene Voss, 1971 T. zeiss O’Shea, 1999
O. siamensis Nateewathana & Norman, 1999 Velodona Chun, 1915
O. spinosus (Sasaki, 1920) V. togata capensis Robson, 1924
O. striolatus Dong, 1976 V. togata togata Chun, 1915
O. superciliosus Quoy & Gaimard, 1832 Vosseledone Palacio, 1978
O. taprobanensis Robson, 1926 V. charrua Palacio, 1978
O. tehuelchus Orbigny, 1834 Vulcanoctopus Gonzalez, Guerra, Pascual & Briand, 1998
O. tenebricus Smith, 1884 V. hydrothermalis Gonzalez et al., 1998
O. tetricus Gould, 1852 Wunderpus photogenicus Hochberg et al., 2006
O. tsugarensis (Sasaki, 1920) Família Ocythoidae Gray, 1849
O. validus (Sasaki, 1920) Ocythoe Rafinesque, 1814
O. varunae Oommen, 1971 O. tuberculata Rafinesque, 1814
O. veligero Berry, 1953 Família Tremoctopodidae Tryon, 1879
O. verrucosus Hoyle, 1885 Tremoctopus Chiaie, 1830
O. vitiensis Hoyle, 1885 T. gelatus Thomas, 1977
O. vulgaris Cuvier, 1797 T. robsoni Kirk, 1883
O. warringa Stranks, 1990 T. violaceus gracilis (Eydoux & Souleyet, 1852)
O. winckworthi Robson, 1926 T. violaceus violaceus Chiaie, 1830
O. wolfi (Wülker, 1913) Família Vitreledonellidae Robson, 1932
O. yendoi (Sasaki, 1920)
Vitreledonella Joubin, 1918
O. zonatus Voss, 1968
V. richardi Joubin, 1918
Pinnoctopus Orbigny, 1845
Ordem Vampyromorphida Pickford, 1939
P. cordiformis Quoy & Gaimard, 1832
Família Vampyroteuthidae Thiele in Chun, 1915
P. kermadecensis (Berry, 1914)
Vampyroteuthis Chun, 1903
Pteroctopus Fischer, 1882
P. eurycephala (Taki, 1964) V. infernalis Chun, 1903
P. hoylei (Berry, 1909)
P. keralensis (Oommen, 1966)
P. schmidti (Joubin, 1933)
P. tetracirrhus (Chiaie, 1830)
P. witjazi Akimushkin, 1963
Robsonella Adam, 1938
R. fontaniana (Orbigny, 1834)
R. huttoni Benham, 1943
Sasakiosus salebrosus (Sasaki, 1920)
Scaeurgus Troschel, 1857
S. patagiatus Berry, 1913
S. unicirrhus (Orbigny, 1840)
Tetracheledone Voss, 1955
T. spinicirrus Voss, 1955
Thaumeledone Robson, 1930
T. brevis (Hoyle, 1885)
T. gunteri Robson, 1930
T. marshalli O’Shea, 1999

176 177
ÍNDICE REMISSIVO
(não inclui as espécies do Apêndice II)

A
Abralia redfieldi 60 Chiroteuthis sp. 139
A. veranyi 61, 142 C. capensis 51, 140
Abraliopsis atlantica 62 C. veranyi veranyi 52, 140
Albatroz 19 Choco 135
Alga 45 Chtenopteryx sicula 34
ALLOPOSidae 96, 149 Cirrina 22, 23, 33
Ammonoidea 30, 31 CIRROTEUTHidae 93, 94
aMphitretidae 97 Cirroteuthis magna 93
Amphitretus pelagius 97 C. mülleri 94
ANCISTROCHEIRidae 47, 139 Cobra 22
Ancistrocheirus lesueuri 47, 139 Coleioidea 30, 31
AMPHITRETidae 97 Coral 46
ARCHITEUTHidae 48 Cranchia scabra 34
Architeuthis 20 CRANCHIIdae 54, 55, 56, 57, 58, 140
Architeuthis sp. 34, 48 CYCLOTEUTHidae 34, 59, 141
Argonauta 17, 98 Cycloteuthis sp. 34
Argonauta spp. 33 C. akimushkini 34
A. argo 98 C. sirventi 34
A. nodosa 99, 149
argonautidae 98, 99, 149 D
Atum 19 Discoteuthis discus 59, 141

B E
Bactéria 134 Eledone gaucha 103, 150
Bactrites 31 E. massyae 104, 150,182
Eledonella pygmaea 100
Baleia 27, 28, 133, 134
ENOPLOTEUTHidae 60, 61, 62, 63, 64, 142
BATHYTEUTHidae 49
Enoploteuthis anapsis 63, 142
Bathyteuthis abyssicola 49
E. leptura leptura 64, 142
Belemnites 31
Eucleoteuthis luminosa 76
Benthoctopus januarii 34
B. oregonae 102
BOLITAENidae 100, 101, 149 F
Foca 134
BRACHIOTEUTHidae 50
Brachioteuthis riissei 50
G
Garoupa 19
C
Golfinho 27, 28, 133
Cachalote 19, 27, 28, 48
GONATidae 65
Camarão 19
Gonatus steenstrupi 65
Caranguejo 19
Graneledone sp. 34
Cephalopoda 17 Grimalditeuthis bonplandi 53, 140
CHIROTEUTHidae 51, 52, 53, 133, 139, 140 Grimpoteuthis spp. 34
A lula Illex argentinus (OMMASTREPHIdae)

178 179
H M. inermis 34 Tubarão 19
Haliphron atlanticus 96, 149 M. magna 72 P V
Heteroteuthis dispar 36, 138 Megalocranchia maxima 57, 141 Papagaio 18, 23 Vampiro-do-inferno 33
HISTIOTEUTHidae 66, 67, 133, 143 Moroteuthis ingens 84 Pareledone charcoti 113 Vampyromorphida 33
Histioteuthis atlantica 34 M. robsoni 85, 137, 147 P. turqueti 114 VAMPYROTEUTHidae 92, 148
H. bonnelli 34 Morsa 134 PHOLIDOTEUTHidae 69, 144 Vampyroteuthis infernalis 33, 92, 148
H. celetaria 34 Myopsina 32 Pholidoteuthis adami 69, 144 Vitreledonella richardi 120
H. corona corona 66, 143 Pickfordiateuthis pulchella 45 VITRELEDONELLINIdae 120
H. dofleini 34 N Pinnipedia 134 Vosseledone charrua 117, 151
H. machrohista 67, 143 Nautiloidea 30, 31 Plectronoceras 21, 30
H. reversa 34 Nautilus 30, 31 Polvo 6, 11, 14. 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24,
Hyaloteuthis pelagica 77, 145 Nautilus spp. 26 25, 26, 27, 28, 32, 33, 34, 93, 122, 134,
Nectoteuthis pourtalesi 37 149, 152, 182
I NEOTEUTHidae 73 PSYCHROTEUTHidae 88
Idiosepius pygmaeus 20 Neoteuthis thielei 73 Psychroteuthis glacialis 88
Illex argentinus 78, 145, 178 Pteroctopus tetracirrhus 115
I. coindetii 79, 145 O PTERYGIOTEUTHidae 90, 148
Incirrina 22, 33 Octopodida 32 Pterygioteuthis giardi giardi 90, 148
Octopodidae 6, 11, 14, 102, 103, 104, PYROTEUTHidae 89, 147
J 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, Pyroteuthis margaritifera 89, 147
Japetella diaphana 101, 149 114, 115, 116, 117, 150, 152, 182
JoubiniTEUTHidae 34 OCTOPOTEUTHidae 74, 75, 136, 144 R
Octopoteuthis megaptera 74, 144 Rossia bullisi 38
L O. rugosa 34 R. tortugaensis 39
Leachia cyclura 54 O. sicula 34
Leão-marinho 134 Octopus sp. 6, 14, 152 S
LEPIDOTEUTHidae 68, 143 O. briareus 34 Scaeurgus unicirrhus 116
Lepidoteuthis grimaldii 68, 143 O. burryi 105 Selenoteuthis scintillans 71
Liguriella podophthalma 55 O. defilippi 11, 106, 150 Semirossia tenera 40
Liocranchia reinhardti 56, 140 O. hummelincki 107 Sépia 17, 23, 24, 31, 32, 46, 135
Lobo-marinho 134 O. insularis 108 Sepiida 32
loliginidae 12, 16, 28, 41, 42, 43, 44, 45, O. joubini 109 Sepiolida 32
46, 138 O. macropus 110 SEPIOLidae 36, 37, 38, 39, 40, 138
Loligo plei 16, 41, 138 O. tehuelchus 111, 151 Sepioteuthis sepioidea 12, 46, 139
L. sanpaulensis 42 O. variabilis 34 Siba 135
L. surinamensis 43, 138 O. vulgaris 6, 112, 151 Spirula spirula 12, 23, 35
Lolliguncula brevis 44, 138 Ocythoe tuberculata 33, 118, 152 Spirulida 32
Lula 12, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, OCYTHOidae 118, 152 SPIRULidae 12, 35
26, 27, 28, 31, 32, 33, 34, 35, 46, 134, Oegopsina 32 Sthenoteuthis pteropus 82, 146
136,137, 138, 178 Ommastrephes bartramii 80, 146
Lula-colossal 28 Ommastrephidae 28, 76, 77, 78, 79, 80, T
Lula gigante 28 81, 82, 83, 145, 146, 178
Taningia danae 34, 75, 136
LYCOTEUTHidae 70, 71 ONYCHOTEUTHidae 84, 85, 86, 87, 137, 147
Lycoteuthis loligera 70 Onychoteuthis banksii 86 Taonius pavo 58, 141
Onykia carriboea 87, 147 Teuthida 32
OPISTHOTEUTHidae 95 THYSANOTEUTHidae 91, 148
M
Opisthoteuthis spp. 34 Thysanoteuthis rhombus 91, 148
Marlim 19
MASTIGOTEUTHidae 72, 144 O. agassizii 95 Todarodes filippovae 83
Mastigoteuthis sp. 144 Ornithoteuthis antillarum 81, 146 TREMOCTOPODidae 119, 122, 152
M. grimaldii 34 Orthoceras 30 Tremoctopus violaceus violaceus 119, 122, 152

180 181
O polvo Eledone massyae (OCTOpodidae)
View publication stats

Você também pode gostar